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PROJETO DE MONOGRAFIA
VALENÇA, 2021
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA
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Tratando-se de uma terapia natural, tem como benefício o uso de substâncias extraídas
de variadas fontes animais, minerais e vegetais que, quando diluídas e trabalhadas dão origem
ao remédio homeopático. Além disso, amplia-se a visão na medicina felina em diagnósticos,
muita das vezes, considerados idiopáticos, para aqueles que podem ser corrigidos através da
homeopatia.
Também corrige ou previne doenças renais (FRANCHI, 2019), autoimunes
(BARBOSA et al, 2013), dermatológicas (TORRO et al, 2014), traumatismos (ROCHA e
MOTTA, 2008), lesões (BARBOSA et al, 2013) e distúrbios comportamentais que podem ser
causados, principalmente, por estresse e ansiedade sendo considerados em muitos casos a
principal fonte de desequilíbrio do organismo animal, que pode levar a consequências físicas
e fisiológicas a longo prazo (SOUZA, 2002).
A terapia homeopática explora uma visão sistêmica, a fim de auxiliar o corpo na sua
cura, através da estimulação dos seus mecanismos naturais de defesa (DEMES, 2007;
SHEALY, 1998). Portanto, esse tratamento busca meios de analisar e tratar o problema de
forma integral, para avaliar quaisquer eventos que o integram e relacionar sua visão na análise
entre os meios interno e externo, como um único meio de base e equilíbrio.
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2. REVISÃO DE LITERATURA
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também revelam sintomas objetivos visíveis, da mesma forma que o homem, de modo que há
concordância da manifestação básica da experimentação humana e animal. Pesquisas
comportamentais, que avaliam percepção e consciência, exibem a similitude dos demais
animais com os seres humanos, gerando uma perspectiva otimista (SERPELL, 2004).
Hahnemann cita que o animal não conhece o ato de fingir, e sendo assim, não exagera
nos casos de manifestações de dor, sendo evidente que o animal deixa explícito, por meios de
comportamentos e sintomas, um quadro real da doença e do seu estado interno (WOLF,
1986).
De acordo com Demers (2007) a doença é um conjunto de alterações anatômicas e
funcionais, cuja manifestação se desenvolve por meio de sintomas físicos resultantes do
processo de adaptação biológica a vários fatores como: calor, tóxicos, alimentos, bactérias,
vírus, parasitas, sustos, ciúmes, saudades, medo, stress, entre outros (LOBÃO, 1994, apud
PEREIRA, 2012, p.23),.
Segundo Costa e Manhoso (2007), ansiedade por separação é um distúrbio
comportamental em resposta ao estresse na ausência do proprietário, podendo estar
relacionado à mudança ambiental, principalmente em felinos. Os sinais observados
são defecação e micção em locais impróprios, comportamento destrutivo,
vocalizações excessivas, anorexia, depressão ou hiperatividade. Entretanto, destaca-
se a Homeopatia como possibilidade terapêutica, tendo indicação frequente o
medicamento Ignatia amara, por sua ação nas manifestações nervosas, depressão,
angústias e tristezas.
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funções e de suas habitudes adequadas a cada animal, de acordo com a sua espécie
(KOSSAK-ROMANACH, 2003).
O medicamento homeopático atua como forma de estímulo na energia vital do ser,
tendo o objetivo de capacitá-lo a se curar da condição alterada em que se encontra
(BARBOSA et al, 2013).
Assim é função do médico homeopata conhecer a fundo seu paciente e os sintomas,
os quais ele apresenta podendo ter relações mentais, psíquicas, gerais e locais, relacionado a
sensações, sintomas simultâneos, alternantes e os sintomas atípicos e típicos individuais , cujo
conjunto leve a sua causa fator, podendo estar relacionado a temperamento e a diátese, ou
seja, reação vital da individualidade (Weir, 2011; Luna, 2007, apud ALVES, 2012, p.27).
No estudo de MATTES et al (2013), sobre o uso da homeopatia em surto endêmico de
panleucopenia felina, há um relato de caso que apresenta o tratamento homeopático com
Baptista, como tratamento alternativo. Como resultado, de um total de dezoito animais
sintomáticos, oito sobreviveram e dez vieram a óbito, o que nos dá uma sobrevivência de 44%
dos animais, comparando com os dados de literatura, nos quais era esperado 90% de óbito.
Concluiu-se que o uso da homeopatia foi eficaz e reduziu o índice de mortalidade
proporcional da doença.
Povey (1990) cita eficácia da homeopatia em um caso de felinos que passaram por
abandono em situação de confinamento apresentando afecções respiratórias e dermatoses. Na
maioria dos casos as patologias respiratórias têm relação aos vírus da rinotraqueíte viral felina
e ao calcivírus felino, onde nesses casos oriundos de origem viral, não possui tanta eficácia a
prática alopática.
A terapia homeopática também já é uma alternativa considerada, por alguns
médicos veterinários, para o tratamento das dermatopatias, como no caso de eczemas,
prurido e erupções cutâneas (KAYNE, 1992), dermatite alérgica (GIMENES,
2002), dermatose por lambedura (TORRO et al., 2004), complexo granuloma-eosinofílico
felino (ABOUTBOUL, 2006), dermatite atópica (MATHIE et al., 2010) e até mesmo em
casos de puliciose (ARENALES et al., 1994, apud BARBOSA et al., 2013, p.30).
As dermatopatias constam entre as doenças mais comuns apresentadas pelos
gatos domésticos da atualidade. Estes animais sofrem com afecções de origem
infecciosa, alérgica, psicogênica, ou mesmo multifatorial (BARBOSA et al, 2013).
Por meio de questionários enviados a veterinários conhecidos por sua prática com
homeopatia da Grã-Bretanha em 1992, Kayne constatou que Arsenicum albume
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Sulphur eram os medicamentos homeopáticos mais receitados por este grupo a
animais com dermatopatias (o primeiro, receitado a pacientes com eczemas, e o segundo a
pacientes com prurido, cistos, erupções e outras condições de pele variadas), cujas
espécies não são citadas.
A homeopatia tem a visão do animal como um todo amparado por sua força vital e,
contradizendo sobre pensamentos que muitos possuem, esse tratamento é verídico e apresenta
resultados práticos que rebatem conceitos como , concentrações terapêuticas mínimas e
exprimem vantagens sobre a medicina convencional (COSTA et.al., 2009).
Segundo Wolf (1986), para aplicações homeopáticas em gatos, as formulações em
gotas devem ser evitadas e usadas somente em última necessidade, pois contém álcool, sendo
usadas, preferencialmente, as formulações à base de lactose, seja em glóbulos ou em forma
triturada (pó). Considerando que a quantidade não é de grande significância e sim que o
organismo receba o medicamento, pois a massa e o peso não têm grande importância como
nos preparos químicos, nos quais se leva em consideração os efeitos colaterais e intoxicações
dependendo da dose (WOLF, 1986).
Assim como na Medicina, não é incomum, no caso de animais com doenças crônicas,
aplicar a homeopatia como último recurso, depois que um tratamento convencional a longo
prazo falhou em produzir qualquer melhora definitiva (COSTA et.al., 2009). Há também um
grande receio em relação aos tratamentos alopáticos, em geral, aos antibióticos e
corticosteroides particularmente, que estão relacionados a reações adversas, as quais levam
muitas pessoas à procura de uma terapia mais leve (COSTA et.al., 2009).
Segundo o mesmo autor, a veterinária homeopática pode ser considerada uma
alternativa aos medicamentos alopáticos, devido ao seu menor custo e sua fácil administração,
visto que o medicamento pode ser fornecido na água, ração ou sal mineral, além de favorecer
o bem-estar animal, já que os gatos não são submetidos à contenção e traumas, como pela
aplicação de injeções.
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3. OBJETIVOS
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4. HIPÓTESES
A homeopatia tem resposta fisiológica positiva no tratamento clínico de felinos
domésticos.
A homeopatia tem como objetivo auxiliar o corpo na sua cura através de estímulos
vitais.
A homeopatia é considerada uma terapia alternativa de caráter natural, aspecto leve
e sem efeitos colaterais.
A homeopatia apresenta vantagens sobre a medicina convencional e tratamentos
alopáticos.
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5. JUSTIFICATIVA
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