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SUMÁRIO

1. Introdução e definição............................................... 3
2. Esqueleto axial............................................................. 4
3. Ossos Parietais............................................................ 7
4. Osso Frontal.................................................................. 8
5. Osso Occipital............................................................10
6. Ossos temporais.......................................................12
7. Osso Esfenoide..........................................................15
8. Osso Etmoide.............................................................17
Referências Bibliográficas..........................................20
DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO 3

1. INTRODUÇÃO Os ossos são uma forma muito espe-


E DEFINIÇÃO cializada de tecido conjuntivo, que pro-
porcionam sustentação para o corpo,
O sistema esquelético humano é for-
proteção de estruturas vitais, base me-
mado por ossos e cartilagens e pode
cânica para os movimentos, depósito
ser dividido em duas partes funcionais:
mineral (cálcio e fosfato), além de for-
o esqueleto axial e o esqueleto apen-
necer suprimento contínuo de novas
dicular. O esqueleto axial é composto
células sanguíneas (medula óssea).
pelo crânio, coluna vertebral e caixa
torácica. Já o esqueleto apendicular é A cartilagem é uma forma resiliente e
constituído pelos ossos dos membros semirrígida de tecido conjuntivo que
superiores e inferiores, incluindo as compõe as articulações e promovem a
cinturas superior (escapular) e inferior ligação dos ossos entre si, permitindo
(pélvica), que unem os membros ao o movimento. Está presente nas áre-
esqueleto axial (Figura 1). as onde é necessária mais flexibilidade
(como na união das costelas ao esterno).
Os ossos e as cartilagens são revesti-
dos por tecido conjuntivo fibroso: o peri-
ósteo e o pericôndrio, respectivamente.
Esse revestimento nutre as faces ex-
ternas dessas estruturas e depositam
mais cartilagem ou mais osso quando
necessário (ex: consolidação de fratu-
ras), além de formar a base para a fixa-
ção dos tendões e ligamentos.
Os ossos são classificados de acordo
com a sua morfologia em longos, cur-
tos, planos, irregulares, pneumáticos
e sesamoides. Maiores detalhes so-
bre os tipos de ossos e suas peculia-
ridades foram abordados no material
e na aula “Classificação Morfológica
Figura 1: Divisão do Sistema Esquelético. Fonte: https://
bit.ly/3105j7C dos Ossos”.
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DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO

Crânio: 22 ossos

Esqueleto Axial Coluna Vertebral:


(80 ossos) 33 ossos

Caixa Torácica: 25 ossos

Sistema
Esquelético
(206 ossos)

Cintura superior
(Escapular): 4 ossos

Esqueleto Apendicular Membros Superiores:


(126 ossos) 60 ossos

Cintura inferior (Pélvica):


2 ossos

Membros Inferiores:
60 ossos

2. ESQUELETO AXIAL
O esqueleto axial é composto por 80 axial do esqueleto sustenta a cabeça,
ossos dispostos em três regiões prin- o pescoço e o tronco e protege o en-
cipais: o crânio, a coluna vertebral e a céfalo, a medula espinhal e os órgãos
caixa torácica (Figura 2). Essa divisão do tórax.
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face e é formado por 14 ossos: nasais


(2), mandíbula, maxilares (2), zigomá-
ticos (2), conchas nasais inferiores (2),
vômer, lacrimais (2), palatinos (2). (Fi-
gura 3)

Figura 2: Esqueleto Axial. Fonte: Google Imagens.

O crânio, formado por ossos do crâ-


nio e da face, é a estrutura óssea mais Figura 3: Ossos do Crânio e da face. Fonte: https://bit.
ly/2GxMTlu
complexa do corpo e seus ossos en-
volvem e protegem o encéfalo, além
de fornecerem locais de fixação para O crânio tem, aproximadamente, 85
alguns músculos do pescoço e da ca- aberturas conhecidas (forames, ca-
beça. Para fins didáticos, o crânio é nais e fissuras). As mais importantes
dividido em Neurocrânio e Viscero- delas proporcionam passagem para a
crânio (face). medula espinhal, para o conjunto de
O neurocrânio é a parte do crânio vasos sanguíneos que suprem o en-
que envolve o encéfalo e as menin- céfalo e para os 12 pares de nervos
ges cranianas, sendo formado por 8 cranianos, que conduzem impulsos
ossos: frontal, parietais (2), occipital, do e para o encéfalo.
temporais (2), etmoide e esfenoide. Neste material iremos abordar as es-
O viscerocrânio forma o esqueleto da truturas ósseas do Neurocrânio.
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DIVISÃO DO ESQUELETO AXIAL E OSSOS DO CRÂNIO

Frontal

Parietais (2)

Occipital
Neurocrânio
(8 ossos)
Crânio: 22 ossos Temporais (2)

Esfenoide

Etmoide
ESQUELETO
Coluna Vertebral:
AXIAL
33 ossos Nasais (2)
(80 OSSOS)

Maxilares (2)

Zigomáticos (2)

Caixa Torácica:
25 ossos Mandíbula
Viscerocrânio
(14 ossos)
Lacrimais (2)

Palatinos (2)

Conchas Nasais
Inferiores (2)

Vômer
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3. OSSOS PARIETAIS tabela 1 e podem ser observadas na


figura 4.
Os dois grandes ossos parietais são
classificados como ossos laminares SUTURA
Localizada no plano coronal, é o
local de encontro dos ossos parie-
(ou planos), possuem formato retân- CORONAL
tais com o frontal.
gulo curvo e formam a maior parte da Localizada na parte lateral inferior
SUTURAS
calota craniana, além de constituírem do crânio, é o local onde os ossos
ESCAMOSAS
a maior parte da região superior do parietais encontram os temporais.

crânio. Os locais onde os ossos parie- SUTURA


Localizada na linha mediana
superior, é o local onde os ossos
tais se articulam com outros ossos do SAGITAL
parietais encontram-se.
crânio são chamados de sutura. As Localizada na parte posterior, é o
quatro suturas principais do crânio e SUTURA
local onde os parietais encontram
LAMBDOIDE
suas localizações estão expostas na o osso occipital.
Tabela 1: Principais suturas do crânio, suas localizações
e relações.

Bregma
Osso frontal

Sutura coronal
Sutura sagital

Forame parietal
(para veia emissária)

Osso parietal
Lambda

Sutura lambdóide
Osso occipital

Figura 4: Suturas cranianas. Fonte: NETTER, Frank Henry. Atlas de Anatomia Humana. Ed. Elsevier, 2015.
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Nos recém-nascidos, os locais de en-


contro das suturas não estão conso- SE LIGA!: As fontanelas e as suturas
lidados e são formados por áreas de “abertas” facilitam a passagem do bebê
durante o parto e permitem o cresci-
tecido fibroso chamadas de fontane- mento normal do encéfalo do bebê.
las. A fontanela anterior (bregma) é o Dessa forma, o fechamento precoce
ponto de encontro da sutura coronal dessas estruturas – chamado de cra-
nioestenose ou craniossinostose - pode
com a sutura sagital, é a mais proe-
causar deformidades no formato da ca-
minente e a que se fecha mais tardia- beça e lesões neurológicas. Além dis-
mente. A fontanela posterior (lambda) so, as fontanelas são importantes para
é o local de junção da sutura sagital a prática: o abaulamento em repouso
da fontanela pode indicar aumento da
com a sutura lambdoide e costuma pressão intracraniana, enquanto que o
fechar-se no primeiro mês de vida. afundamento da mesma (juntamente
com outros sinais clínicos) é sugestivo
de desidratação.

OSSOS PARIETAIS
DEFINIÇÃO SUTURAS FONTANELAS
Coronal: encontro dos parietais com o osso fron-
Dois ossos Anterior ou Bregma
tal
Escamosas: locais de encontro do parietal com o
Ossos laminares (ou planos) Posterior ou Lambda
osso temporal
Sagital: local onde os ossos parietais se encon-
Formato retângulo curvo
tram, na linha mediana superior
Formam a maior parte da Lamboide: encontro dos parietais com o osso
calota craniana occipital

4. OSSO FRONTAL Lateralmente à glabela e imedia-


tamente acima das órbitas, encon-
O osso frontal é um osso pneumáti-
tram-se os arcos supraciliares (ou
co que forma a testa (fronte) e o teto
frontais ou superiores), local de
da órbita. Um dos principais pontos
passagem de muitos vasos sanguí-
de destaque desse osso é a glabela,
neos (razão pela qual um corte na re-
parte lisa na linha mediana do osso
gião da sobrancelha costuma sangrar
que possui importância clínica pelo
muito!)
fato de ser um local de passagem de
muitas estruturas nervosas, ou seja, A margem supraorbital (ou mar-
é um ponto de avaliação de resposta gem superior) é perfurada pelo fora-
à dor. me supraorbital (ou incisura supra-
orbital). Por essa abertura passam o
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nervo (uma ramificação do V nervo Internamente, o osso frontal participa


craniano) e a artérias supraorbitais, da formação da fossa anterior do crâ-
que suprem a fronte. nio, onde se apoiam o lobo frontal do
Também lateralmente à glabela, po- cérebro. Além disso, na parte inter-
rém mais profundos, estão os seios na do osso encontram-se a espinha
do osso frontal, preenchidos por ar. nasal e a incisura etmoidal que vão
acomodar, respectivamente, os ossos
O processo zigomático prolonga o nasais e o osso etmoide. Além disso,
arco da órbita e, junto com o proces- a espinha nasal é o limite inferior do
so frontal do osso zigomático, forma a osso frontal.
“maçã” do rosto.

Figura 5: Vista anterior do osso frontal. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koogan, 2000.

Figura 6: Vista inferior do osso frontal. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koogan, 2000.
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OSSO FRONTAL estende-se anteriormente, a partir da


DEFINIÇÃO PONTOS IMPORTANTES protuberância occipital externa na di-
Osso Glabela: local de passagem de reção do forame magno. Essa crista
pneumático muitas estruturas nervosas
auxilia na fixação do ligamento nu-
Forma a testa Arcos supraciliares: local de
cal, ligamento elástico que se situa no
(fronte) e o teto passagem de muitos vasos
da órbita sanguíneos plano mediano da região posterior do
Forame supraorbital: local de pescoço e conecta as vértebras cervi-
passagem do nervo e artéria cais ao crânio.
supraorbital
Cortando a crista occipital externa,
Seios frontais
estão as linhas nucais superiores e
Processo Zigomático: forma as
maçãs do rosto, junto com o inferiores. As linhas nucais e as regi-
processo frontal do ões ósseas entre são áreas de fixação
osso zigomático de músculos do pescoço e dorso. A
Espinha nasal: limite inferior do linha nucal superior define o limite su-
osso; acomoda os ossos nasais
perior do pescoço.
Incisura etmoidal: acomoda o
osso etmoide Internamente, o osso occipital forma
as paredes da fossa posterior do crâ-
nio e acomoda o cerebelo. Na base do
5. OSSO OCCIPITAL osso, está o forame magno, estrutu-
O osso occipital é classificado com la- ra muito importante pois é o local de
minar (ou plano) e forma a base pos- passagem dos nervos espinhais.
terior da calota craniana e da base do O forame magno é ladeado por dois
crânio. Ele articula-se com os ossos côndilos occipitais que se articu-
parietais na sutura lambdóidea e lam com a primeira vértebra da colu-
com os ossos temporais nas suturas na vertebral e permite que a cabeça
occiptomastóideas. faça alguns movimentos, como o mo-
A protuberância occipital externa é vimento de “sim”. Medial e superior-
uma saliência na região mediana do mente a cada côndilo, está o canal do
crânio, que localiza-se na junção entre nervo hipoglosso.
a base e a parede posterior da calota Anteriormente ao forame magno, o
craniana. A crista occipital externa osso occipital une-se ao osso esfe-
noide através do processo basilar.
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Figura 7: Vista externa do osso occipital. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koogan, 2000.

Figura 8: Vista interna do osso occipital. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koogan, 2000.
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OSSOS OCCIPITAL projeta anteriormente para encontrar


DEFINIÇÃO PONTOS IMPORTANTES o osso zigomático da face. Juntas, es-
Osso laminar ou Protuberância occipital sas duas estruturas ósseas formam o
plano externa
arco zigomático, comumente chama-
Forma a base Crista occipital externa:
da de “osso da bochecha”. Na super-
posterior da calota auxilia na fixação do liga-
craniana mento nucal fície inferior do processo zigomático,
Articula-se com os encontra-se a fossa mandibular, que
parietais na sutura recebe a cabeça da mandíbula, for-
Linhas nucais superiores e
lambdoidea e com
inferiores: áreas de fixação de mando a articulação temporomandi-
os temporais nas
suturas
músculos do pescoço e dorso bular (ATM), de grande mobilidade.
occipitomastóideas A parte timpânica circunda o meato
Acomoda o Forame magno: local de pas- acústico externo (ou canal auditivo
cerebelo sagem dos nervos espinhais
externo), local por onde o som entra na
Côndilos occipitais: ponto
de articulação com a 1ª
orelha. O meato acústico e membrana
vértebra timpânica em sua extremidade profun-
Canal do nervo hipoglosso da são partes da orelha externa.
Processo basilar: local de A parte petrosa contribui para a
união do occipital com o
esfenoide
formação da base do crânio e forma
uma cunha óssea entre o osso occipi-
tal posteriormente e o osso esfenoide
6. OSSOS TEMPORAIS anteriormente. Interiormente, encon-
tra-se a fossa média do crânio, que
Os ossos temporais são classificados acomoda os lobos temporais do cére-
como irregulares e formam as regiões bro. As cavidades das orelhas média
laterais inferiores do crânio e partes e interna estão instaladas no interior
de assoalho. Cada osso temporal tem da parte petrosa e contêm o
uma forma complexa e é dividido em aparelho sensorial de
três partes principais: parte escamo- audição e equilí-
sa, parte timpânica e parte petrosa. brio.
O forame ju-
CURIOSIDADE! O osso temporal pos- gular está
sui esse nome pois é o primeiro local
onde aparecem os cabelos grisalhos, si- l o c a l i za d o
nal da passagem do tempo. onde a par-
te petrosa
se une ao
A parte escamosa margeia a sutu- osso occipi-
ra escamosa e tem um processo zi- tal e através
gomático em forma de barra que se
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desse forame passa a veia jugular Lateral e posterior ao processo esti-


interna (maior veia da cabeça) e os loide, está o proeminente processo
nervos cranianos IX, X e XI. O canal mastoide, local de inserção para al-
carótico abre-se na face inferior do guns músculos do pescoço. O pro-
crânio, anteriormente ao forame jugu- cesso mastoide é cheio de cavidades
lar, e é o local de passagem da artéria de ar chamadas de células mastoide-
carótida interna, principal artéria que as, separadas do encéfalo por uma
nutre o encéfalo. O meato acústico cobertura fina de osso. O forame es-
interno encontra-se na face posterior tilomastoideo está localizado entre
da parte petrosa e por ele trafegam os processos estiloide e mastoide e é
os nervos cranianos VII (facial) e VIII o local de saída de VII nervo craniano
(vestibulococlear). (nervo facial).
O processo estiloide projeta-se in-
feriormente a partir da parte petrosa SE LIGA!: Infecções podem se espalhar
e tem um formato de agulha. Essa a partir da garganta para a orelha mé-
dia e as células mastoideas. Tal infecção,
estrutura é um ponto de fixação para
chamada de mastoidite, pode se espa-
alguns músculos da língua e da farin- lhar para o encéfalo, devido à fina cober-
ge e para o ligamento que conecta o tura óssea
crânio ao osso hioideo (pescoço).

Figura 9: Divisões do osso temporal. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koogan,
2000.
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Figura 10: Vista lateral do osso temporal. Fonte: SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. Guanabara Koo-
gan, 2000.

OSSOS TEMPORAIS

DEFINIÇÃO DIVISÕES PONTOS IMPORTANTES

Parte
Ossos irregulares Processo zigomático
escamosa
Formam as regiões laterais inferio- Parte Fossa mandibular: recebe a cabeça da mandíbula e forma a
res do crânio e parte do assoalho timpânica ATM
Parte
Meato acústico externo
petrosa
Cavidade das orelhas média e interna: audição e equilíbrio
Forame jugular: local de passagem da veia jugular interna e
dos NC IX, X e XI.
Canal carótico: local de passagem da artéria carótida interna
Meato acústico interno: local de passagem dos NC VII e VIII
Processo estiloide: fixação de músculos da língua e da faringe.
Processo mastoide: local de inserção de músculos do pescoço
Forame estilomastoideo: local de saída do VII NC
Células mastoideas
* ATM: articulação temporomandibular
** NC: nervos cranianos
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7. OSSO ESFENOIDE a partir das asas maiores e servem


como pontos de inserção para os
O osso esfenoide tem um formato si-
músculos pterigoideos, que ajudam
milar a um “morcego de asas abertas”,
a fechar a mandíbula na mastigação.
abrange toda a largura da base do
crânio e é considerado a “pedra funda- O osso esfenoide tem cinco abertu-
mental” do crânio, uma vez que forma ras importantes em cada lado. O ca-
uma cunha central que se articula com nal óptico localiza-se imediatamente
todos os outros ossos da região. anterior à sela turca. O II nervo crania-
no (nervo óptico) passa através dessa
O esfenoide é composto por um cor-
abertura, saindo da órbita em direção
po central e três pares de processos:
à cavidade craniana.
as asas menores, as asas maiores e
os pterigoideos. O corpo contém a As outras quatro aberturas alinham-
crista esfenoidal, estrutura que ser- -se de forma crescente, lateralmente
ve de apoio ao septo nasal. Na super- ao corpo do esfenoide. A fissura orbi-
fície superior do corpo está localizada tal superior é a mais anterior dessas
uma depressão em formato de sela estruturas e é longa fenda entre as
chamada de sela túrcica. O “assento” asas maiores e menores. Ela permite
desta sela é chamado de fossa hipo- a passagem de várias estruturas da
fisial pois abriga a glândula hipófise. e para a órbita, como os nervos cra-
Dentro do corpo do esfenoide estão nianos que controlam os movimentos
os seios esfenoidais. dos olhos (III, IV e VI).
As asas maiores projetam-se la- O forame redondo está no segmen-
teralmente a partir do corpo do es- to medial da asa maior e o forame
fenoide, formando partes da fossa oval situa-se posterolateralmente a
média do crânio e da órbita. Exter- ele. Esses forames são passagens
namente, as asas maiores formam através das quais os ramos maxilar
a parede lateral do crânio, anterior- e mandibular do V nervo craniano
mente à parte escamosa dos ossos saem do crânio. O forame espinhoso
temporais. encontra-se posterior e lateralmente
ao forame oval. Através desse forame
As asas menores, em forma de chi-
passa a artéria meníngea média, em
fre, formam parte da fossa anterior do
direção às superfícies internas dos
crânio e uma parte da órbita.
ossos parietais e da parte escamosa
Os processos pterigoides, em forma dos ossos temporais.
de calha, projetam-se inferiormente
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Figura 11: Osso esfenoide. Fonte: Marieb, Elaine. Anatomia Humana. Pearson Education do Brasil, 2014.

OSSO ESFENOIDE

DEFINIÇÃO DIVISÕES PONTOS IMPORTANTES

Abrange toda a largura


Corpo Crista esfenoidal: apoio ao septo nasal
da base do crânio
Articula-se com todos os Asas maiores: formam partes da fossa
Sela túrcica
ossos do neurocrânio média do crânio e da órbita
Formato de “morcego de Asas menores: formam parte anterior do Fossa hipofisial: aloja a glândula hipó-
asas abertas” crânio e uma parte da órbita fise
Processos pterigoides: ponto de inser-
Seios esfenoidais
ção para os músculos pterigoideos
Canal óptico: passagem do II NC
Fissura orbital superior: passagem dos
NC III, IV e V
Forame redondo
Forame oval
Forame espinhoso: passagem da artéria
meníngea média
* NC: nervos cranianos
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8. OSSO ETMOIDE cérebro.


O etmoide está situado anterior ao Entre as duas lâminas cribriformes, na
osso esfenoide e posterior aos ossos linha mediana, está a crista etmoidal
nasais, formando a maior parte da que, juntamente com a foice do cére-
área óssea medial entre a cavidade bro, ajuda na manutenção da posição
nasal e as órbitas. do encéfalo dentro da cavidade cra-
niana.

CURIOSIDADE!: O nome “etmoide” tem


A lâmina perpendicular do osso et-
origem na palavra grega ethmos, que moide projeta-se inferiormente no
significa “peneira”. O osso recebe esse plano mediano e constitui o segmen-
nome devido aos seus seios. to superior do septo nasal. Em cada
lado da lâmina perpendicular situa-se
Sua superfície superior é formada pe- um delicado labirinto etmoidal, pre-
las lâminas cribriformes (crivosas), enchido por células etmoidais (seios
horizontais e emparelhadas, que con- etmoidais).
tribuem para formar o teto da cavida- Estendendo-se medialmente do labi-
de nasal e o assoalho da fossa ante- rinto etmoidal estão as conchas na-
rior do crânio. As lâminas cribriformes sais superior e média, que se pro-
são perfuradas pelos forames da lâ- jetam para dentro da cavidade nasal.
mina cribriforme, local de passagem As superfícies laterais do labirinto são
do I nervo craniano (nervo olfatório) chamadas de lâminas orbitais por-
que corre da cavidade nasal para o que contribuem para formar as pare-
des mediais da órbita.

Figura 12: Vista anterior do osso etmoide. Fonte: Marieb, Elaine. Anatomia Humana. Pearson Education do Brasil, 2014.
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OSSOS OCCIPITAL
DEFINIÇÃO FUNÇÕES
Forma a maior
Lâminas cribriformes:
parte da área óssea
formam o teto da cavidade
medial entre a
nasal e o assoalho da fossa
cavidade nasal e as
anterior do crânio
órbitas
Forames da lâmina cribri-
forme: local de passagem
do I NC
Crista etmoidal: ajuda na
manutenção da posição do
encéfalo
Lâmina perpendicular:
segmento superior do septo
nasal
Labirinto etmoidal
Seios etmoidais
Conchas nasais superior e
média
Lâminas orbitais: contri-
buem para formar as pare-
des mediais da órbita
* NC: nervos cranianos
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MAPA MENTAL OSSOS DO CRÂNIO

• Lâminas cribriformes, forames da


lâmina cribriforme, crista etmoidal, • Ossos laminares ou planos • Osso pneumático
lâmina perpendicular, labirinto etmoidal, • Suturas: coronal, escamosas, sagital e • Glabela, arcos supraciliares, forame
conchas nasais superior e média, lambdoide supraorbital, espinha nasal, incisura
lâminas orbitais • Fontanelas anterior e posterior etmoidal
• Seios etmoidais • Seios frontais

OSSO ETMOIDE OSSOS PARIETAIS OSSO FRONTAL

OSSO ESFENOIDE OSSOS TEMPORAIS OSSO OCCIPITAL

• Formato de “morcego de asas abertas”


• Corpo, asas maiores, asas menores e • Ossos irregulares • Osso laminar ou plano
processos pterigoideos • Partes: escamosa, timpânica e petrosa • Suturas lambdoide e occipitomastóideas
• Crista esfenoidal, sela túrcica, fossa • Processo zigomático, fossa mandibular, • Protuberância occipital externa, linhas
hipofisial, canal óptico, fissura orbital meato acústico externo e interno, nucais superiores e inferiores, forame
superior, forame redondo, forame oval, forame jugular, canal carótico, processo magno, côndilos occipitais, canal do
forame espinhoso estiloide, processo mastoide nervo hipoglosso,, processo basilar
• Seios esfenoidais
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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Moore, Keith L. Anatomia orientada para a Clínica. 7ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2014.
Drake, et al. Gray’s Anatomia Clínica para Estudantes. 3ªed.
Goldman-Cecil. Medicina. 25ªed.
Marieb, Elaine; Wilhelm, Patricia; Mallatt, Jon. Anatomia Humana. São Paulo: Pearson Edu-
cation do Brasil, 2014.
DIVISÃO DO SISTEMA ESQUELÉTICO E OSSOS DO CRÂNIO 21

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