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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

EMBRIOGÊNESE
DOS VASOS
SANGUÍNEOS

EMBRIOLOGIA 1
EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

EMBRIOGÊNESE
DOS VASOS
SANGUÍNEOS
CONTEÚDO: TATIANNE ROSA DOS SANTOS
CURADORIA: RODRIGO CHAVES

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

SUMÁRIO

EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS .......................................... 5

FORMAÇÃO DO SANGUE E SURGIMENTO DA VASCULATURA ......... 5

VASCULOGÊNESE E ANGIOGÊNESE ......................................................... 6

Vasculogênese: .............................................................................................................. 6

Angiogênese: .................................................................................................................. 7

DIFERENCIAÇÃO DE ARTÉRIAS E VEIAS ................................................. 7

IMPORTÂNCIA CLÍNICA - ANGIOMAS ...................................................... 7

DESENVOLVIMENTO DAS ARTÉRIAS DO ARCO AÓRTICO ................. 8

Derivados das Artérias do Primeiro Par de Arcos Faríngeos ........................... 9

Derivados das Artérias do Segundo Par de Arcos Faríngeos.......................... 9

Derivados das Artérias do Terceiro Par de Arcos Faríngeos ........................... 9

Derivados das Artérias do Quarto Par de Arcos Faríngeos ............................. 9

Derivados das Artérias do Sexto Par de Arcos Faríngeos ................................ 9

VASOS DERIVADOS DA AORTA DORSAL ............................................ 10

Artérias vitelínicas ...................................................................................................... 10

Artéria celíaca: ............................................................................................................. 10

Artéria mesentérica superior: .................................................................................. 10

Artéria mesentérica inferior: .................................................................................... 10

Brotamentos laterais da aorta ................................................................................ 11

Glândulas adrenais..................................................................................................... 11

Gônadas ........................................................................................................................ 11

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

Rins ................................................................................................................................. 11

DESENVOLVIMENTO DAS VEIAS ASSOCIADAS AO CORAÇÃO ...... 11

DESENVOLVIMENTO DA VEIA CAVA INFERIOR .................................. 13

CIRCULAÇÃO FETAL E NEONATAL ......................................................... 13

Circulação fetal ............................................................................................................ 13

Circulação neonatal.................................................................................................... 14

Derivados dos vasos e estruturas fetais.............................................................. 14

Veia umbilical ............................................................................................................... 15

Ducto venoso ............................................................................................................... 15

Forame Oval ................................................................................................................. 15

Ducto Arterial............................................................................................................... 15

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 16

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

EMBRIOGÊNESE DOS VASOS 17º dia de desenvolvimento humano: evi-

SANGUÍNEOS dência da formação de sangue e de vasos


sanguíneos no mesoderma esplâncnico
Na terceira semana do desenvolvimento extraembrionário da vesícula umbilical na
humano se inicia a formação do sistema região adjacente ao endoderma.
cardiovascular. Este desenvolvimento pre-
Marcadores para esses agrupamentos ce-
coce se deve ao crescimento rápido do em-
lulares (células de hemangioblastos) –
brião e consequente necessidade de um
Vegfr2 ou Flk1.
método eficiente para aquisição de oxigê-
nio e nutrientes a partir do sangue materno Progenitores de células hematopoiéticas
e da elimi- nação de dióxido de carbono e e células precursoreas endoteliais (EPCs)
restos metabólitos. Os vasos começam a surgem de dentro desses agrupamentos
surgir no décimo sétimo dia de desenvolvi- de hemangioblastos.
mento humano e passam por uma série de
remodelações ao longo do tempo. O pa- Ilhotas sanguíneas: agregados de células
drão da circulação muda drasticamente ao sanguíneas envoltas por células endoteli-
nascimento quando o neonato começa a ais. As células sanguíneas que se formam
respirar. Este material se concentra na for- a partir das ilhotas sanguíneas da vesícula
mação dos principais vasos e diferenças da umbilical são principalmente os eritrócitos
circulação fetal e neonatal. primitivos.

Também há a formação de macrófagos e


megacariócitos na parede da vesícula um-
FORMAÇÃO DO SANGUE E bilical.
SURGIMENTO DA
Vasculogênese: processo em que as célu-
VASCULATURA
las endoteliais em diferenciação se organi-
A formação do sangue e surgimento da zam em pequenos vasos capilares.
vasculatura acontecem no início da terceira
Rede vascular primária inicial: os peque-
semana de desenvolvimento.
nos capilares formados se alongam e se
As primeiras células que se diferenciam em conectam, estabecendo assim uma rede
um fenótipo funcional no embrião são as vascular.
células hematopoiéticas e células endote-
liais.

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

A vesícula umbilical se encontra completa- desenvolvimento até que os órgãos hema-


mente vascularizada até o final da terceira topoiéticos intraembrio- nários que pos-
semana. suem as células tronco hematopoiéticas
definitivas assumam essa tarefa.
A vesícula umbilical é o primeiro fornece-
dor de células sanguíneas para a circulação
embri- onária.
VASCULOGÊNESE E
60º dia de desenvolvimento: a vesícula ANGIOGÊNESE
umbilical deixa de atuar como órgão eritro-
poiético. No mesoderma esplâncnico intraembrio-
nário: no décimo oitavo dia de desenvolvi-
Órgãos intraembrionários (fígado, baço, mento os vasos sanguíneos começam a se
timo, medula óssea) assumem a função de desenvolver
fornecer eritrócitos maduros e outras li-
nhagens de células sanguíneas maduras à Os vasos sanguíneos formados no meso-
circulação. derma esplâncnico intraembrionário não
estão asso- ciados à hematopoiese
Fígado: primeiro órgão a ser colonizado.
Esse órgão permanece como principal ór- Vasculogênese:
gão hema- topoiético do embrião e do feto • O endoderma subjacente secreta
até o início da hematopoiese da medula substâncias indutoras que levam a
óssea. Colonização do fígado ocorre atra- diferenciação de células do meso-
vés de pelo menos duas ondas derma esplâncnico em angioblas-
tos.
Hematopoiese da medula óssea: próximo • Os angioblastos se desenvolvem
ao parto em células endoteliais achatadas e
se unem para for- mar pequenas
Até a quinta semana de gestação: ocorre a
vesículas.
mudança da geração de eritroblastos nu-
• Essas estruturas vesiculares se
cleados primitivos para eritrócitos anucle- unem em longos tubos ou vasos
ados que sintetizam hemoglobina fetal • Praticamente todo o mesoderma
(eritrócitos definiti- vos) esplâncnico intraembrioário tem a
capacidade de formar vasos por
Importância das células extraembrionárias
esse processo.
primitivas: prover um suprimento sanguí-
neo pre- coce para o embrião em

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

Angiogênese: especificação arterial ou venosa an-


• Processo em que novos vasos são tes do início do fluxo sanguíneo.
formados por brotamento e ramifi- • Porém, estudos também sugerem
cação a partir de vasos já existentes que as células endoteliais possam
• Responsável pela contínua remode- manter um certa capacidade plás-
lação dos vasos sanguíneos tica para integrarem ao endotélio ar-
• A expansão e a remodelação dos terial ou venoso com base em es- tí-
vasos sanguíneos ocorre por meio mulos presentes no local.
de células endo- teliais existentes e
vasos gerados por vasculogênese

Plexo vascular: após a formação do plexo IMPORTÂNCIA CLÍNICA -


vascular, é necessário que haja a remode- ANGIOMAS
lação para acompanhar o crescimento do
embrião e a formação de um sistema de ar- Estimulados por fatores angiogênicos, os

térias e veias vasos sanguíneos são estimulados em ór-


gãos que estão em desenvolvimento, po-
rém se ocorrerem falhas na inibição do
crescimento desses vasos no momento
DIFERENCIAÇÃO DE ARTÉRIAS E
correto ou estimulação novamente após o
VEIAS
nascimento poderá haver a formação de
Diferenciação quanto à direção do fluxo uma massa en- trelaçada de vasos sanguí-
sanguíneo: neos e linfáticos com consequências clíni-
cas.
• Artéria: afasta-se do coração.
• Veia: em direção ao coração Hemangioma capilar ou nevo vascular:
crescimento excessivo de pequenas redes
Esses vasos apresentam muitas diferenças de capila- res
morfológicas e fisiológicas, porém tem a
mesma origem Hemangioma cavernoso: proliferação de
seios venosos maiores
Os fatores que direcionam e orientam a
identidade vascular ainda não são total- Hemangioma infantil (tumor benigno mais
mente escla- recidos: comum na infância): consistem em células
endo- teliais com ou sem lúmen,
• Estudos sugerem que as células en-
doteliais possam adquirir uma

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

membranas basais de múltiplas camadas e do primeiro par de artérias do arco aór-


tecido fibroso tico

Hemangiossarcoma (angioma metastá- No processo de dobramento do embrião


tico): casos raros (mais precisamnte devido à formação da
prega ce- fálica): as extremidades craniais
Doença de Hippel-Lindau: indivíduos com
das aortas são posicionadas em uma alça
mutação em um gene supressor tumoral
dorsoventral.
que apre- sentam múltiplos hemangioblas-
tomas na retina, no fígado, no sistema ner- Assim o primeiro par de artérias do arco
voso central, carci- nomas de células renais aórtico se situa no mesênquima do pri-
e cistos viscerais potencialmente fatais meiro par de arcos faríngeos em ambos os
lados da faringe em desenvolvimento.

DESENVOLVIMENTO DAS Ventralmente: as artérias do arco aórtico


surgem do saco aórtico.
ARTÉRIAS DO ARCO AÓRTICO
Dorsalmente: as artérias do arco aórtico se
Seis pares de condensações mesenqui-
conectam com as aortas dorsais esquerda
mais se desenvolvem ao redor da laringe.
e direita.
Quinto arco nucnca se desenvolve por
completo ou se forma brevemente e re- • Formação das artérias dos arcos
gride – assim tem sido questionada a exis- aórticos dois, três e quatro: entre o
tência de um sexto arco. 26º e 28º dias de de- senvolvi-
mento – processo ocorre por vas-
Em humanos surgem em sequência crani-
culogênese e angiogênese.
oaudal e forma uma cesta de artérias em
o Localizadas nos seus res-
torno da faringe.
pectivos arcos faríngeos
A maioria dos vasos sanguíneos do em- • Formação da artéria do sexto
arco aórtico: 29º dia de desenvol-
brião, incluindo as aortas dorsais pares, se
vimento.
desenvolve ao mesmo tempo do tubo car-
díaco. As artérias dos dois primeiros arcos farín-
geos vão regredindo a medida que os ar-
Entre o vigésimo segundo e vigésimo cos aórticos posteriores vão sendo forma-
quarto dia de desenvolvimento: formação dos.

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

Derivados das Artérias do Terceiro Par


de Arcos Faríngeos
As artérias dos arcos aórticos
irão originar importantes As porções proximais dessas artérias for-
vasos da cabeça, pescoço e mam as artérias carótidas comuns, que

parte superior do tórax. vas- cularizam estruturas da cabeça

Derivados das Artérias do Quarto Par de


Arcos Faríngeos
As artérias sofrem intensa remodelação ao
A artéria do quarto arco aórtico esquerdo
longo do desenvolvimento. Abaixo são ci-
forma parte do arco da aorta - a parte pro-
tados os principais derivados das artérias
ximal do arco desenvolve-se do saco aór-
dos arcos aórticos.
tico e a parte distal é derivada da aorta
Derivados das Artérias do Primeiro Par dorsal esquerda
de Arcos Faríngeos
A artéria do quarto arco aórtico direito
Porções remanescentes formam as arté- torna-se a porção proximal da artéria
rias maxilares, que suprem as orelhas, os subclá- via direita
den- tes e músculos dos olhos e da face.
Derivados das Artérias do Sexto Par de
Essas artérias podem também contribuir Arcos Faríngeos
para a formação das artérias carótidas ex-
Formação do ducto arterioso; artéria es-
ternas.
querda do sexto arco aórtico compõe o
Derivados das Artérias do Segundo Par ducto arterioso e parte das artérias pulmo-
de Arcos Faríngeos nares.

Porções dorsais dessas artérias persistem Ducto arterioso: permite o fluxo de sangue
e formam o tronco das artérias estapédi- do tronco pulmonar para a aorta descen-
cas, pequenos vasos que correm através dente durante toda a gestação.
do anel dos estribos, pequenos ossos da
orelha média.

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

VASOS DERIVADOS DA AORTA anastomose com a aorta dorsal – Artéria

DORSAL celíaca, artéria mesentérica superior e ar-


téria mesentérica posterior.
A aorta dorsal desenvolve ramos ventrais,
• suprimento do intestino abdominal
laterais e posterolaterais. Abaixo estão
em desenvolvimento
destacadas os ra- mos responsáveis pela
• servem de base para a divisão do
vascularização do trato gastrointestinal,
trato gastrointestinal em três regi-
adrenais, gônadas e rins.
ões embrionárias: intestino anterior,
médio e posterior

Artérias vitelínicas Artéria celíaca:

Dão origem ao suprimento arterial do Mais superior das três artérias vitelinas ab-
trato gastrointestinal. dominais.

Quando a vesícula umbilical (saco vitelino) Na altura do 12º nível torácico desenvol-
encolhe durante o dobramento do em- vem ramos que vascularizam a porção
brião, há a união dos plexos vitelinos es- abdo- minal do intestino anterior (do esô-
querdo e direito – formação de artérias que fago abdominal até o segmento descen-
sofrem anastomoses com os plexos vascu- dente do duodeno), o fígado, o pâncreas e
lares do futuro intestino e com a superfície a vesícula biliar.
da aorta dorsal.
Possui um ramo que vasculariza o baço.
Após remodelação, esses vasos perdem a
Artéria mesentérica superior:
conexão com a vesícula umbilical, tornam-
• Na altura do primeiro nível lombar
do vasos que fornecem sangue da aorta
• Supre o intestino médio em desen-
dorsal para o trato gastrointestinal.
volvimento – corresponde ao seg-
Posição cranial ao diafragma: cinco pares mento descedente do duodeno até a
de artérias se desenvolvem em anasto- região do colón transverso próximo
mose com a aorta dorsal. à flexura cólica esquerda

• suprimento da área do esôfago torá- Artéria mesentérica inferior:


cico. • Na altura do terceiro nível lombar
• Supre o intestino posterior em de-
Posição caudal ao diafragma: três pares
senvolvimento – corresponde a
de artérias se desenvolvem em

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

porção distal do có- lon transverso, Há o alongamento da artéria gonadal com


o cólon descendente e o sigmóide e a continuidade da descida da gônada (prin-
o reto superior. cipalmente os testículos).

Rins

São vascularizados por uma sucessão de


A extremidade inferior do ramos aórticos à medida que ocorre a as-
canal anorretal é vasculari- cen- ção renal durante o desenvolvimento.
zada por ramifica- ções das
Durante esse trajeto dos rins, as artérias
artérias ilíacas.
que temporariamente fazem a vasculariza-
ção renal sofrem degeneração e vão sendo
substituídas por artérias localizadas em ní-
Brotamentos laterais da aorta veis mais elevados.

Os brotamentos laterais da aorta descen- O par final de artérias responsável pela


dente vascularizam as glândulas adrenais, vascularização dos rins são as artérias re-
gônadas e rins nais na região lombar superior.

Glândulas adrenais

As artérias suprarrenais se desenvolvem DESENVOLVIMENTO DAS VEIAS


dos ramos aórticos – principal alimentação ASSOCIADAS AO CORAÇÃO
para as glândulas.
Durante a quarta semana do desenvolvi-
Também possuem ramos da artéria renal e mento são observados três pares de veias
da artéria frênica. escoando para o coração embrionário tu-
bular: veias vitelínicas, veias umbilicais e
Gônadas
veias cardinais. Inicialmente obser- vamos
Vascularizadas pelas artérias gonadais uma simetria devido a entrada dos três pa-
que surgem no décimo nível torácico. res de veias no seio venoso, um represen-
tante de cada vaso está localizado em um
Com o descimento das gônadas durante o corno do seio venoso (esquerdo e direito),
desenvolvimento, as artérias gonadais se juntamente com a remodelação do seio ve-
tornam fixas no 3º ou 4º nível lombar. noso há também a remodelação das veias
associadas ao coração.

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

Veias vitelínicas: levam sangue pouco oxi- da veia umbilical esquerda torna- se a veia
genado a partir da vesícula umbilical. um- bilical).

Após passar através do septo transverso, Grande desvio venoso - o ducto venoso -
as veias vitelínicas entram na extremidade se desenvolve no interior do fígado e co-
venosa do coração – o seio venoso. necta a veia umbilical à veia cava inferior.

A veia vitelínica esquerda sofre regressão Ducto venoso: permite que a maior parte
do sangue que vem da placenta vá direta-
A veia vitelínica direita forma a maior
mente ao coração, sem passar pela rede de
parte do sistema portal hepático, assim
capilares do fígado.
como a parte da veia inferior da veia cava
Veias cardinais comuns: levam sangue
o Como o primórdio hepático cresce para
pouco oxigenado a partir do corpo do em-
o interior do septo transverso, os cordões
brião, entram no seio venoso e sofrem mo-
hepáticos se anastomosam ao redor de es-
dificações conforme ocorre a remodelação
paços preexistentes revestidos por en-
do seio venoso.
doté- lio. Esses espaços, primórdios dos si-
nusóides hepáticos, mais tarde se ligam às Veias cardinais anteriores – drenam regi-
veias vitelínicas ões cefálicas.

Veias umbilicais: levam sangue oxigenado Tornam-se unidas por uma anastomose, a
a partir do primórdio da placenta. qual desvia o sangue da veia cardinal an-
terior es- querda para a anterior direita –
Correm em cada lado do fígado e transpor-
veia braquiocefálica esquerda.
tam sangue oxigenado da placenta para o
seio venoso. Porção caudal da veia cardinal anterior es-
querda se degenera.
Com o desenvolvimento do fígado, as
veias umbilicais perdem as suas conexões A veia cava superior origina-se da veia
com o coração e deságuam no fígado. cardinal anterior direita e da veia cardinal
comum direita.
A veia umbilical direita desaparece durante
a sétima semana, deixando a veia umbili- Veias cardinais posteriores – drenam re-
cal esquerda como o único vaso transpor- gião caudal do embrião.
tador de sangue oxigenado da placenta
São suplementadas e, posteriormente,
para o embrião (porção caudal persistente
substituídas por dois pares adicionais de

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

veias, as veias subcardinais e supracardi- CIRCULAÇÃO FETAL E


nais, que se desenvolvem na parede do NEONATAL
corpo em posição medial às veias cardinais
posteriores. O sistema cardiovascular fetal supri neces-
sidades pré-natais uma vez que os pul-
Esses dois sistemas são, de início, bilate-
mões pré-natais não fazem trocas gasosas
ralmente simétricos, mas sofrem uma ex-
e os vasos pulmonares estão contraídos.
tensa remodelação durante o desenvolvi-
Ao nascimento ocorre o estabeleci- mento
mento.
da circulação pulmonar e cessa a corrente
saguínea vinda da placenta; assim inpor-
tantes mo- dificações na circulação são ne-
DESENVOLVIMENTO DA VEIA
cessárias.
CAVA INFERIOR
Circulação fetal
Formada através de uma série de altera-
ções nas veias primitivas do tronco quando Sangue altamente oxigenado e rico em nu-
o sangue, retor- nando da parte caudal do trientes retorna da placenta pela veia um-
embrião, é transferido do lado esquerdo bilical.
para o lado direito do corpo.
Sangue sob alta pressão passa direta-
Formada por quatro segmentos: mente para o ducto venoso – como conse-
quência, esse sangue é desviado do fígado.
• Segmento hepático derivado da veia
hepática (parte proximal da veia vite- Após um pequeno trajeto na veia cava in-
línica direita) e de sinusóides hepá- ferior, o sangue entra no átrio direito do
tico coração.
• Segmento pré-renal derivado da
veia subcardinal direita
• Segmento renal derivado de anasto-
moses entre as veias subcardinais e Como a veia cava inferior contém
as veias supracardi- nais sangue pobremente oxigenado
vindo dos membros inferiores, do
• Segmento pós-renal derivado da
abdome e da pelve, o sangue que
veia supracardinal direita chega ao átrio direito não é tão bem
oxigenado quanto o que vem da
veia umbilical, mas ainda possui um
alto teor de oxigênio.

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

A maior parte do sangue da veia cava infe- • Queda expressiva da resistência vas-
rior é direcionado pela borda inferior do cular pulmonar.
septo se- cundário, através do forame • Aumento acentuado da circulação
oval, para o átrio esquerdo. sangüínea pulmonar.
• Adelgaçamento progressivo das pa-
Há a mistura com uma quantidade de san-
redes das artérias pulmonares - pul-
gue relativamente pequena e fracamente
mões aumen- tam de tamanho com
oxigenada que está retornando dos pul-
as primeiras respirações.
mões pelas veias pulmonares.
Logo que o bebê nasce, o forame oval, o
O sangue passa, então, do átrio esquerdo
ducto arterial, o ducto venoso e os vasos
para o ventrículo esquerdo e deixa, assim,
umbilicais não são mais necessários.
o cora- ção através da aorta ascendente.
O esfíncter do ducto venoso se contrai de
Cerca de 10% do sangue vai aos pulmões,
tal modo que todo o sangue que entra no
mas a maior parte dele passa através do
fígado passa através dos sinusóides hepá-
ducto arterial para a aorta descendente e
ticos.
vai para o corpo fetal, retornando para a
placenta através das artérias umbilicais. O fechamento da circulação placentária
causa uma queda imediata da pressão
Ducto arterial protege os pulmões da so-
sangüínea na veia cava inferior e no átrio
brecarga circulatória e permite que o ven-
direito.
trículo di- reito se fortaleça em preparação
para a sua total capacidade funcional ao Em virtude do aumento da circulação san-
nascimento. güínea, a pressão no átrio esquerdo torna-
se então mais alta do que no átrio direito.
Circulação neonatal
A pressão atrial esquerda aumentada é
A circulação do sangue fetal através da
responsável pelo fechamento fisiológico
placenta se encerra e os pulmões do bebê
do forame oval.
se expan- dem e começam a funcionar –
circulação pulmonar. Derivados dos vasos e estruturas fetais

A aeração dos pulmões ao nascimento Devido às alterações do sistema cardio-


está associada a: vascular ao nascimento as estruturas fetais
da circulação san- guínea sofrem transfor-
mações.

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

Veia umbilical Fechamento anatômico ocorre no terceiro


mês neonatal - resultante da proliferação
• Permanece patente por um período
de tecido e adesão do septum primum na
considerável sendo utilizada para
margem esquerda do septum secundum.
transfusões no período neonatal ini-
cial (primeiras quatro semanas) Septum primum forma o assoalho da fossa
• A porção intra-abdominal da veia oval.
umibilical torna-se o ligamento re-
Ducto Arterial
dondo do fígado (L. ligamentum te-
res) que se estende do umbigo à Normalmente, o fechamento funcional do
porta do fígado ducto arterial é completado nos primeiros
dias após o nascimento.
Ducto venoso

O fechamento anatômico do ducto arterial


É transformado no ligamento venoso.
e a formação do ligamento arterial nor-
O ligamento venoso passa pelo fígado malmente ocorrem até a décima segunda
desde o ramo esquerdo da veia porta até a semana neonatal.
veia cava inferior, à qual é conectado.
Ligamento arterial: ligamento denso e
Forame Oval curto vai da artéria pulmonar esquerda ao
arco da aorta.
Normalmente se fecha funcionalmente ao
nascimento.

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EMBRIOGÊNESE DOS VASOS SANGUÍNEOS

REFERÊNCIAS

Moore, K. L.; Persaud, T. V. N. Embriologia clínica. 10ª ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2016.

SCHOENWOLF, G. C.; BLEYL, S. B.; BRAUER, P. R.; FRANCIS-WEST, P. H.


Larsen Embriologia Humana. 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010.

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