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Hemostasia

Para compreendermos o processo


A hemostasia consiste no processo
de hemostasia, precisamos
que regula o equilíbrio volêmico,
entender que temos uma
mantendo o sangue em seu estado
tendencia em realizar a
líquido nos vasos normais, ou seja,
vasodilatação. Quando eu realizo a
não lesados, e permitindo a
expansão do vaso, eu impeço que
formação de tampão hemostático
a plaqueta ‘’grude’’.
(trombo) nas respostas à lesão de
um vaso sanguíneo com objetivo Eu tenho terminações nervosas que
de deter a hemorragia. terá o controle pelo SNA (simpático
e parassimpático). Mas eu tenho
Defeitos nos processos de
também um controle local que,
hemostasia podem causar
não é através das fibras nervosas.
hemorragias e trombose, que
Esse controle é dado através de
consiste na formação de coágulos
substâncias químicas que ficam
sanguíneos (trombos) dentro de
dentro do vaso.
vasos normais, o que pode ser
causado por vários fatores. O epitélio íntegro produz três
substâncias principais:
O mecanismo hemostático inclui
três processos: hemostasia primária, Óxido nítrico – vasodilatação;
coagulação (hemostasia
secundária) e fibrinólise. Prostaciclina (PGL2) – um potente
vasodilatador com atividade
Hemostasia antiagregante plaquetária.

Endotelina – vasoconstrição;

É o processo inicial da coagulação Quando eu tenho uma lesão no


desencadeado pela lesão vascular. endotélio, eu vou ter uma
exposição de colágeno
Quando meu endotélio está subendotelial e vai proporcionar,
íntegro, existe uma série de consequentemente, a
produção de substâncias químicas vasoconstrição (primeira resposta
que NÃO TEM quando ele NÃO está da hemostasia primária).
íntegro.
Eu tenho uma plaqueta que, nesse
primeiro momento, está INATIVA.
Essa plaqueta terá dois tipos de
proteína:
Quando ativas, possuem
➢ Glicoproteína IIb/IIIa Tromboxano A2 (TXA2) que são
➢ Glicoproteína Ib responsáveis por realizar
vasoconstrição e agregação
Dentro da plaqueta, também plaquetária.
teremos grânulos, chamados de:
Agora, os grânulos serão liberados
➢ Alfa na corrente sanguínea. O grânulo
➢ Denso DENSO irá liberar:

Navegando junto com a plaqueta, Serotonina – vasoconstrição


temos o Fator de vonWillebrand (ajudando mais ainda na resposta
(FVW) que se adere ao colágeno da endotelina)
subendotelial quando ele é
exposto. ADP – ativar e agregar as plaquetas
(tem a capacidade de ser liberado
➢ Quando ele se adere, temos quando ligado ao seu receptor).
a plaqueta ATIVADA.
➢ A glicoproteína também é Ca+2 – hemostasia secundária
ativa.
Já no grânulo alfa, eu terei a
produção de:

➢ Fibrinogênio – se liga na
glicoproteína IIb/IIIa, fazendo
a conexão de outra plaqueta
também já ativada.

➢ FVW

Quando a plaqueta é ativada, ela


fica toda ‘’espraiada’’, ou seja:
Você se lembra? uma tendência maior ao tromboxano,
diminuindo a produção de TXA2
(favorece o estímulo de agregação).
Sendo assim, impede a resposta de
constrição, tendo como principal
função ser um antiagregante
plaquetário.

Hemostasia

Nessa fase o início do tampão


plaquetário é consolidado.

Dividida em intrínseca e extrínseca;


Resumo da imagem: Fosfolipídeos de
membrana podem ser transformados Preciso reforçar isso colocando
em ácido aracdônico (pela enzima uma rede de FIBRINA;
PLA2) que, quando sintetizado pode
formar prostaglandina (G2) – a enzima O colágeno subendotelial PODE
que faz isso é a COX. A PG2 vai dar ativar a via intrínseca;
origem a várias outras protaglandinas
com várias funções diferentes, como:

➢ PGE2 (redução da secreção de


HCL: O anti-inflamátorio não
estereoidal é agressivo ao
estomago, pois ao bloquear o
COX-1, diminui a PGE2 que é
inibidora da secreção gástrica);
➢ PGI2 (contração da musculatura
lisa: o anti-inflamatório não
estereoidal é contraindicado
em gravidez por dificultar a
capacidade contrátil) A coagulação, pela via intrínseca,
➢ TXA2 é desencadeada quando o fator
XII é ativado pelo contato com
Quando eu tenho um processo alguma superfície (por exemplo,
inflamatório, ativamos a COX-2 (que
colágeno ou endotoxina). Eu tenho
vai ser induzida) mas o corpo sempre
está produzindo a COX-1 (constitutiva).
o fator XII que passa a ficar XIIa
(doze ativo). Da interação destes
Acido acetil-salicílico (AAS) – elementos é ativado o fator XI, que
bloqueador/inibidor da COX, tendo transforma o fator IX em IXa
(através de cálcio). O fator IXa
associam-se à superfície de
fosfolipídio de superfície
plaquetária através de uma
“ponte” de cálcio estimulando a
conversão de fator X para Xa
(também precisa do fator VIIIa para
ativar esse fator X)

A ativação do fator X é a via


COMUM.

O fator Xa irá transformar


protrombina (II) em trombina (IIa)
que irá pegar o fibrinogênio e
transformar em FIBRINA.

Fator XIII que quando está ativo


XIIIa cria estabilidade para a
fibrina. Quem ativa o fator XIII
também é a trombina (IIa).
OBS: O fator II para o IIa precisa de
Agora eu tenho um coágulo rígido cálcio, fator V (pré-calceína) e
e o processo foi paralisado. Mas eu fosfolipídios de superfície.
tenho como ativa-lo (via comum)
pela via intrínseca ou pela via
extrínseca.
Anticoagulante

Nossa capacidade de anticoagular

Seria um novo estímulo para levar a


cascata de coagulação, como o
fator tecidual.

Quem é o fator tecidual?

R: É a tromboplastina (fator III) que


irá ativar o fator VII em VIIa que,
juntamente com o fator III irá ativar
a VIA COMUM.
Quando eu tenho a lesão (já com a plasminogênio circulante em
cascata de coagulaçao)a primeira plasmina, que é uma enzima
resposta anticoagulante que temos fibrinolítica que lisa a rede de
é a nossa capacidade de fazer fibrina.
vasoconstrição (epitélio lesionado).

Como evitamos FISIOLOGICAMENTE


uma trombose?

R: Existem moléculas (proteínas)


que podem aparecer após a lesão.
Uma delas, é a molécula
semelhante a heparina. Essa
molécula se liga a uma molécula
de antitrombina III, fazendo o
complexo. Esse complexo bloqueia EX: Coágulo obstruiu (embolia
o fator X (via comum) e trombina pulmonar) – toma um ativador do
(fator IIa), não convertendo plasminogênio tecidual.
fibrinogênio em fibrina.
A fibrina degradada por plasmina,
O segundo mecanismo tem a ver começa a liberar PDF’s (produtos
com uma outra molécula (proteína) de degradação da fibrina) que
chamada trombomodulina estimula a produção de D-dímero.
(também ativada pela lesão). A
trombomodulina se liga a trombina
que, se liga em uma proteína
chamada proteína C, que foi
ativada pela proteína S.

Tombromodulina + trombina +
proteína C = quando juntos,
impedem o fator VIII e o fator V.

Fibrinólise
Com a formação do trombo são
ativados os mecanismos
antitrombóticos, que visam limitar o
tampão evitando trombose. Um
dos principais agentes dessa fase é
o ativador de plasminogênio
tecidual (t-PA), o qual converte o

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