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S U P E R M AT E R I A L

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CAPAS - MODULOS 1
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COLEÇÃO MÓDULO I

S U P E R M AT E R I A L

ANA
TO
MIA
I N T R O D U Ç ÃO À A N ATO M I A

N E U R OA N ATO M I A

CABEÇA E PESCOÇO

PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO

PULMÃO E VIAS AÉREAS

CO R AÇ ÃO E AO R TA

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SUMÁRIO

01. INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA.................... 13


1. Introdução e Definição........................................................................ 15
2. Terminologia Anatômica.................................................................... 15
3. Termos Direcionais............................................................................... 16
4. Termos de Lateralidade...................................................................... 18
5. Planos e Eixos Anatômicos............................................................... 19
6. Termos de Movimento........................................................................ 21
7. Regiões Anatômicas........................................................................... 23
Referências Bibliograficas...................................................................... 27

02. INTRODUÇÃO À NEUROANATOMIA.......................... 29


1. Alguns aspectos filogênicos do sistema nervoso.................... 31
2. Planos anatômicos............................................................................... 33
3. Divisões do sistema nervoso........................................................... 34
Referências Bibliográficas...................................................................... 53

03. ANATOMIA MACROSCÓPICA DO ENCÉFALO


(NEUROANATOMIA). . ........................................................ 55
1. Introdução................................................................................................ 57
2. Diencéfalo................................................................................................ 60
3. Telencéfalo.............................................................................................. 65

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4. Tronco encefálico.................................................................................. 78
5. Cerebelo................................................................................................... 89
Referências Bibliográficas...................................................................... 95

04. ANATOMIA DO CEREBELO......................................... 99


1. Introdução................................................................................................ 99
2. Aspectos anatômicos....................................................................... 100
3. Estrutura e função do cerebelo..................................................... 105
4. Aplicação clínica................................................................................. 107
Referências Bibliográficas................................................................... 111

05. ANATOMIA DA CABEÇA E PESCOÇO...................... 113


ANATOMIA DA CABEÇA ....................................................... 115
1. Estruturas ósseas do crânio e da face....................................... 115
2. Viscerocrânio x neurocrânio.......................................................... 116
3. Visões do crânio ................................................................................ 117
4. Vista lateral ......................................................................................... 119
5. Vista inferior......................................................................................... 120
6. Vista da calvária................................................................................. 122
10. Nariz e seios da face .................................................................... 126
11. Articulação temporomandibular................................................ 133

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ANATOMIA DO PESCOÇO..................................................... 141
1. Estruturas ósseas do pescoço...................................................... 142
2. Fáscias cervicais................................................................................. 147
3. Vascularização arterial da cabeça e pescoço......................... 154
4. Drenagem venosa da cabeça e pescoço.................................. 159
5. Drenagem linfática da cabeça e pescoço................................. 161
6. Inervação da cabeça e pescoço................................................... 162
Referências Bibliográficas .................................................................. 166

06. PAREDE TORÁCICA E MEDIASTINO........................ 167


1. Introdução............................................................................................. 169
2. Parede torácica................................................................................... 170
3. Mediastino............................................................................................ 194
Referências Bibliográficas .................................................................. 200

07. VIAS AÉREAS............................................................ 201


1. Introdução............................................................................................. 203
2. Cavidade nasal................................................................................... 204
3. Faringe e laringe................................................................................. 207
4. Traqueia e brônquios ....................................................................... 211
Referências Bibliográficas .................................................................. 218

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08. ANATOMIA DO CORAÇÃO E DA AORTA................. 219
ANATOMIA DO CORAÇÃO.................................................... 221
1. Introdução............................................................................................. 221
2. Fluxo sanguíneo através do coração.......................................... 225
3. Átrio direito........................................................................................... 226
4. Ventrículo direito................................................................................ 229
5. Átrio esquerdo.................................................................................... 231
6. Ventrículo esquerdo.......................................................................... 231
7. Valvas do tronco pulmonar e da aorta....................................... 234
8. Vasculatura do coração................................................................... 235
9. Complexo estimulante do coração.............................................. 240

ANATOMIA DA AORTA........................................................... 246


1. Aorta....................................................................................................... 246
Referências Bibliográficas .................................................................. 250

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INTRODUÇÃO À
ANATOMIA HUMANA
C
1. Introdução e Definição.............................................15 A
2. Terminologia Anatômica.........................................15
3. Termos Direcionais....................................................16
4. Termos de Lateralidade...........................................18
P
5. Planos e Eixos Anatômicos....................................19
6. Termos de Movimento.............................................21
7. Regiões Anatômicas................................................23
Í
Referências Bibliograficas...........................................27
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INTRODUÇÃO À
ANATOMIA HUMANA
1
1. INTRODUÇÃO E Se a anomalia for tão acentuada
DEFINIÇÃO de modo a deformar profunda-
mente a construção do corpo do
A anatomia é a ciência que estu-
indivíduo, sendo, em geral, incom-
da macro e microscopicamente as
patível com a vida, denomina-se
estruturas morfológicas do corpo e
monstruosidade.
as correlações entre elas. Foi estu-
dada inicialmente por dissecação,
a secção cuidadosa das estruturas 2. TERMINOLOGIA
do corpo para o estudo de suas
ANATÔMICA
relações. Atualmente, inúmeras
técnicas de imagem também con- Tem como objetivo descrever a
tribuem para o avanço do conheci- posição anatômica, relacionar os
mento anatômico. nomes anatômicos e os nomes
A simples observação de um gru- comuns correspondentes para
po de pessoas nos evidencia as di- várias regiões do corpo humano,
ferenças morfológicas entre cada definir os planos e cortes anatômi-
indivíduo. Tais diferenças podem cos e os termos de posição e di-
apresentar-se externamente ou reção utilizados para descrever
em qualquer dos sistemas do or- o corpo humano de forma pa-
ganismo, sem representar algum dronizada. Além da terminologia,
prejuizo funcional. Podem ser de- a posição anatômica também é
correntes tanto das características padronizada, evitando possíveis
individuais, quanto da idade, do confusões ou equívocos.
sexo, da raça, do tipo constitucio- As descrições de qualquer parte do
nal e da evolução. corpo humano partem do princípio
Algumas variações morfológicas de que ele está em uma posição
podem levar a prejuízo funcional e, padronizada de referência chama-
nesse caso, denominamos de ano- da posição anatômica, na qual o
malia e não apenas de variação. indivíduo se mantém ereto de frente
para o observador, com a cabeça e

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ANATOMIA

os olhos voltados diretamente para Outros termos são utilizados para


frente. Os membros inferiores estão o corpo deitado. Se o corpo está
paralelos, os pés estão retos sobre com o rosto voltado para baixo,
o chão e direcionados para frente. ele está em decúbito ventral. Se
Os membros superiores ficam ao o corpo está com o rosto voltado
lado do corpo, com as palmas vol- para cima, ele está em decúbito
tadas para frente (Figura 1). dorsal.

Figura 1. Posição anatômica. Fonte: Lazuin/Shutterstock.com

SE LIGA! Fazer com que a pes- 3. TERMOS DIRECIONAIS


soa fique em posição anatômica
padrão permite que os termos Para localizar as várias estruturas
anatômicos sejam definidos corporais são utilizados termos
claramente, de modo que direcionais específicos, palavras
qualquer parte do corpo possa que descrevem a posição de uma
ser descrita em relação à outra. parte do corpo em relação à outra.
Esses termos são agrupados em
pares com significados opostos
(Figura 2).

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INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA

Superior refere-se a uma estrutu- designa a superfície frontal do


ra situada mais perto do vértice, o corpo.
ponto mais alto do crânio. Inferior Medial é usado para indicar que
refere-se a uma estrutura situada uma estrutura está mais perto do
mais perto da planta do pé. plano mediano do corpo. Ao con-
Cranial está relacionado com o trário, lateral indica que uma es-
crânio e é um termo útil para in- trutura está mais distante do plano
dicar direção, que significa em di- mediano.
reção à cabeça. Caudal também é Termos associados descrevem
um termo útil indicador de direção, posições intermediárias: infero-
que significa em direção à região medial significa mais perto dos
dos pés. pés e do plano mediano. Supero-
Posterior (dorsal) designa a su- lateral significa mais perto da
perfície posterior do corpo ou mais cabeça e mais distante do plano
perto do dorso. Anterior (ventral) mediano.

Figura 2. Termos anatômicos direcionais. Fonte: Excellent Dream/Shutterstock.com

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ANATOMIA

SE LIGA! É importante compreender que os termos


direcionais têm significados relativos: eles só fazem
sentido quando utilizados para descrever a posição
de uma estrutura em relação à outra. Por exemplo, o
joelho é superior ao tornozelo, embora ambos este-
jam localizados na metade inferior do corpo.

FLUXOGRAMA TERMOS DIRECIONAIS

Superior x Inferior

TERMOS
Medial x Lateral Cranial x Caudal
DIRECIONAIS

Posterior (dorsal) x
Anterior (ventral)

4. TERMOS DE refere-se a algo situado do mesmo


LATERALIDADE lado do corpo que outra estrutura;
por exemplo, a mão direita e o pé
Estruturas pares que têm elemen- direito são ipsilaterais. Contrala-
tos direito e esquerdo (p. ex., os teral significa que está no lado do
pulmões) são bilaterais, enquanto corpo oposto a outra estrutura; a
aquelas presentes apenas de um mão direita é contralateral à mão
lado são unilaterais. A designa- esquerda.
ção específica do elemento direito
ou esquerdo das estruturas bila-
terais é fundamental. Ipsilateral

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INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA

5. PLANOS E EIXOS são planos verticais que atraves-


ANATÔMICOS sam o corpo paralelamente ao
plano mediano. Os planos fron-
Os planos são estruturas imaginá-
tais/coronais também são planos
rias que atravessam o corpo, sec-
verticais que atravessam o corpo,
cionando-o na posição anatômica.
dividindo-o em partes anterior e
O plano mediano é vertical, e cor- posterior. Os planos transversos/
ta o corpo longitudinalmente, divi- axiais são planos horizontais que
dindo-o corpo nas metades direita dividem o corpo em partes supe-
e esquerda. Os planos sagitais rior e inferior (Figura 3).

Figura 3. Planos anatômicos. Fonte: Excellent Dream/Shutterstock.com

Os eixos do corpo humano são li- para posterior. O eixo longitudi-


nhas imaginárias traçadas no indi- nal (craniocaudal) cruza o corpo
víduo e se dividem em três. no sentido craniocaudal. Já o eixo
O eixo sagital (anteroposterior) tranversal (laterolateral) segue o
cruza o corpo no sentido anterior sentido laterolateral, por exemplo.

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ANATOMIA

O principal uso dos planos e eixos suas partes perpendiculares ao eixo


anatômicos é descrever cortes. longitudinal aos mesmos. Os cortes
Os cortes longitudinais são feitos oblíquos são “fatias” do corpo ou de
no sentido do comprimento ou para- suas partes que não são feitas ao
lelos ao eixo longitudinal do corpo longo de um dos planos anatômicos
ou de uma de suas partes, e o ter- já mencionados.
mo é aplicado sem levar em conta a
posição do corpo. Os cortes trans- SE LIGA! Como o eixo longitudinal
versos são “fatias” do corpo ou de do pé é horizontal, o corte trans-
verso do pé está no plano frontal.

FLUXOGRAMA PLANOS E EIXOS ANATÔMICOS

Planos Anatômicos Eixos Anatômicos

Frontais ou Coronais Sagital: anteroposterior

Sagitais Longitudinal: craniocraudal

Medianos Transversal: laterolateral

Transversos ou Axiais

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INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA

6. TERMOS DE MOVIMENTO ocorrem em planos sagitais em


torno de um eixo transverso.
Vários termos descrevem os movi-
mentos dos membros e de outras Flexão indica curvatura ou dimi-
partes do corpo. A maioria dos nuição do ângulo entre os ossos
movimentos é definida em rela- ou partes do corpo. Na maioria das
ção à posição anatômica e ocor- articulações refere-se ao movi-
rem dentro de planos anatômicos mento em direção anterior. Exten-
específicos, ao redor dos eixos são indica retificação ou aumento
alinhados com esses planos. Tam- do ângulo entre os ossos ou as
bém podem ser avaliados em pa- partes do corpo. Geralmente ocor-
res de movimentos opostos, como re em direção posterior. As flexões
flexão e extensão, que geralmente laterais direita e esquerda (curva-
tura lateral) são formas especiais
de abdução apenas para o pesco-
ço e o tronco.

Figura 4. Termos de movimento. Fonte: Auttapon Wongtakeaw/Shutterstock.com

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ANATOMIA

SE LIGA! Na articulação do jo-


ou dos pés, em direção ao 3º dedo
elho observamos uma exceção
da mão ou ao 2º dedo do pé, em
à regra, pois a flexão deste re- posição neutra.
fere-se ao movimento posterior A rotação é o giro ou a revolução
e a extensão, ao movimento de uma parte do corpo ao redor
anterior. de seu eixo longitudinal, como ao
virar a cabeça para o lado. A ro-
tação medial (interna) aproxima
A flexão dorsal, ou dorsiflexão, a face anterior de um membro do
descreve a flexão na articulação plano mediano, ao passo que a
do tornozelo, como ao levantar os rotação lateral (externa) afasta a
dedos do chão. A flexão plantar face anterior do plano mediano.
curva o pé e os dedos em direção A pronação e a supinação são os
ao solo, como ao ficar na ponta movimentos de rotação do ante-
dos pés. braço e da mão. A pronação causa
Os movimentos de abdução e a rotação medial do rádio, de modo
adução geralmente ocorrem em que a palma da mão fique voltada
um plano frontal em torno de um posteriormente e o dorso, anterior-
eixo anteroposterior. Com exceção mente. A supinação é o movimen-
dos dedos, a abdução significa af- to inverso, o qual volta o antebraço
astamento do plano mediano e a e a mão para posição anatômica
adução significa a aproximação após a pronação.
desse mesmo plano. A eversão afasta a planta do pé do
Na abdução dos dedos o termo plano mediano, girando-a lateral-
significa afastá-los em relação ao mente. Já a inversão move a planta
3º dedo (médio), em posição neu- do pé em direção ao plano mediano.
tra, ou movimento de afastamento Oposição é o movimento no qual
dos dedos dos pés em relação ao 2o a polpa do polega é aproximada
dedo, em posição neutra. O 3º dedo da polpa de outro dedo. Esse mo-
da mão e o 2º dedo do pé fazem o vimento é o chamado movimento
movimento de abdução medial ou de pinça. Reposição descreve o
lateral em relação à posição neutra. movimento de retorno do polegar
A adução dos dedos é o oposto – a para sua posição anatômica.
aproximação dos dedos, das mãos

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INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA

Protrusão é um movimento ante- A elevação desloca uma parte


rior (para a frente) como na protru- para cima. A depressão desloca
são da mandíbula, dos lábios ou da uma parte para baixo.
língua. Retrusão é um movimento
posterior (para trás).

FLUXOGRAMA TERMOS DE MOVIMENTO

Protrusão x Retrusão Pronação x Supinação

Rotação lateral x
Depressão x Elevação
rotação medial
TERMOS DE
MOVIMENTO

Abdução x Adução Oposição x Reposição

Extensão x Flexão Eversão x Inversão

7. REGIÕES ANATÔMICAS ao tronco. O tronco consiste em


tórax, abdome e pelve. Cada
O corpo humano é dividido em al- membro superior está unido ao
gumas partes principais, são elas: tronco e consiste em ombro, axi-
a cabeça, o pescoço, o tronco, os la, braço, antebraço, punho e mão.
membros superiores e os mem- Cada membro inferior também
bros inferiores. está unido ao tronco e consiste em
A cabeça consiste no crânio e na nádega, coxa, perna, tornozelo e
face. O crânio envolve e protege o pé. A região inguinal é a área na
encéfalo; a face é a parte frontal da superfície anterior do corpo, mar-
cabeça, e inclui olhos, nariz, boca, cada por uma prega de cada lado,
fronte, bochechas e mento. O pes- na qual o tronco se liga às coxas.
coço sustenta a cabeça, unindo-a

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COLEÇÃO MÓDULO II

S U P E R M AT E R I A L

ANA
TO
MIA
APARELHO DIGESTIVO

BAÇO

REGIÃO INGUINAL

P E LV E E P E R Í N E O

APARELHO REPRODUTOR

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SUMÁRIO

01. APARELHO DIGESTIVO ALTO


1. Faringe.................................................................................................... 15
2. Esôfago................................................................................................... 20
3. Estômago .............................................................................................. 28
4. Duodeno................................................................................................. 35
Referências Bibliográficas ................................................................... 42

02. APARELHO DIGESTIVO BAIXO


1. Intestino delgado................................................................................ 45
2. Jejuno e íleo........................................................................................... 53
3. Intestino grosso................................................................................... 62
4. Cólon........................................................................................................ 67
5. Reto e canal anal................................................................................. 80
Referências Bibliográficas ................................................................... 87

03. ANATOMIA DO BAÇO


1. Definição e função.............................................................................. 91
2. Anatomia descritiva........................................................................... 91
3. Anatomia topográfica........................................................................ 95
4. Irrigação, drenagem e inervação do baço................................. 97
Referências Bibliográficas .................................................................106

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04. ANATOMIA DA REGIÃO INGUINAL
1. Ligamento Inguinal...........................................................................110
2. Canal Inguinal.....................................................................................115
3. Triângulo Inguinal (de Hesselbach)............................................128
4. Óstio Miopectíneo (de Fruchaud)...............................................130
5. Trígono femoral..................................................................................133
6. Canal Femoral....................................................................................135
7. Vascularização da região inguinal..............................................140
8. Drenagem Linfática da região inguinal.....................................144
9. Inervação..............................................................................................147
Referências bibliograficas..................................................................152

05. PELVE E PERÍNEO


1. Introdução............................................................................................155
2. Cíngulo do Membro Inferior..........................................................155
3. Cavidade Pélvica...............................................................................158
4. Paredes e Assoalho da Cavidade Pélvica...............................158
5. Artérias da Pelve...............................................................................163
6. Veias da Pelve....................................................................................167
7. Drenagem Linfática da Pelve.......................................................169
8. Inervação da Pelve...........................................................................171
9. Períneo..................................................................................................171
10. Trígono Anal.....................................................................................172
11. Trígono Urogenital.........................................................................173

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12. Artérias do Períneo.......................................................................178
13. Veias do Períneo.............................................................................180
14. Drenagem Linfática do Períneo................................................181
15. Inervação do Períneo....................................................................182
Referências Bibliograficas.................................................................186

06. ANATOMIA DO APARELHO REPRODUTOR


1. Aparelho reprodutor........................................................................189
2. Aparelho reprodutor feminino......................................................189
3. Aparelho reprodutor masculino...................................................212
Referências Bibliográficas .................................................................235

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APARELHO DIGESTIVO ALTO
C
A
1. Faringe...........................................................................15
2. Esôfago..........................................................................20
3. Estômago .....................................................................28
4. Duodeno........................................................................35
Referências Bibliográficas ..........................................42
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APARELHO DIGESTIVO ALTO 1
1. FARINGE • Parte laríngea da faringe (larin-
gofaringe): posterior à laringe.
A faringe é a parte expandida su-
perior do sistema digestório, pos-
terior às cavidades nasal e oral, A parte laríngea da faringe situa-
que se estende inferiormente além -se posteriormente à laringe, es-
da laringe. A faringe estende-se tendendo-se da margem superior
da base do crânio até a margem da epiglote e das pregas faringo-
inferior da cartilagem cricoidea an- epiglóticas até a margem inferior
teriormente e a margem inferior da da cartilagem cricoidea, onde se
vértebra C6 posteriormente. A fa- estreita e se torna contínua com o
ringe é mais larga (cerca de 5 cm) esôfago. Posteriormente, a parte
defronte ao hioide e mais estreita laríngea da faringe mantém rela-
(cerca de 1,5 cm) em sua extre- ção com os corpos das vértebras
midade inferior, onde é contínua C4 à C6. As paredes posterior e
com o esôfago. A parede posterior lateral são formadas pelos múscu-
plana da faringe situa-se contra a los constritores médio e inferior da
lâmina pré-vertebral da fáscia cer- faringe. Internamente, a parede é
vical. A faringe é dividida em três formada pelos músculos palatofa-
partes: ríngeo e estilofaríngeo. A parte la-
ríngea da faringe comunica-se com
• Parte nasal da faringe (nasofa-
a laringe por meio do ádito da larin-
ringe): posterior ao nariz e su-
ge em sua parede anterior.
perior ao palato mole.
• Parte oral da faringe (orofarin-
ge): posterior à boca.

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ANATOMIA

Figura 1. Secção sagital mediana da faringe. Fonte: logika600/Shutterstock.com

A parede da faringe é excepcional interna. A camada circular exter-


em relação ao trato alimentar, pois na de músculos faríngeos consis-
tem uma lâmina muscular forma- te em três constritores da faringe:
da apenas por músculo voluntário superior, médio e inferior. Os mús-
disposto em uma camada interna culos longitudinais internos são o
de músculo longitudinal e uma palatofaríngeo, o estilofaríngeo e o
camada circular externa. A maior salpingofaríngeo. Esses músculos
parte do trato alimentar é com- elevam (encurtam e alargam) a fa-
posta de músculo liso, com uma ringe e a laringe durante a degluti-
camada de músculo longitudinal ção e a fala.
externa e uma camada circular

16

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APARELHO DIGESTIVO ALTO

Figura 2. Aparelho digestivo alto. Fonte: Autoria Própria

A deglutição é o processo completo receber o bolo alimentar en-


que transfere o bolo de alimento da quanto os músculos supra-hi-
boca através da faringe e esôfago oideos e os músculos faríngeos
para o estômago. O alimento sóli- longitudinais se contraem, el-
do é mastigado e misturado com a evando a laringe. a epiglote se
saliva para formar um bolo macio e fecha.
mais fácil de engolir. A deglutição
• Involuntário: a contração se-
ocorre em três estágios:
quencial dos três músculos
• Voluntário: o bolo é comprimido constritores da faringe cria
contra o palato e empurrado da uma crista peristáltica que for-
boca para a parte oral da faringe, ça a descida do bolo alimentar
principalmente por movimentos para o esôfago.
dos músculos da língua e do pa-
lato mole.
Vascularização da faringe
• Involuntário e rápido: o pala-
to mole é elevado, isolando a A irrigação arterial da faringe é rea-
parte nasal da faringe das par- lizada pelos seguintes vasos: arté-
tes oral e laríngea. A faringe ria tireoidea inferior (ramo do tron-
alarga-se e encurta-se para co tireocervical), artéria tireoidea

17

ANATOMIA M2_17X24.indd 17 07/04/21 20:13


ANATOMIA

superior, artéria faríngea ascen- tireoidea superior, tireoidea média


dente (ramos da carótida externa) (drenam para a veia jugular inter-
e alguns ramos da artéria maxilar. na) e veia tireoidea inferior (drena
Já na drenagem venosa temos os para a veia braquiocefálica).
seguintes vasos: veias faríngeas,

Figura 3. Vascularização arterial e venosa. Fonte: Autoria Própria

18

ANATOMIA M2_17X24.indd 18 07/04/21 20:13


APARELHO DIGESTIVO ALTO

Já a drenagem linfática da faringe ramo ou ramos faríngeos. Elas su-


é realizada pelos linfonodos inter- prem todos os músculos da farin-
mediários, linfonodos retrofarínge- ge e do palato mole, com exceção
os, linfonodo jugulodigástrico que dos músculos estilofaríngeo (su-
drenam para os linfonodos jus- prido pelo NC IX) e tensor do véu
tajugulares que conduzirá para o palatino (suprido pelo NC V3). O
ducto torácico ou para o ducto lin- músculo constritor inferior da farin-
fático direito, desaguando na veia ge também recebe algumas fibras
subclávia. motoras dos ramos laríngeos ex-
terno e recorrente do nervo vago.
As fibras sensitivas no plexo são
Inervação da faringe derivadas do nervo glossofaríngeo.
A inervação da faringe (motora e a Elas são distribuídas para as três
maior parte da sensitiva) deriva do partes da faringe. Além disso, a tú-
plexo nervoso faríngeo. As fibras nica mucosa das regiões anterior e
motoras no plexo são derivadas do superior da parte nasal da faringe é
nervo vago (NC X) através de seu suprida principalmente pelo nervo
maxilar (NC V2).
MAPA MENTAL – FARINGE

Função: participa
Musculatura Divisões
da deglutição e conduz
o alimento da boca
até o esôfago
Músculos constritores Nasofaringe
superior, médio e
inferior: fecham Orofaringe
a nasofaringe e
conduzem o alimento
até o esôfago Laringofaringe

M. palatofaríngeo:
estreita istmo da fauce Faringe Vascularização
e abaixa o véu palatino;
M. salpingofaríngeo
e M. estilofaríngeo: Arterial: artérias
levantam a faringe tireoidea inferior,
tireoidea superior,
Inervação Drenagem linfática faríngea ascendente e
ramos da a. maxilar

Linfonodos
N. vago – fibras retrofaríngeos, Venoso: veias
motoras jugulodigástrico, faríngeas, tireoidea
N. Glossofaríngeo – justajugulares -> superior, tireoidea
fibras sensitivas Ducto torácico ou média e tireoidea
ducto linfático direito inferior

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ANATOMIA M2_17X24.indd 19 07/04/21 20:13


ANATOMIA

2. ESÔFAGO coluna vertebral ao descer atra-


vés do pescoço e do mediastino. O
O esôfago é um tubo muscular de esôfago é dividido em três porções
aproximadamente 25 cm de com- nomeadas de acordo com suas
primento com um diâmetro médio respectivas localizações anatômi-
de 2 cm, que conduz o alimento da cas: porção cervical, porção toráci-
faringe para o estômago. Localiza- ca e porção abdominal.
-se na divisão mediana da caixa
torácica, seguindo a curvatura da

Figura 4. Divisões do Esôfago. Fonte: Autoria Própria

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APARELHO DIGESTIVO ALTO

O esôfago normalmente tem três • Constrição broncoaórtica (torá-


constrições, onde estruturas adja- cica): uma constrição combina-
centes deixam impressões: da, no local onde ocorre primeiro
o cruzamento do arco da aorta,
• Constrição cervical (esfíncter
a 22,5 cm dos dentes incisivos,
superior do esôfago): em seu
e depois o cruzamento pelo brô-
início na junção faringoesofági-
nquio principal esquerdo, a 27,5
ca, a aproximadamente 15 cm
cm dos dentes incisivos.
dos dentes incisivos. causada
pela parte cricofaríngea do • Constrição diafragmática: no
músculo constritor inferior da local onde atravessa o hia-
faringe. to esofágico do diafragma, a
aproximadamente 40 cm dos
dentes incisivos.

Figura 5. Locais de constrição do esôfago.


Fonte: Autoria Própria

21

ANATOMIA M2_17X24.indd 21 07/04/21 20:14


ANATOMIA

O tecido muscular do esôfago se


mostra organizado em lâminas SE LIGA! As diferentes dispo-
musculares circulares internas e sições das fibras musculares do
longitudinais externas, possuindo esôfago – circular e longitudinal
fibras de dois tipos diferentes em – lhe conferem a capacidade de
cada uma de suas três porções: se contrair em dois sentidos: cen-
em seu terço superior (porção cer- trípeto ou centrífugo, fechando
vical) a lâmina externa consiste ou abrindo a sua luz e também
em músculo estriado esquelético no sentido craniocaudal. Dessa
– voluntário; seguindo para o ter- maneira, os movimentos peristál-
ço médio (porção torácica) a mus- ticos do esôfago se dão de forma
culatura sofre uma transição para a apertar e empurrar na direção
músculo liso, de modo que essa caudal o conteúdo em seu inte-
região se apresenta mista, com os rior, sendo possível engolir de ca-
dois tipos de fibras musculares; já beça para baixo com o alimento
o terço inferior (porção abdominal) chegando da mesma maneira ao
é formado predominantemente estômago.
por músculo liso.
Histologicamente, o esôfago é
dividido em quatro camadas: 1-
túnica mucosa – consistindo em
epitélio, glândulas esofágicas, lâ-
mina própria e lamina muscular
da mucosa; 2- Tela submucosa –
apresentando tecido conjuntivo e
maior aporte vascular; 3- túnica
muscular apresentando duas ca-
madas, circular e longitudinal, va-
riando seu tipo de fibra conforme
supracitado; e 4- túnica adventícia.

22

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APARELHO DIGESTIVO ALTO

MAPA MENTAL – ESÔFAGO

Tubo muscular
que conduz o
alimento da faringe
para o estômago

ESÔFAGO

Divisões Anatômicas Divisões Histológicas

Músculo estriado
Porção Cervical Mucosa
esquelético

Músculos estriado
Porção Torácica Submucosa
esquelético e liso

Muscular: circular
Porção Abdominal Músculo liso
e longitudinal

Adventícia

Relações anatômicas do cervical) e alguns músculos longos


esôfago do pescoço.
As relações anatômicas do esô- Na porção torácica, tendo em vista
fago cervical são: anteriormente que o esôfago atravessa a região
a traqueia, a glândula tireoide e o do mediastino, temos as seguintes
nervo laríngeo recorrente; lateral- relações anatômicas: anteriormen-
mente relaciona-se com grandes te o arco aórtico, a continuação da
vasos como a carótida comum traqueia, os brônquios principais
e a veia jugular interna, a porção esquerdo e direito, o pericárdio e
posterior da tireoide e o ducto to- o diafragma; posteriormente as
rácico (lado esquerdo); superior- veias ázigos e hemiázigo (sistema
mente temos a laringofaringe e alternativo de drenagem) e a colu-
posteriormente a lâmina pré-ver- na vertebral; lateralmente temos o
tebral da fáscia cervical (coluna ducto torácico, a artéria subclávia

23

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ANATOMIA

esquerda, o arco aórtico, o nervo que se situa na altura da vértebra


laríngeo recorrente esquerdo, a T11, é recoberto pelo peritônio se-
pleura mediastinal, a veia ázigos e roso e apresenta as seguintes re-
o nervo vago. lações anatômicas: anteriormente
O esôfago abdominal é a porção temos o lobo esquerdo do fígado;
final do órgão, se encontra à es- posteriormente a bolsa omental;
querda da linha mediana, entra no inferiormente o estômago e su-
abdome através do hiato esofági- periormente o diafragma, ao qual
co, termina na junção gastroeso- é fixado por tecido conjuntivo que
fágica/óstio cárdico do estômago forma o ligamento frenicoesofági-
co inferior.

MAPA MENTAL – RELAÇÕES ANATÔMICAS DO ESÔFAGO

Relações
Anatômicas
do Esôfago

Esôfago Cervical Esofagotorácico Esôfago Abdominal

Anteriormente: arco
Anteriormente:
aórtico, traqueia, Anteriormente: lobo
traqueia, tireoide,
brônquios principais, esquerdo do fígado
N. laríngeo recorrente
pericárdio e diafragma

Lateralmente: carótida Posteriormente: veias


Posteriormente:
comum, jugular interna, ázigos e hemiázigo e
bolsa omental
tireoide, ducto torácico coluna vertebral

Lateralmente: ducto Superiormente:


Superiormente: torácico, subclávia diafragma – ligamento
laringofaringe esquerda, arco aórtico, frênico inferior
N. laríngeo recorrente
esquerdo, pleura
mediastinal, veia ázigo
Posteriormente: coluna e o nervo vago.
cervical e alguns músculos Inferiormente: estômago
longos do pescoço

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COLEÇÃO MÓDULO III

S U P E R M AT E R I A L

ANA
TO
MIA
APARELHO
LOCOMOTOR

GLÂNDULAS
ENDÓCRINAS

A N ATO M I A
CIRÚRGICA

CAPAS - MODULOS ANATOMIA SANAR FLIX 17x24cm COMPLETO.indd 9 06/04/2021 12:14:06

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SUMÁRIO

01. MEMBROS SUPERIORES


1. Introdução..................................................................................................15
2. Cintura Escapular ..................................................................................16
3. Braço ..........................................................................................................25
4. Antebraço .................................................................................................29
5. Mão .............................................................................................................38
6. Irrigação Arterial .....................................................................................42
7. Drenagem venosa e linfática..............................................................44
Referências Bibliográficas ......................................................................48

02. MEMBROS INFERIORES


1. Introdução e definição...........................................................................51
2. Quadril e cíngulo do membro inferior..............................................53
3. Coxas...........................................................................................................69
4. Pernas.........................................................................................................85
5. Pés................................................................................................................95
6. Vascularização dos membros inferiores.....................................107
Referências bibliográficas ....................................................................115

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03. ANATOMIA: TIREOIDE E PARATIREOIDE
1. Introdução...............................................................................................119
2. Aspectos Anatômicos da Tireoide................................................119
3. Aspectos Anatômicos das Paratireoides...................................125
4. Vascularização e Inervação da Tireoide e da Paratireoide..127
5. Fisiologia da Tireoide..........................................................................137
6. Fisiologia da Paratireoide..................................................................138
7. Correlações Clínicas............................................................................140
8. Exames de Imagem............................................................................145
Referências Bibliográficas ....................................................................149

04. ANATOMIA DO TIMO E DAS


GLÂNDULAS SUPRARRENAIS
ANATOMIA DAS GLÂNDULAS SUPRARRENAIS.............. 153
1. Definição.................................................................................................153
2. Localização.............................................................................................154
3. Revestimento........................................................................................154
5. Formato....................................................................................................155
7. Irrigação arterial....................................................................................157
8. Drenagem venosa...............................................................................159
9. Drenagem linfática..............................................................................159
10. Inervação .............................................................................................160
11. Características radiográficas........................................................161

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ANATOMIA DO TIMO............................................................... 161
1. Definição ................................................................................................161
2. Alterações com a idade.....................................................................162
3. Formato ..................................................................................................163
4. Localização ............................................................................................164
6. Drenagem venosa...............................................................................167
7. Drenagem linfática..............................................................................167
8. Inervação.................................................................................................168
9. Características radiográficas...........................................................168
Referências Bibliográficas ....................................................................170

05. ANATOMIA APLICADA À CIRURGIA


1. Introdução ..............................................................................................173
2. Acessos cirúrgicos .............................................................................173
Referências Bibliográficas ....................................................................180

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MEMBROS SUPERIORES
C
A
1. Introdução.....................................................................15
2. Cintura Escapular .....................................................16
3. Braço .............................................................................25
4. Antebraço ....................................................................29
5. Mão ................................................................................38
P
Í
6. Irrigação Arterial ........................................................42
7. Drenagem venosa e linfática.................................44
Referências Bibliográficas .........................................48

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MEMBROS SUPERIORES 1
1. INTRODUÇÃO articulação do ombro até o cotove-
lo; o antebraço, que vai do cotove-
O esqueleto apendicular supe- lo ao punho; e a mão, que consiste
rior é caracterizado por sua mo- em punho, palma, dorso da mão e
bilidade e capacidade de executar dedos.
atividades motoras finas. Pode ser
dividido em 4 segmentos princi- Os dois membros superiores estão
pais: o ombro e a cintura escapu- unidos ao tronco (esqueleto axial)
lar, formada pelo complexo mus- apenas anteriormente pelo es-
culoarticular do ombro; o braço, terno e a movimentação de cada
segmento mais longo que vai da membro é independente do outro.

MAPA MENTAL – MEMBROS SUPERIORES

CINTURA ESCAPULAR

ESQUELETO
MÃO APENDICULAR BRAÇO
SUPERIOR

ANTEBRAÇO

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ANATOMIA

2. CINTURA ESCAPULAR tronco e funciona como um supor-


te móvel para a escápula se mo-
A cintura escapular é o segmento ver. Embora seja longa, não possui
mais proximal do esqueleto apen- canal medular (como os ossos lon-
dicular superior e se superpõe a gos). Pode ser dividida em corpo e
partes do tórax e dorso. A cintura extremidades esternal e acromial:
escapular é formada por dois os- a extremidade esternal tem for-
sos: a clavícula (componente an- ma alargada e triangular, compon-
terior) e a escápula (componente do a articulação esternoclavicular;
posterior). já a extremidade acromial é pla-
na, fazendo parte da articulação
Componente ósseo acromioclavicular. Possui a forma
de “S”, sendo os dois terços me-
A clavícula é o osso que une o es- diais convexos anteriormente e o
queleto apendicular superior com o terço lateral, côncavo.

Figura 1. Clavícula – visão superior e inferior. Fonte: studiovin/Shutterstock.com

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MEMBROS SUPERIORES

A escápula é um osso plano, trian- três fossas são superfícies ósseas


gular, situado na face posterior do onde se fixam os múculos.
tórax, ao nível da 2ª a 7ª coste- A espinha da escápula se continua
las. Sua face posterior é convexa lateralmente como o acrômio, que
e possui a espinha da escápula, forma o ponto mais proeminente
que a divide em fossa supraespi- do ombro e se articula com a ex-
nal e infraespinal. Medialmente, a tremidade acromial da clavícula.
espinha escapular apresenta o tu- Na superfície lateral há a cavidade
bérculo deltoide, ponto de fixação glenoidal, uma fossa oval, cônca-
do músculo deltoide. A face ante- va e rasa, com direção anterolate-
rior é côncava e forma uma gran- ral que se articula com o úmero.
de fossa subescapular. Essas

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ANATOMIA

Figura 2. Cintura escapular. Fonte: Tefi/Shutterstock.com

MAPA MENTAL – OSSOS DA CINTURA ESCAPULAR

CINTURA
ESCAPULAR

CLAVÍCULA ESCÁPULA

EXTREMIDADE ESTERNAL ESPINHA DA ESCÁPULA

EXTREMIDADE ACROMIAL FOSSA SUPRA E INFRAESPINAL

FOSSA SUBESCAPULAR

ACRÔMIO

CAVIDADE GLENOIDAL

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MEMBROS SUPERIORES

Articulação Esse disco está fixado aos liga-


mentos esternoclaviculares an-
A articulação esternoclavicular
terior e posterior e ao ligamento
é o único ponto de transmissão de
interclavicular. O ligamento in-
choques do membro superior para
terclavicular se estende de uma
o esqueleto axial; é sinovial do tipo
clavícula a outra, na extremidade
selar e dividida em dois compar-
esternal superior, o que torna a ar-
timentos por um disco articular.
ticulação muito forte.

Figura 3. Articulação esternoclavicular. Fonte: Autoria Própria

A articulação acromioclavicular Essa articulação é reforçada pelo


também é sinovial, plana, forma- ligamento acromioclavicular, li-
da pela extremidade acromial da gamento coracoacromial e pelo
clavícula e o acrômio da escápu- ligamento coracoclavicular, que
la. A membrana fibrosa reveste a é composto pelo ligamento conoi-
cápsula articular; internamente, é de e trapezoide.
revestida pela membrana sinovial.

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ANATOMIA

Figura 4. Articulações acromioclavicular e glenoumeral. Fonte: Alila Medical Media/Shutter-


stock.com

SAIBA MAIS!

A articulação acromioclavicular (AC) propriamente dita é fraca, sendo facilmen-


te lesada por um golpe direto. Em esportes de muito contato, como futebol
americado e artes marciais, uma queda sobre o ombro ou sobre o MMSS esten-
dido não raro leva à luxação da articulação AC.

Componente muscular O peitoral maior origina-se na


metade medial da clavícula, face
Músculos toracoapendicula-
anterior do esterno e seis cartila-
res anteriores: juntos movem o
gens costais superiores; insere-
cíngulo do membro superior; são
-se na lateral do sulco intertuber-
eles: peitoral maior, peitoral menor,
cular do úmero; e tem a função
subclávio e serrátil anterior.

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MEMBROS SUPERIORES

de aduzir e rodar medialmente o costal; insere-se na face inferior


úmero e mover a escápula anterior do terço médio da clavícula; e
e inferiormente. tem a função de fixar e deprimir a
O peitoral menor origina-se nas clavícula.
costelas 3 a 5, próximo de suas O serrátil anterior origina-se nas
cartilagens costais; insere-se na faces externas das laterais das
margem medial e face superior costelas 1 a 8; insere-se na face
do processo coracoide da es- anterior da margem medial da
cápula; e tem a função de esta- escápula; e tem a função de pro-
bilizar a escápula, deslocando-a trair (ato de empurrar) a escápula,
anteroinferiormente. mantê-la contra a parede torácica
O subclávio origina-se na junção e girá-la.
da 1ª costela e sua cartilagem

Figura 5. Músculos do ombro – vista anterior. Fonte: Ren B/Shutterstock.com

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ANATOMIA

Músculos toracoapendiculares O levantador da escápula origi-


posteriores: trapézio, latíssimo na-se nos tubérculos posteriores
do dorso, levantador da escápu- dos processos transversos das
la, romboide menor e romboide vértebras C1 a C4; insere-se na
maior. margem medial da escápula su-
O trapézio origina-se no terço perior; e tem a função de elevar a
medial da linha nucal superior, escápula e girar sua cavidade gle-
protuberância occipital externa, noidal inferiormente.
ligamento nucal e processos es- O romboide menor origina-se no
pinhosos das vértebras C7 a T12; ligamento nucal e processos es-
insere-se no terço lateral da cla- pinhosos das vértebras C7 e T1;
vícula, acrômio e espinha da es- insere-se na extremidade medial
cápula; e tem a função de retrair a da espinha da escápula; e tem a
escápula e girar a cavidade glenoi- função de fixar a escápula à pa-
dal superiormente. rede torácica, retraí-la e girar sua
O latíssimo do dorso origina-se cavidade glenoidal inferiormente.
nos processos espinhosos de T7 O romboide maior origina-se nos
a T12, fáscia toracolombar, crista processos espinhosos das vérte-
ilíaca e 3 costelas inferiores; inse- bras T2 a T4; insere-se na mar-
re-se no assoalho do sulco intertu- gem medial da escápula, da espi-
bercular do úmero; e tem a função nha até o ângulo; e tem a função
de estender, aduzir, girar medial- de fixar a escápula à parede torá-
mente o úmero e elevar o corpo cica, retraí-la e girar sua cavidade
em direção aos braços durante glenoidal inferiormente.
escaladas.

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MEMBROS SUPERIORES

Figura 6. Músculos do ombro – vista posterior. Fonte: Hank Grebe/Shutterstock.com

Músculos escapuloumerais: del- O redondo menor origina-se na


toide, redondo maior, redondo parte média da margem lateral da
menor, supraespinal, infraespinal escápula; insere-se na face inferior
e subescapular. do tubérculo maior; e tem a função
O deltoide origina-se no terço de rodar lateralmente o braço.
lateral da clavícula, acrômio e es- O supraespinal origina-se na fos-
pinha da escápula; insere-se na sa supraespinal escapular; insere-
tuberosidade do úmero; e tem a -se na face superior do tubérculo
função de fletir, estender, abduzir maior; e tem a função de auxiliar
e rodar medial e lateralmente o o deltoide na abdução dos MMSS.
membro superior. O infraespinal origina-se na fossa
O redondo maior origina-se na infraespinal escapular; insere-se
face posterior do ângulo inferior da na face média do tubérculo maior;
escápula; insere-se no lábio me- e tem a função de rodar lateral-
dial do sulco intertubercular; e tem mente os MMSS.
a função de aduzir e rodar medial-
mente o braço.

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ANATOMIA

O subescapular origina-se na fossa subescapular; insere-se no tubércu-


lo menor; e tem a função de rodar medialmente os MMSS.

SE LIGA! Os músculos redondo menor, supraespinal, infraespinal e subescapu-


lar fazem parte do manguito rotador. Esses 4 músculos formam um componen-
te musculotendíneo ao redor da articulação do ombro, que protege e estabiliza
a articulação. A contração desses músculos mantém a cabeça do úmero na
rasa cavidade glenoidal durante a movimentação do braço.

Figura 7. Músculos do manguito rotador. Fonte: VectorMine/Shutterstock.com

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