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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

SUMÁRIO

3-Introdução às Terapias Alternativas

7-Origem das Terapias Alternativas

12-Acupunctura

16-Fitoterapia

21-A Massagem

25-Florais de Bach

28-Bambuterapia

31-Shiatsu

34-Medicina Alternativa

50-Referências Bibliográficas

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

INTRODUÇÃO ÀS TERAPIAS ALTERNATIVAS

O termo medicina alternativa ou terapia alternativa é comumente usado para descrever práticas
médicas diversas da medicina convencional. Ela difere também das medicinas antigas baseadas
em tradição. O termo alopatia, como é usualmente chamada a medicina convencional pelos
homeopatas, refere-se ao aforismo de Hipócrates (460-370 a.C.) da cura pelo contrário (contraria
contrariis curantur) e foi proposto por Samuel Hahnemann (1755-1843), fundador da homeopatia,
em 1779, como uma oposição ao princípio de "cura pelo semelhante" da homeopatia, segundo
ele, também estabelecido por Hipócrates. Retomando assim, a antiga discussão galênico -
hipocrática da história da medicina.

A medicina alopática, hegemônica ou cosmopolita, como também é chamada progressivamente


incorpora todas as descobertas que favorecem a manutenção e restauração da saúde. Assim, o
que estiver validado, mesmo que não convencional na comunidade científica ou meio médico,
com mais ou menos tempo, virá fazer parte do arsenal de diagnose e terapia um bom exemplo
desse processo é o desenvolvimento da fitoterapia em relação a indústria farmacêutica.

Alguns pesquisadores de história da medicina e sociologia médica indicam que uma definição
mais adequada para a medicina alternativa seria o conjunto de práticas de diagnose e terapia
sem a apropriada validação científica, ou que sejam consideradas inacessíveis ao método
científico experimental, o que neste último caso podem ocorrer, por mecanismos fisiológicos não
conhecidos, nas práticas de cura via métodos metafísicos e espirituais, diferentemente das
práticas médicas convencionais.

A Medicina tem como princípio adotar novos tratamentos apenas quando estes tem eficácia,
indicações e segurança comprovados cientificamente. O uso de terapias por médicos sem o
reconhecimento científico adequado pelos órgãos competentes é proibido.

O termo "medicina alternativa" é comumente usado para descrever práticas médicas diversas da
alopatia, ou medicina ocidental como visto. Contudo a utilização do termo medicina tem sido
interpretado como exercício ilegal da profissão médicaque nos termos da lei implica a restrição
para o médico da prática de prescrever, ministrar ou aplicar, habitualmente, qualquer substância,
bem como usar gestos, palavras ou qualquer outro meio (não inserido na prática médica) ou para
os não médicos profissionais de saúde ou não, autodenominar-se médicos, prometer curas ou
fazer diagnósticos sem ter habilitação médica.

Por outro lado em função da diversidade existente na prática médica associada a interpretação
depreciativa do termo "alternativa' têm sido adotadas as expressões práticas integrativas e
medicina complementar. Segundo Felice, (2000) o campo da saúde comporta diferentes
subunidades, as quais assumem posições distintas, quer pela sustentação teórica, quer pelo
reconhecimento entre os sujeitos nas disputas no interior do campo, quer, ainda, pelo seu
reconhecimento nos movimentos mais ampliados da sociedade. (p.60)

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A postura da Organização Mundial de Saúde frente a utilização de tratamentos alternativos é a de


orientar no sentido de ter cautela, devido ao fato de existirem muitos terapeutas despreparados
seguindo teorias relacionadas a crenças, além de pessoas inescrupulosas que se valem da boa
fé e falta de informação para ludibriar e obter benefícios próprios. Nos dias de hoje esta é uma
recomendação válida na maioria das situações do cotidiano, e ocorre em todos os setores
profissionais e comerciais.

As terapias alternativas possuem princípios de ação catalogados por seus organizadores e


teóricos, e incluem diferentes formas de acesso.

Os codificadores e estudiosos das terapias alternativas muitas vezes buscam explicações para a
ação curativa na Física Moderna, embora em quase todos os casos o efeito da vontade pareça
ser o fator mais relevante. A Psicologia Junguiana também pode contribuir para a compreensão
dos mecanismos de cura despertados pelas terapias alternativas, especialmente no que tange ao
estudo dos rituais e seus efeitos.

São consideradas, entre outras, práticas de medicina alternativa:

 Acupuntura
 Aromaterapia
 Arte terapia
 Auriculoterapia
 Ayurveda
 Biodança
 Cromoterapia
 Fitoterapia
 Florais de Bach
 Homeopatia
 Iridologia
 Magnetoterapia
 Medicina natural
 Medicina ortomolecular
 Musicoterapia
 Osteopatia
 Quiropraxia
 Reflexologia
 Reflexoterapia
 Reiki
 Tratamento espiritual

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Terapia alternativa, ou medicina alternativa, é um tratamento que foca no indivíduo de forma


global, ou seja, físico, mental, emocional e espiritualmente, bem como o meio ambiente, nada é
analisado separadamente. O corpo é um organismo interligado e, portanto, não pode ser
subdividido em partes independentes.

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira a inclusão de dez terapias alternativas ao


Sistema Único de Saúde (SUS). São elas: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação
familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de
florais.

Em 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares


(PNPIC) eram ofertados apenas cinco procedimentos. Somente em 2017, após 10 anos, foram
incorporadas outras 14 atividades, chegando as 19 práticas disponíveis à população:

 ayurveda,
 homeopatia,
 medicina tradicional chinesa,
 medicina antroposófica,
 plantas medicinais/fitoterapia,
 arteterapia, biodança,
 dança circular,
 meditação,
 musicoterapia,
 naturopatia,
 osteopatia,
 quiropraxia,
 reflexoterapia,
 reiki,
 shantala,
 terapia comunitária integrativa,
 termalismo social/crenoterapia e
 yoga.

Novas práticas incorporadas ao SUS:

Apiterapia: método que utiliza produtos produzidos pelas abelhas nas colmeias como a
apitoxina, geléia real, pólen, própolis, mel e outros.

Aromaterapia: uso de concentrados voláteis extraídos de vegetais, os óleos essenciais


promovem bem estar e saúde
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Bioenergética: visão diagnóstica aliada à compreensão do sofrimento/adoecimento. Adota a


psicoterapia corporal e exercícios terapêuticos. Ajuda a liberar as tensões do corpo e facilita a
expressão de sentimentos.

Constelação familiar: técnica de representação espacial das relações familiares que permite
identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família.

Cromoterapia: utiliza as cores nos tratamentos das doenças com o objetivo de harmonizar o
corpo.

Geoterapia: uso da argila com água que pode ser aplicada para tratar ferimentos, cicatrização,
lesões, doenças osteomusuculares.

Hipnoterapia: conjunto de técnicas que pelo relaxamento e concentração induz a pessoa a


alcançar um estado de consciência aumentado que permite alterar comportamentos indesejados.

Imposição de mãos: cura pela imposição das mãos próximo ao corpo da pessoa para
transferência de energia para o paciente. Promove bem estar, diminui estresse e ansiedade.

Ozonioterapia: mistura dos gases oxigênio e ozônio por diversas vias de administração com
finalidade terapêutica e promove melhoria de diversas doenças. Usado na odontologia, neurologia
e oncologia.

Terapia de florais: uso de essências florais que modifica certos estados vibratórios. Auxilia no
equilíbrio e harmonização do indivíduo

Imagem: fikmik (br.123rf.com) 6


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ORIGEM DAS TERAPIAS ALTERNATIVAS

As terapias alternativas são uma ótima forma de combater inúmeros problemas. Medicina
tradicional é o conjunto de práticas em saúde desenvolvidas antes do que se classifica como
medicina moderna (ou convencional) e que ainda hoje são praticadas por diversas culturas em
todo o mundo.

Segundo a OPAS-OMS, a medicina tradicional é o total de conhecimento técnico e procedimentos


baseado nas teorias, crenças e as experiências indígenas de diferentes culturas, sejam ou não
explicáveis pela ciência, usados para a manutenção da saúde, como também para
a prevenção, diagnose e tratamentode doenças físicas e mentais. Em alguns países utilizam-se
indistintamente os termos medicina complementar, medicina alternativa ou medicina não-
convencional, e medicina tradicional. (OMS, 2017)

―Medicina tradicional" é um termo amplamente utilizado para referir-se aos diversos sistemas de
Medicina Tradicional, como por exemplo a medicina tradicional chinesa, a ayurvédica hindu, a
medicina unani - árabe e as diversas formas de medicina indígena. Abrange terapias com
medicação à base de ervas, partes de animais ou minerais, e terapias sem medicação, como
a acupuntura, as terapias manuais e as terapias espirituais.

Nos países onde o sistema de saúde hegemônico se baseia na medicina alopática ou onde a
Medicina Tradicional ainda não se incorporou no sistema nacional de saúde, não se distingue dos
demais aspectos dos sistemas tradicionais, seja por sua transmissão oral de lendas – onde são
atualizados valores espirituais, ético/morais, e acontecimentos históricos significativos, seja por se
caracterizar como conhecimento empírico/prático resultante de hábitos consagrados pela
experiência, a não ser quando se associa a práticas médicas profissionais reconhecidas,
hegemônicas ou não hegemônicas, consideradas como plausíveis pela medicina moderna ou
científica. (OMS, 2002)

A contribuição de Arthur Kleinman na área da antropologia médica, para distinção da medicina


tradicional do conhecimento de saúde científico e dos distintos povos é notável. Segundo esse
autor, um sistema etnomédico e/ou a medicina folk, distingue-se da medicina popular, familiar,
praticada por todos os membros de uma comunidade, da medicina profissional científica,
ocidental /cosmopolita ou mesmo da medicina alternativa e complementar resultante da
profissionalização das práticas indígenas e tradicionais (Chinesa, Ayurvédica ou Européias
medievais não hegemônicas, tipo: quiropraxia, hidroterapia, apitoxinoterapia, etc.).

Essa distinção também pode ser feita identificando-se práticas populares e as técnicas ou formas
de conhecimento mais organizado, que podem ser descritas a partir da terminologia proposta por
Luz (1988), como uma racionalidade médica ou sistema lógico e teoricamente estruturado, tem
como condição necessária e suficiente para ser considerado como tal, a presença dos seguintes
elementos:

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1. Uma morfologia (concepção anatômica);

2. Uma dinâmica vital ( "fisiologia" );

3. Um sistema de diagnósticos;

4. Um sistema de intervenções terapêuticas;

5. Uma doutrina médica (cosmologia).

Em princípio a medicina popular (folk) não profissional (religiosa) pode ser transformada em
prática profissional por vários mecanismos de legitimação social, exige um especialista e um
processo médico - sagrado (iniciático) de especialização, caracteriza-se por possuir escolas,
documentos, mestres e discípulos.

Numa comparação entre as proposições de Peter Berger e seu ―dossel de símbolos‖ que
compõem a pluralidade dos sistemas simbólicos alternativos do mundo moderno e a ―eficácia
simbólica‖ do xamãnicos e psicanálise Levi Strauss, Figueira, 1976 contribui para compreensão
da organização simbólica das sociedades complexas propondo o uso do termo ―terapêuticas‖
para todos os recursos que uma sociedade põe a disposição de sujeitos que estão doentes ou
que, por diversos motivos, atravessam períodos críticos de vida.

Para esse autor a psicanálise, umbanda e sistemas xamãnicos têm em comum a característica de
atuarem como sistemas simbólicos nas tentativas de ajustamento do indivíduo às comunidades
sócio-linguística (atuando como matrizes de significado) nos indivíduos e/ou sistemas simbólicos
individuais que se caracterizam por encontrarem-se em isolamento, processo de
intercomunicação e relativização ou desorientação (não ajustamento ou estraçalhamento de
relações sociais de fidelidade a grupo e alianças). Os candomblés e a umbanda no Brasil já foram
proibidos e/ou autorizados pela polícia para se instalarem nos bairros urbanos até quase finais do
século XX.

A necessidade de intervir nas formas de cuidar de deficientes, e idosos organizando seus hábitos
e mesmo modificar hábitos prejudiciais à saúde, algumas vezes associados à práticas culturais
como tabagismo, sedentarismo, hábitos profissionais de risco, etc., tem oposto resistência à
incorporação acrítica do conceito biomédico de doença.

A hipótese de que o conceito de doença comporta componentes não-físicos, não-químicos e não-


biológicos tem sido um dos principais temas da antropologia médica contemporânea, é quase um
consenso que os conceitos de "disease" (doença/patologia), "illness" (enfermidade) e "sickness"
(mal-estar, sofrimento) são distintos e devem referir-se a facetas diversas do complexo saúde-
doença-cuidado.

Para Laplatine a percepção e resposta de um grupo social à patologia, pode ser pensada através
da elaboração e analise de modelos etiológicos e terapêuticos. Um modelo é: uma construção
teórica, caráter operatório (hipótese) e também uma construção metacultural ou seja que visa

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fazer surgir e analisar as formas elementares da doença e da cura - sua estrutura seus
invariantes tornando-o comparável a outros sistemas (Laplatine)

Observe-se porém, que tais sistemas tradicionais que reúnem crenças e observações empíricas,
surgido em um determinado momento da história, não correspondem exatamente ao resultante
do método científico renascentista cartesiano ainda sob o paradigma mecanicista.

A medicina tradicional chinesa (MTC), também conhecida como medicina chinesa (em
chinês 中醫, zhōngyī xué, ou 中藥學, zhōngyaò xué), é a denominação usualmente dada ao
conjunto de práticas de medicina tradicional em uso na China, desenvolvidas no curso de sua
história. A MTC é utilizada principalmente como medicina alternativa, com caráter integrativo e
complementar - não substitutivo - à medicina alopática. Observe-se que é uma história que não
corresponde exatamente a China que conhecemos hoje, e sim a Ásia, ao longo de milhares de
anos, quando foram se consolidando as fronteiras dos atuais países e desenvolvendo uma
civilização que reuniu mais da metade das descobertas e invenções tecnológicas do "mundo
moderno".

Para Padilla (o.c.) a medicina chinesa pode ser considerada, portanto, uma "sistematização" das
mais antigas formas de medicina oriental, abrangendo, para fins de estudo, as outras medicinas
da Ásia, como os sistemas médicos tradicionais do Japão, Taiuan, da Coreia, do Tibete e
da Mongólia.

Os conceitos de ―corpo‖ e ―doença‖ utilizados pela Medicina Tradicional Chinesa se baseiam em


noções de uma cultura pré-científica, similar à teoria europeia dos humores (humorismo), em
voga até o advento das pesquisas médicas modernas dos anos 1800. Pesquisas científicas não
encontraram nenhuma prova fisiológica ou histológica dos conceitos tradicionais chineses, como
qi, meridianos ou mesmo pontos de acupuntura.

A teoria e a prática da Medicina Tradicional Chinesa não são baseadas em conhecimento


científico, e seus praticantes discordam grandemente sobre os diagnósticos e os tratamentos dos
pacientes. A eficácia da medicina fitoterápica chinesa continua pouco pesquisada e
documentada.

Pesquisas farmacêuticas têm explorado o potencial de criação de novos remédios baseados em


princípios ativos que poderiam ser encontrados em soluções da MCT, mas têm obtido pouco
sucesso. Editorial da revista especializada ―Nature‖ descreve a Medicina Tradicional Chinesa
como repleta de pseudociência (―fraught with pseudoscience‖).

Os principais métodos de tratamento da medicina tradicional chinesa basicamente são:

Tui Na ou Tuiná (推拿)

Acupuntura (針疚)

Moxabustão (艾炙)

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Ventosaterapia (拔罐)

Fitoterapia chinesa (中药)

Terapia alimentar chinesa (食療) ou dietoterapia chinesa

Práticas físicas: exercícios integrados a prática de meditação relacionadas à respiração e à


circulação da energia, como o qi gong (氣功), o Tai ji quan (太極拳) e outras artes marciais
chinesas internas que podem contribuir para o reequilibrio do organismo. Estas práticas são
consideradas simultaneamente métodos profiláticospara a manutenção da saúde e formas de
intervenção para recuperá-la. Práticas como o Zhan Zhuang (站椿), o Baduanjin (八段锦) e
o Lian gong (练功)são realizadas atualmente fora do contexto das artes marciais.

A medicina tradicional chinesa utiliza a fitoterapia e outros medicamentos como seu último
recurso para combater os problemas de saúde.

Segundo sua crença básica, o corpo humano dispõe de um sistema sofisticado para localizar as
doenças e direcionar energia e recursos para curar os problemas por si mesmo.

O objetivo dos esforços externos deveria se focar em cuidadosamente auxiliar as funções de auto
cura do corpo humano, sem interferir. Refletindo esta mesma ideia, um ditado chinês diz
que "qualquer remédio tem 30% de ingredientes venenosos".

Atualmente, a medicina tradicional chinesa está progressivamente incorporando técnicas e teorias


da medicina ocidental em sua práxis, em especial os tipos de exames sem características
invasivas.

Outras técnicas associadas a estes métodos

Gua Sha ou "esfregar moedas" (刮痧), técnica associada ao Tui Na.

Auriculopuntura (耳燭療法), especialidade da acupuntura.

Os métodos usados por cada naturopata dependem da sua formação e do âmbito da prática.
Entre os métodos mais comuns na naturopatia estão o herbalismo, homeopatia, acupunctura,
curas naturais, medicina física, cinesiologia aplicada, lavagem intestinal, terapia de
quelação, cromoterapia, terapia craniossacral, análises ao cabelo, iridologia, análise de sangue
vivo, ozonoterapia, psicoterapia, medidas de higiene e saúde
pública,reflexoterapia, rolfing, massoterapia e medicina tradicional chinesa.

As "curas naturais" incluem uma série de terapias baseadas na exposição aos elementos naturais
como a radiação solar, ar puro, calor ou frio. Incluem também conselhos de nutrição, como seguir

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uma dieta vegetariana ou integral, jejum ou abstenção de bebidas alcoólicas ou açúcar. Os


métodos de medicina física incluem terapia manual dos ossos ou tecidos moles, medicina
desportiva, exercício físico e hidroterapia. O aconselhamento psicológico incluem meditação,
técnicas de relaxamento e outros métodos para gerir o stresse.

Os neuropatas recomendam frequentemente a exposição a substâncias naturais como a radiação


solar, plantas medicinas, determinados alimentos e atividades que descrevem como "naturais",
como exercício físico, meditação e relaxamento. Os neuropatas alegam que estes tratamentos
naturais ajudam o corpo a curar-se a si próprio sem os efeitos adversos da medicina
convencional. No entanto, os métodos e as substâncias químicas ditas "naturais" não são
necessariamente mais seguras ou mais eficazes do que as artificiais ou sintéticas, e qualquer
tratamento que possua um efeito pode também espoletar um efeito adverso.

Alguns tratamentos de medicina natural, como a homeopatia, o rolfing ou a iridologia são


amplamente considerados pseudociência ou charlatanismo. Os praticantes de pseudomedicina,
entre os quais os neturopatas, recorrem a fraudes e métodos não científicos num público que,
tendo poucos conhecimentos de medicina, se limita a acreditar nas alegações de tais
praticantes. A OMS tem vindo a fazer esforços no sentido de regulamentar a Naturopatia nos
estados membros, bem como outras medicinas tradicionais, complementares e alternativas,
baseadas em teses, crenças e experiências nativas de várias culturas, explicáveis ou não.

As terapias alternativas evitam o uso de remédios e servem como complemento ao tratamento de


várias doenças. Muitas são ofertadas pelo SUS de maneira gratuita.

A busca da população brasileira por outras práticas médicas fez com que o Ministério da Saúde
sentisse a necessidade de acrescentar alternativas complementares de tratamento no Sistema
Único de Saúde (SUS). O Brasil disponibiliza 29 práticas integrativas, garantindo a posição de
líder na oferta desse tipo de tratamento na atenção básica. Atualmente, 54% dos hospitais […]

Exemplos de medicina alternativa: é comum que elas conheçam chás, ervas e pomadas que não
são receitados pela medicina convencional. Embora não sejam aplicados em massa pelos
médicos, são muito utilizados e reconhecidos como parte da medicina alternativa.

A medicina alternativa inclui práticas como acupuntura, hipnose e quiropraxia, que podem ser
utilizadas como complementação da medicina convencional.

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ACUPUNTURA

Acupuntura é uma forma de medicina alternativa e um ramo da medicina tradicional


chinesa (MTC) no qual finas agulhas são inseridas no corpo do paciente. A medicina tradicional
chinesa é uma pseudociência, pois suas teorias e práticas são baseadas em crenças contrárias
ao conhecimento científico. Foi também declarado Patrimônio Cultural Intangível da
Humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura) em 19 de novembro de 2010.

As conclusões dos inúmeros estudos e revisões sistemáticas da acupuntura são inconsistentes,


sugerindo que ela não é eficaz. Uma análise de revisões da Cochrane concluiu que a acupuntura
não é efetiva para uma grande gama de condições. Uma revisão sistemática realizada por
cientistas médicos nas Universidades de Exeter e Plymouth encontraram pouca evidência da
efetividade da acupuntura no tratamento da dor. No geral, a evidência sugere que o tratamento a
curto prazo com acupuntura não produz benefícios de longo prazo. Algumas pesquisas sugerem
que a acupuntura pode aliviar certos tipos de dor, no entanto a maioria das pesquisas sugerem
que os efeitos aparentes da acupuntura não são provocados pelo tratamento em si. Uma revisão
sistemática concluiu que o efeito analgésico da acupuntura parecia não possuir relevância clínica
e não era possível ser claramente distinguido de um viés. Uma metanálise concluiu que
acupuntura poderia ser um tratamento com bom custo-benefício para a lombalgia crônica
complementando o tratamento tradicional, enquanto que outra revisão sistemáticaconcluiu que a
evidência é insuficiente para a acupuntura para o tratamento desta condição.

O tratamento acupunterápico consiste no diagnóstico (igualmente baseado em ensinamentos


clássicos da Medicina Tradicional Chinesa) e na aplicação de agulhas em pontos definidos do
corpo - chamados de "Pontos de Acupuntura" ou "Acupontos" - que se distribuem principalmente
sobre linhas chamadas "meridianos chineses" ou "canais de energia", para obter diferentes
efeitos terapêuticos conforme o caso tratado. Também são utilizadas outras formas de
estimulação, estando entre as mais conhecidas a moxabustão (aplicação de calor sobre os
acupontos ou meridianos).

A estreita relação entre o uso das agulhas e da moxa, na acupuntura, fica evidente na tradução
literal da expressão que, em chinês, designa acupuntura (Zhen Jiú - 针灸), sendo Zhen (针)
agulha e Jiú (灸) fogo (ação de cauterizar). O leque de opções do acupunturista, entretanto,
costuma ser bem mais amplo, podendo-se estimular os acupontos e meridianos com os dedos
(do-in), instrumentos específicos semelhantes a um pente de osso ou jade (gua sha), ventosas
(ventosaterapia), massagens (tui na) e outras técnicas, como por exemplo a sangria. A
acupuntura chinesa, por seu histórico milenar, acabou por desenvolver escolas específicas em
países próximos da China, dando origem ao shiatsu (espécie de massagem) no Japão e a
estimulação nos denominados microssistemas do corpo a exemplo da auriculoterapia.

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Com as tecnologias modernas a acupuntura vem agregando recursos como a eletricidade


(eletroacupuntura, ryodoraku), estimulação com laser agulhas mais seguras e práticas,
cristais stiper ("Stimulation and Permanency" - Estimulação Permanente), esferas banhadas a
ouro, prata e novos materiais (substituindo as raras agulhas destes metais) ou estimulação com
a sucção de ventosas de vidro, material plástico ou acrílico com válvulas de pressão, ventosas de
borracha, porém sempre observando os mesmos princípios da Medicina Tradicional Chinesa.

Apesar do uso de recursos tecnológicos atuais, a acupuntura que se realiza hoje em muitos
aspectos é bem semelhante à forma como era realizada nos primórdios da civilização chinesa
unificada pela Dinastia Han, utilizando um raciocínio absolutamente estranho à medicina
ocidental moderna, análogo talvez à medicina grego-hipocrática e outras formas de medicina
oriental. (ver: Datas históricas da Medicina Tradicional Chinesa).

Os mapas de meridianos ou canais de energia (经络 - Jīng Luò) ultrapassaram milênios chegando
quase intocados aos dias atuais; o raciocínio que se desenvolve na verificação e tratamento dos
problemas práticos apresentados nos consultórios é baseado em conceitos ultrapassados e
incompatíveis com o conhecimento científico atual, como os cinco elementos (Wu Xing),
o Tao (道); o equilíbrio entre yin e yang; o fluxo de chi ("氣") (a grosso modo traduzido como
energia vital) e xué (a grosso modo traduzido como sangue), zang (traduzido como órgão por
inexistência de palavra adequada) e fu (literalmente oco, mas geralmente traduzido
como víscera).

Por outro lado, os maiores entraves à sua compreensão como ciência são exatamente essas
crenças tradicionais, para as quais ainda não há consenso quanto à formas de investigação
experimental, além da sua referida descrição e pesquisa histórico-antropológica de práticas e
textos tradicionais. As aplicações mais específicas das antigas tradições, vem se desenvolvendo,
como veremos, com o uso acupuntura nos diversos campos da área de saúde. No Brasil é uma
prática livre, sendo obrigatório apenas o título de Formação ou de Especialização, segundo o
reconhecimento de cada conselho profissional.

A história da acupuntura se confunde com a história da medicina na China. Seus primórdios


remontam à pré-história chinesa. A linguagem escrita milenar permitiu a continuidade do
conhecimento. Posteriormente, outros países orientais contribuíram para o desenvolvimento de
novas técnicas de acupuntura.

As notícias sobre acupuntura no ocidente chegaram com os primeiros exploradores europeus que
visitaram o império Chinês ainda na idade média. Entre estes, são comuns as referências
a Marco Polo (1254 – 1324) mercador, embaixador e explorador italiano, aos Monges Jesuítas do
século XVI e aos médicos - botânicos Andreas Cleyer (1634 - 1698) e Willem ten Rhijne (1647 -
1700) da Companhia Holandesa das Índias Orientais.

Hoje em dia pode-se afirmar que a acupuntura se divide nos que aderem aos métodos milenares
chineses, mas também existe pesquisas e que buscam respostas com a metodologia ocidental
inclusive com restrições prática profissional de não-médicos.

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Leitura Complementar:

Livro: Acupuntura Coreana da Mão. Passo a Passo

Editora: ÍCONE

Autor: Choo H. Kim

A inserção das agulhas de Acupuntura estimula as terminações nervosas existentes na pele e


nos outros tecidos, enviando desta forma mensagens até ao cérebro, o que desencadeia
diferentes efeitos no corpo, como ação analgésica ou anti-inflamatória, por exemplo. Existem
diversas comprovações científicas de que a acupuntura funciona mesmo, porém no Brasil ela só
deve ser utilizada como forma para complementar o tratamento clínico orientado pelo médico.

A acupuntura é uma técnica que pode ser usada para reforçar o sistema imunológico e para o
tratamento de problemas e doenças como por exemplo:

Problemas na boca como dor após extração de dente, gengivite ou faringite;

Doenças respiratórias como sinusite, rinite, resfriado comum, asma ou bronquite;

Doenças oftalmológicas como conjuntivite, catarata ou miopia em crianças;

Problemas neurológicos como dor de cabeça ou enxaqueca;

Problemas gastrointestinais como excesso de acidez no estômago, úlcera duodenal, prisão de


ventre ou diarreia;

Problemas ortopédicos como dor ciática, lombalgia ou artrite reumatoide;

Distúrbios de sono como insônia.

Além destes problemas, a acupuntura pode também ser utilizada no tratamento de doenças e
distúrbios emocionais como ansiedade, excesso de estresse ou depressão, por exemplo.

A acupuntura deve ser feita com agulhas descartáveis, pois a sua reutilização aumenta as
chances de contrair algumas doenças como hepatite ou meningite, por exemplo.

Por isso, quando for realizar um procedimento de acupuntura deve assegurar de que esta é feita
por um profissional competente, e que segue as normas da Anvisa que obriga à utilização de
material descartável.

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Os acupontos propriamente ditos ficam sob a pele, não na superfície, e para que sejam
estimulados devidamente e com segurança, as agulhas são introduzidas em diferentes graus de
inclinação conforme o caso. Yintang, por exemplo, um acuponto localizado entre as sobrancelhas,
deve ser punturado perpendicularmente em relação à pele no sentido do topo da cabeça para
baixo, pinçando-se a pele levemente entre os dedos no momento da introdução da agulha; VB30,
por outro lado, um ponto localizado em ambas as nádegas, deve ser punturado profundamente
em ângulo de 90º.

O sentido das agulhas, o tempo e a forma de estimulação também podem variar conforme o
tratamento específico. Condições de excesso (de chi ou de xué) são tratadas com estimulações
menos vigorosas e pouco demoradas, ao passo que condições de vazio ou deficiência pedem
manobras de entrada e retirada (não se retira totalmente a agulha, apenas se dá pequenos
solavancos para cima e para baixo), fricção (na parte áspera da agulha), giros de um lado para
outro ou mesmo pequenos petelecos na ponta exposta da agulha.

É costume também utilizar um "mandril" para inserir as agulhas. Trata-se de um pequeno tubo
plástico descartável dentro do qual corre a agulha. A leve pressão da ponta do mandril sobre a
pele ajuda a reduzir a dor da entrada, mas acupunturistas muito experientes muitas vezes optam
por inserir a agulha em um movimento rápido à mão livre até a profundidade indicada, o que não
é possível com o mandril (a diferença entre o comprimento do mandril e da agulha é o quanto se
conseguirá inserir da agulha no primeiro movimento).

A aplicação da acupuntura mais conhecida pelos usuários diz respeito a tratamentos em


condições de dor e dificuldades motoras.

Área da acupuntura voltada ao tratamento de transtornos psicológicos e bem estar emocional. No


Brasil, a resolução do Conselho Federal de Psicologia nº 05/2002 reconhece a acupuntura como
prática alternativa ao trabalho do psicoterapeuta e permite ao psicólogo utilizar a acupuntura
desde que seguindo as especificações técnicas e éticas adequadas, todavia, o tratamento de tais
distúrbios já era previsto nos clássicos da acupuntura, conhecidos a exemplo das síndromes dian
kuang(permanecer calmo e agitar-se de modo selvagem, respectivamente) semelhantes
à depressão e/ou mania. Importante também salientar como a acupuntura é utilizada para tratar
os desequilíbrio dos sentimentos de medo, raiva, euforia, preocupação e tristeza relativos
aos cinco elementos da Medicina Tradicional Chinesa, tangenciando uma série de patologias
psicológicas.

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

FITOTERAPIA

Fitoterapia (do grego therapeia = tratamento e phyton = vegetal) é o estudo das plantas
medicinais e suas aplicações na cura das doenças. Ela surgiu independentemente na maioria dos
povos. Na China, surgiu por volta de 3000 a.C. quando o imperador Cho-Chin-Kei descreveu as
propriedades do Ginseng e da Cânfora.

Deve-se observar que a definição de medicamento fitoterápico é diferente de fitoterapia pois não
engloba o uso popular das plantas em si, mas sim seus extratos. Os medicamentos
fitoterápicos são preparações elaboradas por técnicas de farmácia, além de serem produtos
industrializados.

Há uma grande quantidade de plantas medicinais, em todas as partes do mundo, utilizadas há


milhares de anos para o tratamento de doenças, através de mecanismos na maioria das vezes
desconhecidos. O estudo desses mecanismos e o isolamento do princípio ativo (a substância ou
conjunto delas que é responsável pelos efeitos terapêuticos) da planta é uma das principais
prioridades da farmacologia.

Enquanto o princípio ativo não é isolado, as plantas medicinais são utilizadas de forma caseira,
principalmente através de chás, ultradiluições, ou de forma industrializada, com extrato
homogêneo da planta.

Ao contrário da crença popular, o uso de plantas medicinais não é isento de risco. Além do
princípio ativo terapêutico, a mesma planta pode conter outras substâncias tóxicas, a grande
quantidade de substâncias diferentes pode induzir a reação alérgica, pode haver contaminação
por agrotóxicos ou por metais pesados. Essa grande quantidade de substâncias que também
podem ser tóxicas é originada da evolução das plantas, pois estas são seres vivos e como tal,
não possuem vantagens em serem predadas ou danificadas. Desta forma, como não possuem
meios de se defenderem de animais herbívoros e fitófagos, desenvolveram diferentes defesas
químicas ao longo de sua evolução. Algumas dessas substâncias podem ser úteis para as
pessoas, outras prejudiciais, como oxalatos e ácido cianídrico, ambos tóxicos.

Um exemplo clássico é a cafeína, que em um animal de grande porte como o ser humano é
estimulante, mas em um inseto que tenta predar a semente do café pode ocorrer uma reação
muito forte, podendo levá-lo a morte. Além disso, todo princípio ativo terapêutico é benéfico
dentro de um intervalo de quantidade - abaixo dessa quantidade, é inócuo e acima disso passa a
ser tóxico.

Na forma industrializada, o risco de contaminações pode ser reduzida através do controle de


qualidade da matéria prima, mas mesmo assim a concentração do princípio ativo em cápsulas
pode variar.[carece de fontes] Nas ultradiluições, como na homeopatia, não há o princípio ativo na
apresentação final, o que elimina os riscos anteriores, entretanto não há nada que indique que
haja qualquer efeito benéfico.

16
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

À medida que os princípios ativos são descobertos, eles são isolados e refinados de modo a
eliminar agentes tóxicos e contaminações, e as doses terapêutica e tóxica são bem estabelecidas
de modo a determinar de forma precisa a faixa terapêutica e as interações desse fármaco com os
demais.

No entanto, o isolamento e refino de princípios ativos também não é isento de críticas porque
pretende substituir o conhecimento popular tradicional e livre, testado há milênios, por resultados
provindos de algumas pesquisas analítico-científicas que muitas vezes são antagônicas. Assim
sendo, o uso de fitoterápicos de laboratório poderia introduzir novos efeitos
colaterais ou adversos inesperados, devidos à ausência de sinergismo ou antagonismo
parcial entre mais de um princípio ativo que apenas seriam encontrados na planta.

A cura está na natureza. Quem segue esse lema de vida, sempre opta pela fitoterapia. Tanto em
relação aos alimentos da terra, quanto às plantas medicinais, a prática, cada vez mais é
reconhecida pela ciência como uma ação fundamental para o nosso bem-estar e qualidade de
vida.

A fitoterapia consiste na utilização de plantas medicinais ou bioativas, in natura ou secas,


orgânicas ou biodinâmicas, em diferentes formas para obter um medicamento. Os vegetais
fitoterapeuticos passam por um processo de industrialização e precisam ter sua ação comprovada
através de estudos farmacológicos e toxicológicos e devem, assim como qualquer outro tipo de
medicamento, ser recomendado por médicos.

Plantas medicinais como calêndula, aloe vera, camomila e passiflora fazem parte da lista do
manual e possuem informações sobre identificação, nomenclatura popular e científica, parte
utilizada, indicações terapêuticas, contraindicações, precauções de uso, efeitos adversos,
interações medicamentosas, formas farmacêuticas, vias de administração, posologia, tempo de
utilização, superdosagem, prescrição, principais classes químicas, segurança, eficácia e
referências. Contudo, o consumo através de infusões, chás ou sucos, não podem ser
considerados tratamentos fitoterápicos, por exemplo, já que muitas pessoas utilizam ervas e
plantas para a cura ou alívio de alguns sintomas

Como as plantas variam muito de acordo com a região do planeta, devido ao clima local e
condições de plantio, em cada parte do mundo existem plantas mais ou menos conhecidas na
cultura popular que ajudam no tratamento de diversas enfermidades. O que está diferente agora é
que a ciência estuda essas plantas para a fabricação dos remédios fitoterápicos.

Isso devido ao maior controle na fabricação e a regularização pela ANVISA e o Ministério da


Saúde.

Na primeira forma da fitoterapia, que é o uso da planta sem ser transformada em remédio ainda,
é algo que tem o seu risco, como, por exemplo, ingerir alguma substância de uma planta que
pode dar o efeito contrário do que você precisa para se tratar.

17
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

A fitoterapia é um método de cura milenar

Consiste em tratar-se através do reino vegetal.

O conhecimento das ervas, das propriedades de cada planta e de seus usos era principalmente
das mulheres, visto que eram elas que cuidavam da terra e por isso passavam a maior parte do
tempo em contato com as plantas, raízes, flores e frutos.

Com o avanço da evolução da espécie humana, fomos perdendo esse contato direto com a
natureza e muitos desses saberes ancestrais foram se perdendo a ponto de hoje vivermos em
uma sociedade que entrega a responsabilidade da cura para alopatia (a forma convencional de
remédios que encontramos nas farmácias).

Somos capazes de reconhecer e citar o nome de muitas empresas e marcas apenas ao


visualizarmos suas logomarcas, porém a maioria de nós não é capaz de reconhecer e nomear a
foto de 10 ervas tradicionais da medicina natural / fitoterapia.

As plantas possuem diversas propriedades, destaco aqui duas das principais atuações:

A fitoterapia atua sobre o corpo físico, normalizando seu funcionamento, otimizando suas
funções,auxiliando na cura de sintomas e doenças com manifestações físicas

A fitoterapia atua sobre o emocional, normalmente ajustando o humor, removendo os excessos


tanto de ansiedade quanto de apatia, melhorando os níveis de marcadores de humor como
serotonina – o ‗hormônio da felicidade‘.

Cada planta, ou cada parte da planta possui benefícios, indicações e contraindicações para
diversas condições físicas ou emocionais, por isso é de bom gosto pesquisar sobre cada planta
antes de utilizá-la de forma terapêutica.

Obs.: As formas mais utilizadas de fitoterapia caseira são: Chás, Temperos, Sucos, Saladas e
Xaropes… Mas existem muitas outras formas de utilização de fitoterápicos.

18
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

A forma mais comum de consumir as ervas é em forma de chá, para utilizar folhas e flores basta
ferver água, desligar o fogo e adicionar ervas ou flores já lavadas e abafá-las tampando a panela
por 15 minutos.Essa técnica chama-se infusão, como na infusão utilizamos partes verdes e
delicadas das plantas não devemos ferver essas partes junto com a água para não perdermos as
propriedades medicinais,

Quando o chá é feito com sementes, caule ou raízes podemos ferver por 15 minutos esses
componentes da planta pois são mais resistentes para soltar suas propriedades, este outro
método chama-se decocto.

Geralmente a regra para os chás é utilizar 200g da planta para cada litro de água potável, mas é
possível alterar essas medidas deixando o chá mais ou menos concentrado.

Se o chá está sendo utilizado para problemas gastro-intestinais tome-o sem adoçar, mas se o
propósito for outro você pode até adoçá-lo, mas prefira formas menos refinadas de adoçantes
como demerara, açúcar mascavo ou melado que também enriquecerão o chá com outros
nutrientes.

O ideal é que o chá seja completamente consumido em 24h, como a recomendação terapêutica
para adultos é de 3 xícaras aos longo do dia não faça uma quantidade muito grande de chá.

Para ansiedade:

 Erva Cidreira
 Capim Limão
 Flor do Maracujá
 Erva Doce
 Camomila

A Organização Mundial da Saúde relacionou, por sua vez, mais de 22.000 plantas medicinais.
São plantas, mas também cogumelos e árvores… São procedimentos empíricos, seguidos de
pesquisas, que provaram seus efeitos. A utilização destas plantas é, portanto, regulamentada.

Existem diferentes maneiras de administrar as plantas. Entre elas, as mais comuns são:

 a infusão, na qual as plantas são trituradas e depois cobertas com água fervente. Em
seguida, a mistura é deixada repousando entre 10 e 15 minutos, podendo ser tomada
depois. Na infusão, alguns princípios ativos são dissolvidos;
 a decocção, em que se fervem as plantas trituradas em água. Em seguida, se deixa esfriar
até que a mistura possa ser bebida. Filtra-se e se ingere. Também nesse caso, alguns
princípios ativos podem ser alterados;
 a maceração: se deixa macerar as plantas em água morna durante um tempo que pode
ser algumas horas ou várias semanas. Esta técnica não permite a extração integral do
princípio ativo.
19
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Obs.: Também é possível recorrer aos benefícios das plantas graças aos óleos essenciais.

Alguns exemplos de plantas:

 o ginseng: estresse, fadiga de modo geral, impotência…


 a lavanda: nervosismo, insônia, ansiedade, lesões cutâneas, cuidados com os cabelos e
com a boca...
 o espinheiro: angina, espasmos, nervosismo, diarreia, dores de garganta…
 o gengibre: náuseas, enjoos...
 o amor-perfeito: indigestão, reumatismos, acne, eczema…

Fitoterapia é a prevenção e o tratamento de doenças mediante o uso de plantas (Ferreira,


1999). Phyton, em grego, quer dizer ―planta‖ e therapeia vem do verbo therapeuo, que significa
―tratar, cuidar‖. Segundo a Portaria 971, de 03/05/2006, do Ministério da Saúde, a fitoterapia é
uma terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas
farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal. A
fitoterapia constitui uma forma de terapia medicinal que vem crescendo notadamente neste
começo do século XXI.(Panizza 2010)

Fitoterápico, de acordo com a legislação sanitária brasileira, é produto obtido de matéria-prima


ativa vegetal, exceto substâncias isoladas, com finalidade profilática, curativa ou paliativa,
incluindo medicamento fitoterápico e produto tradicional fitoterápico, podendo ser simples, quando
o ativo é proveniente de uma única espécie vegetal medicinal, ou composto, quando o ativo é
proveniente de mais de uma espécie vegetal. (Resolução nº 93 da ANVISA, de 12 de julho de
2016 - Altera a RDC nº 26, de 13 de maio de 2014). Dispõe sobre o registro de medicamentos
fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos.).

A pesquisa e o desenvolvimento de fitoterápicos por todo o mundo têm por finalidade atender as
necessidades das empresas na busca de inovações levando em conta as seguintes informações:
produtos modernos, renovação pela necessidade de novos lançamentos, busca de novos
desenvolvimentos que atendam os requisitos legais (controle de qualidade, segurança e eficácia)
e aperfeiçoamento de produtos já existentes. O estudo de campo e os dados dos laboratórios
hoje permitem desenvolver terapias alternativas com bases científicas e etnofarmacológicas,
validando o conhecimento popular relacionado a sistemas tradicionais de medicina.

Para o monitoramento e a avaliação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos,


foi criado e aprovado pela Portaria Interministerial nº 2.960, de 9 de dezembro de 2008, o Comitê
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que iniciou seus trabalhos no dia 29 de setembro
de 2009.

20
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

A MASSAGEM

Quiropraxia ou quiroprática é uma forma de medicina alternativa para o diagnóstico e tratamento


de condições do sistema músculo-esquelético, principalmente da coluna vertebral. Os
proponentes alegam que essas condições afetam o estado geral de saúde através do sistema
nervoso. Estas alegações não são apoiadas por qualquer evidência científica. As técnicas de
tratamento mais comuns consistem em terapias manuais, principalmente em manipulação
vertebral, manipulação de outras articulações e manipulação de tecidos moles. Os fundamentos
desta prática contradizem os fundamentos da própria medicina e têm por base
conceitos pseudocientíficos como a "subluxação vertebral" e a "inteligência inata".

A atuação do quiropraxista está no sistema neuro-músculo-esquelético. Os principais


acometimentos tratados pela Quiropraxia são:

Dores na coluna lombar

Hérnia de disco e dor ciática

Dores no pescoço

Dores e tensão muscular

Problemas nas articulações do ombro, cotovelo, punho, joelho, tornozelo

Restrições a movimentações

DORT/LER

Lombalgia

Um estudo conduzido pelo médico T.W. Meade, publicado no British Medical Journal, concluiu,
após dois anos de acompanhamento dos pacientes, que "para pacientes com dor na coluna
lombar, para os quais não haja contra-indicação quanto à manipulação articular, a Quiropraxia
praticamente garante benefícios compensadores e de longa duração, em comparação aos
tratamentos hospitalares ambulatoriais oferecidos a pacientes".

A massoterapia é um instrumento particular na área da saúde que utiliza métodos de


tratamentos ocidentais e orientais (arte das manipulações dos tecidos moles frequentementes
encurtados e com disfunções), sendo, também, auxiliar nos tratamentos de fisioterapia. Existem,
no mundo, centenas de técnicas de massagem. Via de regra, são metodologias regionalizadas e
inerentes a um povo, um país, ou uma região geográfica. As técnicas de massagem dividem-se
basicamente em duas grandes categorias: energéticas e fisiológicas. As primeiras buscam a
reorientação da energia vital (chi, ki, prana), e as segundas buscam a desintoxicação do
organismo através da eliminação do ácido lático das fibras musculares, além de auxiliar o retorno
do sistema venoso.

21
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Depois, começaram a bifurcar-se em centenas de correntes e estilos diferentes, fundindo-se e


separando-se em outros tantos estilos. Hoje em dia, existem massagens aplicadas para
praticamente todos os fins. Desde massagens para bebêse idosos, massagens estéticas, e até
sensuais, que envolvem massagem tântrica que esta no topo como especialidades da maioria
das profissionais. A semelhança entre elas são as manobras realizadas no órgão genital (lingam
e yoni) oriunda da Massagem Tântrica. Temos também de rejuvenescimento localizado. As
massagens, hoje em dia, estão cada vez mais enraizadas nas culturas, chegando até mesmo
às empresas. Cada vez mais, grandes organizações incorporam, nos seus pacotes de incentivos,
massagens inclusive no próprio local de trabalho.

Ayurveda é o conhecimento médico desenvolvido na Índia, há cerca de 7 mil anos, o que faz dela
um dos mais antigos sistemas medicinais da humanidade. Ayurveda significa,
em sânscrito, ciência (veda) da vida (ayur). Continua a ser a medicina oficial na Índia e tem-se
difundido por todo o mundo como uma técnica eficaz de medicina tradicional. No Brasil é
praticada principalmente por psicólogos e fisioterapeutas, mas pode ser executada por qualquer
profissional da saúde, desde que o mesmo faça um curso de especialização na área desejada e
está sendo inserida no sistema público de saúde.

Para o indivíduo ter o corpo saudável é necessário manter seus tecidos saudáveis e isso é
possível por meio da alimentação, que deve ser feita de acordo com o estado atual do paciente,
ou seja, de acordo com seu dosha predominante e com os desequilíbrios que ele possa
apresentar. Os tecidos que formam o corpo humano são formados a partir dos 5 elementos, que
consumimos em forma de alimento. Para o Ayurveda, a saúde de uma pessoa é medida pela
força de seu agni (fogo digestivo). Um "bom agni" é capaz de extrair dos alimentos ingeridos os
nutrientes necessários para formar tecidos fortes; por outro lado, quando o agni está diminuído ou
é irregular (menor capacidade digestiva) a nutrição dos tecidos fica mais pobre, comprometendo a
saúde e a integridade estrutural do organismo. Costuma-se ouvir muito que "você é o que você
come", mas podemos concluir, com o exposto, que a medicina indiana vai além: "você é o que
você consegue digerir".

Além de se utilizar de alimentação adequada, fitoterapia, yoga e outras técnicas, a massagem é


uma das principais técnicas utilizada pelos médicos e terapeutas ayurvédicos, por ser de baixo
custo e fácil aplicação. Surgida na cultura dos Vedas(antiga etnia indiana), não é apenas uma das
mais antigas e sim uma das mais completas técnicas naturais para restabelecer o equilíbrio físico
e psíquico. Trata-se de uma massagem profundamente relaxante, atuando no campo físico e
energético, tendo a função de purificação e manutenção da saúde corporal. Tem como objetivo
restaurar o bem-estar físico, mental, energético e emocional.

A massagem ayurvédica age nos sistemas: linfático (desintoxicando o


organismo), circulatório (aumentando a produção de glóbulos brancos e a nutrição e oxigenação
celular) e energético (reequilibrando o chakra e atuando nos sete corpos - desfazendo bloqueios
emocionais). Dessa forma contribuindo na cura das principais doenças.

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

É importante ressaltar que, para uma massagem ser ayurvédica, deve levar em consideração
os doshas do paciente, seus desequilíbrios e suas características. É uma prática individualizada,
específica para cada tipo de pessoa. Não existe apenas uma técnica de massagem na Ayurveda,
mas sim diversas delas, que são feitas com óleos essenciais medicados, de acordo com
o dosha do indivíduo.

Alegadamente fortalece o sistema imunológico aumentando a quantidade de glóbulos brancos e


desintoxica o organismo, mas não existem evidências.

É indicada como um dos tratamentos para quase todas as doenças, principalmente: dependência
química, alergias, estresse, estafa, fadiga, depressão, fibromialgia, bloqueios emocionais,
problemas musculares e de coluna, lembrando que na Ayurveda não se trata a enfermidade, mas
sim o indivíduo. Deve ser ministrada com cuidado em gestantes.

Reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) a massagem ayurvédica é utilizada por
quase toda população da Índia e está sendo amplamente divulgada no mundo.

Benefícios proporcionados pelo tratamento com a massagem ayurvédica: Rejuvenescimento


(melhora na pele), realinhamento das estruturas óssea e muscular, aumento da autoconsciência,
fortalecimento do sistema imunológico, aceleração da circulação linfática e consequente
desintoxicação do organismo; eliminação de bloqueios, prevenção de doenças, aumento de
flexibilidade, reequilíbrio dos chakras, atuação nos sete corpos sutis, maior mobilidade das
articulações e possibilita uma vida mais harmoniosa e feliz.

A massagem sueca é um estilo de massagem desenvolvido na Suécia por Pehr Henrik Ling,
no século XIX.

Ling era ginasta e esgrimista. Pesquisou estilos de massagens antigas, como a dos romanos e
dos chineses e estudou a relação tipo de manobra versus velocidade e intensidade da mesma e
qual o efeito no organismo humano. A massagem no Ocidente, muito popular na Grécia e
na Roma antiga, foi praticamente banida na idade média, devido a dogmas religiosos, que viam
toda forma de atividade corporal, como algo pecaminoso. Esse fato não ocorreu no Oriente, por
isso na época de Per Henrik Ling, os chineses ainda preservavam suas técnicas avançadas de
terapias corporais, como o Anmá e o Tuiná.

O principal benefício fisiológico da massagem sueca é a expulsão do ácido lático das fibras
musculares. Muito útil para atletas e pessoas com dores musculares decorrentes de tensão.

Seu estilo ficou conhecido em toda a Europa e estudantes de vários países aprenderam sua
técnica e a disseminaram no Ocidente.

No Brasil, a massagem sueca também ficou conhecida como "massagem clássica".

As manobras baseiam-se em movimentos de deslizamento, amassamento, rolamento,


tapotamento, fricção e alongamento. Todas as manobras seguem um sentido específico
(geralmente em direção ao coração, facilitando o retorno do sistema venoso. E sua pressão pode
23
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

variar de Leve a moderada, e em alguns casos profunda ou muito profunda, de acordo com o
objetivo a ser alcançado.

Thai massagem, massagem tailandesa ou Nuad Phaen Boran é


uma terapiacurativa tailandesa que utiliza a massagem como forma de equilíbrio corporal, onde o
terapeuta usa seus pés, joelhos, polegares, palmas e cotovelos, além
de pressão, compressão e alongamento, no corpo do paciente.

A técnica tem objetivo mais energético que físico. Utilizando manobras corporais que envolvem
torções, compressões e alongamentos profundos, consegue-se liberar pontos onde a energia
vital está com o trânsito bloqueado. Proporciona, também, um aumento da flexibilidade
dos músculos e articulações.

Do francês massage, massagem é a atividade que consiste em friccionar, pressionar ou palpar


com um certo ritmo e a uma determinada intensidade diversas partes do corpo com fins
terapêuticos, estéticos ou desportivos.

A massagem pode ser considerada como uma técnica, uma arte ou mesmo uma ciência, uma vez
que implica questões biológicas, médicas, psicológicas e de outras áreas. Considera-se que as
massagens podem ajudar a relaxar os músculos, a aliviar as dores e a promover o sono.

As massagens podem satisfazer múltiplas funções. Há massagens terapêuticas (que melhoram a


circulação, contribuem a recuperar a mobilidade e reduzem as indisposições), massagens
fisiológicas (aliviam o cansaço), massagens desportivas (preparam o desportista para a
competição), massagens relaxantes (proporcionam conforto e aliviam a tensão), massagens
preventivas (relaxam uma zona tensa que pode resultar numa lesão), etc.

Objetivos terapêuticos podem variar consideravelmente entre massoterapeutas e clientes. Em


alguns casos, a massagem é recomendado por um profissional de saúde e pode ser realizado
como parte de um plano de tratamento maior. Por exemplo, alguém em fisioterapia para uma
lesão pode ter uma massagem terapêutica normal para soltar os músculos, melhorar o tônus
muscular e aumentar a flexibilidade. Da mesma forma, a massagem terapêutica pode ser usada
para completar o tratamento de feridas, tratamento de cancro, e uma variedade de outros
tratamentos.

A Massagem Relaxante é executada aplicando movimentos firmes e suaves sobre o corpo,


proporcionando relaxamento muscular, melhoria da circulação sanguínea, alívio de tensões no
pescoço e ombros entre outros benefícios. Existem diversas técnicas de massagem para
praticamente todos os fins: correção postural, relaxamento, pós cirúrgica entre outras. Com a
Massagem Relaxante, os músculos tensos e doloridos relaxam. É uma ótima indicação para
pessoas com fibromalgia. A massagem relaxante é uma técnica com toques mais leves para
estimular a produção de hormônios responsáveis pelo relaxamento.

24
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

FLORAIS DE BACH

Essência floral, elixir floral ou florais de Bach são soluções de brandy ou álcool e água
contendo diluições extremas de flores ou outras partes de plantas criados por Edward Bach,
um homeopata inglês, na década de 1930.

Os preparados normalmente se administram por via oral e não apresentam toxicidade para as
doses habituais. Revisões sistemáticas de ensaios clínicos de soluções florais de Bach não
encontraram eficácia além do efeito placebo.

As soluções das essências florais, chamadas de essência mãe, contém uma mistura de
aproximadamente 50:50 de água e brandy. Frascos de estoque, que são os produtos vendidos
em lojas, são diluições da essência mãe em outro líquido, normalmente em uma parte da
essência mãe para algumas centenas de partes de brandy, resultando em uma graduação
alcoólica entre 25 e 40%, embora existam preparações sem álcool. Estas soluções não
apresentam nada do aroma ou sabor característicos da planta utilizada devido à forma como
estes produtos são preparados. O processo de extração do princípio ativo resulta em água com
algumas impurezas, e o processo de diluição praticado, semelhante ao da homeopatia, resulta
em uma probabilidade estatística de que reste, em média, menos de uma molécula do princípio
ativoem uma dose do produto. Proponentes desta forma de terapia afirmam que os remédios
contém algo de natureza energética ou vibracional da flor e que isto promove resultados
curativos, e florais são comumente chamados de essências vibracionais, o que indica que se
baseiam no conceito pseudocientífico de memória da água.

As essências florais não são reconhecidas pela comunidade médica internacional como uma
forma de tratamento médico, e nem os cursos de medicina ministram esta matéria. A
preponderância da evidência científica sugere que estes produtos não possuem eficácia além do
efeito placebo.

Em uma revisão da base de dados de ensaios randomizados, Edzard Ernstconcluiu que:

A hipótese de que essências florais estão associadas com efeitos além do placebo não se
suporta pelos dados de ensaios clínicos rigorosos.

Bach acreditava que as doenças eram causadas pro um conflito entre os propósitos da alma e as
ações e atitudes da personalidade. Esta guerra interior, conforme acreditava Bach, leva a
humores negativos e a "bloqueios energéticos", supostamente levando à falta de "harmonia", e
25
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

que a cura seria atingida ao se atingir esta harmonia entre alma e mente, o que erradicaria a
própria causa básica das doenças.

As soluções foram desenvolvidas por Bach de forma intuitiva e com base na sua crença de
possuir conexões psíquicas com as plantas, em vez de através de pesquisas baseadas
em metodologias confiáveis . Se Bach sentisse uma emoção negativa, ele poria sua mão acima
de diferentes plantas, e quando achava que uma delas causava algum tipo de alívio, ele atribuía o
poder de curar aquele problema emocional àquela planta. Bach imaginou que a luz do sol matinal
passando através de gotas de orvalho sobre as pétalas das flores transferia o poder durativo das
flores para a água. então ele passou a coletar as gotas de orvalho das plantas e a preservá-lo
com uma parte igual de brandy para produzir a essência mãe, que seria diluída antes do
uso. Posteriormente, ao perceber que a quantidade de orvalho coletada era insuficiente, ele
passou a suspender as flores em água de nascente e deixá-las expostas ao sol. Quando isto não
era possível, por falta de luz solar ou outros motivos, ele escreveu que as flores podiam ser
fervidas.

Bach ficou satisfeito com este método, por causa da sua simplicidade, e porque envolvia um
processo que combinava os quatro elementos:

A terra para nutrir a planta, o ar do qual esta se alimenta, o sol ou fogo para transferir seu poder,
e a água para coletar e se enriquecer com seu poder curativo magnético.

Existem 38 remédios no sistema floral de Bach. Todos


foram descobertos entre os anos 20 e 30 do século
passado pelo Dr. Edward Bach, famoso medico,
bacteriologista e patologista.

Cada um de seus remédios está associado a uma


emoção humana básica. Mimulus, por exemplo,
representa o tipo de emoção sentida quando estamos
Imagem: nito500 (br.123rf.com) ansiosos ou com medo de algo em particular. Tomar
esse remédio nos ajudará a ultrapassar nosso medo e
a encontrar a coragem necessária para enfrentar esse
medo específico.

Obs.: Dr. Bach concebeu o sistema floral com o objetivo de ser, acima de tudo, simples.

26
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Como consumir o floral: Na maioria das vezes, o floral é consumido com a ajuda de um conta-
gotas - basta pingar cerca de três gotinhas embaixo da língua. Mas tudo depende da
recomendação do terapeuta (que pode receitar uma quantidade maior de gotas e em diferentes
momentos do dia). Além disso, também é possível espirrar o floral na boca com um borrifador.
Basta seguir as recomendações do profissional.

O que muita gente desconhece é que existem muitas flores que podem ser usadas na
terapia. Cada plantinha tem propriedades que ajudam determinado aspecto do nosso emocional,
sabia? A flor de mostarda, por exemplo, é conhecida por auxiliar no tratamento da depressão,
pois garante mais serenidade. A essência de oliva, por sua vez, ajuda a aliviar o esgotamento
mental, sendo indicada para pessoas com rotinas muito atarefadas.

Os florais de Bach são essências extraídas das flores com poder de transformar emoções e
pensamentos negativos. Esse tipo de tratamento se chama Lei dos Opostos, ou seja, pra cada
emoção ou estado mental negativo, como tristeza, insegurança, estresse ou depressão, existe
uma essência que traz as virtudes opostas, como alegria de viver, coragem, segurança e
tranqüilidade.

Cada frasquinho de floral é preparado, em geral, com 7 ml de brandy (conhaque de boa


qualidade, que ajuda a conservar a essência floral) e 23 ml de água mineral sem gás. Podem ser
usadas, no máximo, sete essências em cada frasco. Depois de pronto, o floral é guardado em
vidros de cor âmbar (também para garantir uma melhor conservação). Se o paciente por acaso
não puder tomar álcool nem em dose baixíssima, a fórmula também pode ser feita com vinagre
de maçã ou glicerina vegetal.

Os florais de Bach foram criados na década de 1930 pelo médico inglês Edward Bach. Ele
percebeu que, mais importante do que tratar os sintomas apresentados pelos pacientes, era
investigar as causas emocionais que os geravam e tratá-las. Bach costumava dizer: ―Não existem
doenças, existem pessoas doentes. Tratem os doentes e não as doenças‖. Os florais não são
remédios e não apresentam efeitos colaterais. Também não estão ligados a crenças ou religiões.
Depois de Bach, pessoas de vários locais começaram a pesquisar as flores de seus países e
deram origem a outros sistemas. ―A exemplo dos florais californianos, do Alasca, dos australianos
e dos florais de Minas, entre muitos outros, como os de Saint Germain.

"A saúde é uma herança nossa, nosso direito. É a completa e total união entre alma, mente e
corpo e isso não é um ideal longínquo e difícil de alcançar, mas tão simples e natural que muitos
de nós o negligenciamos".

Dr. Edward Bach (1886 - 1936)

27
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

BAMBUTERAPIA

A bambuterapia é uma técnica de origem francesa que mistura os dois benefícios: estético e de
bem-estar. Consiste na utilização de bambus de diferentes tamanhos. Vem tornando-se uma
grande aliada das mulheres, principalmente, pois além de relaxar, a massagem promete reduzir
medidas e remodelar o corpo.

Para o lado estético, afirma-se que a bambuterapia é mais eficiente que a drenagem linfática, pois
os pedaços de bambu na massagem elimina ainda mais o tecido adiposo.

Para uma sessão ser eficiente com os benefícios pretendidos, deve durar pelo menos quarenta
minutos. O paciente deve ficar com roupa de banho.

O procedimento é simples: com o uso de bambus, o profissional aplica a técnica estudada e


massageia o corpo do paciente. São utilizados diferentes tamanhos de bambus, para otimizar os
resultados.

É importante saber que a bambuterapia não possui efeitos colaterais e, portanto, pode ser feita
em pessoas de todos os sexos e idades. No entanto, em razão de suas características
modeladoras, a massagem é contra-indicada para pacientes com câncer, diabetes, febre e
trombose, dentre outros.

Importante:

É bastante indicada para tratamento de celulite, gorduras localizadas e flacidez da pele.

A bambuterapia é uma técnica francesa criada por Gill Amsallem, um famoso terapeuta com mais
de 30 anos de experiência. Apesar da técnica ter origem na França, na cultura Chinesa o bambu
representa força, leveza, flexibilidade e beleza – e estas são algumas características que podem
descrever a técnica de massagem bambuterapia e porque ela estar ficando tão popular entre as
mulheres brasileiras.

Utilizando de princípios muito parecidos com os do Shiatsu – que são pontos estratégicos do
corpo para melhores resultados, a massagem com bambus garante benefícios a curto e médio
prazo para o paciente, mas é necessário seguir a risca o pacote exibido pelo profissional.

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

A bambuterapia é uma técnica de massagem com o uso de hastes de bambu de diversos


tamanhos – desde pequenas para rosto até grandes para toda a região das costas. Criada pelo
francês Gill Amsallem, já tem fãs por todo o mundo.

A bambuterapia é utilizada como terapia auxiliar para tratamentos diversos, mas seu principal uso
no Brasil tem sido para eliminar gorduras e auxiliar em tratamentos estéticos. Há quem diga que
esta técnica é melhor que a famosa drenagem linfática para eliminar gordura, mas somente cada
pessoa pode dizer qual funciona melhor em seu organismo.

Traz benefícios como:

 Eliminação de gorduras localizadas


 Redução de celulites
 Combate a flacidez
 Tonificação de tecidos
 Redução de medidas corporais
 Intenso relaxamento
 Alívio de tensões musculares
 Ativação da circulação

1 - Ela alivia as dores. Ao pressionar determinados pontos, o corpo libera endorfina e serotonina
— neurotransmissores relacionados ao prazer e ao bem-estar. Os movimentos profundos nas
costas e no trapézio são os mais indicados.

2 - O relaxamento é instantâneo. A massagem manual com os bambus proporciona sensações


profundas e o estresse vai embora.

3 - Os movimentos de drenagem linfática pressionam áreas específicas que aceleram


o metabolismo do organismo e a circulação sanguínea. As impurezas do corpo serão eliminadas
por fezes, urina e suor.

4 - Você vai ficar com cintura fininha. Escolha a região em que gostaria de destacar os contornos
do seu corpo e o terapeuta deslizará o bambu com movimentos profundos.

5 - Dá aquele up no rosto pelas técnicas de lifting facial, que consistem na estimulação da pele
seguida de máscara.

A Massagem BambuTerapia Corporal é uma técnica de massagem feita com pequenas hastes de
bambus de diferentes tamanhos que agem como um prolongamento dos dedos e seu grande
diferencial é a intensidade na eliminação das gorduras corporais.

Os bambus são parecidos com rolos ou varetas que se adaptam aos contornos corporais e
podem ser aplicados em todo o corpo.
29
INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Os tamanhos dos bambus usados variam para cada parte do corpo, com o uso das pontas do
bambu, a esteticista consegue realizar estímulos nos pontos energéticos e nas zonas reflexas dos
pés, mãos e rosto.

A Massagem BambuTerapia Corporal tem a finalidade massageadora, que leva a


cliente ao relaxamento, alívio de tensões, tonificação muscular e ativação da circulação
sanguínea.

A Massagem BambuTerapia Corporal é indicada para:

Eliminar toxinas

Reduzir a celulite

Combater à gordura localizada

Combater à flacidez

Reduzir medidas

A Massagem BambuTerapia Corporal é contraindicada para pessoas com:

Trombose

Diabetes

Câncer

Febre

Processos Infecciosos

O bambu representa para os chineses força, beleza, leveza e flexibilidade, mas também pode
significar uma silhueta modelada. A Bambuterapia é uma técnica de massagem feita com bambu,
originária da França, lançada há pouco tempo no país, mas que já caiu no gosto das brasileiras.

A Bambuterapia ou Bamboo Massage, como também é conhecida, estimula as glândulas, agindo


como uma drenagem e reduzindo a gordura localizada, auxilia na diminuição da celulite e ainda
promove um intenso relaxamento.

A massagem é realizada com bambus de diferentes tamanhos e espessuras e se baseia nos


princípios do shiatsu (pontos de acupuntura), medicina ayurvédica, isometria e drenagem linfática
e pode ser feita em todo o corpo, inclusive face e cabeça. Também pode ser usada na redução
de marcas de expressão já que atua na renovação das células, combatendo o envelhecimento.

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

SHIATSU

Shiatsu (transliteração do kanji japonês 指圧) é um método terapêutico originado no Japão entre o
final do século XIX e início do século XX, tendo-se criado desde o princípio diferentes técnicas,
ramos e estilos, que seguiram modificando-se quando o shiatsu encontrou-se com
outras culturas de cura por todo o mundo. A despeito das muitas diferenças entre suas várias
escolas, o shiatsu mantém sua característica básica, que é ser uma terapia corporal que utiliza
pressões com os dedos ao longo do corpo (em japonês, o vocábulo vem de shi, "dedos" + atsu,
"pressão"). O shiatsu é praticado de forma profissional, mas também em ambiente familiar
(amador).

O shiatsu iniciou no Japão por múltiplas origens, o que provoca até hoje controvérsias entre seus
estudiosos. Este país viveu uma cultura praticamente isolada do resto do mundo até fins do
século XIX, quando abriu suas portas ao exterior. Durante esse tempo, desenvolveu tratamentos
e técnicas de saúde próprios, tanto no meio formal (aristocracia japonesa) como informal (massa
camponesa). Possuem forte peso, em tais práticas, as tradições filosóficas, marciais e religiosas
praticadas na época. De entre os métodos de tratamento amplamente utilizados para uma série
de mazelas, a massagem anma era a mais conhecida, e incluía técnicas de pressão com os
dedos com uma rica conjunção de manobras. Por diversas circunstâncias a pressão com os
dedos destacou-se das demais práticas, e deu origem ao shiatsu.

Formalmente, o primeiro texto escrito utilizando a palavra é da autoria de Tamai Tempeki (cujo
nome também é escrito em transliteração à grafia japonesa kanji como Tempaku), que
em 1915 escreveu o "Shiatsu Ho". Não se pode, contudo, dizer que o shiatsu já fosse praticado.
Tempeki fora ainda professor de Tokujiro Namikoshi, mestre japonês que é tido por muitos como
o "pai" do shiatsu moderno. De fato, o shiatsu foi reconhecido oficialmente e definitivamente pelo
governo japonês através da escola e métodos de Namikoshi, em meados do século XX.

Após a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial, houve uma massa migratória de japoneses
para diversos países. Assim, em diferentes países, japoneses fundaram suas escolas, de estilos
e tradições diferentes, propagando o shiatsu e suas variações por todo o mundo. Nos anos 1970,
começaram a abrir novas escolas, e novos métodos passaram a ser conhecidos. Na década
seguinte, toma notoriedade o trabalho conhecido como "Zen Shiatsu" de Shizuto
Masunaga e Wataru Ohashi. A partir dos anos 1970, começa-se a observar a incorporação de
novos conhecimentos e técnicas ao shiatsu, inclusive pelos novos professores ocidentais.
Nos anos 1980, surgem as grandes escolas de origem mista, como o Ohashiatsu nos Estados
Unidos e Palombini Shiatsu na Itália. Os anos 1990 consolidam o shiatsu moderno e dá início a
um processo de intercâmbio entre as diferentes escolas de shiatsu. Organizações
de shiatsu surgem. Os anos 2000 fazem surgir as primeiras federações, associações e
organizações internacionais. Em 2009, acontece o primeiro congresso, reunindo pessoas de
4 continentes na Espanha.

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

O shiatsu chega ao Brasil através dos grandes ciclos de imigração japonesa no Brasil, praticado
nas colônias e ensinado conforme as tradições familiares. Pode-se dizer que, até os anos 1960, é
praticado especialmente pelos Nikkeis no Brasil, em comunidades budistas e dojôs (academias)
de artes marciais. Nos anos 1980, se iniciou o processo de formalização do ensino,
reconhecimento oficial etc.

O Shiatsu no Brasil tem formação reconhecida por leis estaduais, é considerado profissão de
acordo com o Catálogo Brasileiro de Ocupações, e tem ampla aceitação social. A prática
profissional do Shiatsu é encontrada em todo o Brasil, e a prática amadora ou familiar
principalmente nos estados que receberam colônias japonesas. O Shiatsu encontrou, no Brasil,
liberdade para desenvolver-se, e grande aceitação social, e hoje possui uma diversificada oferta
de cursos, profissionais e centros dedicados ao assunto. Com o aumento da capacidade
econômica brasileira e as novas tecnologias de educação, o país iniciou recentemente seu
intercâmbio com os demais países e continentes. Seu desenvolvimento particular, ocorrido em
paralelo aos movimentos do Shiatsu na América do Norte e Europa, tem despertado o interesse
mundial.

O shiatsu tem aplicações variadas, sendo a principal a manutenção da saúde individual e coletiva.
Pode tratar desde problemas físicos (exemplos: problemas de rim, evacuação, queimação
de estômago, dores de coluna); problemas psicossomáticos (hipertensãonervosa, doenças de
fundo emocional ou psicológico e ainda autoimunes, insônia, depressão etc); emocionais (como
baixa autoestima, apatia, transtornos de apetite).

O princípio da "pressão com os dedos" é o principal norte da prática, que conta com muitas
variações. Diz-se que apenas o praticante avançado de shiatsu tem condições de, recebendo ou
assistindo uma prática corporal acontecer, definir que o que se está fazendo é shiatsu ou não. De
qualquer modo, as duas principais linhas de pensamento no shiatsudivide a prática terapêutica
entre aquela que utiliza os conceitos das medicinas tradicionais do oriente (em especial da
chamada medicina tradicional chinesa) e a que se baseia no estudo da biologia humana por um
viés ocidental somada a memorização de uma extensa lista de pontos corporais dedicados a
tratar a pessoa submetida a técnica.

Cada meridiano está relacionado a certas características orgânicas, psicológicas, emocionais,


além de regiões diferentes da musculatura. Os doze meridianos básicos são:

Pulmões

Mestre do Coração/Pericárdio/Circulação-Sexo

Coração

Intestino Delgado

Triplo-Aquecedor

Intestino Grosso e fino


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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Baço-Pâncreas

Fígado

Rins

Bexiga

Vesícula Biliar

Estômago

O sistema auxiliar inclui:

Vaso-Concepção, na parte anterior do corpo.

Vaso-Governador, na parte posterior do corpo.

Shiatsu é uma palavra japonesa onde ―Shi‖ significa dedos e ―atsu‖ pressão, ou seja, o Shiatsu
significa pressão com os dedos. Porém, além dos dedos, o terapeuta utiliza os cotovelos, joelhos
e mãos para realizar a técnica.

Benefícios do shiatsu:

Assim como abordado no artigo ―Benefícios do Shiatsu‖ , O Shiatsu é capaz de promover grandes
benefícios para o nosso corpo dos quais podemos destacar:

 Alívio do estresse e tensões


 Alívio de dores de cabeça
 Alivia dores musculares
 Ativa a circulação sanguínea
 Ativa a circulação dos vasos linfáticos
 Promove a sensação de bem estar
 Previne doenças

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

MEDICINA ALTERNATIVA

A Medicina Alternativa cada dia mais vai explorando as qualidades curativas da flora. Suas ricas
propriedades são inesgotáveis. O que dizer da humanidade que mesmo palmilhando esta vasta
farmácia natural, chega às vezes ao impacto da doença e da fatalidade porque não soube
recorrer aos benéficos recursos naturais?

Sabe-se que o óleo vegetal quente, em ebulição, altera as características químicas e orgânicas
do alimento que é mergulhado nele. Na dieta moderna, a concentração calórica de alimentos
encharcados em óleo tiram o lugar das hortaliças, frutas e cereais in natura. Enquanto o óleo
borbulha na frigideira, ele sofre mudanças químicas que o transformam em bomba dietética.

Os triglicerídios, importantes constituintes de óleos e gorduras, acroleína destrói as fibras


elásticas, e irrita as mucosas gastrintestinal e nasal. Entre as maiores vítimas da acroleína, estão
as artérias. As fibras elásticas, que conferem firmeza, elasticidade e higidez à parede arterial, são
destruídas sistematicamente. O resultado é degeneração e envelhecimento precoce. Esta
questão deveria merecer toda a atenção das pessoas, pois as artérias são o conduto da vida.
Elas atuam como segundo coração, impulsionar o sangue por meio da elasticidade que as
caracteriza. Porém, a destruição das fibras elásticas diminui, pouco a pouco, esta capacidade.

As pessoas que apreciam a saúde, devem diariamente separar algum tempo para a prática de
exercícios físicos moderados ao ar livre. Purificado dessa forma, o sangue comunica vigor e
agilidade à musculatura, evitando enfermidades causadas pelos hábitos sedentários.

Os banhos de assento são tomados quentes ou frios, e são recomendados para combater os
males do baixo ventre. Atuam como laxante, descongestionam o intestino, favorecem a digestão,
combatem a prisão de ventre, regularizam a circulação do sangue, acalmam o sistema nervoso e
produzem sono calmo. Para preparar o banho, encha a banheira e sente-se nela, com água até a
altura dos rins. Permaneça imergido durante 20 minutos. Se estiver usando água fria, coloque os
pés numa pequena bacia contendo água quente, para mantê-los aquecidos. A medida que a água
for esfriando, coloque mais água quente. Para potencializar os efeitos curativos deste banho,
substitua a água comum por chás medicinais, que podem ser de cavalinho, palha de aveia, flores
de feno, samambaia do mato, alfafa, eucalipto etc.

O banho vital é considerado por muitos terapeutas como uma das mais eficazes aplicações
hidroterápicas. Ele atua mais especificamente no sistema circulatório, no sistema nervoso e nos
órgãos excretores e genitais. Além disso, regulariza a digestão, estimula os rins, o fígado,
combate a insônia e favorece a eliminação de toxinas pelo organismo. Para este banho, usa-se
uma bacia apropriada e um pedaço de pano dobrado, conforme a ilustração da página 20. Encha
a bacia com água e coloque dentro um banquinho, onde deverá sentar-se. Com movimentos

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

regulares, molhe o pano na água fria da bacia e suba massageando a genitália e a virilha, até à
altura do umbigo; desça a mão pelo outro lado, formando um triângulo.

Banho feito em banheiras, com água fria ou quente.

Frio: Deve ser rápido, com duração máxima de 2 minutos. E indicado para baixar febres, acalmar
o sistema nervoso e ativar a circulação.

Quente: Tem duração de 20 minutos e pode ser potencializado através de chás medicinais, tais
como cavalinho, palha de aveia, flores de feno, samambaia do mato, alfafa, eucalipto etc.
Coloque também um pouco de sal grosso na água. Depois do banho, tome uma rápida ducha de
água fria, para fechar os poros. Este banho é especialmente indicado para combater doenças
artríticas e reumáticas.

Os banhos de sauna são feitos em instalações apropriadas e têm as mesmas propriedades dos
banhos de vapor e inalação. A pessoa permanece no ambiente vaporizado durante 10 minutos,
em seguida sai e toma uma ducha rápida de água fria, voltando ao vapor.

Fricções

Consiste em massagens metódicas ao longo do corpo, com uma toalha de banho molhada em
água fria. Inicia-se a fricção no umbigo, descendo até o pé direito; de volta ao umbigo, desça ao
pé esquerdo. Dobre a toalha e massageie o tórax e a virilha; em seguida massageie o pescoço e
o braço direito e a lateral da perna direita, até o pé. De volta ao pescoço, repita o procedimento
no lado esquerdo do corpo. Em seguida, repita no lado direito das costas e no lado esquerdo;
depois passe por entre as pernas e finalmente estenda a toalha no chão e pise sobre ela. Na
passagem de um membro a outro, a toalha deve ser dobrada, para que esteja sempre resfriada.
Este procedimento deve ser feito próximo ao leito, para que o paciente possa deitar-se e
agasalhar-se logo após terminá-lo.

Há um consenso médico segundo o qual as doenças se desenvolvem somente em ambiente


ácido. A enfermidade não prospera em sangue alcalino. O consumo elevado de ovos, chocolate,
carnes vermelhas, carne suína, refrigerantes artificiais, bebidas alcoólicas, frituras, maionese,
catchup, açúcar, e outras substâncias da dieta moderna, comprovadamente eleva a acidez
sanguínea. Desta forma, o organismo fica vulnerável a diversas patologias, inclusive neoplasias,
ou seja, cânceres.

Raízes, talos e cascas demoram mais tempo para cozinhar que flores, folhas e ramos. Por essa
razão, devem ser cozidas separadamente. A medida do possível, deve-se evitar preparar o chá
em vasilhame de alumínio ou ferro. Durante o cozimento, os utensílios desprendem fragmentos
que se misturam ao chá, alterando-lhe a composição. Utensílios esmaltados, de louça ou de barro
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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

são os mais recomendáveis. Depois de pronto, o chá deve ser armazenado em utensílio de vidro,
de barro ou de louça.

Não se deve preparar chá em grande quantidade e armazená-lo para utilização durante vários
dias. Com o decorrer do tempo, pode haver fermentação. O ideal é preparar a porção necessária
para consumo no mesmo dia

A terapia natural não se propõe extirpar o mal. O que ela faz é suprir o organismo das
substâncias que este necessita para reagir aos agentes agressores e restabelecer a normalidade.
Em função disso, a duração dos tratamentos depende de muitas variáveis. Entre elas,
destacamos como fatores determinantes as características orgânicas do invidíduo, o estágio da
enfermidade, a disposição mental do enfermo, condições ambientais, e histórico clínico.

Leite de soja: Ponha 300 g de grãos de soja de molho durante a noite. De manhã, lave-os em
água corrente. Processe no liquidificador e depois coe a mistura em pano fino. Ponha a massa à
parte. Ao Iíquido, acrescente três medidas de água filtrada. Leve ao fogo e aguarde a fervura.
Tempere com açúcar, canela, cravo e uma pitada de sal. Tomar 200 ml de leite de soja
diariamente, de manhã em jejum.

Leite de amêndoa: Bater no liquidificador 50 g de amêndoas e 500 ml de água. Coar e adoçar


com mel de abelhas.

As principais causas são debilidades no sistema imunológico e alimentação inadequada. Evite


alimentos gordurosos (frituras, margarina, manteiga, queijos, ovos, chocolate), conservas e
enlatados. Suspenda o uso de carnes, principalmente as de origem suína.

Ausência do fluxo menstrual fora do período de gravidez. Pode ser causada por anemia, estresse,
emoções fortes ou permanência prolongada em locais frios e úmidos. Pode ocorrer também
durante a amamentação. Geralmente é acompanhada por alterações no sistema nervoso, febre e
dores na cabeça, nos lombos e na região uterina. Evite preocupações excessivas e vida
sedentária. O uso de bebidas alcoólicas e fumo agravam a doença. Evite alimentos gordurosos
(fritura, manteiga, margarina, queijo etc); substitua-os por alimentos naturais e depurativos do
sangue.

Inflamação das amígdalas, causada por acúmulo de impurezas no sangue, alimentação


inadequada (muito quente, muito gelada ou muito condimentada), bebidas alcoólicas
(principalmente cerveja gelada), choques térmicos e prisão de ventre. Seus principais sintomas
são: dificuldade para engolir, dor na garganta, dor de cabeça, falta de apetite, febre, mau hálito,
mal-estar e rouquidão. Evite a ingestão de alimentos gelados (sorvetes e refrigerantes),
gordurosos (frituras, queijo, manteiga, margarina etc.) e industrializados em geral.
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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Shiatsu: O Shiatsu significa pressão com os dedos, sendo uma técnica extremamente antiga de
massagem. Neste método, o massagista trabalha com a energia da pessoa, essa energia é
denominada como ‗‘Ki‘‘ e acredita-se que quando o Ki está em desequilibro leva a stress, dores,
tensão e entre outros males. Existem clínicas especializadas na aplicação do Shiatsu e
profissionais capacitados na área. Vale a pena experimentar e testar por si mesmo os resultados.

Homeopatia: A Homeopatia faz parte da medicina alternativa por desenvolver remédios extraídos
de plantas, minerais, vegetais e entre outros componentes com a finalidade de oferecer uma
prevenção e tratamento diferenciado para as doenças e pessoas sadias. A ideia da homeopatia é
de que existe um desequilibro no organismo das pessoas, esse desiquilíbrio pode ser restaurado
por meio de medicamentos naturais e manipulados que estimulam o organismo a combater as
doenças.

Fitoterapia: A fitoterapia consiste no uso exclusivo de plantas e das suas substâncias para o
desenvolvimento de remédios com a finalidade do tratamento e prevenção de doenças que
afetam o organismo do corpo humano. Diferente da homeopatia, não utiliza princípios ativos
isolados de componentes como minerais. É considerada também uma medicina alternativa e
pode ser utilizada na complementação de tratamentos realizados pela clássica medicina
ocidental.

Acupuntura: Também originada dos antigos chineses, a acupuntura é uma técnica milenar onde
se utiliza agulhas em determinas pontos do corpo humano para estimular as terminações
nervosas e enviar mensagens até o cérebro e agindo diretamente no corpo. Pode ser utilizada
para tratar doenças respiratórias, distúrbios de sono, problemas gastrointestinais e entre outros
males. Não é reconhecida como uma prática médica, mas sim como complementar a medicina
alternativa, existindo até pesquisas que comprovam a sua eficiência. Esta prática deve ser
realizada apenas por especialistas e profissionais qualificados.

Aromaterapia: A aromaterapia utiliza de fragrâncias e óleos para estimular o bem-estar e a


saúde do corpo humano. Por meio do olfato e de momentos diários de tratamento é capaz de
tratar disfunções orgânicas e doenças psicológicas. Também é uma técnica bastante antiga e é
muito utilizada para complementar a medicina tradicional. São extraídos óleos de plantas, raízes,
ervas, sementes, madeiras e outros elementos encontrados na natureza para realizar os
tratamentos.

Reflexologia: Esta técnica é utilizada pelos acupunturistas e fisioterapeutas. Consiste em


pressionar e utilizar de pressão para equilibrar as energias do corpo, seguindo o mesmo princípio
da acupuntura, estimular o corpo para combater doenças físicas e psicológicas por meio do
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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

controle do equilíbrio da energia. São realizadas pequenas massagens com a finalidade de curar
os pontos que estão em desequilíbrio.

Medicina tradicional chinesa: A medicina tradicional chinesa engloba várias práticas que são
classificadas como medicina alternativa. A acupuntura, massagem em pontos de pressão, queima
de moxa, restauração do fluxo de KI, tudo está dentro da medicina tradicional chinesa. É uma arte
antiga e bastante utilizada para complementar os tratamentos desenvolvidos pela medicina
ocidental.

A maioria dos métodos que estão classificados dentro da medicina alternativa não possuem uma
eficácia comprovada, a acupuntura é uma das práticas que mais possui estudos apresentando
provas da sua funcionalidade. A maioria destas aplicações são seguras e podem ser realizadas
sem maiores preocupações.

Medicina complementar e alternativa engloba uma série de diferentes terapias.

A medicina convencional (por vezes chamada de medicina ocidental) refere-se a tratamentos


orientados ou prescritos por um médico. A ―medicina convencional‖ é a forma mais utilizada de
tratamento médico no sistema de saúde dos países ocidentais. Em geral se baseia em evidências
conseguidas através de pesquisas científicas.

A medicina complementar é um tratamento ou terapia utilizados em combinação com a


medicina convencional. Por exemplo, massagem, imaginação guiada e acupuntura, além de
analgésicos e medicamentos para diminuir a dor.

A medicina alternativa é um tratamento apresentado no lugar de um convencional; por exemplo,


alguns adolescentes usam ervas em vez de medicação antidepressiva.

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Malva - Infusão cicatrizante. Eficiente em gargarejos para dor de garganta e bochechos contra
gengivite.

Receita: ferva uma xícara de água, desligue o fogo e acrescente uma colher de sopa da planta
fresca. A infusão deve descansar por dez minutos e ser usada ainda morna.

Capim-limão - Suco digestivo e calmante.

Receita: faça um litro de limonada (água, suco de dois limões e açúcar a gosto) e acrescente uma
xícara de chá de capim-limão. Bata bem e coe duas vezes para tirar o excesso de fibras
cortantes.

Guaco - Xarope expectorante e broncodilatador. Ótimo para controlar tosses.

Receita: derreta 200 g de açúcar com cravo, canela e um limão (cortado em quatro, com casca).
Acrescente 500 ml de água e sete folhas de guaco. Deixe apurar, apague o fogo e coloque uma
colher de sopa de camomila. Coe a mistura e tome uma colher duas vezes por dia.

Hortelã - Água refrescante para enjoos.

Receita: acrescente um maço de hortelã, rodelas de laranja e de limão-siciliano em um litro de


água.

Boldo - Água digestiva, indicada para problemas hepáticos. Também dá realce à pele, se
consumida por uma semana.

Receita: para ½ copo de água gelada, coloque uma folha grande de boldo. Deixe descansar por
dez minutos antes de ingeri-la.

Melissa - Infusão calmante.

Receita: ferva um litro de água, desligue o fogo e acrescente duas partes de capim-limão, uma
parte de melissa e ½ parte de manjericão. Espere dez minutos até consumi-la.

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Arnica- Tintura ideal para aliviar as dores de contusões e torções.

Receita: coloque 20 g de arnica em 100 ml de álcool e deixe descansar por dez dias. Armazene o
concentrado em uma garrafa bem fechada e, quando necessário, dilua em ½ litro de água. Passe
sobre a contusão. Importante: não use a tintura em feridas abertas.

Poejo - Compressa calmante, eficaz contra picadas de insetos.

Receita: lave as folhas do poejo e coloque sobre as picadas. A planta alivia o incômodo da
coceira.

Acidez Estomacal

É um problema que atinge várias pessoas. Ele pode ser resolvido facilmente com uma mudança
no seu cardápio. Acrescente batatas cruas e nabos ralados à sua comida e tome, diariamente,
uma xícara de chá de alfafa. Tudo isso ajuda a neutralizar a acidez do estômago, aliviando as
dores causadas por ela.

Aftas

As aftas afetam ou já afetaram praticamente todo mundo uma vez na vida. São bastante
incômodas e surgem sempre nos piores momentos. Uma solução simples para acabar com elas é
mastigar durante três minutos, uma folha de alecrim, deixando que a saliva que contém a sua
essência, passe sobre a afta várias vezes.

Asia

A solução para a azia pode ser mais simples do que você imagina. Apenas mastigue algumas
folhas de framboesa e confira o resultado.

Bronquite

Um problema pulmonar seríssimo que pode ser solucionado tomando chá de folhas de eucalipto.
Quando for adoçar, substitua o açúcar, por mel de abelhas puro.

Catarro

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Para se livrar do catarro, ferva em 1 litro d‘água, cerca de 20 gramas de verônica em forno
brando. Espere esfriar um pouco (mas não muito) e tome um copo quatro vezes ao dia.

Cólicas

Para cada tipo de cólica existe um tratamento:

Menstrual – tome chá de arruda três vezes ao dia (sem coar). Outros também podem ajudar,
como o chá de salsa e o de folhas de louro adoçado com açúcar queimado.

Renal – Esmague uma certa quantidade de sementes de melancia e coloque-as em 500 ml de


água fervente e deixe abafado por cerca de 5 minutos. Você deve substituir a água normal, que
você toma no dia a dia, por essa mistura.

Uterina – A solução é tomar chá de melissa cinco vezes ao dia.

Diarreia

Para solucionar esse problema, a principal medida a ser tomada é mudar algumas coisas na sua
dieta. Aumente a quantidade de maçãs que você come por dia e verá uma melhora significativa
da diarreia.

Dor de cabeça

Para combater a cefaleia, uma xícara de chá preto é mais do que suficiente.

Dor de garganta

Faça um chá de folhas de malva e deixe esfriar até ficar em


temperatura ambiente. Use-o para fazer gargarejos no mínimo 3
vezes ao dia.

Frieira

Em 1 litro de água, ferva cerca de 70 gramas de visco. Coe e deixe esfriar, usando o líquido para
lavar várias vezes ao dia, as regiões afetadas pelas frieiras.

Furúnculos
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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Pegue uma porção de folhas secas de alteia e ferva em um pouco de água. Espere até esfriar e
coloque as folhas em uma gaze, e em seguida aplique no furúnculo.

Gastrite

Coma durante um dia inteiro, maçãs verdes raladas sem o talo. Você perceberá uma melhora
significativa da dor e do incômodo causado pela gastrite.

Gengivas sensíveis

Em 1 litro de água, ferva cerca de 50 folhas de sálvia. Espere esfriar e coe. Você deve beber 1
xícara quatro vezes ao dia, gargarejando o líquido antes de engolir.

Gripe

Basta fazer um chá com uma folha seca de mamão, um dente de alho e um limão fatiado. Você
deve tomar uma dose três vezes ao dia.

Hemorragia

Para parar um sangramento, basta misturar um pouco de pó de café com suco de limão e aplicar
sobre o ferimento. Outra alternativa é o leite de mamona, que além de estancar o sangramento,
também é um ótimo cicatrizante.

Sinusite

Um bom remédio caseiro para a sinusite aguda, que surge de um momento para o outro, é inalar
o vapor de eucalipto porque tem propriedades expectorante e anti-séptica, aliviando de forma
rápida a congestão nasal.

Ingredientes

5 gotas de óleo essencial de eucalipto;

1 colher de chá de sal;

1 litro de água fervente.

Modo de preparo

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Colocar a água fervente numa bacia e adicionar as gotas do óleo essencial com o sal. Depois
cobrir a cabeça e a bacia, inalando o vapor do chá. É importante respirar o vapor o mais
profundamente possível por até 10 minutos, repetindo 2 a 3 vezes ao dia.

Caso não se tenha óleo essencial em casa também é possível fazer a inalação mergulhando
algumas folhas de eucalipto em água fervente, pois o óleo natural da planta será transportado
pelo vapor de água.

Sinusite alérgica

Um bom remédio caseiro para sinusite alérgica pode ser o suco de hortelã com urtiga, pois tem
propriedades anti-inflamatórias, anti-alérgicas e descongestionantes que ajudam a diminuir a
irritação e a eliminar as secreções, aliviando os sintomas da sinusite causada por uma reação
alérgica.

Ingredientes

5 g de folhas de urtiga;

15 g de hortelã;

1 copo de água de coco;

1 colher (de sopa) de mel de eucalipto.

Modo de preparo

Colocar as folhas de urtiga para cozinhar em uma panela com água. Depois, colocar as folhas
cozinhadas, junto com a hortelã a água de coco e o mel no liquidificador e bater até obter um
suco homogêneo. Beber 2 vezes por dia, entre as refeições.

É muito importante cozinhar as folhas de urtiga antes de usar, pois na sua forma natural a urtiga
causa reação alérgica, só perdendo essa capacidade depois que é cozinhada.

Sinusite infantil

O vapor de água é por si só um excelente remédio caseiro para sinusite, pois ajuda a aumentar a
temperatura das vias respiratórias superiores, aliviando o desconforto. No entanto, também se
pode fazer a inalação do vapor com camomila, uma vez que essa planta tem excelentes
propriedades calmantes e não está contraindicada para crianças.

A inalação deve ser sempre feita com supervisão de um adulto, mesmo que a criança já tenha
feito outras inalações anteriores, uma vez que existe um grave risco de queimadura.

Ingredientes
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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

6 colheres de chá de flores de camomila;

1,5 a 2 litros de água.

Modo de preparo

Ferver a água e depois adicionar o chá. Em seguida, colocar o rosto da criança sobre a tigela e
cobrir a cabeça com uma toalha. Deve-se pedir para que a criança respire o vapor por no mínimo
10 minutos.

Antes de dormir, também pode-se colocar 2 gotas de óleo essencial de limão no travesseiro para
ajudar a dormir melhor.

Planta Mastruz

O mastruz é uma planta medicinal também conhecida por erva de santa maria, lombrigueira,
quenopódio, ambrosina ou mentruz. É uma planta muito utilizada, pois seus óleos essenciais
contém propriedades vermífugas, antibióticas, antifúngicas, digestivas, antioxidantes, anti-
inflamatórias e cicatrizantes, por isso, é muito utilizada no tratamento de situações como
bronquite ou pé de atleta, por exemplo.

Esta planta, que tem o nome científico Chenopodium Ambrosioides, cresce espontaneamente em
terrenos arredores de habitações, possui folhas verde escura, alongadas e de diferentes
tamanhos, suas flores são pequenas e de cor esbranquiçada, tem cheiro forte e desagradável e
atinge até 70 cm de comprimento.

O mastruz pode ser comprado em alguns mercados ou em lojas de produtos naturais, na sua
forma natural ou em folhas desidratadas.

As propriedades do mastruz são muito utilizadas para situações como:

Tratamento de vermes, devido a sua ação antiparasitária;

Eliminação de infecções fúngicas ou bacterianas, pois tem efeito antisséptico;

Combate a problemas digestivos, por aumentar o suco gástrico. Confira outras opções de
excelentes remédios caseiros para gastrite;

Trata a prisão de ventre, por aumentar a secreção e a contratilidade intestinal;

Ação anti-inflamatória e anti-reumática;

Efeito expectorante nas doenças respiratórias, pois estimula o movimentação dos brônquios e
secreção de muco.

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

A forma mais comum de utilizar as propriedades do mastruz é com a infusão de suas folhas,
preparando um chá:

Infusão de mastruz: colocar uma xícara de café, da planta fresca com sementes, em 500 ml de
água fervente e deixar repousar por 10 minutos. Depois coar e beber uma xícara de 6 em 6
horas. Esta infusão é indicada para o tratamento de problemas de estômago.

Além das folhas, podem ser usadas as flores e sementes em infusões, misturado com leite,
tintura, xarope, extrato ou essência, no tratamento de uso interno ou compressas.

Azia

Um excelente remédio caseiro para azia é comer 1 torrada ou 2 biscoitos cream cracker, pois eles
absorvem o ácido que está provocando a acidez na laringe e na garganta, diminuindo a sensação
de queimação.

O bicarbonato de sódio quando está diluído em água tem efeito alcalinizante no tubo digestivo e,
consequentemente, diminui a acidez do estômago, reduzindo a inflamação do esôfago e aliviando
o desconforto da azia.

Ingredientes

1 colher (de café) de bicarbonato de sódio;

100 ml de água.

Modo de preparo

Misturar os ingredientes e tomar esta mistura em pequenos goles.

Chá de gengibre

O chá de gengibre contém antioxidantes e outras substâncias que ajudam a aliviar a inflamação
do esôfago, além de diminuírem as contrações do estômago, o que acaba reduzindo a sensação
de azia.

Ingredientes

2 cm de raiz de gengibre cortada em fatias;

2 xícaras de água.

Modo de preparo

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Coloque o gengibre e a água numa panela e deixe ferver. Depois, desligue o fogo e deixe a
panela tampada por, pelo menos 30 minutos. Por fim, remova os pedaços de gengibre e beba um
copo do chá 20 minutos antes de cada refeição.

Chá de espinheira-santa

O chá de espinheira-santa também pode ser indicado porque possui propriedades digestivas, que
além de melhorarem a má digestão, também aliviam a azia.

Ingredientes

1 xícara de água fervente;

1 colher de sopa de espinheira-santa.

Modo de preparo

Ferver a água e adicionar a espinheira-santa, deixando repousar por 5 a 10 minutos. Coar e


tomar sem adoçar, 2 a 3 vezes por dia.

Chá de funcho

O chá de funcho também contém ótimas propriedades anti-inflamatórias que ajudam a aliviar a
inflamação do estômago, aliviando a sensação de queimação na garganta.

Além disso, como auxilia no esvaziamento do estômago, pode ser usado em casos de refluxo
para diminuir o surgimento de crises de azia.

Ingredientes

1 xícara de água fervente;

1 colher de sopa de funcho.

Modo de preparo

Adicionar o funcho à água fervente e deixar repousar por 10 minutos, depois coar e beber entre 2
a 3 vezes por dia ou 20 minutos antes de se fazer uma refeição mais pesada.

Suco de pera

Quem não gosta de chá pode optar por tomar um suco de pera acabado de fazer porque ele
também ajuda a combater a azia e queimação, auxiliando na digestão. Para preparar basta bater

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

no liquidificador 2 peras maduras com um pouquinho de água e, se preciso, adicionar algumas


gotinhas de limão para que o suco não escureça.

A pera é semi-ácida, rica em vitaminas A, B e C, assim como sais minerais, como sódio, potássio,
cálcio e ferro que ajudam a diluir o ácido estomacal e a aliviar o desconforto e a queimação
causados pela azia.

Além disso, outras frutas, que possuem as mesmas propriedades, que podem ser utilizadas para
fazer um suco e incluem a banana d'água madura, a maçã (vermelha) e o melão.

Tosse

Um ótimo tratamento caseiro para acabar com a tosse com catarro é o chá de canela em pau,
cuja ação é potenciada quando usado em conjunto com o cravo-da-índia, limão e mel, ajudando a
eliminar as secreções.

Chá de canela, cravo-da-índia e limão

O chá de canela, cravo-da-índia e limão, deve ser preparado da seguinte forma:

Ingredientes

1 pau de canela;

3 cravos-da-índia;

1 rodela de limão;

1/2 litro de água.

Modo de preparo

Colocar todos os ingredientes em um bule e deixar ferver por 5 minutos. Esperar esfriar, coar,
adoçar com 1 colher de sopa de mel e beber 2 xícaras deste chá por dia.

A canela e o cravo-da-índia são bactericidas e ajudam a eliminar os micro-organismos


causadores da tosse. Já o limão e o mel contêm propriedades expectorantes que ajudam a
fortalecer o sistema imune devido ao seu alto teor de vitamina C.

Este remédio caseiro é contra-indicado para bebês com menos de 1 ano de idade, pois estes
ainda não podem consumir o mel. Neste caso, pode-se recorrer à mesma receita, mas sem
acrescentar o mel.

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Remédio de cenoura

Um ótimo remédio caseiro para acabar com a tosse infantil, que persiste por mais algumas
semanas após um episódio de gripe, é o suco puro da cenoura.

Ingredientes

1 cenoura de tamanho médio.

Modo de preparo

Ralar a cenoura e colocá-la em um copo dentro da geladeira. Após alguns minutos, a cenoura irá
largar um suco próprio. Coar e dar o suco à criança, misturado com a mesma quantidade de mel,
várias vezes ao dia.

A cenoura contém altas doses de vitamina C e é antitússica, o que contribui para diminuir as
crises de tosse na criança.

Urtiga para a tosse alérgica

A tosse alérgica é caracterizada por uma tosse seca persistente, que pode ser aliviada com um
chá de urtiga.

Ingredientes

1 colher (de sopa) de folhas secas de urtiga;

200 ml de água.

Modo de preparo

Colocar a água em uma panela e deixar ferver. Quando entrar em ebulição, apagar o fogo e
acrescente a urtiga, tapar a panela e esperar amornar, coar e beber a seguir, podendo-se adoçar
com 1 colher de mel. Tomar 2 xícaras ao dia.

A urtiga é uma planta medicinal que contém propriedades anti-histamínicas e, por isso, ajuda a
combater as diversas alergias, sendo eficaz para o tratamento da tosse seca, podendo ser
utilizada também por crianças. No entanto, deve-se conversar com o pediatra antes de iniciar este
tratamento, para se ter a certeza de que a tosse é alérgica.

A medicina alternativa é a prática de tratamento de doenças sem o uso de remédios controlados,


antibióticos ou fármacos em geral. A principal característica desta prática é que o tratamento está
focado no doente e não no sintoma da doença.

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INTRODUÇÃO À NATUROPATIA

Terapias alternativas são amplamente utilizadas e muito eficazes no tratamento contra vários
males que ameaçam a saúde. Elas demonstram resultados positivos contra o cigarro e também
no tratamento da depressão, estresse e alergias.

Doenças misteriosas como as alergias, ainda mal compreendidas pela medicina do Ocidente,
igualmente parecem se beneficiar de tratamentos como a acupuntura e a homeopatia. Antes de
escolher o tipo certo de tratamento alternativo.

As abordagens alternativas existem para prevenir e não para curar doenças. Elas funcionam
como complemento para um tratamento convencional. Nada substitui a confiança que você tem
no seu médico, seja ele ortodoxo ou alternativo. Portanto, se houver suspeita da existência de
alguma doença mais séria, como o câncer ou uma infecção que não passa, seu médico de
confiança certamente será o mais apto para fazer o diagnostico correto.

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