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2017
Suely da Silva Campos
Governadora do Estado de Roraima
BOA VISTA – RR
2017
2
COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO E AVALIAÇÃO
Presidente
Membros
BOA VISTA – RR
2017
3
Epígrafe
4
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 06
1.1. CARACTERIZAÇÃO TÉCNICA E FUNCIONAL DO CURSO .................................... 09
1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO LOCO - REGIONAL E HISTÓRICO-POLÍTICO DA 10
EDUCAÇÃO INDÍGENA EM RORAIMA...............................................................................
1.3.OS RUMOS DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA EM RORAIMA.......................... 14
1.3.1 Aspectos sócio históricos do projeto Tamî’kan................................................................. 17
2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 20
3. OBJETIVOS........................................................................................................................... 23
3.1. OBJETIVO GERAL ........................................................................................................... 23
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS.............................................................................................. 23
4. REQUISITOS DE ACESSO AO CURSO MAGISTÉRIO TAMÎ`KAN.............................. 24
4.1 CRITÉRIOS DE ACESSO AS MODALIDADES DO CURSO MAGISTÉRIO
TAMÎ`KAN OFERTADO ......................................................................................................... 27
4.1.1 Curso em 04 etapas ........................................................................................................ 28
4.1.2. Curso em 08 etapas (para quem não possui Ensino Médio) ............................................ 28
5. PERFIL PROFISSIONAL DO FORMADOR E DO EGRESSO.......................................... 28
5.1 PERFIL DO PROFESSOR FORMADOR ........................................................................... 28
5.2 PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO .......................................................................... 30
6. DO FUNCIONAMENTO DO CURSO MAGISTÉRIO PROFISSIONAL TAMÎ’KAN........ 31
7. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO CURSO MAGISTÉRIO TAMÎ`KAN...................... 32
7.1 DAS MATRIZES CURRICULARES E INSTRUÇÕES METODOLÓGICAS................... 33
7.1.1. Sobre as Aulas Presenciais (P), Semipresenciais (S) e Atendimento Individualizado (A) 38
7.1.2. Sobre o Estágio Supervisionado......................................................................................... 39
7.1.2.1 Estágio Supervisionado I (20 horas presenciais sendo: 10 horas para instruções coletivas
e 10 horas para atendimentos individualizados + 80 de execução na escola de estágio) ............. 41
7.1.2.2 Estágio Supervisionado II – (20 horas presenciais sendo: 10 horas para instruções 42
coletivas e 10 horas para atendimentos individualizados + 80 de execução na escola de estágio...
7.1.2.3 Estágio Supervisionado III............................................................................................... 43
7.1.3. Sobre as Atividades Complementares................................................................................ 44
7.1.4 O ensino via etnopesquisa e a construção da prática participativa: perspectivas
metodológicas............................................................................................................................... 45
7.1.4.1 A Etnopesquisa e os Contextos Culturais ........................................................................ 47
7.1.5. Sobre os Seminários Educacionais .................................................................................... 49
7.1.6 Trabalho de Conclusão de Curso – TCC (Memorial Formativo) ....................................... 50
8. DO PLANEJAMENTO E AVALIACOES............................................................................. 51
8.1 DO PLANEJAMENTO DAS AULAS E DAS ATIVIDADES DO CURSO....................... 51
8.2 PROCESSO DE AVALIACAO DO CURSO TAM^` KAN ............................................... 52
8.2.1 AVALIAÇÃO PROCESSUAL ......................................................................................... 52
8.2.2 Avaliação do Cursista......................................................................................................... 54
8.2.3 O Aproveitamento de Estudos e Experiências................................................................... 57
8.2.4 Recuperação de Estudos..................................................................................................... 58
8.2.5 Da Avaliação do Rendimento do Cursista Especial........................................................... 58
8.3 AVALIAÇÃO DO PROFESSOR-FORMADOR................................................................. 58
8.4. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL E DO CURSO.............................................................. 59
9. RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS ............................................................................ 59
9.1 RECURSOS HUMANOS .................................................................................................... 59
9.2 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS ................................................................................ 60
10.PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO...................................................................................... 60
11. CERTIFICADOS E DIPLOMAS.......................................................................................... 61
12.REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................... 62
ANEXO: EMENTÁRIOS............................................................................................................ 64
5
1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Magistério Indígena Tamî’kan1 é uma política educacional que nasceu dos
anseios das comunidades indígenas, resultante da luta político-educacional e elaborado
coletivamente com a participação de lideranças indígenas, Organizações Governamentais e não
Governamentais (ONGs) e dos professores indígenas. Ele está contemplado no Plano Estadual
de Educação de Roraima, no Plano de Ação Político-pedagógico da Divisão de Educação
Escolar Indígena em total consonância com a legislação Internacional, Nacional e Estadual bem
como as que regem a atividade do Centro de Formação dos Profissionais da Educação de
Roraima – CEFORR.
Neste sentido, o Projeto Magistério Indígena Tamî’kan passa a ser compreendido como
Programa de Formação em Magistério Indígena desenvolvido em curso diferenciado e
especifico com os princípios, finalidades, metas, objetivos além da estrutura do trabalho e seu
funcionamento, seja político administrativo seja pedagógico próprios, contribuindo para
desenvolvimento das políticas educacionais previstas no Plano Estadual de Educação (PEE) e
no Projeto Político Pedagógico Institucional do CEFORR (PROPPI-CEFORR).
O projeto cumpre ao Parecer CEE/RR nº 19/04 de 25 de maio de 2004, que institui as
Diretrizes Curriculares do Curso de Magistério Indígena e atualmente rege-se pela Resolução
CNE/CP 1/2015 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores
Indígenas em cursos de Educação Superior e de Ensino Médio e dá outras providências. Está
embasado também na Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho – OIT sobre
Povos Indígenas e Tribais em Países Independentes, como é o caso do Brasil que, além de
Estado-membro da OIT, tem assento permanente em seu Conselho de Administração.
Deste modo, o magistério indígena Tamî’kan está apoiado ainda na Convenção de julho
de 2002, que aderiu ao instrumento de direito internacional mais abrangente na matéria, que
trata de garantir aos povos indígenas e tribais os direitos mínimos de salvaguardar suas culturas
e sua identidade no contexto das sociedades que integram. Busca-se fundamentar tanto no
Artigo 79 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96) que prevê que
a União apoiará técnica e financeiramente os sistemas de ensino no provimento da educação
intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo programas integrados de ensino e
pesquisa; quanto ainda, no Plano Nacional de Educação, (PNE 2014-2024) e, também no
Parecer CNE/CEB no13/2012 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Escolar Indígena na Educação Básica que estabelece, no âmbito da Educação Básica, a estrutura
1
O nome Tami`kan, de acordo com o prof. indígena Sobral André (2017) faz referência à cosmologia indígena
Macuxi e significa Sete Estrelas.
6
e funcionamento das Escolas Indígenas e demais resoluções que tratam do ordenamento
jurídico próprios, fixando as Diretrizes Curriculares do Ensino Intercultural e Bilíngue, visando
a valorização plena das culturas dos Povos Indígenas e a afirmação e manutenção de sua
diversidade étnica.
No que trata das questões referentes à legislação vigente no Estado de Roraima, o
projeto se ampara na Lei Complementar no 041/01do Sistema Estadual de Educação no Estado
de Roraima de 16 de julho de 2001, assegurado nos artigos 58 a 69 o direito aos povos indígenas
à uma educação específica e diferenciada de qualidade, que respeite e valorize seus
conhecimentos e saberes tradicionais e que os profissionais que nela atuam pertençam as
sociedades envolvidas no processo escolar. Ainda se amparando no Parecer 05/2012 que trata
do Regimento Unificado para as Escolas Indígenas do Sistema Estadual de Ensino.
Assim, o Curso Profissional Magistério Tamî’kan– Nível Médio, representa um
instrumento político, assumindo o compromisso de contribuir na autonomia dos Povos
Indígenas, qualificando a Educação Escolar Indígena no Estado de Roraima. A realização do
Curso de Magistério Tamî’kan é promovida pela Secretaria de Educação e Desportos do Estado
de Roraima - SEED/RR, através da Divisão de Educação Escolar Indígena - DIEEI/SEED e
Centro Estadual de Formação dos Profissionais da Educação de Roraima - CEFORR, em
parceria com a Fundação Nacional do Índio – FUNAI, Fundação Nacional de Saúde –
FUNASA, Instituto Insikiran da Universidade Federal de Roraima – UFRR, bem como, as
seguintes Organizações Indígenas:
Organização do Professores Indígenas de Roraima – OPIRR;
Conselho Indígena de Roraima – CIR;
Organização das Mulheres Indígenas de Roraima – OMIR;
Movimento das Mulheres Indígenas de Roraima – MMIR;
Aliança de Integração e Desenvolvimento das Comunidades Indígenas de
Roraima – ALIDICIR;
Associação dos Povos Indígenas da Terra de São Marcos – APITSM;
Conselho dos Povos Indígenas Ingaricó – COPING;
Associação Yanomami - HAY HUTUKARA;
Sociedade de Defesa dos Índios Unidos do Norte de Roraima – SODIUR,
Associação dos Povos Indígenas Taurepang, Wapixana e Macuxi – TWM.
Texo Associação Ninã do Estado de Roraima – TANER;
Associação dos povos Indígenas Wai-Wai - APIW;
Organização dos Índios da Cidade – ODIC;
7
Associação dos Povos Ye`kuana do Brasil – APYB.
2
Transporte, alimentação, alojamento, etc.
8
1.1- CARACTERIZAÇÃO TÉCNICA E FUNCIONAL DO CURSO
9
1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO LOCO - REGIONAL E HISTÓRICO-POLÍTICO DA
EDUCAÇÃO INDÍGENA EM RORAIMA.
3
Quadro geral dos povos – https://pib.socioambiental.org./pt/c/quadrogeral. Acesso em 20/12/2016.
4
Dados não encontrados oficialmente.
5
Informação concedida oralmente pelo professor Sobral André Macuxi, professor de Língua Indígena da SEED/RR
em 01/02/2017.
10
Todavia esses povos coexistem com povos de maior número populacional, devem ser
considerados no censo e são indicativos de demanda para a formação educacional específica
(ODIC, 2008).
Em Boa Vista existe também outra demanda relevante e específica dos indígenas da
cidade6 e na cidade7. De acordo com levantamento feito pelo Centro de Atendimento a
Migrantes na Cidade - CAMIC, da Diocese de Roraima e pela Organização dos Indígenas na
Cidade - ODIC (2016) registra-se a existência aproximada de pelo menos 30.000 indígenas
vivendo na cidade que se identificam como índios da cidade (CAMARGO, 2011).
Autores como Andrade (2016) tem observado que a partir dos anos de 1990 houve um
crescimento de reivindicações identitárias étnicas como resultado da luta política dos índios do
Brasil em Roraima. De acordo com a professora indígena Ineide Izidorio (2017), da Gerência
Indígena8 do CEFORR, o crescimento de autoidentificação pode ser explicado pela razão de
que muitos indígenas têm assumido com “maior tranquilidade” suas identidades por várias
razões e interesses que vão desde o acesso aos direitos constitucionais que isso permite, ao
retorno às comunidades indígenas pelos que delas se ausentaram frente às novas perspectivas
que surgiram após as demarcações das Terras Indígenas (TIs).
Todavia, o critério da autoidentificação étnica continua se constituindo em uma questão
complexa para muitos indivíduos de origem indígena. Tal fato tem relação e é consequência do
processo histórico da violência e a espoliação da cultura indígena ocorrida nos processos de
colonização e das políticas assimilacionistas a que foram submetidos desde o período colonial
até tempos recentes (CARDOSO DE OLIVEIRA, 1960;1964).
A título de contextualização da questão da luta dos povos indígenas por um currículo
intercultural e diferenciado, cabe mencionar de forma sucinta que os Povos Indígenas das
regiões das serras e campos do médio e alto rio Branco, em Roraima, por se localizarem numa
região de fronteira, sofreram um duplo processo de colonização a partir de meados do século
XVIII. Seus territórios foram alvos de disputas entre os domínios coloniais de Portugal,
Espanha e Holanda. Os aldeamentos compulsórios e o estabelecimento de colônias militares
em suas cercanias confirmam estratégias utilizadas pelos portugueses para evitar possíveis
tentativas de invasão de seus domínios, entre outros interesses, e é nesse contexto que o forte
São Joaquim foi construído em 1775. Neste sentido, ao abordarem o assunto, Farage e Santilli
(1998, p. 268) comentam que “os holandeses alcançaram a região através de uma extensa rede
de troca de manufaturados por escravos índios”.
6
Indígenas que nasceram na cidade
7
Indígenas que se deslocaram das comunidades
8
Ineide Izidório Messias Macuxi, 2017.
11
Neste período as Missões Carmelitas e Jesuítas acompanhavam os portugueses nos
aldeamentos e realizavam desobrigas. Sem uma presença sistemática na região, não lograram o
intento de catequizar as populações indígenas do rio Branco. A partir dos meados do século
XIX, a pecuária foi utilizada para o povoamento da região, mas não empreendida ainda por
colonos civis. A ocupação inicia-se somente a partir das últimas décadas daquele século, com
a expansão pecuarista na área do baixo Uraricoera e alto Rio Branco.
Durante a longa disputa de fronteiras com a Inglaterra houve inúmeras tentativas, sem
sucesso, de se efetivar o povoamento da região por colonos civis. A Freguesia Nossa Senhora
do Carmo, criado no alto rio Branco, encontrava-se inteiramente despovoada em 1856. O
patrimônio do Estado na região, em meados do século XIX, estava constituído por três fazendas:
São José, São Bento e São Marcos.
Até o século XIX, a pecuária era uma atividade complementar ao extrativismo da balata
e do caucho. A expansão dos rebanhos somente se torna possível a partir do estabelecimento
das relações entre fazendeiros e vaqueiros no sistema de quarta ou sorte, que consistia em um
acordo de divisão em que o trabalhador fica com uma das quatro crias nascidas em um
determinado período. Com a ascensão da pecuária extensiva, nas primeiras décadas do século
XX, os territórios habitados por Macuxi e Wapixana são intensamente atingidos pela
colonização.
Em 1910, no extremo norte da região de campos, são estabelecidas duas agências de
contato, representadas pela Missão Beneditina e o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que
travaram acirradas disputas entre si pelas subvenções estatais demandadas pela assistência aos
indígenas, além de conflitos emergidos de suas relações com a elite política local. Os
beneditinos encerraram suas atividades em 1947. Com o SPI não foi diferente, susta sua
assistência aos índios do rio Branco a partir dos anos 30, devido a cortes financeiros. Reduziu
o número de funcionários e as atividades, culminando com sua extinção em 1969.
A Ordem de São Bento, em 1909, foi designada para assumir a ação missionária no rio
Branco, tendo como objetivo a conversão dos índios. Embora questionasse a ineficiência dos
métodos utilizados por outras ordens nos aldeamentos, os beneditinos defendiam o
distanciamento gradativo do indivíduo de sua cultura de origem como meio de obter sucesso
na catequese das populações indígenas.
Conflitos com setores da elite política local levam a Ordem de São Bento a estabelecer a
sede de uma missão de catequese às margens do Baixo Surumu, ocupada exclusivamente pelos
índios. Em 1910 os missionários já estavam alfabetizando, ensinando carpintaria e jardinagem
para crianças indígenas. Em 1912 os missionários são obrigados a abandonar a missão, em
decorrência da febre amarela.
12
Em 1915, o SPI cria um posto na Fazenda São Marcos, como forma de melhorar a
imagem do Brasil diante de acusações de escravidão indígena, com conivência do Governo
Federal, que foram largamente utilizadas pela Inglaterra em favor de suas pretensões territoriais.
Relatos históricos descrevem que, em 1927, o Estado – Maior do Exército alertava sobre a
importância das fronteiras vivas formadas por indígenas no caso de disputas territoriais com a
Inglaterra e a preocupação da migração desta população para a Guiana, devido a maus tratos
sofridos pelas populações indígenas distribuídas nessa região limítrofe do Brasil.
As disputas e polêmicas entre o SPI e a Missão Beneditina, com relação às subvenções
oficiais, conduziram ambas as agências a disputa pela atividade educacional entre os índios. O
ensino da língua portuguesa é um ideal que as duas agências objetivavam atingir junto aos
alunos indígenas.
Em 1919 o SPI fundou a Escola Agrícola Indígena Theophilo Leal, que funcionou no
regime de internato na fazenda São Marcos. No ano de 1924 foram criadas quatro escolas para
atendimento de alunos índios em aldeias Macuxi e Wapixana.
A ampliação das ações da Missão Beneditina ocorreu a partir de 1921, quando foram
enviados novos monges para a Missão no rio Branco. Para atender ao missionamento, a Ordem
instalou um internato em Boa Vista que abrigava meninos e meninas indígenas trazidos das
aldeias.
Distintamente das fases anteriores da catequese, desta feita o trabalho sistemático e de
longa duração permitiu avanços aos propósitos da catequese envolvendo os índios do rio
Branco. Esta fase da atividade de missionamento na região revelou nomes importantes e de
relevo para o trabalho a que se dedicavam os religiosos, exemplo deixado por D. Alcuíno
Meyer, monge beneditino que viveu mais de 20 anos na Missão realizando longas e duradouras
viagens de desobriga. Meyer catequizava na língua Macuxi, da qual era falante, chegando a
coletar mais de 150 contos míticos durante suas viagens de desobriga.
Ambas as agências de contato, SPI e Missão Beneditina, elegeram a educação das
crianças como estratégia para atingir seus objetivos.
13
essas lideranças indígenas que comporão o núcleo embrionário da luta dos povos indígenas de
Roraima pelos seus direitos e a Educação Escolar Indígena.
Informa ainda Repetto que:
Não se pode deixar de afirmar que neste espaço se preparou o terreno para que, aos
poucos, fossem sendo substituídos os professores não-índios por indígenas que
estudaram na missão católica de Surumu. Em 1972, foi habilitada a primeira turma de
professores indígenas, para atuar até a 4ª série; em 1975, foi habilitada a primeira
turma para lecionar até a 8ª série, em nível de Ensino Fundamental (Melo, 2000).
Foram esses professores, por sua vez, os que passaram gradualmente a atuar nas
escolas indígenas (REPETTO, 2008, p. 3).
14
2004, passa a se designar Departamento de Gestão em Educação Indígena (DGEI), saindo do
âmbito do interior e passa a ter vínculo com a Secretaria de Educação de Roraima e dirigido
por uma professora indígena com uma equipe de gestores indígenas. Em 2005 sofre nova
designação e, de acordo com Repetto (2008), volta a condição de Núcleo de Educação Indígena
(NEI), vinculado ao Departamento de Ensino.
Aos poucos, os professores indígenas, organizações, lideranças e comunidades
indígenas começaram a esboçar um Plano de Ação Preliminar, com objetivo de adequar o
currículo à realidade sociocultural dos povos indígenas locais. Em agosto de 1986 realizou-se
o I Encontro de Educadores Indígenas de Roraima, que contou com a participação de 100
professores indígenas. Posteriormente, o Núcleo passou a trabalhar com 25 professores
comprometidos com a causa indígena, contando com a assessoria linguística das pesquisadoras
Neuza Carson, Bruna Franchetto e de Aldema Trindade na produção de cartilhas de
alfabetização (MACHADO; REIS, 1986).
Em março de 1987 foi realizado um curso para elaboração de material didático,
participando 23 professores indígenas dos Povos Macuxi, Wapixana e Taurepang. Destaca-se
a preocupação dos professores indígenas com o ensino bilíngue e o fortalecimento de suas
línguas. Levantavam como proposta a alfabetização em língua materna. Nos casos de
comunidades não mais falantes, a língua indígena seria introduzida como segunda língua (L2)
a partir da 3ª série. Foram ainda produzidos os livros didáticos AYESERU EPU’KI APATAYA,
contendo registros sobre aspectos da cultura Macuxi. No relatório histórico de criação do
Núcleo de Educação Indígena – NEI consta que o grupo de professores analisou criticamente a
cartilha “Pipoca”, adotada pelas escolas em terras indígenas, que apresentava uma metodologia
de ensino descontextualizada da realidade.
Ainda em 1987, o Conselho das Comunidades Indígenas fundou a Escola Indígena
Mirikió Makuxi na comunidade Maturuca. Neste mesmo ano, foram produzidos em língua
portuguesa: MAKUSI TARAMU, coletânea de orações para afastar doenças e, em 1988
MAKUXI PANTON, que relatam histórias do Povo Macuxi, com o apoio da Diocese de
Roraima.
A partir de 1989, os professores indígenas do Acre, Amazonas e Roraima se
organizaram através do Conselho dos Professores Indígenas do Amazonas e Roraima –
COPIAR, atualmente, Conselho dos Professores Indígenas da Amazônia – COPIAM. Nestes
encontros, ocorridos anualmente, elaborou-se a Declaração de Princípios das Escolas Indígenas.
Os professores indígenas de Roraima tiveram um papel de destaque na consolidação deste
movimento, que muito vem contribuindo para a articulação dos professores indígenas dos
Estados do Norte, que se estende para outras regiões do Brasil.
15
A Organização dos Professores Indígenas de Roraima - OPIRR foi criada em 1990
(MANDULÃO, 2006), na Missão Surumu onde se reuniram 84 professores dos povos Macuxi,
Wapixana, Taurepang e Ingaricó, visando fortalecer a luta em defesa de uma formação de
qualidade para os professores indígenas que atuam nas escolas indígenas.
A OPIRR foi criada com apoio dos tuxauas, lideranças indígenas e comunidades
indígenas com a finalidade, de acordo com Repetto (2008)
16
sentido: foi se criando mecanismos dentro do Estado para que acontecesse o
Magistério Indígena para formar os professores. Isso foi uma batalha, uma luta da
organização dos professores que resultou na construção dessa proposta. E o Estado de
Roraima fez nome em cima disso, porque o programa ganhou até prêmio
(GRUPIONI, 2008, p.151-2)
No entanto, com o passar dos anos as organizações indígenas não mantiveram o controle
social das atividades de formação, uma vez não foi possível a efetivação do currículo de
formação indígena diferenciado, embora um dos eixos metodológicos do Projeto de Formação
em Magistério Indígena estivesse centrado na investigação de aspectos culturais dos povos
locais, e tinha as pesquisas como meio de interação escola-comunidade indígena
(MANDULÃO, 2006).
A formação das primeiras turmas lançou o desafio aos professores indígenas de
construir um currículo diferenciado. Iniciativa nesse sentido foi feita pela OPIRR e outras
Organizações indígenas por meio do Projeto Anike’ que teve como objetivo
Apesar da sistematização da riqueza dos materiais que foram coletados por essa
iniciativa do Projeto Anike’, não foi possível a produção de livros didáticos por razões diversas.
Embora tenham sido formados 470 professores com titulação em Magistério Indígena
(MANDULÃO, 2006), a demanda de professores com formação em magistério continuava a
existir na comunidade onde se registrava ainda a presença de professores atuando em sala de
aula sem titulação, quer seja na condição de contratado ou colaborador10, falante ou não da
língua indígena do seu povo. O professor de língua indígena que lecionava e possuía o Ensino
Fundamental completo precisava ter uma formação e habilitação em Magistério.
Dados levantados em 2004 pela OPIRR demonstravam a existência de uma demanda de
300 professores indígenas necessitando formação em Magistério. Para atender essa demanda
foi criado Projeto Tamî’kan (Curso Magistério Indígena – nível médio/profissionalizante). O
curso atendeu a demanda de 300 professores leigos, que buscavam uma formação profissional
para atuarem junto às escolas indígenas, tais como egressos do Ensino Fundamental e Ensino
Médio, que atendia aos critérios previstos no Edital de Seleção do ano de 2004.
9
Indios.org.br. Acesso em: 02 fev. 2017.
10
É um morador da comunidade que se predispõe a colaborar e que tem o apoio da comunidade para realizar o
trabalho junto ao professor titular, sem vínculo empregatício.
17
O Programa Magistério Indígena Tamî´kan é uma ação político-pedagógica da Divisão
de Educação Escola Indígena - DIEI da SEED/RR, tendo em vista a necessidade de um
programa de formação continuada e permanente do professor indígena11, como forma de suprir
a lacuna existente na formação docente, a fim de qualificá-lo e habilitá-lo para atuar na escola
indígena, bem como ponte preferencial para acessar a Licenciatura no Ensino Superior.
Teve sua origem em 2004 e buscou atender as reivindicações dos Povos Indígenas das
regiões: Raposa, Surumu, Baixo Cotingo, Serras, Wai-Wai, São Marcos, Yanomami, Amajari,
Taiano, Serra da Lua e Murupu do Estado de Roraima, na qualificação e habilitação de docentes
indígenas lotados nas escolas Indígenas da SEED/RR e os demais conforme forem indicados
pelas comunidades indígenas.
As comunidades indígenas solicitaram do Estado de Roraima, a implantação de escolas
de Ensino Fundamental 1ª a 4ª série, 5ª a 8ª série e o Ensino Médio regular e profissionalizante,
que estivessem próximas às famílias e que atendessem as reais necessidades, com professores
indígenas qualificados. À época, havia somente algumas escolas de Ensino Fundamental e
Médio. Conforme Censo preliminar de 2008, havia 235 escolas estaduais indígenas atendendo
estas etapas de escolarização.
O Curso atendeu a uma demanda de 300 professores que buscaram habilitação em nível
de Magistério indígena buscando atender a demanda de pelo menos de 10.336 alunos que
estavam matriculados e frequentando as Escolas Indígenas sob coordenação da DIEI. O quadro
a época era de 165 escolas de Ensino Fundamental 1ª a 4ª série; 33 escolas de 1ª a 8ª série e 37
Escolas do Ensino Médio.
A professora indígena, Ineide Izidorio Messias Macuxi, primeira coordenadora do curso
na época e atual gerente da formação indígena recorda que o curso Magistério Tamî’kan teve
início às 15h30min do dia 04 de dezembro de 2006 no prédio da Escola Estadual Barão de
Parima hoje CEFORR:
11
O termo indígena remete ao indivíduo que tem origem biológica e se sente pertencer a um povo nativo das
regiões das serras e campos do médio e alto rio Branco de Roraima que possui traços culturais particulares, línguas
e costumes específicos, que na atualidade defendem um modo próprio de se organizar independente da etnia a que
pertencem.
18
O curso procurou formar professores para atuar como profissionais do magistério,
dotado de autonomia intelectual, independência, raciocínio e postura crítica no seu dia a dia
pedagógico, possibilitando um intercâmbio cultural e linguístico, permitindo aos seus alunos
indígenas a reelaboração e reciprocidade de sua cultura junto a seu povo.
Dos 300 alunos que iniciaram o curso Tamî’kan, de acordo com dados do registro
Acadêmico do CEFORR, 232 professores já foram certificados, o que corresponde a
aproximadamente 77% que concluíram o curso e alguns ainda estão em processo de conclusão.
Destaque-se que a formação dos professores indígenas em nível de magistério trouxe uma nova
luta dos povos indígenas, que foi a Educação Superior diferenciada.
A formação dos professores indígenas em nível Superior tornou-se uma preocupação a
mais, o que provocou maior organização das Instituições de Ensino Superior (IES) em Roraima
com o apoio da OPIRR e da DIEI/SECD, pois havia uma necessidade de dar continuidade à
formação dos professores que concluíram o Magistério e buscavam, portanto, uma licenciatura
de modo que pudessem assumir áreas específicas em sala de aula nas escolas indígenas.
Essa lacuna foi suprida com a implantação do Núcleo Insikiran por meio da Resolução
015/2001 CUni para atender a demanda dos povos indígenas de Roraima, representados por
suas organizações com o objetivo de viabilizar a formação profissional em nível superior, de
modo específico, diferenciado e intercultural. A primeira turma teve início em julho de 2003
com um projeto de Licenciatura em Educação Intercultural dentro da Universidade Federal de
Roraima – UFRR, que se concretizou no atual Instituto Insikiran e tem como membros do
colegiado representantes da OPIR, DIEI, UFRR, FUNAI, CIR, APIRR e OMIR.
O Curso de Licenciatura Intercultural do Núcleo Insikiran de Formação Superior
Indígena da UFRR propõe a formar professores indígenas aptos a atuar na Educação Básica. A
formação desses professores também tem se dado por meio da pesquisa sobre a realidade
sociocultural, visando à elaboração de materiais didáticos a serem trabalhados nas salas de aula
das escolas indígenas do Estado de Roraima.
De acordo com o pesquisador Freitas (2009), o curso visa atender aos povos indígenas
Macuxi, Wapixana, Taurepang, Ingaricó, Wai-Wai, Ye'kuana. Destaca ele que uma questão
relevante na proposta do Insikiran é intenção de despertar o professor indígena para a prática
da investigação científica, tornando-o professor-pesquisador visando fornecer as ferramentas
necessárias à intervenção Social na construção do Projeto Político Pedagógico da Escola
Indígena.
19
2. JUSTIFICATIVA
Embora muitas turmas tenham sido formadas pelos projetos desenvolvidos pela
Secretaria Estadual de Educação para habilitar os professores indígenas que estão em sala de
aula e carecem de formação para ensinar, a exemplo dos projetos de Magistério Parcelado que
habilitou 470 professores e o Tamî’kan, em sua primeira fase, que atendeu a 300 cursistas, e
ainda do surgimento do Insikiran que veio preencher a lacuna quanto a necessidade de formação
em nível superior aos professores indígenas, ainda é grande a necessidade de novas turmas que
atendam a professores indígenas e que demandam de formação em nível de magistério.
A Gerência de Formação Indígena do CEFORR, tem hoje cadastrados pelo menos 371
professores demandando de formação em nível de Magistério. Deste modo, o Tamî’kan se
apresenta como uma política importante para os professores e para as comunidades indígenas.
De acordo com o Referencial Curricular para as Escolas Indígenas (BRASIL, MEC,
2005, p. 25), o direito à Educação Escolar Indígena diferenciada busca fazer uma contraposição
à tradição assimilacionista de experiências escolares a que foram submetidas desde o período
colonial até o período recente, responsáveis pela negação da cultura e língua indígena no
contexto escolar.
Deste modo, a Educação Escolar Indígena diferenciada deve promover, conforme
estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica (BRASIL, DCENs,
2013, p. 378), os seguintes objetivos:
I – proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas
memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas
línguas e ciências;
II – garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações,
conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades
indígenas e não-índias.
• uma visão de sociedade que transcende as relações entre humanos e admite diversos
"seres" e forças da natureza com os quais estabelecem relações de cooperação e
intercâmbio a fim de adquirir - e assegurar – determinadas qualidades;
• valores e procedimentos próprios de sociedades originalmente orais, menos
marcadas por profundas desigualdades internas, mais articuladas pela obrigação da
reciprocidade entre os grupos que as integram;
• noções próprias, culturalmente formuladas (portanto variáveis de uma
sociedade indígena a outra) da pessoa humana e dos seus atributos, capacidades e
qualidades;
• formação de crianças e jovens como processo integrado; apesar de suas
inúmeras particularidades, uma característica comum às sociedades indígenas é que
cada experiência cognitiva e afetiva carrega múltiplos significados - econômicos,
sociais, técnicos, rituais, cosmológicos (RCNEI, 2005, p. 25).
20
Deste modo, a Educação Escolar Indígena toma como base legal a Constituição Federal
de 1988, onde os povos indígenas conquistaram significativas mudanças e passaram a ter
tratamento diferenciado assegurando-lhes o direito a uma vida em que reconhecem as suas
identidades étnicas. Nisto se incube ao estado, proteger suas manifestações culturais ao mesmo
tempo em que lhes é assegurado o direito a uma educação escolar diferenciada.
A partir de 2002, o Brasil passou a ser signatário da OIT, onde garante aos povos
indígenas a salvaguarda de suas culturas e suas identidades. Ademais, várias legislações
surgiram normatizando e conferindo competências para desenvolvimento da Educação Escolar
Indígena no Brasil, objetivando capacitar e credenciar os educadores indígenas, com pleno
conhecimento das leis da Educação Escolar Indígena, que lhes assegure preparar e aplicar seus
próprios planos, programas, currículos e materiais de ensino, facilitando-lhes a educação
intercultural bilíngue, multilíngue, que incorpore a visão cosmológica, história, conhecimento,
valores, práticas espirituais e formas de vida próprias:
a) Constituição Brasileira de 1988, art. 20, 22, 49, 109, 129, 176, 210, 215, 231, 232 e
art. 67 no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
b) LDB – Lei de Diretrizes de Base da Educação Nacional. Lei no. 9.394/96, art. 26, 27,
32, 35, 36, 78, 79; art. 79: prevê que a União apoiará técnica e financeiramente os sistemas
de ensino no provimento da educação intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo
programas integrados de ensino e pesquisa - incisos II - dispõe sobre os programas de
formação de pessoal especializado, destinado à educação escolar nas comunidades indígenas;
Inciso III – desenvolver currículos e programas específicos, nele incluindo conteúdos
correspondentes às respectivas comunidades; Inciso IV – elaborar e publicar
sistematicamente material didático específico e diferenciado;
c) Plano Nacional de Educação. Lei no. 10.172/2001, do Capítulo III, no. 9, Educação
Indígena com 3 sub-capítulos. Atualizado pela Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014(2014-
2024);
d) Parecer 14/99 do Conselho Nacional de Educação – Câmara de Educação Básica que
trata sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Escolar Indígena de VII
capítulos.
e) Resolução 03/99 da Câmara de Educação Básica – do Conselho Nacional de
Educação que estabelece no âmbito da Educação Básica a estrutura e funcionamento das
Escolas Indígenas reconhecendo-lhes as condições de escolas com normas e ordenamento
jurídicos próprios e fixando as Diretrizes Curriculares do Ensino Intercultural e Bilíngue,
visando à valorização plena das culturas dos Povos Indígenas e a afirmação e manutenção de
sua diversidade étnica, art.6º: A formação dos professores das escolas indígenas será
21
específica, orientar-se á pelas Diretrizes Curriculares Nacionais e será desenvolvida no âmbito
das instituições formadoras de professores; Parágrafo único: será garantida aos professores
indígenas a sua formação indígena em serviço e, quando for o caso, concomitantemente com a
sua própria escolarização; art. 7º: Os cursos de formação de professores indígenas darão
ênfase à constituição de competências referenciadas em conhecimentos, valores, habilidades e
atitudes, na elaboração, no desenvolvimento e na avaliação dos currículos e programas
próprios, na produção de material didático e na utilização de metodologias adequadas de
ensino e pesquisa; art. 9o. [resumido diz que], compete aos Sistemas Estaduais de Ensino a
oferta e execução da educação escolar indígena, pelo provimento de recursos humanos,
materiais e financeiros para o seu pleno funcionamento e pela promoção da formação inicial
e continuada dos professores indígenas, instituindo e regulamentando a profissionalização e o
reconhecimento público do magistério indígena.
f) Resolução 002 CEB/1999, que Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Formação de Docentes da Educação Infantil e dos anos iniciais do Ensino Fundamental, em
nível médio, na modalidade Normal.
g) Lei complementar 041/01, que dispõe sobre o Sistema Estadual de Educação no Estado
de Roraima, de 16 de julho de 2001, que assegura nos capítulos 58 a 69 o direito aos povos
indígenas a uma educação específica e diferenciada de qualidade, que respeite e valorize seus
conhecimentos e saberes tradicionais e que os profissionais que nela atuam pertençam as
sociedades envolvidas no processo escolar. Assegura ainda uma formação inicial e continuada,
especialmente planejada para o trato com a pedagogia indígena.
h) Resolução 041/03 do Conselho Estadual de Educação, que estabelece no Artigo 16. A
Formação do Professor Índio, nos seus incisos I, II, III, IV, V, VI e alíneas a, b, c e d e o artigo
17, temos a explicitação da Formação, que se dará em serviço, que exige um processo
continuado de formação para o Magistério. E seu Parágrafo único.
i) Parecer 49/03 do CEE-RR- Conselho Estadual de Educação sobre as línguas
indígenas.
j) Convenção 169/89 da OIT – Organização Internacional do Trabalho, Artigo VI – Os
Povos Indígenas tem direitos coletivos que são indispensáveis para a continuidade da sua
existência, bem-estar e desenvolvimento como povos, e para o gozo dos direitos individuais de
seus membros.
k) Declaração dos Princípios/1994 da COPIAR – Conselho dos Professores Indígenas do
Amazonas e Roraima.
l) Resolução CEE/RR no 06 de 10 de abril de 2012 – Aprova o Regimento Unificado para
as Escola Indígenas do Sistema Estadual de Ensino de Roraima.
22
m) Parecer CEE/RR no 18 de 25 de junho de 2013 – Aprova Matrizes Curriculares
Indígenas para Ensino Fundamental e EJA;
n) Resolução CNE/CP 1/2015. Diário Oficial da União, Brasília, 8 de janeiro de 2015 – Seção
1 – pp. 11-12. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores
Indígenas em cursos de Educação Superior e de Ensino Médio e dá outras providências.
O programa ousa contribuir para que se efetive o projeto de autonomia dos Povos
Indígenas, qualificando a Educação Escolar Indígena, do Estado de Roraima, com formação ao
Magistério específico e diferenciado, que possa gerar educadores e gestores 12 indígenas
capacitados, na elaboração e acompanhamento do processo político-pedagógico, das
comunidades e de cada povo.
Desta forma, tem-se como perspectiva futura a implantação, organização e manutenção
de um Centro Pedagógico Indígena, na região e comunidade, indicada pelas organizações
indígenas, com estrutura apropriada e adequada à realização da Formação dos Indígenas ao
Magistério e programa de ações.
3. OBJETIVOS
12 Educadores e gestores com habilidades para contribuir com a educação e a organização das comunidades e
povos indígenas.
23
facilitem o conhecimento e estudo da língua indígena nas comunidades, realizando
palestras e debates interculturais sobre direitos indígenas, biodiversidade, economia,
educação, saúde, organizações indígenas, etc. com os alunos, comunidades indígenas e
não indígenas;
Fortalecer a prática docente incentivando a participação na elaboração dos Projetos
Político Pedagógicos nas escolas indígenas do Estado, garantindo o ensino específico,
diferenciado, intercultural, bilíngue e multilíngue;
Promover a investigação documental, dos conhecimentos do patrimônio cultural próprio
e da sociedade envolvente, através das atividades pedagógicas e didáticas, nas escolas
indígenas;
Realizar encontros interculturais voltados à prática docente durante os estágios
supervisionados com troca de experiências sociolinguísticas entre as escolas e povos
indígenas;
Garantir a produção e publicação livros, subsídios didáticos e incentivar a veiculação
de programas de rádio, danças, cantos, artigos de jornais, periódicos e dramatizações
educativas para divulgação dos trabalhos indígenas.
13
Segundo dados fornecidos pelo Núcleo Histórico Sócio ambiental - NUHSA/ UFRR, a população indígena do
Estado é composta por 11 etnias, que são: Wai-Wai, Waimiri-Atroari, Yanomami, Ye’kuana, Macuxi, Patamona,
Taurepang, Wapixana, Ingaricó, Sapará e Maiongong.
24
Família Yanomami - formado por vários grupos linguísticos, como os Sanumá,
Ninam, Yanomae, Yanomami, Yanomama, Xiriana e Yawaripë.
Além das línguas indígenas referidas acima e da língua oficial portuguesa, algumas
populações indígenas locais, falam o espanhol e/ou inglês, devido ao parentesco e a
proximidade com os países vizinhos, Guiana e Venezuela. Também são identificadas situações
em que grupos indígenas de culturas diferentes dividem o mesmo espaço geográfico,
possibilitando um intercâmbio cultural e linguístico, permitindo reelaborações e reciprocidades
culturais.
A situação sociolinguística de Roraima é bastante heterogênea. Os Yanomami,
localizados na Terra indígena Yanomami são monolíngues e sua socialização se dá na língua
materna, sendo crescente o número de falantes bilíngues (Yanomami e Português), em razão
das atuais experiências de ensino da Língua Portuguesa; em decorrência da duradoura
experiência com não índios invasores de suas terras, as quais foram massivamente atingidas
pela exploração ilegal de garimpos nos anos 80 e 90, com resíduos dessa atividade clandestina
na atualidade, e pela presença das ações de saúde delegadas à FUNASA e a ONGs que atuam
em seus territórios.
Os Ye’kuanas localizados na Terra indígena Yanomami; Ingaricó, localizados na Terra
indígena Raposa Serra do Sol e Wai-Wai localizados na Terra indígena Trombetas Mapuera
utilizam à língua materna na comunicação cotidiana e na escola e a Língua Portuguesa, como
segunda língua nas suas relações com a sociedade regional. Os Wai-Wai, após um período de
priorização do uso da Língua Portuguesa na escola, estão retomando o ensino da língua materna.
Eles também arrastam consigo uma experiência de alfabetização na Língua Materna e na
Língua Inglesa, histórico de suas relações com a Missão Evangélica da Amazônia - MEVA,
mas que teve origem nos anos 50, com os primeiros missionários que acessaram o grupo.
No que trata do Povo Waimiri-Atroari, este vem sendo já alfabetizado na língua materna
indígena e atendido pelo Programa Waimiri-Atroari - PWA. Somente algumas de suas aldeias
estão situadas no Estado, ainda que significativa faixa de seu território homologado incida sobre
terras juridicamente pertencentes a Roraima. O atendimento aos Waimiri-Atroari é quase na
sua totalidade oferecido a partir de Manaus/AM, inclusive o da FUNAI e do PWA. A Divisão
de Educação Escolar Indígena - DIEEI não desenvolve atendimento Pedagógico ao grupo.
Os povos Macuxi e Wapixana situados em diversas terras indígenas contam com muitos
falantes e experiências escolares de ensino da língua indígena nas regiões: Baixo Cotingo, São
Marcos, Raposa, Serras, Serra da Lua, Amajari, Surumu, Murupu e Taiano (hoje Tabaio), no
entanto, não existe um diagnóstico que aponte a situação sociolinguística das comunidades.
25
Identifica-se que uma parte considerável da população perdeu o conhecimento da língua
materna e utiliza o português como primeira língua. Recuperar os conhecimentos orais e
escrever nas suas próprias línguas indígenas, inclusive produzindo materiais pedagógicos
específicos são reivindicações destas Comunidades/Regiões. Um dos grandes desafios é
reverter à situação de diglossia14 existente nas comunidades, formulando uma política de
valorização e recuperação linguística a ser aplicada com a colaboração da escola, onde a OPIRR
está na vanguarda desta discussão, buscando definir estratégias para essa realidade.
O Povo Yanomami, em sua terra de floresta, em continuidade à sua formação específica
diferenciada, está elaborando o Projeto Político Pedagógico próprio, com a assessoria das
Organizações que atuam com educação: Diocese de Roraima, ISA MEVA, MNTB e
SEED/DIEEI. Estas organizações atuam em várias regiões da Terra Indígena Yanomami, cada
qual com sua especificidade: Ericó, Uraricoera, Awaris, Surucucu, Paapiu, Xitei, Homoxi,
Parafuri, Demini, Novo Demini, Catrimani, Alto Catrimani, Alto Mucajaí, Baixo Mucajaí,
Parawau, Toototobi, Ajarani, Baixo Catrimani, Hakoma. A Figura 2 apresenta a distribuição
das escolas indígenas de acordo com a região em que estão localizadas:
14
Forma de bilinguismo, num indivíduo ou numa comunidade, em que as duas línguas (ou dialetos) se utilizam
com objetivos ou em contextos diferentes. In Dicionário infopédia da Língua Portuguesa com Acordo
Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2017. [consult. 2017-01-30 21:14:10]. Disponível:
em:<https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/diglossia>. Acesso em: 02 fev. 2017.
26
4.1. CRITÉRIOS DE ACESSO AS MODALIDADES DO CURSO MAGISTÉRIO
TAMÎ`KAN OFERTADO.
27
5. PERFIL PROFISSIONAL DO PROFESSOR FORMADOR E DO EGRESSO
Nesse sentido e em respeito a esses princípios apresenta-se nas próximas seções o perfil
do professor formador e do professor egresso do Curso Magistério Tamî’kan 2017 – 2020.
O perfil do professor formador15 para atuar junto ao curso Magistério Tamî’kan deverá
atender o que prevê as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores
Indígenas em cursos de Educação Superior e de Ensino Médio, conforme o que determina o
artigo 17: “Os programas e cursos destinados à formação de professores indígenas requerem a
15
Respeita-se o processo de contratação dos profissionais que irão atuar como professor formador em total
consonância com esse documento (Plano de Curso).
28
atuação de profissionais com experiências no trabalho com povos indígenas e comprometidos
política, pedagógica, étnica e eticamente com os respectivos projetos políticos e pedagógicos que
orientam esses processos formativos”. E ainda, de acordo com artigo 10 da mesma Diretriz,
assegura que:
16
São considerados especialistas em saberes tradicionais os tocadores de instrumentos musicais, contadores de
narrativas míticas, pajés e xamãs, rezadores, raizeiros, parteiras, organizadores de rituais, lideranças indígenas,
conselheiros e outras funções próprias ao bem viver dos povos indígenas (BRASIL, MEC, DICEI, 2013, p.
377).
29
e) Incentivar a elaboração de materiais didáticos e pedagógicos multilíngues,
bilíngues e monolíngues, em diferentes gêneros e modalidades de ensino;
f) Ter compromisso com o desenvolvimento e a aprendizagem com o cursista,
promovendo e incentivando a qualidade sociocultural da Educação Escolar Indígena,
construindo metodologias de ensino e aprendizagem que sintetizem e potencializem
pedagogias ligadas às especificidades de cada contexto escolar indígena;
g) Ter compreensão do Plano de Curso Tamî`kan e das regulações e normas que
informam e envolvem a política educacional indígena e dos respectivos sistemas de ensino
e de suas instituições formadoras;
h) Adotar a pesquisa e a etnopesquisa como base pedagógica essencial da construção
do itinerário formativo, com vistas a uma melhor compreensão e avaliação do seu fazer
educativo, do papel sociopolítico e cultural da escola, da realidade dos povos indígenas e
do contexto sociopolítico e cultural da sociedade brasileira em geral;
i) Respeitar os direitos e conhecimentos indígenas (saberes), quando manifestados
em momentos de estudos pelos cursistas e coordenadores indígenas;
j) Planejar, executar e analisar sua prática pedagógica constantemente,
disponibilizando tempo para as atividades e reflexões conjuntas com a Equipe
Pedagógica e os docentes. Ao mesmo tempo, que esteja disposto a compartilhar a
responsabilidade do planejamento com seus alunos;
k) Ter disponibilidade para viajar nos períodos de execução do curso (terra
indígena) etapa presencial, participar das reuniões pedagógicas e assembleias indígenas,
se necessário.
30
c) É criativo, crítico, mediador e articulador cultural das informações entre seu
povo, escola, comunidade e a sociedade não indígena;
d) Tem compromisso com uma ética de atuação profissional e com a organização
democrática da vida em comunidade e ao meio ambiente;
e) Conhece e defende os direitos e deveres dos Povos Indígenas no processo
pedagógico diferenciado, bilíngue/multilíngue, valorizando as línguas indígenas entendidas
como expressa, comunicação e análise da experiência sócio comunitária e relevantes para a
defesa do patrimônio cultural indígena;
f) Tem compreensão ampla e consistente do fenômeno e da prática educativa que
se dá em diferentes âmbitos e especialidades, especialmente na cultura indígena;
g) Articula ensino, pesquisa e produção do conhecimento na perspectiva
escola/comunidade, valorizando os conhecimentos do Povo indígena e sua relação com o meio
ambiente e a qualidade de vida por meio da prática pedagógica diferenciada de projetos e outras
metodologias e na relação com as novas gerações indígenas e não indígena.
h) Promove diálogos interculturais entre diferentes conhecimentos, valores, saberes
e experiências e faz articulação entre docentes, gestores e demais profissionais da educação
escolar e destes com os educadores tradicionais da comunidade indígena;
i) Desenvolve metodologias e produção de materiais pedagógicos didáticos
adequados às práticas educativas, organização do trabalho pedagógico escolar, no
planejamento, execução e avaliação de propostas pedagógicas da escola;
j) Elabora projeto pedagógico escolar, sistematizando o planejamento, a
organização, a coordenação e a avaliação e contemplando valores comuns como a
solidariedade, a cooperação, a responsabilidade e o compromisso com a Educação Escolar
Indígena.
31
profissionalizante do Magistério em quatro etapas por no máximo dois anos num total de 1.725
horas.
Para o cursista que já possui o Ensino Médio, no ato da matrícula será analisado o
Histórico Escolar do Ensino Médio para fins de “aproveitamento de estudos e experiências”
como o previsto no Regimento e no Projeto Político Pedagógico Institucional do CEFORR
cujas disciplinas e/ou cargas horárias das disciplinas em dependência poderão ser cumpridas
com estudos de adaptação (se necessários). Não havendo nenhuma dessas necessidades o
cursista cumpre apenas a formação profissional específica do Magistério, num total de 1.725
horas.
Dada a peculiaridade do curso Magistério Tamî’kan, este será realizado em período de
recesso semestral e/ou férias do cursista, com aulas presenciais a serem efetivadas diuturnas.
No turno matutino (8h às 12h) e vespertino (14h às 18h) serão realizadas as aulas presenciais
efetivas pelo professor formador e no horário noturno (18:30 às 21h) serão desenvolvidos,
preferencialmente, os atendimentos e acompanhamentos individualizados (com auxílio do
formador e da GFPEI) bem como os estudos livres e o desenvolvimento de tarefas e trabalhos
pelos cursistas. Todo o funcionamento metodológico do curso está em detalhe nos itens a seguir
desse Plano de Curso.
32
pesquisa, de modo orgânico, em conformidade com os princípios da educação escolar
específica, diferenciada, intercultural e bilíngue. (BRASIL, MEC,2015)
33
Resolução CEE/RR no 18/09 que trata da Educação Profissional no Sistema Estadual de
Educação.
Quadro: Matriz Curricular do Curso Magistério Profissional Tamî`kan (Integrado ao Ensino Médio).
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO MAGISTÉRIO PROFISSIONAL TAMÎ`KAN
Área de Conhecimento Disciplinas CH/P CH/S AT.I CH/Total
Língua Portuguesa 192 24 24 240
Educação Física 96 12 12 120
BASE NACIONAL COMUM E
PARTE DIVERSIFICADA DO
34
GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO
CENTRO ESTADUAL DE FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DE RORAIMA
GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
Quadro: Matriz Curricular do Ensino Médio integrado ao Curso Profissional Magistério Tamî`kan. (Para o cursista que não possui o Ensino Médio)
Geral/Total Geral
Disciplinas PRESENCIAL, SEMIPRESENCIAL E ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO
disciplina
1ª. ETAPA 2ª. ETAPA 3ª. ETAPA 4ª. ETAPA 5ª. ETAPA 6ª. ETAPA 7ª. ETAPA 8ª. ETAPA
P S A P S A P S A P S A P S A P S A P S A P S A P S A TG
Base Nacional Comum e Parte Diversificada do Currículo –
LINGUAGENS
Portuguesa
7ª. Educação Física 48 06 06 - - - - - - - - - 48 06 06 - - - - - - - - - 96 12 12 120
10ª. Arte Indígena - - - 60 10 10 - - - - - - - - - - - - - - - - - - 60 10 10 80
9ª. LEM. Espanhol - - - - - - - - - 60 10 10 - - - - - - - - - - - - 60 10 10 80
2ª. Língua Materna 192 24 24 240
48 06 06 - - - 48 06 06 - - - 48 06 06 - - - 48 06 06 - - -
Indígena
3ª. Matemática 48 06 06 - - - 48 06 06 - - - 48 06 06 - - = 48 06 06 - - - 192 24 24 240
MATEMATICA
CIENCIAS DA
NATUREZA E
8ª. Pedagogia da
M ÀS
Prática de Projetos
- - - 60 10 10 - - - - - - - - - - - - - - - - - - 60 10 10 80
1.536
1.960
TOTAL PARCIAL
208
216
380h 365h 375h 205h 305h 150h 180h - - -
35
GOVERNO DO ESTADO DE RORAIMA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO
CENTRO ESTADUAL DE FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DE RORAIMA
GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
DISTRIBUIÇÃO DA CARGA HORÁRIA DO CURSO DO MAGISTERIO INTEGRADO AO ENSINO MEDIO EM Carga Horária
OITO ETAPAS - PRESENCIAL, SEMIPRESENCIAL E ATENDIMENTO INDIVIDUALIZADO Geral/Disciplina
Disciplinas 1ª. ETAPA 2ª. ETAPA 3ª. ETAPA 4ª. ETAPA 5ª. ETAPA 6ª. ETAPA 7ª. ETAPA 8ª. ETAPA
P S A P S A P S A P S A P S A P S A P S A P S A P S A TG
16 Antropologia c/ ênfase a Educ Esc
Indígena
48 06 06 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 60
17 Iniciação a Met de Pesquisa e a
48 06 06 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 60
Formação Profissional do Magistério Tamî`kan
Etnopesquisa
18Didática Geral e Escolarização Indígena - - - 48 06 06 - - - - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 60
19 Fundamentos da Filosofia e Sociologia da
Educação
- - - 48 06 06 - - - - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 60
20 Psicologia Geral e da Educação - - - - - - 48 06 06 - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 60
21 História da Educação e da Educação
Escolar Indígena
- - - - - - 48 06 06 - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 60
22 Fundamentos e Metodologia Educ. Infantil - - - - - - - - - 48 06 06 - - - - - - - - - - - - 48 06 06 60
23Didática e Etnopesquisa no Ensino da
Língua Portuguesa e Indígena
- - - - - - - - - 48 06 06 - - - - - - - - - - - - 48 06 06 60
24 Gestão da Educação Escolar Indígena - - - - - - - - - 48 06 06 - - - - - - - - - - - - 48 06 06 60
25 Estrutura e Funcionamento do Ensino - - - - - - - - - 48 06 06 - - - - - - - - - - - - 48 06 06 60
26 Fundamentos e Metodologias da
Alfabetização no Ensino da Língua Indígena
- - - - - - - - - - - - 48 06 06 - - - - - - - - - 48 06 06 60
27Didática e a Etnopesquisa no Ens das CN. - - - - - - - - - - - - 48 06 06 - - - - - - - - - 48 06 06 60
28 Didática e a Etnopesquisa no Ens da Mat - - - - - - - - - - - - 48 06 06 - - - - - - - - - 48 06 06 60
29 Informática Básica - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 - - - 48 06 06 60
30 Introdução à Linguística - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 - - - 48 06 06 60
31 Fundamentos e Metod da Educ Espec - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 - - - 48 06 06 60
32 Didática e a Etnopesquisa no Ens das CH. - - - - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 - - - 48 06 06 60
33 Fundamentos e Metodologia da EJA - - - - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 - - - 48 06 06 60
34 Fundamentos e Metod. da Alfabetização - - - - - - - - - - - - - - - - - - 48 06 06 - - - 48 06 06 60
35 Trabalho de Conclusão de Curso – TCC – I - - - - - - - - - 20 30 20 - - - - - - - - - - - - 20 30 20 70
36 Trabalho de Conclusão de Curso – TCC -II - - - - - - - - - - - - - - - 20 10 - - - - - - 40 20 10 40 70
Estágio Supervisionado I (Sond/diagnóstico) - - - - - - - - - - - - - - - 10 80 10 - - - - - - 10 80 10 100
Estágio Supervisionado II (Plano de Ação) - - - - - - - - - - - - - - - - - - 10 80 10 - - - 10 80 10 100
Estágio Supervisionado III (Regência) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 20 105 20 20 105 20 145
Atividades Complementares - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 100 - 100
Carga Horária Magistério Profissional 120h 120h 120h 310h 180h 310 280h 185 1.725h
Carga horaria Ensino Médio 380h 365h 375h 205h 305h 150h 180h - 1.960h
Totais de cargas horarias por Etapa 500h 485h 495h 515h 485h 460h 460h 185h 3.585+100 = 3.685h
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O Estágio Supervisionado I será presencial na primeira etapa para o cursista exclusivo do Magistério Profissional
e na 6a etapa para o Magistério Integrado ao Médio.
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Verificar as instruções para a elaboração e produção de Portfolio – modelo e requisitos.
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7.1.2.1 Estágio Supervisionado I (20 horas presenciais sendo: 10 horas para instruções coletivas
e 10 horas para atendimentos individualizados + 80 de execução na escola de estágio)
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e) Entrega de um diagnóstico analítico que tem como função servir de material para
a elaboração de um plano de ação pedagógica possivelmente executável na segunda fase do
Estágio;
f) Registro das atividades realizadas para fins de comprovação na parte que
constitui o Portfolio;
g) Apresentação de resultados (sondagem-diagnóstico);
Nessa primeira fase o professor formador deve se organizar para três momentos
importantes a serem planejados (todos podem ser ou contar para avaliação do cursista):
a) Primeiro momento: O encontro com os cursistas da turma para orientações
gerais e procedimentos do Estágio Supervisionado I para o qual são destinadas 20 (vinte) horas
para esse encontro e as demais 80 horas para a efetividade do Estágio na escola escolhida pelo
estagiário.
b) Segundo momento: O desenvolvimento do próprio estágio em si pelos cursistas
cujas instruções, dada a característica do curso deve ser encaminhada com antecedência as
cartas de apresentação do Estagiário a Gestão responsável pela escola de estágio e as instruções
gerais do Estágio a ser cumprido; formulários de coleta de dados e devidos termos de
consentimento para os casos de entrevista, depoimentos, questionários etc. Outro aspecto desse
momento são as instruções de como a sondagem poderá ser analisada e apresentada para a
segunda etapa do Estágio. Para tanto, a título de continuidade, é necessário que o formador para
o Estágio Supervisionado nas três fases seja o mesmo.
c) Terceiro Momento: Apresentação dos dados coletados em sondagem
discriminadas no diagnóstico realizado pelo Estagiário. Essa apresentação deverá ser feita no
início do Estágio Supervisionado II. Nessa perspectiva e para essa estrutura de desenvolvimento
do Estagio Supervisionado é necessário que haja uma continuidade do processo informativo e
formativo em linguagem comum e que, de preferência, seja orientado pelo mesmo formador
nas três etapas.
7.1.2.2 Estágio Supervisionado II – (20 horas presenciais sendo: 10 horas para instruções
coletivas e 10 horas para atendimentos individualizados + 80 de execução na escola de estágio).
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deriva desse diagnóstico, que é suporte importante para a elaboração do projeto pedagógico
(plano de ação).
O Plano de ação tem caráter pedagógico e pode ser realizado através de um Projeto
Didático com a finalidade de correlacionar a aplicabilidade da teoria na prática por meio do
desenvolvimento de uma ou mais atividades que possam responder ou apresentar importantes
soluções para a realidade que se apresenta ou requer uma ação ou tratamento pedagógico mais
efetivo. O Estagiário irá efetivar o Plano de Ação – projeto didático e para tanto deverá estar
atento para:
a) O calendário das atividades regulares da escola, evitando contratempos e choques
de atividades – planejar com a escola a realização do projeto;
b) Buscar com o projeto vivenciar alternativas de solução com e para os sujeitos da
realidade;
c) Cuidar dos registros e dos recursos utilizados evitando-se extravio destes bem
como envolvendo os demais docentes da escola (se possível);
d) Iniciar a elaboração do Portfólio respeitando suas partes constitutivas.
Esse Estágio tem um volume maior de carga horária num total de 145 horas e objetiva
efetivar Regência de Sala de aula, a fim de avaliar o desempenho didático e pedagógico do
cursista para a profissão na qual está sendo habilitado. Em geral é realizado na última etapa da
formação e deve contemplar os seguintes momentos:
a) Planejamento do Estágio III a ser realizado na escola (campo de estágio) e das
aulas em regência;
b) Plano de Aula da aula a ser avaliada como Regência pelo formador e efetivação
desta conforme previsto (tempo e espaços de realização);
c) Término do portfólio e nestes os relatórios dos Estágios cumpridos com
apresentação e entrega em tempo hábil;
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Todos os resultados dos estágios, uma vez cumpridos, deverão ser entregues na
secretaria do CEFORR para fins de registros de escrituração e certificação dentro do rigor que
esta atividade demanda.
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para referido ato. Feito isso, o (a) gerente deverá encaminhar para a Secretaria Acadêmica do
CEFORR a declaração de cumprimento das 100 horas (mínimas) exigidas, mais a declaração
do cumprimento dessas atividades. Toda a documentação do cursista deverá ser arquivada na
pasta individual do cursista para posterior expedição documentais acadêmicas. O conjunto de
documentos comprobatórios que venham ultrapassar a carga horaria mínima exigida devem ser
devolvidos ao cursista.
O aceite dos documentos comprobatórios de atividades complementares levará em
consideração: definição de carga-horária, data posterior a 01 de julho de 2016, com a
assinatura e carimbo do emissor no teor do documento; que as atividades tenham como foco o
contexto sócio educacional com ênfase à Educação Indígena. Não serão aceitos, ainda que
legítimos, os documentos com ênfase em outras atividades que não as especificadas para o curso
Magistério Tamî`kan.
19
Conhecimento tradicional são as informações ou práticas individuais ou coletivas de comunidade indígena ou de
comunidade local, com valor real ou potencial, associada ao patrimônio genético e cultural (SANTILLI, 2004).
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Da mesma forma que Alan Wapichana21 lembra que: “manter a língua é importante para
manter nossos segredos, se não soubermos falar na língua não saberemos os segredos,
perderemos de aprender a nos defender dos males”. Neste sentido as línguas maternas, os
conhecimentos socioculturais e as tradições serão valorizadas no processo de ensino e
aprendizagem onde os contextos culturais são apenas pontos de partida para uma experiência
com ênfase na etnopesquisa.
O aprofundamento dos estudos dos contextos poderá recorrer a conhecimentos que não
constam nesta listagem, bem como a carga horária de uma ou outra área de conhecimento
poderá ser variável de acordo com a necessidade de um maior, ou melhor, aprofundamento do
assunto e das necessidades do professor (a) indígena cursista e professor-formador.
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Professor indígena de Roraima
21
Professor indígena de Roraima
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ao núcleo administrativo cabe o apoio logístico no que se refere a recursos pedagógicos, espaço
físico adequado e demais necessidades para o bom andamento das ações.
Os temas dos seminários podem ser discutidos e escolhidos vão desde os temas
transversais da ação do CEFORR até os de interesse maior e escolha dos cursos sob
decisões das gerencias em comum acordo com o Núcleo Pedagógico. Também podem
ser sugeridos pela demanda partindo do interesse das formações disponibilizadas.
(PROPPI/CEFORR, 2016).
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8. DO PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO
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que, eventualmente, ainda precisam ser superadas. Neste processo, as diferenças entre os
professores cursistas deverão ser respeitadas e o curso disponibilizará também o
acompanhamento individual para cada cursista.
O curso pretende estimular a capacidade de investigação no cursista a fim de que efetive
nas situações reais e de simulação da prática docente os processos de verificação do
conhecimento adquirido o que implica, sobretudo, transformar a própria prática refletindo
também na melhoria nos resultados da aprendizagem, na relação escola-escola e escola-
comunidade, bem como nos resultados do trabalho político pedagógico desenvolvido como um
todo. E como consequência refletir também nos índices de aproveitamento escolar estadual.
Como cita Monte (1997), em relação à avaliação em escolas indígenas:
Os processos próprios de avaliação utilizados pelas escolas devem ser adequados aos
padrões culturais e cognitivos daquelas sociedades. É imprescindível a elaboração de
formas de avaliação coletiva e individual de caráter reflexivo, que estimulem as
relações de ensino e aprendizagem, ao invés, de reproduzirem de forma uniforme, os
modelos classificatórios e eliminatórios que levam a evasão e ao fracasso escolar já
conhecido nos sistemas de ensino nacionais (MONTE, 1997, p. 133).
Portanto, a avaliação será realizada de forma permanente e a cada conclusão das etapas.
Abrangerá os seguintes aspectos: a avaliação do programa de formação (atividades, objetivos,
metodologia, resultados), ação do corpo docente e avaliação do cursista.
Serão utilizados como instrumentos de avaliação: relatórios dos docentes, relatórios dos
cursistas e pastas individuais de acompanhamento. Os objetivos do projeto pedagógico e metas
propostas orientarão a avaliação.
Os seminários, as Feiras de Ciência, os Sábados Culturais, os Caxiri Literários, Encontro
com os anciões, Intercâmbio nas comunidades e nas outras instituições com a presença de
lideranças, professores indígenas, equipe pedagógica e professores assessores também se
apresentarão como fóruns de avaliação do processo de formação e sua aplicabilidade prática.
Pretendemos romper com as avaliações que levam os estudantes a criar estratégias
reprodutivistas e reducionistas. Ao contrário disso, almeja-se que o professor reflita
permanentemente sobre as estratégias no sentido de que ele possa estar construindo novos e
significativos instrumentos. Nisso, busca-se garantir formas que possibilitem ao cursista ter
consciência do processo de seu aprendizado como um todo.
Abaixo apresentamos algumas propostas de acompanhamento da trajetória estudantil
dos cursistas. Estas ações deverão ser testadas na prática e poderão ser remodeladas ou
transformadas no decorrer do processo de formação.
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Em linhas gerais será considerado aprovado na etapa presencial, o cursista que alcançar
nota mínima de 70 pontos e máxima de 100 pontos e frequência mínima de 75% nas atividades
presenciais. Participam desse processo as atividades definidas pelo formador como avaliativas,
desenvolvidas pelo cursista no intervalo entre etapas do curso, diretamente em sua comunidade
escolar. Será considerado reprovado o cursista que obtiver nota abaixo de 70 pontos de uma
escala de 01 a 100, podendo o cursista ser contemplado pelo Conselho de Formação e Cursos
(CFC) e garantidas as defesas e deliberações poderá ser aprovado ou reprovado via este
colegiado.
Podem ir para a análise e deliberação do CFC os cursistas que obtiverem média entre
69 e 67. Caso sejam aprovados, deverá constar nos registros de ata e relatórios o termo
“Aprovado por Conselho de Formação e Curso com nota ....”. Todavia os alunos reprovados
poderão prestar provas de recuperação final entre outros exames. Esgotadas todas as
possibilidades de avaliação, será considerado reprovado na etapa o cursista que obtiver nota
abaixo da nota mínima estabelecida como média para aprovação.
É condição obrigatória para a conclusão de curso e obtenção de certificado a
apresentação e entrega do Memorial Descritivo Analítico e Formativo das atividades
desenvolvidas durante as etapas do curso.
Sem eximir a autonomia didática do professor formador, o programa de formação
Tamî`kan orienta algumas possibilidades vistas como instrumentos de avaliação do cursista:
a) Sondagem Diagnóstica
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poderá adequar a metodologia de trabalho e identificar quais assuntos ou conceitos que exigirão
do docente maior empenho.
Os professores formadores poderão elaborar fichas individuais que possam servir como
norte para acompanhamento das atividades semipresenciais (atividades extraclasse, tarefas para
casa, entre outros). Os resultados dessas atividades poderão ser aproveitadas como notas com
um peso máximo de trinta pontos, desde que isso fique bem claro na compreensão entre
professor e cursista.
Essas fichas de acompanhamento devem conter instruções e critérios claros do que está
sendo solicitado e dos aspectos que serão avaliados das etapas do trabalho semipresencial. Aos
cursistas é garantido o direito de conhecer e ser informado de todo processo de avaliação a seu
respeito, bem acesso aos modelos impressos ou digitais.
c) Autoavaliação
A consciência de um ato educacional começa com a clareza dos impactos que ela poderá
ocasionar na sociedade como um todo, todavia essa consciência perpassa pelo processo ético
que envolve o ato de educar. Desse modo o exercício da autoavaliação é necessário a todos os
sujeitos envolvidos nesse processo, de forma a transformar conceitos e me autotransformar e
mudar de compreensão frente a argumentos mais consistentes. A cada conclusão das atividades
presenciais das disciplinas ofertadas em cada etapa, o cursista apresentará:
A sua autoavaliação, identificando as dificuldades a serem superadas e os
avanços, bem como em que medida os conhecimentos construídos no curso estão
sendo aplicados na sua prática. Nesta oportunidade também poderá apontar
críticas e sugestões construtivas para próximas atividades.
A análise sintetizada dos conhecimentos aprendidos, relacionando com suas
práticas pedagógicas nas escolas indígenas onde atuam. Essas produções devem
possibilitar a reflexão de suas práticas, sob a luz das teorias adquiridas no
desenvolvimento das atividades presenciais.
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f) O portfolio
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O cursista que já realiza a prática do seu trabalho equivalente ao curso para o qual
matriculou-se, poderá ser dispensado em parte do Estágio Supervisionado no que diz respeito
à Prática Profissional, desde que obedeça aos demais critérios previstos dos objetivos do
estágio, devendo cumprir os procedimentos exigidos para escrituração e registros. Todavia,
caso esse cursista deseje cumprir uma nova experiência de Estágio e Prática não deverá ser
impedido.
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O curso Magistério Tamî’kan conta com uma equipe de profissionais do CEFORR entre
gestores, coordenadores pedagógicos, pessoal da secretaria acadêmica, pessoal do núcleo
pedagógico e do núcleo administrativo bem como os formadores (professores) contratados
especificamente para a realização da formação dos cursistas.
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Somente serão certificados os alunos que obtiverem frequência de, pelo menos, 75%
(setenta e cinco por cento) da carga horária prevista para a disciplina ou módulo ou curso, além
de terem aproveitamento de aprendizagem aferido em processo de avaliação de, no mínimo,
75% (setenta e cinco por cento).
Fará jus ao título de Professor da Educação Básica de 1º ao 5º. Ano de Ensino
Fundamental o cursista que tiver sido aprovado em todas as disciplinas ou módulos com 75%
de frequência e aproveitamento, atingido média final de 70 pontos, e não tiver nenhuma
pendência junto à Biblioteca e à Secretaria Acadêmica.
As definições e diferenças entre certificação e diplomação, bem como os ritos
processuais e de campos obrigatórios nesses documentos, estão previstos no regimento interno
do CEFORR. Na mesma condição estão a situações omissas neste Plano de Curso, devendo-se
isso ser pautado segundo as regulações vigentes de acordo com cada situação que possa ocorrer.
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CAMARGO, Leila Maria. Viver entre dois mundos: uma análise das práticas discursivas
das mulheres indígenas da cidade de Boa Vista-RR sobre o direito de ser índia urbana.
Dissertação de Mestrado. (Mestrado) – Universidade Federal de Roraima, Programa de Pós-
Graduação em Letras. Boa Vista, 2011.
CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. O índio e o Mundo dos Brancos. São Paulo: Difusão
Européia do Livro, 1964.
______. Urbanização e tribalismo: a integração dos índios Terena numa sociedade de classe.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1968.
FREITAS, Marcos António Braga de. Educação escolar indígena: realidade e perspectiva
em Roraima. Textos e Debates: Revista de Ciências Humanas da Universidade Federal de
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Roraima. n. 9. Centro de Ciências Humanas. Boa Vista: UFRR, 2009. Disponível em:
<http://revista.ufrr.br/textosedebates/article/view/1005>. Acesso em: 10 fev. 2017.
GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. Olhar longe, porque o futuro é longe: Cultura, escola e
professores indígenas no Brasil. Tese (Doutorado Antropologia Social do Departamento de
Antropologia) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Universidade de São
Paulo. São Paulo: 2008. Disponível em:
<http://www.usp.br/nhii/biblioteca/LuisDoniseteGrupioni2009.pdf>. Acesso em: 10 fev.
2017.
SOUZA, Eliandro Pedro; REPPETO, Maxim (org). Diagnóstico da situação dos indígenas
urbanos na cidade de Boa Vista-Roraima. Boa Vista: Gráfica Ióris, 2007.
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BOA VISTA-RR
2016
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SUMÁRIO
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
22
O Curso Magistério Profissional Indígena – Tamî’kan compreende duas formas: O ensino Médio Integrado ao
Magistério realizado em 08 (oito) etapas para os cursistas que ainda não possuem o ensino médio e o Magistério
Profissional Indígena – pós-médio em 04 (quatro) etapas para os cursistas que já possuem o Ensino Médio.
Todavia os ementário são o mesmo e deve ser observado diferencial em sua aplicabilidade respeitada a etapa
de formação conforme a categoria de estudante/cursista.
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
Disciplina 03 ARTE
Etapa
Horário
Professor (a):
Carga horária: 80 horas
EMENTA
Estudo dos conceitos fundamentais da História da Arte e da Estética. Análise dos elementos
constitutivos da obra: forma, estilo e iconografia. Conhecimento das diferentes linguagens
artísticas e suas especificidades. Estudo das heranças artísticas das matrizes formadoras da
identidade e cultura brasileira. Valorização do fazer e do fruir arte como forma de conhecer
o mundo. Análise crítica da arte contemporânea em suas várias vertentes e desdobramentos;
estudo dos conceitos fundamentais da História da Arte e da Estética. Análise dos elementos
constitutivos da obra: forma, estilo e iconografia. Conhecimento das diferentes linguagens
artísticas e suas especificidades. Estudo das heranças artísticas das matrizes formadoras da
identidade e cultura brasileira. Valorização do fazer e do fruir arte como forma de conhecer
o mundo. Análise crítica da arte contemporânea em suas várias vertentes e desdobramentos
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
ALVES. Adda-Nari M.; ALVES, Angélica Mello. Vale! Curso de Español para
brasilenos. Vol. 1, 2,3 São Paulo: Moderna, 2006.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO. Diretrizes para
a política de Educação Escolar Indígena. Série Institucional, vol. 2, 2ª ed. Brasília, 1994.
_______. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para as
Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998.
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Disciplina 06 MATEMÁTICA
Etapa
Horário
Professor (a):
Carga horária: 240 horas
EMENTA
Estudo e compreensão da função da matemática e sua linguagem bem como suas diferentes
aplicações nas relações cotidianas da sociedade. Pesquisa e registro das diferentes formas
matemáticas presentes na cultura indígena.
O Estudo dos Conjuntos; as funções e suas aplicações na realidade do aluno; Potenciação.
Função Exponencial e Equação Exponencial. Geometria Plana, Espacial; Progressão
Aritmética e Progressão Geométrica Matrizes, Determinantes, Sistemas Lineares,
Trigonometria, Análise Combinatória; Probabilidade; Matemática Financeira e suas
aplicações no cotidiano; Estatística. Pesquisa estatística no contexto real do estudante
indígena.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO FILHO, Benigno; SILVA, Claudio Xavier da. Matemática aula por aula. V.
único. São Paulo: FTD, 2003.
BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI, José Ruy. Matemática Completa - Volumes 1,
2 e 3. 2.ed. São Paulo: FTD, 2005.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO. Diretrizes para
a política de Educação Escolar Indígena. Série Institucional, Vol. 2, 2ª ed. Brasília, 1994.
_______. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para as
Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998.
DANTE, Luiz Roberto. Matemática. Vol. Único. São Paulo: Ática, 2012.
FERBAT, Marcelo. Conteúdo Matemática Ensino Médio. Matemática Zup. Disponível
em: http://matematicazup.com.br/conteudos-de-matematica-do-ensino-medio/. Acesso em:
02 mar. 2017.
FERREIRA, Mariana Kawall Leal (Org). Ideias Matemáticas dos povos culturalmente
distintos. São Paulo: Global, 2012. (Série Antropologia e Educação).
GIOVANNI, José R., BONJORNO, José R., GIOVANNI Jr. José R. Matemática
Fundamental. Uma Nova Abordagem: volume único, São Paulo, Editora FTD, 2002.
GOULART, Márcio C. Matemática no Ensino Médio. São Paulo, Editora Scipione, 1999.
MARCONDES, Sérgio G. Matemática: volume único, 7ª ed. São Paulo, Editora Ática,
2003.
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Disciplina 07 BIOLOGIA
Etapa
Horário
Professor (a):
Carga horária: 130
EMENTA
Estudo da Ciência no decorrer da história da humanidade: pesquisa científica e tecnológica,
biotecnologia, engenharia genética e transformações sociais, bioética; Origem do Universo,
da vida e evolução dos seres vivos; Classificação dos seres vivos; Educação ambiental e
desenvolvimento humano, social, político e econômico; Saúde no trabalho, a ciência e o
conhecimento da medicina tradicional, patologia e medidas preventivas; Orientação sexual:
embriologia, formação humana e genética.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
BERTA, Ribeiro G. (Org.) Etnobiologia. Coleção Suma Etnológica Brasileira. Belém-
Pará, 1997.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO. Diretrizes para
a política de Educação Escolar Indígena. Série Institucional, Vol. 2, 2. ed. Brasília: 1994.
_______. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para as
Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998.
FAVARETO, José Arnaldo e MERCADANTE, Clarinda. Biologia. São Paulo: Moderna,
2002.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia – Série Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática,
2003.
SCHMIDT, Dora. Historiar – Fazendo, Contando e Narrando História. São Paulo:
Scipione, 2004.
Disciplina 08 FÍSICA
Etapa
Horário
Professor (a):
Carga horária: 130 h
EMENTA
Compreensão da física como objeto de estudo do universo, suas leis, princípios e dinâmicas,
em toda a sua complexidade, de forma que a disciplina ajude a educar também para
cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a
beleza da produção cientifica ao longo da história e compreender a necessidade desta
dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que
o cerca. Novas experiências didáticas e aplicações dos conceitos físicos sobre os
conhecimentos tradicionais indígenas.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO. Diretrizes para
a política de Educação Escolar Indígena. Série Institucional, Vol. 2, 2. ed, Brasília, 1994.
_______. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para as
Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998.
GONÇALVES FILHO, A; TOSCANO, C. Física para o Ensino Médio. São Paulo:
Scipione, 2002.
MÁXIMO, A; ALVARENGA, B, Física: volume único. São Paulo: Scipione, 1997.
BONJORNO, Regina F. S. A. Física. São Paulo: FTD S/A. 105p.
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
Disciplina 09 QUÍMICA
Etapa
Horário
Professor (a):
Carga horária: 120 h
EMENTA
O ensino de química deve propiciar ao estudante do Ensino Médio nas escolas indígenas a
reconhecer e pesquisar a presença da química no cotidiano, como misturas, transformações
de materiais, etc. O ensino de química no ensino médio deve propiciar ao aluno o
reconhecimento e a compreensão das transformações químicas que ocorrem nos processos
naturais e tecnológicos relacionando com as transformações que ocorrem na atmosfera,
hidrosfera, litosfera e biosfera como também os processos industriais e agrícolas. O
conhecimento químico é um dos meios que ajuda o aluno a interpretar o mundo, desde que
se interage com outros saberes, mostrando que os conhecimentos são articulados entre si e
não fragmentados. Esta ciência contribui para o desenvolvimento de conhecimentos e
valores que ajudam na interação do aluno com o meio em que vive ao contextualizar o
aprendizado de sala de aula.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
Disciplina 10 HISTORIA
Etapa
Horário
Professor (a):
Carga horária: 140 h
EMENTA
Estudo da história estabelecendo as relações entre trabalho e produção, tecnologia e ciência,
numa abordagem histórica da articulação desses elementos no interior de cada formação
social e de cada contexto histórico analisado, observando o desenvolvimento e
aprofundamento da capacidade de reflexão do aluno através da percepção dos processos de
transformações econômicas, sociais e culturais por que passaram as sociedades ao longo do
tempo. Estabelecimento das relações entre a dinâmica de desenvolvimento sociocultural da
sociedade brasileira, com a história da África e dos povos indígenas na América. Estudo da
história dos povos indígenas e sua relação com a sociedade não indígena.
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
Disciplina 11 GEOGRAFIA
Etapa
Horário
Professor (a):
Carga horária: 120h
EMENTA
Estudo histórico da Geografia como ciência e a compreensão dos conceitos básicos como:
paisagem, território, escala geográfica, representações cartográficas, espaço geográfico,
configuração espacial; Análise espacial: histórica, econômica, cultural das diferentes
sociedades nas diferentes escalas geográficas: local, regional, nacional e mundial. Estudo
da relação território e identidade na concepção das sociedades indígenas.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
ADAS, Melhem; Adas, Sérgio. Panorama Geográfico do Brasil. São Paulo: Moderna,
1998.
BRANCO, Samuel. O Meio Ambiente em Debate. São Paulo: Moderna, 1991.
FERREIRA, Graça; M. Lemos. Moderno Atlas Geográfico. São Paulo: Moderna, 2000.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, CULTURA E DESPORTO. Diretrizes para
a política de Educação Escolar Indígena. Série Institucional, Vol. 2, 2. ed. Brasília, 1994.
_______. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para as
Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998.
JOLY, Fernand. A Cartografia. Campinas: Papirus, 1990.
SANTOS, Milton. Metamorfoses dos Espaços Habitados. São Paulo: Hucitec, 1988.
SARTORELLI, Márcia; GUERRA, Sonia dos Santos; SERRANO, Tereza. Como Sair
Dessas Coordenadas Geográficas. São Paulo: FDT, 1996.
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
Disciplina 12 FILOSOFIA
Etapa
Horário
Professor (a):
Carga horária: 80h
EMENTA
Introdução aos estudos filosóficos: conceito de filosofia, principais fases de sua história e
os problemas que a determinam, sua importância para se entender os fundamentos do
conhecimento humano. Ética, Filosofia Política, Estética, Filosofia Contemporânea no
Brasil. A Filosofia indígena
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
Disciplina 13 SOCIOLOGIA
Etapa
Horário
Professor (a):
Carga horária: 80h
EMENTA
A Sociologia no Ensino Médio propõe a problematização de questões frente às diferentes
realidades sociais, inclusive, na qual o aluno está inserido, buscando com isso, sensibilizá-
lo frente à complexidade das configurações sociais de âmbito local e global. Dessa forma,
a Sociologia busca instrumentalizar este discente para que exercite a capacidade de reflexão
e argumentação a partir de suas próprias lógicas, juntamente com conceitos sociológicos
propostos. Compreensão dos processos de socialização nas diferentes sociedades
SUGESTÕES BIBLIOGRAFICAS
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
Disciplina 14 ANTROPOLOGIA
Etapa
Horário
Professor (a):
Carga horária: 80h
EMENTA
Estudo das noções básicas de Antropologia envolvendo o conceito de cultura e suas
diferentes concepções (hierárquica, genérico, diferencial); da relação entre cultura e
identidade e das questões que envolvem a ideia de identidade e diferença, bem como dos
diferentes tipos de cultura presentes nas sociedades contemporâneas (cultura ocidental
capitalista; cultura popular, midiática, erudita e do consumo) e suas consequências sobre a
cultura indígena. Etnocentrismo, relativismo, aculturação, endoculturação, exótico e
familiar. A cultura indígena no Brasil: aspectos da cultura indígena no Estado de Roraima,
educação indígena. História, movimentos sociais. Cidadania e políticas de ação afirmativa.
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Maria Carmen Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos Pedagógicos
na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.
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política de Educação Escolar Indígena. Série Institucional, Vol. 2, 2ª Ed, Brasília, 1994.
_______. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para as
Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998.
FAGUNES, Léa da Cruz; SATO, Luciane Sayuri; MAÇADA, Débora Laurino. Aprendizes
do futuro: as inovações começaram. Ministério da Educação. Secretaria de Educação à
Distância. Programa nacional de Informática na Educação. Coleção Informática para a
mudança na Educação. Brasília, S/D. Disponível em:
<http://repositorio.furg.br/xmlui/bitstream/handle/1/1130/Aprendizes%20do%20Futuro.pdf
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FREITAS, Kátia Siqueira de (Coord.). Pedagogia de Projetos. GERIR, Salvador, v.9,
n.29, p.17-37, jan. /fev.2003. Disponível em:
<http://www.liderisp.ufba.br/modulos/pedagproj.pdf>. Acesso em: 02 mar. 2017.
HERNANDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos de
trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998.
HERNANDEZ, Fernando; VENTURA, Montserrat. A organização do currículo por
projetos de trabalho. Porto Alegre: Artmed, 1998.
NOGUEIRA, Nilbo Ribeiro. Pedagogia dos projetos: uma jornada interdisciplinar rumo
ao desenvolvimento das múltiplas inteligências. São Paulo: Érica, 2001.
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
ALIER, Joan Martinez. O ecologismo dos pobres. São Paulo: Contexto, 2007.
BERTA, Ribeiro G (org.). Tecnologia indígena. Coleção Suma Etnológica. Belém, Pará,
1997.
BOAS, Franz. Antropologia Cultural. Rio de Janeiro: Zahar, 2004
BERGAMASCHI, Maria Aparecida (Org.). Povos Indígenas &educação. Porto Alegre:
Mediação, 2008.
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as Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CARDOSO DE OLIVEIRA, R. Sobre o pensamento antropológico. Rio de Janeiro:
Tempo Brasileiro, 1988.
CASTRO, Celso (org.) Evolucionismo cultural. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
COPANS, Jean. Introdução à etnologia e à antropologia. Lisboa, Europa-América, 2006.
DA MATTA, Roberto. Relativizando: uma introdução à Antropologia Social. (3a. ed.), R.
de Janeiro, Rocco, 1991.
EAGLETON, Terry. A ideia de cultura. São Paulo: Editora Unesp, 2011.
ERIKSEN, Thomas & NIELSEN, Finn. História da Antropologia. Petrópolis: Vozes,
2007.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e
Científicos Editora, 1973.
GONZÁLEZ FERNÁNDEZ, Leopoldo Jesus; DOMINGOS Tânia Regina Eduardo.
Antropologia e Educação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.
LAPLANTINE, F. Aprender Antropologia. São Paulo, Brasiliense, 1986.
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
ARROYO, Miguel. Ofício de Mestre: Imagens e auto-imagens. São Paulo: Vozes, 2001.
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a política de Educação Escolar Indígena. Série Institucional, Vol. 2, 2ª Ed, Brasília, 1994.
_______. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para
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CANDADO, A. R. Rejane. Referencial Curricular para Escolas Indígenas: Currículo e
conhecimento no ensino de História. Campo Grande, 2006. (Dissertação de Mestrado)
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CANDAU, Vera Maria. A Didática em questão. São Paulo: Vozes, 1994.
GADOTTI, Moacyr. História das Idéias Pedagógicas. São Paulo: Ática, 2002.
LIBANEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis, RJ: Vozes,
2002.
LIBÂNEO, José C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994. (Coleção Magistério 2º grau. Série
Formação do professor)
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
BEE, Helen. A criança em desenvolvimento. São Paulo: Herper e Row do Brasil, 1997.
CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida. Psicologia aplicada à educação. São Paulo: EPU,
1986.
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a política de Educação Escolar Indígena. Série Institucional, Vol. 2, 2ª Ed, Brasília, 1994.
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as Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998.
PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.
RODRIGUES, Marlene. Psicologia educacional: uma crônica do desenvolvimento
humano. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1976.
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
ARANHA, Maria Lúcia Arruda de. História da educação. São Paulo: Moderna, 2004.
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SILVA, Aracy Lopes da Silva; FERREIRA, Mariana Kawall Leal (orgs.). Antropologia,
história e educação: a questão indígena e a escola. São Paulo: Global, 2001.
SILVA, Aracy Lopes da; MACEDO, Ana Vera Lopes da Silva; NUNES, Angêla (orgs.).
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FERREIRA, Mariana K. Leal. Da origem dos homens à conquista da escrita: um estudo
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LOPES DA SILVA, Aracy Lopes da e FERREIRA, Mariana Kawall L. (orgs.) –
Antropologia, História e Educação: a questão indígena e a escola. 2ª. ed. São Paulo:
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LOPES DA SILVA, Aracy e GRUPIONI, Luís Donisete. A temática indígena na escola
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1995.
MAGALHÃES, Edvar Dias (org). Legislação Indigenista Brasileira e Normas
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MOREIRA NETO, Carlos de Araújo. Índios da Amazônia: de maioria a minoria. Vozes,
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OLIVEIRA, Francisco de. A conquista da Amazônia. In D’INCAO, Maria Ângela e
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WEIGEL, Valéria Augusta. Escolas de branco em malokas de índio: formas e
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CANDADO, A. R. Rejane. Referencial Curricular para Escolas Indígenas: Currículo e
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0ahUKE
wiNtbL94tLQAhWEFJAKHU3TDIgQFgg1MAA&url=http%3A%2F%2Flivroaberto.ibict.
br%2Fbitstream%2F1%2F750%2F2%2FBiodiversidade%2520e%2520comunidades%2520
tradicionais%2520no%2520Brasil.pdf&usg=AFQjCNG_aVcIoffzHKmkoGFACIOqh0Lwy
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MARTÍNEZ ALIER, Juan. O Ecologismo dos pobres: conflitos ambientais e linguagens e
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
FERREIRA, Mariana K. Leal. Madikauku - Os dez dedos das mãos. Matemática e povos
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FERREIRA, Mariana K. Leal. Quando 1+1(2. Práticas Matemáticas no Parque
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FLEMMING, Diva Marília; LUZ, Elisa Flemming; MELLO, Ana Claudia Collaço de.
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GERENCIA DE FORMAÇÃO INDIGENA
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SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS
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