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FÍGADO E PÂNCREAS
• Tipos celulares:
• Hepatócitos
• Funções:
• Síntese: albumina, globulinas, fatores de coagulação, complemento, lipoproteínas,
colesterol, bile
• Metabolismo: glicose, proteínas, lipídeos, bilirrubina
• Catabolismo: NH3 → ureia, xenobióticos, hormônios (sexuais, insulina etc)
• Armazenamento: glicogênio, vitaminas, lipídeos, Fe, Cu
• Excreção: bile, colesterol
Fígado
• Enzimas:
• Aminotransferases
• ALT = TGP → totalmente citosólica → 1ª a alterar (mais específica)
• AST = TGO → citosólica e mitocondrial → altera depois (menos específica)
• Fosfatase alcalina
• GGT (gama glutamil-transpeptidase)
• Marcadores:
• IgM anti-vírus A → infecção aguda
• IgG anti-vírus A → imunidade
Hepatite Fulminante
Hepatite Fulminante
Hepatite B
• Hepadnaviridae (vírus DNA)
• TEM VACINA!!!
• Incubação: 15 a 180 dias
• Transmissão:
• Parenteral
• Sexual
• Vertical
• Desconhecida (1/3 dos casos)
Hepatite B
• Vários padrões histológicos de lesão
• Marcadores:
• HBsAg → envelope
• HBcAg → core
• HBeAg → pré-core
• HBV DNA
• HBV DNA polimerase
• Ac anti-HBs, Ac cnti-HBc, Ac anti-HBe
• Proteína da região X
Hepatite B Óbito
~ 1%
Infecção ~ 90%
70-80% Cirrose
Subclínica
Transitória
100%
2-3%
2–6% Portador
Recuperação Carcinoma Hepatocelular
Assintomático
Hepatite D
• Vírus RNA defectivo
• Só infecta quando envelopado pelo VHB → CO-INFECÇÃO
• Causa de cirrose em crianças e jovens
• Marcador: Ac anti-VHD
• Distribuição geográfica:
• Amazônia
• Mediterrâneo
• Oriente Médio
Hepatite C
• Flaviridae (vírus RNA)
• Instabilidade genômica → NÃO TEM VACINA!!!
• Incubação: 15 a 150 dias
• Transmissão:
• Parenteral
• Sexual (5%)
• Vertical (4-8%)
• Marcadores:
• Ac anti-HCV
• HCV RNA
Hepatite C
Recuperação
20%
80%
Infecção por HCV Hepatite Crônica
ESTEATOSE
ESTEATO-HEPATITE
Hepatite Alcoólica
• Patogenia:
• Macroscopia:
• Volume aumentado
• Cor amarelada
Esteatose Hepática
• Microscopia: acúmulo de
lipídeos no citoplasma dos
hepatócitos, empurrando
núcleo para a periferia
Esteato-Hepatite
• Microscopia:
• Acúmulo de lipídeos no
citoplasma dos
hepatócitos, empurrando
núcleo para a periferia
• Degeneração baloniforme
(hidrópica exacerbada)
• Infiltrado Inflamatório
• Corpúsculo de Mallory
(precipitação de proteínas do citoesqueleto)
• Fibrose: perivenular →
sinusoidal
Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica
Promoção do crescimento
↑ Uso de lipídeos como fonte de energia (lipólise) celular (possível relação com
neoplasia)
Transformação em miofibroblastos
Fibrose
ESTEATO-HEPATITE
Cirrose
• É o maior fator de risco para Carcinoma Hepatocelular!
• Causas:
• Hepatites:
• Alcoólica
• Virais (VHB, VHC)
• Drogas hepatotóxicas
• Autoimunes
• Obstrução biliar
• Doenças Metabólicas
• Idiopática
Cirrose
• Macroscopia: nódulos difusos formados por grupos de hepatócitos e envolvidos
por tecido conjuntivo, causando endurecimento do órgão
Cirrose
Cirrose
• Microscopia: septos de tecido conjuntivo, envolvendo grupos de hepatócitos em
regeneração e subvertendo a arquitetura lobular
Cirrose
• Microscopia: septos
de tecido conjuntivo
que conectam tratos
portais e envolvem
grupos de hepatócitos
em regeneração,
subvertendo a
arquitetura lobular
Esquistossome Hepática
• Formas de evolução:
• Forma hepatesplênica:
• 5 a 10% dos casos
• ↓ incidência ↓ prevalência ↓ mortalidade
Esquistossomose Hepática
• Macroscopia:
• Fibrose restrita aos tratos portais (Symmers-Bogliolo)
• Volume aumentado ou diminuído
• Saliências na superfície
Esquistossomose Hepática
• Microscopia:
• Fibrose restrita aos tratos portais (Symmers-Bogliolo)
• Presença de ovo e/ou granulomas
• Arquitetura lobular preservada
• Neoformação vascular
• Pigmento esquistossomótico
Esquistossomose Hepática
Esquistossome Hepática
• Complicações:
• Hipertensão portal → Varizes esofágicas → Hemorragia digestiva alta → Choque
hipovolêmico
• Icterícia:
• Sintomas:
• Acolia fecal
• Colúria
• Prurido
• ↑ FA ↑ GGT
Colestase
• Causas:
• Obstrução do canalículo biliar:
lesão hepatocelular (fármacos,
gravidez)
• Obstrução do dúctulo biliar:
colangiolite
• Obstrução do ducto biliar do
espaço porta: cirrose biliar primária,
atresia biliar intra-hepática
• Obstrução dos ductos biliares
interlobulares médios e grandes:
colangite esclerosante,
colangiocarcinoma
• Obstrução do ducto colédoco:
litíase biliar
Síndromes Hepáticas
• Hipertensão Portal:
• Manifestações:
• Ascite
fibrose → vasodilatadores (NO) → aumento
intenso do volume de sangue na circulação
abdominal + fluxo lentificado (+
hipoalbuminemia no caso de cirrose) →
extravasamento
• Esplenomegalia
• Varizes de esôfago
• Varizes do plexo hemorroidário
• Varizes periumbilicais (cabeça de
medusa)
• Shunt porto-sistêmico
Síndromes Hepáticas
• Hipertensão Portal:
• Manifestações:
• Síndrome Hepatorrenal:
• Miocardiopatia Cirrótica:
• Síndrome Hepatopulmonar:
• Síndrome Hepatopulmonar:
Síndromes Hepáticas
• Encefalopatia Hepática:
consciência → Óbito
Insuficiência Hepática
• Outras manifestações:
• Icterícia
• Hipoalbuminemia → edema
• Hemorragia
• Hiperestrogenismo → ginecomastia, atrofia testicular, infertilidade
• Hálito hepático (amônia)
Tumores Hepáticos
• Primários:
• Benignos:
• Adenoma hepatocelular
• Hemangioma
• Condições tumor-like:
• Hiperplasia nodular focal
• Nódulo macrorregenerativo
• Malignos:
• Carcinoma hepatocelular (CHC)
• Carcinoma fibrolamelar
• Hepatoblastoma
• Colangiocarcinoma
• Secundários: Metástases
Adenoma Hepatocelular
• Nódulo normalmente solitário de 5 a 15 cm (se múltiplos, adenomatose hepática)
• Muito comum em mulheres em idade fértil
• Associações:
• Estrógenos (anticoncepcionais, anabolizantes)
• Glicogenose tipo I e III
• Diabetes
• Obesidade
• Há indicação de ressecção
• Risco de hemorragia impede muitas biópsias
Adenoma Hepatocelular
• Macroscopia:
• Nódulo solitário de 5 a 15 cm
• Geralmente apresenta hemorragia
• Microscopia:
• Proliferação de hepatócitos em
trabéculas (1 ou 2 por trabécula)
• Não apresenta a estrutura de
espaço porta
Hemangioma
• Tumor benigno mais comum do fígado (acomete cerca de 5% da população)
• Malformação vascular: emaranhado de vênulas dilatadas com possível presença
de trombos
• Geralmente assintomático
• NUNCA DEVE SER BIOPSIADO!
• Ressecção em casos muito específicos:
• Paciente sintomático
• Crescimento rápido
• Síndrome de Kasabach-Merritt (sequestro de plaquetas)
Hemangioma
• Assintomático
• NÃO É RESSECÁVEL!
Hiperplasia Nodular Focal
• Macroscopia:
• Microscopia:
• Proliferação de hepatócitos
histologicamente normais em
placas
• Microscopia: hepatócitos em
regeneração
• Hipercromasia
• Aumento da densidade nuclear
• Ausência de atipia significativa
Carcinoma Hepatocelular (CHC)
• 90% dos tumores hepáticos primários
• No Brasil, tem baixa prevalência com variações regionais
• Etiologia:
• Cirrose (70% do casos)
• VHB: é independentemente oncogênico (seu DNA se integra ao dos hepatócitos) e através
da cirrose
• VHC: é independentemente oncogênico (partes do ser genoma são oncogênicas por
mecanismo ainda não esclarecido) e através da cirrose
• NASH
• Aflatoxinas (toxinas de fungos presentes em amendoins, cereais etc)
• Substâncias químicas (pesticidas, solventes orgânicos, hidrocarbonetos etc)
• Anabolizantes: é independentemente oncogênico e causa cirrose
• Efeito carcinogênico permanece 10 a 15 anos após interrupção do uso
CARCINOMA HEPATOCELULAR
Célula Precursora
de Hepatócito
Hepatócito Colangiócito
Maduro
Célula Hepática
Precursora
TUMOR MISTO
Colangiócito
Maduro
Célula Precursora do
Colangiócito
COLANGIOCARCINOMA
Carcinoma Hepatocelular
Ativação de fatores
de crescimento Ativação de gene
(IGF-2, TGF-α) imortalizador (Raf, myc)
Carcinoma Hepatocelular
• Macroscopia:
• Nodular (65%): nódulos únicos ou múltiplos
Carcinoma Hepatocelular
• Macroscopia:
• Macroscopia:
• Microscopia:
• Pseudoglandular:
• Disposição dos hepatócitos
lembra ácinos (trabéculas
com centros amplos)
• Ductos biliares muito
dilatados
Carcinoma Hepatocelular
• Microscopia:
• Sólido:
• Desorganização da arquitetura pela proliferação intensa de hepatócitos
• Não visualização dos sinusoides
Carcinoma Hepatocelular
• Evolução:
• Altamente maligno
• Disseminação precoce:
• Próprio fígado
• Linfonodos regionais
• Veia porta
• Sobrevida curta
Carcinoma Fibrolamelar
• Macroscopia:
• Massa volumosa e solitária
• Fibrose exuberante
Carcinoma Fibrolamelar
• Microscopia: grupos ou trabéculas de hepatócitos separados por traves fibrosas
Carcinoma Fibrolamelar
Hepatoblastoma
• Associado a anomalias congênitas
• Geralmente manifesta-se aos 2 anos de vida
• Mais comum no sexo masculino
• Prognóstico ruim se diagnóstico não for precoce:
Ruptura → insuficiência hepática → disseminação
• Subtipos:
• Epitelial
• Misto: epitelial e mesenquimal
• Anaplásico
Hepatoblastoma
• Macroscopia:
• Nódulo único de 5 a 25 cm
• Geralmente localizado em
lobo direito
• Pode apresentar cistos,
necrose e hemorragia
Hepatoblastoma
• Microscopia:
• Hepatócitos imaturos
• Deposição de colágeno
Hepatoblastoma
• Microscopia:
• Hepatócitos
imaturos
• Deposição de
colágeno
• Hematopoese
extramedular
Hepatoblastoma
• Microscopia:
• Hepatócitos imaturos
• Deposição de colágeno
• Hematopoese extramedular
• Atipias nucleares
• Nucléolos evidentes
Hepatoblastoma
• Áreas mixoide:
• Cartilagem
• Células musculares
Colangiocarcinoma
• Origem: epitélio dos ductos intra ou extra-hepáticos
• É um adenocarcinoma
• 10% dos tumores primários do fígado
• Mais comum após a 5ª década de vida
• Não tem associação com cirrose
• Etiologia pouco conhecida:
• Exposição Thorotrast (usado como contraste antigamente)
• Clonorchis sinensis (platelminto)
• Doenças de vias biliares: cisto colédoco, Doença de Caroli, colangite esclarosante
Colangiocarcinoma
• Intra-hepático: periférico
• Extra-hepático:
• Hilar
• Ducto hepático comum até borda superior do duodeno
• Ducto biliar distal (entre borda superior do duodeno e ampola de Vater)
Colangiocarcinoma
• Macroscopia:
• Microscopia:
adenocarcinoma desmoplásico
(fibrose intensa)
Colangiocarcinoma
Qual é o diagnóstico?
• Microscopia:
• Secreção acidófila na luz dos ductos
• Dilatação de ductos e ácinos (epitélio afinalado)
• Desaparecimento do parênquima
• Fibrose
Fibrose Cística
• Apresentação:
• Forma leve: edematosa ou intersticial (80%)
• Forma grave: necro-hemorrágica (20%)
• Vias:
• Obstrução ductal
• Lesão de células acinosas
• Transporte intracelular defeituoso
Pancreatite Aguda
• Etiologia:
• LITÍASE BILIAR → obstrução da papila de Vater
• Álcool → estímulo para maior produção de enzimas + lesão das células acinosas +
obstrução do esfíncter de Oddi
• Medicamentos → lesão das células acinosas
• Traumatismos → lesão das células acinosas
• Infecções: caxumba → lesão das células acinosas
• Mutações: genes codificadores de tripsinogênio e de SPINK1 → defeito na inativação da
tripsina
• Autoimune: doença associada à IgG4
• Idiopática
Pancreatite Aguda
lipase
Liberação e ativação das enzimas → Autodigestão Necrose adiposa
elastase
Refluxo do conteúdo duodenal
ou do conteúdo biliar
Necrose da parede vascular → Hemorragia
Pancreatite Aguda
Macroscopia: esteatonecrose ou “necrose em pingo de vela”: destruição do
parênquima com hemorragia (aspecto enegrecido) e áreas amareladas de saponificação
(precipitação de gordura e cálcio através da ação da lipase)
Pancreatite Aguda
• Microscopia:
• Necrose do parênquima
• Infiltrado inflamatório
intenso
• Hemorragia
• Pseudocistos
Pancreatite Aguda
• Aspectos clínicos:
• Complicações:
• Choque hipovolêmico
• Dano alveolar difuso (SARA)
• Coagulação intravascular difusa → consome os fatores de coagulação →
hemorragia
• Insuficiência renal aguda
• Abcesso pancreático
• Obstrução duodenal e do colédoco
Pancreatite Crônica
• Inflamação persistente do pâncreas
• Principal causa: ALCOOLISMO
• Patogênese:
• Macroscopia:
• Microscopia:
• Fibrose intensa
• Necrose do parênquima
• Pouco infiltrado
inflamatório
• Dilatação de ductos
(cistos)
• Pode haver calcificações
Pancreatite Crônica
• Aspectos clínicos:
• Período assintomático
• Dor abdominal contínua ou recorrente pós alimentar
• Icterícia (obstrução do colédoco por fibrose)
• Insuficiência exócrina → esteatorreia/diarreia (precoce)
• Insuficiência endócrina → diabetes (tardia)
• Emagrecimento
• Aumento discreto de amilase e lipase séricas
Pancreatite Crônica
• Complicações:
• Microscopia:
• Microscopia:
• Invasão perineural
Adenocarcinoma Ductal do Pâncreas
• Macroscopia: lesão esbranquiçada de tamanhos variados e contornos irregulares
Adenocarcinoma Ductal do Pâncreas
• Sedes:
• Cabeça e corpo (70%) → sinais mais precoces
• Cauda → sinais mais tardios
• Aspectos clínicos:
• Dor abdominal (50% dos casos)
• Emagrecimento (50% dos casos)
• Icterícia (20% dos casos)
• Pancreatite
• Diabetes Mellitus de início recente