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Farmacogenética: área que estuda a contribuição da constituição genética na variação à resposta a drogas.
Duas pessoas são medicadas para o mesmo tipo de tumor com o mesmo fármaco. No entanto, cada uma
responde diferente.
é a ciência que estuda a ação de substâncias químicas em um organismo vivo. Objetivo: uso
racional de medicamentos, minimizar a toxidade dos fármacos, evitar interações medicamentosas, gerar
conhecimentos para avaliar os efeitos colaterais, tratamento de possíveis intoxicações.
O efeito de uma droga em diferentes pessoas raramente é igual. Pacientes tomando uma dose padronizada
de determinado medicamento podem:
~ 4% de todos os novos medicamentos lançados são retirados do mercado devido às reações adversas.
Friedrich Vogel - 1952: primeiro a usar o termo farmacogenética – resposta diferencial a uma mesma droga
ministrada em doses equivalentes e que algumas respostas apresentavam padrão de herança mendeliana.
Werner Kalow, da Universidade de Toronto – 1962: livro “Pharmacogenetics – Heredity and the Response to
Drugs”.
Como os fármacos atuam: Após administrado, é absorvido e distribuído até seu sítio de ação, onde produz a
resposta farmacológica e é então excretado.
Farmacogenética e farmacogenômica
Figura 1 farmacocinética
Metabolização: Mecanismos enzimáticos complexos que tem como objetivo inativar compostos endógenos
ativos (hormônios, enzimas, neurotransmissores etc.) e eliminar substâncias estranhas ao organismo
(xenobióticos).
Se um metabolito bloqueia uma via, ao inativá-lo, pode ativar ou potencializar essa via.
Objetiva tornar o fármaco mais polar para tornar-se ativo ou mais facilmente excretável (lipo → hidro) (mais
polar > mais fácil de dissolver).
Responsável pelo metabolismo de cerca de 60% dos 200 medicamentos mais prescritos nos EUA;
Polimorfismos das enzimas CYPs: têm um grande efeito nas variações das respostas a medicamentos
utilizados nos tratamentos de muitas doenças. Ex.: depressão, psicose, câncer, doenças cardiovasculares,
gastrintestinais, dor, epilepsia e outras.
Os efeitos das variantes enzimáticas dependem do medicamento e das variantes alélicas envolvidas
Média de todos os alelos de metabolismo lento: 10% Europeus; 2% Asiáticos; 19% africanos
Pró-fármaco – na forma original é inerte – efeito analgésico após ativação pela enzima CYP2D6
Metabolizadores lentos/intermediários: droga não é eficaz na dose padrão - não atinge concentrações
plasmáticas suficientes para obter resposta terapêutica desejada
Farmacogenética e farmacogenômica
Metabolizadores normais
40% das lactantes nos EUA usam Codeína para alívio de dores associadas ao parto.
Relato de morte de neonatos devido a intoxicação - amamentados por mães de Metabolismo Ultrarrápido -
várias cópias do gene - que faziam uso de codeína
Mães tipo Metabolismo Ultrarrápido que fazem uso de codeína, quando amamentam podem oferecer risco
a seus filhos recém-nascidos.
Expressão: maior concentração no fígado, menores concentrações nos pulmões e intestino delgado.
Enzima GSTT1 é codificada pelo gene GSTT1 – polimórfico, podendo apresentar fenótipo nulo por deleção
A deleção em homozigose do gene GSTM1 - taxas que variam entre 20 a 70% - variação étnica
Como essas enzimas catalisam a detoxicação dos organismos, a sua ausência reduzir a capacidade do
organismo de desintoxicar-se de metabólitos reativos.
Diversos estudos detectaram - frequência elevada do fenótipo nulo deste gene em indivíduos portadores de
diferentes neoplasias, como: câncer de pulmão, colorretal, pele e de bexiga.
Mutações no gene BCHE: GAT para GGT aminoácido 70 (D70G) - Asp > Gli
A glicoproteína-P (GpP) - gene ABC1 - muito estudada por ser um transportador de vários medicamentos.
Interesse particular porque afetam a expressão e a conformação, afetando sua afinidade pelo substrato.
• Isoproterenol.
Figura 3 síntese de noradrenalina
• Isoproterenol - tratamento da asma e
bronquite relaxando as vias aéreas
permitindo fluxo maior de ar.
Deficiência de G6PD
Farmacogenética e farmacogenômica
A deficiência em Glucose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) é uma doença hereditária recessiva ligada ao
cromossomo X.
A G6PD catalisa o primeiro passo da via glicolítica nas hemácias - obtenção de energia - produzindo NADPH,
que é crucial para a proteção das células - manutenção da membrana celular protegendo do stress
oxidativo.
A farmacogenética - futuros benefícios à saúde pública evitando reações adversas a medicamentos em subgrupos de pacientes
geneticamente distintos.
Será necessário traçar o perfil genético de cada paciente com exames que poderão se tornar de rotina.
-Individualização da dosagem;