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Introdução a Farmacologia

A farmacologia divide-se em: No entanto a quantidade de fármaco que chega na


molécula-alvo é diferente da quantidade absorvida.
 Farmacocinética – estuda o processo de
absorção, biotransformação e eliminação. Biodisponibilidade é a quantidade de fármaco que
 Farmacodinâmica – estuda o mecanismo de
se encontra ativo para interagir com a sua
ação dos fármacos.
molécula-alvo.
 Terapêutica – estuda a aplicabilidade clínica dos
fármacos. 3) Biotransformação
 Toxicologia – estuda os efeitos indesejados do
A maioria dos fármacos são extensivamente
fármaco.
biotransformados. Entretanto, existem fármacos que
sofrem biotransformação parcial e outros que não
Farmacodinâmica
sofrem biotransformação alguma (sendo excretados em
Farmacodinâmica é o estudo do mecanismo de ação do sua forma ativa).
fármaco de modo a explicar a resposta farmacológica. Pró-drogas são fármacos que precisam ser
Cada fármaco interage com uma molécula-alvo para que
biotransformados para produzir metabólitos ativos.
haja uma resposta farmacológica.
Fármacos que são droga e pró-droga um efeito
A resposta farmacológica depende da interação
farmacológico antes e depois de ser
fármaco x molécula-alvo.
biotransformado.
Molécula-alvo
Mecanismos Principais:
As moléculas-alvo podem ser:  Conjugação – fármaco + ácido glicurônico é
 Receptores – adrenérgicos, muscarínicos. quebrado pela glicuronil transferase e vai gerar
 Enzimas – acetilcolinesterase. glicuronídeos (metabólitos ativos ou inativos,
 Canais iônicos – canais de sódio dependendo da droga mãe). Drogas
 Moléculas transportadoras – H + – K + – ATPase dependentes do processo de conjugação
devem ser utilizada com cautela em recém-
A ligação fármaco x molécula-alvo é altamente nascidos e em felinos.
específica.  Oxidação – ocorre através do sistema
microssomal (P450)
Farmacocinética  Hidrólise – é um processo secundário, onde o
fármaco se liga a água e ocorre uma
1) Vias de administração degradação gradual.
As vias de administração podem interferir na resposta Os fármacos sempre sofrerão mais de um
farmacológica da droga. A escolha da via de administração processo de degradação
vai depender do fármaco e da velocidade da resposta
desejada. Oxidação
As vias de administração podem ser: oral, tópica,  Sistema microssomal = Complexo de enzimas
parenterais (intravenosa, intramuscular, subcutânea,  P-450 I, P-450 II, P-450 III – Três famílias
intradérmica) e intraretal. importantes para a biotransformação de
2) Absorção medicamentos
 Essas três famílias são geneticamente
A absorção é a quantidade de fármaco que, ao ser semelhantes (homologia genética) e são muito
administrado chega, na corrente sanguínea. diferentes quanto as formas/estrutura
(heterogeneidade estrutural).
Indutores da expressão de genes das famílias P450: distribuição no organismo, porem possui um maior
período de latência.
 Fatores Xenobióticos – fatores externos que
alteram a fisiologia de fatores internos. e) Efeito de primeira passagem
 Drogas (podem ser tanto indutores quanto
O fármaco, administrado por via oral, antes de ir para a
serem degradados pelas enzimas da P450)
circulação sistêmica passa pelo sistema porta hepático,
Utilização de dois fármacos onde um acelera a que degrada parte do fármaco antes da resposta
biotransformação do outro. farmacológica.
Fármacos usados juntos que são coincidentemente  Administrar um fármaco com alimento diminui o
degradados pela mesma enzima, que vai resultar na má efeito de primeira passagem.
degradação de um deles, levando a efeitos indesejáveis.
f) Margem de segurança
Indutores aumentam a expressão gênica dos genes É o intervalo entre a dose terapêutica e a dose tóxica. É
CYP das famílias da P450, aumentando a produção preferível priorizar drogas com maior margem de
de enzimas e tornando o indivíduo um segurança.
metabolizador rápido para certos fármacos.
g) Efeito rebote
Consequentemente, o indivíduo necessitará de uma
dosagem maior desse fármaco. É um efeito contrário ao normalmente esperado.

4) Excreção h) Tratamento curativo

Vias de eliminação: renal (principal), bile, fecal, sudorese, É um tratamento realizado com o objetivo de combater
excreção no leite. a causa da moléstia.

Os fármacos podem ser eliminados inativos (em forma i) Tratamento paliativo


de metabólito), sem sofrer biotransformação (em sua
É um tratamento realizado com o objetivo de combater
forma ativa), por meio de metabólitos ativos ou como
os sintomas apresentados.
uma mistura de fármaco com metabólito.
j) Tolerância
Conceitos Importantes
O uso crônico de um fármaco leva ao aumento da
a) Meia-vida plasmática resistência do indivíduo ao fármaco, o que anula a
resposta farmacológica.
É o tempo necessário para 100% do fármaco absorvido
necessita para cair para a metade (50%). Fármacos com k) Taquifilaxia
uma vida plasmática muito curta, necessitam ser aplicados O organismo do indivíduo se “acostuma” com o
com maior frequência. medicamento utilizado rapidamente, ainda nas primeiras
b) Reposta sistêmica doses, diminuindo ou anulando a resposta farmacológica.

Após a administração, o fármaco é distribuído para todo FAF


sítio anatômico e tem sua ação em todo o organismo.
01) Quais são as vantagens e desvantagens de cada via
c) Resposta local
de administração?
Após a administração, o fármaco tem sua ação local.
 Via oral
d) Período de latência
Vantagens: Facilidade para administração, dispensa de
É intervalo de tempo entre a aplicação do fármaco e profissional qualificado, método não invasivo para a
sua resposta farmacológica. administração.

Um fármaco com maior facilidade de ligação com Desvantagens: Sabor desagradável de alguns
proteínas plasmáticas e maior lipossolubilidade tem maior medicamentos, incerteza de dosagem absorvida pelo
organismo, dificuldade de fracionamento de cápsulas e/ou  Presença de moléstias
comprimidos, sofre o efeito de primeira passagem.  Associação de fármacos
 Via tópica
Vantagens: Evita o efeito de primeira passagem e
minimiza a ocorrência de efeitos adversos sistêmicos
(uso tópico).
Desvantagens: Irritação local e alergia, fotossensibilidade.
 Via endovenosa
Vantagens: Completa e rápida disponibilidade do
medicamento para a circulação sistêmica e administração
de grandes volumes.
Desvantagens: Desconfortável para o paciente, difícil
contenção, maiores riscos de reações adversas e em
casos de overdose.
 Via subcutânea
Vantagens: Os medicamentos administrados não são
afetados pelos distúrbios gástricos e nem sofrem efeito
de primeira passagem, tem absorção lenta e uniforme,
fácil aplicação quando comparado com as demais vias
parenterais.
Desvantagens: É um procedimento invasivo, requer
treinamento do profissional.
 Via intradérmica (normalmente utilizada para a
detecção de alergias).
Vantagens: Não sofre efeito de primeira passagem,
usado para administração lenta continua.
Desvantagens: É uma via muito restrita (pequenos
volumes) e muito lenta.
 Via retal
Vantagens: Não sofre efeito de primeira passagem, não
produz irritação gástrica.
Desvantagens: Absorção errática e irregular, pode irritar
a mucosa anal, pode desencadear o reflexo de
defecação.
02) Quais fatores interferem na resposta farmacológica?
 Idade do indivíduo
 Via de administração da droga
 Lipossolubilidade – melhor a absorção e maior
biodisponibilidade do fármaco
 Peso molecular – melhor a absorção e maior
biodisponibilidade do fármaco
 Uso simultâneo de outra droga
Intervalo que vai do momento que o fármaco é
Farmacologia aplicado até o surgimento da resposta
farmacológica.

FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA  Efeito de primeira passagem

Fármacos ao serem administrados por via oral,


Divisões da farmacologia ao invés de cair na circulação sistêmica eles caem
 Farmacocinética (foco) na circulação porta hepática e parte já passam a
 Farmacodinâmica (foco) ser biotransformados antes de encontrar sua
 Toxicologia molécula alvo, sendo menos ativo quando
 Terapêutica administrados por essa via.

Estratégias para diminuir esse efeito


Farmacocinética
 Administrar o fármaco em quantidade
Estuda o percurso do fármaco pelo organismo, maior, juntamente com alimento.
desde sua administração à sua excreção.
 Hiatrogenia
Conceitos da Farmacocinética
Erro de manipulação ou erro médico.
 Absorção

Quantidade de fármaco que sai do local de Tipos de biotransformação dos fármacos


aplicação e chega na corrente sanguínea.  Não há biotransformação
 Vias de administração (principais) O fármaco é absorvido, se torna biodisponível,
Vias parenterais (endovenosa, intramuscular, desencadeia sua resposta farmacológica e é
subcutânea e intradérmica), via oral, via tópica e excretado na sua forma ativa.
via retal. Ex: Penicilinas da série G.
 Biodisponibilidade  Biotransformação parcial
Quantidade de fármaco que chega na molécula Fármacos que após interagir com sua molécula
alvo e está pronta para interagir com a molécula alvo, tanto será excretado na forma ativa como
alvo e produzir uma resposta farmacológica. na forma de metabólitos.
 Meia vida plasmática  Extensivamente biotransformados
É o tempo necessário para que a quantidade de Fármacos que sofrem biotransformação, se
fármaco absorvido caia pela metade. enquadrando a maioria dos fármacos.
 Efeito sistêmico  Pró droga
Fármaco quando administrado é capaz de chegar
Fármaco que precisa ser biotransformado para
a qualquer sítio anatômico. gerar um metabólito ativo e desencadear um
 Lipossolubilidade mecanismo de ação, pois o fármaco por si só não
possui a capacidade de interagir com sua
Quanto maior a lipossolubilidade, maior será sua molécula alvo para produzir um determinado
distribuição pelos tecidos. Quanto maior a tipo de resposta farmacológica.
ligação do fármaco com proteínas plasmáticas 
maior sua distribuição pelo organismo  maior Ex: Sulfanamidas (grupo de antimicrobianos).
a lipossolubilidade e ligação  maior será seu  Fármacos que são droga e pró droga
período de latência. ao mesmo tempo
 Período de latência Interage com sua molécula alvo, mas também
gera metabólito.
Ex: Fenilbutazona (antinflamatório). farmacológica mais rápida com
consequentemente menor efeito da droga.
Processos da biotransformação
Importante: Por isso há indivíduos que só tomam
 Conjugação uma dose do fármaco e há indivíduos que
necessitam tomar maiores doses do mesmo
Fármaco dependente do processo de conjugação fármaco.
Conjuga com o ácido glicurônico e forma o Metabolizador lento: Indivíduos que possuem
complexo FÁRMACO + ÁCIDO GLICURÔNICO que baixa expressão dos genes CYP1, CYP2 e CYP3, o
servirá de extrato para uma enzima denominada indivíduo pode apresentar quadro de toxicidade.
transferase do glucoranil que quebrará em
porções menores denominados glucoronídeos, Importante: Ideal é que o indivíduo esteja dentro
sendo os glucoronídeos os metabólitos desse da curva de normalidade quanto à
fármaco. metabolização.
Podendo ser um metabólito: Nomeclatura das enzimas
Ativo  No caso das pró drogas. Ex: CYP1A2
Inativo  Outros fármacos. O gene será CYP1 e a família de enzimas P451.
Importante: Recém-nascidos e felídeos não Sendo uma enzima da subfamília A e com no
apresentam a enzima glucoranil transferase, mínimo 2 enzimas nessa subfamília.
tendo um aumento da resposta farmacológica
com probabilidade de maior toxicidade dessa Indutor provável
droga.
Fator que pode ser droga capaz de aumentar a
 Oxidação expressão de determinados genes.

Envolvimento do sistema P450 ou sistema Fatores xenobióticos


microssomal, composto por várias enzimas com
diferentes atividades. Fatores externos (ex: Fumaça do cigarro)
capazes de alterar a fisiologia do indivíduo.
Principais famílias do sistema P450
Ex: A fumaça do cigarro aumenta a expressão do
 P451 gene CYP1, maior será a síntese das enzimas da
 P452 família P451, aumentando a degradação do
 P453 acetominofeno. Portanto indivíduos fumantes
são metabolizadores rápidos de paracetamol.
Características em comum das enzimas
Ex2: A presença do omeprazol é capaz de
 Alta homologia genética: Pois são aumentar a expressão do gene CYP1A2, sendo
produzidas por 3 genes maior a degradação do acetominofeno, sendo o
indivíduo metabolizador rápido do paracetamol.
1. CYP1
2. CYP2 Ex3: O etanol (álcool etílico) pode aumentar a
3. CYP3 expressão do gene CYP3, aumentando a síntese da
enzima CYP3A4, ocorrendo uma maior
 Alta heterogeneidade estrutural: Há degradação da eritromicina (antibiótico),
enzimas de diferentes formas estruturais, diminuindo seu efeito.
e geralmente uma enzima biotransforma
determinado fármaco mas há exceções.

Conceitos de metabolizadores Formas de excreção dos fármacos

Metabolizador rápido: São indivíduos que 1. Metabólitos


possuem maiores expressões dos genes CYP1, 2. Forma ativa
CYP2 e CYP3, gerando uma resposta
Vias de excreção (principais) Aquele tratamento que visa curar a causa.

 Via renal  Tratamento paliativo


 Via digestiva
Aquele que não tira a causa, mas tira a
Os fármacos podem ser excretados nessas duas sintomatologia.
vias, tanto na forma ativa como em metabólitos.
 Taquifilaxia

Parecido com o conceito de tolerância, porém


ocorre nos primeiros contatos com o
Farmacodinâmica
medicamento, sendo hiperagudo e a tolerância
Parte da farmacologia que estuda como a mais crônico.
resposta farmacológica acontece. (Mecanismo de
ação). Tipos de RF
 Resposta desejada
Conceitos da farmacodinâmica
 Resposta indesejada
 Resposta farmacológica
Resposta indesejada
É a interação do fármaco com a sua molécula
 Colateral: Quando consegue explicar com
alvo.
o mecanismo de ação.
Ex: Receptores (são as moléculas alvo mais
abundante), enzimas (acetilcolinesterase,  Adverso: Não consigo explicar pelo
mecanismo de ação.
cicloxigenases etc), canais de cloreto, moléculas
transportadoras etc. Ex: Alguns antinflamatórios inibem a síntese de
prostanóides (prostaglandinas) que são
Fatores que alteram a RF importantes para a integridade do epitélio
 Espécie gástrico, resultando em uma menor proteção
 Idade gástrica levando ao quadro de gastrite.
 Próprio indivíduo  Ação do antiflamatório é uma resposta
 Via de administração da droga desejada.
 Lipossolubilidade  Gastrite é uma resposta indesejada e
 Peso molecular efeito colateral.
 Margem de segurança Sinergismo x Antagonismo
É a distância entre a dose terapêutica e a tóxica. Sinergismo: É a junção de dois ou mais fármacos
obtendo uma melhora na resposta
 Efeito rebote
farmacológica.
Efeito contrário ao que esperamos.
Exemplo de sinergismo: Associação da procaína
Ex: Adoperidol. anestésico local levemente básica, sendo instável
com o cloridrato, acidifica um pouco a solução
Acontece com frequência em drogas do SNC. aumentando a estabilidade da procaína.
 Tolerância Antagonismo: Efeito contrário do sinergismo.
Quando o organismo em contato contínuo com o Tipos de antagonismo
medicamento, se acostuma com o princípio ativo
do mesmo. Não competitivo: Quando não há competição
dos dois ou mais fármacos envolvidos pela mesma
Geralmente associados à fármacos usados molécula alvo.
cronicamente.
Subtipos do antagonismo não competitivo
 Tratamento curativo
Antagonismo químico: Quando a ligação de dois destruída, não acontecendo resposta
fármacos prejudica a absorção de determinado farmacológica.
fármaco.  Ex: Metisergida (antagonista) e
hidroxitriptamina ou serotonina
Ex: Tetraciclina + cálcio forma uma substância (agonista).
quelante não sendo absorvida pelo duodeno,
prejudicando o processo de absorção.

Anatagonismo farmacocinético: Junção de dois


ou mais fármacos que podem prejudicar o
processo de absorção, aumentar a
biotransformação ou retardado do processo de
excreção.

Ex: O fenobarbital (gardenal) aumenta a


expressão do gene relacionado a síntese de uma
enzima, que vai degradar amônia,
consequentemente o indivíduo terá uma menor
absorção de amônia.

Ex2: Caso do etanol.

Ex3: Penicilina da série G + diuréticos. Certos


diuréticos podem aumentar a excreção da
penicilina G.

Antagonismo fisiológico: Substâncias diferentes,


que irão atuar em moléculas diferentes
produzindo diferentes respostas.

Ex: Noradrenalina atua em quatro tipos de


adrenoceptores, produzindo uma resposta
diferente em cada.

Antagonismo propriamente dito:

Antagonismo Competitivo

Reversível

 Reversibilidade da resposta, aumentando


a concentração do agonista.
 Aumentando a concentração do agonista
a curva desloca-se para direita com a
mesma intensidade de resposta
farmacológica.
 Ex: Propranolol (antagonista) e
isoprenalina (agonista).

Irreversível

 Irreversibilidade da resposta mesmo


aumentando a concentração do agonista,
pois a ligação do antagonista com a
molécula alvo é covalente.
 A resposta farmacológica tende a zerar,
pois é aumentado tanto a concentração
do agonista que a molécula alvo é
Sinergismo e Antagonismo
Droga A + Droga B = Aumento da resposta
farmacológica = Sinergismo
Droga C + Droga D = Diminuição da resposta
farmacológica = Antagonismo

Sinergismo
É sempre que se associa dois fármacos e há um
aumento da resposta farmacológica. As duas drogas
possuem mecanismos de ação diferentes, no entanto, Antagonismo competitivo irreversível: quando a ligação
uma melhora o efeito da outra. com a molécula-alvo é irreversível, ou seja, mesmo que
aumente a concentração do agonista, a ligação
Antagonismo (covalente) não irá se desfazer e não ocorrerá resposta
máxima (a curva da resposta farmacológica tende a
 Não competitivo – é antagonista sem relação zerar). Ex: 5-hidroxitriptamina e Metisergida.
com a molécula-alvo e sim por outro motivo
 Competitivo – há competição pela molécula-alvo
Antagonismo não competitivo fisiológico: quando
substâncias diferentes com moléculas-alvo diferente
produzem efeitos que anulam um ao outro. Ex:
Adrenalina e Histamina.
Antagonismo não competitivo químico: quando uma das
substâncias dificulta a absorção da porção livre da outra.
Ex: Oxitetraciclina e Ca+2
Antagonismo não competitivo farmacocinético: quando
um fármaco dificulta a absorção do outro, aumentando a
velocidade de biotransformação do fármaco ou a
velocidade de eliminação do fármaco.

Todo antagonismo químico é farmacocinético, mas


nem todo antagonismo farmacocinético é químico.

Antagonismo não competitivo propriamente dito: quando


um fármaco interfere em uma das etapas do mecanismo
de ação de outro fármaco. Ex: Inibidores de canais de
cálcio e Noradrenalina.
Antagonismo competitivo reversível: quando se tem
competição pela mesma molécula-alvo, no entanto, é
possível a reversão de ligações com a molécula-alvo
aumentando a concentração do agonista e, assim,
obtendo a mesma resposta máxima deslocada para a
direita. Ex: Isoprenalina e Propranolol.
Sistema Nervoso Autônomo
d) Receptores – Adrenoreceptores alfa ou beta
(simpático) e Colinoceptores muscarínicos ou
nicotínicos (parassimpático).

Fibras Pré e Pós-ganglionares

No sistema parassimpático, a fibra pré-ganglionar libera


acetilcolina que interage com os receptores nicotínicos
do gânglio. A fibra pós-ganglionar libera acetilcolina que
interage com os receptores nicotínicos e muscarínicos
do órgão-alvo.

No sistema simpático, a fibra pré-ganglionar libera


O sistema nervoso autônomo realiza a comunicação do acetilcolina e a fibra pós-ganglionar libera noradrenalina
SNC com o resto do organismo. E essa comunicação é que interage com os adrenoreceptores alfa e beta do
realizada através das fibras pré e pós-ganglionares. órgão-alvo.
O sistema nervoso autônomo é dividido em: simpático TODA fibra pré-ganglionar irá liberar acetilcolina,
(tóraco-lombar) e parassimpático (crânio-sacral). que irá interagir com receptores nicotínicos no
gânglio.
Simpático X Parassimpático
As principais diferenças entre simpático e parassimpático
Exceções do Sistema Simpático
decorrem: A inervação das glândulas sudoríparas é simpática, mas
a) Fibras – Tamanho da fibra e local de saída mesmo assim a fibra pós-ganglionar libera acetilcolina que
vai interagir com receptores muscarínicos.
No SNA simpático, a fibra pré-ganglionar é longa e a fibra
pós-ganglionar é curta. Enquanto no SNA parassimpático, A inervação das glândulas adrenais terá apenas a fibra
a fibra pré-ganglionar é curta e a fibra pós-ganglionar é pré-ganglionar e o gânglio, apesar de ser simpática.
longa.
b) Gânglios – Localização
Conceitos Importantes
No SNA simpático, os gânglios se encontram próximo da a) Bioequivalência
coluna vertebral. Enquanto no SNA parassimpático, os É o estudo de dois fármacos produzidos por dois
gânglios se encontram próximos ao órgão efetor. laboratórios diferentes, mas com propriedades
c) Neurotransmissor protótipo – Noradrenalina farmacológicas semelhantes.
(simpático) e Acetilcolina (parassimpático). b) Medicamento genérico
É aquele que, com o estudo de bioequivalência, foi
comprovado ter resposta farmacológica semelhante ao
do medicamento referência.
SNS – Adrenoceptores (alfa e beta).
Farmacologia SNP – Receptores colinérgicos
(muscarínicos ou nicotínicos).

SISTEMA NERVOSO AUTONÔMICO Modelo da inervação autonômica

Principal função Fibra pré-ganglionar Gânglio  Fibra pós-


ganglionar.
 Fazer a comunicação do SNC com o
restante do organismo através das fibras  No SNP toda fibra pré e pós ganglionar
pré-ganglionares e pós-ganglionares. libera acetilcolina. No SNS toda fibra pré-
ganglionar libera acetilcolina e no geral
Divisão do Sistema Nervoso Autonômico toda fibra pós-ganglionar libera
noradrenalina.
 Sistema Nervoso Simpático ou Sistema
Nervoso Adrenérgico – SNS/SNA. Exceções do SNS:

 Sistema Nervoso Parassimpático ou  Adrenais só apresentam fibra pré-


Sistema Nervoso Colinérgico – SNP/SNC. ganglionar e gânglio.
 As glândulas sudoríparas liberam
DIFERENÇAS acetilcolina pelas pós-ganglionares.

1. Local de saída da fibra pré-ganglionar


no SNC.

SNS  As fibras saem do segmento


torácico e lombar (toracolombar).
SNP  As fibras saem do segmento
cranial e sacral (craniosacral).

2. Localização dos Gânglios.

SNS – Estão localizados próximos ao local


de saída das fibras pré-ganglionares ao
longo da coluna vertebral, também
denominado de cadeia ganglionar
paravertebral.
SNP – Os gânglios estão isolados e
localizados próximos ao órgão efetor
(coração, fígado, intestino etc).

3. Tamanho das fibras pré e pós-


ganglionares.

SNS – Pré-ganglionar curta e pós-


ganglionar longa.
SNP – Pré-ganglionar longa e pós-
ganglionar curta.

4. Agonista Protótipo

SNS – Noradrenalina
SNP – Acetilcolina

5. Moléculas alvo
OBS: A isoprenalina ou isoproterenol não é
Farmacologia sintetizado no organismo, portanto não é
endógeno e sim sintético.

SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

Agonistas Adrenérgicos Armazenamento da noradrenalina

Definição: Fármacos que irão produzir uma Noradrenalina fica armazenada na vesícula de
resposta semelhante a noradrenalina ou irá estoque.
melhorar a resposta da noradrenalina. Liberação da noradrenalina
Classificação dos Agonistas adrenérgicos  Liberação na junção neuroefetora.
Ação direta: Aquele que é capaz de interagir Ocorre através da exocitose por meio do influxo
diretamente nos adrenoceptores, também de cálcio que vai contrair a vesícula de estoque e
denominadas catecolaminas. liberar a noradrenalina para a junção
Ex: Noradrenalina, adrenalina e isoprenalina neuroefetora.
(isoproterenol). Mecanismos de controle fino
Ação indireta: Aquele que não é capaz de  Mecanismos que irão aumentar a margem
interagir diretamente nos adrenoceptores. de segurança da noradrenalina.
Ex: Cocaína bloqueia o processo de capitação 1
(mecanismo de controle fino) e apresenta uma 1. Processo de reabsorção passiva
atividade simpatomimética, sendo um agonista Mecanismo sem gasto de energia, no qual parte
adrenérgico de ação indireta, pois não possui a da noradrenalina que chega na junção
capacidade de interagir diretamente com os neuroefetora entra na varicosidade simpática.
adrenoceptores.
2. Interação com Alfa2
Mista: Capaz de interagir direta e indiretamente
com os adrenoceptores. Noradrenalina ao se ligar com o receptor pré-
sináptico alfa2, irá bloquear o processo de
Ex: Efedrina, Fenilefrina e Anfetaminas. exocitose. Apresentando um antagonismo
Síntese de noradrenalina com ela mesma.

1. A síntese de noradrenalina ocorre dentro 3. Captação I


da varicosidade simpática. Semelhante ao processo de reabsorção
2. A tirosina será captada para dentro da passiva, mas é energia dependente,
varicosidade simpática e servirá de mandando noradrenalina para dentro da
substrato para enzima tirosina varicosidade simpática.
hidroxilase.
3. Há geração de um novo composto 4. Captação II
chamado DOPA que servirá de substrato
para outra enzima chamada Consiste na retirada da noradrenalina da
dopadescarboxilase. junção neuroefetora e direciona para uma
4. A dopamina será gerada e servirá de célula desprovida de adrenoceptores.
substrato para dopaminabetahidroxilase,
Importante: Todos os mecanismos finos
ocorrendo a formação da noradrenalina.
produzem uma atividade do tipo simpaticolítica,
Síntese de Adrenalina pois ocorre uma diminuição da resposta de
noradrenalina para aumentar a margem de
Ocorre na medula das glândulas adrenais, a segurança.
partir da quebra da noradrenalina em
adrenalina pela enzima feniletanolamina-n- Atividade Simpaticolítica e Simpatomimética
metiltransferase.
Atividade Simpaticolítica: Quando Útero gravídico: Produz miorelaxamento
noradrenalina interage com os adrenoceptores (mecanismo fisiológico)  Evitando episódio de
Alfa1, Beta1 e Beta2. aborto.

Atividade Simpatomimética: Quando Árvore brônquica: Produz broncorelaxamento


noradrenalina interage com os adrenoceptores facilitando a cinética respiratória.
Alfa2, ela produz uma atividade anatagonista.
Hepatócitos: Gliconeogênese  Maior síntese de
Papel das enzimas MAO e COMT. glicose.

Enzima Intraneuronal Atenção

Monoamina Oxidase (MAO) – Irá degradar toda  A noradrenalina e adrenalina age nos 4
noradrenalina livre na varicosidade simpática, tipos de adrenoceptores, já o
seja pela síntese, captação ou reabsorção, mas isoproterenol não tem afinidade por
que não ficou armazenada. ALFA2.
 A adrenalina tem maior afinidade por
Enzima Extraneuronal ALFA1 que a adrenalina e isoproterenol.
Catecol-O-metiltransferase (COMT) – Irá  Isoproterenol apresenta maior afinidade
degradar toda noradrenalina que estiver fora da por receptores do tipo BETA.
varicosidade simpática. Usos clínicos
Distribuição dos Adrenoceptores pós-sinápticos  Controle de pequenas hemorragias, para
produção de uma homeostasia
 De maior importância clínica
localizada.
ALFA1: Musculatura lisa dos vasos  Contração  Associação de uma catecolamina com o
 Vasoconstrição periférica  Aumento da PA. anestésico local para minimizar a
possibilidade de absorção, favorecendo o
Ex: O AVC pode resultar do excesso de NA maior tempo de contato do anestésico
interagindo com ALFA1, aumentando a local.
resistência periférica, podendo levar a uma  Tratamento paliativo da anafilaxia, a
hipertensão arterial e consequentemente um histamina faz vasodilatação e a
AVC. catecolamina age fazendo
vasoconstrição.
Importante: Usuários de cocaína e
 Na parada cardíaca por conta dos efeitos
antidepressivos podem estar mais susceptíveis ao
cronotrópico, batimotrópico e inotrópico
AVC, já que a cocaína inibe o processo de
da noradrenalina interagindo com
captação I e os antidepressivos atuam de forma
BETA1.
indireta aumentando a exocitose de
noradrenalina. Efeitos colaterais
BETA1: Coração  Efeito inotrópico (aumento  Aumento da pressão arterial
da força de contração do coração), cronotrópico  Infarto do miocárdio
(aumento da frequência cardíaca) e  Necrose tecidual
batimotrópico (aumenta o automatismo  AVC
cardíaco) positivo.

 Tudo isso resulta em aumento do débito


cardíaco e consequentemente aumento da
PA, podendo levar ao AVC ou infarto do
miocárdio.
BETA2: Musculatura de útero gravídico,
musculatura lisa da árvore brônquica e
hepatócitos.
A acetilcolina é liberada para junção
Farmacologia neuroefetora através do influxo de cálcio.

Mecanismo de controle fino da acetilcolina


AGONISTAS COLINÉRGICOS A enzima Acetil-colinesterase vai controlar a
 Agonista Protótipo do sistema nervoso quantidade de acetilcolina presente na junção
parassimpático é a acetilcolina. neuroefetora, quebrando em colina + acetato,
 Também são denominadas drogas podendo a colina voltar para VP e formar
simpatomiméticas. novamente acetilcolina.

Agonista colinérgico: Agonista capaz de


interagir diretamente com os receptores Classificação
colinérgicos capaz de produzir uma resposta
semelhante a acetilcolina.  Agonistas colinérgicos de ação direta
Colinoceptores Ex: Acetilcolina, Carbacol, Betanecol e
Metacolina.
 Muscarínicos
 Capacidade de agir diretamente nos
M1  SNC e células parietais gástricas. colinoceptores.
M2  Coração.  Podem ser divididos em: derivados da
colina e derivados de alcaloides naturais e
M3  Glândulas exócrinas e musculatura lisa. drogas correlatas.

 Nicotínicos Acetilcolina ao interagir com receptores


muscarínicos.
Distribuição: Junção neuromuscular, sinapses
ganglionares e SNC. M1  Produz uma atividade excitatória do SNC
e células parietais gástricas, ou seja, aumenta a
Mecanismo de síntese, armazenamento e secreção de HCL.
liberação da acetilcolina.
M2  Produz uma atividade inibitória, com
Síntese efeito inotrópico, cronotrópico e batimotrópico
negativo, diminuindo o débito cardíaco.
 A síntese ocorre na varicosidade
parassimpática. M3  Aumenta a secreção de glândulas
 A colina é captada para dentro da exócrinas, produzindo uma resposta excitatória.
varicosidade simpática através da enzima
acetil-coenzimaA. Acetilcolina ao interagir com receptores
 Acetil-coenzimaA desloca a colina do meio nicotínicos.
extraneuronal para o intraneuronal e
dentro da varicosidade parassimpática Produz uma atividade excitatória.
irá doar o grupamento acetil. Ações farmacológicas
 A colina-acetiltransferase (CAT) irá
acetilar a colina, juntando acetil com a  Glândulas exócrinas: Aumento da
colina formando acetilcolina. secreção.
 Olho: Miose.
Armazenamento  SCV: Cronotropismo, batimotropismo e
A acetilcolina fica armazenada na vesícula de inotropismo negativo.
estoque e não há nenhuma enzima que vá  TGI: Aumento do peristaltismo e atividade
degradar a acetilcolina dentro da vesícula de secretora.
estoque, diferentemente da noradrenalina que  Trato urinário: Aumento da frequência
tem a presença da MAO. urinária.

Liberação Usos clínicos dos agonistas de ação direta


Uso oftálmico: Controle do glaucoma, pois  Curta duração: Edrofônio.
quando os agonistas colinérgicos de ação direta  Média duração: Neostgmina, fisostigmina
interagem com receptores M1 leva ao quadro de e piridostigmina.
contração (miose), facilitando a drenagem do  Longa duração ou irreversível:
humor aquosa, diminuindo a pressão intraocular. Organofosforados.

Ex: Colírio de pilocarpina e colírio de acetilcolina A enzima acetilcolinesterase tem dois sítios
na cirurgia de retirada da catarata. ligantes, sítio esterásico e sítio aniônico. No sítio
esterásico é o sítio ligante da acetilcolina, e tem
Controle da retenção urinária: Durante o como resposta a quebra da acetilcolina em colina
manuseio da bexiga em cirurgias pode levar ao e acetato. Os agonistas colinérgicos irão ocupar o
quadro de retenção urinária sítio esterásico, não deixando livre para
Ex: Carbacol e Betanecol, pois são capazes de acetilcolina.
interagir com M1, produzindo um aumento do Curta duração  Edrofônio não irá alterar o
tônus muscular, aumentando a motilidade e sítio, ele só tem afinidade, sendo importante no
consequentemente a frequência urinária. diagnóstico de miastenia grave.
Trato gastrointestinal: Movimentação das Média duração  Vão deixar o sítio carbamilado,
alças intestinais durante uma cirurgia pode levar alterando-os.
ao quadro de ílio paralítico, onde parte do
intestino delgado fica ‘’parado’’. Acetilcolina Longa duração Faz uma ligação covalente com
interagindo com M3 gera um aumento do tônus o sítio, demorando mais tempo para recuperar o
muscular, revertendo o quadro de ílio paralítico. substrato.

Efeitos colaterais Ações farmacológicas dos recep. muscarínicos

Broncoconstrição  Acetilcolina ao interagir Mesmos efeitos observados nos agonistas


com M3 pode levar ao quadro de contração, colinérgicos de ação direta.
sendo evidente em pacientes que já possuem
problemas na cinética respiratória. Ações farmacológicas dos receptores nicotínico

Cólicas  Acetilcolina interagindo com M1  Aumento das sinapses colinérgicas,


aumentando tônus e peristaltismo. aumentando as respostas simpáticas e
parassimpáticas.
Úlcera péptica  Acetilcolina interagindo com  Aumento dos efeitos da junção
M1 aumenta a secreção de HCL. neuromuscular, aumentando o processo
de contração muscular.
Poliúria  Por conta do aumento da frequência  Aumento da atividade do SNC.
urinária, quando acetilcolina interage com M3.
Usos clínicos
Agonistas colinérgicos de ação indireta
Miastenia grave: Doença autoimune que destrói
 Fármacos que não possuem a capacidade os receptores nicotínicos presente na placa
de interagir diretamente com os motora, ocasionando uma paralisia motora. Faz-
colinoceptores, mas irá melhorar a se uso do edrofônio, que vai se ligar ao sítio da
resposta do agonista protótipo enzima acetilcolinesterase, onde terá uma maior
acetilcolina. quantidade de acetilcolina para se ligar aos
poucos receptores nicotínicos, ocasionando
Mecanismo de ação: Irão agir na enzima
acetilcolinesterase responsável pelo mecanismo contração muscular. No uso para tratamento
de controle fino. paliativo faz-se uso da Neostgmina iridostgmina

Reversão de bloqueadores neuromusculares:


Classificação dos Agonistas de ação indireta
Age competindo com a acetilcolina pelos
 Está relacionado com o tempo de receptores nicotínicos na placa motora. Podem
inativação da enzima acetilcolinesterase. ser utilizados para fazer a contenção química do
paciente, depois da cirurgia se o paciente ainda
estiver com paralisia motora faz-se uso da
neostgmina.

Efeitos colaterais

Receptores Muscarínicos:

 Mesmos descritos para os agonistas


colinérgicos de ação direta.

Receptores nicotínicos:

 Estimulação do SNC, levando a convulsão


e até mesmo morte.
 Processo de aumento da contração
muscular, quadro de tetania ou parada
cardiorrespiratória.
 Completa desorganização do sistema
nervoso autonômico, por conta do excesso
de resposta simpática e parassimpática
podendo levar a morte do indivíduo.
II. Quando metildopa é captada, irá
Farmacologia prejudicar a captação de tirosina,
consequentemente diminuindo a síntese
de noradrenalina.
ANTAGONISMO ADRENÉRGICO III. Alfa-metilnoradrenalina após sintetizada,
será armazenada na vesícula de estoque e
 Drogas que irão produzir um efeito não terá espaço para a noradrenalina
contrário a noradrenalina. sintetizada ser estocada e será degradada
 Antagonistas adrenérgicos também são pela enzima MAO.
chamados de drogas simpaticolíticas ou
bloqueadores adrenérgicos. Uso Clínico:

Classificação dos antagonistas Anti-hipertensivo de controlada a severa.

I. Relacionados com síntese, Efeitos colaterais: hipotensão arterial via ALFA1,


armazenamento e liberação de diminuição do débito cardíaco e Pa,
noradrenalina, sendo antagonistas do broncoconstrição séria para pacientes que possui
tipo não competitivo. algum problema na cinética respiratória.
II. Antagonistas de receptores com
atividade antagonismo competitivo Inibidores do armazenamento de noradrenalina
podendo ser reversível ou não. Reserpina: Age na vesícula de estoque da
Drogas que inibem a síntese de noradrenalina noradrenalina, alterando a permeabilidade da
membrana de forma que a noradrenalina que
Alfa-metiltirosina: inibe a enzima tirosina está sendo sintetizada não seja armazenada,
hidroxilase, portanto, a tirosina não vai ser sendo degradada pela MAO.
quebrada em DOPA, prejudicando a síntese de
noradrenalina. Uso clínico: Laboratorialmente. Não há uso
clinico por conta do grande período de latência,
Carbidopa: inibe a enzima dopa carboxilase, já que é possível armazenar grandes quantidade
portanto não há quebra de dopa em dopamina. de noradrenalina.

Uso clínico dessas drogas: Bloqueadores de neurônios adrenérgicos

Utilizados para controlar feocromocitoma, Guanetidina e bretílio: Bloqueiam a exocitose


neoplasia de células presentes na medula das de noradrenalina.
glândulas adrenais, pois produzem muita
adrenalina. Atenção

Inibidores da liberação de noradrenalina  Os antagonistas adrenérgicos que atuam


na síntese, liberação e armazenamento da
Agonista alfa 2: Possui 3 atividades noradrenalina, irão produzir uma
simpaticolíticas. atividade simpaticolítica inespecífica, pois
estarão bloqueando a noradrenalina para
I. Metildopa: metildopa é captada para diferentes receptores, abrindo margem
dentro da varicosidade simpática, sofre para maiores efeitos colaterais.
reação química tornando-se carboxila e  Não são muito utilizados por conta da sua
ganha hidroxila formando um composto inespecificidade.
alfa-metilnoradrenalina, é armazenada
na vesícula de estoque e é liberada por Antagonistas de receptores
exocitose. Ao chegar na junção
neuroefetora não terá afinidade por  São os mais utilizados.
receptores pós-sinápticos, somente pelo Alfa e beta adrenérgicos: Labetalol bloqueia a
adrenoceptor pré-sináptico ALFA2, ligação de noradrenalina nos adrenoceptores
produzindo um bloqueio no processo de alfa e beta.
exocitose, caracterizando uma atividade
antagonista adrenérgica.
Mecanismo de ação do Labetalol: Apresenta uma Controle de hemorragias, pois realizam
atividade competitiva reversível com o agonista vasoconstrição. Obs: Mais utilizada é a
protótipo noradrenalina pelos adrenoceptores ergotamina.
alfa e beta.
Antagonista alfa1: Prazosina e doxazosina.
Antagonista alfa adrenérgico:
Fenoxibenzamina, tolazolina, fentolamina e Antagonistas alfa 2: Loimbina
derivados do Ergot (ergotamina, dihidro- Mecanismo de ação: Produz uma atividade
ergotamina e ergometrina). simpatomimética intrínseca, pois irão liberar o
Mecanismo de ação da Fenoxibenzamina: Produz processo de exocitose, ou seja, o antagonista terá
um antagonismo competitivo do tipo irreversível atividade agonista adrenérgico.
com a noradrenalina pelos adrenoceptores alfa. Efeito colateral: taquicardia reflexa.
DERIVADOS DO ERGOT Antagonista beta adrenérgico: Propranolol,
 São antagonistas alfa adrenérgicos. timolol, nadolol, pindolol, alprenalol, oxprenolol.
 Ergotamina, Dihidro-ergotamina e Uso clínico: Controle da hipertensão arterial.
Ergometrina.
 Derivados de um fungo: Claviceps OBS: O pindolol, alprenaol e oxprenalol no início
Purpurea. do tratamento possui atividade simpatomimética
 Também são denominados derivados do intrínseca, podendo observar taquicardia reflexa
esporão do centeio. no início.
 Contamina grãos de centeio.
 Estão dentro dos antagonistas alfas, mas
são utilizados pela atividade agonista
parcial.

Pacientes que trabalham na agricultura podem


apresentar quadros de intoxicação por Ergot,
apresentando alterações centrais com efeitos no
SNC por conta do ácido linsérgico (LSD) que
apresenta um efeito estimulante no SNC.
Também pode apresentar uma potente
vasoconstrição periférica por conta da atividade
simpatomimética intrínseca onde alguns
derivados do Ergot são capazes de estimular
adrenoceptores alfa 1 produzindo aumento da
resistência periférica e aumento da PA.

Obs: Também irão agir nos receptores


serotoninérgicos.

Ações farmacológicas adrenérgicas do Ergot:

 Musculatura lisa: Vasos (Ergotamina e


Dihidro-ergotamina) e útero
(Ergometrina).

Usos: Controle da enxaqueca, pois fazem


vasoconstrição de vasos de pequeno calibre,
principalmente no SNC, são capazes de diminuir
o extravasamento plasmático que diminui edema
e consequentemente a enxaqueca.
Farmacologia
Usos clínicos dos antagonistas muscarínicos
 Controle da asma, controle de cólicas,
controle da secreção gástrica; pré-
ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS anestesia, intoxicação por
Antagonista colinérgico: Os antagonistas organofosforados
colinérgicos são drogas que agem nos receptores Efeitos colaterais:
colinérgicos, bloqueando seletivamente a
 Diminuição das secreções exócrinas:
atividade parassimpática (reduzindo ou
xerostomia;
bloqueando a ação da acetilcolina), sendo estes
 Ressecamento da córnea;
antagonistas também chamados
parassimpaticolíticos ou fármacos  Ressecamento das vias aéreas;
anticolinérgicos. res  Diminuição da atividade da musculatura lisa:
paralisia da acomodação (cicloplegia);
colinoreceptores  Íleo paralítico;
 Retenção urinária
 Muscarínicos  Efeitos cardíacos
M1  SNC e células parietais gástricas.
 Antagonistas Nicotínicos
M2  Coração.
Bloqueadores não despolarizantes:
M3  Glândulas exócrinas e musculatura lisa.
Ex: D-tubocurarina(produto natural presente em
 Nicotínicos mistura de alcaloides, usado nas flechas, amônia
quartenária) e sintéticos(galamina, pancurônio,
Distribuição: Junção neuromuscular, sinapses
vecurônio, rocurônio, atracúrio);
ganglionares e SNC.
OBS: Claude bernard – Demonstrou as ações do
Classificação
curare
 Antagonistas Muscarínicos
 Atua competindo com a acetilcolina pelo
Ex: Atropina, Hioscina, Homatropina, receptores nicotínicos
Ciclopentolato, Pirenzina
 Mecanismo de ação: Antagonisno
 Atua competindo com a acetilcolina pelo competivo reversível
receptor muscarínicos;
Ações farmacológicas por sítio de anatômico
 Mecanismo de ação: Antagonisno
 Musculatura esquelética: paralisia motora
competivo reversível
(ordem da paralisia: músculos
Ações farmacológicas por sítio de anatômico pequenos...intercostais... diafragma);
 Gânglios autonômicos:
 Glândulas exócrinas: Diminuição  Mastócitos: liberação de histamina;
da secreção.
 Olho: relaxamento do músculo
ciliar(midríase). Usos clínicos dos antagonistas nicotínicos
 coração: efeito vagal(bradicardia) e  Contenção química; pré-anestesia,
M2(taquicardia) intubação endotraqueal;
 TGI: diminuição da motilidade e da síntese Efeitos colaterais:
de HCL;
 Pulmão: relaxamento musculatura lisa  Queda na PA (bloqueio ganglionar)
 Bloqueadores despolarizantes:

Ex: Decametônio, Usos clínicos dos antagonistas nicotínicos


suxametônio(succinilcolina)
 Contenção química; pré-anestésico
 Mecanismo de ação: Aumentam a intubação endotraqueal;
permeabilidade da placa terminal a Efeitos colaterais:
cátions (a exemplo da Ach, mas de forma
lenta e duradoura)  Queda na PA, bradicardia (bloqueio
ganglionar), anafilaxia, paralisia duradoura;
Ações farmacológicas por sítio de anatômico
 Musculatura esquelética: paralisia
motora;
 Gânglios autonômicos
 Mastócitos: liberação da histamina
VANTAGENS E DESVANTAGENS DE CADA UMA DAS VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO

1) VIAS DIGESTIVAS

Nestas vias, para que um medicamento seja absorvido e passe para circulação
sistêmica, é necessário que ele seja liberado da sua forma farmacêutica isto é, que
ocorra a dissolução do mesmo, e que este tenha a capacidade de atravessar as
barreiras celulares do sistema gastrintestinal. O intestino delgado é o principal local
de absorção de todos os medicamentos administrados por via oral (ácidos fracos,
bases fracas ou compostos neutros) por apresentar uma extensa área com rica
vascularização. No entanto, a absorção de determinada substância química pode
também ocorrer em outros locais do aparelho digestivo, dependendo do pK do
medicamento em questão. Cabe ressaltar também que bases fortes de pK acima de
10 ou ácidos fortes com pK abaixo de 3 são mal absorvidos quando administrados
por via oral, isto porque, em qualquer porção do sistema gastrintestinal, estas
substâncias estão na sua forma ionizada

Via oral

Vantagens: Administração mais segura do que por vias parenterais, pois evita que
haja irritação tissular no local. Grandes volumes podem ser administrados, baixo
custo (não precisa de soluções e materiais estéreis). Conveniente para animais fáceis
de manipular, além de indolor

Desvantagens: Marcante variação inter e intra espécie na biodisponibilidade, sendo,


pois, fundamental considerar as particularidades da anatomia e da fisiologia do
sistema gastrintestinal das diferentes espécies animais e a quantidade total de
medicamento a ser administrado. Absorção lenta, palatabilidade limitante, difícil
aceitação pelo animal. Efeito de primeira passagem. Destruição gástrica. Ação
irritante

Via retal

Vantagens: Efeito de primeira passagem reduzido. Podem ser administrados sem


cooperação do paciente

Desvantagens: Absorção irregular e incompleta e irritação da mucosa retal


Via Sublingual

Vantagens: Permite a retenção do fármaco por tempo mais prolongado. Propicia uma
rápida absorção de pequenas doses de alguns fármacos, devido à vasta
vascularização sanguínea e a pouca espessura da mucosa sublingual, permitindo a
absorção direta na corrente sanguínea. Alto nível dentro do compartimento
intravascular Ação quase que imediata no coração

Desvantagens: Pouco utilizada em animais

Via Ruminal

Vantagens: Melhor aproveitamento - determinados vermífugos agem melhor quando


atingem níveis plasmáticos mais lentamente. Quando administrados por via oral
podem se direcionar totalmente para o coagulador (abomaso) via reflexo da goteira
esofagiana, e serem rapidamente metabolizados

Desvantagens: Risco de peritonite

2) VIAS PARENTERAIS

Via intravenosa

Vantagens: Obtenção rápida de efeitos farmacológicos. Possibilidade da


administração de grandes volumes, em infusão lenta, e de substâncias irritantes,
devidamente diluídas, e ainda possibilita melhor controle de dose administrada.

Desvantagens: Riscos de embolias, infecções por contaminação (flebite) e imprópria


para administração de substâncias oleosas ou insolúveis

Via intramuscular

Vantagens: Fácil emprego, considerável quantidade de preparações parenterais


produzidas como formulação de longa duração. Absorção relativamente rápida,
sendo adequada para administração de volumes moderados e de veículos aquosos;
No caso de veículos oleosos, suspensões ou preparações de depósito, a absorção a
partir do local de administração pode ser retardada. Utilizada em animais de difícil
contenção

Desvantagens: Dor, aparecimento de lesões musculares pela aplicação de


substâncias irritantes ou substâncias com pH distante da neutralidade, podendo
promover o aparecimento de processos inflamatórios. A deposição errática do
medicamento no tecido adiposo ou planos fasciais intermusculares e a produção de
dano tissular com persistência do medicamento no local de injeção

Via subcutânea

Vantagens: Absorção constante para soluções e lenta para suspensões e pellets.


Absorção ocorre por difusão atravessando os grandes poros

Desvantagens: Facilidade de produzir sensibilização e, ainda, dor e necrose na


utilização de substâncias irritantes

Via intradermal

Utilizadas com menor frequência. Tuberculina. Teste de alérgenos

Via intraperitoneal

Grandes volumes de solução. Cavidade peritoneal ricamente vascularizada. Rápida


absorção. Diálise peritoneal. Administração de medicamentos a animais de
laboratório

Via intracardíaca

Eutanásia em animais de laboratório

Via intratecal

Envolve a penetração de membranas que revestem o SNC. Tem utilização restrita


para diagnóstico radiológico

Via epidural

Cirurgias abdominais em grandes animais

Via intra-articular

Efeito anti inflamatório localizado em uma determinada articulação

3) VIAS TÓPICAS OU TRANSMUCOSAS

Utilizadas normalmente para obtenção de efeitos terapêuticos localizados. Essa via é


considerada bastante segura, porém, em certos casos, pode ocorrer intoxicação, pois
é possível que haja absorção mesmo através da pele íntegra. Outro fator a ser levado
em consideração para essa via é a existência de lesões na pele onde o medicamento
será aplicado, o que pode acarretar, dependendo da extensão e da gravidade da
lesão cutânea, absorção de quantidades consideráveis do princípio ativo, levando a
efeitos sistêmicos indesejáveis

Aplicação tipo pour-on ou spot-on

Vantagens: Baixo custo

Desvantagens: A maioria dos produtos pour-on ou spot-on têm substâncias que se


ligam às gorduras presentes nas camadas mais superficiais da pele. Dessa maneira,
a aplicação deles não deve ser feita imediatamente após os banhos já que, os xampus
tendem a remover a camada lipídica mais superficial. Da mesma forma, quanto mais
banhos o animal tomar, maior quantidade do produto será removida. Assim, esses
produtos não são muito indicados para animais que são banhados semanalmente ou
que se molham com frequência em piscinas

Via inalatória (Pode ser utilizada quando o agente terapêutico é um gás, sendo
em Medicina Veterinária de utilização restrita à anestesia inalatória)

Vantagens: Segurança. Ausência de fatores limitantes. Rápida recuperação.


Estabilidade

Desvantagens: Investimento e controle


FARMACOLOGIA VETERINÁRIA
FAF21
18/04/2021

FATORES QUE PODEM ALTERAR A RESPOSTA FARMACOLÓGICA

1. Solubilidade do medicamento: para um medicamento ser bem absorvido ele


deve apresentar uma certa hidrossolubilidade, além da lipossolubilidade, para que
possa dissolver-se na água do organismo.
2. Farmacêutica do medicamento: os medicamentos líquidos ou de suspensão
tem uma maior absorção que os sólidos, uma vez que para este último ser
absorvido, tem que passar antes pela dissolução para que o princípio ativo seja
absorvido.
3. Circulação sanguínea: quanto mais intensa for a circulação sanguínea maior a
rapidez de absorção. É comum fazer a aplicação de calor e massagear os locais
onde se deseja que o medicamento seja mais bem absorvido.
4. Idade do animal: em recém nascidos, cujo nível de proteína plasmática é baixo,
há uma menor possibilidade do medicamento se ligar a essas proteínas, e devido a
isso há um maior nível de medicamento livre, e consequentemente maior
disponibilidade, podendo causar aumento da absorção do medicamente ou até
mesmo do efeito tóxico.

TAYANE MELO
@TAYANEMELOVET
FARMACOLOGIA VETERINÁRIA
FAF3
25/04/2021

Fale sobre a distribuição dos adrenoreceptores nos diversos sítios anatômicos e a resposta farmacológica
resultante da interação da noradrenalina com esses adrenoceptores.

Os adrenoreceptores ou receptores adrenérgicos pertencem à classe dos receptores ligados à proteína G, e


são alvos das catecolaminas: adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina). Há receptores ALFA e
receptores BETA, cada uma dividindo-se ainda em ALFA1 e ALFA2 e BETA1, BETA2 E BETA3 respectivamente.
A noradrenalina é uma catecolamina adrenérgica do sistema nervoso simpático e importante vasocontritor.
Para cada sítio anatômicos tem uma resposta farmacológica diferente, vejamos:

CORAÇÃO: a noradrenalina atua nos receptores B1 e B2.


Nodo Sinoatrial: aumenta a frequência cardíaca;
Músculo atrial: aumenta a força, a velocidade e a condução;
Nodo atrioventricular: aumenta a velocidade de condução;
Músculo ventricular: aumenta a força e a velocidade de condução;
Sistema His-PurkinjIe: aumenta a velocidade de condução;

VASOS SANGUÍNEOS: a noradrenalina atua nos receptores A1, A2, B1, B2.
Aorta: A1, causa vasoconstrição;
Coronárias: A1, vasconstrição intensa / B2, dilatação moderada;
Arteríolas dos músculos esqueléticos: A, causa constrição moderada e B2, causa dilatação moderada;

PULMÃO: a noradrenalina atua nos receptores A1 e B2.


Músculo liso bronquiolar e traquéia: A1, causa contração, B2 causa relaxamento.

ÊSTÔMAGO: atua nos receptores A1, A2 e B2.


Esfinceteres: A1, contração.
Motilidade e tônus: A1, A2 e B2, diminuição.

FÍGADO: noradrenalina atua no receptor B2.


Estimula gliconeogênese e glicólise.

RIM: a noradrenalina atua nos receptores A1, A2 e B1.


A2: causa vasoconstrição elevada;
A1 e B1: dominuição e aumento da secreção de renina respectivamente.

TAYANE MELO
@TAYANEMELOVET
FARMACOLOGIA VETERINÁRIA
FAF 05

As propriedades farmacocinéticas, usos clínicos e efeitos colaterais da α-


metiltirosina, Carbidopa, Metildopa e Reserpina.

Metildopa:
Usos clínicos: anti- hipertensivo bastante utilizado atualmente em
gestantes, devido à alta segurança para a mãe e para o feto, pois não
atravessa a barreira placentária.

Ação farmacológica: a metildopa é captada pelos neurônios e convertida


em um falso transmissor chamado alfa-metilnoradrenalina. A alfa-
metilnoradrenalina não sofre degradação pela MAO, e se acumula nos
terminais sinápticos, deslocando NA das vesículas. Quando é liberada, a
alfa-metilnoradrenalina atua sobre os receptores alfa2 adrenérgicos pré-
sinápticos, inibindo a liberação de noradrenalina.

Efeitos colaterais: sedação (geralmente transitória), cefaleia e tontura,


sinais de insuficiência cardíaca.

Reserpina:
Uso clínico: agente anti-hipertensivo com ação central.
Ação farmacológica: libera a norepinefrina a partir das vesículas
citoplasmáticas e impede a captação da norepinefrina pela vesícula
sináptica presentes nas terminações nervosas, o que provoca a
destruição de norepinefrina pela MAO.
Efeitos colaterais: causa depressão.

TAYANE MELO
@TAYANEMELOVET
FARMACOLOGIA VETERINÁRIA
FAF 05

Alfa-metiltirosina:
Usos clínicos: utilizado no tratamento da hipertensão decorrente da
feocromocitoma, que é um tumor secretor de catecolaminas das células
cromafins, tipicamente localizado nas adrenais.

Ação farmacológica: inibe a tiroxina hidroxilase, a primeira enzima na via


de biossíntese das catecolaminas.

Carbidopa:

Uso clínico: tratamento da doença de Parkinson.

Ação farmacológica: inibidor da DOPA descarboxilase, uma enzima que


faz a descarboxilação periférica da levodopa em dopamina. Esta enzima,
uma vez inibida, não converte levodopa em dopamina e, com isso,
possibilita a passagem de uma maior quantidade de levodopa para o
cérebro, já que a dopamina não ultrapassa a barreira hematoencefálica.

Efeitos colaterais: sintomas gastrintestinais como anorexia, náuseas e


vômitos.

TAYANE MELO
@TAYANEMELOVET
FARMACOLOGIA VETERINÁRIA

Agonistas Colinérgicos de Ação Indireta - Farmacodinâmica, usos clínicos e efeitos


colaterais.
Chamados de anticolinesterásicos, porque bloqueiam a ação da enzima
acetilcolinesterase, que é responsável pelo controle fino da acetilcolina.

Neostigmina: Medicamento metilsulfato de neostigmina, rapidamente distribuído e


apresenta atividade farmacológica entre 7 e 15 min. Tem uma meia vida de
aproximadamente 1 hora, é eliminado por mecanismos renais e extra-renais, em
que 60 a 80% da dose é eliminada em 24 horas pela urina, como metilsulfato de
neostigmina inalterado ou na forma de metabólitos. Utilizado em casos de atonia
intestinal (M3) pós operatória e retenção urinária (M3), miastenia gravis. Efeitos
colaterais do tipo muscarínicos: náuseas, vômito, cólicas abdomiais, aumento do
peristaltismo e das secreções brônquicas, hipersalivação e lacrimejamento. Efeitos
nicotínicos secundários: espasmos musculares, contrações e fraqueza muscular.
Fisostigmina: inibidor da colinesterase que é rapidamente absorvida através das
membranas. Pode ser aplicado topicamente na conjuntiva. Também pode
atravessar a barreira sangue-cérebro e é utilizado quando se desejam efeitos sobre o
Sistema Nervoso Central, como no tratamento da toxicidade anticolinérgica grave.
Efeitos colaterais: bradicardia, convulsões, náuseas, salivação e vômitos.

Piridostigmina: Brometo de piridostigmina. Inibidor da colinesterase, é absorvido


parcialmente pelo trato gastrintestinal, biodisponibilidade após a administração
oral é de 3% a 8%. Com o paciente em jejum, as concentrações plasmáticas são
alcançadas entre 1 a 2 horas. Não se liga fortemente às proteínas plasmáticas, o que
é favorável à sua absorção. Eliminado, em sua maior parte por via renal, de forma
inalterada. Efeitos colaterais:
Pralidoxima: A Pralidoxima reativa a colinesterase que foi inativada por inseticidas
organofosforados ou por produtos relacionados a eles. Preferencialmente
administrada por via intravenosa após a utilização da atropina (tratamento
paliativo, para diminuir sintomas muscarínicos). Ela não atua se passadas mais de
24 horas da intoxicação. Efeitos colaterais: aumento do tônus muscular (M3), visão
dupla e borrada (M3).

TAYANE MELO
@TAYANEMELOVET

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