Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
É na 1ª quadra que o sujeito poético reflecte sobre a sinceridade das pessoas, para ele estas vêem o
“ser sincero” como “ser verdadeiro”, mas ele vê a sinceridade de um ponto de vista intelectual, ou seja,
a sinceridade não é entendida em termos de verdade ou mentira, mas sim como a capacidade de usar a
inteligência que transforma as sensações em ideias.
Fernando Pessoa escreve sobre a flor, pois esta é desprovida de razão, contrariamente ao Homem, por
outro lado, eles são semelhantes, no aspecto em que, tal como a “flor flore” naturalmente, também o
Homem pensa, sendo este acto natural. a razão pela qual o poeta não consegue “ser triste a valer /
Nem alegre deveras” é porque não consegue libertar-se da dor de pensar e viver apenas ao nível do
sentir, como acontece com a flor. Ele vê na flor aquilo que deseja ser, pois esta é desprovida de razão.
É também visível no poema a ideia da força esmagadora da morte e do Destino que se abatem sobre o
poeta e a flor. Fernando Pessoa apercebe-se que a morte é uma coisa certa, pois nascemos logo
morremos, enquanto esta não vem, e ele não consegue deixar de pensar termina o poema dizendo
“Vamos florir ou pensar”sendo este um verso que se aplica à vida, pois muitas vezes deparamo-nos com
situações às coisas não podemos fugir, só nos resta aceita-las.