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A
B D E ?
C
HAV HCV
HBV Flaviriridae
Picornaviridae Hepadnaviridae Hepacivirus
Hepatovirus Orthohepadnavirus
D (HDV) → E (HEV) →
HDV
Deltaviridae HEV
Deltavirus Hepeviridae
Hepevirus
. Fonte: Brasil, 2017a.
HEPATITE
DEFINIÇÃO
Lesão inflamatória do Fígado
Crônica
Aguda
Quando a hepatite dura mais
Lesão inflamatória difusa de seis meses.
do parênquima hepático, Lesão inflamatória
comprometendo
podendo manifestar-se por o espaço porta, invadindo
sintomas, sinais ou ou não o restante do parênquima
hepático, geralmente
evidências bioquímicas assintomática,
de necrose hepatocitária apenas com evidências
bioquímicas e/ou
histológicas de necrose
hepatocitária e fibrose.
EVOLUÇÃO CLÍNICA
Fase pré-ictérica
Fase prodrômica Sintomas inespecíficos
Assintomática Mialgias, artralgias, queda estado geral,
Período de incubação do vírus anorexia, febrícula ou febre, nauseas,
Depende do vírus. vômitos, disgeusia e alterações olfato
Hepatite Aguda (hiposmia e cacosmia).
Etiologia viral: HAV o HEV.
Curso benigno e
autolimitado. Fase ictérica
Fase de covalescência Pele, conjuntivas e mucosas.
6 – 12 semanas. Melhora dos sintomas . Acolia fecal, colúria e prurido.
Pode passar desapercebida.
Fases das Hepatites Virais
Durante a fase aguda pode ocorrer:
• ALT normais
PORTADOR • Carga viral baixa
ou negativa
• ALT aumentados
ATIV • Carga viral
A elevada
Sempre que um profissional
identificar um agravo de
notificação, deve preencher
uma Ficha Individual de
Notificação. Ela será
encaminhada aos serviços
responsáveis pela vigilância
epidemiológica do município.
Periodicamente, os municípios
devem enviar os dados aos
estados e estes devem repassar
ao Ministério da Saúde.
21,3%
Hepatite C: 76%
Hepatite B: 21,3%
Hepatite A: 1,6%
Hepatite D: 1,1% 76
%
Até 2030:
Redução de 90% dos casos Redução
de 65% das mortalidades associadas
às hepatites
O Brasil é signatário do
Plano de Estratégia Global das
Hepatites Virais da OMS
Toda hepatite é contagiosa?
HEPATITES
ETIOLOGIAS
Vírus C
Vírus B Vírus D
Vírus E
Vírus A
Drogas
Sarampo
Rubéola Dç Metabólicas
Wilson
Def a1-antitripsina
CMV Hemocromatose
EBV Autoimune
Herpes simples
Como o vírus ataca?
Veja na figura ao
lado como o vírus
1 Entra na circulação
ataca o organismo
sanguínea e vence os
humano: 1
Linfócitos, defesas do corpo
Hepatócito Linfócitos
infectado TCD8
Já vimos que o vírus da
hepatite é prevenível, por isso
é importante conhecermos o Modo de transmissão
modo de transmissão. Hepatite A e E (fecal-oral)
O período de incubação e de - Relacionadas às condições de saneamento básico, higiene
pessoal, qualidade da água e alimentos.
transmissibilidade varia de
acordo com o agente
etiológico.
Hepatite B, C e D (sangue - parenteral, percutânea e vertical e sexual)
-Objetos contaminados: lâminas de barbear e de depilar, escovas de
dente, alicates e acessórios de manicure e pedicure, materiais para
colocação de piercing e para confecção de tatuagens, instrumentos
para uso de substâncias injetáveis, inaláveis (cocaína) e pipadas
(crack).
-Pode ocorrer também em acidentes com exposição a material
biológico, procedimentos cirúrgicos, odontológicos, hemodiálise,
transfusão, endoscopia, entre outros, quando as normas de
biossegurança não são aplicadas.
Diagnóstico Etiológico
presença por mais de 6 meses de:
1) Para hepatite B:
AgHBs
2) Para hepatite D:
Anticorpos contra o VHD + AgHBs
3) Para hepatite C:
RNA do VHC (PCR)
Hepatite Crônica
Formas de Apresentação:
Carcinoma Hepato-Celular
Câncer primário do fígado mais comum.
Prognóstico muito ruim.
Dentre os agentes etiológicos
Os sinais são marcadores histológicos de lesão
das diferentes hepatites hepática (inflamação, com ou sem fibrose) e
virais, os vírus:B, C e D marcadores sorológicos ou virológicos de
podem cronificar (persiste replicação viral.
após 6 meses) e pode ser
oligo/assintomática ou Atenção! Pessoas assintomáticas neste período
sintomática. Atenção para os transmitem a hepatite.
sinais neste período:
Nos casos crônicos pode ocorrer cirrose
hepática e suas complicações, além de
carcinoma hepatocelular.
Antígenos e Anticorpos
Diagnóstico Etiológico
Potencial evolutivo
Infectividade
Cura e imunidade
Indicação da vacina
Na Hepatite Aguda. O que solicitar?
• HBeAg • Anti-HBe
• Anti-HDV total
• Anti-HBc IgG
• Anti-HVA IgG • RIBA III
• . Anti-HVA IgM • Anti-HBc IgM
• DNA polimerase
• Anti-HDV IgM
• HBsAg
• PCR vírus C
• PCR vírus B
• Anti-HEV IgM • PCR vírus G
• Anti-HEV IgG • Anti-HCV
Estadiamento das hepatites crônicas
Biópsia hepática
- Avalia grau de fibrose e atividade inflamatória.
- Escore de METAVIR (SBP).
- Importante para guiar decisão terapêutica.
Estadiamento da fibrose
Biópsia •Padrão ouro
Hepática •Invasivo e necessita de um histopatologista especializado
F1
Escala Metavir - mais F2
comumente utilizada no
Brasil:
• F0 = Sem fibrose
• F1 = fibrose portal sem septos
• F2 = alargamento da via
portal e poucos septos
• F3 = numerosos septos mas
F3 F4
sem cirrose
• F4 = Cirrose
Classificação Metavir
(BEDOSSA, 1996)
Métodos Não Invasivos para
Estadiamento da Fibrose
Marcadores Sanguíneos
(APRI, FIB4, FibroTest,etc)
•Teste indireto (calculado com base em marcadores sanguíneos)
•Menos invasivo que a biópsia (apenas exame de sangue)
•Permite a distinção entre doença inicial e tardia; menos preciso em
estágios moderados
FibroScan (kPa)
8.8 9.6 14.6
F0-F1 F2 F3 F4
Liver Fibrosis
(METAVIR)
Ziol M, et al. Hepatology. 2005;41:48-54.
Estadiamento da Fibrose
Biópsia Hepática Marcadores Sanguíneos Elastografia Transitória
(APRI, FibroTest, etc) (FibroScan)
Nível de TGO
Limite superior
APRI = X 100
normal de TGO
Contagem de
Plaquetas (109/L)
FIBRO TEST
Exames Realizados
Alfa-2-macroglobulina
Haptoglobina Apolipoproteína A1
Bilirrubinas totais GGT
ALT
+ idade + sexo
Graus de encefalopatia
Graus 1 -2: presença de desorientação, e/ou
sonolência e/ou ataxia e/ou disartria.
Graus 3-4: alterações de reflexos musculares
e/ou confusão e/ou comportamento
inapropriado e/ou coma.
Estadiamento da fibrose hepática
Doença hepática avançada/cirrose:
Circulação colateral
Fígado de bordos irregulares
Esplenomegalia
Aumento do calibre da veia porta
Redução do fluxo portal
Ascite
Varizes esofágicas
Vírus da hepatite A (VHA)
Introdução
Relatos e ocorrência há vários séculos
Literatura chinesa
Relato por Hipocrates em campanhas militares
Carta do Papa Zacarias (Século VIII)
Surtos epidêmicos (Séculos XVII, XVIII, XIX)
Focos epidêmicos (1ª e 2ª guerra mundial)
1973, descoberta do agente etiológico (Feinstone et al)
Reprodução experimental da doença em Saguinus mystax
Doença de distribuição universal
Endêmica em países de pobre padrão de vida e sanitário
Hepatite A: transmissão fecal-oral
Níveis de
endemicidade
Alta
Média
Baixa
Hepatite Viral
Prevalência do anti-HAV
Nordeste
Norte
76,5%
92,8%
Centro-Oeste Sudeste
92,8% 55,7%
Sul
55,7% Clemens SAC e cols, 2000
Vírus da hepatite A (VHA)
Insuficiênci Hepatite
a hepática aguda Não evolui para
aguda infecção
crônica
Cura
Vírus da hepatite A (VHA)
Formas clínicas
Hepatite aguda clássica:
· Doença geralmente benigna, auto-limitada;
· Início abrupto;
· Manifestações extra-hepáticas;
Anti-HAV IgM → confirma hepatite A aguda (esse marcador aparece a partir do 2º dia
do início dos sintomas, declina após a 2ª semana, desaparece após 3 meses).
Anti-HAV IgG → presente na fase convalescença e persiste indefinidamente –
imunidade específica.
Anti-HAV Total → se refere aos dois marcadores IgM e IgG
I – Não existe tratamento específico para formas agudas das hepatites virais;
HBsAg - Prevalência
8% - Alta
2-7% - Intermediária
<2% - Baixa
O.M.S
VÍRUS DA HEPATITE B (VHB)
Epidemiologia
Prevalência do VHB (HBsAg+) no Brasil
Norte Norte
(ocidental) (oriental)
• •
1-18% 1-7%
Nordeste
• 2 -7%
Centro-oeste
2-7% • Sudeste
•
<1-7%
Sul
< 1% •
Prevalência do anti-HBc total no Brasil por regiões
Norte • Nordeste
(21,4%) • (1,2%)
Sudeste
Sul • (5,5%)
(7,6%) •
VÍRUS DA HEPATITE B (VHB)
Epidemiologia
Concentração do VHB (HBV-DNA) em vários fluidos
e tecidos humanos
Urina
Sangue Esperma Suor Fezes
Soro Secreção vaginal Lágrimas Líquido amniótico
Lesões com Saliva Leite Sangue do
exudato Cordão umbilical materno cordão umbilical
Hadler S, 1990
Towers CV et al, 2001
Hepatite B – Transmissão
HBsAg (+) ou HBV-DNA (+) determina a
condição de portador do HBV (sintomático Sexual – ocorre por solução de continuidade através
ou assintomático). Isso significa a existência da pele e mucosas
de risco de transmissão do vírus. Pacientes
com HBeAg (marcador de replicação viral)
reagente têm maior risco de transmissão do Parenteral – procedimentos odontológicos ou
cirúrgicos que não atendam às normas de
HBV do que pacientes HBeAg não reagentes. biossegurança
Veja ao lado as vias de transmissão:
Percutânea – compartilhamento de agulhas,
seringas, material de manicure e pedicure, lâminas
de barbear e depilar, tatuagens, piercings
90 - 95% 5 - 10%
INFECÇÃO CRÔNICA
2 - 10% aa
CIRROSE
~ 4% aa 2 -8% aa
Formas clínicas:
Sintomas
HBeAg anti-HBe
0 4 8 12 16 20 24 28 32 36 52 100
Semanas pós-exposição
VÍRUS DA HEPATITE B (VHB)
Manifestações extra-hepática na forma aguda
Urticária Miocardite
Sindrome de Guillain-Barré
Pancreatite
Síndrome de Gianotti-Crosti
Glomerulonefrite
membranosa Crioglobulinemia
Vírus
Genótipos e cepas mutantes
Hospedeiro
Sexo, idade, resposta imune e genética
Associações:
Álcool, VHC, VHD, HIV e carcinogênese
Adultos: fases da infecção
Fase replicativa Fase não-replicativa
HBeAg positivo HBeAg negativo
Anti-HBe negativo Anti-HBe positivo
DNA VHB * DNA VHB negativo*
ALT elevada ALT normal
Histologia: inflamação Histologia: sem inflamação
Soroconversão Soroconversão
HBeAg: 10% a 20% ao ano HBsAg: 0,5% a 2% ao ano
Cronificação
Clearance viral
Hepatite B – Sinais e sintomas
A Hepatite B geralmente é
Raramente causam 5% a 10% dos indivíduos
oligossintomática, ou seja, icterícia: menos de um infectados tornam-se
apresenta pouco ou terço dos indivíduos portadores crônicos do HBV.
infectados apresenta esse
nenhum sintoma sinal clínico.
característico.
Cerca de 20% a 25% dos B que apresentam replicação
casos crônicos de do vírus evoluem para
hepatite doença hepática avançada.
Hepatite Aguda
O tratamento das hepatites se • Não existe um tratamento específico.
divide em dois momentos: na
• Se necessário, o tratamento deve ser para os
fase aguda e na fase crônica.
Primeiro vamos falar sobre a sintomas: náusea, vômito e prurido.
fase aguda. • 90% dos casos de exposição exclusiva do HBV a
cura é espontânea.
RECOMENDAÇÕES:
Dieta de acordo com seu apetite e aceitação alimentar, geralmente pobre em gorduras
e rica em carboidratos é a que mais apetece.
Uso de medicamentos somente com indicação médica para não agravar o dano
hepático
Bene
f ícios
Probabilidade de
resposta sustentada Risc
os
Gravidade da
doença hepática Efeitos adversos
Idade do paciente
Co-morbidade Resistência
Custos à drogas
O paciente portador de hepatite
B deve ser imunizado para a
hepatite A. O paciente também deve receber Recomenda-se que os serviços
insumos e orientações para estimulem a adesão do paciente ao
praticar sexo seguro e evitar a tratamento, com o envolvimento de
ingestão de álcool, bem como todos os profissionais.
sobre os riscos inerentes ao
consumo de drogas.
Em abordagem individualizada, o
profissional de saúde deve Anamnese, exame físico e
oferecer acolhimento e exames laboratoriais descrito em O paciente portador de hepatite
aconselhamento – prontuário e na ficha de B crônica deve realizar no
estabelecendo uma relação de notificação do agravo são mínimo duas a quatro consultas
confiança com o paciente para a fundamentais para o no ano.
promoção da saúde e a atenção acompanhamento do paciente.
integral.
Se a gestante tem infecção crônica por HBV (HBsAg/HBeAg +), há grande risco de transmissão para
o bebê, sendo necessária imunoprofilaxia adequada no momento do parto para reduzir risco de
transmissão.
O leite materno em mães portadoras de Hepatite B não representa risco adicional na transmissão,
mesmo em crianças que não receberam a imunoprofilaxia.
Esquema de vacinação
O Ministério da Saúde, por meio da Nota Informativa N° 149/2015/ CGPNI/DEVIT/SVS/MS, de 23 de outubro de 2015,
instituiu a universalização da vacinação da hepatite B para todas as faixas etárias, independentemente de vulnerabilidades.
Hepatite B - Coinfecções
As coinfecções são
Vírus da
associadas pela Vírus da Hepatite C Vírus da Hepatite D
imunodeficiência
mesma forma de (HCV) (HDV)
humana HIV
transmissão e
sendo elas:
Diagnóstico sorológico
Antígenos & Anticorpos do VHB
HBsAg Anti-HBs
Anti-HBc IgG
HBcAg
Anti-HBc IgM
HBeAg Anti-HBe
VÍRUS DA HEPATITE B (VHB)
Significado clínico
dos marcadores virais do VHB
1. Antígenos
1.1.- HBsAg: presença do VHB
1.2.- HBeAg: relacionado com replicação viral
1.3.- HBcAg: replicação viral e doença ativa
2. Genoma
2.1.- HBV-DNA: doença hepática aguda ou crônica
3. Anticorpos
3.1.- Anti-HBs: cura da infecção
3.2.- Anti-HBe: parada da replicação viral, se HBsAg-
3.3.- Anti-HBcIgM: doença aguda
4.4.- Anti-HBcIgG isolado: interpretação cuidadosa
VÍRUS DA HEPATITE B (VHB)
Significado clínico
dos marcadores virais do VHB
Profilaxia
Métodos de Profilaxia
· Educação e divulgação do problema
· Controle de bancos de sangue
· Uso da vacina em susceptíveis
Anti-HBs
Reagente
IMUNE
Imunidade natural
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DOS TESTES PARA HEPATITE
B
HBsAg Reagente
HBeAg Reagente
INFECÇÃO
AGUDA
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DOS TESTES PARA HEPATITE
B
HBsAg Reagente
CRÔNICA
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DOS TESTES PARA HEPATITE
B
Anti-HBs Reagente
IMUNIDADE ARTIFICIAL: VACINAÇÃO HEPATITE B
VÍRUS DA HEPATITE C (VHC)
Introdução
· Até 1989 uma “doença sem um agente biológico identificado”
· Clonagem e identificação do VHC em 1988-1989
· História natural complexa
· 70%-90% dos infectados são assintomáticos
· Vírus oncogênico
· Em 30% a 40% dos indivíduos não se identifica fator (es) de risco
· Aproximadamente 200 milhões de pessoas infectadas no mundo
· 80% sem conhecimento da infecção
· 3,5 milhões no Brasil
· 20 mil no Estado do Amazonas
· Epidemia do Século XXI
Hepatite C - Conceito
O HCV pertence ao gênero Hepacivirus, família Cada tipo de genótipo responde
Flaviviridae. diferentemente ao tratamento.
Sua estrutura é composta de ácido rinonucleico É possível que uma pessoa seja
infectada com mais de um tipo.
(RNA).
O grau de dano no fígado e o
genótipo do vírus são usados para
Existem, pelo menos 7 genótipos e 67 subtipos orientar as decisões de tratamento e
de vírus. o manejo da doença.
O genótipo 1 e 3 são os mais prevalentes
responsáveis por 46% e 30% das infecções
respectivamente.
O genótipo é um importante
preditor da
resposta ao tratamento e duração da terapia.
Definição da estratégias de
tratamento adequada
Níveis de
endemicidade
Alta >1,0%
Média 0,6-1,0%
PA 2,1%
RR 0,9 % · PI 0,7 %
AM 0,8 % CE 1,4 %
· · ·
·
AC 5,9 % · · RN 0,7 %
MT 1,5 % · · BA 1,7%
GO 1,4% ·
· ES 1,2 %
·
SP 1,5% · · RJ 2,6%
PR 0,7%
·
RGS 0,6% · MG 0,4 %
• Transmissão parenteral
– Transfusão de sangue e hemoderivados
– Uso de drogas intravenosas
– Hemodiálise
– Tatuagens
– Profissionais da área de saúde
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Hepatite C - Evolução clínica
HEPATITE AGUDA 10 A 20% - CURA Normal
liver cells
75 a 85%
80% • Assintomáticos
20-30% • Icterícia
Cronificação: 60-85%
Cirrose: 20%
Carcinoma
hepatocelular: 1 a 5%
História Natural da Hepatite C
Tempo
100
85%
Crônica
15% 85 20%
Resolve Cirrose
80%
15 17
25%
75%
Estável Mortalidade
68 Estável 4
Courtesy of Seeff, LB and Alter, HJ. 13
Sinais e sintomas da Hepatite C
crônica
Veja agora como se comporta Os sintomas são escassos e inespecíficos e
o HCV crônico: caracterizado pode evoluir por décadas sem diagnóstico.
por processo inflamatório
persistente (mais de seis Sem tratamento: 60% a 85% dos casos ocorre
meses). cronificação e 20% evolui para cirrose.
Crônica
• Anti-HCV reagente por mais de seis meses; e
• Confirmação diagnóstica com HCV-RNA detectável por mais de seis
meses.
Assim: É recomendado que o diagnóstico laboratorial da hepatite C seja realizado com, pelo
menos, dois testes.
Confirmar diagnóstico
Caracterizar
transmissão vertical
Solicita anti-HCV
Solicita RNA-VHC
· Crioglobulinemia mista
· Anemia Aplástica, Trombocitopenia
· Úlcera de Córnea, Uveíte
· Diabete tipo II
· Doenças Reumatológicas(Polarterite Nodosa, Vasculites)
· Alcoolismo
· Esquistossomose (forma hepato-esplênica)
· Glomerulonefrite membranoproliferativa,Síndrome Nefrótica
· Linfoma não Hodking’s
· Doenças dermatológicas(Porfiria cutânea tarda, Liquen Plano)
· Doenças Neurológicas(Neuropatia Periférica)
· Doenças Auto Imunes
VÍRUS DA HEPATITE C (VHC)
Concentração viral ?
Quasispecies (mutação genética)
Genótipo 3 ?
Sintomas severos durante a fase aguda
Altos níveis de ALT durante a fase aguda
Enzimas hepáticas normais ou intermitentes (evolução)
Sexo masculino
Idade (> 40anos)
Raça
VÍRUS DA HEPATITE C (VHC)
Clínica da hepatite crônica
Fatores que podem provocar impacto na
progressão para hepatite crônica
· Vitiligo
·Lichen planus
· Porfiria cutânea tarda
· Crioglobulinemia
· Glomerulonefrite membranoproliferativa
· Linfoma não Hodgkin’s
Três 2a onda:
Sofosbuvir + PEG/RBV Com PEG
RVS: 80 a 89%
ondas Simeprevir + PEG/RBV
----------------------------
Sofosbuvir + Simeprevir
Sem PEG
Sofosbuvir + RVS: 85 a 95%
Daclatasvir
Três 2a onda:
Sofosbuvir + PEG/RBV Com PEG
RVS: 80 a 89%
ondas Simeprevir + PEG/RBV
----------------------------
Sofosbuvir + Simeprevir
Sem PEG
Sofosbuvir + RVS: 85 a 95%
Daclatasvir
Três 2a onda:
Sofosbuvir + PEG/RBV Com PEG
RVS: 80 a 89%
ondas Simeprevir + PEG/RBV
----------------------------
Sofosbuvir + Simeprevir
Sem PEG
Sofosbuvir + RVS: 85 a 95%
Daclatasvir
O TRATAMENTO
Quando o vírus
IDEAL necessita substitução
de ≥3 aa para
desenvolver resistência
Potência elevada
Posologia fácil
tudo via oral, uma
Alta barreira genética
tomada diária, poucos à resistência viral
comprimidos
Pan-Genotípica Segurança
Regimes simples
Tolerabilidade
Curta duração, 2022
poucos EA
s/ regras de parada
fáceis de manejar
Alvos específicos no tratamento do HCV:
Inibidores da protease, polimerase e NS5A
NS5A
Protease Polimerase
Protease Polimerase
Telaprevir
Boceprevir Ledipasvir
Simeprevir Daclatasvir
Veruprevir Ombitasvir
• 8-12 semanas
Harvoni Sofosbuvir Ledipasvir
HCV NS5B inibidor polimerase HCV NS5A inibidor • >95% frequência cura
Epclusa Sofosbuvir Velpatasvir
Etiologia
HDV-RNA
HBsAg
HDAg
35nm-37nm
Assim, pessoas com
O vírus da Hepatite D vírus da Hepatite B são
depende do vírus suscetíveis a esse vírus.
causador da Hepatite Vamos aprender mais
B para se replicar e sobre a vírus HDV?
causar a infecção.
Vírus da Hepatite D (Delta)
antigeno HBsAg
RNA
Etiologia
· Penetração no hepatócito mediado pelo HBsAg
· Partícula esférica de 35-37nm
DNA
RNA-
*
HBcAg
HDAg
Taiwan
Ilhas Pacificas
Prevalência do HDV
Alta Intermediaria
Baixa Muito Baixa
• Mediterrâneo
Sem dados
• África
• Oriente Médio
• Rússia
• América do Sul e Brasil - Restrito à Amazônia
Mapa demonstrando a prevalência de portadores do VHB
no Brasil e área endêmica de hepatite delta.
?
?
Região de alta
prevalência de
superinfecção B-D
VÍRUS DA HEPATITE D
Aspectos epidemiológicos
Coinfecção aguda VHB+VHD
· Marcadores diretos
· Detectação do HDV-RNA/PCR (fígado ou soro)
· Detectação do HDAg (soro ou fígado)
· Marcadores indiretos
· Detectação da fração anti-HD IgG
· Detectação da fração anti-HD IgM
Hepatite D - Sintomas
A Hepatite D pode ou não apresentar sintomas
que são, em sua maioria, agudos. Menos de
5% das hepatites D agudas evoluem para a ATENÇÃO!
fase crônica. Veja aos lados esses sintomas:
Infecção simultânea (HBV e HDV):
Pode levar a hepatite leve a grave, ou
até mesmo fulminante, mas
geralmente a recuperação é completa.
Cansaço e
Enjoo e/ou
tontura Febre Superinfecção (o HDV pode infectar
vômitos
uma pessoa com HBV crônica):
Isso acelera a progressão para uma
doença mais grave em todas as idades
(70-90% dos casos) – cirrose hepática.
Veja o modo de
transmissão da Hepatite
D, que é o mesmo para
hepatite B:
Transmissão vertical é rara Sangue e
Contato sexual mas pode acontecer. hemoderivados
Via percutânea
(compartilhamento de material para uso de drogas, higiene pessoal ou para
confecção de tatuagem e colocação de piercings)
O diagnóstico é ➢ Anti-HDV total - presença de anticorpos tanto da classe imunoglobulina IgM quanto da
classe IgG contra o HDV.
realizado por ➢ HDV-RNA - é utilizado como marcador de replicação viral tanto na fase aguda como na
exames laboratoriais fase crônica da doença e como controle de tratamento. Pode ser detectado 14 dias após
específicos. São eles: a infecção.
Caso que evolui para óbito com menção de hepatite sem etiologia específica na declaração de
óbito, mas que tem confirmação para hepatite D após investigação.
Hepatite crônica
· CBA, 21 anos, masculino, procedente de Eirunepé (rio Jurua)
· História de passado ictérico há 05 anos
· Estigmas de hepatopatia crônica
HBsAg Reagente
Anti-HBc IgM Reagente
HBsAg Reagente
•Reagente
Anti-HBc IgG
ou
Anti-HDV IgG •Reagente
SUPERINFECÇÃO
(infecção pelo
vírus D em
portador crônico
do vírus B)
HEPATITE D
Co-infecção
Super-infecção
Etiologia
Manifestações
extrahepáticas
Neurológicas
Amiotrofia neurálgica (Neurite do plexo Comprometimento bilateral e maior
braquial) dano plexo braquial.
PREVENÇÃO
Melhorar as condições de saneamento básico e de higiene.
Não existe vacina para hepatite E.
Patogenia
Aspectos clínicos
· colúria;
· acolia (inicia-se a convalescença).
MANUAL TÉCNICO
Regular o uso dos testes rápidos para a investigação inicial da infecção pelas
hepatites virais B e C.
www.aids.gov.br
O Uso dos Manuais Técnicos e Protocolos Clínicos e Diretrizes de Tratamento -
PCDT devem ser adotados e podem auxilia-los no correto diagnóstico de cada
doença.
PCDT, 2019
* Marcadores sorológicos negativos para os vírus A,B,C,D,E
Surto em resumo:
Desde que as Notícias sobre Surtos de Doenças da OMS sobre hepatite
aguda de etiologia desconhecida – Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do
Norte foram publicadas em 15 de abril de 2022, houve relatos de casos de
hepatite aguda de origem desconhecida em crianças pequenas. Ainda não
está claro se houve um aumento nos casos de hepatite ou um aumento na
conscientização sobre casos de hepatite que ocorrem na taxa esperada, mas
não são detectados. Embora o adenovírus seja uma hipótese possível, as
investigações estão em andamento para o agente causador.