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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO GALENO (IPOGAL)

CURSO: TECNCICOS DE MEDICINA GERAL

Tema: Anamnese em pacientes com urologia com foco no Exame fisico e laboratorial,
diagnostico diferencial e definitivo e por fim ilustrar o Tratamento.

Discentes:
Biute Isac Fato

Docente: Nome do Docente

Beira
2022

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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO GALENO (IPOGAL)
CURSO: TECNCICOS DE MEDICINA GERAL

Tema: Anamnese em pacientes com urologia com foco no Exame fisico e laboratorial,
diagnostico diferencial e definitivo e por fim ilustrar o Tratamento.

Trabalho de NOME DA DISCIPLINA,


submetida ao IPOGAL, sub orientação de:
DR. XXXXXXXX (Nome do docente)

Discentes:

Biute Isac Fato

Beira

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2022

iii
ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................1
1.1. Contextualização..........................................................................................................................1
2. OBJECTIVOS......................................................................................................................................2
2.1. Objectivo Geral:...........................................................................................................................2
2.2. Objectivo Especifico:...................................................................................................................2
3. METODOLOGIAS..............................................................................................................................2
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................................3
4.1. Sistemas de informação em saúde: considerações gerais..............................................................3
4.2. O Sistema de informação de saúde (SIS) em Moçambique e o seu impacto na melhoria da
qualidade de informação sanitária............................................................................................................9
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................13
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................14

1. INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização

A anamnese é uma parte fundamental da avaliação médica em pacientes com queixas


urológicas. Ela fornece informações essenciais para auxiliar no diagnóstico e no plano de
tratamento.

O termo anamnese se origina de ana = trazer de volta, recordar e mnese = memória. Significa
trazer de volta à mente os fatos relacionados com a pessoa e suas manifestações de doença. A
anamnese tem como um de seus fundamentos o alcance de uma boa relação médico-paciente,
que objetiva o vínculo, a adesão ao tratamento, a confiança e maior fidedignidade das
informações prestadas pelo paciente.

As informações colhidas sobre questões referentes à subjetividade do paciente contribuem para


uma interpretação melhor dos sintomas pelo médico, para melhorar seu relacionamento com o
paciente e para reduzir o sofrimento deste, podendo ainda ser de grande ajuda para desfazer
associações inapropriadas ou redirecionar o raciocínio clínico do profissional.
Diante do exposto, este estudo tem como objetivo de analizar a anamnese em pacientes com
urologia com foco no Exame fisico e laboratorial, diagnostico diferencial e definitivo e por fim o
Tratamento.

2. OBJECTIVOS

2.1. Objectivo Geral:

 Analisar a anamnese em pacientes com urologia com foco no Exame fisico e laboratorial,
diagnostico diferencial e definitivo e por fim ilustrar o Tratamento.

2.2. Objectivo Especifico:

 Descrever anamnese em pacientes com urologia;

 Caracterizar o Exame fisico e laboratorial, diagnostico diferencial e definitivo;

 Ilustrar Tratamento.
3. METODOLOGIAS

Para a realização do trabalho usou-se o método exploratório que garante proporcionar maior
familiaridade com o tema em questão, com vista a torna-lo mais explicito aprimoramento de
ideias e quanto aos procedimentos usou se a revisão de artigos científicos, porque desenvolveu-se
a partir de material já elaborado por diversos autores sobre determinado tema.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1. ANAMNESE EM PACIENTES COM UROLOGIA: contextualização.

A obtenção da história do paciente é a base da avaliação médica e, portanto, urológica, pois


permite estabelecer hipóteses diagnósticas, orientando os exames a ser requisitados.

Anamnese completa e exame clínico minucioso permitem direcionar a investigação para se


estabelecer o diagnóstico preciso e com o mínimo de exames subsidiários, ou seja, menor custo.
Contudo, vale destacar que, afecções urológicas, em sua quase totalidade, são um conjunto de
queixas na forma de sinais e sintomas.

4.2. EXAME FISICO E LABORATORIAL


4.2.1. EXAME FÍSICO

Durante o exame físico em pacientes com queixas urológicas, o médico realiza uma série de
avaliações para identificar possíveis anormalidades ou sinais que possam indicar a presença de
condições urológicas.

Algumas das principais áreas a serem examinadas incluem:

Inspeção:

Região genital masculina: o médico observa a presença de lesões, erupções cutâneas, inchaço,
assimetria, varicocele, deformidades penianas ou qualquer outra alteração na aparência da região.

Região genital feminina: é verificado se há presença de secreções, inflamações, lesões ou outras


anormalidades visíveis.

Palpação:

Região abdominal: o médico realiza a palpação cuidadosa do abdômen para verificar a presença
de massas, sensibilidade ou aumento de volume que possam estar relacionados a órgãos como
rins, bexiga ou próstata.

Testículos: são palpados para identificar possíveis nódulos, tumores, inchaço, sensibilidade ou
varicocele.

Próstata: em pacientes do sexo masculino, o médico realiza o toque retal para avaliar o tamanho,
consistência e possível presença de nódulos ou irregularidades na próstata.

Ausculta:

Durante a ausculta abdominal, o médico pode detectar sopros vasculares que podem estar
relacionados a condições como obstrução arterial ou insuficiência venosa.

A ausculta dos rins também pode ser realizada para identificar possíveis ruídos anormais.

4.2.2. EXAMES LABORATORIAIS:


Durante a anamnese em pacientes com urologia, são solicitados diversos exames laboratoriais
para auxiliar no diagnóstico e no acompanhamento da condição. Alguns dos principais exames
laboratoriais relacionados à urologia incluem:

Urinálise: É um exame de rotina que avalia a composição e as características da urina. Pode


detectar a presença de sangue, proteínas, glicose, cristais, células inflamatórias, além de auxiliar
na identificação de infecções do trato urinário.

Urocultura: Consiste no cultivo da urina para identificar a presença de micro-organismos


causadores de infecção urinária. É um exame importante para o diagnóstico e o tratamento
adequado de infecções do trato urinário.

Dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico): É um exame de sangue utilizado para


rastrear e monitorar doenças da próstata, como a hiperplasia prostática benigna (HPB) e o câncer
de próstata. Valores elevados de PSA podem indicar a necessidade de exames adicionais, como
biópsia da próstata.

Hemograma completo: Avalia a contagem de células sanguíneas, incluindo glóbulos vermelhos,


glóbulos brancos e plaquetas. É útil para identificar sinais de infecção, anemia ou inflamação que
possam estar relacionados a condições urológicas.

Creatinina sérica: Mede os níveis de creatinina no sangue, uma substância eliminada pelos rins.
Esse exame auxilia na avaliação da função renal e é útil no diagnóstico e no monitoramento de
doenças renais, como a insuficiência renal.

Testes de função hepática: Avaliam a função do fígado, que pode estar relacionada a certas
condições urológicas. Exemplos desses testes incluem dosagens de enzimas hepáticas (AST,
ALT, GGT) e bilirrubina.

Testes de coagulação: Podem ser solicitados em casos de hematuria (presença de sangue na


urina) persistente ou quando há suspeita de distúrbios de coagulação.

4.3. DIAGNOSTICO DIFERENCIAL E DEFINITIVO


4.3.1. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
Durante a anamnese em pacientes com urologia, é essencial considerar o diagnóstico diferencial,
ou seja, uma lista de possíveis condições médicas que apresentam sintomas semelhantes aos do
paciente.

 Infecções do trato urinário (ITU):


 Cistite: inflamação da bexiga.
 Uretrite: inflamação da uretra.
 Pielonefrite: infecção nos rins.

Cálculos renais:

Cálculos renais ou ureterais: formações sólidas nos rins ou nos ureteres que podem causar dor
intensa ao passar pela uretra.

Hiperplasia prostática benigna (HPB):

Crescimento benigno da próstata que pode causar sintomas urinários, como dificuldade em
urinar, jato urinário fraco e necessidade frequente de urinar.

Câncer de próstata:

Presença de células cancerígenas na próstata, podendo causar sintomas urinários, dor pélvica ou
óssea, e alterações no exame de toque retal.

Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs):

Infecções como gonorreia, clamídia ou herpes genital podem causar sintomas urológicos, como
dor ao urinar, corrimento anormal ou lesões na região genital.

Prostatite:

Inflamação da próstata, geralmente causada por infecção bacteriana, que pode causar dor na
região pélvica, dor ao urinar e necessidade frequente de urinar.

Doença renal policística:

Condição genética em que cistos se formam nos rins, levando a sintomas como dor abdominal,
pressão alta e sangue na urina.
Tumores urológicos:

Além do câncer de próstata, outros tumores, como câncer de bexiga, câncer renal ou câncer
testicular, devem ser considerados no diagnóstico diferencial.

4.3.2. DIAGNÓSTICO DEFINITIVO

Após a avaliação da história clínica, exame físico e exames laboratoriais, o médico poderá chegar
a um diagnóstico definitivo. Além dos exames mencionados anteriormente, podem ser utilizados
os seguintes métodos para obter um diagnóstico mais preciso:

Exames de imagem: São realizados para visualizar estruturas internas do sistema urinário e
identificar possíveis anormalidades. Alguns exemplos incluem:

Ultrassonografia: Utilizada para avaliar os rins, bexiga, próstata e outras estruturas urológicas.
Pode ajudar a identificar cálculos renais, tumores ou obstruções.

Tomografia computadorizada (TC): Fornece imagens detalhadas em seções transversais do


sistema urinário, permitindo uma melhor visualização de lesões, tumores ou obstruções.

Ressonância magnética (RM): Utilizada para obter imagens detalhadas de órgãos e tecidos
moles, sendo útil na detecção de tumores, infecções ou anormalidades congênitas.

Urografia excretora: Consiste na administração de um contraste radiopaco, seguido por


radiografias, para avaliar o sistema urinário e detectar obstruções, tumores ou refluxo
vesicoureteral.

PROCEDIMENTOS INVASIVOS

Cistoscopia: Consiste na introdução de um tubo flexível com uma câmera na extremidade pela
uretra para visualizar diretamente o interior da bexiga e uretra. Pode ser utilizado para
diagnosticar tumores, infecções ou obstruções.
Biópsia: Realizada para obter uma amostra de tecido para análise histopatológica. É
frequentemente realizada em casos suspeitos de câncer de próstata ou outros tumores urológicos.

Estudos urodinâmicos: São testes especializados para avaliar o funcionamento do trato urinário
em casos de incontinência urinária, obstrução ou distúrbios da bexiga. Alguns exemplos incluem:

Urofluxometria: Mede o fluxo urinário durante a micção para avaliar o funcionamento da


bexiga e da uretra.

Cistometria: Avalia a capacidade da bexiga de armazenar e esvaziar a urina, medindo a pressão


dentro da bexiga durante o enchimento e o esvaziamento.

4.4. TRATAMENTO:

Infecções do trato urinário:

Antibióticos: Prescrição de medicamentos para combater a infecção com base no agente causador
e na sensibilidade aos antibióticos.

Ingestão de líquidos: Instruções para aumentar a ingestão de água, o que ajuda a eliminar as
bactérias do sistema urinário.

Medidas preventivas: Orientações sobre higiene adequada, esvaziamento da bexiga regularmente


e urinar após a relação sexual.

Cálculos renais:

Tratamento conservador: Recomendação de aumentar a ingestão de líquidos para ajudar a passar


os cálculos naturalmente.

Medicamentos analgésicos: Prescrição de analgésicos para aliviar a dor associada aos cálculos
renais.

Procedimentos de remoção: Em casos de cálculos maiores ou sintomas graves, podem ser


necessários procedimentos como litotripsia extracorpórea por ondas de choque (LEOC),
ureteroscopia ou cirurgia aberta.
Hiperplasia prostática benigna (HPB):

Medicamentos alfa-bloqueadores: Prescrição de medicamentos para relaxar os músculos da


próstata e melhorar o fluxo urinário.

Inibidores da enzima 5-alfa-redutase: Medicamentos para reduzir o tamanho da próstata e


diminuir os sintomas.

Cirurgia: Em casos mais graves ou quando o tratamento medicamentoso não é eficaz, a cirurgia
pode ser recomendada para remover parte ou toda a próstata.

Câncer de próstata:

Opções de tratamento dependem do estágio e da agressividade do câncer:

Cirurgia: Prostatectomia radical para remover a próstata e tecido circundante.

Radioterapia: Uso de radiação para destruir as células cancerígenas.

Terapia hormonal: Bloqueio hormonal para reduzir a produção de testosterona e diminuir o


crescimento do câncer.

Quimioterapia: Uso de medicamentos para destruir as células cancerígenas.

Vigilância ativa: Monitoramento regular do câncer de próstata em estágios iniciais para decidir o
melhor momento para iniciar o tratamento.

DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DSTS)

Antibióticos: Prescrição de medicamentos específicos para tratar infecções como gonorreia,


clamídia ou sífilis.

Aconselhamento e educação: Fornecimento de informações sobre prevenção de DSTs, uso de


preservativos e práticas sexuais seguras.

É importante ressaltar que o tratamento pode variar de acordo com a gravidade da condição,
histórico médico individual e recomendações específicas do médico responsável pelo caso.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A anmnese do paciente urológico deve ser orientada essencialmente no sentido de identificarem-


se as lesões do trato urinário superior, já que o rim representa o órgão nobre desse sistema e a
preservação da sua funpão deve ser o objetivo final de qualquer conduta urológica. A existência
de febre, vômitos, toxemia e comprometimento do estado geral em pacientes com infecão
urinaria sugere comprometimento renal.

Os antecedentes pessoais e familiares do paciente podem fornecer informações valiosas para a


obtenção do diagnóstico. Traumatismos lombares, abdominais, pélvicos e escrotais assoaciam-se,
às vezes, a lesões do trato urogenital. Manifestações urológicas atuais podem ser explicadas por
antecedentes de tuberculose pulmonar ou elominapões de cálculos. A presença de anomalias
obstrutivas do trato urinário deve ser lembrada em paciente com surtos recidivantes de infecão
urinaria.

Em linhas gerais, neste trabalho apresentamos os principais sintomas e sinais referidos pelos
pacientes urológicos e descrevemos de maneira sistemática o exame físico desses pacientes, no
que se refere ao aparelho urogenital. De uma maneira geral, tentou-se correlacionar os sintomas e
sinais com as principais patologias.
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Gerber GS, Brendler CB. Evalution of the urologic patient: history, physical examination, and
urinalysis. In: Wein AJ. Campbell-Walsh Urology. Philadelphia: SaundersElsevier; 2007.

2. Simões FA. Exame de vias urinárias e genitais masculinos. In: Benseñor IM, Atta JA, Martins
MA. Semiologia Clínica. 1. ed. Sarvier; 2002.

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