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FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS

CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

ISABELA LELES DE ASSIS

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE PANCREATITE EM CÃES

ANÁPOLIS, GO
2022
FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

ISABELA LELES DE ASSIS

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE PANCREATITE EM CÃES

Projeto apresentado como requisito básico


para aprovação na disciplina de Trabalho de
Conclusão de Curso II, orientado pelo (a) Prof.
Me. Fabrício Moreira Alves.

ANÁPOLIS, GO.
2022.
RESUMO
ASSIS, I. L. Diagnóstico e tratamento de pancreatite em cães. 2022. 27f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) – Faculdade Metropolitana de
Anápolis, Anápolis, Goiás, 2022.

O pâncreas é um órgão com função endócrina onde se produz a insulina, glucagon e a função
exócrina que tem a produção de enzimas digestivas, suco pancreático. A porção exócrina tem
como sua principal enfermidade a Pancreatite que consiste em uma inflamação do pâncreas, já
na porção endócrina a Diabete é o principal problema. A pancreatite pode ocorrer por mau
funcionamento da produção de hormônios ou por distúrbio que envolvem a produção
insuficiente de enzimas digestivas. O diagnóstico desta doença é um desafio para os médicos
veterinários, já que os sinais clínicos são comuns e podem abranger diversas doenças do Trato
Gastrointestinal, tornando difícil o tratamento. O objetivo deste trabalho é mostrar que tanto o
diagnóstico quanto o tratamento não precisa ser difícil e que existem sinais que facilitam o
que seria anteriormente um desafio.

Palavras chave: Pancreatite canina; Diagnóstico de pancreatite; Pancreatite e Alimentação;


Tratamento de pancreatite.
ABSTRACT
ASSIS, I. L. Diagnosis and treatment of pancreatitis in dogs. 2022. 27f. Completion of
course work (Bachelor of Veterinary Medicine) – Metropolitan College of Annapolis,
Annapolis, Goiás, 2022.

The pancreas is an organ with endocrine function where insulin, glucagon is produced and the
exocrine function that has the production of digestive enzymes, pancreatic juice. The exocrine
portion has Pancreatitis as its main disease, which consists of an inflammation of the
pancreas, while in the endocrine portion Diabetes is the main problem. Pancreatitis can occur
from a malfunction of hormone production or from a disorder involving insufficient
production of digestive enzymes. The diagnosis of this disease is a challenge for veterinarians,
since the clinical signs are common and can cover several diseases of the gastrointestinal
tract, making treatment difficult. The aim of this work is to show that both diagnosis and
treatment need not be difficult and that there are signs that facilitate what would previously be
a challenge.

Keywords: Canine pancreatitis; Diagnosis of pancreatitis; Pancreatitis and Food; Pancreatitis


treatment.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Anatomia do Pâncreas............................................................................................ 9


Figura 2- Pâncreas saudável/ Pancreatite ............................................................................. 10
Figura 3-”Paciente com suspeita de pancreatite, apresentando a típica “posição de prece” ou
"oração de muçulmano"............................................................................................................13
Figura 4- Imagem ultrassonográfica de pâncreas de cão, sugestiva de pancreatite aguda com
hipoecogenicidade e parênquima espessado (indicado por seta)............................................ 15
Figura 5- Imagem ultrassonográfica de pâncreas de cão, sugestiva de pancreatite crônica ... 16
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 7
2.OBJETIVOS.........................................................................................................................................8
2.1 OBJETIVO GERAL...........................................................................................................................8
2.2 OBJETIVO ESPECIFICO..................................................................................................................8

3. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................................ 9


3.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO PÂNCREAS .............................................................. 9
3.2 FISIOPATOGENIA DA PANCREATITE ..................................................................... 10
3.3 SINAIS CLÍNICOS ....................................................................................................... 12
3.4 DIAGNÓSTICO ............................................................................................................ 13
3.5 TRATAMENTO ............................................................................................................ 17
4. MATERIAIS E MÉTODOS .......................................................................................... 19
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 21
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 24
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 25
7

1. INTRODUÇÃO
O pâncreas é um órgão que desempenha função endócrina e exócrina, onde a parte
exócrina fica responsável pela produção de enzimas digestivas, já a parte endócrina é
responsável pela produção de hormônio como insulina, glucagon e somatostatina (LOPES,
2011).

De acordo com Paula Ferreira (2014) pancreatite, que é considerada uma doença
pancreática exócrina, se deve a vários fatores, porém, o mais comum se deve a uma
alimentação incorreta, o uso de medicamentos, além da presença de tumores. Dividida em
aguda e crônica, a pancreatite aguda é uma doença que tem um processo inflamatório da
glândula pancreática, proveniente da ação de enzimas inadequadamente ativadas, já a
pancreatite crônica é uma inflamação progressiva, caracterizada por fibrose e destruição do
parênquima, em suas duas formas. (TRIVIÑO; TORREZ; LOPES, 2002).

A suspeita clínica de pancreatite segundo Mansfield (2012) é, na maior parte das


vezes, difícil de sustentar, porque a manifestação clínica da doença está muito dependente da
forma como o cada paciente responde à inflamação pancreática e não propriamente à
existência de inflamação.

O tratamento da pancreatite tem como fim diminuir os sintomas clínicos e prevenir


complicações, sendo necessário um manejo nutricional, levando em consideração a qualidade
de vida do animal. Com o passar dos anos houve novas descobertas e avanços, no entanto
ainda é necessário ampliar nossos conhecimentos, pois o tratamento mais eficaz diminui o
tempo de internação do paciente, aumentando o tempo de vida. (SCALZER; SILVA;
RAMOS, 2017).

Segundo a revista Veterinary Focus, a pancreatite, aguda e crônica, é uma doença


comum no cão e que pode ter consequências potencialmente graves ou mesmo fatais. Cães da
raça Cocker Spaniel geralmente apresentam uma forma imunomediada da pancreatite crônica.
No entanto, na maioria dos cães a sua etiologia continua a ser desconhecida, o que dificulta o
diagnóstico e o tratamento.
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2. OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL

A presente trabalho que tem como tema Pancreatite canina: Diagnóstico e Tratamento,
apresentará com clareza, através de estudos e pesquisas realizadas e até mesmo por
experiência própria em estágio de clinica medica de pequenos animais quais são as formas de
identificar e diagnosticar com mais facilidade a pancreatite e tratamento da mesma.

2.2 OBJETIVO ESPECIFICO

Um tema que denota-se muita importância para profissionais veterinários que


trabalham ou iram trabalhar na clínica de pequenos, visto que o diagnóstico e o tratamento
para essa doença está relacionado a manter e prolongar a qualidade de vida dos pacientes.
Deste modo, esse estudo teve a finalidade de ajudar e facilitar o enfrentamento diante da
suspeita e confirmação desta doença, além de mostrar como deve ser feito o tratamento para
essa doença.
9

3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO PÂNCREAS
O pâncreas é constituído de dois lobos, direito e esquerdo, ligados pelo corpo
(BERFORD, 2004). O tecido pancreático é constituído por lobulos, onde a maior parte do
órgão está localizada na parte canial ao duodeno (Figura 1). O lobo direito acompanha o
duodeno estendendo-se até uma porção do ceco, já o lobo esquerdo é continuo a uma porção
do estômago (piloro) e está ligado ao fígado, ao cólon transverso, rim esquerdo e baço
(CULLEN; MACLACHLAN,2001). Possui coloração amarelada e de consistência mais
amolecida. (DYCE et al., 2010).

Figura 1- Anatomia do Pâncreas. Fonte: Blog Veterinando UFPA


Segundo Guyton & Hall (2011) As enzimas presentes no suco pancreático, se
originam de precursores inativos que necessitam ser degradados no lúmen intestinal para
desempenharem sua função. Isso acontece divido a ação de enterocinases e pela tripsina.
Essas enzimas devem permanecer inativas para impedir a digestão do próprio órgão, objetivo
alcançado pela presença dos grânulos de zimogênio e da produção do inibidor de tripsina.
O pâncreas é uma glândula que apresenta duas partes sendo exócrina e endócrina,
onde essas produzem enzimas digestivas e hormonais respectivamente (Junqueira & Carneiro,
2013). A porção endócrina é constituída por células epiteliais endócrinas variadas, essas são
chamadas de ilhéus de Langerhans, e cada uma é responsável pela produção de um hormônio
10

especifico (Timperman, 2015). Já o pâncreas exócrino é uma glândula acinosa típica que
constitui a maior parte do pâncreas onde suas porções terminais, os chamados ácinos, estão
ligados por ramificações através dos ductos (Heardt & Sayegh, 2013).
Apresentando tanto funções endócrinas quanto exócrinas, o pâncreas atua
principalmente na secreção das enzimas digestivas, que são responsáveis pela quebra de
proteínas, gorduras e carboidratos, atuando ainda na produção de insulina e alguns hormônios
que ajudam na metabolização de carboidratos (GRECO; STABENFELD).

3.2 FISIOPATOGENIA DA PANCREATITE


A pancreatite é definida como inflamação do pâncreas que é geralmente resultado de
uma ativação inapropriada das enzimas da glândula (WILLIAMS, 2008). De acordo com
JERICÓ (2015) a pancreatite é capaz de afetar além do pâncreas, estruturas próximas e pode
ser subdividida em aguda e crônica (Figura 2). As enzimas fosfolipase A e a elastase, são
responsáveis pela inflamação do pâncreas, onde essas resultam na pancreatite, fazendo a
digestão do tecido pancreático e desencadeando os mecanismos da inflamação, não estando
estabelecido exatamente e pode haver envolvimento de mais eventos desencadeantes
(BERGOLI et al., 2016).

Figura 2- Pâncreas saudável/ Pancreatite. Fonte: UNNIVITA


11

A tendência maior de ocorrência de pancreatite é observada em animais de meia idade,


idosos e castrados, além de animais com má alimentação. Tanto as fêmeas quanto os machos
podem ser afetado. (Nelson & Couto, 2015). Segundo Bistner (2002) alguns fármacos podem
ser tóxicos ao pâncreas, isso porque medicamentos como os glicocorticoides podem aumentar
a viscosidade das secreções pancreáticas e induzir a proliferação ductal, resultando em
obstrução. Andrade (2002) diz que apesar de não estar totalmente esclarecido o motivo
medicamentos como furosemida, tetraciclinas e sulfonamidas podem estar envolvidos no
mecanismo da pancreatite se usados por um longo período.

De acordo com Silva (2006) apesar da pancreatite poder ser causada por outros
fatores, a má alimentação e dietas com rico teor em gorduras por um período prolongado
aumenta a susceptibilidade do animal adquirir essa doença.

Apesar de ser uma alteração do pâncreas exócrino, se as enzimas atingirem as ilhotas


de Langerhans de forma extensa, pode ocorrer distúrbios do pâncreas endócrino, causano
doenças como o Diabetes Mellitus (NELSON e COUTO, 2010; JOÃO, 2012).

A forma aguda da pancreatite se da de início súbito, já a fase crônica da inflamação,


ocorre de forma contínua, que se caracteriza por alterações morfológicas irreversíveis (parcial
ou total) onde ocorre a destruição do parênquima pancreático (NELSON e COUTO, 2010).

Mesmo que seja diagnosticado no começo, o quadro de pancreatite crônica pode


causar alterações estruturais de forma permanente e progressiva que acabam gerando atrofia e
fibrose parenquimatosa, prejudicando as funções endócrinas e exócrinas, sendo assim apenas
os sintomas causados por ela poderiam ser reversiveis. (ETTINGER e FELDMAN, 2010;
JERICÓ et al., 2015).

Macroscopicamente apresenta aspecto de massa nodular contraída, distorcida, com


adesões fibrosas ao tecido adjacente, como na figura 2. (McGAVIN; ZACHARY, 2009).

A pancreatite aguda é causada por um mal funcionamento de enzimas digestivas ativas


que acabam destruindo o tecido pancreático, além disso Tripathy (2012) e Xenoulis (2015)
diz que a liberação de tripsina pode ser por causas multifatorias, levando à agravo no tecido
pancreático o que pode causar um aumento da permeabilidade capilar, gerando edema e
podendo levar a isquemia e necrose.

Deve ser considerada grave de modo geral quando envolver falha multissistémica ou
apresentar complicações que requerem um tratamento intensivo. No demais pode ser
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considerada uma doença de cunho moderado, sendo possível a realização de um tratamento


eficaz levando a cura, mesmo que essa fique com algumas sequelas. (Mansfield & Beths,
2015).

3.3 SINAIS CLÍNICOS


A pancreatite pode resultar de intensas complicações que ocorrem de formas locais,
quando envolve o tecido pancreático e peripancreático, ou sistémicas (Mansfield, 2011). A
síndrome de resposta inflamatória sistémica (SRIS), a coagulopatia intravascular disseminada
(CID) e insuficiência multiorgânica são as complicações mais graves resultantes da
pancreatite.(Weatherton & Streeter, 2009; Watson, 2014; Mansfield & Beths, 2015).
Os sintomas na fase aguda podem englobar, dores leves á intensa, e que de podem ter
início abrupto que se irradia da parte superior do abdômen para as costas. Além de náuseas,
vômitos e icterícia. Na pancreatite crônica, os sintomas iniciais mais comum são dores,
diarreia e vômitos esporádicos, podendo chegar ao desenvolvimento de diabetes, devido a
perda das suas funções exócrinas e endócrinas. A dor geralmente aparece na fase mais aguda
da doença e tem a mesmas características da ocorrida na pancreatite aguda (FAGUNDES;
GRADELHA, 2014). Watson (2010) diz que os sinais gastrointestinais podem ocorrer de
forma discreta e interruptos, além de icterícia pós-hepática e quadros de polifagia seguido de
perda de peso.
Alguns animais adotam a típica posição de “oração muçulmana” como apresentado na
figura 3, apesar de não ser um sintoma exclusivo da pancreatite, é bastante comum nas
situações de dor no abdómen, dores hepática, gástrica ou duodenal (Watson, 2014). Através
de um estudo feito por Ueda (2011) observando sinais compatíveis com pancreatite em 30
cães, a diminuição da ecogenicidade do pâncreas foi o sinal que mais apareceu, seguida por
aumento da cavidade abdominal e alteração das enzimas pancreática. McGavin; Zachary
(2009) relata que a destruição do tecido pancreático seria incapaz de causar a insuficiência
pancreática exócrina, já a fibrose pode causar lesões incidentais, visualizadas na necropsia de
cães que também apresentam função digestiva normal.
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Figura 3. Paciente com suspeita de Pancreatite, fazendo à típica “posição de prece” ou


“oração muçulmana”. Fonte: Clinica DomPet.
Hall (2005) relata que pode existir uma evolução do quadro leve de pancreatite, para
um quadro com pancreatite hemorrágica ou necrótica quando não se é feito um tratamento
correto e rápido.

3.4 DIAGNÓSTICO
Para ser estabelecido o diagnóstico de pancreatite é necessário reunir todos os dados
possíveis referentes ao histórico, anamnese, exame clínico e principalmente exames
laboratoriais e de imagem, determinando assim a melhor conduta terapêutica a ser
estabelecida. (SILVA, 2017).

Anorexia, vômitos, inchaço abdominal, posição de “prece” e outros sintomas comuns,


devem ser avaliados durante a anamnese, juntamente com histórico de doenças anteriores e
medicamentos usados. (STEINER, 2003).

Dentre os exames laboratoriais, é importante citar hemogramas e bioquímicos, exames


enzimáticos específicos de imunorreatividade da tripsina, além de exames mais específicos
que podem ser fundamental na determinação da lipase pancreática canina, definindo o estado
de funcionamento do pâncreas. (SOUSA et al., 2021).

Inicialmente, a dosagem de duas enzimas amilase e lipase é fundamental,


configurando bons indicadores de inflamação pancreática, quando apresentam elevadas
concentrações. MOREIRA (2017) confirma que a amilase e a lipase séricas são utilizadas
14

para triagem. Do mesmo modo, ROSA (2019) garante que os exames laboratoriais de triagem
podem indicar anemia, leucocitose por neutrofilia e trombocitopenia; adicionalmente, é
comum identificar aumento da atividade sérica nas enzimas hepáticas (alanina
aminotransferase e fosfatase alcalina), também podendo apresentar hiperbilirrubinemia e
alterações eletrolíticas.

Na fase inicial da pancreatite aguda, o exame pode mostrar um significante leucocitose


por neutrofilia, acompanhada por leucopenia e eosinopenia, ao decorrer do processo pode
ocorrer exacerbação da neutrofilia ocasionando um desvio a esquerda. (COLES, 2005).
Segundo NELSON (2009), a série vermelha não costuma se alterar tanto, mas pode haver em
alguns casos anemia e hemoconcetração.

Segundo XENOLIUS (2013), a bioquímica sérica pode conter alterações em ureia e


creatinina que podem ser causadas pela desidratação. Já aumento de enzimas hepáticas como
Fosfatase Alcalina, TGP/AST(Transaminase Oxalacética/Aspartato Aminotransferase) E
TGO/ ALT(transaminase pirúvica/Alanina Aminostransferase) podem ser associadas a efeitos
das enzimas pancreáticas, necrose hepática. WATSON (2010) relata que animais com
pancreatite crônica tem um maior risco de sofrer hepatite reativa.

O diagnóstico definitivo deve ser feito através da avaliação histopatológica, obtido por
biopsia pancreática, no entanto não é muito utilizado por ser um exame invasivo. Uma ampla
avaliação é necessária, pois aspectos clínicos da pancreatite podem ser difíceis de identificar
(BUNCH et al., 2006). Esse tipo de exame, juntamente com a BAAF (Biopsia Aspirativa por
Agulha Fina) geralmente só é feito quando os exames complementares não são suficientes
para se fechar o diagnóstico, já que é um exame invasivo e doloroso (BUNCH, 2006).
Atualmente novos testes laboratoriais, como a TAP que é a dosagem de peptídio de ativação
do tripsinogênio, imunorreatividade sérica da tripsina e tripsinogênio (TLI) estão sendo
abordados como tentativa para obter um diagnóstico mais fidedigno da doença, no entanto
ainda está sob fase de teste sendo assim não ainda não esta disponível em todos os
laboratórios (BUNCH et al., 2006).

KEALY (2012) afirma que os exames de imagem auxiliam no diagnóstico de


pancreatite, devido a dificuldade em ter o acesso ao pâncreas, além de que os sinais clínicos
de pancreatite podem se assemelhar a outras doenças e não serem notados de imediatos
principalmente em casos de pancreatite crônica. Dentre os métodos de imagem usados, a
ultrassonografia é o mais comum por ter maior sensibilidade quando se trata de órgãos e
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tecidos moles permitindo a visualização das estruturas afetadas. Para resultados fidedignos e
confiáveis um bom profissional se faz necessário, além do uso de um aparelho
ultrassonográfico de qualidade. (XENOULIS & STEINER, 2010).

De acordo com SCHAER (2003) o pâncreas dentro de sua normalidade tem uma
difícil visualização nos exames de imagem, no entanto a ultrassonografia é a mais sensível e
com melhor funcionalidade para diagnóstico, pois quando se encontra inflamado adquire
hipoecogenidade (Figura 3) podendo ainda apresentar possível formação de nódulo de
contorno regular e hipoecogênico, além da presença de aumento de linfonodo pancreático
(Figura 4). Segundo AVANTE (2018), na forma crônica, o pâncreas pode apresentar
hiperecogenicidade, estando assim diminuído de tamanho. Um espessamento também é
bastante comum quando se tem a doença.

Figura 4- Imagem ultrassonográfica de pâncreas de cão, sugestiva de pancreatite aguda com


hipoecogenicidade e parênquima espessado (indicado por seta). Fonte: Medica Veterinária
Angélica Paiva.
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Figura 5- Imagem ultrassonográfica de pâncreas de cão, sugestiva de pancreatite crônica.


Fonte: Medica Veterinária Angélica Paiva.
Apesar da radiografia também ser realizada para o diagnóstico, os achados não são
fidedignos, segundo STEINER (2003). É possível visualizar um aumento de opacidade de
tecidos moles no abdome cranial direito, devendo ser cuidadosamente avaliada,
principalmente em projeções ventrodorsais. O deslocamento do piloro e do duodeno,
espessamento da parede intestital, distensão gástrica, hepatomegalia e focos de mineralização
também são frequentemente visualizados. (KEALY et al., 2012; THRALL, 2013;
XENOULIS & STEINER, 2010).
A perda de contraste, a forma não representativa e detalhada e a presença de efeito de
massa no abdómen cranial, e também deslocamento do estômago, duodeno e derrame
abdominal podem ser visualizados quando se tem pancreatite (MANSFIELD, 2012). As
alterações visualizadas na imagem radiográfica geralmente podem ser vistas no abdómen
cranial direito, sendo a alteração frequentemente mais associada à pancreatite um aumento da
opacidade dos tecidos moles. Quando a imagem e feita na posição ventrodolsal é possível
observar o abdómen direito mais opaco que o esquerdo (STIEGER-VANEGAS & FRANK,
2018).
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3.5 TRATAMENTO
Toda e qualquer alteração encontrada deverá ser corrigida o mais rapidamente
possível, nomeadamente desidratação e alterações eletrolíticas, de modo a manter o paciente o
mais estável possível (STEINER, 2008). O tratamento inicial da pancreatite aguda é
sintomatológico. As medidas iniciais utilizadas são geralmente caracterizadas por: jejum total
(geralmente de 12 a 24 horas), hidratação via soro, e analgesia sistêmica. Se tem ainda em
discussão o fato da utilização rotineira de sonda nasogástrica, bloqueadores da secreção
gástrica, bloqueadores da secreção pancreática, análogos da somatostatina (TRIVIÑO;
TORREZ; LOPES, 2002.) e (LEAL e ALMEIDA, 2019).
Encontrar e resolver a possível causa, restaurar e manter o volume vascular e a
perfusão pancreática, além de aliviar a dor e estabelecer um suporte nutricional adequado são
objetivos para a funcionalidade do tratamento. (BUNCH, 2006).
JERICÓ, 2015 diz ser necessário uma reposição volêmica, analgésicos devido a
grande dor abdominal, antieméticos para que se possa controlar os vômitos, nutrição
específica e controlada e antibioticoterapia quando se tem uma infecção detectada nos exames
de sangue, essas são métodos terapêuticos indicados, no entanto ainda há outros menos usuais
como a transfusão de plasma e tratamento cirúrgico. WILIANS (1994) recomenda o uso de
ranitidina e de omeprazol como protetores gástricos já que alguns cães podem apresentar
ulcerações na mucosa gástrica. O esvaziamento gástrico é necessário afim de oferecer
conforto gástrico e entérico, para depois ser feita uma reintrodução alimentar adequada.
Em relação à reposição hipovolêmica, se torna necessária a utilização de solução de
ringer com lactato ou NaCl a 0,9% (JERICÓ et al., 2015). De acordo com SIMPSON (2013),
a quantidade de fluidoterapia a ser administrada deve ser calculada em um período de 24
horas, onde deve ser calculada reidratação, manutenção e em caso que o paciente apresenta
vômitos e/ou diarreia deve ser calculada a perda hídrica.
BOREHAM & AMMORI (2003), descreve que a dieta deve possuir um baixo teor de
gordura devido ao grau de insuficiência pancreática exócrina. Algumas vezes são utilizadas da
nutrição parenteral em pacientes cujo curso da doença segue prolongado período de anorexia.
A glutamina parece exercer importante função na proteção da mucosa intestinal, podendo ser
um grande auxiliar nesse processo. (JERICÓ et al., 2015).
Os alimentos devem ser reintroduzidos de forma lenta e com teores de calorias,
lipídeos e proteínas controlados, assim evitando que tenha estimulação de secreção
pancreática da secretina e colecistoquinina (QIN, 2002; QIN, 2007). A dosagem de alimento
no primeiro dia corresponde a 1/5 das necessidades para o peso ideal do animal para que não
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sobrecarregue. Segundo JENSEN (2014), a dieta adequada pode ser realizada de duas formas,
a primeira é feita com a ração apropriada com baixo teor de gordura, já a segunda é a
alimentação natural feita propriamente para cada animal adequando-se as necessidades de
cada um.
Sobre a analgesia no animal com pancreatite, GOLDBERG (2015), diz que a dor
abdominal é caracterizada pela ação das enzimas digestivas tanto no pâncreas quanto no
estomago e intestino. Os critérios para a classificação de dor aguda são a frequência cardíaca
e respiratória e a pressão arterial, com base nisso a analgesia poderia ser feita a base de
dipirona para dores mais “leves” e tramadol para classificação de dores moderadas ou até
mesmo uma associação no caso de dores intensas. (POLLIGAND, 2016).
Para se fazer o controle de vômitos, deve ser utilizado antieméticos como
metoclopramida, ondansetrona ou bromoprida, sendo utilizados BID OU TID, no caso de
vômitos mais intensos em que as medicações anteriores não conseguem controlar pode ser
usado cerenia (SIMPSON, 2003).
Tendo em vista a redução do estimulo a secreção pancreática, MAZZAFERRO (2005)
diz que deve ser retirado todo alimento, medicamento de uso oral, inclusive agua afim de
suprir o estimulo da secreção pancreática. A antibioticoterapia deve ser feita apenas quando o
animal apresentar quadros de infeções sistêmicas, sepse. Em casos como esse a Clindamicina
ou Metronidazol tem um efeito positivo para o tratamento das infecções e que não terá
agravamento na pancreatite, ao contrario disso ele terá um efeito positivo sobre o tratamento
(BASTOS, 2005).
Segundo SIMPSON (2003), a intervenção cirúrgica deve ser pensada apenas para
aqueles pacientes onde mesmo com o tratamento clínico agressivo e adequado, esse esteja
apenas piorando, não tendo nenhum sinal de melhora, já que a cirurgia e indicada para
remover tecidos desvitalizados e com áreas de necrose.
Apesar de nenhum estudo comprovar o benefício no prognóstico da pancreatite, alguns
autores que tiveram a oportunidade de utilizar da transfusão de plasma, recomendam que seja
feita para potencializar o tratamento da pancreatite aguda grave, através da administração EV
de um volume de 10 a 20ml/kg durante um período de 4 a 6 horas. O volume e a velocidade
da infusão deve ser ajustados em função do estado cardiovascular do paciente
(WEATHERTON, 2009). Quanto a realização da cirurgia não existe nenhum estudo que
mostra melhora da taxa de sobrevivência após ser feita, portanto ela costuma ser evitada.
Situação ainda mais importante porque muitos animais com pancreatite grave são
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hemodinamicamente instáveis, o que aumenta o risco da anestesia. No entanto, algumas


indicações específicas continuam a justificar a exploração cirúrgica (THOMPSON, 2009).
WILLIAN (2004) diz que o prognóstico da pancreatite pode variar conforme sua
evolução clinica. Apesar da pancreatite ser uma doença um tanto quanto imprevisível, com o
passar dos anos ela se tornou uma doença cujo prognostico pode ser favorável quando ocorre
de forma leve a moderada e seja tratada corretamente e de imediato ao descobrimento dela.
Em alguns casos onde a pancreatite é recorrente e aparece de forma abrupta e grave,
acometendo outros órgão e desencadeando outras doenças esta é considerada desfavorável.

4. MATERIAIS E MÉTODOS
O Trabalho foi realizado com base em um levantamento bibliográfico que deu
sustentação para a produção de uma revisão de literatura. Através de recursos de materiais
didáticos, foram realizadas consultas em bibliotecas virtuais, sites especializados (Revista
Veterinária em Foco; Brazilian jornal of Veterinary Pathology), livros como: “ Consulta
veterinária em 5 minutos: espécie canina e felina”; Terapêutica Veterinária; Casos de Rotina;
Tratado de Anatomia Veterinária: cães e gatos; Fisiologia Veterinária, artigos, dissertações e
teses tirados de diversos sites como Scielo, artigos encontrados no Google Acadêmico,
VetTeses, World Veterinária. Também foram usados prontuários de casos acompanhados por
mim, para agregar material de conhecimento e sustentação de teses.

O trabalho desenvolvido baseou-se de uma pesquisa bibliográfica, pelo fato de partir


de conceitos e teorizações de autores e autoras que tenham desenvolvido estudos acerca da
temática que diz respeito ao diagnóstico e tratamento da pancreatite. A abordagem empregada
no estudo buscou técnicas mais abrangentes levando em consideração muitos trabalhos
publicados sobre o tema, além do diferencial de levar em consideração casos recentes
acompanhados de perto na rotina de estágio da clínica medica de pequenos.

Além de livros, a pesquisa se valeu de fontes alternativas para somar em seu corpus
teórico como publicações inerentes ao assunto, de naturezas diversas, tais como artigos de
jornais e revistas de cunho científico e acadêmico. Também foi levado em conta boletins
informativos, dados estáticos de órgão como o Conselho Federal de Medicina Veterinária.

Deste modo, o trabalho consta com uma pesquisa ampla para a composição de um
trabalho de conclusão de curso na área de Medicina Veterinária. A modalidade de pesquisa na
20

qual o estudo se enquadra em uma análise é a revisão de literatura, cuja finalidade é colocar
em evidencia conceitos, teorias baseadas em vários outros estudos, abrangendo vários
trabalhos científicos publicados por vários autores, sendo observados de muitos ângulos e
pontos de vistas e dando base para este trabalho.

Dados de pesquisa feita com comparações entre os animais no modo como foram
aplicados tratamentos e em exatidão e facilidade de se chegar a um diagnóstico foram de
extrema importância para compor essa revisão, para isso foi feito pesquisa em revistas
cientificas.

Nos materiais didáticos de tese de mestrado foram analisadas principalmente opiniões


de profissionais na área de clínica e laboratório para se chegar a uma conclusão sobre
melhores condutas.

Sendo assim, teses e dados estatísticos de pesquisa formaram todo o corpus do


trabalho.
21

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pancreatite tem uma alta prevalência em cães que afeta a funcionalidade metabólica.
Pode ir de um prognóstico Favorável ao desfavorável em pouco tempo, isso irá depender do
tempo em que se demora para chegar ao diagnóstico e começar o tratamento. (TOMPSOM,
2014).

Uma pequena porcentagem de referências em relação à causa de pancreatite em cães e


gatos filhotes poderá estar relacionada com os sinais clínicos não específicos da afecção,
induzindo o diagnóstico errôneo em pacientes com outras doenças gastrointestinais, e baixa
especificidade e sensibilidade das técnicas não invasivas de diagnóstico, segundo FERRERI
2010.

Alguns animais apresentam sinais como anorexia (91% dos casos), vómito (90%),
fraqueza (79%), dor abdominal (58%), desidratação (46%) e diarreia (33%) (HESS, 1998). Os
sinais clínicos na pancreatite crônica podem resultar de disfunções endócrinas ou exócrinas,
sendo que além de dor abdominal, o paciente pode vim a desenvolver outras doenças como a
diabetes mellitus ou insuficiência pancreática exócrina (WATSON, 2003).

HESS (2000) diz que a pancreatite pode afetar cães de qualquer idade, apesar de
ocorrer com mais incidência em indivíduos adultos e obesos. No ato da anamnese deve atentar
se ao uso de medicação em curso, ou seja, se o animal faz o uso de algum medicamento como
anticonvulsivos, medicamentos cardíacos ou medicação para tratamento de alguma doença
pré-existente, além disso também é preciso se atentar a qual é a dieta do paciente, já que uma
das possíveis causas da pancreatite seja uma alimentação rica em gordura ou com
desequilíbrios alimentares, assim como outros fator predisponente que são doenças
concomitantes.

A avaliação ultrassonográfica do paciente com a doença pode mostrar a dimensão do


órgão, limites pouco definidos, ecogenicidade semelhante à da gordura mesentérica e a
presença de gás no estômago e no duodeno. Devido ao tamanho pequeno e margens
indistintas (SEILER, 2013), à presença de gás geralmente interfere na sua visualização
(NYLAND & MATTOON, 2015). O parênquima é semelhante a nível de ecogenicidade e
ecotextura ao mesentério que o rodeia (TREVAIL, 2015).

Em cães, a tomografia computadorizada foi considerada com pouca sensibilidade


destes exames (SHANAMAN, SCHWARZ, GAL & O'BRIAN, 2013) e têm a desvantagem
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de serem exames dispendiosos e que precisam de anestesia o que dificulta o seu uso rotineiro
no diagnóstico da pancreatite, por isso é descartada por muitos veterinários, que preferem não
expor o paciente a esta conduta. (XENOULIS, 2015).

A imunorreatividade à tripsina canina foi considerada o teste de preferencia para


diagnosticar a insuficiência pancreática exócrina (STEINER, GABI & WILLIAMS, 2006;
STEINER, 2017) já que o nível de tripsinogénio sintetizado nas células acinares é reduzido
drasticamente e sendo o tripsinogénio específico do pâncreas nessa doença (DOSSIN, 2011).
No entanto, ao fazer este teste na pancreatite sabe-se que o seu valor aumenta, mas reduz
rapidamente passados alguns dias para valores compatíveis ao valores de referência, sendo
assim este não costuma ser muito utilizados devido a este fator. (MANSFIELD & JONES,
2000; XENOULIS, 2015).

A pancreatite aguda é caracterizada por uma moderada hipercelularidade com muitos


neutrófilos intactos ou degenerados e número variável de células epiteliais acinares. Na
pancreatite crónica é poucas vezes realizado, com células epiteliais acinares raras em
consequência da substituição de tecido por fibrose e alguns focos de linfócitos e neutrófilos e
por vezes calcificações (BJORNEBY & KARI, 2002). No entanto, a inexistência de células
inflamatórias na aspiração não exclui a pancreatite porque as lesões podem ser localizadas
(NEWMAN et al., 2004).

Ao iniciar o tratamento é importante reverter a desidratação, corrigir eletrólitos,


manter a circulação pancreática e a circulação periférica na presença de resposta inflamatória
sistémica, sendo essencial para prevenir a isquemia pancreática devido a baixa perfusão,
evitando assim a necrose (WATSON, 2014). Desta forma, fluidos, eletrólitos e equilíbrio
ácido-base devem ser avaliados e corrigidos logo que possível (STEINER, 2017). A taxa e
volume depende do grau de desidratação e choque (WATSON, 2014).

A dor pode causar stress biológico que pode ser responsável por efeitos negativos nas
funções biológicas primárias, pelo que o tratamento da dor, para além de prevenir e mitigar o
sofrimento do animal, é também um objetivo médico de tratamento muito importante
(MOSES, 2017). Assim, devemos assumir que existe algum grau de dor em todos os cães com
pancreatite aguda (MANSFIELD & BETHS, 2015, STEINER, 2017) e os analgésicos devem
ser usados (STEINER, 2017).

O tratamento na maioria dos casos são sintomáticos e de suporte (XENOULIS &


STEINER, 2013; WATSON, 2014). A causa primária da doença, quando conhecida, deve ser
23

tratada ou removida (WATSON, 2014) e, caso o animal tome medicação, deve-se avaliar se a
medicação que está a tomar é essencial ou se pode ser reduzida, interrompida ou substituída
(STEINER, 2017).

Para o tratamento da pancreatite existem alguns medicamentos específicos que podem


diminuir a ação das enzimas pancreáticas, provocando a desinflamação o pâncreas. Sendo
esses medicamentos os Enzymaze, Pancrezime qe ajudam a diminuir a produção dessas
enzimas, além de medicamentos como Bezafibrato que é indicado para redução de
hiperlipidemias primarias e secundarias (SILVA, 2010).
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pancreatite canina se deve a uma inflamação no pâncreas causada por


medicamentos de uso prolongado, fatores alimentares principalmente, além da predisposição
de animais idosos e castrados. Sendo assim, ao se suspeitar dessa doença é necessário se
atentar a esses requisitos quando se for fazer uma anamnese e observar o histórico do
paciente.

A maior dificuldade em descobrir essa doença está no fato de não observar todos os
fatores e ângulos cuidadosamente. Ao juntar histórico com sinais clínicos apresentados deve
se ter um pensamento filtrado naquelas doenças que tem mais compatibilidade com o está
sendo apresentado em sua frente, seguido dos pedidos de exames de forma compatível.

O hemograma, com exame bioquímicos são exames comuns a serem pedidos na


rotina. Ao receber o resultado um detalhe pode ser importante para te guiar nesse caminho. A
descrição do aspecto do sangue pode te levar a outros caminhos, na pancreatite geralmente o
aspecto do sangue estará lipemico.

Ao seguir os passos corretos e chegar ao diagnóstico da pancreatite, o próximo passo


será administrar o tratamento correto ao paciente. Ao iniciar o tratamento de forma rápida e
compatível como apresentadas, as chances de melhora e até a cura do animal são grandes,
dando assim uma qualidade de vida e prolongando a vida do paciente.
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