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CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA

FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS E DA SAÚDE


CURSO DE FARMÁCIA
CAROLINA EDUARDA S. MARCIEL
PAULA GABRIELA S. SOUZA
PRISCILLA M. F. SOUSA
PEDRO FELLIPE CORDELI

ESTUDO DIRIGIDO
Mitos e Verdades sobre homeopatia

BELO HORIZONTE
MARÇO, 2017
1 Fala-se muito que não é possível utilizar a homeopatia concomitante à alopatia.
Isto vai depender da corrente de tratamento homeopático que será utilizada, do
momento em que um ou outro medicamento for introduzido e do medicamento
alopático utilizado.
De forma geral, quando o paciente chega ao consultório médico com uso crônico de
certos medicamentos alopáticos, não se deve interromper o tratamento vigente.
Associa-se a homeopatia e observa-se a resposta ao longo do tempo. Em certas
situações, à medida que o tratamento homeopático vai apresentando resultados, a
dosagem de alguns medicamentos alopáticos vai se mostrando elevada para a nova
realidade do paciente. Ao médico especialista caberá rever a prescrição do
medicamento ao perceber que o mesmo está provocando efeitos contrários ao
esperado.
O problema maior não está em começar o tratamento homeopático para alguém que
já utiliza medicamento alopático, mas sim introduzir um novo medicamento alopático
após o início da homeopatia, pois alguns medicamentos alopáticos podem interferir
ou mesmo cortar o efeito do tratamento homeopático. Além disso, perde-se o
parâmetro se os sintomas estão sumindo como reação do organismo ao
medicamento homeopático ou se estão desaparecendo por interferência deste novo
medicamento, principalmente em se tratando de um caso crônico.

HOMEOPATIA: Ciência, Filosofia e Arte de Curar, Esclarecendo a homeopatia,


TEIXEIRA,Marcus Zulian. Disponível em: <http://www.homeozulian.med.br/>.
Acesso em 13 de março de 2017.

2 Nessa representação do que é lento, emerge, também, a noção de um tratamento


que é voltado para toda uma vida, que tem um tempo indefinido de existência,
demandando tratamento continuado. Aliado a isso, está o tempo de que se
necessita para curar cada um dos novos sintomas que surgem, enquanto viver o
sujeito, não importando se os seus sinais e sintomas surgiram
na sua infância, adolescência, juventude, maturidade ou senilidade. Essa
abordagem não segmentada na dinâmica biopsicossocial pode ser entendida como
holismo ou integralidade horizontal , que acontece quando se busca, sem recortes
temporais, o conhecimento do sujeito desde a sua vida intra-uterina até ao momento
da consulta . Ambas as formas semiológicas são contempladas simultaneamente na
terapêutica homeopática, que não compartimentaliza o sujeito na sua dinâmica
biopsicocultural, nem faz um recorte temporal de sua vida, uma vez que entende
que o sujeito é um todo funcional em qualquer momento de sua existência e não
apenas uma parte adoecida.
Homeopatia no Sistema Único de Saúde: representações dos usuários sobre o
tratamento homeopático. Dalva de Andrade Monteiro; Jorge Alberto Bernstein
Iriart. Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2007000800017>. Acesso em 13 de março de 2017

3 A terapêutica homeopática se diferencia de outros sistemas terapêuticos


(alopático e do enantiopático) no raciocínio clínico, no tipo e na preparação do
medicamento utilizado. O princípio da similitude expresso no aforismo "similia
similibus curantur" (o semelhante cura o semelhante) é a sustentação filosófica da
homeopatia, inspirada nos ensinamentos da medicina hipocrática . O sistema
médico homeopático se baseia nos mesmos conhecimentos anatômicos, fisiológicos
e propedêuticos que são utilizados pela biomedicina, diferindo desta na abordagem
semiológica e no ato de prescrição, como se constata na anamnese para tratamento
homeopático . No entanto, é na concepção de organismo, saúde, doença e
terapêutica que o compreender diferente é mais intenso e marcante, uma vez que o
sistema terapêutico homeopático preconiza a busca integralizadora e holística do
paciente e de sua realidade, no que diz respeito a sua dinâmica biopsíquica-
relacional, tanto no adoecer, quanto no tratamento . Assim dito, a doença não é a
lesão; é, porém, um desequilíbrio no todo que se manifesta de múltiplas formas, que
pode, inclusive, traduzir-se em lesão.
Para Hahnemann, esse todo dinâmico responsável pelo equilíbrio é a força ou
energia vital: o atributo imaterial, automático, inerente ao homem, que
coordena as funções orgânicas e psico-emocionais integralizando-as, tornando o
homem uma unidade Diferindo da biomedicina – cuja representação da enfermidade
se encontra fortemente atrelada ao corpo biológico, que deve ser reparado para
retornar ao seu automatismo na engrenagem sócio-econômica do existir e
sobreviver –, a medicina homeopática busca nos sintomas subjetivos o desvendar
do todo que é o sujeito no seu processo particular, inter-relacional e coletivo de
saúde e doença. O conhecimento da forma de ser e estar doente de cada um é
revelado principalmente pela fala do paciente, segundo a representação que faz do
próprio corpo, a qual traz o sintoma como consciência real de seu momento
histórico, através de uma linguagem própria.
Homeopatia no Sistema Único de Saúde: representações dos usuários sobre o
tratamento homeopático. Dalva de Andrade Monteiro; Jorge Alberto Bernstein
Iriart. Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2007000800017>. Acesso em 13 de março de 2017

4 Depende. A utilização de doses ultra diluídas atenua muito o risco de efeitos


indesejados. Mesmo assim, doses erradas podem provocar efeitos adversos.
Respeitando-se a prescrição médica, esse risco praticamente inexiste e a melhora
dos sintomas ocorre de forma rápida, suave e duradoura.
É de fundamental importância que o paciente (e seus acompanhantes) observe o
aparecimento de qualquer mudança significativa após a ingestão do medicamento,
em todos os níveis (mental, geral e físico), anotando-se as suas características
particulares, época de surgimento, duração, intensidade, etc. Algumas vezes,
podem ocorrer reações passageiras (agravação inicial dos sintomas, retorno de
sintomas antigos, episódios febris benignos, eliminação ou exoneração através da
pele, das secreções ou por vias emunctoriais naturais, etc.), indicando que o
organismo está reagindo na busca de seu equilíbrio e, por isso, devem ser
respeitadas. Vale ressaltar que, quando ocorrerem, essas reações benéficas são
breves e acompanhadas de uma melhora do quadro geral, tornando-se muitas
vezes imperceptíveis. O surgimento de sintomas novos e incomodativos que antes
não existiam, além das reações intensas e prolongadas, devem ser comunicados ao
médico, de forma análoga aos efeitos adversos-colaterais dos tratamentos
convencionais.
HOMEOPATIA: Ciência, Filosofia e Arte de Curar, Esclarecendo a homeopatia,
TEIXEIRA,Marcus Zulian. Disponível em: <http://www.homeozulian.med.br/>.
Acesso em 13 de março de 2017.

5- Verdade. A homeopatia pode ser utilizada por qualquer pessoa, seja grávidas,
idosos e bebês. Porém, todos estes pacientes devem passar por uma consulta
médica e continuar mantendo o acompanhamento. O medicamento homeopático
pode ser usado por ser seguro e apresentar uma melhora de vida aos usuários.
Homeopatia no Sistema Único de Saúde: representações dos usuários sobre o
tratamento homeopático. Dalva de Andrade Monteiro; Jorge Alberto Bernstein
Iriart. Instituto de Saúde Coletiva, Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X2007000800017>. Acesso em 13 de março de 2017
6 Mito. A homeopatia está fundamentada em conceitos pouco ortodoxos (princípio
da similitude, experimentação no indivíduo sadio, medicamento dinamizado e
medicamento individualizado) que desafiam a racionalidade dominante. O modelo
de tratamento homeopático emprega o princípio de cura pela similitude,
administrando doses infinitesimais de substâncias que, ao terem sido
experimentadas previamente em indivíduos sadios, apresentaram sintomas
semelhantes aos dos indivíduos enfermos. Para se tornar um medicamento
homeopático, a substância deve ser submetida a protocolos específicos de
experimentação em indivíduos humanos e ter seus efeitos patogenéticos (mentais,
gerais e particulares) descritos na Matéria Médica Homeopática (MMH).
Revista de Homeopatia 2010;73(1/2):36-56 Marcus Zulian Teixeira 36. Homeopatia
nas doenças epidêmicas: conceitos, evidências e propostas. Disponivel em:
<http://aph.org.br/revista/index.php/aph/article/view/36/68>. Acesso no dia 13 de
março de 2017
Manual de Normas de Vacinação. 3.ed. Brasília: Ministério da Saúde: Fundação
Nacional de Saúde; 2001 72p. Disponivel em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/manu_normas_vac.pdf>. Acesso
em 13 de março de 2017

7 Mito. A homeopatia não trata a doença, ao invés disso ela tem a proposta de tratar
os doentes com suas doenças, doentes com suas histórias de vida, levá-los a uma
reorganização geral contribuindo assim para uma atenuação e algumas vezes até
para o desaparecimento completo de suas doenças. Para que isso aconteça o
medicamento homeopático informa o organismo de como ele deve proceder para
reorganizar-se, esse trabalho é do organismo e não do remédio, o remédio informa,
o organismo faz. A escolha do medicamento é feita após uma consulta minuciosa
com o médico homeopata.

8 Verdade. A Homeopatia é um tratamento preventivo por excelência porque analisa


o indivíduo em todos os seus aspectos essenciais físicos e mentais, seu
comportamento, suas emoções, seu estilo de vida, seus relacionamentos e, através
da orientação, que é um aspecto essencial do tratamento, pode atuar
preventivamente em vários desses fatores. Além disso, o medicamento
homeopático atua profundamente, equilibrando a energia do indivíduo, melhorando
o funcionamento de vários órgãos e sistemas que possam estar sem vitalidade ou
com aumento exagerado de sua função. Mesmo uma pessoa sem doença evidente
pode se beneficiar do tratamento homeopático com uma melhora de sua disposição
e um equilíbrio maior em suas atitudes e emoções.
TEIXEIRA, Marcus Zulian. Homeopatia: prática médica humanística:
Homeopathy: a humanistic approach to medical practice. 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
42302007000600026>. Acesso em: 3 ago. 2007.

9 O placebo funciona em certo número de casos e instâncias médicas, com eficácia


variável de acordo com a natureza do distúrbio e o perfil do paciente, no caso da
medicina tradicional o placebo pode ser usado em alguns testes como o duplo cego
onde é administrado o placebo com conhecimento dos médicos, mas com o
desconhecimento dos pacientes. Nestes testes "cego singular", as respostas
positivas ao efeito placebo foram baixas e apenas foi possível eliminar alguns dos
pacientes da totalidade. Na homeopatia o efeito placebo está relacionado ao
processo de dinamização que o medicamento passa.

A comunicação da saúde e o "efeito placebo“, disponível


em:<http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid S1518-
18122010000100005&lng=pt&nrm=iso=pt&tlng=pt>. Acesso em: 10 de março de
2017

10 Verdadeiro. Os medicamentos homeopáticos não apresentam efeitos colaterais,


os medicamentos causam alterações na fisiologia orgânica e despertam
automaticamente uma ação secundária do organismo, ou seja, a reação vital, que
se manifesta. Produzindo efeitos opostos aos iniciais, no sentido de neutralizar as
alterações primárias promovidas pelas drogas, retornando ao estado de equilíbrio
anterior à intervenção farmacológica. O medicamento homeopático age de dentro
para fora causando sintomas que já são esperados.

11 Mito. Segundo a RDC 67, DE 8 DE OUTUBRO DE 2007 é necessário a


prescrição médica para que o medicamento homeopático seja comprado, pois para
cada paciente existe uma dose e um medicamento individual que deve ser avaliado
pelo médico homeopata.

12 Mito. Ambos são prescritos de formas diferentes e podem servir de forma


complementar ou coadjuvante. O tratamento homeopático pode ser associado
beneficamente ao tratamento convencional, por exemplo no caso de uma infecção
bacteriana em que o antibiótico está agindo para diminuir o número de bactérias
existentes enquanto o medicamento homeopático atua incrementando a imunidade
e melhorando o estado geral do paciente.

13 Mito. Pois com base nos princípios de Samuel Hahnemann, a homeopatia é uma
prática terapêutica que visa estimular o organismo a reagir contra os seus próprios
distúrbios e este conceito assemelha ao conceito da vacina que compreende o
conjunto de mecanismos através dos quais o organismo humano reconhece uma
substância como estranha, para, em seguida, metabolizá-la, neutralizá-la e/ou
eliminá-la.

Revista de Homeopatia 2010;73(1/2):36-56 Marcus Zulian Teixeira 36. Homeopatia


nas doenças epidêmicas: conceitos, evidências e propostas. Disponivel em:
<http://aph.org.br/revista/index.php/aph/article/view/36/68>. Acesso no dia 13 de
março de 2017
Manual de Normas de Vacinação. 3.ed. Brasília: Ministério da Saúde: Fundação
Nacional de Saúde; 2001 72p. Disponivel em:
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/funasa/manu_normas_vac.pdf>. Acesso
em 13 de março de 2017

14 A homeopatia tende a crescer nos últimos 20 anos, pois a população procura


atualmente um medicamento que cause pouco ou nenhum efeito colateral, um
medicamento ‘‘natural’’ e mais barato, com isso faz com que ela busque alternativas
nos tratamentos. Por a homeopatia está presente no SUS, já é um grande avanço,
já que grande parte da população utiliza esse sistema.

15 A homeopatia tem o princípio da similitude, então para cada paciente o


medicamento é individual pois cada paciente tem seus sinais e sintomas
apresentados de uma forma. Aquele medicamento homeopático que trouxe
resultado para um paciente pode ser que no outro ele não trará o mesmo efeito. O
tratamento com o medicamento homeopático é a longo prazo pois o seu organismos
será induzido a uma resposta. Não adianta então, um paciente que não apresenta
sinais e sintomas, utilizar um medicamento homeopático, que é indicado por um
exemplo para a rinite, sendo que esse medicamento homeopático utiliza os
sintomas da rinite para tratar a rinite. Sendo assim, essa rebelião feita por
humanistas , não pode provar que o medicamento homeopático é placebo.

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