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Hepatites

Hepatites virais e danos hepáticos

Fernando J Chapermann
Danos hepáticos
Danos hepáticos Aminotransferases
Ou Transaminases

AST (aminotransferase de aspartato -


AST ou SGOT ou TGO ou GOT ou
aspartato aminotransferase) e
ALT (alanina aminotransferase -
aminotransferase de alanine (ALT ou
SGPT ou TGP ou GPT)

A AST está presente, além do fígado, nos músculos


cardíaco e esquelético, rins, cérebro, pâncreas,
pulmões e nas hemácias (glóbulos vermelhos),

ALT está presente em altas concentrações no fígado e


muito baixa em outros órgãos, tendo assim maior
especi cidade para indicar injúria hepática
(principalmente quando há elevação conjunta da AST).
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Danos hepáticos
As causas mais comuns de elevação
das aminotransferases são as hepatites
causadas por vírus que apresentam
a nidade pelo fígado (vírus A, B, C, D e
E), além de outros vírus, como o da
dengue, citomegalovírus, varicela,
herpes, etc. Medicamentos (incluindo
chás, suplementos e derivados herbais),
a doença hepática gordurosa não
alcoólica, abuso de álcool também
frequentemente causam elevação
dessas enzimas. Causas menos comuns
são as doenças autoimunes do fígado, a
d o e n ç a d e Wi l s o n ( a l t e r a ç ã o d o
metabolismo do cobre), a
hemocromatose hereditária (alteração
do metabolismo do ferro), doenças
vasculares como a Síndrome de Budd-
Chiari e as obstruções agudas da via
biliar.
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Danos hepáticos O hepatograma:

AST (aspartato aminotransferase ou


TGO transaminase glutâmica
o x a l a c é t i c a ) e A LT ( a l a n i n a
aminotransferase ou TGP
transaminase glutâmica pirúvica);

Fosfatase alcalina, GGT ou Gama GT


(Gama glutamil transpeptidase).
Bilirrubinas (direta, indireta e total).
TAP (tempo de protrombina ativada)
ou TP (tempo de protrombina) e INR.
Proteínas totais e Frações
(Albumina).
5′ nucleotidase (5’NTD).
LDH (lactato desidrogenase).
Danos hepáticos Valores da AST e ALT:
Os valores normais variam
de laboratório para
laboratório, cando, porém,
o limite superior sempre ao
redor de 40 e 50 U/L.

Valores maiores que 1000 U/


L são causadas
habitualmente por hepatites
virais, hepatites por drogas
(mais comum é intoxicação
por paracetamol) ou hepatite
isquêmica.
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As hepatites virais
As hepatites virais

A hepatite viral é considerada um importante problema de saúde pública,


infecta milhões de pessoas anualmente, causando morbidade e mortalidade
signi cativas. A infecção crônica por hepatite B e C pode causar danos ao
fígado que incluem brose hepática, cirrose, carcinoma hepatocelular e
características de hipertensão portal.

Global epidemiology of hepatitis B virus infection: new estimates of age-speci c HBsAg


seroprevalence and endemicity
J J Ott 1, G A Stevens, J Groeger, S T Wiersma; PMID: 22273662 DOI: 10.1016/j.vaccine.2011.12.116
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As hepatites virais
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1,3 milhões de pessoas
morreram devido à hepatite em 2015, e 1 em cada 3 pessoas no mundo teve
infecções pelo vírus da hepatite B ou da hepatite C. As taxas de infecção
mostram que 2 bilhões de pessoas estão infectadas com o vírus da hepatite
B, 185 milhões com o vírus da hepatite C e 20 milhões com o vírus da
hepatite E. O vírus da hepatite A afeta 90% das crianças em regiões
altamente endêmicas. As hepatites virais acabam causando 1,4 milhão de
mortes anualmente, e os vírus das hepatites B e C são responsáveis por
cerca de 90% dessas mortes. Global epidemiology of hepatitis B virus infection: new estimates of age-speci c HBsAg
seroprevalence and endemicity
J J Ott 1, G A Stevens, J Groeger, S T Wiersma; PMID: 22273662 DOI: 10.1016/j.vaccine.2011.12.116
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Hepatite A
Família: Picornaviridae - PICO / RNA / Virus
Gênero: Hepatovírus
Propriedades físico-químicas e físicas
Os vírus são muito estáveis, resistentes a pH
ácido e temperaturas elevadas (60°C por 10
min). A densidade utuante em CsCl é 1,32–1,34
g cm3.
Ácido nucleico: RNA - vírus(+)ss RNA
icosaédricos
Outros: Rinovirus, Enterovirus, Poliovirus
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Hepatite A
A hepatite A é um vírus RNA da  família Picornaviridae.  Geralmente está
presente em maior concentração nas fezes de indivíduos infectados,
com maior eliminação de carga viral ocorrendo durante o nal do
período de incubação. O modo mais comum de transmissão da hepatite
A é pela via fecal-oral, pelo contato com alimentos, água ou objetos
contaminados por matéria fecal de um indivíduo infectado.  É mais
comumente encontrada em países em desenvolvimento onde, devido à
pobreza e à falta de saneamento, há uma maior probabilidade de
propagação fecal-oral.

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Hepatite A
Epidemiologia:
Endêmica na maioria dos países
Declinando nos países desenvolvidos
Alta incidência em populações economicamente mais pobres
Associada a baixas condições de sanitarismo

Diagnóstico: Vírus não cultivável rotineiramente


IgM anti-HAV no soro

Prevenção: Vacinação (vacina inativada, cepa GMB) - Brasil: introduzida


no calendário infantil em 2014 para crianças de 1 a 2 anos
Saneamento básico
Hepatite B
Hepatite B March 11, 2004
N Engl J Med 2004; 350:1118-1129
DOI: 10.1056/NEJMra031087
Família: Hepadnaviridae
Gênero: Orthohepadnavirus
O vírus da hepatite B é um vírus de DNA e é membro da família Hepadnaviridae. A
composição do núcleo viral é o nucleocapsídeo, o antígeno central da hepatite B
(HBcAg), que envolve o DNA do vírus da hepatite B, e a DNA polimerase. O
nucleocapsídeo é revestido com o antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg),
que é um polipeptídeo de superfície viral. O gene que codi ca o antígeno central
da hepatite B (HBcAg) também codi ca o antígeno e da hepatite B (HBeAg). O
vírion intacto do vírus da hepatite B é conhecido como partícula Dane.
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Hepatite B
O vírus da hepatite B pode ser detectado no soro, sêmen, muco vaginal, saliva e
lágrimas, mesmo em níveis mais baixos, mas não pode ser encontrado nas fezes,
na urina ou no suor. Nos Estados Unidos, estima-se que cerca de 2,2 milhões de
pessoas tenham infecção crônica pelo vírus da hepatite B. É transmitido por via
parenteral e sexual quando os indivíduos entram em contato com membranas
mucosas ou uidos corporais de indivíduos infectados. A transfusão de sangue e
produtos sanguíneos, o uso de drogas injetáveis com agulhas compartilhadas,
compartilhamento de agulha ou feridas causadas por outros instrumentos em
pro ssionais de saúde e hemodiálise são exemplos de exposições parenterais e
percutâneas, mas o modo parenteral continua sendo o modo dominante de
transmissão tanto globalmente quanto no mundo.
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Hepatite B

No período de 2000 a 2021, foram noti cados 264.640 casos con rmados de

hepatite B no Brasil; desses, a maioria está concentrada na região Sudeste

(34,2%), seguida das regiões Sul (31,5%), Norte (14,5%), Nordeste (10,7%) e

Centro-Oeste (9,1%). Entre 2011 e 2019, as taxas de detecção de hepatite B no

Brasil apresentaram redução de 20,7%, passando de 8,5 para 6,7 casos para cada

100 mil habitantes, respectivamente. Em 2021, a taxa de detecção foi de 3,4

casos para cada 100 mil habitantes, a menor da série histórica.


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Hepatite B
É considerado um vírus oncogênico e apresenta dez genótipos, classi cados de
A a J. O HBV possui tropismo pela célula hepática e, ao se ligar a receptores
presentes na superfície celular, é internalizado e perde seu envoltório. Em
seguida, o conteúdo viral migra para o núcleo e replica-se por meio de um
sistema semelhante ao dos retrovírus.
A infecção pelo vírus da hepatite B pode causar hepatite aguda ou crônica;
habitualmente, ambas as formas são oligossintomáticas.
Aproximadamente 5% a 10% dos indivíduos infectados tornam-se portadores
crônicos do HBV. Cerca de 20% a 25% dos casos crônicos de hepatite B que
apresentam replicação do vírus evoluem para doença hepática avançada.

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Hepatite B

Em indivíduos adultos expostos exclusivamente ao HBV, a cura espontânea se dá

em cerca de 90% dos casos. A evolução para infecção crônica, por sua vez,

ocorre em menor proporção – e é de nida como a persistência do vírus ou a

presença do HBsAg por mais de seis meses, detectada por meio de testes

sorológicos.
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Hepatite B

Grande quantidade de vírus no plasma de portadores!!!

Concentração de HBV em alguns uidos corporais

Alta: sangue, soro, exsudatos de feridas

Moderada: sêmen, uido vaginal, saliva

Baixa ou não detectável: urina, fezes, suor, lágrimas, leite materno


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Hepatite B

Antígenos do HBV:

• HBsAg: proteína do envelope (surface)


• HBcAg: antígeno interno (capsídeo)
• HBeAg: proteína secretada, não estrutural, função desconhecida (denominada
antígeno e)

https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-conteudo/pcdts/2016/hepatites-virais/
pcdt_hepatite_b_270917.pdf
Hepatite B

• Período de incubação 45-100 dias (média 70):


• Hepatite aguda: crianças e adultos
• Sintomas: anorexia, náusea, vômitos, dores abdominais, artralgia, erupções,
icterícia, febre leve ou ausente

• Hepatite crônica: infecção perinatal e em crianças de até 4 anos


• 3% desenvolvem hepatite crônica ativa: cirrose e carcinoma hepático
Hepatite B

• Diagnóstico:
• Clínico + provas de função hepática
• Laboratoriais: ELISAs anti-proteínas virais
• anti-HBsAg
• anti-HBcAg
• antiHBeAg
• IgM presente até 6 meses após infecção aguda
Hepatite B
•Diagnóstico + Classi cação da Doença:
•Metavir + Elastogra a hepática
•USG
•Classi cação da Cirrose Hepática: Child-pugh
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Hepatite B
Critérios de inclusão para tratamento da hepatite B sem agente Delta:
•Paciente com HBeAg reagente e ALT > 2x limite superior da normalidade (LSN);
•Adulto maior de 30 anos (3, 32) com HBeAg reagente;
•Paciente com HBeAg não reagente, HBV-DNA >2.000 UI/mL e ALT > 2x LSN.b. Outros
critérios de inclusão para tratamento independentemente dos resultados de HBeAg, HBV-
DNA e ALT para hepatite B sem agente Delta:
•História familiar de CHC;
•Manifestações extra-hepáticas com acometimento motor incapacitante, artrite, vasculites,
glomerulonefrite e poliarterite nodosa, Coinfecção HIV/HBV ou HCV/HBV;
•Hepatite aguda grave (coagulopatias ou icterícia por mais de 14 dias);
•Reativação de hepatite B crônica;
•Cirrose/insu ciência hepática;
•Biópsia hepática METAVIR ≥ A2F2 ou elastogra a hepática > 7,0 kPa;
•Prevenção de reativação viral em pacientes que irão receber terapia imunossupressora
(IMSS) ou quimioterapia (QT).
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Hepatite B

Posologia
Alfapeguinterferona 2a 40 KDa – 180 mcg/semana via subcutânea (SC)
Alfapeguinterferona 2b 12 KDa – 1,5 mcg/kg/semana via SC
Entecavir 0,5 mg – 0,5-1,0 mg/dia via oral (VO)
Tenofovir (fumarato de tenofovir desoproxila) 300 mg – 300 mg/dia VO
Hepatite B
Prevenção e controle:

Vacinação: vacina HbsAg recombinante

Pessoas de alto risco:

Áreas da saúde

Parceiros sexuais de portadores

Filhos de mães portadoras

Homossexuais, prostitutas, tatuados

Uso de preservativos, transfusões a partir de soronegativos


Hepatite B
Hepatite B
Hepatite B
Hepatite C

Família: Flaviviridae
Gênero: Hepacivírus
Hepatite C
Família: Flaviviridae
Flaviviridae é uma família de pequenos vírus
envelopados com genomas de RNA de sentido
positivo de aproximadamente 9,0–13 kb
Ortho avivirus - Hepatite C, vírus da febre
amarela, vírus da dengue, vírus do Nilo
Ocidental
Patógenos humanos importantes incluem o vírus da febre amarela, o vírus da
dengue, o vírus Zika, o vírus da encefalite japonesa, o vírus do Nilo Ocidental e o
vírus da encefalite transmitida por carrapatos. Outros membros causam
doenças economicamente importantes em animais domésticos ou selvagens.
Vírus adicionais infectam apenas artrópodes ou apenas mamíferos ( por
exemplo, vírus do morcego Tamana)
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Hepatite C
• Família Flaviviridae
• Gênero Hepacivirus
• RNA fs polaridade positiva de 9,5 kb
• Envelopado
• Difícil cultivo in vitro
• Tipos: 1 a 6
• Vários subtipos (1a, 1b, etc)

• Infecta 3% da população mundial (dados da OMS)


-> 185 milhões de pessoas com 350 mil mortes por ano
• Descoberto na década 80 -> Até então era conhecida como Hepatite não
A não B
Hepatite C
O vírus da hepatite C é um vírus RNA e é um membro da 
família  Flaviviridae  com um sorotipo, mas pelo menos seis genótipos
principais e mais de 80 subtipos.  A extensa variabilidade genética torna
difícil o desenvolvimento de uma vacina para prevenir a infecção pelo
vírus da hepatite C. A transmissão pode ser parenteral, perinatal e sexual,
sendo o modo mais comum o compartilhamento de agulhas
contaminadas entre usuários de drogas intravenosas.  Além disso, outros
grupos de alto risco incluem pessoas que necessitam de transfusões de
sangue frequentes e transplantes de órgãos de doadores infectados.  A
transmissão sexual e vertical não é muito comum.
Hepatite C
Globalmente, estima-se que mais de 58 milhões de pessoas vivam com o VHC.
De acordo com a classi cação mais atualizada, existem sete genótipos de HCV
com base na sua variabilidade de nucleotídeos em sequências de HCV
recuperadas de múltiplas regiões geográ cas.

Genótipo 1: o mais amplamente disperso em todo o mundo, 60% a 70% dos


isolados dos Estados Unidos são do subtipo 1a ou 1b
Genótipo 2: amplamente disperso, mas mais diversi cado na África Central e
Ocidental
Genótipo 3: amplamente distribuído, mas mais diversi cado na Ásia, ligado ao
uso de drogas ilícitas
Genótipo 4: Norte de África e Médio Oriente.
Genótipo 5: África do Sul
Genótipo 6: Sudeste Asiático.
Genótipo 7: África Central (Congo)
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Hepatite C
Os sintomas da infecção pelo HCV estão presentes na minoria de casos (20% a

30%) e geralmente são inespecí cos:

anorexia, astenia, mal-estar e dor abdominal.

1% = icterícia e colúria (WESTBROOK; DUSHEIKO, 2014).

< 1% insu ciência hepática ou casos fulminantes (FARCI et al., 1996).

Cura após a infecção aguda pelo HCV, ocorre em 15% a 40% dos casos.
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Hepatite C Hepatite C - Aguda
Hepatite C Hepatite C - Crônica

A de nição de hepatite C crônica se dá por:


› Anti-HCV reagente por mais de seis meses; E
› Con rmaçãoo diagnóstica com HCV-RNA detectável por mais de seis meses.
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Hepatite C
Apenas 10-15% dos pacientes infectados pelo VHC apresentam infecção
autolimitada; em todos os outros, a infecção é progressiva. Cerca de 20%
desenvolverão cirrose dentro de duas décadas e outros 1 a 5%
desenvolverão CÂNCER HEPÁTICO dentro de três décadas.  A progressão
da doença é mais comum em usuários de álcool, cirróticos e naqueles com
infecção coexistente pelo VHB.  Indivíduos com carga viral indetectável
geralmente apresentam risco reduzido de desenvolver cirrose e morte.
Hepatite C Hepatite C - Crônica

Não existe necessidade de con rmação sorológica (teste tipo Elisa) após a realização de um TR cujo resultado seja
reagente. Ambos os testes são equivalentes e devem ser seguidos por método complementar de biologia molecular.
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Hepatite C
Hepatite C
Hepatite C
Hepatite C
FÁRMACOS
› Alfapeguinterferona 2a 180mcg – solução injetável;
› Ribavirina 250mg – cápsula;
› Daclatasvir 30mg e 60mg – comprimido;
› Sofosbuvir 400mg – comprimido;
› Ledipasvir 90mg/sofosbuvir 400mg – comprimido;
› Elbasvir 50mg/grazoprevir 100mg – comprimido;
› Glecaprevir 100mg/pibrentasvir 40mg – comprimido;
› Velpatasvir 100mg /sofosbuvir 400mg – comprimido;
› Alfaepoetina 10.000 UI – pó para solução injetável;
› Filgrastim 300mcg – solução injetável.
Hepatite C
Posologia dos medicamentos para hepatite C
Medicamento Posologia
Alfapeguinterferona 2a 180μg/1,73m², por via subcutânea, uma vez por semana (crianças)
Daclatasvir 60mg 1 comprimido uma vez ao dia, por via oral
Daclatasvir 30mg 1 comprimido uma vez ao dia, por via oral1
Sofosbuvir 400mg 1 comprimido uma vez ao dia, por via oral
Glecaprevir 100mg/pibrentasvir 40mg 3 comprimidos uma vez ao dia, por via oral
Velpatasvir 100mg/sofosbuvir 400mg 1 comprimido uma vez ao dia, por via oral
Ledipasvir 90mg/sofosbuvir 400mg 1 comprimido uma vez ao dia, por via oral
Elbasvir 50mg/grazoprevir 100mg 1 comprimido uma vez ao dia, por via oral
Ribavirina 250mg 11mg/kg/dia ou 1g (<75kg) e 1,25g (>75 kg) via oral (adultos) e 15mg/kg/dia (crianças)2
Alfaepoetina 10.000 UI 10.000 UI a 40.000 UI, por via subcutânea, uma vez por semana, a critério clínico
Filgrastim 300mcg 300mcg, por via subcutânea, uma ou duas vezes por semana
Hepatite C
Hepatite D
• Aspectos clínicos
➢ Coinfecção
✓ Doença severa aguda
✓ Baixo risco de infecção crônica
➢ Superinfecção
✓ usualmente desenvolvem HD crônica
✓ Alto risco de doença crônica severa
✓ Pode se apresentar como hepatite aguda

Hepatite D
O período de incubação do vírus da hepatite D é de
aproximadamente 13 semanas. A infecção pelo vírus da
hepatite D causa hepatite apenas em pessoas com
infecção aguda ou crônica pelo vírus da hepatite B.  Os
sintomas são semelhantes aos da infecção aguda pelo
vírus da hepatite B, mas os pacientes com infecção
crônica pelo vírus da hepatite B e infecção pelo vírus da
hepatite D tendem a progredir mais rapidamente para
cirrose do que aqueles pacientes com infecção crônica
pelo vírus da hepatite B isoladamente.
Hepatite D
• Transmissão

➢ Exposição percutânea

✓ Uso de drogas injetáveis

➢ Exposição permucosas

✓ Contato sexual

Hepatite D
Hepatite D
• Diagnóstico

➢ Anticorpos IgM anti-Delta no soro

➢ Ag Delta no soro ou fígado (biópsia)

• Prevenção
➢ Coinfecção por HBV-HDV: profilaxia pré ou pós- exposição para prevenir a
infeção por HBV
➢ Educação para reduzir comportamento de risco entre portadores crônicos de
HBV









Hepatite E
• Família: Hepeviridae

• Gênero Hepevirus

• Espécie: Hepatite E virus

• Vírus RNA fs

• Não envelopado (27 – 34 nm)

• Transmissão fecal-oral

Hepatite E

A hepatite E é um vírus RNA e uma única espécie do gênero


Hepevirus. O principal modo de transmissão é a via fecal-oral. A
água contaminada com fezes é o meio mais comum, mas a
transmissão de pessoa para pessoa é rara.  No entanto,
ocasionalmente também pode ocorrer transmissão materno-
neonatal.
Hepatite E
• Características clínicas:
➢ P.I. 30-40 dias

➢ Aguda, auto-limitante

➢ “Sem” portadores (suínos)

➢ Geralmente em adultos 15-40 anos

• Complicações:
➢ Hepatite fulminante em gestantes:

✓ mortalidade de até 40%


Hepatite E
• Patogenia
➢ Similar à hepatite A
➢ Replicação inicial no intestino, seguida de replicação no fígado
➢ Viremia passageira
➢ Grande quantidade de vírus necessária para estabelecer a infecção
➢ O período de incubação do vírus da hepatite E é de
aproximadamente 2 a 10 semanas.

Hepatite E
• Taxa de mortalidade:
➢ Geral: 1%-3%
➢ Gestantes: 15%-25%
• Gravidade da doença
➢ Aumenta com idade
• Sequelas crônicas
➢ nenhuma

Hepatite E
• Epidemiologia:

➢ ainda pouco conhecida

➢ surtos na China, México e norte da África


• Usualmente grande contaminação de água
com fezes
• Transmissão e contatos incomum

➢ Necessita de muito vírus p/ transmissão


• Podem ser causadas, ocasionalmente, por


outros vírus
- Hepatite “G” (flavivírus; hepatite?)
- HSV (HHV-1 e HHV-2)
- EBV (HHV-4)
- CMV (HHV-5)
- Febre amarela
- Rubéola


Hepatites
Resumão

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