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FARMACOCINÉTICA
Absorção
FARMACODINÂMICA
Toxicidade
Efeito farmacológico Resposta clínica
Eficácia
• DROGA: toda e qualquer substância química que cause alterações fisiológica com ou sem intenção benéfica (farmacologia x
toxicologia).
• FÁRMACO: estrutura/substância química conhecida utilizada com propriedade de modificar uma função fisiológica já existente.
É utilizada com intenção terapêutica, mesmo que produza efeitos adversos.
• REMÉDIO: conceito que engloba tanto substâncias químicas de caráter terapêutico benéfico como procedimentos (massagem,
acupuntura etc.), ou seja, toda e qualquer ação que promova um benefício visando a cura.
• MEDICAMENTO: formulação/preparação química onde há o princípio ativo (fármaco) associado a outras substâncias
(veículo/incipiente). Todo medicamento é um remédio mas a recíproca não é verdadeira.
• VENENO: fármaco que tem ação quase que exclusivamente deletéria ao paciente.
• TOXINA: substância de origem biológica (animais/plantas). Geram quase que exclusivamente efeitos deletérios.
• PLACEBO: remédio sem o princípio ativo, de forma simulada. O paciente deve acreditar que é real.
• MEDICAMENTO ÉTICO OU DE REFERÊNCIA: sua principal função é servir de parâmetros para registros dos posteriores
medicamentos similares e genéricos, quando a sua patente expirar (dura de 10 a 20 anos). É o primeiro medicamento que surgiu
com determinado princípio ativo e indicação.
• MEDICAMENTO GENÉRICO: é um medicamento com a mesma substância ativa, forma farmacêutica e dosagem e com a mesma
indicação que o medicamento original, de marca. Passa pelos testes de garantia, assegurando que age da mesma forma que o
medicamento de referência. Possui um preço mais acessível.
• MEDICAMENTO SIMILAR: é o medicamento autorizado a ser produzido após prazo da patente de fabricação do medicamento de
referência ou inovador ter vencido. Diferente do medicamento genérico, o medicamento similar não passa pelos testes de
garantia. Pode receber nome comercial.
Mayra Alencar @maydicina | HAB. TERAPÊUTICAS I | P4 - MEDICINA UNIT AL 2
• BIODISPONIBILIDADE: é uma medida da extensão de uma droga terapêutica ativa, que atinge a circulação sistêmica e está
disponível no local de ação. Quando o fármaco chega na corrente sanguínea, a absorção, distribuição, metabolismo e excreção
interferem na biodisponibilidade.
• BIOEQUIVALÊNCIA: avalia a equivalência biológica esperada in vivo de duas preparações de um medicamento. Se os dois
fármacos produzem o mesmo efeito, eles são bioequivalentes.
• ESPECIFICIDADE: capacidade de um fármaco reconhecer apenas 1 receptor. Quanto mais específico, menos efeitos adversos.
• MEIA-VIDA: tempo necessário para que metade da substância seja removida do organismo.
• AFINIDADE: tendência de um fármaco se ligar ao seu receptor (força de atração).
• EFICÁCIA: tendência de um fármaco, uma vez ligado, ativar o receptor.
• DOSE LETAL 50: é a concentração de uma substância capaz de matar 50% da população de animais em que foi testada. Avalia
a toxicidade do fármaco.
• POSOLOGIA: modo como o medicamento deve ser administrado (via, concepção e em quanto tempo).
• AGONISTA: substância química que causa alterações na função celular, produzindo vários tipos de efeitos.
• ANTAGONISTA: substância que se liga ao receptor sem causar ativação, impedindo consequentemente a ligação do agonista.
O efeito terapêutico não é produzido.
• DESSENSIBILIZAÇÃO: diminuição do efeito de um fármaco que ocorre gradualmente quando administrado de um modo contínuo
ou repetidamente. Os principais mecanismos podem ser: perda de receptores; aumento do metabolismo do fármaco; exaustão
de mediadores (segundo mensageiros); adaptação fisiológica (novo patamar de interação)
TRANSDÉRMICA • Evita o efeito de primeira passagem; conveniente e indolor; ideal para fármacos lipofílicos com baixa
(TÓPICA) biodisponibilidade oral e que são eliminados rapidamente do organismo.
DESVANTAGENS
• Pacientes alérgicos – pode ser irritante; o fármaco deve ser altamente lipofílico.
• Absorção sistêmica e rápida → efeitos imediatos; ideal para anestésicos voláteis e gasosos;
• Se o alvo é o pulmão, são usadas doses menores comparando com as que se usariam por via oral.
• São absorvidos parcialmente; a dose pode ser titulada; minimiza efeitos adversos sistêmicos.
INALAÇÃO
DESVANTAGENS
• O fármaco pode acessar rapidamente o cérebro; os pacientes podem ter dificuldade em regular a
dose e em usar os inaladores.
VANTAGENS
• Ação rápida, emergências, não necessita da colaboração do paciente, permite reposição rápida de
líquidos e eletrólitos.
PARENTERAL DIRETA
DESVANTAGENS
• Alto custo; alto risco; inconveniente e desconfortável para o paciente.
• Irreversível; infecção; é necessário um profissional para a aplicação.
INJEÇÃO
SUBCUTÂNEA: início lento; efeito constante e prolongado; pode utilizar para fármacos à base de óleo.
INTRAMUSCULAR: início intermediário; aquosa (+ rápido) ou óleo (+ lento); mais segura que EV; alta
absorção; hemorragia intramuscular dolorosa; pode afetar exames laboratoriais.
ENDOVENOSA: início rápido; liberação controlada do fármaco; DVT: toxicidade do fármaco relacionada
com seu nível máximo e sobrecarga cardíaca por infusão de grandes volumes.
INTRATECAL: evita a barreira hematoencefálica; infecções; necessidade de profissional experiente
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FORMAS FARMACÊUTICAS
Homogênea. Pode ser solução nasal, otológica, • SUSPENSÕES: contém o princípio ativo em partículas
oftálmica, injetável etc. Cada preparado é para uma via finamente divididas e distribuídas uniformemente em um
específica. veículo onde o fármaco apresenta uma mínima
XAROPES: aquoso, com altas concentrações de solubilidade. Mistura heterogenia. Deve ser agitado.
algum adoçante substituto (edulcorante), pode Podem ser administradas pelas vias oral, parenteral e
conter flavorizantes e o princípio ativo. Podem ser tópica.
simples, flavorizados ou sem açúcar. Vantagens: possibilidade de empregar princípios
ELIXIR: hidroalcóolicas, mistura contendo de 20 a ativos insolúveis em veículos mais comuns, além de
50% de álcool. São edulcorados e flavorizados, maior estabilidade se comparadas às soluções, bem
quase sempre contém propilenoglicol, glicerina e como melhor odor e sabor.
xaropes nas formulações. São menos viscosos e • EMULSÃO: são dispersões de duas fases de uma mistura
doces que os xaropes. Podem ser medicamentosos não miscível entre si, que com o auxílio de um agente
ou não. Biotônico fontora por exemplo (cuidado com tensoativo – um emulsionante – (o mais usado é a
esteatose hepática). lecitina) são capazes de formar um sistema homogêneo.
COLUTÓRIOS: enxaguantes bucais. Usado para Podem ser administradas vias oral, parenteral,
bochecho, gargarejo e embrocação (quando coloca a intramuscular, intravenosa e tópica. Também necessário
solução diretamente na lesão) agitar.
ESMALTE: para unhas, com base em polímeros que ÓLEO/ÁGUA: formulação de óleo disperso em água
coloca junto com o fármaco. Útil para lesões → tipo mais utilizado.
tegumentares. ÁGUA/ÓLEO: formulação de água dispersa em óleo,
Vantagens: facilidade na administração, rápida é comumente empregada em produtos cosméticos
absorção e facilidade para ajuste de dose, facilita a devido à sua maior espalhabilidade.
deglutição em crianças e idosos. EMULSÕES MÚLTIPLAS: formulações com
Desvantagens: maior susceptibilidade à propriedades mistas, tanto óleo/água quanto
contaminação e alterações físico-químicas, devido água/óleo, por isso formam sistemas óleo/água/óleo
ao maior teor de umidade entre outros fatores, além e água/óleo/água.
disso há maior dificuldade para suavizar ou mascarar MICROEMULSÕES: formulações compostas por
odor e sabor indesejados. partículas finamente divididas elaboradas com altas
Bucal
concentrações de emulsionantes, o que garante uma
Age local, DIRETA Retal
depositada via TGI propriedade de alta permeabilidade cutânea.
Oral
Não existe • TINTURA: a preparação alcoólica ou hidroalcóolica
ENTERAL
INDIRETA resultante da extração de drogas vegetais ou animais ou
da diluição dos respectivos extratos.
Transdérmica
GASOSAS
Intra-arterial
TÓPICOS DIRETA • AEROSSÓIS: se caracterizam por um “nevoeiro não
Intra-tecal
molhante” formado por micro gotas.
Intra-vítrea • SPRAYS: são semelhantes aos aerossóis, mas o diâmetro
PARENTERAL Intra-articular da partícula é menor
Nebulímetro: agita para misturar o gás com o líquido.
Age local, sem TGI Inalação
INDIRETA Nebulímetro a seco.
Ocular • VOLÁTEIS: que evaporam e são inalados. Resultam da
liberação de vapor de água, podendo estar associado a
Cutânea
Otológico antissépticos. Ex: éter.
Gênito-urinário
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CÁLCULO DE GOTEJAMENTO
VOLUME = V (mL)
TEMPO = horas
1mL = 20 macrogotas (equipo padrão)
1mL = 60 microgotas (equipo padrão)
1 gota = 3 microgotas
As fórmulas abaixo são utilizadas para calcular o gotejamento quando o tempo
de infusão menos que uma hora e se for mais que uma hora.
ANOTAÇÕES DE AULA
• Os medicamentos genérico e ético não possuem um conjunto de componentes iguais. Farmacologicamente são iguais
(bioequivalentes). Porém na terapêutica pode ser percebida uma certa diferença entre a ação dos dois, por conta do conjunto de
componentes. A maioria dos medicamentos genéricos possuem o mesmo efeito que o ético.
Por isso, o paciente pode ter alergia a um tipo de medicamento mas não ao outro, por ser alérgico a um dos componentes
e não ao princípio ativo (PA).
• Da pra prescrever o similar? Não, pois não tem controle de qualidade. Ele é mais barato para o paciente e é mais lucrativo para
o dono da farmácia. O ideal pra ser prescrito é o genérico.
• Medicamentos orais que são tomados sublingual em emergências por exemplo pode causar estomatite.
• O comprimento revestido entérico possui uma película muito fina. É como se fosse uma drágea, mas menor. A película é porque
o comprimido deve ser absorvido no intestino, então ele precisa ser protegido pra passar pela acidez do estômago e perder a
ação terapêutica ou porque o próprio medicamento não agrida o estômago.
• Pode partir comprimido? Depende. Se ele for SUCADO (tiver a marquinha), sim. Se não, não pode, por causa da superfície de
contato.
• Não pode abrir uma cápsula para ingerir sem a cápsula pois ela perde a ação.