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Caracterização e
avaliação na PEA
Cristina Nunes
Psicóloga Clínica e Educacional
ECHOLILIA – Timothy Archibald
Qual deles tem autismo?
ATIVIDADE PRÁTICA
09/07/2017
… Ou como se sente uma pessoa com PEA quando
Atividade prática lhe pedimos que realize uma atividade em
Transmitir uma mensagem em condições normotípicas.
condições adversas
voluntários
As pessoas com autismo têm dito que o mundo, para eles, é uma massa de
pessoas, lugares e acontecimentos que eles lutam para dar sentido e que pode
causar‐lhes uma ansiedade considerável.
http://www.davisautism.com/index.html
09/07/2017
O Autismo
EVOLUÇÃO DO CONCEITO Perturbações globais de
desenvolvimento (DSM‐IV)
• Kanner (1943) ‐ Autismo ‐ incapacidade inata • Perturbação Autística,
• Perturbação de Asperger,
para se relacionar socialmente;
• Perturbação global de desenvolvimento sem
• Asperger (1944) ‐Psicopatia autística; outra especificação (não preenche todos os
critérios das outras),
• Lorna Wing (1988) ‐Espectro de Autismo‐
• Perturbação desintegrativa da 2ª infância
Tríade de Lorna Wing: (regressão grave, súbita e global após 1ª infância
dentro dos padrões desenvolvimentais
‐Limitação na Interacção Social esperados),
‐Limitação na comunicação (receptiva e expressiva)
‐Redução da capacidade imaginativa,
• Perturbação de Rett (regressão motora,
comportamentos repetitivos e estereotipados
microcefalia, sexo feminino).
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DE UM SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO
Alterações centrais em 2 domínios
CATEGORIAL PARA UM DIMENSIONAL
• Sistema de Classificação • Sistema de Classificação
CATEGORIAL (DSM-IV) DIMENSIONAL (DSM 5)
Sistema médico que estabelece se as Sistema que inclui dos Diagnósticos DE
Perturbações estão presentes ou não estão. ESPECTRO. Implica que os fenómenos se
distribuem segundo graus de funcionalidade
ou disfuncionalidade.
Lord, 2011
O sujeito, para ser diagnosticado com uma Perturbação do Espectro do Autismo , O sujeito, para ser diagnosticado com uma Perturbação do Espectro do Autismo ,
deve cumprir os critérios A, B e C. deve cumprir os critérios A, B e C.
A. Défices clinicamente significativos na comunicação e interação social, A. Défices clinicamente significativos na comunicação e interação social,
atualmente ou ao longo da história desenvolvimental, manifestados pelos atualmente ou ao longo da história desenvolvimental, manifestados pelos
3 dos 3 sintomas seguintes: 3 dos 3 sintomas seguintes:
Especificar a gravidade atual: A gravidade é baseada nos défices de comunicação social e nos padrões Especificar a gravidade atual: A gravidade é baseada nos défices de comunicação social e nos padrões
de comportamento restrito e repetitivo. de comportamento restrito e repetitivo.
09/07/2017
A1. Défice na reciprocidade socio-emocional O sujeito, para ser diagnosticado com uma Perturbação do Espectro do Autismo ,
deve cumprir os critérios A, B e C.
Interação social anormal
A. Défices clinicamente significativos na comunicação e interação social,
Dificuldades em estabelecer uma conversa atualmente ou ao longo da história desenvolvimental, manifestados pelos
3 dos 3 sintomas seguintes:
Capacidade reduzida de partilhar interesses, emoções e afeto
Falta de iniciativa de interação social A1. Défice na reciprocidade socio‐emocional;
A2. Défice na comunicação não verbal usada na interação social;
A3. Défices no desenvolvimento, manutenção e compreensão de
relacionamentos apropriados à idade.
Especificar a gravidade atual: A gravidade é baseada nos défices de comunicação social e nos padrões
de comportamento restrito e repetitivo.
A2. Défice na comunicação não verbal usada na interação social O sujeito, para ser diagnosticado com uma Perturbação do Espectro do Autismo ,
deve cumprir os critérios A, B e C.
Reduzida integração entre a comunicação verbal e não verbal A. Défices clinicamente significativos na comunicação e interação social,
atualmente ou ao longo da história desenvolvimental, manifestados pelos
Contacto visual e linguagem corporal anormais
3 dos 3 sintomas seguintes:
Défice na compreensão e uso da comunicação não verbal
A1. Défice na reciprocidade socio‐emocional;
Fraca utilização de expressões faciais e gestos
A2. Défice na comunicação não verbal usada na interação social;
A3. Défices no desenvolvimento, manutenção e compreensão de
relacionamentos apropriados à idade.
Especificar a gravidade atual: A gravidade é baseada nos défices de comunicação social e nos padrões
de comportamento restrito e repetitivo.
09/07/2017
A3. Défices no desenvolvimento e manutenção de relacionamentos B. Padrões de comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos,
apropriados à idade atualmente ou ao longo da história desenvolvimental, manifestas por, pelo
menos, 2 dos seguintes critérios:
Dificuldade no ajustamento do comportamento a diferentes contextos sociais B1. Discurso, movimentos motores ou uso de objetos estereotipados ou
Dificuldade na partilha de brincadeiras imaginativas e em fazer amigos repetitivos;
Aparente ausência de interesse nas pessoas B2. Adesão excessiva a rotinas, padrões ritualizados de comportamentos verbais
e não verbais ou resistência excessiva a mudanças;
B3. Interesses anormalmente restritos e fixos, na intensidade ou foco;
B4. Hiper ou hiporeactividade a estímulos sensoriais.
Especificar a gravidade atual: A gravidade é baseada nos défices de comunicação social e nos padrões
de comportamento restrito e repetitivo.
B. Padrões de comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos, B1. Discurso, movimentos motores ou uso de objetos estereotipados ou
atualmente ou ao longo da história desenvolvimental, manifestas por, pelo repetitivos
menos, 2 dos seguintes critérios:
Especificar a gravidade atual: A gravidade é baseada nos défices de comunicação social e nos padrões
de comportamento restrito e repetitivo.
09/07/2017
Autismo na 1.ª pessoa
“Quando eu andava na escola primária, fizeram troça de mim, uma
vez, numa aula de desenho. Deram‐nos algum tempo livre e pudemos
escolher o que queríamos desenhar. Eu não consegui fazer nada.
Tinha estado ocupada, toda a aula, a ordenar os meus lápis de cor. Eu
queria entender as cores e as diferenças, mas nunca conseguia e isso
frustrava‐me. Queria que os lápis ficassem ordenados daquela
maneira e, claro, isso causava problemas na escola. A rapariga que se
sentava ao pé de mim pediu‐me emprestado um dos meus lápis, mas
eu não emprestei porque isso iria desordená‐los, o que, obviamente,
eu não queria que acontecesse.”
Dumortier
B. Padrões de comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos, B2. Adesão excessiva a rotinas, padrões ritualizados de comportamentos
atualmente ou ao longo da história desenvolvimental, manifestas por, pelo verbais e não verbais ou resistência excessiva a mudanças
menos, 2 dos seguintes critérios:
Especificar a gravidade atual: A gravidade é baseada nos défices de comunicação social e nos padrões
de comportamento restrito e repetitivo.
09/07/2017
B. Padrões de comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos, B3. Interesses anormalmente restritos e fixos, na intensidade ou foco
atualmente ou ao longo da história desenvolvimental, manifestas por, pelo
menos, 2 dos seguintes critérios: Forte apego ou preocupação com certos objetos
Interesses excessivamente limitados ou repetitivos
B1. Discurso, movimentos motores ou uso de objetos estereotipados ou
Preocupações; obsessões
repetitivos; Interesses que são anormais no foco e em intensidade
B2. Adesão excessiva a rotinas, padrões ritualizados de comportamentos verbais Gama restrita de interesses
e não verbais ou resistência excessiva a mudanças; Focada em alguns objetos, temas ou atividades
Preocupação com números, letras, símbolos
B3. Interesses anormalmente restritos e fixos, na intensidade ou foco; Excessivamente perfeccionistas
Foco excessivo em partes não relevantes ou não funcionais de objetos
B4. Hiper ou hiporeactividade a estímulos sensoriais. Preocupações (e.g., cores, tabelas de tempo, acontecimentos históricos; etc)
Apego invulgar a objetos inanimado (e.g., pedaço de corda ou elástico)
Especificar a gravidade atual: A gravidade é baseada nos défices de comunicação social e nos padrões Ter que carregar ou segurar objetos específicos ou invulgares
de comportamento restrito e repetitivo. Medos invulgares (e.g., medo de pessoas que usam brincos)
B. Padrões de comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos, B4. Hiper ou hiporeactividade a estímulos sensoriais
atualmente ou ao longo da história desenvolvimental, manifestas por, pelo menos, 2
dos seguintes critérios:
Sobrecarga sensorial
B1. Discurso, movimentos motores ou uso de objetos estereotipados ou repetitivos;
B2. Adesão excessiva a rotinas, padrões ritualizados de comportamentos verbais e não
verbais ou resistência excessiva a mudanças;
B3. Interesses anormalmente restritos e fixos, na intensidade ou foco;
B4. Hiper ou hiporeactividade a estímulos sensoriais.
Especificar a gravidade atual: A gravidade é baseada nos défices de comunicação social e nos padrões de
comportamento restrito e repetitivo.
09/07/2017
C. Estes sintomas têm que estar presentes no início da infância (podem não se
manifestar todos até que as exigências sociais excedam as capacidades limitadas
“Há alguns cheiros que não suporto. Normalmente não incomodam as outras das crianças).
pessoas, mas para mim são indesejáveis. O meu olfato é muito mais apurado. Por
outro lado, há odores de que ninguém gosta e que eu adoro. Por exemplo, adoro pés
suados, o cheiro da transpiração e da urina de gato – aromas deleitantes, suficientes D. Os sintomas limitam ou prejudicam, de forma clinicamente significativa a área
para tornar o meu dia num sucesso!” social, ocupacional ou outras áreas importantes de funcionamento atual.
Dumortier
PEA no feminino
• As raparigas com PEA podem passar despercebidas
nos primeiros anos pelo facto de poderem ser
interpretadas mais como personalidades passivas do
que como raparigas com incapacidades sociais;
• As raparigas com PEA podem não atrair a atenção, ao
contrário dos rapazes com PEA que introduzem um
AUTISMO NO FEMININO fator perturbador na sala de aula;
• As raparigas com PEA também podem evidenciar
interesses perseverantes (como bonecas Barbies,
A dificuldade de identificar o autismo nas meninas
Hello Kittie, unicórnios, cavalos e póneis, animais,
entre outros);
PREVALÊNCIA PREVALÊNCIA
• Portugal Continental- 9,2 /10.000 (Dados referentes a • As amostras dos estudos em todo o
1999/2000, publicado por Oliveira et al., 2007) mundo relatam frequencias de 1%
para PEA, tanto em estudos referentes
a crianças como a adultos (DSM5,
2013).
PREVALÊNCIA PREVALÊNCIA
Aumento das taxas de prevalência?
dificuldade em concluir de forma clara se existe ou não um • As PEA são encontradas em todos os grupos
aumento da incidência das PEA devido a diferenças nos
métodos de estudo e na amostragem populacional raciais, étnicos e socioeconómicos (CDC, 2014).
• Epilepsia 1/3 casos
Aumento no número de casos diagnosticados! • Outras doenças associadas: Paralisia Cerebral,
consciencialização das pessoas em relação a este problema neurofibromatose, fenilcetonúria, Rubéola
e divulgação da informação Congénita, S. Down – 10% casos (Fombonne,
estabelecimento de critérios de diagnóstico mais inclusivos 2003).
(Oliveira et al., 2007; Wing & Potter, 2002)
• Outras comorbilidades frequentes
09/07/2017
ETIOLOGIA ETIOLOGIA
Não existe consenso sobre a origem do Autismo,
nem uma única explicação.
• Os fatores genéticos têm um papel relevante:
Algumas teorias apontam no sentido da existência de genes “candidatos” a mutações em que, durante o
desenvolvimento fetal, um desses genes alterados é ativado e provoca alteração da expressão de outros
genes mutados explicado pela
processos imunes;
alterações anatómicas e anomalias ao nível dos lobos frontal e temporal e problemas no cerebelo
5-15% Síndrome Genética conhecida (ex.: doença
relacionados com disfunção das células de Purkinje; monogénica ou rearranjos cromossómicos) (Nature,
aumento da concentração de seretonina na corrente sanguínea, provocando uma maior alteração na perceção
sensorial e uma maior variação nos estados de humor. 2010).
09/07/2017
ETIOLOGIA ETIOLOGIA
• Fatores ambientais podem influenciar o seu “Mães frigorífico” ?
aparecimento e gravidade:
Exposição a agentes teratogénicos (e.g. durante a Fatores biológicos controversos:
gestação exposição a certos medicamentos; infecções • Alergias alimentares (Tsai2004)
pré e pós-natais [e.g. rubéola, herpes]; radiações; • Permeabilidade intestinal e relação com toxinas
drogas, etc.); (Monoglutamato de sódio?, Erb2005)
Idade dos pais (aumenta a probabilidade de erros nos • Sensibilidade às vacinas não confirmada? (Farrington 2001)
processos genéticos); sensibilidade imunológica particular nas PEA?
Problemas à nascença, prematuridade, baixo peso, • Método DAN (Defeat Autism now) baseia-se na análise de
complicações à nascença, entre outros. parâmetros bioquímicos que possam estar alterados e de
toxinas, procurando a sua eliminação através de dietas
específicas e suplementos (Rimland-ARI).
O que avaliar?
Especificidades
AVALIAÇÃO NA PEA
Como avaliar?
Desafios na avaliação
• Um verdadeiro desafio em termos de avaliação:
Avaliação na PEA Fases de avaliação
• Recolha de informação
Rastreio?
– Família 1º:
– Pares Avaliação de
– Agentes educativos
diagnóstico
2º: Avaliação
• Aplicação de Instrumentos Psicológica e
– Criança/jovem/adulto Psicoeducacional
– Pais
– Professores
• Observação
– Contexto clínico
– Contexto natural Intervenção
– Estruturado vs Não-estruturado
Avaliação na PEA História clínica
A importância de uma boa avaliação O que avaliar
• Conhecer bem a criança / jovem / adulto
– Antecedentes de saúde Desenvolvimento face ao normativo
– Desenvolvimento
– Contexto familiar
– Autonomia Comunicação e Comportamento
– Situação académica / profissional interação social e interesses
– Relacionamento interpessoal
Competências cognitivas
O que avaliar O que avaliar
Comunicação e
Interação social Comportamento Estar atentos:
linguagem
• Ausência de comportamentos normativos
Funções executivas
• Atenção
• Concentração
• Memória de trabalho
• Planeamento
• Flexibilidade
09/07/2017
Avaliação na PEA Avaliação na PEA
• Respeitar regras de aplicação
Escolher instrumentos adequados
– Necessidade de adaptar ao utente
• Nível das competências de linguagem requerido – Relatar qualitativamente
• Complexidade das instruções e das tarefas • Considerar características do utente
• Nível de exigência social
– Nível de interesse / envolvimento
• Utilização de tarefas cronometradas
• Número de mudanças de um sub-teste ou formato para outro – Estado emocional
• Interpretar resultados como um todo
Avaliação na PEA
• Modelagem e demonstração
Instrumentos
Teste de rastreio
• M-CHAT
• Escala australiana para síndrome de Asperger
Testes de suporte ao diagnóstico
• CARS
• ADI-R
• ADOS
Testes de avaliação do desenvolvimento
• Escalas de Desenvolvimento de Ruth Griffiths
• Perfil Psicoeducacional Revisto / III
Testes de avaliação do perfil cognitivo
• WPPSI / WISC-III / WAIS / WNV Teste de rastreio
Testes de avaliação do comportamentos nos vários contextos
• Escala de Comportamento Adaptativo de Vineland
Avaliação socio-emocional
• Teoria da Mente
• Compreensão social emocional
Sinais de alerta precoces
Não aponta
Atraso da linguagem
Gosta mais de brincar só
M‐CHAT M‐CHAT
• Questionários aos pais Cotação:
• 16 – 30 meses • As respostas SIM / NÃO são convertidas em PASSA /
FALHA
• 23 questões
• Resposta SIM ou NÃO
• Respostas consideradas FALHA e itens críticos a negrito:
Questões acerca de:
• Comunicação
• Interação
• Comportamento da criança • Resultados superiores a 3 (falha em 3 itens no total)
Avaliação formal
ou
neurodesenvolvimento
• 2 dos itens considerados críticos (2, 7, 9, 13, 14, 15)
M‐CHAT
nem todas as crianças que cotam neste questionário irão ser diagnosticadas
com esta perturbação
No entanto,
Interesses restritos
Isolamento social
Escala Australiana para a Síndrome de
Asperger (Garnett & Atwood, 1995)
• Escala composta por 24 questões dirigidas aos cuidadores de crianças a partir dos
5 anos de idade, em idade de frequência do primeiro ciclo.
• Subescalas:
a) Aptidões sociais e emocionais
Escala Australiana para a Síndrome de
Asperger (Garnett & Atwood, 1995)
Cotar de 0 a 6:
• 0 é o nível esperado para uma criança com desenvolvimento típico
• A partir de 2 poder-se-á considerar desenvolvimento atípico
Ex.: “1. A criança tem falta de entendimento de como brincar com as outras crianças? Por
exemplo, não se apercebe das regras implícitas da brincadeira social?” Suporte ao diagnóstico
(E. Schopler, R.J.Reichler, B. Rochen Et Al,)
• A partir dos 24 meses 2) Imitação: embora não incluída como critério primário nos critérios de Kanner e Rutter,
avalia a capacidade de imitação da criança, a sons, palavras e movimentos.
• Auxilia na identificação de crianças com autismo e distingue-as de crianças com
défices no desenvolvimento sem autismo 3) Resposta emocional: também é considerado um critério primário; avalia a capacidade
de exprimir emoções em resposta a estímulos, sua intensidade e adequação.
• Diferencia o autismo leve, moderado e grave
4) Movimentos do corpo: avalia a coordenação e adequação dos movimentos,
• Avalia o comportamento em 14 domí́nios que geralmente estão afetados no presença de estereotipias, posturas bizarras e coordenação motora.
7) Reação a estímulos visuais: avalia-se a utilização do contacto ocular coordenado 12) Comunicação não verbal: avalia gestos, postura, expressão facial, corporal, reação à
com os restantes sentidos para explorar objetos e na interação, bem como expressão não verbal dos outros, assim como o interesse em comunicar.
apresentar um interesse pela exploração visual.
13) Nível de atividade: avalia o grau de atividade maior ou menor da criança em relação à
8) Reação a estímulos auditivos: avalia a sensibilidade particular a estímulos idade, podendo interferir com a sua adaptação.
auditivos e reação aos mesmos.
14) Nível e a coerência da resposta intelectual: refere-se ao nível geral de
9) Resposta e uso da gustação, olfato e tato: avalia a forma como reage a estes funcionamento intelectual, memória, consistência ou discrepância em certas áreas de
estímulos. acordo com a idade.
10) Medo ou ansiedade: avalia a presença de medos ou fobias específicas e não 15) Impressões gerais: apreciação global do grau de autismo em termos qualitativos de
comuns à idade. acordo com a informação na história clínica, observação e dados adicionais.
09/07/2017
Childhood Autism Rating Scale ‐ CARS
• A pontuação atribuída a cada domínio varia de 1 (dentro dos limites da
normalidade) a 4 (sintomas autísticos graves)
Autism Diagnostic Interview‐Revised ‐ Autism Diagnostic Interview‐Revised ‐
ADI‐R (Le Couteur, Lord, Rutter, 2003) ADI‐R (Le Couteur, Lord, Rutter, 2003)
Protocolo da entrevista inclui 8 secções principais:
Autism Diagnostic Observation
Schedule – ADOS 2
• Crianças e adultos
• Avaliação semi-estruturada
Crianças ou adolescentes 3
mais jovens
A partir de fluência verbal
4
Adolescentes mais ADOS2 E OS SINAIS DE ALERTA PARA PEA
velhos e adultos
09/07/2017
Exemplo de material Exemplo de material
TAREFA CONSTRUÇÃO: Módulos 2, 3 e 4 JOGO LIVRE : Módulo Toddler, 1 e 2
Exemplo de material Exemplo de material
INTERVALO: Módulos 3 e 4 JOGO DE BOLINHAS DE SABÃO: Módulos 1 e 2
09/07/2017
Exemplo de material Exemplo de material
JOGO SIMBÓLICO E JOGO INTERATIVO CONJUNTO: Módulos 2
DESENHOS ANIMADOS (COMICS): Módulos 3 e 4
Exemplo de material Exemplo de material
JOGO SIMBÓLICO E JOGO INTERATIVO CONJUNTO: Módulo 3 IMITAÇÃO FUNCIONAL E SIMBÓLICA: Módulo 1
09/07/2017
Exemplo de material Exemplo de material
TAREFA DEMONSTRAÇÃO: Módulo 2
DESCRIÇÃO DE UMA IMAGEM: Módulos 2, 3 e 4
Exemplo de material
CONTAR UMA HISTÓRIA: Módulos 2, 3 e 4
Avaliação do desenvolvimento
09/07/2017
Perfil Psicoeducacional R
(Schopler, Reichler, Bashfod, Lansing & Marcus, 1990)
(Schopler, Reichler, Bashfod, Lansing & Marcus, 1990) • Idade de aplicação: 1 aos 7 anos (ou até aos 12 anos no caso de baixa
funcionalidade)
PERFIL PSICOEDUCACIONAL R (PEP-
• Tempo de administração: 60 min
R)
Perfil Psicoeducacional R
(Schopler, Reichler, Bashfod, Lansing & Marcus, 1990) PEP‐R – PERMITE OBTER RESULTADOS
DESENVOLVIMENTO COMPORTAMENTO
Permite avaliar:
FUNCIONAL
DESENVOLVIMENTO FUNCIONAL COMPORTAMENTO
Perfil Psicoeducacional R Perfil Psicoeducacional R
(Schopler, Reichler, Bashfod, Lansing & Marcus, 1990) (Schopler, Reichler, Bashfod, Lansing & Marcus, 1990)
Possibilita: Cotação:
• A identificação de competências emergentes – facilita a identificação das Sucesso / Emergente / Insucesso
competências a serem trabalhadas
• Avaliação não condicionada pelo nível de linguagem
Resultados:
• Determinação das áreas fortes e áreas fracas da criança
Idade de desenvolvimento
– Área
– Global
PEP-R: Escala de
Desenvolvimento
09/07/2017
Perfil Psicoeducacional R
(Schopler, Reichler, Bashfod, Lansing & Marcus, 1990)
(Schopler, Reichler, Bashfod, Lansing & Marcus, 1990; Schopler et
al.,2005)
A terceira edição deste teste permite: • Mantém a flexibilidade de administração dos itens (tempo e ordem de
apresentação)
Perfil Psicoeducacional 3 – PEP 3 Perfil Psicoeducacional 3 – PEP 3
(Schopler, Lansing, Reichler, & Marcus, 2004) (Schopler, Lansing, Reichler, & Marcus, 2004)
• Cognição Verbal / Pré‐verbal
Comunicação • Linguagem Expressiva
• Linguagem Recetiva
• Motricidade Fina
Motora • Motricidade Global
• Imitação Visuo‐motora
• Expressão Emocional
• Reciprocidade Social
Comportamento • Características do comportamento motor
• Características do comportamento verbal
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Exemplo atividade:
Exemplo de Material Exemplo de Material
09/07/2017
Exemplo de Material Exemplo de Administração e cotação dos itens
2. Após Frasco de Demonstrar como se faz bolas de 2 Sopra bolas de sabão com
demonstração, faz bolas de sabão e, em seguida, colocar a sucesso.
bolas com sucesso. sabão vareta em frente da criança e dizer 1 Não sopra bolas de sabão mas
“Agora sopra tu”. demonstra os movimentos
necessários (i.e. segura a vareta
perto da boca, junta os lábios,
sopra).
0 Não sopra bolas de sabão nem
demonstra os movimentos
necessários.
Relato parental:
2 secções
3 subtestes
Problemas de comportamento
Auto-cuidados
Comportamento Adaptativo
09/07/2017
Tabela de resultados PEP 3
Orienta‐se para o som do sino
Indica o local correto de figuras geométricas num
tabuleiro
Indica o local de 4
peças de um puzzle
(gato)
Aprecia o contacto físico Expressa emoções através de
Aprecia jogo de cócegas posturas corporais
Demonstra um nível de medo Expressa emoções
Expressa emoções através de
adequado durante a avaliação apropriadas durante a
posturas faciais
O desempenho da criança é avaliação
Demonstra um tempo de
influenciado por elogios / Revela afeto adequado
atenção apropriado à sua
manifestações de apreço durante a avaliação
idade cronológica
Utiliza a aprendizagem por
tentativa e erro para se
autocorrigir
7. Expressão
Revela-se persistente na
Emocional
resolução de tarefas
apropriadas ao seu
desenvolvimento
Revela interesses /
capacidades especiais
O desempenho da criança é
Testes de avaliação do comportamento
influenciado por recompensas
tangíveis
adaptativo de Vineland
Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland
(Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984) (Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984)
Comportamento Adaptativo
• Entrevista semiestruturada aos pais /
educadores
O conjunto de competências cognitivas, sociais e práticas adquiridas pela pessoa para • Idade de aplicação: 0 – 18 anos (adultos
corresponder às exigências da vida quotidiana. com défice cognitivo)
• Tempo de administração: 20 – 60
minutos
• Cotação: 0, 1 ou 2
09/07/2017
Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland
(Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984) (Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984)
• É comum encontrar uma grande discrepância entre o nível intelectual e o nível 5 sub-áreas:
adaptativo • Recetiva
Comunicação • Expressiva
• Devem ser criadas condições nos contextos reais para aumentar e facilitar o uso de • Escrita
competências para melhorar a qualidade de vida
• Pessoal
Autonomia • Doméstica
• Comunidade
• Informações importantes para a construção de
programas de promoção de comportamentos • Relações interpessoais
Socialização • Jogos / lazer
adaptativos e de autonomia • Regras sociais
• Global
Motricidade
• Fina
Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland
(Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984) (Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984)
Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland
(Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984) (Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984)
COMUNICAÇÃO AUTONOMIA
2 – Sim, normalmente
EXPRESSIVA
2 – Sim, normalmente Cotação 1 – Algumas vezes, ou parcialmente
RECEPTIVA
COMUNIDADE
DOMÉSTICA
ESCRITA
PESSOAL
Cotação 1 – Algumas vezes, ou parcialmente dos 0 – Não, nunca
dos 0 – Não, nunca itens N – Não teve oportunidade
itens N – Não teve oportunidade D - Desconhecido
D - Desconhecido
1. Volta os olhos e a cabeça em direção ao som. 1. Antecipa o comer quando vê o biberão, o peito ou comida.
2. Ouve, pelo menos momentaneamente, quando o 2. Abre a boca quando se lhe apresenta a colher com comida.
educador fala.
3. Sorri como resposta à presença do educador. 3. Retira a comida da colher com a boca.
4. Chupa ou masca bolachas.
4. Sorri como resposta à presença de uma pessoa 5. Come comida sólida.
familiar, para além do educador. 6. Bebe por chávena ou copo sem ajuda.
Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland
(Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984) (Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984)
SOCIALIZAÇÃO MOTRICIDADE
R. INTERPESSOAIS
REGRAS SOCIAIS
2 – Sim, normalmente
JOGOS E LAZER
2 – Sim, normalmente
Cotação 1 – Algumas vezes, ou parcialmente
GLOBAL
Cotação 1 – Algumas vezes, ou parcialmente
FINA
dos 0 – Não, nunca dos 0 – Não, nunca
ÁREA DA SOCIALIZAÇÃO
38. Responde apropriadamente quando se lhe apresenta alguém. <1 1. Segura a cabeça quando está ao colo, pelo menos durante 15 segundos.
7,8 39. Faz ou compra pequenas lembranças para o educador, ou 2. Senta-se com apoio, durante pelo menos 1 minuto.
membros da família nas férias grandes por sua própria iniciativa. 3. Apanha com a mão pequenos objectos, de qualquer maneira.
40. Guarda segredos, ou confidências, durante mais de um dia. 4. Transfere objectos de uma mão para a outra.
5. Faz pinça.
41. Devolve aos colegas brinquedos, objectos, dinheiro ou livros
6. Senta-se sozinha e mantém essa posição sem apoio, durante pelo menos
emprestados.
1 minuto.
09/07/2017
Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland Escala do Comportamento Adaptativo de Vineland
(Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984) (Sparrow, Balla & Cicchetti, 1984)
Observação em contexto
Contexto escolar:
Brincadeira Participação
Autonomia Autonomia
Feedback da avaliação
• Clareza e objetividade
• Empatia
• Esclarecimentos de dúvidas
• Encaminhamento
Feedback da avaliação
REFLEXÃO
Qual o papel de cada profissional das diferentes áreas na avaliação
na Perturbação do Espetro do Autismo?
09/07/2017
O primeiro passo para uma
intervenção eficaz com uma
pessoa com perturbação do
espectro do autismo é tentar
compreender o melhor
possível como ela apreende o
mundo. INTERVENÇÃO
A revisão dos últimos estudos em
intervenções baseadas na prática e os
modelos globais de intervenção,
publicados em revistas científicas desde
janeiro de 2010, demonstram que são
eficazes para melhorar um amplo leque
Intervenção de competências, incluindo as
nas PEA competências comunicativas, sociais,
cognitivas e adaptativas, além de
abordarem os problemas de
comportamento das pessoas com PEA,
MODELOS DE reduzindo os sintomas de ansiedade e os
comportamentos agressivos.
INTERVENÇÃO www.neurologia.com
Múltiplas revisões
09/07/2017
Adaptação do Guia australiano de classificação das Adaptação do Guia australiano de classificação das
intervenções intervenções
Roberts & Prior, 2006 Roberts & Prior, 2006
Intervenções psicodinâmicas
Intervenções baseadas na Intervenções centradas na comunicação:
Intervenções biológicas Medicações
terapia Visual supports/Alternative and Augmentative
Intervenções complementares e alternativas
Communication (AAC)
Intervenções educativas Picture Exchange Communication System (PECS)
Intervenções Applied Behaviour Analysis (ABA) Social Stories
comportamentais Comtemporary ABA, e.g. Natural Language Facilitated Comunication
Paradigm Functional Communication Training (FCT)
Intervenções baseadas no Developmental Social‐Pragmatic Model (DSP) Intervenções sensoriomotoras:
desenvolvimento Floor Time Sensory Integration
(Intervenções evolutivas) Relationship Developmental Intervention Auditory Integration Training
Doman‐Delacato method)
Adaptação do Guia australiano de classificação das Modelos de intervenção:
intervenções
Roberts & Prior, 2006
complexidade e multiplicidade
Existem mais de 400 tratamentos e intervenções para PEA!
Intervenções combinadas Social‐Communication, Emotional Regulation and (Rhode Island Department of Health’s, 2011)
Transactional Support (SCERTS)
Treatment and education of autistic and related • Uns estão mais estudados que os outros;
communication handicapped children (TEACCH)
Learning Experiences: Na Alternative Program for • A tendência é combinar o melhor de vários modelos de uma forma estruturada;
Preschoolers and Parents (LEAP)
[DENVER (Early Start Denver Model)] • Todos têm aspetos positivos e limitações;
Intervenções baseadas na The Hanen Program
família The Early Bird Program • Varia consoante características da pessoa, idade, contextos, dinâmicas familiares;
Outras intervenções Higashi/Daily Life Therapy; The Option Method;
Music Intervention Therapy; Spell; The Camphill
Movement; Miller Method Não existe um modelo único que seja considerado o mais eficaz!
(Cervera et al, 2011; Mesibov & Shea, 2009; Myers & Johnson, 2007)
09/07/2017
Não Existe Um Modelo Único Que Intensidade do programa
Modelos de intervenção Iniciar a intervenção o mais cedo possível
Seja Considerado O Mais Eficaz!
Complexidade e multiplicidade Incluir a família na intervenção
Devem ser avaliadas as necessidades e
potencialidades da criança, da família e • Há uma falta geral de boa validação científica da eficácia dos diferentes métodos de
de todos os contextos e utilizar os intervenção;
modelos/estratégias com comprovada
• Embora cada programa se baseie numa filosofia diferente e utilize estratégias de
eficácia que vão de encontro aos
intervenção únicas, há também uma considerável sobreposição nos componentes dos
objetivos de intervenção.
programas;
(Cervera et al, 2011; Corsello, 2005; Myers & Johnson, 2007)
Independentemente do modelo de intervenção, a bibliografia prioriza seguir determinadas
recomendações.
Práticas Baseadas na Evidência (EBP) Práticas Baseadas na Evidência
As intervenções que os investigadores têm demonstrado ser eficaz são chamadas de
práticas baseadas em evidências.
Práticas Baseadas na Evidência:
Aprofundar conhecimento!
(Salvadó‐Salvadó et al, 2012)
•Deve incluir a família, sempre!
09/07/2017
Intervenção: Intervenção:
Linhas orientadoras Linhas orientadoras (cont.)
Para ser exemplo de boas práticas, as intervenções devem incluir 4 princípios fundamentais:
Existem muitos elementos essenciais para um melhor resultado, a longo prazo:
1. Individualização: refletir a diversidade do espectro e as
1. Educação ‐ um início precoce, a atenção a todas as áreas de desenvolvimento, um
diferenças individuais.
ambiente o menos restritivo possível, pessoas familiarizadas com as PEA e com a
criança;
2. Apoio acessível na comunidade – diferentes serviços bem formados e organizados,
que podem ajudar uma pessoa com autismo a alcançar o seu potencial e as suas metas;
2. Estrutura: adaptar os métodos de monitorização do
3. O acesso a todos os serviços, geralmente disponíveis, técnicos psicológicos e ambiente para maximizar a participação.
médicos.
Intervenção: Intervenção:
Linhas orientadoras (cont.) Linhas orientadoras (cont.)
Para ser exemplo de boas práticas, as intervenções devem incluir 4 princípios fundamentais: Para ser exemplo de boas práticas, as intervenções devem incluir 4 princípios fundamentais:
3. Intensidade e generalização: a longo prazo, sistemática, as 4. A participação da família: os pais são elementos fundamentais em
intervenções diárias em diferentes configurações e envolvendo todos qualquer intervenção e devem receber formação, informação e apoio
aqueles em contacto com a pessoa com PEA asseguram que as que respeite a família, os seus valores e cultura. Outros apoios
competências aprendidas podem ser transferidos para situações da práticos são necessários para evitar a discriminação e garantir a
vida real. Apoio e orientação de profissionais das PEA na orientação mesma qualidade de vida.
das intervenções.
09/07/2017
Intervenção no autismo Orientações para a intervenção
RELAÇÃO POSITIVA
• Perturbação do Espetro do Autismo EXPERIMENTAR
2º Pedir
189
Algumas Áreas De
Intervenção
Comportamento
Socio‐emocional
Cognição e Aprendizagem
Sexualidade
Comportamento
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Objetivos
Podemos separar a intervenção na Depois do diagnóstico...
socialização e no comportamento?
• Perturbações associadas?
• Criar oportunidades de intervenção
• Pontos forte?
• Aproveitar o contexto natural
• Utilizar todas as vertentes presentes • Pontos fracos?
numa atividade
• Estratégias para compensar défices?
• Dar continuidade
• Grau de motivação?
• Aumentar grau de dificuldade
195 196
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Comportamento disruptivo:
197 198
Comportamento disruptivo Comportamento disruptivo
1) Consideração cultural
2) Não se resume a colocar alguém em perigo
199 200
09/07/2017
3) Comportamento enquanto expressão da interação entre a pessoa e o contexto Quando o comportamento se torna um problema:
201 202
Comportamento disruptivo
COMPORTAMENTOS
Metáfora do Iceberg, Modelo TEACCH DESAFIANTES
AUTOAGRESSÕES COMPORTAMENTOS
REPETITIVOS
COMPORTAMENTOS AGRESSIVIDADE
DISRUPTIVOS ISOLAMENTO
NEGATIVISMO
DÉFICES *INTERESSES
SUBJACENTES ESPECIAIS *NECESSIDADE DE
ESTRUTURAÇÃO
*PROBLEMAS DE
COMUNICAÇÃO *NECESSIDADE DE
ESTIMULAÇÃO
SENSORIAL
203 204
Metáfora do Iceberg, Modelo TEACCH
09/07/2017
Comportamento disruptivo Comportamentos disruptivo
Temos que mudar alguma coisa
Comportamento para atingir objetivo
O que mudar?
Consegue Não consegue
205 206
Comportamento disruptivo Comportamentos disruptivos
• Justificar com a maldade
Erros de base: As atitudes problemáticas podem cumprir uma dupla função:
• Atuar sem pensar
• Ver só o comportamento a eliminar Comunicar necessidades, desejos, Adaptar-se aos distintos contextos e
• Culpabilizar os outros estados emocionais ou físicos, para às exigências ambientais, quando
as pessoas que não possuem as carecem de competências
• Estabelecer cada um as suas estratégias
ferramentas adequadas. adaptativas.
• Não analisar a função do comportamento
• Intervir sobre um único aspeto
Comportamentos disruptivos no autismo como condutas reguladoras
• Não apoiar
• Evitar o problema A maioria dos comportamentos disruptivos são consequência de défices de
competências para um controlo apropriado do contexto físico e social
207 208
09/07/2017
Comportamentos disruptivos Comportamentos disruptivos
Fatores que facilitam o aparecimento de problemas de comportamento
Funcionalidade dos • Situações livres, sem estrutura
comportamentos
• Linguagem complexa ou dificuldade em comunicar
• Situações de espera sem informação
• Tarefas e lugares não adaptados
Sensorial Equilibradora Comunicativa
• Pedir para interromper atividades prazerosa sem antecipação
• Negar pedidos
Pedido
• Situações que provocam medo e frustração
Rejeição
Chamada de atenção • Exposição a estímulos que não são capazes de tolerar
209 210
Comportamentos disruptivos Comportamento disruptivo
Peculiaridade da pessoas com PEA
Exemplos:
• Limitações cognitivas
o “Cegueira mental” / Teoria da mente Agressões a Destruição de
Auto- agressões Atitude disruptiva
outros objetos
• Alterações sensoriais • Bater-se • Causar dor física • Destruir • Interferir com a
o Hipersensibilidade • Morder-se a outras pessoas deliberadamente atividade de
o Hiposensibilidade ou animais outros
• Problemas de comunicação
Hábitos atípicos ou Comportamento Isolamento ou falta Comportamento
o Expressão de necessidades, desejos e preferências socialmente
repetitivos ofensivo de atenção não cooperativo
• Interesses restritos / especiais • Comportamentos • Comportamento • Problemas de • Recusa
o Sensoriais atípicos que se que ofende o relacionamento obedecer
repetem outro ou atenção • Recusar assistir
o Défices ao nível dos interesses sociais
a aula
211 212
09/07/2017
Comportamento disruptivo Compreensão social
3 estratégias base para promover o desenvolvimento ajustado ao nível do Défices ao nível da compreensão social poderão estar na base de diversos
comportamento:
comportamentos desajustados.
213 214
Intervenção no comportamento
215 216
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Intervenção no comportamento Intervenção no comportamento
Abordagem Proativa
Abordagem Proativa
217 218
Intervenção no comportamento Intervenção no comportamento
Modelo de Ensino Estruturado (TEACCH) Modelo de Ensino Estruturado (TEACCH)
Respeita a forma muito específica de pensar e aprender das crianças com PEA
Promoção de desenvolvimento
Prevenir a ocorrência de muitos problemas nas PEA
Compensa muitos défices cognitivo e sociais Regulação emocional e comportamental
Colmata a dificuldade em antecipar e compreender o mundo social que as rodeiam
219 220
09/07/2017
Intervenção no comportamento Intervenção no comportamento
Outros métodos e outras estratégias...
5 componentes principais para o EE:
① Estruturação física da sala
• O modelo do ensino estruturado preconiza a utilização de outras estratégias
② Horário de atividades baseadas na psicologia da aprendizagem, das quais sendo as mais importantes:
③ Plano de trabalho
④ Pistas visuais facilitadoras
1) Instruções verbais: Deverão ser curtas, claras, fáceis de entender. Utilizando o
⑤ Rotinas mínimo necessário de linguagem estaremos a ajudar a criança a identificar os
conteúdos mais relevantes da mensagem.
Outras estratégias de intervenção:
• Instruções verbais 2) Análise Comportamental Aplicada (ABA): Consiste no processo de aplicação
• Ajudas (físicas) dos procedimentos de intervenção baseados na Teoria Comportamental e no
• Reforço positivo processo de avaliação dos efeitos dessa intervenção.
• Analise Comportamental (ABA)
• Análise de Tarefas
221 222
Intervenção no comportamento Tipos de reforço
ABA
Um comportamento seguido por um estímulo reforçador resulta numa
Abordagem à modificação do comportamento
probabilidade aumentada de que aquele comportamento ocorra no futuro.
Investigação sistemática, controlada e empírica do comportamento:
• Modelo de intervenção mais estudado para PEA;
• Tem claramente a maior preponderância de provas apoiando a sua eficácia; Antecedente Comportamento Consequência
(instrução) resultante (+ ou ‐)
• Nenhuma abordagem de tratamento “chega perto” do ABA na validação ou força de evidência
Ajudas/pistas Reforço positivo
científica empírica. Desejado
Feedback Punição
Aplicação de métodos de análise comportamental com o objetivo de modificar
comportamentos - aumentar comportamentos adaptados e generalizá-los a Extinção
Objetivos
novos contextos e situações.
223
(Ryan, 2011; Weiss, Fiske & Ferraioli, 2008) 224 224
09/07/2017
Tipos de reforço Tipos de reforço
um comportamento seguido por um estímulo reforçador resulta numa
probabilidade aumentada de que aquele comportamento ocorra no futuro.
225 226
https://www.youtube.com/watch?v=NbVG8lYEsNs
Intervenção no comportamento
Outros métodos e outras estratégias...
https://www.youtube.com/watch?v=crFjZlWWZo0&index=2&list=PLi_L1wWmjaU-lcfJK-wXGimd2P6HUqLRI
Tipos de reforço Tipos de reforço
• Reforço primário (comida, bebida, temperatura);
• Reforço primário (comida, bebida, temperatura);
• Reforço secundário ou condicionado (atividades, doces, jogos, snacks,
• Reforço secundário ou condicionado (atividades, doces, jogos, snacks, brinquedos brinquedos ou tempo com a pessoa favorita ou reforços sensoriais);
ou tempo com a pessoa favorita ou reforços sensoriais);
• Reforço generalizado (dinheiro, louvores, estrelas, reforço social);
• Reforço generalizado (dinheiro, louvores, estrelas, reforço social);
• Reforço positivo (atenção do adulto, abraço ou sorriso);
• Reforço positivo (atenção do adulto, abraço ou sorriso);
• Reforço negativo (terminar uma tarefa, terminar uma atividade muito difícil ou
• Reforço negativo (terminar uma tarefa, terminar uma atividade muito difícil ou desligar desligar a música).
a música).
um comportamento seguido por um estímulo reforçador resulta numa
probabilidade aumentada de que aquele comportamento ocorra no futuro.
229 230
https://www.youtube.com/watch?v=TDijJjKHMVQ&list=PLi_L1wWmjaU‐lcfJK‐wXGimd2P6HUqLRI&index=3
Intervenção no comportamento
Outros métodos e outras estratégias...
4) Ajudas: Para além das ajudas visuais anteriormente referidas, as ajudas físicas
poderão orientar as acções das crianças nas diferentes etapas da realização de uma
tarefa, e as ajudas verbais poderão ajudar a lembrar etapas importantes da actividade.
231 232
09/07/2017
Intervenção no comportamento Intervenção no comportamento
Outros métodos e outras estratégias...
233 234
Mesmo com muita planificação e prevenção de crises, elas ocorrem. Relembrar as recompensas
Relembras as regras
Intensificação Forma de evitar 1: proporcionar oportunidades para relaxar a situação
Forma de evitar 2: mudança de orientação
Modificar o pedido
Tranquilizar a situação
Ansiedade Fase de Fase de
Frustração intensificação recuperação Despejar a zona 1: despejar o ambiente
Stress Despejar a zona 2: proteger as outras pessoas
Fase Explosão Conseguir ajuda
desencadeante Dar uma resposta de baixa intensidade
Intervenção física se necessário
Dar espaço
Regressar à normalidade
Minutos - Horas Recuperação Realizar novamente o pedido
Whitaker & cols., 2001
235 Falar sobre a situação 236
09/07/2017
Intervenção
Algum material
Intervenção
Algum Material
237 238
Intervenção Intervenção
Algum material Algum material
239 240
09/07/2017
Intervenção Intervenção
Algum material Algum material
241 242
Intervenção Intervenção
Algum material Algum material
243
09/07/2017
Intervenção Intervenção
Algum material Algum material
Intervenção Intervenção
Algum material Algum material
As opções do R.
248
09/07/2017
Às vezes fico zangado! O que fazer quando estou zangado?
É normal…
249 250
Más escolhas podem arranjar‐me problemas
É difícil mas eu tenho que fazer uma escolha
251 252
09/07/2017
Boas escolhas podem ajudar‐me a ficar
Ficar cara a cara para se confrontarem:
mais calmo
MÁ ESCOLHA!
253 254
Empurrar o outro: Atirar coisas:
MÁ ESCOLHA MÁ ESCOLHA
255 256
09/07/2017
Então o que posso fazer para acalmar‐me?
Posso usar as minhas palavras:
BOA ESCOLHA!
257 258
Posso fazer um intervalo: Posso respirar fundo 3 vezes:
BOA ESCOLHA BOA ESCOLHA
259 260
09/07/2017
Posso apertar uma almofada com toda a minha
força: Posso ir dar uma volta lá fora:
BOA ESCOLHA BOA ESCOLHA
261 262
Posso ir beber alguma coisa, como água ou chá: Posso pedir ajuda:
BOA ESCOLHA BOA ESCOLHA
263 264
09/07/2017
O importante é fazer o nosso melhor,
Não tem mal dizer que preciso de ajuda!
fazendo boas escolhas!
265 266
Intervenção
Algum material
Outro exemplo...
...
E em pouco tempo voltarei a estar alegre…
...
267 268
09/07/2017
Aproveitar os recursos
• Relação com terapeuta / psicólogo
• Relação com outros profissionais
• Relação com familiares
• Relação com outros utentes
Socialização
269
Objetivos
Imitação Imitação
• É a base da aprendizagem cultural, nomeadamente da linguagem
A imitação ocorre em vários domínios
• Poderosa ferramenta de aprendizagem em todas as idades
• A imitação é um processo automático (efeito camaleão) • Imitação facial: reproduz expressões do outro (favorece sintonia emocional)
• Imitação vocal: explora e adquire novos sons e palavras que servirão de base para
a linguagem
Quando observamos alguém a agir de determinada
• Imitação gestual: aprende o poder dos gestos comunicativos (compreensão e uso)
maneira, esse comportamento torna-se parte do
• Imitação de objetos com ações: aumenta capacidade de raciocínio e compreensão
nosso próprio conjunto de competências através de
sobre a forma como usamos os objetos para agir sobre o ambiente
um processo de aprendizagem a que os teóricos
• Imitação com ferramentas: preparam-se para assumir papéis adultos que
dão o nome de aprendizagem observacional
envolvem tarefas de imitação de ocupação, recreação e vida diária
(Bandura, Ross & Ross, 1963).
Imitação na PEA Como ensinar a imitação?
Menos apetência para imitar palavras, gestos e ações dos outros, comparativamente A abordagem básica de ensino envolve:
às crianças da sua idade (Rogers et al., 2003).
A captação da atenção da criança com uma atividade motivadora, modelando uma ação e,
depois, levando a criança a imitar antes de continuar a uma atividade gratificante.
Reduz drasticamente as oportunidades de aprendizagem!
275 276
09/07/2017
(2) Imitação de movimentos corporais, sem objetos, ou imitação gestual; 2. Imitar uma ação familiar modelada primeiramente pelo adulto: o adulto modela
uma ação com um objeto que esteja presente no repertório da criança, mas não com um
(3) Imitação oro-facial; objeto que a criança tenha estado a usar, e entrega o objeto à criança.
(4) Imitação de sons e palavras 3. Imitar uma ação nova simples: o adulto modela uma ação simples dentro das
– Mais difícil de ajudar
capacidades da criança, mas uma ação com um objeto específico que não tenha ainda
sido usado pela criança, e entrega o objeto à criança.
Imitação de ações com objetos Imitação de ações com objetos
(Modelo Denver de Intervenção Precoce) (Modelo Denver de Intervenção Precoce)
Objetivo: a criança deve imitar rapidamente cada passo, na sua vez, e poderá fazê-lo com
uma série de conjuntos de objetos. As ações devem ajustar-se ao uso funcional (convencional)
dos materiais. Por exemplo, num contexto a imitar a hora da refeição
com pratos, colheres, copos e com as bonecas, num dado
momento pode colocar a tigela na sua própria cabeça e
chamar-lhe de “chapéu”.
279 280
09/07/2017
Imitação gestual Imitação oro‐facial
(Modelo Denver de Intervenção Precoce) (Modelo Denver de Intervenção Precoce)
281
Reforço sempre que a criança imita! 282
Imitação oro‐facial Ensino da imitação gestual para gestos
(Modelo Denver de Intervenção Precoce) convencionais
• Use atividades que envolvam as partes do corpo, como:
• Associe o gesto a ser ensinado ao comportamento comunicativo que a criança já
– tocar no nariz, na língua tem para expressar essa função pragmática.
– mexer nas bochechas, na boca, nas orelhas, a acariciar a • Procure desenvolver atividades que desencadeiem o gesto comunicativo na
cabeça criança para essa função (e.g. afastar um alimento indesejado).
– tocar nos dentes • Assim que a criança produzir o gesto comunicativo, retenha o reforço, modele o
gesto desejado (exagere!) e ajude a criança a imitá-lo. Dê reforço imediatamente.
– mandar beijinho como parte de uma canção ou jogos sobre
as partes do corpo • Depois de várias tentativas, assim que a criança imita com facilidade o gesto,
comece a enfraquecer o modelo (a ajuda) mas não se esqueça de usar o gesto
nas suas próprias comunicações, com frequência.
Utilização do espelho: vantagens e desvantagens...
283 284
09/07/2017
Imitação vocal
Longa série de passos:
• Aumentar as vocalizações, reforçando-as Seguir
• Imitar as ações e vocalizações da criança para cativá-la e aumentar imitação iniciativa
da criança
• Desenvolver rondas de imitação vocal
• Imitar vocalizações bem-estabelecidas
• Aumentar as vocalizações diferenciadas
• Quando a criança não produz fonemas [Terapia da fala?]
• Usar contextos e sons significativos
Não enfatizar a articulação
•
• Não enfatizar a imitação de enunciados com muitas palavras
ENSINAR COMPETÊNCIAS DE JOGO
em falantes iniciais
• Repetir mas não exagerar!
285 2
A importância do jogo Competências de jogo
• Ensinar ações de jogo sensório-motor espontâneos
• Descobrir o corpo e explorar o ambiente
• As suas preferências
• Como interage com as outras crianças – Inversão de papéis no jogo funcional
Fonte de informação acerca da criança • Como reage ao perder • ex.: colocar chapéu
• Quanto tempo permanece na tarefa – Competências de jogo paralelo
• Com explora o ambiente • Líder e seguidor deve alternar com
• Jogo estruturado VS jogo livre fluidez
287 288
09/07/2017
Competências de jogo Competências de jogo
• Ensinar ações de jogo simbólico
Envolve a construção de aspetos mais abstratos da representação do jogo convencional
• Ensinar a dramatização
Socialização
Ato ou efeito de socializar Adaptação de um indivíduo a um grupo
SOCIALIZAÇÃO Exige:
Aprender e interiorizar as regras e
valores de determinada sociedade
292
09/07/2017
Socialização Dificuldades observada na socialização
Socialização na PEA Avaliar para intervir
Socializar = situações angustiantes, incongruência, confusão... Avaliar interação social
• Competências de jogo
Défices ao nível da interação social – Imitar, jogar à vez, respeitar regras, iniciar/manter/terminar jogo
295 296
09/07/2017
Avaliar para intervir
• Sabe partilhar?
• ...
297
• Expressão corporal
• Conteúdo verbal
SOCIALIZAR
299 300
09/07/2017
• Saber defini-lo
Respeitar regras de conversação:
• Encontrar soluções
Não falar excessivamente • Escolher uma opção
Responder às perguntas
• Desenvolver um plano de ação
Colocar questões
Não interromper • Saber pedir ajuda
Saber descodificar sinais não-verbais
301 302
Autismo de A a Z
Socialização – Atenção Conjunta
Atenção conjunta: capacidade de coordenar a atenção entre um objeto e uma
pessoa (responder e chamar atenção)
E mais componentes...
• Partilha de interesses
• Trocas sociais
• Oportunidades de aprendizagens
• Relacionamentos interpessoais
304
09/07/2017
outras pessoas
COMPREENSÃO EMOCIONAL
305 306
• Identificação de emoções baseada na situação Parar ou alterar uma ação / discurso que incomoda o outro
Nível 3
Tentar perceber a perspetiva do outro
307 308
09/07/2017
309 310
Dificuldades na socialização
• Alterações na linguagem
• Falha na teoria da mente: mais importante para perceber e interagir com o outro
311 312
09/07/2017
Como intervir
Objetivo geral:
Dar ferramentas para compreender e ajustar-se melhor a certas situações sociais, no
sentido de conseguir uma melhor integração, podendo culminar numa melhor auto-
estima. Treino de competências Sociais
Considerar:
• Necessidades (idade, escolaridade, ...)
• Competências cognitivas
• Competências comunicacionais
• Motivação
313
Treino de competências sociais Treino de competências sociais
• Melhorar o desenvolvimento de aptidões sociais para ajudarem a sentir-se mais à As crianças com autismo têm dificuldade em:
vontade num mundo que é, em grande parte, social
• entender as regras do comportamento social
• A intervenção deve respeitar:
• manter o contacto visual
– as necessidades • reconhecer e ultrapassar os seus problemas sociais
– nível de capacidades da criança/adolescente • desenvolver e manter amizades
• competências de conversação
Treino de competências sociais Treino de Competências Sociais
Traçar o Perfil Individual:
Cumprimentar / despedir
• A criança sabe partilhar?
Bom jogador
Treino de Regras Sociais Jogo Eu ganhei! Feliz
Treino de emoções
Treino de emoções Treino de emoções
• Explicar emoções do quotidiano
• Álbuns das emoções
– Revistas
– Fotos
– Desenhos
• Diário de emoções
• Explorar expressões corporais
• Role Play
– Dramatizar
– Vídeos
327 328
09/07/2017
Treino de emoções Treino de emoções
329 330
Treino de emoções Treino de emoções
331 332
09/07/2017
Treino de emoções Treino de emoções
333 334
Treino de emoções Treino de emoções
335 336
09/07/2017
Treino de emoções Treino de emoções
337 338
Treino de emoções Treino de emoções
Reforço
Estrutura
Regra social
339 340
09/07/2017
Treino de emoções Treino de emoções
341 342
Treino de emoções
EMOÇÕES NO DIA-A-DIA
343
09/07/2017
09/07/2017
Expressão corporal Teoria da Mente
• Role Play
• Espelho
• Mímica
• Imagens
• Jogos
Teoria da Mente Aprender brincando
Várias objetivos:
351 352
09/07/2017
Aprender brincando
• Reforço
• Gestão de emoções / frustração
• Cumprimento de regras
• Dar a vez
• Pedir para ser o primeiro/ escolher cor
• Cooperar
• Saber perder / ganhar
• Esperar
• Estratégia
• Teoria da mente
• ...
353
09/07/2017
09/07/2017
Histórias sociais
09/07/2017
Histórias sociais Histórias sociais
Desenvolvidas por Carol Gray com o intuito de fornecer às pessoas com PEA, um
amplo leque de informações sociais importantes. É um processo que tem em consideração e respeita a perspetiva da pessoa com PEA
365 366
367 368
09/07/2017
- Identificam variáveis contextuais da situação alvo - Descrevem a reação / sentimentos associados à situação social por parte dos outros
Exemplos:
A maioria das pessoas escova os dentes depois do pequeno almoço.
Esta é uma boa ideia. (salientar um ponto)
Exemplos:
Vou tentar sentar-me e ficar quieto no autocarro. Isto é muito
- Vou tentar almoçar no refeitório.
importante. (referência a uma regra)
- Posso pedir ajuda ao meu professor para o trabalho de matemática.
- Na aula de ginástica posso escolher jogar basquete, andar à volta do Vou tentar manter o meu cinto de segurança apertado. Isso é uma
ginásio ou saltar no trampolim. 371 coisa segura. (referência à lei) 372
09/07/2017
Sem preparação / elaboração, / avaliação, a história obtida poderá não resultar numa
História Social.
373 374
Histórias Sociais – Exemplos (2)
“SIMULAÇÃO DE UM INCÊNDIO
NA ESCOLA”
375
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377 378
379 380
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Com calma fazemos uma fila. Vamos todos para o campo de jogos
381 382
Esperamos pelos bombeiros A professora R. vai ficar feliz quando vir que faço tudo bem
383 384
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386
Os homens…
e as mulheres também usam roupas diferentes!
387 388
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389 390
Quando as pessoas usam roupas pretas, não quer dizer ...e por uma questão de
religião.
que elas são más! Por estarem de luto
(luto é quando uma
As pessoas usam roupas pretas para ficarem mais pessoa da família
“chiques” e elegantes. morreu e algumas
pessoas sentem que
devem usar roupa
preta)...
391 392
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castanho – confortável
laranja - perguntas
395 396
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Empatia
Isto serve para chamar a
Posso falar? atenção de forma educada. Autoregula‐ Competências
ção de conversação
Só posso interromper se for
muito importante.
397 398
Grupos Competências Sociais
Perca de
Grupos de competências Sociais Défices iniciais Interação limitada
experiências
Dificuldades em
Défices Ansiedade e
ter amigos e
suplementares Depressão
emprego
400
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• Expressão des emoções (Gattegno & De Fenoyl, 2004), tentam encontrar uma maneira de ajudar os seus utentes / alunos dentro das PEA
Liratni & Blanchet
401 402
③ Fornecer suporte linguístico adequado ao nível de compreensão do grupo ⑨ Oferecer oportunidades para a generalização programada e prática contínua (para
④ Promover múltiplas e variadas oportunidades de aprendizagem que as habilidades sejam usadas e úteis para além do grupo)
403 404
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Grupos ‐ Investigação
Grupos ‐ Investigação
Sugerem:
Sugerem: Intervenção para crianças com menos de 6 anos cuja maior plasticidade cerebral
Desenvolvimento de programas específicos de treino para os pais no sentido de permite o desenvolvimento de competências sociais que deverão ser praticadas
promover a generalização aos diversos contextos de vida das crianças ao longo da idade escolar
Desenvolver programas que incluam a intervenção em outros comportamentos Programas adequados às necessidades específicas – treino de competências
que interferem na adaptação social (ex.: ansiedade extrema) básicas VS treino de competências sociais mais complexas
407 408
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As crianças com PEA são capazes de realizar aprendizagens académicas?
• Integração em salas de ensino regular depende das competências comportamentais e das seguintes
variáveis
Dificuldades na sala de aula
• Pequenas alterações na sala de aula
Perfil Cognitivo
• Prestar atenção a indicações fundamentais
• Teoria da Mente • Interpretação literal ou perceber brincadeiras
• Coerência Central • Partilhar pensamentos ou sentimentos
• Funções Executivas • Regras implícitas
• Barulho ou conversas paralelas
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Dificuldades no recreio
• Bullying
• Brincar vs gozar
• Falar dos mesmos assuntos que os pares
• Partilhar interesses
• Resolver conflitos com os pares
• Isolamento COGNIÇÃO
COGNIÇÃO COGNIÇÃO
COMPETÊNCIAS FORTES DÉFICES DÉFICES
• Memória visual • Generalização • Falha na atenção conjunta
• Visualização • Associação objeto-imagem • Memorização seletiva
• Espacial • Pesquisa percetiva • Memória de trabalho
• Ordenação • Abstração • Planeamento
• Fazer associações e seguir • Flexibilidade cognitiva • Transição das tarefas
padrões • Sequência de padrões • Coerência central
• Memória imediata • Dependência de reforços • Controlo dos impulsos
• Rotinas • Partilha de atenção e atenção
demasiado detalhada
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ESTRATÉGIAS Desenvolvimento cognitivo nas PEA
• Reforço • A PEA está associada ao Défice Cognitivo em cerca de
• Diminuição/Eliminação do Reforço 50% (Johnson, Myer, & APP, 2007).
• Modelação • O denvolvimento cognitivo nas PEA encontra-se
• Recompensas alterado em várias áreas.
• Utilização dos interesses restritos
• Redução dos estímulos distratores – claridade visual • Encontramos um perfil de desenvolvimento/cognitivo
heterogéneo.
• Organização visual
• Instruções visuais • Têm melhor desempenho nas competências não-
• Horários de trabalho e planos de trabalho verbais do que verbais e em tarefas que são menos
abstratas e mais concretas.
Perfil cognitivo nas PEA Perfil cognitivo nas PEA
competências fortes competências fortes
• Memória visual – facilidade em tarefas de associação de
imagens iguais, lotos de imagens, de letras, de números, de • Visualização espacial – relacionada com a memória
figuras geométricas, de imagens, de símbolos.
visual, permite que a criança identifique formas e as
memorize.
Possibilita a aprendizagem de categorias cognitivas.
Permite o ensino da arrumação e da organização dos • Ordenação – “perfil obsessivo”, necessidade de ter
materiais, e a aprendizagem será facilitada se os materiais
estiverem organizados de forma a “falar por si”.
tudo ordenado de forma específica faz com que a
aprendizagem possa ser facilitada pela ordenação.
Necessidade de alteração constante das atividades e Tarefas como ordenação de imagens, números ou
disposição. letras.
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Perfil cognitivo nas PEA Perfil cognitivo nas PEA
competências fortes competências fortes
• Fazer associações e seguir padrões por cópia – • Memória imediata – são capazes de repetir o que lhes
a criança tem muitas vezes facilidade em associar é dito, assim como realizar tarefas de imediato. Menos
imagens iguais, copiar um modelo seguindo um competentes quando o material verbal complexifica.
padrão de cores, de formas, etc., no entanto, já não • Rotinas – o prazer pela repetição e pela manutenção
tem a mesma facilidade para continuar com uma da sequência dos acontecimentos permite que possam
tarefa se não tiver modelo visual, uma vez que não ser feitas aprendizagens como cálculo simples.
consegue tirar o sentido do padrão.
Perfil cognitivo nas PEA Perfil cognitivo nas PEA
défices défices
Perfil cognitivo nas PEA Perfil cognitivo nas PEA
défices défices
• Flexibilidade cognitiva – aprendizagens feitas de forma • Dependência de reforços – visuais e auditivos, o que
muito rígida, levando a criança a adotar respostas impede a autonomia na aprendizagem e faz com que a
aprendidas na resolução de problemas. Quando a resposta criança apenas consiga aceder ou transmitir o conhecimento
não funciona, a criança fica sem saber o que fazer e acaba se tiver uma pista. É necessário ir diminuindo o reforço
por repetir a mesma resposta. usado.
• Sequência de padrões – dificuldade em compreender a • Partilha de atenção e atenção demasiado detalhada –
lógica do padrão e reproduzir de forma autónoma e sem perda do sentido global da aprendizagem, dificuldade em
modelo. Muito dependente do estímulo visual e não recorrer lidar com vários estímulos em simultâneo e em mudar o foco
a uma representação mental do mesmo. Dificuldades na da atenção para outra aprendizagem , ficando demasiado
sequência temporal. fixados a um detalhe por vezes irrelevante.
Perfil cognitivo nas PEA Perfil cognitivo nas PEA
défices défices
• Falha na atenção conjunta – impede que a criança preste
atenção ao que o seu interlocutor esta a falar ou a ensinar. • Planeamento – dificuldade em programar antecipadamente
o seu trabalho.
• Memorização seletiva – memoriza apenas acontecimentos
que lhe dizem respeito e nos quais teve uma participação
ativa, levando à aquisição de conhecimentos parcelares. • Transição das tarefas e dos contextos – revela rigidez de
funcionamento e tendência para a perseveração , o que leva
a alterações comportamentais sempre que se tenta mudar de
• Memória de trabalho – dificuldade em manter a informação
que está a aprender ativa e a refletir sobre ela, assim como tarefa ou ed contexto. Ligada à dificuldade na adaptação a
em a aplicar em contextos futuros. Dificuldades também na situações novas, preferindo manter-se na situação atual, já
memória episódica. conhecida e familiar.
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Perfil cognitivo nas PEA Estratégias para a promoção cognitiva
défices nas PEA
• Coerência central – dificuldade em apreender o todo, • Reforço – qualquer ajuda física, verbal ou gestual que é
preferindo aprendizagens parcelares, tendo dificuldade dada ao sujeito para o ajudar a completar com sucesso uma
em sintetizar a informação num conceito de todo. determinada tarefa. Deve ser o mínimo possível e ir
diminuído.
• Diminuição/eliminação do reforço – é importante pois
• Controlo de impulsos (verbais e motores) – não permite a generalização. Deve diminuir partindo do reforço
conseguem refletir sobre a situação/contexto de modo físico, depois gestual, auditivo e visual.
a verificar se a resposta que vão dar é adequada à • Modelação – falha na imitação necessita muitas vezes da
situação. concretização física do modelo. Também deve ser retirada
gradualmente. Lima, 2012
Estratégias para a promoção cognitiva
Fazer um escritório
nas PEA
Promover o trabalho autónomo Promover o trabalho autónomo
• O sistema de trabalho é uma forma lógica de organizar uma série
de tarefas. Para as crianças com boas capacidades de leitura, o
sistema de trabalho é geralmente fornecido sob a forma de uma
lista de tarefas, fornecendo 4 elementos de informação
importantes:
Estratégias para a promoção cognitiva Estratégias para a promoção cognitiva
nas PEA nas PEA
• Interesses restritos – fatores de motivação para a
aprendizagem. 2. Introduza um assunto de forma que esteja relacionado com o seu interesse especial
Interesse do aluno: Metereologia
Novo tema de estudos sociais: Cidades, subúrbios e vilas do nosso país
Tente: Registar as temperaturas das cidades indicadas.
1. Deixe que ele use o seu interesse especial quando estiver a trabalhar 3. Ensine uma capacidade nova ou difícil relacionando-a com o seu interesse especial
num projeto que não esteja relacionado com ele. Interesse do aluno: Postes e fios elétricos
Interesse do aluno: Prédios Capacidade: Multiplicação
Projeto de trabalhos manuais: Desenhar um cartão de Natal
Tente: Se houvesse 4 linhas ligadas ao topo de um poste de eletricidade e se houvesse 3 filas
Tente: Deixar que o aluno inclua o seu interesse no desenho do cartão de
Natal.
dessas linhas a descer o poste, quantas…? [Apresente com um desenho].
Estratégias para a promoção cognitiva Estratégias para a promoção cognitiva
nas PEA nas PEA
4. Ensine conceitos abstratos relacionando-os com o seu interesse especial 6. Aumente o contacto social através do seu interesse especial
Interesse do aluno: Guerra das Estrelas Interesse do aluno: Anos e modelos de carros
Conceito: Empatia e ver o ponto de vista da outra pessoa Objetivo da capacidade social: Iniciar o contacto social
Tente: O Picard muda de forma e transforma-se numa outra entidade estranha (ver o ponto de Tente: Faça um inquérito aos colegas da turma, um de cada vez, quanto aos tipos de carros dos
vista da outra pessoa). Ele agora compreende o que eles sentem e pensam (empatia). pais. Faça um gráfico e revele os resultados aos colegas quanto ao tipo de carro que eles
“querem”. Faça outro gráfico, revelando os resultados.
5. Motive dando tempo para o interesse especial no final do trabalho
Interesse do aluno: Máquinas de lavar
Tente: Quando o trabalho estiver acabado pode ver catálogos de máquinas de lavar.
Estratégias para a promoção cognitiva
Instruções escritas
nas PEA
Esboços, diagramas, modelos, notas e Esboços, diagramas, modelos, notas e
mapas mapas
Quando a informação tem de ser apresentada oralmente, ajudará o
aluno se acrescentar modelos, gráficos, fotografias e imagens.
• Forneça notas escritas
• Minimize as distrações visuais Dê ao seu aluno uma cópia das notas da aula ou um resumo das
Ao escrever informações no quadro, limpe as informações informações que vai apresentar. Ou então combine com outro
supérfulas que possam distrair do que é relevante. colega da aula para que faça uma cópia das notas e a partilhe.
• Fazer esquemas e mapas mentais
• Use o projetor e sublinhe Mostre como as informações se encaixam, em concreto e
Apresente um resumo da sua apresentação e listas dos pontos visualmente. Fazer mapas mentais representa visualmente as
relevantes. Sublinhe as palavras-chave com marcadores coloridos à relações e as ligações entre os elementos da informação.
medida que vai falando. Faça um plano mental no projetor.
.
Faherty, 2006 Faherty, 2006
Estratégias para a promoção cognitiva
Mapas mentais
nas PEA
• Permitem planear,
organizar e ver as
ligações entre
conceitos ou ideias. • Horários de trabalho e planos de trabalho –
permitem informar a criança de como o seu dia vai
correr e quais as atividades em que vai estar
envolvida. Permite controlar alterações de
Mapa mental sobre como fazer mapas mentais. comportamento e introduzir mudanças de modo
Faherty, 2006
gradual.
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Porquê usar o horário? HORÁRIO
Tira partido das forças visuais
Promove a autonomia
Racionaliza o tempo para os interesses especiais
Ensina flexibilidade
Constrói competências vocacionais necessárias
Ajuda uma criança argumentativa a aceitar mais
facilmente as instruções dos outros Faherty, 2006
Adaptações de aula Adaptações de aula
Adaptações de aula Adaptações de aula
COMPETÊNCIAS ACADÉMICAS
COMPETÊNCIAS FORTES DÉFICES
• Memória visual • Compreensão da leitura
• Visualização espacial • Abstração
• Ordenação • Memória auditiva
• Fazer associações e seguir • Memória de trabalho
padrões por cópia • Défice na coerência central
• Memória imediata • Pensamento literal
COMPETÊNCIAS ACADÉMICAS • Rotinas • Défice na atenção
• Atenção ao detalhe
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ESTRATÉGIAS A aprendizagem académica
• Suporte visual
• Repetição e ordenação • A aprendizagem das competências académicas é importante
• Aprendizagem objetiva e concreta e determinante para a autonomia pessoal de cada pessoa
2012).
(Lima,
Leitura e escrita Leitura e escrita
• Modelos de aprendizagem da leitura e escrita: ATENÇÃO
Cálculo As crianças com PEA são capazes de aceder a aprendizagem académica?
Perfil académico Perfil académico
competências fortes défices
Perfil académico Estratégias para a promoção das
défices aprendizagens académicas
• Pensamento literal (dificuldade em aceder a aprendizagens
de conhecimentos mais abstratos e que implicam a • Promoção da aprendizagem através do suporte
interligação de conceitos).
visual ou ensino visualmente estruturado
• Défice na atenção (dificuldade em focalizar a atenção para
a informação relevante numa instrução, impede a criança de
retirar a informação relevante). As crianças com PEA têm um estilo de aprendizagem
• Mudança no foco da atenção (dificulta a alternância das essencialmente visual e manipulativo.
aprendizagens, contribuindo assim para a rigidez e
resistência em mudar). Suporte visual
• Seletividade do estímulo e foco intenso em pormenores
irrelevantes (perca do sentido geral da aprendizagem). Manipulação do materiais
Lima, 2012
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Estratégias para a promoção das
aprendizagens académicas
Ordenação de conceitos.
Lima, 2012
Estratégias para a promoção das
aprendizagens académicas
• Aprendizagem objetiva e concreta
http://www.do2learn.com/
Estratégias para a promoção das
aprendizagens académicas
Estratégias para a promoção das
Adaptação material
aprendizagens académicas
Estratégias para a promoção das
Adaptação material
aprendizagens académicas
Estratégias para a promoção das
aprendizagens académicas
Estratégias para a promoção das
aprendizagens académicas
Lima, 2012 Lima, 2012
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Lima, 2012 Lima, 2012
Lima, 2012 Lima, 2012
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Lima, 2012 Lima, 2012
Lima, 2012 Lima, 2012
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Lima, 2012 Lima, 2012
Estratégias para a promoção das
aprendizagens académicas
• Promover o cálculo
Contagem e ordenação de números, deve ser
introduzida de forma sistemática, primeiro com modelo e
posteriormente sem modelo.
Contagem pelos dedos também introduzida de forma
sistemática.
Realização de operações simples ensinadas de forma
Lima, 2012
estruturada, rotineira e repetitiva.
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Lima, 2012 Lima, 2012
Lima, 2012 Lima, 2012
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Lima, 2012 Lima, 2012
Lima, 2012 Lima, 2012
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Lima, 2012 Lima, 2012
Estratégias para a promoção das
aprendizagens académicas
• Promover o grafismo
Uma das áreas mais fracas nas crianças com PEA
(dificuldades na motricidade fina e “aversão” a atividades
gráficas), levando muitas vezes a um desfasamento
entre o nível gráfico e o nível académico.
Devem ser encontradas alternativas como letras e
números destacáveis e ao computador, fichas com
modelo e com picotados. Lima, 2012
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Lima, 2012 Lima, 2012
Lima, 2012 Lima, 2012
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Estratégias para a promoção das
aprendizagens académicas
• Uso do computador
Requisito obrigatório no ensino de crianças com PEA.
Instrumento de aprendizagem para o qual estão
motivados e desde cedo aprendem a mexer.
Utilização de jogos interativos e materiais que se podem
construir em computador.
Testes, fichas e outras atividades podem ser realizados
Lima, 2012
no computador.
Orientações
1. Uso de instruções claras, diretas e simples para cada
tarefa orientada;
2. Uso de estímulos visuais para o estabelecimento de
rotinas e instruções;
ORIENTAÇÕES PARA GESTÃO DE
COMPORTAMENTO EM SALA DE AULA
3. Ensino de comportamentos de obediência e regras;
4. Ensino de comportamentos de solicitação/pedido de
Baseadas na análise de comportamento
ajuda;
5. Estímulo ao desenvolvimento da autonomia e
independência
09/07/2017
Orientações
6) Controlo de estímulos antecedentes e consequentes para
facilitar a ocorrência de comportamentos adequados,
reforçando-os imediatamente;
7) Uso de avaliação da funcionalidade do comportamento;
8) Utilização de reforço positivo para modificar o
comportamento;
9) Na presença de comportamentos inadequados é necessário
fornecer feedback; Adolescência e PEA
10) As adaptações curriculares devem ter em conta as
dificuldades académicas, bem como os pontos fortes.
Consenso na literatura: Autismo enquanto condição para
toda a vida
• Na adolescência, alguns indivíduos com PEA melhoram
consideravelmente, mas outros apresentam um agravamento ao nível do
funcionamento
• Alguns autores relatam que um número muito reduzido de
✗ o aumento da agressividade / irritabilidade
pessoas diagnosticadas com PEA na infância não cumpre os
✗ o aumento dos comportamentos repetitivos e estereotipados
crité́rios de diagnóstico anos mais tarde
✗ perda das competências
✗ aumento dos níveis de ansiedade ou depressão
• Dificuldades de adaptação e integração social para toda a ✗ Isolamento
vida (Rutter, 1970; Kanner, 1973; Howlin ; 1998; Shea e
• A maioria mantém um curso estável de maturação crescente
Mesibov, 2005)
• Melhoria na comunicação e interação social e no comportamento
(Shea & Mesibov 2005)
• Dificuldades nos momentos de transição de ciclos de ensino
e transição para a vida pós‐escolar
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Alguns adolescentes tomam consciência da sua forma muito particular de ser, pensar e • As mudanças físicas que ocorrem na adolescência são iguais, nos jovens com ou sem
aprender, o que poderá: PEA
A grande diferença, nesta faixa etária, são as mudanças ao nível emocional
Ser promotor do desenvolvimento Ser impeditivo do desenvolvimento
(se a “crise” for bem resolvida) (se a “crise” não for bem resolvida) As etapas do desenvolvimento emocional nos adolescentes com PEA
podem ocorrer num ritmo mais lento e prolongarem-se por mais
tempo, quando comparados com outros jovens
originando muitas vezes um esforço consciente risco acrescido na ausência de apoio familiar
para modificar o comportamento e aumentar a ou profissional adequado
integração social Aumenta a percepção da diferença
Torna‐se fundamental o reconhecimento de característica positivas
Objetivos globais da intervenção individual e/ou em grupo em adolescentes com PEA: Objetivos globais da intervenção individual e/ou em grupo em adolescentes com PEA:
Sexualidade na PEA Problemas comuns
Necessidades sexuais
(que podem ser iguais a população em geral)
• Masturbação inapropriada
• Masturbação excessiva
Manifestação pode ser diferente • Incapacidade de masturbação finalizada
• Toque inadequado nos outros
Défices competências sociais
• Auto‐exposição
Défices de comunicação
Défices subjacentes
Bons toques, maus toques Bons toques, maus toques
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Bons toques, maus toques
Idade Adulta
Diagnóstico em adultos
Sinal de necessidade de avaliação para despiste de PEA: Dificuldades persistentes em
adaptar‐se socialmente ou em comunicar ou comportamentos “estranhos”
Interesse muito vincado
Possibilidades para procura de diagnóstico tardio Dificuldade de adaptação aos contextos
Respostas sociais desajustadas
Alteração sensorial
Autismo grave a moderado Autismo alto funcionamento
mal diagnosticado sem diagnóstico Preferência por ambientes estruturados ou regras
Comportamento repetitivo Falta de sentido de humor ou compreensão
Sinal de necessidade de avaliação para despiste de PEA: Dificuldades
persistentes em adaptar‐se socialmente ou em comunicar ou
comportamentos “estranhos” Falta de autonomia Discurso “estranho”
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Diagnóstico adultos Intervenção na idade adulta
Objetivos:
Benefícios do diagnóstico nesta fase: ✘ Qualidade de vida
✗ Melhor compreensão de si (falhas, adaptação ao contexto, autoestima) ✘ Interesses e desejos: Perguntar o que quer sempre que possível!
✗ Melhor compreensão por parte do outro (adaptar comunicação e comportamento) ✘ Treino de AVD’s
✘ Promover o máximo de automomia e comunicação (social)
✗ Melhor acompanhamento médico
✘ Ocupação / Profissão
✗ Ajustamento da intervenção
✗ Ajustamento das expectativas e objetivos de vida
Défices resultantes das caracteristicas de PEA continuam a ser foco de intervenção
Mas… Treino sem oportunidades vale pouco!
534
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09/07/2017
Cristina Nunes
peaformacao@gmail.com