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Benefícios da fisioterapia no tratamento de linfedema pós-mastectomia radical:

uma revisão literária

Resumo

Este trabalho objetiva apresentar através de bibliográfias, os benefícios que a


fisioterapia traz ao tratamento de linfedema pós-mastectomia radical. A mastectomia
radical é a remoção total da mama, com o peitoral maior e a dissecação do nódulo
axilar. Com a umretirada, há um comprometimento do sistema linfático causando
linfedema, que é o acumulo anormal de proteínas no interstício provocando edema e
inflamação crônica no membro acometido.

Com isso, a fisioterapia após a mastectomia, está focada na prevenção e no


tratamento de alterações na circulação linfática, nas capacidades motoras globais,
respiratórias e circulatórias desenvolvendo, atividades que promovam uma
movimentação mais próxima do normal da extremidade comprometida, através de
procedimentos básicos como a drenagem linfática, enfaixamento compressivo,
contenção elástica ou malhas compressivas e cinesioterapia.

Portanto, podemos ver que com a intervenção fisioterápica, reduz-se o linfedema,


assim como a prevenção de complicações pós-cirúrgicas.
Palavras-chave: Fisioterapia, Linfedema, Mastectomia Radical.

1. Introdução
O câncer de mama é uma doença complexa e heterogênea e sua evolução é lenta
ou rapidamente progressiva, ele é a neoplasia de maior ocorrência entre as mulheres de
países desenvolvidos ou em desenvolvimento.
No Brasil é a principal causa de morte, por neoplasia maligna entre as mulheres
brasileiras e a segunda causa de morte em geral. O tratamento de câncer de mama tem
priorizado o tratamento de linfedema, e a prevenção da diminuição da função da
extremidade superior.

A fisioterapia auxilia pacientes no pós-operatório, utilizando recursos


fisioterapêuticos como a drenagem linfática que ajuda a diminuir o edema. Quando se
opta por a mastectomia, deve-se considerar a possibilidade de realizar a reconstrução
mamária imediata.
2. Fundamentação
A Mastectomia é a intervenção cirúrgica parcial ou total da mama (LOPES, 2009).
Segundo Damasceno et al. (1999), desde o fim do século passado até a década dos
setenta o tratamento para o câncer de mama consistia em submeter às pacientes com
condições cirúrgicas à mastectomia radical.
O câncer de mama é a formação de um tumor maligno a partir da multiplicação
exagerada e desordenada de células anormais, podendo apresentar-se através de
inúmeras formas clínicas e morfológicas, diferentes graus de agressividade e um
importante potencial metastático.

O câncer de mama é considerado uma das doenças mais temidas por as mulheres
devido a gravidade, rápida evolução e muitas vezes a sua mutilação. A cirurgia tem
como objetivo controlar a patologia através da remoção de todas as células malignas,
proporcionando maior sobrevida, identificando também o risco de metástase, neste caso
se inclui o esvaziamento axilar para controlar o desenvolvimento da doença.
Segundo Smeltzer & Bare (2000), são quatro os tipos de procedimentos cirúrgicos:
a) Mastectomia parcial: É a remoção de quantidades variáveis de tecido mamário,
incluindo o tecido maligno e alguns tecidos vizinhos;
b) Quadrantectomia: É um tipo de mastectomia parcial que consiste na remoção de um
quadrante do tecido;
c) Mastectomia radical modificada: É a remoção de todo o tecido mamário e dissecação
do nódulo axilar;
d) Matectomia radical: É a remoção de toda a mama juntamente com o peitoral maior,
menor e dissecação do nódulo axilar.
Logo, a decisão do tipo de procedimento que vai ser realizado, depende dos
achados intra-operatórios, das circunstâncias clínicas e da idade da paciente. Sempre
que se indicar uma mastectomia, deve-se considerar a possibilidade de se realizar a
reconstrução mamária.

4. Resultados e Discussão
Podemos observar neste estudo, a importância da intervenção fisioterapêutica na
pós-mastectomia, contribuindo de forma significativa na prevenção e redução do
linfedema.
Quanto às técnicas fisioterápicas empregadas no tratamento do linfedema, a
drenagem linfática manual e a cinesioterapia foram as mais citadas.
Independente do tipo de cirurgia que foi realizada, as complicações podem vir, sendo as
mais frequentes: o linfedema e a diminuição da amplitude de movimento no membro
superiorafetado.
O tratamento eficaz para pacientes com linfedema consiste na drenagem linfática
manual, cuidados com a pele e compressão, tendo como princípio a drenagem do
líquido intersticial acumulado no membro comprometido.
Portanto, concluí-se que a cinesioterapia é fundamental no tratamento do
linfedema, principalmente na primeira fase, quando se objetiva a redução do linfedema.
Os resultados finais demonstram que a intervenção fisioterapêutica traz muitos
benefícios na redução do linfedema. Desta forma, fica evidente que a fisioterapia deverá
atuar de forma global as repercussões funcionais do paciente com linfedema, reduzindo
assim os sintomas apresentados.

5. Conclusão
Fica comprovado que a intervenção da fisioterapia através da drenagem linfática,
enfaixamento compressivo, contenção elástica e cinesioterapia, traz benefícios na
prevenção e tratamento de linfedema. O texto demonstra também, a eficácia quando
realizado imediatamente para prevenir as sequelas pós-mastectomia, como aderência
cicatricial, retrações, fibrose, dor na incisão, alterações da sensibilidade, alterações
posturais, linfedema e a diminuição da amplitude de movimento.
A paciente que faz fisioterapia diminui o tempo de recuperação, e retorna mais
rapidamente as atividades diárias. Os movimentos cinesiológicos facilitam a integração do
lado operado com o resto do corpo, o que possibilita além do seu retorno à sua rotina, a
aceitação de seu corpo.
Logo, podemos perceber a existência de literaturas, discutindo sobre a metodologia.
Onde se evidencia com explicações científicas, os benefícios da intervenção
fisioterapêutica no tratamento de linfedema.

Referências bibliográficas
1) Retirado do site https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/35/16_-
_BenefYcios_da_fisioterapia_no_tratamento_de_linfedema_pYs-mastectomia_radical.pdf
em 03/04/2023

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