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SITEMA NERVOSO

DOCENTE: PALOMA BERGER


• De maneira simplificada, podemos dizer que a função do sistema
nervoso é relacionar o animal com o ambiente em que está inserido.
Essa função é cumprida pelo nosso sistema nervoso através da
interação existente entre suas duas divisões anatômicas: o sistema
nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico (SNP).
SNC
• Nos referimos por encéfalo trata-se, na realidade, de uma composição de
seis estruturas numeradas de dois a sete. Uma curiosidade sobre essas
estruturas é que cada uma delas tem simetria bilateral.
• a medula espinhal;
• o bulbo;
• a ponte;
• o mesencéfalo;
• o cerebelo;
• o diencéfalo; e
• os hemisférios cerebrais.
SISTEMA NERVOSO
CENTRAL
• Algumas das estruturas que compõem o encéfalo estão associadas anatômica
e/ou funcionalmente.
• Por exemplo, os hemisférios cerebrais direito e esquerdo são denominados
conjuntamente como telencéfalo, enquanto o tálamo e o hipotálamo formam o
diencéfalo. Por sua vez, quando usamos a palavra cérebro, estamos nos referindo
ao telencéfalo e ao diencéfalo unidos.
• A junção do bulbo, da ponte e do mesencéfalo forma o tronco encefálico
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS
• Os hemisférios cerebrais são formados pelo córtex cerebral e três
estruturas situadas em sua profundidade: os gânglios da base, o
hipocampo e o núcleo amigdaloide
• GÂNGLIO DA BASE: participam da regulação do desempenho motor,
enquanto o
• HIPOCAMPO: participa de diversos aspectos do armazenamento de
memórias;
• NÚCLEO AMIGDALOIDE: coordena as respostas autonômicas e
endócrinas, em conjunto com os estados emocionais.
Lóbulos cerebrais
DIENCÉFALO
• O diencéfalo está localizado de modo
rostral ao mesencéfalo e é composto
por duas estruturas: o hipotálamo e o
tálamo. O hipotálamo fica sob o
tálamo. É constituído por neurônios
no sentido clássico, bem como por
neurônios que exercem suas funções
por intermédio de hormônios. Tem
importante função no controle das
funções autonômicas, endócrinas e
viscerais.
MEDULA ESPINHAL
• A medula espinhal é a parte caudal do sistema nervoso central. É um
prolongamento que se estende desde a base do crânio até a primeira
vértebra lombar. A medula situa-se no interior do canal medular, seu
limite inferior termina próximo à vértebra L2.
• Em nós humanos, a medula espinhal é composta por 31 pares de
nervos espinhais. As raízes dorsal (posterior) e ventral (anterior) que se
juntam e formam um nervo periférico.
• A informação que é captada nos músculos, nas vísceras e na pele
(informação sensorial) chega até a medula pelo ramo posterior da raiz
dorsal. Enquanto o comando para os músculos gerarem tensão chega
através da raiz ventral.
Cerebelo
• Tem localização caudal em relação à ponte e ao
bulbo, e se projeta em direção à nuca.
Anatomicamente, é a estrutura neural com maior
densidade de neurônios; apesar de ter apenas
10% do volume do encéfalo, contém 50% do total
de neurônios. Além de conter cerca da metade
dos neurônios do encéfalo, o cerebelo tem um
padrão de organização que se assemelha àquele
do córtex cerebral.
• Funcionalmente, o cerebelo participa de funções
motoras, sensoriais, atencionais e cognitivas. Para
isso, tem conexões diretas e indiretas com
praticamente todo o sistema nervoso central
TRONCO CEREBRAL
• Ele recebe informações sensoriais
provindas da pele e das
articulações da cabeça, do pescoço
e da face, bem como contém os
neurônios motores que controlam
as ações dos músculos da cabeça e
do pescoço. O tronco também está
relacionado com sentidos
especializados como a audição,
gustação e o equilíbrio.
• É a junção do mesencéfalo, bulbo e
ponte
MESENCÉFALO
• O mesencéfalo é o menor
componente entre as estruturas
que compõem o tronco cerebral e
está situado de modo rostral à
ponte. É responsável por controlar
muitas funções sensoriais e
motoras, entre elas os movimentos
dos olhos e os reflexos visuais e
auditivos. Não obstante, algumas
regiões do mesencéfalo também
participam do controle motor dos
músculos esqueléticos.
PONTE
• A ponte está disposta de modo rostral ao
bulbo. Ela é uma protuberância que pode
ser notada na parte anterior do tronco
cerebral. A ponte contém uma grande
quantidade de neurônios que
retransmitem as informações dos
hemisférios cerebrais ao cerebelo. Por isso
recebe o nome de ponte, porque faz a
comunicação entre duas importantes
estruturas do sistema nervoso central: os
hemisférios cerebrais e o cerebelo.
BULBO
• O bulbo, que também pode ser
chamado de medula oblonga,
fica localizado logo acima da
medula espinhal. Essa estrutura
contém vários centros
responsáveis pelas funções
autonômicas vitais.
• A respiração, digestão, pressão
sanguínea e os batimentos
cardíacos. Elas são chamadas de
autonômicas porque acontecem
independentemente do nosso
controle consciente.
SNP
• Anatomicamente, o sistema
nervoso periférico é constituído
pelo grupo de neurônios chamados
de gânglios, pelos nervos espinhais
e pelas terminações nervosas, que
ficam fora do encéfalo e da medula
espinhal. Os nervos são compostos
por 12 pares cranianos e 31 pares
espinhais.
• O SNP é subdividido em sistema nervoso somático (SNS) e sistema
nervoso autonômico (SNA).
• O SNS abastece o SNC com informações sensitivas a respeito do que
ocorre nos músculos e membros (por exemplo, grau de tensão e de
alongamento, velocidade de encurtamento, angulação articular,
posicionamento dos segmentos), bem como a respeito do que ocorre
no ambiente fora do corpo (sensações térmicas, iluminação, som
etc.). Essas informações são fornecidas ao SNC pelos neurônios
sensoriais e gânglios cranianos, os quais inervam a pele, os músculos
e as articulações.
• O SNA é a parte do SNP que controla o funcionamento das vísceras, dos músculos
lisos e das glândulas exócrinas (glândulas sudoríparas, sebáceas, salivares). O SNP
é constituído de três subunidades: sistema nervoso simpático, sistema nervoso
parassimpático e sistema nervoso entérico.
• Resumidamente, podemos dizer que o sistema nervoso simpático controla as
respostas do organismo ao estresse; o parassimpático é responsável por controlar
os recursos do corpo e por restaurar o equilíbrio do estado de repouso. O
entérico, por sua vez, é uma rede de neurônios que controla a musculatura lisa
do intestino. Apesar de poder funcionar de maneira independente, suas funções
podem ser controladas pelos sistemas simpático e parassimpático.
CÉLULAS NEURAIS
• Existem dois tipos de células no sistema nervoso: as células da glia e
os neurônios. Ambas as células, por usa vez, apresentam-se em
subtipos, que estão envolvidos em funções distintas.
CÉLULAS DA GLIA
• São responsáveis pela sustentação,
proteção e nutrição dos neurônios.
Além disso, agem isolando os
neurônios uns dos outros, evitando,
assim, interferências na condução do
impulso nervoso. Elas ainda regulam a
composição química dos líquidos
intercelulares, removem excretas e
fagocitam restos celulares do sistema
nervoso.
CÉLULAS DA GLIA
• Os astrócitos, essas células realizam o transporte de nutrientes para os neurônios
e agem como tecido cicatrizante em áreas danificadas do SNC.
• Os oligodendrócitos são responsáveis pelo isolamento e proteção dos neurônios,
função que realizam produzindo e mantendo a mielina de neurônios do SNC.
• As células de Schwann também são responsáveis pela produção da mielina que
aumenta a propagação dos impulsos nervosos
• As micróglias elas possuem alto poder fagocitário, representando uma variedade
de macrófagos que atuam na defesa do sistema nervoso.
• As células ependimárias apresentam um arranjo epitelial, revestindo as
cavidades do encéfalo e da medula espinhal e são responsáveis pela produção do
liquor.
NEURÔNIOS
• O neurônio é a célula neural
responsável pela geração e
propagação de informação.
Essa célula produz impulsos
elétricos que são
transmitidos de um
neurônio para outro como
se fossem fios elétricos
interligados.
CLASSIFICAÇÃO
AÇÃO
Receptores sensoriais (1) → SNC (2) → Órgão efetor (3)
• (1) coleta informação do ambiente/órgão internos;
• (2) decodifica a informação/gera comando; e
• (3) realiza a tarefa.
SINAIS NEURAIS
• Os neurônios produzem dois tipos diferentes de sinais: os sinais locais
e os propagados. Um sinal local tem a função de estimular ou de
inibir o neurônio a disparar um potencial de ação, que é um sinal
propagado.
GERAÇÃO DE IMPULSO NERVOSO

• A primeira característica que precisamos conhecer é o potencial da membrana


em repouso (PMR). Esse potencial se refere à diferença de carga elétrica
existente entre o interior (citoplasma) e o exterior da membrana (líquido
extracelular), a qual se dá quando o neurônio está em repouso.
FORÇA DO GRADIENTE DE CONCENTRAÇÃO
Força do gradiente de concentração (FGC). A FGC tem uma direção: ela empurra o íon
para o lado oposto da membrana onde ele está mais concentrado.
BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO
SINAPSE
• A comunicação entre dois neurônios ou entre um neurônio e um músculo é
conhecida como sinapse.
• Nas sinapses propriamente ditas (entre neurônios), pelo menos duas células se
comunicam. O neurônio que envia a mensagem é chamado de célula
pré-sináptica e o que recebe, de célula pós-sináptica.
Classificação das sinapses de acordo a propagação
• Nessa forma de classificação, as sinapses podem ser chamadas de elétricas ou
químicas. Essas sinapses se diferenciam por sua morfologia e pela maneira que o
sinal é propagado de uma célula para outra.
Classificação das sinapses
de acordo produção do
sinal químico
As moléculas do neurotransmissor se
difundem pela fenda e se fixam a
receptores existentes nos canais da
membrana da célula pós-sináptica. Esses
receptores funcionam como uma espécie
de fechadura no canal. O
neurotransmissor, por sua vez, funciona
como a chave capaz de abrir essa
“fechadura” e irá promover a abertura
desses canais por onde diferentes espécies
iônicas poderão atravessar.
Classificação das sinapses de acordo com o
local
• Sinapses axodendríticas: a célula
pré-sináptica se comunica com os
dendritos da célula pós-sináptica.
• Sinapses axoaxônicas: a célula
pré-sináptica se comunica com o
axônio da célula pós-sináptica.
• Sinapses axossomáticas: a célula
pré-sináptica se comunica com o
soma da célula pós-sináptica.
Classificação das sinapses de acordo com os
efeitos de sinais locais
• SINAPSES EXCITATÓRIAS

• SINAPSES INIBITÓRIAS
Junção neuromuscular

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