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19/03/2022

INCONTINÊNCIA
URINÁRIA

Prof. Esp. Luísa Moreno Monte Raso

SOBRE MIM Fisioterapeuta


Especialista em Fisioterapia em Traumato-
ortopedia e Reumatologia pela FCMPB

Experiência docente de 12 anos, com


direcionamento para Saúde da mulher e do
homem há 10 anos.
Docente da FPB
Membro do Naped da FCMPB
Fisioterapeuta da saúde da mulher e do
homem na clínica Perinatalis

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NEUROFISIOLOGIA
DA MICÇÃO

Relembrando alguns
conceitos
Anatomia

Sistema nervoso

BEXIGA

Função

Capacidade de armazenamento

Detrusor

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Esfíncter interno

Controle voluntário

Esfíncter externo

URETRA Controle involuntário

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO


SNS SNP
Centro parassimpático -
Centro simpático - T10 - L2
S2 - S4
Nervo Hipogástrico
Nervo Pélvico

• Controla
• Controla o
armazenamento vesical
esvaziamento vesical

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SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO


SNS
S2 - S4
Nervo Pudendo

• Controla armazenamento e
esvaziamento vesical por
controle voluntário

REFLEXO DA MICÇÃO

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REFLEXO DA MICÇÃO

Quanto mais Reflexos de Contrações


a bexiga se micção mais mais fortes do
enche frequentes m. detrusor.

Uma vez iniciado, o reflexo de micção é


auto-regenerativo

Contração Estiramento Aumentam as


inicial da de receptores contrações
bexiga sensoriais da bexiga

REFLEXO Após um tempo,


há fadiga,
DA interrompe-se o
ciclo e abexiga
MICÇÃO relaxa

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FASE DE ENCHIMENTO
• SNS - Nervo Hipogástrico
• Neurotransmissor - Norepinefrina
• Relaxamento do detrusor e contração do
esfíncter

Bexiga Reflexo de Contrações


enchendo estiramento miccionais

FASE DE ESVAZIAMENTO
• SNP - Nervo Pélvico
• Neurotransmissor - Acetilcolina
• Contração do detrusor e relaxamento do
esfíncter

Contração
Relaxamento Eliminação
dos esfíncteres da urina
do detrusor
e musculatura

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CONTINÊNCIA URINÁRIA

Depende:

•Integridade do conjunto anatômico;


•Saúde geral – física e mental.

INCONTINÊNCIA URINÁRIA

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DEFINIÇÃO

Qualquer queixa de perda involuntária de urina

Associação Internacional de Uroginecologia (IUGA)e a


International Continence Society (ICS)

INCONTINÊNCIA URINÁRIA
30 - 70 % Meia -idade e
da maior a
população medida que a
acometida Acomete homens idade avança
e mulheres numa
proporção de
Interfere na qualidade
quase 2x mais
de vida – isolamento
em mulheres
social, depressão,
baixa auto-estima.

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Geralmente associada à diminuição do estrogênio

Geralmente associada ao aumento da próstata

Idade Exercícios físicos de alto impacto

Obesidade
Constipação intestinal
Cirurgias
Paridade
Distúrbios cognitivos

CLASSIFICAÇÃO
IU de
Urgência
IU Esforço

IU Mista
Outras

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IU ESFORÇO

Perda involuntária de urina devido aumento da pressão


intra-abdominal que ultrapassa a pressão uretral, sem
contração do detrusor.

Hipermobilidade do colo vesical


Defeito esfincteriano uretral

IU ESFORÇO
Causa mais comum:
• Homens - lesão do colo vesical ou esfíncter uretral
por trauma ou cirurgia.
• Mulheres - mau suporte da unidade esfincteriana
vesicouretral por fraqueza ou ruptura da musculatura
do assoalho pélvico e ligamentos

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IU URGÊNCIA
Perda involuntária de urina precedida de um desejo
súbito de urinar.

Associada à Bexiga Hiperativa (BH)

Mais comum com o avançar da idade

Efeito negativo importante sobre a qualidade de


vida

IU URGÊNCIA Hesitação pré-


miccional

Urgência Noctúria

Disúria

Polaciúria
Diminuição do
volume urinado

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IU URGÊNCIA
Causas mais comuns

• Lesões traumáticas neurogênicas;


• Obstruções;
• Inflamações (cistite intersticial);
• Diabetes;
• Hiperplasia benigna da próstata;
• Iatrogenia. l

IU URGÊNCIA
Apesar de a incontinência
urinária de urgência estar
Se liga! normalmente ligada à bexiga
hiperativa, nem sempre a
bexiga hiperativa causa
incontinência.

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IU MISTA

IUE
Em geral, essas
pacientes não
IUM
apresentam
IUU queixas referentes
à fase de
esvaziamento
vesical.

IU POR TRANSBORDAMENTO
Quando não há contração do detrusor mesmo com
grande distensão vesical. Ex.: trauma raquimedular

• Diminuição da sensibilidade da bexiga;


• Fraqueza do dtrusor;
• Obstrução na uretra que dificulta o esvaziamento
regular.

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IU FUNCIONAL

Resultado de condições que diminuam a consciência


da necessidade de urinar ou que o impeçam de
chegar ao banheiro, como nos quadros de doenças
articulares e osteomusculares, doenças neurológicas
ou de problemas cognitivos.

AVALIAÇÃO
FISIOTERAPÊUTICA

Como
Intimidade Gradação
perguntar

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AVALIAÇÃO
Identificação
Anamnese
QP / HDA Medicação

Doenças associadas Hábitos alimentares e intestinais

Cirurgias prévias Atividades / limitações


História gineco-obstétrica

HÁBITOS URINÁRIOS
Perda urina

Tipo Uso de absorvente

Quantidade Tipo de disfunção

Frequência urinária

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HÁBITOS URINÁRIOS
Sintomas

Frequência de idas ao banheiro


Sitomas: urgência / urgeincontinência / noctúria / enurese /
dispareunia / ardência durante a miccção / dificuldade de
esvaziamento

HÁBITOS URINÁRIOS
Vontade ou perda

Sob estresse ou ansiedade


Em contato com água

Associado a algum esforço

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EXAME FÍSICO

Esclarecimento sobre o procedimento

Esclarecimentos anatômicos

Privacidade

EXAME FÍSICO
Inspeção

Alteração da vulva

Prolapsos

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EXAME FÍSICO
Inspeção

Teste de esforço - perda involuntária

Contração da MAP

EXAME FÍSICO
Palpação
• Exame neurológico

Cutâneo-anal - estimulação na pele do períneo - contração


do esfíncter externo anal
Bulbocavernoso - estimulação do clitóris - contração do
esfíncter anal
Sensibilidade em sela: sensibilidade tátil da pele do períneo.

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EXAME FÍSICO
Palpação

Avaliação funcional do assoalho pélvico

Contrações associadas - abdominais; adutores; glúteos;


apnéia

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QUALIDADE DE VIDA
Questionários

Qualidade de vida - SF 36
Incontinence Impact Questionnaire (IIQ)
Urogenital Distress Inventory (UDI)
Kings Health Questionnaire (KHQ),

DIÁRIO MICCIONAL
Registrar durante 1 ou 3 dias
Horário de cada micção
Quantidade de urina eliminada
Episódios de incontinência
Volume da ingestão de líquidos.

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DIÁRIO MICCIONAL
Valores de normalidade
Débito urinário de 24 h - 1.500 a 2.500 mℓ;
Volume médio eliminado - 250 mℓ;
Capacidade funciona - 400 a 600 mℓ
Número de micçõs por dia - 7 a 8 micções / dia.

PAD TEST
Utilização de absorventes durante 2 - 24 horas;

Valores de referência
Aumento de peso - 1 - 1,3g - 2 horas.
Aumento de peso - 4g - 24 horas.

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MANOMETRIA
Avaliar a pressão exercida pelos músculos elevadores do
ânus em contração.

Algumas desvantagens:
• Diversos tipos de escalas numéricas;
• Falta de seletividade muscular;
• Tamanho do eletrodo vaginal.

MANOMETRIA

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ELETROMIOGRAFIA DE
SUPERFÍCIE

Consiste na captação e no registro da atividade


mioelétrica dos MAP em escala padronizada
[microVolt (µV)].

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ULTRASSONOGRAFIA

Avalia alterações morfológicas do AP durante a execução


de tarefas funcionais e nas situações de aumento da
pressão intra-abdominal, possibilitando uma avaliação
dinâmica e em tempo real da musculatura do AP

Posição adotada - variar de supino para


ortostática.

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ESTUDO URODINÂMICO

Permite avaliar as funções de armazenamento e


esvaziamento do trato urinário inferior.

FLUXOMETRIA
Realiza a medida e o registro do fluxo urinário durante o
esvaziamento vesical.

Nesse procedimento, solicita-se ao paciente que, com


a bexiga confortavelmente cheia, urine na cadeira de
fluxometria. O peso do fluido é eletronicamente
convertido

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CISTOMETRIA
Avalia a função de enchimento e armazenamento de
urina na bexiga.
Permite avaliar a sensibilidade e a capacidade vesicais,
as contrações involuntárias do músculo detrusor e a
relação pressão/volume (complacência).

PROGNÓSTICO

Gravidade da disfunção;

Há quanto tempo ele existe;

Condições clínicas gerais, incluindo procedimentos


cirúrgicos

Motivação.

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TRATAMENTO

Medicamentoso

Cirúrgico

FISIOTERAPIA

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5 FS

Find - achar
Feel - sentir
Force - reforças
Follow trought - Seguir adiante
Function training - treino funcional

MEDIDAS COMPORTAMENTAIS
TREINAMENTO VESICAL

TREINAMENTO DOS
MÚSCULOS DO ASSOALHO
PÉLVICO

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CONES VAGINAIS
Treinamento passivo

Treinamento ativo

ELETROTERAPIA

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ELETROTERAPIA

APLICATIVOS

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APLICATIVOS

OBRIGADA
PELA ATENÇÃO

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REFERÊNCIAS
BARACHO, E. Fisioterapia aplicada à saúde da mulher. 6. ed., Rio de Janeiro;
Guanabara Koogan, 2018.

DALL´ OGLIO, M. Manual de residência em urologia. 1. ed. Santana de


Parnaíba; Manole, 2021.

GIRÂO, M. J. B. C. Tratado de uroginecologia e disfunções do assoalho


pélvico. Barueri; Manole, 2015.

MATIELLO, A.A. Fisioterapia urológica e ginecológica. Porto Alegre; SAGAH,


2021.

REFERÊNCIAS
MASCARENHAS, C. H.; LARANJEIRA, C. L. S.; PAULA, L. B. Manual SOGIMIG de
Uroginecologia. 1. ed. Rio de Janeiro; Medbook, 2018.

MORENO, A. L. Fisioterapia em uroginecologia. 2. ed., Barueri; Manole, 2009.

SILVA, P.; PONZIO, M. Tratado de fisioterapia em saúde da mulher. 2. ed. Rio


de Janeiro; Roca, 2019.

TANAGHO, E. A. Urologia Geral de Smith. 16. ed. Baruer; Manole, 2007.

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