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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

Vanessa Cristina De Oliveira

PRATICAS INTERATIVAS DO SUS

CURITIBA

2022
Vanessa Cristina De Oliveira

PRATICAS INTERATIVAS DO SUS

Estudo dirigido apresentado à disciplina de

Psicologia Praticas Emergentes e

Inovadoras em psicologia, orientada pelo

Professor Matheus Vieira Silva do curso de

Psicologia da Universidade Tuiuti do

Paraná, 9º período noturno, turma A.

CURITIBA

2022
As praticas emergentes interativas e complementares, compreendem em
um grupo de terapias e produtos que não fazem parte de tratamento
tradicionais médicos, são assim nomeadas quando utilizadas em paralelo com
a medicina tradicional.

Com o objetivo de promoção, prevenção e recuperação da saúde


através da estimulação natural de mecanismos do organismo, com utilização
de recursos técnicos e seguros de instrumentos de utilização por parte do
sistema único de saúde.

Esta política nacional foi implantada por volta de 2006 através da


portaria n.971 que compreende os seguintes serviços oferecidos a população:

Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Medicina Antroposófica,


Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Termalismo Social/Crenoterapia,
Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia,
Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia
Comunitária Integrativa, Yoga, Apiterapia, Aromaterapia, Bioenergética,
Constelação familiar, Cromoterapia, Geoterapia, Hipnoterapia, Imposição de
mãos, Ozonioterapia e Terapia de Florais.

Dentre essas praticas e fontes que realizei a pesquisa para a confecção


desse estudo, o texto expositivo no site do conselho regional de farmácia do
ceara apresenta as da seguinte forma:

“As Práticas Integrativas e


Complementares (PICS) são tratamentos
que utilizam recursos terapêuticos baseados
em conhecimentos tradicionais, voltados
para prevenir diversas doenças como
depressão e hipertensão. Em alguns casos,
também podem ser usadas como
tratamentos paliativos em algumas doenças
crônicas.”

Acima já podemos considerar que, essa politica publica está afirmando


que essas práticas, podem ser recursos utilizados para prevenir depressão,
aqui já se faz uma correlação com trabalho do psicólogo e psicoterapia, com a
pratica por exemplo a arte terapia é prática expressiva artística, visual, que
atua como elemento terapêutico na análise do consciente e do inconsciente e
busca interligar os universos interno e externo do indivíduo, por meio da sua
simbologia, sendo assim diversas abordagens de linhas terapêuticas como
Analítica voltada justamente no campo de muito simbolismo, e analise de
manifestações do inconsciente relacionadas a símbolos, arte, mitologia e
diversas expressões dos sujeitos no campo lúdico que podemos explorar para
um trabalho de conhecimento de si mesmo. Podendo se utilizar de
instrumentos como, pintura, colagem, modelagem, poesia, dança, fotografia,
tecelagem, expressão corporal, teatro, sons, músicas ou criação de
personagens, usando a arte como uma forma de comunicação entre
profissional e paciente, em processo terapêutico individual ou de grupo, numa
produção artística a favor da saúde.

Tendo como origem no mundo oriental, as meditações veem ganhando


cada vez mais espaço, no ocidente, estudos registram como sendo uma
tradição hindu na índia, por volta de 1500 BCE,um monge japonês Dosho foi o
precursor na história abrindo o primeiro salão de meditação
(FREMANTLE,2001).

O termo “medita” origina do meditatum latino da palavra, que


significa, “para meditar.” A monge Guigo II introduziu esta
terminologia pela primeira vez no ANÚNCIO do século XII.
(FREMANTLE,2001,p.01).

A meditação foi sendo conhecida, no ocidente a partir de estudos de


Carlos Jung, pesquisas empíricas confirmam que a meditação tem efeitos
benéficos a saúde e a auto regulação do organismo (CAVACCHINI,1999).

A auto regulação para Reich é a habilidade de um corpo vivo se


reorganizar energeticamente. Tratando-se do ser humano, é capaz de suportar
situações ruins desprazerosas durante a vida sem carregar amargura e sem
buscar por amparo no encouraçamento, ela é o equilíbrio homeostático
corporal” (REICH, p. 104, 1975). É preciso esclarecer que o ambiente e as
vivências terapêuticas ajudam no acontecimento da autorregulação sendo ela
mais satisfatória. A vivência terapêutica grupal procura por meio da interação
grupal tornar as mágoas e conflitos em energia criativa e solidária, reforçando
comportamentos como colaboração, sociabilidade e confiança, ou seja, é um
ambiente favorável para utilização de técnicas que estimulam a expressão de
manifestações naturais e o contato da pessoa com questões mais saudáveis
da sua personalidade, sendo assim, caminhos para que aconteça a auto
regulação (ALVES; CORREIA, 2004).

Biodança – Prática expressiva corporal que promove vivências integradoras


por meio da música, do canto, da dança e de atividades em grupo, visando
restabelecer o equilíbrio afetivo e a renovação orgânica, necessários ao
desenvolvimento humano. Utiliza exercícios e músicas organizados que
trabalha a coordenação e o equilíbrio físico e emocional por meio dos
movimentos da dança, a fim de induzir experiências de integração, aumentar a
resistência ao estresse, promover a renovação orgânica e melhorar a
comunicação e o relacionamento interpessoal.

Bioenergética – Visão diagnóstica que, aliada a uma compreensão etiológica


do sofrimento/adoecimento, adota a psicoterapia corporal e os exercícios
terapêuticos em grupos, por exemplo, os movimentos sincronizados com a
respiração. A bioenergética, também conhecido como análise bioenergética,
trabalha o conteúdo emocional por meio da verbalização, da educação corporal
e da respiração, utilizando exercícios direcionados a liberar as tensões do
corpo e facilitar a expressão dos sentimentos.

Meditação – Prática mental individual milenar, descrita por diferentes culturas


tradicionais, que consiste em treinar a focalização da atenção de modo não
analítico ou discriminativo, a diminuição do pensamento repetitivo e a
reorientação cognitiva, promovendo alterações favoráveis no humor e melhora
no desempenho cognitivo, além de proporcionar maior integração entre mente,
corpo e mundo exterior. A meditação amplia a capacidade de observação,
atenção, concentração e a regulação do corpo-mente-emoções; desenvolve
habilidades para lidar com os pensamentos e observar os conteúdos que
emergem à consciência; facilita o processo de autoconhecimento, autocuidado
e autotransformação; e aprimora as interrelações – pessoal, social, ambiental –
incorporando a promoção da saúde à sua eficiência.

Musicoterapia – Prática expressiva integrativa conduzida em grupo ou de


forma individualizada, que utiliza a música e/ou seus elementos – som, ritmo,
melodia e harmonia – num processo facilitador e promotor da comunicação, da
relação, da aprendizagem, da mobilização, da expressão, da organização,
entre outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de atender
necessidades físicas, emocionais, mentais, espirituais, sociais e cognitivas do
indivíduo ou do grupo.

A psicologia corporal nos remete ao campo do pensar em nosso


organismo como um todo, em sua totalidade, não separando em algum
momento, desta forma quando citamos a auto regulação junto à meditação,
conseguimos chegar à reflexão que a meditação é uma ferramenta importante,
para que o indivíduo possa se colocar no caminho, da auto compreensão de si
mesmo. No âmbito acadêmico e universitário, vem se tornando cada vez mais
crescente tal pratica, pois o indivíduo que busca a auto compreensão de si,
com essa ferramenta pode chegar ao êxito com mais eficácia.

A cerca, de tratamentos como ansiedade, alguns transtornos, e


problemas relacionados à concentração, a meditação também se mostra um
pratica muito eficaz, quando citamos Reich e Navarro, com a bioenergia, o
trabalho com a respiração, identificamos o encontro harmônico que ambas as
práticas conduz ao mesmo caminho, de um corpo em sua totalidade livre, com
o objetivo de causa saúde e bem estar do indivíduo.

Desta forma, acredito que se existir esses tipos de aplicações no SUS


das terapias citadas acima e os benefícios por elas comprovadas
empiricamente, de nada se opõe ou vai contra ao processo terapêutico em si,
quando na realidade de muito seria valia para a sociedade, porém em
pesquisas realizadas aqui em artigos para compor o estudo pouco se vê ou se
aplica esses serviços, sem falar na baixa divulgação dos mesmos a população.
Referências

Ahmed, W., Van der Werf, G., Kuyper, H., & Minnaert, A. (2013).
Emotions, self-regulated learning and achievement in mathematics: A growth
curve analysis. Journal of Educational Psychology, 105, 150-161.

Courtney, R. The functions of breathing and its dysfunctions and their


relationship to breathing therapy. International Journal of Ostheopathic
Medicine, v. 12, p. 78-85, 2009

Greenberg, M. T. Promoting resilience in children and youth: Preventive


interventions and their interface with neuroscience. Annals of the New York
Academy of Science, v. 1094, p. 139-150, 2006.

EDUCAÇÃO PELA AUTONOMIA ATRAVÉS DA AUTO-REGULAÇÃO:


UMA PERSPECTIVA REICHIANA1 Revista Escritos sobre Educação. Ibirité,
v.5, n.1, p.26-32, jan.-jun. 2006

Fremantle (2001: p.21): "Liberation is synonymous with the Sanskrit


word bodhi, which means awakening, understanding, or enlightenment, and
with nirvana, which means blowing out or extinction: the extinction of illusion."

Oliveira, M. L. C., Dantas, C. R., Azevedo, R. C. S., & Banzato, C. E. M.


(2008). Demographics and complaints of university students who sought help at
a campus mental health service between 1987 and 2004. Sao Paulo Medical
Journal, 126(1), 58-62.

REICH, W. A função do orgasmo – problemas econômicos sexuais da


energia biológica. 10ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1984.

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