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Universidade do Estado do Rio De Janeiro

Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes


Departamento de Farmacologia e Psicobiologia
Curso de Medicina – Disciplina de Farmacologia

Estudo Dirigido I – Farmacocinética

1. Uma substância X foi administrada inicialmente a dois estudantes de medicina


voluntários na dose de 500 mg sob a forma de solução por via oral. No outro dia, o
voluntário A recebeu o mesmo fármaco na dose de 50 mg por via venosa, tendo sido
observadas as seguintes curvas de concentração plasmática (fig.). Pergunta-se:

A – Via IV
B – Via Oral

A – Via Oral

a) Explicar a diferença observada no voluntário A, quando são empregadas vias


de administração diferentes:
b) Explicar a diferença observada entre os voluntários A e B, quando o fármaco
foi administrado por via oral:
c) Caso o fármaco fosse administrado no voluntário B por via IV na mesma
dose, como seria a curva? Justifique:

2. A distribuição de fármacos pode ser afetada por diferentes fatores, tais como o fluxo
regional, a lipossolubilidade do fármaco, a permeabilidade capilar e o grau de
ligação do fármaco às proteínas plasmáticas. Sabendo-se que o anticoagulante
varfarina possui baixo Vd e ligação à albumina na taxa de 99% e ocupação < 1%, e
que o quimioterápico sulfametoxazol liga-se com taxa de 95% à albumina e taxa de
ocupação de 60%. Discutir qual a implicação clínica quando um paciente que utiliza
cronicamente o anticoagulante é medicado com o quimioterápico para tratamento de
infecção respiratória.

3. Uma criança, fazendo uso de prednisona, por via oral, para tratamento de anemia
hemolítica, ingeriu 20 comprimidos de Fenobarbital. Responda:
a) Sabendo-se que o fenobarbital é um ácido fraco (derivado do ácido
barbitúrico), o que você faria para acelerar a excreção renal? Justifique sua
resposta.
b) Sabendo-se que o glicocorticoide possui clearance hepático, que tipo de
interação medicamentosa poderia ocorrer? Justifique.

4. Um paciente recebeu 0,25 mg ao dia de digoxina via oral (comprimido) por várias
semanas devido à insuficiência cardíaca e os sintomas de toxicidade apareceram
recentemente. Foi colhida uma amostra de sangue e analisada, fornecendo uma Cp
de 3,2 ng/ml (na faixa tóxica). Por motivos terapêuticos você decide reduzir a Cp
para 1,6 ng/mL. Pede-se:
a) Que novo esquema de dosagem deveria ser usado e quanto tempo levaria
para atingir o novo platô?
b) Você decide parar a administração de digoxina, esperar 24 horas a partir da
amostra sanguínea anterior (3,2 ng/mL). A nova dosagem da concentração
plasmática foi de 2,7 ng/ml, após 24 horas de interrupção do tratamento (um
sexto). Sabendo-se o decréscimo fracional da concentração plasmática é
constante em um intervalo fixo de tempo. Por quanto dias a digoxina deve ser
suspensa até atingir a Cp de 1,6 ng/ml?
c) O resultado da questão anterior forneceu a T ½ da digoxina neste paciente.
Portanto, quantos dias seriam necessários para atingir o novo platô (isto é, a
Cp = 1,6 ng/mL) caso você decidisse reduzir a dose para 0,125 mg/dia?
d) A digoxina possui T ½ de 36 horas e clearance renal. Que fatores podem ter
modificado esses parâmetros no paciente em questão?

5. O paciente com insuficiência cardíaca agudizou e deu entrada na emergência.


Você, em face à clínica do paciente, optou pela administração de levosimendano,
com uma dose de ataque de 12 µg/kg, infundida em 10 minutos, seguida de dripping
na dose de 0,1 µg/kg/min. Sabendo-se que o paciente mede 60 kg de massa
corporal e que o levosimendano está disponível em ampolas de 5 ml contendo 12,5
mg, determine a taxa de infusão na BI, considerando o emprego de solução na
concentração de 25 µg/ml.

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