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Folha

de
rosto
COLÉGIO IMACULADA CONCEIÇÃO - BELO HORIZONTE
“FILHAS DE JESUS”

Diretor Sérgio Martins Duarte


Vice-Diretora Virginia Gris Ceolin

Coordenação Pedagógica
Helen Paes
Maria Eugênia Moreira Gomes de Freitas
Virginia Gris Ceolin

Coordenação da área de Língua Portuguesa


Rosana da Franca Rodrigues

Correção ortográfica:
Andiara Souza Pinheiro

Arte
Cícero Albuquerque Soares

Diagramação
Wingrid Rezende

Professoras
Andiara Souza Pinheiro
Andréa de Lima Borges
Denise Monteiro Rocha
Fernanda Nery dos Santos Batista
Izabella Soares Cardoso
Luana Martino Buttros
Maria Eugênia Moreira Gomes de Freitas
Mariana Gomes dos Santos
Patrícia Diniz Pereira Paixão
Patrícia Jaqueline dos Santos
Rosana da Franca Rodrigues
Solange Moreira da Costa Rocha

Bibliotecária Wingrid Suéveny Souza Rezende – CRB6/3366

C689a Colégio Imaculada Conceição


A arte da escrita / Colégio Imaculada Conceição.--
Belo Horizonte : Rede Filhas de Jesus, 2019.
620 p. : il. color.

[Textos produzidos ao longo do ano letivo de 2018].

1. Língua Portuguesa. 2. Redação. I. Título.


CDU: (082.2)-057.89
CDD: 372.623
Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de
Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódias
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
Minha pátria é minha língua
Fala mangueira! Fala!

Língua - Caetano Veloso


O projeto A arte da escrita surgiu da necessidade de oferecermos aos
nossos alunos oportunidades de ampliar a capacidade de comunicação, de
expressão e de interação através do exercício da escrita.
Procuramos incentivar a produção criativa de textos de gêneros e tipos
diversos, favorecendo a interpretação e a representação do mundo para a tradução
de sentimentos e posicionamentos.
Queremos, ainda, divulgar a criatividade e a capacidade de imaginação
de nossos alunos na utilização da palavra como objeto de criação.
Deixem-se envolver por essa ARTE e encantem-se com ela!

Equipe de Língua Portuguesa do Colégio Imaculada Conceição Belo Horizonte.


Sumário
Ensino Fundamental I

Integral / Manhã
Professora Patrícia Jaqueline Santos
Produção de texto coletiva
Integrando a amizade ................................................................................................ 37

1° ano A
Professora Solange Moreira da Costa Rocha
Ana Clara Raposo de Carvalho Costa
Docinho na selva ....................................................................................................... 39

Ananda Correia Ruiz Castro


Rimas malucas .......................................................................................................... 40

André Woeffel Ferreira


Diário ........................................................................................................................ 40

Artur Andreata Marçal Silva


Davi, meu boneco...................................................................................................... 41

Bernardo Carvalho Soares


Diário ........................................................................................................................ 42

Bruna Martins da Costa Lage


Diário ........................................................................................................................ 42

Frederico Silveira Romualdo


Diário ........................................................................................................................ 42

Frederico Silveira Romualdo


Um dia no sítio .......................................................................................................... 43

Inácio Rafael Ferreira Rios


Bilhete.............................................................................................................. 46

João Eduardo Sousa Candéa


Bilhete ....................................................................................................................... 46

Maria Vitória Oliveira de Faria


Meu bonequinho de biscoito ..................................................................................... 44

Murilo Machado Marques


O senhor Batatom...................................................................................................... 45

Murilo Rocha de Castro


Bilhete ....................................................................................................................... 46

Sophia Moreira Figueiredo Dabés


Bilhete ....................................................................................................................... 46
1° ano B
Professora Denise Monteiro Rocha

Produção de texto coletiva


Conceitos Matemáticos ............................................................................................. 48

Produção de texto coletiva


O lobo voltou ............................................................................................................. 48

Produção de texto coletiva


Davi e Golias ............................................................................................................. 49

Produção de texto em grupo


Chapeuzinho Vermelho em perigo ............................................................................ 50

Produção de texto em grupo


O Peter Pan ................................................................................................................ 50

Produção de texto em grupo


A Festa do Lobo ........................................................................................................ 51

Produção de texto em grupo


Pinóquio de Madeira.................................................................................................. 51

Produção de texto em grupo


A Pequena Sereia....................................................................................................... 52

Cecília Bittencourt Aguiar Mendes Ruela


Infância ...................................................................................................................... 53

Davi Antônio Teixeira de Miranda


Infância ...................................................................................................................... 54

Lara Freitas Braga


A menina que não emprestava nada .......................................................................... 55

Manuela Maria Oliveira Silva


Os bombeiros e o fogo ............................................................................................... 56

Manuela Maria Oliveira Silva


Infância ...................................................................................................................... 57

Maria Antônia Costa Resende


Infância5 .................................................................................................................... 58

Maria Cecília Portugal Coletinha


O bombeiro salva-vidas ............................................................................................. 59

2° ano A
Professora Fernanda Nery dos Santos Batista
Produção de texto em grupo
O Circo ...................................................................................................................... 61
Produção de texto em grupo
Hoje tem espetáculo .................................................................................................. 62

Produção de texto em grupo


O espetáculo .............................................................................................................. 63

Arthur Granieri Miranda


O dia das crianças ...................................................................................................... 64

Arthur Monteiro Souza


O dia das crianças ...................................................................................................... 64

Arthur Monteiro Souza


Meu colégio é legal ................................................................................................... 65

Arthur Monteiro Souza


Qual diferença que posso fazer na vida de outra pessoa? .......................................... 65

Davi Moises Castro de Oliveira


Colégio Imaculada Conceição ................................................................................... 65

Diego Henrique Nunes Teixeira Vinhal


O que é o natal para você? ......................................................................................... 66

Diego Henrique Nunes Teixeira Vinhal


O meu colégio Imaculada .......................................................................................... 66

Diego Henrique Nunes Teixeira Vinhal


O dia das crianças ...................................................................................................... 66

Diego Henrique Nunes Teixeira Vinhal


Livro: Um corvo torto ............................................................................................... 67

Felipe Martins da Costa Lages


O dia das crianças ...................................................................................................... 68

Felipe Martins da Costa Lages


O que é o natal para você? ......................................................................................... 68

Gabriel Araujo Pena


O dia das crianças ...................................................................................................... 69

Gabriel Araujo Pena


O que é o natal para você? ......................................................................................... 69

Guilherme Ambrósio Amaro de Andrade


Minha escola.............................................................................................................. 70

Guilherme Ambrósio Amaro de Andrade


Qual diferença que posso fazer na vida de outra pessoa? .......................................... 70

Júlia Borçari Oliveira


O dia das crianças ...................................................................................................... 71

Júlia Borçari Oliveira


O que é o natal para você? ......................................................................................... 71
Júlia Borçari Oliveira
Colégio Imaculada Conceição ................................................................................... 72

Luiza Teixeira Araújo


Qual diferença que posso fazer na vida de outra pessoa? .......................................... 73

Luiza Teixeira Araújo


O que é o natal para você? ......................................................................................... 73

Miguel Nogueira Abjaud


Meu colégio ............................................................................................................... 73

Miguel Nogueira Abjaud


Colégio Imaculada Conceição ................................................................................... 74

Miguel Nogueira Abjaud


O dia das crianças ...................................................................................................... 75

Miguel Nogueira Abjaud


Livro: Borba, o gato .................................................................................................. 76

Miguel Vale de Àvila Rocha


O dia das crianças ...................................................................................................... 77

Nathan Faria Hauque


Qual diferença que posso fazer na vida de outra pessoa? .......................................... 77

Pedro Andrade Hummel


O que é o natal para você? ......................................................................................... 78

Pedro Batista Dutra de Rezende


Colégio Imaculada Conceição ................................................................................... 78

Pedro de Carvalho Quintão


O dia das crianças ...................................................................................................... 79

Pedro de Carvalho Quintão


O colégio Imaculada .................................................................................................. 79

Pedro de Carvalho Quintão


O que é o natal para você? ......................................................................................... 80

Rafael Coelho de Carvalho


O dia das crianças ...................................................................................................... 80

Rafael Coelho de Carvalho


O que é o natal para você? ......................................................................................... 80

Sofia Araujo Rezende


Colégio Imaculada Conceição ................................................................................... 81

Sofia Araujo Rezende


Como a minha escola é .............................................................................................. 81

Sofia Araujo Rezende


O que é o natal para você? ......................................................................................... 81
Sofia Araujo Rezende
O dia das crianças ...................................................................................................... 82

Sofia Veloso Martins


O natal para você? ..................................................................................................... 82

Sofia Veloso Martins


O dia das crianças ...................................................................................................... 83

Sophia Marques Bissiatte Monteiro


O dia das crianças ...................................................................................................... 83

Sophia Martins Morais


Colégio Imaculada Conceição ................................................................................... 84

Sophia Martins Morais


O dia das crianças ...................................................................................................... 85

Sophia Martins Morais


Minha nova escola ..................................................................................................... 85

Sophia Martins Morais


O que é o natal para você? ......................................................................................... 85

Thales Zanatta Batalha


Colégio Imaculada Conceição ................................................................................... 86

Thales Zanatta Batalha


Meu colégio Imaculada ............................................................................................. 86

Thales Zanatta Batalha


O dia em que venci meu medo .................................................................................. 87

Thales Zanatta Batalha


Qual diferença que posso fazer na vida de outra pessoa? .......................................... 87

2° ano B
Professora Andréa de Lima Borges
Ana Luiza Ferreira Torres
O dia que venci meu medo ........................................................................................ 89

Beatriz Vasconcelos Leão


A nuvem tempestuosa ............................................................................................... 90

Bernardo Araujo Bueno Maia


O jogador de futebol.................................................................................................. 91

Gustavo Ferreira de Oliveira Freire


O dia que venci meu medo ........................................................................................ 92

Helena Faluba Van Petten


O dia que venci meu medo ........................................................................................ 93

Laura Rodrigues e Silva


O dia que venci meu medo ........................................................................................ 94
Maria Fernanda Oliveira Dumont
Quem vai ser a rainha ou rei? .................................................................................... 95

Pedro Batista Dutra de Rezende


O dia que venci meu medo ........................................................................................ 96

3° ano A
Professora Patrícia Diniz Pereira Paixão
Produção de texto coletiva
Na batida contra o bullying ....................................................................................... 98

Ana Carolina Madureira Oliveira Cabelê


Um amigo sorridente ................................................................................................. 99

Bernardo Ívan Endreffy Parenzi


A Santa Cândida ........................................................................................................ 99

Caio Ribeiro Maciel


Juntos pela paz......................................................................................................... 100

Felipe Mendes Soeiro


Juntos pela paz......................................................................................................... 100

Francisco Antonio Brigagão Dias


Procura-se um amigo ............................................................................................... 100

Francisco Antonio Brigagão Dias


Juntos pela paz......................................................................................................... 101

Francisco Antonio Brigagão Dias


Carta para um (a) amigo (a)..................................................................................... 101

Henrique Vieira Mazzucca Drabovicz


Procura-se um amigo ............................................................................................... 101

Laura Barezani Mota Martins


Juntos pela paz......................................................................................................... 102

Laura Penna Cateb


Juntos pela paz......................................................................................................... 102

Laura Penna Cateb


Carta para um (a) amigo (a)..................................................................................... 102

Lívia Maria Guimarães Kassis Ferreira Costa


Carta para um (a) amigo (a)..................................................................................... 103

Pedro Iacomini Barros Viana


Quero um amigo ...................................................................................................... 103

Raíssa Gonçalves Mesquita


Juntos pela paz......................................................................................................... 104

Raíssa Gonçalves Mesquita


Carta para um (a) amigo (a)..................................................................................... 104
Samuel Galuppo Carvalho
Procura-se um amigo ............................................................................................... 105

Théo Matosinhos Vieira Campos


A história de Joana Josefa ....................................................................................... 105

3° ano B
Professora Mariana dos Santos Gomes
Produção de texto coletiva
A paz........................................................................................................................ 107

Ana Clara Loutércia Vieira de Lacerda


A gata e o cachorro .................................................................................................. 108

Ana Clara Loutércia Vieira de Lacerda


O que é ter amizade? ............................................................................................... 108

Ana Paula Lima Figueiredo


Tudo bem ser diferente ............................................................................................ 109

Ana Paula Lima Figueiredo


A amizade ................................................................................................................ 110

Benício Resende Teodoro


A amizade ................................................................................................................ 110

Bruna Cristina Ribeiro Diniz


A amizade ................................................................................................................ 111

Caio de Oliveira Garcia


A amizade pelo cão ................................................................................................. 111

Felipe Silva Dantas


Amizade................................................................................................................... 112

Gabriel Borges Mafra Reis


Como é bom ter amigos! ......................................................................................... 112

Gabriel Ferreira Leite Lara


A amizade ................................................................................................................ 113

Gabriel Ferreira Leite Lara


Tudo bem ser diferente ............................................................................................ 113

Henrique Viana Fernandes Batista


Tudo bem ser diferente ............................................................................................ 114

Igor Elian Chain


A amizade ................................................................................................................ 115

Igor Elian Chain


Tudo bem ser diferente ............................................................................................ 115

João Vitor Toscano Addor


Amizade................................................................................................................... 116
Júlia Alves Tondini
Tudo bem ser diferente ............................................................................................ 117

Lis Vasconcelos Costa Coelho


Piquenique da amizade ............................................................................................ 118

Lis Vasconcelos Costa Coelho


Tudo bem ser diferente ............................................................................................ 119

4° ano A
Professora Izabella Soares Cardoso
Caio Resende Graciano Vieira
A formiga e a pomba ............................................................................................... 121

Eleonora Resende Graciano Vieira


A pomba e a formiga ............................................................................................... 122

Eleonora Resende Graciano Vieira


Viagem para vários países ....................................................................................... 123

Eleonora Resende Graciano Vieira


Cinderela.................................................................................................................. 123

Eleonora Resende Graciano Vieira


Caligrama ................................................................................................................ 124

Enzo Pimenta Quites


Caligrama ................................................................................................................ 124

Enzo Pimenta Quites


Quadrinha ................................................................................................................ 125

Filipe Oliveira Calixto


Poema visual............................................................................................................ 125

Filipe Oliveira Calixto


Quadrinha ................................................................................................................ 126

Gustavo de Amormino Rodrigues


Quadrinha ................................................................................................................ 126

Gustavo Felipe de Amormino Rodrigues


Brincando de não me olhe ....................................................................................... 127

Isabela Santos Campos


Diário de Pilar na Amazônia ................................................................................... 128

Isabela Santos Campos


O unicórnio e as framboesas .................................................................................... 129

Isabela Santos Campos


Cinema..................................................................................................................... 129

Mariana Augusto de Figueiredo


A viagem para Aparecida do Norte ......................................................................... 130
Mariana Augusto de Figueiredo
Quadrinha ................................................................................................................ 130

Matheus Henrique Melo Diniz


A casa de Dona Rata................................................................................................ 131

Matheus Henrique Melo Diniz


O cão, gato e a raposa .............................................................................................. 132

Sofia Chen Yi
Brincando de não me olhe ....................................................................................... 133

Sofia Chen Yi
A Bela Adormecida ................................................................................................. 133

Sofia Lima Santos Bartoneli Resende


Caldas Novas ........................................................................................................... 134

Sofia Lima Santos Bartoneli Resende


Quadrinha ................................................................................................................ 134

Sofia Lima Santos Bartonelli Resende


Poema visual............................................................................................................ 135

Sofia Lima Santos Bartoneli Resende


Diário de Pilar na Amazônia ................................................................................... 135

Sofia Teixeira Camargos


A casa de Dona Rata................................................................................................ 136

Sofia Teixeira Camargos


Senhor Miau ............................................................................................................ 136

Sofia Teixeira Camargos


Caligrama ................................................................................................................ 137

Sophia Castorino Gomes


Tema livre................................................................................................................ 138

Sophia Castorino Gomes


A CHUVA ............................................................................................................... 138

Thamires Inácio de Resende


Brincando de não me olhe ....................................................................................... 139

Thamires Inácio Resende


Quadrinha ................................................................................................................ 139

Thamires Inácio de Resende


Poema visual............................................................................................................ 140

4° ano B
Professora Luana Martino Buttros
Alícia Mendonça Montserrat
A pomba e a formiga ............................................................................................... 142
Ana Carolina de Oliveira Garcia
Poema visual ........................................................................................................... 143

Ana Carolina de Oliveira Garcia


Gota Poética ............................................................................................................ 144

Ana Luiza Varela


A girafa e o porco.................................................................................................... 145

Ana Luiza Varela


Gota Poética ............................................................................................................ 146

Gabriela Cristina Godoy de Almeida


Caligrama ................................................................................................................ 147

Gabriela Cristina Godoy de Almeida


Poema visual ........................................................................................................... 148

Laura Andrade Pena


Gota Poética............................................................................................................. 149

Laura Andrade Pena


Poema visual............................................................................................................ 150

Laura Andrade Pena


Gota Poética............................................................................................................. 151

Luana Cunha Oelze


Poema visual............................................................................................................ 152

Luysa Nixue Wu
Poema visual............................................................................................................ 153

Maria Clara Luz Mendonça


A decepção do Zé Carioca ....................................................................................... 154

Maria Clara Luz Mendonça


Gota Poética............................................................................................................. 155

Maria Clara Luz Mendonça


Gota Poética............................................................................................................. 156

Olavo Câmara Scotti


Gota Poética............................................................................................................. 157

Pedro Vasconcelos Markowicz


Gota Poética............................................................................................................. 158

5° ano A
Professora Izabella Soares Cardoso
Produção de texto em grupo
Folder Açaí .............................................................................................................. 160

Produção de texto em grupo


Folder Castanha ....................................................................................................... 162
Produção de texto em grupo
Folder Erva-mate ..................................................................................................... 164

Anna Luiza Sant’Ana Martins


Estatuto dos Animais ............................................................................................... 166

Anna Luiza Sant’Ana Martins e Maria Eduarda Andrade Lourenço


Curupira ................................................................................................................... 167

Bernardo Loreto de Azeredo e Diego Nícolas de Mello Barrios


O Homem do Saco................................................................................................... 168

Clarice de Carvalho Quintão


Relato de viagem ..................................................................................................... 169

Diego Nícolas de Mello Barrios


Estatuto dos Animais ............................................................................................... 170

Flora Ferreira de Oliveira


Estatuto dos Animais ............................................................................................... 171

Flora Ferreira de Oliveira


Arraiá do Imaculada ................................................................................................ 172

Gabriel Ambrósio Amaro de Andrade


A Festa Junina ......................................................................................................... 172

Larissa Pinheiro Alves dos Santos e Letícia Figueiredo Valle


Boitatá ..................................................................................................................... 173

Liz Ferreira de Oliveira


Viajando… .............................................................................................................. 174

Liz Ferreira de Oliveira


História em Quadrinhos ........................................................................................... 175

Luiz Henrique Thimoteo de Matos


A Festa Junina no CIC ............................................................................................. 175

Pedro Oliveira da Costa


História em Quadrinhos ........................................................................................... 176

Pedro Oliveira da Costa


O Globo Mágico ...................................................................................................... 177

Vítor Fiorini Maurício Coutinho


História em Quadrinhos ........................................................................................... 178

5° ano B
Professora Luana Martino Buttros
Camila Santos Costa
Estatuto do Animal .................................................................................................. 180

Camila Santos Costa


Trabalho Infantil ...................................................................................................... 181
Diogo Elian Chain
Estatuto do Animal .................................................................................................. 182

Diogo Elian Chain


Reunião de mães ...................................................................................................... 183

Eduarda Ferreira Brandão


Reunião de mães ...................................................................................................... 184

Gabriela Maria Lima Figueiredo


Estatuto do Animal .................................................................................................. 185

Gabriela Maria Lima Figueiredo


Salame de açaí ......................................................................................................... 186

Gabriela Maria Lima Figueiredo


Diário de Bordo ....................................................................................................... 189

Gabriela Maria Lima Figueiredo


Reunião de mães ...................................................................................................... 190

Heitor Flecha Paixão e Sofia Barbosa Amaral


Castanhas ................................................................................................................. 191

João Gabriel Domenice Motta


Trabalho Infantil ...................................................................................................... 192

Kamille Feliciano Oliveira


Diário de Bordo ....................................................................................................... 193

Ludmila Lopes Coelho


A violência............................................................................................................... 195

Maria Clara Varela


Estatuto do Animal .................................................................................................. 196

Mateus Martins dos Santos


Estatuto do Animal .................................................................................................. 197

Olivia Barkblom Guimarães


Violência.................................................................................................................. 198

Olivia Barkblom Guimarães


Estatuto do Animal .................................................................................................. 199

Sofia Barbosa Amaral


Estatuto do Animal .................................................................................................. 200

Sofia Barbosa Amaral


Reunião de mães ...................................................................................................... 201

Vitória Roriz Santos Piacenza


Diário de Bordo ....................................................................................................... 202

Vitória Roriz Santos Piacenza


Trabalho Infantil ...................................................................................................... 203
Ensino Fundamental II
6° ano
Professora Andiara Souza Pinheiro

Alice Borçari Oliveira


A Ilha de Cocobolo – Continuação (...) ................................................................... 206

Alice Borçari Oliveira


Um conto num bosque ............................................................................................. 207

Amanda Corrêa Bicalho


O caso da borboleta Atíria (em quadrinhos) ............................................................ 210

Amanda Corrêa Bicalho


Férias de arrasar....................................................................................................... 211

Amanda Corrêa Bicalho


O menino no espelho ............................................................................................... 215

Amanda Corrêa Bicalho


Com um doce nos tornamos um doce ...................................................................... 217

Ana Luíza Guimarães


Tema livre................................................................................................................ 218

Arthur Mafra Chiarini


A magia dentro de você ........................................................................................... 219

Arthur Mafra Chiarini


COCOBOLO – Continuação ................................................................................... 226

Arthur Mafra Chiarini


Alice no país da mentira .......................................................................................... 227

Beatriz Camargos Carnicelli


Alice no País da Mentira: a melhor e a pior comida do mundo .............................. 229

Beatriz Camargos Carnicelli


A viagem ................................................................................................................. 230

Beatriz Camargos Carnicelli


COCOBOLO – Continuação ................................................................................... 231

Beatriz Camargos Carnicelli


Menino no espelho .................................................................................................. 232

Beatriz Camargos Carnicelli


As cinco irmãs e a máquina do tempo ..................................................................... 233

Beatriz Camargos Carnicelli


Uma doce guerra! .................................................................................................... 234

Beatriz Gualberto Carmo


As aventuras de Bud Holmes e seus companheiros................................................. 236
Beatriz Gualberto Carmo
Alice no País da Mentira (em quadrinhos) .............................................................. 238

Beatriz Pereira Guimarães


Tema livre................................................................................................................ 239

Beatriz Pereira Guimarães


O furacão misterioso................................................................................................ 241

Cecília Tonizza
A pedra cinzenta ...................................................................................................... 242

Cecília Tonizza
Tema livre................................................................................................................ 244

Davi Carneiro Soares


A placa de Arquimedes ........................................................................................... 245

Davi Carneiro Soares


Tema livre................................................................................................................ 249

Gabriel Carvalho Soares


Cocobolo – Continuação ......................................................................................... 250

Gabriel Carvalho Soares


Tema livre................................................................................................................ 251

Gabriel Carvalho Soares


Tuim criado no dedo ................................................................................................ 252

Gabriel Gama Palha


Tema livre................................................................................................................ 253

Gabriela Lopes e Souza


As aventuras dos garotos peculiares ........................................................................ 254

Gabrielle Stephanie Silva Campos


A conscientização de Eduardo................................................................................. 256

Gabrielle Stephanie Silva Campos


A princesa desiludida .............................................................................................. 257

Gabrielle Stephanie Silva Campos


Uma aventura no espaço .......................................................................................... 259

Gabrielle Stephanie Silva Campos


Alice no país da mentira .......................................................................................... 261

Gabrielle Stephanie Silva Campos


Uma lição para a vida .............................................................................................. 262

Giovana Cabral Cuisse


Um humano ou um cachorro? ................................................................................. 263

Giovana Cabral Cuisse


Tema livre................................................................................................................ 264
Giovana Cuisse Cabral
A aventura das quatro guerreiras ............................................................................. 265

Giovani Lima Bartoneli


Alice no país da mentira .......................................................................................... 266

Iasmim Inácio de Resende


Aventura .................................................................................................................. 267

Isabela Andreata Marçal Silva


Um dia normal como outros... Só que não!!! .......................................................... 269

Isabella Marinho Régis


Uma viagem inesquecível........................................................................................ 272

Jorge Oliveira Soares Paiva


615 ........................................................................................................................... 273

Júlia Almeida Gosling


O Menino do Espelho .............................................................................................. 274

Lara Byrro Barreira


Tema livre ............................................................................................................... 275

Lucas Saldanha Gontijo de Lima


As dificuldades da vida ........................................................................................... 278

Lucas Saldanha Gontijo de Lima


COCOBOLO – Continuação ................................................................................... 279

Luma Rosler
Onde os medos desaparecem ................................................................................... 280

Maria Marta Albergaria Belisário


Tema livre ............................................................................................................... 281

Maria Marta Albergaria Belisário


Alice no país da mentira .......................................................................................... 282

Mariana Assumpta Mass Costa


A aventura escolar ................................................................................................... 283

Natália de Assis Arantes Souza Nascimento


A vida ...................................................................................................................... 284

Natália de Assis Arantes Souza Nascimento


Tema livre................................................................................................................ 285

Roberto Martins da Costa Lieb


Alice no país da mentira .......................................................................................... 287

Rodolfo Medeiros de Menezes Belo


O resgate .................................................................................................................. 288

Rodrigo Eustáquio Guimarães Kassis Ferreira Costa


Monte Everest.......................................................................................................... 289
Rodrigo Eustáquio Guimarães Kassis Ferreira Costa
O menino no espelho ............................................................................................... 290

Rodrigo Eustáquio Guimarães Kassis Ferreira Costa


O menino que não gostava de leite .......................................................................... 291

Rodrigo Eustáquio Guimarães Kassis Ferreira Costa


COCOBOLO – Continuação ................................................................................... 292

Samuel Salazar
Paradoxos temporais ................................................................................................ 293

Samuel Salazar
O acidente esquecido ............................................................................................... 295

Victória Astolfi Diniz Ferreira Cândido


Alice no país da mentira .......................................................................................... 296

Victória Astolfi Diniz Ferreira Cândido


Tema livre ............................................................................................................... 297

7° ano
Professora Andiara Souza Pinheiro

André Silva Lacerda


A minha história de Van Gogh ................................................................................ 299

Arthur Astolfi Cardoso


The monster ............................................................................................................. 300

Arthur Faria Fantoni


Apresentação ........................................................................................................... 302

Artur Braga Mota


A porta aberta .......................................................................................................... 303

Artur Braga Mota


Braga é meu nome ................................................................................................... 304

Bárbara Oliveira Reis Fialho


A praça do colégio .................................................................................................. 305

Bernardo Oliveira Alcântara Rodrigues


A dor de cabeça ....................................................................................................... 306

Bernardo Oliveira Alcântara Rodrigues


Na visão de um credor............................................................................................. 307

Bernardo Silva Rodrigues


O credor................................................................................................................... 308

Bruna Guzela Gonçalves


Excesso de plástico ................................................................................................. 309

Bruna Guzela Gonçalves


Cordel sem título ..................................................................................................... 311
Bruna Guzela Gonçalves
A orelha de Van Gogh............................................................................................. 312

Bruna Guzela Gonçalves


Histórias pelo vento................................................................................................. 313

Bruna Monteiro Souza


A linda árvore.......................................................................................................... 315

Bruna Monteiro Souza


O plástico no mundo ............................................................................................... 316

Bruna Monteiro Souza


Nova era .................................................................................................................. 317

Bruna Monteiro Souza


A origem da amizade .............................................................................................. 318

Bruna Monteiro Souza


Jade, a terra de Oz ................................................................................................... 319

Carolina Mafra Sana


O bolo e Lola........................................................................................................... 321

Carolina Mafra Sana


Cordel da minha vida .............................................................................................. 322

Daniel Almeida Rocha


Cães e furiosos ........................................................................................................ 323

Fernanda Sabino Dutra


A errada orelha de Van Gogh .................................................................................. 324

Gabriel Souza Pereira


Sabedoria ................................................................................................................. 325

Geovanna Giselda Goecking Chaves


O mágico de Oz....................................................................................................... 326

Giovana Massote Grossi Couto


O sumiço de José..................................................................................................... 327

Giovana Massote Grossi Couto


Cordel da comilona ................................................................................................. 328

João Oliveira da Costa


A viagem chuvosa ................................................................................................... 329

João Oliveira da Costa


A deusa chorona ...................................................................................................... 330

Júlia Maria Coutinho Corrêa


A orelha de Van Gogh............................................................................................. 331

Júlia Maria Coutinho Corrêa


Fogo e gelo .............................................................................................................. 332
Lívia Fiorini Santanna
Em busca de Oz....................................................................................................... 334

Lívia Fiorini Santanna


Tema livre ............................................................................................................... 336

Lívia Maria Leão


Algo original para uma coisa tão boa ...................................................................... 337

Lívia Maria Leão


Cordel da não nerd .................................................................................................. 339

Lívia Maria Leão


O plástico e o futuro marinho .................................................................................. 340

Lívia Maria Leão


A forte Blenca ......................................................................................................... 341

Manuela Fiorini Santanna


Em busca de amigos na escola ................................................................................ 343

Manuela Fiorini Santanna


Tema livre ............................................................................................................... 345

Maria Eduarda Vasconcelos


Tema livre ............................................................................................................... 346

Maria Fernanda Rodrigues e Silva


Tema livre ............................................................................................................... 347

Mariana Lawrence Leite Jorge


Qual é o seu? ........................................................................................................... 349

Mariana Lawrence Leite Jorge


Mineirinha de minas ................................................................................................ 350

Matheus Ordones Blaha


A folha vermelha ..................................................................................................... 351

Matheus Ordones Blaha


O problema do plástico ........................................................................................... 352

Nicole Pimenta Quites


Mentirosas ............................................................................................................... 353

Sofia Pereira Marques


O grande caso .......................................................................................................... 355

Sophia Rosler
O melhor amigo do homem..................................................................................... 357

Tácio Andrade
Uma padaria perigosa .............................................................................................. 358

Tainá Martins Oliveira


A dívida do comerciante ......................................................................................... 360
Tainá Martins Oliveira
A porta aberta .......................................................................................................... 361

Thiago Penna Cateb


Aquela igreja ........................................................................................................... 363

Thiago Penna Cateb


Noite no cemitério ................................................................................................... 364

Yasmin Vieira das Neves


A porta aberta .......................................................................................................... 365

8° ano
Professora Andiara Souza Pinheiro
Amanda Rodrigues e Silva
A excursão inesquecível .......................................................................................... 368

Amanda Rodrigues e Silva


O homem cuja orelha cresceu - Continuação do texto ............................................ 370

Amanda Rodrigues e Silva


Solidariedade: algo fundamental ............................................................................. 372

Amanda Rodrigues e Silva


Os mistérios da ilha de ossos .................................................................................. 373

Amanda Rodrigues e Silva


Significado da vida.................................................................................................. 375

Amanda Rodrigues e Silva - Isabelle de Pontes Pamplona


Sonho de uma noite de verão .................................................................................. 376

Amanda Rodrigues e Silva


Internet: o mundo em suas mãos ............................................................................. 381

Beatriz Lorrane dos Santos


Ella, a bolinha futurista ........................................................................................... 383

Bruno Zebral Starling


O bosque encantado ................................................................................................ 386

Bruno Zebral Starling


A viagem cósmica ................................................................................................... 390

Daniel Spada e Souza Simão Rolla - João Gabriel de Araújo Resende


Bosque lamurioso .................................................................................................... 392

Eduarda do Prado Duque


Em uma parte do bosque encantado ........................................................................ 396

Filipe Miranda Souza


O homem cuja orelha cresceu – Continuação ......................................................... 498

Filipe Miranda Souza


A câmera do tempo ................................................................................................. 399
Filipe Miranda Souza
Fuga sobrenatural .................................................................................................... 401

Gabriel Lourenço Reis Resende


Como seria boa a vida ............................................................................................. 403

Gabriel Lourenço Reis Resende


Os taxistas e o roubo ............................................................................................... 404

Gabriel Lourenço Reis Resende


Na porta de entrada do bosque ................................................................................ 405

Gabriel Lourenço Reis Resende


A dominação dos robôs ........................................................................................... 408

Isadora Guimarães Meira Pimentel e Júlia Ribeiro Rocha


Ritual de amizade .................................................................................................... 410

Isadora Guimarães Meira Pimentel


Amor de família ...................................................................................................... 416

Isadora Guimarães Meira Pimentel


O fim de Silvana Menezes ...................................................................................... 418

Isadora Pinheiro Alves dos Santos


O homem cuja orelha cresceu – Continuação ......................................................... 420

Isadora Pinheiro Alves dos Santos


Conto de enigma e/ou mistério ............................................................................... 421

Isadora Pinheiro Alves dos Santos e Júlia Maneiro Alvite Matos


Sonho de uma noite de verão .................................................................................. 423

Júlia de Souza Carvalho


Essa vida terrivelmente chata .................................................................................. 427

Júlia de Souza Carvalho


"Quando vamos começar a nos importar?” ............................................................. 429

Júlia de Souza Carvalho e Gabriel Salgado


A culpa .................................................................................................................... 431

Júlia de Souza Carvalho


O homem cuja orelha cresceu – continuação .......................................................... 434

Júlia de Souza Carvalho


Ainda existe empatia? ............................................................................................. 435

Júlia Dias Machado e Mateus Soares Godoy de Oliveira


Reinado das poções ................................................................................................. 436

Júlia Maneiro Alvite Matos


Mundo solidário de hoje.......................................................................................... 446

Júlia Maneiro Alvite Matos


O homem cuja orelha cresceu – Continuação ......................................................... 447
Júlia Maneiro Alvite Matos
A marca da família .................................................................................................. 448

Júlia Maneiro Alvite Matos


A caça ...................................................................................................................... 450

Júlia Ribeiro Rocha


A comida com uma pitada de terror ........................................................................ 452

Júlia Ribeiro Rocha


Illusion .................................................................................................................... 453

Lara Ponsá Lopes Braga


A herança ................................................................................................................ 457

Lara Ponsá Lopes Braga e Rodrigo Pedrosa Tufy Melo


Uma memória real ................................................................................................... 459

Lara Ponsá Lopes Braga


Tema livre ............................................................................................................... 463

Lucas Firme Soares


O planeta dos robôs ................................................................................................. 467

Luísa Barros Ribeiro Andrade


O futuro sem tempo ................................................................................................. 469

Rodrigo Pedrosa Tufy Melo


O passado afetivo .................................................................................................... 472

Sofia Youssef Khaouli Marcos


A vida, o que é?....................................................................................................... 473

Sofia Youssef Khaouli Marcos


A aranha e os cristais amaldiçoados que estragaram a viagem ............................... 474

9° ano
Professora Rosana da Franca Rodrigues
Arthur Santos Corrêa
A realidade é fria ..................................................................................................... 477

Arthur Santos Corrêa


Como se chovesse canivete ..................................................................................... 479

Bianca Laboissière Mascarenhas


Azul no rosa............................................................................................................. 481

Bianca Laboissière Mascarenhas


Olhar cheio .............................................................................................................. 482

Fernanda Pereira Guimarães


Um companheiro para a vida toda ........................................................................... 484

Gabriel Hermont Corrêa


Amor por aquele robô .............................................................................................. 485
Gabriel Hermont Corrêa
“Corpo perfeito? Nem sempre foi assim” ................................................................ 487

Gabriela Luiza Silva Rodrigues


Como o vento .......................................................................................................... 488

Isadora Debeche Vieira


Exposição na timeline .............................................................................................. 490

João Vítor Ferreira Carvalho


O país do Futebol..................................................................................................... 491

Júlia Saturnino Centeno - Maria Eduarda Pereira Silva


A Sociedade ............................................................................................................. 492

Luana Carolina Hadad Nicolaurena


Conto social ............................................................................................................. 493

Luana Carolina Hadad Nicolaurena


Uma amizade rica .................................................................................................... 495

Lucas Dias Bernardes


De balas à felicidade ................................................................................................ 496

Lucas Dias Bernardes - Tobias Martins Oliveira


Paixão por futebol.................................................................................................... 498

Maria Eduarda Chrispim Santana


Cordel ...................................................................................................................... 499

Mariana Bernarda Soares Lifonso


Declaração de amor ................................................................................................. 500

Mariana Bernarda Soares Lifonso


Avó de consideração................................................................................................ 502

Michel Habib Prata Abi Habib


O imprevisto problema ............................................................................................ 504

Michel Habib Prata Abi Habib


Elementos da natureza ............................................................................................. 505

Paulo Antonio Neves Sarmento


Minha Terra ............................................................................................................. 506

Vitoria Woelffel Ferreira


Compartilhando e destruindo................................................................................... 507

Vitoria Woelffel Ferreira


Menina ou menino? ................................................................................................. 508

Vitoria Woelffel Ferreira


O poder de uma publicação ..................................................................................... 509
Ensino Médio
1° ano
Professora Rosana da Franca Rodrigues
Alícia Resende Teodoro
Os preconceitos na sociedade atual ......................................................................... 512

Ana Beatriz Chrispim Santana


O feminismo e os direitos das mulheres.................................................................. 513

Ana Beatriz Chrispim Santana


Aumento da expectativa de vida ............................................................................. 514

Beatriz Carvalho Brasil


Diversão ou vício?................................................................................................... 515

Beatriz Carvalho Brasil


Aumento da expectativa de vida no Brasil .............................................................. 516

Beatriz Pessoa Alves de Mello


A imposição de limites na educação de jovens ....................................................... 517

Beatriz Pessoa Alves de Mello


Desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil ............................. 518

Beatriz Pessoa Alves de Mello


Os possíveis caminhos para reduzir o analfabetismo funcional no Brasil .............. 519

Fernanda Lima Lavarine de Souza


A sociedade do consumo ......................................................................................... 521

Fernanda Lima Lavarine de Souza


Desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil ............................. 522

Maria Eduarda Guimarães Carvalho


A consequência da polarização do ódio na internet para as minorias ..................... 523

Maria Eduarda Guimarães Carvalho


Direito à saúde afeta a expectativa de vida?............................................................ 524

Maria Eduarda Guimarães Carvalho


Riscos da Reforma do Ensino Médio ...................................................................... 525

Maria Eduarda Guimarães Carvalho


Direito a saúde afeta a expectativa de vida?............................................................ 526

Natália de Castro Oliveira


Desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil ............................. 527

Natália de Castro Oliveira


O movimento feminista ........................................................................................... 528

Natália de Castro Oliveira


Importância de limites na educação de crianças e adolescentes ............................. 529
Vitória Guadalupe Filizola Freire
Preconceito: causas e efeitos ................................................................................... 530

Vitória Guadalupe Filizzola Freire


Alcoolismo entre jovens .......................................................................................... 531

2° ano
Professora Maria Eugênia Moreira Gomes de Freitas
Beatriz Rodrigues Blach
Sozinha .................................................................................................................... 533

Beatriz Rodrigues Blach


Intolerância e discurso de ódio nas redes sociais .................................................... 534

Beatriz Rodrigues Blach


“O livre porte de armas no Brasil deveria ser permitido?” ..................................... 535

Christopher Sean Deslandes Lund


Superbactérias: o que são e como espantar esse mal............................................... 536

Christopher Sean Deslandes Lund


Navio Negreiro-Passado e atualidade da escravidão ............................................... 537

Izabela Oliveira De Faria


A educação que transforma ..................................................................................... 540

Izabela Oliveira de Faria


O mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz ................................................ 541

João Pedro Alves Mendes


Eu te amo! ............................................................................................................... 543

João Pedro Alves Mendes


Negrinho.................................................................................................................. 544

Laura Genovese R. Buzelin


O mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz ................................................ 545

Letícia Menezes e Silva


Vidas levadas pela lama: dois anos do desastre de Mariana ................................... 547

Lucas Henrique Silva Cruz


Superbactérias: um erro da humanidade ou uma resistência biológica? ................. 548

Lucas Henrique Silva Cruz


Menor poder de fogo, menor violência! .................................................................. 550

Natália Rodrigues Pereira Freitas


Uma viagem longa demais ...................................................................................... 551

Natalia Rodrigues Pereira Freitas


Análise crítica.......................................................................................................... 552

Natalia Rodrigues Pereira Freitas


Intolerância e discurso de ódio nas redes sociais .................................................... 555
Natália Rodrigues Pereira Freitas
Vida de patroa ......................................................................................................... 556

Nayra Nunes Belmani


Felicidade com riso verdadeiro ............................................................................... 557

Nayra Nunes Belmani


Aquele brinde .......................................................................................................... 558

Pablo Miranda Souza


Meu fim ................................................................................................................... 559

Pablo Miranda Souza


O mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz ................................................ 561

Pablo Miranda Souza


A hipocrisia do jeitinho brasileiro ........................................................................... 563

Pablo Miranda Souza


A intolerância enquanto fenômeno virtual .............................................................. 564

Pablo Miranda Souza


Superbactérias: o grande perigo da automedicação ................................................ 565

Pablo Miranda Souza


“Navio Negreiro”- de Castro Alves e de Slim Rimografia ..................................... 566

Paulo Vitor Figueiredo Pinto


Ritmo, Poesia e Revolta .......................................................................................... 568

Paulo Vitor Figueiredo Pinto


Votando no Direito.................................................................................................. 570

Paulo Vitor Figueiredo Pinto


280 Caracteres de Ódio ........................................................................................... 571

Paulo Vitor Figueiredo Pinto


Remediando em Excesso......................................................................................... 572

Paulo Vitor Figueiredo Pinto


A vida que a lama levou .......................................................................................... 574

Paulo Vitor Figueiredo Pinto


Como você consegue ser feliz? ............................................................................... 575

Rayssa Inês Fávero Belleza


O inglês do meu pai................................................................................................. 577

Rebeca de Souza Oliveira


O mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz ................................................ 578

Samuel Andrade Faria


Vocabulário regional ............................................................................................... 579

Samuel Andrade Faria


Os perigos das Fake News....................................................................................... 580
Samuel Andrade Faria
Superbactérias: reflexo da automedicação? ........................................................... 581

Sofia Soares Godoy de Oliveira


Quem mata, o homem ou a arma? ........................................................................... 582

Sofia Rabelo Cavalcanti de Albuquerque


Jujubas?!.................................................................................................................. 583

Sofia Rabelo Cavalcanti de Albuquerque


A corrupção no Brasil ............................................................................................. 584

Vinicius Martins da Costa Lieb


A entrevista ............................................................................................................. 586

Vinicius Martins da Costa Lieb


Que trem doido........................................................................................................ 589

3° ano
Professora Rosana da Franca Rodrigues
Anna Clara Lopes Souza
Os desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil ..................................... 593

Anna Clara Lopes Souza


Perigos da obsolescência programada ..................................................................... 594

Bernardo Corrêa Câmara Gontijo


Autismo ................................................................................................................... 595

Bernardo Corrêa Câmara Gontijo


O reaparecimento de doenças erradicas no Brasil ................................................... 596

Fernanda Soares Lamas


O perigo das fake news na era da informação ......................................................... 597

Fernanda Soares Lamas


Participação política: indispensável ou superada?................................................... 598

Fernanda Soares Lamas


O uso de agrotóxicos no Brasil e no mundo ............................................................ 599

Fernanda Soares Lamas


Dificuldades do poder judiciário no Brasil .............................................................. 600

Fernanda Soares Lamas


Os desafios da produção artística no Brasil ............................................................. 601

Gabriela Rodrigues Silveira Emiliano


O uso de agrotóxicos no Brasil e no mundo ............................................................ 602

Juana dos Santos Cardoso Coelho


O uso de agrotóxicos no Brasil e no mundo ............................................................ 603

Juana dos Santos Cardoso Coelho


O reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil ............................................... 604
Juana dos Santos Cardoso Coelho
Os desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil ..................................... 605

Juana dos Santos Cardoso Coelho


Compartilhamento de cenas trágicas ....................................................................... 606

Juana dos Santos Cardoso Coelho


A valorização do diploma universitário................................................................... 607

Juana dos Santos Cardoso Coelho


Os desafios para democratizar o acesso à cultura .................................................... 608

Juana dos Santos Cardoso Coelho


É possível responder às agressões do mundo contemporâneo com afeto? .............. 609

Lisandra Augusta Andrade


Desigualdade informacional .................................................................................... 610

Luísa Morais e Souza


Viver é trabalhar ...................................................................................................... 611

Luma Cunha Kubtischek Prates


Os desafios da produção artística no Brasil ............................................................. 612

Maria Clara Barros


Reformas do sistema previdenciário brasileiro........................................................ 613

Maria Clara Barros


Perigos da obsolescência programada ..................................................................... 614

Maria Clara Barros


Responder agressões com afeto ............................................................................... 615

Maria Clara Barros


O perigo das fake news na era da informação ......................................................... 616

Marina Lorenzo Cardoso Vieira


Reformas do sistema previdenciário brasileiro........................................................ 617

Paula de Andrade Carvalho Muller Leal


Dificuldades do poder judiciário no Brasil .............................................................. 618

Paula de Andrade Carvalho Müller Leal


Reformas do sistema previdenciário brasileiro........................................................ 619

Tamires Paulina Oliveira Castro


A valorização do diploma universitário em discussão no Brasil ............................. 620
Ensino
Fundamental
I

35
36
Na Educação Integral, a diversidade está presente, pois são diferentes anos escolares,
diferentes idades e consequentemente diferentes pensamentos, mas dessa diversidade pode
nascer a amizade. Pensando nisso, foi desenvolvido um projeto sobre o tema e após debates,
reflexões e realização de atividades, os alunos construíram um poema que traduz um pouco
do que foi interiorizado através desse projeto.

Integrando a amizade
Produção coletiva

Do convívio com harmonia pode nascer a amizade.


No Integral pensamos nisso e respeitamos a diversidade.

A verdadeira amizade respeita as diferenças.


A verdadeira amizade supera as desavenças.

Não importa a sua crença, quero mesmo é o seu abraço.


nos momentos mais felizes e também nos de cansaço.
A amizade traz felicidade.
Quando estiver triste procure um amigo
Ele sempre irá entender a sua necessidade

O amigo está contigo sempre pra te ajudar.


Ele te alegra e nas horas difíceis pode com ele contar.

Vamos nossos amigos valorizar!

Na vida, ninguém vive sem amigos


e devemos ser unidos para o mundo melhorar!

37
38
O texto apresentado segue a proposta da construção de uma narrativa baseada em uma
aventura.

Docinho na selva
Ana Clara Raposo de Carvalho Costa

Certa vez, Docinho e eu fomos para uma selva.


Docinho adora os animais selvagens e a selva.
Nós pensamos em ir fazer uma visita aos animais selvagens.
Então, nós fomos primeiro visitar a onça. O segundo animal visitado foi o
gavião e o último foi a cobra. Demoramos muito e quando voltamos já era noite. Os
animais costumam estranhar os humanos à noite.
Por fim, nós pedimos ajuda para a dona coruja e acampamos por lá
mesmo. Quando acordamos, foi só um sonho.
Que aventura hein, Docinho!
Da próxima vez pode ser de verdade.

39
O texto apresentado segue a proposta de elaborar novas estrofes para poema.

Rimas malucas
Ananda Correia Ruiz Castro

Cada macaco, com o seu caco.


Cada galinha, com a sua linha.
Cada vaca, com a sua jaca.
Cada coelho, com seu espelho.
[...]
Cada formiga, com a sua comida.
Cada caracol, com seu cachecol.
Cada pato, com seu sapato.

O texto apresentado segue a proposta de compor uma página de diário pessoal relatando algo
especial e inesquecível.

Diário
DATA: 18/01/2018
André Woeffel Ferreira

Hoje foi muito legal. Eu, meus irmãos e primos fomos ao parque Hollywood
Studios da Disney. Fomos num brinquedo que se chama Hotel Mal-Assombrado que
tem um elevador que estraga e cai. Eu senti que estava flutuando e me deu um frio
na barriga.
Eu adorei e quero ir de novo.

40
O texto apresentado segue a proposta da construção de uma narrativa baseada em uma
aventura.

Davi, meu boneco


Artur Andreata Marçal Silva

Construí um boneco de leite em pó, seu nome é Davi.


Em um dia ensolarado de junho, Davi e eu brincamos tanto de futebol,
que esquecemos de pedir lanche para a mamãe. Olhei para o Davi e minha boca
encheu de água.
Davi levou um susto e saiu correndo. Eu corri atrás dele e consegui pegá-
lo. Agarrei o Davi com as minhas duas mãos. Abri a boca para dar uma dentada no
chapéu dele, de repente acordei…
Ufa! Não comi meu amigo!

41
O texto apresentado seguem a proposta de compor uma página de diário pessoal relatando
algo especial e inesquecível.

Diário
DATA: 26/11/2018
Bernardo Carvalho Soares

Meu querido diário,


Hoje eu joguei futebol e fiz cinco gols. O técnico gostou do meu
desempenho e me convidou para jogar no sábado contra outro clube.
Estou muito feliz!

O texto apresentado seguem a proposta de compor uma página de diário pessoal relatando
algo especial e inesquecível.

Diário
DATA: 26/01/2018
Bruna Martins da Costa Lage

Querido diário,
Hoje foi o aniversário do meu primo Miguel. Foi muito legal, eu joguei
futebol na chuva.
A festa aconteceu em uma quadra.

O texto apresentado seguem a proposta de compor uma página de diário pessoal relatando
algo especial e inesquecível.

Diário
DATA: 26/11/2018
Frederico Silveira Romualdo

Querido diário,
No dia 23/11 a minha mãe passou um final de semana fora. Eu fiquei com
saudades.

42
O texto apresentado segue a proposta da construção de uma narrativa baseada em uma
aventura.

Um dia no sítio
Frederico Silveira Romualdo

Certo dia, eu e meu bonequinho Fuinha fomos ao sítio e lá jogamos bola,


brincamos na caixa de areia, depois andamos de carrinho, comemos muitas amoras
e no final fizemos uma bela fogueira, com ajuda do meu pai.
Estávamos ansiosos para chegar a noite e brincarmos de guerra de
travesseiro, mas, de repente, meu pai veio com uma triste notícia. Tínhamos que
voltar para a nossa casa, porque ele esqueceu que era aniversário da minha avó.
Voltamos para a nossa casa, pensando como teria sido legal se
tivéssemos feito a guerra de travesseiros.
Foi difícil voltar para a casa, mas, mesmo assim, foi uma aventura muito
divertida com meu bonequinho Fuinha.

43
O texto apresentado segue a proposta da construção de uma narrativa baseada em uma
aventura.

Meu bonequinho de biscoito


Maria Vitória Oliveira de Faria

Certo dia, eu e minha tia Ivone fizemos um bonequinho de biscoito. Eu


pedi para ela fazer um biscoito com formato de bonequinho, porque sempre quis ter
um amiguinho para brincar comigo.
Quando ele ficou pronto, eu dei o nome de Pepe.
Em uma manhã, levei Pepe para passear na casa da minha madrinha. De
repente, Pepe desapareceu, procurei por todos lados.
Quando estava já cansada de procurar, resolvi olhar na gaiola da
calopsita. Lá estava ele todo molhado, porque caiu na água da calopsita. Fiquei
muito triste e decidi fazer outro para brincar. Dessa vez não vou levar meu
amiguinho para passear na casa de ninguém.

44
O texto apresentado segue a proposta da construção de uma narrativa baseada em uma
aventura.

O senhor Batatom
Murilo Machado Marques

Era um belo dia de sol na Bahia, eu e o Senhor Batatom, que é meu


bonequinho amigo, brincávamos na praia.
Brincávamos de bola e ele era o goleiro. Teve um momento que chutei
tão forte que ele não aguentou e acabou indo junto com a bola para o fundo da rede.
Achei que ele fosse ficar bravo comigo, mas na verdade foi engraçado e
acabamos fazendo uma festa na areia da praia.

45
Os textos apresentados seguem a proposta da construção de um bilhete para o autor
brasileiro Ziraldo sobre o livro “Flicts”.

Inácio Rafael Ferreira Rios


Caro Ziraldo,
Apesar de ser uma história triste, é especial por se tratar de
uma cor rara e bondosa.
Abraços, Inácio
21/11/2018.

João Eduardo Sousa Candéa


Ziraldo,
Eu achei a história do Flicts triste porque ninguém gostava dele.
Abraços, João Eduardo
21/11/2018.

Murilo Rocha de Castro


Ziraldo,
Eu gostei do livro Flicts! Nele tem drama e ação. E tem um final feliz…
Beijos, Murilo
21/11/2018.

Sophia Moreira Figueiredo Dabés

Ziraldo,
A sua história me ensinou que eu devo ser
amiga de todos. Adorei!
Sophia.
21/11/2018

46
Primeiro ano
Denise

47
Atividade do livro de Matemática: Conceitos Matemáticos.

Produção de texto coletiva

Era uma vez uma menina e um menino que viram um gato em cima da
árvore.
O cavalo estava longe da árvore, comendo grama. Entre as crianças tem
uma árvore.
A borboleta está perto das flores. Atrás do cavalo tem uma cerca e o
cavalo está na frente da cerca.

Reconto coletivo do livro O Lobo Voltou. Após a leitura da obra, os alunos recontaram a
história, reescrevendo-a.

O lobo voltou
Produção de texto coletiva

O Senhor Coelho leu no jornal que o Lobo tinha voltado e fica apavorado!
Todas as vezes que batiam na porta dele, ele achava que era o Lobo,
mas, na verdade, eram personagens dos Contos de Fadas que estavam fugindo do
Lobo.
Da última vez que bateram na porta da casa do Senhor Coelho, era
mesmo o Lobo!
Todos ficaram com medo, mas o Senhor Coelho conversou com o Lobo e
disse que não tinha medo dele, e o convidaram para jantar.

48
Após a leitura da passagem bíblica “Davi e Golias”, os alunos fizeram o reconto.

Davi e Golias
Produção de texto coletiva

Era uma vez um menino chamado Davi. Ele tinha muita fé em Deus.
Davi enfrentou um gigante chamado Golias para ajudar o povo de Israel.
Ele conseguiu derrubar o gigante com apenas uma pedra.

49
O texto a seguir foi criado, escrito e ilustrado em grupo.
Desafio: criar um final diferente para um conto conhecido.

Chapeuzinho Vermelho em perigo


Davi Antônio Teixeira de Miranda, Lucas Micelli Assunção,
Maria Luisa de Almeida Araujo e Milena Vale Braga

[...] Os três Porquinhos encontraram uma menina chamada Chapeuzinho


Vermelho e a prenderam. Ela gritou muito, um caçador ouviu e a resgatou.

O texto a seguir foi criado, escrito e ilustrado em grupo.


Desafio: criar um final diferente para um conto conhecido.

O Peter Pan

Arthur Augusto Sansoni, Cecília Bittencourt Aguiar Mendes Ruela


Guilherme Lodi Souza Rocha, Julia Maria Barbosa Alves
e Maria Antônia Costa Resende

[...] O Peter Pan estava andando no estádio de futebol da Terra do Nunca,


e, num passe de mágica, apareceu uma estrela de rock. A estrela de rock levou ele
para casa.

50
O texto a seguir foi criado, escrito e ilustrado em grupo.
Desafio: criar um final diferente para um conto conhecido.

A Festa do Lobo

Bernardo Rodrigues Savoi Browne Cunha, Davi Braga Sousa Couto, Lara
Freitas Braga, Manuela Maria Oliveira Silva, Maria Luiza Barreto Dias e Rafaela
Mafra Sana

[...] O Lobo tinha viajado e,


quando voltou, ficou surpreso!
Os Três Porquinhos prepararam uma
festa surpresa!!! O Lobo adorou a
festa.

O texto a seguir foi criado, escrito e ilustrado em grupo.


Desafio: criar um final diferente para um conto conhecido.

Pinóquio de Madeira

Carolina Chaves Hallak, Catarina Franco Sasdelli,


Matheus Micelli Assunção, Vinicio Vasconcelos Costa Coelho

Quando Pinóquio virou


menino de verdade, seu pai lhe
deu dinheiro, e Pinóquio foi para
uma escola de verdade.
Depois, Pinóquio fez vários
amigos e todos foram ao parque
de diversões e fizeram um
piquenique.

51
O texto a seguir foi criado, escrito e ilustrado em grupo.
Desafio: criar um final diferente para um conto conhecido.

A Pequena Sereia

João Pedro Araújo Reis, Manuela Boaventura Hahn,


Maria Cecília Portugal Coletinha e Viviane Santos de Almeida Borges

A sereia desmaiou e o único jeito de salvá-la era chamar o Príncipe


Encantado.
O príncipe salvou a sereia e viveram felizes para sempre.

52
Produção de texto - Poema
Os alunos foram convidados a compor novos versos para completar o poema.

Infância

Cecília Bittencourt Aguiar Mendes Ruela

Aninha pula amarelinha


Henrique brinca de pique
Marília de mãe e filha
Marcelo é o rei do castelo

José brinca com a bola no pé


Gabriela joga avião na janela
Marquinhos brinca com os carrinhos
Mariana gosta de parecer com a princesa Ana
João gosta de soprar balão
Daniel faz desenhos no papel
Cecília brinca com a boneca Emília
Salette constrói uma marionete
Você quer brincar comigo?

53
Produção de texto - Poema
Os alunos foram convidados a compor novos versos para completar o poema.

Infância
Davi Antônio Teixeira de Miranda

Aninha pula amarelinha


Henrique brinca de pique
Marília de mãe e filha
Marcelo é o rei do castelo

Joca brinca com o jogo de pipoca


Pare bola se joga na escola
Moacir corre até cair
Você quer brincar comigo?

54
O Projeto Bullying foi trabalhado durante todo o ano com os alunos, utilizando textos,
experiências, debates e filmes. Durante o processo, a aluna Lara escreveu um texto,
demonstrando sua percepção quanto ao assunto.

A menina que não emprestava nada


Lara Freitas Braga

Era uma vez, uma menina que todos da sala a chamavam de… de… de…
Cruel! Quando alguém precisava de um lápis e pedia para ela, sabe o que ela
falava?
- Não… Não… Não…! Pede para outra pessoa!
A amiga dela falou:
- Tudo bem, Cruel!
Mariana não gostava de ser chamada de Cruel e então falou para a turma
dela:
- Por favor, amigos e amigas, parem de me chamar desse jeito. Eu não
gosto!
Os amigos e amigas falaram:
- Só com uma condição: você deve emprestar o que a gente precisar.
Ela respondeu:
- Tudo bem!
Os amigos pararam de chamá-la de Cruel, e agora ela está emprestando
tudo!

55
Atividade do livro de Ciências. Após a montagem do quebra-cabeça, as crianças criaram
textos a partir da imagem encontrada.

Os bombeiros e o fogo
Manuela Maria Oliveira Silva

Certa noite, um homem esqueceu uma vela acesa na sala de sua casa.
No dia seguinte, quando foi tomar café da manhã, viu a vela incendiar a
casa. Aí o homem chamou os bombeiros e, no final, os bombeiros apagaram o fogo,
e o homem viveu feliz!

56
Produção de texto - Poema
Os alunos foram convidados a compor novos versos para completar o poema.

Infância
Manuela Maria Oliveira Silva
Aninha pula amarelinha
Henrique brinca de pique
Marília de mãe e filha
Marcelo é o rei do castelo

Laura brinca de dar aula


Alicinha brinca de casinha
João brinca com o pião
Rebeca brinca de boneca
Marcela brinca com panela
Maria brinca na bacia
Sebastião brinca com o violão
Mauro brinca com dinossauro
Graça brinca na praça
Joana brinca na cama
Amora brinca lá fora
Mário brinca no armário
Gabriel passa anel
Doroteia brinca de geleia
Você quer brincar comigo?

57
Produção de texto - Poema
Os alunos foram convidados a compor novos versos para completar o poema.

Infância
Maria Antônia Costa Resende

Aninha pula amarelinha


Henrique brinca de pique
Marília de mãe e filha
Marcelo é o rei do castelo

Rafaela bate panela


Juliana brinca de cabana
Carol brinca de Lol
João solta balão
Marco anda de barco
Maria brinca de padaria
Helena cata pena
Vítor pega mosquito
Davi brinca de Saci
Samuel corta papel
Rafael pinta com pincel
Você quer brincar comigo?

58
Atividade do livro de Ciências. Após a montagem do quebra-cabeça, as crianças criaram
textos a partir da imagem encontrada.

O bombeiro salva-vidas

Maria Cecília Portugal Coletinha

Um dia, Joana estava fazendo feijão. Ela deixou a panela no fogo e foi ver
a novela.
Uma hora, ela sentiu um cheiro horroroso e viu o fogo saindo da cozinha.
Ela gritou:
- Socorro! Socorro! Socorro! E chamou a equipe de Jack.
Eles chegaram e apagaram o fogo.
Joana disse:
- Obrigada!
Os bombeiros até choraram…

59
60
Proposta: produção coletiva de Chula de palhaço.

O Circo
Júlia Borçari Oliveira, Luiza Teixeira Araújo, Sofia Araujo Rezende, Sofia
Veloso Martins, Sophia Marques Bissiatte Monteiro e Sophia Martins Morais.

– Hoje tem espetáculo?


– Tem, sim senhor.
– Hoje tem palhaçada?
– Tem, sim senhor.
– Hoje tem acrobata?
– Tem, sim senhor.
– Hoje tem malabarista?
– Tem, sim senhor.
– Hoje tem bailarina?
– Tem, sim senhor.
– É o melhor espetáculo da Terra?
– É, sim senhor.

61
Proposta: produção coletiva de Chula de palhaço.

Hoje tem espetáculo


Davi Moises Castro de Oliveira, Diego Henrique Nunes Teixeira Vinhal,
Guilherme Ambrósio Amaro de Andrade, Miguel Nogueira Abjaud, Nathan Faria
Hauque, Pedro Andrade Hummel e Thales Zanatta Batalha.

– Hoje tem espetáculo?


– Tem, sim senhor.
– Hoje tem palhaços?
– Tem, sim senhor.
– Hoje tem mágicos?
– Tem, sim senhor.
– Hoje tem acrobacias?
– Tem, sim senhor.
– Hoje tem trapézio?
– Tem, sim senhor.
– Hoje tem malabarismo?
– Tem, sim senhor.
– Hoje tem diversão?
– Tem, sim senhor.
– Hoje tem equilibristas?
– Tem, sim senhor.
– Hoje tem contorcionista?
– Tem, sim senhor.
– Neste circo tem grandes artistas!
Vivaaa, o circo começou!!!

62
Proposta: produção coletiva de Chula de palhaço.

O espetáculo
Arthur Granieri Miranda, Arthur Monteiro Souza, Felipe Martins da Costa
Lages, Gabriel Araujo Pena, Miguel Vale de Àvila Rocha, Pedro de Carvalho
Quintão e Rafael Coelho de Carvalho.

– Hoje tem espetáculo?


– Tem, sim senhor.
– Hoje tem marmelada?
– Não, só goiabada.
– Tem perna de pau?
– Não, só pica-pau.
– Tem malabarista?
– Não, só equilibrista.
– Tem camarão?
– Não, só mamão.
– E o moço do portão?
– Tem cara de chatão.
– E daí, no circo, é só diversão!!!

63
Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Arthur Granieri Miranda

Hoje foi o melhor dia do mundo! Podia vir de fantasia e trazer brinquedo,
pois era a comemoração do dia das crianças. Hoje teve lanche coletivo, foi bolo,
coxinha, pipoca e etc. Depois nós fomos para o recreio brincar. Em seguida fomos
para Educação Física e mais tarde para o Integral, lá almoçamos.

Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Arthur Monteiro Souza

Hoje foi um dia muito especial e legal na escola, usamos fantasias,


brincamos muito e, é claro, comemos um lanche bem gostoso.
Eu acho que o melhor de tudo isso é poder brincar com meus colegas de
sala e da escola.
A escola podia fazer mais dias como esses, pois é muito bom o clima de
alegria e descontração.
Eu me diverti muito, fiquei muito feliz e com a barriga bem cheia, viva a
semana das crianças!

64
Proposta: Elaborar um texto sobre o Colégio Imaculada.

Meu colégio é legal


Arthur Monteiro Souza

Eu gosto do colégio, ele é muito legal, e eu adoro tudo.


Gosto muito das professoras e gosto de estudar porque aprendo muitas
coisas novas.
A minha escola faz muitas festas para os alunos. Na escola tem aula Lego
(Robótica), futebol, piscina e muitas coisas legais.

Tema: Qual diferença posso fazer na vida de outra pessoa?

Arthur Monteiro Souza

Eu posso fazer a diferença na vida de uma pessoa, valorizando as suas


qualidades, sendo solidário, amigo, companheiro, elogiando suas atitudes e a
fazendo feliz.

Proposta: Elaborar um texto sobre o Colégio Imaculada.

Colégio Imaculada Conceição


Davi Moises Castro de Oliveira

O Colégio Imaculada é uma escola boa, quem vem estudar aprende de


verdade.
Tem ótimos professores, quadras de esportes e muitos livros na
biblioteca. E nesse colégio você faz muitos amigos.

65
Tema: Natal. O que é o natal para você?

Diego Henrique Nunes Teixeira Vinhal

O natal para mim é o nascimento de Jesus. Também é uma data de amor,


carinho, alegria e gentileza. Recebemos presentes, ficamos com a nossa família e
amigos, e ainda tem comida variada.

Proposta: Elaborar um texto sobre o Colégio Imaculada.

O meu Colégio Imaculada


Diego Henrique Nunes Teixeira Vinhal

Eu me chamo Diego e estudo no Colégio Imaculada. O colégio é grande,


tem muitas quadras, salas de aula, laboratórios, piscina, pátio e teatro.
Gosto muito dos professores e funcionários e dos meus colegas.
Adoro estudar nesse lindo colégio.

Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Diego Henrique Nunes Teixeira Vinhal

O dia de hoje foi muito bom, pois


brincamos, comemos e eu gostei muito.
A gente também ganhou bola de
sabão, jogamos futebol e várias outras coisas,
como handebol e basquete. Brinquei com os meus
amigos, Pedro Andrade, Felipe e o Arthur Granieri,
e também brincamos com as meninas do segundo e
do terceiro ano. Hoje pudemos vir sem uniforme, e
eu gostei muito!

66
Proposta: Elaborar uma resenha crítica do livro escolhido de leitura semanal.

Livro: Um corvo torto


Diego Henrique Nunes Teixeira Vinhal

Existe um lugar em que moram vários corvos vivendo como seres


humanos. Nesse lugar reside um corvo chamado Carlos, que canta, dança, conta
piadas e histórias, mas os outros corvos do lugar não gostam de nada do que ele
faz.
O corvo ficou muito triste e resolveu ir embora de sua terra. Nos novos
lugares em que o corvo Carlos passava, as pessoas ficavam muito alegres, pois
gostavam da sua dança, piadas e das músicas que ele cantava.
Os corvos da sua terra natal começaram a sentir a falta de Carlos, pois
sem ele tudo ficou muito monótono.
Eu gostaria muito, muito de ir nesse lugar, pois seria bem legal encontrar
com esses pássaros que falam, cantam, dançam e até fazem orquestras.
Se nesse lugar imaginário os pássaros podem cantar, falar e até tocar
instrumentos musicais, quem sabe eu poderia até voar?

67
Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Felipe Martins da Costa Lages

Hoje na escola tivemos três recreios e um lanche coletivo por causa do


dia das crianças.
No lanche coletivo teve um tanto de coisas gostosas, como pipoca,
Doritos, pão de queijo, coxinha, bolo, suco de uva e suco de abacaxi. O que eu mais
comi foi o pão de queijo. Estava uma delícia!
No recreio, que era uma hora, eu só fiquei de juiz o recreio inteiro.

Tema: Natal. O que é o natal para você?

Felipe Martins da Costa Lages

Para mim o natal é um momento de ajudar os outros, espalhar alegria e


emoções para todos, pois é o aniversário de Jesus.

68
Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Gabriel Araujo Pena

A comemoração do dia 09/10 na escola foi muito boa! Teve


piquenique, hora de brincar na sala, Educação Física e outras coisas bem
divertidas.
Teve bem menos aula e eu espero que quarta e quinta sejam ótimos dias
também, pois serão dias de brincar, ver vários shows na escola, nadar, aprender, me
divertir, estudar e conhecer coisas novas.

Tema: Natal. O que é o natal para você?

Gabriel Araujo Pena

O natal para mim é uma época de as pessoas se unirem, se respeitarem


e amarem umas às outras, além de comemorar.

69
Proposta: Elaborar um texto sobre o Colégio Imaculada.

Minha escola
Guilherme Ambrósio Amaro de Andrade

A minha escola é muito boa, eu gosto dos meus colegas e da professora.


Do pátio, da Robótica e também da Educação Física, porque a gente aprende
esportes.
A escola é muito grande, tem espaço para brincarmos e fazermos todo o
tipo de esporte.
O auditório é grande e eu adoro o show de talentos.
Eu adoro brincar de pega-pega no pátio com os meus amigos.
Sou muito feliz na minha escola.

Tema: Qual diferença que posso fazer na vida de outra pessoa?

Guilherme Ambrósio Amaro de Andrade

Podemos fazer a diferença na vida das pessoas sendo educado,


respeitando e ajudando sempre que for preciso. Saber ouvir, demonstrar gratidão,
espalhar sorrisos e se divertir com as pessoas faz toda a diferença.

70
Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Júlia Borçari Oliveira

O dia de hoje foi muito bom! Fizemos um piquenique, brincamos para


valer e corremos muito.
Fomos de fantasia de vários tipos: pirata, jogador de futebol, fadinha,
Tartaruga Ninja, e outros foram com roupa normal ou de uniforme.
Ganhamos até bolhinha de sabão de várias cores.
Gostei desse dia, não só porque teve piquenique, brincadeira e etc. e sim
porque mostrou a união entre mim, meus colegas e minha professora.
Gosto muito do Colégio Imaculada, pois ele sempre procura fazer o
melhor para as crianças!

Tema: Natal. O que é o natal para você?

Júlia Borçari Oliveira

O natal para mim é muito importante. Muitas pessoas acham que o natal é
só presentes e papai Noel, só que não é. O natal é ficar com a família, ser mais
solidário, e o mais importante: é o nascimento de Jesus!!!

71
Proposta: Criar um poema sobre o nosso Colégio Imaculada Conceição.

O que é o Colégio Imaculada para mim…

Júlia Borçari Oliveira

O Colégio Imaculada
é o que eu sempre quis
e que está me dando uma linda raiz.
O Colégio Imaculada
está sempre do nosso lado
fazendo com que todos
saiam do quadrado.
O Colégio Imaculada
é sensacional
faz com que cada aluno
seja especial.
Para mim, o Colégio Imaculada é
paz, alegria, harmonia,
vida nova,
esperança e amor.
Não quero sair daqui, nem pela dor.
Amo o Colégio Imaculada.

72
Tema: Qual diferença posso fazer na vida de outra pessoa?

Luiza Teixeira Araújo

Todos nós devemos ter respeito e educação com os outros, pois todas as
coisas que nós fazemos depois vão se voltar para nós. Então devemos respeitar o
próximo e quando uma pessoa precisar de ajuda, devemos ajudar. Isso é uma forma
de respeito.

Tema: Natal. O que é o natal para você?

Luiza Teixeira Araújo

O natal é um dia de amor e felicidade, é o nascimento de Jesus, um


momento de ficar com a família e de ser solidário. Para mim esse é o verdadeiro
natal.

Proposta: Elaborar um texto sobre o Colégio Imaculada.

Meu colégio
Miguel Nogueira Abjaud

Eu acho o Colégio Imaculada Conceição genial.


A minha professora é muito legal. Ano passado eu tive a sorte de fazer
grandes amigos, como o Pedro Andrade, que é meu melhor amigo.

73
Proposta: Criar um poema sobre o nosso Colégio Imaculada Conceição.

O Colégio Imaculada
Miguel Nogueira Abjaud

O Colégio Imaculada é um lugar legal,


onde a gente exercita o nosso controle mental.
Aprendemos muito todo dia,
Português, Matemática, História e Geografia.
Aprendemos também a respeitar o nosso irmão,
do fundo do coração.
Nesse colégio não é só educação,
tem também muita diversão.
Tem biblioteca, pátio, canção,
Robótica e amigos de montão!

74
Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Miguel Nogueira Abjaud

Hoje foi a comemoração do dia das crianças, mas, na minha opinião, acho
que deveria ter dois horários de aula e o resto do dia só brincadeira, porque criança
gosta muito de brincar!
Hoje também tivemos quarenta minutos a mais de recreio e também
tivemos um lanche coletivo gostoso. Assim, o dia foi bem legal, e eu me diverti
muito!

75
Proposta: Elaborar uma resenha crítica do livro escolhido de leitura semanal.

Livro: Borba, o gato


Miguel Nogueira Abjaud

Encontramos lugares fantásticos em livros.


O livro Borba, o gato, fala sobre um gato chamado Borba que tem um
amigo que é um cachorro e se chama Diogo.
Seria fantástico viver em um lugar assim, em que um gato é amigo de um
cachorro, eles crescem juntos, brincam juntos, não brigam e se ajudam.
Neste lugar animais falam e protegem a vizinhança.
No final do livro, Borba vira um policial, mas não comum, o policial dos
telhados!

76
Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Miguel Vale de Àvila Rocha

Hoje foi muito bom, pois teve comida, bebida e muito mais. Se sexta é
bom demais, imagina hoje? Foi melhor ainda! Tudo foi especial! Até a minha carteira
era especial.
Esse dia é o melhor dia do ano por enquanto.
Com a minha imaginação tudo brilha como o dia de hoje.
Eu sou o menino mais feliz do mundo!

Tema: Qual diferença posso fazer na vida de outra pessoa?

Nathan Faria Hauque

Para fazer a diferença na vida de alguém, pode ser um simples abraço ou


uma simples doação, mas que seja de coração.

77
Tema: Natal. O que é o natal para você?

Pedro Andrade Hummel

Natal é tempo de amor, nascimento de Jesus. É tempo de ficar com a


família, tem presentes e o papai Noel no natal é obrigatório. Ficar com a família é
bom porque tem tios, avós e outros parentes.

Proposta: Criar um poema sobre o nosso Colégio Imaculada Conceição.

Pedro Batista Dutra de Rezende

O meu colégio é muito especial


O meu colégio é o Imaculada,
ele é muito legal,
aprendemos muita coisa,
o que nos torna especiais.
Todo dia quando acordo,
vou correndo estudar,
chego cedo no colégio,
e ainda tenho tempo para brincar.
A Fernanda é a minha professora,
ela é inteligente,
sempre nos auxilia
para ficarmos sempre à frente.
Comecei no Jardim Azul,
hoje estou no colegião,
vou seguindo sempre em frente
logo, logo é terceirão.

78
Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Pedro de Carvalho Quintão

Hoje foi um dia especial! Teve lanche coletivo, recreio estendido e pude
vir de fantasia. Eu gostei muito de hoje.
O lanche coletivo foi bem legal, tinha muitas coisas, como pipoca, bolo e
sanduíche.
O recreio foi legal, nós jogamos futebol. Na Educação Física nós também
jogamos uns três jogos de futebol.
Enfim, o dia foi ótimo!

Proposta: Elaborar um texto sobre o Colégio Imaculada.

O Colégio Imaculada
Pedro de Carvalho Quintão

Este colégio é muito legal, nele eu faço muitas descobertas.


O colégio é muito grande, às vezes a gente até se perde. Minha sala
favorita é o laboratório de Biologia, lá é muito legal, pois tem muitos bichinhos. Tem
camundongo, rã, jabuti, bicho-pau etc.
Tem também o parquinho, é tão legal! Tem a quadra coberta, a casinha
na árvore… Tudo isso é muito legal.

79
Tema: Natal. O que é o natal para você?

Pedro de Carvalho Quintão

Para mim natal é o aniversário de Jesus, também é tempo de ser


solidário, de relembrar as coisas boas do ano e lembrar de Jesus, o filho de Deus.

Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Rafael Coelho de Carvalho

Hoje nós fizemos um piquenique muito legal, descemos para a Educação


Física com os brinquedos.
Nós temos esta semana toda de brincadeiras porque é a semana das
crianças. Nós brincamos e comemos demais. Na hora do almoço, eu e meu amigo
Francisco não comemos tudo porque nós estávamos com os nossos estômagos
satisfeitos.
Amanhã nós vamos ter aula de circo, vai ter algodão doce e pipoca, vai
ser muito legal o dia de amanhã também!

Tema: Natal. O que é o natal para você?

Rafael Coelho de Carvalho

O natal para mim é o nascimento de Jesus, o dia de ficar junto com a


família e de pedir perdão por todas as coisas erradas.

80
Proposta: Criar um poema sobre o nosso Colégio Imaculada Conceição.

O Colégio
Sofia Araujo Rezende

Meu colégio é muito legal


amo acordar cedo e ir para a escola.
Meu colégio é sensacional
amo brincar com as minhas colegas.
Meu colégio é fenomenal
nele aprendo e me divirto muito.
Meu colégio é fundamental
para que um dia eu possa
contribuir com um mundo melhor.
Meu colégio é principal,
pois nele faço tudo o que gosto,
aprendo a conviver com os meus amigos,
nado, canto, e me divirto muito!

Proposta: Elaborar um texto sobre o Colégio Imaculada.

Como a minha escola é


Sofia Araujo Rezende

Eu estudo no Colégio Imaculada no horário da manhã.

Eu adoro brincar no balanço, minha escola é muito grande e bonita.

Minha aula favorita é música. Gosto muito de brincar com minhas colegas.

Tema: Natal. O que é o natal para você?

Sofia Araujo Rezende

Natal é um dia que comemoramos o nascimento de Jesus e um dia para


trocar presentes e reunir a família. É um momento de amor!

81
Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Sofia Araujo Rezende

Hoje na escola eu me diverti muito porque hoje a gente brincou de boneca


e foi muito legal.
O piquenique também estava uma delícia, nós levamos bolos, sucos, pão
de queijo e hoje todo mundo veio de fantasia ou de roupa normal.
Hoje a gente também brincou de polícia e ladrão, pega-pega e de
comidinha, e foi muito legal. No final da brincadeira foi bem engraçado.
Depois nós tiramos uma selfie bem bonita e legal.
Enfim, nós nos divertimos muito hoje na escola.

Tema: Natal. O que é o natal para você?

Sofia Veloso Martins

O natal é o nascimento do menino Jesus, tempo de alegria, da família,


tempo de emoção. As pessoas colocam lombo, peru e outros alimentos na mesa de
natal.

82
Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Sofia Veloso Martins

Hoje foi um dia bem legaaaaal!


Eu ganhei uma bolhinha de sabão e agradeço aos funcionários que
organizaram o evento e, principalmente, a minha professora que organizou tudo do
piquenique e trouxe “coisas” para contribuir e etc. Essas “coisas” que eu estou
falando são comidas.
Feliz dia das crianças!

Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Sophia Marques Bissiatte Monteiro

Hoje começa a semana das crianças no nosso colégio. Todo mundo


animado e feliz!
Tivemos um lanche coletivo que foi só animação. Esta semana é de festa
e só comemoração.
Podíamos vir de roupa normal, fantasia e uniforme do colégio. Hoje
também podia trazer brinquedo. Que colégio mais legal! Estou louca para chegar
amanhã! Vai ter mais coisas legais e animadas.

83
Proposta: Criar um poema sobre o nosso Colégio Imaculada Conceição.

Meu lugar preferido


Sophia Martins Morais

Na escola gosto de ficar,


pois nela posso estudar.
Na escola tenho amigos
e com eles posso brincar,
eles são de arrasar!
Na escola eu vivo,
nossa, é tão divertido!
O Colégio Imaculada Conceição é muito legal, é divertido,
e eu amo de coração!
Na biblioteca eu pego livros e desenhos,
eu cubro, eu pinto, eu leio!
Na escola faço música,
faço Inglês
e aprendo Português!

84
Proposta: Produzir um texto sobre o dia das crianças.

Sophia Martins Morais

O dia de hoje foi melhor do que eu imaginava, ainda mais com os amigos
e a professora no piquenique! Nós comemos e deixamos nossa barriga cheia, eu
levei um bolo simples e gostoso.
Eu brinquei com os meus brinquedos com as minhas amigas preferidas
na Educação Física. O dia de hoje foi diversão à solta.
Hoje teve o melhor piquenique de todos os tempos. O dia hoje foi muito
legal e divertido, pois nós brincamos, comemos e estudamos.
Foi um dia muito especial!

Proposta: Elaborar um texto sobre o Colégio Imaculada.

Minha nova escola


Sophia Martins Morais

Eu sou a Sophia, tenho 7 anos. Eu nasci no Rio de Janeiro. Entrei na


escola há 41 dias e já fiz novos amigos. O nome da minha professora é Fernanda,
eu gosto muito dela.
Todos os dias eu almoço na escola. Eu estou gostando muito dessa
escola.

Tema: Natal. O que é o natal para você?

Sophia Martins Morais

O natal é o aniversário de uma


pessoa muito importante que é Jesus. No
natal, nosso querido papai Noel passa para
divertir a gente. O natal é muito importante
para todos nós!

85
Proposta: Criar um poema sobre o nosso Colégio Imaculada Conceição.

Thales Zanatta Batalha

O colégio do bem
Ele é bem grande
e muito bonito também.
Os funcionários são bacanas
e as festas tanto tem.
Tem a festa da família
tem também festa junina,
e nos esportes
todo mundo se anima.
Lá é muito bacana
vou para a aula com alegria.
O colégio me faz feliz
corro e brinco todo dia.

Proposta: Elaborar um texto sobre o Colégio Imaculada.

Meu Colégio Imaculada


Thales Zanatta Batalha

Gosto do Colégio Imaculada porque é muito grande e fica perto do prédio


em que eu moro.
Já fui em muitas festas no colégio, como gincanas e festas juninas, tanto
no maternal quanto no colegião.
Gosto muito do Ensino Religioso e também de praticar esportes, como
judô, futebol e natação.
O ensino aqui é muito legal, e é um dos melhores colégios de Belo
Horizonte.

86
Proposta: Construir uma história de aventura a partir do título dado e de algumas palavras
sugeridas.

O dia em que venci meu medo


Thales Zanatta Batalha

Nunca senti tanto medo como naquela noite. Chuva, relâmpagos,


ventania. Tudo estava escuro, mas às vezes um clarão iluminava o quarto. Lembrei
que era dia de Halloween. Nossa!
Tentei me acalmar, esquecer do filme que vi, das fantasias assustadoras
dos meus amigos e passei a pensar em coisas boas: que a noite é mágica, como diz
a titia, e não assustadora. E que Halloween é só uma festa (pagã, de origem
irlandesa) na qual doces, comidas e fantasias movimentam milhões e se tornou,
depois do natal, a maior festa dos EUA.
De repente, um barulho assustador. Olhei para a janela e vi um vulto se
movendo. Fiquei apavorado! Seria um fantasma, um ladrão ou a minha imaginação?
Comecei a orar. A titia disse que Deus está sempre com a gente e só ele escuta um
coração que grita em silêncio.
O vulto sumiu, mas de repente escuto um barulho na porta. Num ato de
coragem, levantei da cama, acendi a luz, peguei a lanterna na gaveta e corri para
janela. Pude ver o homem tentando abrir a porta.
Corri para o telefone e liguei para polícia. A polícia chegou e o prendeu.
Aliviado voltei para a cama, agradeci a Deus por ter me dado coragem e prendido o
ladrão.
Acordei me sentindo um herói. Era apenas um sonho...

Tema: Qual diferença posso fazer na vida de outra pessoa?

Thales Zanatta Batalha

Dar um sorriso, uma palavra amiga, ser solidário, compartilhar as minhas


coisas: roupas, brinquedos, alimentos, como também minha amizade, amor, carinho
e conhecimento.
Um abraço e uma delicadeza agradam a Deus e Ele me abençoa.

87
88
Esta produção tem como objetivo conhecer e registrar nossos medos através de histórias
criadas pelos alunos do 2º ano B. Às vezes o medo nos incomoda e, quando falamos sobre
ele, é uma maneira de expor a situação e muitas vezes acabar com esse sentimento.

O dia que venci meu medo


Ana Luiza Ferreira Torres

Eu estava na cama quando vi uma sombra e depois ouvi “Atchim! Atchim!


Atchim!”. E de novo “Atchim!”. Eu acendi a luz e vi um monstro! Ele era azul, com
bolinhas verdes.
Estava chovendo e eu entrei na correria, mas a porta estava trancada e
então tomei coragem, e perguntei:
- Ei, o que está fazendo?
– Tentando te assustar, ora!
E eu disse:
- Mas eu estou assustada!
Ele respondeu:
- Você está assustada, mas as outras crianças não estão.
- E de que adianta, com esse resfriado! Já tentou tomar um remedinho?
Ele respondeu:
- Sim!
– E se divertir com jogos?
– Sim!
Então o monstro falou:
- Espere aí! Vamos tentar a segunda opção novamente, então vamos lá!
Eu e ele nos divertimos a noite toda!
- O resfriado passou! - disse o monstro. - pois com os poderes da
diversão e do carinho nós curamos ele!
Foi muito legal! E assim
venci meu medo.

89
Esta produção de texto foi idealizada a partir de uma imagem. O objetivo era criar uma história
coerente com início, meio e fim.

A nuvem tempestuosa
Beatriz Vasconcelos Leão

Um dia, eu e Cascão estávamos lendo uma revistinha do Capitão Pitoco,


na praça do Limoeiro, sentados em uma pedra bem grande.
Quando estávamos na penúltima página... trum, trum, trum a nuvem
tempestuosa saiu da revistinha! Lembrei que tinha um guarda-chuva, mas a nuvem o
queimou!
Saí correndo para casa. Quando cheguei, fechei a porta e fui para minha
cama, debaixo dos cobertores, e adormeci. Enquanto eu dormia, a nuvem
tempestuosa foi sugada pela revistinha, aí nunca mais a li. Fiquei despreocupada e
guardei em um armário.

90
Esta produção de texto foi idealizada a partir de uma imagem. O objetivo era criar uma história
coerente com início, meio e fim.

O jogador de futebol
Bernardo Araujo Bueno Maia

Era uma vez o jogador que era craque. Ele jogava na Copa do Mundo e
passava o dia estudando pra lá e pra cá. Sua companhia era a bola. Ele jogava no
Real Madrid, Galo, Cruzeiro, Flamengo e etc.
Ele também jogava vôlei, basquete e tênis. Ganhava tudo e tinha 112
medalhas e vinte troféus, ele era o melhor jogador do mundo. Jogava na superliga
do Brasil e suava muito porque era capitão do time. Era craque na embaixadinha e
apaixonado por futebol. Rezava para fazer sempre um golaço.

91
Esta produção tem como objetivo conhecer e registrar nossos medos através de histórias
criadas pelos alunos do 2º ano B. Às vezes o medo nos incomoda e, quando falamos sobre
ele, é uma maneira de expor a situação e muitas vezes acabar com esse sentimento.

O dia que venci meu medo


Gustavo Ferreira de Oliveira Freire

Um dia eu e meus amigos da escola fomos a um parque ecológico.


Enquanto brincávamos de caça ao tesouro, eu me perdi na mata. Começou a ficar
escuro e fiquei com muito medo, saí andando pela mata e, embaixo de uma árvore
grande, encontrei uma caverna.
Dentro da caverna tinha uma cama, uma lanterna e uma porta coberta de
cipós. Como estava cansado, deitei na cama e dormi. De repente acordei com um
barulho. Liguei a lanterna e vi que a porta estava aberta e lá dentro havia muitas
pedras preciosas. Cheio de coragem, peguei parte do tesouro e coloquei em uma
bolsa.
Quando amanheceu, saí andando pela mata e quando vi estava na
esquina da minha casa.
Essa foi uma aventura emocionante!

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Esta produção tem como objetivo conhecer e registrar nossos medos através de histórias
criadas pelos alunos do 2º ano B. Às vezes o medo nos incomoda e, quando falamos sobre
ele, é uma maneira de expor a situação e muitas vezes acabar com esse sentimento.

O dia que venci meu medo


Helena Faluba Van Petten

Quando era pequena, minha mãe sempre contava histórias antes de


dormir. Em uma noite, ouvi pela primeira vez a história de João e Maria. Confesso
que fiquei com medo, a sensação de ficar perdida no meio da floresta e no escuro
era aterrorizante.
A hora de dormir tinha chegado e eu ainda estava com medo. Deitei na
cama, apagou-se a luz e começou minha terrível aventura. Olhei para a parede e vi
uma árvore enorme, João e Maria e uma horrorosa bruxa. Cobri minha cabeça com
a coberta, mas suava tanto que não tive outra saída a não ser enfrentar aquele
medo.
Por um momento, desejei estar com minha lanterna na mão, porém ela se
encontrava na caixa de brinquedos que ficava alguns metros distante da minha
cama. Não demorou muito, senti vontade de ir ao banheiro. Foi então que dei um
salto e acendi a luz ainda um pouco trêmula. Resolvi olhar novamente para aquela
cena na parede.
– Ufa! Que alívio!
Com o quarto claro percebi que tudo era fruto da minha imaginação.

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Esta produção tem como objetivo conhecer e registrar nossos medos através de histórias
criadas pelos alunos do 2º ano B. Às vezes o medo nos incomoda e, quando falamos sobre
ele, é uma maneira de expor a situação e muitas vezes acabar com esse sentimento.

O dia que venci meu medo


Laura Rodrigues e Silva

Quando tinha medo do escuro, eu via fantasmas e falava assim:


- Mãe, o que é aquilo? Vi uma pessoa ali!
- Mas, filha, só está gente aqui! Verdade!
À noite não tinha coragem de nada, ficava agarradinha com a minha
mãe...
Um dia, ela comprou um terço para que eu pudesse rezar, rezei
muitíssimo e perdi o medo! E falei com minha mãe:
- Mãe, muito obrigada por comprar esse lindo terço para mim. Perdi
completamente o meu medo.
Desse dia em diante eu rezava toda vez que tinha medo de alguma coisa.
E nunca mais fiquei com tanto medo assim!

94
Esta produção de texto foi idealizada a partir de uma imagem. O objetivo era criar uma história
coerente com início, meio e fim.

Quem vai ser a rainha ou rei?


Maria Fernanda Oliveira Dumont

Hoje as pessoas estão votando para ver quem vai ser o rei e a rainha da
cidade. Mônica e Cebolinha vão votar e eles acham que vão ser os escolhidos!
Chegou o dia de a rainha antiga e o rei antigo resolverem quem vai ser o
escolhido, depois de duas semanas. Mas, infelizmente, nem a Mônica nem o
Cebolinha foram os escolhidos, e sim a Magali e o Cascão!
A Mônica e o Cebolinha não fizeram duplas, eles acharam que o concurso
era individual e ficaram com super, hiper, megainveja dos escolhidos. Eles
continuaram e viveram com muita inveja, enquanto os outros dois com muita alegria.

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Esta produção tem como objetivo conhecer e registrar nossos medos através de histórias
criadas pelos alunos do 2º ano B. Às vezes o medo nos incomoda e, quando falamos sobre
ele, é uma maneira de expor a situação e muitas vezes acabar com esse sentimento.

O dia que venci meu medo


Pedro Batista Dutra de Rezende

Esta história começa no feriado, quando convidei meus amigos para ir à


fazenda do meu avô que fica em São Gonçalo do Sapucaí. Nossa viagem foi uma
grande aventura, com muitas brincadeiras, alegrias e atividades, como futebol,
piscina, subir em árvore, correr atrás dos animais etc.
No campo, começa a escurecer às 18h30min, e à noite começa a fazer
sons diferentes e estranhos que deixaram eu e meus amigos com muito medo, todos
esconderam debaixo da cama, mas resolvi vencer o meu medo e peguei uma
lanterna. Abrimos a porta da cozinha que levava ao pomar e, na primeira árvore,
vimos uma sombra assustadora, achamos que era um monstro igual ao dos contos
de fada. Mas a luz da lanterna iluminou e vimos que era apenas uma simpática
galinha carijó e sua amiga d`angola.
Voltamos tranquilos para dentro de casa e dormimos ouvindo o barulho
da chuva que caía lá fora. No domingo, voltamos para Belo Horizonte felizes e com
muitas histórias para contar.

96
Terceiro ano
Patrícia

97
Durante o desenvolvimento do Projeto “Escola sem Bullying”, as crianças criaram uma música
contra o Bullying.

Na batida contra o bullying


Construção coletiva

Mundo com bullying


é mundo do mal.

Escola sem bullying é mais legal!


Vem com a gente, pois todo mundo é igual.

Xô, cai fora!


Bullying não é de Deus!!

Vou te falar para valer,


o bullying não é coisa de se fazer.

Para o bullying, tenha atenção.


Tenha paz em seu coração.

Meu coração bate de montão,


porque na nossa escola não tem confusão!

98
Proposta: anúncio classificado poético.
Tema: À procura de um amigo.

Um amigo sorridente
Ana Carolina Madureira Oliveira Cabelê

Quero ter um amigo sorridente e contente


que faz sorrir toda a gente.
Quero que ele tenha muita emoção
para alegrar meu coração.
Pode ser amigo imaginário,
pois assim nada vai dar errado.

Conhecendo um pouco sobre a vida de Santa Cândida, fundadora do Colégio Imaculada


Conceição.

A Santa Cândida
Bernardo Ívan Endreffy Parenzi

O nome de Santa Cândida era Joana Josefa Cipitria e Barriola, e ela era
uma criança muito boa. Ela ajudava os pobres, dando comida a eles.
Quando Joana estava crescendo, trabalhava na casa da família Montoya
como empregada doméstica e continuava a ajudar os pobres. Os donos dessa casa
não permitiam que Joana fosse à igreja, então ela foi trabalhar na casa da família
Sabater. A família Sabater aceitou que Joana fosse à igreja e ajudasse os pobres.
Joana resolveu montar a Congregação chamada Filhas de Jesus, mas
não sabia nem ler nem escrever. Quando ela aprendeu a ler e a escrever, montou o
Colégio Imaculada Conceição, que hoje existe em vários países e ajuda os pobres,
que podem estudar na EJA sem pagar.

99
Durante o desenvolvimento do projeto “Juntos pela paz”, os alunos fizeram uma oração
pedindo a Deus pela paz.

Caio Ribeiro Maciel


Senhor amado,
Obrigado por ter vindo à terra trazer a paz no mundo. Eu devo muito a
você, meu Senhor. Não irei mais repetir meus erros. Por favor, proteja do mal a mim
e minha família.
Amém.

Durante o desenvolvimento do projeto “Juntos pela paz”, os alunos fizeram uma oração
pedindo a Deus pela paz.

Felipe Mendes Soeiro

Pai nosso,
Eu peço para que você me ajude e me proteja até eu virar adulto e virar
um construtor da paz. Para todo o sempre me proteja, pois vou construir a paz.

Proposta: anúncio classificado poético.


Tema: À procura de um amigo.

Procura-se um amigo
Francisco Antonio Brigagão Dias

Não precisa ser perfeito, tem que ser humano,


tem que ser legal e ter bons sentimentos.
Precisa falar e calar, saber ouvir, ser bom,
inteligente, gostar da Lua, gostar de brincar de queimada e jogar tênis.

100
Durante o desenvolvimento do projeto “Juntos pela paz”, os alunos fizeram uma oração
pedindo a Deus pela paz.

Francisco Antonio Brigagão Dias


Deus,
Queria que você colocasse paz em todos os corações, pois assim não
haveria mais violência. Existem dois caminhos, que é o do bem e o do mal, e se a
gente escolher o bem, vai ser feliz, mas se a gente escolher o mal, vai sofrer na vida.

Ao trabalhar o gênero textual carta, foi proposto aos alunos que escrevessem uma carta para
um (a) amigo (a).

Francisco Antonio Brigagão Dias

Belo Horizonte, 19 de setembro de 2018.

Daniel, boa tarde!


Você é meu amigo desde o 1º ano e eu não sei como a gente virou
amigo. Enfim, a gente vai ser amigo para sempre! A coisa que mais gosto em você é
o seu jeito de me fazer rir.
Mas, Daniel, que tal você ir à minha casa? Claro, se sua mãe deixar… A
gente podia brincar de videogame, de carrinho e de pega-pega. Eu passo meu
endereço para você ir.
Abraços,
Francisco.

Proposta: anúncio classificado poético.


Tema: À procura de um amigo.

Procura-se um amigo
Henrique Vieira Mazzucca Drabovicz

Não precisa ser tão perfeito, apenas precisa ser legal,


gostar de brincar, gostar das estrelas, da luz do sol,
da amizade, da dança do vento, da natureza e da Lua.
Só precisa ser uma pessoa com um bom coração.

101
Durante o desenvolvimento do projeto “Juntos pela paz”, os alunos fizeram uma oração
pedindo a Deus pela paz.

Laura Barezani Mota Martins

Pai dos pais, médico dos médicos,


Eu te peço agora que sempre me faça escolher os melhores caminhos
que levem a paz ao mundo. Me ajude também, para eu sempre ter atitudes de paz.

Durante o desenvolvimento do projeto “Juntos pela paz”, os alunos fizeram uma oração
pedindo a Deus pela paz.

Laura Penna Cateb

Deus,
Por favor, me ajude a ser uma pessoa melhor para que eu ajude outras
pessoas também. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Ao trabalhar o gênero textual carta, foi proposto aos alunos que escrevessem uma carta para
um (a) amigo (a).

Laura Penna Cateb

Belo Horizonte, 19 de setembro de 2018.

Querida Patrícia,
Eu estou triste porque o ano está acabando, e talvez você não seja mais
minha professora. Mas também eu estou feliz por ter te conhecido e por você ter me
ensinado muitas coisas novas e vários truques legais.
Beijos da sua aluna,
Laura Cateb

102
Ao trabalhar o gênero textual carta, foi proposto aos alunos que escrevessem uma carta para
um (a) amigo (a).

Lívia Maria Guimarães Kassis Ferreira Costa

Belo Horizonte, 19 de setembro de 2018.

Querida Rafaela,
Somos amigas desde os meus três anos de idade e desse tempo em
diante, passamos por muitas situações juntas, por isso decidi fazer um álbum de
recordações de nós duas.
Esse álbum contém fotos de nossas brincadeiras, da primeira vez que
fomos à praia e que achamos aquela conchinha azul. Tem também o papel de
bombom que nós dividimos.
A propósito, não tem só momentos bons; tem também alguns momentos
tristes que passamos. Lembra de quando você quebrou a perna? Pois é, guardei um
pedacinho do gesso e o coloquei no álbum.
Enfim, foram tantos momentos alegres e tristes que resolvi presenteá-la
com esse álbum.
Espero que goste, pois foi feito com muito amor para você.

Grande beijo de sua amiga,


Lívia Maria.

Proposta: anúncio classificado poético.


Tema: À procura de um amigo.

Quero um amigo
Pedro Iacomini Barros Viana

Quero um amigo que goste de soldado e que não seja desastrado.


Ame futebol e tenha medo de caracol.
Que colecione figurinhas e goste de piscininha.
Que não goste de pão e goste de futebol de sabão.

103
Durante o desenvolvimento do projeto “Juntos pela paz”, os alunos fizeram uma oração
pedindo a Deus pela paz.

Raíssa Gonçalves Mesquita

Querido Deus,
Quero fazer um mundo cheio de paz, ser boa na escola e ter um bom
coração. Eu amo meus pais. Obrigada por ter vindo para o mundo. Que todos te
amem para sempre e que junto com você possamos levar a união e a paz.

Ao trabalhar o gênero textual carta, foi proposto aos alunos que escrevessem uma carta para
um (a) amigo (a).

Raíssa Gonçalves Mesquita

Belo Horizonte, 19 de setembro de 2018.

Querida Catarina,
Eu escolhi você como minha destinatária porque você é minha melhor
amiga e acho você muito gentil e carinhosa.
Eu queria falar que nossa coreografia para o show de talentos está
ficando muito bonita e criativa. Vamos arrasar no show!!
O que você achou da coreografia da Gi, Ana e Lívia? Eu acho que ficou
incrível! Será que a nossa está incrível como a delas?
Amanhã vamos perguntar à Lívia ou ao Pedro se a nossa coreografia está
boa.

Tchau, amiga!
Raíssa

104
Proposta: anúncio classificado poético.
Tema: À procura de um amigo.

Procura-se um amigo
Samuel Galuppo Carvalho

Um amigo legal, que brinque comigo,


jogue videogame, futebol, skate e bike.
Um amigo tão amigo que vai até à lua comigo.
Um amigo sincero é tudo o que eu quero.

Conhecendo um pouco sobre a vida de Santa Cândida, fundadora do Colégio Imaculada


Conceição.

A história de Joana Josefa


Théo Matosinhos Vieira Campos

Há muito tempo, Joana Josefa era uma criança normal, com uma família
bem simples, sendo ela, o pai, a mãe e suas cinco irmãs.
Todos os dias, Joana Josefa rezava na igreja.
Um dia, ela estava andando na rua quando um touro apareceu e a
atacou. Joana Josefa se machucou bastante e todos os dias seus pais rezavam para
que ela melhorasse.
Joana Josefa e sua família se mudaram para uma cidade maior para
melhorar suas condições financeiras. Quando era jovem, se tornou empregada
doméstica para ajudar a família financeiramente.
Joana trabalhou para a família Montoya, porém eles não deixavam ela ir à
igreja rezar. Por esse motivo, ela deixou a família Montoya e foi trabalhar para a
família Sabater.
Ela encontrou o padre Herranz que a ensinou a ler e a escrever.
Depois Joana Josefa mudou seu nome para Cândida Maria de Jesus e
criou a Congregação Filhas de Jesus.

105
106
Produção coletiva de texto dos alunos do 3º ano B (CIC- 2018)

A paz
Produção coletiva

A paz começa quando você não faz com os outros aquilo que você não
quer que façam com você.
Devemos aceitar as diferenças, entendendo que ninguém é igual a
ninguém.
Podemos alcançar a paz no mundo ajudando às pessoas, sem
preconceitos, sem brigas e sem mentiras. “Gentileza gera gentileza”!

#juntospelapaz

107
Produção de texto proposta em sala: Fábulas

A gata e o cachorro
Ana Clara Loutércia Vieira de Lacerda

Era uma vez uma gata que não saía muito de casa. Todos a chamavam
de lenta já que ela não corria muito, mas isso acontecia porque ela não comia muito.
Um dia, a gata se cansou de ser tão lenta e voltou a comer direito. Ela
começou a sair de novo e depois pediu para o cachorro mais rápido para apostar
corrida com ela e…
Na hora da corrida a gatinha ganhou!!

Moral da história: o mundo dá voltas!

Produção de texto sobre a importância da boa convivência e das amizades.

O que é ter amizade?

Ana Clara Loutércia Vieira de Lacerda

Amizade é ter alguém para poder conversar, para poder gostar…


Para ter uma amizade, você deve aceitar a pessoa com o jeito dela de ser.
A amizade não deixa as pessoas ficarem sozinhas.
A amizade é incrível!

108
Produção de texto proposta pelo livro didático: campanha “Tudo bem ser diferente”.

Ana Paula Lima Figueiredo

109
Produção de texto sobre a importância da boa convivência e das amizades.

A amizade
Ana Paula Lima Figueiredo

A amizade é uma coisa que sempre estará com a gente. Seja longe ou
seja perto, a amizade sempre estará com você.
Todos os dias, quando encontramos os nossos amigos, nosso coração se
enche de alegria e nos sentimos mais seguros quando estamos com eles.
Os amigos de nossa escola quase sempre estão com a gente, por isso,
todos os dias temos que tomar cuidado para não haver conflitos. Mas, um dia ou
outro sempre tem um desentendimento. O importante é depois conversar e fazer as
pazes.

Produção de texto sobre a importância da boa convivência e das amizades.

A amizade
Benício Resende Teodoro

A amizade é um sentimento que compartilhamos com nossos familiares e


amigos.
A amizade une as pessoas, fortalece o vínculo entre elas, e as ajuda a
superar os problemas.
Um bom amigo sempre está conosco nos bons e maus momentos.
Sempre oferece um ombro amigo, uma palavra de carinho, um conforto…
“Amigo é coisa para se guardar, do lado esquerdo do peito, dentro do
coração…”

110
Produção de texto sobre a importância da boa convivência e das amizades.

A amizade
Bruna Cristina Ribeiro Diniz

Devemos sempre preservar os amigos, eles são muito importantes para a


nossa vida.
Quando temos um problema, os amigos é que vão nos ajudar e nos ouvir.
Temos que respeitar os amigos, não brigar, não gritar, não empurrar e
saber dividir nossas coisas com eles.
Os amigos de infância são os que sempre estarão presentes em nossa
vida. O carinho, o afeto e a amizade de uma criança são sinceros.
Quero sempre cuidar de meus amigos.

Produção de texto sobre a importância da boa convivência e das amizades.

A amizade pelo cão


Caio de Oliveira Garcia

Era uma vez um menino muito triste que não tinha amigos, mas sua mãe
viu sua tristeza e saiu de casa, foi para o Pet Shop e comprou um cachorro. Ele era
meio dourado e muito alegre.
A mãe chegou e o menino estava chorando. Ela abriu a porta. O menino
viu o cachorro e sorriu. Ele estava tão alegre que foi logo para o quintal da casa para
brincar. O menino disse:
 Vou chamá-lo de Donnut !
Eles foram para a praça e o menino arranjou novos amigos: Davi, Dani e
Mari. Eles amaram o cachorro e brincaram sem parar!
O menino era um dos mais legais da escola! Ele cresceu, arranjou uma
namorada chamada Ana Terras e eles viveram felizes para sempre!
O menino nunca se esqueceu de seu cachorro Donnut...

111
Produção de texto sobre a importância da boa convivência e das amizades.

Amizade
Felipe Silva Dantas

A amizade é especial! Tem gente que acha que ela não é muito especial
mas, na verdade, ela é muito especial!
Tem gente que acha que um amigo é difícil de achar, mas fácil de se
perder! Acho que um amigo de verdade não é fácil de se perder, mesmo quando
brigamos ainda somos amigos!
Um amigo de verdade gosta de todos como são. Ou seja, amizade é algo
muito especial!

Produção de texto sobre a importância da boa convivência e das amizades.

Como é bom ter amigos!


Gabriel Borges Mafra Reis

Tenho amigos e amigas em todos os lugares, começando pela minha


família, na escola e até quando vou brincar na pracinha! Na verdade, tenho muita
facilidade para fazer novos amigos!
Os verdadeiros amigos ficam felizes com nossas vitórias, nos ajudam
quando estamos tristes e até dão bronca quando fazemos algo errado ou o
deixamos magoados por algum motivo. O importante é sempre perdoar, mesmo
após uma briga, pois na amizade verdadeira sempre há lugar para o perdão, o
diálogo e o respeito!
Dizem que “os amigos são os irmãos que escolhemos”.

112
Produção de texto sobre a importância da boa convivência e das amizades.

A amizade
Gabriel Ferreira Leite Lara

A amizade é muito importante na vida das pessoas. Eu tenho muitos


amigos, mas a minha prima Lis é minha melhor amiga!
Gosto muito de brincar com ela. Lis será um tesouro que eu guardarei
sempre no meu coração!
Desejo que ela e os meus outros amigos de hoje em dia fiquem comigo
até quando eu crescer!
Sempre serei um amigo verdadeiro e ajudarei quando eles precisarem.
A amizade é como o Sol: aquece as nossas vidas!

Produção de texto proposta pelo livro didático: campanha “Tudo bem ser diferente”.

Gabriel Ferreira Leite Lara

113
Produção de texto proposta pelo livro didático: campanha “Tudo bem ser diferente”.

Henrique Viana Fernandes Batista

114
Produção de texto sobre a importância da boa convivência e das amizades.

A amizade
Igor Elian Chain

Ter amizades é muito importante para a nossa vida. Tanto nas horas mais
fáceis quanto nas mais difíceis, o amigo estará sempre ao seu lado.
Eu gosto de jogar futebol com meus amigos e também de conversar.
Sinto falta dos meus amigos Enzo e Kawan. Eles eram os meus melhores
amigos na escola antiga. Mas, nesta escola também já fiz novos amigos: o Matheus
e o Cauã.
Os meus amigos me ajudam quando eu estou com dúvida na construção
das respostas.
Eu gosto muito dos meus amigos!

Produção de texto proposta pelo livro didático: campanha “Tudo bem ser diferente”.

Igor Elian Chain

Tudo bem ser exagerada!

115
Produção de texto sobre a importância da boa convivência e das amizades.

Amizade
João Vitor Toscano Addor

É muito importante ter um amigo. Porém, não adianta ser amigo de


alguém em quem você não pode confiar, não é mesmo?
Bem, como você já sabe, um amigo é alguém em quem podemos confiar.
Eu e meus amigos nos entendemos muito bem. A gente gosta de brincar
de pique-esconde, pega-pega, cabra-cega, pique-privada, Ben-10, apocalipse, entre
outras…
Eu também sou o amigão do Guilherme, Benício, Arthur, Igor, Gabriel
Borges e Gabriel Antônio.
No “Dia do Brinquedo”, que é toda sexta-feira no colégio, o Gabriel
Antônio pede para que eu empreste o LEGO e eu levo para ele. O Guilherme, o
Benício e o Arthur também levam várias coisas legais, como bonecos e LEGO.
Enfim…
É muito importante ter um amigo ao seu lado!

116
Produção de texto proposta pelo livro didático: campanha “Tudo bem ser diferente”.

Júlia Alves Tondini

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Produção de texto sobre a importância da boa convivência e das amizades.

Piquenique da amizade
Lis Vasconcelos Costa Coelho

Eu sou a Lis!
Eu participei do piquenique da amizade e foi muito divertido! Teve bolo,
pão de mel, frutas, chocolate e outras coisas!
Nós rimos, contamos casos, até a Luciana (orientadora) estava lá! Ela
tirou uma foto da nossa turminha e mandou para a professora. Eu levei cartas para
as minhas amigas e até frutas!
Amei o piquenique e amo a minha amizade com as meninas!

118
Produção de texto proposta pelo livro didático: campanha “Tudo bem ser diferente”.

Lis Vasconcelos Costa Coelho

119
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Gênero: Fábula
Proposta: Escrever uma fábula com base nas cenas a seguir e nos acontecimentos vividos
pelas personagens. No final, acrescentar uma frase ou provérbio que resuma a história.

A formiga e a pomba
Caio Resende Graciano Vieira

A formiga estava observando o lindo ambiente, e, do nada, um vento a


empurrou para a forte correnteza, que estava bem à sua frente. Porém, a formiga
não sabia nadar. Uma pomba, que estava no galho da árvore, pegou uma pequeno
galho e salvou a formiga. O pequeno animal lhe agradeceu:
- Muito obrigada!
- Não foi nada!
Daí, a formiga ouviu algo e foi ver o que estava acontecendo. Ali perto,
um homem queria fazer churrasquinho da pomba. E o animal, que havia salvado a
formiga, caiu naquela armadilha. Antes de acontecer o pior, a formiga mordeu o pé
do homem, ele gritou e a formiga pulou sobre a armadilha, deixando a pomba
escapar.

Moral: Se alguém lhe faz o bem, faça o bem também.

121
Gênero: Fábula
Proposta: Escrever uma fábula com base nas cenas a seguir e nos acontecimentos vividos
pelas personagens. No final, acrescentar uma frase ou provérbio que resuma a história.

A pomba e a formiga
Eleonora Resende Graciano Vieira

Em um belo dia, uma formiga estava andando e, sem olhar para o chão,
caiu no rio. Foi então que a pomba, que estava no galho da árvore, pegou um outro
galho e foi salvar a formiga. Por isso, o pequeno animal agradeceu à pomba.
Feliz, a formiga estava indo para casa, quando viu o caçador de aves com
a armadilha pronta. Antes que o caçador a pegasse, a formiga mordeu o pé do
homem e a pomba fugiu.

Moral: O bem é contagioso, sempre.

122
Gênero: Poema
Proposta: Criar um poema com o tema de seu interesse

Viagem para vários países


Eleonora Resende Graciano Vieira
Fui para Orlando
e gostei para caramba.

Fui para a Índia


e depois para a China.

Fui para a Austrália,


tive uma ideia e fui parar na Somália.

Fui para Malásia,


depois voltei para casa.

Gostei tanto dos países,


gostei deles pra chuchu.

Depois volto para casa, pego as minhas malas


e vou para o Peru.

Gênero: Sinopse
Proposta: Criar uma sinopse sobre algum livro que você leu e gostou

Cinderela
Eleonora Resende Graciano Vieira

Cinderela é uma jovem garota que tem uma madrasta e duas irmãs que a
colocam para arrumar a casa. Um dia, o príncipe resolveu ir a um baile. Cinderela
queria ir também, mas não conseguiu, pois sua madrasta não deixou. Porém, ela
saiu do quarto toda linda e foi para o baile, toda empolgada. Mas tinha uma
condição, a moça teria que ir embora antes da meia-noite. No meio do baile, o
relógio tocou, era meia-noite, Cinderela correu e foi para a casa. Será que o príncipe
encontrou a moça? Venha embarcar nesta linda história!

123
Gênero: Caligrama
Proposta: Escolher uma palavra e criar um caligrama

Eleonora Resende Graciano Vieira

Gênero: Caligrama
Proposta: Escolher uma palavra e criar um caligrama

Enzo Pimenta Quites

124
Gênero: Quadrinha
Proposta: Criar uma quadrinha com tema livre

Enzo Pimenta Quites

Se você quer brigar,


eu não vou aceitar.
Mas se você quiser brincar,
pode me chamar.

Gênero: Poema visual


Proposta: Criar um poema visual divertido

Filipe Oliveira Calixto

125
Gênero: Quadrinha
Proposta: Criar uma quadrinha com tema livre

Filipe Oliveira Calixto

Sou um menino faminto,


gosto muito de pão.
Mas se for no almoço,
prefiro macarrão.

Gênero: Quadrinha
Proposta: Criar uma quadrinha com tema livre

Gustavo de Amormino Rodrigues

Escola é uma coisa boa,


você aprende a ser capaz.
Na escola a gente brinca,
você aprende a ser da paz.

126
Gênero: Poema
Proposta: Reinventar o poema “Brincando de não me olhe”

Brincando de não me olhe


Gustavo Felipe de Amormino Rodrigues

Não me olhe de lado


porque eu não sou chato.

Não me olhe de banda


porque eu não sou panda.

Não me olhe no meio


porque eu não sou coelho.

Não me olhe da janela


porque eu não sou uma gazela.

Não me olhe do portão


porque eu não sou ladrão.

Não me olhe debaixo


que eu não sou macaco.

Não me olhe torta


porque eu não sou comandante de tropa.

127
Gênero: Resumo
Proposta: Escrever um resumo sobre um livro que você leu e gostou

Diário de Pilar na Amazônia


Isabela Santos Campos

O livro conta a história de Pilar, uma menina de dez anos que, junto de
Breno, cria a Sociedade dos Espiões Invisíveis, a SEI.
Pilar viu uma pista, achou que levaria até seu pai desaparecido e resolveu
segui-la. Balançou a rede mágica e foi parar num barco, cercado de redes coloridas,
e conhecem Maiara. Juntos, vivem muitas aventuras. Conhecem um menino que usa
o guarda-chuva, a invenção de Breno para pescar. Em seguida, descobrem que seu
nome é Bira.
Breno, sem querer, deixa seu celular cair na água do rio e Iara o atrai para
dentro da água. A sereia tenta afundá-lo, mas Pilar pula na água para salvá-lo. Bira
usou o guarda-chuva para pegar a peixona. Eles se salvaram e viveram muitas
aventuras. No final da história, Pilar não achou o seu pai, a pista era de outro
pesquisador com o mesmo nome (Roberto), bastante parecido com o seu pai. A
menina sofre de “gulodice geográfica”.

128
Gênero: Fábula
Proposta: Escolha animais, objetos e outros elementos para serem as personagens da fábula e
agir como seres humanos no tempo atual.

O unicórnio e as framboesas
Isabela Santos Campos

Um unicórnio, que saía da sua casinha, viu umas framboesas e ficou com
vontade de comê-las, pois já estava cansado de comer seu capim todos os dias.
De repente, chegou uma menina e levou as framboesas embora. Então, o
unicórnio pensou que o dia estava mesmo com muito sol e que as framboesas
deveriam mesmo estar murchas.
Depois, quando o unicórnio se virou para comer o capim, já tinha
acabado, porque ele ficou tanto tempo reclamando, que ficou sem os dois.

Moral: Dê valor ao que você tem.

Gênero: Poema
Proposta: Reinventar o poema “Brincando de não me olhe”

Cinema
Isabela Santos Campos

Foi muito difícil,


escolher o tema.
Mas como gosto muito,
preferi falar de cinema.

Hoje fui ao cinema,


no filme, a menina tinha um problema.
O filme era “Guerra na Estrelas”
Ah, como eu queria tê-las.

Fui com a minha amiga paulista,


que saiu na capa de revista
junto com a sua prima Helena.
E a revista com as duas, eu também vi no cinema.

129
Gênero: Poema
Proposta: Criar um poema com o tema de seu interesse

A viagem para Aparecida do Norte


Mariana Augusto de Figueiredo

Eu e minha família
tínhamos ido viajar
para um lugar
chamado Aparecida.

Nós passeamos
por vários lugares,
rios, lagos e mares.

Depois de um tempo,
havíamos chegado ao hotel.
Aquele lugar
era lindo como o céu.

Dias tinham se passado


e havia chegado a hora de voltar.
Mas eu não queria ir embora,
pois tinha gostado daquele lugar.

Gênero: Quadrinha
Proposta: Criar uma quadrinha com tema livre

Mariana Augusto de Figueiredo

Joaninha é um inseto
que tem muita bolinha.
Não sei se já falei,
mas ela é muito bonitinha.

130
Gênero: Poema
Proposta: Dar continuidade ao poema “A casa de Dona Rata”

A casa de Dona Rata


Matheus Henrique Melo Diniz

Na casa de Dona Rata,


tem uma enorme goteira,
Quando chove, ninguém dorme,
acordado, a noite inteira.

A goteira é tão grande,


que molha a rata toda,
Mesmo que a rata ande,
é como se ela fosse outra.

Para arrumar a goteira,


ela chamou o elefante,
Assim que ele acabou, a rata o fez esperar
para tomar um chá, o bicho precisou esperar.

131
Gênero: Fábula
Proposta: Escolha animais, objetos e outros elementos para serem as personagens da fábula e
agir como seres humanos no tempo atual.

O cão, o gato e a raposa


Matheus Henrique Melo Diniz

Num dia ensolarado, uma raposa tinha uma festa para ir e convidou o cão
e o gato. Podia, quem quisesse, se inscrever para cantar na festa, e os dois
convidados da raposa se inscreveram para cantar, porém o cão era muito mais
afinado que o gato.
No dia da festa, o gato começou a cantar, mas ele foi tão desafinado que
a raposa dispensou ele da festa.
No dia seguinte, duas gaivotas estavam fazendo bullying com a raposa. O
gato viu e começou a gritar. Então, as gaivotas puseram a mão no ouvido e a raposa
e o gato saíram correndo.

Moral: Se uma pessoa fez algo errado, não exclua ela.

132
Gênero: Poema
Proposta: Reinventar o poema “Brincando de não me olhe”

Brincando de não me olhe


Sofia Chen Yi

Não me olhe com essa cara


porque eu não sou cabra.

Não me olhe de repente


porque eu não sou um pente.

Não me olhe estranha


porque eu não sou aranha.

Não me olhe escondida


porque eu não estou perdida.

Não me olhe depressa


porque eu estou fora dessa.

Gênero: Sinopse
Proposta: Criar uma sinopse sobre algum livro que você leu e gostou

A Bela Adormecida
Sofia Chen Yi

Num reino, o rei e a rainha tiveram uma linda menina. Fadas e alguns
parentes foram visitar a menina. Durante a festa, uma fada má jogou um feitiço na
menina e disse que, quando a jovem completasse quinze anos, espetaria o dedo
numa agulha e morreria. Passaram-se quatorze anos, todos esperavam pelo
acontecimento e tiveram uma grande surpresa no grande dia.

133
Gênero: Poema
Proposta: Reinventar o poema “Brincando de não me olhe”

Caldas Novas
Sofia Lima Santos Bartoneli Resende

Caldas Novas, caldas quentes,


lá é bem diferente.

Adoro viajar para lá,


porque ali eu posso me expressar.

Caldas Novas é genial,


por isso é tão legal.

Até a piscina do hotel é quente,


por isso adoro ir com meus parentes.

Lá é assim, depois de sair da piscina quente,


até a minha mão fica dormente.

Gênero: Quadrinha
Proposta: Criar uma quadrinha com tema livre

Sofia Lima Santos Bartoneli Resende

Brincadeira de criança é assim,


brincar de boneca e jogar bola.
Se você gosta e quer brincar,
pode vir, por favor, não enrola.

134
Gênero: Poema visual
Proposta: Criar um poema visual divertido

Sofia Lima Santos Bartonelli Resende

Gênero: Sinopse
Proposta: Criar uma sinopse sobre o livro “Diário de Pilar na Amazônia”

Diário de Pilar na Amazônia


Sofia Lima Santos Bartoneli Resende

Pilar é uma menina bem diferente das outras meninas: tem 10 anos e
gosta de viajar. Tem um superamigo chamado Breno. Ele é muito legal e tem 11
anos. E também tem seu gatinho Samba, eles sempre viajam juntos. O mistério
deste livro é o desaparecimento do pai de Pilar. Os amigos embarcam para a
Amazônia, na rede mágica, onde conhecem seus novos amigos, Maiara e Bira. Lá
descobrem e aprendem muitas coisas novas, além de viverem várias aventuras e
desafios.

135
Gênero: Poema
Proposta: Dar continuidade ao poema “A casa de Dona Rata”

A casa de Dona Rata


Sofia Teixeira Camargos

Na casa de Dona Rata,


tem uma enorme goteira,
Quando chove, ninguém dorme,
acordado, a noite inteira.

A goteira é tão grande,


que molha o chão do seu corredor,
A água escorre por debaixo da porta,
é algo assustador.

Pobre da ratinha, que confusão,


a água inundou o seu quarto.
Mas depois apareceu um lindo rato
e em breve, se casarão.

Gênero: Resumo
Proposta: Escrever um resumo sobre algum livro que você leu e gostou

Senhor Miau
Sofia Teixeira Camargos

A história conta sobre uma menina e um gato. Ela fazia tudo para o
animal, fazia carinho em sua barriga, penteava seu pelo…
Um dia, o gato estava na janela, apreciando aquela bela noite, mas saiu
de casa e resolveu passear na rua. Depois de muito passear, acabou se perdendo.
Então, foi à cabine telefônica, ligou para sua dona e ela foi buscá-lo. O gato pediu
mil desculpas e se arrependeu por ter feito aquilo. Depois, os dois voltaram para a
casa e o gato começou a valorizar as coisas que ele tinha.

136
Gênero: Caligrama
Proposta: Escolher uma palavra e criar um caligrama

Sofia Teixeira Camargos

137
Proposta: Forme frases com tema livre

Sophia Castorino Gomes


Mediadora: Danyela Silva Pedro

A GOTA CAI DO CÉU.


A PENA É DO POMBO.
MINGAU É UM LINDO GATO.
O LEITE ESTÁ NO BULE.
O DADO TEM SEIS LADOS.
JOÃO E MARIA JOGAM PETECA.
EU BRINCO COM BONECA.
SOPHIA NÃO TEM APITO.
O SINO TOCA NA IGREJA.
O BAÚ TEM UM TESOURO.
O RATO COME QUEIJO.
O BOLA PULA ALTO.
O MICO COME BANANA.
O SABONETE DERRETE NA ÁGUA.
O TUCANO É UM PÁSSARO.
O SACI TEM UM CACHIMBO.
O BOMBOM É GOSTOSO.
O CAMPO É PARA JOGAR FUTEBOL.

Proposta: Produza um texto com tema livre

A CHUVA

Sophia Castorino Gomes


Mediadora: Danyela Silva Pedro

OS MENINOS ESTAVAM JOGANDO FUTEBOL E COMEÇOU A


CHOVER.
OS MENINOS FORAM PARA CASA. ELES FICARAM OLHANDO A
CHUVA PELA JANELA.
QUANDO A CHUVA PAROU, ELES BRINCARAM NA RUA DE PISAR NA
POÇA DE ÁGUA.

138
Gênero: Poema
Proposta: Reinventar o poema “Brincando de não me olhe”

Brincando de não me olhe


Thamires Inácio de Resende

Não me olhe no pé
porque eu não tenho chulé. Não me olhe em excesso
porque assim eu te processo.
Não me olhe na cabeça
porque eu não sou travessa. Não me olhe amor
porque você é um horror.
Não me olhe na barriga
porque eu não sou sua amiga. Não me olhe então
porque de longe vejo um avião.
Não me olhe na orelha
porque não sou uma coelha. Não me olhe prima
porque acabou a rima.
Não me olhe cabrita
porque eu não sou bonita.

Gênero: Quadrinha
Proposta: Criar uma quadrinha com tema livre

Thamires Inácio Resende

Brincadeira de criança,
ninguém pode atrapalhar.
Não se enrola no início,
pois eu vou participar.

139
Gênero: Poema visual
Proposta: Criar um poema visual divertido

Thamires Inácio de Resende

140
141
Gênero: Fábula
Proposta: Criar uma fábula divertida

A pomba e a formiga
Alícia Mendonça Montserrat

Em um belo dia, uma formiga resolveu sair do formigueiro e dar uma volta
pela floresta. Mas ela não sabia que teria que atravessar um rio. Como ela era
teimosa, tentou atravessar esse rio nadando e, por ser muito pequena, começou a
se afogar.
Por sorte, uma pomba estava passando por ali e pegou uma folha para
ajudar a formiga a ir para o outro lado do rio de uma forma segura. A formiga
agradeceu e cada uma delas seguiu o seu caminho.
A pomba continuou voando, e não sabia que logo mais teria uma
armadilha em seu caminho.
A formiga, percebendo que a pomba estava perto de cair na armadilha,
correu e picou o pé do homem que queria prendê-la. Com o grito que ele deu, a
pomba se assustou e voou para bem longe.

Moral: Uma boa ação sempre gera outra boa ação.

142
Gênero: Poema
Proposta: Brincando com as letras, criar um poema visual

Ana Carolina de Oliveira Garcia

143
Gênero: Poema
Proposta: Criar uma Quadrinha para a Gota Poética

Ana Carolina de Oliveira Garcia

A amizade é coisa bela,


bonita de se ver.
Só não é mais bonita,
que namorar você.

144
Gênero: Fábula
Proposta: Criar uma fábula divertida

A girafa e o porco
Ana Luiza Varela

Na floresta havia uma girafa muito vaidosa que só queria se tornar ainda
mais bonita quando crescesse. Ela vivia implicando com seu amigo porco,
chamando-o de feio a todo tempo.
O tempo passou e um dia a girafa e o porco receberam um convite do
papagaio:
- Vocês estão convidados para um concurso de beleza que vai acontecer
na floresta. Quem ganhar receberá um prêmio muito especial.
A girafa não pensou duas
vezes e foi logo fazer sua inscrição. E
seguia pensando sobre todos os
outros concorrentes: “Todos os
animais são mais feios. Não há
concorrência para mim”.
A girafa só se preocupava
em que roupa vestir e quais
acessórios usar.
Chegou o grande dia, e a girafa estava com uma roupa toda brilhante. O
porco, que também resolveu participar, estava bem simples, com uma roupa comum.
Primeiro o porco fez a sua apresentação. E quando foi a vez da girafa, ela
estava com tantos acessórios e um vestido tão longo que acabou tropeçando. Seu
lindo vestido rasgou e ela não ficou nada elegante.
Então, o porco saiu vencedor daquele concurso.

Moral da história: É melhor manter a simplicidade do que não dar conta de


tanta vaidade.

145
Gênero: Poema
Proposta: Criar um poema para a Gota Poética

Ana Luiza Varela

Que todas as águas sejam puras,


todas as estradas sejam seguras.
E tudo que e fraterno seja bonito,
E que todo amor seja infinito.

146
Gênero: Poema
Proposta: Criar um caligrama

Gabriela Cristina Godoy de Almeida

147
Gênero: Poema
Proposta: Brincando com as letras, criar um poema visual

Gabriela Cristina Godoy de Almeida

148
Gênero: Poema
Proposta: Criar um poema para a Gota Poética

Laura Andrade Pena

Eu vi um beija-flor
que cantava com louvor
uma música bonita,
feita com amor.

149
Gênero: Poema
Proposta: Brincando com as letras, criar um poema visual

Laura Andrade Pena

150
Gênero: Poema
Proposta: Criar uma quadrinha para a Gota Poética

Laura Andrade Pena

Eu fiquei sabendo
que vai ter uma festinha.
E quem dançar melhor
vai virar uma rainha.

151
Gênero: Poema
Proposta: Brincando com as letras, criar um poema visual

Luana Cunha Oelze

152
Gênero: Poema
Proposta: Brincando com as letras, criar um poema visual

Luysa Nixue Wu

153
Gênero: Conto
Proposta: Fazer o reconto de uma HQ do Zé Carioca

A decepção do Zé Carioca
Maria Clara Luz Mendonça

Eu sou o Zé Carioca! Em um dia ensolarado, fui comprar o meu jornal,


como sempre faço. Fui na mesma praça de sempre e, quando abri as manchetes,
logo na primeira página, estava escrito bem grande: “Chegou a semana da árvore”.
Como fiquei interessado no assunto, fui pra casa olhar como estava o
meu jardim, para ver se eu poderia ajudar na campanha. Eu nunca tinha regado as
minhas plantinhas e decidi fazer naquele momento. Nessa hora, pensei que todas as
pessoas do mundo deveriam ser iguais a mim.
De repente, uma tempestade se armou e começou a chover. Bem no
momento em que eu aguava as minhas plantinhas. Então eu pensei: “Nossa! Não ia
adiantar nada eu regar as plantas. Já ia cair uma tempestade mesmo.”
Naquela hora, eu me senti um bobão que nunca ajuda a natureza, e
quando decide ajudar, ela já não precisa de ajuda. Eu deveria ter regado mais as
minhas plantinhas.

154
Gênero: Poema
Proposta: Criar uma Quadrinha para a Gota Poética

Maria Clara Luz Mendonça

Em um dia ensolarado,
havia um sol amarelo
que combinava com a praia
e um dia muito belo.

155
Gênero: Poema
Proposta: Criar um poema para a Gota Poética

Maria Clara Luz Mendonça

Não sei nem mais dizer


O que sinto por você.
Se é amor, se é amizade ou se é paixão.
Mas suspeito fortemente,
que seja tudo isso junto.

156
Gênero: Poema
Proposta: Criar uma Quadrinha para a Gota Poética

Olavo Câmara Scotti

Fui ao pipoqueiro,
comprei uma pipoca.
Só que no fundo do saco,
havia uma minhoca.

157
Gênero: Poema
Proposta: Criar uma Quadrinha para a Gota Poética

Pedro Vasconcelos Markowicz

Rosas são vermelhas,


meu pijama é roxo.
Casa comigo,
que eu sei fazer miojo.

158
159
Gênero: Folder
Proposta: Criar um folder sobre um elemento natural que faz parte da alimentação dos
indígenas

Anna Luiza Sant’Ana Martins, Flora Ferreira de Oliveira,


Lucas Castro Eugênio Guedes e Sarah Moura Lima Vaz de Melo

160
161
Gênero: Folder
Proposta: Criar um folder sobre um elemento natural que faz parte da alimentação dos
indígenas

Ana Luíza Alvarenga Duarte, Diego Nicolas de Mello Barrios,


Liz Ferreira de Oliveira e Samuel Vaz de Castro

162
163
Gênero: Folder
Proposta: Criar um folder sobre um elemento natural que faz parte da alimentação dos
indígenas

Clarice de Carvalho Quintão, Juliana Szerman Rezende,


Maria Eduarda Andrade Lourenço e Tiago Martins Oliveira

164
165
Gênero: Estatuto
Proposta: Criar um Estatuto dos Animais

Estatuto dos Animais


Anna Luiza Sant’Ana Martins

Artigo 1º - Fica decretado que todos os animais são livres para fazerem o que bem
entenderem.

Artigo 2º - Fica decretado que nenhum animal deve ser maltratado.

Artigo 3º - Fica decretado que todos os animais merecem atenção, carinho e cuidado
do homem.

Artigo 4º - Fica decretado que nenhum animal deve ser preso em jaulas, gaiolas ou
viveiros.

Artigo 5º - Fica decretado que nenhum animal deve ser usado em experiências que
não fazem bem à sua saúde.

Artigo 6º - Fica decretado que todos os animais têm direito ao respeito.

Artigo 7º - Fica decretado que todos os animais têm direito de ser livre em seu
próprio ambiente natural.

166
Gênero: Lenda
Proposta: Produzir o reconto de uma lenda do folclore, típica de alguma região brasileira.

Curupira
Anna Luiza Sant’Ana Martins
Maria Eduarda Andrade Lourenço

O Curupira é um anão forte e ágil, dos cabelos ruivos, do folclore


brasileiro. A lenda diz que ele é o protetor das florestas que mora na mata e vive
fazendo travessuras.
O personagem possui os pés virados para trás para conseguir enganar
qualquer um que pretende segui-lo, olhando para suas pegadas. Desse modo, os
perseguidores sempre pensam que ele foi para a direção contrária. Dizem que ele
também engana quem danifica as matas e florestas.
Também conhecido como “demônio da floresta”, o menino assobia e
utiliza falsos sinais. Não gosta de locais muito habitados e, por esse motivo, prefere
viver nas florestas. E ainda, o garoto gosta muito de fumar e beber. Para afastá-lo, é
só fazer um ó com cipó e esconder bem a ponta.

167
Gênero: Lenda
Proposta: Produzir o reconto de uma lenda do folclore, típica de alguma região brasileira

O Homem do Saco
Bernardo Loreto de Azeredo
Diego Nicolas de Mello Barrios

A lenda diz que todo menino atrevido e mal educado deve se preocupar
com um idoso que anda por aí com um saco nas costas, ele é conhecido como o
“Homem do Saco”. Além disso, veste roupas rasgadas, é corcunda e seus dentes
são pretos.
O velhinho pega as crianças desobedientes, malcriadas, que fazem
travessuras, desrespeitam seus pais e fazem bagunça em todo lugar. Assim,
colocam-nas em seu saco e as levam para sua casa.
Ao ouvir essa história, as crianças costumam assustar-se e afastar-se do
“Homem do Saco” e, para completar, comportar-se com mais respeito diante dos
mais velhos.

168
Gênero: Relato de viagem
Proposta: Escrever sobre uma viagem que misture realidade e fantasia ao mesmo tempo

Clarice de Carvalho Quintão

Eu e meu dragão estávamos no porto de Ryo Fainng, no planeta Zoro.


Como esse planeta é extremamente grande, viajamos para o arquipélago de
Zhatakwova, localizado do outro lado dele. Meu dragão Jake gosta de comer nuvens
e árvores e ficar até um mês sem beber água. Com a rapidez dele, chegamos em
três dias.

1º dia - Partimos e eu fiquei na cabine móvel que fiz para o meu dragão.
Sobrevoamos, de acordo com o meu GPS, o país de Cusko. Dormimos em uma
montanha, numa ilha sem nome.

2º dia - Zarpamos o mais rápido possível da ilha. Para a sorte de Jake, o céu estava
nublado, e, por isso, ele teve um bom café da manhã. Comi um sanduíche de urka
(espécie de azeitona) com queijo de dragão e tomei água.

3º dia - Chegamos! Enchi a minha mochila de frutas exóticas, fiz vários desenhos,
descansei um pouco e voltamos para casa, felizes da vida!

169
Gênero: Estatuto
Proposta: Criar um Estatuto dos Animais

Estatuto dos Animais


Diego Nicolas de Mello Barrios

Artigo 1º - Fica decretado que todos os animais nascem iguais e têm os mesmos
direitos.

Artigo 2º - Fica decretado que todos os animais têm direito à atenção, aos cuidados
e à proteção.

Artigo 3º - Fica decretado que todos os animais têm o direito de viver livre no seu
habitat.

Artigo 4º - Fica decretado que nenhum animal deve ser explorado para divertimento
do homem.

Artigo 5º - Fica decretado que todos os animais têm o direito de agir como quiserem.

Artigo 6º - Fica decretado que os cachorros serão os melhores amigos do homem.

Artigo 7º - Fica decretado que o leão será o rei da selva.

Artigo 8º - Fica decretado que nenhum animal deve ser preso.

Artigo 9º - Fica decretado que os animais sempre devem ser respeitados.

Artigo 10º - Fica decretado que não poderá mais existir tráfico de animais.

Artigo 11º - Fica decretado que é proibido destruir o lugar onde mora qualquer tipo
de animal.

Artigo 12º - Fica decretado que o animal que escolhemos como companheiro nunca
deve ser abandonado por nós.

Artigo 13º - Fica decretado que nenhum animal deve ser maltratado.

Artigo 14º - Fica decretado que nenhum animal deve ser usado em experiências.

Artigo 15º - Fica decretado que nenhum animal deve sentir dor.

170
Gênero: Estatuto
Proposta: Criar um Estatuto dos Animais.

Estatuto dos Animais


Flora Ferreira de Oliveira

Artigo 1º - Fica decretado que todos os animais têm direito à proteção, atenção e
cuidado do homem.

Artigo 2º - Fica decretado que todos os animais têm o direito de pertencer a uma
espécie selvagem.

Artigo 3º - Fica decretado que todos os animais têm o direito de viverem livres em
seu ambiente natural.

Artigo 4º - Fica decretado que todos os animais nascem iguais e têm o mesmo
direito de viver.

Artigo 5º - Fica decretado que todos os animais têm o direito de serem livres para
fazerem o que quiserem.

Artigo 6º - Fica decretado que todos os animais desabrigados terão direito a uma
moradia.

Artigo 7º - Fica decretado que nenhum animal deve ser explorado para divertimento
do ser humano.

Artigo 8º - Fica decretado que os animais não podem mais ser usados para
experimentos científicos.

Artigo 9º - Fica decretado que todos os animais devem ser tratados do mesmo
modo, independente da sua espécie.

Artigo 10º - Fica decretado que nenhum animal será submetido a maus-tratos, nem
atos cruéis.

171
Gênero: Notícia
Proposta: Produzir uma notícia sobre a Festa Junina do CIC BH 2018

Arraiá do Imaculada
Flora Ferreira de Oliveira

No sábado, dia 9 de junho de 2018, no Colégio Imaculada Conceição,


aconteceu o Arraiá do Imaculada, festa junina que tem muitos doces, salgados,
comidas típicas e, ainda, várias gincanas e brincadeiras para as crianças, como
pescarias e outras atrações para divertir alunos e familiares. Na festa, ocorrem
apresentações preparatórias para o festival de danças, que são competições entre
os alunos do 6º ano do Ensino Fundamental II à 2ª série do Ensino Médio, e a
coreografia é criada pelos próprios alunos. Essa festa é adorada por todos da Rede
Filhas de Jesus que gostam de comemorar o dia de São João.

Gênero: Notícia
Proposta: Produzir uma notícia sobre a Festa Junina do CIC BH 2018

A Festa Junina
Gabriel Ambrósio Amaro de Andrade

A festa junina do Colégio Imaculada aconteceu no mês de junho e teve


várias danças caipiras. Não aconteceram somente danças, também tiveram comidas
muito gostosas, jogos com premiação, como a pescaria, e, ainda, a oportunidade de
aproveitar para encontrar com os amigos. As músicas normalmente são caipiras,
mas algumas danças tiveram como tema a Copa do Mundo de Futebol. Você
também pode fazer sua própria festa junina com os amigos, na sua casa ou no seu
prédio.

172
Gênero: Lenda
Proposta: Produzir o reconto de alguma lenda do folclore, típica de alguma região brasileira

Boitatá
Larissa Pinheiro Alves dos Santos
Letícia Figueiredo Valle

Dizem que o Boitatá é uma cobra de fogo muito perigosa que ronda as
florestas de noite e mata os caçadores que destroem as matas.
Certo dia, um homem ruim causou uma queimada numa floresta e ela o
amaldiçoou. Assim, o homem ficaria com o formato de uma serpente, por causa do
incêndio que ele havia causado.
O fogo do Boitatá é mágico, por isso não queima as árvores e plantas da
floresta. O animal mata os caçadores causadores de incêndio, queimando-os, na
hora menos esperada por eles. A criatura vive no rio da Amazônia, já que seu fogo
não apaga por nada.
A maldição do Boitatá só poderá ser quebrada quando a cobra conseguir
proteger a floresta de todos os caçadores que querem lhe fazer mal.

173
Gênero: Relato de viagem
Proposta: Escrever sobre uma viagem que misture realidade e fantasia ao mesmo tempo

Viajando…
Liz Ferreira de Oliveira

Olá, meu nome é Liz, tenho 10 anos e sou uma menina que tem vontade
de conhecer o mundo. Um dia, resolvi pegar minha bicicleta voadora e ir passeando
por cidades, países e continentes, conhecendo várias culturas e pessoas.
Saí do Brasil, onde moro, e logo fui para Santiago, no Chile. Lá montei em
lhamas, conheci parques, feirinhas, metrôs, uma experiência maravilhosa.
Logo depois, fui para a Argentina, na cidade de Mendoza. Lá fui em vários
shoppings, praças e lugares inesquecíveis, como Las Leñas, uma estação de esqui.
Pouco depois saí de Mendoza e conheci Bariloche.
Depois de sair da América do Sul, fui para os Estados Unidos, onde me
diverti muito. Passei pela Disney, com certeza um momento que nunca esquecerei!
Em seguida, fui para o Canadá, Paris, Londres, Inglaterra, China, Japão e
Austrália… Meu Deus! Essa viagem, esses momentos maravilhosos, tantas
lembranças… sem palavras! Foi tudo maravilhoso e, com certeza, muito especial!
Poxa, depois dessa viagem, o que tenho para falar é que viajar é a melhor
coisa e que a natureza e o mundo são maravilhosos demais!

174
Gênero: HQ - História em Quadrinhos
Proposta: Após ler a crônica “Reunião de Mães”, de Fernando Sabino, imaginar uma situação
engraçada que poderia acontecer em uma Reunião de Pais na escola e criar uma história em
quadrinhos

Liz Ferreira de Oliveira

Gênero: Notícia
Proposta: Produzir uma notícia sobre a Festa Junina do CIC BH 2018

A Festa Junina no CIC


Luiz Henrique Thimoteo de Matos

A festa junina foi muito legal, tinha danças, brincadeiras e vários tipos de
comidas e bebidas, como a poção mágica. Todos se alegraram muito, brincaram, e
ainda era possível ganhar prêmios nas brincadeiras, como por exemplo, bola,
boneca e etc. Foi possível se divertir muito e até fazer novos amigos. Todos amaram
a festança e esperam ansiosos pela comemoração do ano que vem.
175
Gênero: HQ - História em Quadrinhos
Proposta: Após ler a crônica “Reunião de Mães”, de Fernando Sabino, imaginar uma situação
engraçada que poderia acontecer em uma Reunião de Pais na escola e criar uma história em
quadrinhos

Pedro Oliveira da Costa

176
Gênero: Relato de viagem
Proposta: Escrever sobre uma viagem que misture realidade e fantasia ao mesmo tempo

O Globo Mágico
Pedro Oliveira da Costa

Me chamo Pedro, tenho 10 anos e vou contar a minha maior e mais


divertida aventura…
Quando tinha 9 anos, no Natal, ganhei muitos presentes da minha família,
mas o Papai Noel esqueceu do meu presente. Fiquei muito triste. Então, lembrei que
eu tinha um globo super, hiper, mega mágico que podia me levar para onde eu
quisesse.
Quando todo mundo foi dormir, aproveitei a minha chance, peguei o globo
mágico e fui para a Itália. Você deve estar se perguntando por que não fui para o
Polo Norte. É porque eu queria comer o macarrão, o sorvete, o chocolate e o melhor
de tudo, a pizza quatro queijos.
Depois que eu já estava satisfeito, fui para a China e levei uma fatia de
pizza para a viagem… Fui para lá, pois queria ver os robôs. Mas mudei de ideia,
pois eles estavam falando *X##X*X.
Então, finalmente fui para o Polo Norte e visitei a casa do Papai Noel. Ele
me perguntou como eu cheguei até lá... Aí eu contei tudo, o velhinho me deu o que
eu pedi, um playstation 4, e eu voltei para minha casa todo feliz!

177
Gênero: HQ - História em Quadrinhos
Proposta: Após ler a crônica “Reunião de Mães”, de Fernando Sabino, imaginar uma situação
engraçada que poderia acontecer em uma Reunião de Pais na escola e criar uma história em
quadrinhos

Vítor Fiorini Maurício Coutinho

178
179
Gênero: Estatuto
Proposta: Criar um Estatuto dos Animais.

Estatuto do Animal
Camila Santos Costa

Artigo 1º: Fica decretado que nenhum animal poderá ser separados da mãe antes de
seis meses de idade.

Artigo 2º: Fica decretado que nenhum animal poderá ser morto para o consumo de
carne e de couro para fabricação de sapatos, agasalhos, entre outros.

Artigo 3º: Fica decretado que está proibido retirar penas de aves para fabricação de
fantasias para o carnaval.

Artigo 4º: Fica decretado que será ilegal a caça de animais em extinção.

Artigo 5º: Fica decretado que está proibido matar frango para o almoço de domingo.

Artigo 6º: Fica decretado que está proibido promover lutas entre animais.

180
Gênero: Texto de Opinião
Proposta: Considerando estudos em sala e pesquisas realizadas no Espaço Google, criar um
texto de opinião sobre o Trabalho Infantil.

Trabalho Infantil
Camila Santos Costa

O trabalho infantil é, muitas vezes, o melhor recurso que algumas


pessoas encontram para ganhar dinheiro, explorando crianças e adolescentes.
Esses trabalhos são ilegais.
Em muitas cidades esses trabalhos são ainda bastante comuns, embora
tenhamos visto que há locais do Brasil, como o Nordeste, que essa exploração
esteja diminuindo. O Ceará, por exemplo, foi o estado que mais reduziu os casos de
trabalho infantil desde 2015.
Nem todo trabalho realizado por crianças ou adolescentes é ilegal ou uma
exploração. Temos os exemplos de atores mirins que trabalham de uma forma legal
e que gostam do trabalho que fazem.
Existem algumas medidas que podemos fazer para combater a
exploração de crianças e adolescentes. É importante, em primeiro lugar, não
ignorarmos a realidade dessas crianças. Podemos ainda doar alimentos, roupas e
material escolar para eles estudarem. Conseguir trabalho para os pais também é
muito importante. Isso talvez não faça muita diferença em nossas vidas, mas pode
mudar a vida de muitas crianças e adultos.
Em minha opinião, o trabalho infantil deve ser proibido e muito bem
fiscalizado para acabar de uma vez por todas em todos os lugares do mundo. A lei
precisa ser cumprida e de uma forma bem rígida. As crianças precisam brincar e
estudar, e não trabalhar!

181
Gênero: Estatuto
Proposta: Criar um Estatuto dos Animais.

Estatuto do Animal
Diogo Elian Chain

Artigo 1º: Fica decretado que as


aves domésticas devem ter
espaço para voar.

Artigo 2º: Fica decretado que os


animais devem ter lugar para
brincar, alimento, água e carinho.

Artigo 3º: Fica decretado que os


animais não podem ser usados
para trabalhos pesados.

Artigo 4º: Fica decretado que os


animais selvagens não podem
ser tirados de seu habitat natural.

Artigo 5º: Fica decretado que os


animais não podem ser mortos
ou feridos para produzir
utensílios ou roupas com partes
dos seus corpos.

Artigo 6º: Fica decretado que os animais selvagens não podem ser vendidos
ilegalmente.

182
Gênero: HQ - História em Quadrinhos
Proposta: Após ler a crônica “Reunião de mães”, de Fernando Sabino, imaginar uma situação
engraçada que poderia acontecer em uma Reunião de Pais na escola e criar uma história em
quadrinhos.

Diogo Elian Chain

183
Gênero: HQ - História em Quadrinhos
Proposta: Após ler a crônica “Reunião de mães”, de Fernando Sabino, imaginar uma situação
engraçada que poderia acontecer em uma Reunião de Pais na escola e criar uma história em
quadrinhos.

Eduarda Ferreira Brandão

184
Gênero: Estatuto
Proposta: Criar um Estatuto dos Animais.

Estatuto do Animal
Gabriela Maria Lima Figueiredo

Artigo 1º: Fica decretado que


toda ave é livre para voar, mas
não em gaiolas, circos ou
viveiros.

Artigo 2º: Fica decretado que


qualquer animal não é tapete,
bota, bolsa, casacos....

Artigo 3º: Fica decretado que


nenhum animal deve entrar em
extinção, todos devem ser
respeitados.

Artigo 4º: Fica decretado que as


casas dos animais, que são as
florestas, devem estar sempre
limpas, sem poluição,
desmatamentos, traficantes....

Artigo 5º: Fica decretado que assim como cuidam e respeitam seus filhos, amem e
respeitem os animais.

Artigo 6º: não haverá mais traficantes, e sim pessoas que ajudam os animais.

185
Gênero: Infográfico/Receita
Proposta: Criar um infográfico com uma receita. Atividade para o Projeto “Alimentação natural
dos indígenas”.

Salame de açaí
Gabriela Maria Lima Figueiredo

186
187
188
Gênero: Diário de Bordo
Proposta: Narrativa do Diário de Bordo da Nau de Cabral

Gabriela Maria Lima Figueiredo

22 de abril de 1500
Querido diário,

Acordamos com a decisão já pronta: iríamos atracar. O capitão Cabral


resolveu que o barco, por ser menor, seria a melhor maneira de chegar ao litoral, e
ressaltou que precisávamos chegar e presentear os povos nativos como um sinal de
paz.
Pouco tempo depois, João, que vigiava lá de cima, grita: “Terra à vista”.
Cabral logo se apressou e nos disse para arrumarmos rápido e prepararmos para
descer os barcos. Ajudei nosso Frei e os tripulantes a seguirem as ordens. Sem
atraso, pulamos no barco.
Quando estávamos chegando ao litoral, meus colegas e eu percebemos
alguns seres com vestimentas proibidas, que não tampavam suas vergonhas.
Usavam adereços chamativos e jogavam lanças na gente, até mesmo nos guardas
reais.
O capitão Cabral desceu, todo protegido contra os ataques, e fez o que
tinha dito: deu presentes e fez sinal da paz. Depois todos nós descemos,
cumprimentamos os nativos, mas não houve entendimento entre nós.
Logo depois que eles se acalmaram, nosso Frei desceu e se preparou
para celebrar uma missa. Enquanto os marujos organizavam o local para a missa,
tentávamos entender os habitantes nativos.

23 de abril de 1500
Querido diário,

Não entendemos o comportamento deles durante a missa. Subiram nas


árvores e parecia que não estavam entendendo o que significava aquele momento.
Percebe-se que eles não têm uma religião como a nossa.

189
Quando terminou o dia de ontem, nos aprontamos para seguir para as
Índias. Continuo cá, durante a viagem, pensando naqueles habitantes
desconhecidos. Talvez eles tenham suas próprias crenças. Será que o Rei Dom
Manuel vai querer colonizá-los?

Gênero: HQ - História em Quadrinhos


Proposta: Após ler a crônica “Reunião de mães”, de Fernando Sabino, imaginar uma situação
engraçada que poderia acontecer em uma Reunião de Pais na escola e criar uma história em
quadrinhos.

Gabriela Maria Lima Figueiredo

190
Gênero: Folder
Proposta: Criar um folder sobre um elemento natural que faz parte da alimentação dos
indígenas.

Heitor Flecha Paixão e Sofia Barbosa Amaral

191
Gênero: Artigo de Opinião
Proposta: Considerando estudos em sala e pesquisas realizadas no Espaço Google, criar um
texto de opinião sobre o Trabalho Infantil.

Trabalho Infantil
João Gabriel Domenice Motta

Trabalho infantil é quando uma criança realiza um trabalho que não é


adequado para ela, fazendo com que ela não frequente a escola ou brinque durante
sua infância.
No Brasil é proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, a
não ser na condição de aprendiz - a partir de quatorze anos.
Para combater o trabalho infantil, é preciso punir pessoas que empregam
crianças ou adolescentes e conscientizar a população brasileira a denunciar essa
violação da lei. Todos precisam entender que criança não trabalha.
A criança e o adolescente devem sempre ir à escola, fazer amigos,
brincar muito, ajudar o próximo e nunca trabalhar.

192
Gênero: Diário de Bordo
Proposta: Narrativa do Diário de Bordo da Nau de Cabral

Kamille Feliciano Oliveira

21 de abril de 1500

Querido diário,

Hoje avistamos um monte alto e arredondado e, por estarmos no período


de páscoa, resolvemos chamar esse monte de Pascoal. Parece que tem terra à
vista, se isso for verdade, vamos mais uma vez homenagear a nossa religião e
chamar o lugar de Ilha de Vera Cruz. Vamos continuar a ver o que nos aguarda no
futuro.

22 de abril de 1500

Querido diário,

Era mesmo uma ilha. Descemos e ancoramos as naus em locais seguros,


que resolvemos chamar de Porto Seguro. Tudo que vimos até agora é bem
diferente, há umas aves muito coloridas que resolvemos chamá-las de furabuchos. É
um nome estranho, mas as aves também são estranhas se comparadas com as
nossas. Existem muitas árvores grandes e diversos montes. Parece que não
estamos em uma ilha, então teremos que chamar aqui de Terra de Santa Cruz.
Nós vimos muitos homens pardos andando para todo lado nus. Pois é,
sem coisa alguma cobrindo suas vergonhas.
Todos os capitães se reuniram na minha nau para conversarmos. O
Capitão mandou que Nicolau Coelho juntasse mais alguns homens e fosse verificar
até onde ia um rio que vimos passar por lá.

193
23 de abril de 1500

Querido diário,

Passamos muita dificuldade no dia de hoje. Quando fomos verificar o tal


rio que o capitão mandou, encontramos aqueles mesmos homens nus que eu tinha
falado, mas eles estavam armados com arcos e flechas. Foi uma dificuldade nos
defendermos sem machucá-los, com nossas armas que são bem mais poderosas.
Eles não falam a nossa língua, mas entenderam que não queríamos fazer
mal a eles, pois demos algumas quinquilharias para acalmá-los.
Fizemos também uma missa para agradecer pela nossa boa viagem e por
não termos sido mortos por esses seres tão selvagens.

194
Gênero: Artigo de Opinião
Proposta: Criar um texto relacionando a Campanha da Fraternidade 2018 - Fraternidade e
superação da violência - com a obra Moby Dick, de Herman Melville.

A violência
Ludmila Lopes Coelho

A violência pode ter vários modos, como a violência física e a verbal. A


verbal é representada por palavras agressivas, com a intenção de deixar a pessoa
agredida bastante triste.
A pessoa agredida verbalmente pode acabar ficando com a autoestima
baixa e até mesmo depressão, ou seja, duas quedas de felicidade.
A violência física leva em consideração o corpo da pessoa. Tapas e
armas normalmente são usados. Essa violência também deixa feridas no corpo e na
alma da pessoa.
No livro Moby Dick, o Capitão Ahab pratica violência verbal com os
tripulantes, ameaçando-os o tempo todo. Outros personagens, como o Starbuck,
cometem violência física, tentando matar o Capitão.
Para mim, o que seria bom para a Terra é que todos vivêssemos em paz,
sem fazer mal a ninguém, sermos todos irmãos. Com isso, Cristo ficaria feliz.

195
Gênero: Estatuto
Proposta: Criar um Estatuto dos Animais.

Estatuto do Animal
Maria Clara Varela

Artigo 1º: Fica decretado que cada animal deve conviver com sua própria família e
espécie.

Artigo 2º: Fica decretado que os animais serão livres.

Artigo 3º: Fica decretado que o homem não pode interferir no ciclo de vida dos
animais.

Artigo 4º: Fica decretado que animais devem ser tratados como gente.

Artigo 5º: Fica decretado que animais domesticados terão que passear todos os
dias.

Artigo 6º: Fica decretado que todos os artigos acima deverão ser cumpridos.

196
Gênero: Estatuto
Proposta: Criar um Estatuto dos Animais.

Estatuto do Animal
Mateus Martins dos Santos

Artigo 1º: Fica decretado que o homem não pode exterminar ou explorar outros
animais.

Artigo 2º: Fica decretado que se os animais precisarem ser mortos, acontecerá de
forma instantânea, sem dor.

Artigo 3º: Fica decretado que todos os experimentos com animais que impliquem
sofrimento físico ou psicológico não podem ser permitidos.

Artigo 4º: Fica decretado que quando um animal é criado para alimentação, ele
precisa ser morto sem ansiedade.

Artigo 5º: Fica decretado que os animais não podem ser usados em circo.

197
Gênero: Artigo de Opinião
Proposta: Criar um texto relacionando a Campanha da Fraternidade 2018 - Fraternidade e
superação da violência - com a obra Moby Dick, de Herman Melville.

Violência
Olivia Barkblom Guimarães

A violência, infelizmente, está em toda parte, no mundo inteiro, inclusive


no nosso dia a dia.
Podemos até pensar que ela só pode ser praticada de forma física, mas
isso não é verdade, pois a violência também pode ser feita oralmente.
O livro Moby Dick mostra exemplos de violência física e verbal.
Observamos vários momentos de violência entre as personagens, tentativas de
assassinatos e a sede de vingança que toma conta do navio quando tentam matar
Moby Dick.
O capitão Ahab era obcecado por matar a baleia Moby Dick. Na minha
opinião, assim como Ahab, se não tomarmos cuidado, vamos sendo possuídos pela
maldade cada vez mais, até um ponto que não conseguimos voltar atrás.
Devemos sempre buscar uma vida calma, serena, em paz. E é muito
importante que, ao sofrermos ou presenciarmos uma violência, denunciemos à
polícia ou às pessoas mais velhas.

198
Gênero: Estatuto
Proposta: Criar um Estatuto dos Animais.

Estatuto do Animal
Olivia Barkblom Guimarães

Artigo 1º: Fica decretado que os moradores dos bairros devem acolher animais
perdidos.

Artigo 2º: Fica decretado que os mau-tratos aos animais devem ser denunciados à
polícia.

Artigo 3º: Fica decretado que os donos devem levar seus animais para passear.

Artigo 4º: Fica decretado que devemos aquecer os animais no inverno.

Artigo 5º: Fica decretado que todo animal deve ser banhado.

Artigo 6º: Fica decretado que deve existir Samu para animais.

199
Gênero: Estatuto
Proposta: Criar um Estatuto dos Animais.

Estatuto do Animal
Sofia Barbosa Amaral

Artigo 1º: Fica decretado que maus-tratos de animais é crime, e a pessoa responde
perante a justiça.

Artigo 2º: Fica decretado que os animais encontrados na rua deverão ser recolhidos
e cuidados pela prefeitura.

Artigo 3º: Fica decretado que todo animal tem direito de viver a vida em liberdade.

Artigo 4º: Fica decretado que os pet shops devem ser fiscalizados por órgãos
competentes.

Artigo 5º: Fica decretado que toda cidade deverá ter hospital público que atenda
animais.

Artigo 6º: Fica decretado que todo animal deve ser respeitado de acordo com o seu
temperamento.

Artigo 7º: Fica decretado que os animais não poderão servir de cobaias científicas.

200
Gênero: HQ - História em Quadrinhos
Proposta: Após ler a crônica “Reunião de mães”, de Fernando Sabino, imaginar uma situação
engraçada que poderia acontecer em uma Reunião de Pais na escola e criar uma história em
quadrinhos.

Sofia Barbosa Amaral

201
Gênero: Diário de Bordo
Proposta: Narrativa do Diário de Bordo da Nau de Cabral

Vitória Roriz Santos Piacenza

23 de abril de 1500
Querido diário,

Avistamos finalmente as Índias, assim pensávamos nós. Atracamos e,


chegando em terra, observamos uma natureza muito rica, com árvores altas e
plantas diversas.
Aqui vive um povo bem diferente de nós, pois eles andam quase nus e
falam uma língua muito diferente.
Ainda não sabemos ao certo se esse lugar é uma terra gigante ou apenas
uma ilha. Vamos chamar por enquanto de Ilha de Vera Cruz.
O ar aqui é muito puro e os homens são excelentes pescadores. Aqui
também tem uma grande variedade de peixes. As pessoas se alimentam daquilo
que eles mesmo cultivam, e sabem plantar legumes e hortaliças. Eles caçam
também. Não produzem nada, retiram tudo que precisam da natureza.
Dormem em redes e cabanas. A religião é muito diferente da nossa,
parece que acreditam em um deus que é a própria natureza. Ainda olham o tempo
de acordo com a posição do sol e da lua.
No nosso primeiro contato, ficaram examinando nossas roupas, colares e
sapatos. Estavam muito curiosos. Mostramos a eles um espelho, e assim que viram
sua própria imagem, acharam superdivertido.
Observamos que os indígenas respeitam muito o meio ambiente,
retirando dele somente o necessário para sua sobrevivência. Da madeira eles
constroem suas canoas, flechas e suas cabanas.

202
Gênero: Artigo de Opinião
Proposta: Considerando estudos em sala e pesquisas realizadas no Espaço Google, criar um
texto de opinião sobre o Trabalho Infantil.

Trabalho Infantil
Vitória Roriz Santos Piacenza

Trabalho infantil refere-se ao emprego de crianças com idade inferior a 16


anos. O trabalho infantil no Brasil é proibido para menores de 14 anos, pois nessa
idade as crianças e os adolescentes devem se dedicar a estudar e a brincar.
Seria possível combater o trabalho de crianças e adolescentes não
comprando o que é vendido por eles nas ruas, semáforos e nas feiras. Também é
importante votar em candidatos que tenham boas propostas para combater esse
problema.
Na minha opinião, criança não deve trabalhar, e sim estudar, se alimentar
bem, ter moradia digna e ser amada.

203
204
205
Os alunos leram o conto “Cocobolo”, presente no livro Contos Peculiares, de Ranson Riggs, e
tiveram que dar sequência à narrativa fantástica.

A Ilha de Cocobolo – Continuação (...)


Alice Borçari Oliveira

Todos se assustaram e Zheng foi lá olhar o que era. Era um macaquinho


muito fofo, parecia criança, era brincalhão e ele literalmente subiu no colo de Zheng.
Logo perceberam que não conseguiriam se livrar tão cedo do macaco, então
resolveram ficar com ele e o chamaram de Liu, em homenagem ao pai de Zheng.
Como já estava quase escurecendo, Zheng e sua tripulação começaram a construir
um acampamento e tão logo foram dormir.
No dia seguinte, acordaram e não encontraram Liu - o macaco - por perto,
procuraram, procuraram, mas não achavam, até que escutaram o mesmo farfalhar
na árvore de antes e foram ver o que era. A árvore de onde vinha o barulho era
linda, seu tronco parecia ser purpurinado e as folhas brilhavam mais que diamantes,
era linda de verdade.
O pequeno macaquinho era quem estava nela e segurava uma das folhas
brilhantes que ele comeu e, de repente, ele começou a falar. Zheng quase
desmaiou, mas o macaco explicou que as folhas daquela árvore eram mágicas e
faziam os animais falarem como os seres humanos. O macaquinho, que era muito
esperto e já sabia da doença de Zheng, guiou o rapaz e seus tripulantes até um rio,
cujas águas curariam todo o tipo de doença dos seres humanos.
Zheng bebeu a água e se sentiu bem melhor. Enquanto ele agradecia ao
macaquinho Liu, um de seus tripulantes observava o local. O homem encontrou uma
passagem atrás de uma cachoeira de águas cristalinas e chamou o resto da
tripulação. O local parecia uma caverna e tinha um navio quebrado, completamente
arregaçado. Enquanto os outros homens procuravam por algo na parte externa do
navio, Zheng foi olhar a cabine do capitão. Lá ele encontrou um baú de tesouro,
onde havia uma cápsula do tempo e nela tinha uma foto de uma árvore alta com o
que parecia ser uma casa na árvore. Zheng se animou mais ainda, se ali havia
uma casa, então haveria uma população de humanos. O macaco reconheceu a
árvore e no mesmo dia eles foram até a dita casa na árvore. Zheng jogou pedras em
uma janela e daquela árvore saiu um homem velho e muito simpático, esse homem
era o pai de Zheng que ficou muito feliz ao vê-los.
206
O pai de Zheng saiu correndo para dar um abraço em seu filho e todos
foram embora, inclusive o macaco, para a terra de Zheng.

Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

Um conto num bosque


Alice Borçari Oliveira

Em um dia, na Escola do
Saber, Marcelo - um estudante de 12
anos que cursava o 6º ano - estava em
sua sala de aula. Todos estavam
contando o tempo para a aula acabar,
faltava um dia para o recesso de julho.
Quando bateu o sinal da
saída, Marcelo estava no plantão, ele
procurava por seu irmão Rafael para
irem embora para casa. Logo o
encontrou em uma roda de meninos de várias salas: 5º, 7º, 8º (que no caso eram
colegas da sala de Rafael) e até do 6º ano (colegas de Marcelo). Eles conversavam
sobre uma lenda que existia na cidade em que viviam, diziam que no Bosque das
Sombras vivia um terrível zumbi, que possuía uma coroa controlada por forças da
floresta mágica. Então os seres da floresta arrancavam os corações das pessoas e
os entregavam ao Zumbi. Marcelo nunca acreditou nesse tipo de coisa, quando
alguém tocava no assunto ele dizia:
- Eu acho isso a maior bobagem.
Mas seu irmão Rafael falava:
- E eu acho que você está é com medo!
Mas desta vez, na hora de Marcelo revidar, Giovanna, que era a menina
que Marcelo gostava e que, por sinal, era de sua sala, estava escutando tudo e
disse:

207
- Por que você não acredita na história? - Marcelo se envergonhou
completamente, ficou com as bochechas vermelhas.
- Porque todos sabem que essas histórias de monstros são todas lendas.
- Como você pode ter tanta certeza disso?
- Não tenho.
- Então você deveria ter provas para não acreditar.
- E vou ter! Prometo a todos vocês que não volto aqui para a escola,
depois das férias, sem a prova de que essa história é toda mentira. Vou ao bosque
para conseguir tais provas.
No dia seguinte, de madrugada, Marcelo se preparava para sair de casa
(sem a permissão dos pais, é claro!), e quando estava pronto para sair, seu irmão
apareceu:
- Psssiu! Marcelo!
- Ai, minha Nossa Senhora! Rafael, você me deu um baita susto!
- Calma aí, maninho! Se você for capturar o tal Zumbi, vai precisar da
minha ajuda!
- E quem disse que eu vou capturá-lo, só vou para mostrar que ele não
existe. Mas se você quiser me acompanhar tudo bem.
- Ok, tô indo, mas espera um pouco que eu vou me trocar, não dá pra ir a
uma baita aventura assim de pijama.
E logo eles foram ao tal bosque encantado em busca de provas. Ao
chegarem à entrada do bosque, viram Giovanna os procurando, as bochechas de
Marcelo se avermelharam de novo e ele ficou paralisado; Rafael percebeu que seu
irmão não iria fazer nada e chamou-a.
- Giovannaaaaaaaa! A gente tá aqui.
- Ai, meu Deusinho do céu, fala sério, que susto!
- Calma, Gi, quer dizer, Giovanna. - disse Marcelo, se engasgando de
vergonha:
- Quero ajudar vocês nesse negócio de procurar o Zumbi. - respondeu a
menina.
- Mas será que você vai conseguir? Afinal, você é uma menina! - disse
Rafael.

208
- Claro que consigo! E também acho que isso é muito machismo, senhor
Rafael. - retrucou Giovanna.
- Tudo bem, né, gente, já deu, vamos continuar, e outra coisa: a gente
não veio pra procurar o Zumbi, e sim para provar que ele não existe! - afirmou
Marcelo.
E então aquele grupo de crianças foi em busca do tal malicioso Zumbi,
quer dizer, da prova de que ele não existe.
- Aiiiiiiiiiiiiiii!
- O que foi, Giovanna? - perguntou Marcelo.
- Viu, deve ser uma daquelas frescuras de mulher, falei que você não
devia trazê-la. - disse Rafael.
- Cala a boca, Rafael, é uma coisa bem grave, sabia? - disse Gi.
- O que é então? Perguntou Marcelo preocupado.
- Eu acabei de esbarrar em uma teia de aranha.
- Só isso? - questionou Rafael.
- Não fala assim, vai que era a teia de uma aranha venenosa! - disse
Giovanna assustada.
- Então me deixe ver a teia. - comentou Marcelo, dando um passo à
frente.
Nesse momento Marcelo caiu em um buraco fundo, era tudo uma
armadilha! Giovanna pulou logo depois (de preocupação!), e logo Rafael pulou
também. Lá embaixo havia um lugar parecido com um labirinto, onde encontraram
uma aranha superperigosa que picou Marcelo, e ele desmaiou. Quando isso
aconteceu, um leão falante apareceu e os mostrou o caminho que os levaria até um
pequeno castelo meio destruído. De lá saiu um coelho com uma planta e uma coroa
de plástico, a planta era a cura para a intoxicação de Marcelo, e a coroa a prova de
que tudo era apenas uma lenda, ou seja, uma mera aventura.

209
Após a leitura da obra O caso da borboleta Atíria, de Lúcia Machado de Almeida, os alunos
foram orientados a transpor a narrativa para a literatura em quadrinhos, demonstrando
domínio do gênero textual aprendido.

O caso da borboleta Atíria (em quadrinhos)


Amanda Corrêa Bicalho

210
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

Férias de arrasar
Amanda Corrêa Bicalho

Antônio estava muito animado com a aventura que teria na Floresta


Amazônica, pois iria vivenciar e observar coisas incríveis, além de descobrir se a
lenda mais popular da sua vila era real. Tudo o que encontrava e achava que seria
necessário, colocava em sua mochila, mas sem excesso para facilitar no transporte.
Logo veio Popi, perguntando:
- Tem certeza de que a gente não vai passar fome?
- Tenho certeza sim. Caso nossos suprimentos acabem, podemos colher
algum fruto na própria floresta.
- Já que você está falando, eu acredito. Ainda bem que não nos faltará
comida, pois esses dias ando meio faminto.
- Só esses dias?
- O que você está querendo dizer com isso, heim, Antônio?
- Nada não.
- Ah, bom!
Em pouco tempo já estavam prontos, rumo à Floresta Amazônica.
- Popi, chegamos! Esta é a casa da minha tia onde ficaremos, bem na
beira do rio. Quase não veremos minha tia, pois sairemos cedo e ao voltarmos,
provavelmente, ela ainda não terá chegado.
- Eu gostei desta casa. Ela é engraçada!
- O que estamos esperando para entrar então?
Entraram e foram direto dormir para, no dia seguinte, saírem bem cedo.
Ao acordarem, arrumaram-se e recapitularam a lenda para ver se
poderiam desvendá-la o mais rápido possível. A lenda era conhecida como tesouro
de Golias e recebeu esse nome pois dizem que o tesouro é gigante.
- Vamos lá, Popi, me ajude com a sua memória excepcional para eu não
correr o risco de esquecer ou confundir nada.
- Bom, vamos lá. Pelo que sabemos, o tesouro está muito bem
escondido em uma gruta perto de um riacho qualquer, há 359 séculos, 27 anos, 4
meses, 16 dias e exatamente 8 horas. Também fomos avisados por várias pessoas
211
que todos que queriam confirmar a lenda como nós acabaram mortos de susto ao
chegarem à boca da gruta. Humm... tem certeza de que vamos continuar? Não
quero morrer!
- Claro que vamos continuar! - disse Antônio sem pensar muito, confiante.
- Então tá! Continuando... a caverna fica perto da nascente do riacho, que
fica em uma das áreas de difícil acesso. Acho que por enquanto está bom, pois
senão vamos sair muito tarde.
- Verdade!
Passaram-se três dias, e eles não obtinham novidades. Pelo que sabiam,
já haviam ido em todos os riachos da região, só faltava um, então tinha que ser
aquele.
No dia seguinte, acordaram um pouco mais tarde, com a esperança de
encontrarem pelo menos o local onde o tesouro estava escondido. A caminho desse
último riacho, de repente, ouviram o barulho mais estranho de suas vidas. Então
Antônio comentou:
- Provavelmente estamos chegando. Você não sabe como estou
animado!
Depois de andarem um pouco mais, avistaram o riacho e, logo em
seguida, a gruta. E de novo ouviram aquele tal barulho, só que dessa vez mais alto.
- Com certeza esse barulho está vindo lá de dentro. - disse Popi
arrepiado.
Antônio já vinha se preparando para o enorme susto que todos sentiam
ao chegar perto da caverna, mas tinha esperança de não levar tanto susto, pois já
estava acostumado com os filmes de terror que sua irmã vivia assistindo.
- Não entendo o que estamos esperando, quanto mais rápido formos,
mais rápido acharemos o tesouro e mais rápido voltaremos para casa, certo? -
indagou Popi, morrendo de medo.
- Hora da verdade, Popi!
Mas antes de darem mais um passo, apareceu na frente deles uma bela
gata ágil e muito inteligente.
- Aonde vocês pensam que estão indo? - indagou a misteriosa gata.
- Quem é você? - perguntaram juntos.
- Sou Neca, a guardiã da floresta. Mas vocês ainda não me responderam.

212
- Estamos indo para a gruta. - disse Popi ansioso.
- Vai ser perda de tempo. Vocês não sabem que muitos já mor…
- Nós sabemos sim, mas isso não irá nos impedir. - afirmava Antônio.
Assim, continuaram o percurso. Ao chegarem à entrada da gruta, Popi
gritou.
- O que foi, Popi?
- Nada, só uma aranha!
Então continuaram para o interior da caverna de forma lenta e silenciosa,
até que Popi disse:
- Que nuvenzinha engraçada é esta? Isso era para nos assustar? Mas é
tão fofa!
- Não sei, mas, se for só isso, acho que alcançaremos o tesouro ainda
hoje!
Então surgiu um garoto, um pouco mais velho que Antônio, indignado e
comentou:
- É isso mesmo o que eu ouvi? Vocês estão desprezando minha arte
mestra de assustar?
Antônio e Popi caíram na gargalhada, mas o garoto, chamado Lúcio, ficou
com muita raiva. Neca veio atrás dizendo:
- Como eu estava dizendo, Antônio, muitos já morreram assustados, mas
era só um garoto que gostava de assustar os outros e…
- Ei, como você sabe meu nome?
- Eu sei tudo sobre todos que pisam ou já pisaram nesta floresta.
- Pelo menos já sabemos onde está o tesouro! - comemorou Popi.
Dessa vez quem caiu na gargalhada foram Neca e Lúcio, mas Antônio e
Popi ficaram sem entender.
- Se vocês entrarem nesta caverna e só saírem com o tesouro em mãos,
então só sairão lá de dentro mortos. - disse Neca tentando explicar a situação.
- Quer dizer que o tesouro não existe? - perguntou Popi.
- É isso aí! - disse Lúcio.
- Não. O tesouro existe, só não está aí. - corrigiu Neca.
- Então onde ele está? - perguntou Antônio.
- Em outra gruta perto de um rio enorme da floresta. - informou Neca.

213
- Não é possível, a lenda fala que a gruta em que o tesouro está
escondido fica perto de um riacho e não de um rio enorme. - disse Popi.
- A lenda está errada, e vocês não foram nem à metade de todas as
grutas da floresta! - disse Neca.
- Mas eu ainda acho que esse tal tesouro não existe. - comentou Lúcio.
- Temos que procurá-lo! - disse Antônio.
- Seria perda de tempo, já que não existe. - insistia Lúcio.
- Lúcio, para de ser teimoso e pergunte a eles se você pode acompanhá-
los, porque assim eles achariam o tesouro muito mais rápido. - disse Neca.
Lúcio não gostou da ideia, já que ele não acreditava no tesouro, mas
acabou aceitando a proposta e, no dia seguinte bem cedo, lá estava ele com Antônio
e Popi. Neca, de vez em quando, aparecia. Nesse dia, eles saíram quando ainda
estava escuro e frio. Mais tarde, quase na hora de almoçar, estava um calor
insuportável, e ninguém aguentava mais andar. Então, pararam e descansaram um
pouco para depois continuarem. De repente, Popi disse:
- UAU!!!!! Que bonito!
- Acho que encontramos nossa primeira gruta que não está registrada. -
disse Lúcio.
- É essa gruta, Neca?
- É sim, mas não se precipitem, pois será difícil chegar até lá.
Depois de um tempo, pegaram a estrada de novo e se depararam com
uma montanha toda escorregadia. Eles caíram umas treze vezes, mas conseguiram
chegar ao topo. Mal descansaram e viram que, mais à frente, atravessariam um rio
de três quilômetros de largura, muito fundo.
Enfim chegaram à gruta, todos mortos de cansados. Já estava quase na
hora de voltarem quando... POF!!!
Uma pedra despenca e os prende lá dentro. Popi se desespera:
- E agora? E agora?
- Já que estamos presos aqui, vamos começar a procurar. - disse Antônio.
Procuraram por muito tempo, mas não acharam nada. Até que Popi viu
um buraquinho, onde enfiou sua pata, que ficou presa. Tentaram retirá-la mas não
saía. Lúcio, sem querer, ao encostar para descansar, apertou uma espécie de botão.

214
Imediatamente a pata de Popi se soltou e abriu para uma sala onde se encontrava o
tesouro de Golias. Ao retirarem o tesouro, todo empoeirado, abriu-se um túnel que..
Aí Antônio acordou e não soube o que aconteceu.

Os alunos leram um dos capítulos do livro O menino no espelho, de Fernando Sabino, e, a


partir disso, foram orientados a dar continuidade à história de Odnanref.

O menino no espelho
Amanda Corrêa Bicalho

Eu não estava com fome, então pedi que Odnanref jantasse para mim.
Fiquei no meu quarto esperando que ele subisse, mas antes disso ouvi minha mãe
dizendo que teria pudim de sobremesa, meu doce favorito. Fui correndo até a copa
gritando:
- Pudim! Oba!
Quando apareci na copa, lembrei-me que Odnanref havia ido jantar para
mim, então quando minha família nos viu juntos, Odnanref evaporou e voltou
imediatamente para o espelho, como havíamos combinado.
Ele estava preso do outro lado do espelho, mas, para a minha sorte, ele
ainda tinha vida própria, e seus movimentos não dependiam dos meus. Durante
muitos meses brincávamos e conversávamos, ele lá e eu cá.
Um dia perguntei a ele:
- Você não pode mais voltar aqui, mas será que eu posso ir ao seu
mundo?
- Eu não sei, mas vou procurar saber.
Dois dias depois, ele soube e me respondeu:
- Descobri que você pode, sim, vir aqui no meu mundo e que, diferente do
seu mundo, aqui você pode entrar e sair quando quiser. E, para melhorar, quanto
mais nos virem juntos, melhor.
- Que ótimo!
- Mas para isso não poderemos ter nenhum segredo entre nós. E
ninguém poderá saber de nossa situação.

215
Daí em diante, todas as tarde, batíamos altos papos, contando tudo o que
nos lembrávamos. Depois de conversarmos algumas horas, ele tentava puxar minha
mão pelo espelho, mas só deu certo no dia do nosso aniversário, coincidentemente.
Entrei no mundo dele, porém logo saí, por conta da minha festa de
aniversário. Eu voltava ao mundo de Odnanref em todas as férias, quando nos
divertíamos pra valer. Nós dois brincávamos muito, gostávamos de viajar no tempo.
Teve até um dia que visitamos outros planetas. Esse dia foi um dos mais divertidos
da minha vida, porque, mesmo sendo uma reprodução exata de tudo que acontece
na Terra, cada um dos lugares possuía uma característica diferente. Tudo foi muito
divertido, pois nós - eu, Odnanref e o meu outro eu de cada planeta que visitamos,
que não foram poucos - brincamos, conversamos e rimos à beça.
Depois disso, nunca mais passei minhas férias em outro lugar, a não ser
no mundo de Odnanref.

216
Os alunos foram orientados a criar uma história em quadrinhos (tema livre!) com o auxílio da
plataforma Pixton, demonstrando domínio do gênero textual aprendido.

Com um doce nos tornamos um doce


Amanda Corrêa Bicalho

217
Os alunos foram orientados a criar uma história em quadrinhos (tema livre!) com o auxílio da
plataforma Pixton, demonstrando domínio do gênero textual aprendido.

Ana Luiza de Oliveira Guimarães

218
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

A magia dentro de você


Arthur Mafra Chiarini

Em mais um belo dia normal para mim, cheguei da aula e fui para meu
quarto trocar de roupa, mas havia algo errado. Na minha cômoda, achei uma pedra
azul brilhante que estava com um bilhete escrito:

OIá Arthur,

Com certeza você não me conhece, mas sou seu irmão gêmeo, Daniel, e aqui
está uma pedra que vai lhe contar tudo sobre o seu passado “esquecido”; aqui
você encontrará o Nick, que irá responder tudo o que você quiser descobrir, mas
se você quiser poderá vir aqui para eu te explicar tudo certinho sobre o que você
irá ver. Espero você em breve!

OBS: Toque na pedra para ativá-la.


Daniel

Depois de ler o bilhete, fiquei curioso para saber o que aconteceria e


toquei na pedra. Assim que a toquei, vi o meu passado diante dos olhos. Vi meu
irmão Daniel e eu quando éramos bebês, vi que nossos pais tinham que nos deixar
pois parecia que enfrentariam uma grande batalha, que seria muito perigosa tanto
para mim quanto para meu irmão.
Para a nossa segurança, fomos transportados para lugares diferentes,
pois aquele mal poderia nos matar, e eu vim para esse mundo, no ano de 2006,
como se eu tivesse nascido aqui; já o meu irmão Daniel foi levado para outra parte
do reino, só que mais segura. Eles nos deram seres minúsculos e mágicos que nos
ajudariam, no futuro, a descobrirmos nossas habilidades paranormais, além de nos
protegerem e serem nossos amigos. Daniel o chamou de Dick, e eu chamei o meu
novo amigo de Nick.
Depois que nossos pais nos transportaram para mundos diferentes,
lutaram bravamente e derrotaram aquele mal, aprisionando-o em uma gruta, dentro

219
de uma cavidade que somente a nossa família poderia entrar. Mas, como gastaram
todas as suas forças, acabaram morrendo.
Passados vários anos, Dick contou toda a verdade para Daniel, que quis
me encontrar de um jeito ou de outro e me mandar a pedra fantástica através do
Nick - os seres mágicos conseguiam se falar por meio da intuição -, e assim minha
visão se perdeu, eu não conseguia mais enxergar. Quando voltei a “ver novamente”,
observei um certo “serzinho” voando, em minha frente, que me falou com uma
vozinha muito fofinha:
- Arthur, você está bem?
- Sim, obrigado por perguntar. É Nick, não é?
- É sim, Arthur! Eu sou o Nick, o seu “serzinho” mágico de estimação.
- Nick, será que você pode me levar até meu irmão?
- É claro que sim! Mas antes devo lhe contar que você tem o poder dos
raios, o mais poderoso de todos os poderes, perde apenas para o poder da luz e das
trevas, aí passa a ser rebaixado.
- Mas como farei para descobrir como usar?
- Isso resolveremos com o seu irmão Daniel. Mas você precisa levar sua
pedra pois, como você cresceu sem saber a sua habilidade da magia e não a
treinou, com a ajuda da pedra você conseguirá controlar o seu dom da magia.
- Você tem razão!
- Então vamos, Arthur?
- Vamos nessa, Nick.
E assim fomos para o reino mágico de Magilândia, onde encontraríamos
Daniel e Dick para explicar tudo.
Assim que chegamos à Magilândia, fomos ao “castelo” onde estava
Daniel, meu irmão, que eu nunca vira até então.
- Arthur?
- Daniel?
Quando nos vimos pela “primeira vez”, corremos um ao encontro do outro
e demos um forte abraço e, por um único momento, não pensamos mais em nada
naquele instante, só em como era feliz ter o irmão gêmeo pela primeira vez ao seu
lado.

220
- Nossa, Arthur, estou tão feliz de te ver! Demorou tanto tempo aqui em
Magilândia, para obtermos a sua localização exata, que já estávamos até
desanimando da ideia.
- Eu nunca imaginei ter um irmão gêmeo e muito menos que eu tinha
poderes. Agora poderemos ficar juntos para sempre!
- Por isso devemos conversar muito antes de tudo para nos conhecer
melhor.
Depois de horas e horas conversando, chegamos à conclusão de que eu
deveria fazer uma “aula”, quer dizer, um treinamento para poder utilizar as minhas
habilidades do poder dos raios. Decidimos que minha “aula” começaria no próximo
dia e assim dormimos tranquilamente até de manhã.
Assim que acordei, já me preparei para o treinamento pois eu estava
muito ansioso, já que iria conhecer novos amigos. Quando fui para a aula, achei o
professor muito exigente pois nos mostrava os movimentos somente uma única vez
e tínhamos que repetir sem perguntar nada. O mestre, por coincidência, também
tinha o poder dos raios, e descobri que, com o meu poder, podia imitar todos os
outros, menos o da luz e o das trevas.
A tarefa era levar um copo até suas mãos sem sair do lugar. O primeiro a
tentar foi o Giovani, que gosta muito de participar das coisas e de fazê-las. Com o
seu poder dos ventos, suavemente levou o copo até suas mãos. O próximo a tentar
foi o Jorge que, com o seu poder da água, completou a tarefa, e todos os outros
“alunos”, incluindo Giovana Cabral, Nina, Laura Araújo e Davi Carneiro,
completaram a tarefa. Até que chegou a minha vez, eu pensei que seria difícil, mas
não era não, pois eu só tinha que pensar no que queria fazer que logo acontecia,
realizando o “meu desejo”. Depois de seis meses fazendo esse treinamento, eu
finalmente tinha o controle total sobre minhas habilidades junto a meus
amigos.
Após nossa “formatura”, estávamos comemorando em uma grande festa,
mas de repente toda a terra de Magilândia começou a tremer, e todos entraram em
desespero. Logo, Daniel, Dick, Nick e eu fomos ver o que aconteceu. Quando
chegamos perto da cidade, vimos um clone idêntico a mim e ao Daniel, mas o
indivíduo tinha o poder das trevas e estava destruindo tudo. Com isso, Daniel e eu

221
decidimos agir o quanto antes, mas, quando estávamos para atacar, ele lançou uma
corda mágica que nos prendeu.
- Ora, ora, ora, se não são os filhos de Edgar e Carmem! Eu estava
esperando por vocês!
- Quem é você e o que está fazendo aqui?
- Calma, Arthur, ele é Arti, o herdeiro das trevas. Foi ele quem matou
nossos pais.
- Olha, estou vendo que Daniel sabe de muitas coisas, não? Além de ser
um tonto excêntrico.
- Olha quem fala, pelo menos eu não sou um energúmeno das trevas.
- Ohhhhh!!! Como pôde insultar seu futuro rei! Saiba que será condenado
perante minhas leis!
- Do que você está falando?
- Arthur, não se finja de tonto não! Você acha que eu vim aqui por
diversão? Eu vim aqui pois esse é o centro da terra, lugar onde qualquer magia fica
mais poderosa e onde está a pedra encantada de Merlin. Todos que a tocarem
absorverão o poder supremo, não podendo ser derrotado ou detido.
- Se acha que vai conseguir, esqueça, pois nós não iremos deixar.
- Isso é o que você pensa, Arthur, pois eu retornei dos mortos uma vez,
então eu posso retornar quando e onde quiser.
- Então o senhor poderoso já acha que é invencível, mas não é! Isso é o
que vamos ver agora, Daniel!
E assim que Daniel e eu juntamos nossos raios, lançamos Arti para longe
de nós e nos soltamos.
- Vai ser assim, né? Então preparem-se, já cansei de ser bonzinho com
vocês.
Daniel e eu ficamos com um bracelete em nossos braços, e ele bloqueava
nossos poderes, então caímos no chão. Sem podermos voar ou nos defender, Arti
nos levou como seus reféns para o castelo negro, onde a magia das trevas é mais
forte do que o normal. Arti, como não queria perder tempo, nos trancou em uma sala
onde nenhum poder funcionaria, e o lugar era a prova de som. O vilão já tinha seu
plano montado, fingiria ser Edgar, nosso pai, e, com seu poder de manipulação da

222
visão, enganaria nossos amigos, que lhe entregariam a poderosa pedra de Merlin,
para assim ficar invencível com seu poder supremo.
Como estávamos presos no castelo, preparamo-nos para fazer a “ligação
para o resgate”, quando eu me lembrei que nós tínhamos um código secreto que
consistia em olhar fixamente para algo e inclinar a cabeça para a direita, como um
psicopata faria. O código significava que algo estava errado e que deveriam entrar
em contato o mais rápido possível.
Assim que Arti começou o vídeo, Daniel e eu reproduzimos o código, e,
logo em seguida, nossos relógios começaram apitar (é que eles serviam para nos
comunicarmos à distância sem magia). Quando Arti saiu da sala, nós os
“atendemos”.
- Arthur! Daniel! Vimos o recado de vocês, e eu liguei correndo para saber
o que houve!
- Calma, Giovane, quando sentimos aquele tremor, fomos ver o que tinha
acontecido e achamos Arti, que matou nossos pais e nos sequestrou.
- Arthur, eu acabei vendo a ligação, e ele falou sobre uma pedra de
Merlin. Que pedra é essa?
- Essa pedra tem o poder supremo da luz e das trevas, que juntos têm
uma força imensa, e com ela ninguém poderá deter o poder do indivíduo que o
detiver.
- Mas então levamos a pedra e te salvamos?
- Não, Giovane, vocês devem fazer uma cópia em nossa impressora 3D e
trazerem aqui, pois com a pedra verdadeira é muito arriscado.
- Ok, Daniel. Mas onde a impressora está?
- Você deverá ir até nosso quarto, onde você vai encontrar perto do
guarda-roupa uma pequena porta camuflada que lhe pedirá uma senha, 231100.
Digite o código, e abrirá um esconderijo onde o Dick e o Nick estarão à espera de
vocês para ajudar no resto, mas deve ser rápido pois senão Arti mudará de ideia e
invadirá o castelo à procura da pedra.
- Entendi o que devo fazer, até logo Arthur e Daniel, obrigado.
- Até, Giovane.

223
Assim que Giovane acabou de fazer a cópia de pedra, Giovani, Giovana
Cabral, Laura Araújo e Nina foram ao castelo negro nos resgatar junto com Nick e
Dick que os ajudaram no plano.
Quando chegaram ao castelo negro, Nick e Dick foram se sentar junto a
Laura e Giovana Cabral, enquanto Nina e Giovani distraíam Arti com a “pedra de
Merlin”. Enquanto Arti não estava nos vigiando, Laura e Giovana juntaram seus
poderes e conseguiram derrubar a porta, livrando-nos do bracelete. Assim saímos
sem chamar atenção para não sermos pegos. Quando estávamos saindo, Arti viu
que a pedra era falsa e que tínhamos escapado, ele ficou furioso, soltando seu
poder sobre nós, perseguindo-nos.
- Quanto tempo até chegarmos ao castelo, Nick?
- Pelos meu cálculos, se continuarmos nessa velocidade, 10 minutos,
Arthur.
- Dick, você pode ativar o escudo impenetrável em nosso castelo, por
favor?
- Mas Daniel, se eu ativar agora podemos não entrar.
- Mas se você não ativar agora, Dick, poderemos ficar desprotegidos.
Assim Dick ativou o nosso escudo e tentamos voar o mais rápido possível
para podermos entrar a tempo, antes de Arti. Mas quando chegamos, o escudo
ainda não tinha fechado totalmente, então Laura congelou Arti, e eu reforcei um
pouco com o meu poder, fazendo uma barreira de raios. Conseguimos fazer com
que a barreira se fechasse antes de Arti entrar. Assim que entramos, Daniel, Nick,
Dick, Laura, Giovane, Giovana, Nina e eu fortalecemos o escudo, mas quando Arti
se libertou, ele conseguiu quebrá-lo e começou a nos ameaçar se não
entregássemos a pedra de Merlin para ele.
- Pode nos atacar, Arti, eu não tenho medo de você.
- Como quiser!
- Você não percebe, Arthur, eu sou seu lado sombrio, seus pais fizeram
isso com medo de que você sucumbisse ao mal, e aqui estou. Seus pais se
arrependeram e tentaram me mandar de volta, mas como não funcionou, morreram
tentando me destruir, mas ninguém pode me destruir pois, por enquanto, eu só sou
um simples espírito sombrio e somente com a pedra eu irei virar uma pessoa real,
podendo ser destruída.

224
- Isso não é verdade!
- É verdade sim, pergunte ao Nick.
- É verdade, Nick?
- É sim, Arthur.
- Agora me dê a pedra para termos uma luta justa, o que me diz?
- Nunca!
- Então você nunca irá me destruir!
E naquele momento de luta apreciei algo que eu nunca havia sentido
antes, parecia uma mistura de raiva e amor ao mesmo tempo, não conseguia
entender do que se tratava. E assim algo dentro de mim se libertou e descobri que o
meu poder real era o poder da luz, trazendo assim a possibilidade de derrotar Arti de
uma vez por todas.

225
Os alunos leram o conto “Cocobolo”, presente no livro Contos Peculiares, de Ranson Riggs, e
tiveram que dar sequência à narrativa fantástica.

COCOBOLO - Continuação
Arthur Mafra Chiarini

(...) Com o farfalhar das árvores, todos ficaram com medo e, subitamente,
uma pedra foi jogada e atingiu a cabeça de Zheng, mas não viram ninguém, pois
estavam no escuro. Logo depois, viram sombras pulando de uma árvore para outra,
ficaram com medo, mas persistentes, pois não se moveram.
Depois de algum tempo, uma enorme sombra apareceu, e era o rei dos
macacos que levou seu grupo de ataque e de segurança. Quando o rei macaco
parecia estar falando com seus “guardas”, Zheng, apavorado, disse baixinho aos
seus companheiros:
- Vamos bem devagar, sem fazer barulho. Vamos sair daqui!
Mas quando estavam a fugir, Zheng, sem querer, pisou em uma pedra
que fez a ilha inteira tremer e acabou espantando os macacos.
Quando foram ver o que causou o tremor, era uma passagem secreta
subterrânea, local onde estava o pai de Zheng, Lui Zhi, vivo e com a cura em suas
mãos. Zheng estava tão feliz que acabou não ouvido direito o que seu pai lhe disse.
Lui Zhi falou ao filho que a ilha estava ancorada a um navio moderno de nova edição
puxando a ilha e, por isso, ela estava para morrer, pois sofria com a poluição do
navio. Com a cura em mãos, Lui Zhi só a entregaria a Zheng com uma condição:
que Zheng ajudaria a salvar a ilha pois nem os animais nem a ilha precisavam
morrer, e por isso, Zheng ajudou a salvar a ilha, e Cocobolo voltou a ser igual aos
lindos sonhos de Zheng.
Depois de muitos anos, pai e filho voltaram para casa.

226
Após a leitura da obra Alice no país da mentira, de Pedro Bandeira, os alunos foram orientados
a transpor a narrativa para a literatura em quadrinhos, demonstrando domínio do gênero
textual aprendido.

Arthur Mafra Chiarini

227
228
Após a leitura da obra Alice no país da mentira, de Pedro Bandeira, os alunos foram orientados
a transpor a narrativa para a literatura em quadrinhos, demonstrando domínio do gênero
textual aprendido.

Alice no País da Mentira: a melhor e a pior comida do mundo


Beatriz Camargos Carnicelli

229
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

A viagem
Beatriz Camargos Carnicelli

Nas férias um grupo de amigos ia fazer uma viagem para Caldas Novas.
Marina, a mais velha, foi dirigindo; Thallyta foi do seu lado, e atrás iam Arthur, que
era o mais novo, e seu irmão João Pedro.
A viagem estava ocorrendo bem, até que o carro quebrou, no meio da
estrada onde não havia sinal de celular e nenhuma cidade por perto. Todos
começaram a entrar em desespero, pois não possuíam ferramentas para consertar o
carro, e nenhum deles entendia de mecânica. E então Thallyta teve uma ideia, ela
iria esperar o sol se pôr para poder se localizar (ela sabia se localizar pelos astros),
e encontrar o Norte, que era para onde a cidade ficava.
Anoiteceu, e ela pôde encontrar o Norte. Eles estavam andando quando
viram uma luz, era o farol de um caminhão que ia na direção deles. Felizmente, o
caminhão conseguiu parar bem a tempo, eles estavam paralisados. Marina foi falar
com o caminhoneiro pra ver se ele poderia lhes dar uma carona, e ele concordou,
mas quando ela foi avisar para a turma sobre o combinado, foi capturada e colocada
dentro do caminhão junto com os seus amigos e todos foram levados para uma mina
onde eram obrigados a trabalhar.
Quando eles chegaram à mina, descobriram que João Pedro era o dono
de lá, eles haviam caído em uma armadilha. João Pedro deu a ideia de irem à
Caldas Novas para ficarem próximos à mina; então, sabotou o carro para eles terem
que ir caminhando, e o caminhoneiro trabalhava para ele. Arthur ficou decepcionado,
nunca imaginou que seu irmão seria capaz disso. Quando entraram no local, João
passou as tarefas a cada um deles e ofereceu uma proposta a Arthur, o cargo de
vice-presidente da mineradora. Entretanto, o rapaz recusou e afirmou ainda que não
trabalharia com alguém que teve a coragem de trair seu próprio irmão. Assim, ele
acabou ficando com o pior trabalho.
Então os amigos criaram um plano: Arthur iria distrair João Pedro,
enquanto os outros fugiriam para depois voltarem com reforços para salvá-lo. O
plano ocorreu como o planejado: João Pedro foi preso; Arthur, Marina e Thallyta
foram para Caldas Novas e ficaram lá até o final das férias.

230
Os alunos leram o conto “Cocobolo”, presente no livro Contos Peculiares, de Ranson Riggs, e
tiveram que dar sequência à narrativa fantástica.

COCOBOLO - Continuação
Beatriz Camargos Carnicelli

(...) Mas como estavam muito cansados da viagem, resolveram ficar e


continuar montando o acampamento.
No dia seguinte, eles voltaram a ouvir um farfalhar nas árvores, então,
Zheng foi investigar. E quanto mais ele entrava na floresta mais as folhas
farfalhavam, até que ele encontrou uma caverna e se conseguia ouvir uma voz de
uma pessoa, vindo de lá de dentro. E Zheng resolveu entrar e procurar de onde
vinha essa voz. Quando estava quase no final dela, ele encontrou uma pessoa, e
essa pessoa era o seu pai. Zheng chorou muito e perguntou:
- O que aconteceu com você?
- Eu vim a Cocobolo para provar que eu não era louco e que ela
realmente existia, então meu navio afundou, eu consegui me salvar e vim nadando
até essa ilha que, por coincidência, era Cocobolo; desde então, tenho tentado voltar
para casa.
- Então, como é a ilha? – Zheng perguntou:
- Venha ver com seus próprios olhos!
Então, Liu Zhi levou Zheng até uma cachoeira onde os dois atravessaram.
E do outro lado havia várias árvores carregadas de rubis, cachoeiras de ouro,
animais fantásticos, do jeito que Zheng imaginou. Depois de Liu Zhi mostrar tudo,
Zheng falou que estava doente e veio para Cocobolo atrás de uma cura, então seu
pai o levou para uma caverna onde havia várias criaturas mágicas que fizeram uma
cura para ele.
Após curado, Zheng pergunta ao seu pai:
- Por que você não volta comigo?
Liu Zhi fez uma cara triste e falou:
- Porque quando cheguei aqui, também estava doente, e a ilha me curou,
mas agora eu não posso sair, se não a cura perde o efeito e eu posso morrer.
- Então eu irei ficar aqui com você!
Zheng buscou sua família e ficou morando com seu pai na ilha de
Cocobolo.
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Os alunos leram um dos capítulos do livro O menino no espelho, de Fernando Sabino, e, a
partir disso, foram orientados a dar continuidade à história de Odnanref.

Menino no espelho
Beatriz Camargos Carnicelli

(...) Em um sábado chuvoso, eu e Odnanref estávamos brincando no meu


quarto. Até que minha mãe mandou a empregada temporária, Judite, ir limpar meu
quarto.
Quando ela chegou, nos viu e começou a gritar arregalando os olhos, eu
a acalmei dizendo que era só a imaginação e que ela estava trabalhando demais,
merecendo um descanso. Ela acreditou na minha história, deu uma arrumada rápida
no quarto e saiu o mais rápido possível. Ficou desconfiada e começou a nos
observar. A partir daquele dia, comecei a tomar mais cuidado.
Com o passar do tempo, Odnanref ia ficando cada vez mais calado e
desanimado, perguntava o que havia acontecido e ele respondia que não era nada,
mas não era verdade.
Judite, de tanto nos observar, descobriu que não estava ficando louca e
que realmente havia outro Fernando, mas, para ter certeza, ela olhou mais uma vez.
Olhou entre a porta e viu eu e Odnanref conversando, aí não restava mais dúvida,
existia outro Fernando.
No início, ela ficou muito assustada, pensou que era coisa de
assombração e começou a rezar o terço, minha mãe, preocupada, perguntou o que
estava acontecendo, e ela respondeu:
- Eu vi no quarto do Fernando dois dele, no início pensei que estava
ficando louca, mas realmente descobri que há dois Fernandos. Então, fiquei com
medo e comecei a rezar o terço.
Quando Judite terminou de contar a história, minha mãe arregalou os
olhos e saiu correndo para o meu quarto gritando Fernando. Fiquei desesperado e
perguntei a Odnanref o que eu deveria fazer, ele olhou para mim e sorriu:
- Fernando, foi muito bom o tempo que passamos juntos, mas eu preciso
ir embora.
E ele continuou:
- Estava calado porque eu estava sumindo aos poucos, mas agora
chegou a hora de vez! Tchau, Fernando!
232
E assim ele entrou dentro do espelho e ficou lá para sempre. Quando
minha mãe entrou no quarto, começou a me fazer muitas perguntas, e eu respondi a
todas elas, dizendo:
- Não importa o que era e por que estava aqui, o importante é que já foi
embora.

Quando os alunos podem escolher o tema de seus textos, a criatividade é a energia propulsora
de suas histórias.

As cinco irmãs e a máquina do tempo


Beatriz Camargos Carnicelli

Em uma pequena cidade do interior, vivia uma família feliz, composta pela
mãe, o pai e cinco meninas: Olívia, Maria Flor, Elizabeth, Rosa e Orquídea. Rosa e
Orquídea eram gêmeas que não se desgrudavam. A família era feliz, até que um dia
a mãe recebeu um tiro de bala perdida e acabou morrendo. Eles ficaram arrasados,
e, depois desse incidente, o pai virou alcoólatra. As meninas ficavam cada dia mais
tristes.
Um dia, Rosa e Orquídea procuravam por um livro na biblioteca da
escola, quando encontraram uma obra de ficção científica sobre um menino que
construiu uma máquina do tempo e tentou evitar todos os desastres do mundo. Os
olhos das gêmeas se encheram de brilho, então correram até em casa e contaram
sua ideia para as outras irmãs: elas iriam construir uma máquina do tempo para
evitar que sua mãe morresse, e seu pai virasse um alcoólatra, voltando, assim, a ter
uma vida feliz. No início tiveram algumas dúvidas, mas acabaram aceitando a ideia,
e passados alguns dias tentando construir a máquina do tempo, isso virou o objetivo
principal das irmãs.
Depois de muitas tentativas e erros, elas finalmente conseguiram
construir a tão esperada máquina do tempo, mas a primeira viagem não ocorreu
como esperado, sem querer elas colocaram a data errada e foram parar na era dos
dinossauros. Correram para sair daquela época, mas erraram novamente a data e
foram parar no tempo de Madre Cândida. Muito curiosas como elas são, ficaram um
tempinho naquele tempo para conhecê-lo e, como lá não havia dinossauros, não
havia por que ter medo.

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Saíram de lá e finalmente chegaram onde e quando queriam, preparadas
para salvar a mãe. Quando a encontraram, explicaram tudo o que tinha acontecido,
então a mãe as proibiu de a salvarem, pois poderia afetar algo muito importante no
futuro. Elas não a escutaram e impediram a mãe de morrer; mas infelizmente o pai
havia morrido e a casa estava destruída, pois quando elas salvaram a mãe, houve
um desequilíbrio no tempo, ocorrendo uma tragédia ainda pior no futuro. Elas
repensaram e deixaram ocorrer como na linha do tempo original. Assim, aceitaram a
morte da mãe e viraram grandes cientistas.

Você se recorda de alguma experiência que tenha sido marcante na sua vida? Os alunos foram
orientados a relatar uma memória muito importante.

Uma doce guerra!


Beatriz Camargos Carnicelli

Quando fiz 8 anos, fui para a casa da minha avó no meu aniversário, lá
em Presidente Olegário, no interior de Minas Gerais. No aniversário estavam os
meus tios de Belo Horizonte, de Presidente Olegário e meu tio do Rio de Janeiro;
também estavam a Thallyta, a Gugu, o João Pedro, o Arthur, o Davi e a Bárbara,
que são os meus primos; a Marina, minha irmã; a minha priminha Geovana e o
namorado da Bárbara, o Heliomar.
O meu aniversário foi do tema do filme “Frozen”. Minha mãe tinha
encomendado um bolo temático que era, claro, azul. Ela encomendou também
salgadinhos e docinhos para a festa.
No dia, nós passamos a tarde enchendo balões e limpando a casa para o
aniversário. Saímos e compramos refrigerantes, papel para docinho, arrumamos
tudo. Na hora da festa, o bolo já tinha chegado, ele possuía um desenho da Elsa e
da Anna, era de brigadeiro e tinha um glacê azul. Cantamos os parabéns e estava
tudo ocorrendo bem, até a hora de servir o bolo, quando a Thallyta pegou uma
pouco de glacê e esfregou no rosto do Arthur. Então, ele esfregou no rosto do João
Pedro, que jogou glacê no Heliomar, que depois jogou na Thallyta, e ela jogou na
Marina, e assim começou um tal de jogar glacê um no outro e isso foi tão longe que
até a minha tia Beth levou glacê no rosto. E o pior foi que eles saíram um atrás do

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outro à noite na rua, jogando glacê. A brincadeira só acabou quando a Geovana,
que tinha 5 anos, foi atacada com glacê e começou a chorar.
Quando a festa acabou, a Bárbara, a Thallyta e os meus tios, que
moravam na cidade, foram para suas casas. E quando eles foram tomar banho,
descobriram que no glacê havia corante, que não saía fácil do corpo. Então, depois
do banho, todo mundo continuou azul, e o mais engraçado é que no dia seguinte
eles continuaram azuis. A sorte foi que nem eu nem a minha prima Gugu fomos
atingidas pelo glacê. Quando eles começaram a jogar glacê um no outro, nós nos
trancamos no quarto da minha avó para não ficarmos sujas.

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Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

As aventuras de Bud Holmes e seus companheiros


Beatriz Gualberto Carmo

Era uma tarde fria em Londres. A temperatura caía e a neve estava cada
vez mais forte.
Bud era o mais importante detetive da região. Ele trabalhava em um
escritório próximo ao Big Ben. Seus amigos, Sultan e Rubi eram seus fiéis
assistentes e ajudavam na resolução dos casos. Londres estava cada dia mais
perigosa e os bandidos atacavam de dia e de noite. Bud e seus amigos eram
famosos por já terem resolvido crimes de roubos, sequestros e assassinatos. Bud
era o líder, sempre destemido e inteligente. Sua determinação e criatividade
ajudavam-no a ser o mais importante dos detetives. Rubi era amiga de todos. Ela
era super chique, delicada e bonita. Preocupa-se com a aparência acima de tudo.
Usava perfumes e maquiagens para distrair os bandidos. Eles ainda trabalhavam
com Sultan, um cão durão, forte e musculoso.
Bud e seus amigos acordaram cedo naquele dia, pois um policial
apressado batia em sua porta. Ele falava sobre o desaparecimento da jovem filha da
rainha da Inglaterra, Dara. Eles dariam uma grande recompensa para quem a
encontrasse. Então, lá foram eles atrás de pistas que pudessem levar à Dara.
Enquanto isso, do outro lado da cidade, Dara estava amarrada e sendo
torturada por Ringo e seus capangas. Eles perguntaram a ela onde ficava o cofre e
qual era senha pois queriam roubá-la e dividir a fortuna entre eles.
Rubi, Bud e Sultan foram até a casa de Dara para falar com a Rainha da
Inglaterra e ver se ela sabia de algo sobre o sequestro de sua filha, e ela disse que
só sabia que uma "amiga" a tinha chamado para ir ao parque, local onde Dara tinha
sido sequestrada.
Eles foram até a casa da "amiga'' de Dara, cujo nome era Tuty. Lá eles
desconfiaram que Tuty era culpada. Eles encontraram objetos pessoais de Dara no
meio das coisas dela. A “amiga” estava muito nervosa e agitada, como se estivesse
tentando esconder algo. Ouviram, vindo do sótão, gritos de socorro:
- Socorro!
- Salvem-me!
236
- Estou presa!
- Estou com muito medo!
- Ajudem-me!
Bud, muito esperto, acabou descobrindo que Tuty era uma traidora e tinha
levado Dara para ser roubada e sequestrada. Tuty foi presa e teve que entregar sua
quadrilha, além de entregar o chefe, Ringo.
Os três detetives e um grande comboio de policiais invadiram o local onde
eles mantinham Dara prisioneira, e, depois de duas horas lutando com os capangas
Boris e Tula, os policiais conseguiram prendê-los. Mas, para derrotar Ringo, Rubi,
mestre da distração, teve que distraí-lo enquanto Sultan o atingia com um golpe na
cabeça.
Dara, para agradecê-los, deu aos seus salvadores várias recompensas.
Sultan ganhou uma coleira de ouro, Rubi ganhou um colar de diamantes, e para Bud
um beijo. Naquele momento, Bud percebeu que novas histórias iriam começar, mas
agora com seu coração apaixonado pela bela e linda princesa de Londres!

237
Após a leitura da obra Alice no país da mentira, de Pedro Bandeira, os alunos foram orientados
a transpor a narrativa para a literatura em quadrinhos, demonstrando domínio do gênero
textual aprendido.

Alice no País da Mentira (em quadrinhos)


Beatriz Gualberto Carmo

238
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

Beatriz Pereira Guimarães

Tudo começou quando Sérgio estava caminhando na rua de sua cidade e


viu um cartaz anunciando a possibilidade de extinção dos tigres, que estava muito
grande, na floresta. Então Sérgio foi correndo para casa avisar João, pois queria
ajudar a impedir tal acontecimento. De primeiro momento, João não queria ir, mas
depois percebeu que se não fosse, iria deixar seu pai triste por não tê-lo ajudado.
Foram chamar a Estéfane, que é prima de João, pois ela gostava muito de animais,
mas não contaram para ela qual bicho seria.
Foram à floresta e, quando chegaram, sentiram muito calor, mas
continuaram à procura do tigre. Perceberam que não seria tão fácil quanto eles
pensavam. Logo chegou a hora de eles contarem para Estéfane qual bicho iriam
encontrar, ela ficou assustada e com raiva, mas não poderia voltar sozinha para sua
casa, pois era longe e não sabia o caminho. No final da tarde começou a chover,
então eles resolveram montar uma cabana para passarem a noite, talvez mais de
uma.
No outro dia, quando acordaram, foram “caçar” o tigre. Quando o
encontraram, o animal se sentiu ameaçado e “foi para cima”. Estéfane começou a
tremer de tanto medo, coitada! Sérgio já era experiente e tentou acalmar o bichano,
estava dando tudo certo mas isso não adiantaria, pois um dia de carinho não
deixaria o tigre mais calmo para sempre. Assim eles resolveram levar o tigre para a
cabana deles, porém, decidiram construir uma só para o animal, pois não seria fácil
conviver com um tigre. A partir desse dia, Sérgio passou a alimentar o animal com
comidas que o bichano gostava e a fazer carinho nele todos os dias. O tigre
começou a se acalmar.
Já tinham se passado 11 dias e, a cada dia, mais tigres morriam. Agora
só existiam dois, um tigre-fêmea e um tigre-macho que Sérgio cuidava. De repente,
o rapaz viu que o tigre estava diferente, ele parecia estar meio tonto. Sérgio então
resolveu levá-lo para o veterinário. O médico disse que não era nada grave, mas o
animal teria que ficar de repouso por alguns dias. Sérgio e João ficaram muito
preocupados, pois ele era o último tigre-macho da floresta. Depois de 20 dias, o tigre
melhorou, e Sérgio e João resolveram batizá-lo de Lobato.
239
Depois desse dia, Sérgio construiu uma casa para Lobato e para a tigre-
fêmea. Passados alguns meses eles se apaixonaram, e o tigre-fêmea estava
esperando cinco filhotinhos!
Passaram-se alguns meses e os cinco filhotes nasceram com muita
saúde. Todos ficaram impressionados com a coragem de Sérgio. Depois desse dia a
cidade ficou mais feliz e a extinção dos tigres acabou.

240
Quando os alunos podem escolher o tema de seus textos, a criatividade é a energia propulsora
de suas histórias.

O furacão misterioso
Beatriz Pereira Guimarães

Em um lindo dia ensolarado, estava minha família e eu nos Estados


Unidos, fomos passear pela cidades de Orlando. Vimos notícias na internet e na
televisão que teria um furacão, chegamos até a pensar que essa terrível notícia era
verdade, mas não vimos nenhuma pessoa evacuando, assim continuamos a
caminhar pela cidade.
Já estava entardecendo e começou a ventar bastante, tínhamos acabado
de sair de um supermercado, mas, por precaução, voltamos e compramos
enlatados, caso a energia acabasse, e bastante água, para não passarmos sede. Os
alimentos já estavam esgotando, mas conseguimos comprar bastante coisa.
Voltamos para a nossa casa e ao ligarmos a televisão, nos jornais, só havia notícias
desse furacão que, se viesse para Orlando, seria na categoria 4.
Passou uma hora e começou a ventar muito, minha família e eu
estávamos muito preocupados. Meu pai e meus tios cobriram todas as janelas de
vidro com madeira.
Às oito e meia da manhã, estávamos indo dormir, porém foi quando o
furacão começou. A sensação era que a nossa casa iria cair. O furacão durou umas
duas horas e meia. O tempo não estava passando e todos nós estávamos aflitos e
ficamos todos em um cômodo só. Horas depois, estávamos mais tranquilos, o vento
estava se acalmando, o furacão estava terminando. No outro dia, não existia mais
ventos, o dia estava claro, limpo e lindo. Pensamos até em ficar em Orlando por
mais um tempo, mas pegamos um avião e voltamos para o Brasil, longe de
furacões.

241
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

A pedra cinzenta
Cecília Tonizza de Almeida

Oi, sou a Pietra. Eu e meus amigos João, Moreno e Manuela viajamos


para uma ilha, Havaí. Fomos para lá pois ficamos sabendo de uma pedra escondida
neste local. Fomos ansiosos à procura da pedra, mas não éramos os únicos. Havia
vários outros navios e barcos chegando de todos os lados.
O motivo de todos quererem essa tal pedra era porque ela valia milhares
de reais! Não era uma pedra qualquer, era praticamente um diamante, só que mais
feio. Era cinzento com umas manchas azuis. Não era lindo, mas era bem bonito.
Como não éramos os únicos, os habitantes do local ficaram totalmente
confusos. Claro que era normal ver vários turistas, mas aquele tanto de gente era
mais que estranho. Não era nada fácil achar a pedra. Tinha gente para todo lado
impedindo a passagem, tirando foto, e até mesmo explodindo cavernas para achar a
bendita pedra! Claro que eu achei um absurdo, mas o que nós podíamos fazer?
- Ei, o que pensa que está fazendo? Se isso tudo é para achar uma
pedra, vale mais a pena pegar uma do chão! - dizia Manu zangada.
Após umas semanas, confesso que ficou mais tranquilo. A maioria das
pessoas já havia desistido. Mas nós não, claro que não! Nós e outras poucas
pessoas, mas foram essas poucas pessoas que tornaram nossa busca um desastre!
Quem ficou foi o grande pirata Matuno, o explorador Kamorro, e claro, o Tom
Martinez.
Com certeza, eles queriam aquela pedra, e muito. Quando estávamos à
procura da pedra em uma gruta, chegou Tom dizendo:
- Por que não desistem logo? Sabem que eu vou achar a preciosa. Vocês
são apenas crianças inocentes. Vão procurar a escola de vocês! - disse com uma
risada maliciosa.
- E por que você não vai procurar por ajuda? - disse Moreno irritado -
Porque sinceramente vai precisar para achar a pedra!
Logo depois, Tom foi embora, com um andar confiante de que iria achá-
la.

242
No dia seguinte, decidimos perguntar aos habitantes se sabiam de algo.
- Olá, nós viemos saber se você sabe de alguma coisa sobre uma tal
pedra cinzenta com manchas azuis. Você sabe? - disse João.
- Pedra cinzenta? Lamento, mas não. - disse Kaneki.
E assim foi com a maioria, até perguntarmos a um senhor:
- Olá, senhor, se me dá licença. Gostaríamos de perguntar se o senhor
sabe alguma coisa sobre uma pedra cinzenta com umas pequenas manchas azuis. -
perguntei.
- Olá, crianças. Meu nome é Kale, prazer. Estão à procura da pedra,
hein? Bom, eu sei onde está. Venham comigo.
Fomos muito empolgados e animados com a notícia. Andamos até um
pequeno balcão. Lá ele nos falou várias coisas sobre a tal pedra, e descobrimos que
ela se chama Cithruys Nathoryus e estava escondida dentro do vulcão na ilha.
Depois de um longo dia de conversa, fomos para casa.
No dia seguinte fomos diretamente para o vulcão, onde encontramos
Kamorro, Tom e Matuno. Os três ouviram nossa conversa e claro que foram
também.
- O que estão fazendo aqui? Nós perguntamos ao Kale se devíamos
achar a pedra… Sozinhos! - disse Manu começando a se irritar.
- Escutem aqui, garotinhos. Nós vamos pegar a pedra. Somos adultos e
precisamos mais do que crianças mimadas e metidas. Falem sério, para que vocês
querem isso? - disse Matuno com cara de quem queria acabar com aquilo logo.
- Não é da conta de vocês! Agora vão embora, não precisamos de mais
problemas… - disse Moreno, olhando para baixo, com medo do vulcão - podemos
morrer aqui, sabiam?
Rapidamente Kamorro tirou uma enorme faca de seu cinto e correu para
perto de nós. Ficamos todos em choque. Ele mataria a todos nós com uma facada
só. Mais rápido do que pudéssemos ver, Kale nos empurrou para o chão e nos
salvou, mas teve que pagar um preço, então ele morreu.
Depois daquilo, fomos embora, eles pegaram a pedra, e não sabemos o
que aconteceu depois. Podem ter morrido ou ainda estar vivos, mas o que sabemos
é que sentimos pena de Kale, que se sacrificou por todos nós.

243
Os alunos foram orientados a criar uma história em quadrinhos (tema livre!) com o auxílio da
plataforma Pixton, demonstrando domínio do gênero textual aprendido.

Cecília Tonizza de Almeida

244
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

A placa de Arquimedes
Davi Carneiro Soares

Após se formarem, o inseparável grupo de amigos não se viu mais.


Depois da festa de formatura, Jack foi para a África estudar, Teo foi a Europa
estudar as civilizações antigas, Sarah ficou por aqui e Davi foi para a China.
Então os cinco inesperadamente receberam uma carta do Governo do
Egito dizendo:

Prezados Exploradores,

O Governo do Egito os convida para participar da busca e recuperação


da Placa de Arquimedes. Tudo já está pago: vinda, transporte, alimentação,
hospedagem, volta e os adicionais.
Espero vocês no dia 26/07 e seus trabalhos se encerrarão no dia 06/08,
após isso, vocês poderão ir embora ou ficar aqui. Se quiserem ficar mais um
tempo, favor entrar em contato com os membros do governo.
Estamos oferecendo também mestrados exclusivos a vocês, em nossa
renomada faculdade de História.

Presidente do Egito em parceria com o Ministério da Cultura

Assim os cinco receberam a carta, ficaram um pouco confusos, mas como


já se deve imaginar todos aceitaram, alguns com receio, é claro. Então, no dia
combinado, cada um pegou um voo de onde estava. No aeroporto, com muita
euforia e surpresa, se encontraram. Foram para um hotel conversando muito, aliás,
foram muitos anos sem se falar, tinham muito para conversar! Mas, no dia seguinte,
o trabalho já começou cedo.
Eles foram ao Templo do deus Arquimedes com Moisés e não
descobriram nada.

245
- Se não está aqui, onde vocês acham que está a placa? - comentou Teo
- Tenho um palpite, acho que está em uma avenida, pois é uma placa, né? - ele faz
uma de suas piadas, bobas.
- Eu suponho que esteja em outro templo, este foi tomado assim que os
hicsos invadiram o Egito, colocando a placa em outro local, Davi.
- Concordo, essa hipótese é aceitável, mas vamos descobrir a cidade
primeiro! Conheço uma ótima guia, ela se chama Ísis - disse Sarah com um tom
malicioso.
Dito e feito, nesse dia eles pararam por aí e se juntaram a Ísis para
conhecer o Cairo. Ela cobrou muito caro e assim os enganou, dizendo:
- Então como terminamos maravilhosamente o passeio de hoje, vou fazer
um brinde a vocês! - dizia Ísis em um tom estranho - A placa de Arquimedes estava
no museu municipal!
Ao ouvir isso, Davi fica pensando a respeito de um papel, que tinha
achado na pasta da guia Íris, sobre a expedição que fariam, o entusiasmo deles e,
sobretudo, o currículo de cada um, apontando as pistas encontradas sobre a placa.
Então ele liga os pontos e descobre algo a respeito. O que será?
Quando o sol raiou, eles tomaram o caminho do museu mas quando
chegaram lá, os responsáveis não sabiam nada sobre a tal placa. Que por lá ela
nunca havia passado. Enquanto isso, Ísis já estava longe, nas pirâmides de Gizé,
pois havia descoberto que por lá a placa tinha passado. Ela tinha certeza disso, ou
pelo menos achava… Assim os garotos foram atrás dela, uma informação aqui,
outra ali, enfim, estavam em frente às imponentes pirâmides de Gizé.
- Então aqui estou! - disse entusiasmado Teo - Sempre quis neste lugar,
um marco para a história!
- Sim, mas estamos aqui para outro propósito - disse Davi.
Entraram nas pirâmides, andaram, andaram e nada encontraram. Até que
Jack disse que eles deveriam se separar, e assim foi feito, cada um pegou um
caminho até que portas se fecharam. E então começa uma luta para sair com a
placa, mas... onde estaria Ísis?
- Como vou fazer? São sempre códigos ou enigmas! - pensou Davi - Não
vejo nada.
Então as luzes se acendem e uma parede com símbolos aparece.

246
- Que isso? - ele pensa.
Enquanto isso Jack estava apenas andando, no escuro, quando tropeça e
cai de cabeça no chão, o rapaz desmaia instantaneamente. Sua vida corria grave
perigo! Sarah estava andando, tem mais sorte e encontra Ísis, elas discutem sobre
onde poderia estar a placa no salão central. Teo, sem querer, cai em uma sala
repleta de tesouros, ele que não é bobo, pega alguns artefatos para estudá-los e
doá-los.
Davi consegue decifrar o código com facilidade graças à universidade
chinesa e chega ao salão central, mas ele nem imagina o que havia lá. Jack
continua inconsciente e sua vida indo embora. Já Teo tenta escapar da sala dos
tesouros e percebe que o chão está cedendo e… ploft!!! Por pouco ele não desaba
em cima de Sarah e Ísis.
- O que você está fazendo aqui? - desapontada, diz Ísis - E como veio
parar aqui?
- Está tudo bem,Teo? - disse Sarah, fingindo não saber de nada.
- Sim, está tudo bem, obrigado por perguntar. Mas só não está bem o fato
de você ter mentido para mim e para todo o grupo. - diz Teo após ouvir a conversa
das duas garotas antes de despencar.
Então a mente de Sarah e a de Ísis quase para, aliás, a de Teo também.
Elas já tinham pensado em uma desculpa, mas, quando iam se explicar, chega Davi
e fala de suas suspeitas:
- Bem que eu suspeitava! No dia de nosso tour, Ísis tinha agido de
maneira muito estranha, principalmente em relação à Sarah - diz ele aliviado - E
também alguns comprovantes com nossos dados pessoais e do hotel. Eu já tinha
suspeitado disso pois Moisés, no templo de Arquimedes, tinha me dito que você não
era confiável.
Assim, com a ajuda das moças e do cérebro de Teo, eles acham a placa
de Arquimedes, agora faltava apenas sair em segurança e devolver a placa para o
Presidente. Mas algo estava estranho! Onde estaria Jack?
- Onde será que está Jack? - disse preocupado Davi.
- Não sei, mas essa pirâmide está cheia de perigos - disse Ísis.
- Ele faz parte da nossa equipe, não podemos deixá-lo aqui! - fala Teo.

247
Eles se separam novamente para procurar Jack, até que Teo grita “achei”,
que ecoa na caverna toda. Num instante estão os quatro lá e o veem desmaiado,
todos concordam que o melhor a fazer é sair de lá o mais rápido possível, e foi isso
que fizeram. Depois que saíram da pirâmide, Sarah e Ísis são presas por tentativa
de roubo, e o resto do grupo é premiado por causa de sua bravura, honra e
coragem.
Os outros participantes da expedição fazem uma festa, no hospital, junto
com Jack, que ficou lá um bom tempo. Com a missão cumprida, eles voltam ao
Brasil e prometem não se separarem mais.

248
Os alunos foram orientados a criar uma história em quadrinhos (tema livre!) com o auxílio da
plataforma Pixton, demonstrando domínio do gênero textual aprendido.

Davi Carneiro Soares

249
Os alunos leram o conto “Cocobolo”, presente no livro Contos Peculiares, de Ranson Riggs, e
tiveram que dar sequência à narrativa fantástica.

Cocobolo - Continuação
Gabriel Carvalho Soares

A noite começava a cair. Eles estavam prestes a montar acampamento


quando ouviram um farfalhar das árvores.
Alguns tripulantes foram investigar. Uma flecha atingiu um dos tripulantes,
o que chamou a atenção de Zheng. Os tripulantes ficaram de guarda no
acampamento, enquanto alguns saíram com Zheng para explorar. A Lua brilhava no
céu, as corujas cantavam, e até agora nada de pistas. Zheng começou a ficar
decepcionado de novo, quando, de repente, uma clareira surge na floresta. Eles
desconfiaram, mas logo foram na direção daquela luz.
Ao chegarem lá, descobriram que era uma tocha que produzia aquela
clareira no meio da mata. Ao lado dela, havia uma alavanca, que Zheng logo
acionou. Abriu-se um buraco no chão, e os tripulantes ficaram investigando. Zheng
mandou uma parte deles irem ao acampamento e voltarem armados.
Demorou um tempo, mas os homens voltaram do jeito que Zheng
mandou, e assim eles entraram naquele profundo buraco. Ao entrarem, já deram de
cara com um salão enorme, onde foram capturados.
Uma tribo havia os capturado e iria queimá-los com ácido por terem
invadido Cocobolo. Então, Zheng se solta e atira no balde de ácido, derrubando-o e
exterminando toda essa tribo, trazendo para eles a vitória.
Graças a Zheng, Cocobolo hoje em dia é uma das cidades mais
produtivas do mundo, e, em homenagem a ele, o local possui a estátua de Zheng,
além de muitos admiradores. Se ele estivesse vivo ainda, com certeza ficaria
orgulhoso.

250
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

Gabriel Carvalho Soares


A Nasa tinha uma missão muito importante: habitar novas galáxias para
os cientistas estudarem. E, para essa missão, eles escolheram quatro cidadãos que
eram Jack, quem iria comandar essa operação, Luba, Mike e Leon.
Todos concordaram, menos Luba, que mais tarde foi convencido por
Leon. Então, partiram em direção ao espaço. Mas, logo após saírem da atmosfera,
eles são atingidos por um lixo espacial que faz um buraco no tanque de combustível,
obrigando-os a parar para consertar a nave. Mike era engenheiro, então sabia
consertar qualquer coisa.
Decidiram então soltar Mike no espaço, preso apenas por um tubo de gás
oxigênio. E assim foi. Ele foi enviado para fora da nave para analisar o problema e
então percebeu que o conserto iria demorar 48 horas para ser concluído. Não havia
outra maneira: tiveram que esperar. Quando terminaram, continuaram sua operação
em outras galáxias, mas antes de saírem de sua galáxia, passaram em Marte e
ficaram por lá alguns meses para construírem uma pequena cidade. Concluído o
trabalho, comunicaram à Terra que a cidade estava pronta. Assim, puderam enviar
cidadãos para viverem lá.
Passado algum tempo, finalmente conseguiram continuar a viagem, mas
dessa vez para fora da galáxia. Partiram. No caminho, receberam um sinal estranho,
mas Leon não conseguiu identificá-lo. Mais tarde, ele descobriu que o aviso dizia:
“Este território é restrito, saia agora ou será destruído!”. Eles ficaram assustados,
mas decidiram continuar seguindo o caminho de sempre. Então receberam um sinal
que dizia: “Vocês foram avisados!”
Três dias após receberem a mensagem, foram atacados por naves do
império daquela galáxia. De dentro da maior nave, saiu o comandante, que se
chamava Noryak, e prendeu os tripulantes da nave terráquea. Minutos antes disso,
Leon tinha conseguido armar uma bomba na nave de Noryak. E quando eles são
presos, Noryak vai embora, sua nave explode, os quatro amigos escapam e
conquistam toda aquela galáxia.
Assim, os terráqueos podem começar sua jornada em busca de outros
universos com diferentes leis da natureza para habitar.

251
Os alunos foram orientados a criar um novo desfecho para a história “Tuim criado no dedo”,
de Rubem Braga.

Tuim criado no dedo


Gabriel Carvalho Soares

Chegando lá, o menino soltou o pássaro e ele voou livremente pela


cidade. O menino achou que ele tivesse ido embora e logo se entristeceu. Durante
todo aquele dia, não viu nenhum sinal do Tuim e então foi dormir triste.
No dia seguinte, acordou com bicadinhas de seu pequeno amigo, o que o
deixou muito feliz. Deu comida para ele, fez carinho e brincou com o passarinho.
Então, o soltou novamente, confiante de que o pássaro iria voltar.
Meses se passaram e ele não voltou. O menino, triste e com saudades,
pensava se o pássaro iria encontrá-lo, pois eram férias, e o menino iria para o seu
sítio. Ficou pensando sobre isso a viagem inteira.
Ao chegar lá, viu o pássaro na varanda, quietinho, observando o carro.
Quando o menino saiu, o pequeno Tuim começou a piar e logo voou para o seu
dedo. Desde então, toda vez que o menino voltava para a cidade, o Tuim ficava lá,
cuidando do sítio e esperando as próximas férias chegarem.

252
Quando os alunos podem escolher o tema de seus textos, a criatividade é a energia propulsora
de suas histórias.

Gabriel Palha Gama

Havia um adolescente qualquer, chamado Flash. Ele estava indo para


escola na chuva quando foi atingido por um raio e desmaiou. Quando acordou, ele
estava no hospital com os amigos, Terezinha e João, ao seu lado. Rapidamente
Flash melhorou o estado de saúde e foi para casa.
Ao retornar à escola, na aula de Educação Física, João jogou uma bola
de vôlei nele e disse:
- Pensa rápido!
Quando Flash foi desviar da bola, percebeu que algo tinha mudado,
fazendo com que ele se movimentasse muito rápido, como se o tempo tivesse
parado, tamanha sua rapidez. Notou que agora possuía superpoderes.
Depois disso, Flash decide ajudar aqueles que eram indefesos com seu
incrível poder. Então arruma seu uniforme e realiza o primeiro ato de auxílio às
pessoas, conquistando uma vitória surpreendente. Mas o adolescente não sabia que
poderia haver outras pessoas com superpoderes também.
Um dia Flash conhece uma pessoa que dizia ter superpoderes também, o
Doutor Relâmpago, que explica ao adolescente que havia acontecido com ele a
mesma coisa, só que o doutor possuía o poder de controlar os raios. Os dois tinham
passado pela mesma experiência! Mas Flash disse que não precisa dele, pois
achava que não precisaria de ajuda, já que tinha o melhor superpoder de todos.
Depois desse bate-papo, o Doutor Relâmpago fica furioso e decide tentar
acabar com o Flash, então ele chama o adolescente para ir ao seu apartamento.
Quando Flash chega ao local, fica preso numa piscina geocósmica feita para deixá-
lo mais devagar. O rapaz tenta se soltar, mas o Doutor Relâmpago libera um furacão
para acabar com a vida do adolescente. Então Flash consegue se soltar e vai atrás
do furacão, tentando impedi-lo de causar muita destruição. Insatisfeito ao ver Flash
livrar-se do furacão, Doutor Relâmpago lança vários raios na direção do
adolescente, tornando-o cada vez mais rápido até ele chegar no ponto de velocidade
máxima. Flash corre o mais rápido que ele pode e, quando chega ao furacão, o
rapaz gira na velocidade contrária ao do furacão, conseguindo acabar com ele.

253
Quando Flash ia desmaiar por gastar muita energia, Terezinha teletransporta o
rapaz para casa.
Os amigos João e Terezinha se esforçavam dia e noite para Flash se
recuperar. Quando isso aconteceu, o rapaz, que até então era um adolescente
comum, levantou da cama e disse que não iria descansar da vida de super-herói.

Quando os alunos podem escolher o tema de seus textos, a criatividade é a energia propulsora
de suas histórias.

As aventuras dos garotos peculiares

Gabriela Lopes e Souza

Era noite e estávamos brincando em minha casa, quando de repente


começou a chover e as luzes se apagaram. Não sabíamos o que estava
acontecendo até que vimos uma figura assustadora na janela. Logo Arthur começou
a gritar:
- Meu Deus! E agora, Senhor, o que vamos fazer?
Então falei:
- Vamos segui-lo!
E o seguimos em direção à floresta. Chegando lá ouvimos sussurros
entre as árvores. Começamos a procurar de onde vinham esses sussurros que eram
assustadores. Até que vimos uma caverna e entramos. Dentro da caverna era
escuro e assustador. Chegamos a uma parte da floresta que não havia nada, nem
plantas e nem animais, mas estávamos errados pois, quando olhamos para trás,
havia uma nuvem negra cobrindo todo o chão. De repente apareceu um
animal gigante que vinha correndo em nossa direção. Então olhamos um para o
outro e gritamos bem alto:
- Coooooooooooreeeeeeeeeeeeee!
Começamos a correr. Então vimos uma árvore bem grande e a escalamos
bem rápido. Chegamos ao topo, mas, quando olhamos para baixo, vimos que o
animal havia ido embora.
Descemos da árvore, e a Bia começou a falar:
- Foi tudo culpa sua, Gabi, ninguém mandou falar para seguirmos aquela
sombra feia e ridícula!
254
Então escutamos uma voz dizendo:
- Ah, então você me acha feio e ridículo, né? É porque você ainda não viu
o meu rosto!
A figura assustadora saiu da escuridão e mostrou seu rosto, quando
vimos, gritamos:
- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
E começamos a correr para qualquer direção. Corremos tanto que
chegamos à praia e vimos um barquinho na areia, então entramos dentro dele e
começamos a remar.
Depois de um longo tempo remando, vimos que tínhamos despistado
aquele demônio e paramos de remar. Mas de novo estávamos errados, então o
demônio voltou, pegou o meu pé e começou a puxá-lo para que eu ficasse com ele
pelo resto da vida. Então Arthur me puxou para dentro do barco, mas caí no mar. Ele
rapidamente me puxou para fora do mar e disse:
- Esse demônio não vai parar até conseguir uma pessoa para lhe fazer
companhia. Então eu vou me deixar capturar pois não aguentaria te perder.
Beijamo-nos, o primeiro e último beijo que demos um no outro. E Arthur
foi para longe.
Bia, triste por perder seu amigo, percebeu que ela era o demônio e que o
controlava com suas emoções pois ficava com ciúmes quando Arthur e eu nos
falávamos, já que via um brilho em nossos olhos que era muito especial. Logo
depois do “sumiço” do amigo, a menina morreu de tristeza por acreditar ser a
culpada por tudo.
Finalmente consegui chegar em casa depois de dois dias remando, um
alívio, mas uma tristeza imensa por ter perdido meu primeiro amor e sua amiga, que
o “matou” por ciúmes.

255
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa em que o protagonista refletisse sobre a
importância de preservarmos a Floresta Amazônica.

A conscientização de Eduardo

Gabrielle Stephanie Silva Campos

Eduardo morava em Londres, ele iria visitar sua família que morava no
Brasil e conhecer os principais pontos turísticos.
No Brasil, Eduardo visitou vários lugares, ele queria conhecer
especialmente dois deles, a Floresta Amazônica e o Museu Nacional no Rio de
Janeiro. Porém, ele ficou sabendo que o museu havia sido queimado em um
incêndio de grandes proporções. Eduardo ficou muito triste pois sabia que aquele
museu tinha muitas coisas sobre a história do Brasil, como o crânio de Luzia, fóssil
humano mais antigo da América.
Então Eduardo ficou pensando que ele poderia ajudar a conscientizar as
pessoas para que uma tragédia como a do museu não acontecesse mais. Ele
pensou ser importante chamar a atenção das pessoas para a preservação da
Floresta Amazônica. Para isso ele pesquisou bastante, para não falar coisas
erradas. Em sua pesquisa, ele descobriu que uma das coisas que prejudicam a
Floresta Amazônica é o desmatamento. E um dos motivos que fazem ela ser
importante para o ser humano é fornecer ao ser humano o gás oxigênio para
respirarmos.
Depois de sua pesquisa, Eduardo conscientizou a sua família e várias
outras pessoas a respeito da importância da Floresta Amazônica.

256
Quando os alunos podem escolher o tema de seus textos, a criatividade é a energia propulsora
de suas histórias.

A princesa desiludida

Gabrielle Stephanie Silva Campos

Era uma vez uma princesa muito feia, mas com um coração bondoso, ela
ajudava as pessoas mais pobres, dando-lhes comida e muito carinho.
Um dia, quando estava indo levar comida para os pobres, ela caiu em
uma ponte e, quando foi levantar, deparou-se com um belo homem. A princesa se
apaixonou por ele, mesmo sem conhecê-lo. Ela perguntou o nome daquele ser
apaixonante, ele disse que era Eduardo; já o nome da princesa era Luísa. Eles
foram conversando até a casa de uma pessoa pobre e depois se despediram.
Eduardo não se encantou pela princesa porque ela era feia e não quis
reparar na sua bondade. Mas se encantou pelo dinheiro que a princesa tinha e
queria esse dinheiro. Então planejou se aproximar dela, e já que ela tinha se
encantado por ele, seria mais fácil se aproximar.
Depois de alguns dias eles se encontraram de novo e continuaram se
encontrando durante várias semanas. Então, Eduardo pediu à princesa em
casamento, ela aceitou. E queriam se casar na semana seguinte. Eduardo desejava
que o casamento acontecesse logo para ele roubar o dinheiro de Luísa o mais
rápido possível. Assim, a princesa e seus ajudantes começaram a organizar a festa
de casamento.
O noivo já tinha bolado o plano para passar a perna na princesa, ele até
havia escrito como o realizaria e, muito ingênuo, deixou o papel apenas virado para
baixo, para Luísa não descobrir a armação. Mas não adiantou. À noite, quando ela
estava sozinha, ficou curiosa para ver o que estava escrito naquele papel, então
desvirou-o e descobriu o plano de Eduardo.
Quando Eduardo chegou ao castelo, Luísa perguntou a ele o que era
aquele papel, e ele disse que não sabia o que era, que algum empregado deveria ter
criado aquele plano. Mas quando a princesa afirmou já saber o autor daquilo, o
rapaz confessou e disse que nunca se casaria com uma mulher tão feia igual a ela.
Ela ficou muito magoada e cancelou o casamento.

257
A princesa achava que nunca iria encontrar seu grande amor e se casar
com ele. Mas foi acolhida e consolada pelos seus amigos, que eram pessoas
humildes, eles disseram que uma mulher tão linda por dentro não merecia um
homem como Eduardo.

258
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

Uma aventura no espaço

Gabrielle Stephanie Silva Campos

Uma mulher muito inteligente, chamada Luíza, tinha o sonho de conhecer


os oito planetas do sistema solar e pisar na Lua. Eduardo era casado com ela e o
piloto da nave espacial. Júlia era filha deles, uma menina preguiçosa que adorava ler
revistas sobre moda espacial. Gustavo era o ajudante do piloto, rapaz muito
inteligente, apaixonado por Júlia.
Todos eles chegaram ao espaço há dois meses. Luíza e Eduardo
brigavam constantemente durante a noite, eles se xingavam e ficavam reclamando
um do outro, tamanha a convivência. Eduardo, de tão nervoso que ficou, quase
jogou Luíza para fora da nave espacial. Mas, quando iria jogá-la, Júlia chegou e
salvou sua mãe. Eles ficaram nervosos e sem falar um com o outro por muito tempo.
Luíza quase desistiu do seu sonho de visitar os oito planetas do sistema solar, pois
Eduardo era o piloto da nave e ela não queria ficar com ele.
Depois de muito tempo eles se acertaram, mas o piloto (e marido!) não
contou para Luíza que queria se vingar dela. Durante a exploração do universo,
Eduardo, sem ninguém perceber, foi sabotar a nave, mas não reparou que Gustavo
tinha o visto, então, chegou bem na hora que Eduardo ia sabotar a nave e impediu-
o. Se ele não tivesse feito isso, todos da nave iriam morrer.
Depois desse fato aterrorizante, eles foram dormir, durante a noite
ouviram um barulho estranho, todos acordaram e viram que estava tendo uma chuva
de cometas. Tentaram desviar a nave dos cometas, desviaram de alguns, mas não
conseguiram desviar de todos. E depois, para piorar a situação, eles descobriram
que o oxigênio da nave estava acabando. Ficaram com muito medo de morrer.
Procuraram cilindros de oxigênio e descobriram que tinha apenas um
deles na nave. Assim conseguiram ir para o outro lado do espaço onde não havia
cometas, mas não daria para ficarem lá por muito tempo, pois só havia um cilindro
de oxigênio extra. Teriam que voltar para a Terra bem rápido.
Luíza ficou muito triste por não conseguir realizar seu sonho. Todos
estavam muito tristes, mas Eduardo não, pois seu objetivo era sabotar o plano da
259
esposa. Felizmente ele não conseguiu, pois Gustavo intrometeu no seu plano.
Estavam tão nervosos com eles mesmos que esqueceram de conferir na Terra se
estava tudo certo para o pouso.
Quando foram pousar na Terra, deu tudo errado. Eles caíram e morreram.

260
Após a leitura da obra Alice no país da mentira, de Pedro Bandeira, os alunos foram orientados
a transpor a narrativa para a literatura em quadrinhos, demonstrando domínio do gênero
textual aprendido.

Gabrielle Stephanie Silva Campos

261
Quando os alunos podem escolher o tema de seus textos, a criatividade é a energia propulsora
de suas histórias.

Uma lição para a vida

Gabrielle Stephanie Silva Campos

Em um dia de verão, eu e meus amigos fomos para uma praia em Recife,


no Brasil, para nadar no mar, nos refrescar e aproveitar as férias. Nossas famílias
nos avisaram que as praias em Recife eram perigosas por terem tubarões, mas
mesmo assim decidimos ir.
Aproveitamos muito a praia, compramos lembranças nas feirinhas,
corremos na areia, praticamos vários esportes e para finalizar o dia fomos nadar no
mar. Ele estava calmo, com a água em uma ótima temperatura, mas havia uma
coisa ruim no mar, estava cheio de algas, e poderíamos ficar presos nelas.
Estávamos nadando no mar com tranquilidade até que vimos um grande tubarão,
nós tentamos sair de lá e ir para a areia. A maioria dos meus amigos conseguiram
sair. Mas eu e Leo ficamos presos nas algas.
Observamos que o tubarão estava se aproximando cada vez mais, nesse
momento eu só conseguia pensar em tudo que aconteceu na minha vida e o porquê
de eu não ter ouvido os conselhos da minha família, pois se eu tivesse os escutado,
não teria que passar por essa situação trágica.
Os profissionais tentaram nos salvar, mas já era tarde, o tubarão estava
ao nosso lado. O animal mordeu um braço meu e um braço e uma perna do meu
amigo. Fomos socorridos quando o tubarão se afastou, pois era perigoso até para
quem tentava nos ajudar. Eu não me lembro muito desse momento, porque havia
perdido muito sangue, e meu amigo havia perdido mais sangue ainda, pois o
tubarão arrancou dois membros dele. No hospital fiquei sabendo que meu amigo
não resistiu e morreu, quando soube fiquei muito triste.
Pensei em como é importante nós ouvirmos os pais e a família, pois eles
dão ótimos conselhos, e, se não ouvirmos, podemos até perder a vida. Portanto,
sempre relembro esse momento, que me deu uma importante lição para a vida.

262
Os alunos puderam refletir sobre aspectos importantes tanto da vida humana quanto da
animal e a importância de convivermos em harmonia.

Um humano ou um cachorro?

Giovana Cabral Cuisse

Há crianças, adultos, idosos e adolescentes que vivem nas ruas


esperando ter uma família, um abrigo, alimentos ou roupas. Todos que têm um
cachorro de estimação sabem que eles são muito importantes para nós, mas é muito
difícil quando eles falecem.
Pessoas e cachorros são seres vivos que merecem carinho, abrigo e
alimentos, não dá para escolher, pois animais sofrem igualmente a nós, mas os
seres humanos não merecem passar por dificuldades também.
As pessoas que vivem em situação de rua estão lá provavelmente pela
condição financeira ou porque escolheram as drogas. Já os animais estão nas ruas
por abandono ou nasceram lá.
Adotem animais, tragam alegria na sua vida, mas ajudem também a quem
precisa!

263
Os alunos foram orientados a criar uma história em quadrinhos (tema livre!) com o auxílio da
plataforma Pixton, demonstrando domínio do gênero textual aprendido.

Giovana Cabral Cuisse

264
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

A aventura das quatro guerreiras


Giovana Cabral Cuisse

Em um belo dia, a Giovanna Teixeira, a Lara Byrro, a Alice Borçari e a


Giovaninha foram para a praia, subiram em uma boia e começaram a dormir.
Quando acordaram, apareceram em uma ilha do Caribe.
Desesperadas, começaram a gritar feito loucas, mas acabaram atraindo
os piratas malignos. Então eles as levaram para uma caverna, ameaçaram matá-las
se elas não cumprissem o que eles determinassem, que era encontrar tesouros.
As meninas, muito espertas, criaram um plano para fugirem. Quando já
era noite, elas começaram a correr, mas a Alice Borçari e a Giovanna Teixeira foram
pegas pelos piratas. A Giovaninha e a Lara Byrro continuaram correndo e
conseguiram escapar. Elas criaram outro plano, agora para salvar as meninas que
tinham ficado.
Duas semanas depois, a Lara Byrro e a Giovaninha apareceram e se
esconderam atrás de um arbusto para salvar a Giovanna Teixeira e a Alice Borçari.
Quando escureceu, Lara Byrro e Giovaninha desamarraram a Giovanna Teixeira e a
Alice Borçari e se prepararam para fugir. Fugiram e, sem ter para onde ir, foram
atrás de suas famílias, mas no meio do caminho a Giovaninha recebe uma péssima
notícia dizendo que sua família tinha morrido em um incêndio. Desapontada, a
garota começa a chorar e é consolada pelas amigas.
Inconformadas com a perda da Giovaninha, elas resolveram largar suas
famílias para viverem com a amiga, agora órfã. As famílias das garotas ficaram
decepcionadas, mas entenderam e aceitaram a decisão das amigas em fazer
companhia para Giovaninha. Mesmo sofrendo, eles compreenderam e até se
emocionaram ao ver o quanto a amizade era forte.
A história dessas quatro guerreiras ficou famosa, e elas ganharam o
prêmio de adolescentes mais corajosas do mundo todo. As quatro guerreiras
viveram juntas para todo o sempre.

265
Após a leitura da obra Alice no país da mentira, de Pedro Bandeira, os alunos foram orientados
a transpor a narrativa para a literatura em quadrinhos, demonstrando domínio do gênero
textual aprendido.

Giovani Lima Santos Bartoneli Resende

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Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

Aventura

Iasmim Inácio de Resende

Um belo dia de manhã, todos foram à escola pois era o primeiro dia de
aula, estavam todos animados, principalmente, a Bia pois iria encontrar sua BFF
(best friend forever) novamente, que sou eu.
Assim que todos chegaram, a professora começou a aula. E como
sempre a única pessoa que conversava na aula é a Camileeeeeee, aquela falsa e
metida que só anda com as GDPs (grupo das populares). Eu estava prestes a
arrancar aqueles cabelos falsos quando minhas BFFs me acalmaram, vocês devem
estar achando isso bobagem minha, mas não, ela estava dando em cima do meu
crush.
Depois da aula, foi um alívio pois, como não tinha dever, fiquei
conversando com a Bia pelo whatsapp, ela me perguntou se eu havia reparado em
uma menina nova que estava no canto da sala, eu respondi que não. Achei muito
estranho aquilo e resolvi investigar de manhã para saber melhor sobre a tal menina
misteriosa.
De manhã na escola fiz o que eu planejei e a interroguei no recreio. O
nome dela era Natália, havia acabado de mudar do Rio de Janeiro e não tinha
amigos aqui. Depois da nossa conversa viramos amigas. Resolvi contar tudo para a
Bia, ela também gostou da Nati.
No terceiro dia de aula os professores avisaram que, à noite, todos iriam
acampar na Floresta Lago dos Cisnes e dividiram os grupos. Dá pra imaginar em
qual grupo eu fiquei? Com as BFFs Natália e Bia, e a insuportável da Camile. Fiquei
muito chateada pois iria dormir na mesma barraca que ela, mas pelo menos também
ficaria com minhas amigas.
A noite foi top, eu e minhas BFFs brincamos de “verdade e desafio” e
muitas outras coisas. A Camile ficou sozinha no canto, até fiquei com pena dela.
No dia seguinte, encaramos várias aventuras. Camile estava diferente, se
enturmando com a gente, talvez tenha percebido que errou. Então resolvi ser amiga
dela (acabou que ela era legal!), que me explicou que não gostava do meu crush,
eles eram irmãos.
267
De manhã acordei bem cedo pois íamos andar de barco, e eu fui com a
Camile. Nós estávamos navegando quando os remos do barco caíram na água,
então ficamos presas gritando SOCORROOOOO, e ninguém foi nos ajudar. De
repente, apareceram cisnes que nos levaram para a praia. Nós os agradecemos
pela ajuda e fomos embora.
Depois perguntei ao professor por que o local se chamava Lago dos
Cisnes. Ele me contou uma história que teria acontecido com ele, a mesma
maluquice que tinha acontecido com a gente.
Passado o acampampamento, eu e Camile nunca mais brigamos, ela saiu
das GDPs e ficou com a gente. UFA! Que aventura!

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Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

Um dia normal como outros… Só que não!!!


Isabela Andreata Marçal Silva

Lili e Liliane são irmãs gêmeas, elas têm seis anos e adoram uma
aventura emocionante! Algumas vezes elas imaginam que estão no Egito Antigo,
outras estão nas montanhas, no espaço e em tantos outros lugares que possam
imaginar. A irmã mais velha das gêmeas, Carmen, também entra nas aventuras, só
que nem sabe. Fofucho, o coelho mágico das gêmeas, ajuda nas aventuras.
Lili adora bala e é uma menina muito animada e não gosta de legumes,
principalmente batata e cenoura. Já a Liliane gosta de uma boa salada, mas também
gosta de doces, principalmente chocolate. Carmen tem 15 anos e ama salada e
frutas, ela odeia doces e só come (e bebe!) coisas light, tipo leite de soja, e ainda é
vegetariana, sempre anda ajeitada e maquiada. Com as amigas, está sempre a
fofocar.
Lili e Liliane são as irmãs gêmeas com a maior imaginação que se possa
pensar. Estavam brincando de bonecas no quarto, que por sinal não é tão
organizado, como pede a mãe delas, quando Lili teve uma ideia:
- Que tal se nós brincarmos de País das Guloseimas?
- Ótima ideia! Vou pegar os brinquedos!
- Não se esqueça do Fofucho.
- Eu não vou, se eu esquecê-lo, ele não vai poder nos ajudar nas
aventuras.
Liliane saiu do quarto em direção à sala de TV, onde estavam os
brinquedos, atravessou um corredor comprido e, ao passar pela porta do banheiro,
assustou sua irmã, Carmen, que estava se maquiando.
- Ei! Olhe por onde anda da próxima vez! Eu estava passando batom e
você me fez borrar tudo! Agora vou me atrasar para o encontro com minhas amigas
no shopping. - disse Carmen muito zangada.
- Desculpe-me, Carmen, eu não queria zombar de você. - disse Liliane,
sem se importar muito com a irmã zangada, e sem parar de correr.

269
Depois que Liliane achou os brinquedos, voltou para o quarto, dessa vez
ficando mais atenta à irmã mais velha.
- Voltei com os brinquedos!
- E o Fofucho? - perguntou Lili.
- Poxa, me esqueci dele…
- Vamos procurá-lo! - sugeriu Lili.
Na mesma hora as irmãs começaram a imaginar que estavam numa selva
procurando pelo “Fofúxis”, uma espécie de coelho pré-histórico. E começaram a
bagunçar o quarto mais ainda. As almofadas pareciam pedras a rolarem pelas
montanhas, os lápis de cor foram jogados para o alto como se estivessem
procurando o animal em meio aos gravetos espalhados pela terra úmida daquela
floresta densa. Quando de repente, elas viram um canibal:
- Fujam para as montanhas! É um canibal! - gritou Lili, que sempre era a
mais animada.
- Deixa de ser doida, Lili! É a mamãe. - observou Liliane - E parece brava!
- É mesmo. Mas todos os aventureiros iam confundir uma mãe brava com
um inimigo! - riu Lili.
- O que vocês estão fazendo com o quarto que pedi para arrumarem mais
de mil vezes hoje? Se não arrumarem, daqui a trinta minutos vão ficar aqui e perder
o passeio para o zoológico. - disse a mãe muito brava.
- Ok, mamãe. Não vai acontecer outra vez. - disseram as gêmeas em
coro.
- Espero que não mesmo. Quando acabarem o quarto, vistam uma roupa
apropriada para o calor, pois vocês duas insistiram para irmos ao zoológico ao invés
de irmos ao clube.
- Quê??? Nós vamos ao zoológico ao invés de ir ao clube? Por causa
delas?? Eu não posso falar a minha opinião????? - perguntou Carmen muito
chateada com o que ouviu.
- Tá bom, Carmen. Fale sua opinião. - disse a mãe.
- Ainda bem, eu queria ir ao shopping com as minhas amigas ao invés de
ir a um desses lugares com elas, já não suporto mais as brincadeiras que elas fazem
comigo. Uma vez desenharam um bigode no meu rosto enquanto eu estava
dormindo. E fingiram que eu era um ladrão e elas eram os policiais. Acordei no chão

270
do banheiro, toda amarrada com roupas e fiquei lá até você chegar do trabalho. -
contava Carmen aos gritos. - Mas pelo menos estava olhando a uma imagem
bonita: eu mesma no espelho.
Carmen era muito metida e se achava a mais linda de todas.
- Ok, Carmen. Testemunhou bem. Pode se preparar… porque senão o
shopping vai fechar. - disse a mãe calmamente.
Quando já estavam no carro, as gêmeas começaram a imaginar o que
elas poderiam fazer no zoológico.
- Que tal se eu for uma aventureira procurando por uma espécie extinta, e
o zoológico for a selva? - sugeriu Lili.
- Legal! E eu serei sua assistente, pois sabia falar todas as línguas das
tribos.
De repente começou a chover.
- Desculpe, meninas! - disse a mãe desapontada. - Mas teremos que ficar
em casa mesmo. Vou ligar para Carmen dizendo que é para ela voltar.
Em casa, as gêmeas estavam escondendo debaixo da cama pois tinham
feito uma pegadinha com a Carmen. Enquanto ela dormia, colocaram espuma de
barbear na mão dela e pegaram uma pena para fazer-lhe cócegas no nariz, até a
irmã mais velha tentar coçar. Carmem acordou dando um tapa no próprio nariz, que
possuía espuma de barbear. Ela ficou tão zangada que começou a correr atrás das
irmãs. As gêmeas, que não perdiam a oportunidade de vivenciar uma aventura,
começaram a imaginar que Carmen era um monstro enorme que iria devorá-las. E
começou tudo novamente.
Se esse é um dia normal para elas, imagine como seria um dia de
aventura de verdade!

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Você se recorda de alguma experiência que tenha sido marcante na sua vida? Os alunos foram
orientados a relatar uma memória muito importante.

Uma viagem inesquecível


Isabella Régis Merino Maia

Quando eu tinha apenas seis anos de idade, viajei para um lugar muito
especial, Balneário Camboriú, em Santa Catarina. No dia 5 de janeiro, fui para o
aeroporto, junto com minhas primas. Chegando lá, fizemos um lanche, olhamos as
lojinhas, umas 3 horas depois fomos para a sala de embarque, onde pegamos o
avião para o aeroporto de Guarulhos e depois iríamos para Florianópolis. Quando
chegamos, fomos direto para nosso apartamento na cidade de Balneário Camboriú.
No dia seguinte, passeamos na praia. Eu e minhas primas encontramos
um pequeno molusco, que chamamos de “Uni, o unicórnio único”, foi superdivertido.
Depois fomos para o Beto Carrero, onde aconteceram várias coisas incríveis - eu
passei 20 dias em Camboriú, por isso não vou contar tudo.
No quarto dia fomos andar de bondinho, de barco pirata, fomos ao
mirante e também em um carrinho que tem uma trilha pela mata, depois fomos para
a praia de Laranjeiras. Nos outros dias passeamos pela cidade e conhecemos uma
feirinha que era bem perto do apartamento. No outro dia fomos para as praias de
Bombas e de Bombinhas... nossa, que dia!! Eu aprendi a surfar e me comprometi a
voltar lá todos os dias às 17 horas para fazer as aulas de surf.
Dentro de todas essas aventuras o que me resta agora é saudades!

272
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

615

Jorge Oliveira Soares de Paiva

Desde pequeno, Cleyton e eu sempre fomos grandes amigos, estudamos


juntos do primário até agora, no 8º ano. Ainda no 5º ano, entrou uma menina nova
na escola. Cleyton, sempre muito conversado, virou amigo da garota, seu nome era
Marina, menina muito simpática que tinha uma amiga, a Paula, que era um pouco
mais calada e quieta. Na escola, começaram a nos chamar de “A 615”; eu era o nº 1;
Cleyton, o nº 2; Paula, nº 3; e Marina, nº 4.
Era um dia especial, aniversário do Cleyton, mas havia algo errado ali, a
escola estava muito vazia e calada. Escuto um barulho um pouco suspeito no fundo
da escola, como o professor também não estava, saímos da sala e fomos dar uma
olhada e.... boom!!!! Como pensávamos, havia uma enorme cratera no chão e no
fundo do buraco tinha um meteoro azul fluorescente. Chegamos perto para olhar o
que era e…
O meteoro se partiu em dois e lá de dentro saiu um senhor bem velho que
sussurrava “ele está vindo, não o deixem vir”. A nº 4 tentou perguntar quem ele era,
mas o velho não resistiu; antes de partir ele me entregou uma pedra azul da cor do
meteoro, disse que seria de grande ajuda. Assim, não entendemos nada do que
aconteceu ali.
Algum tempo depois, o que parecia ser uma nave parou e nos sugou,
tendo a bordo apenas o motorista, que avisou que ia nos levar até o meteoro. A nº 4
perguntou aflita, novamente, quem era aquele que tinha sido enviado para ajudá-los,
mas o motorista disse que o nome dela era proibido.
Passaram-se muitos dias dentro da nave, até que chegamos à Via
Cafeína, no planeta Zograx. Segundo o motorista, era lá que ele estava e iríamos
nos encontrar, assim teríamos que fazê-lo evaporar. Depois de muita procura,
finalmente o encontramos. Era um dragão gigante e medonho que, na verdade, era
o bicho de estimação, que havia fugido de casa, do presidente galáctico, e nós só
tínhamos que colocar a pedra no chão para virar a coleira da fera, dessa forma,
capturando o dragão.

273
Os alunos leram um dos capítulos do livro O menino no espelho, de Fernando Sabino, e, a
partir disso, foram orientados a dar continuidade à história de Odnanref.

O Menino no Espelho

Julia Almeida Gosling

Fernando botou tudo a perder, pois Odnanref foi à escola, e no mesmo


dia Fernando também foi, faltando comunicação entre eles.
Quando os dois se viram, Fernando tentou se esconder, mas não deu
certo, a professora viu e perguntou:
- Vocês são gêmeos?
Fernando falou:
- Sim, somos.
Ele morava com meu pai, e eu moro com minha mãe, aí decidimos passar
o verão juntos.
- Que legal! - falou a professora.
Então Fernando e Odnanref assistiram à aula juntos e foram para casa.
Chegando lá os dois despediram-se, e Odnanref ia embora, mas acabou ficando
aqui na Terra, pois os pais de Fernando o adotaram para que os meninos ficassem
juntos.
Infelizmente, alguns anos depois, Odnanref sofreu um terrível acidente.
Fernando ficou muito triste ao saber da notícia. Nunca mais quis se olhar no espelho
e ver o Odnanref machucado do outro lado.

274
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

Lara Byrro Barreira

Em um lindo dia da manhã, quatro amigos, Lara, Rafael, Giovana e


Miguel, decidiram ir a Fernando de Noronha. Todos estavam muito ansiosos
enquanto arrumavam as malas à noite.
No dia seguinte, às 15 horas, eles estavam em um porto esperando o
navio e sem querer embarcaram no barco errado e foram parar na Ilha dos Piratas,
na Austrália. Eles só foram perceber que não era o que eles esperavam, quando já
tinha se passado uma hora de viagem. Lara e Giovana foram procurar saber para
onde estavam indo; Miguel e Rafael estavam procurando a cabine em que se
hospedaram para achar o celular e encontrar as meninas. Enquanto isso, Lara e
Giovana perceberam que o navio era gigante e falaram:
- Ah... não! Acho que estamos saindo do Brasil, e não sabemos falar
quase nada em inglês! O que nós vamos fazer?
- Já sei! - disse Lara, que nem parecia desesperada - Vamos aproveitar!
- Mas como nós conseguimos entrar com o bilhete de ida errado? -
Giovana disse desesperada - E como nós vamos fazer para voltar?
- Meus Deus! É mesmo, mas depois pensamos nisso, olha que tanto de
coisas que podemos aproveitar!
- Tá bom, então vamos encontrar os meninos!
Elas saíram de dentro do navio muito confusas e esqueceram de pedir
informações sobre o lugar para onde estavam indo. Marcaram de encontrar os
meninos na parte de cima do navio, onde ficava a piscina, mas não apareceu
ninguém. Desceram e também não viram ninguém, parecia que todos tinham
sumido. Então, eles foram para a frente do navio, onde ficava o capitão, e não o
viram lá. Quando perceberam que não tinha ninguém no navio, gritaram:
- SOCORRO! SOCORRO! ESTAMOS SOZINHOS NO NAVIO! ELE VAI
BATER! SOCORRO! SOCORRO!
- Gente, vamos pular do navio antes que ele bata naquela ilha!!!
Todos pularam do navio menos Miguel, que estava morrendo de medo de
se afogar, mas teve coragem cinco minutos depois e conseguiu pular.

275
Quando chegaram à ilha, exaustos, dormiram, mas quando acordaram,
ficaram sem entender o que estava acontecendo e de repente viram Lara com os
olhos vermelhos, ela estava muito estranha. Rafael perguntou se estava tudo bem
com ela, quando Lara o pegou pelo pescoço e quase o matou, mas ele deu um soco
no rosto dela, que o soltou.
De repente duas sereias e uma estrela-do-mar falante apareceram e
falaram que Lara tinha sido possuída pela alma do pirata Fred e que ela só seria
curada com uma facada no coração que não a mataria. Elas entregaram algumas
armaduras e foram embora. Como Lara estava distraída, Giovana tentou acertá-la
mas não conseguiu, pois Lara foi em direção ao mar e pulou sem mais nem menos.
Logo após, começaram a criar um plano para ajudar a amiga.
O plano deles consistia em fazer um abrigo com pedras para Lara ir em
direção ao abrigo, e cair em uma armadilha no chão, que era um buraco, mas não
deu certo, porque Lara caiu, mas usou um de seus poderes para conseguir subir o
buraco e se salvar. Eles bolaram outro plano, que era assim: enquanto Lara tomava
seu café da manhã, a água de coco, Rafael amarrava 30 algas na perna dela.
Assim, quando a garota se levantasse e andasse, logo cairia, tornando possível a
facada de Miguel na amiga. Este plano também não deu certo (era muito
complexo!), porque Lara percebeu e cortou uma alga com a mão. Eles desistiram e
foram procurar as sereias.
Enquanto os meninos conversavam com as sereias, Lara pensava que
estava sozinha, quando Giovana, silenciosamente, deu uma facada no coração de
amiga possuída. Ela ficou inconsciente por cinco semanas, todos pensavam que
tinha morrido, mas ela acordou se sentindo como antes, alegre e animada. Ela
perguntou:
- Onde estamos? Por que estamos aqui? Meu Deus, eu pareço uma
idosa!
- Calma Lara, você está em uma ilha deserta, sem saída e amaldiçoada!
Não temos como sair daqui! Estamos presos! Aqui, toma uma água de coco! - disse
Giovana.
- Obrigada! Estou morrendo de sede!
Passaram-se três meses e eles só se alimentavam de algas e bebiam
água de coco, era um milagre terem sobrevivido até aquele momento.

276
Miguel avistou um barco e começou a gritar:
- SOCORRO! SOCORRO! ESTAMOS AQUI! ESTAMOS AQUI!
Todos perceberam a oportunidade de serem resgatados e fizeram uma
bandeira com galhos, folhas e algas. Então, um dos tripulantes avistou a bandeira
improvisada, e a embarcação foi em direção à ilha. Todos foram salvos e nunca
mais viajaram de barco.

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Quando os alunos podem escolher o tema de seus textos, a criatividade é a energia propulsora
de suas histórias.

As dificuldades da vida
Lucas Saldanha Gontijo de Lima

Alex é um muçulmano que vive no Afeganistão com uma irmã, que se


chama Sandy, e seu pai, o bilionário Peter, dono de uma fábrica de comida.
Todos os dias que Alex ia à escola, encontrava-se com seu melhor amigo
Mike, que era adulto e fazia faculdade, pois a escola de Alex é uma
escola/faculdade. O menino estava no 5° ano.
Um dia, Harry, um general do exército da China, disse para os seus
soldados:
- Peter é um terrorista! Façam qualquer coisa para pegá-lo e tragam quem
estiver com ele!
A verdade era que Peter não era um terrorista, Harry só queria pegar sua
fortuna e inventou o fato para conseguir usurpá-la.
Então o exército da China chegou ao local em aviões. Eles entraram nas
casas procurando pelo bilionário, mas Alex, Sandy, Mike e Peter fugiram na multidão
de muçulmanos que havia pelas ruas. Alguns soldados tentaram parar as pessoas,
mas morreram pisoteados.
Depois de perceber o perigo que tinham passado, os quatro viajaram para o
Brasil a fim de despistar os soldados chineses. Lá Peter arranjou trabalho numa loja,
Mike foi para a USP (Universidade Federal de São Paulo); Sandy, para a UMEI
(Unidade Municipal de Educação Infantil), pois ele tinha apenas 5 anos; e Alex, para
a escola pública.
Um dia, Alex foi dormir e acordou amarrado a uma cadeira, num galpão
na China, com Harry, Peter, Sandy e Mike na sua frente.
- Você foi enganado, Alex! Contratei o Mike para me aproximar de vocês!
- disse Harry - e o plano é o seguinte: Peter irá escrever um testamento passando a
herança dele para mim; depois ele e Sandy simularão a própria morte. Eu lhe daria o
que quisesse, mas sabia que você, Alex, não se juntaria a mim, então infelizmente
terei que matá-lo de verdade.

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Novamente Alex acordou e teve uma surpresa desagradável: estava em
um galpão na China, deitado em uma cama, enquanto Mike, Sandy e Peter estavam
nas outras camas. Harry preparava uma cirurgia para tirarem os órgãos de todos
eles para vender e ainda escreveria um testamento falso dizendo que Peter tinha
deixado sua fortuna para ele mesmo, o vilão. Desesperado, Alex gritou, o que fez
com que um rapaz, que morava ao lado do galpão, chamasse a polícia e prendesse
o malvado Harry.
Então, os quatro voltaram para o Afeganistão e continuaram suas vidas
de antes.

Os alunos leram o conto “Cocobolo”, presente no livro Contos Peculiares, de Ranson Riggs, e
tiveram que dar sequência à narrativa fantástica.

COCOBOLO - Continuação
Lucas Saldanha Gontijo de Lima

(…) Zheng olhou para o lado e viu um unicórnio, que apontou para o
próprio chifre e saiu correndo. O rapaz e seus amigos seguiram aquele belo animal
por dias até que o unicórnio os levou a uma caverna onde Zheng encontrou seu pai.
Quando finalmente o encontrou, depois de muitos anos, disse:
- Pai, finalmente te encontrei!
E o pai disse:
- Filho, aqui eu guardei todas as coisas que adquiri, mas um dia meu
barco afundou, deixando-me preso aqui.
Então, de repente, o unicórnio jogou um raio no pai de Zheng, e ele foi
arremessado ao mar. A baleia, que salvou Zheng, engoliu o pai recém-encontrado
com roupa e tudo. O rapaz não conseguia acreditar, havia reencontrado o pai depois
de tanto tempo e ficado com ele apenas por um minuto! Como o mundo era injusto!
Depois de tanto esforço!
Triste pela perda do pai, Zheng e seus amigos entraram na caverna e
viram o que tinha lá dentro: elefantes e macacos apenas, nenhum tesouro, nenhuma
cura. Foi então que o rapaz teve uma ideia: resolveu vender o marfim dos elefantes,
assim ficaria rico, enquanto os macacos o ajudariam a desenvolver a cura de sua
doença.
279
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

Onde os medos desaparecem

Luma Lacerda Rosler

Bianca e suas três amigas, Jéssica, Paula e Luana, resolveram ir ao


parque proibido e conseguiram passar por um buraco bem apertado pela grade do
parque. O que elas não sabiam, era que o parque era mágico pois tudo o que as
pessoas imaginavam dentro dele aparecia, se fosse do mal o atacaria, mas se fosse
do bem poderia ajudá-las.
Naquele dia nada aconteceu, elas brincaram de tudo o que conheciam,
mas, quando anoiteceu, Jessica quis contar algumas histórias, e foi aí que tudo
começou.
Paula imaginou uma cobra grande e venenosa, e logo o réptil apareceu,
seu corpo vermelho e preto, casca dura e fria, além de um barulho assustador. Ela a
atacou, mas com muita sorte Paula venceu seu medo de cobras e a enfrentou até
cortar-lhe a cabeça com a espada mágica que a amiga imaginou para ajudá-la.
Enquanto isso, Luana estava a enfrentar gorilas; Jéssica, com seu tigre; e finalmente
Bianca, que tinha medo de uma aranha mortal, mas conseguiu enfrentar sua
assombração.
Quando as amigas se deram conta, já tinha se passado um dia e estava
na hora de elas irem embora daquele parque fantástico, local conhecido por ajudar
as crianças a superarem os seus medos.
Depois de tantas aventuras, as meninas chegaram cada uma em sua
casa. Como sempre as mães perguntaram como havia sido o dia delas. Todas
deram a mesma resposta: Peculiar!

280
Quando os alunos podem escolher o tema de seus textos, a criatividade é a energia propulsora
de suas histórias.

Maria Marta Albergaria Belisário

No dia 15 de outubro de 2018, a professora de ciências, Alessandra,


pediu para os alunos uma pesquisa sobre desertos. Maria, a aluna mais inteligente,
teve a ideia de ir a esse bioma para ver mais de perto como era. Luíza, “amiga” de
Maria, vai com ela para tentar superar a garota em sua classe.
Chegam ao maior deserto do mundo, o deserto do Saara. Maria leva
muita água e cobertores para dormir; Luísa, toda enxerida na vida de Maria, logo diz
coisas absurdas para ela, como:
- Maria, você sempre foi a mais inteligente e fica se achando por ser a
única que vai a um deserto para uma pesquisa boba.
- Ah, Luísa, você só não é igual a mim pois não estuda e não liga para
nenhuma matéria… ouça isso, é barulho de areia vindo em nós!
Luísa não a escuta, e logo as duas sentem areia em seus joelhos. A
garota começa a chorar de medo, e Maria se lembra do código para chamar
Gustavo e Jonny, rapazes que moram lá, para lhes ajudarem: “ração de camelo
edição premiada!”
E logo os dois ouviram o chamado de ajuda. Quando chegaram lá, a areia
já estava na cintura delas, então eles retiraram-nas, e todos fugiram em cima de um
camelo. No final do caminho de volta para o jatinho delas, havia um penhasco e a
areia já os alcançava, todos corriam perigo! Rapidamente Jonny tomou coragem e
pulou no avião, que já estava em movimento! Era surreal!
Assim todos foram salvos depois de ter vivido uma grande aventura! As
meninas, a partir deste momento, viraram amigas de verdade. Deram adeus aos
meninos e voltaram para a cidade.
No outro dia, apresentaram o trabalho escolar juntas e tiraram a melhor
nota. Unidas, agora elas eram as garotas mais inteligentes da classe.

281
Após a leitura da obra Alice no país da mentira, de Pedro Bandeira, os alunos foram orientados
a transpor a narrativa para a literatura em quadrinhos, demonstrando domínio do gênero
textual aprendido.

Maria Marta Albergaria Belisário

282
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

A aventura escolar

Mariana Assumpta Mass Costa

Após 15 dias tão esperados, chegou o dia da excursão do 9º ano para a


floresta com o professor de Biologia, o Pedro. Os alunos estavam alegres e
contentes, menos Luísa, a filha da diretora, que não concordava com a excursão e
foi por obrigação. Ela sentia ciúmes da escola, já que sua mãe dedicava bastante
tempo ao local.
Durante as seis horas de viagem, eles dormiram, brincaram, sorriram e
escutaram música, foi muita diversão. Ao chegar, eles almoçaram e descansaram 20
minutos, logo depois, foram arrumar o que era preciso na floresta. Deixaram as
malas no hotel e rapidamente foram para a floresta. Pedro e seus alunos estavam
muito animados, menos Luísa, que pensava em um grande plano.
Após andar durante muito tempo, o professor se deu conta de que a
bússola estava no hotel e ele não conhecia o caminho por completo. Então foi
ficando cada vez mais assustado e resolveu comunicar aos seus alunos que todos
estavam perdidos. Henrique começou a rir, e os alunos não acreditaram. Luísa
decidiu que iria aproveitar a situação para aprontar. Ela começou a dizer que Pedro
estava indo para o caminho errado, o que não estava, e disse que o caminho certo
era outro, informação totalmente errada. Os alunos acreditavam em Pedro, e Luísa,
indignada, resolveu seguir outro caminho sozinha. Pedro achava que era drama e
que a aluna iria voltar, mas ela não voltou. Luísa achava que todos iriam atrás dela,
mas não foram. Ela corria rapidamente e não percebeu que havia uma armadilha no
chão, que a prendeu até o outro dia de manhã, enquanto todos estavam perdidos e
à sua procura.
Acampantes do local acharam Luísa bem cedo e foram à procura do
resto da turma. Henrique, Gabi e Rodrigo estavam aflitos de medo de nunca mais
voltarem para casa e nem verem a amiga. Eles resolvem rezar, mas logo são
interrompidos por Pedro e Luísa, que se abraçavam felizes.

283
Ao chegar à escola, Luísa refletiu sobre suas atitudes durante toda a
viagem e resolveu ser a partir daí uma garota agradável, feliz e educada. Ela deu um
abraço bem forte em sua mãe, que retribuiu.
Assim, essa viagem ficou na memória de todos. Para sempre.

Os alunos foram orientados a criar uma história em quadrinhos (tema livre!) com o auxílio da
plataforma Pixton, demonstrando domínio do gênero textual aprendido.

A vida
Natália de Assis Arantes Souza Nascimento

284
Quando os alunos podem escolher o tema de seus textos, a criatividade é a energia propulsora
de suas histórias.

Natália de Assis Arantes Souza Nascimento

Em uma escola chamada Big Academy, onde eu estudo, estavam duas


meninas chamadas Alícia e Iasmin, elas eram superlegais e fofas, além de melhores
amigas e participarem do GDP (grupo das populares).
Como sempre, Cecília estava rodeada de amigas que na verdade nem
eram amigas de verdade, e sim amigas que só queriam saber da riqueza da garota.
Já eu…. estava muito sozinha e isolada de todos, só porque eu era nova no colégio
e entrei no meio do ano.
O meu escaninho ficava ao lado do da Cecília, não sei se isso me deixou
feliz por estar perto de uma integrante do GDP, ou triste pois ela era muito mimada e
chique. As suas roupas pareciam ter vindo de um museu de Paris, enquanto as
minhas pareciam ser de uma lata de lixo.
Decidi puxar assunto com a Cecília, então eu disse:
- Oi, tudo bem, eu sou a Natália, também novata aqui na escola.
Cecília respondeu:
- Pelo amor de Deus!!!! Não toca em mim assim, criatura, eu posso ser
contaminada pelos seus germes nojentos!!!!
O problema nem foi ela dizer isso para mim, e sim ter gritado bem alto,
então todos olharam para nós duas, eu pensei em correr, mas decidi colocar o rosto
dentro do escaninho e pegar logo o livro de História. Mas, quando me virei, estavam
ali do meu lado duas GDPs que eram Alícia e Iasmin. Elas começaram a conversar
comigo como se nós fossemos BFFs, até que nós três fomos juntas para a aula de
História.
Quando a chata da Cecília chegou e falou:
- Li, Min, venham cá e larguem essa filhote de lixo!!!!
Não pude fazer nada, e achei um local no fundo da sala onde me sentei.
Já tinha feito uma grande inimiga, a Cecília!!!!!!
Tivemos uma boa aula! Na hora do lanche, Li e Min me chamaram para
sentar com elas, então eu fui. Ao me sentar, Cecília olhou para mim como se eu
fosse um inseto, mas desviei o olhar e fui comer, então ela disse:
- Parece que eu perdi duas BFFs, não é, Li e Min?
285
E elas responderam:
- Preferimos ela ao invés de você, Cecília.
Então Cecília e as GDPs saíram daquela mesa, e só eu, a Li e a Min
ficamos e conversamos a tarde toda. A Cecília, muito chata, deu para as duas a
metade que ela tinha do colar de BFF, e elas me deram a metade devolvida pela ex-
amiga. Daquele dia em diante, eu teria duas BFFs.
Uma semana se passou e houve um boato muito grande, que era sobre
um menino nerd que foi rejeitado pela Cecília e decidiu gravar uma conversa entre
as GDPs, ao que a Cecília estava falando:
- Todas as pessoas desse colégio são inúteis e lesadas. Já viram aqueles
nerds nojentos que sempre me pedem para sentarmos na mesa deles? E os atletas
nojentos, com aquele suor de arrepiar que está sempre na testa deles? Sem falar
das líderes de torcida, há um ano eu pensei em entrar para o grupo, mas vi que era
uma besteira ficar pulando e dançando igual a uma doida.
Acabou que Cecília ofendeu a todos do colégio. Ruim para ela!
Quando esse áudio viralizou, todos estavam ignorando a chatonilda, até
suas BFFs e GDPs estavam nessa onda. Cecília viu logo que iria ser isolada e
decidiu sair do colégio.
Duas semanas se passaram e eu ainda estou com as minhas BFFs muito
legais, e as GDPs convidaram eu, a Li e a Min para fazer parte do grupo.
Resumindo, comecei sendo a garota mais isolada, agora sou da panelinha das
GDPs!

286
Após a leitura da obra Alice no país da mentira, de Pedro Bandeira, os alunos foram orientados
a transpor a narrativa para a literatura em quadrinhos, demonstrando domínio do gênero
textual aprendido.

Roberto Martins da Costa Lieb

287
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

O resgate

Rodolfo Medeiros de Menezes Belo

Era uma vez um grupo de aventureiros que faziam viagens curtas e


médias, o nome deles eram Ashley, Andiara e Edgar. Em uma das viagens, Edgar
achou umas meninas bonitas e, para impressionar, mostrou seus poderes; Ashley
ficou zangado com exposição do amigo e falou:
- Pelo menos a Andiara não faz isso.
Mas aí ele virou para trás e… cadê a Andiara? Ele a viu mostrando seus
poderes para um cara. Ashley perde a paciência e fala com os dois baixinho:
- Vocês são loucos? Falando seu próprio segredo só para impressionar!!
Vocês parecem crianças de seis anos vendo Peppa Pig!!
Os dois ficam cabisbaixos e falaram:
- Desculpa, Ashley, estamos arrependidos.
- Mas estou com medo de virem atrás de vocês e pegarem seus poderes.
- Não se preocupe, Ashley, ficaremos bem.
No outro dia, Ashley acordou e disse “bom dia”, mas percebeu que estava
só. Então começou a procurá-los, e nada deles, lembrou-se de um sistema (de sua
autoria!) de rastreamento dos poderes de cada um do grupo, então entrou no
sistema e conseguiu a localização deles, era em um castelo abandonado a dois
quilômetros de onde ele estava. No caminho ficou pensando o que iria fazer para
invadir o sistema, mas quando chegou lá, decidiu usar o rapel para resgatá-los.
Nesse momento, aparece um soldado chamado Julisclado, que fala para
Ashley:
- Irei matar você e seus amigos!!!!!
Rapidamente, e sem pensar duas vezes, Ashley já tinha jogado uma
espada para cada um do grupo se soltar. Julisclado parte para cima dele, e Andiara,
de surpresa, corta a cabeça do soldado e eles fogem. Voltando para casa, Andiara e
Edgar preparam uma festa para Ashley por tê-los salvado. O homenageado, muito
sábio, diz :

288
- Não quero festas, só quero que vocês não façam isso nunca mais!
Correram muitos perigos ao espalhar por aí como funcionavam seus superpoderes!
Vocês deram muita sorte, isso sim!
E curtiram muito a festinha!

Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

Monte Everest

Rodrigo Eustáquio Guimarães Kassis Ferreira Costa

Eu e meus amigos Giovanni, João e José iríamos finalmente entrar para a


história escalando o maior monte do mundo. E tinha chegado a hora. Pegamos o
nosso equipamento de escalada e começamos a subir o monte. Quando estávamos
escalando, uma rocha caiu, começou a rolar, e nós corremos para nos salvarmos;
quando a rocha rolou até uma rampa de neve, caiu da montanha. Todo mundo
respirou aliviado, e continuamos escalando-a.
Estávamos bem alto e perto do topo, quando vejo uma avalanche enorme
vindo em nossa direção. Eu, Giovanni e João agarramos em uma pedra e
conseguimos nos desviar da avalanche. Infelizmente José não conseguiu se agarrar
a tempo e a avalanche o atingiu, ele acabou morrendo. Lamentamos muito a morte
de José, mas tínhamos que continuar a subir.
Estávamos quase no topo. O cansaço já tomava conta de nós e o ar
estava cada vez mais difícil de respirar. O meu nariz sangrava muito, quase não
sentia mais minhas mãos, e o João reclamava que não estava sentindo os pés. Mas
não podíamos desistir, estava faltando 50 metros para atingirmos o topo.
Enfim conseguimos chegar, depois de várias desventuras. Estávamos
cansados, com frio, com sono e muita cãibra. Mas acima de tudo estávamos felizes,
pois conseguimos atingir o topo da montanha mais alta do mundo. Conseguimos
aquilo que muitos tentaram, mas poucos conseguiram. Fincamos nossa bandeira e
fizemos uma oração pelo nosso amigo José, que não conseguiu atingir o topo.

289
Os alunos leram um dos capítulos do livro O menino no espelho, de Fernando Sabino, e, a
partir disso, foram orientados a dar continuidade à história de Odnanref.

O menino no espelho

Rodrigo Eustáquio Guimarães Kassis Ferreira Costa

Quando sua família estava almoçando, ouviram um grito vindo do quarto


de Fernando. Então eles foram até lá e, ao chegaram, viram outro Fernando com a
mão na perna pois caiu da cama, todos ficaram chocados se perguntando como ele
poderia estar ali e almoçando com eles ao mesmo tempo. Foi quando perceberam
que se tratava de um clone de Fernando e disseram, abalados, que o menino
precisaria se livrar “daquilo”.
Fernando ficou triste pois teria que dar adeus ao seu amigo e nunca mais
poderia vê-lo. Foi quando Odnanref se lembrou que no mundo dos espelhos era
possível ir para o passado, então eles poderiam viajar para antes de Odnanref cair
na cama, assim não iam chamar a atenção de ninguém. Então Fernando e seu clone
foram até o espelho e pularam para dentro dele.
Quando chegaram lá dentro, Fernando ficou maravilhado com aquele
lugar, havia casas de cabeça para baixo, água voando dos rios e outras coisas.
Odnanref levou o amigo até à máquina do tempo, e então viajaram para o passado.
Quando chegaram ao quarto de Fernando, estavam como fantasmas e viram
Odnanref dormindo, quase caindo da cama, então o empurraram de volta. Eles
ficaram felizes e saíram do espelho.
Quando voltaram, estava tudo normal, a família almoçando, ele no quarto,
e o segredo ficou mantido. Os meninos continuaram assim, a se divertirem sem
ninguém desconfiar de nada.

290
Os alunos puderam refletir sobre a importância do leite no crescimento saudável do indivíduo.

O menino que não gostava de leite

Rodrigo Eustáquio Guimarães Kassis Ferreira Costa

Era uma vez um menino chamado Rodrigo, que tinha nove anos e morava
em Campo Belo. Rodrigo não gostava de nada que tivesse leite. Sua família insistia
para ele tomar ou comer algo com o componente alimentar, mas ele não comia de
jeito nenhum. Preocupada com a saúde do filho, sua mãe levou Rodrigo ao médico
da família, Dr. Eduardo.
O médico examinou o menino e constatou que ele estava bem abaixo da
altura de um menino de sua idade, seus dentes não cresciam e seus ossos
apresentavam sinais de raquitismo. Dr. Eduardo explicou para Rodrigo quais as
consequências de não se tomar leite.
Rodrigo ficou muito assustado e, assim que chegou em casa, foi até à
cozinha e, com toda a sua coragem, pegou um copo de leite e bebeu. O menino
percebeu que o leite era muito bom e, a partir desse dia, nunca mais deixou de
tomar leite e comer seus derivados.
Rodrigo começou a crescer e seus dentes ficaram fortes. Hoje ele é um
rapaz de vinte anos muito forte e bonito.

291
Os alunos leram o conto “Cocobolo”, presente no livro Contos Peculiares, de Ranson Riggs, e
tiveram que dar sequência à narrativa fantástica.

COCOBOLO - Continuação

Rodrigo Eustáquio Guimarães Kassis Ferreira Costa

Zheng e seus companheiros ficaram assustados com o barulho que


ouviram. O coração de Zheng batia acelerado. Que barulho era aquele? Será que
era um animal selvagem? Será que era um fantasma?
Zheng e seus companheiros resolveram investigar e, quando jogaram a
luz da lanterna na copa das árvores, viram uma casa em cima de uma delas. O
coração de Zheng começou a bater ainda mais acelerado. O medo e a ansiedade
tomaram conta do seu corpo. Foi então que viu uma escada presa à árvore que
dava diretamente para a porta daquela casa construída em cima da copa da árvore.
Zheng subiu lentamente, e a cada degrau o coração saltava dentro de seu
peito. Ao chegar à porta da casa, ele não precisou bater, pois a porta abriu-se
lentamente, e para sua surpresa, viu um homem magro de cabelos brancos e muito
bronzeado.
O homem olhou fixamente Zheng e disse:
- Meu filho! Você me encontrou!
Zheng, tonto de emoção, abriu os braços e um forte abraço eles deram
então. Eles entraram dentro da casa e conversaram por longas horas. Tinham muito
o que dizer um para o outro e muito a planejar o seu regresso.
Então, uma semana depois de terem se encontrado, subiram no navio e
voltaram felizes para o seu país natal.

292
Quando os alunos podem escolher o tema de seus textos, a criatividade é a energia propulsora
de suas histórias.

Paradoxos temporais

Samuel Freire Salazar Coutinho

Era uma noite fria, eu não comia há dias e estava com muita fome. Meus
amigos permaneciam em outras cidades, sem ligar e mandar cartas. Meu celular
estava sem bateria, e eu, sem sono. Fui até à janela do meu quarto quando vi uma
luz verde muito forte entre as frestas da janela.
Corri até o quarto da minha mãe para avisar o perigo eminente:
- Mãe! Mãe! Tem uma luz verde lá fora!
- Vai dormir que amanhã eu resolvo - respondeu sonolenta.
Obedeci com bastante medo, mas quando deitei na minha cama adormeci
imediatamente.
Acordei em um lugar estranho, não estava na minha cama, estava preso
a grandes vigas de metais e sendo submetido a variados testes por seres que, pelo
meu conhecimento, não eram da Terra. Eles eram do tamanho de uma galinha,
tinham pele marrom, pelos de variadas cores, dentes ovais e olhos verdes e falavam
uma língua que eu não conhecia. Quando viram que eu despertei, muitos deles
entraram em pânico e se esconderam de mim, e outros apertavam botões que se
transformavam em réplicas idênticas de meus amigos. Eles me deram uma seringa e
depois me desmaiaram.
Quando acordei, estava em uma floresta densa que parecia a Amazônia,
e foi isso que pensei, mas, quando fui pegar galhos para fazer uma fogueira, senti
uma forte dor de ouvido. Assim, fui colocar o dedo para ver se era um inseto, porém,
havia um aparelho que emitia ordens para mim. Uma voz disse para eu pegar o
sangue do maior dinossauro que eu encontrasse. Eu não queria cumprir a ordem,
mas parece que o fone funcionava como uma espécie de hipnose.
Procurei por dias seguidos, mas não encontrei nada. No décimo dia de
procura, eu encontrei uma trilha de caça. Bem neste momento, passou na minha
frente um Supersaurus Viviane e saí correndo em sua direção, mas um Carnotauro
entrou em sua frente e o nocauteou. Quando ele acabou de comer, peguei um
pouco de seu sangue, e imediatamente um OVNI me abduziu. Os alienígenas,

293
então, explicaram-me que eu peguei o sangue daquele brutamontes para reproduzir
sua espécie, que estava em extinção, através de clonagem do DNA em laboratório.
Eles disseram que eu poderia escolher o que eu quisesse, e eu disse que
queria uma vida tranquila e morrer bem velho. Os extraterrestres sorriram para mim
e me jogaram um spray, que me fez dormir. Quando acordei, estava em casa como
se nada estivesse acontecido.

294
Os alunos foram orientados a criar uma narrativa de aventura, atentando-se para a construção
das personagens e do espaço, e colocaram a criatividade para fora!

O acidente esquecido

Samuel Freire Salazar Coutinho

Aos 20 anos decidi que seria mochileiro e arrumaria um trabalho onde eu


estivesse, para ganhar alguns trocados e continuar minha viagem sem rumo em
minha bike muito gasta que, com alguma quantidade de óleo e um bom mecânico de
bikes, alcança distâncias inimagináveis.
Uma vez eu estava passando pela fronteira norte-americana, quando me
deparei com grandes muros em ruínas, que foram construídos pelo governo
antecessor, mas que, por “falta de verbas”, não havia sido demolido. Com bastante
dificuldade, escalei o muro carregando meu veículo nas costas, mas quando cheguei
ao topo, minha bicicleta caiu “morro” abaixo e quebrou ao meio!
Peguei meu dinheiro e corri para o mecânico mais próximo para saber se
havia conserto. Infelizmente não houve, por isso, com muita tristeza, joguei meu
veículo fora.
Depois de algum tempo, consegui juntar os salários que recebia como
atendente no McDonald's e comprei uma nova bicicleta, assim segui viagem para o
frio país do Canadá.

295
Após a leitura da obra Alice no país da mentira, de Pedro Bandeira, os alunos foram orientados
a transpor a narrativa para a literatura em quadrinhos, demonstrando domínio do gênero
textual aprendido.

Victória Astolfi Diniz Ferreira Cândido

296
Os alunos foram orientados a criar uma história em quadrinhos (tema livre!) com o auxílio da
plataforma Pixton, demonstrando domínio do gênero textual aprendido.

Victória Astolfi Diniz Ferreira Cândido

297
298
Os alunos leram o conto “A orelha de Van Gogh”, de Walcyr Carrasco, e criaram a versão
deles da história, a partir do ponto de vista do credor implacável.

A minha história de Van Gogh

André Silva Lacerda

No ano de 2018, os estudantes do Colégio Imaculada viram um texto


sobre a orelha de Van Gogh. Nesse texto falava que o Van Gogh seria ressuscitado
no ano de 2020. Fiquei tão espantado que tive que chamar meu avô:
- Vovô, vem cá ver isso.
Depois o menino, filho do dono do armazém, fica sabendo sobre a orelha
do Van Gogh. Intrigado com a conversa de pai e filho, aproximei-me para ouvir o
que estavam falando. Ouvi que a orelha de Van Gogh podia salvar todo mundo de
seus próprios medos.
Quando ouvi essa notícia tão boa, não pude me conter e comecei a correr
pela rua e gritar:
- Estamos salvos, estamos salvos, a orelha vai nos salvar.
As pessoas olhavam para mim como se eu fosse louco. Espera aí, não é
que sou mesmo? A minha correria acabou quando a enfermeira do hospício
conseguiu me alcançar e falou o seguinte:
- Para de correr, Van Gogh! Está na hora de seus remédios.
- Uai? O Van Gogh sou eu? Que povo doido!

299
Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.

The monster

Arthur Astolfi Cardoso

Pedro, um homem alto e magro, tinha um ótimo emprego e dois melhores


amigos, Laura e Roy. Todas as sextas-feiras eles saíam para comer em um bar
chamado “Rod Rock”, e lá era muito cheio e divertido.
Um dia Pedro e Roy quiseram ir para casa mais cedo, mas Laura não
queria ir embora, então ela ficou até mais tarde se divertindo. No dia seguinte, ela
não voltou para casa. Todos os seus amigos e familiares começaram a procurá-la,
mas não a acharam. O tempo passou e ela foi dada como morta pela polícia.
Muitos anos depois Pedro e Roy foram visitar o túmulo de sua amiga no
cemitério. Pedro estava indignado porque nunca acharam o corpo de Laura. Quando
chegaram em casa, os rapazes foram mexer no computador de Pedro, até que, de
repente, a máquina começou a digitar um texto sozinho: estou com Laura, e se
vocês contarem para alguém ou se intrometerem nele, irão morrer juntamente com a
suas famílias. Eles desligaram imediatamente o computador da tomada e
começaram a ver os vídeos de trânsito lá perto do bar. Acharam o vídeo em que sua
amiga aparecia saindo do bar e, sem mais nem menos, desaparecendo.
Voltaram ao cemitério e abriram a cova de Laura para procurar alguma
pista. Ao olharem para trás, havia alguma coisa lá, eles não sabiam se era um
monstro, um homem ou um bicho, mas, ao piscarem, a coisa desapareceu e logo
depois apareceu atrás deles. Sem os rapazes perceberem, o ser estranho agrediu
Roy nas costas com uma espada, aplicando-lhe um golpe fatal. As últimas palavras
de Roy foram que o ser se chamava The monster e o único jeito de detê-lo era não
ter medo.
Pedro, ao piscar novamente, percebeu que havia sumido o corpo de Roy,
e no chão havia uma mensagem escrita: EU TE AVISEI! Pedro, muito furioso com
aquilo, começou a pesquisar um jeito de não ter medo do bicho e de o encontrar.
Por meio de suas pesquisas ele descobriu várias questões importantes. Uma delas é
que Roy ficou sabendo do The Monster quando foi agredido pois, ao sofrer o golpe,
esse poder gerou imagens e informações na sua mente. Além disso, Pedro
300
encontrou o local onde havia uma pérola mágica que o levaria para qualquer lugar
que quisesse.
Ao anoitecer ele invadiu o museu e roubou a pérola. Pedro, ao longo
desse tempo, percebeu que todo medo que ele tinha do monstro havia se tornado
raiva. Ao chegar em casa ele mastigou a pérola e desejou viajar para onde o
monstro se localizava. Quando chegou ao local, deu de cara com o bicho e, ao
lembrar que o monstro levou seus amigos e o ameaçou junto da família, ficou
extremamente bravo e sem medo nenhum. O monstro tentou dar seu primeiro golpe,
mas, ao encostar em Pedro, a coisa foi jogada contra a parede. Nesse momento, o
rapaz pegou a espada do monstro e o feriu na mesma parte do corpo que ele havia
golpeado Roy. Pedro o matou e conseguiu libertar Laura. Ele achou um frasco perto
de Roy e deu a substância a ele, que reviveu naquele instante.
Depois da batalha com o monstro, finalmente os três amigos
conseguiram voltar para sua cidade e tudo voltou ao normal, eles nunca mais
entraram naquele bairro que tinha o cemitério e o bar.

301
Os alunos foram orientados a produzir um cordel a respeito deles mesmos, apresentando-nos
suas características.

Apresentação

Arthur Faria Fantoni

Olá, agora eu vou me apresentar


Eu sei que você vai gostar
Eu tenho 13 anos
E mesmo com essa idade
Eu e meus amigos ainda brincamos e pulamos
Porque nossa amizade é de verdade

Gosto é de jogar bola


Corro atrás de jogar bola
Corro atrás dela enquanto rola
Mas melhor ainda é fazer o gol
Eu e meu time comemoramos
Com um grande grito de “wow”
E soltamos um maior ainda quando ganhamos

Também gosto de viajar


Para brincar, jogar ou nadar
Gosto de viajar com minha família
Para juntos nos divertirmos
Vamos a qualquer lugar, pra roça, pra cidade ou outro país como a Somália
Nunca queremos voltar, apenas ir…

Também sou um pouco nervoso


Por isso sou silencioso
Já que não é legal brigar
Você pode ganhar uma ocorrência
Então é bom evitar
Para sua imagem se perpetuar.

302
Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.

Artur Braga Mota

Era uma vez um garoto chamado Alexis, que gostava muito de enigmas.
Esse garoto tinha um passatempo, quando seus pais iam viajar, deixavam enigmas
cada vez mais difíceis para ele aprimorar seu raciocínio. O menino foi ficando muito
experiente nisso e resolvia os enigmas em um “piscar de olhos”.
Um dia ele foi convidado a resolver o maior enigma de todos, um enigma
inesperado que nem os maiores intelectuais conseguiram resolver. Mas o garoto
adolescente era determinado e tinha que conseguir esse grande feito, então ele, que
morava na Holanda, viajou até os Estados Unidos, onde acabou ficando bem
famoso. O evento foi televisionado por várias emissoras, e ele ficou muito nervoso,
mas não pensava em desistir, de jeito nenhum, estava determinado a conseguir
esse feito.
E chega o grande dia, ele acorda confiante, mas ao mesmo tempo
receoso. O momento tão esperado estava cada vez mais perto, e sua ansiedade
apenas aumentava. Mas isso não o impedia de continuar de forma alguma. Seu
coração estava acelerado mais do que o normal e não parava de pensar na resposta
do enigma.
O auditório lotou, sua hora chegou e ele subiu confiante, mas muito
ansioso também. A pergunta foi feita, e ele tinha 20 minutos para responder. Era
muita pressão, mas ele teve que se controlar e raciocinar. Depois de 15 minutos
pensando, a resposta veio como um estalo em sua cabeça, ele respondeu e a
plateia ficou chocada, o enigma havia sido resolvido! E de uma forma nunca vista
antes, ligando ponto a ponto, ele já estava sendo considerado por alguns a pessoa
mais inteligente já vista.
Quando o evento acabou, ele acorda com o corpo de uma criança. Havia
sido um sonho que o garoto tinha tido, como o filme que havia assistido na noite
anterior. Os seus pais tinham falecido em meio a um incêndio, ele era órfão e vivia
com seus tios que, quando viajavam, deixavam-no com seu passatempo preferido:
os filmes.

303
Os alunos foram orientados a produzir um cordel a respeito deles mesmos, apresentando-nos
suas características.

Braga é meu nome

Artur Braga Mota

Olá, meu nome é Artur


mas meus amigos me chamam de Braga
e meu pior defeito, eu vou mostrar
às vezes eu não sirvo para nada
só que muitas vezes, por causa disso
viro motivo de piada
Além disso sou um amigo em que pode confiar.

Gosto de jogar e me exercitar!


Ser jogador profissional de futebol é minha meta
minha família sempre me apoia
quando estou no fundo do poço
ela funciona como uma boia
quero a eles poder agradecer
para isso quero, com eles,
ao meu lado crescer.

A amizade com os meus colegas me dá suporte


Porque sem amigos não dá para amadurecer
E eu simplesmente odeio
quando eles entre si brigam feio.
Eu, com meus planos, tenho muito pra caminhar
Mas uma coisa é fato, eu já aprendi a respeitar.

304
Os alunos foram instruídos a capturar imagens de cinco momentos que lhes chamassem mais
atenção ao caminhar pela escola. Depois, eles tiveram que criar uma crônica a partir de uma
das imagens.

A praça do colégio

Bárbara Oliveira Reis Fialho

Aqui na praça do colégio, um grupo de


meninas do 6º ano lancham, brincam e conversam
sentadas ao lado da Santa. Eu sempre as observo
da escada e espero que elas me observem
também... mas eu observo uma delas
especificamente, a minha irmã, ela sempre está feliz
e com um pouco de vergonha.
Já os micos sempre estão pulando de um
galho para o outro, as folhas se mexendo e o sol
rachando.
Geralmente ela se alimenta de costas, aí
não consigo ver o seu rosto, mas sei que ela tem o
cabelo liso e usa um casaco cinza de corações
azuis, além de sempre estar de tênis branco com
detalhes rosa e o uniforme do colégio. Num belo dia,
resolvi descer para falar com a minha irmã e suas amigas e observei que ela
realmente fez boas amizades. Ainda não conheço todas, mas sei que atingiu o seu
objetivo, que era ser menos tímida perto de todas nós.
Espero que a praça do colégio seja muito importante para ela, pois foi ali
que ela conquistou novas e boas amizades, na praça do colégio, ou seja, isso quer
dizer que eu não preciso mais de me preocupar tanto com ela.

305
Os alunos foram instruídos a capturar imagens de cinco momentos que lhes chamassem mais
atenção ao caminhar pela escola. Depois, eles tiveram que criar uma crônica a partir de uma
das imagens.

A dor de cabeça

Bernardo Oliveira Alcântara Rodrigues

Nesse dia eu havia acordado às cinco horas da manhã e tomei café, às


seis e vinte fui para a escola. Quando cheguei à escola, fiquei um tempo sentado
pois estava com dor de cabeça. Logo deu o horário, eu pude subir e ficar na sala.
Continuei passando mal, mas mesmo assim mantive minha atenção e infelizmente a
minha dor de cabeça.
Quando a troca de professores acontecia, eu permanecia quieto em
minha carteira, enquanto todos os alunos conversavam, corriam e gritavam dentro
da sala. Finalmente havia chegado o recreio. Eu pensava, “será que desço? Eu
poderei beber água”, “eu não sei se devo, afinal, o bebedouro fica em meu andar e
eu estou com dor de cabeça”. No final resolvi ficar na sala mesmo. Os vinte e cinco
minutos de recreio passaram muito devagar e com uma dor insistente.
Quando a professora de português chegou, propôs uma atividade onde
teríamos que descer e fotografar cinco momentos banais, o motivo, eu não sabia.
Havia tirado quatro fotos e estava sem ideias. Muito cansado fisicamente e
mentalmente, deitei na quadra e olhei para o céu. Vi uma imagem muito bonita
preenchida pelo vazio, tirei a foto, mas a dor persistia.
Quando meu pai chegou, me levou para casa e rapidamente deitei na
cama refletindo sobre a imagem que havia presenciado.

306
Os alunos leram o conto “A orelha de Van Gogh”, de Walcyr Carrasco, e criaram a versão
deles da história, a partir do ponto de vista do credor implacável.

Na visão de um credor

Bernardo Oliveira Alcântara Rodrigues

Hoje é 27 de junho e também o dia que irei cobrar o homem que me deve
por fornecê-lo mercadorias para a loja. Por algumas pessoas sou conhecido como
implacável, pois se digo que uma dívida não pode ser adiada, cumpro minha
promessa.
Andei uma hora e cheguei à loja do meu cliente, que estava junto ao filho.
A primeira coisa que fiz foi perguntar sobre meu dinheiro. Porém, como eu pensava,
não seria fácil.
− Senhor, me dê mais um dia e conseguirei seu dinheiro! - disse ele.
− Você deveria saber que não volto com a minha promessa.
Nós continuamos discutindo e depois de ele muito me implorar, dei-lhe
mais um dia.
Continuei meu trabalho e cobrei várias pessoas que, felizmente, me
pagaram. Depois de um dia cansativo voltei para casa. Percebi que minha estante
de livros sobre Van Gogh estava um pouco desarrumada e com algumas obras no
chão. Achei estranho! Será que de manhã esbarrei na estante e nem percebi?
No dia seguinte, acordei pensando na cobrança. Dessa vez não perdoaria
o atraso do homem que me deve. Na hora de sair, abri a porta de casa e meu cliente
já estava na minha frente! Olhei para seus braços e percebi que estava com um pote
que possuía uma orelha, que dizia ser a de Van Gogh. Eu logo disse que ele devia
me pagar logo.
Ele insistiu:
− Veja, é a orelha de Van Gogh, e você gosta de Van Gogh!
Peraí, como ele sabia que eu era fã de Van Gogh? Percebi que os livros
poderiam ter sido vasculhados por ele, que possivelmente havia invadido minha
casa.
Peguei o pote e o joguei pela janela, dizendo que jamais iria fornecê-lo
mercadoria novamente.

307
Os alunos leram o conto “A orelha de Van Gogh”, de Walcyr Carrasco, e criaram a versão
deles da história, a partir do ponto de vista do credor implacável.

O credor

Bernardo Silva Rodrigues

Como de costume eu sempre visitava meus fregueses ou ficava em casa


com a minha família. Tinha um freguês com um filho e esse filho admirava muito o
pai, gostava muito dele mesmo, mas ele estava me devendo uma quantia grande,
pois fazia tempo que ele não me pagava. Então fui lá avisar a ele que se não me
pagasse hoje, eu iria deixar de fornecer mercadorias a ele.
- Ok. Hoje eu irei te pagar.
No fim da tarde a campainha toca. Quando vou abrir é ele vindo me
pagar. Ele disse:
- Como você gosta muito do Van Gogh, eu irei te pagar com a orelha dele.
Neste momento fiquei desconfiado, pois várias pessoas já tentaram me
enganar.
Quando olhei a orelha, peguei e taquei-a pela janela, pois vi que era falsa
e mandei ele sair da minha casa.
Desde o início, percebi que tinha algo de errado nessa história. Depois
pensei: “Será que ele pelo menos estudou de que lado Van Gogh arrancou a
orelha?”, “Será que ele e o filho entenderão que não deve enganar ninguém?”.
Acho que depois dessa ele irá procurar qual é a orelha certa. Depois de
alguns dias ele veio me explicar a situação e pedir desculpas por ter tentado me
enganar. E que não tinha boas condições financeiras. Aceitei as desculpas, ele me
pagou e voltei a vender a mercadoria.

308
Preocupados com a previsão de que em 2050 haverá mais plásticos nos mares do que peixes,
os alunos puderam refletir a respeito do uso excessivo do material, principalmente na forma
descartável.

Excesso de plástico

Bruna Guzela Gonçalves

Por conter capacidade de resistência, durabilidade e possibilidade de


reciclagem, o plástico é usado na produção de diversos produtos. Em 1964, eram
produzidas em média 15 milhões de toneladas de plástico, e em 2014, esse número
subiu para 311 milhões de toneladas. Como sua produção só vai aumentando, cada
vez mais são consumidos objetos de plástico e, consequentemente, mais plástico é
descartado no meio ambiente. E é aí que está o problema: o descarte inadequado
do plástico.
Cerca de 8 bilhões de toneladas de plástico são despejados nos mares
todos os anos. Com isso, quase 700 espécies já foram prejudicadas por resíduos
plásticos. Os danos causados nos animais vão desde pequenos pedaços de plástico
ingeridos por eles até animais enforcados por itens descartados. Quando não
despejados em mares e oceanos, os objetos de plástico são deixados no solo e
estimativas calculam que o tempo necessário para esse material se decompor varia
de 400 anos a nunca.
O plástico prejudicial ao meio ambiente e aos seres vivos não é aquele
que usamos sempre e que dura por muitos anos, como um copo que logo depois de
usar, lavamos e podemos utilizá-lo de novo (plástico durável). Os objetos plásticos
prejudiciais são os descartáveis que logo depois de usar jogamos fora, e do lixo vão
direto à natureza, como os canudos descartáveis que não usamos mais do que uma
vez. O problema é o pouco tempo que utilizamos alguns objetos plásticos e o longo
tempo que ele leva para se decompor.
No lugar das sacolinhas de plástico, que matam milhares de animais
todos os anos enforcados e engasgados, deviam ser distribuídas pelas lojas (não só
supermercados) sacolas biodegradáveis. Já o canudo de plástico descartável não
precisaria ser substituído, ele seria proibido junto com os copos com tampinha de
plástico descartável utilizados pelos fast foods. Sem eles, seriam consumidas
bebidas apenas nas latinhas de alumínio. Outra opção seria cada pessoa comprar
seu próprio copo da lanchonete (feitos de plástico durável) e o funcionário serviria a
309
bebida nele. Caso a pessoa perdesse o copo, seria necessária a compra de um
novo. Os produtos industrializados também deveriam passar a ser vendidos em
embalagens reutilizáveis.
Além das medidas de empresas, cada pessoa devia se conscientizar do
que pode fazer para cooperar, porque uma pequena colaboração já faz muita
diferença. Também deveriam ser promovidas mais campanhas de conscientização,
pois se não mudarmos nossas atitudes, em 2050, haverá mais plástico do que vida
nos oceanos, rios e mares.

310
Os alunos foram orientados a produzir um cordel a respeito deles mesmos, apresentando-nos
suas características.

Cordel sem título

Bruna Guzela Gonçalves

Sou mineira, de Belo Horizonte


E meu nome é Bruna Guzela
Tenho doze anos de idade
E não gosto muito de novela
Amo a lasanha da minha avó
Toda semana peço para ela.

Gosto muito de ir ao shopping


Principalmente para roupa comprar
Na maioria da vezes vou com minha mãe
Também gosto de ficar em casa
Quando minha disposição é pouca

Adoro ver séries na Netflix


Músicas e séries são minhas paixões
Tenho vários artistas como inspiração
Mas não sou boa em escrever canções
Não é essa a carreira que eu quero seguir.
Gostaria de trabalhar em outra profissão.

311
Os alunos leram o conto “A orelha de Van Gogh”, de Walcyr Carrasco, e criaram a versão
deles da história, a partir do ponto de vista do credor implacável.

Bruna Guzela Gonçalves

Hoje eu acordei mais cedo. Fui olhar os comércios que me deviam


dinheiro e, como sempre, ele estava no topo da lista.
Há um homem, dono de um armazém, para quem eu forneço produtos há
anos e não me paga o que deve há anos também. Prometi a mim mesmo que de
hoje não passaria. Ele sempre inventa algo para negociar comigo em troca da
dívida. Ele tem uma imaginação sem limites. Seu filho deve ter onze ou doze anos e
sempre está com ele. Não sei como pode ser cúmplice e confiar em um homem tão
desonesto. Eu nem me impressiono mais com o que ele faz e fala, pois já cheguei à
conclusão de que ele é capaz de tudo. Mas hoje ele passou dos limites!
Fui até seu armazém para cobrá-lo, mas sua mulher me disse que ele não
estava.
À tarde, ele apareceu na porta da minha casa com uma nova oferta. Seu
filho ficou do lado de fora esperando, enquanto ele me contava que seu bisavô era
amante da mulher por quem Van Gogh se apaixonou e havia recebido um presente
como herança dele. Eu tenho uma paixão imensa por Van Gogh, mas não tenho
ideia de como ele descobriu.
Quando me entregou a tal herança do bisavô, não precisei de cinco
segundos para saber que era mentira. Vi que ele me trouxe a orelha direita de
alguém, inventando que era a orelha que Van Gogh arrancou. Minha primeira reação
foi jogar aquele frasco pela janela.
O homem, surpreso com a minha reação, começou a me xingar gritando
que era falta de respeito. Falta de respeito foi ele ter ido até a minha casa, inventar
aquela história e me entregar a orelha de alguém dizendo que era a orelha que Van
Gogh arrancou! Ele não se deu nem ao trabalho de procurar saber qual foi o lado da
orelha que o pintor amputou.
A partir de agora, só falo com aquele homem se for para tratarmos sobre
o pagamento da quantia certa em dinheiro!

312
Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.

Histórias pelo vento

Bruna Guzela Gonçalves

Diego era uma criança muito feliz. Sua família vivia em uma casa, perto
de um lago em que o menino brincava todo dia. Toda tarde brincava no quintal, perto
do lago. Nunca ficava sem ideia do que fazer, pois possuía uma incrível imaginação.
Em uma tarde, estava em frente à sua casa brincando com seu pequeno
navio, quando seu pai o mandou ir almoçar. Durante o almoço, os pais de Diego
discutiam o tempo todo, ele só observava porque sabia que poderia ficar pior se ele
comentasse. Seu pai estava meio estranho, não era daquele jeito. Naquele dia,
reclamava de tudo, e a mãe, coitada, sempre respeitava suas ordens.
O menino não continuou sua brincadeira, porque seu pai começou a dizer
que brincar em quintais era coisa de menino indisciplinado. Diego começou então a
escrever contos inspirados no que ele passava dentro de casa. Em sua primeira
história, o capitão da tripulação do seu navio de brinquedo era um homem que
gostava de regras e organização. Falava rigidamente e não tinha paciência
nenhuma! Havia também uma mulher que era faxineira do navio, totalmente
desajeitada. O capitão não gostava de ficar perto dela, porque sempre que isso
acontecia, ela estragava seu dia.
Diego passou a observar o comportamento de seus pais e o que passava
dentro de casa. No outro dia, resolveu que não faria apenas histórias em seu navio e
escreveu outro conto, sem muitos detalhes. Apenas um elemento que se fragmentou
em duas partes que nunca mais se reencontraram. Depois de um tempo, essas duas
metades se perderam pelo caminho.
O menino sentia falta de sua família, porque mesmo estando lá, pareciam
ausentes. Não olhavam um para o outro, e muito menos para Diego, que se sentia
completamente abandonado. Depois de escrever o que acontecia dentro de sua
casa, o menino passou a observar o que acontecia no mundo. As pessoas estavam
ficando diferentes, estavam se distanciando e parando de se preocupar umas com
as outras.

313
Quando ficou maior, seu pai foi embora de casa e, junto com ele, levou os
contos de Diego, porque eles estavam juntos com seus papéis do trabalho. O pai do
menino, descuidado, perdeu toda aquela papelada, que saiu voando pelos ares.
As pessoas achavam sempre uma dessas histórias em alguma calçada e
quando liam, acabavam refletindo bastante sobre a lição que era ensinada no conto.
A partir dessa época, aquele autor anônimo ficou famoso por toda cidade.

314
Os alunos foram instruídos a capturar imagens de cinco momentos que lhes chamassem mais
atenção ao caminhar pela escola. Depois, eles tiveram que criar uma crônica a partir de uma
das imagens.

A linda árvore

Bruna Monteiro Souza

Na escola eu admiro, entre várias


pessoas, uma bela árvore. O sol forte e brilhante, o
céu todo azul e bonito. Eu observo a árvore e a
admiro com muita atenção, ela balança para lá e
para cá com o impulso do vento. Diferente de todas
as árvores a sua volta, ela tem uma cor muito viva,
é grande e cheia de folhas de tamanhos e cores
diferentes, umas mais verdes e outras mais
amareladas, seu caule não é muito grosso e é
verde claro com bege. Aquela árvore é tão bonita,
porque o lugar onde ela fica é perfeito, o sol bate
em cima dela, há alguns animais como insetos e micos, e há ainda outras árvores.
Ao observar a árvore, eu me sinto em contato com a natureza, uma
energia positiva, uma vontade de fazer boas ações. Ao observá-la eu começo a
refletir, eu sinto a paz e o silêncio. Talvez algumas pessoas me achem estranha por
admirar uma árvore. Acontece que alguns indivíduos não conseguem admirar nada,
nem mesmo a beleza interior das pessoas.
Sempre que eu puder, pararei para admirar a árvore e para poder refletir
diante de uma bela figura como ela, afinal de contas, por mais que seja estranho ela
me ajuda, me dando a paz, o silêncio, a admiração, a vontade de realizar boas
ações e a vontade de refletir, observando aquela beleza natural com muita atenção.
Aquela árvore estará ali por um bom tempo, e as pessoas que não param
para observá-la não sabem o que estão perdendo.

315
Preocupados com a previsão de que em 2050 haverá mais plásticos nos mares do que peixes,
os alunos puderam refletir a respeito do uso excessivo do material, principalmente na forma
descartável.

O plástico no mundo
Bruna Monteiro Souza

Na atualidade estamos vivenciando um grande consumo de produtos de


plástico no Brasil e no mundo, principalmente, os utilizados em embalagens e em
objetos que facilitam o dia a dia, mas são rapidamente descartados no meio
ambiente, como por exemplo, os canudinhos que utilizamos por poucos minutos. A
grande quantidade de consumo de plástico e o descarte, muitas vezes indevido,
afetam diretamente o meio ambiente e o habitat de muitos animais terrestres e,
principalmente, marinhos.
Pesquisas revelam que a composição do plástico é de alta durabilidade,
por isso esse material permanece no ambiente indefinidamente, poluindo nosso
planeta. Muitas das vezes confundidos com alimentos, os plásticos são
digeridos por animais como tartarugas, baleias, pássaros e outros, em alguns casos
podendo levar à morte.
Pesquisas mostram que em 2050 existirá mais plástico no mar do que
vida marinha. Cerca de oito bilhões de toneladas de material plástico são
despejados nos mares todos os anos. Além de causar mal aos animais, o plástico
também gera uma grande poluição nas grande cidades, principalmente, quando se
acumula na rede de esgoto e em bueiros, impedindo o escoamento da água das
chuvas, provocando enchentes e inundações.
Atualmente muitos países, inclusive o Brasil, vêm procurando formas de
diminuir ou acabar com o uso do plástico descartável, implantando leis contra o
descarte indiscriminado dele. Um exemplo disso é o estado do Rio de Janeiro, que
proibiu a utilização de canudos plásticos em restaurantes, bares e outros locais, a
não ser que sejam biodegradáveis.
É necessário conscientizar a população, tanto do Brasil quanto do mundo,
sobre a poluição que o plástico causa no meio ambiente, para que cada um
contribua fazendo a sua parte, substituindo o plástico por outros materiais, como
papel, papelão, silicone, bambu, palha, metal e outros.

316
Os alunos puderam refletir sobre os pontos positivos e negativos da rede de informações, a
internet.

Nova era

Bruna Monteiro Souza

O homem, com seu alto nível de inteligência, conseguiu criar diversas


coisas incríveis, e uma delas foi a tecnologia, invenção muito importante e que a
cada dia avança mais e mais. Como tudo na vida tem um lado bom e um lado ruim,
não foi diferente com a técnica moderna.
A tecnologia ajuda no desenvolvimento da ciência, assim como no
tratamento e diagnóstico de várias doenças, na educação etc. Ela nos proporciona
descobrir coisas novas e interessantes, além de podermos aprofundar o
conhecimento em assuntos considerados úteis para nós. Entretanto, a tecnologia
afastou as pessoas umas das outras, ao invés de encontrar uma pessoa para
conversar ou passear, muitos preferem conversar pelo telefone. A maioria das
pessoas, principalmente os jovens, ficam horas e horas como zumbis em frente ao
celular.
É preciso que as pessoas deixem um pouco de lado a tecnologia e
vivenciem o mundo real. Passem um tempo com a família e amigos e brinquem de
jogos sem tecnologia. Precisamos voltar a realizar as atividades de antes, como
pega-pega, esconde-esconde, cabra cega e muitas outras. Elas nos proporcionam
tempo com a família, amigos e melhoram nossa saúde.

317
Os alunos foram instruídos a criar mitos que tivessem a explicação sobre a origem de algo que
fosse importante para eles.

A origem da amizade

Bruna Monteiro Souza

Séculos atrás, a menina Lara deu origem à amizade. Vou te contar a


história de como tudo aconteceu.
Lara vivia sozinha no mundo, não havia ninguém que se parecia com ela.
A menina estava sempre triste e infeliz, não tinha com quem conversar. Um dia,
andando pelas montanhas, sentou-se ao lado de uma flor e começou a conversar
com ela. Na cabeça de Lara a flor falava.
Ela gostou tanto da flor que todos os dias ia visitá-la. Então Lara teve uma
ideia, queria poder falar para todo o mundo o que a flor era para ela, dar-lhe um
nome que demonstrasse todo carinho sentido pela menina. Lara pensou meses em
um nome e resolveu que seria amigo, ela percebeu o valor da amizade com a flor.
Um deus mal sabia o que estava acontecendo e não queria que tivesse
amizade, então tentou destruir a amizade entre a flor e Lara, mas ele não conseguiu
pois a força da amizade entre as duas era maior e melhor, e elas venceram o deus,
possibilitando à amizade sempre existir.

318
Inspirados pela clássica história de Dorothy e seus amigos, em “O mágico de Oz, de L. Frank
Baum, os alunos foram orientados a criar um enredo que se passasse na terra mágica.

Jade, a terra de Oz

Bruna Monteiro Souza

Jade era uma garotinha esperta e alegre, adorava brincar com seu
patinho de estimação Squak. Vivia nos Estados Unidos junto com a tia Joana e o tio
José. Um dia Jade acordou bem cedinho e olhou para o céu, estava um pouco
escuro e ela ficou com medo. Resolveu ir dormir um pouco mais, mas foi acordada
por balanços fortes na casa. Logo percebeu que estava dentro de um furacão,
abraçou Squak e ficou quietinha em sua cama. Quando percebeu que a casa estava
parada e no chão, saiu rapidamente.
Ao sair, viu alguns homens baixinhos e uma moça, que aparentava ter em
mãos uma varinha. Jade disse:
- Olá! Eu gostaria de saber onde estou e como encontrarei meu tio e
minha tia.
A moça respondeu:
- Olá! Você está na terra de Oz, mas, infelizmente, não sei como
encontrar seus tios.
Jade retrucou:
- Tem certeza de que não sabe nenhuma forma?
A moça respondeu:
- Na verdade sim, o grande Oz saberá como ajudá-la. É só seguir o
caminho das pedras amarelas.
Jade se apressou para pegar o caminho e chegar à Cidade das
Esmeraldas, onde vive Oz. Ela estava muito animada em saber que poderia
encontrar seus tios novamente, só que se distraiu e acabou deixando o caminho das
pedras amarelas sem se dar conta e quando percebeu já era tarde, estava na Terra
do Leste.
Jade foi entrando desconfiada e viu uma garotinha, um Espantalho, o
Homem de lata e o Leão Covarde. Ela se aproximou e conversou com a garotinha,
que se chamava Dorothy. Jade contou o que tinha acontecido, e Dorothy disse que

319
as histórias delas eram parecidas. Como o grupo também estava indo para a Cidade
das Esmeraldas, eles resolveram partir na manhã seguinte e ajudar Jade.
Jade, Dorothy e o grupo passaram por muitas aventuras e dificuldades,
mas juntos conseguiram chegar à Cidade das Esmeraldas. Foram atendidos um por
dia e um por vez. Depois disso, o mágico conseguiu dar ao Espantalho um cérebro;
ao Homem de lata, um coração, e ao Leão Covarde, coragem. O mágico construiu
um balão, com a ajuda das garotas, para voltarem para a casa. Mas Jade e Dorothy
demoraram a subir no balão, a corda se arrebentou, e o mágico foi o único que voou
nele.
O guardião do portão deu a ideia de procurarem Glinda, a bruxa boa. Foi
isso que fizeram, foram até lá e pediram ajuda à Glinda, que disse poder ajudá-los.
Assim, a bruxa boa fez Dorothy voltar para o Kansas, Jade para seus tios, e o Leão
Covarde, o Homem de lata e o Espantalho foram levados por Macacos Alados até o
lugar em que haviam desejado (e escolhido!) reinar. Então, Jade voltou feliz para a
casa com seus tios, mas lembrará sempre da aventura que viveu.

320
Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.
O bolo e Lola
Carolina Mafra Sana

Uma menina bondosa, meiga, carinhosa e delicada chamada Lola Belli


teve a excelente ideia de fazer um bolo, mas em sua casa a farinha havia acabado.
Então ela foi ao supermercado do seu bairro, lá havia inúmeras
prateleiras e estantes onde tinha todo tipo de alimento, como frutas, guloseimas e
bebidas. Logo Lola achou a farinha, mas não percebeu que estava chegando perto
de uma pilha de sucos e, sem querer, derrubou-a. A garota ficou com vergonha,
mas, por sorte, naquele momento passava sua melhor amiga Maya, que a ajudou a
arrumar a bagunça. Maya trabalhava naquele supermercado, mas estava saindo
mais cedo do trabalho. Então Lola teve a excelente ideia de convidá-la para ajudar a
fazer o bolo. Maya topou na hora e as duas foram juntas para casa de Lola.
No meio do caminho, avistaram uma casa que todos diziam ser mal
assombrada. Maya, que gostava de aventuras, logo foi entrando, e atrás dela Lola
vinha com as pernas bambas de medo. Quando entraram, as portas se trancaram, e
as meninas ficaram presas. Lola estava com muito medo, mas Maya estava amando
a aventura. Foram andando, andando… até esbarrarem em uma parede de tijolos.
Maya bateu em um que caiu, mas Lola bateu a cabeça em um tijolo que abriu uma
porta no chão por onde elas saíram correndo de uma sala para outra, que havia
muitos espelhos.
No chão tinha um tapete que dizia que um dos espelhos era uma porta
secreta para outra sala. Desta vez quem achou foi Maya, mas elas foram juntas para
outra sala que tinha vários quadros, e no teto estava dizendo que tinham que achar
o quadro que se mexia. Juntas elas acharam um quadro de uma borboleta que
voava dentro da pintura. Perceberam que o quadro na verdade era uma porta que as
levou para o lado de fora da casa. Lola ficou aliviada, porque estava com muito
medo, mas Maya ficou chateada porque estava adorando a aventura.
Depois de toda confusão, elas foram juntas para casa e fizeram um bolo
delicioso, mas perceberam que tinham esquecido de comprar o suco para o lanche e
tiveram que voltar ao supermercado. Depois de tudo, comeram o maravilhoso bolo
com um delicioso suco.

321
Os alunos foram orientados a produzir um cordel a respeito deles mesmos, apresentando-nos
suas características.

Cordel da minha vida

Carolina Mafra Sana

Sou Carolina Mafra Sana


Moro em Belo Horizonte
E dizem que sou muito criativa e bacana
Mas nessa vida ainda tenho muito o que aprender
Sem medo eu vou, brincando de viver
Com minha família amada.

Acordo cedo para ir à escola


Encontro minhas amigas
Sempre estamos unidas
Na alegria e na tristeza, que nem casamento
Com poucas amigas eu não me contento.
Gosto delas como minha família
Com elas poderia ficar presa numa ilha.

Com meus 12 anos de idade


Guardo comigo muita habilidade
Gosto de dançar e cantar
Mas também tenho defeitos,
não me canso de falar.
Esse é o cordel da minha vida
Carol, a menina criativa.

322
Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.

Cães e furiosos

Daniel Almeida Rocha

Certo dia, em uma tarde de verão, Daniel recebeu uma ligação de seu tio
pedindo ajuda para lavar o carro. Como o rapaz não tinha nada para fazer, foi até lá
e levou junto seus materiais de limpeza, já que o tio havia esquecido os dele.
Daniel iria para a casa de sua avó de bicicleta, local onde seu tio
estava, pois era mais rápido do que ir a pé. O que ele não sabia é que quatro
cachorros vira-latas estavam à sua espera no meio do caminho.
O rapaz precisava passar pela Avenida Bernardo Vasconcelos pois era o
caminho mais rápido para a casa de sua avó. Já na avenida, Daniel avista de longe
os quatro cachorros e então resolve continuar seu trajeto sem se preocupar com os
animais, mas, ao passar por eles, percebe a aproximação de um dos cães. O
cachorro começou a cheirá-lo e, em uma fração de segundo, morde-lhe o pé com
toda a força. Daniel acelera sua bicicleta de um jeito que nunca tinha feito antes e
continua a fugir desesperadamente dos cães, mesmo com o pé machucado.
Quando percebe estar a apenas dois quarteirões da casa de sua avó,
Daniel liga para ela e a pede para abrir o portão da casa. assim ele não seria
encurralado pelos animais ferozes. Mesmo pedalando em velocidade máxima e já
no fim de suas forças, o garoto chega a casa da “velhinha” com uma enorme cicatriz
no pé.
Daniel finge que nada aconteceu e ajuda o seu tio, que não percebe o
machucado no pé do garoto, a lavar o carro e depois que terminam, pede para seu
pai levá-lo embora pois estava com medo dos cães.
No final do dia, os cães perseguiram Daniel novamente, mas dessa vez
não teve problema pois estava no carro.
Após esse dia Daniel nunca mais viu os cães, apenas ouviu falar que os
eles foram capturados pela carrocinha, assim nunca mais foi perseguido por
cachorros.

323
Os alunos leram o conto “A orelha de Van Gogh”, de Walcyr Carrasco, e criaram a versão
deles da história, a partir do ponto de vista do credor implacável.

A errada orelha de Van Gogh

Fernanda Sabino Dutra

Eu era o credor de um homem que, como de costume, estava à beira da


ruína. Ele era dono de um pequeno armazém, devia-me uma importante quantia e
não tinha como pagar. Sou um senhor enérgico e quero meu dinheiro, até sou
conhecido como uma pessoa implacável. Alguns que me deviam se desesperavam,
outros se suicidavam, mas aquele homem era otimista.
Perguntando aqui e ali, ele descobriu algo promissor sobre mim: mesmo
eu tendo essa aparência rude e insensível, tenho uma paixão secreta por Van Gogh.
Minha casa é cheia de reproduções das obras do grande pintor holandês e já assisti
a, pelo menos, uma meia dúzia de vezes ao filme do Kirk Douglas sobre a trágica
vida do artista. A parte da história de sua vida que eu mais gosto foi quando Van
Gogh, num acesso de loucura, cortou sua orelha e a enviou a sua amada.
A partir dessa descoberta, o homem bolou um plano: ele procuraria a mim
oferecendo a orelha mumificada do pintor, que seria de uma herança, em troca do
perdão da dívida dele e de um crédito adicional. Como ele conseguiu a orelha eu
não sei, eu até acreditaria em sua história, porém ele me deu a orelha direita. Eu
não apenas recusei a proposta, como arrebatei a orelha do homem e a joguei pela
janela.

324
Os alunos foram instruídos a criar mitos que tivessem a explicação sobre a origem de algo que
fosse importante para eles.

Sabedoria

Gabriel Souza Pereira

A sabedoria é um dom precioso, mas como ela surgiu?


Em 203 a.C., os deuses Ahtá e Nem Me Fala fizeram uma guerra para ver
quem era o mais esperto. Como o povo daquele tempo era um pouco rude e não
tinha sabedoria, quem ganhasse poderia apresentar-lhes esse conceito e ser
louvado para o resto da eternidade.
Cada um fez o que pôde para vencer, mas, quando Nem Me Fale
desconcentrou-se, Ahtá deu-lhe uma rasteira bem dada, fazendo com que o
perdedor batesse três vezes no chão desistindo.
Ahtá apresentou a sabedoria para o povo que o louvou para o sempre.

325
Inspirados pela clássica história de Dorothy e seus amigos, em “O mágico de Oz, de L. Frank
Baum, os alunos foram orientados a criar um enredo que se passasse na terra mágica.

Geovanna Gizelda Goecking Chaves

Era uma vez uma mulher chamada Emma. Seus pais a abandonaram
para salvá-la de uma maldição feita pela Rainha Má. Emma era filha de Branca de
Neve e do Príncipe Encantado e estava à procura deles. A maldição os levou para
uma Ilha abandonada onde ninguém conseguia sair e nem entrar, somente a
Salvadora, que iria libertar todos da maldição.
Emma sonhou uma noite com seus pais dentro da Ilha perdida e sentiu
como se tivesse que salvá-los, não só a eles mas a todos que foram amaldiçoados.
Ela pegou suas coisas e foi de barco até à Ilha. Chegando lá, ela ficou com medo de
entrar e ser atacada por animais selvagens ou coisas estranhas, mas se lembrou de
que o sacrifício era em nome de seus pais e atravessou o feitiço de proteção que
ninguém conseguia passar. Ali ela teve a certeza de que sua família estava mesmo
na Ilha a esperando.
Era um mundo completamente diferente com sereias, fadas, cavalos
mágicos e reinos. A moça estava caminhando quando encontrou uma fada que a
levou até seus pais. Emma chegou ao palácio deles e os encontrou, eles a
abraçaram e pediram que ela explicasse tudo o que havia acontecido.
A Rainha Má queria envenenar Emma para impedir que a Branca de
Neve e o Príncipe Encantado fugissem. Quando Emma descobriu isso, falou com a
Fada Azul, que lhe ajudou a encontrar seus pais para ver se conseguiria fugir
mesmo assim. A fadinha lhe mostrou uma planta que tinha que colocar na bebida da
Rainha para ela ficar boa novamente. Emma foi até ao palácio da Rainha Má,
disfarçou-se de serva e lhe deu uma água com a planta dentro.
Regina, a Rainha Má, bebeu a poção, e imediatamente a maldição foi
quebrada e todos foram libertos da Ilha. Quanto à Regina, ela virou do bem e pediu
perdão a todos. Depois eles voltaram para New York onde compraram um
apartamento e viveram felizes.

326
Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.
O sumiço de José

Giovana Grossi Couto Massote


Certo dia na escola, José andava com seu amigo Raimundo, quando
Maria, uma menina apaixonada por José, se aproxima e lhe pede um fio de cabelo.
Ele, sem entender nada, pega um fio e entrega a ela, com uma cara de dúvida.
Maria pediu isso a ele, já que ela o amava e tinha uma coleção bizarra de
coisas dele, como chicletes mascados, lápis mordidos, fios de cabelo e até um
pedaço de lanche que ele havia mordido. Maria era realmente fissurada por José,
mas ele não gostava nem um pouco desse amor.
Um dia José some e todos ficam preocupados com o sumiço, já que ele
era muito querido por todos e principalmente por Raimundo, que foi quem saiu à
procura do amigo. Raimundo foi à procura dele em todas as partes: nos parques,
lanchonetes, casas dos amigos e onde ele sabia que José gostava de passear, mas
infelizmente não conseguiu achar seu parceiro.
Até que ele teve a grande ideia de ver as câmeras da escola. Viu que
José saiu com Maria, mas não sabiam para onde, já que as câmeras não pegaram
os dois a partir de um ponto.
Raimundo foi então procurar a casa de Maria que se localizava em uma
região bem macabra, com vários cachorros latindo, vários morcegos voando e
muitas mansões abandonadas e escuras com teias enormes de aranha. Tudo era
muito assustador!
Quando Raimundo acha à casa de Maria, ele entra e percebe que era
uma casa muito sombria, com vários pôsteres com o rosto de José e com quatro
coleções de objetos tocados pelo desaparecido. Maria, assustada com a visita,
decide disfarçar, oferecendo-lhe uma xícara de chá, mas Raimundo não aceita e
revista a casa da menina. Até que ouve gritos e quando vê, José estava preso em
uma cadeira, todo sujo com marcas de batom no rosto. Seu amigo então comunica à
polícia, que vai até a casa e prende Maria.
Quando foi solto, José contou a todos que a menina havia o raptado e o
prendido numa cadeira e que, com toda aquela obsessão pelo menino, Maria havia
também o beijado à força.

327
Os alunos foram orientados a produzir um cordel a respeito deles mesmos, apresentando-nos
suas características.

Cordel da comilona

Giovana Massote Grossi Couto

Minha vida eu vou contar


Tenho 12 anos de idade
Venho aqui escrever
com muita felicidade
Eu vou começar
Antes que fique tarde.

Nasci em Belo Horizonte


Sou uma mineira
Gosto de dançar
Principalmente na sexta-feira
Pois depois posso dormir
Sem me preocupar com a canseira

Gosto de assistir à tv
Amo conversar
Minhas amigas gostam
De o papo em dia colocar
Nunca nego uma comida
Pois, depois arrependida, vou ficar.

328
Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.

A viagem chuvosa

João Oliveira da Costa

Era uma vez, uma família muito católica que tinha acabado de ter um
filho. A avó do novo integrante da família fez uma promessa. Prometeu que, se o
bebê nascesse com saúde, iria fazer uma viagem para a cidade de Aparecida.
A viagem de ida ocorreu tranquila, sem nenhum imprevisto. Quando
chegaram à cidade, ficaram maravilhados com sua beleza e participaram de muitas
missas. A avó do bebê tinha compromissos e teve que voltar mais cedo para sua
casa.
Logo depois o pai, a mãe e o filho partiram também em viagem. No
caminho começou a chover. A família, apressada, não desacelerou o carro quando
começou a chover. Inesperadamente, o carro aquaplanou e ficou girando em
círculos. Com isso, os quatro lados do carro foram atingidos até o veículo parar. O
pai e a mãe sobreviveram, mas o filho, mesmo em uma cadeirinha própria para a
idade, estava com uma mochila tampando sua respiração. Quando ele foi retirado do
carro, estava chorando muito, mas não emitia nenhum som, eram apenas lágrimas.
No hospital, os pais esperavam pelos resultados dos exames feitos no bebê, quando
escutaram uma história sobre um casal que havia sofrido um acidente semelhante
na semana anterior. Mas daquela vez o bebê não estava na cadeirinha e, com a
batida, ele voou do carro e morreu.
Assim o casal nunca mais correu na estrada, principalmente quando
começa a chover. Eles também nunca mais marcaram hora para chegar de uma
viagem.
Depois de tudo isso o bebê cresceu saudável e, quase 11 anos depois,
recebe um dever que era o de escrever uma redação misteriosa. Sem ideias, pede
ajuda a sua mãe que lhe conta essa história. Inspirado, o ex-bebê escreve a redação
narrando o fato.

329
Os alunos foram instruídos a criar mitos que tivessem a explicação sobre a origem de algo que
fosse importante para eles.

A deusa chorona

João Oliveira da Costa

Há mais de 2000 anos, no Acre, existia um jovem que, na busca por


conhecimento, foge de sua tribo. Ele caminha às margens do rio, com o objetivo de
saber onde aquelas águas terminariam. Andou e andou, até chegar em uma
montanha cujo pico ficava acima das nuvens. Assim o rapaz, muito determinado,
sobe a montanha, pois seu sonho era saber de onde a água vinha.
Quando chegou lá em cima, viu uma deusa chorando, e dela saía toda a
água do mundo. Ele chegou perto da deusa e perguntou:
- Por que está chorando?
Então ela apontou para um lugar de onde havia um deus perverso, que
dominava os outros deuses.
O jovem então pegou uma pedra, abriu o tórax daquele deus em uma
batalha e lhe arrancou o coração. A deusa, feliz, parou de chorar, mas por causa
disso teve seca no mundo. Então, o jovem não viu outra escolha, matou o filho da
deusa e saiu correndo.
Então, nunca teve tanta água no mundo.

330
Os alunos leram o conto “A orelha de Van Gogh”, de Walcyr Carrasco, e criaram a versão
deles da história, a partir do ponto de vista do credor implacável.

A orelha de Van Gogh

Júlia Maria Coutinho Corrêa

Meu nome não te importa, mas sou um credor e quero saber o quanto
cada uma das pessoas me deve. Sem tempo para conversas paralelas, cobro o meu
dinheiro impiedosamente, sem paciência para escutar justificativas que não mudam
o meu objetivo.
Cobro até o último tostão e dedico os meus recursos financeiros à minha
paixão pelos quadros de Van Gogh. Como de costume, estava admirando um dos
quadros de Vincent enquanto repousava em minha poltrona de couro e fumava um
charuto. Estava à espera de notícias de uma das minhas criadas avisando que
Robson, o dono de um armazém, havia pagado sua dívida que, por sinal, era
consideravelmente alta. Mas, em vez disso, encontro a figura na minha sala de
estar.
Aquilo era o bastante para me irritar, tendo em vista que ele não trazia
consigo nenhum dinheiro, e sim, um pote e um brilho misterioso no olhar. Sem
tempo a perder, ele revelou o conteúdo que trazia no recipiente, a orelha de Van
Gogh, a que ele teria cortado ainda no século XIX. Entretanto não era a certa, ele
me trouxe a orelha direita e queria dar um golpe no credor implacável fã do pintor
holandês? Por outro lado, quem mais teria uma orelha?
Como parte do plano atirei o pote pela janela e o esperei ir embora
desolado, para pegar a orelha falsa e guardá-la, afinal havia encontrado o meu novo
fetiche: orelhas!

331
Os alunos foram instruídos a criar mitos que tivessem a explicação sobre a origem de algo que
fosse importante para eles.

Fogo e gelo

Júlia Maria Coutinho Corrêa

Mesmo sendo irmãos, eles não puderam conviver durante a infância pois
um deles morreria caso o encontro acontecesse. Assim não havia jeito, eles nunca
poderiam se encontrar mas mesmo dessa maneira eles se amavam e queriam estar
juntos.
Fogo era irmão gêmeo da Gelo, e quando o casal foi separado, ela ficou
no Ocidente, e ele no Oriente. Fogo, diferentemente da irmã, era solitário porque,
além de se estressar fácil e mesmo tentando se controlar, destruía tudo a sua volta.
Por causa disso ele vivia triste, infeliz e decidiu se isolar. Já Gelo era amada por
todos, vivia feliz e mesmo quando estava triste ninguém notava, pois guardava a
tristeza apenas para si.
Quando Gelo descobriu a existência de seu irmão, os adultos não
quiseram entrar em detalhes para lhe dar esperanças de que um dia poderiam se
ver e a proibiram de falar desse assunto.
Todos os dias Gelo se perguntava onde e como estaria seu irmão, ela
queria saber como ele era. Mesmo tendo diversos amigos, Gelo passou a se sentir
só, era um sentimento incomum que só alguém que o sentia poderia entendê-la.
Gelo se sentia triste e infeliz como Fogo; ele, por sua vez, não aguentou,
queria ser feliz como sua irmã pois sabia que no Ocidente ela era adorada por todos
pois era muito amável e simpática, então, depois de muitos anos, Fogo decidiu sair,
ser livre e tentar ser feliz sem a companhia de ninguém e foi isso que fez. Libertou-
se e foi correr pelas terras afora.
A notícia de um fora da lei que estaria queimando todo o Oriente chegou
ao Ocidente, onde todos começaram a temê-lo. Gelo não se importava mais com
nada. Quando Fogo chegou ao Ocidente, nunca havia sido tão feliz em toda a sua
vida, e Gelo nunca havia sido mais infeliz em toda sua vida também. Ele descobriu
sua paixão, que era correr, pois quando corria se sentia livre e feliz, e ela descobriu
a sua maior tristeza, a solidão. Quando todos se refugiaram para o oeste, Gelo não
quis ir, ficou no leste sozinha; Fogo foi ao leste, eles se encontraram, descobriram

332
um ao outro, a felicidade foi imensa, finalmente estavam juntos! Eles ficaram
imensamente felizes.
Infelizmente o encontro não durou muito, antes mesmo de Gelo
experimentar o calor do abraço do irmão, e Fogo provar um pouco do frio corpo
gélido da irmã. Então eles começaram a se desfazer, derretendo. Assim finalmente
entenderam por que não podiam se encontrar: para um viver, o outro morria, mas
não importava mais aos dois, agora estavam unidos e alegres, entretanto,
desfizeram-se e formaram a água, fonte de vida para tudo e assim puderam viver
juntos para todo o sempre. No reino, o fogo passou a ser tão respeitável quanto a
água, e descobriram que nunca mais deveriam separar os irmãos porque eles eram
inseparáveis.

333
Inspirados pela clássica história de Dorothy e seus amigos, em “O mágico de Oz, de L. Frank
Baum, os alunos foram orientados a criar um enredo que se passasse na terra mágica.

Em busca de Oz
Lívia Fiorini Maia Santanna

Eu sofro bullying de algumas meninas da minha escola, dizem que sou


esquisita e feia só porque não tenho tantos seguidores nas redes sociais e uso
óculos. Eu cansei de tudo isso, então vou fugir para a floresta secreta, dentro de um
bosque. Vou arrumar uma mochila com bastante comida e roupas.
Entrei na floresta e comecei a caminhar, mas estou ficando com muito
sono, pois acordei muito cedo para vir. Então sentei embaixo de uma árvore e dormi.
Depois de um tempo, fui acordada por uma mulher, ela me disse que era
a Bruxa Boa do Norte. Então nós contamos nossas histórias uma para a outra, e ela
me disse para eu procurar um Mágico chamado Oz. Explicou-me quem é ele e o
caminho, então comecei a viagem naquela mesma hora.
Caminhei pelo resto do dia e à noite fiz uma caminha de flores e folhas
para eu dormir. Usei meu casado como coberta. Antes de dormir, comi uma fatia de
pão com manteiga.
Já no dia seguinte, acordei cedo, comi e andei um pouquinho, até que
achei um laguinho. Aproveitei para pegar água e me refrescar. Depois voltei a
caminhar. Estou com saudades dos meus pais e das minhas amigas Luana e
Amanda.
Passaram uns três dias, e não aguentava mais andar sozinha. Até que
encontrei o Espantalho em um milharal, ele pediu minha ajuda para tirá-lo dali. O
ajudei, e contamos nossas histórias um para o outro, agora ele é o meu
companheiro de viagem. Ele queria ter um cérebro, e eu parar de sofrer bullying.
Andamos por alguns dias, e a comida acabou, tive que comer fruta e
beber água.
Depois de algum tempo caminhando, chegamos à cidade das
Esmeraldas. A cidade é toda verde e com muitas casinhas. Uma moça nos convidou
para almoçar e descansar um pouco em sua casa.
Depois de um tempo, chegamos ao palácio de Oz. O guardião dos
portões nos perguntou o que queríamos com Oz, então permitiu a nossa entrada,

334
mas antes tínhamos que colocar uns óculos verdes que ficavam trancados em um
baú.
O guardião nos levou até um salão e foi perguntar a Oz se ele poderia
nos atender. Ele autorizou e então fomos levados para nossos quartos, pois em três
dias vamos ser chamados.
Três dias depois...
Fui chamada por pelo grande mágico às 9h da manhã. Quando entrei na
sala onde se encontrava o trono de Oz, notei uma cabeça de fogo em cima do
assento, com os dizeres que ali ficaria Oz. Contei para o mágico minha história e
que queria parar de sofrer bullying, mas ele me disse que eu teria que matar a Bruxa
Má do Oeste e a mesma coisa para o espantalho, mas para ele Oz era uma linda
mulher com vestidos verdes.
Então, no dia seguinte, fomos para o país do Oeste. Saímos cedo e,
quando chegamos lá, encontramos a Bruxa e discutimos com ela, então peguei um
balde d’água e joguei nela que, em um minuto, desapareceu. Eu matei a Bruxa!
Fomos até à cidade das Esmeraldas muito rápido, chegando lá contei
para Oz e ele se revelou. Não era um mágico, era um velhinho que usava suas
coisas para fingir ser mágico. Ele me disse que eu preciso contar para os meus pais
e para a escola sobre o bullying e tentar ignorar aquelas garotas. Para o Espantalho,
ele deu o cérebro que o “boneco” tanto queria.
Usei um balão para voltar para minha casa. Agora não sofro mais bullying
e já contei para todos sobre o problema. As meninas foram expulsas.

335
Os alunos foram orientados a escrever uma redação com o tema livre, então puderam soltar a
imaginação!

Lívia Fiorini Maia Santanna

No dia 27 de abril de 2015, Cláudio, Lívia, Manuela, seus tios Daniel e


Aline, e o primo Guilherme foram para a Disney. Eles se encontraram no aeroporto
para pegarem os voos juntos. Foram de Belo Horizonte para o Panamá, num voo
que durou 7 horas, e depois do Panamá para Miami, viagem de umas 3 horas. No
avião tinha televisão e eles entregavam fones de ouvido, cobertor e travesseiro para
os passageiros.
Chegaram quase uma hora da manhã em Miami e foram passar a noite
em um hotel para irem de carro até Orlando. De manhã, deram uma passeada em
Miami e já no caminho para a Disney, pararam em um restaurante para almoçar. A
viagem demorou um pouco e só chegaram às 22:30 no hotel.
No outro dia, aproveitaram para fazer compras no Walmart e no Outlet.
Era tudo muito barato lá. Almoçaram em um restaurante em um hotel superlegal.
Depois voltaram para curtir um pouco o hotel.
Nos outros dias se divertiram nos parques, a cada dia foram em um:
Magic Kingdom, Animal Kingdom, Épcot, Hollywood Studios. Neles, foram em
montanhas-russas, tiraram fotos com personagens da Disney, brincaram e comeram
muito. Já nos parques aquáticos Blizzard Beach e Thayphoon Lagoon foram nas
piscinas de ondas, em brinquedos dentro d’água, brincaram na areia e até
mergulharam com vários peixes coloridos. As piscinas eram quentinhas, menos
aquela onde mergulhavam com peixes, que era congelante.
Tiveram vários dias que eles passearam e fizeram muitas compras.
Trouxeram ímãs de geladeira, mochilas, chocolates e até presentes para seus
colegas.
Eles chegaram bem e muito cansados. Estavam morrendo de saudades
da mãe e dos colegas. Quando chegaram em casa, mostraram tudo o que
compraram e contaram tudo o que fizeram para a mãe. Estavam cansadas e com
muitas saudades, mas foram à aula do mesmo jeito.

336
Os alunos foram instruídos a capturar imagens de cinco momentos que lhes chamassem mais
atenção ao caminhar pela escola. Depois, eles tiveram que criar uma crônica a partir de uma
das imagens.
Algo original para uma coisa tão boa

Lívia Maria Leão

Ao ouvir uma música


que gosto muito tocando em meu
celular, resolvo sentar em um
banco da praça para apreciá-la.
Divirto-me ouvindo-a e me
lembro de momentos que passei
com as minhas amigas ouvindo
essa música.
De repente, alguém
me liga. Era a minha mãe me
chamando para voltar para casa.
Levanto-me e olho para frente. Vejo uma árvore. Mas não apenas mais uma árvore.
Ela, de certa forma, me trazia conforto. Sensações de alívio, mas ao mesmo tempo,
um vazio inexplicável.
Essa árvore continha folhas verdes, sementes e flores. O verde das folhas
era semelhante a um degradê, com tons mais escuros em cima e mais claros
embaixo. Formatos considerados banais. Abrigava famílias das mais tradicionais,
como pai, mãe e filhos, e das mais animais, como pássaros e micos, pois tinha
galhos compridos e cascas grossas.
Fiquei olhando para ela. Não tinha reação, apenas a olhava
detalhadamente. Todos passavam e me viam sentada contemplando a linda árvore,
mas eu nem ligava.
O telefone toca. Era novamente a minha mãe. Ignorei essa e várias outras
ligações dela e de qualquer outro. Em minha mente passavam apenas os momentos
que vivenciei. Tristes, felizes, assustadores, inexplicáveis, únicos. Olhei para o céu e
percebi que já estava virando noite. Quando percebi as horas, dei-me conta de que
estava ali a contemplando há muito tempo. Atendi as ligações da minha mãe e falei
que já estava voltando para casa, sem justificar a demora.

337
Peguei meu telefone, coloquei na música que estava tocando antes,
deixei-o no bolso e fui andando para casa, pensativa sobre os momentos que aquela
árvore me fez relembrar, refletir. Espero que possa voltar lá ou apenas sentir as
mesmas sensações em qualquer outra ocasião.

338
Os alunos foram orientados a produzir um cordel a respeito deles mesmos, apresentando-nos
suas características.

Cordel da não nerd

Lívia Maria Leão

Sou mineira de BH
Muito prazer, meu nome é Lívia
Hoje tenho 12 anos
E como sobrenome Maria
Todo mundo acha que meu nome é composto
Mas o sobrenome da minha mãe também é Maria.

Estudo no Imaculada
Já faz sete anos
Aqui tenho muitos amigos
E no futuro, eles estão nos meus planos
Sem eles não vivo sem
E até o sol, juntos contemplamos.

Gosto de ler
Escutar música também
Se eu sou nerd?
Neemm!
Gosto muito de aprender
Mas de brincar também.

339
Preocupados com a previsão de que em 2050 haverá mais plásticos nos mares do que peixes,
os alunos puderam refletir a respeito do uso excessivo do material, principalmente na forma
descartável.
O plástico e o futuro marinho
Lívia Maria Leão
O consumo de plástico vem aumentando cada vez mais. Uma boa parte
dele, por volta de metade, é descartada em oceanos, prejudicando a fauna marinha.
Segundo um levantamento realizado por Ellen MacArthur, da Ellen
MacArthur Foundation, houve um aumento de 2073% na produção do plástico de
1964-2014.
Por ele ser um material resistente e muito utilizado no nosso dia a dia, as
pessoas desconhecem os efeitos prejudiciais ao meio ambiente. O plástico demora
cerca de 450 anos para se decompor na natureza e, mesmo assim, ainda existem
plásticos muito resistentes que podem demorar mais. Sua poluição é considerada
uma das maiores causas de danos ambientais.
‘‘Boa parte, quase a maioria do produto, é descartado nas margens dos
rios, sobretudo na Ásia.’’, diz Jenna Jambeck, que dá aulas sobre engenharia
ambiental na Universidade da Georgia, Estados Unidos, em reportagem da National
Geographic. Já o economista Ted Siegler diz que somos capazes de solucionar o
problema de excesso de plásticos no mar. Para ele, ‘‘o que falta é criar as
instituições e os sistemas necessários’’ para que isso aconteça.
Mais da metade da produção de plásticos está localizada em esgotos e
aterros sanitários. Uma boa parte do produto, que deveria ser reciclada, acaba indo
para o mar, causando a morte e/ou contaminação de muitos animais. Pesquisas
apontam que 90% dos animais marinhos já consumiram alguma micropartícula
plástica.
O problema é que o plástico, na maioria das vezes, é usado em um curto
período de tempo. Um exemplo disso são os canudinhos descartáveis, que podem
demorar até mil anos para se decompor na natureza.
Mas o mundo está tomando atitudes para isso mudar. No Rio de Janeiro,
por exemplo, há uma lei que proíbe o uso de canudos descartáveis de plástico nos
restaurantes e estabelecimentos comerciais. Já na Europa, foi aprovada uma
proposta para a redução da produção de materiais que contêm plástico. Sua
proposta é banir cotonetes, talheres, pratos, canudos, mexedores de bebida e
varetas a base do produto.

340
Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.

A forte Blenca

Lívia Maria Leão

Era linda. Possuía sardas, olhos verdes, cabelo ruivo, era branca e tinha
um olhar distante. Morava em Copenhagem, na Dinamarca. Chamava-se Blenca e
era casada há seis anos com Soren.
Ela era pintora em plena década de 1930, já muito conhecida e talentosa.
Pintava autorretratos com seu marido e retratos de outras pessoas. Suas obras
eram famosas em toda a Dinamarca, e recebia pedidos para levar suas obras para a
França.
Um dia, Blenca foi chamada para participar de um baile, onde seus
quadros apareceriam. O convite era para ela e Soren, mas ele não queria ir, o que
fez a pintora ir com sua irmã, Lavínia. Ambas estavam muito animadas. O local onde
o baile ocorreria era um salão, lá tinha uma sala para dança e outra para as
exposições de obras de arte. Entre elas, os quadros de Blenca. O salão era enorme
e com a arquitetura dos anos 30.
Chegando lá, um vizinho a chamou e a colocou a par da situação de
Soren. Ele estava sendo levado pela polícia sob a acusação de plágio de obras de
arte famosas. Blenca, desesperada, saiu correndo para ajudar o marido, deixando a
irmã no baile. Ela conhecia bem seu marido e sabia que ele era honesto. Com a
esperança de ver o marido em casa, correu para lá e encontrou em sua porta os
vizinhos preocupados com Soren. Alguns julgavam-no, mas outros rezavam.
Correu para a delegacia e viu Soren sendo interrogado pelo delegado.
Conversaram por muito tempo, e Blenca estava com medo do que poderia
acontecer. As denúncias aumentavam e Soren não acreditava no que ouvia.
Felizmente foi provado que ele não era culpado. Blenca e Soren voltaram para casa
e ficaram cada vez mais apaixonados pela pintura.

341
Diante de todas as dificuldades que o casal passou, Blenca sempre foi
muito forte e muitas vezes suportava tudo sozinha, sempre vendo o lado bom das
coisas.
Anos se passaram e, em 1938, Soren sofreu uma parada cardíaca e
faleceu. Blenca, em homenagem ao marido, continuou fazendo retratos dele até o
resto de sua vida. Em 1942 ela faleceu deixando suas obras conhecidas em toda a
Dinamarca.

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nspirados pela clássica história de Dorothy e seus amigos, em “O mágico de Oz, de L. Frank
Baum, os alunos foram orientados a criar um enredo que se passasse na terra mágica.

Em busca de amigos na escola

Manuela Fiorini Maia Santanna

Ontem cheguei ao país do Norte, que era governado pela Bruxa Boa do
Norte. Não sei direito como cheguei aqui, mas ela me contou que estava passeando
pelo seu país e me viu dormindo embaixo de uma árvore. Ela me levou para sua
casa e, mais tarde, quando acordei, Glinda, a Bruxa Boa do Norte, conversou
comigo e contei que queria ter amigos na escola. Ela achou que, como eu tinha
acabado de acordar, estava delirando. Mas não. Na manhã seguinte, confirmei tudo.
Ela disse que Oz poderia me ajudar. Contou-me tudo o que sabia dele, enquanto
tomávamos um delicioso café da manhã. Também contei minha história.
No dia seguinte, estava prontíssima para ir até à Cidade das Esmeraldas,
onde vive Oz, e conseguir amigos na escola. Glinda fez uma cesta com muita água,
biscoito, frutas e pães, pois sabia que a viagem iria demorar um pouco. Ela deu um
beijo na minha testa, além de me dar segurança durante toda a viagem. Depois me
ensinou o caminho para chegar até Oz.
Foram muitos dias de viagem até chegar à Terra de Oz. Teve muita
aventura e um pouco de perigo, mas consegui me defender com as “armas” que
tinha. Esse país era muito divertido e diferente. Tinha deserto, floresta e um lindo
campo com flores em um país só. No caminho, a comida foi suficiente e algumas
vezes peguei alguns frutos em árvores na floresta, para funcionar de estoque
quando a comida acabasse. Também tive que economizar água. Para dormir, usei
minha mochila como travesseiro e meu casaco como coberta, já que, como a mata é
fechada, ainda passei frio na floresta. À noite, eu ficava muito cansada, porque
andava o dia inteiro, e dormia onde eu estava.
Algumas vezes tinha um riozinho ou até mesmo um lago. Entrava e me
limpava um pouco. Sempre fazia isso na parte da manhã para despertar mais e ir
me secando ao sol. Minha sorte é que não peguei chuva e nem tive que enfrentar
algum animal perigoso ou selvagem.
Quando sentava para descansar, pensava muito como fui parar ali, nos
meus pais e no meu desejo. Então eu ficava triste e com muita saudade da minha

343
família, até chorava algumas vezes, pois me sentia muito sozinha e queria alguém
do meu lado nessas horas.
Passaram-se três dias e finalmente cheguei à Cidade das Esmeraldas.
Era tudo diferente e verde. Quando entrei na Terra de Oz, fui muito bem
recepcionada e tive que colocar uns óculos verdes. Entrei no palácio e achei tudo
maravilhoso. Um homem avisou a Oz que queria falar com ele. Quando
voltou, levou-me para um quarto e disse que o mágico me receberia no dia seguinte
às 9 horas da manhã.
Na manhã seguinte, no horário combinado, Oz me recebeu e contei tudo
para ele. O mágico era bem estranho: tinha uma cabeça enorme em cima do trono e
uma voz alta e grossa. Expliquei o que queria e ele falou que me ajudaria, mas só
depois de matar a Bruxa Má do Oeste. Então peguei minhas coisas e fui até o país
do oeste. Foi uma viagem menor do que a outra.
Cheguei ao país e logo fui até a Bruxa Má, que escravizava todos que
viviam em seu país, e isso aconteceu comigo. Um dia estava limpando a cozinha e a
bruxa chegou com raiva me pedindo para lavar um monte de pratos. Ela falou coisas
ruins comigo, fiquei com raiva e joguei um balde de água nela. No mesmo minuto,
ela começou a derreter até sumir. No mesmo dia, voltei à Cidade das Esmeraldas.
No dia seguinte, às 9 horas da manhã, falei com Oz e descobri que ele
era um charlatão: não era mágico e não sabia como me ajudaria de verdade. Ele
falou que eu tinha que conversar com as meninas e conhecê-las melhor até que nos
tornássemos amigas.
No dia seguinte, voltei para casa e fiz o que Oz me falou. Agora tenho
amigas na escola!

344
Os alunos foram orientados a escrever uma redação com o tema livre, então puderam soltar a
imaginação!

Manuela Fiorini Maia Santanna

Um dia Lívia, Manuela e Flávia estavam no aeroporto pegando um voo


para Aracaju, com conexão a Guarulhos. Chegando em Guarulhos, iriam pegar outro
voo para Aracaju, mas ele atrasou muitas horas. As meninas estavam com fome, frio
e sono, as horas passavam e o voo não saía. Acabaram encontrando com um
menino do mesmo colégio delas chamado Henrique. Eles se conheciam um pouco
então aproveitaram para conversar enquanto o tempo passava. A coincidência era
tanta que ele pegou o mesmo voo que elas e iria fazer o mesmo para Aracaju.
Um tempo depois, Flávia não aguentou ficar parada esperando e decidiu
fazer um protesto no aeroporto contra a GOL, juntamente com as pessoas que
pegariam aquele voo. Os três acharam isso muito engraçado, afinal, as mães deles
saíram protestando no lugar, mas ao mesmo tempo sentiram muita vergonha.
Depois de algumas horas, conseguiram pegar o voo, mas o primo do pai
delas estava esperando-as desde à meia-noite! Pousaram umas 4 horas da manhã.
Pelo menos chegaram bem! Quando chegaram à casa do primo do pai delas, Joari,
foram direto dormir, pois estavam muito cansadas e precisariam acordar bem cedo
para irem à praia.
No dia seguinte, todos acordaram felizes e animados para passarem o dia
na praia! Elas se divertiram muito com os primos e com a mãe. Como elas viajavam
muito para lá, tinham o costume de irem à sorveteria depois da praia. Quando
chegaram à casa de Joari, foram brincar de várias coisas e depois foram para a
casa da amiga da prima delas, lá brincaram muito! Um tempo depois voltaram para a
casa de Joari e jantaram. Os primos das meninas tinham dois jabutis! Eles eram
enormes e as meninas tinham até medo de tocar neles!
Nos outros dias, fizeram praticamente a mesma coisa, mas num desses
dias todos foram à feirinha. A Flávia ama o evento, pois compra presentinhos para a
família, tem música, podem tirar fotos lindas e passeiam todos juntos!
Apesar disso ter acontecido há muitos anos, eu lembro muito bem dessa
viagem! Foi incrível e cheia de aventuras, como eu gosto!

345
Os alunos foram orientados a escrever uma redação com o tema livre, então puderam soltar a
imaginação!

Maria Eduarda de Oliveira Costa Vasconcelos

No planeta 0735, um planeta em uma galáxia afastada de todas as


outras, existiam ET’s que se autodenominaram de nação dos Bilus, eles eram muito
inteligentes e tinham muita facilidade em descobrir coisas novas.
Um dia descobriram que não estavam sozinhos no universo, existiam
outros seres na via Láctea, especialmente no planeta Terra, e decidiram que fariam
uma expedição por lá para aprender novos conhecimentos. Um ET se candidatou a
fazer a viagem, Moscou era o nome dele. Ele era muito curioso e queria conhecer
outros lugares.
Moscou não poderia ir em sua forma natural nesta viagem, afinal ele não
queria assustar ninguém. Os ET’s resolveram mandar um robô invisível para
encontrar a imagem de um ser que Moscou pudesse usar como disfarce. Então, ele
se disfarçou de cachorro, um ser doméstico que vive entre os principais seres na
Terra, o homem. Subiu em seu foguete e pousou na Terra sem ser percebido, então
desceu próximo a uma instituição de doação de animais domésticos. A diretora do
local, Tereza, quando o viu, ficou apaixonada por aquele pequeno ser, e Moscou
sentiu algo parecido por ela. Em seguida, ela o levou para casa.
Moscou conheceu sua nova família e se sentia acolhido. Ele escreveu
toda essa vivência no seu minicomputador e começou a ler todos os livros da
biblioteca de Tereza. Leu sobre a natureza, os ecossistemas existentes, os
costumes dos povos terráqueos e tudo sobre as diversas culturas. Ficava cada vez
mais impressionado com aquele planeta, mas seu tempo estava acabando. Chegava
a hora de Moscou partir, porém ele se sentia muito triste com essa situação.
Resolveu forjar a sua morte pois achou que seria melhor para a sua família adotiva e
Tereza.
Despediu-se e partiu com muita tristeza para o seu planeta.

346
Os alunos foram orientados a escrever uma redação com o tema livre, então puderam soltar a
imaginação!

Maria Fernanda Rodrigues e Silva

Havia quatro garotos que eram amigos desde muito tempo, eles se
chamavam Rafael, Dustin, Iago e Nathan.
Certo dia se reuniram na casa do Iago para jogar um game que eles
mesmos haviam inventado. O jogo era sobre monstros e tinha o nome de
Letrígorgon, que era uma das criaturas mais poderosas e perigosas do universo,
segundo o jogo, mas não existia, é claro. Depois de dez horas jogando, a mãe de
Iago disse aos garotos para voltarem para suas casas porque, além de ser tarde, no
dia seguinte eles teriam aula cedo. Dustin, Rafael e Nathan pegaram suas bicicletas
e foram rumo às suas casas.
Rafael foi o primeiro a chegar em casa. Enquanto isso, Dustin e Nathan
decidem apostar uma corrida. Dustin chega em sua casa, e Nathan, o mais novo do
grupo, acaba percorrendo uma área proibida, onde há um Laboratório de Ciências,
que na verdade não é um laboratório comum. Lá eles criam coisas sobrenaturais,
apenas para ganhar dinheiro e, por coincidência, eles acabaram de criar um monstro
muito perigoso e, por mais coincidência ainda, os “cientistas” colocaram o nome do
monstro de Lestrígorgon, mesmo nome do jogo, o que é algo muito perigoso.
Quando Nathan chega em casa tem a sensação de que havia algo
estranho acontecendo e, quando vai atender o telefone, alguma coisa surpreendente
acontece… BOOM!!! E ele some.
Quando acordou, Dolores, a mãe de Nathan, percebeu que seu filho não
estava em casa, então ligou para a mãe de Iago,para saber sobre o paradeiro do
menino, mas Dolores respondeu:
- Seu filho saiu daqui ontem à noite.
Preocupada, a mãe de Nathan ligou para a polícia e relatou o que estava
acontecendo.
Depois disso, os melhores amigos do garoto desaparecido souberam o
que ocorreu e com isso ficaram muito tristes. Com o término da aula, decidiram
procurar Nathan, mas Dolores não autorizou a saída dos três amigos.
Depois de dias procurando o Nathan, e a polícia não ter encontrado
nenhum vestígio sobre ele, os garotos decidem procurá-lo. Mas, à noite, quando já
347
estavam na floresta, começou a chover, e eles acabaram encontrando uma garota
toda encharcada, como se tivesse sido abandonada. Levaram-na para a casa do
Iago. Ela quase não falava, era algo bem raro.
Descobriram que seu nome era Eleven e que ela tinha poderes
sobrenaturais, os quais tornavam possível mover qualquer coisa, mesmo com a
gente segurando, e se teletransportar para onde quisesse.
Havia passado quase um mês e as autoridades ainda não tinham
encontrado o garoto. Eleven falava para Iago que sabia onde o Nathan estava. Até
que um dia ela os levou até a casa do desaparecido, mas, quando chegaram lá,
ouviram o som da sirene do carro de polícia, então foram ver o que tinha acontecido.
Era Nathan sendo retirado do rio. Os meninos ficaram bravos com Eleven por ela ter
lhes dado esperanças, enquanto o amigo já estava morto. Entretanto, a menina
insiste que ele estaria vivo, o que era impossível de acreditar.
Na manhã do dia seguinte, a garota some. Ela se esforça e consegue
encontrar o desaparecido, que estava no mundo invertido. Eleven conta que o
Lestrígorgon, monstro fictício que tinha se tornado real, havia deixado cair uma
gosma no menino transportando-o para esse lugar tão diferente. O monstro acabou
indo para lá também, e Eleven e Nathan conseguiram trazê-lo de volta ao normal,
igual ele era antes daqueles malucos transformarem-no em uma coisa horripilante,
voltando a ser uma boa pessoa.
Os “cientistas” foram presos. Eleven foi adotada pela família de Iago. Os
meninos inventaram uma desculpa esfarrapada para explicar o retorno de Nathan,
mas ninguém acreditou. Então, durante esse quase um mês, ele estaria brincando
com seus primos de outra cidade, fato que sua mãe havia esquecido pois era meio
maluquinha. Assim, colocaram a culpa de tudo na mãe do garoto.

348
Os alunos foram orientados a escrever uma redação com o tema livre, então puderam soltar a
imaginação!

Qual é o seu?

Mariana Lawrence Leite Jorge

Em uma escola havia uma menina bem "diferente", que se chamava Ana.
Ela gostava de quadrinhos de super-herói enquanto as outras meninas liam sobre as
princesas, ela usava óculos, e as outras tiaras etc.
Por causa disso, ela era muito zoada pelos colegas, quase não tinha
amigas, ficava sozinha no recreio, chegava em casa chorando e falava que ninguém
gostava dela! Seus pais diziam que ela era apenas diferente, e que isso era uma
característica dela e de mais ninguém! Pena que ela não acreditava, achava que era
mais um defeito do que uma qualidade.
Uma certa noite, Ana sonhou com uma visita muito especial, a Mulher
Maravilha. Quando a heroína viu a menina chorando, logo perguntou:
- O que está acontecendo, Ana? - perguntou a Mulher Maravilha.
- Ah, sabe, eu sou muito errada! - respondeu Ana.
- Eu não sou como as outras meninas, gosto de quadrinhos e tal. Se eu
ao menos tivesse superpoderes igual a você... - respondeu Ana.
- Mas quem disse que você não tem? - indagou a heroína.
- Tenho? Qual? - disse Ana.
- Toda(o) menina(o) tem o seu poder, mas para isso, você vai ter que
descobrir qual é o seu…
Ana continua pensando nisso por muitos e muitos anos.
Hoje, Ana já é adulta! E se tornou uma contadora de histórias! O poder de
Ana é repassar os seus conhecimentos e sua alegria, pois desde aquele dia a
menina sabe que o que realmente vale é o quanto você acredita naquilo, o quanto
sua imaginação te leva... e a de Ana levou-a a ajudar os outros!!!

349
Os alunos foram orientados a produzir um cordel a respeito deles mesmos, apresentando-nos
suas características.

Mineirinha de minas

Mariana Lawrence Leite Jorge

Sou mineira de BH
Moro em uma casinha com meus pais
Muito prazer, sou Marina
Gosto de jogar bola
Me acho uma dançarina
E ontem roubei manga da vizinha

Tenho ainda os amigos da praia


Eles não gostam muito de jogar
Nas manhãs pego a minha bicicleta
Para ir à padaria e o pão comprar
Mais tarde troco de roupa para ir ao mar
No final tomamos picolé de nata com biscoito

Depois de passar um mês na praia, volto a BH


Tenho que encontrar meus amigos
Mas logo, logo as aulas vão começar
E todos vamos comprar os materiais

Eu gostaria de comprar um durex


Já que a professora diz que eu falo demais.

350
Os alunos foram instruídos a capturar imagens de cinco momentos que lhes chamassem mais
atenção ao caminhar pela escola. Depois, eles tiveram que criar uma crônica a partir de uma
das imagens.

A folha vermelha

Matheus Ordones Blaha

Em um belo dia de sol, com


pouquíssimas nuvens no céu, estava
caminhando na minha escola e vejo uma
grande árvore. Observando a luz do sol
atravessando alguns espaços vagos entre as
folhas, resolvo tirar uma foto.
Posiciono-me bem, para a luz do
sol ficar a meu favor, e tiro a foto. Começo a
analisar a fotografia, fico muito feliz e alegre
por ter tirado uma foto tão bela. Observei a
captura do lindo céu azul entre as folhas e os
galhos da árvore, carregados de folhas verde-
claras e escuras. Mas algo me incomodava,
havia uma folha vermelha na árvore, apenas
uma!
Frustrado, torci para que aquela
folha caísse logo para que a árvore ficasse
perfeita, afinal, ela já estava ficando velha. Mas comecei a refletir que, por mais que
algo seja perfeito, tudo tem um defeito.
Olhei mais uma vez para cima e vi aquela folha vermelha novamente,
mas não fiquei com raiva, fiquei contente, pois tinha feito essa reflexão. Peguei meu
celular, olhei para a foto e fui para casa.

351
Preocupados com a previsão de que em 2050 haverá mais plásticos nos mares do que peixes,
os alunos puderam refletir a respeito do uso excessivo do material, principalmente na forma
descartável.

O problema do plástico

Matheus Ordones Blaha

O plástico é um dos materiais mais consumidos no mundo. Sua produção


ultrapassou 311 milhões de toneladas em 2014, um aumento de 2073% desde 1964.
Essa expansão é muito preocupante principalmente para ambientalistas.
Atualmente, 90% dos plásticos contam com as matérias-primas fósseis em sua
fabricação, emitindo nafta e carbono, causando problemas ambientais.
O descarte inadequado do plástico é o maior problema. Oito bilhões de
toneladas de plástico são despejadas todos os anos no mar, causando poluição,
matando milhares de vidas aquáticas e de seres que dependem do oceano.
No Rio de Janeiro, uma lei foi criada proibindo o uso de canudos plásticos
no estado, pois muitos animais morrem ao ingeri-lo. Poucos fungos e bactérias são
capazes de digerir o plástico, portanto, ele tem um tempo indefinido de
decomposição.
O plástico também pode se quebrar em minúsculos pedaços, tornando-se
partículas na água que são muito mais prejudiciais aos seres vivos, sendo ingeridas
até pelos seres humanos.
Uma das soluções pode ser utilizar canudos biodegradáveis de polietileno
verde, que é uma resina produzida a partir da cana de açúcar, no lugar do plástico e
criar campanhas para evitar o descarte inadequado.

352
Os alunos foram orientados a escrever uma redação com o tema livre, então puderam soltar a
imaginação!

Mentirosas

Nicole Pimenta Quites

Um grupo de quatro amigas populares, Aria, Emily, Hanna e Spencer, era


controlado por sua “abelha rainha”, a líder, Alison Dilaurents. Até que o
desaparecimento desta, mudou completamente a história da cidade de Rosewood.
Ceci, irmã de Alison, queria acabar com sua ex-colega, Bettany Yong.
Mas mal sabia ela que, na noite do crime, não enterrara sua inimiga, e sim sua irmã.
Na noite do dia 1° de maio, Alison e Bettany estavam aparentemente com
a mesma roupa, uma camisa amarela e uma calça jeans, além de serem muito
parecidas por terem o cabelo loiro ondulado. Por volta de oito horas da noite, Ceci
viu Alison de costas no cemitério e atirou uma pedra em sua cabeça, fazendo-a cair
numa cova recém-cavada. O que Ceci não sabia era que tinha atingido a pessoa
errada, o interesse era fazer com que Bettany Yong desaparecesse e não sua irmã,
que não tinha nada a ver com a história.
Alison consegue levantar a mão para fora da terra, e Mona, uma ex-
integrante do grupo que passava pelo cemitério, resolveu ajudá-la pois não sabia
quem havia sido enterrada viva. Entretanto, Mona odiava a “morta-viva” pois tinha
praticado bullying com ela durante muito tempo, dando apelidos constrangedores.
Por não gostar de Alison e querer seu lugar como “rainha da escola”, a ex-integrante
falou para a menina fugir, porque senão voltariam para matá-la. Apesar de não
entender nada da história, a superpopular foge e tem a morte confirmada para
despistar os assassinos que estavam atrás dela.
Hanna, Spencer, Emily e Aria ficam anos tentando entender o
desaparecimento repentino de sua amiga. Até que um dia recebem uma mensagem
ameaçadora de alguém denominado -A, dizendo:
- O jogo está só começando, mentirosas.
Durante todo esse tempo, ela ainda manipulava as meninas, fazendo
delas suas “bonecas”; enquanto isso, o grupo tentava descobrir quem estava por
trás disso.

353
Depois de desconfiar de várias pessoas, as meninas encontram Alison
viva, que conta a elas tudo o que viu durante esses 3 anos “morta”. Ela as espionou,
até descobrir que uma pessoa vestida com um casaco vermelho as seguia e que era
a própria -A.
Abraçaram-se, conversaram e mataram a saudade da amiga. Até que
chegou o momento de revelar a identidade secreta de -A.
- Ceci Drake - fala Alison, chorando.
As amigas se desesperam e vão atrás de Ceci para questioná-la sobre o
que fez e o porquê. Quando Ceci vê o rosto de Alison, começa a chorar e explica
tudo:
- Na noite de 1° de abril, eu estava com a intenção de matar Bettany, pois
ela roubava o meu lugar em tudo. Atirei a pedra no ângulo certo para ela cair
exatamente no buraco que cavei. Mas eu não sabia que era você, Alison, que estava
lá. Ameacei as meninas porque desconfiava que elas haviam te matado.
Ceci ouve o barulho da sirene e tenta fugir, mas Emily dá um chute em
sua perna e a segura. Então ela é presa, e Alison quando volta à escola perde a
fama de popular e vira a menina morta-viva.

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Os alunos foram orientados a escrever uma redação com o tema livre, então puderam soltar a
imaginação!

O grande caso

Sofia Pereira Marques

Dylan era novo naquela cidade, chamada de Nam Cadu. Certo dia o
rapaz andava pelas ruas de Nam Cadu até ouvir alguns gritos. Apesar de ele não
ser muito de se enturmar, nunca deixaria de ajudar ninguém.
Perto da casa onde podia se ouvir barulhos estranhos, Dylan pensou
rápido e não se lembrou de que seria mais inteligente chamar a polícia em uma hora
dessas. Então ele resolveu entrar e bancar o herói.
Ao entrar o jovem fez de tudo para não fazer barulho, mas, como era
desastrado, acabou derrubando um lindo vaso cor-de-rosa de uma coleção daquela
casa chique e moderna. O ladrão da casa havia escutado o barulho do vaso e
acreditou que era a polícia, assim acabou sumindo de vista.
A jovem que estava sendo assaltada era com certeza muito bonita e, ao
ver o seu “grande herói”, agradeceu-o oferecendo parte de sua riqueza. O garoto
não aceitou e também não contou a ela que tudo havia sido apenas uma
coincidência. Dylan nem se interessou em perguntar o nome da jovem, mas ela
insistia em pagá-lo e já foi se apresentando. O garoto, com seu jeito tímido, rejeitou
o dinheiro e deu a desculpa de que iria comer alguma coisa. Então Cheryl, a menina
que estava sendo assaltada, foi logo se convidando para ir junto do rapaz. No
caminho, os dois encontraram uma carteira, nela havia com um documento perdido
com o mesmo rosto do assaltante da casa. Logo ligaram para polícia que já
esperava os dois para relatar o assalto na delegacia.
Mesmo com a polícia procurando o assaltante, Dylan decidiu ajudar. Ele
tinha percebido que em sua carteira dizia que o homem era faxineiro do cemitério.
No mesmo momento, Dylan pensou em ir à noite, pois devia ser o seu horário de
turno, já que de tarde e de manhã as pessoas iam ao cemitério.
Enquanto planejava encontrar o assaltante, o rapaz recebeu uma ligação
morrendo de medo, pois acreditava que seria o faxineiro do cemitério, mas
rapidamente ouviu a voz doce e ao mesmo tempo meio maluquinha da Cheryl. Ela

355
perguntava a Dylan o que ele iria fazer à noite, e ele, desconfiado, teve que
responder, pois era para ajudar a achar o grande vilão.
Cheryl falou que queria ir com ele, mas Dylan não a autorizou, dizendo
que era muito perigoso. Mas ela foi assim mesmo, desobedecendo o rapaz.
Chegando à porta do cemitério, Dylan tinha mais medo que a própria Cheryl. Ele
pediu para que ela o esperasse lá fora, enquanto ele entrava no local para tentar
ouvir alguma coisa. Dylan caminhava com as pernas pulando de tanto tremer, porém
conseguiu chegar ao centro administrativo do local, onde ficava o gerente do
cemitério.
Ouvindo algumas conversas, Dylan caminhava bem devagar. Quando
chegou ao ponto mais próximo da cabana, o garoto confirmou o que já desconfiava:
o próprio faxineiro era realmente o assaltante.
Assustado, Dylan deu um passo para trás e acidentalmente pisou em
cima de um galho, alertando os cães de guarda do cemitério. Então ele saiu
correndo o mais rápido que podia, até que um homem mais velho o ajudou.
Ninguém sabia ao certo de onde o senhor tinha vindo, porém, ajudou Dylan a se
escapar daquele local.
Perto de Cheryl, o rapaz contou, desesperadamente, tudo que ouviu
dentro do cemitério e depois agradeceu ao velhinho Patrik, que o havia ajudado.
Então, Cheryl e Dylan contaram tudo à polícia, que logo foi ao cemitério
para fazer perguntas aos funcionários de lá. Assim, os policiais acharam
rapidamente os dois bandidos, e um deles, o que gerenciou o assalto, era o Patrik
que ajudou Dylan a sair do local.
Animados, os dois foram ao Gug’s, um restaurante da cidade, para
comemorar. Nesse dia eles deram o primeiro beijo e continuaram felizes em Nam
Cadu.

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Os alunos foram orientados a escrever uma redação com o tema livre, então puderam soltar a
imaginação!

O melhor amigo do homem

Sophia Lacerda Rösler

Todos os dias, Riley e João, dois irmãos com 18 e 13 anos


respectivamente, iam passear com o cachorro Max depois da aula, almoçavam e
iam andando até a praça. Lá passeavam um pouco, mas o suficiente para Max ficar
feliz, e eles poderem voltar para a casa.
A semana de Riley e João era sempre igual, mas um dia a coleira
escorregou da mão do irmão mais novo e o cachorro fugiu. Como ele não tinha
percebido a fuga de Max, pois no dia seguinte teria prova e estava prestando mais
atenção em seu celular, que havia fotos do caderno com a matéria, saiu
desnorteado à procura do amigo.
Quando Riley percebeu que o seu irmão e o cachorro haviam sumido, já
era tarde demais. Ela os procurou em todos os lados, mas eles não estavam mais
perto dela. Correu para casa para contar à sua mãe, mas ela estava trabalhando e
não queria incomodá-la. Seu pai já tinha morrido há alguns anos, e ela não sabia
mais o que fazer.
A menina passou a noite procurando-os, até que finalmente encontrou os
dois. Porém, tinha alguma coisa errada ali, pois Max tossia como um humano e João
olhava para a irmã fixamente. De repente, saiu da boca do cão um “Oi!”. Riley
começou a gritar mas só não fugiu para não perdê-los novamente.
Max pediu para ela escutá-lo primeiro e disse que possuía o dom de falar
como os humanos, mas o cão nunca tinha dito nada a ninguém, então resolveu
contar seu segredo para as pessoas que mais o faziam feliz no mundo inteiro.
Riley entendeu os motivos de os dos terem desaparecido, e eles voltaram
para casa com um novo melhor amigo em que podiam confiar, ter novos conselhos
sempre e contar segredos que não conseguiam falar com outras pessoas. Max fez
eles se sentirem melhor.
Depois do dia em que Max fugiu, os irmãos ficaram com medo de
acontecer novamente, mas Max prometeu que não iria fugir e disse ainda odiar
aquela coleira. Então o cachorro passou a andar sem coleira e sempre pensava em
como sua vida de cão falante era boa.
357
E depois desse conto podemos confirmar a expressão: “o cão é o melhor
amigo do homem”.

Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.

Uma padaria perigosa

Tácio Victor Domingos Andrade Guimarães de Paula

Numa manhã normal, Guilherme ia à padaria que ficava em frente à sua


casa nova, onde ele acabara de se mudar. Quando estava no caixa, viu um assalto
em frente o local e ficou muito amedrontado, mas ignorou o ocorrido e voltou para
casa.
Guilherme, em sua casa antiga, tinha o costume de ir todos os dias à
padaria, então ele retornou ao local, ignorando o evento do dia anterior, e o
assaltante estava lá novamente. Durante dois meses Guilherme viu assaltos todos
os dias até que um dia foi sua vez. O rapaz, com receio, questionou o porquê de ele
fazer aquilo, no que o homem respondeu que se ele continuasse com as
brincadeiras levaria um tiro. Então Guilherme entregou todo o seu dinheiro e
perguntou o porquê daquilo novamente.
- Por que você faz isso? Assalta as pessoas? Por que não tenta arranjar
um emprego?
- Olhe para mim! Se acha que consigo um emprego assim, está
completamente enganado! - refutou o assaltante.
- Já tentou?
- Claro que sim, e ninguém quis me contratar, eu não completei nem o
ensino fundamental. - respondeu o assaltante olhando para baixo, com cara de
poucos amigos.
- Por que você não empreende com algum negócio? Além disso, há
tantos empregos independentes que você poderia virar um motorista de carros
particulares ou algo de gênero.
- Vou pensar no assunto.

358
Surpreendentemente, o assaltante se desculpa pelo ocorrido e devolve o
dinheiro para Guilherme.
No dia seguinte, quando o rapaz foi à padaria, não havia nenhum assalto.
Então Guilherme olhou para o lado e lá estava o assaltante do dia anterior vendendo
guloseimas. Feliz e orgulhoso, o rapaz vai até o homem para falar com ele, os dois
se conhecem melhor e viram amigos. Leonardo, o ex-assaltante, nunca mais roubou
alguém na vida e acabou se tornando o gerente de um restaurante.

359
Os alunos leram o conto “A orelha de Van Gogh”, de Walcyr Carrasco, e criaram a versão
deles da história, a partir do ponto de vista do credor implacável.

A dívida do comerciante

Tainá Martins Oliveira

Nessa semana, eu estava com problemas com um comerciante. Ele


estava me devendo uma grande quantia, e eu não ia aceitar não recebê-la. O
comerciante era adorado pelos fregueses, já que vendia fiado, mas comigo, isso
com certeza não aconteceria. Fui conversar com ele, para chegarmos à conclusão
de quanto tempo teria para me pagar. Ele disse que era necessário um mês, então
chegamos a esse acordo. Enquanto ele se virava, eu tinha outros problemas, dívidas
envolvendo outras pessoas, e aproveitei para resolvê-las.
Quando estava prestes a terminar, fui ver se tudo corria bem, se ele
estava conseguindo resolver o problema, mas o flagrei no necrotério. Apesar de ter
estranhado o comportamento dele, decidi não comentar nada, pois imaginei que ele
deveria estar atrás de informações sobre um ente querido ou algo do tipo.
Passado um mês, como prometido, ele veio à minha casa, acompanhado
de seu filho, que o esperou do lado de fora enquanto conversávamos.
- Então trouxe dinheiro? – eu disse de uma vez.
Ele, surpreendentemente, entregou-me um pote com uma orelha,
justificando-se:
- Como eu sabia que o senhor é muito fã de obras de arte, trouxe a orelha
de Van Gogh, o pintor holandês.
Fiquei indignado, ele realmente acreditava que eu ia cair numa besteira
dessas?! Ah tá...
Começamos a discutir bastante até que, impulsivamente, peguei o pote e
o arremessei pela janela. Em seguida, o expulsei de minha casa. Ao sair, ele
começou a desabafar com o filho, imagino que esteja dizendo absurdos de mim.
Mas, embora tudo o que ele disse tentando me convencer, era certo que ele tentava,
apenas tentava, me enganar. Como o ditado diz: “Mentira tem perna curta...”.
Era provável que ele não tivesse como me pagar e quis me passar a
perna. Com certeza, o que não tinha de dinheiro também não tinha de imaginação.

360
Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.

Tainá Martins Oliveira

Tônio era um homem que trabalhava numa empresa de turismo. Ele tinha
interesse em conhecer novos lugares, podendo descobrir novidades sobre o local
que ninguém imaginaria. Era alto, magro, corajoso, curioso e impaciente.
Certo dia, ele avisa a seus colegas de trabalho que partirá em uma
viagem a Dubai. Era um lugar que ele sempre quis visitar e agora conseguiu a
oportunidade. Então, no mesmo dia, de noite, Tônio partiu.
Ele preparou o mapa com as coordenadas, o navio, e foi ao mar. Tudo
corria bem, até que começou uma ventania muito forte e, sem que ele pudesse fazer
alguma coisa, o mapa voou para muito longe até cair na água. Tônio nunca mais
poderia recuperá-lo. Ele entrou em desespero, não sabia o que fazer, para onde ir,
estava perdido em meio a um enorme oceano.
A única coisa que surgiu em sua cabeça, naquele momento, foi seguir o
caminho para qualquer direção, até que chegasse a um lugar qualquer. Assim
aconteceu, depois de algumas horas ele avistou uma ilha, provavelmente
desconhecida, mas, sem nem pensar, partiu rapidamente em direção a ela.
Pela primeira vez ele estava com muito medo e bastante ansioso para o
que iria acontecer ali, mas encarou aquilo como uma oportunidade de conhecer e
desvendar um lugar onde nunca nem tinha ouvido sobre, o que poderia ser
interessante. Caminhou, caminhou e caminhou mais. O que ele nem imaginava
naquela hora é que poderia haver coisas perigosas e mais ágeis do que ele, como
animais selvagens.
Durante sua caminhada, encontrou tigres, onças, águias, dentre outros
animais perigosos. O que ele faria?! E agora?!
Correu como nunca antes na vida, foi o mais rápido que pôde para muito
longe, a fim de evitar que os animais o encontrassem. A única coisa que ele
desejava mais do que nunca era encontrar algum ser humano que vivesse ali
também para poder ajudá-lo. Mas, para a tristeza de Tônio, isso não aconteceu…
Com o passar dos dias, Tônio acabou se acostumando com aquela ilha e
estava conseguindo sobreviver. Ele já estava convencido de que dali nunca mais

361
sairia. Para a sorte de Tônio, os colegas de trabalho se lembraram dele e
organizaram uma busca em alto-mar com a ajuda de um helicóptero.
Após um dia de buscas chegaram à ilha, vasculharam-na e finalmente
encontraram Tônio! Para surpresa de todos, ele estava se divertindo, sozinho, mas
ainda sim se divertindo. Não dava para acreditar naquela visão!
Tônio estava entusiasmado e contou a seus colegas tudo o que havia
passado e como era corajoso. Logo após a conversa, o piloto do helicóptero lançou
uma escada para que ele e os colegas subissem. Tônio poderia, de uma maneira
mais segura e inteligente, chegar ao seu verdadeiro destino, Dubai.

362
Os alunos foram instruídos a capturar imagens de cinco momentos que lhes chamassem mais
atenção ao caminhar pela escola. Depois, eles tiveram que criar uma crônica a partir de uma
das imagens.

Aquela igreja
Thiago Penna Cateb

De qualquer canto desta escola é possível avistar as paredes daquela


igreja grandiosa que, apesar de muito antiga, ainda permanece.
Como coisas tão simples e básicas podem parecer tão fascinantes?
Como as folhas verdejantes das árvores que balançam com o sopro suave e
passageiro do vento, ou a cruz que permanece lá no topo.
Olho para baixo e
consigo ver os jovens que
treinam sua dança com tanto
vigor e alegria, jogando seus
chapéus de palha pelos ares
como gesto de comemoração ou
de finalização da dança.
Mas em tudo nesta
imagem, o que mais captura
minha atenção é a torre da igreja e sua cruz no topo que se destaca entre a
paisagem nublada e cinzenta de modo inigualável... mas ainda me ressalta
responder à pergunta anterior: como coisas tão simples podem parecer tão
fascinantes?

363
Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.

Noite no cemitério

Thiago Penna Cateb

Em uma noite qualquer o Sr. Peter estava voltando tranquilo para sua
casa depois de um dia cheio.
Quando ele olha para um relógio que tinha lá perto, percebe que está um
pouco mais tarde do que o comum, então se lembra de um atalho que o levaria mais
rápido para casa. Durante o caminho, Peter lembra-se de que era preciso passar
pelo cemitério e fica um pouco assustado com isso, mas entra no local mesmo
assim.
O cemitério era localizado em uma área deserta da cidade, o lugar era
sombrio e macabro ao mesmo tempo. Por conta do breu que estava, ele pega uma
caixinha de fósforos, que ele sempre leva a qualquer lugar, e acende um fósforo
para atravessar o local lento e atentamente.
Durante o caminho ele começa a ouvir sons assustadores, mas, sendo o
homem sensato que ele era, pensa que é apenas o vento e que está tudo bem.
Alguns passos mais à frente, ele se encontra com um grupo de cães vira-latas
raivosos que tomavam conta do cemitério durante a noite para o coveiro.
Rapidamente os cães avançam no Sr. Peter, e ele sai correndo para não
ser pego pelos animais. No meio da “perseguição”, Peter tropeça em uma pedra e
cai dentro de uma cova. No início, pensa em gritar por socorro, mas rapidamente se
lembra dos cães, então fica calado mesmo estando em pânico no meio daquela
situação.
Depois de alguns minutos escondido lá dentro, o homem decide sair.
Quando ele chega ao outro portão, descobre que ele estava trancado, então se
sente encurralado, pois olha para trás ele avista novamente os cachorros indo em
sua direção. Em um ato de desespero, ele pula o muro do cemitério e corre
desesperadamente para sua casa. Já na porta de casa, encontra com o vizinho, que
havia chegado ao mesmo tempo que ele, e diz:
- Quando eu morrer, podem me enterrar em qualquer lugar neste mundo,
menos naquele cemitério.
364
Inspirados pelo conto misterioso “A porta aberta”, do britânico Saki, os alunos foram
orientados a criar um texto dotado de um tom macabro, com foco narrativo em terceira
pessoa.

Yasmin Vieira das Neves

Spaniel, Srta. Madlyn e seus sobrinhos estavam assistindo à tv, quando o


cachorro vê alguma coisa lá fora e sai correndo. Os sobrinhos de Srta. Madlyn e ela
esperam pelo retorno do animal, mas como estava demorando muito, os sobrinhos
resolveram procurá-lo. Srta. Madlyn espera Spaniel e seus sobrinhos mas, com a
demora, também sai à procura deles. Ela vai à Praça Central, pois sabia que Spaniel
adorava caçar borboletas por lá.
Chegando lá, ela encontra o jardineiro Miller e o pergunta se ele havia
visto os seus sobrinhos e o cãozinho. O jardineiro diz que viu os meninos e o cão
saírem correndo e caírem num lodaçal. Depois disso, não viu mais nada. Srta.
Madlyn volta para casa inconformada e preocupada, então tem a brilhante ideia de
deixar a porta em que eles saíram aberta.
Anos e anos se passam e nada de eles aparecerem. Foram tantos anos
que ela até fez uma casa de repouso e descanso, mas nem imaginava que os
sobrinhos e seu querido cão ainda estivessem vivos.
Sr. Nutella, homem solitário que morava por ali, havia adotado os
sobrinhos da Srta. Madlyn quando eles caíram no lodaçal e ficaram perdidos, pois
todos acreditaram que a tia não ia buscá-los. Um dia, o Sr. Nutella decide ir à casa
de repouso para conhecê-la, juntamente com seus sobrinhos e cãozinho adotivos, já
que o local era bem famoso na cidade. O que eles não imaginavam é que a tia
Madlyn passara anos e anos à procura dos sobrinhos e que era dona da casa.
Chegando lá, entram pela porta que Srta. Madlyn deixava sempre aberta,
na expectativa de que retornassem. Ela fica apavorada quando os vê entrando, pois
todos pensavam que os sobrinhos e o cão estavam mortos, inclusive a Srta. Medlyn.
Então ela se apaixona pelo Sr. Nutella à primeira vista. Ele explica que naquele dia
estava lendo seu jornal na Praça Central, quando viu o cão Spaniel e os garotos
caindo no lodaçal. Então correu para ajudá-los. Ele também conta que levou os
meninos e Spaniel para sua casa e cuidou deles, mas também procura a tia dos
meninos que, infelizmente, não consegue encontrar ou ter qualquer informação
sobre ela.

365
Sr. Nutella e Srta. Madlyn ficam conversando durante um bom tempo e
passam a se encontrar toda semana para bater um papo. Passam-se semanas e
semanas, a mãe dos garotos vai buscá-los na casa da Srta. Madlyn. Todos ficam
muito tristes, mas era a hora da despedida.
Passa-se um bom tempo daquele acontecimento e a mãe dos rapazes
viaja para muito longe, entregando a guarda dos meninos para Srta. Madlyn. Um
ano depois, Sr. Nutella e Srta. Madlyn se casam e, tendo os sobrinhos como filhos,
vivem felizes para sempre.

366
367
Os alunos foram orientados a criar um conto de enigma e/ou mistério, inspirados pela obra do
famoso detetive inglês Sherlock Holmes.

A excursão inesquecível

Amanda Rodrigues e Silva

Em uma manhã de sexta-feira, os irmãos Victor e Valentina despertaram


já um pouco atrasados para a excursão. O tempo era convidativo para ficar em casa,
pois chovia muito e estava frio. Porém, a excursão era importante, então se
arrumaram rapidamente e foram correndo.
Seguiram a viagem com a turma e o simpático motorista Ezequiel, que era
amigo de todos. Chegando ao acampamento, ele reuniu as crianças e pediu para
que todos ficassem juntos.
Saíram para conhecer a floresta. Todos ficaram deslumbrados com a
fauna, a flora e a tranquilidade do local. Tudo era diferente. Porém, Victor,
encantado com tudo aquilo, parou por um momento para observar uma flor, e se
perdeu dos colegas.
Quando se deu conta de que a turma estava longe, tentou alcançá-la,
mas não conseguiu. Então, ouviu um estranho barulho. Era algo estrondoso alto,
parecido com um tiro. Portanto, ficou curioso e foi ver o que era. Caminhou devagar,
sem fazer barulho, e quando avistou um grupo de homens conversando, escondeu-
se e tentou ouvir a conversa. Percebeu que eram caçadores e estavam armados.
Victor ficou com medo.
A essa altura, os colegas e o motorista tinha notado sua falta, então
resolveram voltar para tentar encontrá-lo. Porém, era tarde demais, pois ao tentar
fugir, o garoto escorregou e caiu ao lado dos caçadores. Assim, foi capturado.
Ezequiel e a turma, preocupados, ficaram imaginando o que teria
acontecido, e nessa busca por Victor, encontraram um lobo que tinha acabado de
ser morto. Suspeitaram que houvesse caçadores.
A busca se tornou intensa e perigosa, já que era quase noite. Foi quando
Valentina ouviu de longe um grito pedindo socorro. Então, saíram todos naquela
direção. Ezequiel pediu que as crianças ficassem atrás dele. Saíram andando e
depois de certo tempo, avistaram Victor amarrado a uma árvore. O motorista deixou
as crianças em um lugar seguro e seguiu sozinho até os caçadores.

368
Então, escondeu-se, esperou até que os caçadores saíssem de perto do
menino e correu para salvá-lo. Mas um dos homens voltou para buscar munição e
deu de cara com Ezequiel desamarrando Victor. Iniciaram uma luta. Enquanto isso,
o menino terminou de se soltar, pegou um pedaço de madeira que estava ao seu
lado e bateu com toda sua força na cabeça do caçador, deixando-o desmaiado. Em
seguida, ele foi amarrado e amordaçado.
O motorista chamou a polícia e relatou o ocorrido. Victor agradeceu e
contou que foi sequestrado porque havia ouvido a conversa dos caçadores sobre a
próxima caça dos animais em diferentes locais, e podia contar para alguém. Assim,
Ezequiel levou as crianças para casa em segurança, e animadas com a grande
aventura. O motorista foi um grande amigo e herói!

369
Os alunos leram o início do conto “O homem cuja orelha cresceu”, de Ignácio de Loyola
Brandão, e foram instruídos a dar continuidade à narrativa.

O homem cuja orelha cresceu - Continuação do texto

Amanda Rodrigues e Silva

Morrendo de medo, ele tentava achar soluções. Porém, sua vida era
muito precária, com péssimas condições de saúde e higiene. Ele tomava um banho
a cada cinco dias quando tinha sorte, se não era um banho a cada oito dias. Seu
cabelo era liso e na altura do pescoço, vivia embaraçado e sujo. Ele era bonito e
tinha tudo para mudar de vida se quisesse, mas a preguiça não deixava. O homem
tentava deixar a casa limpa, mas nem sempre era possível, pois ele era um
acumulador de caixas e outros objetos inúteis. Como a renda era curta, ele fazia de
tudo para economizar água. Dessa forma, a casa era empoeirada e cheia de ratos e
baratas. A pia era um nojo, apesar dele não ter muitas vasilhas. E sua alimentação
não era saudável, consumindo somente alimentos empacotados, embalados e
prontos. Ou seja, ele era porco e pobre, mas feliz.
Achava que estava morrendo e seus sonhos desabando, pensava que era
preguiçoso e não tinha feito as coisas como deveria, mas iria mudar se conseguisse.
O homem gostava de sair com os amigos e passar o tempo com a família. No geral,
tinha uma vida social boa. Apesar de tudo, trabalhava muito e recebia dinheiro da
mãe para complementar a renda. Mas era muito exaustivo. Sua preocupação com a
orelha o deixava muito triste, ele poderia até estar em um início de depressão.
Para acabar com a situação, pensou em fazer cirurgia, ou cortar com uma
tesoura ou faca. Era para o seu próprio bem. Decidido, foi ao mercado de moletom e
gorro para cobrir as orelhas. Antes, pesquisou em livros possíveis receitas para
ajudar a resolver o problema e curá-lo.
Então, chegando em casa com os ingredientes e materiais necessários,
preparou um remédio do livro e tomou. Mas pareceu não funcionar, na verdade, o
efeito foi contrário. As orelhas cresciam desesperadamente sem parar. Ocuparam
toda a casa dele e estavam o enforcando. Desmaiou. Depois, de certo tempo,
acordou e estava em sua cama. Foi tudo um sonho, graças a Deus.
Assim que o superou, cumpriu o que havia dito, mudar de vida. O tempo
foi passando e ele se tornou organizado. Foi subindo de cargo até assumir o lugar

370
do chefe da firma. Então, investiu seu dinheiro e montou sua própria empresa. Cinco
anos depois, sua vida havia mudado para melhor. Que inacreditável! Sua condição
financeira estava ótima, e ele estava namorando. Mudou de casa e agora ele que
ajudava a mãe. O pesadelo serviu de inspiração para mostrar que vida era curta e
devia ser aproveitada da melhor forma, dando o melhor de nós mesmos nas piores
condições, pois quem acredita sempre alcança. Foi a melhor lição que já tinha
aprendido e de uma das piores formas, com um sonho.

371
Os alunos foram orientados a escrever sobre solidariedade, empatia e fraternidade, termos tão
presentes no ensino oferecido pela Rede Filhas de Jesus.

Solidariedade: algo fundamental

Amanda Rodrigues e Silva

A solidariedade é algo que todos nós aprendemos, a tratar os outros com


carinho, perguntarmos se está tudo bem, como podemos ajudar, nos preocuparmos
com os sentimentos dos outros, e etc. Mas, infelizmente, alguns se esquecem dela.
Atualmente, as pessoas estão cada vez mais egoístas, pensando
somente nelas e na felicidade própria, custe o que custar. Muitas inventam mentiras,
falsificam coisas, tudo para prejudicar o próximo e ficar na frente dele. Isso é terrível!
A que ponto chegamos! Por mais que isso seja um caso extremo de egoísmo e falta
de solidariedade, às vezes nós mesmos deixamos de ser solidários, quando não
ajudamos alguém que precisava e estava ao nosso alcance; não ajudamos um
deficiente que necessitava de ajuda na rua; não tentamos consolar quem estava
triste e quando deixamos de nos importar com os outros.
Concluímos que a solidariedade ainda é comum no comportamento
humano, mas está diminuindo cada vez mais. Isso é preocupante, uma vez que a
solidariedade é fundamental para uma boa convivência. Deveria ser um
comportamento normal, que nem precisasse ser discutido.
Esperamos que a sociedade nunca se esqueça da solidariedade e sua
importância.

372
Os alunos foram orientados a criar um conto de enigma e/ou mistério, inspirado pelo obra do
famoso detetive inglês Sherlock Holmes.

Os mistérios da ilha de ossos

Amanda Rodrigues e Silva

Certo dia, os alunos da escola de Sant Lugi foram convidados a realizar


uma excursão para um local distante, cheio de mitos e fatos históricos. Chamava-se
Ilha de Ossos. O objetivo era visitar os pontos turísticos, aprender um pouco da
cultura e ver como eram as construções antigas.
Uma semana depois do convite, os alunos foram para a ilha. Bastavam 12
horas para chegar lá.
Erick era um aluno que se destacava por sua inteligência e porque era um
bom escritor. Sua paixão era a leitura. Ele encantava a todos com seus poemas e
histórias de aventura. Tinha uma capacidade incrível de interpretar, imaginar e viajar
pelos livros. E apesar de tímido, tinha seus dois melhores amigos.
Chegando ao lugar, Erick começou a registrar em seu diário suas
primeiras impressões. O planejamento das atividades estava feito. Havia três guias
para auxiliar o passeio. Iriam ficar lá por dois ou três dias.
Os alunos conheceram as principais lojas, museus, bibliotecas, viram a
parte externa das habitações e visitaram o local onde os arqueólogos trabalhavam.
Quase anoitecendo, Erick fez um registro do que havia aprendido e de suas dúvidas.
Continuou a escrever também uma de suas histórias.
Desse modo, iniciou-se um novo dia, com mais ideias para finalizar sua
história. O planejamento para o dia era escrever uma redação sobre o passeio e a
cultura do local. Depois, escolher o lugar que mais gostou e visitá-lo com o auxílio de
uma guia, para esclarecer dúvidas e dar informações.
Passaram-se horas e o menino continuava na biblioteca. Enquanto a
turma almoçava, ele comia apenas uma fruta. Quando acabou, foi explorar a
biblioteca, para conhecê-la melhor. Aproveitou para ler alguns livros também.
Segundo o guia, o local era mágico, pois coisas aconteciam de acordo com o
pensamento caso a pessoa fosse um descendente real de certa dinastia de lá. Erick
perguntou o motivo da ilha se chamar Ilha de Ossos. O guia respondeu que havia

373
muitos segredos do lugar, quem descobrisse e tentasse contar para outra pessoa,
era morto. Os segredos estavam por toda parte, principalmente nos livros.
No fim da tarde, começou a ler uma história sobre guerras, e do nada, à
medida que ele lia e imaginava, as coisas iam acontecendo. Porém, de início, ele
não havia percebido. Então, trocou de livro, dessa vez um de suspense. A história
falava de um homem que matava pessoas aleatórias, e com sua imaginação, o
homem apareceu e tentou o matar. Ele fugiu correndo, tropeçou e bateu a cabeça.
Erick acordou um tempo depois e estava em sua cama no seu quarto
junto com seus amigos. Senhor M, que era o zelador, foi conferir como ele estava.
Ninguém sabia nada sobre esse senhor. O menino perguntou o que havia
acontecido, e o zelador respondeu que ele havia se assustado com um animal e
caiu. No fundo, Erick sabia que era mentira. O homem era estranho e tinha um ar
malicioso. Parecia saber de tudo, mas não queria contar. Erick se lembrou de que
tinha feito anotações no diário antes de desmaiar, mas elas haviam sumido. As
páginas foram arrancadas, e senhor M saiu com um papel no bolso.
Quando ele se recuperou, foi embora para a casa com a turma. Dúvidas
ficaram: quem era o senhor M? O que Erick tinha anotado nas páginas em seu
diário? Será que o que aconteceu na biblioteca foi de verdade? Erick era um
descendente real por conseguir fazer com que o pensamento se tornasse realidade?
Quais seriam os outros segredos da ilha? Futuramente ele desvendaria.

374
Os alunos tiveram mais contato com grandes poetas, como Carlos Drummond de Andrade,
João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e Cecília Meireles. Inspirados pelo trabalho com a
linguagem, os alunos foram orientados a produzir um poema.

Significado da vida
Amanda Rodrigues e Silva

Vida, uma palavra tão envolvente,


Tantos significados, tão abrangente
Algo que mexe com a gente.
A vida é tão linda,

Ainda não entendo como não veem


É uma dádiva, um presente.
Tem que ser valorizada pela gente.
Com ela, tantas coisas para fazer,

Pra realizar, conquistar, descobrir


É melhor aproveitar, cada uma é única.
Infinitas possibilidades, pra que escolher a maldade?

Contemplemos a natureza, imaginemos o futuro.


Quebre o muro da tristeza,
Siga em frente com firmeza.

375
Os alunos foram orientados a criar um texto dramático, retomando o cenário de Sonho de uma
noite de verão, de William Shakespeare. Para isso, a peça deveria ser ambientada numa
floresta encantada, onde pessoas comuns se deparam com seres mágicos.

Amanda Rodrigues e Silva


Isabelle de Pontes Pamplona

Oberon: Bute, temos que reverter isso! Foi um pouco engraçado mesmo, mas agora
temos que consertar nosso erro. Não pode continuar assim, pois Hérmia ficará sem
ninguém, e Helena terá dois amores falsos. Portanto, vamos encontrar alguém para
Helena, e deixar Hérmia decidir por conta própria com quem ela quer ficar.

[Sai Oberon e Bute.]

Bute vai para casa, e junto com a ajuda de Oberon, e eles tentam fazer
uma poção para reverter o erro. Enquanto isso, Alice e Bernardo estavam fugindo
pelo bosque, de Agnes, a bruxa da noite.

[Entram Bernardo e Alice.]

Os meninos eram adolescentes que vieram de uma cidade antiga e longe,


e foram passar as férias com a tia. E a tarde, quase anoitecendo, foram conhecer o
lugar onde a tia morava, visitando o bosque.

Bernardo: Ó meu Deus Alice! E agora? Vamos morrer? Somos muitos jovens para
deixar este mundo tão cedo! Por que essas coisas só acontecem conosco?

Alice: Carambolas Bernardo, pare de ser tolo e corra!

Bernardo: Eu estou correndo, mas estou com muito medo!

Alice: Pare de ser medroso!

[Alice se dirige a Bernardo com um tom de brincadeira, o zuando.]

Bernardo: Mas nós estamos quase morrendo, Alice!

Alice: Não estamos nada! Você que é muito dramático.

Bernardo: Cuidado Alice, se abaixa! Um feitiço de fogo!

[A bruxa lançava feitiços atrás de feitiços, tentando fazer com que eles parassem de
correr, a fim de que conseguir capturá-los.]

Agnes: ignem projecta carmine dicam rapite. Uahahahahaha!

Alice: Se afaste, Bernardo!

Bernardo: Ufa! Obrigado!


376
[Ambos continuam correndo desesperada e continuamente procurando um local de
refúgio para se esconderem. Trocam de cenário para o Vale das Fadas.]

Assim, chegam ao Vale das Fadas, o lugar mais mágico do bosque e o


coração da floresta, onde há uma rosa protegida por um vidro e algumas fadas. Os
meninos ao correrem para esse vale, não foram barrados, mas Agnes sim, por ser
um bruxa malvada, e nenhum mal conseguir entrar, por ser protegido pela flor.

Bernardo: O que… o… o que… aconteceu com a bruxa? Onde viemos parar?

[Entra Ayla]

Ayla: Olá! Eu sou a fada rainha deste vale, e estou aqui para auxiliá-los no que
precisarem. Também posso dar feitiços para suas necessidades.

Alice: Ok. Queremos um feitiço que possa ser útil em nossa jornada.

Ayla: Certo. Sugiro que levem uma flor do vale, pois o feitiço que vocês precisarem
se adaptará às necessidades do problema.

Bernardo: Tá, mas o que aconteceu com a bruxa?

Ayla: Esse vale não permite a entrada de bruxas ou coisas malignas, portanto, ela
não pode entrar aqui. Vou transportar vocês para um lugar seguro.

Bernardo: Mas… Aaaaaaaaaaa!

Alice: Aaaaaaaaaaaaaa! O que está acontecendo?

Ayla: Ah não! Esqueci de colocar esse pó de prata no feitiço, agora não sei onde
eles vão parar!

[Ayla sai. O cenário é trocado pela casa de Bute.]

Os meninos foram parar na casa de Bute.

Bute: Ann… Quem são vocês e o que fazem aqui? Querem um caqui?

Bernardo: Aaaaaaaaaaa!

Alice: Aaaaaaaaaaaa!

Oberon: Bute, o que está havendo? Eu só saí por três segundos!

Bute: Se apresentem, crianças. Comam alguma coisa, sem lambança e sem


festança. Mas se quiserem, poderemos fazer uma dança.

Alice: Olá. Não sei como chegamos aqui e o que está acontecendo nesse bosque,
estamos em choque, pois vimos bruxas, fadas e feitiços, e nem acreditávamos nisso!
377
Bernardo: Verdade! E nós quase morremos! Mas enfim, eu sou o Bernardo e essa é
a Alice, minha melhor amiga.

Bute: Entendi…

Oberon: Talvez seja melhor acolhê-los e levá-los para um lugar seguro, como o
castelo.

Bute: Certo, mas primeiro, vamos conversar em particular, para ver se podemos os
ajudar.

Bernardo: Ei, Alice, pra que serve essa flor que a rainha das fadas deu a você?

Bute: O que?? Vo… Vocês falaram com a rainha das fadas? Que palhaçada!

Alice: Sim, e trouxemos essa flor.

Oberon: Oh meu Deus! Essa flor é capaz de reverter feitiços! E consequentemente


poderá nos ajudar.

Alice: Então faremos uma troca. Nós ajudamos vocês com a flor, e vocês nos
ajudam nos colocando em um lugar seguro.

Oberon: Combinado.

Bute: Meninos espertos, tá certo.

[Todos conversam e se conhecem melhor. Muda de cenário, agora , voltaram a


floresta]

Bute e Oberon, no caminho ao castelo, encontram a Árvore do Destino,


que os levam para onde quiserem, por meio de uma porta mágica.

Bute: Nossa! Nós somos muito sortudos, encontramos a Árvore do Destino, a flor
que reverterá a poção e esse meninos! Ai, que dor de intestino.

Oberon: Concordo Bute. Agora, vamos logo fazer a poção, antes que seja tarde
demais.

[Eles fazem a poção, e tentam fazer com que ela funcione, em Lisandro e Demétrio,
dessa forma, revertendo a poção errada]

Enquanto isso, as crianças se encostam na Árvore do Destino, e vão para o castelo.

Bute: Pronto, agora é só esperar. Vamos orar!

Alice: Uau! Onde nós estamos?

Bernardo: No castelo, eu creio.

378
[Eles vão pedir informações a uma moça que trabalhava lá.]

Alice: O… olá? O que? Tia Odete??

Odete: Crianças… o que fazem no castelo?

Bernardo: Isso não vem ao caso! Por que você está vestida de preto e está aqui no
castelo?

Odete: Eu vou apresentar uma peça de teatro.

Bernardo: E porque não avisou antes para nós?

Odete: Acabei esquecendo, meus anjos. Sinto muito.

Alice: A-ha! Você é uma bruxa! Descobri seu segredo.

Odete: Que piada boa, claro que não!

Alice: Eu vi você pegando aquele copo com magia.

Odete: Parabéns Alice. Agora quieta, não espalhe. Depois conversamos, tenho mais
o que fazer.

Alice: O que? Não acredito que você escondeu isso da gente por tanto tempo! Eu
estava só fazendo uma suposição era brincadeira. Porém, você confessou.

Odete: Uma hora ou outra vocês descobririam. Foi melhor assim. Você também é
uma bruxa, Alice, uma mortal meio bruxa.

Bernardo, Alice e Odete discutem sobre isso. Alice se interessa pelo assunto,
e pensa em se tornar uma bruxa, assim como todas na linhagem de sua família.

[Oberon e Bute entram no meio da discussão.]

Oberon: Nós conseguimos! Nós conseguimos! Conseguimos desfazer o feitiço!


Tudo ocorreu bem e se normalizou novamente!

Bute: Realmente, meus caros. Mas, e a pobre Helena? Ficará sozinha? Deixaremos
seu amor aparecer gradativamente, ou interferiremos?

Alice: Eu cuido disso.

Alice procurou pessoas no castelo que Helena poderia se interessar, e


achou um cavaleiro muito cavalheiro, que também estava a procura de seu amor
verdadeiro. Assim, ela os juntou, os convidando para um jantar. E dessa forma, o
tempo foi passando, até que eles decidiram se casar.

379
Oberon: Muito obrigado pela ajuda de vocês, meninos! Todas saíram ganhando, e
felizes. Voltem sempre que quiserem, nossas portas estarão abertas. Vocês estão
marcados em nossos corações, no coração da floresta e do castelo.

Bernardo: Obrigado!

Alice: Muito obrigada! Foi um prazer ajudá-los.

Odete: Ok meninos, hora de irmos embora, vocês têm que voltar para a cidade de
vocês.

Alice: Obrigada pela experiência, tia Odete! Mas, eu vou ficar. Quero fazer parte da
linhagem de bruxas da nossa família.

Odete: Está certo, vamos começar nossos estudos já já.

Bernardo: Então eu vou, até logo, família!

E assim, a história se finaliza. Todos seguiram seu destino, felizes.

380
Os alunos puderam refletir sobre os pontos positivos e negativos da rede de informações, a
internet.

Internet: o mundo em suas mãos

Amanda Rodrigues e Silva

Sabemos que atualmente a internet é indispensável para todos nós. Ela


possui diversos fins: informar, entreter, servir como meio de comunicação, podemos
trabalhar com ela, etc. Não é algo tão recente, mas também não é tão antigo.
Assim como na vida real, há regras dentro da internet que devem ser
respeitadas. Não podemos fazer tudo o que queremos, postar tudo o que pensamos
e achar que não há consequências. Apesar de ser um local público que todos
podem ter acesso, deve ser uma comunidade respeitosa e amigável. Ou seja, não é
permitido postar comentários ofensivos, de ódio ou bullying; fotos ou vídeos com
cenas inadequadas; calúnias denegrindo a imagem de alguém; propagandas
enganosas; notícias falsas; entre muitas outras coisas.
Para isso, na maioria dos aplicativos há um sistema de checagem e
segurança, para fiscalizar perfis, postagens e comentários. Porém, nem sempre há
total eficiência. Desse modo, cabe a nós auxiliar, denunciando coisas impróprias
para tornar a internet um local mais seguro. Infelizmente, isso deve ser feito, já que
há muitas pessoas maldosas no mundo.
Na internet também há a ocorrência de muitos crimes, como roubo de
informações; vírus; produtos comprados que não chegaram, chegaram errados ou
com defeito; vazamento de informações pessoais; assédio sexual; entre outros. Mas,
isso pode ser resolvido entrando em contato o mais breve possível com a delegacia
de polícia especializada nessa área, para que o boletim de ocorrência seja feito, e os
policiais descubram quem são e onde estão os criminosos por trás dos aparelhos.
Muitas vezes, esses ladrões não sabem que podem ser rastreados, ou que na
internet nem tudo é anônimo. Então, eles são capturados, presos e
responsabilizados.

381
Apesar desses lados negativos, ela tem seus lados positivos. Podemos
adquirir muito conhecimento útil e importante sobre qualquer coisa, estudar, jogar
jogos, ver filmes e séries, fazer amigos, conhecer pessoas novas, aprender algo
diferente, etc. Ela serve para atender a qualquer faixa etária. Tudo depende de como
a usamos, como contribuímos para ela melhorar e como a administramos. Por fim,
concluímos também, que a internet não é terra sem lei, pois há a devida
penalização. E que se ela fosse, se tornaria um local sem limites, completamente
maluco e sem regras.

382
Inspirados pelos contos de Isaac Asimov e pela inteligência artificial, através da robô
humanoide Sophia, os alunos foram orientados a criar um conto de ficção científica.

Ella, a bolinha futurista

Beatriz Lorrane dos Santos

Eu nem tinha chegado da escola direito e minha mãe já estava gritando:


- Maxxx, eu mandei você ir arrumar o sótão ontem e até agora você não
arrumou!!!!
- Já to indo mãe - com raiva eu cheguei perto de meu irmão e disse
baixinho:
- Eu ia te pagar quando terminasse de arrumar o sótão para mim!
Aí ele me disse:
- Não vou arrumar aquela bagunça pelo miséria que você me ofereceu!
- Afff - respondi, então logo depois do almoço fui lá arrumar o sótão, como
minha mãe pediu.
Chegando lá, comecei e, depois de um tempo, vi que uma luz azul muito
forte estava saindo de dentro de uma caixa, que parecia ter apenas coisas velhas e
inúteis, então pensei que poderia ser um rádio ou um celular velho. Mas como sou
curioso, fui lá procurar essa tal coisa. Nela havia, sim, apenas coisas inúteis, mas
não tinha achado ainda o que fazia essa luz tão forte. Com isso, continuei
procurando até achar uma outra caixa preta pequena, muito bonita, mas estava com
medo de abrir a caixa misteriosa, porque poderia ser uma bomba ou algo do tipo.
Terminei de arrumar o sótão de qualquer jeito mesmo e desci correndo
pro meu quarto, obviamente com a caixa misteriosa no bolso, para que meu irmão
enxerido não ficasse perguntando e falando na minha cabeça.
Deitei sobre minha cama e fiquei olhando fixamente para caixa, até que
decidi abri-la. E sabe o que tinha nela? Apenas uma bolinha que parecia ser de
vidro, mas ela não brilhava mais, e eu não sabia como fazer ela voltar a brilhar, não
tinha nenhum botão ou algo para fazê-la ligar. Então comecei a falar palavras para
aquele objeto, não sei o porquê dessa ideia, só sei que funcionou. Eu tinha dito:
- Abra-te sésamo, bolinha, volte a brilhar, por favor, ligaa! - e nada dava
certo, até que disse o objeto respondeu:
- Olá, tudo bem?
E ela disse:
383
- Olá, quanto tempo que não falas comigo!
Na mesma hora quase joguei aquela bolinha pro ar, mas mesmo assim
fiquei fascinado, então comecei a conversar com ela:
- Oi, qual seu nome?
- Olá, meu criador, me chamo Ella.
- Por que me chamou de criador?
- Porque você é meu criador.
- Quem te disse isso?
- John, seu avô... - de dentro da bolinha surgiu uma cabeça de
holograma.
Muito assustado, eu disse:
- Como assim?
Sem deixar Ella terminar, fui correndo direto para o quarto de meu avô.
Chegando lá, contei toda história e pedi para que ele me explicasse o que
estava acontecendo. Por estar velhinho, tentou fingir que não se lembrava da
situação, mas, Ella, deixando de ser uma bolinha e virando um holograma por
completo (com corpo), começou a rir daquela situação e disse para John contar a
verdade. Então meu avô começou a dizer:
- Um dia isso teria que acontecer mesmo, então é melhor eu falar logo…
Há uns 20 anos, tentei criar Ella, quando a tecnologia não era tão avançada a ponto
de fazer isso.
Fiquei meio confuso, mas ele continuou:
- Então, sem ninguém saber, criei e coloquei um dispositivo nela que
fizesse com que Ella pudesse me levar para a época e o lugar que eu quisesse.
Assim fui para o futuro, vendo o que teria melhorado nela. Peguei
algumas ideias e ferramentas do futuro e levei escondido para o passado, meu
objetivo era fazer com que Ella ficasse mais futurista, assim trazendo a tecnologia do
futuro para o presente.
Ainda confuso, perguntei:
- Por que ela tinha me chamado de criador se foi o senhor quem a criou?
- Porque vai ser você quem vai criá-la, pois antes disso acontecer, eu já
terei partido e não falta muito tempo para isso acontecer.

384
Indignado com a situação, disse a ele que eu ia pegar Ella, ir para o futuro
e impedir que sua morte acontecesse, mas meu avô me contou outra história:
“quando criei Ella, coloquei aquele dispositivo de viagem no tempo, para que eu
conseguisse terminá-la antes de morrer, pois se fosse no tempo natural das coisas,
eu também iria morrer antes de criarem toda essa tecnologia que Ella tem. Assim,
viajei no tempo, indo até o dia da minha morte, e a evitei. Mas naquele dia era o
destino de alguém da nossa família morrer. Dessa forma, meu filho, que seria seu
tio, morreu” - disse ele chorando. “Eu até tentei reverter a situação, mas não
adiantou, e quando voltei para o meu tempo certo, meu filho já havia partido.
Sentindo-me muito culpado, deixei Ella de lado, pois não iria conseguir terminá-la
com a culpa que estava sentindo”. Por isso que é muito perigoso fazer viagem no
tempo, e eu não quero que você vá e cometa o mesmo erro que eu cometi.
Comecei a pensar no assunto, então decidi que iria, sim, impedir a morte
de meu avô, pois não iria aguentar viver sem ele. Disse minha decisão para ele, que,
sem poder fazer nada, concordou com a situação.
Peguei Ella e disse que queria ir para o dia da morte de meu avô, mas ela
me alertou também que era muito perigoso e me aconselhou a não ir, mas disse que
eu não iria mudar de ideia. Então, fomos para o futuro. Ele era bem diferente do que
é hoje em dia, mas o foco não era conhecer o futuro, pois quanto mais eu soubesse,
mais mudanças iriam acontecer.
Até que encontrei o meu eu do futuro, e eu, ele, não sei... me disse que
não importasse o que ele fizesse, nada iria mudar, principalmente a morte de John.
E também me disse que foi ele quem voltou ao passado, e junto com John, colocou
a bolinha na caixa para que eu a encontrasse. E tudo que estava acontecendo
realmente aconteceu, levando-me a criar a bolinha para seu avô. Entretanto, o meu
eu do futuro me disse para não colocar o dispositivo de viagem em todas as bolinhas
que iriam ser vendidas, pois era muito perigoso todos terem acesso à viagem,
apenas a Ella poderia ter essa função, que era a mais especial.
Voltei para o tempo certo, aproveitei o máximo de tempo com o meu
querido avô e, depois de sua morte, em sua homenagem, comecei a criar as
bolinhas futuristas, que foi o seu último desejo. E sempre que sentia falta dele, Ella
me mostrava, em vídeo, os melhores momentos que passamos juntos, pois, um
pouco antes de morrer, meu avô arquivou o vídeo em que tinha gravado todos esses

385
momentos de Ella. A bolinha se tornou uma grande amiga minha, ajudava-me em
tudo que fosse preciso, e estava comigo em todas as etapas de minha vida, nas
derrotas e nas vitórias, assim sendo uma amiga verdadeira.

Os alunos foram orientados a criar um texto dramático, retomando o cenário de Sonho de uma
noite de verão, de William Shakespeare. Para isso, a peça deveria ser ambientada numa
floresta encantada, onde pessoas comuns se deparam com seres mágicos.

O bosque encantado

Bruno Zebral Starling


[Entra Joseph e Sara.]

Joseph: Onde estamos? E por que você está aqui, Sara? Eu estava me preparando
para dormir quando me deparo aqui nesse… bosque.

Sara: Não faço a mínima ideia do que ocorreu, também estava em meu quarto,
vendo televisão, fechei os olhos, mas no momento em que os abri estava nessa
floresta.

Joseph: Como faremos para voltar para nossas casas? Vamos procurar por alguém.
Estou sem celular e imagino que você também esteja.

Sara: Será que estamos muito longe? Não vamos ficar parados aqui!

Narrador: Joseph e Sara caminharam por muito tempo no bosque sem nada a
encontrar. Sara, sem esperanças de sair daquele lugar, começa a chorar.

Sara: O que vamos fazer? Aqui não tem nada a não ser mato e bichos.

Joseph: Não chore, Sara. Vamos continuar caminhando, que em alguma hora,
encontraremos algo ou alguém.

Narrador: As lágrimas de Sara caíram sobre as flores que imediatamente se


transformaram em luzes voadoras formando um caminho.

Joseph: Olhe, Sara! O que é isso?

Sara: Um caminho, vamos segui-las.

Narrador: As luzes mágicas levaram Joseph e Sara a um mágico local do bosque.


Esse lugar era habitado por diferentes seres mágicos. Tudo era muito colorido e
iluminado. Quando uma fada avistou os dois, ela perguntou:

[Entra Crystal, a Fada.]

Fada: Olá, amigos! Vieram nos visitar?


386
Sara: Olá! Na verdade estávamos em nossas casas e viemos parar aqui nesse
bosque. Não sabemos o que fazer para voltar para casa.

Joseph: Você pode nos ajudar?

Fada: Claro que sim! Vamos falar com o Sr. Royal, o nosso rei. Ele pode explicar-
lhes como vocês vieram parar aqui, e o que fazer para voltar. Mas antes disso,
vocês não gostariam de comer alguma coisa? Não estão com fome?

Joseph e Sara: Muuuuita!

Fada: Então vamos!

Narrador: A fada os levou até uma linda casa branca. Lá dentro tinha uma enorme
sala com uma enorme mesa repleta de coisas gostosas.

Joseph e Sara: Uau!

Fada: Sentem-se e sirvam-se à vontade.

Narrador: Joseph e Sara comeram como nunca antes em suas vidas. Descobriram
sabores que nunca haviam experimentado. Frutas diferentes que não encontravam
em suas cidades.

Sara: Nossa, nunca havia experimentado tanta coisa gostosa! Estamos muito
agradecidos. Como é mesmo o seu nome? Você ainda não nos disse.

Fada: Me chamo Crystal.

Joseph: Obrigado mesmo! Estávamos tão nervosos e preocupados, que achamos


que morreríamos ali naquele bosque. Agora aqui com você e seus amigos nesse
lugar tão lindo, nos sentimos mais tranquilos.

Fada: Por que agora não vamos falar com o Rei? Suponho que vocês estejam
loucos para voltar para suas casas.

Joseph: Agora? Estamos muito cansados. Podemos descansar um pouco e falar


com ele amanhã?

Fada: Claro! Temos quartos para nossos visitantes.

Narrador: Crystal levou-os até os seus quartos. Eram quartos enormes e muito
coloridos. A cama era gigante, macia, cheirosa e com travesseiros de todos os
tamanhos. Antes de deitar, Joseph e Sara, foram tomar um banho. Mal sabiam eles
que a banheira também era mágica! Quando entraram, espumas coloridas
preencheram a banheira, onde eles tomaram banho e foram descansar em suas
camas.

[No dia seguinte a fada, Crystal, questiona-lhes sobre a visita ao castelo do rei.]

387
Fada: Agora que vocês já estão descansados e alimentados podemos começar
nossa jornada até o castelo do rei.

Joseph: Antes de dormir, ontem à noite, conversamos sobre a possibilidade de


ficarmos aqui por mais tempo. É possível? Adoramos o lugar!

Fada: Claro! Nós raramente recebemos visitantes em nosso reino, fiquem à vontade
para desfrutar e explorar as belezas que existem por aí.

Narrador: Joseph e Sara aproveitaram por muito tempo a estadia naquele reino. Se
aventuraram, conheceram novos seres, comeram comidas que nunca tinham
comido antes e exploraram as belezas do local. Mas começaram a sentir saudade
de suas vidas nas cidades em que moravam. Por isso decidiram conversar com a
Fada sobre a ida ao castelo do rei.

Sara: Crystal, apesar de termos aproveitado muito por aqui, estamos sentindo
saudades de nossas antigas vidas. Portanto decidimos visitar o rei, Sr. Royal, para
descobrir como voltar.

Fada: Que bom que vocês aproveitaram, mas já que vocês querem muito voltar,
posso mostrar-lhes o caminho para o castelo do rei.

Joseph: Por onde começamos?

Fada: O caminho em si, não é perigoso, porém existe uma região sombria onde
habitam seres macabros que tentam confundir as pessoas que passam por lá.
Poucas pessoas tiveram a coragem e obtiveram sucesso ao passar por esse trecho.
Sugiro que tomem muito cuidado! Boa sorte!

[Sai Crystal, a fada.]

Narrador: Sara e Joseph começaram sua jornada, passaram por diversas


paisagens diferentes ao longo do caminho. Mas a região sombria ia se aproximando,
conseguiam perceber a luminosidade diminuindo, o clima esfriando e o silêncio dos
seres mágicos.

Sara: Será que é aqui o lugar que Crystal nos alertou sobre?

Joseph: Parece que sim!

Narrador: Era um local sombrio, como a fada havia mencionado. Joseph e Sara
adentraram com facilidade, e aparentemente estava tudo tranquilo. De repente
avistaram duas estátuas de uma espécie de um urso misturado com um lobo. Nada
havia acontecido até que eles se aproximaram dessas figuras.

[Entram Estátuas.]

Estátuas: O que fazem por aqui?

388
Joseph e Sara: Desejamos passar para visitar o castelo do rei.

Estátuas: Para isso precisam mostrar que são corajosos e sábios ao responderem
uma simples pergunta: Como é possível entrar em nosso mundo mágico?

Joseph: E agora? A fada não nos disse nada a respeito.

Sara: Vamos pensar um pouco, não deve ser tão difícil.

Narrador: Após pensarem muito decidiram arriscar uma resposta. Como os dois
chegaram nesse mundo quando estavam prestes a dormir, supuseram que o “portal”
para esse mundo era fruto de uma imaginação fértil.

Estátuas: Chegaram a uma resposta? Vocês só têm uma tentativa!

Joseph: Chegamos sim! Para entrar nesse mundo mágico basta ter uma
imaginação fértil, que se abrirá o portal.

Estátuas: Meus parabéns! Vocês são uns dos poucos que sabem a real razão de
estarem aqui. Podem prosseguir.

[Saem Estátuas.]

Narrador: Joseph e Sara continuaram sua jornada e já avistavam de longe o castelo


do rei. Chegando lá viram o rei em seu trono. O castelo era muito bonito e repleto de
jóias. Ficaram muito encantados e foram conversar com o rei.

[Entra o rei, Sr. Royal.]

Sr. Royal: Sejam bem-vindos ao meu castelo! O que procuram por aqui?

Sara: Queremos saber como voltar para as nossas casas, estamos presos nesse
mundo mágico e queremos nossas antigas vidas de volta.

Sr. Royal: A solução para esse problema é muito simples! Basta vocês fecharem os
olhos e se imaginarem em casa novamente. Em poucos instantes já estarão de
volta.

[Sai o rei, Sr. Royal.]

Narrador: Conforme o rei ordenou, Sara e Joseph fecharam os olhos e se


imaginaram em suas casas. Acordaram em suas camas, e perceberam que havia
funcionado. Haviam se passado dois dias desde que chegaram ao bosque. Ficaram
muito felizes de terem voltado, mas desejavam viver aquela experiência novamente.

389
Inspirados pelos contos de Isaac Asimov e pela inteligência artificial, através da robô
humanoide Sophia, os alunos foram orientados a criar um conto de ficção científica.

A viagem cósmica

Bruno Zebral Starling

Há muito tempo o cientista americano Stain trabalhava num projeto de um


carro movido à energia cósmica que o possibilitaria de viajar para o futuro. Stain
começou seu projeto antes do nascimento de seu neto, Jackson e só conseguiu
concluí-lo após seu neto completar 14 anos. Jackson sempre se interessou pelo
projeto de seu avô e ele prometeu a seu neto a testá-lo em seu período de férias.
Quando o carro foi concluído Stain o batizou de Energy, devido a ser um
carro movido à energia cósmica, que seria coletada de objetos do espaço sideral.
Como Stain era muito conhecido, ele conseguiu a energia cósmica em um
laboratório da NASA.
Após muito conversarem, avô e neto decidiram viajar 50 anos para o
futuro, ambos tinham curiosidade em saber como tudo seria.
Após o último dia de aula de Jackson, eles se encontraram em uma
estrada deserta, entraram no carro e deram a partida. O carro disparou a uma
velocidade jamais vista, que nem eles acreditaram.
Em poucos segundos já se encontravam no futuro, 2068. A estrada que
antes era deserta, havia se transformado em uma enorme universidade. Quando
eles desceram do carro, todos estranharam o acontecido e as roupas que eles
usavam. Perguntaram assustados que uniforme era aquele que Jackson usava, o
mesmo uniforme da escola de seus pais, de tantos anos atrás. Com essa pergunta
perceberam que o projeto havia dado certo, e estavam no futuro.
Jackson e seu avô não sabiam o que dizer, mas acabaram explicando
que eram cientistas viajantes do tempo.
Andaram pela cidade e viram todas as mudanças e inovações ocorridas
durante todo esse tempo. Havia robôs com inteligência artificial, tudo era colorido, o
ar era limpo, a expectativa de vida das pessoas era ainda maior e praticamente tudo
envolvia tecnologia. O melhor de tudo foi perceber que homem havia criado
consciência do mal que estavam fazendo ao meio ambiente e conseguiram reverter
o triste cenário.

390
Após alguns dias de aventura decidiram voltar para seu tempo, mas
perceberam que estavam sem energia cósmica. Foram ao laboratório da NASA,
onde agora só trabalhavam robôs e foram informados que próximo de onde
estavam, numa área desabitada havia frequentemente chuvas de meteoros, que
coincidentemente aconteceria em poucas horas.
Dirigiram-se para lá rapidamente e chegaram no momento em que a
chuva acontecia. Coletaram energia cósmica, abasteceram o carro e partiram.

391
Os alunos foram orientados a criar um texto dramático, retomando o cenário de Sonho de uma
noite de verão, de William Shakespeare. Para isso, a peça deveria ser ambientada numa
floresta encantada, onde pessoas comuns se deparam com seres mágicos.

Bosque lamurioso

Daniel Spada e Souza Simão Rolla


João Gabriel de Araújo Resende

[Um grupo de corajosos aventureiros descem de seus cavalos espantados.]


Alex: Que lugar é esse? Em anos de caminhada nunca nos deparamos com um
lugar como esse.
[Feudor examina o lugar.]
Alex: Então meu querido elfo, o que tem para nos dizer sobre este estranho
bosque?
Feudor: Esse lugar não me parece incomum! Acho que já o vi em um dos meus
livros, e não tenho bons pressentimentos sobre ele. Não deveríamos estar aqui
senhor.
Alex: Não podemos deixar esse lugar! Imaginem as descobertas que podemos fazer
por aqui. Coisas importantes deverão estar escondidas. Possivelmente vamos
encontrar dificuldades, desafios, mas devemos permanecer unidos.
Norton: Acho melhor não senhor, nunca vi um lugar tão assustador assim. Minha
opinião é que devemos voltar ao reino.
Rufus: Deixa de ser medroso Norton, estarei aqui para protegê-lo. Sou o mais forte,
talvez não seja o mais esperto, mas ninguém irá nos enfrentar com a minha
presença.
Magnus: Não estou tendo um bom pressentimento.
[Um grito assustador entra pelos ouvidos dos aventureiros.]
Magnus: Isso só confirma meu pensamento, devemos voltar.
Alex: Não pense assim Magnus, essa pessoa pode precisar da nossa ajuda.
Rufus: Sou obrigado a concordar com você Alex, pode ter pessoas precisando de
nossa ajuda.
[Os aventureiros decidem entrar no bosque.]
Rufus: Olhem, uma fogueira. Acho que nós não fomos os primeiros a passar por
aqui.
Feudor: Pelos meus conhecimentos vejo que essa fogueira se apagou a pouco
tempo, ainda podemos encontrar essas pessoas.
Alex: Continuem procurando coisas que possam nos levar a algo maior.

392
[Norton se depara com uma trilha de ossos e fica ainda mais assustado.]
Norton: Essas pessoas não tiveram muita sorte, melhor voltar pessoal.
Rufus: Não podemos desistir agora Norton, esses ossos são apenas mais um
motivo para querermos desvendar esse mistério.
Alex: Se preparem, não sabemos o que nos aguarda. Vamos senhores, me sigam.
[Os aventureiros seguem a trilha de ossos e chegam em uma vila aparentemente
abandonada.]
Feudor: Procurem por qualquer sinal de vida, vamos descobrir o que aconteceu
aqui.
[Todos se separam e procuram por pessoas naquele lugar macabro.]
Magnus: Vamos olhar naquela taverna, o resto da vila parece vazio.
[Todos entram na taverna e tudo que encontram são mais ossos e sangue.]

Alex: Esse lugar está realmente vazio.


[Depois de alguns minutos pensando sobre o que fazer, os aventureiros escutam
passos vindo em direção a taverna. Quando a porta se abre, os aventureiros se
deparam com um soldado real com uma armadura muito danificada e
completamente ensanguentado que com muita dificuldade fala:]
Soldado: Escutem! Este reino corre um grande perigo!
Alex: Ajudem-no homens!
[Feudor vai até o soldado e tenta utilizar sua magia de curandeiro para curar o
soldado, mas nada parece funcionar.]
Soldado: Não temos tempo para isso! Zamir o mago atacou este vilarejo, vocês
devem impedi-lo, antes que ele destrua todo o reino.
Alex: Onde podemos encontrá-lo?
Soldado: Zamir está dentro da montanha de Ghul, esta vila era responsável por
proteger o elixir negro, um elemento mágico capaz de dar poderes Inimagináveis
para quem o consumisse. Se apressem!
[O soldado dá seu último suspiro e morre.]
Alex: Vamos homens! O futuro do reino está em nossas mãos.
[Os aventureiros sobem em seus cavalos e seguem até a montanha de Ghul.]
Rufus: Este é o lugar! Vamos achar esse mago!
[Os aventureiros entram na montanha e seguem por um corredor escuro até
chegarem a uma porta que os levaria a Zamir.]

393
Alex: Peguem suas armas, Zamir é um dos magos mais poderosos de Ghul,
devemos tomar cuidado.
[Os aventureiros abrem a porta e se deparam com Zamir prestes a tomar o elixir
negro.]
Magnus: Pare Zamir, você não precisa fazer isso!
Zamir: Tarde demais bravo guerreiro, em breve todo esse maldito reino estará
destruído!
Magnus: Não irei deixar isso acontecer!
[Magnus pega sua espada e vai até Zamir, mas antes de conseguir atacá-lo é
arremessado contra a parede.]

Zamir: Você não pode me deter, sou o mago mais forte desse lugar!
[Enquanto isso, Feudor foi a procura de uma magia tão pouco conhecida. O elixir
rosa. Porém a pessoa que bebesse essa poção concentrada em poder, pagaria o
preço com a própria vida.]
Feudor: O que será essa estranha árvore?
[Feudor examinava e reunia todo seu conhecimento como se não houvesse
amanhã.]
Feudor: Não posso acreditar! O tão poderoso elixir rosa, capaz de destruir qualquer
vida maléfica e dar força para quem tem bondade no coração. Irei pegar este frasco,
e catar algumas gotas que deverão cair de pouco em pouco.
[Enquanto isso na montanha de Zamir, incapazes de derrotar o bruxo, os
aventureiros se escondem.]
Alex: Pessoal, não podemos vencê-lo, onde está aquele maldito elfo e suas ideias
malucas.
[Os rapazes, escutam alguém correndo e já conseguiam ver a morte de perto.
Porém, de uma maneira atrapalhada, um elfo vem correndo orgulhoso pela sua
descoberta, e os rapazes assustados, começaram a se animar.]
Feudor: Guerreiros, ainda há uma esperança, encontrei aquele bendito elixir que eu
tanto falava, vocês nunca me deram ouvidos, mas aqui está.
Alex: Obrigado meu eterno companheiro, vamos todos beber e derrotar Zamir.
Feudor: Senhor, não é tão fácil quanto parece. Aquele que beber o elixir irá perder a
própria vida. Sugiro que Norton seja o sacrificado.
Norton: Você está louco, não consigo, não sei nem amarrar meus cadarços. Sou
incapaz de fazer isso.
[Todos encaravam Magnus com um olhar de obrigação.]

394
Magnus: O que estão olhando? Posso ser o mais forte, robusto e bonito, mas deter
um bruxo sombrio não é comigo. Isso é trabalho para uma família maluca, ou
deuses ancestrais.
[Todos estavam cabisbaixos e preocupados até que Alex deu uma sugestão.]
Alex: Você é genial, Magnus, nós somos uma equipe, um grupo de aventureiros,
nós somos uma família. Por isso iremos fazer juntos. Vamos derrotar Zamir!
[Um espírito amigo entrou pelo coração de cada um.]
Feudor: Estou de acordo, iniciamos isso junto e vamos terminar isso da mesma
forma.
Norton: Não sei não, pessoal, eu acho que… Tudo bem, vamos terminar com isso.
Magnus: Esbelto, forte e agora genial, assim como eu vamos acabar isso de uma
forma linda.
[Todos gritaram: Oremos bravos guerreiros, nosso momento chegou mais uma vez,
e esse será nosso último episódio como aventureiros, vamos aproveitar, viva! O
grupo tomou até a última gota do frasco e já começavam a se sentir fortes,
resistentes, e enfim poderosos.]
Alex: Zamir, seu maldito! Venha, estamos esperando você. Vamos acabar com isso.
Magnus: Onde você está, bruxo fraco? Venha ao meu encontro e verá.
Norton: Venha só se quiser, acabaremos com isso de qualquer jeito.
Feudor: Isso você não esperava, Zamir, o elixir rosa já corre pelas nossas veias.
[Um suspiro gélido saiu de uma escuridão.]
Zamir: Não pode ser! É uma invenção de vocês. Isso só atrasará a destruição.
Alex: Então venha ver você mesmo, seu maldito!
[Os aventureiros deram as mãos uns aos outros e fecharam os olhos. De repente,
tudo parecia calmo, tranquilo e pacífico. A vila já estava florida, e por incrível que
pareça não havia mais mortos, rastros de sangue e ossos. Só havia paz.]

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Os alunos foram orientados a criar um texto dramático, retomando o cenário de Sonho de uma
noite de verão, de William Shakespeare. Para isso, a peça deveria ser ambientada numa
floresta encantada, onde pessoas comuns se deparam com seres mágicos.

Em uma parte do bosque encantado

Eduarda do Prado Duque

[Entra Starling, o rei das estrelas.]


Starling: Onde está Tufy? Temos assuntos sérios a serem resolvidos sobre o
bosque encantado, se isso não se resolver neste instante, será uma catástrofe!
[Entra Benigno.]
Starling: Meu servo, me ajude a encontrar Tufy ou esse bosque encantado chegará
em seu fim em breve!
Benigno: Senhor, vi Tufy andando pelo bosque mais cedo mas depois não o vi
mais.
[Starling começa a ficar nervoso e vai por conta própria atrás de Tufy.]
Starling: Finalmente depois de horas encontrei você Tufy, tenho que lhe contar algo
muito urgente!
Tufy: Conte logo! Já estou ficando aflito com toda essa situação!
Starling: Como você sabe, sou o rei das estrelas e é a partir delas que o bosque se
mantém vivo.
Tufy: Sim, eu sei disso, mas não entendi o que há de errado no bosque e… o que
você tem de me falar que é tão urgente?
Starling: Hoje de manhã, como de costume, fui verificar minhas estrelas para ver se
estava tudo em ordem, quando cheguei em meus aposentos percebi que minhas
estrelas haviam sido roubadas, ou seja, a vida do nosso bosque encantado está em
jogo!
Tufy: Temos que comunicar a todos sobre esse acontecimento, antes que algo pior
aconteça ao bosque!
[Starling e Tufy avisam a todos no bosque e vão atrás do ladrão das estrelas.]
Tufy: O senhor já avisou a sua esposa, Cristal, a rainha dos raios, sobre esse
acontecimento?
Starling: Não disse nada a ela, pois não queria que se preocupasse com isso, é
uma situação que você e eu vamos conseguir resolver.
[Horas depois Cristal e Benigno discutem sobre a atual situação do bosque.]
Cristal: Quero este bosque todo para mim, vou roubá-lo do idiota do meu marido,
nunca o amei de verdade!
396
Benigno: Não se preocupe, minha amada, escondi muito bem as estrelas, vamos
dominar esse bosque e viver juntos para sempre!
[Por uma distração de Cristal e Benigno, Amélia prima de Tufy, escuta toda essa
história e vai contar para seu primo e Starling.]
Amélia: Meu querido primo, descobri quem roubou as estrelas do bosque, temos
que recuperá-las agora, foi Cristal e Benigno quem as roubou, acredite em mim.
Tufy: Não imaginava que Cristal poderia fazer uma coisa dessas, temos que avisar
Starling!
[Starling logo em seguida entra no quarto onde Tufy e Amélia estavam
conversando.]
Starling: Que alvoroço é este aqui, por que estão gritando? Ouvi vocês dizendo que
encontraram as minhas estrelas, é verdade?
Tufy: Sim, senhor, é verdade, encontramos as estrelas mas o senhor não vai
acreditar em nós!
Amélia: Depois de escutar uma conversa entre sua esposa e Benigno, descobri que
eles roubaram as estrelas para conseguir o bosque todo para eles, pois ela não o
ama de verdade, e sim, Benigno.
Starling: Não acredito que Cristal me traiu desta forma, temos de encontrá-los e
prendê-los, para recuperar minhas estrelas e a vida de nosso bosque!
[Depois de muita procura encontraram Cristal e Benigno.]
Starling: Vocês dois! Estão presos por roubar minhas estrelas e por tentar acabar
com o nosso bosque encantado! Devolva-me as estrelas agora!
Benigno: Pode nos prender, mas nunca irá achar as estrelas sem a minha ajuda!
Tufy: Nem precisamos de sua ajuda, depois de procurar em seus esconderijos no
seu quarto, encontramos um mapa que nos leva diretamente às estrelas.
Cristal: Meu Deus! Benigno, como você é burro, te disse para queimar o mapa, logo
depois de esconder as estrelas.
Amélia: Bom, pelo menos recuperamos as estrelas e você vai ser presa e nunca vai
conseguir o bosque para você e Benigno!
[No final Starling recupera as estrelas e o bosque é são, enquanto isso Cristal e
Benigno passam o resto de suas vidas presos.]

397
Os alunos leram o início do conto “O homem cuja orelha cresceu”, de Ignácio de Loyola
Brandão, e foram instruídos a dar continuidade à narrativa.

O homem cuja orelha cresceu - Continuação

Filipe Miranda Souza

Logo foi correndo pegar um táxi. O motorista ficou assustado com as


orelhas horrendas do homem. Não o deixou entrar. Ele entrou em pânico, o que
mais se poderia fazer?
Desesperado, o homem foi correndo, só que estava a cambalear. Suas
orelhas não o deixavam prosseguir o movimento. Quase não conseguiu esticar seu
braço, mas tomou um outro táxi. O motorista só queria o dinheiro, não lhe importava
a situação do seu passageiro. O homem lhe entregou a primeira nota que conseguia
ver. Era uma quantia demasiadamente exagerada, mas o motorista nem protestou.
Eles chegaram à pensão.
As orelhas cresciam muito, o homem mal conseguia olhar à frente. Ele foi
se apoiando com muita dificuldade no corrimão. Ele chegou até à porta de seu
quarto e se trancou. A cozinheira da pensão viu a situação e logo lhe trouxe uma
faca enorme. O homem tinha vergonha de abrir a porta, as orelhas o tapavam até os
pés. Mas, com extrema dificuldade, ele conseguiu abrir a porta de sua salvação. Sua
heroína havia entrado. Mas com muito zelo, pressão e nojo, a cozinheira desferiu um
golpe certeiro no lóbulo da orelha esquerda do homem. O sangue tomava conta do
piso da pobre pensão.
A mulher deu outro golpe com sua faca, porém na orelha direita. Foi um
golpe maestral. O homem estava gritando de dor, mas estava tirando um fardo de
suas orelhas. Foi um alívio dolorido.
Depois de sangrar muito, o homem percebeu que a cozinheira, na
verdade, não era sua heroína, pois todo o sangue esparramado no chão, seria a
causa de sua morte.

398
Inspirados pelos contos de Isaac Asimov e pela inteligência artificial, através da robô
humanoide Sophia, os alunos foram orientados a criar um conto de ficção científica.

A câmera do tempo

Filipe Miranda Souza

O fotógrafo James, num dos seus dias comuns, tirando fotografias de


pessoas totalmente desconhecidas, percebeu coisas muito estranhas com a sua
supercâmera ultraleve mas muito pequena, uma Fx-057. Essa câmera era a mais
desenvolvida do mercado em 2034.
Ela apresentava falhas no momento de tirar as fotos, as fotos das
pessoas ficavam cheias de listras de cores diferentes e os rostos trocavam de uma
pessoa para outra. Tentando reverter o erro da câmera, James acaba apertando o
botão de reiniciá-la. Nesse instante, todos a volta ficaram totalmente sonolentos e
com muito cansaço físico.
Quando eles acordaram, ficaram se entreolhando para tentar entender
por que eles acordaram todos ao mesmo tempo.
- Você sabe o que aconteceu com a gente? - disse uma pessoa
desconhecida.
- Quantas horas agora? Eu tenho que ir trabalhar imediatamente - disse
outro.
Uma grande conversação foi interrompida por uma tosse alta, com uma
voz um tanto robótica.
- O que fazem aqui, escravos? Vão trabalhar já! - ordenou a voz.
Então James gritou:
- Em que ano estamos?
- Estamos no ano de 209…- a voz foi interrompida.
Todos pensaram que estavam em algum ano da década de 2090. Mas
sem saber o que estava acontecendo, estavam trabalhando feito escravos. Como a
população humana estava subordinada aos robôs e aos animais eletrônicos?
James percebeu enquanto estava sendo escravizado que estava com
uma pequena câmera no bolso, era a Fx-057. Os robôs e os animais eletrônicos
com sua incrível capacidade de inteligência artificial perceberam a movimentação
estranha entre os recém-chegados. Uma Lebre eletrônica com uma velocidade

399
absurda chegou próximo a eles, e James, num reflexo enorme de seu corpo, decidiu
tirar uma foto com sua câmera. Eles todos, exceto a Lebre, ficaram totalmente
sonolentos e com muito cansaço físico. Depois acordaram do mesmo jeito, sem
saber onde estavam, porém, já sabiam o que tinha acontecido, eles foram
teletransportados para um lugar aleatório.
O lugar era diferente, estava cheio de sucata, com restos de máquinas
que não deram certo. A Lebre acabou percebendo restos de robôs convencionais,
porém, ela viu uma perna de lebre robótica em meio à sucata. Com sua inteligência
artificial, ela sentiu pena e culpa por aquele protótipo de animal.
A Lebre, sentindo muita culpa do fato, decide se autodestruir. Quando a
robô estava se autodestruindo, James tira uma foto para retratar o momento, mas
esquece da capacidade nova da sua Fx-057. Então, na mesma ocasião, todos muito
sonolentos e muito cansados, porém, com um fato diferente: eles voltaram a
2034.

400
Os alunos foram orientados a criar um conto de enigma e/ou mistério, inspirado pelo obra do
famoso detetive inglês Sherlock Holmes.

Fuga sobrenatural

Filipe Miranda Souza

Em um dia no qual mal conhecia a data, estava eu, aprisionado em um


castelo rodeado de guardas, com armas fora do comum. Elas eram flamejantes, mas
só conseguiam atingir os prisioneiros. Os guardas e os outros membros da elite não
sentiam dor pelo flamejar das armas.
Eu ficava abismado, porque não teria como fugir roubando as armas dos
guardas, porque se nós, os prisioneiros, as roubássemos, não poderíamos utilizá-las
contra os malditos guardas.
Eu e Joseph, um outro prisioneiro, todos os dias, ficávamos observando a
nossa cela compartilhada. Janelas? Não havia nenhuma.
Então, tinha que ter outra forma de fuga. Simular uma briga? Fingir um
desmaio? Com certeza não daria certo. Os guardas não se importavam com os
presos. Por consequência, as celas estavam todas sujas, com sangue e outras
coisas que não valem à pena serem mencionadas, logo não tínhamos a menor
condição de vida, tudo era precário, desde o sono até a nossa comida.
Ainda hoje, não sei explicar o que havia nas masmorras daquele castelo
inimaginável. Os guardas tinham armas flamejantes e haviam gatos voadores nas
celas. Até mesmo não sendo algo sobrenatural, ficava impressionado com a
condição da prisão. Um castelo com tanta gente rica, como pode não ter uma prisão
ao menos aceitável? Isso é inexplicável.
Joseph e eu já éramos “prisioneiros amigos”, depois de uma longa
década de muita angústia e ódio. Então, nós tivemos a grande ideia de fugir da
masmorra.
Em um momento inesperado, um gato voador, sem controle, acaba
batendo na minha cabeça e … eu desmaio. Acordo todo arranhado, com algumas
lesões leves e outras mais graves. Tirando o fato do sangue escorrer pela minha
cara, estava tudo bem.
Só me lembro que acordei me sentindo diferente, talvez mais forte? Não
sei.

401
Muita raiva acumulada em vários anos traduzidas em uma única grade de
ferro. O resultado? Dedos machucados e uma grade caída no chão.
Então, por puro reflexo, os dois guardas de prontidão na madrugada, nos
deram dois golpes flamejantes e muito doloridos. Mas, com minha extrema força,
consegui derrubar um guarda. Peguei a sua arma só para que ele não a utilizasse
contra mim, e Joseph. Depois, consegui derrubar o outro guarda, com muita
brutalidade, mas consegui.
Então, graças àquele gato voador, eu e Joseph, após 10 anos longos e
doloridos, conseguimos fugir daquela prisão horrenda e nojenta.

402
Os alunos tiveram mais contato com grandes poetas, como Carlos Drummond de Andrade,
João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e Cecília Meireles. Inspirados pelo trabalho com a
linguagem, os alunos foram orientados a produzir um poema.

Como seria boa a vida

Gabriel Lourenço Reis Resende

A vida uma hora é alegria


Na outra hora é tristeza
Como essa vida seria
Se fosse como queria

Se todo dia eu pudesse


Fazer o que eu quisesse
Sem ter obrigações
Como seria bom a vida

Com todos nós alegres


Com tudo que quiséssemos
Como seria bom a vida

Se um dia for assim


Eu espero estar lá
Com a vida que queria.

403
Os alunos foram orientados a criar um conto de enigma e/ou mistério, inspirado pelo obra do
famoso detetive inglês Sherlock Holmes.

Os taxistas e o roubo

Gabriel Lourenço Reis Resende

Um grupo de taxistas estava trabalhando em mais um dia normal de


trabalho, mas eles não sabiam que estavam prestes a serem assaltados.
Depois de um longo e trabalhoso dia, os taxistas resolveram voltar ao
ponto de táxi e descansar para poderem trabalhar à noite.
Logo que chegaram ao local, todos, menos um, que disse que foi ao
banheiro, começaram a dormir.
Roberto, o taxista que não foi dormir, era muito esperto, mas estava
passando por um difícil momento financeiro com a família. Logo que ele percebeu
que todos estavam dormindo, desativou as câmeras de segurança e entrou em
ação. Foi até os carros, pegou todo o dinheiro do trabalho do dia e guardou em sua
mochila.
Quando todos acordaram e perceberam que haviam sido roubados, foram
avisar ao chefe da empresa. O chefe ficou muito bravo e logo chamou seu amigo
detetive para solucionar o problema.
O detetive chegou e foi analisando as impressões digitais. Chegou à
seguinte conclusão: quem roubou o dinheiro foi o Lucas, o taxista responsável por
guardar o dinheiro. Lucas alegou que não foi ele, pois estava dormindo. Falou para o
detetive olhar as câmeras de segurança. Não adiantaria fazer isso, porque ficou
sabendo que elas estavam desativadas. Mas Bruno, o taxista mais inteligente, falou
para olhar a câmera da rua, pois dava para ver quem havia saído com o dinheiro.
O crime foi desvendado, Roberto foi demitido e teve que devolver o
dinheiro e ser julgado pelo seu crime.

404
Os alunos foram orientados a criar um texto dramático, retomando o cenário de Sonho de uma
noite de verão, de William Shakespeare. Para isso, a peça deveria ser ambientada numa
floresta encantada, onde pessoas comuns se deparam com seres mágicos.

Na porta de entrada do bosque


Gabriel Lourenço Reis Resende

[Entra José, um pequeno menino que estava perdido no meio da floresta.]

José: Onde será que eu estou? Não lembro de mais nada do que aconteceu ontem.
Onde está meu pai?

[Entra Roger, irmão de José.]

Roger: Ele deve ter se perdido no meio das árvores junto com a nossa mãe. Vamos
esperar na porta desse grande castelo, até que o dia amanheça e a gente possa ir
procurá-los.

José: Está bem.

[Os dois foram dormir.]

[O dia amanheceu…]

Roger: Enquanto você dormia, eu fui olhar um pouco melhor onde nós estávamos e
percebi que aqui tudo é muito diferente.

José: O que aconteceu? Você achou alguma coisa para a gente comer?

Roger: Eu achei algumas frutas, mas elas não são frutas normais. Um anão, que
estava deitado do lado de uma árvore, me deu e falou que essas frutas têm o poder
de conceder uma enorme energia.

José: Era tudo o que a gente precisava. Vamos comer e ir procurar nossos pais
logo.

[Eles foram à procura dos seus pais.]

Roger: Venha por aqui, tem um riacho onde podemos tomar água e lavar nossos
rostos.

José: Irmão, não use a água. Acabei de levar meus olhos e não estou enxergando
nada. Essa água deve ser como as frutas, deve apresentar alguma magia.

Roger: Vamos tomar mais cuidado. Esta parece ser uma floresta mágica. Vamos até
aquela casa ali do outro lado do riacho ver se alguém viu nossos pais.

José: Vamos, porém devagar. Não estou enxergando muito bem.

[Eles chegam até a casa.]


405
Roger: Deve ter alguém nesta casa.

José: Vamos ver.

[Tocam a campainha. Entra Eva.]

Eva: O que vocês estão fazendo nesse bosque tão perigoso? Isso não é um lugar
de crianças.

José: Quem é você?

Eva: Eu sou a guardiã desta floresta. Meu dever é proteger todos das poderosas
magias deste lugar amaldiçoado! E vocês quem são?

Roger: Somos irmãos e estamos procurando nossos pais que se perderam aqui no
meio desse tanto de árvore.

Eva: Venham comigo. Acho que posso ajudá-los.

José: O que você vai fazer? Também tem superpoderes?

Ema: Posso localizar todos os seres intrusos que estão no bosque, mas não posso
sair daqui. Acho que os encontrei! Eles estão do outro lado da floresta. Vocês vão
precisar tomar muito cuidado para chegarem lá. Não aceitem nada de ninguém no
meio do caminho e principalmente tomem cuidado com as árvores.

[Eles começaram a caminhada.]

Roger: Por enquanto está tudo tranquilo, mas sem nenhum sinal dos pais.

José: Cuidado! As árvores vão te prender!

[Roger foi preso por uma árvore e, para tentar ajudar, José começa a atirar pedras
na árvore.]

Roger: Está quase, José.

[Eles conseguem derrubar as árvores e escutam alguns gritos.]

José: Roger, você ouviu? Parece ser o grito de nossa mãe. Vamos!

[Eles atravessam o rio e encontram os seus pais.]

[Entra Maria.]

Maria: Que bom ver vocês, meus filhos.

[Entra Roberto, apontando para todos.]

Roberto - Também estavam perdidos aqui? Estávamos tentando reencontrar vocês,


mas não conseguimos.
406
José: Também ficamos perdidos, mas uma senhora nos ajudou.

Maria: Vocês não se machucaram? Ouvi dizer que esse bosque é muito perigoso,
nós mesmo ficamos presos nas árvores muitas vezes.

Roger: Também ficamos presos, mas já estamos bem.

Roberto: Que aventura nós passamos. Mas, agora que todos estamos bem, vamos
voltar para a nossa casa e voltar a viver tranquilamente.

407
Os alunos foram orientados a criar um conto de ficção científica, inspirados pela obra de Isaac
Asimov e pela robô humanoide Sophia.

A dominação dos robôs

Gabriel Lourenço Reis Resende

Davy era um homem que gostava muito da tecnologia, das novas


descobertas e da internet. Tinha uma parte da tecnologia que ele não gostava: era a
criação de robôs com inteligência artificial. Ele acreditava que, um dia, eles
conseguiriam fazer uma rebelião e dominar todos os humanos, devido a um poder
de pensamento muito maior que o dos homens.
Ele tinha muitos amigos que também gostavam muito da tecnologia e da
internet. Um certo dia, estavam conversando sobre como seria o futuro e decidiram
que deveriam agir para conseguir combater uma possível dominação do mundo
pelos robôs.
Decidiram o que iriam fazer, juntaram dinheiro e compraram uma nave
espacial para poder ir ao futuro. Davy estava muito feliz, mas também estava
nervoso com o que lhe esperava no futuro.
Chegou o dia, se reuniram para a decolagem da nave e foram em direção
ao portal que fora criado a pouco tempo para levar as pessoas ao futuro. Quando
chegaram lá, levaram um susto, pois não estavam na Terra e sim em Marte. Eles
caminharam um pouco e se assustaram ainda mais ao ver que o planeta estava
dominado por robôs e apenas os humanos estavam trabalhando. Davy ficou muito
assustado e até pensou em voltar para a casa, mas ele não podia ver pessoas
sofrendo tanto por causa de robôs.
Eles ficaram paralisados. Mas, logo começaram a pensar em uma solução
e voltar para a casa não era uma delas, pois só se podia usar novamente a nave
após três horas. Então, foram vendo como estava o futuro, até que os robôs os
avistaram e deram um sinal, em uma língua de robôs, que existiam humanos que
estavam sem trabalhar e por isso teriam de ser capturados. Quando eles viram os
robôs se aproximando, começaram a correr e entraram em um prédio que estava
abandonado. Viram que o prédio tinha muitas coisas sobre robôs de inteligência
artificial e pensaram que ali deveria ter sido um dos principais lugares para a criação
dos robôs. Subiram até o último andar e viram que lá existia uma torre de controle

408
dos robôs. Saíram apertando todos os botões do painel e, de repente, os robôs
paralisaram e caíram no chão.
Eles comemoraram muito, mas não tinham tempo, pois faltavam dez
minutos para a nave espacial decolar de volta para o presente, pois se não fossem,
ficariam presos no futuro para sempre.
Conseguiram voltar ao presente e ainda levaram um robô junto com eles
para provarem que a criação de robôs com inteligências artificiais iriam acabar
destruindo a humanidade. Eles conseguiram salvar tanto as pessoas do futuro que
ficaram livres da escravidão, quanto as do presente que não tiveram que vivenciar a
mesma dor que as pessoas do futuro tinham sofrido.
Davy e seus amigos passaram a ser conhecidos como “Os Heróis do
Século XXI” e se tornaram as pessoas mais importantes do século.

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Os alunos foram orientados a criar um texto dramático, retomando o cenário de Sonho de uma
noite de verão, de William Shakespeare. Para isso, a peça deveria ser ambientada numa
floresta encantada, onde pessoas comuns se deparam com seres mágicos.

Ritual de amizade

Isadora Guimarães Meira Pimentel


Júlia Ribeiro Rocha

Charlotte: encontra a fada do bem na floresta encantada.

Nick: amigo criativo.

Verônica: amiga extrovertida, gênio forte.

Peter: amigo tímido e envergonhado.

Tinker: fada do bem.

Narrador: Essa história se passa com quatro melhores amigos, são eles Charlotte, a
religiosa; Nick, o inteligente, Verônica, a animada e Peter, o sonhador. Eles
possuíam um laço muito forte e, para demonstrar e eternizar isso, iam todos os dias
ao bosque realizar seu ritual de amizade.

Peter: Gente, estamos aqui hoje para realizar a primeira noite de nosso ritual. Então
vamos lá!

Peter: Repitam comigo: prometemos continuar a nos respeitar e amar na hora de


estudar, brincar, sorrir, chorar, nos momentos de dificuldades, pois sem nosssa
amizade não somos ninguém!

[Todos repetem o juramento.]

Narrador: Depois de repetirem o que foi dito por Peter, todos realizam um pequeno
corte em suas mãos e selavam a união com derramamento de gotas de sangue. E
então repetiram este ritual por muitos e muitos dias, o que fazia com que eles se
sentissem unidos cada vez mais, porém, em uma das noites, algo estranho
aconteceu assim que acabaram o ritual cortando suas mãos.

Charlotte: Amigos, não queria atrapalhar nosso ritual, mas olhem para a terra em
que estamos pisando. Meu deus!! Um círculo se formou a partir de nosso sangue, o
que está acontecendo?

Nick- É mesmo, Charlotte!! Que coisa estranha, como isso pode ter acontecido?

[Todos olham para o chão e ficam surpresos.]

Narrador: Um círculo se forma a partir do sangue que escorria das mãos dos quatro
amigos e de repente chamas de fogo começam a sair e vão ficando cada vez mais
410
altas, além disso começaram a ver muitos vultos escuros pelo bosque e um barulho
estranho que ficava cada vez mais alto, isso fez com que todos saíssem correndo
apavorados de lá. Mas esse acontecimento não impediu que os amigos
continuassem com o ritual, dias se passaram sem nada ocorrer.

Nick: Estamos mais uma vez unidos aqui para realizar uma noite do nosso querido e
importante ritual de amizade, vamos debater um pouco sobre o que aconteceu no
dia de hoje, já que isso virou parte da nossa confraternização.

[Realizaram o ritual completo.]

[Percebem que algo estranho estava acontecendo novamente e olham para todos os
lados da floresta.]

Peter: Olhem! Os vultos apareceram novamente, corram antes que algo aconteça.
AAAAAAAAHHHHHHH

[Peter some/sai de cena.]

Narrador: Os amigos escutaram os gritos e imediatamente perceberam que Peter


tinha sido levado pelas demônios que habitavam a floresta.

[Todos gritam o seu nome e procuram por Peter rapidamente.]

Verônica: Meus amigos queridos, estou muito triste com o desaparecimento de


Peter! Mas não podemos deixar as coisas assim, temos que fazer algo a respeito.

Charlotte: Você tem toda razão, amiga! Vamos achar ele! Devemos explicar para a
polícia tudo o que está acontecendo aqui, assim ela vai nos ajudar a encontrar o
nosso Peter.

Nick: Você está louca, Verônica? Se souberem que estamos realizando um ritual a
essa hora da noite na floresta, vão contar para os nossos pais que vão proibir a
gente de vir aqui, ficaríamos assim sem o ritual, o que não pode acontecer de jeito
nenhum!

Charlotte: O Nick tem razão! Devemos apenas informar sobre o sumiço dele,
podemos falar que estávamos lanchando.

Nick- Boa ideia!! Vamos para a delegacia agora!

[Eles chegam na delegacia e vão falar com o policial.]

Verônica [tentando recuperar o ar depois de correr muito]: Boa noite, Senhor.


Viemos aqui para informar o desaparecimento do nosso amigo Peter.

Narrador: O policial pede para eles sentarem.

Policial: Me expliquem como ocorreu o sumiço.

411
Nick: Estávamos em uma lanchonete quando, de repente, apareceram demônios
que o raptaram!

Narrador: O policial pensa que é tudo uma brincadeira.

Policial: Crianças, tenho certeza de que esse não foi o real acontecimento, mas
podem ficar despreocupados que a polícia vai fazer o seu serviço e encontrar seu
amigo.

[Os amigos saem da delegacia.]

[Conversam entre eles a caminho de casa.]

Charlotte: E agora, gente, o que vamos fazer? Não sei como pensamos que os
policiais acreditariam na palavra de crianças de 10 anos como a gente.

Verônica: Pois é! O jeito vai ser nós mesmos procurarmos por ele.

Nick: Exato! Vamos procurar amanhã, logo após o ritual.

Verônica e Charlotte: Combinado.

Narrador: Passaram-se sete dias e eles não encontraram nada que podia levar a
Peter, e, nesse mesmo dia, no final do ritual, os demônios voltaram e dessa vez
levaram Verônica.

Charlotte: E agora, Nick? O que vamos fazer? Está dando tudo errado! Não
conseguimos encontrar o Peter, e agora levam a Verônica! Nós seremos os
próximos Nick!

Nick [Com as mãos sobre seus ombros]: Você tem que se acalmar Charlotte! Vai
dar tudo certo. Nós vamos encontrar juntos os nossos amigos. Nenhum demônio vai
conseguir nos vencer nunca.

Charlotte: Por favor, Nick, reza comigo, conversar com Deus sempre me acalma.

Nick- Claro! Faço tudo por você.

[Se beijam.]

Narrador: Sete dias depois, ocorreu mais uma vez, Nick foi levado.

Charlotte: NICK! NÃO! Fica comigo, não vai embora.

[Começa a chorar e sai correndo.]

Narrador: No dia seguinte, Charlotte vai até à floresta, no mesmo lugar e horário, e
começa o ritual.

412
Charlotte: Estou aqui hoje, sozinha, pois jurei nunca abandonar meus amigos,
mesmo eles não estando aqui.

[Pausa]

Charlotte: “Prometo continuar a respeitar e amar meus amigos na hora de estudar,


brincar, sorrir, chorar, nos momentos de dificuldades, pois sem nosssa amizade não
somos ninguém!”. Oh Deus! Me ajude! Meu único desejo é ter meus amigos de
volta, sem eles não sou ninguém!

[Ajoelha no chão e começa a chorar.]

Narrador: Suas lágrimas caem sobre o círculo de sangue que imediatamente brilha.
E então as árvores da floresta começam a balançar, o vento vai ficando cada vez
mais forte e ela começa a enxergar vultos brancos, até que uma criatura pequenina
e com asas se aproxima e diz:

Tinker: Olá! Eu sou a Tinker, a fadinha que irá realizar todo desejo que quiser.

Narrador: Charlotte desconfiada, responde.

Charlotte: Por que você está aqui?

Tinker- Não é óbvio? Estou aqui por você! Escutei o seu desejo de ter seus amigos
de volta e senti suas lágrimas caindo sobre o sangue de cada um.

[Charlotte olha desconfiada.]

Charlotte: Se você é quem diz ser, me prove! Faça os meus amigos aparecerem!

Tinker: Calma, mocinha, as coisas não são bem assim, posso te provar fazendo
algum objeto aparecer.

Charlotte: Quero um escapulário em minha mão agora mesmo.

Narrador: E plim... o escapulário aparece nas mãos de Charlotte. Ela olha


desconfiada e surpresa com a esperança de reencontrar seus amigos.

Charlotte: Como vamos encontrar os meus amigos?

Tinker: Bom, primeiramente vamos para o Reino dos Demônios.

Charlotte: Parece ser um lugar perigoso…

Tinker: Você está certa! Por isso temos que tomar muito cuidado. Tenho certeza de
que seus amigos estão lá.

Charlotte: Deus abençoe suas palavras! Quando vamos?

Tinker: Partiremos amanhã às 13:00.

413
Charlotte: Tem certeza? Parece ser muito cedo.

Tinker: Pelo contrário! Essa é a hora em que os demônios dormem, será mais fácil
resgatá-los assim.

Charlotte: Combinado! Até amanhã, Tinker!

Tinker: Até, Charlotte.

[Às 13:00 do outro dia] [Elas se encontram, aproximam-se]

Tinker: Você está preparada?

Charlotte: Faço tudo pelos meus amigos.

Narrador: E em um estalar de dedos, Tinker as transportou para o Reino dos


Demônios. Era um lugar obscuro, muito diferente da realidade com que Charlotte
estava acostumada.

Tinker: Varinha, varinha minha, me mostra agora o mapa desse lugar para eu
ajudar minha amiguinha.

Narrador: Imediatamente sua varinha de condão mostrou o mapa do reino.

Charlotte: Que legal! Eu posso tentar?

Tinker: Claro!

Charlotte: Varinha, varinha da Tinker, me mostra onde estão os meus amiguinhos.

[Aparece uma imagem de seus amigos com a localização.]

Charlotte: Vamos, Tinker! Estamos muito perto dos meus amigos!

Narrador: Elas procuraram até escurecer.

Tinker: É melhor nos escondermos, os demônios estão acordando e se eles nos


pegarem nunca mais voltaremos!

[Assustadas se esconderam em um beco.]

[Elas caíram no sono e acordaram de manhã.]

Charlotte: Vamos, Tinker! Temos que continuar nossa busca!

Narrador: Chegaram ao castelo onde estavam Peter, Verônica e Nick e, com seu
pirimplimplim, a fadinha as colocou dentro da cela onde estavam presos….

Peter, Verônica e Nick [felizes]: Charlotte!!

Charlotte: Amigos! Que bom que vocês estão bem!

414
[Nick deu um beijo em Charlotte.]

Nick: Como você chegou aqui?

Charlotte: Depois explico tudo para vocês, ainda estamos correndo um grande risco
aqui dentro.

Peter: Precisamos ir para casa urgente! Os demônios já estão vindo nos pegar para
fazerem doce de humano conosco.

[Os demônios chegam na cela onde estavam e começaram a possuir os três


raptados.]

Charlotte: Tinker! Pelo amor de Deus faça alguma coisa!! Meus amigos estão sendo
influenciados pelo demônio!

Tinker: Ah, claro! É pra já! Varinha, varinha minha, nos leve para a nossa casinha!

[A varinha não funcionou.]

Charlotte: O que está acontecendo? Anda logo, Tinker!

Tinker: A culpa não é minha se minha varinha não está funcionando.

Tinker [enquanto Charlotte brigava com ela]: Varinha, varinha minha, nos leve para
nossa casinha!

[Plim! Chegaram em casa.]

Verônica: Chegamos em casa! Graças a Deus estamos salvos de tudo!

Peter: Tudo graças a nossa amiga Charlotte, que não desistiu da gente em nenhum
momento!

Nick: Abraço em grupo!

[Se abraçam.]

Charlotte: Mas gente, onde está a Tinker?

Verônica: Não sei, amiga, não se preocupe com ela, deve ter voltado para sua terra,
já que sua missão por aqui acabou!

Charlotte: É verdade! Ai amigos, vocês não têm noção de quanta falta eu senti de
vocês!

[Repetem o juramento.]

Narrador: Depois do ocorrido, o ritual continuou a ser realizado, porém na casa


deles, e ao invés de cortarem suas mãos eles passaram a encerrar o ritual com um
forte abraço entre melhores amigos.
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Os alunos foram orientados a escrever sobre solidariedade, empatia e fraternidade, termos tão
presentes no ensino oferecido pela Rede Filhas de Jesus.

Amor de família

Isadora Guimarães Meira Pimentel

A história que vou contar hoje se passa com um menino de 11 anos


chamado Marcus. Um dia, ele e sua família foram em uma viagem de carro para o
Rio de Janeiro (ele morava em Belo Horizonte). Como no total eram 10 pessoas
viajando, utilizaram dois veículos, ele foi com sua mãe, pai e as duas irmãs em um
deles, e no outro foi sua avó e seu avô (que ele amava tanto), tia, tio e primo. Eles
estavam já na metade do caminho quando um caminhão perdeu o controle e jogou o
carro no qual estavam seus parentes no penhasco, todos morreram pois a queda foi
intensa.
Passaram-se alguns dias depois do acidente e Marcus viu sua vó
passando pela rua, imediatamente, ele a gritou e foi dar um forte abraço nela, disse:
- Que saudade, vó! Pensei que você, o vovô e todos que estavam
naquele carro tivessem morrido!
- Você está louco, menino!? - perguntou a avó.
- Todos estamos aqui! Olhe!
- Tenho que contar para a mamãe! – e saiu correndo.
Quando foi contar para sua mãe o que tinha acontecido, ela explicou que
isso não era possível, porque viram os cadáveres.
- Eu sei que você está com saudades deles, mas não acredite nisso filho,
é só a sua imaginação!
O menino ignorou a fala da mãe e foi convencer a sua família sobre o
acontecimento, e todos começaram a chamá-lo de louco, ninguém acreditava.
- Eu vou provar a todos vocês que não estou louco! Vamos para a porta
de casa para verem!
Assim que chegaram lá, Marcus apontou para seus avós, tio, tia e primo,
mas ninguém viu, apenas ele. Se sentiu muito triste com o fato de eles não
acreditarem, mas tinha certeza do que via. Ele ignorou a todos e continuou a
conversar, brincar e citar à família acontecimentos imaginários.
Até que depois de muito tempo, quando ele estava conversando
novamente com os “falecidos” e eles desapareceram de repente, achou aquilo tudo
416
estranho e escutou uma voz dizendo que, na verdade, aquelas “pessoas” com quem
ele estava convivendo eram os espíritos dos parentes e que poucos conseguiam vê-
los. Marcus ficou chateado ao saber que ele realmente tinha perdido seus entes
queridos e que poderia nunca mais ver seus espíritos novamente.
Com isso, Marcus entendeu que seu amor e saudade por aqueles que
partiram é tão grande que mesmo sem a presença de cada um ele era capaz de tê-
los permanentemente no seu dia a dia.

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Os alunos foram orientados a criar um conto de enigma e/ou mistério, inspirado pelo obra do
famoso detetive inglês Sherlock Holmes.

O fim de Silvana Menezes

Isadora Guimarães Meira Pimentel

Há muitos anos, na casa de uma modelo muito poderosa chamada


Silvana Menezes, ocorreu algo terrível que eu vou contar para vocês agora.
Como uma mulher rica, possuía muitos empregados em sua casa.
Antônio de Albuquerque era cozinheiro de Silvana Menezes e sentia uma grande
paixão por ela. Todos os funcionários da casa já sabiam desse amor, e todos,
inclusive o cozinheiro, sabiam que ela não dava a mínima para ele, mas nunca
desistiu dela. Antônio um dia, decidiu matá-la para não sofrer mais. Em um sábado
chuvoso, foi no quarto da patroa enquanto ela estava dormindo, mas não conseguiu
dar um fim na vida da modelo, pois o amor que sentia era maior.
Chegou o domingo e Silvana foi encontrada morta, ensanguentada em
seu quarto. Todos ficaram muito chocados com a notícia, Antônio chorou muito.
Como a família Menezes era rica, eles contrataram o melhor detetive da cidade para
resolver o crime, seu nome era Carlos Hitchcock.
Logo de cara ele descartou a possibilidade de suicídio, pois eram várias
facadas por todo corpo. Os principais suspeitos eram o segurança da casa, Louise
(uma de três faxineiras) e Antônio, pois eram os únicos que estavam na casa. Carlos
procurou digital, mas não encontrou provavelmente o assassino utilizou luvas. Não
havia nenhuma outra pista além da faca e da janela do quarto, funcionários diziam
que ela sempre estava fechada, deduziram que o culpado teria fugido por ela após o
crime.
Depois de semanas investigando o crime, Hitchcock decidiu verificar as
filmagens da câmera de segurança do quarto de Silvana e viram que o assassino
era bem magro, tinha cabelos longos e utilizava um moletom florido. Carlos revistou
toda a casa e encontrou o moletom, com uma pequena mancha de sangue, no
quarto de Louise. Ela jurou que não foi ela, mas todas as provas apontavam para a
faxineira, assim foi presa.
Dois anos se passaram, os policiais decidiram reabrir o caso, pois eles
não haviam revistado todas as câmeras. Assim que viram todas as filmagens

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descobriram que haviam prendido a pessoa errada, Louise na verdade era inocente.
Analisaram a foto de todos da casa e perceberam que a verdade Helena (outra
faxineira da modelo) era a assassina. Os policiais a procuraram por toda cidade,
mas não a encontraram, e se alguém a achasse e denunciasse receberia
R$1.500,00 em troco.
Ex-funcionários da modelo diziam que a faxineira sempre teve raiva da
patroa pelo fato de que o homem que ela amava, Antônio, tinha uma queda pela
modelo. A hipótese dos policiais foi que ela entrou pela porta dos fundos enquanto
todos estavam dormindo, pegou o primeiro moletom que viu pela frente para que
não a reconhecessem, foi no quarto da empregadora, a matou e fugiu pela janela.
Até hoje não encontraram Helena e não sabe qual seu estado de vida, a
única coisa que sabem é que ela nunca pôde viver seu verdadeiro amor.

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Os alunos leram o início do conto “O homem cuja orelha cresceu”, de Ignácio de Loyola
Brandão, e foram instruídos a dar continuidade à narrativa.

O homem cuja orelha cresceu - Continuação

Isadora Pinheiro Alves dos Santos

Saiu pela porta dos fundos, correndo com os olhos esbugalhados, boca
seca e coração na mão. Chegando à pensão, as mãos estavam tão trêmulas que
era incapaz de pegar as chaves do apartamento. Precisava se acalmar, mas suas
orelhas já chegavam na cintura. Então, inspirou profundamente e segurou por uns
10 segundos, sua tremedeira diminuiu e finalmente conseguiu pegar a chave.
Quando entrou, foi direto para o banheiro, onde observava suas novas,
grandes e horrorosas orelhas crescerem. Olhava tão atentamente sua imagem
refletida no espelho, que viu o exato momento em que seus olhos começaram a
crescer e irem em direção ao chão, assim como as orelhas. Sua feição
desmanchava e não havia nada que ele podia fazer para impedir.
A cada momento que passava, mais parecia um líquido humano. Chegou
uma hora em que estava completamente mole, como se não possuísse ossos,
cartilagem ou qualquer sustentação em seu corpo, lembrava cera derretida. Como
se não bastasse se liquidificar, começou a se mover involuntariamente em direção
ao ralo. E quando atingiu a água começou a se diluir, levando qualquer vestígio que
poderia provar qualquer coisa do acontecimento.

420
Os alunos foram orientados a criar um conto de enigma e/ou mistério, inspirados pela obra do
famoso detetive inglês Sherlock Holmes.

Isadora Pinheiro Alves dos Santos

Dia 3 de novembro de 1960, roubaram meu diamante Estrela Rosa, que


havia acabado de comprar em um leilão para caridade por U$ 31 mil. Não sei quem
foi, mas sei que não foi inteligente para roubar Harry Osborn, amigo do detetive
Auguste Dupin. Liguei para Dupin de darem falta da joia (que havia sido deixada sob
a supervisão de seguranças). Durante nossa conversa, perguntei quanto cobraria
pela investigação, e ele disse que faria de favor e que estaria aqui pela manhã para
procurar pistas.
No dia seguinte, acordei, me vesti, peguei a cartola e o guarda-chuva, e
fui para a cena do crime. Quando cheguei, Auguste já havia procurado as pistas pela
sala toda, as únicas que eram úteis foram: um folheto de New Beverly Cinema que
anunciava o filme “Psicose”, que seria exibido daqui a dois dias; e a outra pista era
uma pegada na parede, que fora analisada e pertence a um sapato de couro de
crocodilo (que custa bem caro), o que nos leva a crer que o ladrão entrou como
convidado e saiu pela ventilação do teto.
Depois de me apresentar as pistas, Dupin disse que iríamos ao cinema e
entraríamos 15 minutos após o início da sessão anunciada no folheto e, juntamente
com a polícia, fecharíamos o estabelecimento, sem deixar que ninguém entrar ou
sair. Então, identificaríamos os nomes dos que estavam presentes no leilão, e
talvez, se dermos sorte pegaríamos o ladrão.
No dia 6, fomos ao cinema. O filme começava às 18h, então entramos às
18h15min. Seguimos o plano e identificamos: Elizabeth Perske, que trabalhava no
New Beverly e foi ao leilão com o namorado; Evan Welsh, que comprou um anel
durante o evento e Stan Duncan, um frequentador do cinema, que foi ao leilão.
Antes que Dupin declarasse Evan suspeito, intervi e o contei que esse rapaz era um
jovem nobre e amigo antigo da família e o pedi que reavaliasse e não o colocasse
como suspeito. Auguste concordou.
Enquanto conversávamos sobre o fato de o sapato ser masculino e
Elizabeth continuar sob suspeita, Dupin obteve um argumento plausível, disse que
aquela pista provavelmente era falsa, disse também que o ladrão poderia tê-la
colocado lá, já que seria um esforço muito grande e havia várias formas mais fáceis
421
de roubar a jóia. Então, srt. Perske e o sr. Duncan ainda eram os suspeitos. Para
descobrir o verdadeiro autor do crime, iríamos interrogá-los. O primeiro a ir foi srt.
Perske, ela ficou calma o tempo todo e manteve a tranquilidade no olhar. Já Stan, a
cada ponto de sua história, lambia o canto inferior esquerdo da boca, parecia um
tique nervoso, que evidencia quando está ansioso. Então, para nós era óbvio o autor
do crime: Stan Duncan.
Stan entrou como convidado no leilão, mas enquanto todos conversavam,
ele se vestiu como quem estava à trabalho no leilão, neste caso, um guarda, pois
ele sabia que de uma em uma hora alguém era enviado para dentro da sala a fim de
conferir se a Estrela Rosa estava lá. Quando foi sua vez, ele pegou a joia, a
escondeu e colocou a pista falsa, fingiu surpresa e contatou os outro guardas e,
durante a confusão, fugiu sem que percebessem.
O homem não pôde negar e, ao invés de relutar para entregar a joia, nos
disse onde estava e foi levado pela polícia e aguardava julgamento…

422
Os alunos foram orientados a criar um texto dramático, retomando o cenário de Sonho de uma
noite de verão, de William Shakespeare. Para isso, a peça deveria ser ambientada numa
floresta encantada, onde pessoas comuns se deparam com seres mágicos.

Isadora Pinheiro Alves dos Santos


Júlia Maneiro Alvite Matos

Personagens:
Narrador
Jennifer (Feiticeira poderosa)
Thomas (namorado)
Vitória (namorada)
Snoopy (cachorrinho do casal)

[Thomas, Vitória e Snoopy entram, enquanto o narrador fala.]

Narrador: Era uma vez, não há muito tempo, um casal de jovens, chamados
Thomas e Vitória, que caminhavam por um belo bosque com seu cachorrinho,
comemorando o aniversário de namoro. Enquanto atravessavam um rio, eles
encontraram Jennifer, uma poderosa e temida feiticeira.

[Thomas, Vitória e Snoopy tentam atravessar a ponte e Jennifer entra na frente


deles.]

Jennifer: Tu atreves a cruzar minha ponte?

Vitória: E quem te disse que essa ponte é sua?

Thomas: Calma, Vitória, nós não queremos briga.

Jennifer: És Vitória o nome dessa soberba? E o teu, qual és?

Thomas: Meu nome é Thomas e o seu?

Jennifer: Eu não falarei-vos meu nome, são apenas dois estranhos.

Vitória: A única estranha aqui é você!

[Snoopy late e a feiticeira se assusta.]

Jennifer: Vejamos o que temos aqui! Um rascunho de gorgon…

Thomas: Quanta insensibilidade…

Vitória? Gorgon não, esse é meu doguinho, Snoopy.

Jennifer: Que nome mais grotesco! Acho Sebastião muito mais pertinente!
423
Vitória: E quem pediu a opinião da bruxa? Porque eu não fui!

[Thomas se aproxima de Vitória]

Narrador: Percebendo a tensão que estava no ar e levando em conta a irritabilidade


da namorada, Thomas se aproxima e fala com a garota bem baixinho...

Thomas: Vi, vamos embora, existem outros caminhos para atravessar o rio.

Vitória: Mas eu tenho todo o direito de estar aqui! Ela quem deveria sair da minha
frente!

Jennifer: Já basta! Você me aborrece de uma forma incrível! Tu vais aprender


como respeitar os mais vigorosos!

[O vento começa a soprar muito forte, a terra estremece e Jennifer ergue os braços
aos céus.]

Jennifer: Audi quae dico... Ab aquilone ad meridiem, et fac conversari sit fortis... Ab
Oriente et Occidente, neque probare actum est plaga… I, Jennifer, ut vocant,
habitans in hypogea viventem, cum anima Luciferi et Iovem musculis communita!

(Escutem o que vos digo... Do norte ao sul, se comporte ou tenha certeza que é
forte… De leste a oeste, não teste agir como peste… Eu, Jennifer, clamo pela
criatura que habita os hipogeus, com alma de Lúcifer e musculatura de Zeus.)

[Vitória fecha os olhos.]

Narrador: Na espera pelo resultado do feitiço, a garota estava ansiosa e de olhos


fechados. Algum tempo depois ela percebeu que nada havia acontecido e que os
ventos haviam parado de soprar.

Vitória: Ué, mas não vai acontecer nada?

Jennifer: Aguarde, minha cara, mais tarde tu descobrirás o mal que liberei em sua
vila.

Narrador: Thomas assustado com todos os acontecimentos diz…

Thomas: O que você quer dizer com “grande mal”?

Jennifer: Como eu digo… ireis descobrir depois…

Narrador: Os garotos mais assustados do que já estavam, pegam seu cachorro e


saem correndo para casa, onde acreditavam que conseguiriam se proteger de
Jennifer.

[Em casa.]

424
Narrador: O casal esperava uma grande mudança, como se o chão se abrisse ou
caísse do céu uma lava borbulhante, mas nunca suspeitariam que o próprio mal
havia sido levado para casa com eles.

Vitória: O que acabou de acontecer?

Thomas: Eu também estou tentando entender… Acho que acabamos encontrando


uma bruxa.

Vitória: Mas não é possível! Todas as bruxas foram extintas anos atrás, como essa
ainda pode estar viva? E se ela realmente tivesse vivido todos esses anos ela seria
um pouco mais velha não acha? Não estaria aparentando ter 20 anos…

Thomas: Vi, não sei se percebeu, mas ela é uma bruxa, que possui magia e vários
feitiços! Aposto que algum deles deve dar um ar mais juvenil a ela! E além do mais,
isso não deveria ser um problema agora! Pensando que ela acabou de jogar uma
praga em nós que ainda nem sabemos o que é!

Vitória: Você tem razão, devemos nos preocupar em descobrir que feitiço ela
realizou e tentar a todo custo quebrar…

[Barulho de vidro quebrando.]

Vitória: O que foi isso?

Thomas: Não sei, mas coisa boa não foi! Veio lá do quarto… A gente devia ir dar
uma olhada

[Devagar, os dois se movimentam até o quarto.]

Narrador: O quarto estava digno de uma cena de filme de terror, com sangue até o
teto e uma janela quebrada, que serviu de rota de fuga para alguma coisa.
Desesperada, Vitória, gritava com todo seu fôlego…

[Vitória se abaixa e Thomas tenta acalmá-la.]

Thomas: Calma… Vai beber uma água que eu vou ver o que aconteceu…

Vitória: Thomaaaas! Cadê o Snoopy?! Será que esse sangue todo é dele?!

[Desesperada, ela continua chamado seu cão.]

Vitória: Snoopy! Vem cá, Snoopy! Cadê você?

Narrador: Thomas se controlava enquanto Vitória tentava não infartar. O cão não
estava na casa, então eles decidiram sair para procurá-lo. Na rua, havia um rastro
de sangue que marcavam o chão ora com poças ora com pegadas de cachorro…
Porém, uma hora o rastro some e a única pista que eles tem é o horror que se
estampa no rosto das pessoas. Todas essas pistas levaram a um açougue…

425
[No açougue haviam várias pessoas que tentavam ver o que acontecia]

Vitória: Olha lá Thomas…

Thomas: Eu não! Depois esse bicho pula em mim! Vai você…

Vitória: Está bem, covarde!

[Ela se aproxima vagarosamente do balcão]

Narrador: De longe se via o medo da mulher, sua expressão o escondia. Atrás do


balcão estava o que ela costumava achar um animal amável e carinhoso devorando
um pedaço enorme de carne crua, que segurava entre as patas.

426
Os alunos puderam refletir sobre esse momento de descobertas pelo qual estão passando, a
adolescência.

Essa vida terrivelmente chata

Júlia de Souza Carvalho

Um dia eu estava procurando alguma coisa para fazer e tirar o tédio desta
minha vida terrivelmente chata, então decidi ir ao cinema, afinal, ver filmes sempre
me deixa mais animada.
Lá fui eu para o shopping procurar uma sessão do filme que eu desejava
assistir, encontrei um horário perfeito, fui comprar pipoca e entrei na sala do cinema.
O filme era extremamente bom e falava sobre como as mulheres estão poderosas
hoje em dia. Assistindo a esse filme fiquei com um desejo muito grande de me tornar
uma mulher adulta logo, você já pensou quanta coisa eu poderia fazer? E o melhor é
que não precisaria passar por essa fase, a adolescência.
Eu odeio a adolescência, nela você precisa ser aceito pelas pessoas,
precisa se encaixar nos padrões de beleza e ainda todas as pessoas cobram muito
de você.
Tudo seria bem mais fácil se eu tivesse 35 anos!
Ainda naquela sala de cinema, fechei meus olhos bem forte e desejei ter
35 anos, mas sabia que aquilo não iria acontecer, então abri meus olhos para
terminar de ver aquele filme de adulto.
Saí da sala de cinema e estava indo em direção à saída do shopping
quando olhei para o espelho e me deparei com uma coisa estranha, uma mulher
linda estava refletida nele. Soltei um grito e todas as pessoas ao redor se
assustaram, eu não podia acreditar naquilo, 20 anos haviam se passado e agora eu
era uma mulher de 35 anos.
Eu estava feliz e bastante confusa, como aquilo foi acontecer? Quem
eram os meus amigos agora? Onde eu morava? E, principalmente, quem eu havia
me tornado?
Fui descobrindo todas essas coisas com o tempo, mas eu ainda me
sentia incompleta, o que será que faltava? As pessoas agora me respeitavam, eu
decidia a minha vida, finalmente eu tinha a vida que queria ou pelo menos achava
que queria.

427
Eu não estava preparada para aquela vida e para aquelas
responsabilidades. Eu sabia o que faltava na minha vida, era a minha adolescência.
A vida inteira eu havia ignorado a importância dela e só agora eu notei, mas agora
não posso voltar atrás mais.
Chateada, resolvi novamente fazer o que me animava, ir ao cinema.
Chegando lá, escolhi um filme e entrei na sala para vê-lo, o filme era legal mas eu só
conseguia pensar na adolescência que eu havia perdido, mais uma vez me vi ali no
cinema fechando meus olhos e desejando intensamente, mas dessa vez o desejo
era outro: voltar para a minha adolescência e poder viver a vida que eu havia
perdido.
O filme acabou e quando eu fui pegar o meu celular para pedir um táxi ele
não estava mais lá, eu não estava com as mesmas roupas, nem tamanho e muito
menos aparência. Meu desejo havia tornado realidade, eu tinha 15 anos novamente
e dessa vez não iria desperdiçar essa linda fase.
A adolescência é realmente uma linda fase e devemos aproveitá-la, nela
estamos nos descobrindo, estamos formando a nossa personalidade e o nosso
verdadeiro eu. Mesmo muitas vezes achando essa fase terrivelmente chata,
precisamos passar por essa chatice para descobrir que na verdade a vida é
incrivelmente boa

428
Os alunos foram orientados a escrever sobre solidariedade, empatia e fraternidade, termos tão
presentes no ensino oferecido pela Rede Filhas de Jesus.

"Quando vamos começar a nos importar?”

Júlia de Souza Carvalho

Era de manhã em um dia chuvoso, o que não impedia Alex de trabalhar,


já que ele estava muito envolvido com o que planejava criar. Alex era especializado
em informática e simplesmente apaixonado pela tecnologia, para ele isso era o
futuro do mundo.
Neste dia então ele finalmente terminou o que estava trabalhando há
anos, ele havia criado um robô, mas não um simples robô, ele era especial para Alex
e recebeu o nome de Enzo.
Enzo foi criado com um objetivo, que era viajar no tempo, já que um
amigo de Alex (Caio) havia criado um espelho com capacidade de teletransportar
qualquer coisa ou pessoa e para qualquer lugar, mas como nunca havia testado
ficou com medo de teletransportar pessoas e decidiu tentar com aquele tal robô
especial.
A viagem ainda demoraria alguns dias, então Alex resolveu aproveitar
esse tempo com Enzo, o amante da tecnologia queria mostrar para aquele robô
como era a vida dos humanos.
Durante muitos dias eles saíram juntos, provaram das mais estranhas
comidas, assistiram aos mais assustadores filmes e deram as melhores
gargalhadas. Em tão pouco tempo já haviam se tornado melhores amigos, o que era
algo novo para Enzo, já que ele nunca teve um amigo e nunca havia tido aquele
sentimento de se importar com o outro e saber que aquilo era recíproco, o que nós
homens chamamos de amizade.
Mas o dia da viagem tão esperada havia chegado, apesar de estarem
muito empolgados com aquela experiência, ambos também estavam tristes de saber
que aquela poderia ser a última vez que se viam.
Chegou a hora de Enzo escolher um destino e ele decidiu que queria ir
para a Floresta Amazônica (já que ele amava a natureza) daqui a 80 anos. Ele
pegou espelho e falou para onde desejava ir, então o espelho projetou em sua frente
a rota e imagens do local, Enzo se despediu de todos e então clicou no botão “partir”
e lá se foi ele.
429
Ao chegar lá ficou extremamente impressionado, não era do jeito que ele
pensava, o robô achava que chegando lá veria apenas árvores e folhas, já que era o
que todos lhe diziam ser características de uma floresta. Mas ele viu apenas
máquinas, carros voadores e robôs, apenas robôs! O que havia acontecido com os
humanos?
Enzo estava andando pela “floresta” quando encontrou uma robô
chamada Lara, que era muito simpática e bonita, eles passaram todo aquele dia
juntos e quando já estava anoitecendo ele resolveu perguntar se ela sabia o que
havia acontecido com a raça humana. Lara, com uma expressão triste, respondeu-
lhe que essa raça havia sido extinta.
Enzo ficou muito chateado, e vendo isso Lara lhe explicou como isso
havia acontecido:
- Com o passar do tempo os recursos naturais foram ficando cada vez
mais escassos, isso porque o homem não estava se importando com a natureza, ele
achava que nunca iria faltar nada e por isso não cuidou, o planeta acabou ficando
sem água e então os humanos foram morrendo até sobrar apenas nós, os robôs.
Enzo escutando tudo aquilo não pensou duas vezes e decidiu que queria
voltar para os dias atuais e tentar consertar isso, para que a humanidade não
acabasse. Chamou Lara para voltar com ele e os dois juntos então se
teletransportaram para a casa de Alex.
Ao chegar lá, Alex estranhou ele já ter voltado e Caio comemorou a
experiência ter funcionado. Enzo abraçou seu amigo, e logo contou tudo o que
aconteceu e disse que eles precisavam impedir que aquilo viesse a acontecer.
Todos juntos foram para a imprensa e para as ruas avisar o que poderia
acontecer, para assim conscientizar a todos, e fazer eles perceberem que já passou
da hora de começar a se importar porque depois poderá ser tarde demais.
As pessoas muitas vezes pensam em desenvolver a tecnologia, o que é
importante, mas está na hora de desenvolver nosso cérebro, nossos pensamentos,
temos que começar a perceber que se destruirmos a natureza não haverá nada,
nem tecnologia, nem humanos e muito menos o planeta.
Enzo não conseguia entender como que alguém que nasce com
sentimentos era capaz de fazer aquilo com o próprio planeta. E ele que pensava ser
apenas uma máquina descobriu que na verdade tinha um valioso coração.

430
Os alunos foram orientados a criar um texto dramático, retomando o cenário de Sonho de uma
noite de verão, de William Shakespeare. Para isso, a peça deveria ser ambientada numa
floresta encantada, onde pessoas comuns se deparam com seres mágicos.

A culpa
Júlia de Souza Carvalho
Gabriel Salgado

[Entram Kira e Gael, reis da Forest of Fear, uma floresta sobrenatural…]

Gael: Minha alteza está noite nossos guardiões repararam um ser estranho
entrando em vossa floresta.

Kira: Tragam ele até mim.

Gael: Vou ordenar os guardas que o tragam para a senhora.

[Os guardiões vão em busca dele pela floresta. Eles o encontram perdido e
desacordado e voltam para o reino com a criatura.]

Gael: Aqui está Kira, a criatura que encontramos

[Kira fica surpresa!]

Kira: Há quanto tempo não vejo um ser humano! Prendam ela e tragam ela até mim
quando acordar.

[Kira e Gael vão conversar em particular.]

Kira: Gael, teremos que matá-la.

Gael: Por que, Vossa Magestade?

Kira: Você não se lembra do que aconteceu com nosso antigo guardião quando um
humano habitou o nosso reino? Eles representam uma ameaça ao vosso povo!

Gael: Não me recordo Kira, o que houve?

Kira: Os humanos são perversos, lembro-me como se fosse ontem de quando eles
chegaram em nosso reino e tentaram dizimar e dominar o nosso povo, matavam
qualquer um que entrasse em seu caminho.

Gael: Oh, meu Deus! Não sabia do risco que essas criaturas causavam em nosso
reino, já que é assim precisamos urgentemente exterminá-los.

[Os guardas avisam a Gael que a humana acordou, então vão finalmente levá-la
para falar com Kira. A humana chega na sala de Kira e no instante que Gael olha em
seu rosto, ambos trocam olhares ele se vê apaixonado.]

431
Kira: Gael, retire-se, por favor, para que eu possa conversar com esta criatura
horrenda.

[Gael se retira,mas aquele rosto não sai de sua cabeça.]

Kira: Humana, o que fazes aqui? Este lugar é muito perigoso para uma menina
indefesa como você.

Paula: Primeiramente, meu nome é Paula e se você quer saber não sou uma
menina indefesa como você pensa, estou aqui em seu reino, pois sou escrava de
um homem louco que me agredia e me forçava a trabalhar para ele. Na verdade não
foi intencional eu vir parar aqui, pois eu estava fugindo dele e de repente tropecei em
uma pedra e cai em um portal que me trouxe até aqui.

Kira: Você não é bem-vinda aqui! Saia imediatamente do meu reino.

Paula: Por favor me deixe ficar aqui! Eu não posso voltar para aquele psicopata.

[E então desesperada e com de medo que a rainha a tirasse a força do reino, ela
resolve fugir e sai correndo da sala da rainha e acaba trombando com Gael, que
apaixonado, resolve ajudá-la.]

Gael: Por que você está correndo Paula?

Paula: Porque Kira está querendo me expulsar do reino, pois ela disse não sou bem
vinda aqui, mas não posso voltar para terra natal, pois corro muito perigo lá.

Gael: Fique tranquila, estou aqui para te ajudar. Entre nesta sala, ela é segura,
quando os guardas chegarem para te procurar, vou distrair eles.

[Os guardas são distraídos por Gael, e Paula se livra deles.

Kira recebe a notícia de que Paula voltou para sua terra natal, então fica muito feliz.

Gael e Paula passam muito tempo juntos e escondidos da rainha e vão se


apaixonando um pelo outro.

Um dia Kira vai a procura de Gael em sua casa e se depara com os dois se
beijando,e acaba descobrindo a verdade e fica extremamente furiosa.]

Kira: O que está acontecendo aqui?

Gael: Minha alteza, eu posso explicar.

Kira: Não quero ouvir suas explicações, você traiu a minha confiança e o meu reino.

Paula: Ele só estava querendo me ajudar, não o culpe.

Kira: Cale-se! Não quero ouvir nenhuma palavra vinda da sua boca.

432
[Então Kira transtornada usa seu poder de raios elétricos para atingir e matar
Paula,mas Gael se atira na frente da amada e morre. Paula muito triste e se
sentindo culpada pela morte do amado se mata com um pedaço de vidro de um
espelho que estava próximo.]

[Mas logo depois de ver os dois corpos caídos no chão, Kira se sente culpada e
corre de volta para sua sala e só então percebe a gravidade de seu ato errôneo,e
então para aliviar a culpa e dor no coração se mata com o próprio feitiço.]

433
Os alunos leram o início do conto “O homem cuja orelha cresceu”, de Ignácio de Loyola
Brandão, e foram instruídos a dar continuidade à narrativa.

O homem cuja orelha cresceu - continuação

Júlia de Souza Carvalho

Ele então começou a correr em direção a pensão, ao sair na rua para


pegar o caminho que sempre pegava, observou toda aquela cidade, cheia de carros
e trânsito, prédios altos e luzes fortes em seus olhos como sempre, mas havia uma
coisa que mudara, ele escutava tudo mais alto, quanto mais a orelha crescia, mais
alto ficava o som, sua cabeca nao aguentava mais de dor por causa do barulho,
então ele começou a correr para a pensão e, enquanto corria, escutava as
conversas de todas aquelas pessoas. Assim ficou sabendo sobre a vida de cada
uma delas, mesmo não lhe interessando nada.
Ele colocou as mãos nas orelhas com o objetivo de tampá-las, mas não
adiantava nada, pois elas estavam imensas.
Entrou finalmente na pensão em que morava há um bom tempo, foi em
direção as escada imundas e escuras, seu quarto era no nono andar. Enquanto
subia só conseguia escutar as pessoas, que por ali passavam, comentando umas
com as outras sofre a feiura de suas orelhas.
Ele já estava triste por causa da situação e ficava pior devido aos
comentários alheios.
Finalmente ele se viu na frente da porta de madeira do 903 (o seu quarto),
abriu-a rapidamente, correu para a estante que ficava ao lado de sua cama, colocou
suas mãos geladas sobre a terceira gaveta, e lá dentro do seu peito, ela estava.
Morte rápida e dolorida, mas para ele era melhor do que se encontrar
naquela situação.

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Os alunos foram orientados a escrever sobre solidariedade, empatia e fraternidade, termos tão
presentes no ensino oferecido pela Rede Filhas de Jesus.

Ainda existe empatia?

Júlia de Souza Carvalho

As pessoas costumam dizer que os animais não pensam e não sentem,


mas se começarmos a observar quem anda não pensando somos nós, os homens.
Não pensamos no sentimento do outro, não pensamos na natureza e não pensamos
que o que fazemos e dizemos pode machucar o próximo.
E como muitas vezes não pensamos nisso, acabamos realmente
magoando as pessoas, sendo que estamos nesse mundo exatamente para fazer
o oposto, devemos ajudá-las e compreendê-las, porque quando somos nós, que
estamos mal, queremos alguém que faça isso pela gente, mas será que quando for
o outro nós fazemos? Se não fazemos, está na hora de começar a fazer, porque
você pode achar que é uma coisa boba que não irá fazer diferença, mas faz
completamente.
Às vezes as pessoas só precisam ter alguém do lado delas disposto a
ajudar, mas infelizmente isso está em falta no mundo atualmente, porque as
pessoas só conseguem pensar no que é melhor para elas, como se o resto do
mundo não importasse.

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Os alunos foram orientados a criar um texto dramático, retomando o cenário de Sonho de uma
noite de verão, de William Shakespeare. Para isso, a peça deveria ser ambientada numa
floresta encantada, onde pessoas comuns se deparam com seres mágicos.

Reinado das poções


Júlia Dias Machado
Mateus Soares Godoy de Oliveira

Louis: Conselheiro do rei


Elisabel: Rainha
Lexa: Princesa
Alex: Príncipe
Dobby: Duende do bosque que ajuda os principais
Otavia: A guerreira
Davi, Flavio e Gabriel: Guerreiros
Renalda: Bruxa
Tenório: Rei
Jack: Irmão do Rei
Felipe e Pedro: Servos
Cláudio: Era apaixonado pela rainha

[Em um reino muito distante próximo do bosque encantado, uma bela rainha, grávida
de uma linda filha, é envenenada em um grande banquete de famílias reais. Mas
antes de morrer deixou sua linda filha e seu marido Tenório, o mais temível rei.
Atualmente, neste mesmo reino o rei Tenório vai a um banquete de sua família real.
No banquete teve muito cuidado para não acabar como sua querida esposa.]

Felipe: O senhor aceita este vinho de frutas mágicas do bosque encantado, trazido
pelo seu irmão Jack, Vossa Alteza?

Tenório: Por gentileza, mas por favor faça a inspeção.

Jack: Ora, Vossa Alteza, vais descartar meu vinho, que trago com tanto carinho a ti?
Mas que desconfiança! Achas que fui eu quem envenenou sua amada?

Tenório: Perdão, me desculpe por esse ato de desconfiança. Perdão a todos.


Servo, traga-me novamente o vinho .

Felipe: Como quiser, Vossa Majestade.

Tenório bebe lentamente o vinho com certo prazer, mas desmaia após engolir a
última gota presente na taça. Todos da família entram em extremo alvoroço. Todos
os melhores médicos e magos já estavam a caminho, e a notícia de que o rei
estava morto já corria pelo reino. Um dia se passou e o rei acordou desnorteado.

Tenório: O que aconteceu? Não me lembro de nada, me sinto péssimo.

Pedro: Oh, Vossa Alteza, o senhor desmaiou após beber um vinho de frutas
mágicas.
436
Tenório: Onde estão os magos e médicos, exijo um diagnóstico, agora!

Pedro: Já vou chamá- los, Vossa Alteza.

[Entram os melhores magos e médicos]

Magos e médicos: Boa tarde, Vossa Alteza.

Tenório: Exijo um diagnóstico, AGORA!

Mago: Sim, o diagnóstico. Bom, aparentemente você teve uma crise alérgica ou foi
uma tentativa de envenenamento feita pelo seu irmão.

Tenório: VOCÊ ESTÁ ACUSANDO MINHA FAMÍLIA DE TER ME


ENVENENADO, DE TRAIÇÃO?!

Mago: Não, Vossa Alteza, é apenas uma hipótese.

Médico: E certamente,para a cura, será preciso da poção azul-marinho destilada,


em que nem os melhores magos conseguiram fazê-la.

Mago: Essa poção se encontra no extremo norte do Bosque Encantado, o lado mais
perigoso.

Tenório: Muito obrigado, agora podem se retirar, e mandem chamar meu


conselheiro por gentileza.

[O conselheiro entrar.]

Louis: Mandou me chamar, Vossa Alteza?

Tenório: Mandei sim, quero saber quem me envenenou, e se vocês já puniram essa
pessoa.

Louis: Claro rei, foi o Cláudio, o senhor lembra dele, ele era apaixonado por sua
esposa, e ele confessou não só te envenenar, como também matar sua esposa, ele
já foi executado pelo seus crime.

Tenório: Certo. Obrigado, Louis, pode se retirar.

[Conselheiro sai.]

[No dia seguinte o rei Tenório pediu para que todos os melhores guerreiros fossem
ao seu encontro para que o rei pudesse contar para eles sobre a missão da poção.]

[Entram os guerreiros.]

Guerreiros: Bom dia, Vossa Alteza.

[Tenório os comprimenta, e logo percebe que Otávia estava entre eles, mas não
deixa que ninguém perceba que sua reação mudou, mas dentro de si sente muito
437
orgulho ao vê-la lá entre todos aqueles guerreiros, e ver onde ela conseguiu chegar,
e logo vem em sua cabeça muitas lembranças dele e da Otávia treinando no bosque
encantado, mas ele não deixa isso o distrair e muito menos o fazer ficar com uma
cara diferente.]

[Tenório levanta e chama seu conselheiro.]

Tenório: Bom, guerreiros e guerreira.

[Dá uma sutil olhada para Otávia.]

Tenório: Estão aqui hoje para falar de uma missão muito importante, e também
muito sigilosa, o meu conselheiro irá explicar melhor e mostrar a rota que terão que
fazer, vocês irão partir pela manhã.

[Entra o conselheiro Louis.]

Louis: O rei foi envenenado no dia do banquete real, como todos já sabem, ele
precisa de uma poção para se recuperar, ela se chama azul-marinho destilada, que
fica ao extremo norte do Bosque Encantado, dentro de uma velha casa de poções
subterrânea. A missão de vocês é ir lá e trazer a poção até o rei, mas muito cuidado
pois essa é a área mais perigosa do bosque e a nossa poção é muito sensível, por
isso muito cuidado com a poção, pois ela não pode ser derrubada e muito menos
movimentada, se não ela explode. Bem com tudo dito, com a rota já mostrada, os
aconselho a dormir bastante para estarem preparados amanhã de manhã, e é claro
que o rei não esquecerá de os recompensar por esse trabalho.

Tenório: Bem, obrigado, vocês já podem ir, e amanhã às 6 da manhã quero todos
aqui sem nenhum atraso!

[Todos o guerreiros saem da sala.]

[Às 6 da manhã do outro dia, já estavam todos prontos na sala esperando a chegada
do rei,quando o rei entra todos se levantam.]

[Tenório entra raivoso na sala.]

Tenório: Por que vocês ainda estão aqui vão logo!

[Os guerreiros saem bem rápido da sala.]

Os quatro guerreiros (Davi, Otávia, Flávio e Gabriel) começaram sua jornada mas ao
chegar em frente ao Bosque Encantado, Everton, Flávio e Gabriel param.

[Davi dá um passo à frente e fala com a voz um pouco trêmula.]

Davi: Nenhum de nós nunca passou muito além dos muros do reino, e as histórias
que ouvimos sobre esse Bosque Encantado não são muito boas.

438
[Otávia olha com uma certo desprezo e murmura.]

Otávia: E depois falam que vocês são os melhores guerreiros do reino, faça-me o
favor.

Davi: Disse alguma coisa, Otávia?

Otávia: Disse sim, para vocês pararem de agir como princesinhas e irmos logo
buscar essa poção.

[Todos ficam calados e entram no Bosque Encantado.]

[Os Guerreiros caminhava pelo bosque por um tempo quando deram de cara com
uma ponte velha, quebrada, um pouco solta, com as cordas muito velhas e
desgastadas. Flávio passa na frente para se mostrar corajoso e todos vão atrás dele
com um um pouco de medo e com muito cuidado, quando chegam no meio da
ponte, eles escutam um barulho e quando olham para trás veem que a coda está
rasgando, e antes que eles pensassem em algo todos já estavam no rio nadando
desesperadamente.]

[Otávia olha para o lado e vê um pedaço da ponte pendurado.]

Otávia: Nadem para esse lado, tem um pedaço da ponte aqui, dá para escalar até o
topo.

[Todos começam a nadar em direção a metade da ponte que está pendurada.]

[Com dificuldade todos conseguem se segurar a ponte e começam a escalar até o


topo. Quando chegam lá eles param um tempo para se secar, e depois continuam o
seu caminho. Eles estavam indo em direção a montanha, quando, passando perto
das cavernas de repente um ogro enorme e horroroso sai de uma das cavernas,
todos correm desesperado, até que Gabriel tropeça em um pedra e o ogro o
arremessa para longe.]

[Davi e Flávio ficam com uma cara de espanto e tristeza.]

Otávia: Vamos logo, temos que contornar as montanhas rápido, afinal daqui a
pouco vão chegar mais ogros, vamos!

Davi: Otávia está certa, vamos logo!

[Falou puxando Flávio.]

[Depois disso, estava anoitecendo e eles entraram na Floresta Encantada das Sete
Maravilhas, era um lugar lindo cheio de árvores coloridas com folhas de tamanhos e
formas diferentes,com criaturas lindas e mágicas, como por exemplo as fadas. Davi,
Otávia e Flávio estão andando e veem um um tanto de borboletas juntas, mas não
Borboletas comuns essas tinham as asas Brilhante, depois disso olharam para o céu
e estava cheio de estrelas.]
439
Flávio: Onde estamos? Este lugar é lindo, não sabia que tinha isso no Bosque
encantado.

Davi: Eu acho que é a Floresta Encantada das Sete Maravilhas, dizem que é o lugar
mais seguro do Bosque.

Otávia: À noite sim, mas quando a amanhece os testrálios passam pela floresta
para chegar até ao Vale do Vulcão Negro.

Flávio: Mas e as Fadas? Ouvi falar que elas são bem fortes e poderosas.

Otávia: E são, mas elas não gostam de lutar, nem machucar ninguém e os poderes
delas são só para autodefesa.

Davi: O que são testrálios? E nós não passamos por esse Vale não, né?

Otávia: Testrálios são tipo cavalos so que so de ossos, ossos pretos, é são muito,
muito rápidos. E não, não passamos pelo o Vale do Vulcão Negro.

[Otávia aponta para a caverna que está a alguns passos a frente]

[Todos entram na caverna, Flávio pega as coisa para fazer a fogueira, Davi olha o
mapa que o conselheiro deu a ele, e Otávia fica afiando sua espada com uma
pedra.]

Flávio: Vocês acham que o rei está morrendo?

Otávia: Tenho certeza, acho que sem essa poção dentro de alguns dias ele estará
morto.

Davi: Também acho ele está um pouco desesperado, também morrer igual a sua
rainha seria muito triste.

[Todos concordam e vão dormir.]

[No dia seguinte ao amanhecer, todos acordam, muito bem , até que escutam um
barulho que parecia vir de longe, mas que logo estaria bem perto deles, Otávia
levanta rápido e acorda seus amigos.]

Otávia: Acordem, são os testrálios, eles estão vindo temos sair rápido.

[Todos saem correndo da caverna]

[Quando eles estão bem perto de sair da Floresta Encantada das Sete Maravilha,
percebem que os testrálios estão bem próximos, até que em um segundo os
testrálios estão bem atrás deles.]

Flávio: O que foi que aconteceu, ELES NÃO ESTAVAM TÃO PERTO ASSIM.

[Fala com um tom de desespero]


440
Davi: O que vamos fazer agora, eles estão muito perto!

Otávia: Não tem nada o que fazer só correr, correr muito rápido.

[Quando os testrálios já estão muito perto deles, aparece um tanto de fadas e


começam a fazer uma barreira, essa barreira diminui muito a velocidade deles,
parecendo que eles estão em câmera lenta.]

Fadas: Corram rápido, não vamos aguentar por muito tempo.

[Os guerreiros fazem um sinal com a cabeça agradecendo e logo depois saem
correndo. Depois de um tempo correndo, quando os guerreiros estão bem na saída
da Floresta, eles caem em uma areia movediça.]

Flávio: Areia movediça, sério?

[Davi e Flávio desesperados, começam a se mexer muito.]

Otávia: Parem de se mexer, quanto mais vocês mexem, mais vocês afundam.

[Eles param de se mexer na mesma hora.]

Otávia: Alguém tem uma corda na mochila.

Flávio: Eu tenho, que ótima ideia Otávia.

[Flávio pega a corda e a arremessa no tronco de uma árvore que estava bem acima
deles.]

[Todos se seguram na corda, balançam um pouco e pulam para fora da


areia,escutam o barulho dos testrálios se aproximando e correm por muito tempo,
até que eles chegam em um pântano. Lá encontram diversos perigos como
crocodilos mágicos, sanguessugas cerebrais, tartarugas tóxicas e Dobby, um
duende amigo. Ele aparece atrás deles.]

Dobby: O que fazem aqui, jovens guerreiros?

Otávia: Olá, meu velho amigo, Dobby. Estamos em uma missão para ir até a velha
casa de poções subterrânea e achar a poção Azul-Marinho Destilada, a casa fica
logo depois desse pântano, não é, Dobby?

Dobby: Sim, logo depois do pântano, se vocês quiserem levo vocês pelo um
caminho mais rápido e menos peri…

[Flávio e Davi se olham e interrompem Dobby e falam ao mesmo tempo.]

Flávio e Davi: COMO ASSIM VELHO AMIGO?!

Otávia: Como assim! vocês não sabiam que eu nasci e cresci aqui no Bosque
Encantado, eu treinava aqui se esqueceram?!
441
Flávio e Davi: Na verdade, não sabíamos, mas tudo bem.

Dobby: Então desculpa interromper, mas se vocês não se importam está quase
anoitecendo e eu tenho certeza que vocês não querer estar aqui a noite.

[Todos olharam para Dobby e continuaram andando.]

[Logo amanheceu e eles já estavam bem perto da casa de poções subterrânea,sem


perder o ritmo continuaram andando,pararam algumas vezes para descansar mas
nada por muito tempo, ao anoitecer chegaram na parte onde está a casa de
poções.]

Otávia: Agora é melhor nòs separar para encontrar a casa.

[Se separaram e começaram a procurar e, em alguns minutos, Flávio grita de


alegria.]

Flávio: ACHEI! ACHEI!...

Otávia: CUIDADO, TEM UMA ARMADILHA NA CASA!!!

[Todos escutam um barulho, e vão correndo para ver o que é, quando chegam se
espantam. Flávio foi atingido por uma flecha bem no meio de sua cabeça,todos
ficam ali por alguns minutos parados olhando para o corpo de Flávio. Davi dá um
passo à frente.]

Everton: Não podemos perder tempo vamos logo pegar essa poção, era o que o
Flávio e Gabriel queriam.

[Davi dá uma passo à frente,se lembra da armadilha e dá um pulo.]

[A mesma armadilha acerta Everton na perna e ele cai deitado no chão de dor,
Otávia e Dobby veem de onde a flecha sai, Dobby vai até lá e destrói a armadilha,
enquanto Otávia vai até o Everton tira a flecha dele, e amarra um pano em sua
perna,para parar o sangramento. Otávia,Davi e Dobby entram na casa de poções
subterrânea.]

[Logo que eles entram, uma bruxa horrorosa e com um nariz enorme aparece e de
repente.]

Bruxa: É isso que procuram?

[Mostre a poção]

Bruxa: Então venham pegar.

[Após dar uma risada medonha rapidamente lança uma poção que acerta Dobby, ele
desmaia lentamente. Otávia e Davi tiram suas espadas e vão para cima da bruxa
Davi corta o braço, ela lança uma poção em Davi que o faz desmaiar, Otávia depois

442
de perde sua espada e levar alguns socos, ela cai no chão, quando ela olha para o
lado e vê uma pedaço de madeira, ela o pega, se levanta e parte ele no meio com
sua coxa, ela joga uma das metades no chão e com a outra ela mata a bruxa.
Otávia pega seus amigos e a poção que a bruxa segurava e volta para o reino o
mais rápido possível. Otávia chega ao castelo e vai direto para o quarto do rei,se
curva e entrega a Tenório sua poção e o conta sobre a jornada, o rei faz um funeral
para honrar os mortos. O rei toma a poção bem a tempo para o casamento de sua
filha Lexa com o príncipe Alex. Durante a festa de casamento chega toda a família
se reuni, Tenório vai até a mesa onde estão sentados: Lexa, Otávia, Davi, Alex e
Jack, junto de seu irmão Jack.]

Tenório: Eu e o jack gostaríamos de falar uma coisa para vocês.

[Todos param o que estão fazem e prestam atenção no Tenório e no Jack.]

Jack: E uma coisa que pode deixar vocês um pouco surpresos e alguns
desapontados.

Tenório: Ora, pare de enrolar meu irmão, Otávia na verdade é filha de Jack, mas ele
a abandonou…

[Jack o interrompe.]

Jack: Não foi bem assim, mas confesso me arrependo do que fiz, me desculpe filha.

[Olha para Otávia]

[Todos estão tão surpresos que ninguém nem mesmo Otávia, que descobriu que foi
enganada a vida toda, e nem mesmo a princesa Lexa que descobri ter uma prima.]

Jack: O nosso pai, o rei Rafael, não queria que tivéssemos filhas e sim filhos
homens, quando Otávia nasceu ele não aceitou nem mesmo por um segundo, nem
sequer deu chance de um talvez, ele falou que ou eu dava ela a alguma camponesa
e escondia esse segredo para sempre ou ele iria te matar, eu tinha escolha.

Lexa: Aproveitando a oportunidade, por que vocês nunca falaram da Tia Laura, a
Mãe da Otávia.

Otávia: Minha mãe chamava Laura? O que aconteceu com ela, onde ela está?

Jack: Bem sua... nós... na verdade eu não gosto muito de falar sobre esse assunto,
mas acho que você merece saber Otávia.

[Enquanto falava seu olho enche de lágrima.]

Tenório: Laura era mulher realmente linda e encantadora,todos gostavam dela,e


claro era a melhor guerreira do reino, assim como você Otávia, sua mãe era muito
forte mas infelizmente morreu no parto, ela já estava muito doente, até cogitamos

443
tirar o bebê, mas ela não quis falou que queria ter sua filhinha, é ela já sabia sempre
falava que seria sua jóia mais bela e rara.

[Otávia olha para todo mundo e sai correndo do salão onde estava acontecendo a
festa e vai para a torre mais próxima. Jack vai atrás dela.]

Jack: Sua mãe também amava vir no topo da torre, ela falava que era a melhor
visão do reino e do Bosque, ela sempre treinava no Bosque.

Otávia: Como você é o Tenório puderam esconder isso de mim, eu confiava em


vocês, vocês tiveram tantas oportunidades de me contar e nunca falaram nada,
NADA!

Jack: Eu sei me desculpa, queríamos te contar.

Otávia: Ah, você jura, quando, 20 ANOS DEPOIS! REALMENTE UM BELO PLANO,
MENTIR PARA MIM A MINHA VIDA INTEIRA!

Jack: Íamos contar depois da morte de nosso pai, mas não tivemos coragem, desde
de então estamos tentando te contar, mas só agora conseguimos, eu sei que é
difícil, e que eu não tinha o direito de esconder isso de você, mas eu não tinha
escolha eu não queria que você ficasse com raiva, ódio de mim, nunca quis isso, por
isso não contei fiquei com medo de que você se distanciava de mim.

[Otávia olha para ele]

Jack: Prometi a sua mãe que cuidaria de você, te manteria segura ,e se para
acontecer você nunca saberia que eu sou seu pai, eu não ligava podia sentir a dor
de segurar esse segredo, te vendo crescer linda, e cada vez mais parecida com sua
mãe.

[Jack pega uma foto de Laura e dá para Otávia. Lexa sobe e vê Otávia e Jack se
abraçando.]

Lexa: Desculpa atrapalhar, mas queria falar com minha prima.

[Lexa dá um sorriso.]

Jack: Claro vou deixar vocês duas as sós.

[Jack sai da torre e deixa as duas. Lexa dá um grande abraço em Otávia, e depois
de um tempo as duas descem de novo para a festa. Alguns dias depois dessa
grande revelação, no Bosque Encantado, estavam Otávia e Davi estão treinando.]

Davi: Você é uma princesa, quem diria!

[Fala com tom de sarcasmo.]

Otávia: Vamos treinar, eu acho melhor e você tá precisando.

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Davi: Como a senhora preferir, princesa.

[Dá uma risadinha. Otávia vira o olho e dá um tapinha nele.]

Otávia: Para com isso chato, vamos treinar logo.

[Pega a espada que está no chão e manda para ele. Os dois treinam por um tempo
atè que Davi olha para o lado e vê uma fumaça vinda do Bosque Encantado.]

Davi: O que é aquilo?

[Aponta para a fumaça]

Otávia: Parece que tem alguém ali, você está vendo? Parece a…

Davi: A Bruxa da casa de poções subterrânea… mas você não disse que tinha
matado ela?

Otávia: Eu não disse eu matei, matei mesmo. Os portões temos que correr para
dentro do castelo para avisar a Tenório e pedir a ele para fechar os portões, a Bruxa
não pode entrar.

[Os dois começam a correr muito rápido em direção ao castelo. Mas antes disso a
fumaça já tinha tomado conta do reino,não se via nada além de uma grande nuvem
de fumaça. Acaba em um tom de mistério sem que ninguem saber o que acontece
depois.]

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Os alunos foram orientados a escrever sobre solidariedade, empatia e fraternidade, termos tão
presentes no ensino oferecido pela Rede Filhas de Jesus.

Mundo solidário de hoje

Júlia Maneiro Alvite Matos

Hoje em dia, é possível achar muitas campanhas solidárias com o intuito


de ajudar pessoas que precisam de ajuda. Apesar do grande número de
campanhas, é difícil achar uma pessoa que realmente pensa nos outros com um
olhar solidário.
Por ser tão comum essa falta de solidariedade, as pessoas vão achando
que é normal não ligar para outras pessoas, e acabam não ajudando quem precisa.
O ser humano tem que começar a ajudar o próximo, pois assim, podemos
fazer o mundo um lugar melhor e mais agradável de se viver.
Então, depois dessa breve análise do mundo solidário hoje, eu digo que
ele não está tão grande e forte como deveria ser, porém, podemos o ajudar a
crescer, apenas fazendo a nossa parte na nossa comunidade e cidade.

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Os alunos leram o início do conto “O homem cuja orelha cresceu”, de Ignácio de Loyola
Brandão, e foram instruídos a dar continuidade à narrativa.

O homem cuja orelha cresceu - Continuação


Júlia Maneiro Alvite Matos

Ao sair na rua, Davi se depara com várias pessoas que possuíam orelhas
iguais as suas. Pensando que estava louco, correu para o hospital, tinha decidido
tirar suas orelhas fora. Chegando lá, os médicos se recusaram a realizar seu desejo,
alegando que elas estavam normais. O homem, nervoso e confuso, decide ir para a
pensão, e lá, arrancar suas orelhas. Porém, ao se aproximar da casa, viu uma coisa
inacreditável, sua mãe com orelhas gigantes como as dele. Davi não sabia como ele
nunca tinha visto isso antes. Louco por respostas, pergunta a sua mãe o que está
acontecendo com ele, e por que ela e várias outras pessoas também tinham esse
problema. Ela explicou que sua família e várias outras pessoas era descendentes de
um caçador de bruxas, que um dia acabou sendo enfeitiçado. Ele, seus filhos e
futuros descendentes foram levados a carregar o fardo das orelhas gigantes para o
resto da vida. Davi não estava surpreso com a revelação da mãe, já que sempre
acreditou em seres sobrenaturais.
Curioso ele decide descobrir mais sobre sua origem e talvez até treinar
suas novas habilidades, já que, de acordo com sua mãe, ele viria a ter.
Alguns meses depois, Davi já tinha se acostumado com a ideia de ter
grandes orelhas, e já estava até gostando delas. Sua audição tinha sido aumentada,
a ponto de conseguir ouvir sons a quilômetros de distância. Ele também conheceu
várias pessoas iguais a ele e acabou fazendo vários amigos.
Em um certo ponto de sua nova vida, o homem se perguntou como
pessoas “normais” não conseguiam ver as gigantes orelhas que ele carregava. Sua
amiga lhe informou que, ao longo dos séculos, a magia das orelhas se tornou
independente, criando um feitiço de defesa contra o resto dos seres vivos. Davi
também perguntou o porquê das orelhas aparecerem somente aos seus 35 anos. A
mulher respondeu que cada pessoa tem seu tempo, e o tempo dele era aquele.
A vida de Davi mudou muito em menos de um ano. Ele conseguiu um
novo emprego que tinha um ótimo salário, e finalmente conseguiu comprar sua casa
própria, onde sua mãe também viria a morar. Ele também se apaixonou por uma

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mulher com as mesmas orelhas que ele. Tiveram dois filhos e viveram felizes nesse
“novo” mundo.

Os alunos foram orientados a criar um conto de terror, inspirado pela obra do famoso escritor
Edgar Allan Poe.

A marca da família

Júlia Maneiro Alvite Matos

Uma maldição passada há séculos de pai para filho chega finalmente ao


seu fim, marcando a sua última vítima de uma longa lista. A marca que traz junto de
si um grande fardo, capaz de mudar não somente a vida de uma família, e sim o
destino de uma nação.
Uma garota de 16 anos está parada em frente à porta do cemitério, em
uma tarde nublada e fria. O vento batia fazendo os cabelos da menina voarem junto
às árvores, que batiam uma contra a outra causando um alto barulho, que assustava
a pobre garota. Ela tinha acabado de perder seu irmão mais velho em um acidente
de carro, e ela sentia que, a partir dali, sua vida teria acabado junto a dele. E é com
pensamentos assim, que a menina decide abrir o portão do mausoléu da sua família
e visitar o túmulo do irmão. Ao tocar o caixão, a garota começa a chorar e sente que
alguma coisa estranha está acontecendo a ela. A menina percebe, então, uma
queimação no braço, e o olhá-lo, ela vê uma marca misteriosa em forma de caveira.
A garota grita, fazendo com que uma tempestade começasse a cair lá fora, junto de
trovões e raios.
A menina, assustada com todos os acontecimentos, decide correr pelas
desertas ruas de sua pequena cidade. Chegando em casa, ela entra no grande
salão, que era um lugar todo decorado ao estilo antigo, cortinas pretas que iam do
teto ao chão, grandes quadros pendurados nas paredes, acompanhadas de uma
mobília aparentemente antiga. A garota, assustada com toda a situação, decide ir à
biblioteca particular de sua família e pesquisar sobre a marca misteriosa. Algumas
horas depois a menina descobre a verdade. Aquela marca era o sinal da presença
de uma maldição em sua família. Tudo começou com os antepassados da garota.
Há mais ou menos 1000 anos, sua família estava sendo perseguida pelo povo da
cidade por causa de sua decisão de destruir a antiga igreja para a construção de sua
mansão. O povo ficou revoltado. Alguns moradores até mandavam ameaças aos
448
membros da família da garota. Diante desses acontecimentos, um homem em
particular não aceitou a decisão de destruir a igreja. Esse homem não era como os
outros moradores da cidade. Ele era diferente em todos os sentidos. O rapaz era
louco e dava medo em todas as pessoas. No dia em que a igreja seria destruída,
esse homem decidiu fazer uma coisa que iria causar problemas por muitas
gerações. Ele decidiu amaldiçoar a família da garota, selando a maldição com o
sacrifício de sua própria vida. Antes de morrer, o homem avisou que, a maldição só
podia ser quebrada quando um membro da família amaldiçoada que tivesse um
coração puro, livre de maldade e cheio de compaixão fizesse o mesmo sacrifício que
ele. E ainda alertou que, enquanto a maldição ainda estivesse agindo, a marca só
traria tristeza e morte ao seu hospedeiro.
Ao longo dos anos, muitas pessoas da família da garota fizeram o
sacrifício da própria vida na tentativa de quebrar a maldição, mas nenhum deles era
puro o bastante.
A menina, então, entendeu o porquê de sua família sempre aparecer
morta de uma hora para a outra. Todos eles se sacrificaram na tentativa de parar a
maldição. A garota parou e pensou em como sua vida seria boa e feliz se essa
marca nunca tivesse existido. E, com esse pensamento, a jovem menina decide que
não queria viver o resto de sua vida com esse grande fardo nas costas, e não queria
que ninguém mais sofresse o que ela estava sofrendo. E é com uma forte dor no
peito, que a garota decide tirar a própria vida. Não pensando apenas em si mesma,
e sim em todas as pessoas que iriam se beneficiar com seu sacrifício.
Mas quando a garota estava prestes a enfiar uma adaga em seu coração,
ela escuta uma voz e logo reconhece que era de seu irmão. Ele a alertava que o
sacrifício seria inútil contra a força da maldição. E o único jeito de parar o poder da
marca seria se livrar da coisa que deu início a todo esse “inferno” anos atrás, a
mansão de sua família.
Sem pensar duas vezes, a garota pega um candelabro aceso e o joga
sobre a cortina da sala, que pega fogo imediatamente. A garota sai correndo para
fora de sua casa.
Assim, o fogo não levou somente a casa, mas também a maldição da
marca.

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Os alunos foram orientados a criar um conto fantástico, inspirados pelo conto “A caçada”, de
Lygia Fagundes Telles.

A caça

Júlia Maneiro Alvite Matos

Em uma certa noite, Isaac decide sair com amigos para beber em um bar
próximo à cidade. Ele chegou no local por volta de 21:00, e de acordo com os
amigos presentes, saiu do bar às 1:30 da manhã, acompanhado por uma amiga. As
pessoas presentes no bar aquela noite foram os últimos a ver Isaac antes de seu
completo desaparecimento.
No dia seguinte, a cena do crime já estava toda cercada, cheia de
policiais investigando o sumiço do garoto. Sua irmã, a Xerife, decidiu, então, chamar
seu primo distante, Nick Giuntoli, que era um famoso detetive, cobiçado por todas as
grandes delegacias do país. Com sua chegada, seu primeiro passo foi falar com a
única testemunha do crime, a amiga que acompanhava Isaac na hora que
desapareceu. Nick se aproxima da menina e diz:
- Meu nome é Detetive Nick Giuntoli e estou investigando o sumiço de seu
amigo, você poderia, por favor, me contar o que aconteceu?
- Claro – respondeu a garota – Meu nome é Clara Novak e eu estava com
Isaac aquela noite. Nós estávamos saindo do bar e paramos para conversar perto
de um carro que estava estacionado, e do nada, Isaac é puxado para baixo do carro
e simplesmente some! Eu olhei embaixo do carro na tentativa de puxá-lo de volta,
mas ele já não estava lá.
- E você não viu ou ouviu nada relevante depois desses acontecimentos?
Como passos pesados ou barulho de algum carro? – perguntou Nick a Clara.
- Na verdade sim, eu ouvi um ronco choroso saindo de um caminhão, mas
só isso.
- Obrigado pelo seu tempo, foi de demasiada ajuda – disse Nick
finalizando a conversa com a garota.
Tempos depois, o detetive deduziu várias pistas, como a que Isaac foi
levado em uma van, que seria a responsável pelo ruído choroso. A Xerife até
lembrou de alguns possíveis suspeitos, que eram alguns colegas de faculdade de
Isaac que o odiavam, mas eles logo foram descartados, pois ela se lembrou que

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nenhum desses garotos tinham idade para dirigir. O que levou os investigadores a
olharem as filmagens das câmeras de trânsito. Nick conseguiu a placa da van e foi
acompanhado pela Xerife até a casa onde supostamente morava a família cujo
veículo pertencia, os Carter.
Chegando na fazenda da família, Nick e a Xerife decidem olhar pela
janela de um celeiro que tinham lá, e, para surpresa deles, avistaram Isaac lá dentro,
com uma arma apontada em sua direção. Eles, então, decidiram atirar dardos de
tranquilizantes em todos os homens presentes na casa, e assim, libertam Isaac.
Mais tarde, quando a vítima já estava sob cuidados médicos, Nick
pergunta a um dos culpados o porquê de eles terem sequestrado Isaac, e ele
responde:
- Porque eu e minha família gostamos da caça. Uma vez ao ano, nós
sequestramos duas pessoas, e assim brincamos de caça. Nós as soltamos pela
floresta e lhe damos somente uma arma para se proteger. Colocamos armadilhas e
nos divertimos com os tombos e os gritos desesperados da vítima.
Depois dessa revelação, todos ficaram bem. Isaac está finalmente em
casa com a sua família, os bandidos foram presos, e cada família na qual algum
membro já tinha sido sequestrado por esses criminosos, está finalmente sabendo o
que aconteceu com seus entes queridos, e como os bandidos acabaram presos.
Nick então volta para casa em paz, sabendo que ele ajudou pessoas e fez
o que ele mais ama na vida, resolver casos dados como impossíveis.

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Os alunos foram orientados a criar um conto de terror, inspirados pela obra do famoso escritor
Edgar Allan Poe.

A comida com uma pitada de terror

Júlia Ribeiro Rocha

Em uma cidadezinha de interior, morava uma família bem simples


formada por Ana, a mãe, que era faxineira numa casa de luxo que ficava no final de
sua rua, o pai Carlos, que era cozinheiro, e a filha Alice.
Quando Alice tinha seis anos de idade, seu pai veio a falecer devido a um
câncer de pulmão, pois fumava muito. E desde então, Ana cuida de sua filha sozinha
neste vilarejo.
Certo dia, Ana prepara o almoço para sua filha e vai trabalhar. Depois de
um tempo, Alice vai à mesa e almoça a deliciosa comida de sua mãe e vai para seu
quarto estudar.
De repente, Alice ouve barulhos muito estranhos vindo da cozinha e, por
estar sozinha, fica com medo, porém, sua curiosidade é mais forte, e então vai à
cozinha para descobrir o que era. Chegando lá, começa a escutar alguém, uma voz,
chamando seu nome, e parecia estar vindo da panela que estava a comida
preparada por sua mãe em homenagem a seu falecido pai, Carlos, pois era a sua
favorita. E, então, Alice decide abri-la e, ao fazer isso, vê a imagem de seu pai a
chamando, e assustada fecha a panela rapidamente.
Os dias foram se passando e Ana começou a perceber que a filha
passava a maior parte de seu tempo na cozinha, porém, não reclamava, pois até
achava legal o interesse da filha pela culinária.
E desde aquele dia, o melhor passatempo de Alice era "conversar" com
as panelas.

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Os alunos foram orientados a criar um conto de ficção científica, inspirados pelo obra de Isaac
Asimov e pela robô humanoide Sophia.

Illusion

Júlia Ribeiro Rocha

Nas férias de verão, quatro amigos planejavam a festa surpresa de


Preston. Chegando o grande dia de surpresas, Sarah, Hayley e Brody foram até a
casa do amigo muito ansiosos para aquela noite, a espera de Calvin que já havia
avisado que chegaria atrasado.
Chegando lá prepararam tudo a espera de Preston. Quando o relógio
marcou 19 horas da noite a maçaneta da porta se mexe e todos se escondem e
apagam as luzes, até que Preston entra e diz:
- Oi, alguém em casa?
E então Sarah acende as luzes e todos começam a cantar parabéns e
Preston dá um grande sorriso e se emociona com toda aquela situação. Após
cumprimentar a todos os convidados, os amigos vão até o quarto de Preston, pois
ele queria apresentá-los um novo jogo que tinha acabado de lançar on-line,
chamado ILLUSION que o tinha chamado muita atenção pois dizia ser o jogo que te
levaria ao futuro sem que você saísse do lugar.
E então Preston liga o computador e ao abrir o jogo os cinco amigos
sentem uma sensação estranha de leveza até que algo os puxa com muito força,
como um imã, e quando se olham logo se assustam, não estão mais no quarto de
Preston estão a flutuar em um lugar bem escuro.
Depois de alguns minutos essa sensação passou e eles pensaram que
tinha tudo voltado ao normal, porém ao se olharem novamente percebem que estão
em um lugar muito estranho, até que Preston dá um grito e diz, assustadíssimo:
- AMIGOS, ESTAMOS NO MUNDO DE ILLUSION, AQUELE JOGO QUE
EU IA MOSTRAR A VOCÊS, MAS COMO ISSO É POSSÍVEL?
E então, Brody, exibindo sua inteligência fala:
- Acho que estamos em outra dimensão, esse jogo pode ser o portal que
nos trouxe através de um buraco negro para a cidade desse tal jogo ILLUSION.

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Todos se olham estranhamente e pensam em uma forma de sair e se
salvar desse outro mundo que ficava em outra dimensão, até que percebem que o
melhor a fazer seria procurar atalhos e saídas para fugirem de lá.
Estavam caminhando pelas ruas misteriosas até que se deparam com um
monte de pessoas deitadas no chão aparentemente a beira da morte, com uma
aparencia horrivel. E então Hayley decide perguntar.
- Ei vocês, o que estão fazendo aqui?
Até que uma menina bem novinha, com uma voz fininha que quase não
saía, diz:
- Estamos todos aqui a anos e nunca conseguimos achar a saída desse
maldito lugar, tomara que vocês tenham mais sorte que a gente, porque se não
saírem daqui em 48 horas vocês ficaram presos para sempre em ILLUSION, eu
recomendo a vocês a irem pelas ruas que estiverem com muitos destroços nelas,
como por exemplo, restos de carro e sempre olharem se há uma mancha vermelha
nas primeiras sinalizações de trânsito velhas que virem, lá e um bom caminho para
se achar a saída.
E então os amigos foram a exploração da cidade, prestando bastante
atenção nos detalhes das dicas daquelas pessoas com que conversaram.
Quando estavam na terceira rua avistaram logo a mancha vermelha no
sinal de trânsito velho e então se aproximaram para ver o que tinha lá de tão
especial que os ajudaria a fugir. Já estavam bem perto até que escutam um barulho
muito alto, parecia um rugido, e quando olharam para trás viram um enorme bicho
aparentemente um leão, porém gigante e com duas cabeças. Todos se apavoraram
e começaram a gritar pedindo socorro até que Calvin pede silêncio e diz:
- Galera, este bicho parece um brinquedo que tenho em minha casa, e
todas as noites me assusto ao olhar para ele.
Os amigos ficaram curiosos com a situação porém estavam com tanto
medo que nem prestaram atenção, e então correram o mais rápido que conseguiram
e enquanto estavam correndo Calvin tropeça de repente em alguma coisa e quando
ele olha para trás o leão de duas cabeças está com a boca bem na sua frente
prestes a comê-lo e o que aconteceu já era previsto, em segundos a cabeça de
Calvin e arrancada pelo grande leão e os amigos ficam em choque e param de
correr e imediatamente o leão desaparece.

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Ninguém entendeu nada do que tinha acontecido, porém estavam tão
tristes pela perda do amigo que nem estavam prestando atenção nas coisas, exceto
Brody que estava bem atento, olhando a cada detalhezinho que ele via nas ruas.
As 24 horas se passaram e só os restava mais um dia para conseguirem
escapar, porém já estavam perdendo as esperanças, pois ate entao nao tinham
descoberto nada que os ajudasse. Até que Brody se põe a frente dos amigos e
novamente por sua grande inteligência diz:
- Amigos, nao vamos perder a esperança, eu tive uma ideia! Pensei e
observei muito no dia de ontem todas as coisas pelas quais passamos. Olhem,
ontem quando vimos o grande leão Calvin disse que era igual a um que ele tinha em
seu quarto e que o assustava, ou seja, este jogo pega suas informações sei lá como,
e as colocam como desafios para você principalmente seus medos tanto é que o
leão foi diretamente no Calvin, então eu acredito que a única saída que temos deste
jogo e enfrentar nossos medos sejam eles quais forem.
E então, todos concordaram imediatamente com Brody e foram as suas
missões. Passaram se poucas horas e então foram aparecendo robôs, outros bichos
de duas cabeças, e fantasmas com olhos de laser que eram os maiores medos dos
outros quatro amigos e todos conseguiram enfrentar os tais monstros, porém se
passaram as 48 horas e nada acontecia naquela cidade, até que Sarah diz:
- Preston, o que estava escrito na capa do jogo quando o abriu?
E então ele responde:
- Estava escrito assim: Este é o jogo que os levará ao futuro sem vocês
saírem do lugar.
E sarah conclui seu pensamento dizendo:
- Meu Deus, tudo faz sentido agora. Pensem comigo, este jogo é somente
uma ilusão que foi colocada em nossa mente, pois ele está nos levando ao futuro
porém sem que precisemos sair do lugar, ou seja, a casa do Preston. Olhem aquele
lugar ali embaixo das teias de aranha e de toda poeira, e exatamente igual a entrada
da casa do Preston. Bom, parece que agora você não é o único esperto por aqui não
é mesmo Brody!
E então todos começam a rir, porém concordam com Sarah. Minutos
depois todos veem que o lugar já não é o mesmo e tudo vai voltando ao normal até
que quando percebem estão de volta ao quarto de Preston e eles ficam muito felizes

455
por terem conseguido escapar da tal armadilha do jogo. Porém a felicidade dos
amigos se acaba em pouco tempo ao perceberem que Calvin não estava lá com
eles e então todos saem da casa de Preston e vão a uma praça lá perto para
conversarem sobre o ocorrido.
Ao chegarem lá, conversam e refletem sobre todos as coisas pelo que
passaram até que escutam uma voz e quando olham Calvin estava vindo em suas
direções e então, todos saem correndo ao encontro de Calvin explodindo de
felicidade e então Calvin fala:
- Gente, o que foi? Eu sei que fiquei muito tempo preso no trânsito até
que perdi o aniversário do meu amigo, me desculpe, tentarei recompensar isso
tá?,aquele maldito sinalizador que não estava marcando a cor vermelha para os
carros pararem.
E então todos os amigos se olham e pensativos perceberam que na
verdade Calvin nunca chegou a casa de Preston para o aniversário para jogar o tal
jogo com eles e que na verdade era tudo uma questão de ilusão.

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Os alunos foram orientados a criar um conto de enigma e/ou mistério, inspirado pelo obra do
famoso detetive inglês Sherlock Holmes.

A herança

Lara Ponsá Lopes Braga

Ligação na delegacia. Detetive Marks, a postos, atende.


- Delegacia, em que posso ajudar?
Um senhor responde, desesperado:
- Por favor, preciso de ajuda! A porta da casa da minha sobrinha não abre
e ela não atende o celular desde ontem!
Detetive Marks mandou uma viatura, para ele parecia um simples caso, a
bateria do celular poderia ter acabado e ela estaria dormindo.
Recebeu uma ligação depois de algumas horas:
- Parece que houve um desaparecimento! Já falamos com os familiares,
conhecidos e vizinhos da desaparecida e ninguém a via nas últimas 24 horas.
Detetive Marks, na hora, vai para o seu carro a caminho da casa da
desaparecida.
Chegando lá, ele examina o quarto da vítima e, atrás da cortina,
encontrou pingos de sangue. Ele olha a janela e, em cima da garagem, havia um
tapete, que parecia estar enrolando alguma coisa bem comprida. Desceram até a
garagem e lá, encontraram mais pingos de sangue por toda parte, e também, um
frasco de algum tipo de fumaça que ao entrar em contato com a boca ou nariz de
qualquer pessoa, a faz dormir, em grandes quantidades, poderia até matar, mas
estava vencido. Subiram para o telhado da garagem e lá estava o corpo da vítima no
tapete.
Depois de avisar os familiares e conhecidos, revisaram dos depoimentos
e tentaram achar mais pistas. Alguns vizinhos alegaram ter visto uma senhora
entrando na casa da vítima. Era sua tia, foram falar com ela. Mas as histórias não se
encaixavam.
Após dias sem encontrar nada que poderia ajudar, o detetive pensou em
verificar o cartão de crédito das pessoas ligadas a vítima, pois o frasco de fumaça
havia sido fabricado há pouco tempo e não vendia na cidade e nenhum dos parentes
havia viajado recentemente. Encontraram quem o teria comprado, era a tia da

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vítima. E, além disso, o registro de uma faca de caça comprada pelo seu tio,
justamente a faca do crime.
Tudo havia sido armado, sabiam o que tinha acontecido após o tio ir
confessar na delegacia.
O gás para adormecer não tinha funcionado por estar vencido, assim a
tia, em desespero, recorreu a um suposto plano B. Deu algumas facadas, o tio ficou
em observação. Mesmo com as facadas, a menina resistiu e conseguiu fugir até seu
quarto, tentou ligar para a polícia e se escondeu atrás da cortina. Eles a acharam e
acabaram seu trabalho, a matando. Depois a jogaram do quarto, enrolada no tapete,
ao telhado. O tio ligou para a polícia para parecer que não sabia de nada. Isso tudo
por causa da morte da avó da vítima, cuja herança foi deixada que, caso morresse,
iria para a sua tia.

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Os alunos foram orientados a criar um texto dramático, retomando o cenário de Sonho de uma
noite de verão, de William Shakespeare. Para isso, a peça deveria ser ambientada numa
floresta encantada, onde pessoas comuns se deparam com seres mágicos.

Uma memória real


Lara Ponsá Lopes Braga
Rodrigo Pedrosa Tufy Melo

Terceiro ato

Cena I

[Entra o Menino na sala onde estava sua família.]

Menino: Pai, eu preciso voltar para lá para rever meus amigos. Eu prometo que
volto rápido.

Pai: Ok, lembre-se de voltar antes da noite cair, para irmos juntos depois.

[Luíza começa a observar a família e ,segue o Menino, após ele sair de casa.]

Luíza: Onde será que ele vai toda tarde?

Os dois chegam no bosque, o Menino não viu que alguém estava o seguindo.

Luíza: Que tipo de lugar é esse? O que são essas criaturinhas estranhas?

Menino: O que você está fazendo aqui? Como você me vê? Quem é você?

Luíza: Ei, eu sou a Luíza! Eu te vejo da mesma forma que você me vê, que pergunta
doida. Qual é o seu nome? E como nunca tinha visto esse lugar antes? Eu sempre
venho aqui desde criança. O que são essas criaturas?

Menino: Luíza, você estava me seguindo? Essas criaturas são fadas, se estiverem
te olhando muito é somente porque nunca te viram antes, essa que está no seu
cabelo é a Alice. Mas não temos tempo de ficar conversando, eu não sei como você
conseguiu entrar aqui mas, com certeza, precisa sair.

Luíza: Sim, estava te seguindo. Me desculpe, sou curiosa. Mas não vou embora,
agora, de jeito nenhum! Esse lugar é muito lindo. Olá, Alice.

Alice: Olá, Luíza.

Menino: Ai, meu Deus, é cada uma que eu me meto. Venha aqui então, vou te
apresentar aos meus amigos.

[Eles se direcionam à um grupo de meninos.]

Menino: Esses são: Vinícius, Henrique, Rodrigo e Lucas. E, gente, essa é a Luíza.

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Amigos: Oi, Luíza, prazer.

Luíza: Oi, prazer.

Menino: Luíza, eu e os meus amigos somos de outra realidade. Você nos vê com
uma forma humana, mas as fadas do bosque nos veem de outra forma.

Luíza: Realidades? Como assim? Nem sabia que existia mais de uma. Mas se você
é de outra realidade e, somente aqui no bosque podemos ver seres de outras
realidades, como consigo te ver na sua casa? E no bairro?

Menino: Também estou me perguntando isso, seres da sua realidade nunca entram
em contato com os das outras realidades, são chamado de não mágicos.

Luíza: Mas então, isso significa que sou de outra realidade.

Menino: Isso mesmo. Luíza, agora precisa ir embora, já está ficando tarde.

Luíza: Ok, então vamos.

[Luíza e o Menino voltam para casa juntos.]

Luíza: Você mora por aqui?

Menino: Sim, eu moro aqui perto.

Luíza: Ok, então. Aqui é a casa onde eu moro. Tchau, até mais.

Menino: Tchau, até mais.

[O Menino volta para sua casa. E seus pais o veem com Luíza.]

Pai: Quem é aquela menina que estava andando com você? Você sabe que não
pode ficar andando por aí com seres não mágicos.

Menino: Mas ela me seguiu até o bosque e conseguiu entrar. Então eu levei ela de
volta para casa.

Pai: Mas outra coisa, como ela estava te vendo?

Menino: Isso eu também não sei. Ela deve ter nascido com algo diferente dos seres
não mágicos.

Mãe: Isso não era para ter acontecido!

[Menino sai de cena. Alguns dias se passam e Menino e Luíza se encontram muitas
vezes no bosque.]

Mãe: Roger, lembra quando o Menino nos contou sobre seus encontros com Luíza?
Precisamos de fazer algo sobre aquilo, esse contato entre realidades nunca
aconteceu antes! Pode acontecer algo de ruim.
460
Pai: A única coisa que podemos fazer é falar para ele não se encontrar e nem
conversar com aquela menina.

Mãe: Talvez isso seja necessário para que, não haja, nenhuma consequência pior.

[Os pais saem de cena. O Menino estava escutando a conversa toda.]

Menino: Se algo de ruim acontecer, Luíza pode se machucar. Gosto muito dela e
não quero que isso aconteça. Preciso evitá-la.

[O Menino sai de cena. Luíza entra em sua casa em seguida e se dirige a sua mãe.]

Luíza: Mãe, estou de saída para ver um amigo.

[Luíza chega no lugar onde se localiza o bosque, porém, não consegue ver ele mais.
Avista Menino.]

Luíza: Oi! Não te vejo desde ontem de manhã, o que está havendo?

Menino: Luíza, eu não posso mais falar com você. Tenho que ir.

Luíza: Mas por que não? Volta aqui para me falar o que aconteceu!

[O Menino sai de cena e volta para a sua casa.]

Luíza: Não entendi o porque disso ter acontecido, não entendi mesmo.

[Muitos dias se passaram e Luíza não encontrava o Menino nem sua casa mais,
nem pelo bairro e nem pelo bosque. Um dia resolveu entrar na casa dele, quando
viu a porta aberta e, lá estava em seu quarto, com a casa toda vazia, Menino.]

Menino: Luíza, preciso ser breve. Senti muito sua falta nos últimos dias mas,
infelizmente, não poderei mais te ver. O que acontece é que, essa nossa amizade,
não era pra existir. Nós não deveríamos nem estar conversando agora porque,
pessoas de realidades diferentes, não deveriam se ver. Eu precisava te explicar
tudo, antes de ir totalmente. Vou sentir muitas saudades, os momentos que
passamos lá no bosque foram muito legais, pena que não poderá mais ir lá, você só
conseguia entrar lá e ver as coisas porque estava comigo. Me desculpe por tudo
isso mas, tenho um presente. Para nunca se esquecer de mim. Não tenho mais
tempo, tome, a esconda bem.

[O menino desapareceu em frente aos seus olhos, sem explicar mais nada e deixar,
em Luíza milhões de dúvidas mas a certeza de que nunca mais veria seu amigo.
Estava chorando muito quando, olhou para o chão e viu seu presente. Era Alice, a
fadinha encantadora que havia visto no seu primeiro dia no bosque.]

Alice: Olá, Luíza. Fique tranquila, ninguém além de você pode me ver mas, estarei
sempre ao seu lado.

461
Maria Flor: Na na na na.. não me lembro, mas sei que estou apaixonada por você.

[Os dois ficam dialogando quando Pedro se a próxima.]

Dom Pedro XVIII: Minha Flor, finalmente te encontrei, pensei que teria lhe perdido
nesta enorme e encantada floresta Amazônica.

Maria Flor: Quem é você? Nunca o vi antes,

Dom Pedro XVIII: Flor, lembre-se, você será minha rainha.

Esteves: Cuidado, mulher, é o que todos dizem eu lhe farei rainha em minha casa
flutuante, vamos pescar e colher açaí para sobreviver.

Dom Pedro XVIII: Maria Flor, perdeu o juízo? Sua mãe vai ficar louca, ela te criou
para o poder…

Esteves Arão: Você acha que tem poder melhor do que viver comigo?

[Nisso vem chegando Cisá e Cururu correndo e vendo a cena inteira atrás da maior
árvore da região que para eles é uma árvore sagrada.]

Cururu: É Cisá estou começando a entender você e suas brincadeiras.

Cisá: Viu chefe agora pela primeira vez na história me elogiou e o Dom Pedro XVIII
vai casar com a filha do pajé Konohamaru e ela será a imperatriz do nosso Brasil
encantado.

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Os alunos puderam escolher o tema de sua redação!

Lara Ponsá Lopes Braga

O primeiro teste dos irmãos, Alice e Caleb, para a empresa de motos Ford
foi hoje à tarde. Eles estavam meio nervosos por ser o primeiro emprego que
encontraram depois de um longo tempo de procura, e ele ainda paga bem. O que
eles terão de fazer consiste somente em testar motos, que serão lançadas após os
testes, em um lugar não muito distante da cidade. É num lugar meio montanhoso,
mas com uma parte asfaltada em um terreno de mais ou menos sete quadras de
futebol.
Alice e Caleb às três horas em ponto estavam prontos, pegaram o metrô
para fora da cidade. Ao fim da linha, um carro preto da empresa, Ford, estava os
esperando. Alice achou estranho por eles testarem motos em uma região restrita, há
muito tempo, pelo governo. Caleb a acalmou dizendo que o lugar havia sido liberado
pelo governo para serem testadas as motos.
Ao chegarem no local perceberam que era bem grande e o que mais os
chocou foi o contraste entre as árvores, e a natureza, com as quadras asfaltadas.
Colocaram a roupa de proteção e o capacete e foram testar as motos.
Depois de vários testes os cientistas que estavam no lugar pediram para
que os irmãos, se não fosse incômodo, testassem a velocidade máxima que a moto
poderia chegar. Alice pensou em dizer que não poderia, pois achava muito perigoso
mas, seu irmão, a conhecendo muito bem, já sabia o que iria dizer e a puxou para
uma conversa.
- Alice, eu já sei o que está pensando, mas antes de falar qualquer coisa
pense no dinheiro que estaríamos perdendo se recusarmos, e você sabe que
precisamos dele! Por favor vamos fazer teste, não há porquê ter tanto medo
também, nós estamos com equipamento de segurança!
- Ok, Caleb, mas só uma vez, e se der errado a culpa é sua!
Lá foram os irmãos fazer o teste que mudariam as suas vidas.
A moto chegou a 299 km/h, mas após os 300 km/h, a moto chegou a
velocidade da luz fazendo com que ela se chocasse com a realidade e fizesse com
que criasse ali um portal invisível do tempo, e, na hora, foram levados para o futuro.

463
A primeira impressão não foi muito boa, caíram em um lago. Ficaram
totalmente desorientados e assustados ao verem todos aqueles robôs voando,
prédios com mais andares do que se poderiam contar, elevadores que subiam os
andares por fora dos prédios em uma velocidade indeterminável. A segunda
impressão também não foi muito boa, de cara foram dados como procurados e
tiveram de fugir para o “bueiro”. O bueiro consistia em um tubo gigante azul onde
estavam todos os procurados da cidade que, no caso eram apenas dois robôs,
Robot Robt e seu irmão mais novo, Scott. Ao verem Alice e Caleb foram falar com
eles.
- Olá, Alice! Olá, Caleb! Sejam bem vindos ao bueiro! Não temos muita
comida por aqui, mas temos sobra delas - disse Robot Robt com um prato de sobras
na mão.
Alice se espantou, e disse:
- O quê? Que nojo! Quem são vocês e o que estão fazendo aqui?
Foi aí que Robot Robt se apresentou e apresentou seu irmão, explicando
como chegaram ali:
- Bom, não é uma história nada bonita. Acontece que, eu e o meu irmão
estávamos em mais um dia de trabalho no Castelo de prédio, onde o nosso rei mora.
Para nosso espanto chegou um intruso nada convencional, do qual aposto que
viram várias propagandas por aí em vários prédios, John o concorrente a coroa.
Está certo que o nosso rei já está ficando muito velho mas já existem
tecnologias para fazer com que ele dure por mais um tempo. Eu e o meu irmão não
gostamos muito de John e sempre que ele nos vê implica com nós dois, mas nosso
rei sendo sempre muito bondoso, não tem nada contra John mas, somente nós
sabemos os planos malignos que John trama contra o nosso rei. Foi aí que John, em
movimento estúpido, que com certeza não foi feito sem querer, deu um chute em
meu irmão e ainda o culpou por sujar o seu sapatos. Aí eu não me aguentei. tive que
tirar satisfação disso. Mas aí ele me tirou do castelo e me jogou no bueiro, só que o
rei não sabe disso, ele acha que John apenas nos levou para o castelo dele pois
disse que precisava de mais empregados.
Desde então, eu e o meu irmão procuramos formas de sair daqui e ir falar
com o rei, mas os guardas de John fazem uma patrulha secreta por essa região, ele
somente não me levou para cadeia pois sabe que todos os prisioneiros são

464
identificados pelo rei. Nos ajudem a sair daqui que ajudamos vocês a ir falar com o
rei e pedir uma cidadania.
E assim foi feito, mais rápido que do que se podia pensar eles elaboraram
um plano para que conseguissem sair dele.
Os dois reconhecidos como fugitivos, Alice e Caleb distraíram os guardas
enquanto Robot Robt e Scott saíram dele assim os robôs pegaram um carro de um
homem que estava por perto emprestado E voltaram para pegar Alice e Caleb.
Como entrariam no Castelo? Pelos tubos de ventilação conectados ao
chão! Ao subirem pelos tubos, por um caminho bem cansativo mas, pelo menos os
irmãos e os robôs haviam conseguido luvas que grudavam no tubo de ventilação
quando estavam no bueiro.
Subiram ao quarto do rei, lá encontraram uma cena surpreendente, o rei
quase sendo morto por John! Robot Robt rapidamente com o seu braço elástico
tomou a faca da mão de John e o empurrou para trás o enrolou em seu braços até
os guardas de metal chegarem, Scott socorreu o rei e colocou esparadrapos
tecnológicos em suas feridas.
Os médicos levaram o rei para o hospital, lá foram dados a ele vários
medicamentos e as suas feridas foram curadas pelo olho contido nos esparadrapos
que Scott colocou em sua pele.
Após tudo isso, um tempo se passou para que Caleb e Alice decidissem
se queriam ou não voltar para o passado. A cidadania foi garantida para eles. Os
irmãos tiveram uma conversa:
- Caleb não te culpo por estar com medo, mas você quer continuar aqui
ou procurar formas de voltar ao nosso tempo? - disse Alice.
- Alice eu estava com medo mas agora pensando bem, prefiro continuar
aqui após a morte de nossos pais não consigo esquecer o acontecimento, ainda
mais naquele tempo que tudo me lembra eles, aqui podemos recomeçar a vida de
um modo melhor! Além disso não temos mais familiares sobreviventes.
Uma revelação foi feita:
- Você seriam Alice e Caleb Robert?
Eles afirmaram com a cabeça respondendo a pergunta do rei.
- Nome de um velho amigo meu, esse aqui.
Mostrou uma foto, era o pai de Alice e Caleb.

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Com essa revelação, o rei deixou eles ficarem no castelo. Contou para
eles que o seu pai havia ajudada ele, antes de morrer, a criar um portal do tempo e
assim ele veio para o futuro, infelizmente sem seu parceiro.
Viveram felizes em 2070 e todos os anos seguintes por todo o resto de
suas vidas.

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Os alunos foram orientados a criar um conto de ficção científica, inspirados pela obra de Isaac
Asimov e pela robô humanoide Sophia.

O planeta dos robôs

Lucas Firme Soares

Em 23 de Março de 2018, eu inventei uma máquina do tempo… ou


melhor, uma motocicleta do tempo. Eu a chamei de Master Cycle 3000. Com essa
bela moto voadora, eu irei atravessar o Sistema Solar rumo à Marte, para descobrir
se tem aliens ou se a vida artificial já domina aquele planeta.
Vestido com meu equipamento de segurança, à prova de fogo, chuva
meteórica, relâmpagos e frio extremo, enfim a bordo da minha invenção, rumo à
minha aventura marciana. Na bagagem, o meu inseparável celular Samsung Galaxy
S6 Edge Plus com GPS ultra-inteligente e na minha cabeça, o meu capacete
equipado com câmera Go-Pro, pronta para capturar detalhes suculentos da minha
jornada.
Em segundos, como um flash, atravesso as galáxias e num piscar de
olhos, aterrizo em Marte, o Planeta Vermelho, no dia 1º de Abril no ano de 2050.
Parecia um sonho. O lugar era dominado por robôs quase humanos. Até a cor do
metal era semelhante à nossa pele, os detalhes davam até medo! Comecei a me
sentir um peixe fora d’água. Estacionei minha invenção que passou no teste e
apertando apenas um botão, enviei a Master Cycle à Terra para buscar meus
companheiros de aventura, Pedro Coutinho e Felipe Assis.
Assim como eu, meus amigos tiveram medo do que encontraram: um
planeta totalmente habitado por robôs onde tudo funcionava com uma precisão
britânica, além da harmonia e paz.
Nos aventuramos para explorar o desconhecido e enlouquecemos ao
chegar na estação dos video games. Era tudo incrível e os robôs eram totalmente
amigáveis.
Fizemos amizade com um robô chamado Chidi Aragonye, um tipo de guia
turístico local. O cara era impressionante. Sabia TUDO sobre games! Pedro e Felipe
não paravam de me cutucar toda vez que passávamos por aqueles robôs que
pareciam gente. Chidi era generoso, passou para mim e os meus amigos todos os
segredos daquele mundo cibernético. Ele confidenciou que sentiam muita pena dos

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habitantes do planeta Terra, do egoísmo, das guerras, destruição das florestas e
poluição dos oceanos e rios. Então, pensando em ajudar os pobres seres humanos
conseguiram amostras do DNA humano e os robôs cientistas estudavam a cura para
o câncer, diabetes, HIV e Alzheimer. Confesso que ficamos até envergonhados.
Fomos de volta ao presente, mas antes nos despedimos do Chidi, aprendendo que
humanos e robôs podem viver em harmonia.
De volta a 2018, contamos toda a estória aos nossos colegas e todos a
amaram.
Agora a moto está estacionada na garagem, aguardando por novas
aventuras.
Quem sabe quando o ser humano for menos hostil, egoísta e não
oferecer risco algum, eu convide o meu amigo robô para visitar o planeta Terra.

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Os alunos foram orientados a criar um conto de ficção científica, inspirados pela obra de Isaac
Asimov e pela robô humanoide Sophia.

O futuro sem tempo

Luísa Barros Ribeiro Andrade

Era ano de 2018 em uma pequena cidade em Portugal. Havia dois jovens,
seus nomes eram Aline e Jorge, eles eram grandes amigos.
Certo dia eles estavam brincando perto das ruínas de uma casa, quando
de repente viram uma luz que parecia ser uma grande explosão. Eles foram até o
local quando viram que um humano do futuro provocara aquela luz. Aquele humano
era brasileiro, e estava muito machucado e estava prestes a morrer. Com suas
últimas forças ele pede aos jovens:" usem esta bússola ela pode vos
teletransportarem e pode viajar no tempo. Vão para o Brasil no ano de 2148. Cronos
voltou e está disposto a acabar com todo espaço tempo e vocês podem ajudar a
salvar o tempo".
Então o homem morreu. Eles ficaram bastante perturbados com tudo que
tinha acontecido mas viram que era necessário ajudar aquele homem a cumprir sua
tarefa. Eles se entreolharam pegaram o bússola e foram. Chegando lá viram que o
Brasil era um país que tinha piorado muito dos tempos para cá, a violência tinha
aumentado e não tinha nenhuma forma de governo e ordem. Por isso Cronos
decidiu se estabelecer no Brasil, e recebeu ajuda de todos os perigosos criminosos,
mas nenhum deles sabiam que a humanidade iria acabar por conta do plano de
Cronos.
Sem terem outra opção foram até os Estados unidos que em 2018 era a
maior potência mundial. Lá tinha se expandido muito, já tinha a existência de carros
voadores, tecnologia desenvolvida e novos recursos artificiais para substituir a
natureza, para que conseguissem viver com o pouco de natureza que restara.
Chegando lá marcaram uma audiência com o presidente, mas ele não quis dar
ouvidos aos jovens até que eles mostraram o relógio do homem do futuro, que havia
morrido. O presidente ficou em choque o viu que o caso era de extrema urgência.
Aquele homem que havia morrido era o comandante das forças mundiais do
exército. Então o presidente reuni todos os homens que compunham o exército
mundial e comandou que dirigissem até o Brasil.

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Cronos já suspeitava que uma hora ou outra os Estados Unidos iriam
tentar acabar com todo seu plano de destruir o espaço tempo então ele decide
deixar seu exército de criminosos de prontidão. Quando o exército mundial chegou
começaram uma grande batalha, mas o exército de Cronos não resistiu afinal tinham
menos recursos e menos homens para lutar.
Todos acharam que Cronos estava dominado quando, na verdade Cronos
revela sua máquina que destruiria o espaço tempo. Mas sua máquina não funciona
da maneira que esperava que iria funcionar. A máquina explodiu e levou os dois
jovens e o robô, K19 de batalha, para uma outra dimensão, a dimensão X.
Quando eles recuperaram a consciência após terem chegado na
dimensão X, acharam que ainda estavam na Terra, pois como eles eram do passado
eles imaginavam tudo que era possível e não era possível na Terra do futuro da
Terra. Mas então eles foram informados de onde eles estavam. Travis e Klark tinha
acolhido Aline, Jorge e K19 em sua casa. Aline e Jorge ficaram apenas
inconscientes por conta da explosão, mas K19 havia queimado alguns de seus
circuitos, mas logo estaria assim como novo.
Eles finalmente decidiram sair para ver onde realmente estavam. Eles
viram que naquela dimensão o céu era escuro e os habitantes de lá eram bastante
similares aos humanos e todos tipo naves parecidas aos carros terrestres.
Passaram-se meses, K19 já estava funcionado perfeitamente, mas não
conseguia ter sua inteligência artificial, pois como ele estava em outra dimensão
nem ele nem ninguém conseguia acessar nenhum tipo de meio de comunicação que
estava ligado a Terra, mas seus aparelhos funcionavam de maneira muito fraca e
por muito pouco tempo.
Jorge e Aline sabiam que é possível viajar de uma dimensão a outra se
atingissem uma determinada velocidade, afinal eles tinham visto o filme de Phineas
e Ferb. Então eles procuraram uma nave que fosse forte o bastante para que
atingisse mais de 100 000 km/h eu era a velocidade necessária para viajar entre as
dimensões, mas eles não encontraram nenhuma nave com essa capacidade, a
única solução era ter que construir uma nave que tivesse essa capacidade.
Então começaram. Tiveram a ideia de fazer ajustes em uma outra nave,
mas todas as tentativas fracassaram, pois todas as naves sobrecarregavam e logo
explodiam. Travis, Klark e K19 iriam ajudar, mas apenas com os trabalhos braçais.

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Nos dias pra cá os circuitos de K19 estavam bastante estáveis e talvez ele poderia
se sobrecarregar e se destruir a qualquer momento.
Nos últimos dois meses Jorge e Aline estavam se adaptando bem com a
atmosfera da dimensão, mas certo dia eles pegaram um forte resfriado. O que na
Terra seria fácil de se resolver na dimensão X aquilo era uma doença sem cura. Em
poucos dias eles morreram, assim com K19 que explodiu.
Mesmo mortos eles estavam prestes a terminar a nave, então Travis e
Klark terminaram a nave e conseguiram mandar um recado a Terra. O recado dizia:
“Aline e Jorge foram grandes heróis para toda a civilização de 2148 para frente. Eles
salvaram todas as vidas da Terra e de todos os outros planetas, afinal sem o tempo
nenhum desses planetas que conhecemos e não deixariam de existir sem o tempo.
Todos devemos agradecer imensamente por todas as recentes ações voluntárias de
Jorge e Aline, pessoas de espírito tão forte, mas foram vencidos pela doença que
chega ao seu corpo e eu os mata de maneira tão inesperada, que sejam para
sempre lembrados entre nós.”
Quando a mensagem chega a Terra ela fora transmitida para todo o
mundo e para as colônia da Lua e de Marte. Todos no mundo ficaram emocionados
com o recado e ficaram em respeito a eles toda uma semana em luto. Além disso
fizeram um estátua que simbolizava sua grandeza, com a seguinte frase: “nada vale
sem o tempo”.

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Os alunos foram orientados a criar um conto de ficção científica, inspirados pela obra de Isaac
Asimov e pela robô humanoide Sophia.

O passado afetivo

Rodrigo Pedrosa Tufy Melo

Existia um menino chamado Alexandre, que era paraplégico e que


morava nos Estados Unidos. Alexandre era revoltado com si mesmo pela questão
de não poder andar. Ele foi abandonado por sua mãe, quando era mais novo, e
agora vive em um abrigo. Um certo dia, Alexandre recebeu a visita de um cientista
se chamado Sid, que prometeu a ele, que ia tentar ajudá-lo a voltar a andar. Assim
Alexandre ficou muito feliz e os dois fizeram uma grande amizade. Sid depois voltou
e buscou Alexandre, para levá-lo a sua casa, e começar o estudo do caso do
menino em seu laboratório.
Sid estudou muito sobre o caso e pensou em fazer com que a cadeira de
rodas do Alexandre se transformasse em uma máquina do tempo, para levá-lo ao
futuro no planeta Marte. Lá poderia ter marcianos que resolveriam a tristeza do
menino. Assim Sid transformou a cadeira de rodas de Alexandre, em uma máquina
do tempo. E a viagem a Marte começou.
Quando chegaram no planeta vermelho, conversaram com os marcianos
por um tradutor que tinha na cadeira. Depois da conversa com eles e depois de
muitas pesquisas, virão que não teria jeito de resolver o problema de Alexandre.
Na volta para os dias atuais, a máquina do tempo deu um problema e ao
invés de voltar para o presente, eles voltaram para o passado, época que Alexandre
tinha dois anos. No passado, viram que Alexandre era amado pela sua mãe, e foi
abandonado, pois ela não tinha condições de criá-lo e o dar uma boa condição de
vida. Assim Alexandre percebeu que sua tristeza era provocada pelo seu abandono,
fazendo com que ele pensasse que não era amado por sua mãe por ser
paraplégico.
Ao fazer essa descoberta, o menino deixou essa tristeza de lado e voltou
a ser feliz com sua vida mesmo tendo a sua deficiência. A história de Alexandre
mostra que o amor é a coisa mais importante, mais do que ter algum problema ou
deficiência.

472
Os alunos tiveram mais contato com grandes poetas, como Carlos Drummond de Andrade,
João Cabral de Melo Neto, Manuel Bandeira e Cecília Meireles. Inspirados pelo trabalho com a
linguagem, os alunos foram orientados a produzir um poema.

A vida, o que é?

Sofia Youssef Khaouli Marcos

O que é a vida?
É um simples trajeto que temos que seguir?
Ou um misto de emoções?
O que é a vida?

Ela é só alegria?
Bem que eu queria
Então, ela contém tristeza junto com alegria?
É justamente isso.

Acho que a vida é sofrimento


É solidão
É desilusão

Mas por outro lado é alegria


É saúde
É amor.

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Os alunos foram orientados a criar um conto de ficção científica, inspirados pela obra de Isaac
Asimov e pela robô humanoide Sophia.

A aranha e os cristais amaldiçoados que estragaram a viagem

Sofia Youssef Khaouli Marcos

Em um certo dia, Gabi com muita saudades de meus pais e


ficou pensando o porquê de sua avó não ter ficado com ela, cuidando dela.
Numa noite, fez esse desejo e bem na hora uma estrela cadente passou e
ela ficou muito esperançosa. No dia seguinte, uma pessoa convidou Gabi para ir
visitar seu futuro e ver o que a vida a espera, e ela na hora aceitou.
Arrumou suas coisas e a noite foram ao futuro de Gabriela para encontrar
sua avó. No meio do caminho começaram a aparecer cristais de ouro que estavam
quase quebrando a nave espacial, mas a nave resistiu e continuamos a viagem.
Depois de um tempo pararam em um lugar, saíram da nave e foram à procura da
avó.
Pararam bastante pessoas no meio do caminho,mas nenhuma sabia
quem era, até que foram perguntar para uma clínica hospitalar e lá informaram que
uma senhora, com as mesmas características estava lá, mas estava muito doente,
ela havia tropeçado e se acidentado, e foi daí que descobriram que tinha acontecido
um acidente vascular cerebral e que só agora, depois de anos e anos médicos
científicos descobriram como salvar uma pessoa que tem esse problema, que é com
uma espécie de aranha.
Gabi ficou muito feliz ao reencontrar sua avó, mas parece que sua avó
não,mas ela não se importou, só sabia que queria salvá-la. Gabi foi conversar com
os médicos e eles disseram que ela estava também com problemas psiquiátricos e
não parava de falar em uns cristais de ouro amaldiçoados que havia tacado, e na
hora Gabi se lembrou da viagem e começou a chorar.
Depois de um tempo que havia descansado procurou na internet se havia
cura pro caso de sua avó e achou, logo correu atrás de médicos especialistas nisso.
Quando os encontraram, perguntou se eles podiam ajudá-la e disseram que sim,
mas tinham que achar a aranha, e compressa Gabi foi logo procurar. Muito depois
de procurá-la, a encontrou numa mata. Levou a para os médicos, e logo foram para
a clínica.

474
Na hora de enfiar a aranha percebem que ela morreu e todos ficaram
desesperados e Gabi mais ainda. Conversou com os médicos e eles disseram que
não tem mais jeito é Gabi toma uma decisão de voltar para onde estava, no caso o
presente e levar sua avó de volta, não querendo enfrentar o que o futuro a espera.
Gabi, com sua avó foi para a nave e voltaram no tempo. Chegaram quando estava
de noitinha, na mesma hora que saio.
No dia seguinte Gabi levou, sua avó nos melhores médicos, até num
psiquiátrico, pois sua avó não parava de falar nos cristais de ouro, mas, não
adiantou nada, sua avó no caminho havia falecido.
Gabi ficou muito chateada, mas viu que fez o melhor que pôde, e com
muita dor e força, a enterrou no mesmo cemitério de seus pais.

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Trabalhando o gênero textual CONTO SOCIAL, os alunos foram estimulados a produzir um
texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

A realidade é fria

Arthur Santos Corrêa

Era inverno, o inverno mais frio que já se passara em anos, na calçada


um senhor estava sentado, ele se encolhia de frio debaixo de um cobertor que
encontrou por aí, os ventos zuniam impiedosos naquele dia e o inverno o fustigava,
o fazendo se encolher mais.
O senhor via a rua nua e os casais andando juntos no parque, até que de
repente um homem de terno e gravata, sozinho e pálido, chega perto dele se
sentando ao seu lado e começa a falar.
- A vida não presta, ela é traiçoeira e tirana, impiedosa na sua totalidade.
O homem de terno e gravata olha para o outro que estava segurando um
cobertor com força e diz.
- Será que você se importaria de dividir esse cobertor comigo.
O homem de terno e gravata olha para o outro estranhado e diz.
- Você tem dinheiro, pode comprar algo melhor que esse cobertor
vagabundo.
Depois dessas palavras o homem de terno e gravata abaixou a cabeça e
começou a falar e chorar baixinho.
- Eu tinha, até a vida tirar tudo de mim.
Ao ouvir esta resposta o senhor decide dividir o cobertor com o homem,
pois sabia como a vida poderia ser impiedosa, depois disso o silêncio tomou conta
do local até ser cortado por uma pergunta.
- Você pode me falar seu nome e o por que está na rua? (Perguntou o
homem de terno e gravata).
O senhor impressionado com a pergunta pensa.
- Meu nome, nem eu me lembro, já faz anos que o esqueci, e desde que
me lembro a rua sempre foi minha casa.
O homem ficou chocado, e começa a se colocar no lugar do outro.
- Deve ter sido difícil para você ficar todo esse tempo em um lugar como
este.

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De súbito o senhor emocionado abaixa a cabeça e começa a falar.
- Sim, foi muito difícil, mas o mais difícil não foi viver na rua, mas sim
conviver nela e aguentar os preconceitos, tanto que você foi o primeiro a me
perguntar como eu me sentia em relação a isso.
O homem de terno e gravata pensou por um instante o quanto era sofrida
a realidade daqueles que moram nas ruas e como ela é ignorada pelas pessoas.
O senhor curioso pergunta para o homem de terno e gravata por que
alguém como ele estava naquela situação.
Comovido pela história do outro ele decide contar a sua também.
- Eu não sou o homem que você pensa que sou, perdi tudo, não tenho
mais emprego e vou ter que vender minha casa para pagar minhas dívidas.
Ao terminar de falar, os dois se abraçaram para consolar um ao outro e
também para tentar afastar o frio que sentiam, mas acabou que eles ficaram assim
abraçados e imóveis até o outro dia, pois naquela madrugada os ventos frios
levaram suas angústias, suas dores, suas felicidades e só deixaram seus corpos
frios e sem vida.

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Trabalhando o gênero textual CONTO PSICOLÓGICO, os alunos foram estimulados a produzir
um texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

Como se chovesse canivete

Arthur Santos Corrêa

Depois de encarar um longo ano letivo, o menino já estava cansado de


esperar as férias de verão que nunca chegavam, se tornando um desejo distante,
aquele de sair de viagem e sentir o vento nos cabelos, enquanto seu pai escutava
suas músicas da Jovem Guarda, que a princípio não agradavam o garoto, mas o
faziam ter um sentimento de nostalgia, que o deixava perdido em seus sonhos.
Até que de súbito já se via arrumado pronto para viajar, seus pais corriam
de um lado para o outro colocando as malas no carro, enquanto sua irmã não
parava de reclamar por não poder ir para a festinha de 15 anos de uma de suas
amigas. Apesar de tudo isso, sua alegria era tão grande que nem mesmo que
“chovesse canivete” o desanimaria, era o grande dia que ele esperou uma
eternidade.
A viagem era cansativa e nunca acabava, parecia que o gps de seu pai
tinha estragado e para piorar era prensado para o lado por tantas tralhas que sua
irmã levara na viagem, e isso o fazia imaginar que o carro não “andava” mais devido
ao excesso de peso.
Depois de se passar o tempo que gastaria lendo um livro bíblico, eles
chegaram de viagem, e a princípio o menino esquecera de perguntar onde iam
devido seu entusiasmo, mas, para sua surpresa, era a chácara de seu avô, e nem
mesmo que “chovesse canivete iria” parar sua felicidade de estar naquele lugar tão
nostálgico, pois seu avô havia falecido há um ano e, devido seu carinho com ele,
sempre considerou aquele lugar do seu avô, só de estar naquele lugar o fazia ir para
uma outra “dimensão onde o passado se misturava com o presente”.
Já era tarde e o garoto já não aguentava suas pernas junto com sua irmã
que fazia tanto drama que parecia novela Mexicana.
De repente se escutou um estrondo e todos se calaram, o céu começou a
ficar escuro e agora o único barulho predominante era o da chuva, no céu clarões
cortavam a escuridão, era verdadeiramente uma chuva de canivete.

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A chuva não parava e os monstros dos pesadelos do menino começaram
a tomar forma em raios e relâmpagos, o menino pensara que até fosse julgamento
divino.
As trevas desfizeram-se e de súbito a natureza voltou ao seu resplendor,
para a felicidade do garoto e de todos naquela casa, depois daquele dia fatídico o
restante das férias do menino foram tranquilas e agradáveis, mas ele nunca mais ia
esquecer daquele dia que “choveu canivete” em frente de seus olhos.

480
Trabalhando o gênero textual CRÔNICA, os alunos foram estimulados a produzir um texto no
qual fosse discutido algum padrão social, respeitando as características do gênero.

Azul no rosa

Bianca Laboissière Mascarenhas

Conversava com um amigo enquanto algumas crianças jogavam bola na


quadra à nossa frente. De repente, meu amigo fez um comentário que até hoje me
faz refletir; perguntou: "Imagina que em uma turma cheia de garotos fanáticos por
futebol um dos garotos decide ter aulas de dança? Como os seus colegas iriam
reagir?" Assim que terminou de falar eu o respondi com o óbvio: "Chamariam o
garoto de viado e o excluiriam da rodinha."
Hoje, me vejo muitas vezes pensando no número de coisas que fazemos
e deixamos de fazer pensando no que as pessoas achariam de acordo com o que a
sociedade afirma ser certo ou errado. Por exemplo, imagine a filha de um casal
conservador; ela diz que gostaria de ganhar um carrinho de presente. Na visão dos
dias de hoje é apenas um brinquedo, porém, quando a filha do casal - que acredita
que meninas e meninos têm de gostar de coisas determinadas pelo gênero -,
demonstra interesse por algo "feito para garotos", os pais se desesperam, achando
que o simples fato de a criança mostrar interesse no brinquedo a faz masculina.
O mesmo ocorre com os garotos; são ensinados desde pequenos a
gostarem de "coisas de garoto", como futebol, videogames, super-heróis, etc; e, por
isso, quando são colocados diante de qualquer situação que possa "tirar" sua
masculinidade, eles se recusam a se envolver, simplesmente porque eles têm medo
de serem considerados "menos homens" - como se houvesse um vírus em todos os
brinquedos "para garotas" que, ao serem tocados, transformassem quem quer que
seja em mulher.
Para concluir, deixo o seguinte questionamento: se alguém é feliz fazendo
algo e é bom no que faz, por que ter um pênis ou uma vagina é tão importante?

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Trabalhando o gênero textual CONTO PSICOLÓGICO, os alunos foram estimulados a produzir
um texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

Olhar cheio

Bianca Laboissière Mascarenhas

Sentava sozinho, o garoto, com a mochila no colo, aguardava o suposto


amigo para que pudessem caminhar juntos até a classe como faziam todos os dias.
Em seus fones, tocava repetidamente o rock dos anos 80, enquanto batia levemente
os pés no chão o ritmo da música, sempre com o olhar fixo em algo. Seu olhar era
vazio, que complementava seus pensamentos.
Gostava de chegar mais cedo que o restante das pessoas para que
pudesse observar os grupos de amigos dos mais diferentes tipos. Observava o
modo em que seus olhos irradiavam uma intensa felicidade quando se encontravam
pela primeira vez pelas manhãs, e comparava com o modo que o sol irradiava a luz.
Observava também o modo que os sorrisos e risadas eram distintos a 'olho nu', mas
que no fundo eram todos o mesmo.
Alguns segundos antes de ouvir o sino que marcava o início de mais um
dia letivo, o garoto já havia se apercebido que seu companheiro não iria se juntar a
ele naquele dia. Com um suspiro pesado, retirou a bolsa de cima das pernas e a
jogou nos ombros, se espantando quando viu o quão leve o peso da bolsa era
comparado ao peso de sua consciência.
Se sentia inseguro ao caminhar até a sala, sentia como se estivessem a
monitorar cada um de seus passos. Mesmo com a consciência de que ninguém
jamais o realmente enxergara, mantinha o olhar fixo nos cadarços, com medo de
que alguém pudesse notar o quão solitário se sentia, mesmo que não estivesse
realmente sozinho.
Já na sala, seu nome foi chamado no rádio da escola. Ele não ouviu;
estava demasiado ocupado com seus próprios pensamentos. A colega do lado o
cutucou, o despertando de seus pensamentos. "O diretor está te chamando"
informou. E lá foi o garoto até a sala do diretor, com o passo apressado e a postura
desconfortável.
Assim que entrou no gabinete o motivo do chamado ficou claro. O olhar
do diretor e a presença da psicóloga da escola os entregara. Por já ter em mente o

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que estava por vir, o garoto mantinha o olhar fixado no bege já desgastado da
parede enquanto o homem falava, se recusando a ouvir uma palavra sequer que o
homem dizia. Porém, assim que o homem colocou a mão em seu ombro de tal forma
que o pudesse confortar, o garoto deixou a sala.
Ao andar pelos corredores não mais se sentia envergonhado ou
intimidado em se permitir desabar. Acreditava que guardar a dor para si era como
um veneno que corrói a alma com o passar do tempo, e não estava disposto a
destruir a si mesmo, já estava destroçado o suficiente.
Se lembrou da felicidade que vira nos olhos dos adolescentes contentes
no mesmo dia e se sentiu estremecer quando percebera que já havia sentido toda
aquela felicidade e nem era ciente. Aos poucos, o olhar antes vazio do garoto se
enchia cada vez mais.

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Trabalhando o gênero textual CONTO PSICOLÓGICO, os alunos foram estimulados a produzir
um texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

Um companheiro para a vida toda

Fernanda Pereira Guimarães

Eu estava no quarto lendo o meu livro favorito quando mamãe me


chamou, ela e o papai estavam muito felizes, então Elsa me disse que eu ia ter um
irmão. Quando recebi a notícia, eu não gostei, pois ia ter que dividir tudo que eu
tenho com ele: a mamãe, o papai e o meu quarto, mas depois eu fui me
acostumando e gostei da ideia de ter um irmão.
A cada dia eu observava a barriga da mamãe crescendo e ficava horas
imaginando e desenhando como ele seria e os nomes que ele poderia ter.
Dois messes tinham se passado desde a notícia, e então o meu primeiro
dia de aula no segundo ano chegou. Eu contei para todos os meus amigos e um
deles me disse que é horrível ter um irmão mais novo, pois você tem que dividir tudo
com ele e seus pais não te dão mais atenção. Quando meu amigo me disse isso, eu
fiquei com muito medo de ficar “invisível” em casa e meus pais não lembrarem mais
de mim. Eu só queria que a aula acabasse pra poder chegar em casa e passar o
tempo todo com papai e mamãe, mas, pelo contrário, a aula demorou tanto que
parecia que eu estava lá há dois dias.
Durante seis meses eu vi a barriga da mamãe crescendo cada vez mais,
eu passava a maior parte do tempo com meus pais, e vi também a minha casa
mudando, homens chegavam lá em casa e colocaram um berço e um outro guarda-
roupa no meu quarto, colocaram grades por toda a casa, e várias outras coisas.
Quando entrei de férias, minha vó foi morar lá em casa por uma semana e
mamãe disse que ela ia ficar comigo lá em casa enquanto eles fosse pro hospital,
não sei muito bem o porquê minha vó foi morar na minha casa sendo que ela mora
na rua detrás da minha casa.
Um dia de repente minha mãe saiu correndo com o meu pai e então
minha vó me disse que meu irmão ia nascer. De noite um monte de pessoas foram
lá pra casa e meus pais tinham chegado há uma hora.
Depois de cinco meses me acostumei com meu irmão e ele não “roubou”
meus pais ou a atenção que eles me dão, mas ele deixou a casa muito mais

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movimentada e cheia de alegria, e isso me fez muito mais feliz por ter uma
companhia para a vida toda.

Trabalhando o gênero textual CONTO PSICOLÓGICO, os alunos foram estimulados a produzir


um texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

Amor por aquele robô

Gabriel Hermont Corrêa

Vi uma gritaria, uma correria sem fim, minha mãe chorando, desesperada,
minha vó tentando ajudá-la, mas estavam da mesma forma. Eu estava lá, sentado
na cama sem entender nada, apenas observando. Mesmo não entendendo nada,
senti como uma espécie de calafrio, e me senti trêmulo e com muito medo.
Subitamente, minha mãe gritou de seu quarto “troque de roupa, pois vamos ao
hospital”, foi aí que senti aquele arrepio da ponta dos dedos do pé até a ponta do
último fio de cabelo presente na cabeça.
Pegamos um táxi em direção ao hospital. Dentro do carro estava eu,
olhando através do vidro aquele dia claro e quente, mas por dentro o dia mais
escuro e frio que eu já havia presenciado.
Chegando no hospital, ao entrar no quarto, me senti deslocado, uma
pessoa sem rumo, queria estar em qualquer lugar, menos ali. Foi a pior cena que eu
já havia visto na minha vida: meu avô deitado naquela cama com aqueles tantos
aparelhos o ajudando a respirar, mais parecia um robô. Sem hesitar, saí correndo
daquele quarto, esperando apenas esquecer aquela imagem, com a esperança de
que aquela sensação de medo e nervosismo nunca mais se repetiria. Minha mãe foi
atrás de mim na tentativa de me acalmar, pois ela já sabia o que estava por vir.
Então ficamos lá, horas e horas, esperando algum doutor passar. Sentei-
me em um velho sofá que tinha no quarto, ele ficava do lado da cama que estava o
meu tão amado “robô”. Enquanto eu estava sentado no sofá eu pensava em mil e
uma possibilidades de tentar agradá-lo, mas a única coisa que vinha na mente era a
possibilidade de não o tê-lo mais ao meu lado.
Ao final do dia retornei a casa com a mesma sensação de tristeza e
expectativa, não consegui pregar o olho durante a madrugada, apenas conseguia
pensar naquele homem que era mais que um pai para mim, aquele homem com

485
quem eu tivera várias lembranças juntas. Então foi aí que o telefone tocou, eu
pensara que era algum parente perguntando a respeito do meu vô, mas não, era
minha mãe chorando, eu apenas podia ouvir minha vó chorando e gritando “EU TE
AMAVA TANTO, EU TE AMAVA TANTO...”. Não precisei de nem mais uma palavra
para entender, apenas desliguei o telefone e me tranquei em meu quarto, não queria
conversar com ninguém naquele momento, apenas ficar em meu mundinho com os
meus pensamentos sem ninguém interferir neles.
Minha cabeça naquele momento estava tão vazia, mas não era vazia por
falta de pensamentos, era vazia pelo fato de me sentir vazio emocionalmente, não
conseguia chorar, nem me sentir triste, apenas fiquei sentado na cama, sozinho,
vazio, pensando apenas na falta que aquele tal “robô” iria fazer.

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Texto produzido a partir do tema A BUSCA PELO CORPO PERFEITO.

“Corpo perfeito? Nem sempre foi assim”

Gabriel Hermont Corrêa

A busca pelo “corpo perfeito” é algo desejado na atualidade, tanto por


mulheres quanto para homens. Atualmente, em nossa sociedade o tal corpo perfeito
se compõe pela barriga tanquinho, as pernas fortes e grandes e o rosto todo seco,
nas nem sempre foi assim. Há não muito tempo existia uma mulher que era o
símbolo da perfeição para todos e todas, seu nome era Marilyn Monroe.
Marilyn Monroe foi considerada a mulher mais sexy do mundo em sua
época, mas ela não tinha barriga tanquinho e nem pernas “trincando”, pelo contrário,
Marilyn usava roupas tamanho GG, não possuía barriga tanquinho e adorava exibir
suas pernas grossas.
A partir disto, podemos fazer uma reflexão sobre o assunto e ver que não
existe este tal “corpo perfeito”, esta tachação de modelo é apenas uma maneira de o
sistema capitalista fazer com que você compre seus produtos, enquanto você se
lamenta em casa por não ter o corpo daquela atriz ou o corpo daquele galã da
novela.
Com base nesta reflexão, não devemos nos lamentar pelo nosso corpo
“não perfeito” e sim agradecer por sermos quem somos e sermos felizes,
independente de nossa forma física.

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Trabalhando o gênero textual CONTO PSICOLÓGICO, os alunos foram estimulados a produzir
um texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

Como o vento

Gabriela Luiza Silva Rodrigues

O ano é 2025, tenho 31 anos. Saí de casa e estava ventando muito, o


vento me lembra uma pessoa muito especial pra mim e muitos acontecimentos. Um
deles aconteceu há muito tempo atrás, eu era pequena e se tornou um fato
marcante em minha vida.
O ano é 2006, tinha 12 anos. Acordei com o despertador repercutindo
como todas as manhãs. Era um belo dia, pássaros cantavam, as árvores estavam
mais bonitas e eu sentia uma leve brisa batendo calmamente em meu longo cabelo.
Curti aquele momento escutando minha música preferida e nem notei o tempo
passar. Quando desliguei a música, ouvi latidos do meu cachorro e logo desci as
escadas para vê-lo.
O coitado já estava passando fome, coloquei a ração em seu comedouro
e ele disparou a comer. Fui procurar algo para eu me alimentar. Abri a geladeira,
peguei restos da panqueca do dia anterior e um leite desnatado quase vencido.
Após fechar a geladeira, notei no calendário que era aniversário de meu
avô Will, que morava sozinho, duas casas ao lado. Fiquei muito animada, me
arrumei rapidamente e fui em direção à casa dele sozinha, já que minha mãe
trabalhava, meu irmão vivia trancado no quarto e meu pai veio a falecer há um
tempo.
Ao chegar na porta da casa, senti aquele doce cheirinho dos cupcakes
que meu avô costumava fazer. Toquei a campainha e lá estava ele de pijama com
pantufas nos pés, me recebendo todo feliz. Entrei e desejei feliz aniversário, dei um
grande abraço apertado nele e consegui escutar seu coração bater.
Vovô Will estava preparando um grande banquete. Fizemos de tudo,
desde o doce mais açucarado ao salgado mais picante. Tinha o bolo preferido da tia
Sônia, a torta favorita do tio Marcos e até aquela coxinha que meu irmão mais
gostava. Preparamos de manhã bem rapidinho para estar pronto para quando os
convidados chegassem.

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O tempo passava e ninguém havia dado notícia, meu avô começou a ficar
abatido e eu não podia deixar que acontecesse porque era seu aniversário, então
pedi a ele que me contasse histórias de quando era criança.
À medida que o tempo foi passando, ele ia me contando todas suas
histórias, riamos e, por trás de seus alegres sorrisos, escondia a tristeza de seu
coração.
Já era tarde e eu precisava dar notícias a minha mãe, por isso liguei para
ela avisando que era aniversário de meu avô e que iria dormir na casa dele.
Perguntei a ela se iria passar lá, mas estava cheia de trabalho e tinha reunião cedo
no próximo dia. Então passei o telefone para meu avô e ela lhe desejou feliz
aniversário. Senti meu coração cortar ao vê-lo na maior felicidade.
Era seu aniversário e recebeu apenas três parabéns, o meu, de minha
mãe e da sua estranha vizinha da frente. Como estava de noite, fomos dormir e, no
outro dia, no momento em que fui acordá-lo, ele não levantava, nem mexia.
Com meu coração acelerado, reparei numa carta que se encontrava na
sua cômoda. Nela, explicava que meu avô sofria de MRSA, uma doença rara que
destrói os pulmões e não possui cura, restavam a ele poucos dias de vida, e aquele
seu aniversário tinha sido o último.
Sentia lágrimas escorrerem sobre meu rosto e meu corpo começou a
tremer, desabei no chão e só passavam pela minha cabeça as lembranças com ele.
Pelo menos pude fazer parte do último dia da sua vida.
Desse dia em diante meu avô era como o vento, não podia vê-lo, mas
podia senti-lo.

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Texto produzido a partir do tema VIVER EM REDE NO SÉCULO XXI: O LIMITE ENTRE O
PÚBLICO E O PRIVADO.

Exposição na timeline
Isadora Debeche Vieira

Na atualidade, a dependência das redes de internet está tomando


grandes proporções. Precisa-se delas para trabalhar, pagar contas, fazer pesquisas
e a todo o momento estão conectados a ela.
Não se vê uma pessoa hoje em dia que não tenha wi-fi em casa e que
não faça parte de nenhuma rede social.
As redes sociais têm seu lado positivo e negativo. A parte boa é que você
sempre fica ligado às notícias do mundo e troca ideias com muitas pessoas. A parte
ruim e perigosa é que pode arruinar reputações dependendo das coisas que você
posta em sua timeline. Não devemos nos expor demais para seguidores que mal
conhecemos, pois qualquer descuido que tivermos pode resultar em grandes
problemas no futuro.
Por isso, é importante pensar se o que você posta no Twitter ou no
Facebook poderia ser dito na vida real. É necessário que se tenha um filtro para que
a tênue linha entre o público e o privado não seja desrespeitada.

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Em comemoração ao Mês do Folclore, a bibliotecária Wingrid preparou uma visitação à
biblioteca para envolver os alunos e apresentou a eles a Literatura de Cordel, tema tão
relevante para a nossa cultura. Como fruto do trabalho, os alunos foram desafiados a fazer um
cordel. Confiram!

O país do Futebol

João Vítor Ferreira Carvalho

No Brasil um problema é a educação


Que só serve para alienação
E quem sofre é a população
O ensino público é sem qualidade
E essa é a pura verdade
E as pessoas só mostrando a ingenuidade

E no país do futebol
O povo não liga se aumentarem o etanol
Pois a maioria não sabe contar,
mas sabem ler o número do placar
E eu aqui reclamando sem parar
Mas na verdade sou mais um daqueles que xingam a situação
Mas não ajudam a achar eleição
Espero que a população tenha salvação em pleno ano de eleição

491
Em comemoração ao Mês do Folclore, a bibliotecária Wingrid preparou uma visitação à
biblioteca para envolver os alunos e apresentou a eles a Literatura de Cordel, tema tão
relevante para a nossa cultura. Como fruto do trabalho, os alunos foram desafiados a fazer um
cordel. Confiram!
A Sociedade
Júlia Saturnino Centeno
Maria Eduarda Pereira Silva
Estamos em um mundo
em que simplesmente vivemos
sempre com tanto medo
que não nos reconhecemos

Com medo do que vamos falar


e receio do que irão pensar
e se o status que temos
irá nos encaixar

Seguir regras para não se perder


uma delas é ir em festas e beber
e quem não as segue
um louco deve ser

Não falamos o que sentimos


e não queremos nos abrir
falar do amor verdadeiro
que nos privamos de sentir

Se temos que ajudar alguém


usamos de interesse
o amor parece passageiro
como se o tempo corresse

Para melhorar o mundo


precisamos de confiança
para que assim nosso futuro
seja cheio de esperança
492
Trabalhando o gênero textual CONTO SOCIAL, os alunos foram estimulados a produzir um
texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

Luana Carolina Hadad Nicolaurena

Muitas crianças enfrentam na vida situações que nunca deveriam passar.


Isso aconteceu com uma garotinha chamada Júlia. Ela perdeu seu pai em um
tiroteio na favela onde morava. Desde então passou a morar só com sua mãe, que
trabalhava o dia inteiro como operária de fábrica, e seu irmão de apenas dois anos.
Júlia e sua família viviam com pouco. Muitas vezes a única refeição que
ela tinha no dia era feita na escola onde estudava. Quando a menina ganhava bala
das amigas, guardava e vendia na rua, para ajudar sua mãe a pagar as contas. Um
dia ela foi vista por um de seus professores enquanto vendia as balas na rua.
No dia seguinte, o professor procurou Júlia para conversar, mas não a
encontrou. Passou um tempo e nada. Depois de dias, só o professor ainda se
perguntava onde ela estaria. Um dia, no final da aula, ele resolveu ir até a casa de
Júlia, depois de um tempo esperando, viu sua aluna, toda suja. Ele se aproximou e
perguntou para ela por que ela não estava indo para a escola.
Além de muito suja, a menina estava bem mais magra que o normal. A
menina cumprimentou o professor e lhe contou que, no dia seguinte que ela havia
encontrado com ele, teve que ficar em casa cuidando de seu irmão, pois sua mãe
não voltou do trabalho. Algumas horas depois, um homem foi até a casa dela para
avisar que sua mãe não voltaria mais para casa por que havia sofrido um acidente
na fábrica onde trabalhava. Desde então ela teve que deixar a escola para arrumar
um emprego para sustentar seu irmão.
Nesse momento o professor não sabia o que dizer. Ele lhe deu um abraço
e perguntou se ela precisava de ajuda para cuidar do irmão. Com os olhos cheios
d’água, ela contou que alguns dias depois do ocorrido na fábrica, mal tendo o que
dar de comer para seu irmão, ela resolveu deixá-lo na porta de um orfanato que
ficava perto de sua casa, pois lá ele seria bem cuidado até que ela pudesse voltar
para buscá-lo.
Júlia então pediu ao professor que não contasse para ninguém sobre
isso. Ela temia que, por ser menor de idade, fosse levada para algum orfanato longe
de seu irmão. Percebendo que o professor não concordava com seus planos, ela
saiu correndo pela favela para se esconder.
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Barulhos altos, luzes vermelhas e azuis, alguns gritos, depois disso, uma
notícia no jornal, e muitas lágrimas do professor, mais um tiroteio na favela, mais
balas e vidas perdidas.
Alguns meses em um processo, o professor conseguiu a guarda do irmão
de Júlia. O desejo de que seu irmão estivesse seguro seria realizado, principalmente
agora que Júlia não voltaria para buscá-lo.

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Trabalhando o gênero textual CONTO PSICOLÓGICO, os alunos foram estimulados a produzir
um texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

Uma amizade rica

Luana Carolina Hadad Nicolaurena

Rafael estudava em uma faculdade de medicina com seus amigos mais


antigos, a faculdade era particular, os amigos de Rafael não tinham condições
financeiras para pagar essa faculdade, mas eles ganharam bolsas de estudo, pois,
mesmo não tendo a mesma qualidade de ensino que os outros alunos, incluindo
Rafael, eles eram muito dedicados.
Rafael nunca tratou seus amigos bem, mesmo eles estando sempre ao
seu lado, em sua cabeça ele sempre foi superior a eles, então ele preferia puxar o
saco dos rapazes ricos da faculdade.
Rafael começou a sair só com eles para restaurantes chiques, viagens
caras... E deixou de lado seus amigos que não podiam pagar essas coisas. Alguns
anos se passaram e a turma de Rafael se formou, e Rafa começou a dividir um
apartamento luxuoso com seus amigos ricos. Já os amigos mais simples de Rafael
trabalharam durante todo o curso e conseguiram juntar dinheiro suficiente para
comprar um bom apartamento para eles.
Todos já estavam trabalhando, alguns em consultórios famosos e outros
em consultórios menores, mas, ainda sim, muito bons. Certo dia Rafael foi operar
uma mulher, mesmo estando muito cansado de uma festa que tinha ocorrido no dia
anterior. Devido ao cansaço, acabou deixando um bisturi dentro da paciente. Ele foi
processado pelo grave erro. Depois disso, ele acabou perdendo seu emprego e sua
fortuna. Sem ter como pagar as despesas da casa e de sua vida luxuosa, foi expulso
do apartamento por seus colegas.
Rafael não sabia o que fazer. Então se deitou em frente a uma farmácia e
ficou lá, até que... Bernardo, um dos colegas que Rafael desvalorizava, reconheceu
seu velho amigo e perguntou o que havia acontecido. Depois de contar tudo, Rafael
foi convidado para morar com seus amigos de verdade que perdoaram Rafael assim
que ele pediu desculpa a todos.
Rafael conseguiu um novo emprego no consultório de Bernardo. Muitos
anos se passaram e desde esse dia ele não esqueceu que os amigos de verdade

495
estarão com você não importa o que aconteça e também que, assim como ele, todos
merecem uma segunda chance.

Trabalhando o gênero textual CONTO SOCIAL, os alunos foram estimulados a produzir um


texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

De balas à felicidade

Lucas Dias Bernardes

Douglas tinha acordado e estava colocando sua roupa. Uma blusa cinza
meio rasgada, seu short preferido e o seu chinelo.
Douglas era um menino magro e meio alto, tinha 17 anos e todos os dias
acordava oito horas e ia para os sinais das ruas perto de sua casa e começava a
vender bala. Quando dava meio-dia, Douglas ia para casa almoçar, e depois ia para
escola. Por volta de sete horas da noite, ele voltava para casa.
Aquele dia era como os outros. Douglas ia de carro em carro, distribuindo
as balas, e era raro o caso de alguém comprar um saquinho. Aquela manhã era
ensolarada, e Douglas estava suando. Ele pegou o saquinho do retrovisor de um
carro e perguntou para o homem que estava dirigindo, que horas eram. Era meio-dia
e vinte, e Douglas percebeu que tinha perdido a hora. Então ele recolheu as balas, e
foi correndo para casa.
Chegando lá, esquentou a comida que a mãe tinha deixado no prato e
comeu depressa, para não se atrasar para a aula.
A mãe era empregada doméstica e ficava pouco tempo em casa. Douglas
só tinha ela como família. Ele estava no último ano de uma escola pública. Dias
atrás tinha feito a prova do ENEM, e estava ansioso para saber a sua nota.
Chegando na escola, o assunto que mais se falava era sobre o resultado
que sairia no dia seguinte. Muitos alunos estavam nervosos e Douglas era um deles.
O dia passou e Douglas não dormiu quase nada a noite de tanta
ansiedade. Ele acordou sete horas da manhã e não foi trabalhar, pois não sabia a
hora que a nota da prova ia sair. Ele ficou das nove horas até às onze esperando o
resultado sair. E onze e meia o resultado saiu. Douglas havia se surpreendido com a

496
nota boa que havia tirado. Ele tinha passado e ficou muito feliz. Mal esperava para
contar para sua mãe, que ficaria muito orgulhosa.
Os dias se passaram e Douglas recebeu um e-mail falando que ele havia
ganhado uma bolsa para a melhor escola particular do estado.
Douglas e sua mãe passavam por um momento difícil, e tinha tempo que
não ficavam felizes assim.

497
Em comemoração ao Mês do Folclore, a bibliotecária Wingrid preparou uma visitação à
biblioteca para envolver os alunos e apresentou a eles a Literatura de Cordel, tema tão
relevante para a nossa cultura. Como fruto do trabalho, os alunos foram desafiados a fazer um
cordel. Confiram!

Paixão por futebol


Lucas Dias Bernardes
Tobias Martins Oliveira

O futebol é uma forte paixão


E seus campeonatos uma grande emoção
Ganhando ou não, apertamos nossas mãos
Quando o jogo acaba só rola gozação

Para ser campeão tem que ter coração


Jogando com garra e muita dedicação
Acreditar e nunca desistir
Pois o melhor ainda está por vir

O público no estádio serve para animar


Torcida organizada não para de cantar
Mas infelizmente existe muita confusão
Em um esporte onde todos deviam estar em comunhão

Apesar da rivalidade devemos nos respeitar


Perder ou Ganhar, mas sempre se amar

498
Em comemoração ao Mês do Folclore, a bibliotecária Wingrid preparou uma visitação à
biblioteca para envolver os alunos e apresentou a eles a Literatura de Cordel, tema tão
relevante para a nossa cultura. Como fruto do trabalho, os alunos foram desafiados a fazer um
cordel. Confiram!

Maria Eduarda Chrispim Santana

Todo dia a gente vê


uma notícia triste na TV
A corrupção tá solta por aí
e tem gente nem aí
A desigualdade tá crescendo
e tem gente que não tá vendo

A poluição está aumentando


porque a população não está ajudando
A educação está deficiente
porque algumas pessoas não têm ensino o suficiente
Quando isso vai acabar?
Talvez, só quando o mundo acabar!

499
Trabalhando o gênero textual CONTO PSICOLÓGICO, os alunos foram estimulados a produzir
um texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

Declaração de amor

Mariana Bernarda Soares Lifonso

Mais um dia se iniciava. Eleanor sentiu a preguiça tomar conta de seu


corpo no instante que se levantou da cama. Os olhos pesados denunciavam o
cansaço da moça, que desobedecendo às ordens da mãe, passou a noite em claro,
preparando um discurso muito especial.
Com muita delicadeza e vaidade, a menina fez um lindo penteado, afinal
de contas, queria estar deslumbrante para encantar aquele garoto de sua classe.
Vestiu seu uniforme, calçou seu par de tênis favorito. A empolgação e expectativa
fizeram com que a garota ficasse bastante agitada, andando de um lado para o
outro.
Depois de minutos que mais pareciam horas, ouviu a buzina da Van. Seu
coração acelerou, suas mãos começaram a suar. Pela janela da sala, Eleanor
conseguiu ver seu amado Marcelo dentro do carro. Olhou-se no espelho, checando
sua aparência no espelho pela vigésima vez.
Caminhando em direção à porta, mil lembranças invadiram sua mente. De
repente se viu novamente no jardim de infância, quando se conheceram. Passavam
tardes brincando, que depois de algum tempo se tornaram tardes conversando,
sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Há dois anos ela se sentia diferente em relação
ao seu amigo. Nunca teve coragem de se declarar, mas com o baile de formatura se
aproximando, sentiu que a hora havia chegado...
Subitamente se encontrou em pé dentro da Van. Com passos lentos e
hesitantes, se sentou ao lado dele. Secou as mãos na saia. “Bom dia, Eleanor.” Seu
amigo de longa data a cumprimentou. A menina sentiu as pernas bambas. Após
respirar fundo e tomar coragem, começou: “Preciso te contar uma coisa.” Aos
poucos, tímida, revelou a Marcelo tudo o que sentia.
Depois de terminar de falar, o garoto pegou sua mão. O coração a mil, a
boca seca, Eleanor estava ansiosa para saber sua resposta. “Olha, eu também... T-
também gosto muito de você. Mas não dessa maneira.” Ele a olhou com pena. “Pra

500
ser totalmente sincero, eu gosto de outra pessoa. Você entende, né? Não fica brava
comigo.”
A Van estacionou: haviam chegado à escola. Sentindo pequenas agulhas
atravessarem seu coração e os olhos cheios d’água, Eleanor correu para fora do
carro, pensando em como se arrependia de ter feito aquela declaração de amor.

501
Trabalhando o gênero textual CONTO SOCIAL, os alunos foram estimulados a produzir um
texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

Avó de consideração

Mariana Bernarda Soares Lifonso

Entrei em casa. Meus avós estavam no sofá, assistindo ao noticiário. Não


tinha nenhuma roupa jogada no corredor, então presumi que meu irmão ainda não
havia chegado da faculdade.
Depois de um dia cansativo de estudo e trabalho, tudo que eu precisava
era de um bom banho e alguma coisa para comer. Após ter realizado essas tarefas,
subi para meu quarto. Antes de me deitar, ainda restava fazer o dever de casa, o
que me aborreceu um pouco.
Com preguiça, abri o caderno de português. O último registro era uma
atividade que pedia que eu fizesse uma redação sobre minha infância. Assim que li
o enunciado, senti um aperto no peito. Olhei para a foto que pousava sobre o criado-
mudo; nela, eu e meu irmão estávamos em frente ao orfanato em que fomos
adotados. Apoiei a cabeça no braço e fechei os olhos, sentindo o cansaço tomar
conta de mim e o sono me embalando.
De súbito, reencontrei aquele menino da foto. Na porta de um
supermercado, ele e seu irmão tremiam de frio. A pouca comida já tinha se esgotado
e ele não conseguia dormir. O mais triste era saber que assim que seus pais
voltassem de onde-quer-que-eles-estavam, o menino e seu irmão mais velho teriam
que sair novamente para fazer o trabalho sujo.
Dito e feito. Meio inconsciente, sua mãe apareceu logo em seguida de
seu pai, que mal conseguia se manter em pé. Ainda assim, estavam melhores do
que da última vez... Com o hálito fedendo a água-ardente, seu pai se aproximou e
disse ao pé do ouvido do menino: “Aquela velha, virando a esquina... É fácil. Vai lá,
anda!”.
Ainda tremendo de frio, o menino se levantou e caminhou até a idosa que
carregava consigo apenas uma bolsa de couro vermelha. Ele não queria fazer isso,
sabia que errado.
Estava muito cedo, o Sol ainda estava nascendo. Apenas ele e a senhora
caminhavam na rua. Sem entender a aproximação, ela segurou a bolsa com firmeza.

502
Com a mão suando, o garoto pegou uma faca que estava escondida dentro do short.
Apontou a faca para a mulher, que escancarou a boca, em espanto...
De repente, me vi novamente em meu quarto. Limpei a saliva que
escorria da minha boca até meu braço, o que me fez perceber que tudo não tinha
passado de um sonho – ou pesadelo.
Saí do cômodo, ainda um pouco atordoado, e fui em direção ao quarto da
minha avó. Perto da porta, a mesma bolsa de couro vermelha estava pendurada.
Atrás de mim, minha avó apareceu. “Boa noite, Daniel.”, ela disse. “Boa noite, vó. Te
amo.”

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Trabalhando o gênero textual CONTO SOCIAL, os alunos foram estimulados a produzir um
texto de tema livre, respeitando as características do gênero.

O imprevisto problema

Michel Habib Prata Abi Habib

Aqui estava eu, muito feliz que ia ter meu primeiro dia de aula, vivia em
uma cidade onde não tinha escola pública, então ia ficar em uma escola muito boa.
Mas, de repente, meu pai perdeu o emprego e levou uma multa muito
alta. Ele conseguiu pagar a multa, mas perdeu muito dinheiro, e fiquei muito triste
por não poder entrar mais em uma escola, e também nós perdemos a casa.
Começamos a ficar vendendo doces na calçada da avenida.
Três dias depois, minha mãe começou a ter o vírus “H1N1”, e essa
doença a matou. Depois disso, eu me revoltei com o papai, ao mesmo tempo eu
fiquei triste e furioso. Falei que nada disso teria acontecido se ele tivesse trabalhado
direito para não ser demitido, ele respondeu falando que eu não faço ideia do quanto
ele tenta para fazer o melhor pela minha vida, e depois falei que ele não sabe de
nada para o melhor da minha vida por ter doze anos inteiros passados sem entrar na
escola.
Em seguida eu saí correndo escondido em direção ao metrô, fiquei no
capô dele e cheguei até em uma outra cidade. Lá eu achei uns meninos na rua
vendendo doces, e isso virou meu hobbie.
O meu pai seguiu meus rastros e descobriu o lugar que eu estou, me
chamou de volta para casa, conseguiu um emprego novo, mas eu recusei o pedido
dele, porque eu preferi ficar vendendo doces, para não lembrar do que tinha
acontecido com a mamãe.

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Em comemoração ao Mês do Folclore, a bibliotecária Wingrid preparou uma visitação à
biblioteca para envolver os alunos e apresentou a eles a Literatura de Cordel, tema tão
relevante para a nossa cultura. Como fruto do trabalho, os alunos foram desafiados a fazer um
cordel. Confiram!

Elementos da natureza

Michel Habib Prata Abi Habib

Elementos da natureza,
Componentes da firmeza.
Amor da realeza,
Paixão da beleza.

O fogo é muito quente,


E ao mesmo tempo fervente.
Chamas chegam fortemente,
Previsto do Vidente.

A água terá presença,


Para a nossa sobrevivência.
Se ela terá ausência,
Tem tragédias de evidência.

A terra está crescendo,


Com as plantas correspondendo.
Com o tempo ficam cheirosas,
Nas naturezas amorosas.

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Em comemoração ao Mês do Folclore, a bibliotecária Wingrid preparou uma visitação à
biblioteca para envolver os alunos e apresentou a eles a Literatura de Cordel, tema tão
relevante para a nossa cultura. Como fruto do trabalho, os alunos foram desafiados a fazer um
cordel. Confiram!

Minha Terra

Paulo Antonio Neves Sarmento

Em minha terra, no meu Brasil,


Por estes tempos, ando febril,
Pensando em política e deturpação,
Além da falta de educação,
E a dominância da corrupção,
Nas escolas, alienação.

Nas ruas, fome e depravação,


Nas casas, crianças sem dedicação,
Sem noção de aprovação,
Apenas buscando uma motivação,
Para continuar a venerar,
Um Deus que não sabem onde encontrar.

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Texto produzido a partir do tema OS RISCOS DE COMPARTILHAR MENTIRAS E BOATOS NA
INTERNET.

Compartilhando e destruindo

Vitoria Woelffel Ferreira

O botão de “compartilhar” é sempre apertado sem ao menos pensar uma


vez e às vezes nem sabemos o porquê que compartilhamos certas postagens.
As “breaking news” são na maior parte das vezes notícias sobre fofoca da
vida dos outros e polêmicas que podem manchar o nome de empresa, pessoas e
grupos. Quando são compartilhadas informações que não se sabe a fonte ou se é
verdadeira, contribui-se para a propagação de algo que pode vir a ser o motivo da
falência de uma empresa ou destruição da vida de alguém.
Existem inúmeras histórias de pessoas que entraram em depressão ou
cometeram suicídio por causa de um boato que acabou se espalhando na internet e
grande parte das pessoas compartilharam a notícia por ser engraçado ou chocante.
Além disso, a propagação de algo não verdadeiro e o compartilhamento
de notícias falsas podem ser denunciados e podem trazer prejuízo a quem o fez.
Devemos pensar duas vezes antes de compartilhar alguma postagem e
procurar sempre saber de onde vieram informações suspeitas e virais.

507
Trabalhando o gênero textual CRÔNICA, os alunos foram estimulados a produzir um texto no
qual fosse discutido algum padrão social, respeitando as características do gênero.

Menina ou menino?

Vitoria Woelffel Ferreira

Um dia meu irmão de cinco anos estava fazendo a tarefa da escola, e ele
precisava traçar uma linha colorida, da cor de preferência. Eu falei para fazer com a
cor roxa, porque ia ficar muito bonito, mas ele disse que ia fazer de verde porque era
“cor de menino”. Eu fiquei pensando no que ele disse e me indignei em ver como as
pessoas associam cores, esportes e atividades a um gênero específico.
Os estereótipos são rótulos, expectativas que temos sobre um
determinado grupo. Eles estão ligados diretamente ao preconceito que ocorre
quando alguém foge de um certo padrão criado pela sociedade, fazendo o que é
melhor para si.
O estereótipo de gênero são as expectativas que temos quando
pensamos em homens e mulheres. As características de uma pessoa corajosa, bem-
sucedida, moderna e forte são atribuídas aos homens, enquanto as de uma pessoa
vulnerável, vaidosa, romântica, sensual e delicada são atribuídas às mulheres. Isso
cria uma insegurança, principalmente nas mulheres, quando não conseguem
atender a essas expectativas.
Comecei a perceber que os exemplos de estereótipos de gênero estão
em todo lugar, como nas placas que indicam que o banheiro é feminino, na qual a
maioria das vezes há uma boneca, rosa ou vermelha, de vestido. Ou também
quando conhecemos algum menino que dança ballet, que muitas vezes é alvo de
chacota, sendo que é uma dança clássica que pode ser executada por qualquer um.
Os brinquedos feitos para o público infantil masculino são sempre de
construções, bonecos que atiram, carrinhos e monstros, enquanto os das meninas
são bonecas para cuidar, trocar roupa e fralda e até louça de brinquedo para lavar.
Isso acontece por causa da cultura e educação que, desde sempre, nos
induz a associar, por exemplo, a cor rosa às garotas e azul aos meninos. Esses
estereótipos só serão banidos da sociedade quando as gerações futuras pararem de
diferenciar tanto os homens das mulheres, que, por mais que tenham diferenças
físicas e biológicas, são seres humanos intelectualmente iguais.

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Texto produzido a partir do tema VIVER EM REDE NO SÉCULO XXI: O LIMITE ENTRE O
PÚBLICO E O PRIVADO

O poder de uma publicação

Vitoria Woelffel Ferreira

Inúmeras pessoas vivem em função das redes sociais e dependem delas


o tempo todo. Figuras influentes, artistas, blogueiros e jornalistas são exemplos de
quem usa as mídias para compartilhar ideias, dar informações e fornecer
entretenimento.
Atualmente somos bilhões de pessoas conectadas a todo momento, e
não fazer parte do universo virtual social é praticamente estar desatualizado do que
ocorre no mundo. Por esse motivo, deve-se ter cautela no uso das mídias sociais,
uma vez que não se tem o controle do que já foi postado, compartilhado ou enviado.
O que ocorre com muitos internautas é a exposição exagerada de sua
vida pessoal nas redes, de modo a prejudicar a si mesmo, quando é postado algo
que desqualifica a pessoa de um emprego ou compromete sua carreira.
Pior que a autoexposição na internet é expor imagens e assuntos
pessoais de outra pessoa, denegrindo seu nome e podendo destruir a carreira de
alguém. Isso acontece bastante com figuras renomadas, que são alvo de mentiras e
invasão de privacidade, assim como também há influentes que usam seu poder nas
redes sociais para manchar a imagem de alguém, ou de uma empresa pensando em
si mesmo.
Visto os perigos do mau uso dos meios de comunicação virtual, é
primordial que as pessoas tenham o bom senso na hora de postar e compartilhar
informações, bem como a consciência do poder e influência que tais informações
têm.

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Texto produzido a partir do tema PRECONCEITO: CAUSAS E EFEITOS

Os preconceitos na sociedade atual

Alícia Resende Teodoro

O preconceito é uma forma de agressão verbal ou até mesmo física,


contra um grupo social. Atualmente existem diversos tipos de preconceitos:
preconceito racial, xenofobia, homofobia e outros. As causas desses preconceitos
dependem do seu significado e muitas vezes de outros contextos como o histórico e
o geográfico.
O preconceito racial é a discriminação contra etnias diferentes da branca
como índios, negros e asiáticos. No Brasil o mais presente é contra os negros, o
racismo. O racismo surge no começo da nossa história colonial onde o pensamento
popular idealizava o negro como sub-humano, inferior e destinado a ser escravizado.
Com o fim da escravidão o racismo foi diminuindo e hoje é um crime inafiançável,
mas ainda a pessoas que praticam muitas vezes veladamente .
Xenofobia é o preconceito contra outras culturas. No Brasil esse
preconceito é dirigido aos nordestinos que são tachados como burros e preguiçosos.
Se engana quem acha que que esse tipo de preconceito só acontece em território
brasileiro, nós brasileiros sofremos esse tipo de discriminação quando vamos a
outros países por causa do nosso famoso “jeitinho brasileiro”.
A homofobia é o preconceito contra o grupo LGBT formado em sua
maioria por homossexuais que são discriminados por sua orientação sexual .
O preconceito separa a sociedade e a desuni, para combater esse
problema devemos nos unir e conscientizar as pessoas de que agir dessa forma é
errado e que todos os grupos merecem respeito e espaço na sociedade.

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Texto produzido a partir do tema A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO FEMINISTA NA LUTA
PELOS DIREITOS DA MULHER

O feminismo e os direitos das mulheres

Ana Beatriz Chrispim Santana

O movimento feminista deu-se origem na década de 60 e se divide em


várias vertentes, tais como o feminismo negro e o LGBT. Ele tem como principal
objetivo a igualdade entre os gêneros, incentivando, principalmente, as mulheres a
lutarem a favor da igualdade salarial, dos direitos trabalhistas, orientação sexual,
representatividade, contra o assédio, e muitos outros direitos.
Desde os anos 2000, diversos movimentos feministas vêm ganhando
mais adeptos e, consequentemente, força como o “Ní una a menos” na América
Latina e a “Marcha das Mulheres” nos EUA. Cada vez mais, o feminismo suporta,
fortalece e influencia milhares de mulheres e jovens a deporem contra o assédio e o
estupro. Com a popularização do movimento, a vida de milhares de mulheres pode
ser salva das agressões e dos feminicídios, graças ao aumento do número de
ocorrências, conseguindo diminuir o número de vítimas.
Outro fator incentivado pelo feminismo foi a luta da mulher para ocupar o
seu espaço de fala e de atuação, como no setor político e econômico (mesmo que
ainda seja um espaço pequeno) e na mídia, incentivando mais mulheres a terem o
poder de fala, exercendo profissões que antes “não eram para mulheres”, e exigindo
a mesma quantia salarial.
Para que o feminismo ganhe mais popularidade e ajude nos direitos das
mulheres é necessário que mais pessoas se juntem ao movimento, tanto homens
quanto mulheres; mais empresas e órgãos públicos devem incentivar os
movimentos; e é, de extrema importância, que haja a conscientização de que a
mulher tem tantos direitos quanto qualquer um. E assim construiremos uma
sociedade mais justa para todos os gêneros.

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Texto produzido a partir do tema AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA NO BRASIL

Aumento da expectativa de vida

Ana Beatriz Chrispim Santana

Atualmente, a expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando ao


longo dos anos. Muitas vezes, isso é devido à melhoria da educação, pois hoje
muitas pessoas adquirem um maior conhecimento sobre a saúde, desenvolvimento
tecnológico, avanços de novas pesquisas, que são algumas das coisas
fundamentais para o aumento da expectativa de vida, além do desenvolvimento da
saúde, como a construção de hospitais, desenvolvimento de novas vacina, etc.
Porém, mesmo com esse avanço, muitas pessoas não possuem acesso a
um centro de saúde pública de qualidade, então diversas acabam morrendo em filas
de hospitais por não haver médicos, remédios, vacinas e infraestrutura suficientes.
Além disso, há muitas pessoas que nem conseguem chegar aos hospitais, postos de
saúde e outros órgãos.
Por isso, o Estado deveria melhorar o acesso à saúde, construindo mais
postos, empregando mais médicos, desenvolvendo novas tecnologias e não
desviando o dinheiro destinado à saúde. Dessa forma, aumentaríamos a expectativa
de vida do nosso país.

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Texto produzido a partir do tema ALCOOLISMO ENTRE JOVENS: QUANDO A DIVERSÃO PODE
TORNAR-SE UM CASO DE SAÚDE PÚBLICA.

Diversão ou vício?

Beatriz Carvalho Brasil

O alcoolismo sempre esteve presente em todas as culturas, e nunca foi


devidamente combatido. Levando-o às mais novas gerações que, precocemente,
desenvolvem vínculos com o mesmo, aumentando suas chances de desenvolverem
vício ou doenças relacionadas ao álcool; tornando-se um caso de saúde pública.
Segundo um levantamento realizado pela Secretaria Nacional Antidrogas
em 2007, quanto mais cedo um indivíduo começa a beber, maior é sua propensão
para desenvolvimento de vício; o que futuramente levaria a uma população maior de
alcoólatras em um país que não possui infraestrutura suficiente para tratá-los.
A introdução do álcool na vida do jovem acontece por meio de amigos
que o oferecem apenas por lazer, e o adolescente, receoso de ser socialmente
excluído, aceita, desconsiderando as consequências acarretadas por esse
imprudente ato.
Grande parte desses jovens que consomem álcool apenas para se
mostrar diante de amigos desenvolvem gosto pela bebida e, ajudados por
vendedores que desprezam a lei e colocam o lucro em primeiro lugar, apresentam
para outros amigos, criando um círculo que só termina com intervenção, seja ela
paterna ou do estado.
O consumo de bebidas alcoólicas entre menores de 18 anos é um hábito
cada vez mais preocupante e deve ser combatido com mais rigidez por parte dos
pais, de fiscalizações, implantação e cumprimento de sentenças. É também
necessária a prevenção desse mal por meio de programas educacionais para que,
em um futuro próximo, vidas de milhares de jovens não sejam destruídas por esse
terrível vício.

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Texto produzido a partir do tema AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA NO BRASIL.

Beatriz Carvalho Brasil

Desde a década de 1950, a expectativa de vida dos brasileiros vem


aumentando, devido aos grandes avanços na saúde e na ciência. Entretanto, esse
aumento faz com que o número de idosos, em um futuro próximo, supere o número
de adultos, podendo, assim, ocasionar déficits e diminuição do IDH.
Um estudo realizado pelo IBGE mostrou que até 2030 a PEA (população
economicamente ativa) brasileira será superada pela PEI (população
economicamente inativa). Como grande parte da renda brasileira é atribuída por
adultos, esse aumento poderá gerar sérios riscos ao país, se não forem bem
administrados.
O aumento no número de idosos exige do estado maiores investimentos
na área da saúde e acessibilidade, principalmente em Santa Catarina, Distrito
Federal e São Paulo, onde esse número é maior.
No atual Brasil, onde os gastos com as áreas da saúde e acessibilidade
são insuficientes, a situação tende a piorar, uma vez que o número de contribuintes
de impostos diminui e a necessidade aumenta.
Embora o aumento na expectativa de vida dos brasileiros seja benéfico,
existe um lado negativo que pode alterar o caminho que do Brasil; caso não haja
mudanças na distribuição dos recursos arrecadados e nos excessivos gastos.
Somente desse modo a boa qualidade de vida de nossos futuros idosos poderá ser
assegurada.

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Texto produzido a partir do tema A IMPORTÂNCIA DE LIMITES NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS
E ADOLESCENTES.

A imposição de limites na educação de jovens

Beatriz Pessoa Alves de Mello

A juventude contemporânea tem se tornado cada vez mais livre para fazer
o que quiser, mesmo que não seja adequado ou até mesmo saudável. Mesmo com
tantos casos aterrorizantes de jovens rebeldes que agem de formas inacreditáveis
para conseguir o que querem ou por simples teimosia, os responsáveis ou parentes
não parecem se preocupar em estabelecer limites na educação de suas crianças e
adolescentes, e a ausência deste pode causar várias consequências não só no
futuro dos pequenos, mas no resto da família.
A imposição de limites tem uma importância notável, principalmente nesta
fase da vida. Se uma criança é educada com esses valores, ela está preparada para
o exercício da cidadania, ou seja, vai começar a entender a necessidade de se
respeitar, respeitar os outros e as regras, e é na família que se inicia essa
construção.
Segundo o curador do evento da Globo sobre saúde e bem-estar, Cláudio
Domênico, a educação sem limites cria sociopatas e jovens com problemas de
relacionamento social. Dizer não aos filhos é difícil, mas dizer sim o tempo todo pode
transformar a criança mimada em um adulto sem autonomia, eternamente
dependente dos pais.
Em conclusão, estamos passando por uma crise de valores em que
faltam bons exemplos por parte dos parentes, e também coragem. A intervenção
mais eficaz seria a ida de futuros pais a um especialista, que evidencie a importância
de impor limites, proponham e recomendem, além de encorajar a realizar diferentes
métodos de serem restritos em algumas situações cruciais do desenvolvimento dos
jovens.

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Texto produzido a partir do tema DESAFIOS PARA O TRATAMENTO DE DEPENDENTES
QUÍMICOS NO BRASIL

Desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil

Beatriz Pessoa Alves de Mello

O Brasil está enfrentando atualmente um crescimento no número de


dependentes químicos, situação que precisa ser enfrentada o quanto antes. Embora
o Governo já tenha apresentado diversas propostas de combate a essa condição, os
números simplesmente não param de crescer e o melhor caminho a ser tomado é o
tratamento de usuários já existentes, porém existem desafios a serem ultrapassados
para que essa alternativa dê efetivamente certo.
Uma das principais dificuldades encontradas no país é a falta de
disposição do próprio dependente químico de abandonar a droga, de forma que ele
ignora os efeitos negativos causados pelo uso da mesma, então muitos não aceitam
a ajuda oferecida ou desistem depois de um tempo.
Outro desafio a ser considerado é ainda a falta de fiscalização em
comunidades, moradores de rua ou até lugares de classe média para alta. Isso
ocasiona o aumento de usuários de determinada droga, e a falta de conhecimento
da origem dessa gera ainda mais dificuldade no tratamento.
Em conclusão, para solucionar os problemas citados anteriormente, é
necessário que se usufrua mais das comunidades terapêuticas, não só para os
cuidados serem mais efetivos, mas para o aumento da fiscalização. Não apenas
isso, esses órgãos e movimentos precisam dar mais importância à explicação e
esclarecimento ao usuário sobre as consequências do uso impulsivo de drogas,
para, assim, ganhar a boa vontade do dependente químico.

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Texto produzido a partir do tema ALTERNATIVAS PARA REDUZIR O ANALFABETISMO
FUNCIONAL NO BRASIL

Os possíveis caminhos para reduzir o analfabetismo funcional no Brasil

Beatriz Pessoa Alves de Mello

O Brasil contemporâneo tem apresentado altos índices de analfabetismo


dos mais diversos tipos, porém o de maior destaque é o funcional. A caracterização
dos indivíduos que se encaixam nessa categoria é a absoluta dificuldade em
interpretação de texto, mesmo com diploma de determinado nível de escolaridade
ou até com a capacidade de ler e escrever. Isso é um fator social que prejudica não
só os níveis de educação do país, mas como o futuro profissional do cidadão, muitas
vezes sem culpa. Por isso, é essencial a elaboração de alternativas para reduzir
essa condição no Brasil.
Uma das razões do número de analfabetos funcionais ser tão alto é a
precariedade do sistema de ensino, principalmente público, no país. Segundo a lei
de n˚ 9.394, aprovada pela secretaria de Estado da Educação, é proibida a
reprovação de um aluno no ensino público, fazendo com que a criança ou
adolescente siga em diante com seu conhecimento, muitas vezes sem estar apto
para fazer tal desenvolvimento intectual. A alternativa mais eficaz nesse caso seria
não só a revisão da lei previamente citada, mas a criação de campanhas que
conscientizem tanto os jovens quanto o Estado e a coordenação de escolas do quão
importante é a formação individual no sentido perceptivo.
Outro fator determinante para esse problema ser tão presente é a
disposição dos alunos, que são pobres em sua maioria e não conseguem
acompanhar o ritmo escolar, seja por condições financeiras precárias, que causam
fome e cansaço ou até por problemas mentais. Apesar de já existirem movimentos
do governo especializados em ajudar estudantes a terem o desenvolvimento
intelectual recomendado, tais como o AEE (Atendimento Educacional Especializado)
e o PDI (Plano de Desenvolvimento Intelectual) , eles não parecem influenciar no
aprendizado de forma alguma nas massas. Por isso, o melhor caminho a ser tomado
seria a reformulação desses programas, de forma que consiga atender e ter um
impacto positivo na educação como um todo, e a preocupação por parte da escola
de encaixar o aluno no contexto escolar apropriado.

519
Em conclusão, embora o número de analfabetos funcionais tenha
diminuído no Brasil nos últimos anos, ele ainda é um problema que atinge até
mesmo estudantes que frequentam o ensino superior. Desenvolver métodos que
priorizem o melhoramento no raciocínio individual é fundamental para que esse
obstáculo seja superado, e para isso é inquestionável a importância do trabalho em
conjunto entre pais, professores e alunos, tendo em vista que é uma prática que não
envolve apenas a leitura tecnicista de textos, mas também o desenvolvimento da
criticidade, ajudando a formar um cidadão civilizado e culto.

520
Texto produzido a partir do tema A SOCIEDADE DO CONSUMO.

Fernanda Lima Lavarine de Souza

É facilmente notado que, especialmente nos dias atuais, a maioria das


pessoas valoriza exacerbadamente bens materiais, comparando-se com a
importância dada a elementos como a saúde mental e a paz individual, que não seja
proporcionada superficialmente pela aquisição de novos produtos.
Muitas vezes acabamos comprando ou acumulando coisas que não são
necessárias e depositando nelas toda a nossa felicidade e valores, o que pode
causar sentimentos que inicialmente nem percebemos, como a sensação de vazio
interior, ou até mesmo desencadear algumas doenças, como a depressão.
A partir do momento que escolhemos viver com menos, nos livramos de
uma forte pressão do mundo capitalista, temos menos preocupações, e o mais
importante: passamos a ter tempo e espaço para "olhar" para dentro de nós,
percebendo nossas necessidades e avaliando nossas atitudes.
Desapegar de bens materiais não é um processo fácil. Por isso, é preciso
que as pessoas invistam em uma maior conscientização e busquem mais
informações sobre, combatendo essa visão estritamente capitalista e fortemente
implantada pela mídia e pelo governo, para que possamos viver em uma sociedade
melhor e mais tranquila, com menos materiais e mais valores.

521
Texto produzido a partir do tema DESAFIOS PARA O TRATAMENTO DE DEPENDENTES
QUÍMICOS NO BRASIL

Desafios para o tratamento de dependentes químicos no Brasil

Fernanda Lima Lavarine de Souza

A cada dia, o consumo de drogas e a dependência química se torna algo


maior e mais comum no Brasil. Esse problema, especialmente nos dias atuais,
envolve pessoas de todas as classes sociais e idades. Isso se dá pela
desvalorização de entidades governamentais na causa, além de estereótipos e
ilusão sobre o efeito prazeroso que substâncias químicas trazem para os usuários.
Esse problema tem consequências como o aumento de assaltos e de moradores de
rua.
O controle dessa situação é um processo muito difícil, pois faltam
recursos financeiros dedicados ao tratamento de viciados, considerando que a
maioria de clínicas especializadas são particulares, e a camada mais afetada é a de
pobres. Também é importante lembrar que alguns dependentes não aceitam o
tratamento, preferindo permanecer na vida que levam.
Algumas pessoas acreditam que a legalização de drogas é a melhor
solução, mas esse é um assunto diretamente ligado à educação. Por isso é
necessário que haja campanhas e informação eficiente para jovens na escola, além
de acompanhamento profissional e gratuito nos primeiros sintomas de dependência,
e aí sim, com a situação mais controlada ou amena, poderemos considerar algo
como a legalização uma boa saída.

522
Texto produzido a partir do tema ÓDIO E POLARIZAÇÃO NA POLÍTICA

A consequência da polarização do ódio na internet para as minorias

Maria Eduarda Guimarães Carvalho

As redes sociais são veículos cibernéticos, que proporcionam o acesso


fácil ao conhecimento por haver uma constante troca de ideias, de pessoas,
realidades e pontos de vista diferentes. Ela também propicia a todos um lugar de
fala, para expressão e ativismo. É um espaço em que minorias, muitas vezes
excluídas dos espaços de debate fora da internet, encontram seu lugar de lutar e
denunciar as desigualdades.
Por isso, a internet trouxe voz e hoje é considerada um grande
instrumento político, pois é por onde a sociedade encontrou meios de inclusão de
suas ideias no cenário político brasileiro.
Porém, isso causou um fenômeno que toma conta das redes sociais
atualmente: A polarização política e do ódio. Ela é resultado da liberdade que a
internet proporciona aos usuários. A capacidade do anonimato esconde a pessoa
atrás do seu discurso postado, dando segurança ao indivíduo que poderá se
pronunciar sem consequências.
Isso causou uma onda de ataques àqueles que denunciavam as
desigualdades, dividindo os que lutam por seus direitos dos que o negam para a
minoria. É o ódio escondido atrás do anonimato que causa a polarização, é a
coragem de ferir a liberdade do outro.
Por isso, medidas devem ser tomadas para a resolução deste impasse. A
polícia cibernética juntamente com o controle de dados dos maiores veículos sociais
deve proibir o uso de contas falsas e a publicação de posts anônimos, a fim de que o
responsável seja punido. Além disso, deve-se ensinar nas escolas o respeito com a
diferença do outro, frisando também a leitura da Declaração Universal dos Direitos
Humanos para que todos tenham discernimento em não violar a liberdade individual
e os direitos do próximo.

523
Texto produzido a partir do tema SAÚDE x EXPECTATIVA DE VIDA.

Direito à saúde afeta a expectativa de vida?

Maria Eduarda Guimarães Carvalho

O Brasil é um país geograficamente classificado como transitório, ou seja,


entre as zonas desenvolvida e subdesenvolvida. Para classificar a zona de um país
é necessário saber a expectativa de vida e a taxa de mortalidade, e com elas aliviar
o nível de desempenho no desenvolvimento do país.
De acordo com o IBGE, a expectativa de vida aumentou
significativamente de 2013 para 2014, indicando que o Brasil está perto de entrar na
zona desenvolvida. Isso se deve muito à questão da saúde. Hospitais particulares
estão mais bem equipados e médicos mais preparados para frear possíveis
doenças.
Mas, e a saúde pública? É uma área na qual se investe pouco, e os que
mais sofrem com isso são os pobres, que não têm condição de pagar uma consulta
médica ou um plano de saúde. Portanto podemos afirmar que a expectativa de vida
só é alta para aqueles que têm privilégios, comprovado até estatisticamente: Os
estados brasileiros mais pobres são os que detêm a menor expectativa de vida,
refletindo que a alta desigualdade social no Brasil afeta drasticamente a saúde do
povo.
Contudo, para que se resolva o problema, o Estado deve adotar medidas
emergenciais para que a saúde pública seja investida da mesma maneira que a
particular, para que assim os direitos se igualem e que se diminua a desigualdade,
como previsto na Constituição.

524
Texto produzido a partir do tema IMPACTOS DA REFORMA BRASILEIRA DO ENSINO MÉDIO

Riscos da Reforma do Ensino Médio

Maria Eduarda Guimarães Carvalho

A medida provisória da Reforma do Ensino Médio foi aprovada às pressas


sem apoio popular em 2017, e é uma alternativa do Governo de solucionar os
problemas da grade do Ensino Médio.
Porém, ao contrário de ajudar, trouxe novos problemas que prejudicam
um pensamento crítico e diminui a vontade do estudante de adquirir um Ensino
Superior. Uma ferramenta de tornar a sociedade uma massa de manobra, facilitando
a manipulação. Mas como? O estudante terá um currículo base de quatro matérias,
Português, Matemática, Inglês e Educação Física, podendo assim escolher apenas
outra área para estudar durante o Ensino Médio. Com isso, diminui seu
conhecimento em outras áreas igualmente essenciais.
Um estudante que escolhe a área de exatas, por exemplo, desenvolverá
pouco pensamento crítico e capacidade de argumentação sem as matérias de
humanas.
Outro problema alarmante será a obrigatoriedade do Curso Técnico. À
primeira vista, parece uma boa ideia, já que o estudante sairá com formação para
trabalhar, porém, isso fará com que o Ensino Superior seja desprezado por parte
dos alunos, por já terem com o que trabalhar. É preocupante pois o trabalho braçal
se tornará mais valorizado e a formação acadêmica desvalorizada. Novamente um
artifício de controle e manipulação, pois quem trabalha obedece e está servindo ao
governo, e quem pensa se rebela contra as injustiças e não é manipulado.
Para que os impasses sejam solucionados, é preciso que uma medida de
Reforma do Ensino Médio seja discutida com a população (alunos e professores),
pois é de conhecimento que é necessária uma mudança no Ensino Médio, de uma
forma diferente do que já é imposto.

525
Texto produzido a partir do tema AUMENTO DA EXPECTATIVA DE VIDA NO BRASIL.

Direito à saúde afeta a expectativa de vida?

Maria Eduarda Guimarães Carvalho

O Brasil é um país geograficamente classificado como transitório, ou seja,


entre as zonas desenvolvida e subdesenvolvida. Para classificar a zona de um país,
é necessário saber a expectativa de vida e a taxa de mortalidade e, com elas, avaliar
o nível de desempenho no desenvolvimento do país.
De acordo com o IBGE, a expectativa de vida aumentou
significativamente de 2013 para 2014, indicando que o Brasil está perto de entrar na
zona desenvolvida. Isso se deve muito à questão da saúde. Hospitais particulares
estão mais bem equipados e médicos mais preparados para frear possíveis
doenças.
Mas... e a saúde pública? É uma área na qual se investe pouco, e os que
mais sofrem com isso são os pobres, que não têm condição de pagar uma consulta
médica ou um plano de saúde. Portanto podemos afirmar que a expectativa de vida
só é alta para aqueles que têm privilégios, comprovado até estatisticamente: os
estados brasileiros mais pobres são os que detêm a menor expectativa de vida,
refletindo que a alta desigualdade social no Brasil afeta drasticamente a saúde do
povo.
Para que se resolva o problema, o Estado deve adotar medidas
emergenciais para que a saúde pública receba investimentos da mesma maneira
que a particular, para que, assim, os direitos se igualem e que se diminua a
desigualdade, como previsto na Constituição.

526
Texto produzido a partir do tema DESAFIOS PARA O TRATAMENTO DE DEPENDENTES
QUÍMICOS NO BRASIL.

Natália de Castro Oliveira

Nos últimos anos, o Brasil tem sofrido com o aumento de dependentes


químicos. O fato de tais drogas químicas serem ilícitas gera um gasto grande que o
país não tem condições de pagar.
Com o número de usuários subindo, é notável que algo deve ser feito
para reverter a situação. A polícia militar tem iniciativas como o PROERD, que
ajudam no combate às drogas, porém são pouco eficazes, uma vez que este é
realizado apenas com crianças.
Um desafio que o governo enfrenta é a falta de verba para suprir os
gastos de detentos, muitas vezes presos por serem usuários de drogas. Além disso,
por causa de substâncias ,como a nicotina, sem o tratamento certo, muitas vezes o
indivíduo não consegue parar de usar drogas.
Para resolver o impasse seria interessante que o governo fizesse uma
campanha publicitária mostrando os efeitos do consumo prolongado das drogas.
Também seria uma alternativa, a realização de um PROERD com os adolescentes.

527
Texto produzido a partir do tema A IMPORTÂNCIA DO MOVIMENTO FEMINISTA NA LUTA
PELOS DIREITOS DA MULHER.

O movimento feminista

Natália de Castro Oliveira

Na sociedade atual, a mulher vem ganhando mais destaque e


conquistando mais direitos, graças ao movimento feminista. Esse luta pela igualdade
de gênero e pelos direitos da parcela feminina da sociedade.
Em um país em que a cada 90 minutos uma mulher é assassinada, de
acordo com o IPEA, o movimento feminista é de grande importância. Foi graças a
esse movimento que houve a criação do Conselho Nacional dos Direitos das
Mulheres, que tem como objetivo principal eliminar a discriminação e aumentar a
participação feminina nas atividades políticas, econômicas e culturais.
Apesar de terem atingido grandes avanços, a mulher brasileira ainda
ganha em média 30% a menos que os homens ao exercerem um mesmo cargo.
Além disso, estão constantemente expostas ao assédio sexual, cometido por
homens nas várias esferas sociais.
São esses fatores citados anteriormente que mostram a importância do
movimento feminista para a consolidação de seus direitos. É com a união de
mulheres, reivindicando seus direitos, que medidas podem ser tomadas para a
tentativa de uma vida em uma sociedade em que homens e mulheres são tratados
de maneiras iguais.

528
Texto produzido a partir do tema A IMPORTÂNCIA DE LIMITES NA EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS
E ADOLESCENTES.

Natália de Castro Oliveira

Em comparação com as gerações passadas, na qual as crianças eram


tratadas como miniadultos, a educação nos dias de hoje é praticamente sem limites.
Crianças tem sido criada sem a imposição de limites e regras por parte dos
responsáveis. Tudo que os filhos querem, os pais vão rapidamente comprar para
satisfazê-los.
Desse modo eles crescem sem dar valor às coisas, uma vez que tudo é
muito fácil de se obter. Com a falta de limites, muitos jovens acabam também
tratando mal seus familiares e pessoas à sua volta. Observando as ações citadas
anteriormente podemos identificar a importância de limites na educação.
É deixando a criança fazer o que ela quer, não lhe dando tudo o que ela
deseja e mostrando que certas ações estão erradas e têm consequências, que ela
aprenderá lições que serão importantes para o resto de sua vida.
Ter tais limites é importante para que no futuro os jovens consigam viver
em sociedade, respeitando os outros.

529
Texto produzido a partir do tema PRECONCEITO: CAUSAS E EFEITOS.

Preconceito: causas e efeitos

Vitória Guadalupe Filizola Freire

O preconceito é algo que praticamos desde tempos primitivos. É possível


percebê-lo por exemplo quando portugueses escravizavam negros africanos na
época da colonização do Brasil apenas por não enxergá-los como seus
semelhantes.
Essa violência é fruto do medo, juízo pré-concebido e intolerância de
pessoas que desprezam aquilo que julgam como diferente e o resultado disso é a
discriminação. Ela é manifestada por meio da homofobia, da gordofobia, do sexismo
e do preconceito linguístico social, racial e religioso.
Os efeitos que essas práticas intolerantes causam são o aumento da
violência pois a maneira de discriminar geralmente é a agressão verbal e física
contra pessoas que se encaixem aos grupos citados anteriormente. Muitas doenças
psíquicas se tornam presentes quando o indivíduo é vítima de um preconceito pois
ele gera um sentimento de anomia em relação a sociedade. Também ocasiona a
fragmentação da sociedade por conta de pessoas que são consideradas diferentes
se isolarem dessa por repressão das outras.
Essa prática de violência deve acabar pois ela machuca muitas pessoas.
Temos de nos importar e cuidar uns dos outros. Para isso devem ensinar nas
escolas que não devemos praticar a exclusão de nenhum indivíduo, campanhas que
divulguem isso devem ser criadas e o mais importante é cada um se conscientizar
de que somos diferentes e que não há nada de errado nisso. Para um país com
diversas etnias diferentes isso deveria ser algo para se orgulhar e não discriminar.

530
Texto produzido a partir do tema ALCOOLISMO ENTRE JOVENS: QUANDO A DIVERSÃO PODE
TORNAR-SE UM CASO DE SAÚDE PÚBLICA.

Alcoolismo entre jovens

Vitória Guadalupe Filizzola Freire

A geração dos jovens está marcada por vícios e ações precoces. Dentre
estes podemos destacar o uso do álcool. O consumo de bebidas alcoólicas aumenta
cada vez mais. Muitos jovens começam a beber antes dos quinze anos de idade por
acharem que o álcool é inofensivo e esquecem que esse é uma droga. Eles
começam a consumi-lo principalmente em festas, para se divertirem ou por serem
influenciados por amigos. Mas também essa influência pode ocorrer da família, que
não compreende as consequências que o consumo dessa bebida pode trazer na
vida de um jovem. O problema se agrava quando a diversão vira constante,
tornando o adolescente dependente das bebidas alcoólicas.
Os dependentes, na maioria das vezes, param de estudar, não fazem
suas tarefas diárias e não possuem boa convivência familiar por conta do álcool.
Quando estão sóbrios querem sentir o prazer que a bebida proporciona, assim
voltam a consumi-las novamente. Isso se torna sem controle, assim o alcoolismo vira
caso de saúde pública. Muitos jovens são internados em clínicas de reabilitação,
outros têm um fim mais trágico e perdem a vida.
Para que este problema seja solucionado, primeiramente devemos
reconhecer o quão grave ele é e não o tratar como algo banal. O alcoolismo deveria
ser um assunto tratado com mais frequência nas famílias, para que a nossa geração
e a futura saibam como beber com moderação. Outra medida importante é fazer
com que a influência da mídia seja menor, pois muitas propagandas de bebidas
alcoólicas, principalmente cervejas que são as mais divulgadas, podem influenciar
as pessoas a beberem excessivamente. A mídia deveria ser usada para divulgar
mais campanhas sobre o assunto e assim fazer com que o consumo dessas bebidas
seja equilibrado.

531
532
Após a leitura de uma charge em que a personagem Mafalda se incomoda com a incoerência
na postura do pai, os alunos foram estimulados a produzir uma narrativa crítica sobre a
postura das pessoas frentes as dificuldades da vida.

Sozinha

Beatriz Rodrigues Blach

Vivo sozinha nas ruas, sem pai e mãe para me ajudar. O único parente
que tenho é meu irmão mais novo que eu que tive que dar um nome, porque minha
mãe não se importou em dar.
Eles nos abandonaram, falaram que iam voltar e eu, por muito tempo,
esperei a volta deles. Eles eram moradores de rua assim como eu e meu irmão.
Deve ser por isso que nos abandonaram, meus pais sabiam que ia ser difícil
sustentar uma família sendo pobres e, nos abandonando, seria menos espaços para
dividir e mais comida para se alimentar.
Fomos expulsos da nossa “casa antiga”, se é que pode chamar aquilo de
lar. Andei muito procurando outro lugar e até tive que carregar meu irmão nas costas
porque suas pernas finas e pequenas não aguentavam mais caminhar.
Passei a viver perto do estádio Mineirão, como sempre tinha jogo lá, eu
esperava que as pessoas que passassem perto me ajudassem com algum dinheiro.
Passava e passava gente e nenhuma pessoa olhava para mim e, se olhavam, o seu
rosto era cheio de repugnância. Poucos tiveram compaixão em me dar algumas
moedas. Todos estavam preocupados demais como o jogo, eu os ouvia dizendo
“será que o juiz vai roubar?”, “quanto vai ficar o placar?”, mas ninguém estava
preocupado com a pequena garotinha e seu irmão subnutridos e abandonados,
afinal, quem se preocupa com problemas de verdade?

533
Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

Intolerância e discurso de ódio nas redes sociais

Beatriz Rodrigues Blach

A intolerância é uma cultura de ódio que surgiu há séculos e é passada


de geração em geração. Logo, é comum ver uma pessoa agindo de maneira racista,
machista, xenofóbica, entre outros, pois essa visão preconceituosa é a que foi
ensinada para ela como correta.
Com o desenvolvimento tecnológico e o surgimento da internet, foram
criadas redes sociais, nas quais o objetivo é a divulgação de ideias. Porém, a cada
ano, essas plataformas são cada vez mais utilizadas para a divulgação de discursos
de ódio, assim amplificando a intolerância já existente no dia a dia.
O agressor, ao utilizar dessas plataformas tecnológicas, se sente mais
seguro ao fazer discursos discriminatórios, pois, na maioria das vezes, esse utiliza
contas com nomes e endereços de email falsos, assim estando no completo
anonimato e atacando a vítima com facilidade.
Devido a isso, cada vez mais o preconceito é disseminado nas redes,
fazendo com que mais pessoas sejam discriminadas. Um exemplo disso é de que
apenas entre os anos de 2010 e 2013 houve um aumento em mais de mais de 200%
do número de denúncias contra páginas intolerantes.
Para prevenir que ocorram mais discursos de ódio nas redes sociais, as
plataformas deveriam mudar seu sistema de login, fazendo com que os usuários se
inscrevam, utilizando seu número de RG, assim sendo possível identificar com mais
facilidade o intolerante. Além disso, o governo deveria dar palestras sobre o
preconceito, ensinando sobre ética e apresentando as consequências de um ato
intolerante na vida de um indivíduo, assim conscientizando a população e
diminuindo a intolerância.

534
Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

“O livre porte de armas no Brasil deveria ser permitido?”

Beatriz Rodrigues Blach

As armas sempre estiveram presentes na sociedade. Desde a idade da


pedra, tribos que tivessem as lanças mais afiadas seriam as que dominariam as
outras. Durante a guerra fria, o país mais desenvolvido belicamente seria mais forte.
Atualmente, o país que possui a bomba nuclear mais catastrófica é o mais poderoso.
Em todas essas épocas, as armas foram desenvolvidas sobre o pretexto de gerar
segurança na população, porém há uma causa maior por trás disso: quanto mais
armas uma pessoas/país possui, maior o seu poder.
Atualmente no Brasil, a discussão sobre o livre porte de armas ser
permitido cresceu fazendo com que muitas pessoas fossem a favor de tal proposta.
Essas afirmam que o país terá maior segurança, pois, com a arma, elas irão ter
como se defender de casos de assalto, assédio, entre outros. Porém, esse
argumento não consegue ser sustentável, pois, em 2004, o Estatuto do
Desarmamento criou uma lei que restringe a venda de porte de armas, fazendo com
que as regiões em que as armas foram apreendidas apresentassem uma queda de
oito vezes da taxa de homicídio, o que fez com que as mortes por suicídio
reduzissem pela metade.
Logo, é perceptível que dar armas para uma população violenta não
melhorará a situação, visto que as pessoas que defendem tal proposta querem mais
o poder de possuírem uma arma do que realmente se defenderem, como alegam.
O livre porte de armas no Brasil não deveria ser permitido. O governo
deveria fazer palestras, mostrando as consequências da apreensão de armas, assim
mostrando que tal ação torna o país mais seguro do que as vender.

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Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

Superbactérias: o que são e como espantar esse mal.

Christopher Sean Deslandes Lund

Na atual década, a medicina vem discutindo a respeito do termo


superbactéria, a sua origem e o porquê da grande dominação desse ser vivo pelo
globo.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as
superbactérias são as principais causadoras de pneumonia, diarreia e, inclusive, de
doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorreia, e a existência delas se
deve ao uso indiscriminado de antibióticos, configurando um retrocesso na medicina.
Nos últimos trinta anos, ainda de acordo com a OMS, não há significativo
desenvolvimento de novos tipos de antibióticos, sendo utilizados para combater
manifestações de origem bacteriana, substâncias como a penicilina, a cefalexina, a
tetraciclina e a quinupristina, base para a fabricação de medicamentos atualmente.
O grande alastramento de superbactérias é explicado pela automedicação
por parte da população ao adquirir alguma bactéria, o que fortalece a imunidade da
bactéria em relação às substâncias contidas no remédio, tornando essa e suas
futuras gerações mais potentes. Além da automedicação, outro fator que colabora
para o aumento de superbactérias pode ser o uso de antibióticos em atividades
como a agricultura e a pecuária, importantes na produção de alimentos, como
explica o infectologista e pesquisador da Unifesp, Carlos Kiffer.
Com o crescimento das superbactérias e a ineficácia dos medicamentos
hoje produzidos, a sociedade está em risco e muitas mortes vem ocorrendo.
Segundo estudos disponíveis na "Review on Antimicrobial Resistance", para o ano
de 2050, aproximadamente 9 milhões de pessoas morrerão em decorrência de
infecções, causadas por superbactérias, em todo mundo.
Como forma de se reduzir ou até se eliminar as superbactérias, deverão
principalmente aprimorar ou incluir nas embalagens de medicamentos, e nas
propagandas dos mesmos, avisos sobre os efeitos de se automedicar e os riscos
que poderão surgir disso, o que funcionará como uma forma de alerta. Por fim, o
governo deve investir em pesquisas e estudos científicos, de modo a desenvolver

536
novas substâncias antibióticas que servirão para produção de novos medicamentos,
os quais serão distribuídos para uso em hospitais apenas, com dosagem regulada e
restrita, aplicada com acompanhamento, evitando-se, com isso, a automedicação.

A obra o Navio Negreiro, de Castro Alves, foi revisitada pelo raper Slim Rimografia e pelo
samba enredo da Tuiti “Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?”.

Navio Negreiro-Passado e atualidade da escravidão

Christopher Sean Deslandes Lund

Castro Alves foi um poeta da época do Romantismo, precisamente na


terceira geração, também conhecida como geração condoreira. Essa geração faz
referência à ave condor, que voa alto, insinuando então a liberdade do indivíduo de
seu sentimentalismo e subjetivismo exaltados, procurando buscar uma temática
realista, que preocupasse com os moldes sociais da época.
Na terceira geração do Romantismo, os autores literários se envolveram
em campanhas republicanas e abolicionistas, e majoritariamente em suas obras
percebe-se características como de um discurso para o público, com um tom
exaltado e retórico, visando convencimento do ouvinte e envolvimento da sociedade
como um todo nas reivindicações pela mudança.
Castro Alves teve grande participação na campanha abolicionista, e ficou
conhecido como “poeta dos escravos”, principalmente após a publicação de suas
obras “navio negreiro” e “vozes d’África”. Nesses trabalhos observa-se a utilização
de um vocabulário opressivo com palavras como “desgraça”, “maldições” ou
“satanás” e muitos sinais de pontuação, que trazem grande enfoque na
caracterização de situações vividas por escravos, dramatizando ainda mais ao longo
do texto. A estrutura da obra apresenta também similaridade com um diálogo,
havendo assim maior aproximação com o leitor e consequentemente maior
persuasão de ideias e argumentos do autor.
O texto “Navio Negreiro” apresenta em seu discurso uma crítica à vida
dos negros africanos, trazidos ao Brasil como mão-de-obra escrava. Castro Alves,
através de um emocionalismo e subjetivismo grandiloquente, compara a vida que
antes os negros tinham em sua terra natal com a miserável e degradante que agora
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tem na colônia. Ele cita “Ontem simples, fortes, bravos...Hoje míseros escravos, sem
luz, sem ar e sem razão...”
O realista explora desde o cotidiano dos africanos “Ontem Serra Leoa. A
guerra, a caça ao leão. O sono dormido à toa sob as tendas d’amplidão!”, também o
tráfico negreiro até o Brasil, “Hoje...o porão negro, fundo, infecto, apertado,
imundo...”, até a vida nas lavouras e plantações, onde trabalhavam por exploração,
“Férrea, lúgubre serpente. Nas roscas da escravidão. E assim zombando da morte,
doença da lúgubre corte, ao som do açoite...incisão!”, fazendo crítica ao governo e à
elite brasileira que importava apenas com o produto gerado pelos escravos, já que
os favorecia. Na terceira geração do Romantismo, os autores literários se
envolveram em campanhas republicanas e abolicionistas, e majoritariamente em
suas obras percebe-se características como de um discurso para o público, com um
tom exaltado e retórico, visando convencimento do ouvinte e envolvimento da
sociedade como um todo nas reivindicações pela mudança.
Passado o tempo, chegando à contemporaneidade, pode-se comparar a
literatura romântica da terceira geração com o gênero musical RAP, em inglês,
Rithym and Poetry, ritmo e poesia, que mistura textos com uma batida instrumental.
As letras de rap sempre fazem uma crítica social, assim como as obras da geração
condoreira, retratando a visão de quem sofre e que enxerga a realidade de uma
forma diferente que as outras classes sociais. Logo pode-se comparar castro Alves e
considerá-lo um “cantor de RAP do século XIX”, já que ambos os textos abordam
críticas e questionamentos, além de provocar reações e emoções ao espectador.
O texto “Navio Negreiro” sofreu uma modificação para a atualidade.
O RAP do grupo musical Slim Rimografia faz uma comparação entre a vida dos
africanos escravizados com os seus descendentes da atualidade, defendendo que a
exploração continua, porém apenas são alterados elementos e nomenclaturas. Na
música são citadas diversas críticas sobre as periferias, o modo de vida que são
submetidos os pobres, a extrema violência e a dependência extrema do estado e
como esse os trata. Uma das principais relações feitas com o passado, que mostra a
substituição dos elementos, pode ser vista nos versos: “Uniformes diferenciam
funcionários de patrões, a cor diferencia vítimas de antigas explorações, trazidos nos
porões dos navios negreiros, tratados como animais, vendidos a fazendeiros,
vivendo em cativeiros, negociados como mercadoria, enriquecendo a classe nobre,

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hoje chamada burguesia(...)Me diz: quem são os heróis e quem são os bandidos?
Quem merece honra, quem merece ser punido? Quem lutou por liberdade, na
história foi esquecido. Sem status, sem monumentos, só barracos foram erguidos”
Ambos os textos, o original e a releitura, tomam um semelhante rumo,
mostrando a realidade de um povo submetido a um sistema que os discrimina e que
hoje continua a usá-los como mão de obra, agora apenas assalariada.
Conclui-se portanto que a escravidão ainda existe, porém com nomes
diferentes, com elementos diferentes, que trazem a ideia de que a escravidão é
passada. Além desse fato, é demonstrada a ineficácia do governo e da alta
sociedade, cheios de interesses, contudo somente os que lhes beneficiam, que
visivelmente não é o povo pobre e miserável, que desde tempos atrás sustenta esse
país e nunca foi reconhecido, e é tratado como um ninguém.

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Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

A educação que transforma

Izabela Oliveira De Faria

É sabido que só através da educação a intolerância é rompida , uma vez


que, empondera-se o conhecimento e o preconceito torna-se ausente. Com efeito,
os inúmeros discursos de ódio que atualmente circulam pela internet são reflexos
de uma má gestão da educação.
No Brasil, mais da metade dos jovens de 25 a 64 anos não completaram
o Ensino Médio. Com isso, consequentemente encontra-se,no cenário atual, uma
população carente de valores culturais e políticos. Essa mesma população,
descontente com a atual situação econômica e social na qual o Brasil se encontra
deposita nas redes sociais seus manifestos. O grande problema é que muitas das
vezes esses discursos disseminam ódio e ofensas aos demais internautas.
No ano de 2018, com eleições para diversos cargos políticos, a
intolerância está gerando grande polêmica e revolta nas redes sociais.
Principalmente, no que diz respeito ao cargo à presidência. Uma vez que se tem
uma polarização política (direita-candidato Bolsonaro e esquerda-Haddad).
As pessoas, no geral, ao publicarem determinado post na internet não se
preocupam com as consequências de tal ação. Pois estão interessados em espalhar
e impor seus pensamentos.
Portanto, é necessário que o Ministério da Educação realize exposições
socioculturais nas escolas, a fim de que se ensine sobre os contextos históricos
passados. Logo, os jovens terão um embasamento do atual cenário político que o
Brasil se encontra. E, assim, não terão uma opinião formada a partir do “achismo”
de muitos desinformados.

540
Inspirados pelas músicas “Valsinha”, de Chico Buarque, e “Felicidade”, de Marcelo Jeneci, os
alunos escreveram sobre as pequenas felicidades do dia a dia.

O mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz

Izabela Oliveira de Faria

José Daniel tinha o sonho de fazer odontologia, infelizmente, não pôde


realizá-lo, pois teve que começar, logo cedo, a trabalhar para auxiliar sua família.
Ajudava seu pai a vender alimentos na feira e ao longo do tempo foi ganhando
experiência na área do comércio.
Já adulto, com um restaurante localizado em um bom ponto de comércio
em Belo Horizonte, obtinha lucros devido a sua tamanha capacidade de passar troco
sem errar nenhuma vez, seu jeito carismático com seus clientes e funcionários,
embora fosse muito rigoroso com os últimos. Além disso, José conhecia muito bem
as estratégias de como negociar.
Porém algo estava errado! A sua vida era somente trabalhar e para não
perder tempo, muitas das vezes, passava noites dormindo no restaurante. Ou seja,
em nome do trabalho deixou seus familiares de lado, não cuidava da sua saúde
física e mental, fumava e consumia uma grande quantidade de bebida alcóolica por
dia e, mesmo com tanto lucro, não conseguia a felicidade que tanto almejava.
O tempo passou depressa para esse homem, devido à maneira pela qual
ele levava a vida. Como consequência e como ciclo natural da vida de um ser
humano, a velhice chegou e começaram a aparecer várias doenças. De um homem
independente, ativo e orgulhoso para um homem totalmente dependente, fragilizado
e inativo.
Então, aproveitei esse momento de fraqueza do meu avô para me tornar
mais amiga dele, procurei conhecê-lo melhor, aplicava insulina e o acompanhava
nos dias que tinha hemodiálise. Na maioria das vezes, contava-me da importância
dos estudos, que todo o esforço valeria a pena e que algum dia eu iria ajudar muita
gente. Certo dia, conversando com meu avô, perguntei se ele se arrependeu da
forma pela qual ele conduziu a vida dele, nos anos anteriores e ele sem pensar
disse que sim.

541
Os meses se passaram e ele veio a falecer com 63 anos de idade, no dia
31/01/2018. Hoje, não choro de tristeza, mas sim de saudades, pois no final de sua
vida pude ser útil, sou feliz, pois sinto saudades dos seus conselhos de avô, sou
feliz, pois sinto saudades do seu jeito alegre e sou feliz, pois sinto saudades das
suas palavras que me motivam a ser uma pessoa melhor a cada dia.

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Inspirados pelas músicas “Valsinha”, de Chico Buarque, e “Felicidade”, de Marcelo Jeneci, os
alunos escreveram sobre as pequenas felicidades do dia a dia.

Eu te amo!

João Pedro Alves Mendes

Desde muito jovem, tinha problemas com minha mãe e nunca entendi o
porquê. Talvez porque fôssemos muito parecidos no jeito de pensar e agir ou então
porque eu parecia e lembrava bastante o meu pai. Acordávamos, fazíamos nossas
refeições e dormíamos brigando, deixando que nossa relação de mãe e filho se
perdesse, que o carinho e afeto existentes se tornassem raros e que a convivência
fosse cada vez mais difícil.
Evitávamos ficar perto um do outro para que não ocorressem brigas, pois
já nos encontrávamos esgotados das discussões. Um dos poucos momentos que
compartilhamos juntos era a novela que ambos gostavam, porém, durante a novela,
não era trocada nenhuma palavra.
Um dia, apareceu a oportunidade de me mudar para a capital e estudar,
receber uma melhor educação escolar e preparar para ingressar em uma boa
faculdade. E ainda vinha com um bônus: ficaria longe de minha mãe.
Abracei então essa oportunidade e fui sem olhar pra trás, sem dizer a
minha mãe que a amava, pensando que viveria um sonho. Mal sabia que sentiria
tanta falta de casa e que enfrentaria tantas barreiras e dificuldades. Não imaginei
que a distância seria uma solução para os nossos problemas.
Um dia em que havia passado por difíceis situações sem saber o que
fazer ou a quem recorrer, liguei para minha mãe chorando, dizendo o quanto a
amava e o quanto sentia sua falta. Ela carinhosamente me acolheu e me
reconfortou. Foi então que percebi que durante todos os nossos anos morando
juntos, ela só esperou um início de partida para dizer que me amava. Nunca tinha
dito por livre e espontânea vontade pelo fato de não ter recebido tal carinho e afeto,
então percebi o quão significativo e importante é a frase “eu te amo”!

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A escolha vocabular pode garantir a correta compreensão de um texto, mas muitas vezes pode
gerar grandes confusões...

Negrinho

João Pedro Alves Mendes

É importante saber o nome das coisas. Ou necessariamente o seu


sentido, pois assim podemos evitar constrangimentos e até mesmo situações de
racismo.
Imagine-se em um acampamento com pessoas de todo o Brasil indo para
uma lanchonete e uma dessas pessoas pede um negrinho...
- Boa tarde, moço?
- Boa tarde, pequeno escoteiro, em que posso ajudar?
- O senhor poderia me arrumar um negrinho?
- Como é?
- Um negrinho, moço, de preferência o maior que o senhor tiver.
- Mas isso é uma falta de respeito com a minha pessoa. Repita pra eu ver
se não entendi errado.
- Um negrinho, moço, aquele moreninho bem grande, redondo, com
algumas coisas pretinhas em cima.
- Osh, garoto, pois você está sendo racista com a minha pessoa, ainda
por cima faz graça com a minha cara me chamando de redondo? Chamem já os
seguranças.
O final da história não se sabe ao resto, tinha dado a minha hora de
arrumar as barracas, só sei que o garoto “racista” e brincalhão só se referia a um
bendito brigadeiro que estava com desejo de comer. O garoto escoteiro só chamava
o doce de negrinho por ser do Rio Grande do Sul.

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Inspirados pelas músicas “Valsinha”, de Chico Buarque, e “Felicidade”, de Marcelo Jeneci, os
alunos escreveram sobre as pequenas felicidades do dia a dia.

O mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz

Laura Genovese R. Buzelin

Era uma linda manhã de segunda-feira, acordei às 7h em ponto, pronta


para começar a semana. Peguei o casaco e fui até o teatro, ansiosa para o teste de
solista, ou seja, a bailarina principal, para a peça "O Lago dos Cisnes". Havia muito
tempo que eu trabalhava como dançarina, mas não exercia essa profissão com o
único objetivo de ganhar dinheiro, mas pela sensação de conseguir transpor e sentir
a música através da dança. Isso era algo que realmente me fazia esquecer dos
problemas.
Após chegar ao meu destino, calcei as sapatilhas de ponta e fui em
direção à sala onde seria o teste, revendo todos os passos em minha mente.
Quando comecei a dançar, como sempre, a música me levava, e eu apenas
executava os passos conforme ela se mostrava, até que algo me tirou desse
sentimento, um passo em falso. De repente, aquela conexão se acabou, e uma dor
horrível percorreu meu tornozelo. Depois disso, me levaram a um hospital e, para o
meu espanto e tristeza, nunca mais poderia dançar! Como aquilo que eu sentia ter
nascido para fazer se acabou em um piscar de olhos?
Alguns dias se passaram, e ainda triste pelo acontecimento, voltei ao
teatro, para ver as outras bailarinas e tentar voltar a sentir aquela conexão entre a
dança e a música de novo, mas percebi que não era o mesmo de ser eu mesma
naquele lugar. Então, um dia, logo depois do ensaio usual das bailarinas, eu fiquei
ainda naquela sala vazia e reparei em algo que sempre esteve ali e que nunca havia
percebido com tamanha atenção: um piano, que estava esperando para ser tocado
na próxima dança. As partituras ainda estavam lá, com uma música cuja melodia eu
conhecia muito bem: "O Cisne", de Camille Saint- Saëns. Eu sabia um pouco sobre
partituras, pois quando pequena, meu avô sempre ensinava algumas notas, mas
logo depois tomei meu rumo para o ballet. Passei os dedos pelas teclas e comecei a
seguir as notas pela partitura. Desde então, todas as vezes que eu via os ensaios,
esperava para tocar o piano e cada vez mais aperfeiçoei não só uma música, mas
várias outras que aprendi em seguida.

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Depois de muito treinar, passei a ser uma das pianistas no teatro e
percebi que aquilo que eu acreditava ser minha vocação sempre esteve presente de
maneiras diferentes: a música. E, no piano, encontrei de volta a sensação que tanto
buscava, a de sentir a beleza da felicidade.

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Três anos após o Desastre de Mariana, os afetados continuam esquecidos. Como estariam
suas vidas? Quais os sentimentos? Os alunos foram estimulados a se imaginar no lugar
desses moradores e escrever narrativas que revelassem esses sentimentos.

Vidas levadas pela lama: dois anos do desastre de Mariana

Letícia Menezes e Silva

Só se via lama, no rio, na grama, na sala, na cama, na casa, na rua, na


mente, na garganta. Só se via lama. A memória viva de um dia sem fim, a angústia
da perda ainda existe em mim. Nítida como a claridade, ou melhor, a escuridão,
minha casa de baixo da terra, oh, dor que turva a visão!
No passado, em meio aos peixes, eu nadava no lago cristalino, tinha um
emprego, moradia, saúde e felicidade. Hoje sou pobre coitado, sem peixe, sem rio,
sem casa... um desgraçado. Meus vizinhos, doentes e com o terreno destruído
buscam abrigo na felicidade de terem sobrevivido todos os familiares. Enquanto
isso, não vejo meu irmão, o qual procurei por todos os lugares.
Meu irmão mais velho morreu, eu sei que sim, no dia de seu aniversário.
Aquele a quem eu confiava meus segredos e sonhos foi entregue a Nossa Senhora
do Rosário. O sentimento de justiça envolve meu peito, junto à tristeza e indignação.
Um governo hipócrita que não tem olhos para a nação, depois de dois anos, nenhum
sinal da indenização.
Dois anos, milhares de vidas, sem esperança e sem perguntas
respondidas. A que não sai da minha mente e dói meu coração é a pergunta
repetida todos os dias: Estaria eu lutando em vão?

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Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

Superbactérias: um erro da humanidade ou uma resistência biológica?

Lucas Henrique Silva Cruz

A presença de várias enfermidades causadas por bactérias em toda a


história da raça humana é perceptível. A luta contra esses seres microscópicos trata-
se de um cotidiano para a medicina. De tal forma, muito se discute acerca da
potencial evolução dessas criaturas, intensificando os prejuízos por elas causados
ao homem e tornando-as mais difíceis de serem derrotadas. Seria tal fator resultado
de ações irresponsáveis dos próprios humanos? O surgimento de ‘’superbactérias’’
seria consequência de atos como a utilização inadequada de antibióticos, por
exemplo, em automedicações?
A problemática em questão, de modo geral, não deve ser vista como
consequência apenas de fatores como os citados anteriormente. Na realidade,
deveria ser considerada como apenas um acontecimento científico e biológico
relacionado à evolução natural e quase inevitável dos seres vivos... Segundo a
teoria evolucionista proposta por Charles Darwin, a seleção natural, há uma
predisposição evolutiva de alguns seres que se adaptam melhor a ambientes e
situações de modo a proliferarem-se; dessa forma, a própria criação e utilização,
independente de como ou quem os faça, de melhores antibióticos acaba resultando,
segundo tal ideologia, em uma inevitável evolução das bactérias em seres mais
fortes para preservação da espécie, o que explica o surgimento das superbactérias,
demonstrando que essa se deu em uma resistência natural contra os próprios
avanços medicinais
A partir das ideias anteriores, pensa-se que, por mais que algumas
atitudes humanas, como a automedicação, auxiliem na formação das bactérias
evoluídas, não se tratam nem das únicas nem das mais relevantes dentre as que
atuam para tal acontecimento. De forma superficial, tal pensamento é apenas uma
demonstração da permanência de um forte positivismo na ciência que dificilmente
alega que seus avanços trazem algum prejuízo para a humanidade; algo ruim, em
vista de que, percebendo a relevância das próprias atitudes na problemática em

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questão, essa poderia criar várias estratégias para melhor combate em prol de uma
solução para tal.
Pensa-se que a implementação de várias divulgações, tanto em eventos e
palestras quanto em artigos escritos, baseados na discussão acerca de problemas
como o positivismo na ciência a auxiliariam para melhor atuar na confecção química
de antibióticos contra tais ‘’superbactérias’’ (que inevitavelmente vão surgir),
fazendo-a parar de culpar as atitudes populares.

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Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

Menor poder de fogo, menor violência!

Lucas Henrique Silva Cruz

Muito se discute acerca do porte de armas no mundo... Esse deve ser


legalizado? Ou tal ato acabaria por ser um grande erro da humanidade? E sobre o
Brasil? Considerando a altíssima criminalidade desse país, a atitude em questão
seria realmente algo a se considerar?
Considerando que o maior país latino-americano tem em seu histórico
altíssimos índices de criminalidade e que, por tal motivo, acaba por possuir uma
altíssima tensão e ‘’medo’’ na população, percebe-se que há uma indiscutível
tendência a atitudes violentas por parte dos constituintes do local. De tal forma, a
legalização para o porte de armas de fogo, incentivando e disponibilizando de
maneira mais fácil o armamento para a sociedade, acaba por, graças a tal negativa
tendência, aumentar ainda mais a tensão no país. Saber que cada discussão ou
proliferação de instintos ruins de uma pessoa pode resultar em tiroteios cresce em
peso o medo da população.
Em comprovação da violenta instintividade humana, pensa-se no conjunto
filosófico-sociológico de Freud e Durkheim. O primeiro afirma a existência do
‘’superego’’, uma parte da mente humana responsável pela ‘’mediação’’ das atitudes
do indivíduo, causando-lhe, por exemplo, o sentimento de culpa. Essa, como em
atitudes psicopatas, falha por diversas vezes... Dessa forma, é possível um indivíduo
cometer atitudes sem remorso. O segundo acaba por, segundo influência, proclamar
a forma como um indivíduo interfere no outro, criando um ‘’pensamento coletivo’’...
Em geral, uma atitude violenta influenciando e proclamando outras, cria um ciclo
vicioso maligno.

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Três anos após o Desastre de Mariana, os afetados continuam esquecidos. Como estariam
suas vidas? Quais os sentimentos? Os alunos foram estimulados a se imaginar no lugar
desses moradores e escrever narrativas que revelassem esses sentimentos.

Uma viagem longa demais

Natália Rodrigues Pereira Freitas

Ana abriu os olhos, a claridade forte entrando pela janela. Sentiu saudade
de quando era seu pai que lhe acordava para fazer panquecas como café da manhã.
Não gostava do seu quarto tanto quanto gostava do seu antigo, mas sua cabecinha
de seis anos ficava satisfeita apenas com sua boneca, a única que havia escapado
do mesmo destino que o restante.
Desceu da cama e foi até a porta. Abriu silenciosamente e achou sua mãe
dormindo no sofá. Nunca entendeu o porquê de sua mãe também não poder ter uma
cama. Sua mãe havia rido quando ela havia perguntado e disse que estava feliz com
o sofá da sala. Na verdade, era a falta de dinheiro para comprar outra cama que
levava a isso. Ana não entendia que aquele apartamento de um quarto era a única
coisa que sua mãe tinha a oferecer. Ana não entendia por que a mãe trabalhava
durante todo o dia enquanto ela ficava com a vizinha. Ana não entendia por que
durante a noite, sua mãe, achando que ela já estava dormindo, chorava no canto da
sala com a blusa preferida de seu pai. Ana não entendia por que seu pai teria
viajado e deixado para trás a blusa da qual gostava tanto. Ana não entendia por que
essa viagem de seu pai era tão longa.
Quem dera que Ana conseguisse entender que a lama tinha levado tudo
que ela tinha: sua casa, suas roupas, seus brinquedos e até seus biscoitos favoritos.
Quem dera que Ana tivesse idade para entender que a lama tinha levado mais do
que suas coisas... tinha levado seu pai.

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O filme “Quanto vale ou é por quilo” é uma releitura do conto “Pai contra mãe”, de Machado de
Assis. Os alunos foram convidados a refletir e associar os dois textos ao enredo da escola de
samba Tuiuti 2018: “Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?”.

Análise crítica acerca do filme “Quanto vale ou é por quilo?” E do enredo da


escola de samba tuiuti 2018: “Meu deus, meu deus, está extinta a escravidão?”

Natalia Rodrigues Pereira Freitas

“Mas falta em seu peito um coração, ao me dar a escravidão e um prato


de feijão com arroz”. Sinto-me obrigada a começar este texto com essa frase,
retirado do samba enredo de 2018 da escola Tuiuti. Isso porque essa frase exprime
muito mais do que um acontecimento, uma ação; a frase exprime um sentimento
advindo de muitos anos atrás e infelizmente segue até os dias de hoje. O sentimento
acerca do cativeiro, submissão e humilhação que o ser humano tem coragem de
exercer sobre o outro.
É de conhecimento geral a escravidão negra que existia no Brasil, e no
mundo, no século XVI. Homens, mulheres e crianças eram retirados de suas casas
e tribos, jogados em caravelas e levados para outro país com diferentes costumes e
tradições, sendo, então, vendidos como pedaços de carne e explorados como se
não fossem humanos. Isso porque eles eram negros, e as pessoas julgavam e ainda
julgam muito o que não é semelhante a si mesmo, ainda mais quando se trata de cor
de pele. De fato a Lei Áurea deu fim legalmente à escravidão em 1888, extinguindo
a escravatura e libertando todos que antes viviam padecendo devido ao trabalho
forçado e péssimas condições de vida que eram colocadas, mesmo que
posteriormente tenham sido deixados por conta da própria sorte e sem nenhum tipo
de auxílio. Mas esse não é o ponto principal sobre o qual proponho refletir um
pouco, e sim se a situação do país envolvendo os negros teve mudanças ou
permaneceu do mesmo jeito, ou seja, com base em maus tratos e preconceito.
A princípio podemos pensar que com a abolição da escravatura todo
preconceito e discriminação chegou ao fim, que os negros passaram a ser inseridos
na sociedade, respeitados e tendo seus direitos como humano reconhecidos. Mas é
um pensamento um tanto quanto ingênuo, por isso não iremos nos agarrar a ele.
Isso porque o racismo não acabou com a Lei Áurea, não acabou depois das
inúmeras revoltas decorrentes do Apartheid na África do sul e muito menos após o

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assassinato de Martin Luther King. O racismo ainda vive entre nós; ora silencioso,
ora gritante, mas sempre presente. Quando um branco tem um salário maior que um
negro, ou tem privilégios em uma entrevista de emprego devido a cor, é o racismo
acontecendo. Quando um policial prefere parar um menino negro em vez de um
branco para uma revista na rua, é mais uma vez o preconceito acontecendo. Da
mesma forma quando o corpo da mulher negra é objetificado em épocas de
carnaval, quando a cultura africana é julgada como ruim ou perigosa e quando
olhamos uma sala de aula numa área nobre da cidade e vemos brancos de maneira
predominante. Isso mostra o quanto o problema é antigo, mas ao mesmo tempo tão
atual e tão presente em nosso cotidiano.
O filme brasileiro “Quanto vale ou é por quilo?” ilustra muito bem essa
situação, ora mostrando visões do problema na época da escravidão, ora exibindo
uma visão mais atual e assim fazendo um contraste entre ambas. Ao contrapor
essas duas visões, se faz uma análise da situação atual dos negros, mostrando que
não houve muitas mudanças em seu tratamento. Como pode ser visto quando as
crianças são selecionadas para um comercial sobre racismo e sofrem preconceito
(um tanto quanto contraditório) ou a menina negra é "negociada" devido ao seu bom
comportamento e qualidades de seus serviços domésticos, sendo então levada para
outra casa sem se quer ser consultada. O longa mostra o quanto a sociedade é
hipócrita e que a cultura racista existente há tantos anos se estende até os tempos
atuais. É impressionante o quanto o racismo acontece às escondidas, e as pessoas
o tratando como se não existisse sendo que ele está AQUI, e ACONTECENDO. O
filme exige atenção, visto que vai do passado ao presente, mas representa o
preconceito racial na atualidade com proeza.
O samba enredo da escola Tuiuti, já citada anteriormente, também ilustra
e analisa essa situação muito bem, mesmo que não tenha ganhado tanta visibilidade
na sociedade devido a um recurso utilizado durante o desfile que tirou toda a
atenção da música. Mesmo assim é importante ler o enredo com atenção, visto o
modo que apresenta, dissertando, em frases bem construídas, sobre a escravidão
durante a época colonial e suas atrocidades, além de mencionar o modo como
acontece hoje em dia. Um ponto interessante da música é como ela aborda a Lei
Áurea, dizendo como ela foi feita “pensando-se” no bem do negro (agora sabe-se
que tudo foi feito devido a pressão da Inglaterra para o fim da escravatura), mas

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trouxe ainda mais tristezas e incertezas para a vida deles, visto que não receberam
nenhum auxílio para construírem suas vidas pós escravidão e ainda sofriam
preconceito devido a sua antiga função social. “E assim, quando a lei foi assinada/
Uma lua atordoada assistiu fogos no céu/ Áurea feito o ouro da bandeira/ Fui rezar
na cachoeira contra a bondade cruel”.
Filme e enredo trazem a tona uma reflexão sobre a permanência do
racismo em nossas vidas, sendo necessário perceber isso o quanto antes. É utópico
continuar pensando que o racismo não existe devido às leis e a maior visibilidade do
problema. Contudo esses pontos fizeram apenas com que houvesse uma
diminuição, mostrando que ele ainda está presente e VIVO. Dizer que racismo não
existe, mesmo quando brancos têm seus direitos muito mais respeitados do que os
dos negros, é ingenuidade; e o Brasil precisa de tudo, menos ingenuidade, para
resolver essa situação.

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Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

Intolerância e discurso de ódio nas redes sociais

Natalia Rodrigues Pereira Freitas

O surgimento da Internet - e, posteriormente, dos diversos meios de


interação presentes nela, - fez com que houvesse uma maior aproximação das
pessoas. Isso possibilitou uma maior abertura para diálogos e debates, com cada
um expondo sua opinião e argumentando sobre. Contudo, existe uma linha muito
tênue entre apresentar suas visões e desrespeitar alguém, e muitas pessoas
acabam ultrapassando esse limite, compartilhando um discurso de ódio que acaba
ferindo um determinado grupo de pessoas.
O mais triste disso tudo é que é cada vez mais frequente, e as pessoas
cada vez mais utilizam argumentos imorais e sem base para tentar sustentar seu
preconceito. Esses ataques online podem ser sobre política, misoginia, homofobia,
racismo e outros.
É necessário interromper essa ideia de que não se trata de desrespeito, e
que é apenas "uma opinião". A partir do momento que menospreza uma minoria, é
sim um crime cibernético e deve ser tratado como tal. Com isso é importante que as
administrações das redes sociais, como o Twitter, fiquem mais atentos ao que é
postado e deem mais atenção às denúncias. Além disso, é necessário que o usuário
que se sinta ofendido utilize dessa opção para repreender quem esteja atacando.
Em determinadas situações é recomendável que se leve o caso até uma delegacia,
para que sejam tomadas as devidas providências. Pregar pela conscientização da
sociedade para que acabe com o preconceito, em tempos como esse, é
ingenuidade, e por isso a única solução que resta é buscar formas de se defender, o
que inclui denunciar.
Infelizmente as pessoas ainda insistem em propagar o ódio pela Internet,
e para mudar isso, é necessário que cada um faça sua parte e não venha com mais
ódio como forma de respeito. A sociedade ainda tem chances de ser um lugar mais
sensível, e as redes sociais ainda podem voltar a se tornar um ambiente amigável,
mas é necessário dar um basta nisso.

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Após a leitura de uma charge em que a personagem Mafalda se incomoda com a incoerência
na postura do pai, os alunos foram estimulados a produzir uma narrativa crítica sobre a
postura das pessoas frentes as dificuldades da vida.

Vida de patroa

Natália Rodrigues Pereira Freitas

Dona Eva acordou às nove horas em ponto. Levantou-se e foi tomar café.
Sílvia, a empregada doméstica, lhe deu bom dia. Eva fingiu que não ouviu. Voltou
até seu quarto, colocou uma roupa, comprada dias antes em Londres, e foi para o
shopping. No caminho, ela encontrou um morador de rua pedindo ajuda no sinal.
Quando ele chegou perto de seu carro ela fechou a janela. Entrou no shopping e
pegou um elevador. Após um andar, entraram dois homens de mães dadas. Ela saiu
do elevador e preferiu esperar um “melhor frequentado”. Chegou à loja e foram lhe
atender. A atendente era negra. Eva foi até a gerência e pediu para ser atendida por
outra, de preferência uma mais “branquinha”. Achou um vestido lindo por 3500 reais.
Já tinha um do mesmo modelo, mas de cor diferente. Levou do mesmo jeito, e ainda
comprou alguns brincos para combinar.
Saiu do shopping e foi buscar Luísa, sua filha, na escola. No caminho
para casa, a menina contou sobre sua nova amiga. Eva conhecia a família dessa
outra criança e falou para Luísa não andar mais com ela, devido à condição
financeira não ser tão boa. Chegou em casa e ligou a TV. Passava uma notícia
sobre a guerra na Síria. Mudou para o canal de fofocas. Almoçou e depois saiu para
ver as amigas. Lá falaram mal da Andreia, que tinha sido traída pelo marido.
Falaram que homem procura na rua o que não tem em casa, então era culpa da
mulher a traição. Depois Eva foi para a igreja. Lá contribuiu com o dízimo. Saiu ao
final da missa e voltou para casa. Foi dormir feliz por ser uma ótima pessoa.

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Inspirados pelas músicas “Valsinha”, de Chico Buarque, e “Felicidade”, de Marcelo Jeneci, os
alunos escreveram sobre as pequenas felicidades do dia a dia.

Felicidade com riso verdadeiro

Nayra Nunes Belmani

Acordo todo dia em meio a cinco travesseiros, debaixo de três cobertores


quentinhos, levanto-me e encontro a mesa do café da manhã pronta, farta de
carboidratos e proteínas, sendo que nem tudo é consumido, e então é jogado fora.
Eu me arrumo e vou para escola com meus pais. Todo dia ficamos os três agarrados
nos celulares, pairando um silêncio constante por todo percurso; isso me ensinou
que ¨pequenas¨ coisas são capazes de fazer as pessoas felizes, pelo menos a nós,
que sem nenhuma fala ou conversa, rimos e nos desconectamos do mundo real.
Certo dia ambos tiveram de viajar para o exterior por conta de seus
respectivos trabalhos e me deixaram sozinha em casa, e desta forma tive que voltar
da escola a pé para casa, o que obviamente achei injusto e sem sentido já que vou
de carro todos os dias. Em uma tarde, voltando inquieta e escondendo minha
revolta, ao passar por uma colina, escuto um grito de dor rápido junto de uma queda
forte ao chão. Ao me virar, vejo uma garota que aparenta ter minha idade, caída no
solo, sem conseguir andar, me aproximo e ela acaba me pedindo que a levasse em
casa já que morava a um quarteirão do local. Como estava com lágrimas nos olhos,
aceitei, porém com vontade nenhuma e tudo que queria era ir para minha casa,
tomar um banho de espuma, comer meu salmão grelhado e assistir tevê.
Chegando em sua casa, arregalo os olhos ao ver que era minúscula e,
entrando, tinha apenas um quarto. Sua mãe a estava esperando e mostrou-se toda
preocupada quando a filha chegou machucada, abraçou-a, esterilizou o corte,
colocou um curativo e riam, como se fosse a coisa mais bela do mundo. Durante os
dez minutos que fiquei lá, reparei na ausência de metade das coisas que, para mim,
são essenciais e com um sentimento estranho, notei que o tempo todo ambas riam
de verdade.

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A escolha vocabular pode garantir a correta compreensão de um texto, mas muitas vezes pode
gerar grandes confusões...

Aquele brinde

Nayra Nunes Belmani

Há cinco meses estou longe de casa e do conforto de minha terra natal, a


mais de quinze mil quilômetros de distância, no país do Sol nascente. Tudo é bem
diferente e contraditório, às vezes, além da cultura distinta, até as estações do ano
são ao contrário, assim sendo, meu aniversário, ao invés de ser no ápice do verão,
está sendo no inverno congelante, rodeado de neve e pessoas com casacos e
cachecóis.
Minha família decide ter uma comemoração comigo, e antes de
comermos, levantamos, estendemos os copos com bebidas quentes e, por força do
hábito, digo com, todas as forças "Chinchin!" Ao perceber o final de minha sentença,
vejo todos os olhinhos puxados ARREGALADOS acima de bochechas
vermelhinhas, todos fixos em mim...
Após um breve momento de silêncio, escuto uma gargalhada
descontraída e alta da criança da casa, confusa, noto a falta de graça na expressão
de todos na sala e, quando paro cinco segundos para pensar, percebo a burrada
que fiz. Havia me esquecido, na verdade, saiu naturalmente... "chinchin" significa
pintinho, em japonês, e entre gaguejos e risos começo a exclamar desculpas.

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Três anos após o Desastre de Mariana, os afetados continuam esquecidos. Como estariam
suas vidas? Quais os sentimentos? Os alunos foram estimulados a se imaginar no lugar
desses moradores e escrever narrativas que revelassem esses sentimentos.

Meu fim

Pablo Miranda Souza

Acordei atrasado. Fui me arrumando correndo. Peguei um pedaço de pão


e fui comendo enquanto ia para o trabalho. Cheguei ao ponto, tomei o ônibus e
cheguei alguns minutos atrasado à farmácia em que trabalhava há quase quinze
anos, uma das poucas em Bento Rodrigues.
Após entrar, levei uma bronca de meu chefe e rapidamente vesti o jaleco
para iniciar o expediente. Depois de algumas horas, almocei no bar ao lado e voltei
para a farmácia. Naquele dia, poucos clientes compraram algo.
Próximo do fim da tarde, as ruas se encheram de pessoas que passavam
correndo. Evidentemente, eu e meu chefe estranhamos. Em poucos segundos, um
homem avisava, desesperado, que a barragem da mineradora local havia se
rompido. Assim, todos os rejeitos dela estavam descendo em direção à cidade. Logo
peguei os meus documentos e saí, não sem antes olhar a farmácia que há anos
trabalhava e que estava próxima da destruição. Comecei a correr em meio à
multidão e, a todo momento, olhava para trás temendo ser alcançado pela lama.
Então, subimos um morro e nos encontramos com um grande amontoado
de pessoas dividindo o pequeno espaço que possuíam. Após alguns poucos minutos
de aflição, comecei a avistar a lama.
Pouco a pouco, vi toda minha cidade ser tomada. Longe, no horizonte,
avistei a fachada vermelha de minha casa. Fui obrigado a assistir incrédulo a
invasão de minha residência pelo barro. Assisti à tomada da escola em que estudei.
De longe, via a quadra, o parquinho e as salas sendo invadidos pela lama, que
varria junto todas as lembranças de minha infância.
Eu chorava. Desesperado, assistia a famílias inteiras aos prantos. Mães
que não tinham notícias dos filhos, crianças em busca dos pais e todos chorando
pela falta de notícias.

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Ficamos no morro revivendo as imagens que fomos obrigados a assistir.
O som de choro se tornou comum, mas foi sendo substituído pelo silêncio da
angústia.
Fomos resgatados após várias horas, levados a cidades vizinhas,
hospitais e, alguns, ao cemitério.
Fomos realocados em casas pequenas e mal feitas. Fui separado de
meus vizinhos de Bento Rodrigues e levado a um local em que não conhecia
ninguém, só possuíamos em comum a tristeza e a desesperança.
Hoje, dois anos depois da tragédia, já os conheço. Continuo em minha
pequena casa de fachada cinza. É o que possuo. A pintura que tenho não é a que
desejo. Daria tudo para voltar a ter minha fachada vermelha.
A indenização que me foi prometida está longe da realidade. Os meus
sonhos também, se é que ainda tenho algum.

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Inspirados pelas músicas “Valsinha”, de Chico Buarque, e “Felicidade”, de Marcelo
Jeneci, os alunos escreveram sobre as pequenas felicidades do dia a dia.

O mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz

Pablo Miranda Souza

Era um homem bastante solitário. Vivia em um pequeno apartamento em


um pequeno prédio de apenas três andares. Esse ficava nos fundos e a única janela
mostrava alguns montes ao Sul. Ele trabalhava em um escritório responsável pela
revisão dos textos do jornal local.
Saía de casa todas as manhãs, quase uma hora antes do início do
expediente, tomava dois ônibus e chegava alguns minutos antes do previsto para
terminar de organizar a papelada do dia anterior. No momento em que chegava,
passava com pressa pela porta, pegava um pouco de café e se dirigia para sua sala,
na qual tomaria a bebida para finalmente perder o sono.
Durante o dia, usava seu computador para analisar os dados que haviam
chegado. Passava todo o tempo em sua própria sala, separada por uma grossa
parede dos demais funcionários.
Ao final da tarde, tomava os dois ônibus e voltava para casa, tomava um
banho e se atirava no sofá, muitas vezes dormindo por lá. Deitava e acordava cedo
e possuía grande tempo ocioso, mas sempre estava cansado, com sono e mal-
humorado.
Sua rotina era sempre a mesma.
Em um dia comum, ele se arrumou e pegou o primeiro ônibus rumo ao
trabalho. Então, naquele quente dia, ele decidiu que, ao invés de dormir, apoiaria
sua cabeça na janela. No caminho, ele finalmente viu o que ocorria do lado de fora
do coletivo. Observou atentamente as calçadas e viu famílias e pessoas sozinhas,
dormindo nas portas das lojas, que ainda não estavam abertas. Neste momento,
agradeceu por sua casa, que vivia criticando, afinal tinha onde morar. E passou o
restante da viagem fazendo essa reflexão.
Desceu do primeiro ônibus e, logo em seguida, embarcou no segundo.
Repetiu o mesmo processo de se apoiar na janela. Desta vez, reparou em uma
dupla de artistas fazendo malabarismos no sinal de trânsito. Então, agradeceu por
seu emprego, que era tido por ele como uma monótona e entediante necessidade.
561
Chegando ao trabalho, não tomou café algum. Foi à sua sala e lá
resolveu todos os cálculos do dia passado e analisou com prazer os dados que lhe
foram apresentados. Não reclamou ou murmurou uma só vez.
Após chegar em casa, tomou um banho e ligou a televisão. Assistiu aos
noticiários, que não via há anos, e percebeu que não sabia a respeito de nenhuma
das notícias, passou muito tempo desligado do mundo real. Então sentiu que estava
tarde, se levantou do sofá e foi ao quarto. Trocou os lençóis, já sujos, deitou na
cama e dormiu.

562
A hipocrisia do jeitinho brasileiro

Pablo Miranda Souza

Essa década vem sendo marcada por diversas operações policiais que
vieram a desmascarar grandes escândalos de corrupção. Essa crise política
alcançou seu auge com a operação nomeada “Lava Jato”. Tal processo, além de
justo e necessário, fez com que a população passasse a se envolver com a política.
Com isso, o povo tomou conhecimento acerca do que é a corrupção e passou a
combatê-la.
Apesar dessa consciência, o brasileiro não percebe que alguns atos os
quais pratica, buscando tirar vantagem em todas as situações a qualquer custo, são
práticas de corrupção. Essas ações são popularmente conhecidas como “Jeitinho
Brasileiro”.
O grande problema é que alguma parcela da população considera essas
atitudes como legítimas e aceitáveis. Exemplo disso é a pesquisa realizada pela
UFMG que revela que 23% da população não considera um exemplo de corrupção o
ato de subornar um guarda de trânsito para não ser multado. Outras situações em
que o jeitinho brasileiro se aplica é o ato de furar uma fila, não devolver o troco em
excesso e não pagar a passagem do transporte público ao utilizá-lo.
Para acabar com essa hipocrisia, é preciso que campanhas as quais
demonstrem os atos de corrupção em atitudes comuns surjam, como a “O que você
tem a ver com corrupção?”, criada pelo Ministério Público. Também é necessário
que o Ministério da Educação oriente os professores, especialmente os da educação
infantil, a combater pequenos atos de corrupção no âmbito escolar, tais quais pegar
um material emprestado e não devolver, para que as crianças não sejam ensinadas
a aceitar essas ações. Assim, a população poderá criticar a corrupção dos políticos
sem ser hipócrita.

563
Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

A intolerância enquanto fenômeno virtual

Pablo Miranda Souza

A intolerância direcionada às minorias sempre foi recorrente nas


sociedades. Os antigos egípcios possuíam repulsa por seus escravos hebreus e os
nazistas discriminavam a população judia. Infelizmente, o discurso de ódio se
manteve até os dias de hoje e ganhou um importante aliado para disseminar-se: as
redes sociais.
Segundo a ONG Safernet, entre 2010 e 2013, o número de denúncias de
discriminação aumentou 200%. Dados como esse evidenciam a maneira
exponencial com que a intolerância cresce. Além do constrangimento sofrido pela
minoria atacada, um dos grandes perigos dos discursos de ódio nas redes sociais é
que eles motivem ações no mundo real como movimentos racistas e homofóbicos,
que, diariamente, agridem minorias somente pelo fato de o indivíduo a integrar.
Além disso, discursos de ódio causam grande sofrimento à vítima. Em
certos casos, especialmente quando se trata do bullying virtual, o agredido pode
desenvolver quadros de depressão e, em certos casos graves, cometer suicídio.
Os discursos intolerantes devem ser combatidos em todos os âmbitos,
mas especialmente pelas redes sociais, através dos quais se disseminam. É preciso
que se denuncie a intolerância a partir de plataformas como a Safernet e o Disque
100. Também é necessário que quando a rede social notar os discursos de ódio, os
usuários sejam penalizados. Se a fala for proferida por um menor de idade, os pais
devem ser responsabilizados a fim de impedir que novos discursos discriminatórios.

564
Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

Superbactérias: o grande perigo da automedicação

Pablo Miranda Souza

É muito comum que os brasileiros se automediquem. A crença de que se


é capaz de diagnosticar uma doença sem uma formação médica é extremamente
difundida. E isso já afeta a estrutura das farmácias, que já trazem enormes
quantidades de medicamentos juntos aos caixas. Alguns são tão comuns, que seus
nomes já são populares, como neosaldina e paracetamol. Contudo, a
automedicação representa um grave caso de saúde pública.
Segundo Carlos Kiffer, infectologista do Laboratório Especial de
Microbiologia Clínica da Unifesp, e a OMS, o uso indiscriminado e recorrente de
antibióticos pode levar à formação de superbactérias, resistentes ao fármaco
utilizado. Em tese, estas poderiam ser mortas por outros antibióticos, entretanto,
desde 1980, não houve grande desenvolvimento de novos compostos. Assim, se
torna muito difícil a eliminação das superbactérias formadas. Ou seja, já se
comprovou a íntima ligação entre o surgimento dessas e a automedicação.
Desta forma, o uso indiscriminado de antibióticos pode e produz bactérias
as quais, geralmente, levam o indivíduo ao óbito. Por esse motivo, o SUS deve
promover campanhas eficazes no combate à automedicação, ressaltando seus
riscos. Isso deve ocorrer por meio de propagandas em rádios e televisões. Também
é essencial que o governo promova uma lei a qual proíba a presença de
medicamentos junto aos caixas das farmácias, visto que parte considerável dos
consumidores somente os compram para tê-los em sua reserva pessoal de remédios
em suas casas.

565
A obra o Navio Negreiro, de Castro Alves, foi revisitada pelo raper Slim Rimografia e pelo
samba enredo da Tuiti “Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?”.

“Navio Negreiro”- de Castro Alves e de Slim Rimografia

Pablo Miranda Souza

O poema de Castro Alves é um texto que trata a respeito do tráfico


negreiro e da escravidão. Tal poema pertence à estética nomeada Romantismo.
Esta rompe com o padrão e rigor clássico e passa a representar situações cotidianas
e subjetivas, assumindo o particularismo.
Esse poema pertence, especificamente, à terceira geração romântica.
Esta recebe também o nome de condoreira ou pré-realista. Tais nomenclaturas se
devem ao fato de este período retratar problemas sociais da época, mas sem perder
a emoção romântica.
Castro Alves é o maior representante da terceira geração. Ele trata,
especialmente, de temas como a escravidão, recebendo a alcunha de “poeta dos
escravos”. Em “O navio negreiro”, esta é a temática. O poeta retrata a vida do
escravo antes de ser preso e sua vida atual, no porão da embarcação.
No navio, há um discurso enfático e retórico, isto faz com que haja grande
quantidade de exclamações e interrogações e um uso frequente do vocativo para se
comunicar com a natureza.
Décadas depois, o rapper Slim Rimografia aproveita do tom retórico do
poema de Castro Alves e cria releitura demonstrando que ainda há traços de
escravidão e de navio negreiro em nossa sociedade.
Slim Rimografia compara os navios às favelas, pois neles as pessoas
estão presas, vítimas da sociedade. Lhes é tirada a liberdade de escolher o próprio
destino. Além disto, é destacada a indiferença do demais perante a situação, através
de uma metáfora com o Cristo Redentor. Isto é uma referência ao poema de Castro
Alves, que questiona diretamente a falta do auxílio por parte da natureza.
Slim também compara os barcos com as viaturas policiais, que levam
presos aqueles que conseguem, baseados na cor da pele. Destaca também o papel
de segregação exercido pelos uniformes. No rap, também é destacado o viaduto
como um resquício do navio negreiro por trazer o sofrimento e a dor.

566
Deste modo, Slim Rimografia mostra que o fim da escravidão, desejado
por Castro Alves ainda não foi alcançado, visto que esta adquiriu nova forma, mas
ainda se mantém viva.

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A obra o Navio Negreiro, de Castro Alves, foi revisitada pelo raper Slim Rimografia e pelo
samba enredo da Tuiti “Meu Deus, Meu Deus, Está Extinta a Escravidão?”.

Ritmo, Poesia e Revolta

Paulo Vitor Figueiredo Pinto

“O Navio Negreiro” é um dos poemas mais marcantes da literatura


brasileira, escrito em 1868 por Castro Alves, um dos grandes nomes do
Romantismo. A obra expõe uma trágica realidade vivida por um dos grupos mais
injustiçados na época, os escravos. O poema pertence à Terceira Geração do
Romantismo, apresentando características típicas do período, como o envolvimento
em questões sociais e políticas, o sentimentalismo, o tom emocional exaltado e
grandiloquente e o uso de uma estratégia ao focar na retórica quando a poesia for
lida em público. “O Navio Negreiro” se tornou um grande símbolo, pelo fato de ser
um grande grito de revolta contra as injustiças ocorridas na época.
Inspirado nesse clássico poema de Castro Alves, “Navio Negreiro” é um
RAP feito por Slim Rimografia, um cantor brasileiro, que se inspira no poema
romântico, tendo como objetivo reafirmar, de uma forma atualizada, a mensagem do
clássico poema da Terceira Geração Romântica de que os negros são uma das
minorias mais injustiçadas do país. A música de Slim apresenta elementos
essenciais para uma canção do estilo RAP, possuindo uma sincronia entre a poesia
e ritmo, e a utilização do “flow”, que é a fluidez que a letra se encontra com o
instrumental. “Navio Negreiro” se transformou em um grande projeto audiovisual,
porém mostra uma tenebrosa realidade: Mesmo após 100 anos da abolição da
escravatura, a comunidade negra é escrava de uma sociedade cheia de preconceito.
O poema de Castro Alves é focado na descrição, no discurso e na
súplica, o escritor procura causar uma grande indignação no leitor ao abordar o
sofrimento dos negros que são sequestrados de suas terras para servirem como
mercadoria em um novo ambiente totalmente hostil, são utilizadas diversas
metáforas e figuras de linguagem com o intuito de conseguir exemplificar a
importância de se revoltar contra esse problema. A versão de Slim Rimografia é
focada mais na musicalidade, repetição e a reflexão, são utilizadas diversas
comparações e metáforas que realizam uma ligação entre o racismo historicamente
enraizado, com a atualidade, de forma a causar questionamentos.

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“Senhor Deus dos desgraçados! ”, essa é a primeira frase de “O Navio
Negreiro” de Castro Alves, o escritor faz uma súplica para que ocorra alguma
mudança na forma como os negros são tratados, considerando a situação política e
social no Brasil em relação à comunidade negra, o pedido do poeta não foi atendido
até hoje. Porém, ao longo desses anos, os negros conseguiram cada vez mais
garantir seu direito a voz na sociedade, obras como “Navio Negreiro”, de Slim,
mostram como a comunidade negra entende os preconceitos que sofrem, mas não
ficará calada com as injustiças e vão superar essas adversidades com seus sonhos
e lutas, afinal, segundo o último verso do RAP. “Somos arte, somos cultura”.

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Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

Votando no Direito

Paulo Vitor Figueiredo Pinto

A conquista do direito de votar é uma das mais importantes para a


configuração da sociedade. O voto permitiu às pessoas o poder de manifestarem e
exigirem suas opiniões e pensamentos políticos, de forma que, se eles forem em
favor da maioria, poderão ser postos em prática, dependendo do representante
escolhido. Atualmente, o Brasil está passando por um momento de caos e
desconfiança política, surgindo assim discursos contra e de falta de interesse no
principal meio de reverter esse cenário: O voto.
O voto é um instrumento essencial para promover as transformações
sociais que o Brasil necessita, é por meio dele que leis são feitas, questões são
discutidas, problemas são resolvidos, a partir do momento em que um político é
eleito, ele estará representando todas as pessoas que o escolheram, por isso é
necessário ter consciência ao votar, o apertar de dois botões em uma urna pode
determinar o futuro do país. O grande problema é que grande parte dos brasileiros
não sabe a influência que este direito possui na sociedade, sem contar outros
fatores como o funcionamento de órgãos políticos, sendo extremamente suscetíveis
a impedir as mudanças necessárias ao país.
O direito de votar é algo básico para a preservação da democracia e os
interesses do povo, e para isso continuar é necessário que todos compreendam a
importância de seu voto. Assim, o Governo deveria criar uma campanha com o
objetivo de informar e divulgar o poder do voto para todo o país, abordando sobre
diversas diretrizes da política, dessa forma a população compreenderá mais sobre
seus direitos e deveres para transformar o Brasil.

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Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

280 Caracteres de Ódio

Paulo Vitor Figueiredo Pinto

As redes sociais estão se tornando a cada dia as mais relevantes


plataformas de expressão de opiniões e ideias sobre os mais diversos assuntos.
Twitter, Facebook e Instagram já podem ser considerados os principais palcos de
debate de diversos temas polêmicos como política e atualidades. Com esse maior
reconhecimento desses meios de comunicação, em conjunto com as medidas para
torná-los mais acessíveis, um grande problema acabou surgindo: O uso dessas
tecnologias para disseminar ódio e intolerância.
Com 280 caracteres e um clique, uma mensagem pode ser exposta ao
mundo inteiro em questão de segundos, a força das redes sociais a respeito de troca
de informações é extremamente potente, são milhões de usuários postando milhares
de dados. Quando alguma pessoa comete algum ato de ódio usando dessas
plataformas, sua mensagem poderá demorar a ser notada pelo sistema da rede
social, isto se não for ignorada e esquecida. Enquanto as falhas destes meios
continuam, o ódio ainda é propagado e a plataforma começa a ser considerada um
lugar de impunidade em que pode comentar qualquer coisa, mesmo que isso seja
contra os direitos humanos.
Toda a intolerância disseminada nas redes sociais não é causada por
essas tecnologias e, na verdade, são um infeliz reflexo da sociedade, que conseguiu
uma plataforma para se expressar. Cerca de 84% das menções sobre temas como
racismo, homofobia e machismo são negativas, todo esse ódio não pode ser aturado
em lugar nenhum, seja na vida fora ou dentro das telas. As pessoas que incitam
essa violência têm que receber a devida punição através da lei para dar fim a essa
onda de ataques.
Tendo em base o contexto das redes sociais no mundo atual e da forma
como são usadas para disseminar o ódio, é imprescindível uma reformulação no
sistema de combate a contas preconceituosas. Para isso é necessário um acordo
entre o governo e essas plataformas com o intuito de criar um órgão especializado
em derrubar essas contas problemáticas por IP, de forma que não voltem com

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outros usuários, e que sejam expostos os dados dessas pessoas a instituições de
justiça, de forma a punir a intolerância legalmente.

Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas


de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

Remediando em Excesso

Paulo Vitor Figueiredo Pinto

O final da década de 20 foi um período muito importante para a medicina


e a ciência, era criado o primeiro antibiótico, a Penicilina, a função do medicamento
era combater infecções causadas por bactérias, até a década de 80 outros tipos
desse remédio eram criados com a Cefalospirina, a Carbapenema e a Quinilona.
Nesse período, as doenças bacterianas causavam um grande medo na população e
essas invenções foram bastante usadas como uma forma de se proteger das
enfermidades, porém, o que não era esperado foi o fato de que seu uso excessivo
poderia trazer uma grande preocupação para o futuro: as superbactérias.
As superbactérias são um grupo de microrganismos que conseguiu
desenvolver a capacidade de resistência aos antibióticos, sua origem está
diretamente relacionada com o uso desses medicamentos nos seres humanos e em
outros meios como o da agricultura e pecuária. A utilização incorreta desses
remédios acabou fazendo com que as bactérias adquirissem a habilidade de
imunidade, por meio de seu processo de mutação, assim conseguindo se adaptar a
esta ameaça com sucesso.
Quando os antibióticos foram disponibilizados para a população, foi criado
um senso comum que qualquer sintoma anormal era recomendado usar tal
medicação, ocasionando em uma utilização excessiva e que, na maioria das vezes,
sem o acompanhamento médico. Essa automedicação, além de ser extremamente
perigosa, pode ocasionar preocupantes consequências para o futuro como as
superbactérias, que são notavelmente um reflexo desse descuido.

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Tendo em base os efeitos da automedicação, é imprescindível a criação
de medidas que restrinjam o acesso de remédios à população. Para isso, é
necessário que o Ministério da Saúde elabore uma política pública voltada a
controlar a venda de medicamentos com o foco na fiscalização de comércios que
realizam tal ação e a aplicação de leis que obriguem as pessoas possuírem receitas
médicas para adquirirem tal produto, evitando remediações em excesso.

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Três anos após o Desastre de Mariana, os afetados continuam esquecidos. Como estariam
suas vidas? Quais os sentimentos? Os alunos foram estimulados a se imaginar no lugar
desses moradores e escrever narrativas que revelassem esses sentimentos.

A vida que a lama levou

Paulo Vitor Figueiredo Pinto

Eu lembro bem, quando começaram a falar que a barragem tinha


rompido. Todos estranharam a situação, não sabiam o que estava acontecendo e
muito menos a gravidade do problema. Aí falaram que era para correr, não tinha
outra opção, era só correr, não sabia o que fazer, segui os outros, desesperado,
passamos por um matagal e ficamos numa área de alto nível. Só percebi o que
realmente estava acontecendo quando a lama passou, e só consegui chorar, chorar
pela minha esposa, minha filha, chorar pela minha casa, chorar pelos meus amigos,
chorar pela minha cidade, chorar pela minha vida, que a lama levou.
Atualmente moro na casa dos meus pais, em Mariana, junto com minha
mulher e minha menina, nunca fiquei tão feliz como quando escutei a voz das duas
do telefone do meu amigo, seis horas depois da tragédia. No momento que pensei
que tudo estava acabado, aquela ligação me fez pensar que as tudo podia reviver.
Como disse, me fez pensar, pois, de fato, nada reviveu, apenas foram enterrados
em um cemitério, um cemitério que visito todos os dias, choro, rezo e deixo uma flor
sempre que posso, o grande problema é que esse cemitério é a minha vida.
Eu ainda não consigo nem mensurar o impacto que tudo isso teve, num
dia eu estava trabalhando, contando os minutos para voltar para casa, e no outro,
estava sem mais nada. O que todos estavam pensando, era que em questão de
tempo tudo voltaria ao normal, mas isso não passava de mais uma das promessas
que os engravatados falavam nas palestras, até que chegou um tempo em que as
tais reuniões acabaram junto com a audiência que nós dávamos para os diversos
jornais. Às vezes dá vontade de sair gritando: “Eu cansei! ”.
Eu cansei de ir aos inúmeros ônibus que nos levam para o que um dia foi
uma cidade. Eu cansei de ir nas manifestações. Eu cansei de mesmo depois de dois
anos não conseguir me reerguer. Eu cansei de pensar que minha vida foi tirada de
mim e ninguém dá a mínima. Eu cansei de viver soterrado na lama.

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Inspirados pelas músicas “Valsinha”, de Chico Buarque, e “Felicidade”, de Marcelo Jeneci, os
alunos escreveram sobre as pequenas felicidades do dia a dia.

Como você consegue ser feliz?

Paulo Vitor Figueiredo Pinto

- Desgraçado! Como você ousa?! Você não pode me abandonar!


A porta fechou, meu filho começou a chorar, o lugar que antes me deitava
está ocupado por outra mulher. Conhecendo o monstro, que antes eu chamava de
“amor”, era questão de tempo até outra garota perder sua vida ao cair em seus
braços, que serão os mesmos braços que irão puxar o cabelo desta moça em
direção a porta.
Eu não sabia o que fazer, peguei meu bebê em uma mão, a bolsa cheia
de roupas na outra, parei na frente da igreja, e comecei a pedir esmola para cada
pessoa que passava. O choro do meu anjo, minha fome e meu desespero falaram
mais alto que qualquer orgulho naquele momento. Porém todo o sofrimento não foi
suficiente, consegui apenas algumas moedas.
- Garota, o que você está fazendo aqui?
Perguntou uma meiga velhinha que sempre pedia esmola na igreja.
- Estou passando por dificuldade...
- Está com fome? Toma, pega um pedaço de pão, acho que esse neném
também quer.
- Muito obrigada...
Comecei a chorar, parecia o momento em que contei da gravidez para os
meus pais.
- Senhora, você foi a única pessoa que me ajudou, desde que... meu
namorado me expulsou. Não tenho como agradecer
- Minha filha, por que você está aqui? Seus pais estão vivos?
- Sim, é que... temos uma relação complicada desde ... o bebê.
- Eu tive uma filha, eu perdi o controle quando ela resolveu contar que
estava grávida... me arrependo todos os dias, deveria ter sido mais delicada, mais
acolhedora, mais mãe... ela não conseguiu aguentar a desaprovação e pulou de um
viaduto...
Depois de uns minutos de silêncio, resolvi perguntar:

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- Senhora, como você consegue ser feliz? Mesmo estando aqui, todos os
dias sempre vejo você sorrindo e ajudando os outros.
- Minha filha, se eu soubesse, eu já contaria a todos que passam por aqui.
Toma, tenho uma surpresa.
Ela tirou delicadamente um maço de dinheiro do bolso.
- Você vai encontrar seus pais, se eles não te aceitarem, volte aqui que
eu aceito você, entendeu, minha filha?
- Senhora, não posso te agradecer o suficiente, muito obrigada.
O ônibus parou, basta apertar a campainha... não sei o que irá
acontecer... e depois... não sei o que irá acontecer…
Ding Dong.
- Filha!?
- Mãe...
Comecei a chorar.
- Mãe, preciso de ajuda...
Mamãe me abraçou, papai estava chorando de longe.
- Filha, porque não veio antes?

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A escolha vocabular pode garantir a correta compreensão de um texto, mas muitas vezes pode
gerar grandes confusões...

O inglês do meu pai

Rayssa Inês Fávero Belleza

Lá estávamos nós em um belo dia de férias em Miami. Tínhamos


acabado de chegar dos museus que havíamos visitado e estávamos famintos e
exaustos. Fomos ao supermercado perto do nosso hotel para comprar algumas
comidas e bebidas. Quando estávamos no caixa pagando nossas compras, meu pai
perguntou para a atendente onde a praia ficava para conseguirmos visitá-la no dia
seguinte. A moça do caixa foi o alvo do meu pai:
- Where's the bitch?
Meu pai tinha acabado de ofender a americana. Eu, interessada em como
a situação iria caminhar, não intervi.
- What?
- Where's the bitch?
- Are you kidding me?
- I just asked: Where's the bitch?
- Ah, is next to the park.
- Thank you!
Meu pai, impaciente com a moça, começou a se perguntar qual era o
problema dela. Eu não conseguia parar de rir. Ele olhou para mim e disse:
- Qual é o seu problema?
E eu respondi:
- Hoje eu descobri a falta que a boa pronúncia faz na comunicação.

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Inspirados pelas músicas “Valsinha”, de Chico Buarque, e “Felicidade”, de Marcelo Jeneci, os
alunos escreveram sobre as pequenas felicidades do dia a dia.

O mundo compreendeu e o dia amanheceu em paz

Rebeca de Souza Oliveira

Sempre tentei manter meus sentimentos guardados até o dia em que


minha avó me disse que minha mãe estava com câncer, meu mundo foi destruído.
Uma menina de onze anos de idade ouvindo que sua mãe, a parte mais importante
de sua vida, estava com câncer?! Ao ouvir aquelas palavras, só era possível me
recordar de meu avô que morreu com a doença. Recebi a notícia e me mantive
firme, ao menos parecia, minha avó me contou antes para que minha reação fosse
positiva quando minha mãe me contasse.
Na mesma semana, no domingo, durante um almoço familiar, minha mãe
e minhas tias começaram a conversar comigo, e eu já sabia do que se tratava.
Estava preparada para falar que tudo daria certo, mas quando escutei minha mãe
dizendo: “eu estou com câncer de mama”, minha garganta fechou e as únicas coisas
que conseguia fazer era chorar e abraçar minha mãe como se nunca mais fosse vê-
la.
Eis que muito tempo se passou e minha mãe já havia concluído as piores
partes do tratamento e eu tentava ser o porto-seguro dela, dizendo sempre que tudo
iria dar certo, sendo positiva, mesmo aterrorizada internamente. Oito meses, quase
o tempo necessário para o nascimento de um novo ser humano, esse foi o tempo
necessário para que o tratamento de câncer acabasse, e depois de tanto tempo
chorando de medo escondida, medo de perder tudo que eu mais me importava, o
dia amanheceu em paz
Amanheceu com minha mãe bem, sem nenhum resquício de células
cancerígenas em seu corpo, escolhendo a tinta que iria pintar os seus novos fios de
cabelo, que também davam início a uma nova mulher, uma nova Sheila Raquel.

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A escolha vocabular pode garantir a correta compreensão de um texto, mas muitas vezes pode
gerar grandes confusões...

Vocabulário regional

Samuel Andrade Faria

Um Paulista, um carioca e um gaúcho sentados na mesma fileira do


avião, com destino a Salvador. Chega a hora da alimentação dos tripulantes e a
aeromoça pergunta:
- O que desejam, senhores?
O gaúcho é o primeiro a responder:
- Bah chê! Vou querer umas bolachas e um suco de bergamota.
- Desculpe, senhor? – Disse a aeromoça sem entender.
- Suco de bergamota, guria! – Responde o gaúcho impacientemente.
Antes de a aeromoça poder responder, o carioca levanta impaciente e diz
ao gaúcho:
- Para de caô, menó! É “biscoito”! “Bolacha” é o que eu vou dar na sua
cara!
- Bah, guri! Fale mais alguma coisa para mim que eu te jogo desse avião
e “tu vai” voar junto com as “rolas” da cidade.
O paulista se levanta e começa a dizer:
- Podem parar de brigar. Sou professor de Língua Portuguesa e afirmo
que a bergamota que o senhor se refere é a tangerina e também é correto se dizer
“bolacha”!
- Sem caô, menó! Professor uma ova, rapaz! O certo é “biscoito” e o
Mengão é o melhor time do Brasil! - Respondeu o carioca.
- Só conversa fiada! – Retruca o paulista – Todos sabem que o
Corinthians é o melhor, mas o assunto nem é futebol!
Um mineiro, ouvindo toda a conversa, se levanta e diz:
- Uai, sô! Pó pará cum esse papo! Muito mais fácil falar “trem” que evita
qualquer bagunça! Agora arreda aí que eu quero ir ao banheiro!
E toda a discussão termina.

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As chamadas Fake News, notícias falsas, tornaram-se cada vez mais comuns e têm se
espalhado facilmente por meio das redes sociais e aplicativos de conversa. Discutir sobre elas
torna-se fundamental para a sociedade.

Os perigos das Fake News

Samuel Andrade Faria

É perceptível que o avanço tecnológico na área de comunicação faz com


que muita informação seja divulgada em um curto período de tempo. E é esse o
principal motivo que faz com que as Fake News ganhem tanto destaque.
As Fake News, na sua tradução literal, são notícias falsas que podem ter
diversos objetivos por trás de sua publicação. O autor de uma fake new pode estar
querendo causar pânico, postando algo sobre algum acidente ou assaltos, ou pode
desejar difamar alguma figura conhecida, como um político, na maioria das vezes.
Como são notícias falsas, o responsável pela publicação pode responder
por questões de calúnia, difamação ou outros crimes mais severos, dependendo das
consequências da circulação da notícia. Por exemplo, em 2014, uma mulher foi
agredida até a morte por causa de uma suposta realização de rituais de magia negra
envolvendo crianças. Nesse caso, o autor da fake new respondeu por incitação ao
homicídio.
O grande perigo dessas notícias consiste no fato de que pessoas
ingênuas podem acreditar e acabar compartilhando, acelerando sua circulação. Para
que isso não ocorra, é necessário que escolas juntamente com o governo invistam
na educação digital da população, tornando-a mais crítica, para que os usuários
suspeitem de manchetes absurdas ou até mesmo pesquisem as fontes das notícias.

580
Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

Superbactérias: reflexo da automedicação?

Samuel Andrade Faria

É evidente que cada bactéria tem um antibiótico específico para


tratamento e que, além disso, elas sofrem mutações ao longo do tempo, tornando-se
resistentes ao medicamento. Por esse motivo, novos antibióticos são desenvolvidos,
com o objetivo de atingir as bactérias mutantes. Contudo, desde 1980, não há uma
nova descoberta de nenhum novo medicamento, sendo assim, surgem cada vez
mais superbactérias.
Como já são mais de 30 anos sem nenhum novo tipo de tratamento ou
antibiótico, as bactérias se tornaram resistentes aos já existentes, sendo assim, os
medicamentos não surtem efeitos. Um indivíduo que contrair uma infecção
bacteriana, por mais simples que seja, pode ter dificuldade em encontrar tratamento,
pois a infecção pode ter sido causada por uma bactéria mutante.
Além da falta de novos medicamentos, a automedicação sem o auxílio de
um médico é também uma das causas para o surgimento de superbactérias. É
comum que algumas pessoas com diarreia, um exemplo de doença causada por
bactérias, tomem antibióticos exageradamente. A bactéria no organismo, depois de
tantas doses do mesmo medicamento, pode sofrer mutação, gerando descendentes
resistentes ao mesmo.
Como uma descoberta científica para um novo medicamento pode levar
muitos anos para acontecer, o principal a ser feito é acabar com o costume da
automedicação exagerada. Para isso, a OMS deveria informar a população mundial
sobre os riscos da automedicação e suas consequências. Desse modo, a população
se conscientiza sobre o problema e as pessoas passam a se medicar apenas com
receita médica.

581
Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas
de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

Quem mata, o homem ou a arma?

Sofia Soares Godoy de Oliveira

O porte de armas, sejam elas quais forem, é algo extremamente perigoso,


uma vez que nem todo dono a utiliza com os mesmos propósitos. Enquanto um quer
colecionar, outros usam para assaltar. E em um país em que, mesmo com o porte
restrito, ainda há homicídios, esse perigo aumenta.
Alguns dados provam o contrário, a Suécia, por exemplo, apresenta
cidadãos com posse de arma e há uma taxa de homicídios quase nula.
A questão é pensar: quem mata, o homem ou a arma? Considerando que
a resposta seja o homem, umas vez que o mecanismo não age por conta própria,
uma solução é não permitir o livre porte, submetendo o comprador a análises
psicológicas, análises em sua ficha criminal, etc, tudo para evitar que se coloque
armas nas mãos de pessoas violentas.
Além disso, um curso preparatório deve ser oferecido, no qual o cidadão
apenas venha a manusear o armamento e a reagir em situações de risco, a fim de
evitar que qualquer pequena discussão seja motivo de tiro.
Deve-se lembrar que países diferentes possuem povos com pensamentos
diferentes; logo, medidas distintas para uma mesma situação devem ser tomadas,
tudo para diminuir a perda de vidas por motivos desnecessários.

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A escolha vocabular pode garantir a correta compreensão de um texto, mas muitas vezes pode
gerar grandes confusões...

Jujubas?!

Sofia Rabelo Cavalcanti de Albuquerque

Era um sábado na matina quando Maria estava decidindo o que fazer de


almoço daquele dia, até que resolveu fazer o prato preferido de seus filhos: filé de
frango e jujuba, acompanhado de arroz e feijão. Percebendo que faltava o segundo
ingrediente principal do prato, resolveu ir ao armazém perto de sua casa. Chegando
lá, falou ao vendedor:
- Oi, bom dia!
- Bom dia, senhora! Como posso ajudá-la?
- Bem, estou procurando algumas jujubas para o almoço.
- Jujubas?
- Isso mesmo.
O vendedor, mesmo achando estranho a mulher usar jujubas para o
almoço e olhando torto para ela, perguntou:
- Quantas a senhora deseja?
- Cinco, por favor.
- Certo. Dá um total de 0,60 centavos.
- Nossa! Está muito barato! Tem certeza disto?
- Claro! Jujubas são baratas mesmo.
Mesmo com a fala do homem, a mulher conferiu na sacola se o produto
estava certo.
- Está errado! Você embrulhou gomas de mascar, que também são
chamadas de jujubas! Quero o outro tipo de jujubas!
- Então eu não sei qual você quer, senhora.
- Jujubas!
- Só conheço a bala!
- Hum... Certo... Como posso explicar como elas são... Ah! São amarelas!
Parecidas como... Como... Cenouras, talvez?
- Já sei! Você está querendo cenouras amarelas!

583
- Sim! É isto mesmo que você mostrou! Não sabia que elas se chamavam
assim!
- Então o preço é R$6,00.
- Certo! Muito obrigada e até a próxima!

Posicionar-se criticamente frente a problemas atuais, argumentando e apontando propostas


de intervenção é parte do processo de formação do Ensino Médio.

A corrupção no Brasil

Sofia Rabelo Cavalcanti de Albuquerque

Atualmente no Brasil, um dos grandes problemas sociais e políticos é a


corrupção na nação. Mas o que é a corrupção? Ela pode ser considerada como
atitudes em que um, para ser favorecido, passa por cima dos outros e não realiza a
cidadania, ou seja, não ter consciência de seus direitos e deveres que devem ser
cumpridos pelos cidadãos. Dessa forma, podemos considerar que existem diferentes
proporções que ela pode ocorrer: as de pequena e grande proporção, que devem
ser bem diferenciados.
Considerando as corrupções de grande proporção, podemos levar em
conta o contexto de grande crise política em que estamos vivendo. Relacionado a
isso, a Lava Jato, por exemplo, foi uma operação policial e investigativa de políticos
brasileiros que se envolveram na lavagem de dinheiro desonesto, acontecimento
que não só impactou a sociedade brasileira, como também, a população global.
Já as de pequena proporção ocorrem todos os dias por praticamente
todas as pessoas, e são consideradas mais ‘aceitáveis’. Podemos perceber que ela
também é cada vez mais banalizada, podendo ser uma atitude de hipocrisia, uma
vez que mesmo que a proporção entre as duas formas seja diferente, sempre
haverá alguém que será prejudicado. Um exemplo que pode ser dado de pequena
corrupção é o jeitinho brasileiro, que é o conjunto de pequenas ações como tentativa
de conseguir um jeito para tudo, passando por cima dos outros. As mais comuns
são as de furar fila, estacionar em vaga especial, embolsar o troco que veio a mais,
entre outros.

584
Para melhorar essa situação, a principal ferramenta a ser usada é a
educação, que deve conscientizar a população sobre o problema, ensinando a elas
por que esse tipo de atitude é errado e mostrando o impacto desse comportamento.
Isso deve ocorrer por meio de campanhas e palestras, como a que aconteceu
tempos atrás, chamado “O que você tem a ver com a corrupção?”, estimulando a
ética, moralidade, honestidade e responsabilidade à população.

585
Três anos após o Desastre de Mariana, os afetados continuam esquecidos. Como estariam
suas vidas? Quais os sentimentos? Os alunos foram estimulados a se imaginar no lugar
desses moradores e escrever narrativas que revelassem esses sentimentos.

A entrevista

Vinicius Martins da Costa Lieb

Acordei hoje às seis horas da manhã, tomei meu típico café matinal e

comecei a me preparar para uma entrevista no jornal da Globo. Fui convidado para

relembrar e contar como foi minha experiência durante o desastre ambiental em

Bento Rodrigues, onde uma barragem rompeu e destruiu minha pobre e querida

cidade. Chegando ao set de filmagens, me deparei com a apresentadora e logo ela

me disse como seria feita a entrevista. Eu teria que responder a algumas perguntas

simples sobre como era a vida no distrito, como eu reagi ao saber da notícia do

ocorrido, para onde fui, como minha vida está agora, dois anos depois, dentre outras

mais. Estava controlando minha ansiedade quando o diretor disse que iríamos

começar. Meu coração estava a mil, mas mantive a calma.

- Cinco, quatro, três, dois... – disse o “chefe da casa”.

- Bom dia! Aqui estamos novamente com mais um “Bom Dia Brasil” e hoje

temos uma convidada especial, Nicole Santos, mais conhecida como Nic. Ela foi

uma das pessoas que sobreviveram ao desastre de Mariana, onde uma barragem

rompeu e matou 13 pessoas. Então, Nic, conte-nos. Onde estava quando tudo

aconteceu?

- Bom dia! Bem... eu estava buscando meu filho José Carlos, na época

com quatro anos, na escola quando as pessoas em volta começaram a correr

desesperadamente para todos os lugares, principalmente para os pontos mais altos

da cidade, sem rumo e chorando. Agarrei José no colo e segui atrás de todos,

586
porque imagine se você estivesse correndo risco de vida junto com seu “bebê”. O

desespero era total.

- Entendi – disse a repórter como se nem tivesse me escutado – E como

era sua vida antes da terrível tragédia?

- Minha vida era ótima! Tinha uma casa com um enorme jardim, três

cachorros e tinha meus pais. Eu... – chorei por alguns segundos, lembrando da mãe

e do pai, mas, logo depois, já estava bem – Minha mãe e meu pai ficaram doentes e

traumatizados depois do rompimento da barragem e infelizmente vieram a falecer.

Os responsáveis disseram que iriam nos indenizar, mas isso não aconteceu. Perdi

meu emprego e não pude ajudar aqueles que sacrificaram a vida toda por mim.

Minha forma de viver se transformou completamente e talvez nunca...

- Acalme-se, senhora. Já passou. Esse fim de mundo acabou e agora

está tudo bem. – disse a entrevistadora me interrompendo.

- Agora está tudo bem? – perguntei com um tom de indignação – Você

ouviu o que eu acabei de dizer? Disse com todas as palavras que minha vida agora

está completamente arruinada. Minha única família agora é meu filho. Eu... eu me

recuso a continuar aqui.

- Não, senhora. Perdão. Não devia ter dito aquilo.

- Um fato dessa gravidade precisa realmente acontecer para o povo

perceber que tem algo de errado? Quantas famílias estão sem casa, sem dinheiro e

sem um lugar para que possam descansar adequadamente enquanto os fiscais e a

empresa que deveria supervisionar a então barragem, estão por aí, livres e sem

dificuldades? Devemos pensar que de 2015 até hoje, quase nada mudou, eu e mais

centenas de pessoas estamos “largados” e esquecidos. Como você mesma disse:

“Já passou”. Agora vou me retirar, bom dia aos telespectadores.

587
- Mas, senhora!

Saí do estúdio de gravação, dirigi até a casa da minha tia, onde estava

morando desde o incidente e, quando cheguei lá, abracei meu filho bem forte,

emocionada.

- O que foi, mamãe? – disse ele com um ar de inocência.

- Só queria te dar esse abraço pra mostrar o quão importante você é na

minha vida. Sem você eu não seria nada. – disse lembrando o novembro em que

quase foram levados pela lama.

- Também te amo, mãe.

- Prometo que vai ficar tudo bem, filho. Vamos sair dessa situação.

- Mas já esta tudo bem- disse ele com um enorme sorriso no rosto.

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A escolha vocabular pode garantir a correta compreensão de um texto, mas muitas vezes pode
gerar grandes confusões...

Que trem doido

Vinicius Martins da Costa Lieb

Todos os dias um barulho muito alto, um lugar muito sujo, um odor


desagradável. Isso era o que as irmãs Marina e Regina chamavam de casa, a
Estação Ferroviária de Belo Horizonte. Órfãs há cinco anos, tiveram que aprender a
sobreviver com o mínimo necessário, controlando, quando conseguiam, a água e a
comida. As jovens mineiras montaram um pequeno barracão e lá viviam desde
então. Era uma manhã do ano de 2036, ano da estreia da estrada de ferro
intercontinental que ligava o Brasil à Ásia. Marina, a mais velha, saiu de casa logo
cedo, como de costume, para procurar algo que poderia servir de alimento para
ambas. Por sorte, achou vinte reais no chão logo quando começou a andar. No
caminho, parou em frente a um bar onde passava uma matéria sobre a tal estrada
que ligaria os continentes. Para sua surpresa, observou que a primeira viagem que
iria acontecer, partiria da mesma estação onde ela e sua querida irmã mais nova
moravam. Voltou correndo para contar a notícia para Regina de mãos vazias. Ao
chegar ao barracão, sua irmãzinha veio já dizendo com um sorriso enorme no rosto
que aquele tinha sido o dia mais rápido que ela havia conseguido algo para comer:
- O que você trouxe hoje, Nina? Estou morrendo de fome!
- Ainda não consegui nada, Re. Mas tenho uma novidade! A primeira
viagem da ponte intercontinental vai sair aqui da nossa estação. Isso não é incrível?!
- Legal...
- Não gostou da notícia?
- Gostei.
- Mas então qual o motivo dessa sua cara?
- Faz dois dias que nós não comemos nada. Achei que você ia conseguir
achar um trem pra hoje, mas pelo visto não, né? Deixa pra lá... já me acostumei.
Marina ficou sem reação. Não suportava ver sua pequena passando fome
nem com aquela cara de tristeza. Passado alguns instantes, Nina, apelido da irmã
mais velha, teve uma ideia. Por que as órfãs não embarcavam na viagem até o outro

589
continente também? Além de procurar novas oportunidades, uma viagem não cairia
mal. Então, propôs:
- Ei , Re! Posso te perguntar um negócio?
- Pode...
- Por acaso, você quer viajar comigo para outro lugar, fora dessa cidade?
- Não fica fazendo vontade não, sua...
- Opa! Eu tô falando sério! Que tal irmos pra Israel? A ponte que sai daqui
vai pra Israel, sabia?
- Eu quero sim! Claro!
- Sério?! Que ótimo, então. Temos que começar os preparativos. Tenho
um dinheiro guardado. Podemos comprar walkie-talkeis pra gente ficar conversando
sempre e como a passagem é cara, entramos no vagão de carga sem ninguém ver
mesmo.
- Combinado! Te amo! - disse Regina com um suspiro profundo de
gratidão.
Como planejado, os aparelhos para a comunicação foram comprados e
finalmente o dia tão esperado havia chegado. O futuro estava naquele trem. Os
passageiros já estavam esperando quando Marina lembrou que deveria se despedir
do dono do restaurante que lhes forneceu comida uma vez por semana durante
todos esses anos. As duas irmãs, apressadas, foram se despedir quando a caçula
notou que havia esquecido sua boneca de pano no barracão:
- Marina! Minha boneca ficou lá!
- Então vai lá e pega a... a... o... pega o trem lá que eu já vou indo!
Regina foi correndo, pegou a boneca e entrou no trem com destino a
Israel como pedido. Esperou ansiosamente e nada de Nina aparecer. Impaciente,
então, resolveu chamá-la pelo rádio comprado usando o código que tinham
inventado:
- Alfa 1, na escuta?
- Diga, Alfa 2.
- Onde você está? O trem já está quase saindo, estou aqui dentro te
esperando já há muito tempo.
- Por que você está DENTRO do trem?

590
- Você me disse para pegar o trem que ia pra Israel depois que minha
boneca estivesse comigo.
- Eu falei pra você pegar a boneca na nossa casa e não o trem de
verdade. E mesmo assim, o que sai agora não vai para Israel. Vai para... Isra...
Regina saia do trem agora! Esse trem não vai pro país Israel, vai pra cidade de
Israel no norte de Minas!
- Entendido, alfa 1. Já vo... deixa eu só pe... Mari... já... andando... O q...
faço??
- Regina! Regina, na escuta? Regina!
- CONEXÃO PERDIDA

591
592
Texto produzido a partir do tema OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM AUTISMO
NO BRASIL.
Anna Clara Lopes Souza

O autismo é uma síndrome neurológica que afeta a comunicação, a


socialização e o comportamento de indivíduos. Nos anos 40, esses prejuízos
cognitivos presentes no desenvolvimento estavam começando a ser pesquisados.
Uma das causas da síndrome era a da Mãe Geladeira. Apoiada na teoria Freudiana
que mostrava a importância do relacionamento materno no desenvolvimento infantil,
uma vez que se a criança fosse diagnosticada com autismo, a causa era a
negligência da mãe que havia sido fria e distante de seu filho, trazendo danos
irreparáveis à sua infância e resto da vida. Sendo assim, a sociedade começou a
excluir essas pessoas por medo do desconhecido que era visto como anormal e pela
crença de que a síndrome era um erro materno que poderia ser evitado. Apesar das
concepções médicas terem mudado nos dias atuais, é possível perceber que essa
exclusão ainda gera preconceitos e desafios na inclusão de pessoas com autismo
no Brasil.
A inclusão começa na oportunidade de tratamentos precoces que se
mostram fundamentais no processo de socializar e dar uma vida capacitada a essas
pessoas. Pediatras encontram dificuldades em dar o diagnóstico e instruir os pais.
Além disso, as terapias ocupacionais, fonoaudiólogos, neurologistas e terapias
especiais para autistas são extremamente caras, muitas são difíceis de encontrar e
o governo não disponibiliza suficientemente a maioria dos tratamentos gratuitos à
população. Nas escolas públicas, apesar de serem obrigadas por lei a serem
inclusivas, a verba governamental é insuficiente e isso gera um déficit na educação
da criança que não recebe instrução adequada às suas necessidades e fica à mercê
de alunos que desconhecem as dificuldades do colega e o isolam. Com todos esses
prejuízos, tornam-se adultos incapacitados de terem uma vida independente.
Considerando todos esses fatores, os cursos de medicina devem instruir
melhor os residentes em pediatria sobre o autismo, dando aulas voltadas ao assunto
que mostrem como ele, se não diagnosticado e cuidado, prejudica as etapas do
desenvolvimento e como eles podem auxiliar os pais mostrando e indicando terapias
especializadas. Com a instrução adequada, os diagnósticos precoces serão mais
realizados e a intervenção médica será mais efetiva para ajudar as pessoas com
autismo viverem uma vida independente.
593
Texto produzido a partir do tema PERIGOS DA OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA.

Anna Clara Lopes Souza

O consumo é uma atividade que exerce grandes influências na vida da


sociedade brasileira e que afeta negativamente em âmbitos sociais e ambientais. Ele
está diretamente conectado à obsolescência programada e passa, na maioria das
vezes, imperceptível, considerando que já faz parte de um ciclo consumista vigente
desde os anos vinte, com a forte produção industrial.
Atualmente, em um mundo globalizado, o poder de compra é considerado
o principal fator que sustenta a obsolescência programada. O ser humano, com seu
instinto de sempre se mostrar superior aos outros, anseia por cada vez mais
comprar produtos caros, de alta tecnologia e qualidade para se destacar em relação
aos outros e se manter atualizado. Sabendo desse hábito vicioso, as indústrias
reduzem a vida útil dos produtos e obrigam, indiretamente, o consumidor a trocá-los
com maior frequência.
Esse ciclo, contudo, gera dependências negativas na vida dos indivíduos.
Eles não procuram informações sobre consumo consciente e se endividam, viram
acumuladores, desenvolvem um desejo angustiante de sempre quererem mais e
poluem o ambiente.
O químico Lavoisier já constatava uma lei natural: “Na natureza nada se
cria, tudo se transforma”. Uma vez retirada a matéria-prima em excesso do
ambiente, os ciclos naturais se desequilibram e desencadeiam enchentes, furacões
e desertificações que podem destruir cidades, plantações e matar pessoas. Em
seguida, com a alta quantidade desses produtos, que são modificados
quimicamente, eles são descartados incorretamente e contaminam solos e causam
doenças.
As escolas, entretanto, podem começar a incentivar seus alunos a
pensarem sobre o consumo consciente dando aulas sobre obsolescência
programada e sobre os direitos do consumidor. Com essas informações, eles
pensarão antes de adquirirem produtos novos e terão mais responsabilidade com o
cuidado com o meio ambiente e com os próprios gastos.

594
Texto produzido a partir do tema OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM AUTISMO
NO BRASIL.
Autismo
Bernardo Corrêa Câmara Gontijo

O Autismo é uma síndrome que afeta cerca de dois milhões de


brasileiros, entretanto, pouca atenção é dada para esses indivíduos. Por esse
motivo, foi instituído pela Organização das Nações Unidas o dia 2 de abril como o
Dia Mundial de Conscientização do Autismo. O intuito da campanha é, portanto,
garantir a visibilidade, combater o preconceito e, o mais importante, inserir esses
indivíduos na sociedade atual.
Sob o mesmo ponto de vista, nota-se, em primeiro lugar, que apenas em
1993 o Autismo foi adicionado à Classificação Internacional de Doenças da
Organização Mundial da Saúde e, mesmo com os avanços tecnológicos, em 2018,
ainda há falhas no mapeamento genético para identificação da síndrome. Em
segundo lugar, pode-se destacar a falha das instituições escolares em possuírem
uma infraestrutura adequada para garantir aos indivíduos autistas educação de
qualidade e, principalmente, permitir a participação desses no convívio social
escolar.
Dessa maneira, é possível fazer uma alusão histórica com o período da
Idade Média para descobrir a origem dos problemas apresentados. Visto que, nas
sociedades medievais, as crianças que nasciam com algum retardo, síndrome ou
doença que as diferenciava do padrão de ‘’pessoas normais’’ eram brutalmente
assassinadas para que não contaminassem a população local. Embora esse
comportamento seja considerado intolerante e de extrema ignorância para os dias
atuais, é evidente que ainda há persistência do descaso com os indivíduos autistas
na sociedade brasileira.
Visando garantir o exercício da cidadania aos indivíduos autistas, o
Governo Municipal, com a Secretaria da Educação, deve tornar obrigatório que
todas as instituições de ensino tenham, para cada indivíduo especial, um
acompanhamento pedagógico e psicológico. A ação pode ser realizada mediante a
contratação de docentes e psicólogos especializados em lidar com indivíduos
autistas. Dessa forma, a escola será o primeiro passo para a inserção desses
indivíduos na sociedade.

595
Texto produzido a partir do tema O REAPARECIMENTO DE DOENÇAS ERRADICADAS NO
BRASIL
O reaparecimento de doenças erradicas no Brasil

Bernardo Corrêa Câmara Gontijo

O reaparecimento de doenças erradicadas no Brasil vem causando


preocupação na população, nos especialistas e, principalmente, na Organização
Mundial da Saúde, visto que as enfermidades podem se espalhar pelo globo.
Ademais, constatou-se que o motivo para o reaparecimento dessas foi a queda do
número de pessoas que mantêm a vacinação em dia. Essa prática tem por
consequência o enfraquecimento do sistema imunológico dos indivíduos, tornando-
os mais suscetíveis a doenças já erradicadas.
Em primeiro lugar, é necessário compreender o motivo do surgimento de
movimentos antivacinação nos EUA e a falta de preocupação da população
brasileira em tomar todas as doses necessárias. Portanto, basta analisar o período
da 1ª República do Brasil, em que houve, no Rio de Janeiro, a Revolta da Vacina,
que consistiu na resistência popular ao método de vacinação imposto pelo Governo.
Em ambos os casos, nota-se que a ignorância da população e a falta de
conscientização pelo Governo, tanto naquele período quanto nos dias atuais,
contribui para a permanência das doenças.
Em segundo lugar, o sexo desprotegido e a banalização do uso de
antibióticos sem prescrição médica contribuem para o aumento e o reaparecimento
de doenças bacterianas. Em contraste aos fatos apresentados, vive-se, atualmente,
na era da informação e da evolução medicinal, entretanto, a população despreza o
perigo das enfermidades pelo fato de que acreditam que nunca serão vítimas, ou
caso ocorra, haverá cura. Portanto, é possível constatar alguns dos motivos que
tornam claro o reaparecimento de doenças erradicadas em território nacional.
Dessa maneira, é necessário que o Governo Federal juntamente a
Organização Mundial da Saúde criem projetos nas instituições de ensino, os quais
consigam deixar claro aos alunos os benefícios da vacina e como o vírus inoculado
contribui para a ativação do sistema imunológico. Os projetos podem ser realizados
por meio do envio de agentes sanitários às instituições selecionadas a fim de
combater o reaparecimento de doenças em território brasileiro e, por conseguinte, o
melhoramento da saúde pública.

596
Texto produzido a partir do tema O PERIGO DAS FAKE NEWS NA ERA DA INFORMAÇÃO

Fernanda Soares Lamas

As fake news, do inglês notícias falsas, são um fenômeno que, embora


não seja tão novo, toma grandes proporções na era informacional. Sua maior
divulgação costuma ocorrer no aplicativo WhatsApp e em sites da internet,
espalhando-se rapidamente devido à aparência verdadeira.
Esse fato pode ser compreendido pela análise de Bauman. De acordo
com o sociólogo, vive-se em um período de modernidade líquida, cuja característica
é o enfraquecimento das instituições sociais como a mídia, de forma a possibilitar a
difusão e aceitação de informações divulgadas em meios informais que,
posteriormente, não possuiriam tanto crédito como hoje.
Logo, é possível identificar os perigos que decorrem do massivo
compartilhamento de fake news. Um deles é a dificuldade para discernir a verdade,
tendo em vista a quantidade de informação disponível. Isso pode levar a um
sentimento de desconfiança generalizada na população, uma vez que toda notícia é
passível de ser falsa.
Outro perigo é a intensificação da descrença na mídia enquanto
instituição social, uma vez que a todo instante há informações diferentes,
conflitantes e falaciosas. Proporcionalmente, intensifica-se a liquidez proposta por
Bauman, de maneira a criar um ciclo que estimula maior veiculação de fake news.
Em suma, urge que algo seja feito para quebrar tal ciclo. Portanto, o
Governo deve criar um órgão o qual atue na verificação de notícias amplamente
divulgadas por meio da contratação de equipes de jornalistas investigativos. Dessa
forma, será possível obter certeza das informações divulgadas, podendo, assim,
fortalecer a mídia novamente e evitar que meios informais possuam crédito.

597
Texto produzido a partir do tema PARTICIPAÇÃO POLÍTICA: INDISPENSÁVEL OU SUPERADA?

Fernanda Soares Lamas

A política é tratada com muita importância por diversos autores, tendo


como destaque Aristóteles, que entende o ser humano como um animal político. Vê-
se, então, relação intrínseca entre homem e política, sendo praticamente impossível
dissociar o homem que vive em sociedade da vida política.
Contudo, devido a um histórico de corrupção e à descrença por parte da
população, a política no país transmite aspectos de superada. Os habitantes
preferem, em alguns casos, não ter uma opinião definida, dizendo se manterem
neutros. Porém, essa neutralidade pode apresentar perigo, disfarçando uma
ignorância política não anunciada. Muitas vezes, essa é justificada pelo sentimento
de que qualquer participação política seria ineficaz.
Por outro lado, é preciso considerar o contexto histórico brasileiro ao se
falar sobre participação política. Após enfrentar uma ditadura militar, tendo sua voz
política abafada, o povo reclama seu direito, organizando movimentos e tendo
participação ativa na história do país. Considerando tanto a ditadura quanto o
momento atual do país, é possível afirmar que ambos são de instabilidade política,
mas que apresentam reações públicas contrárias.
Tendo em vista os pontos desenvolvidos e tomando como exemplo a
reação popular à ditadura, conclui-se que a participação política popular é
indispensável, pois ela apresenta possibilidades de mudança, sendo contrária à
neutralidade política. Dessa forma, a fim de estimular uma conscientização política
nas novas gerações, é necessário que as escolas brasileiras coloquem em prática
projetos de apresentações e debates sobre o tema em sala de aula.

598
Texto produzido a partir do tema O USO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL E NO MUNDO

Fernanda Soares Lamas

Atualmente, o mundo vive em um contexto globalizado e capitalista, cuja


maior preocupação é o lucro. A economia desempenha um papel fundamental,
regendo decisões que reverberam em todos os aspectos da vida em sociedade.
A exemplo disso, tem-se a produção agropecuária mundial e o aumento
exacerbado do uso de agrotóxicos. Os defensivos agrícolas são utilizados com a
intenção de aumentar a produtividade e, por conseguinte, os lucros, uma vez que
podem inibir doenças e combater pragas que acometem a produção.
Conforme tais premissas, o Brasil recentemente aprovou o uso de
potentes agrotóxicos em solo nacional, desejando obter maior competitividade
comercial. Todavia, esses foram banidos de outros países devido aos malefícios que
podem apresentar para a saúde e para o meio ambiente.
A medida adotada pelo Brasil mostra desdobramentos do conceito
geopolítico da Divisão Internacional do Trabalho da nova ordem mundial. Os países
desenvolvidos vendem tecnologia para que seja empregada no processo produtivo
de países emergentes, de forma que esses forneçam de volta os produtos prontos.
Assim, tem-se um cenário no qual os países emergentes são
prejudicados, pois empregam tecnologias que são danosas para a saúde daqueles
que trabalham diretamente com ela e para o meio ambiente, contaminando solo,
água e animais. Isso ocorre para que países emergentes consigam competir no
mercado internacional, tentando se equiparar aos países desenvolvidos.
Desse modo, é preciso que organismos da ONU como a Organização
Mundial de Comércio e a Organização Mundial de Saúde supervisionem as
dinâmicas de venda e uso de tecnologia agrotóxica, através do monitoramento do
desenvolvimento e comercialização de novos defensivos agrícolas e da fiscalização
intensiva da utilização desses, para que, assim, haja garantia de uma conciliação
entre a competitividade de mercado e o uso consciente que considere o meio
ambiente.

599
Texto produzido a partir do tema DIFICULDADES DO PODER JUDICIÁRIO NO BRASIL

Fernanda Soares Lamas

O poder judiciário no Brasil enfrenta atualmente um claro acúmulo de


processos, os quais ultrapassam a quantidade de juízes aptos para julgá-los. Isso
desencadeia uma demora para que se tenha resposta para as demandas dos
cidadãos, de forma que o procedimento judiciário é tido como demasiadamente
burocrático.
Tamanho é o acúmulo de demandas que fica explicitada a crescente
dependência do brasileiro da atuação judicial. Tal fato muito se relaciona com a
teoria política aristotélica, cuja premissa é de que o homem é um animal político, de
maneira que faz parte de sua natureza uma cultura de estabelecer relações que
sejam amparadas por regras.
Todavia, há um lado negativo na relação estabelecida com a questão
judicialista. Devido à dependência da sociedade, até mesmo questões banais ou
facilmente resolvidas são transformadas em processos, dificultando a tramitação
processual no país.
Ademais, outro ponto que representa uma dificuldade é o acesso ao
direito por vias alternativas. A solução de conflitos por outros meios como agências
reguladoras não é reconhecida, pois o Judiciário é visto como solução exclusiva de
controvérsias.
Tendo tais aspectos em vista, é preciso que o Supremo Tribunal Federal,
em parceria com agências publicitárias, promova campanhas informativas por meio
de sites oficiais bem como lugares públicos. As campanhas deverão instruir o
cidadão sobre formas legítimas de buscar resolução de conflitos por outros meios
que não o Judiciário. Dessa forma, será possível que mais pessoas alcancem justiça
por vias alternativas, desencadeando em uma liberação de processos no poder
judiciário.

600
Texto produzido a partir do tema OS DESAFIOS DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA NO BRASIL.

Fernanda Soares Lamas

Pouco se diz sobre os desafios da produção artística no Brasil. País que


já enfrentou uma severa ditadura militar, hoje censura e silencia manifestações
artísticas diversas, estabelecendo um padrão para o modelo de arte permitido e
apreciado.
O conceito sociológico de indústria cultural entra como um fator para
incentivar essa censura. Ela funciona de modo a produzir uma arte comercial, feita
aos moldes industriais e veiculada pela mídia e em produtos, sendo vista em
camisetas, propagandas, etc. Dessa forma, cria uma repetição e acostuma a
população a um padrão artístico e estético normativo, uma arte superficial, fazendo
com que tal padrão seja um gosto generalizado.
Isso propicia um ambiente que desestimula jovens artistas. A arte, que
poderia ser uma forma de expressão e de escape, acaba por reprimir aqueles que
procuram fugir de padrões pré-estabelecidos, inviabilizando e, por vezes, até mesmo
criminalizando, o seu trabalho artístico. Esse é o caso do grafite e do pixo, feitos
majoritariamente por jovens da periferia como uma maneira de mostrar suas
realidades.
Tendo isso em vista, é imprescindível que o Governo tome atitudes como
a criação de meios de incentivo a novas formas de arte, por meio de projetos em
escolas públicas e privadas que coloquem o jovem em contato com a produção
artística. Assim, será possível proporcionar novas visões sobre o que é arte,
quebrando padrões reforçados pela indústria cultural e, talvez, formar futuros
grandes artistas brasileiros.

601
Texto produzido a partir do tema O USO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL E NO MUNDO.

Gabriela Rodrigues Silveira Emiliano

A descoberta da agricultura na Idade da Pedra revolucionou a sociedade


da época,que passou de nômades, andarilhos em busca de alimento, para
sedentários. Por causa do início das plantações, começaram a surgir civilizações
ribeirinhas, como os fenícios no Rio Eufrates e os egípcios no Nilo, formando
grandes cidades e, consequentemente, impérios.
Contudo, a utilização constante do solo para o mesmo fim, deixa-o
desnutrido e pobre, isso foi observado por eles e solucionado durante séculos com o
rodízio de plantações; em uma estação plantava-se batata e, em outra, café, por
exemplo.
Entretanto, com o avanço das ciências, esse método tornou-se
ultrapassado e compostos químicos, conhecidos como agrotóxicos, foram
introduzidos nas lavouras. Por manter as pragas longe das colheitas e aumentar a
durabilidade dos vegetais, o processo era considerado benéfico e usado em
excesso, o que desencadeou vários problemas médicos e ambientais.
Segundo a Anvisa, órgão que fiscaliza as condições sanitárias, o uso
exacerbado de agrotóxicos, causa náuseas, dificuldade respiratória, fraqueza,
intoxicação, dores no corpo e irritação, além de degradar recursos naturais,
contaminar fauna e flora e causar desequilíbrios biológicos. Apesar disso, ainda são
aplicados em grandes quantidades, principalmente em verduras e legumes.
Portanto, o governo deve criar e fortificar leis que regulem a quantidade
de compostos que pode ser usada pelos agricultores e reforcem a fiscalização da
qualidade tanto do agrotóxico quanto do alimento que chega ao consumidor, por
meio de órgãos como a Anvisa, a Embrapa e outros dos Ministérios da Saúde e do
Meio Ambiente, a fim de diminuir os efeitos sobre a saúde dos cidadãos e sobre a
natureza.

602
Texto produzido a partir do tema O USO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL E NO MUNDO

Juana dos Santos Cardoso Coelho

A descoberta de agrotóxicos e alimentos geneticamente modificados


marcou uma época em que a preocupação com a teoria Malthusiana, que afirma que
a população cresce em escala geométrica e a produção de alimentos em escala
aritmética, ainda era frequente. Segundo tal teoria, não haveria alimento disponível
para a população em poucas décadas.
Essa teoria, apesar de exibir conclusões equivocadas, é um dos pilares
para justificar o uso exacerbado de agrotóxicos na atualidade: produzir alimento para
todos.
No entanto, as origens dos compostos utilizados fazem a população e
ONG’s mundiais questionarem a segurança desses. Os primeiros agrotóxicos
utilizados em grande escala e distribuídos foram fabricados pela mesma empresta
norte-americana responsável pelo gás mostarda, utilizado durante a Guerra do
Vietnã. Os ativos dos compostos são igualmente os mesmos, o que fez com que
grande parte dos países europeus proibissem a utilização destes no final do século
XIX. O Brasil, no entanto, continua a utilizá-los, ignorando recomendações da ONU.
Além das origens questionáveis dos agrotóxicos, o alto número de
intoxicações de agricultores e consumidores, do solo, flora e fauna, assim como a
poluição do ar são alarmantes. O uso excessivo de agrotóxicos em grandes
produções causa demasiados efeitos colaterais, encobertos por ruralistas que
pretendem continuar com a grande produção e obter lucro. O objetivo real de tais
compostos – acabar com a fome – não é cumprido como proposto.
Com o objetivo de diminuir a utilização de agrotóxicos no mundo é
necessário que a ONU multe os países que desobedecerem aos acordos realizados
e violarem direitos da população, com taxas proporcionais ao tempo de resolução da
situação. Desse modo, os países serão obrigados a oferecerem qualidade a
produtores e consumidores, evitando intoxicações e poluição do meio.

603
Texto produzido a partir do tema O REAPARECIMENTO DE DOENÇAS ERRADICADAS NO
BRASIL

Juana dos Santos Cardoso Coelho

A população brasileira se mostrou resistente à vacinação desde sua


disseminação durante a República Oligárquica no país, que deu origem ao evento
conhecido como Revolta da Vacina. Temerosos do conteúdo do frasco se negaram
à prevenção de doenças que cresciam aceleradamente nas periferias.
A escassez do incentivo aos tratamentos e educação da população fez
com que tal medo permanecesse na cultura brasileira. As falácias em relação à
vacina começaram a se relacionar a demais medicamentos, o que causou menor
aderência do público alvo em campanhas de saúde.
Por tais motivos, doenças anteriormente comuns no Brasil voltaram a
apresentar casos em diversas regiões do país, como paralisia infantil, sarampo e
escarlatina. Essas foram motivo de óbito de diversos indivíduos e vêm aumentando
ao longo do ano.
O cenário apresentado não deveria ser uma realidade na sociedade
brasileira, já que são oferecidos diariamente prevenções contra doenças que o
avanço da medicina é capaz de conter. Segundo pesquisa realizada pelo jornal “El
País”, o receio da vacinação contra doenças atualmente erradicadas está muito
ligado a boatos compartilhados em redes sociais, como Facebook e Whatsapp.
Contudo, o reaparecimento de enfermidades deve ser contido antes que
tais vírus e bactérias comecem a criar resistência aos medicamentos atuais e dê
origem a uma epidemia.
Urge que o Governo Federal, em associação ao Ministério da Saúde, crie
campanhas de vacinação altamente explicativas e interativas, de modo que
convidem a população a conhecer a produção da substância, seus efeitos sobre o
corpo e seus benefícios. Desse modo, com melhor educação sobre o assunto no
país, o público alvo de campanhas será atingido, erradicando doenças comuns
novamente e impedindo seu reaparecimento.

604
Texto produzido a partir do tema OS DESAFIOS DA INCLUSÃO DE PESSOAS COM AUTISMO
NO BRASIL.
Os desafios da inclusão de pessoas com autismo no Brasil
Juana dos Santos Cardoso Coelho

Estabelecida em 1993 como doença pela ONU, a síndrome do autismo é


uma alteração gênica sobre a qual pouco se sabe, muito caracterizada pelas
diferenças físicas e mentais dos indivíduos. Apesar de tais diferenças, foi constatado
recentemente que os indivíduos que apresentam autismo possuem, em sua maioria,
melhores capacidades mentais para certas áreas de estudo.
Tais capacidades, no entanto, são pouco exploradas. Especialmente no
Brasil, onde não há incentivo para pesquisas com tal foco e onde não se vê
necessidade para o mesmo; a falta de conhecimento sobre a síndrome gera
preconceitos, ignorância e imparcialidade, de modo que a inclusão de pessoas com
autismo não seja vista como urgência.
Apesar de ter influência notável quanto à inclusão de autistas, o
investimento em pesquisas não é o único desafio existente. Impulsionado pelo
pouco conhecimento acerca da doença, nota-se a despreparação de famílias e do
ambiente escolar. Ambos veem no autismo um empecilho para a realização de
atividades comuns, como exercícios e tarefas em casa, privando o indivíduo de se
exercitar intelectualmente e estabelecer sua independência, de modo que tais
pessoas continuem dependentes de seus responsáveis até o falecimento dos
mesmos.
A falta de independência em muito se relaciona com a falta de
oportunidades de emprego. Apesar de o Governo Federal ter estabelecido uma
porcentagem de vagas de emprego em grandes empresas para pessoas com
deficiência, nota-se falta de preparação da equipe para líder com indivíduos autistas,
assim como o receio. No entanto, por falta de impulso e vagas, a maioria não chega
a ter a oportunidade de buscar por um bom cargo.
Tendo em vista tais problemáticas, é de extrema importância que o
Governo Federal forneça verbas para áreas de pesquisa acerca do autismo, de
modo que se conheça mais sobre tal síndrome, acabando com preconceitos e
melhorando a forma como se lida com tais indivíduos. Assim, aproveitar-se-ia melhor
as capacidades intelectuais notadas em autistas, já que sua formação seria mais
bem preparada.
605
Texto produzido a partir do tema PUBLICAÇÂO DE IMAGENS TRÁGICAS: BANALIZAÇÃO DO
SOFRIMENTO OU FORMA DE SENSIBILIZAÇÃO?

Compartilhamento de cenas trágicas

Juana dos Santos Cardoso Coelho

A criação de redes sociais aumentou o contato entre diferentes


sociedades, de modo que podem-se acompanhar eventos de todo o mundo. Ao
mesmo tempo em que o acesso gera maior conhecimento, o uso dessas redes para
veiculação de tragédias e ameaças cresce a cada ano.
Imagens fortes como o da criança síria que morreu após o naufrágio do
barco de refugiados e o recente vídeo compartilhado de crianças centro-americanas
afastadas de seus pais por conta da imigração aos Estados Unidos são alvo de
comoção global, mas mostram também a falta de atitude da população para que os
mesmos sejam sanados.
A comoção gerada pelas imagens traz, muitas vezes, o desejo de mudar
a realidade vivida pelo grupo em questão. Uma recente pesquisa realizada na
Inglaterra mostrou que, ao se depararem com vídeos e fotos que mostravam
atitudes preconceituosas, crianças se manifestavam contra e questionavam o
porquê de tal cenário. A reação das crianças é a mesma esperada em adultos e
jovens no mundo atual ao verem tais imagens.
Em contraponto, a veiculação de cenas trágicas em excesso pode causar
a banalização do sofrimento alheio, de modo que a população não se mobilize como
deveria. Ainda assim, o trabalho feito pelas mídias de debate e insistência no
assunto, assim como o de procurar um olhar empático sobre a questão evita que tal
banalização ocorra.
É importante notar que o trabalho da mídia é essencial para a formação
da opinião pública e, portanto, é de sua responsabilidade que as trágicas fotografias
sejam debatidas de modo correto e saudável, criando na população a ânsia pela
mudança e incentivando-a a buscar apoio em ONG’s internacionais que lutam pelos
direitos humanos. Desse modo, o potencial da grande veiculação de conteúdos não
é desperdiçado.

606
Texto produzido a partir do tema A VALORIZAÇÃO DO DIPLOMA UNIVERSITÁRIO EM
DISCUSSÃO NO BRASIL.

A valorização do diploma universitário


Juana dos Santos Cardoso Coelho

O início da urbanização efetiva do Brasil após a chegada da Família Real


Portuguesa foi marco do crescimento de comércios e busca por aumento da
produção interna. Entre os séculos XVIII e XIX, com o impulso da industrialização no
Brasil e o início de práticas capitalistas, cresceu a necessidade de especialização
por parte dos trabalhadores.
Tal necessidade fez dar origem, mais tarde, a universidades públicas e
particulares, oferecendo maior acesso a cursos superiores. No entanto, o
crescimento da obtenção de diplomas universitários se tornou parte da cultura
brasileira, de modo que um jovem não teria estabilidade econômica ou garantia de
sucesso caso não cursasse ensino superior. É quase imoral que um jovem escolha
não cursar o ensino superior.
A necessidade do diploma acima exposta está atualmente em discussão.
A pressão por parte de familiares e da sociedade, assim como do próprio indivíduo,
cria um cenário de insegurança e desvaloriza profissões que não estão diretamente
ligadas a cursos superiores, tais como escrita e pintura, e desmoralizam aqueles que
são pedreiros, marceneiros, lixeiros, empregadas domésticas e outros mais.
Em meio à necessidade de um curso superior, esquece-se da existência
de cursos técnicos e profissionalizantes, assim como da importância das demais
profissões para a manutenção de uma sociedade.
Para pôr fim às crenças errôneas da sociedade brasileira, é necessário
que o Governo, em parceria com o Ministério da Educação, crie campanhas que
deem visibilidade a cursos técnicos, de modo que a população passe a vê-los de
forma diferenciada e como uma nova alternativa a cursos superiores, do mesmo
modo que passe a valorizar diferentes profissões e formações.

607
Texto produzido a partir do tema OS DESAFIOS PARA DEMOCRATIZAR O ACESSO À
CULTURA.

Juana dos Santos Cardoso Coelho

A cultura de um país envolve diferentes meios de manifestações e


expressões, tendo como objetivo a conscientização, educação ou apenas a
diversão. O Brasil, país multiétnico, apesar de possuir diversos tipos de
manifestações culturais que são importantes para o empoderamento de certos
grupos ou que procuram mostrar a realidade do país e de relações sociais, pouco
investe no acesso igualitário das mesmas.
Impulsionado pelo pouco investimento governamental e pela educação
recebida pelos brasileiros, que não inclui em seu currículo artes e não promove a
leitura, há atualmente pouco interesse da população em quaisquer formas de
cultura.
Dada tal condição, cerca de 40% dos brasileiros não leem sequer um livro
por ano e grande parte não busca por sessões de cinema ou teatro. No entanto, é
possível perceber que tal parcela é, em sua maioria, constituída de pessoas de
baixa renda, enquanto aquelas que possuem acesso frequente são de média a alta
renda.
Além da renda, o acesso à informação é um grande fator para a
popularização da cultura. Existem atualmente diversos projetos que oferecem
atrações culturais e escambo de livros pelo país, no entanto poucos são os que têm
consciência de tais eventos.
Assim, pela pouca demanda e falta de pressão por parte da população, o
Governo brasileiro deixa de investir em tal setor, sendo ineficiente em sua função de
democratizar o acesso à cultura.
Para garantir sua igualdade, ONG’s que defendem manifestações
culturais e projetos de arte popular devem iniciar campanhas e petições
direcionadas ao Governo a fim de aumentar o investimento no Ministério da Cultura,
para que o mesmo produza novos projetos e aumente sua rede de propagandas, de
modo que todos tenham consciência das programações em sua cidade.

608
Os alunos foram orientados a produzirem um texto, respondendo se é possível (recomendável,
viável, desejável) — ou não — responder às agressões do mundo contemporâneo com afeto.

É possível responder às agressões do mundo contemporâneo com afeto?

Juana dos Santos Cardoso Coelho

O mundo contemporâneo vem se tornando violento de uma forma


preocupantemente crescente. Etnocentrismo, preconceitos e busca por poder fazem
surgir batalhas ideológicas e físicas, destruindo milhares de vidas. Nesse meio,
surge a crença de que a violência é remediada com violência, criando um ciclo sem
fim.
Como dizia Buda, “de olho por olho o mundo fica cego”. Contrário à
violência, existe o afeto, que não é o mesmo que passividade. É difícil entender
como o afeto poderia sanar problemas como violência, afinal, seu resultado aparece
paulatinamente, mas ele vem se mostrando efetivo em alguns âmbitos. Nos EUA,
por exemplo, uma comunidade de uma cidade pequena, juntamente com ex-
presidiários, foi inserida em um programa de vivência, incluindo yoga e meditação.
Ao longo dos meses, percebeu-se a diminuição de quase 30% da violência na
cidade.
Percebe-se que reagir com violência à violência cria traumas e bloqueios
e que só o caminho do afeto, da ressocialização, da comunicação sem violência
poderia sanar. Agir com cautela e respeito, procurando lidar bem com os lados
envolvidos e chegar a uma solução conjunta seria o meio para pôr fim a muitas
guerras.
A ONU, já notando como relações interpessoais de cuidado e afeto são
essenciais, deveria, a fim de alertar os países para tal meio de comunicação, criar
uma conferência global, com o tema Afeto.

609
Lisandra Augusta Andrade

No Brasil, com a grande desigualdade social proporcionada,


principalmente pela escravidão, a elite sempre teve privilégios em relação aos
escravos e o exemplo disso é a relação com a educação e a cultura. Em outras
palavras, os senhores e suas famílias eram alfabetizados e isso lhes permitia ler
livros e aprender sobre novas culturas. Após a Abolição, a desigualdade continua
com a marginalização, já que, sem oportunidades, possuem grandes barreiras no
que se refere à cultura.
Com a chegada dos novos meios de comunicação como a televisão e a
internet, a parcela mais rica da população, que os possuía, se viu ainda mais
distante de livros, rádios e teatro, pela aparição de novelas e notícias instantâneas.
Dessa forma, a outra parte da população começou a ter acesso aos recursos "mais
antigos", porém com elevados preços, por exemplo, os livros e os gratuitos,
encontrados em bibliotecas, escassos ou em péssimas condições.
Quando o acesso à televisão se tornou gratuito, os chamados canais
abertos são pouquíssimo variados e, na maioria das vezes, expõem apenas um
ponto de vista sobre determinado assunto, até por influência de patrocínios, o que
acaba influenciando o telespectador. Diante do exposto, essa pessoa se vê
convencida e não procura novos meios de buscar informações.
Portanto, são necessárias propagandas em televisões que incentivem a
leitura. E o mais importante, um acordo entre Estado e as editoras de livros, para
que sejam doados todos os exemplares não vendidos à bibliotecas para que todos
tenham acesso a livros em bom estado de uso.

610
Texto produzido a partir do tema REFORMAS DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO.

Viver é trabalhar
Luísa Morais e Souza

"Brasil, meu Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro", "terra de palmeiras


onde canta o sabiá"; é um país maravilhoso onde, apesar de todos os seus prós, há
sérios problemas socioeconômicos. Visando resolver um deles, temos uma das
grandes pautas polêmicas de 2017: a reforma do sistema previdenciário.
Proposta pelo atual presidente da república, Michel Temer, causou
inúmeros questionamentos da população, sendo o principal deles o aumento da
idade mínima para aposentadoria. Independentemente do tempo de contribuição,
serão necessários 65 anos de vida, tanto para homens quanto para mulheres.
Ao mesmo tempo, diversas propostas da reforma são extremamente
pertinentes, tal como a existência de uma faixa de transição e a restrição da pensão
por morte somada à aposentadoria. Em busca de amenizar o crescente déficit
econômico do país, medidas como essas devem ser tomadas, seja permanente ou
temporariamente.
Afinal, é uma reforma necessária. Entretanto, deveria ser levada em
consideração as diferentes regiões do país e suas respectivas expectativas de vida,
além do tempo pessoal de contribuição. Dessa forma, o governo considerará a
grande extensão territorial do país e as consequentes diversidades de
oportunidades.

611
Texto produzido a partir do tema OS DESAFIOS DA PRODUÇÃO ARTÍSTICA NO BRASIL.

Luma Cunha Kubtischek Prates

A produção artística é reprimida por políticas e leis que diminuem o valor


sociocultural da arte na sociedade brasileira. Assim, a formalização dos trabalhos
artísticos, bem como o senso comum de que arte de rua e a própria arte não têm
seu devido valor, tornam-se desafios que carecem de ser combatidos.
Nessa linha de raciocínio, a arte é símbolo de poesia, criatividade e
imaginação. É uma manifestação que existe desde o Período Neolítico, no qual os
primatas desenhavam a caça e faziam contas por meio da pintura rupestre,
considerada uma das primeiras produções artísticas. E, assim como essa pintura,
antigas produções artísticas fizeram e fazem o que hoje é a história. E nas escolas
atuais, para o aprendizado, diversos quadros e fotografias são utilizados em livros
didáticos, exemplificando a importância da arte para o homem se situar num
determinado período histórico.
Sendo assim, um dos desafios que interfere na valorização de uma
produção artística é a liberdade de expressão articulada em leis e ações
governamentais de maneira equivocada. Como exemplo, a ditadura militar da
década de 60, impediu e censurou diversas manifestações artísticas, excluindo e
mantendo o desemprego de artistas, que não são valorizados no mercado de
trabalho. O que compromete a arte também é o senso comum de se ver toda forma
de arte como vandalismo.
Portanto, como a arte retrata um período histórico e, além disso, o
sentimento do povo e das classes marginalizadas, é de extrema importância que ela
seja valorizada para que a nação brasileira não perca seu rico valor cultural. Com
isso, é necessário que as escolas comecem a adotar a disciplina “arte” como
obrigatória e pontuada, para que jovens e crianças aprendam a enxergar, vivenciar e
praticar a importância da arte para a história, a política e a sociedade como um todo.
O governo também deve criar mais galerias de arte pública para que jovens e
artistas possam se manifestar de maneira a incluir as produções artísticas no
patrimônio cultural brasileiro.

612
Texto produzido a partir do tema REFORMAS DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO.

Maria Clara Barros

No contexto atual em que o Brasil se encontra, é possível afirmar que as


diversas reformas quanto ao sistema previdenciário irão afetar, positiva ou
negativamente, a vida de grande parcela dos brasileiros.
Dentre as mudanças propostas, estão presentes a idade mínima de 65
anos para aposentar, a restrição do valor de pensão por morte a aposentadoria,
assim como a redução da aposentadoria por invalidez.
Primeiramente, é importante ressaltar que o Brasil é um país cuja
distribuição populacional por território não é igualitária, implicando em diferentes
qualidades de vida, saúde e educação, dependendo da região. Com isso, muitos
indivíduos não possuem a mesma condição de trabalhar até os 65 anos, uma vez
que existe uma grande desigualdade social.
A alteração da idade mínima também implica o fato de as pessoas terem
que começar a trabalhar cada vez mais cedo, com aproximadamente 16 anos, se
quiserem receber o valor do salário médio em sua totalidade.
Outro ponto importante a ser considerado é sobre a aposentadoria por
invalidez, agora sendo somente validada se houver a contribuição mínima de 3
anos, podendo afetar a qualidade de vida de alguém já debilitado.
A Reforma da Previdência foi proposta em um país extremamente
desigual, com expectativas de vida tão distintas que pode levar anos para ser
possível aposentar com valor integral.
É preciso que o Governo flexibilize a idade mínima, considerando o IDH
das regiões brasileiras, bem como a expectativa de vida da população. Só assim
será possível que a Reforma seja justa em um território tão diversificado nas
questões públicas.

613
Texto produzido a partir do tema PERIGOS DA OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA.

Maria Clara Barros

Pode-se afirmar que o capitalismo é um sistema que visa a obtenção de


lucro como principal objetivo. Para que isso ocorra, é preciso que haja o consumo de
produtos por parte da população.
Tendo isso em mente, foram desenvolvidos diversos mecanismos que
incentivam um consumo em maior quantidade. Dentre eles, estão a modernização
tecnológica, a qual vem ganhando força desde a Revolução Industrial, e a baixa
durabilidade dos produtos comercializados, também conhecida como obsolescência
programada.
Faz-se necessário ressaltar que, por mais benéficos que tais mecanismos
e o consumo desenfreado sejam para o sistema econômico atual, diversas
consequências são acarretadas tanto para a população consumidora quanto para o
meio ambiente.
Com a modernização dos produtos estando cada vez mais presente,
juntamente com uma baixa durabilidade desses, os indivíduos sentem uma enorme
necessidade de consumirem o que é mais novo e moderno, o que,
consequentemente, implica um maior gasto financeiro.
Tal fato acaba por gerar um consumismo exacerbado por parte dos
consumidores, que, em certos casos, podem até precisar de tratamento por conta do
desejo desenfreado de consumir, além de um possível endividamento causado pelos
altos preços.
Outras consequências são destinadas ao meio ambiente, que sofre muito
impacto com a obsolescência programada dos produtos. Alguns deles, que possuem
um maior consumo, costumam ser feitos de compostos tóxicos, os quais demoram
milhares de anos para serem decompostos. Consequentemente, eles podem poluir
áreas nas quais são descartados, prejudicando a vida dos seres vivos presentes
nela, bem como seu habitat natural.
Mediante tais fatos, torna-se necessária uma mudança que gere lucro,
mas que também beneficie os consumidores e o meio ambiente. O Governo deve
criar áreas de preservação contra os compostos tóxicos, destinando os produtos
descartados para pesquisas que criem métodos sustentáveis de uso, melhorando a

614
vida útil dos futuros produtos consumidos pela população. Além disso, campanhas
devem ser criadas pelo Estado para incentivar um consumo responsável, para evitar
um consumismo exagerado.

Os alunos foram orientados a produzirem um texto, respondendo se é possível (recomendável,


viável, desejável) — ou não — responder às agressões do mundo contemporâneo com afeto.

Maria Clara Barros

A violência é algo que sempre esteve presente no mundo, modificando-se


apenas a forma pela qual ela se manifesta com o passar dos anos. É certo que,
diariamente, várias pessoas são agredidas, mas o ponto em questão é a maneira
como elas reagem a tal violência.
Existem aqueles que acreditam veemente que a violência deve ser
retribuída igualmente, para assim se obter justiça. Outras pessoas, contudo, não
concordam com tal opinião, crendo que a agressão pode ser respondida com uma
manifestação afetuosa.
Um exemplo evidente disso foi a tragédia ocorrida no Brasil com Marielle
Franco, a qual foi brutalmente assassinada, deixando sua esposa e filha para trás. A
ex-vereadora do Rio de Janeiro era símbolo de resistência negra, social e
feminina. Não só o Brasil, como outros países também, mobilizaram-se com o
ocorrido, e foram prestadas diversas homenagens de amor e gratidão a Marielle e
sua família, por tudo que ela representava.
É fato que a violência destrói muitas vidas, e que não é fácil ter empatia
suficiente para retribuí-la com afeto. Contudo, é um exercício que a sociedade deve
praticar constantemente, uma vez que evidencia uma humanidade ainda presente
no ser humano, apesar de este estar rodeado de atos violentos. Além disso, ter em
mente que a violência deixa muitas vezes danos permanentes nos outros, por isso é
de extrema necessidade a prática da empatia também, ao se colocar no lugar do
outro indivíduo.

615
Texto produzido a partir do tema O PERIGO DAS FAKE NEWS NA ERA DA INFORMAÇÃO

Maria Clara Barros

Na Sociologia, a Mídia é tida como uma importante instituição social, a


qual tem peso na participação do processo de socialização de um indivíduo na
sociedade, bem como na formação de sua identidade. Desse modo, os meios
midiáticos utilizam dos mais diversos artifícios para conseguirem um alto número de
audiência, sendo um deles as fake news.
As fake news são notícias disseminadas em redes sociais, jornais e
televisão que possuem caráter falso, mas que aparentam ser verdadeiras aos olhos
do leitor. Contudo, apesar de parecerem inofensivas, tais notícias trazem consigo
diversos perigos.
Primeiramente, devido ao fato de que as fake news não se pautam em um
tema específico, as informações podem ser facilmente manipuladas sobre qualquer
assunto e em qualquer nível. Sendo assim, pessoas ingênuas e/ou mal informadas
acreditam veementemente no que foi dito e, dependendo do caráter da notícia, isso
pode causar reações negativas no leitor, muitas vezes incitando a violência e
gerando casos fatais de pessoas que não podiam se defender.
Ademais, outro perigo causado é a perda de um senso crítico para
aqueles que contribuem para a difusão de informações falsas com frequência e não
procuram saber da veracidade dos fatos por outras fontes confiáveis. Por
conseguinte, se torna cada vez mais difícil diferenciar as notícias reais das falsas,
gerando consequentemente uma alienação dos indivíduos por parte da mídia.
Portanto, levando em consideração os dados apresentados e as
consequências geradas pelas fake news, medidas devem ser tomadas para diminuir
seus riscos.
O Governo deve criar uma lei que criminalize as fake news e a sua
difusão, além de desenvolver campanhas informativas para educar a população a
como identificar tais notícias, por meio das redes sociais. Isso possibilitaria os
indivíduos a criarem um senso crítico acerca das informações falsas, diminuindo a
disseminação das fake news para outras pessoas.

616
Texto produzido a partir do tema REFORMAS DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO.

Marina Lorenzo Cardoso Vieira

O Brasil tem um histórico de corrupção acentuado em que rendas


públicas foram retiradas dos seus cursos naturais de dedicação à saúde, à
educação e à segurança, como o processo da Lava-Jato. Por conseguinte, a
população se vê em uma frente despreparada para o futuro, desprovida de formação
e capacitação, gerando alta nas taxas de desemprego.
A Reforma Previdenciária Brasileira visa controlar o rombo nas contas do
INSS devido aos gastos da Previdência Social. No entanto, em um país emergente
como o Brasil, é contraditório tratar o aumento da expectativa de vida como um
problema. A nova regra busca estender o tempo mínimo de contribuição trabalhista,
o que dificulta a chegada da aposentadoria. Sem boa escolaridade, provida pelo
Estado, a chance de conseguir um emprego fixo e com bom salário é muito
pequena, ou seja, poucos conseguirão aposentar com 65 anos, tendo de contribuir
ininterruptamente durante um longo período.
O governo não pode tentar encobrir seus erros prejudicando os outros. O
próprio atual Presidente, Michel Temer, a favor da implementação da reforma, não
quis declarar acerca do seu tempo de trabalho e o valor de sua aposentadoria,
alegando envergonhar-se, uma vez que, já comprovado, contribuiu por poucos anos
e recebe um alto salário.
Deve haver uma reforma sim, mas uma reforma na educação e na
regência governamental que, com a ajuda dos impostos, providencie uma condição
boa e viável de formação e aposentadoria a todos. Para cobrir os rombos do INSS,
pode-se implantar um aumento dos impostos, desde que haja uma boa aplicação em
todas as áreas, poupando a população de pagar escolas particulares, planos de
saúde e ainda providenciando um tempo de descanso maior àqueles da terceira
idade, que recebem recompensa por todos anos de contribuição.

617
Texto produzido a partir do tema DIFICULDADES DO PODER JUDICIÁRIO NO BRASIL

Paula de Andrade Carvalho Muller Leal

A constituição em vigor no Brasil é incrivelmente abrangente e é


reconhecida no mundo todo por sua complexidade. Porém, o sistema judiciário não
é capaz de atender à totalidade dos processos brasileiros e se encontra
sobrecarregado. A população recorre à Justiça para milhões de problemas, sendo
eles graves ou não e isso resulta em uma desorganização massificada.
Em vista disso, o país está em uma situação que a Justiça deixa de
funcionar verdadeiramente. Como exemplo de tal, no Brasil apenas 3% dos
assassinatos são julgados e processados; e além disso, a pena de um estuprador é
mais branda do que a de quem foi pego dirigindo embriagado. Portanto, a
distribuição de responsabilidade sobre diferentes tipos de causas deve ser
reelaborada e melhor organizada.
Outrossim, isso implica outros poderes, tanto o legislativo quanto o
executivo, levando a um desequilíbrio de poder e uma impunidade daqueles que
governam o país. Processos de investigação de políticos tendem a não serem
executados ou a demorarem, em média, dez anos para tal. Isso deixa a população
a mercê de corruptos, o que causa uma reação em cadeia sobre a situação do
Brasil.
Como solução, os governos de cada estado da federação devem criar
órgãos de procuração da justiça que agreguem todos os processos de primeira
instância. Isso deve ser feito por meio de estudos sociológicos sobre as
necessidades mais urgentes do povo, mas que não sejam consideradas graves
diante do Estado. A finalidade seria uma melhor organização dentro do poder
judiciário, o que resultaria em um melhor funcionamento desse.

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Texto produzido a partir do tema REFORMAS DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO.

Paula de Andrade Carvalho Müller Leal

O Brasil possui um histórico a respeito de direitos trabalhistas que


favorecem e desfavorecem os implicados por eles. O sistema previdenciário atual
possui suas desavenças com a economia, já que apresenta atrasos no pagamento
de aposentados. Porém, a reforma proposta pelo governo de Michel Temer possui
aspectos extremamente negativos para futuros e atuais trabalhadores com menos
de 50 anos.
A estrutura brasileira trabalhista atual torna uma reforma com 51% de
base de benefício algo inválido, já que um cidadão teria que começar a trabalhar
com 16 anos para ter 100% do benefício aos 65. Isso necessitaria de uma
reestruturação na forma de empregar jovens aprendizes, o que não é uma
preocupação vigente e estudantes se desdobrariam desnecessariamente. Além
disso, a expectativa de vida no Brasil é algo plural e milhares de trabalhadores se
aposentariam com uma idade próxima do falecimento provável.
É necessário concordar que falta dinheiro e é preciso ajustar o sistema
previdenciário para que não haja déficits. Entretanto, essa estrutura deveria ter sido
mais bem calculada previamente para que não houvesse tantos impactos na vida
dos cidadãos.
Com o intuito de regular as desavenças causadas pela proposta de
reforma, é necessário que se façam ajustes calculados. O Governo Federal deve
reformar o sistema atual, mas de forma branda e lenta para que seja possível suprir
as faltas na economia sem apresentar tanto impacto no aspecto social. Por exemplo,
a cada cinco anos o sistema seria revisado e ajustes seriam feitos para que os
próximos não tenham pagamentos impossibilitados de aposentadorias, de forma que
haja um equilíbrio.

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Texto produzido a partir do tema A VALORIZAÇÃO DO DIPLOMA UNIVERSITÁRIO EM
DISCUSSÃO NO BRASIL.

Tamires Paulina Oliveira Castro

A cultura da valorização do conhecimento no Brasil é um princípio oriundo


da colonização europeia. Os europeus trouxeram para o país ideais platônicos e
aristotélicos. Estes pregam a ultravalorização da absorção de conhecimento, através
da retórica, principalmente.
Não basta ser bom conhecedor, para o brasileiro. Ter conhecimento
concreto e verdadeiro de determinado assunto tem como pré-requisito ser
especialista ou ter uma educação de nível superior.
Posto isso, um exemplo que demonstra o valor do conhecimento é a
utilização de uma citação de um bacharel, mestre ou doutor em um texto. As
palavras de uma pessoa com diploma atribuem credibilidade e segurança a uma
informação.
Em contraposição, existem pessoas que não acreditam que um diploma
universitário é sinônimo de conhecimento. A experiência e o esforço seriam outros
aspectos que contribuem para validação de uma ciência. Desta forma, seria possível
justificar o sucesso profissional de grandes empresários como o CEO da empresa
de tecnologia Dell, o qual é um exemplo de um indivíduo bem sucedido sem um
diploma.
Sendo assim, faz-se necessária uma intervenção governamental nas
escolas, através de palestras, campanhas e acompanhamentos psicológicos com o
objetivo de mostrar aos jovens brasileiros que existem outras formas de obter
sucesso na vida além do caminho acadêmico. Essa intervenção formará jovens
aptos a lidar com o cenário econômico, político e social mundial.

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