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para Elaboração
de Materiais
Didáticos EaD
SUMÁRIO
Apresentação................................................................................3
Orientações Metodológicas..............................................................4
1 - Introdução.........................................................................5
2 - Educação a Distância...........................................................5
3 - Histórico da Educação a Distância..........................................6
4 - Orientações para elaboração de materiais didáticos para EaD....7
5 - Roteiro de elaboração do conteúdo...................................... 11
6 - Atividades........................................................................13
7 - Conhecendo o Modelo Pedagógico ...................................... 15
8 - Preparação do professor para gravação de videoaulas............ 16
9 - Orientações para organização do material didático................. 17
10 - Orientações para organização do Planejamento da disciplina.18
11 - Referências....................................................................20
12 - Orientações Técnicas....................................................... 21
13 - Perguntas mais frequentes............................................... 37
15 - Palavra Final...................................................................41
Portarias....................................................................................42
Textos para leitura.......................................................................58
Check list para elaboração de material didático para EaD.................. 59
O uso da linguagem. Por que tanta preocupação e tanto cuidado?...... 66
Objetivos de Aprendizagem..........................................................84
Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998........................................87
Cartilha ABDR - Associação Brasileira de Direitos Reprográficos....... 108
Material Didático na Educação a Distância..................................... 119
Dicas Úteis............................................................................... 126
Sem a pretensão de criar um modelo que engesse o trabalho dos professores autores,
queremos, por meio das orientações aqui descritas, oferecer subsídios para um formato
adequado a uma metodologia que garanta a qualidade no processo de ensino e
aprendizagem em um curso a distância.
Neste guia, você terá:
A equipe FUMEC Virtual deseja que essas orientações contribuam para sua formação e
bom desempenho na organização e estruturação de materiais para cursos a distância.
Esperamos que você as consulte sempre que desejar e que elas sejam úteis para que você
se familiarize com a modalidade da Educação a Distância e desempenhe com êxito seu
papel de professor autor.
É nossa intenção dar-lhe apoio pedagógico, assessorando-o no desenvolvimento de seu
conteúdo, exercendo uma prática contínua de acompanhamento e avaliação do processo.
Conte conosco!
Nesse sentido, a Universidade FUMEC, por meio da FUMEC Virtual, apresenta este Guia
de Orientações para Elaboração de Materiais Didáticos para Educação a Distância. O
objetivo deste Guia é o de facilitar o seu trabalho no desenvolvimento de materiais didáti-
cos, atendendo às especificidades da educação a distância, para garantir a qualidade dos
materiais didáticos e a formação dos alunos.
2 - Educação a Distância
Nesse contexto, surge a educação a distância que, no Brasil, teve, a partir da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 19961)1,
1 http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf
Outro ponto importante a ressaltar é que a educação a distância interpõe com especifici-
dades próprias, inclusive redefinindo o trabalho docente, uma vez que,
Tal modalidade vem sendo cada vez mais potencializada, configurando-se em uma forma
de ensino mais próxima e personalizada, na qual os sujeitos envolvidos estão em processo
de formação constante. Estabelece-se a construção de conhecimentos em rede, tornando
com isso, mais fecundo o surgimento de ambientes de aprendizagem.
Dados revelam que o período compreendido entre 1728 a 1970 configura-se como a
primeira experiência ou a primeira geração em educação a distância, sendo caracterizada
por estudos por correspondência, nos quais o principal meio de comunicação eram os
materiais impressos, geralmente em forma de guia de estudos, com tarefas e outros exer-
cícios enviados pelo correio.
2 http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/dec_5622.pdf
Hoje, já se considera uma quarta geração de EAD, caracterizada pelo uso de banda larga
de comunicação, que permite estabelecer e manter a interação dos participantes de uma
comunidade de aprendizagem com mais qualidade e rapidez.
É importante deixar claro que, ao falarmos sobre Educação a distância (EAD), estamos
falando de educação, ou seja, do processo de construção e reconstrução do conhecimento
e da formação de cidadãos competentes e conscientes de seu papel em nossa sociedade,
capazes de atuarem produtivamente e comprometidamente em seus ambientes sociais
em sua essência.
De uma maneira geral, os materiais didáticos de um curso podem ser definidos como
tecnologias para a mediação da construção do conhecimento, ou seja, são os recursos
didático-pedagógicos utilizados num processo de ensino e aprendizagem.
O material didático deve propiciar a análise dos caminhos percorridos pelo aluno no seu
processo de aprendizagem, ou seja, o texto de EaD deve:
Dessa forma, para produzir um bom material didático centrado na aprendizagem do aluno,
torna-se necessário ao professor autor levar em consideração as questões que estamos
discutindo nesse momento. Não produzimos os textos para nós, mas sim para que nossos
alunos aprendam!
Para que os objetivos de aprendizagem sejam significativos tanto para você quanto para
o aluno, é necessário que reflita sobre as seguintes questões:
IMPORTANTE
Ao final do módulo espera-se que o aluno seja capaz de:
Apresentamos a seguir uma série de reflexões que o auxiliarão neste processo e que defi-
nitivamente não podem ser esquecidas quando se produz conteúdo para EAD:
Para tanto, ele deve ser claro, objetivo, de fácil assimilação, sem, no entanto, perder a
complexidade do conteúdo da unidade temática. Também, o vocabulário deve ser, em sua
maioria, familiar ao aluno.
O texto para a EaD é sempre dialógico e didático, o que significa dizer que há, literal-
mente, uma organização da escrita que se assemelha à aula presencial que você ministra.
O estilo de escrita recomendado é o Conversacional (conversa com o aluno), em que
o conteudista fala com os alunos por meio da escrita, sendo amigável e incentivador,
envolvendo-os em um diálogo.
A comunicação, por sua vez, deve ser capaz de estabelecer um diálogo com ele, mediante
o próprio texto, possibilitando o envolvimento e a aprendizagem efetiva. Em outras pala-
vras, “é escrever como quem fala”. Utilize sempre um estilo pessoal, dirigindo-se ao aluno
como “você” e referindo-se a si mesmo como “eu”.
O professor autor precisa ter em mente que o texto deve ser apresentado em uma lingua-
gem de fácil compreensão, ser autoexplicativo e orientar o aluno na sua leitura. Procure
esforçar-se para produzir um texto que atenda às necessidades dessa modalidade de ensino.
Ainda, dois itens devem ser considerados pelo professor autor no tratamento do conteú-
do: cotidianização e contextualização. Na cotidianização, é importante que o autor realize
a abordagem do conteúdo com vinculação à experiência vivida por seu aluno. Ou seja,
deve-se aproximar o conteúdo à realidade do aluno, às situações diárias que ele encontra
ou poderá enfrentar. Na contextualização, é necessário realizar intervenções no material
didático de forma a adaptá-lo ao contexto do aluno.
• parágrafos longos;
• falta de concatenação de ideias;
• falta de coerência e coesão textuais;
• excesso de uso de linguagem técnica;
• construção truncada;
• distanciamento do aluno;
• saltos na explicação do conteúdo;
• ausência de recursos lúdicos e exemplos externos ao conteúdo.
Desenvolvimento Atividades
Apresentação Síntese
do conteúdo Avaliativas
Discursivas
Boas-vindas/ Síntese do
Texto Base - Envio de Arquivo
Apresentação Conteúdo
- Fórum
(Pós-graduação)
Fechadas
- Objetivas
Objetivos Exemplos Referências - Múltipla Escolha
- V ou F
5.1 Boas-vindas
Assim como nos módulos impressos, ao iniciar o curso a ser veiculado por meio da moda-
lidade de EaD exige-se uma apresentação, isto é, uma página de abertura que represente
uma “conversa” com o aluno.
Essa página de abertura corresponde aos momentos iniciais de uma aula, quando o profes-
sor dá boas-vindas e se apresenta à turma. Nela, como em todas as demais, a linguagem
é semelhante à usada em sala de aula, para possibilitar a criação de um ambiente acolhe-
dor, atrativo e desafiador para o aluno.
5.2 Apresentação
A apresentação dá uma visão geral do conteúdo, visando contextualizar os alunos sobre
os objetivos, a metodologia, os critérios e os instrumentos de avaliação, bem como apre-
sentar uma agenda das atividades de forma clara e objetiva. Deve considerar informações
detalhadas, porém não muito longas, de forma que o aluno compreenda a proposta da
disciplina e o que se espera de sua participação.
5.4 Exemplificação
Sempre que possível, procure relacionar o tema com exemplos que os alunos poderiam
apresentar, ou mesmo questionamentos que poderiam surgir em uma discussão.
5.5 Glossário
Quando, ao longo do texto, utilizar termos ou expressões técnicas que necessitem uma
explicação para garantir um melhor entendimento do conteúdo pelo aluno, anote-os junta-
mente com as respectivas definições.
ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
ATIVIDADES AVALIATIVAS
As atividades avaliativas são aquelas que resultarão em avaliação por parte do professor,
uma vez que serão publicadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem. São atividades que
possibilitam ao aluno refletir sobre o conhecimento adquirido, com o objetivo de garantir
a compreensão e assimilação do conteúdo. Para atividades desse tipo será necessário
indicar os critérios de avaliação que serão utilizados.
AUTOAVALIAÇÃO
Esta avaliação permite que o aluno se autoavalie, e tem a opção de selecionar uma nota
e um comentário.
São questões abertas nas quais o aluno deve responder no campo disponível ou inserir
sua resposta através de um arquivo anexo.
São questões em que o aluno irá assinalar uma das alternativas disponíveis. Cada questão
pode ter até 10 alternativas e, ao incluir as alternativas, é preciso indicar qual é a resposta
correta. Essas questões são corrigidas automaticamente pelo sistema. A pontuação é
disponibilizada para o aluno, logo após a execução da avaliação.
São questões em que o aluno irá assinalar uma ou mais alternativas. Cada questão pode
ter até 10 alternativas e, ao incluir as alternativas, é preciso indicar qual(is) é(são) a(s)
resposta(s) correta(s). Essas questões são corrigidas automaticamente pelo sistema. A
pontuação é disponibilizada para o aluno, logo após a execução da avaliação.
Essa questão é formada por duas colunas. Na primeira são mostradas as alternativas
com as respectivas letras e que devem ser relacionadas pelo aluno com a segunda colu-
na. As questões correlativas podem ser: Verdadeiro ou Falso, Ordenação Numérica ou
Alfabética. Pode-se inserir de uma até vinte questões. Essas questões são corrigidas
automaticamente pelo sistema. A pontuação é disponibilizada para o aluno, logo após a
execução da avaliação.
É uma avaliação em que o professor pode cadastrar uma ou mais questões do tipo obje-
tiva, correlativa ou discursiva, ou seja, questões de tipos diferentes na mesma avaliação.
FÓRUM
O Fórum é um espaço onde ocorrem plenários a partir de uma temática lançada pelo
professor. É um ambiente importante na EaD, pois permite a troca de informações e expe-
riências entre alunos, independente do momento escolhido para o acesso. É um ótimo
recurso que facilita e promove a aprendizagem colaborativa.
As videoaulas, que podem ser assistidas pelos alunos no polo de apoio presencial, em
casa ou ambiente de trabalho (acessando ou fazendo o download da aula gravada por
meio da Internet), são disponibilizadas semanalmente e estarão disponíveis durante os
núcleos de aprendizagem. Paralelamente às videoaulas, no horário que melhor lhe convier,
o aluno deverá realizar a leitura dos módulos de estudo (cadernos didáticos ou livro) e
as atividades disponíveis no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Sempre que desejar, o
aluno poderá rever a videoaula disponibilizada no AVA e esclarecer suas dúvidas com o
professor e/ou com os tutores presencialmente e a distância, por meio do AVA e webcon-
ferência (plantões).
Cada semestre letivo é composto por quatro disciplinas divididas em dois núcleos de
aprendizagem de duas disciplinas cada. Dessa forma, ao longo de dez semanas (fevereiro
a abril, abril a junho, agosto a outubro e outubro a dezembro), os alunos se concen-
tram em apenas duas disciplinas compostas pelas seguintes interfaces de aprendizagem:
módulos de conteúdo para estudo, leituras, atividades avaliativas, interação com tutores
via Ambiente Virtual de Aprendizagem, plantões de atendimento presencial ministrados
pelos professores e avaliações presenciais.
Inserir os títulos das temáticas disponíveis no livro, por semana, inclusive mencionando
as páginas em que se encontram.
FORMATO
MÓDULOS (flexibilidade quanto à
(ficará a cargo do distribuição entre os
SEMANA VIDEOAULA ATIVIDADE VALOR
professor a organiza- módulos e não quanto
ção dos módulos) ao tipo, quantidade e
pontuação)
4 4 6e7 4 V ou F 4,0
Objetiva
7
4,0
7 7 11 e 12 Envio de tarefa
(Pode ser a avaliação 10,0
8
intermediária – RSC )
8 8 Revisão de prova - - -
EXEMPLO
Resposta:
• Monopólio.
• Oligopólio.
• Concorrência perfeita ou pura.
• Concorrência monopolística ou imperfeita.
Critério de avaliação:
IMPORTANTE
Os critérios de avaliação deste tipo de atividade deverão ser indicados detalhadamente,
mostrando os níveis de pontuação para cada critério contemplado na resposta do aluno.
• Prova Antecipada.
• Prova Oficial.
• Exame Especial.
• 7 questões discursivas;
• 1 questão objetiva;
• 1 questão V ou F;
• 1 questão múltipla escolha.
11 - Referências
COELHO, Maria Inês de Matos. Ambientes Interativos de Aprendizagem e Trabalho. Fatores
de Avaliação e Design. Disponível em: HTTP:\\netpage.em.com.br/mines/semint.htm.
MILL, Daniel; CAMPOS, Regina. Prática Docente em educação a distância: Uma análise
do Curso Veredas em Minas Gerais. In: ARANHA, Antônia; CUNHA, Daisy; LAUDARES,
João (orgs.). Diálogos sobre o Trabalho. Campinas: Papirus, 2005.
MOORE, Michael G. Educação a distância: uma visão integrada. São Paulo: Thomson
Learning, 2007.
SENAI – RJ. GEP. DIEAD. Curso de elaboração de material didático impresso para EaD.
Unidade de estudo 4. Rio de Janeiro, 2000.
Arquivos
Salve os arquivos dos textos (conteúdo) das aulas no formato de arquivo DOC (Rich text
Format). Para tal, ao salvar o arquivo no Microsoft WORD ou no OpenOffice WRITER,
selecione o formato Rich Text Format (.rtf) na lista de Tipo de Arquivo (veja na figura
abaixo).
O formato RTF mantém todas as formatações realizadas no texto, mas não aceita o uso/
execução de macros, evitando desta forma a contaminação por vírus.
ATENÇÃO
Cada módulo deve ser salvo em um arquivo separado.
O nome de cada arquivo deve ser composto pelo nome da disciplina seguido do número
do módulo e de seu respectivo título do módulo.
Quando for o caso, defina ou especifique materiais didáticos complementares aos conte-
údos dos módulos que deverão estar disponíveis no módulo ou em conjunto com ele (na
Biblioteca, por exemplo), tais como: áudios, vídeos, textos, imagens, apresentações de
PowerPoint, documentos Acrobat (PDF), etc.
Exemplos:
ATENÇÃO
NÃO utilize caracteres especiais nos nomes dos arquivos, tais como: letras acentuadas, cê
cedilha, etc. Alguns webmails não compreendem tais caracteres e corrompem o nome origi-
nal dos arquivos anexos, podendo causar problemas para sua abertura.
Estudos comprovam que uma redação adequada para a internet favorece a apreensão e o
foco nos pontos-chave dos conteúdos.
Pode-se fazer o uso de destaques (negritos, itálicos, cores, boxes, etc.) que tornam o texto
“escaneável”, ou seja, direciona a vista para pontos de interesse, além da divisão do texto
em tópicos menores e objetivos. Importante observar que tal escrita não é a redução do
Exemplo:
ESTILO GANHO DE
DE REDAÇÃO USABILIDADE
Texto conciso
Em 1996, seis das mais visitadas atrações em Nebraska foram o Fort Robinson
State Park, o Scotts Bluff National Monument, o Arbor Lodge State Historical Park
+58%
& Museum, o Carhenge, o Stuhr Museum of the Prairie Pioneer e Buffalo Bill Ranch
State Historical Park.
Texto escaneável
Linguagem objetiva
Nebraska tem diversas atrações. Em 1996, alguns dos locais mais visitados foram o
Fort Robinson State Park (355.000 visitantes), o Scotts Bluff National Monument, o
-
Arbor Lodge State Historical Park & Muse (86.598), o Stuhr Museum of the Prairie
Pioneer (60.002) e o Buffalo Bill Ranch State Historical Park (28.446).
Os tópicos e subtópicos deverão estar numerados. Esta numeração servirá como refe-
rência para o entendimento e tratamento pedagógico do conteúdo e, em seguida, para a
produção gráfica da aula.
Exemplo comparativo entre a forma errada e correta digitar a estrutura de tópicos e sub-tópicos do conteúdo.
ATENÇÃO
Durante a produção, a numeração será suprimida do texto. Por este motivo, quando quiser ou
tiver necessidade de chamar a atenção do aluno para um aspecto do conteúdo anteriormente
abordado, faça a referência, escrevendo por extenso o nome do respectivo tópico ou subtó-
pico. NUNCA utilize referências aos números dos tópicos ou dos módulos, ou seja, referencie
os nomes dos tópicos e subtópicos.
Exemplo:
Ilustração comparativa entre o texto original e após receber a padronização gráfica do curso/disciplina.
Textos digitados em caixa alta (somente em maiúsculas) tornam a legibilidade menor e não
contêm informações importantes para a formatação final, tais como: iniciais de palavras
que devem ficar em maiúsculo, nível de destaque para palavras ou frases. Além disso,
com a disseminação dos bate-papos na internet, convencionou-se na “internetiqueta” (a
etiqueta na internet) que textos em caixa alta expressam a fala em voz alta (gritada) e, em
certos contextos, até com raiva (grosseria).
Ilustração comparativa entre o Texto digitado em caixa alta (difícil leitura e indefinição de que palavras devem
receber a inicial maiúscula) X Texto digitado com o uso de caixa alta e baixa (rápido e correto entendimento da
formatação e dos destaques desejados ou obrigatórios).
Para tal, utilize negritos ou itálicos. NÃO utilize sublinhados. O sublinhado em textos web
sugere que o texto destacado seja um link de hipertexto.
Para destacar parágrafos inteiros, faça-o por meio do recurso de “marcador de texto” do
WORD.
Exemplo:
...a forma de agrupamento de tarefas utilizada pela empresa na qual o projeto será
implantado.
Link ou hyperlink é um recurso que permite que uma palavra, frase ou imagem funcione
como uma conexão para outra parte do mesmo documento ou para outro documento, ou
seja, é uma referência num documento em hipertexto, análoga a uma citação na literatura.
Importante! Links externos, ou seja, usados para acessar documentos (sites, páginas,
arquivos pdf, etc.) ou vídeos (ex: vídeos do YouTube.com) estão sujeitos a alterações ou
remoções por parte de seus respectivos sites ou proprietários. Sendo assim, devem ser
sempre conferidos pelo professor quando da disponibilização dos módulos para os alunos.
Uma forma de evitar algum transtorno com a perda dos links destas informações externas
seria incluí-las no material didático do módulo na forma de trechos (ex: citação) com a
referência detalhada da fonte de onde foram extraídas.
Exemplo:
Marcação incorreta
Saiba mais em http://www.fiba.com/pages/ eng/fc/baskBasi/p/openNodeIDs/925/
selNodeID/925/fund.html.
Marcação correta
No site oficial da Federação Internacional de Basquete, você encontrará maiores deta-
lhes sobre os fundamentos do Basquetebol (http://www.fiba.com/pages/ eng/fc/
baskBasi/p/openNodeIDs/925/ selNodeID/925/fund.html).
Nas disciplinas da FUMEC Virtual, os avatares são usados nos textos de apresentação dos
módulos e principalmente em destaques padrões, como:
• Dicas!
• Curiosidades...
• Importante!
• Atenção!
• Observações:
• Saiba mais... , etc.
OBSERVAÇÃO
Os avatares representam “ajudantes do professor” e não uma caracterização do próprio
professor. São personagens padronizados e utilizados de forma alternada ao longo de módu-
los e disciplinas.
Para destacar textos (dicas, curiosidades, observações, saiba mais..., etc.) informe:
Exemplo 1:
Fim de Destaque
Busque sempre “romper os muros da sua escola”, vá atrás de quem está produzindo
conhecimento em sua área. Aliar a teoria à prática é a receita do sucesso de muitos
professores.
Fim de Destaque
IMPORTANTE
• Não é permitido, no material didático da FUMEC Virtual, o uso de imagens, vídeos, etc.
de propriedade de outras pessoas ou entidades sem sua respectiva autorização. Procure
a Assessoria ao Professor para orientações sobre a solicitação e uso de imagens ou de
soluções alternativas.
• Lembre-se: imagem encontrada no Google não quer dizer que seu uso é de domínio público.
• Sempre que solicitar a inclusão de uma imagem, animação ou vídeo certifique-se da
necessidade de legendá-los. Se este for o caso, inclua a legenda após sua respectiva
descrição ou do nome do arquivo de referência (veja alguns exemplos a seguir).
Imagens
O uso de imagens ao longo de um texto, além de tornar o material didático mais atraente,
promove um descanso visual aos olhos ao quebrar a leitura de textos, principalmente os
longos.
Outra vantagem técnica do uso de imagens com relação a outros tipos de mídia (anima-
ções, vídeos, etc.) é o tamanho reduzido de arquivo. Por este motivo, são “baixadas”
mais rapidamente e podem ser visualizadas pelos alunos sem a necessidade de recursos
especiais (plugins).
Animações
Outra possibilidade que o uso de animações permite é a adição de áudio (locuções, efei-
tos, etc.). Locuções e efeitos de som podem acrescentar detalhes ao conteúdo ao mesmo
tempo em que são destacados na imagem mostrada, reforçando a informação dada.
Visto que a produção de animações (com e sem áudio) é geralmente mais trabalhosa, demo-
rada, e, portanto onerosa, a indicação de seu uso deve ser pautada na real necessidade do
recurso para o entendimento das aulas.
Este tipo de imagem é muito útil, principalmente em disciplinas das áreas técnicas (arqui-
tetura, engenharia, etc.) e médicas (anatomia, atividades físicas, etc.).
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Visto que a produção de imagens/animações com modelagem 3D é geralmente mais traba-
lhosa, demorada, e portanto onerosa, a indicação de seu uso deve ser pautada na real neces-
sidade do recurso para o entendimento dos módulos.
Vídeos
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
Mesmo após a conversão para a web, o tamanho dos arquivos de vídeo ainda serão maiores
que os de outras mídias. Outro ponto a ser observado é o de que o tamanho do arquivo será
proporcional à duração do vídeo. O tamanho do arquivo terá impacto na qualidade de exibição
do vídeo quando visto pelos alunos. Principalmente pelos alunos que não tiverem acesso à
internet por “banda larga”, ou seja, a grande maioria. Estes irão ver os vídeos partidos (com
pausas no carregamento) ou terão de esperar um tempo maior para assisti-los. Por estes
motivos, dê preferência a vídeos de curta duração: de 5 a 10 minutos no máximo.
Abordagem interacionista.
Para a indicação de inserção de animações, utilize textos coloridos em azul iniciados pelo
destaque “Animação:”.
PASSO 1
Empunhadura
PASSO 2
Posição inicial
PASSO 3
Deslocamento
PASSO 4...
Para a indicação de inserção de vídeos, utilize textos coloridos em azul iniciados pelo
destaque “Vídeo:”. Para o correto entendimento do vídeo a ser editado/produzido, descre-
va-o em etapas, passo a passo, numerando-as. Quando necessário, acrescente comentá-
rios para a equipe de produção (por exemplo, para destacar orientações sobre o vídeo).
Exemplo:
A direção da puxada.
2. O material didático elaborado pode ser utilizado como material de apoio para a disci-
plina ministrada no curso presencial dos cursos da Universidade Fumec?
Para utilização do material didático disponibilizado no Ambiente virtual de aprendiza-
gem, o professor deverá fazer uma solicitação por escrito para o Coordenador do curso
informando-o sobre o desejo de utilizar o material como apoio às aulas presenciais e
aguardar essa autorização por escrito do coordenador do curso.
3. Em relação ao contrato para a elaboração do material didático para EaD, em qual setor
é feito e como são realizados os pagamentos?
O contrato é realizado na Faculdade em que ocorre o curso, e de acordo com a portaria
006/2009, art. 4º parágrafo 2º, a remuneração será feita mediante RPA (Recibo de
pagamento de pessoa autônoma), em 3 parcelas, sendo a primeira após a conclusão
de 30% do material didático, a segunda após a entrega de mais 30% e a terceira após
os 40% restantes.
4. O material passará por uma revisão textual para ser elaborado, conforme o novo acor-
do ortográfico?
A revisão ortográfica do material didático ficará a cargo de cada unidade, pois a Fumec
Virtual não conta em seu quadro de funcionários com um especialista para adequar o
material ao novo acordo ortográfico.
5. Posso utilizar textos disponibilizados via web para a elaboração do material didático?
Eles são de domínio público?
É preciso consultar os sites, pois nem todo material disponibilizado via web é de domí-
nio público. Uma alternativa que sugerimos é fazer um link do texto a ser utilizado, de
modo que o aluno tenha acesso ao material na fonte em que ele foi disponibilizado,
não deixando nenhum registro de armazenamento nos servidores da Universidade.
9. Quais são os tipos de citações permitidas no material? Quando podem ser usadas?
Qual o quantitativo máximo de citações que podem constar no módulo?
Devido à lei 9610/98, que regulamenta os direitos autorais, é recomendável que o profes-
sor utilize somente as citações em que há a devida autorização de uso pelo autor da obra.
Pois a lei não mensura percentual para permissão de uso. Ela preconiza que não constitui
ofensa aos direitos autorais a reprodução de obras, desde que seja sem fins lucrativos.
Neste caso, como o material didático é disponibilizado em uma sala de aula virtual com
direitos garantidos à Universidade FUMEC, faz-se necessário que o professor-autor soli-
cite a autorização ao autor de uma obra, caso seja do seu interesse o uso de citações.
Em relação à quantidade mínima de citações em um módulo, caso o professor tenha a
autorização para utilizar citações de algum autor, esse professor é orientado a utilizar
de forma sucinta, pois o material didático é desenvolvido numa linguagem dialógica,
em que a voz do professor-autor deve prevalecer sobre os demais autores.
Com essas orientações, buscamos resguardar nosso trabalho, respeitando o que
preconiza a lei 9610/98 (direito autoral).
10. O professor poderá utilizar textos de sua autoria já divulgados em outros meios (revis-
tas, jornais, livros, sites)?
O material de autoria do professor cujos direitos já foram cedidos a outrem, poderá
ser utilizado mediante uma autorização por escrito, permitindo a veiculação do texto
no material didático elaborado para os cursos a distância.
11. A Fumec Virtual realiza edições de vídeos/filmes para serem inseridos nos módulos?
Respeitando o que preconiza a lei dos direitos autorais, a equipe da Fumec Virtual não
realiza edições de vídeos disponibilizados em outros sítios eletrônicos.
13. O professor pode utilizar fotos do seu acervo pessoal nos módulos?
Para utilizar fotos de seu acervo pessoal, o professor deverá encaminhar as imagens
para a equipe de produção, que avaliará a nitidez dessas imagens para serem inseri-
das no material, assim como deverá encaminhar também uma declaração de cessão
dos direitos da imagem para utilização no material didático dos cursos a distância da
Universidade Fumec.
14. Qual o tipo de linguagem a ser utilizada na elaboração do material didático? Como
escrever abrindo mão dos grandes autores?
Em EaD, é necessário que se adote uma linguagem didática e dialógica, a fim de
facilitar os estudos e a aprendizagem do aluno. Desse modo, o texto se constitui num
diálogo estabelecido entre o professor/teóricos/aluno, promovendo assim uma maior
interação do aluno com o texto, propiciando uma aprendizagem significativa.
17. Quantos caracteres deve apresentar um módulo? E como proceder, caso se ultrapasse
a contagem máxima?
De acordo com a Portaria nº. 006/2009, um módulo deverá ter no mínimo 16.000
caracteres e no máximo 18.000 caracteres, incluindo os espaços. No caso de ultra-
passar os 18.000 caracteres, solicitamos ao professor que reveja o material, com o
intuito de adequá-lo ao que preconiza a portaria. Não sendo possível, orientamos a
compensação nos módulos subsequentes.
18. Quantos módulos são produzidos para uma disciplina de um curso de graduação?
Conforme preconiza o artigo 6º, inciso I da portaria 06/2009, para os cursos de
graduação, o professor deverá elaborar seu material didático correspondente a 66%
da carga horária da disciplina, dividido por quatro.
Exemplo
CHECKLIST
1. O objetivo geral indica um resultado de aprendizagem adequado ao tópico em questão?
2. O objetivo geral inclui resultados esperados como conhecimento, habilidades, atitu-
des, etc?
3. O objetivo geral é relevante para os objetivos do curso?
4. O objetivo geral começa com um verbo?
5. O objetivo geral é claro, conciso e bem definido?
VÍDEO
“O Espelho tem Duas Faces”
www.youtube.com/watch?v=PONvN4QUmYM
Ressaltamos alguns pontos quanto à linguagem a ser usada nos textos. É recomendável
que você:
EXEMPLO 1
Por exemplo, você joga futebol, possui várias habilidades específicas para essa práti-
ca. Mas, qual seria a principal habilidade que você, como jogador, utiliza durante todo
o jogo?
CORRER!...
Então? Será que você já não praticava uma certa forma de atletismo? Ou ainda, será
que ao praticar atletismo você adquire certas habilidades que contribuiriam para que
no futuro, caso queira, possa praticar o futebol?
“Imagine, se você fosse empresário, quais seriam os motivos que você teria para
fazer um projeto de viabilidade econômico-financeira? É claro que, se estamos falan-
do hipoteticamente, você pode usar sua imaginação e relacionar várias razões.
Para lhe ajudar, vamos pensar primeiro no que seria um projeto de viabilidade finan-
ceira. De forma pouco técnica e fácil de entender, a gente pode dizer que se trata
de um estudo em que queremos saber quanto dinheiro precisamos para investir em
um empreendimento qualquer e quanto ganharíamos de volta. Portanto, estamos
falando de uma ação que seja produtiva na medida em que nos dará a chance de ter
ganho financeiro no futuro. Se você já sabia disso, ótimo. Se não, espero que tenha
compreendido”.
EXEMPLO 3
“O anteprojeto é o passo inicial para desenvolvermos um projeto, mas por que preci-
samos de um anteprojeto? A elaboração de um projeto é uma decisão estratégica e
demanda custos e utilização de recursos. Empenhar esforços em um projeto que não
será aprovado é desperdício de recursos, além de reduzir a capacidade produtiva da
equipe”. (...)
“Como você percebeu, ambas são ótimas considerações sobre sustentabilidade. Você
se lembra que o projeto do operador de processo de moagem foi reprovado pelo títu-
lo? A elaboração de um projeto deve fornecer um conjunto de informações coerentes.
Se as informações divergirem ao longo do documento é sinal de que o planejamento
foi mal elaborado”.
LEI
Leia a Lei de Nº 9610 de 1998.
COMPOSIÇÃO DO MÓDULO
Desenvolvimento Atividades
Apresentação Síntese
do conteúdo Avaliativas
Discursivas
Boas-vindas/ Síntese do
Texto Base - Envio de Arquivo
Apresentação Conteúdo
- Fórum
(Pós-graduação)
Fechadas
- Objetivas
Objetivos Exemplos Referências - Múltipla Escolha
- V ou F
Ao iniciar o módulo a ser veiculado através da modalidade de EaD faz-se necessário uma
apresentação, isto é, uma página de abertura que represente uma “conversa” com o
aluno. Essa página de abertura corresponde aos momentos iniciais de uma aula, quando
o professor dá boas vindas e se apresenta, à turma.
Exemplo:
Exemplo:
Alguma vez você já parou para pensar quem, onde e quando pela primeira vez, teve-se a
ideia de associar a Educação Física à educação integral do homem? (...)
Objetivo de aprendizagem é algo preciso e muito específico, ele deve expressar o compor-
tamento que se espera do aluno no final de uma aula ou de um módulo. Esses objetivos
propiciam ao professor e ao aluno uma indicação clara e concreta sobre onde se quer
chegar, além de orientar o professor a planejar suas aulas.
Exemplo:
5.4 GLOSSÁRIO
Quando, ao longo do texto, utilizar termos ou expressões técnicas que necessitem uma
explicação para garantir um melhor entendimento do conteúdo pelo aluno, anote-os junta-
mente com as respectivas definições.
Exemplo:
“Em relação aos crimes contra a organização do trabalho, você pôde perceber a
importância que o legislador confere a condutas que lesem um dos direitos mais
essenciais em nível coletivo: o trabalho. Foi possível também ter ciência das novas
alterações do Código Penal no que concerne aos antigamente denominados crimes
contra os costumes. E, ainda, analisar as circunstâncias em que os direitos à reli-
giosidade são resguardados penalmente.
5.7 REFERÊNCIAS
As atividades avaliativas são aquelas que resultarão em avaliação por parte do professor,
uma vez que serão publicadas no Ambiente Virtual de Aprendizagem. São atividades que
possibilitam ao aluno refletir sobre o conhecimento adquirido, com o objetivo de garantir
a compreensão e assimilação do conteúdo. Para atividades desse tipo será necessário
indicar os critérios de avaliação que serão utilizados.
Exemplo:
ATENÇÃO
• 66% (2/3) dos módulos a serem desenvolvidos devem apresentar atividades avaliativas,
sendo que o mínimo são 4 atividades ( pós-graduação ) e 8 atividades (graduação).
• 50% das atividades avaliativas serão atividades discursivas ( atividades com questões
abertas, trabalho em grupo e fórum) e 50% em questões fechadas.
Exemplo:
• Parágrafos longos;
• Excesso de uso de linguagem técnica;
• Saltos na explicação do conteúdo;
• Distanciamento do aluno.
Meta
Apresentar meios e técnicas de como fazer uso adequado da linguagem para EAD.
Objetivos
Ao final desta aula, você deverá ser capaz de:
Pré-requisitos
Gostaríamos que você marcasse a que horas começou a estudar. Além disso, manter ao
seu lado um bom dicionário talvez seja necessário...
Prólogo
Indagando-se pode estar, acerca da relevância de unidades didáticas, um par delas, relati-
vas a conceituações e estratagemas endereçados à elaboração da escrita de um determi-
nado conteúdo, em volume impresso, para proceder ao ato pedagógico na modalidade em
que aquele que ensina e o outro, o que visa instruir-se, separados estão, o leitor. A este,
ministraremos, nos três parágrafos que se seguem, breve explanação.
Acredita-se que, de priscas eras, advenha, desde imemoriáveis tempos em que se deu,
pelo homem, a iniciação da implementação de ação continuada no sentido de envolver-se
em processos de transmissão e recepção de mensagens, para tanto, na representação por
signos e gráficos fiando-se, a basilar estimação pela elocução escrita.
Posto que, ainda, hodiernamente, não nos é factível prescindir, portanto improvavelmente
o será, de tal artifício da transmissão e recepção entre interlocutores adjacentemente
localizados ou temporalmente e espacialmente separados, com vistas a estabelecer, de
fato, entre as partes, a comunicação, mandatório nos é não deixarmos de empenharmo-
-nos, no que à busca por fatores, recursos e elementos lingüísticos alude, à culminação
da não-obscuridade e ininterrupta objetividade de nossos escritos, sob infortúnio de não
se lograr a veiculação da expressão das acepções originais, da semântica primeira, ambas
que pelo autor da epístola foram intentadas.
Neste sentido, ficam clarificadamente as razões pelas quais o leitor desta deve ater-se
firme, dedicada e cuidadosamente a tais unidades didáticas expostas.
Aposto que sua resposta foi NÃO. Pois, nem nós... Aluno algum poderia ter gostado de
“coisa” tão imprecisa, cheia de expressões de efeito, sem objetividade, com falta de
clareza generalizada e – o que é pior – pedante. Afinal, haverá alguém que goste de não
entender aquilo que precisa entender? Ou que fique cheio de dúvidas sobre o assunto?
Esse prólogo deu um enorme trabalho para ser escrito exatamente pelas características
(listadas no parágrafo anterior) que o fazem tão incompetente na transmissão de uma
mensagem. São 292 palavras e muito pouco significado... É justamente assim que não se
deve escrever, em especial para EAD.
ATIVIDADE 1
Imagine que você foi convidado para um jantar por um casal de amigos. Você aceitou o convite e, na data e
hora combinados, você se dirigiu ao endereço que eles lhe deram. Ao chegar, toca a campainha e...
1. é recebido pelo mordomo, que lhe encaminha à sala de estar; de lá, você pode ver a mesa posta para
a refeição: há dois pratos (um em cima do outro) apoiados em um suporte, três taças (uma de cada
tamanho), três garfos do lado esquerdo, três facas do direito e mais três talheres de sobremesa na
frente dos pratos; isso, claro, para cada pessoa;
2. é recebido pelo casal, que vai com você até a sala de estar; de lá, você pode ver a mesa posta para a
refeição: nada de incomum, exceto as lindas taças destinadas a um bom vinho tinto; que, inclusive, já
estão sendo abastecidas pelo seu amigo.
( )1 ( )2
Dê uma razão:
RESPOSTA COMENTADA
1. é muito formal;
2. é um ambiente pouco acolhedor;
3. não sei comer com todos aqueles talheres, nem o que beber com cada taça;
4. não me sinto à vontade quando sou recebido pelo mordomo, e não pelos meus amigos;
5. o ambiente me pareceu frio e distante;
6. acho desnecessária esta ostentação diante da realidade atual do país;
7. parecia que chegava à casa do meu chefe, e não de amigos.
Todas essas justificativas se referem, no fundo, à formalidade que está por trás de uma mesa posta com
quantidades de pratos, taças e talheres que são, pelo menos, o triplo do número de convidados. Isso para não
falar no mordomo e nos amigos que não vieram recebê-lo. Essa formalidade traz associada a si um distancia-
mento que não esperamos encontrar quando vamos à casa de amigos.
Ao pegar seu material didático impresso para estudar, o aluno espera se sentir indo a uma aula; em outras
palavras, ele espera ser recebido pelo professor, sem formalidades que o façam se sentir, de fato, a distância..
Uma das maiores dificuldades de nós, professores do ensino presencial, quando vamos
elaborar um material para Educação a Distância é entender que não estamos redigindo
capítulos de livros ou artigos científicos. É nos desprender da linguagem rebuscada - com
a qual estamos acostumados sem nos darmos conta.
Parece que, na hora em que nos sentamos para escrever, esquecemos de que quem está
“do outro lado” é um aluno como aquele que vemos em sala de aula. É um aluno que não
gosta de ler um texto frio e hermético tanto quanto um aluno que espera que o professor
entre em sala e dê aula não gosta de assistir a uma conferência. É um aluno que, assim
como o aluno presencial, provavelmente não entenderá boa parte da conferência, embora
possamos achar que ela esteja claríssima.
Você discorda? Pois vamos dar um exemplo de uma situação real que mostra como nos
enganamos a respeito da nossa capacidade de comunicação. Veja a história a seguir:
Meu lado bióloga marinha estufou o peito, antecipando o que certamente seria a consagração do meu
maior momento como professora.
- Maré, Nina? Ok, vamos lá! Sabe quando você está na praia e de repente o mar vem e molha a
toalha da gente?
- Calma, Nina. Para saber o que é maré, primeiro tem que saber umas coisas do mar!
Seguiu-se uma longa explicação, que para mim pareceu absolutamente impecável dada a minha
formação na área, minha experiência em sala de aula, e a aluna que o orgulho genético só me faria
considerar brilhante.
- Entendeu?
- Surda, Nina?
Parei, pensei, e acabei percebendo que, de fato, não estava satisfeita com a resposta.
- É isso! Tá vendo, tia... Eu entendo o que você diz, só não entendo o que você quer dizer!
Aconteceu há sete anos, entre ela mesma e sua sobrinha que tinha 6 anos na época.
Esse exemplo mostra o quanto podemos nos enganar em relação à nossa clareza.A tia
tinha certeza absoluta de que tinha dado a melhor das explicações sobre maré. Não foi o
que achou a sobrinha, que continuou sem saber o que havia perguntado.
Sobre a primeira maneira, você é o mais indicado para selecionar partes do conteúdo em
que valha a pena utilizar esta estratégia. Nós acabamos de fazer isso mostrando o exem-
plo da conversa sobre maré.
Vemos em EAD que as aulas apresentadas em tom de conversa são sempre mais atrativas
e eficazes. Afinal, são aulas, e não conferências. Portanto, sugerimos que a linguagem
informal (mas cuidada!) e amigável seja a que você deva usar. Como fazer?
ATIVIDADE 2
Objetivo 2
Uma linguagem mais amigável e informal é uma boa maneira de fazer o aluno se sentir em uma aula, e das
boas. Veja o trecho a seguir, retirado do prólogo desta aula:
“Neste sentido, ficam clarificadamente as razões pelas quais o leitor desta deve ater-se firme, dedicada e
cuidadosamente a tais unidades didáticas expostas.”
c. O que você poderia escrever no lugar da que selecionou na letra a para trazer um pouco mais de
pessoalidade ao texto?
_______________________________________________________________________
RESPOSTA COMENTADA
A pessoalidade de um texto não passa só pela forma como se trata o aluno, mas também
pela maneira como o professor se coloca. Veja a diferença:
Para alcançar esse tipo de linguagem mais intimista, use sempre pronomes pessoais (eu,
você, nós). Precisando usar pronomes que não permitam a imediata e clara identificação
do “quem” (ele ou eles; ela ou elas; nós; seu ou seus; sua ou suas; etc.) esclareça no
mesmo instante se se trata de eu e você, de eu e os outros professores, de você, eu e os
meus colegas especialistas etc.
O uso de pra, pro, pras, pros não é aconselhável na nossa língua; muito menos será o uso de
contrações agramaticais, do tipo DA em vez de DE A (por exemplo: “O fato do aluno estar
distante” x “O fato de o aluno estar distante...”).
Ainda nas características de um texto que converse com o aluno, não podemos deixar de
falar sobre as frases interrogativas – retóricas. Você saberia dizer o porquê?
Esse tipo de recurso lingüístico é capaz de instigar o aluno e, por conseqüência, o mantém
mais atento à aula e faz com que ele se encoraje a antecipar a resposta. (Se você está
estudando esta aula como um autêntico aluno, acabou de ser chacoalhado pela pergunta
do parágrafo anterior).
Com o devido cuidado de não transformar sua aula num mero questionário, faça pergun-
tas introdutórias; saia da rotina de se limitar a conceituar e conceituar indefinidamente;
aproveite a chance de perguntar o que vai explicar depois e responder com exemplos.
ATENÇÃO
Podemos (e devemos) ser sérios no ensino do conteúdo; no entanto, sem ser pedantes. Em
Educação a Distância, mais particularmente que na modalidade presencial, a linguagem sole-
ne, professoral e acadêmica são sempre indesejadas, pois afasta o aluno do professor.
A linguagem simples, direta, precisa, objetiva, clara e concisa só faz aproximá-los. Não é
necessário dizer que tipo de “convivência” queremos ter, concorda?
Todavia, quando você estiver escrevendo uma aula, você terá de fazer escolhas, seleções,
discriminações entre palavras, frases, expressões etc. Isso porque você não está escre-
vendo para si, mas para o outro.
Um texto é mais consistente quando todas as suas palavras têm relevância para o que
ele se propõe a dizer. Assim, sugerimos que você corte tudo o que vai além do essencial
para passar sua mensagem.
Há frases e expressões que podem ser substituídas por uma ou duas palavras, e com
vantagem: seu receptor decodifica mais rápido, não se estressa, entende sem esforço,
não precisa mergulhar no dicionário, sente conforto na leitura...
Por que usar frases como ’’algo que não esteja aquém do mínimo esperado nem além do
que se consideraria o máximo”, se a gente pode usar “aproximadamente”?
Por que escrever “um extenso, inumerável montante de exemplares”, se podemos simples-
mente escrever “muitos” ou “muitíssimos”?
Repare o exemplo:
A falta de precisão faz o aluno sentir-se como na areia movediça. Precisar ler três vezes
para entender algo que pode ser entendido de primeira é perda de tempo. E tempo,
lembre-se, é algo que o aluno NÃO tem para desperdiçar. Veja a diferença, utilizando o
mesmo exemplo:
ATENÇÃO
Fugindo do Vago...
Sugerimos que, para evitar o vago, você procure descartar expressões como:
Fatores Casos
Campos Tem coneão com
Geralmente Circunstâncias
Objetivo 3
Palavras, palavras...
Como você deve estar começando a perceber, o prólogo desta aula será a base dos nossos trabalhos para aprender a
construir um texto para uma aula em material impresso para Educação a Distância. Releia o parágrafo a seguir:
Posto que, ainda, hodiernamente, não nos é factível prescindir, portanto improvavelmente o será, de tal artifício [a
escrita] da transmissão e recepção entre interlocutores adjacentemente localizados ou temporalmente e espacialmen-
te separados, com vistas a estabelecer, de fato, entre as partes, comunicação, mandatório nos é não deixarmos de
empenharmo-nos, no que à busca por fatores, recursos e elementos lingüísticos alude, à culminação da não obscuridade
e ininterrupta objetividade de nossos escritos, sob infortúnio de não se lograr a veiculação da expressão das acepções
originais, da semântica primeira, ambas que pelo autor da epístola foram intentadas.
De acordo com o que você acabou de ver nesta aula, deve estar fácil perceber que este parágrafo está cheio de nada,
não é? Então, sua tarefa será detectar as expressões que “engordam” este texto desnecessariamente e substituí-las.
Atenção: não estamos falando dos termos que somente dificultam a leitura, mas das expressões que podem ser substi-
tuídas por uma só palavra. Tente encontrar, pelo menos, três.
1. ___________________________________________________________________
2. __________________________________________________________________
3. __________________________________________________________________
RESPOSTA COMENTADA
Você provavelmente teve dificuldade em detectar e substituir as expressões que “engordam” o texto porque, provavelmen-
te, não está entendendo nada do que está escrito. Diríamos que, a essa altura, você deva estar um pouco irritado... O texto
do prólogo é realmente uma obra de arte às avessas! É difícil pensar em melhorar algo que não se compreende. Demos
alguns exemplos a seguir. Você encontrou outros? Se encontrou, compartilhe conosco no espaço Fórum da Aula 5.
1. artifício da transmissão e recepção entre interlocutores é exatamente como o dicionário define COMUNICAÇÃO!
2. adjacentemente localizados é a mesma coisa que PRÓXIMOS, não?
3. fatores, recursos e elementos. Para que tanta coisa? Escolhamos 1: RECURSOS, por exemplo!
4. não-obscuridade é um jeito esquisito de dizer CLAREZA.
5. lograr a veiculação da expressão... essa é demais! Por que não simplesmente EXPRESSAR?
Existe mais uma expressão que você pode ter detectado; na Atividade Final você vai entender por que não a colocamos
aqui...
No final das contas, sem grandes alterações, observe quanto mais conciso ele ficou:
Posto que, ainda, hodiernamente, não nos é factível prescindir, portanto improvavelmente o será, da comunicação [escri-
ta] entre interlocutores próximos ou temporalmente e espacialmente separados, com vistas a estabelecer,
de fato, entre as partes, comunicação, mandatório nos é não deixarmos de empenharmo-nos, no que à busca por recur-
sos lingüísticos alude, à culminação da clareza e ininterrupta objetividade de nossos escritos, sob infortúnio e não se
expressar as acepções originais, a semântica primeira, ambas que pelo autor da epístola foram intentadas.
Passamos, sem esforço, de 92 para 77 palavras! E se agora você olhar a nova versão desse trecho, provavelmente
encontrará mais algumas possibilidades de substituições. Ainda não está bom? Também achamos que não...
De que adianta usar o número de palavras essencial para a sua mensagem, se as palavras
que se está utilizando são indecifráveis para quem está lendo?
Uma das vantagens do material impresso é o fato de ele ser de fácil transporte. O aluno
pode estudá-lo no ônibus, por exemplo, na volta do trabalho. Tendo isso em mente, pense
em algumas questões:
• Um texto como o que iniciou esta aula pode ser lido por um aluno sem um enorme
dicionário a seu lado?
• Quanto pesa um bom dicionário para ser carregado por aí?
• Qual é o prazer de ler tendo de consultar um dicionário a cada três palavras?
• Como é se sentir estrangeiro na sua própria língua, tentando, ao mesmo tempo,
aprender sobre marés, ou o que seja?
• Qual é o preço de fazer o aluno achar que está “surdo” (neste caso, “cego”)? Ele
fechar o livro e largar os estudos?
Com isso, queremos dizer: não sofistique o uso da linguagem na Educação a Distância.
Procure utilizar as palavras do conhecimento da maioria dos alunos, as que lhes são fami-
liares, corriqueiras. Sinônimos de palavras ”difíceis” serão sempre bem-vindos.
ATENÇÃO
Evidentemente, estão excluídos da sugestão anterior os termos técnico-científicos indispen-
sáveis de colocação. Também não considere o conselho se sua intenção (ou eventual meta/
objetivo da aula) for o aprofundamento ou a análise de modos de falar e registros de lingua-
gem específicos, incomuns, não usuais.
Objetivo 4
Você continuará na saga de transformar o prólogo desta aula em algo legível por um aluno... Sua tarefa é identificar
e substituir - no trecho a seguir, retirado da resposta da Atividade 3 - palavras que você imagine não serem de uso
cotidiano de seu aluno, à luz do que acabou de refletir sobre textos rebuscados:
“Posto que, ainda, hodiernamente, não nos é factível prescindir, portanto improvavelmente o será, da comunicação
[escrita] entre interlocutores próximos ou temporalmente e espacialmente separados, com vistas a estabelecer,
de fato, entre as partes, comunicação, mandatório nos é não deixarmos de empenharmo-nos, no que à busca por
recursos lingüísticos alude, à culminação da clareza e ininterrupta objetividade de nossos escritos, sob infortúnio de
não se expressar as acepções originais, a semântica primeira, ambas que pelo autor da epístola foram intentadas.”
1. _______________________________________________________________________
substituir por___________________________________________________________
2. _______________________________________________________________________
substituir por___________________________________________________________
3. _______________________________________________________________________
substituir por___________________________________________________________
4. _______________________________________________________________________
substituir por___________________________________________________________
5. _______________________________________________________________________
substituir por___________________________________________________________
Planejamento e elaboração de material didático impresso para EAD - elementos instrucionais e estratégias de
ensino
6. _______________________________________________________________________
substituir por___________________________________________________________
7. _______________________________________________________________________
substituir por___________________________________________________________
8. _______________________________________________________________________
substituir por___________________________________________________________
9. _______________________________________________________________________
substituir por___________________________________________________________
10. _______________________________________________________________________
substituir por___________________________________________________________
RESPOSTA COMENTADA
Se você quiser dar ao aluno a oportunidade de entrar em contato com novos termos – e já fazemos isso com os
termos técnicos – faça isso bastante moderadamente; escolha momentos em que a aprendizagem dele não será
sacrificada, caso ele não tenha em mãos um dicionário na hora em que estiver lendo sua aula.
Vamos à resposta?
1. posto que já que
2. hodiernamente atualmente
3. com vistas a a fim de
4. as partes elas
5. mandatório necessário
6. culminação máximo
7. infortúnio pena
8. acepções significados
9. semântica sentido
10. epístola mensagem, texto
11. intentadas desejadas
Se você se preocupou muito com seu aluno, pode ter pensado em outras palavras que mereciam ser substituídas
para o texto se aproximar ainda mais da linguagem dele:
12. factível possível
13. prescindir abrir mão
14. interlocutores pessoas
15. alude se refere
16. ininterrupta contínua
Já que, ainda, atualmente, não nos é possível abrir mão, portanto improvavelmente o será, da comunicação [escri-
ta] entre pessoas próximas ou temporalmente e espacialmente separadas, a fim de estabelecer, de fato, entre elas,
comunicação, necessário nos é não deixarmos de empenharmo-nos, no que à busca por recursos lingüísticos se
refere, ao máximo da clareza e contínua objetividade de nossos escritos, sob pena de não de não se expressar os
significados e sentido originais, ambos que pelo autor da mensagem foram desejados.
Materiais instrucionais impressos voltados para a Educação a Distância, como você está
vendo, possuem um gênero discursivo característico. Esse gênero é bem diferente de
artigos científicos, capítulos de livro e da literatura em geral (romances, poemas etc);
estarmos atentos a ele é fundamental para a aprendizagem do aluno.
Longos parágrafos com longos períodos de longas orações com longas palavras deman-
dam freqüentemente várias leituras para serem entendidos. É comum encontrar alunos
complexados com relação à sua capacidade de entendimento, embora quem redigiu o
texto seja o verdadeiro culpado!
Frases simples, orações curtas, períodos rápidos de ler fazem com que você não se perca
na coesão textual, além de ser muito mais fácil detectar as incoerências cometidas invo-
luntariamente. Com isso, queremos dizer que frases curtas são sempre mais bem enten-
didas por serem sempre mais enfáticas. Quanto mais você usar pontos, mais chances de
parar para pensar sobre o que acabou de ler (se entendeu ou não, se concorda ou não)
você dará ao seu aluno.
ATENÇÃO
Cuidado! Períodos curtos não significam que o texto deva ser tópico ou que seja fragmentado
demais, a ponto de ser monótono. Em geral, os períodos devem conter até vinte palavras.
Alguns podem exceder a isso, tendo de trinta a quarenta palavras. Se períodos mais longos
forem inevitáveis, tais parágrafos devem conter uma reduzida frase final, sintética, que ajude
o aluno na tarefa complexa de entender o que você escreveu. Em seguida, tente contrabalan-
çá-los com outros menos longos.
Outro ponto a que você deve estar atento é o uso das expressões de sentido negativo.
Melhor dizendo:
Ou, no máximo:
O uso indiscriminado de negativas na linguagem faz com que o aluno duvide do que
entendeu, além de sentir-se cansado da leitura.
Freqüente é o uso de conjunções com sentido equivocado. Toda vez que escrever “embo-
ra”, “no entanto”, analise se há mesmo ideia de concessão ou adversidade na sentença;
se escrever “portanto”, “assim”, observe se há realmente relação de conseqüência ou
conclusão entre as orações.
Pode estar parecendo óbvio demais o que está no parágrafo anterior. Pode estar parecen-
do que estamos gastando seu tempo com informações desnecessárias.
Pode ser que você esteja certo (e esperamos que, de fato, esteja). No entanto, uma das
imprecisões mais comuns de se encontrar ao analisar textos instrucionais (e de diversas
naturezas) é a do tipo narrado nos parágrafos anteriores.
Como já dissemos inúmeras vezes, um bom texto deve ser enxuto. Isso significa que,
assim como não é funcional termos expressões enormes que podem ser substituídas por
uma palavra, também não precisamos de adjetivos em excesso para explicar uma mesma
qualidade, estado ou situação. Do mesmo jeito, também não precisamos de toneladas
de advérbios. Quando alongamos as palavras colocando o “-mente” no final delas para
transformá-las em advérbios, a leitura se torna cansativa.
O verbo é, sem dúvida, a palavra mais forte de qualquer frase ou oração. A maneira de
utilizar o verbo determina a importância dos elementos em uma sentença e, portanto,
atribui peso e força ao que se quer dizer.
A voz ativa do verbo deve ser a opção na maior parte dos casos, por ser mais direta e
enfática. Estar atento a esse detalhe pode ser um grande diferencial entre escrever um
trabalho científico e uma aula em que se conversa com o aluno. Isso porque, nos textos
acadêmicos, é mais comum o uso da voz passiva (pois interessa mais o que foi feito, e
não quem fez).
Na segunda oração, o verbo está em voz passiva (a ação é mais importante que o agente)
Termos técnicos e científicos nem sempre podem (e nem devem!) ser omitidos em uma
aula. Os jargões também não podem ser desprezados, se as pessoas das áreas de conhe-
cimento especializado fazem uso deles frequentemente. No entanto, todo cuidado é pouco
ao utilizá-los na linguagem de EAD! Eis algumas sugestões a respeito de tais termos e
jargões:
• Nunca use termos técnicos, a menos que você esteja certo de que o aprendiz neces-
sita deles.
• Explique o novo termo muito cuidadosamente quando for aplicado pela primeira vez.
Dê o significado, o propósito, o exemplo.
• Relembre o aluno do que se trata, quando voltar a usar um termo ou jargão depois
de muito conteúdo novo ou de aulas passadas.
• Use qualquer espécie de grifo, como a sublinha, as letras em CAIXA ALTA, o negrito
etc. Aproveite para inserir verbetes que contenham apenas a explicação do sentido
necessário para aquele momento.
• Não introduza mais que o número estritamente necessário de termos técnicos novos
no mesmo parágrafo.
• Não use termos técnicos alternativos para o mesmo conceito (microcomputador/
PC), a menos que você pretenda acostumar o seu aluno às variações dos termos.
Observe com cuidado como você está ordenando as palavras e/ou as orações do seu
texto. Em língua portuguesa, aluno novo não é o mesmo que novo aluno. Há ordens de
palavras que alteram completamente a mensagem. Casos clássicos são os do somente,
ou do apenas, por exemplo. Compare as três frases a seguir e veja se elas apresentam o
mesmo sentido:
E aí? Na primeira, o gato é o único a sentar no sofá; na segunda; a única coisa que o gato
pode fazer no sofá é se sentar; na terceira, o gato não senta em nenhum outro lugar além
de no sofá.
Outra questão relacionada à ordem das palavras em uma sentença é que, para construir
um texto claro, quanto menos inversões, melhor. Em outras palavras:
Ordem inversa:
Ordem direta:
Pontuação tem a ver com norma gramatical e com o estilo de quem escreve. No que
se refere ao estilo, recomendamos apenas que não cometa exageros, especialmente na
aplicação das vírgulas de uso opcional. Entre o máximo e o mínimo de vírgulas que uma
oração pode conter, o que define o número adequado é a velocidade que você deseja
imprimir ao texto. Não voe nem ande quase parando; o aluno poderá não acompanhá-lo
ou esquecer-se de você. Veja aqui alguns casos em que pontuação se faz necessária:
• Se você quiser que seu aluno faça uma pequena pausa, insira uma vírgula.
• Um ponto final leva a uma pausa maior.
• Se você deseja inserir um comentário (não muito extenso), faça o que acabamos de
fazer: coloque-o entre parênteses.
• Se você deseja unir pequenos períodos, use ponto-e-vírgula; isso dá uma pausa
maior que a vírgula e menor que o ponto.
• Se você deseja dar ênfase particular a uma palavra, sublinhe-a ou use negrito ou
LETRAS MAIÚSCULAS.
Objetivos 4, 5 e 6
Construção
Não precisa ser nenhum especialista para perceber que o texto a seguir está bastante truncado e mal escrito:
Já que, ainda, atualmente, não nos é possível abrir mão, portanto improvavelmente o será, da comunicação [escrita]
entre pessoas próximas ou temporalmente e espacialmente separadas, a fim de estabelecer, de fato, entre elas, comu-
nicação, necessário nos é não deixarmos de empenharmo-nos, no que à busca por recursos lingüísticos se refere, ao
máximo da clareza e contínua objetividade de nossos escritos, sob pena de não se expressar os significados e sentido
originais, ambos que pelo autor da mensagem foram desejados.
Agora está na hora de consertá-lo de verdade, como provavelmente você está com vontade de fazer desde o início da
aula. Vamos parte a parte:
b. qual é a expressão que apresenta uma negativa desnecessária, que retira objetividade e clareza da frase? Como
redigir a mesma expressão com mais objetividade?
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
d. quantos advérbios você detecta facilMENTE entre as 25 primeiras palavras do texto? Quais você substituiria
(ajuste o texto, se for necessário)?
________________________________________________________________________
e. você encontra um verbo na voz passiva? Qual? Escreva o mesmo trecho colocando o verbo na voz ativa.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
f. detecte, pelo menos, duas inversões da ordem direta nesse trecho todo.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
g. volte ao trecho que vai de “Já que” até “[escrita]”. Quantas palavras há neste trecho? E quantas vírgulas? Qual
é a velocidade do texto neste trecho (lenta, normal, rápida)?
________________________________________________________________________
i. agora que você já fez isso tudo, por que não reescreve o parágrafo? Fique à vontade: corte as palavras que não
contribuem para o significado do texto, troque as que achar necessário.
Recomendações importantes: coloque pontos onde achar que deve (construa sentenças curtas), retire vírgulas,
reorganize as frases (privilegie a ordem direta), insira ao menos uma pergunta retórica. Ah, e não se esqueça:
seja fiel “à semântica primeira”!
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
a. inacreditavelmente, este parágrafo inteiro corresponde a uma única frase. Se isso é absurdo, agora que ele já foi
modificado por você duas vezes, imagina antes, quando ele tinha 92 palavras (lembre-se de que recomendamos
cerca de trinta por sentença).
b. “não deixarmos de empenharmo-nos” é o mesmo que empenharmo-nos, concorda? Para que dar nó em pingo
d’água? Isso é o que você poderia ter detectado na Atividade 3, mas que deixamos para falar somente agora que
já apresentamos o efeito do excesso de negativas na clareza de uma frase.
c. “não nos é possível abrir mão, portanto improvavelmente o será”. O “portanto” traz uma ideia de conseqüência
direta; neste caso, não existe este tipo de relação. De fato, provavelmente nunca abriremos mão da comunicação
escrita; no entanto, o motivo disso não é o fato de que agora não podemos fazê-lo, mas o fato de ela permitir a
comunicação entre pessoas, por exemplo, separadas no tempo e no espaço!
d. facilmente você pode ter detectado 4 - os que apresentam “mente”: atualmente, improvavelmente, temporalmen-
te e espacialmente. Há mais, mas não os consideraremos aqui.
Para substituir, você poderia escolher qualquer um deles. Possibilidades são:
-- “Atualmente” nos dias de hoje;
-- “improvavelmente o será” improvável que seja
-- “temporalmente e espacialmente separadas” separadas no tempo e no espaço.
e. “pelo autor da mensagem foram desejados” está valorizando o ato de desejar, e não o autor. O agente não é o
foco desta sentença e, por isso, dizemos que o verbo está em voz passiva. Para passar para voz ativa: os signifi-
cados e sentido originais, ambos, foram desejados pelo autor da mensagem.
f. há várias inversões neste trecho: “não nos é possível abrir mão”, “estabelecer, de fato, entre elas, comunicação”,
“nos é não deixarmos de empenharmo-nos”, “no que à busca por recursos lingüísticos se refere”, “que pelo autor
da mensagem foram desejados”. Como colocá-los em ordem direta? Vamos lá:
-- não nos é possível abrir mão/não é possível a nós abrir mão, ou não é possível abrirmos mão.
-- estabelecer, de fato, entre elas, comunicação / De fato, estabelecer comunicação entre elas.
-- nos é não deixarmos de empenharmo-nos / É não deixarmos de nos empenharmos, ou simplesmente, nos
empenharmos!
-- no que à busca por recursos lingüísticos se refere / no que se refere à busca por recursos lingüísticos.
-- que pelo autor da mensagem foram desejados / que foram desejadas pelo autor da mensagem.
g. 7 palavras e 5 vírgulas. Quase uma vírgula a cada três palavras. Isso faz a leitura lenta e monótona.
h. Três possibilidades:
-- improvavelmente o será
-- entre pessoas próximas ou temporalmente e espacialmente separadas
-- no que à busca por recursos lingüísticos se refere
i. Quando você começou a ler esta aula deve ter pensado que nós éramos loucos e que o prólogo não significava
absolutamente nada. De fato, ele é o pior texto que já vimos: uma quantidade enorme de palavras inúteis, de
inversões desnecessárias, frases colossais, clareza e objetividade nulas. Veja uma possibilidade de versão para o
texto:
Ainda hoje, não é possível (e dificilmente será) abrir mão da linguagem escrita.
Por quê? Porque ela serve para nos comunicarmos com alguém que está perto ou longe e para fazer registros
que serão lidos no futuro. Para que isso aconteça, é fundamental usar elementos lingüísticos que tragam para o
nosso texto mais clareza e objetividade; caso contrário, as chances de aquilo que escrevemos ser compreendido
por quem lê são baixas. (em 71 palavras).
Olhe as horas novamente. Há quanto tempo você está debruçado sobre esta aula?
Desconte uma parcela dedicada somente à leitura, 50% talvez? Ou seja, metade do tempo que você passou
estudando utilizou para decodificar um único parágrafo! Viu por que não podemos descuidar da linguagem, espe-
cialmente para a Educação a Distância?
Ainda hoje, não é possível (e dificilmente será) abrir mão da linguagem escrita. Por quê?
Porque ela serve para nos comunicarmos com alguém que está perto ou longe e para fazer
registros que serão lidos no futuro. Para que isso aconteça, é fundamental usar recursos
lingüísticos que tragam para o nosso texto mais clareza e objetividade; caso contrário, as
chances de aquilo que escrevemos ser compreendido por quem lê são baixas.
É por isso que você deve estudar com tanto cuidado estas duas aulas sobre o tema!
162 palavras.
Reconheceu?
Resumo
Ao escrever a sua aula para EAD, faça uso da linguagem em tom dialógico. Ponha-se no
lugar do aluno. Não é mais agradável, ao estudar uma aula, ler um texto que conversa
com você? Fuja das generalizações e das expressões vagas; use pronomes pessoais e
frases retóricas.
Tanto quanto possível, use palavras curtas, orações pequenas, períodos curtos, parágrafos
pequenos. Evite as duplas negativas. Prefira um vocabulário familiar ao aluno. Opte pelos
verbos ativos, pela ordem direta, cuidando da ordenação de vocábulos. Ao mencionar
temos técnicos ou científicos, apresente-os aos poucos. De preferência, fuja deles se
puder.
A linguagem clara, objetiva, direta, amigável, simples e enxuta numa aula faz com que o
aluno a “ouça” e o estimula — ele ficará na boa expectativa de “ouvir” a próxima.
Bibliografia Consultada
ROWNTREE, Derek. Teaching through self-instruction. 2ed. Londres: Kogan Page, 1994.
LOCWOOD, Fred. The design and production of self-instruction materials. 1ed. Londres:
Kogan Page, 1998.
Objetivos de Aprendizagem
É comum a preocupação dos docentes na construção de objetivos para a elaboração do
seu Plano de Curso. Muitas vezes eles têm o domínio do conteúdo, sabem como mediar o
conhecimento em sala de aula, mas na hora de elaborar os objetivos, encontram dúvidas.
Exemplo:
Ao pensar no seu Plano de Curso o docente deve descrever os objetivos específicos para
cada item do conteúdo. A descrição dos objetivos específicos deve ser feita usando
linguagem simples e objetiva, organizada em itens ou apresentada em linguagem colo-
quial. Os objetivos devem referir-se sempre ao que se espera da aprendizagem, não sobre
o que se vai ensinar.
Após definir todos os objetivos, o docente deverá estabelecer as ações que deverão ser
tomadas para atingi-los. Essas ações se referem ao desenvolvimento da sua aula.
CONHECIMENTO
COMPREENSÃO
APLICAÇÃO
ANÁLISE
Referências
BLOOM, Bejamin S. et alli. Taxionomia de objetivos educacionais: domínio cognitivo. 1ª
ed. Porto Alegre. UFRGS. Globo, 1972.
Mensagem de veto
Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras
providências.
Título I
Disposições Preliminares
Art. 1º Esta Lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta denominação os
direitos de autor e os que lhes são conexos.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei aos nacionais ou pessoas domi-
ciliadas em país que assegure aos brasileiros ou pessoas domiciliadas no Brasil a
reciprocidade na proteção aos direitos autorais ou equivalentes.
VIII - obra:
b) anônima - quando não se indica o nome do autor, por sua vontade ou por ser
desconhecido;
i) audiovisual - a que resulta da fixação de imagens com ou sem som, que tenha a
finalidade de criar, por meio de sua reprodução, a impressão de movimento, inde-
pendentemente dos processos de sua captação, do suporte usado inicial ou poste-
riormente para fixá-lo, bem como dos meios utilizados para sua veiculação;
XII - radiodifusão - a transmissão sem fio, inclusive por satélites, de sons ou imagens
e sons ou das representações desses, para recepção ao público e a transmissão de
sinais codificados, quando os meios de decodificação sejam oferecidos ao público
pelo organismo de radiodifusão ou com seu consentimento;
Título II
Das Obras Intelectuais
Capítulo I
Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qual-
quer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que
se invente no futuro, tais como:
Art. 8º Não são objeto de proteção como direitos autorais de que trata esta Lei:
III - os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de infor-
mação, científica ou não, e suas instruções;
Art. 9º À cópia de obra de arte plástica feita pelo próprio autor é assegurada a
mesma proteção de que goza o original.
Art. 10. A proteção à obra intelectual abrange o seu título, se original e inconfundí-
vel com o de obra do mesmo gênero, divulgada anteriormente por outro autor.
Capítulo II
Da Autoria das Obras Intelectuais
Art. 11. Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica.
Art. 12. Para se identificar como autor, poderá o criador da obra literária, artística
ou científica usar de seu nome civil, completo ou abreviado até por suas iniciais, de
pseudônimo ou qualquer outro sinal convencional.
Art. 13. Considera-se autor da obra intelectual, não havendo prova em contrário,
aquele que, por uma das modalidades de identificação referidas no artigo anterior,
tiver, em conformidade com o uso, indicada ou anunciada essa qualidade na sua
utilização.
Art. 14. É titular de direitos de autor quem adapta, traduz, arranja ou orquestra obra
caída no domínio público, não podendo opor-se a outra adaptação, arranjo, orques-
tração ou tradução, salvo se for cópia da sua.
Art. 16. São co-autores da obra audiovisual o autor do assunto ou argumento literá-
rio, musical ou lítero-musical e o diretor.
Capítulo III
Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro.
Art. 19. É facultado ao autor registrar a sua obra no órgão público definido no caput
e no § 1º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973.
Art. 20. Para os serviços de registro previstos nesta Lei será cobrada retribuição,
cujo valor e processo de recolhimento serão estabelecidos por ato do titular do
órgão da administração pública federal a que estiver vinculado o registro das obras
intelectuais.
Art. 21. Os serviços de registro de que trata esta Lei serão organizados conforme
preceitua o § 2º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973.
Título III
Dos Direitos do Autor
Capítulo I
Disposições Preliminares
Art. 22. Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou.
Capítulo II
VII - o de ter acesso a exemplar único e raro da obra, quando se encontre legiti-
mamente em poder de outrem, para o fim de, por meio de processo fotográfico ou
assemelhado, ou audiovisual, preservar sua memória, de forma que cause o menor
inconveniente possível a seu detentor, que, em todo caso, será indenizado de qual-
quer dano ou prejuízo que lhe seja causado.
Art. 25. Cabe exclusivamente ao diretor o exercício dos direitos morais sobre a obra
audiovisual.
Art. 26. O autor poderá repudiar a autoria de projeto arquitetônico alterado sem o
seu consentimento durante a execução ou após a conclusão da construção.
Capítulo III
Dos Direitos Patrimoniais do Autor e de sua Duração
Art. 28. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor da obra literária,
artística ou científica.
Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por
quaisquer modalidades, tais como:
II - a edição;
VI - a distribuição, quando não intrínseca ao contrato firmado pelo autor com tercei-
ros para uso ou exploração da obra;
VII - a distribuição para oferta de obras ou produções mediante cabo, fibra ótica,
satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário realizar a seleção
da obra ou produção para percebê-la em um tempo e lugar previamente determina-
dos por quem formula a demanda, e nos casos em que o acesso às obras ou produ-
ções se faça por qualquer sistema que importe em pagamento pelo usuário;
b) execução musical;
f) sonorização ambiental;
Art. 30. No exercício do direito de reprodução, o titular dos direitos autorais poderá
colocar à disposição do público a obra, na forma, local e pelo tempo que desejar, a
título oneroso ou gratuito.
Art. 33. Ninguém pode reproduzir obra que não pertença ao domínio público, a
pretexto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem permissão do autor.
Art. 34. As cartas missivas, cuja publicação está condicionada à permissão do autor,
poderão ser juntadas como documento de prova em processos administrativos e
judiciais.
Art. 35. Quando o autor, em virtude de revisão, tiver dado à obra versão definitiva,
não poderão seus sucessores reproduzir versões anteriores.
Art. 36. O direito de utilização econômica dos escritos publicados pela imprensa,
diária ou periódica, com exceção dos assinados ou que apresentem sinal de reserva,
pertence ao editor, salvo convenção em contrário.
Art. 37. A aquisição do original de uma obra, ou de exemplar, não confere ao adqui-
rente qualquer dos direitos patrimoniais do autor, salvo convenção em contrário
entre as partes e os casos previstos nesta Lei.
Parágrafo único. Caso o autor não perceba o seu direito de seqüência no ato da
revenda, o vendedor é considerado depositário da quantia a ele devida, salvo se a
operação for realizada por leiloeiro, quando será este o depositário.
Parágrafo único. O autor que se der a conhecer assumirá o exercício dos direitos
patrimoniais, ressalvados os direitos adquiridos por terceiros.
Art. 42. Quando a obra literária, artística ou científica realizada em co-autoria for
indivisível, o prazo previsto no artigo anterior será contado da morte do último dos
co-autores sobreviventes.
Art. 43. Será de setenta anos o prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre as
obras anônimas ou pseudônimas, contado de 1° de janeiro do ano imediatamente
posterior ao da primeira publicação.
Art. 44. O prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre obras audiovisuais e
fotográficas será de setenta anos, a contar de 1° de janeiro do ano subseqüente ao
de sua divulgação.
Art. 45. Além das obras em relação às quais decorreu o prazo de proteção aos direi-
tos patrimoniais, pertencem ao domínio público:
Capítulo IV
Das Limitações aos Direitos Autorais
I - a reprodução:
Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções
da obra originária nem lhe implicarem descrédito.
Capítulo V
Da Transferência dos Direitos de Autor
Art. 49. Os direitos de autor poderão ser total ou parcialmente transferidos a tercei-
ros, por ele ou por seus sucessores, a título universal ou singular, pessoalmente
ou por meio de representantes com poderes especiais, por meio de licenciamento,
concessão, cessão ou por outros meios admitidos em Direito, obedecidas as seguin-
tes limitações:
III - na hipótese de não haver estipulação contratual escrita, o prazo máximo será
de cinco anos;
IV - a cessão será válida unicamente para o país em que se firmou o contrato, salvo
estipulação em contrário;
Art. 50. A cessão total ou parcial dos direitos de autor, que se fará sempre por escri-
to, presume-se onerosa.
Art. 51. A cessão dos direitos de autor sobre obras futuras abrangerá, no máximo, o
período de cinco anos.
Parágrafo único. O prazo será reduzido a cinco anos sempre que indeterminado ou
superior, diminuindo-se, na devida proporção, o preço estipulado.
Título IV
Da Utilização de Obras Intelectuais e dos Fonogramas
Capítulo I
Da Edição
Art. 54. Pelo mesmo contrato pode o autor obrigar-se à feitura de obra literária,
artística ou científica em cuja publicação e divulgação se empenha o editor.
I - considerar resolvido o contrato, mesmo que tenha sido entregue parte conside-
rável da obra;
III - mandar que outro a termine, desde que consintam os sucessores e seja o fato
indicado na edição.
Art. 56. Entende-se que o contrato versa apenas sobre uma edição, se não houver
cláusula expressa em contrário.
Art. 57. O preço da retribuição será arbitrado, com base nos usos e costumes, sempre
que no contrato não a tiver estipulado expressamente o autor.
Art. 59. Quaisquer que sejam as condições do contrato, o editor é obrigado a facul-
tar ao autor o exame da escrituração na parte que lhe corresponde, bem como a
informá-lo sobre o estado da edição.
Art. 60. Ao editor compete fixar o preço da venda, sem, todavia, poder elevá-lo a
ponto de embaraçar a circulação da obra.
Art. 61. O editor será obrigado a prestar contas mensais ao autor sempre que a retri-
buição deste estiver condicionada à venda da obra, salvo se prazo diferente houver
sido convencionado.
Art. 62. A obra deverá ser editada em dois anos da celebração do contrato, salvo
prazo diverso estipulado em convenção.
Parágrafo único. Não havendo edição da obra no prazo legal ou contratual, poderá
ser rescindido o contrato, respondendo o editor por danos causados.
Art. 63. Enquanto não se esgotarem as edições a que tiver direito o editor, não pode-
rá o autor dispor de sua obra, cabendo ao editor o ônus da prova.
Art. 65. Esgotada a edição, e o editor, com direito a outra, não a publicar, poderá o
autor notificá-lo a que o faça em certo prazo, sob pena de perder aquele direito, além
de responder por danos.
Art. 66. O autor tem o direito de fazer, nas edições sucessivas de suas obras, as
emendas e alterações que bem lhe aprouver.
Parágrafo único. O editor poderá opor-se às alterações que lhe prejudiquem os inte-
resses, ofendam sua reputação ou aumentem sua responsabilidade.
Capítulo II
Da Comunicação ao Público
Art. 68. Sem prévia e expressa autorização do autor ou titular, não poderão ser
utilizadas obras teatrais, composições musicais ou lítero-musicais e fonogramas, em
representações e execuções públicas.
Art. 69. O autor, observados os usos locais, notificará o empresário do prazo para a
representação ou execução, salvo prévia estipulação convencional.
Art. 70. Ao autor assiste o direito de opor-se à representação ou execução que não
seja suficientemente ensaiada, bem como fiscalizá-la, tendo, para isso, livre acesso
durante as representações ou execuções, no local onde se realizam.
Art. 71. O autor da obra não pode alterar-lhe a substância, sem acordo com o empre-
sário que a faz representar.
Art. 74. O autor de obra teatral, ao autorizar a sua tradução ou adaptação, poderá
fixar prazo para utilização dela em representações públicas.
Parágrafo único. Após o decurso do prazo a que se refere este artigo, não poderá
oporse o tradutor ou adaptador à utilização de outra tradução ou adaptação autori-
zada, salvo se for cópia da sua.
Art. 75. Autorizada a representação de obra teatral feita em co-autoria, não poderá
qualquer dos co-autores revogar a autorização dada, provocando a suspensão da
temporada contratualmente ajustada.
Capítulo III
Da Utilização da Obra de Arte Plástica
Art. 77. Salvo convenção em contrário, o autor de obra de arte plástica, ao alienar o
objeto em que ela se materializa, transmite o direito de expô-la, mas não transmite
ao adquirente o direito de reproduzi-la.
Art. 78. A autorização para reproduzir obra de arte plástica, por qualquer processo,
deve se fazer por escrito e se presume onerosa.
Capítulo IV
Da Utilização da Obra Fotográfica
Art. 79. O autor de obra fotográfica tem direito a reproduzi-la e colocá-la à venda,
observadas as restrições à exposição, reprodução e venda de retratos, e sem prejuízo
dos direitos de autor sobre a obra fotografada, se de artes plásticas protegidas.
Capítulo V
Da Utilização de Fonograma
Capítulo VI
IV - os artistas intérpretes;
V - o ano de publicação;
I - a remuneração devida pelo produtor aos co-autores da obra e aos artistas intérpre-
tes e executantes, bem como o tempo, lugar e forma de pagamento;
Art. 84. Caso a remuneração dos co-autores da obra audiovisual dependa dos rendi-
mentos de sua utilização econômica, o produtor lhes prestará contas semestralmen-
te, se outro prazo não houver sido pactuado.
Art. 86. Os direitos autorais de execução musical relativos a obras musicais, líte-
romusicais e fonogramas incluídos em obras audiovisuais serão devidos aos seus
titulares pelos responsáveis dos locais ou estabelecimentos a que alude o § 3o do art.
68 desta Lei, que as exibirem, ou pelas emissoras de televisão que as transmitirem.
Capítulo VII
Da Utilização de Bases de Dados
Capítulo VIII
Da Utilização da Obra Coletiva
I - o título da obra;
Título V
Dos Direitos Conexos
Capítulo I
Disposições Preliminares
Art. 89. As normas relativas aos direitos de autor aplicam-se, no que couber, aos
direitos dos artistas intérpretes ou executantes, dos produtores fonográficos e das
empresas de radiodifusão.
Parágrafo único. A proteção desta Lei aos direitos previstos neste artigo deixa intac-
tas e não afeta as garantias asseguradas aos autores das obras literárias, artísticas ou
científicas.
Capítulo II
Dos Direitos dos Artistas Intérpretes ou Executantes
Art. 90. Tem o artista intérprete ou executante o direito exclusivo de, a título onero-
so ou gratuito, autorizar ou proibir:
Capítulo III
Dos Direitos dos Produtores Fonográficos
Art. 93. O produtor de fonogramas tem o direito exclusivo de, a título oneroso ou
gratuito, autorizar-lhes ou proibir-lhes:
IV - (VETADO)
Art. 94. Cabe ao produtor fonográfico perceber dos usuários a que se refere o art.
68, e parágrafos, desta Lei os proventos pecuniários resultantes da execução pública
dos fonogramas e reparti-los com os artistas, na forma convencionada entre eles ou
suas associações.
Capítulo IV
Dos Direitos das Empresas de Radiodifusão
Capítulo V
Da Duração dos Direitos Conexos
Art. 96. É de setenta anos o prazo de proteção aos direitos conexos, contados a partir
de 1º de janeiro do ano subseqüente à fixação, para os fonogramas; à transmissão,
para as emissões das empresas de radiodifusão; e à execução e representação públi-
ca, para os demais casos.
Título VI
Das Associações de Titulares de Direitos de Autor e dos que lhes são Conexos
Art. 97. Para o exercício e defesa de seus direitos, podem os autores e os titulares de
direitos conexos associar-se sem intuito de lucro.
Art. 98. Com o ato de filiação, as associações tornam-se mandatárias de seus asso-
ciados para a prática de todos os atos necessários à defesa judicial ou extrajudicial
de seus direitos autorais, bem como para sua cobrança.
§ 1º O escritório central organizado na forma prevista neste artigo não terá finalida-
de de lucro e será dirigido e administrado pelas associações que o integrem.
§ 4º O escritório central poderá manter fiscais, aos quais é vedado receber do empre-
sário numerário a qualquer título.
Título VII
Das Sanções às Violações dos Direitos Autorais
Capítulo I
Disposição Preliminar
Art. 101. As sanções civis de que trata este Capítulo aplicam-se sem prejuízo das
penas cabíveis.
Capítulo II
Das Sanções Civis
Art. 103. Quem editar obra literária, artística ou científica, sem autorização do titu-
lar, perderá para este os exemplares que se apreenderem e pagar-lhe-á o preço dos
que tiver vendido.
Art. 104. Quem vender, expuser a venda, ocultar, adquirir, distribuir, tiver em depó-
sito ou utilizar obra ou fonograma reproduzidos com fraude, com a finalidade de
vender, obter ganho, vantagem, proveito, lucro direto ou indireto, para si ou para
outrem, será solidariamente responsável com o contrafator, nos termos dos artigos
precedentes, respondendo como contrafatores o importador e o distribuidor em caso
de reprodução no exterior.
Art. 108. Quem, na utilização, por qualquer modalidade, de obra intelectual, deixar
de indicar ou de anunciar, como tal, o nome, pseudônimo ou sinal convencional do
autor e do intérprete, além de responder por danos morais, está obrigado a divulgar-
-lhes a identidade da seguinte forma:
Art. 109. A execução pública feita em desacordo com os arts. 68, 97, 98 e 99 desta
Lei sujeitará os responsáveis a multa de vinte vezes o valor que deveria ser origi-
nariamente pago.
Art. 110. Pela violação de direitos autorais nos espetáculos e audições públicas,
realizados nos locais ou estabelecimentos a que alude o art. 68, seus proprietários,
diretores, gerentes, empresários e arrendatários respondem solidariamente com os
organizadores dos espetáculos.
Capítulo III
Da Prescrição da Ação
Título VIII
Disposições Finais e Transitórias
Art. 112. Se uma obra, em conseqüência de ter expirado o prazo de proteção que
lhe era anteriormente reconhecido pelo § 2º do art. 42 da Lei nº. 5.988, de 14 de
dezembro de 1973, caiu no domínio público, não terá o prazo de proteção dos direi-
tos patrimoniais ampliado por força do art. 41 desta Lei.
Art. 114. Esta Lei entra em vigor cento e vinte dias após sua publicação.
Art. 115. Ficam revogados os arts. 649 a 673 e 1.346 a 1.362 do Código Civil
e as Leis nºs 4.944, de 6 de abril de 1966; 5.988, de 14 de dezembro de 1973,
excetuando-se o art. 17 e seus §§ 1º e 2º; 6.800, de 25 de junho de 1980; 7.123, de
12 de setembro de 1983; 9.045, de 18 de maio de 1995, e demais disposições em
contrário, mantidos em vigor as Leis nºs 6.533,de 24 de maio de 1978 e 6.615, de
16 de dezembro de 1978.
Francisco Weffort
Uma vez que na unidade anterior foram estabelecidas as características e estrutura do curso,
começa o planejamento e elaboração do material que será utilizado pelo aluno como suporte
didático. É um tema complexo e muito importante tratando-se de um curso a distância. Na
falta do contato presencial entre professores e alunos, é fundamental que o material didático,
assim como a interação, seja de quantidade e qualidade, no mínimo, satisfatória.
Para começar um curso a distância, faz-se necessário que haja um material didático
pronto, em forma de texto e/ou em formato audiovisual, dependendo das características
do curso. Mas temos que lembrar também que o material didático não se esgota nesse
material inicial. Uma vez começado o curso, o professor conteudista, ou o profissional
que acompanha o desenvolvimento do conteúdo junto aos alunos, deve estar atento ao
material adicional que pode ser colocado à disposição dos alunos como complementação:
uma notícia atual referente aos conteúdos estudados, um novo artigo, uma entrevista,
um novo vídeo, etc.
Trata-se de materiais que podem e devem ser acrescentados ao conteúdo inicial depen-
dendo da situação e das necessidades que os docentes vão sentindo dos alunos. Por
exemplo, após a realização da avaliação diagnóstica, o docente pode perceber quais as
ênfases que devem ser feitas, quais os conteúdos que precisam se aprofundados, etc.
E como pode se contar com o aluno neste contexto? Na fase de planejamento foram
traçados os objetivos do curso e os objetivos de cada disciplina. Isto é, quando o profes-
sor conteudista se dispõe a elaborar o material didático, já sabe quais são as competên-
cias e habilidades que se pretendem no futuro profissional, já sabe quais os objetivos
que o aluno deve ter atingido no final do estudo da sua disciplina. Estar atentos a essas
necessidades do aluno na hora de elaborar o material supõe se abrir a um diálogo; supõe
a possibilidade de atingir o interesse e de produzir um material que, além de ser um conte-
údo instrucional, seja um instrumento motivacional.
Mídias
No contexto atual da Educação a Distância, muitas Instituições optam pelo uso de mídias
variadas, porém, sobretudo nos cursos de graduação, a mídia mais utilizada continua
sendo a mídia impressa (SANTOS et al., 2006).
Segundo Aretio (2006), outra dificuldade do material impresso é que é mais difícil de
alcançar a motivação do aluno sem recursos informáticos e audiovisuais, além de pressu-
por que o aluno tem facilidade de interpretação de texto.
O mesmo autor destaca que são muitas as variáveis que precisam ser levadas em conta
na hora de escolher a mídia mais adequada: quais os recursos tecnológicos de que dispõe
a Instituição; disponibilidade de acesso por parte dos estudantes; nível do curso; adequa-
ção dos conteúdos a uma ou outra tecnologia; capacitação dos docentes para lidar com
as mídias; e os resultados obtidos por Instituições similares com cada uma delas.
Equipe de Produção
As equipes, sendo formadas por pessoas com diferentes habilidades, são mais completas
e melhor sucedidas do que poderia ser o trabalho de uma pessoa isolada. Portanto, por
serem processos complexos, precisasse de equipes de diferentes profissionais.
Além dos professores conteudistas, o programa de EADD tem que contar com o trabalho
de outras equipes de profissionais para a elaboração do material didático, fundamental-
mente, as seguintes:
Cada unidade pode começar apresentando ao aluno a pertinência do conteúdo que será
abordado e sua importância. Trata-se de uma introdução breve, apenas para destacar a
utilidade do estudo da unidade e a relação que tem com a unidade anterior ou, inclusive,
com o conjunto do conteúdo. “Explicar a relação da unidade com os conhecimentos que
previsivelmente os alunos já têm, como garantia de uma aprendizagem significativa na
linha de Ausubel” (ARETIO, 2006, p. 224). Trata-se de facilitar organizadores prévios que
façam a ponte entre a informação que o aluno já possui e o conteúdo da unidade.
O uso de gráficos, tabelas, quadros, figuras, ilustrações, etc., pode servir para apresen-
tar de maneira mais gráfica o conteúdo. Às vezes, as figuras podem servir como mera
ilustração, mas amenizam a apresentação do material e quebra um pouco o texto, dando
mais leveza.
Eles são utilizados como uma linguagem para descrição e comunicação de conceitos e
seus relacionamentos, e foram originalmente desenvolvidos para o suporte à aprendiza-
gem significativa (AUSUBEL, 1968, apud SAKAGUTI, 2004, p.1).
Quando é necessário utilizar palavras que não são do domínio dos destinatários (por
exemplo, termos científicos, tecnicismos, palavras que são usadas com significado dife-
rente do sentido dado na linguagem vulgar), pode ajudar inserir um glossário que explique
os termos com o significado que estão sendo utilizados.
A linguagem utilizada deve ser precisa, clara e de fácil compreensão. Porém, isso, em
momento nenhum, deve ser confundido com conteúdo superficial. Como falamos antes,
o recurso do glossário, pode ajudar a dar a devida profundidade ao conteúdo, mas ofere-
cendo clareza.
Além disso, “o aluno deve perceber se está aprendendo ou não [...] A tecnologia favorece
a correção e o retorno imediato do certo e do errado” (PALANGE, 2009). Neste sentido,
os exercícios de fixação, com perguntas de múltipla escolha são um bom recurso, pois
permitem que o aluno possa ter um retorno imediato quanto à assimilação dos conteú-
dos considerados mais importantes. É fundamental que o aluno não tenha que esperar o
momento da avaliação, virtual ou presencial, para perceber que a compreensão e assimi-
lação não estão sendo satisfatórias.
Em resumo, o material em forma de texto, mesmo que não seja o único recurso educa-
cional, deve ser o mais completo possível, oferecendo possibilidades de aprofundamento
dos assuntos abordados.
O texto para estudar em casa vai além de apresentar a informação. Não é como
os usados em sala de aula. Deve ensinar, explicar, animar, perguntar, motivar e
informar. Faz as funções do professor e dos colegas de sala. Deve conter leitu-
ras, indicar tarefas, avaliar e servir igual aos lentos e aos bem dotados. (p. 216).
Também refletíamos a respeito das dificuldades próprias do ato de escrever, mas produzir
material em outras mídias, além de ser mais caro, requer conhecimentos e habilidades
mais específicas.
Segundo Moore & Kearsley (2008), “o principal problema relacionado ao uso das mídias
de áudio e vídeo na educação a distância é o fato de exigirem criatividade e conhecimento
profissional especializado para a produção de programas de boa qualidade” (p. 82).
Uma imagem vale mais que mil palavras, e sabendo que maioria dos alunos não tem muito
hábito de leitura, os recursos audiovisuais podem ser de grande ajuda para o aluno na
Educação a Distância.
Validação do material
Antes de disponibilizar o material didático aos alunos, é importante validar o material, isto
é, testar o material de maneira que possam ser evidenciadas possíveis lacunas, imprecisões,
partes que não ficaram claras, atividades que não ficaram com suficiente clareza, etc.
De modo geral, a validação é feita através da realização do curso, com o uso do material
didático por uma parcela da população-alvo, por amostragem. O curso deve ser aplicado
também a uma equipe técnica que não tenha participado da elaboração dos textos e
mesmo a outras pessoas da área, diferentes da equipe que efetuou a adequação pedagó-
gica do material (RUIZ & CORDEIRO, 1997, apud SOUZA & SAITO, 2008).
ASSIS, Elisa Maria de & CRUZ, Vilma A. Gimenes da. Material Didático em EAD: A impor-
tância da cooperação e colaboração na construção do conhecimento. In Linhas Críticas
Vol. 13, nº 24- p.103-114. jan. – jun. 2007. Disponível em:
MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez,
2005.
PALANGE, Ivete. Os métodos de preparação de material para cursos on-line. In: LITTO,
Fredric & FORMIGA, Marcos (org.). Educação a Distância. O estado da arte. São Paulo:
Pearson, 2009.
POLAK, Ymiracy N. de Souza. A avaliação do aprendiz em EAD. In: LITTO, Fredric &
FORMIGA, Marcos (org.). Educação a Distância. O estado da arte. São Paulo: Pearson,
2009.
Referenciais para elaboração de material didático para EAD no ensino profissional e tecno-
lógico. Disponível em:
<http://mecsrv04.mec.gov.br/encontro/materiais/distancia/2.2_referenciais_material_
didatico.pdf>. Acesso em jun.2010.
SANTOS, C. Ribeiro dos, et al. A construção de material didático para Educação a Distância:
A experiência do setor de Educação a Distância da UNESC. In: Novas Tecnologias na
Educação.
Dicas Úteis
1. Em geral, os conteúdos dos materiais didáticos desenvolvidos para mídia Web
preconizam a utilização de:
-- Hiperlinks
-- Cores e forma
-- Movimento
-- Animação
-- Possibilidade de interatividade com o aluno
-- Imagens
-- Sons
-- Vídeos
2. O material deve ser sempre pensado para o aluno. A escrita e a forma de explicar
deve considerar que o aluno está conhecendo esse conteúdo pela primeira vez,
possibilitando que ele leia, estude e aprenda sozinho. Esse é um dos principais
elementos a serem considerados nos materiais didáticos que serão utilizados na
modalidade a distância.
LEMBRE-SE
O material deve conversar com o aluno através de uma escrita simples e explicativa!!!