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FISIOLOGIA LEUCOCITÁRIA

Leucócitos = Células brancas = Glóbulos brancos

 Células de defesa contra as


infecções.

 Modo de ação:
fagocitose, liberação de
substâncias tóxicas e produção
de anticorpos.
Tipos de Leucócitos

Neutrófilos, Eosinófilos e Basófilos


Granulócitos Polimorfonucleares (PMN)
Citoplasma contêm grânulos com diferentes substâncias
químicas
Núcleo polimórfico (lobulado)

Linfócitos e Monócitos
Agranulócitos Mononucleares
Não é possível a visualização de grânulos
Núcleo não lobulado
Leucopoese - Produção de leucócitos

Fatores estimuladores de linhagens específicas


GM-CSF: estimula o crescimento de colônias de neutrófilos e monócitos
EOS-CSF: estimula o crescimento de colônias de eosinófilos
BAS-CSF: estimula o crescimento de colônias de basófilos
IL 3, IL-4 e IL-7: estimula o crescimento de colônias de linfócitos
M-CSF: estimula o crescimento de colônias de monócitos

Fatores inibidores
Prostaglandinas : PGE1 e PGE2, lactoferrina, interferon

Produzidos por células do estroma medular, linfócitos, monócitos, neutrófilos.


Granulopoese – células da linhagem mielóide

As células granulocíticas e monócitos


estão presentes em três compartimentos

Compartimento Medular: células pluripotentes, as progenitoras,


as precursoras e as células maduras.

Compartimento circulante: células maduras da circulação

Compartimento tissular: células nos tecidos


Linfocitopoese – células da linhagem linfóide

 Os linfócitos estão presentes nos órgãos linfóides primários e secundários e


no sangue periférico:

- Órgãos Linfóides Primários - medula óssea e timo

- Órgãos Linfóides Secundários – baço e linfonodo


Leucopoese

Durante o processo de maturação as células passam por mudanças


morfológicas, tais como:

· Diminuição do volume celular


· Condensação da cromatina nuclear
· Diminuição da basofilia citoplasmática
· Incorporação de grânulos específicos característicos da linhagem
· Segmentação nuclear no caso dos granulócitos polimorfonucleares
Processo maturativo dos Neutrófilos

2 a 3 dias

8 horas no
Neutrófilo sangue periférico
Basófilo
Eosinófilo 2-4 horas nos tecidos
Linhagem Mielocítica

Mieloblastos (20µ)

• Forma arredondada
• Citoplasma escasso
• Basofilia discreta ou moderada
• Sem granulações
• Cromatina fina e reticulada
• Nucléolos: até 5
Linhagem Mielocítica
Promielócito (20 - 22µ)

• Granulação fina azurófila e inespecífica.


• Citoplasma pode ser pouco mais abundante que mieloblasto.
• Nucléolos são evidentes no início desta fase ficando menos
proeminentes à medida que a célula se desenvolve.
Linhagem Mielocítica
Mielócito (18µ)

• Granulações secundárias
• Núcleo é geralmente excêntrico, redondo ou ovalado
• Nucléolo não é mais visível
Mieloblasto

Promielócito
Linhagem Mielocítica
Metamielócito (15µ)

• Não é capaz de dividir


• Nucléolos não podem ser vistos
• Núcleo apresenta-se ovalado com uma reentrância
(chanfradura)
Linhagem Mielocítica
Bastonete (bastão) (12µ)

• Condensação da cromatina
• Núcleo assume a forma de uma bastão uniforme.
Neutrófilos ou Polimorfonucleares

 Leucócitos mais numerosos no sangue periférico - 40 a 75%


 Tamanho: 12 a 15m
 Núcleo lobulado: 2 a 5 lóbulos unidos por
ponte de cromatina
 Citoplasma levemente pontilhado:
Grânulos azurófilos ou primários –
lisossomos - microbicida (púrpura)
Grânulos específicos ou secundários –
menores e mais numerosos, fagocitose (rosa-
salmão)
 Primeira célula que responde à presença de
um microorganismo (bactéria).
 Função: defesa por quimiotaxia, fagocitose e
digestão por enzimas lisossômicas.
Processo maturativo dos Eosinófilos

2 horas no
sangue periférico

1 semana nos
tecidos
Eosinófilos
 Leucócitos - 1 a 6%
 Tamanho: 12 a 17m
 Núcleo bilobulado
 Citoplasma pontilhado com grânulos
maiores, mais grosseiros e vermelhos (se
coram pela eosina – corante ácido)
 Apresentam mecanismo de defesa por
liberação de grânulos tóxicos em processos
parasitários e alérgicos (receptores para IgE)
 Liberação de grânulos contendo:
• Proteína Básica Principal (PBP)
• Proteína Catiônica Eosinofílica (PCE)
• Aril sulfatase

 Envolvidos na imunidade contra Helmintos e participam das Reações Alérgicas


Processo maturativo dos Basófilos

30 minutos no
sangue periférico

1 semana nos tecidos


Basófilos
 Leucócitos menos numerosos - 0 a 1%
 Tamanho: 10 a 14m
 Núcleo bilobulado em forma retorcida e
irregular
 Citoplasma pontilhado com grânulos
maiores, mais grosseiros de cor azul intenso
(se coram pela hematoxilina – corante
básico)
Grânulos metacromáticos – histamina, fator
quimiotático para eosinófilo, heparina -
leucotrienos, prostaglandinas

Possuem receptores para IgE na membrana,


assim como os mastócitos
 Envolvidos em processos alérgicos e parasitários
Linhagem Mielocítica
As granulações citoplasmáticas secundárias coram-se tanto pelo
azul de metileno como pela eosina.

O nome de cada célula corresponde ao fato das granulações serem


neutras (neutrófilos), corar pela eosina (eosinófilos) ou azul de
metileno (basófilo).
Linhagem Mielocítica
Processo maturativo dos Linfócitos
Linhagem Linfocítica

 Engloba os linfócitos T e B.

 Linfócitos B saem maduros da


medula óssea enquanto os linfócitos
T precisam migrar para o Timo
onde irão sofrer o processo de
maturação.

 Linfócitos B se diferenciam em plasmócitos  secretam


anticorpos nos tecidos.
• Linfoblasto (15 a 20µ): núcleo redondo com cromatina frouxa, contendo nucléolos, e
que ocupa toda a célula. Citoplasma é escasso, levemente basófilo, não há granulações.

• Prolinfócito (10 a 15µ): citoplasma mais abundante, tende a adquirir formas


diferentes.

• Linfócito maduro (7 a 10µ): núcleo muito grande em relação ao tamanho das células.
Não são observados nucléolos.
Linfócitos
 Segunda célula mais comum - 20 a 50%
 Grandes: 18m; Pequenos: 6-8 m (mais
comum)
 Núcleo redondo e escuro, com cromatina
densa, grumos grosseiros
 Citoplasma pequeno e escasso, discreta
basofilia (ribossomos) – pode conter grânulos
azurófilos

Linfócitos B (25%) – Plasmócitos : produtores


de anticorpos
Linfótitos T (75%) – Auxiliares (CD4+):
produtores de citocinas e Citotóxicos (CD8+)
lisam células infectadas por vírus e células
tumorais
Processo maturativo dos Monócitos

2 horas no sangue
periférico

2 a 3 meses nos
tecidos
Monócitos
 É a maior célula circulante.

 Apresenta um núcleo irregular, em forma


de rim, com cromatina exibindo aspecto
reticular.

 Citoplasma contém finas granulações


azurófilas.
Monócitos

• Monoblasto (20µ): núcleo é redondo,


contendo nucléolos. Citoplasma é escasso,
relação N/C grande.

• Promonócito (20µ): núcleo oval e possui


mais citoplasma. Chama atenção o contorno
irregular da célula.

• Monócito maduro (20µ): núcleo irregular


com chanfradura e citoplasma abundante,
levemente basófilo.
Monócitos
 02 a 10% são leucócitos
 Tamanho: 16-20m
 Núcleo ovóide em forma de rim ou
ferradura e excêntrico, cromatina em
arranjo frouxo e delicado – núcleo é
mais claro e com 2 a 3 nucléolos
Citoplasma basofílico

Fagocitam e matam os
microrganismos
Linfócito

Monócito
Leucograma
Informa características quantitativas e qualitativas dos leucócitos

Concentrações sanguíneas
Número global de leucócitos – 4 a 11.000/mm³
Contagem: Em Câmara de Neubauer e Counters

Contagem diferencial dos leucócitos


Reconhecidos pela coloração em lâmina e citometria de fluxo
Valores de referência para adultos

Leucócitos Valores relativos (%) Valores absolutos


4.000 a 11.000/mm3

• Neutrófilos ---------------------- 40 a 75% ------------------------- 2.000 a 7.500/mm 3


• Metamielócito --------------------- 0% ------------------------- 0/mm3
• Bastonete ---------------------- 0 a 5% ----------------------- 0 a 500/mm3
• Eosinófilos ---------------------- 1 a 6% ---------------------- 40 a 400/mm3
• Basófilos ----------------------- 0 a 1% ---------------------- 0 a 100/mm3
• Monócitos ----------------------- 2 a 10% ----------------------- 100 a 800/mm3
• Linfócitos ----------------------- 20 a 45% ----------------------- 1.200 a 3500/mm3
• Linfócitos Reativos ------------------ 0% --------------------- 0/mm3
As contagens global e diferencial variam conforme:
idade, estado fisiológico e etnia

 Criança:
- recém-nascido: predomínio de neutrófilos
- primeiro mês: linfócitos (60%)
- a partir dos 4 anos: neutrófilos

 O envelhecimento não altera o número absoluto, mas é acompanhado de déficit


funcional.

 Gestantes tem normalmente neutrofilia, com desvio a esquerda e granulações


reativas

 A raça negra tem 20% a menos leucócitos circulantes


Leucograma
Objetivos
 Contagem global de leucócitos
• Determinar um processo infeccioso ou inflamatório.
• Determinar a necessidade de testes adicionais, como, por exemplo, a
biópsia de medula óssea.
• Monitorar a resposta à quimioterapia, radioterapia ou outros tipos de
terapia.

 Diferencial de Leucócitos
• Determinar o estágio e gravidade de uma infecção.
• Monitorar a infecção.
• Detectar reações alérgicas (contagem de eosinófilos).
• Detectar infecções parasitárias (contagem de eosinófilos).
• Servir de suporte para o diagnóstico de outras doenças.
• Detectar e identificar diversos tipos de leucemia.
Patologia dos leucócitos
Abrangem as alterações quantitativas e qualitativas dos leucócitos.

Várias alterações celulares são de natureza reacional (REACIONAIS-


BENIGNAS), são transitórias, na vigência de uma situação clínica,
relacionadas a processos infecciosos e inflamatórios.

Outras, de natureza neoplásica (MALIGNAS), se transformam em quadros de


evolução grave que comprometem a funcionalidade de órgãos vitais resultando,
frequentemente, em óbito, caso nenhuma terapêutica proposta resulte em
tratamento de sucesso.

Algumas das alterações são de caráter constitucional e outras de natureza


adquirida.
Alterações quantitativas dos leucócitos
Leucocitose e Leucopenia
Alterações quantitativas dos leucócitos

Leucocitose (>11.000/mm3)
Reflete a resposta da medula óssea a agentes estimulantes:

 Infecções agudas bacterianas, viróticas, fúngicas ou


parasitárias.
 Proliferação de células precursoras indiferenciadas –
Leucemias.

Leucopenia (<4.000/mm3)
Geralmente associada a insuficiência medular ( neutrófilos).
Desvio a esquerda
Desvio a esquerda
Neutrofilia (>7.000/mm3)

Podemos observar em:

 Situações fisiológicas: esforço físico, trabalho de parto, recém-


nascido, altas temperaturas, stress;
 Decorrentes de distúrbios metabólicos: gota, uremia e diabetes;
 Lesão tecidual: queimaduras e infarto;
 Processos infecciosos, principalmente os de origem bacteriana:
abscessos, otites, tonsilites e cistites;
 Processos inflamatórios e intoxicações;
 Neoplasias - Leucemias Mielóides.
Neutropenia (<1.500/mm3)

Ocorre devido a produção ineficaz, excessiva destruição de


neutrófilos ou devido a uma distribuição anormal destas células
(migração excessiva de neutrófilos da corrente circulatória para os
tecidos perivasculares).

É freqüentemente associado a:

 Exposição excessiva a radiações ionizantes, à ação mielodepressora


de drogas citotóxicas, à sensibilidade a drogas como antibióticos
(cloranfenicol, sulfonamidas e ampicilinas), fenotiazinas,
anticonvulsivantes, antitireoidianos, antiinflamatórios (indometacina
e fenilbutazona), diuréticos, antiglicemiantes orais (tolbutamina) e
outras como o propanolol, procaína, etc.
Neutropenia (<1.500/mm3)

 Exposição a determinados agentes químicos como benzeno,


arsênio, óxido nitroso, bismuto, DDT, etc;

 Processos infecciosos como malária e tuberculose também


apresentam uma alta correlação com o desenvolvimento de
neutropenias.

 Nas doenças mieloproliferativas como leucemias mielóides


agudas, mielofibrose e trombocitemia essencial se observa com
frequência neutropenia no sangue periférico.
Eosinofilia (>600/mm3)

É frequentemente observado em:

 Parasitoses: esquistossoma, filária, ascaris, estrongilóides;


 Lesão tecidual cutânea: sarna, pênfigo, dermatites;
 Processos alérgicos incluindo sensibilidade a medicamentos;
 Doenças inflamatórias ou auto-imunes;
 Doenças pulmonares;
 Neoplasias - Leucemia Mielóide Crônica.
Eosinófilos

 Geralmente nos processos infecciosos de fase aguda, essa célula


desaparece: o seu aparecimento em posterior hemograma desse
mesmo caso, significa quase sempre bom sinal prognóstico.
- processo infeccioso → adrenalina → diminuição de eosinófilos
Basofilia (>160/mm3)

É frequentemente observado em:

 Processos alérgicos;
 Hipotireoidismo;
 Neoplasias - Leucemia Mielóide Crônica e outras doenças
mieloproliferativas como a Trombocitemia Essencial e a
Policitemia Vera;
Na leucemia mielóide crônica a basofilia está freqüentemente presente.
Monocitose (>950/mm3)

É freqüentemente observado em:

 Na tuberculose (fase ativa da doença);


 Em processos infecciosos parasitários (calazar, tripanosomíases);
 Em processos infecciosos virais (Mononucleose infecciosa);
 Em processos infecciosos bacterianos:
tuberculose, brucelose, difteria e febre tifóide.
 Neoplasias envolvendo a linhagem monocítica:
(leucemia mielomonocítica, monoblástica ou monocítica),
Linfocitose
(>7.000/mm3 crianças)
(>4.000/mm3 adultos)

É frequentemente associado a:

 Infecções virais como a Mononucleose Infecciosa, hepatites por


vírus, rubéola, infecções por citomegalovírus, além de outros
processos infecciosos bacterianos, como a coqueluche e infecções
por protozoários como a toxoplasmose.

 Linfocitoses expressivas são ainda encontradas em processos


leucêmicos que acometem a linhagem linfóide, principalmente
nas leucemias linfóides crônicas.
Processo viral

Linfócitos maduros

Linfoblasto
Coqueluche

Mancha nuclear de Gumprecht

Linfócitos maduros
Linfopenia

 O número de linfócitos presentes no sangue periférico sofre o


efeito de vários hormônios. A testosterona e os estrógenos bem
como hormônios corticosteróides influenciam significativamente
no número absoluto de linfócitos no sangue, fazendo diminuir a
presença destas células.

 Em neoplasias como o linfoma de Hodgkin e o linfossarcoma se


observam linfopenia no sangue periférico, bem como nas
condições que levam à uremia.

 Uma situação clínica importante que cursa com linfopenia


compreende as colagenoses, principalmente, o lúpus eritematoso
sistêmico.
Alterações qualitativas dos
leucócitos
Desvio a esquerda
Desvio a direita (Hiperssegmentação nuclear)
Vacuolização
Granulações tóxicas
Linfócitos atípicos
Desvio a esquerda

 É a denominação empregada para definir o encontro de células da


linhagem neutrofílica em estágios maturativos mais jovens no
sangue periférico, sendo que algumas destas são normalmente
observáveis apenas em distensões de medula óssea.

 Esta situação é frequente em quadros reacionais relacionados a


processos infecciosos, geralmente de natureza bacteriana.

 O desvio para a esquerda é considerado mais acentuado quando


mais jovens os tipos celulares presentes no filme sangüíneo e
mostra uma certa correlação com a gravidade do processo.
Mielócito neutrófilo

Promielócito

Metamielócito neutrófilo

Neutrófilo segmentado
Desvio a direita

 Se caracteriza pela presença, em número significativo, sangue


periférico de neutrófilos com hipersegmentação nuclear (mais de 5
lóbulos).

 Esta hipersegmentação nuclear pode ser secundária à deficiência de


vitamina B12 e/ou ácido fólico. Nestas circunstâncias os neutrófilos
se apresentam, também, aumentados em tamanho (anisocitose
neutrofílica). Esta situação é freqüente na anemia megaloblástica.

 Em raras situações a hipersegmentação neutrofílica é de natureza


constitucional.
Vacuolização → Processo Infeccioso

 Se caracteriza pela presença de pequenas vesículas, de cor branca, no


citoplasma e, menos frequentemente, no núcleo dos leucócitos.

 Estas ocorrem pela perda de estabilidade da membrana lisossomal e


liberação do seu conteúdo (proteases). Desta forma, se inicia um processo
fermentativo pela presença de proteases livres no citoplasma em contato
com material citoplasmático, ocorrendo então liberação de gás, com
consequente aparecimento de vacúolos nas células (bolhas de
putrefação).

 A presença de neutrófilos e monócitos vacuolizados se correlaciona


de forma mais específica com processos infecciosos do que outros
indicadores de infecção como granulações tóxicas, leucocitoses, desvio
para a esquerda, principalmente nos quadros septicêmicos.
Granulações tóxicas

 Granulações tóxicas são granulações presentes nos neutrófilos sendo


maiores em tamanho e mais basófilas que as granulações normais.

 O aparecimento de neutrófilos com granulações tóxicas, embora


frequente em processos infecciosos não é específico, podendo ocorrer
em outras situações em que ocorrem destruição tecidual, processos
inflamatórios e em situações como na gestação normal, mesmo na
ausência de infecção.
Linfócitos atípicos

 Linfócitos atípicos ou linfócitos reativos são alterações morfológicas


relacionadas à linhagem linfóide, caracterizando-se por um significativo
pleomorfismo.

 Linfócitos atípicos ou reativos estão mais frequentemente associados à


Mononucleose Infecciosa.

 Normalmente as células se apresentam aumentadas em tamanho (15-30 micra)


e um citoplasma frequentemente basófilo. Esta basofilia pode-se mostrar difusa
ou mais evidente na periferia da célula. A cromatina nuclear se apresenta desde
compacta, com blocos de condensação visíveis, até de aspecto frouxo, podendo
se observar nucléolos.
.
Linfócito Normal comparado aos Linfócito reativos: intensa
basofilia (citoplasma azul escuro) e vacuolização citoplasmática
FISIOLOGIA LEUCOCITÁRIA

Granulações tóxicas

0= granulação normal

+= leve

++= aproximadamente 50% dos


neutrófilos contendo grânulos
escuros

+++= intensa granulação na


maioria das células

++++= GT grosseiras, com o


núcleo sendo obscurecido por
elas.
FISIOLOGIA LEUCOCITÁRIA

Vacuolização tóxica

0= nenhum

+= menos que 25%

++= 25-50%

+++= 51-75%

++++= mais que 75% dos


neutrófilos
FISIOLOGIA LEUCOCITÁRIA
Corpúsculo de Döhle
FISIOLOGIA LEUCOCITÁRIA

Hipersegmentação
FISIOLOGIA LEUCOCITÁRIA

Alteração Tipo de alteração Significado

Granulações tóxicas Aumento de granulações nos Resposta medular acelerada a


neutrófilos uma infecção, inflamação,
queimadura, etc.
Corpúsculos de Granulação grosseira, basófila, Comum em infecções graves,
Döhle na borda do citoplasma do queimaduras e após uso de
neutrófilo citotóxicos.
Vacuolização tóxica Vacúolos citoplasmáticos Fagocitose de bactérias com
grande atividade lisossômica.
Hipersegmentação e Núcleo com mais de 4 lobos e Alteração na maturação celular
gigantismo celular células de grande tamanho por deficiência de vit. B12, de
ácido fólico ou após uso de
citotóxicos.
Etapas do Hemograma Infeccioso

1- Leucocitose, sem desvio à esquerda, sem granulação grosseira.

2- Leucocitose, com desvio à esquerda até bastão, com granulação


grosseira.

3- Leucocitose mais intensa, com desvio à esquerda até mielócito,


com granulação tóxica, vacúolos citoplasmáticos.

4- Leucocitose intensa, com desvio à esquerda até promielócito,


raros blastos, com granulação tóxica, vacúolos citoplasmáticos,
degeneração nuclear, corpos de Döhle.
Etapas do Hemograma Infeccioso

5- Leucocitose mais intensa, com desvio à esquerda até blasto, com


granulação tóxica, vacúolos citoplasmáticos, degeneração nuclear,
corpos de Döhle, esquizócitos, hemácias fragmentadas.

6- Queda da leucometria, com desvio à esquerda até blasto, com


corpos de Döhle, esquizócitos, hemácias fragmentadas.

7- Queda de leucometria, neutropenia, com desvio à esquerda até


blasto, com granulação tóxica, vacúolos citoplasmáticos,
degeneração nuclear, corpos de Döhle, esquizócitos, hemácias
fragmentadas.

8- Septicemia, falência múltipla de órgãos, insuficiência renal,


hemorragia.
FISIOLOGIA LEUCOCITÁRIA

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