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Absorção de um fármaco e um processo que consiste na passagem de um fármaco desde o local onde ele e depositado até atingir
a circulação sanguínea. Nas aplicações por via sistêmica, a via intravenosa e única excepção onde não há absorção.
Há que salientar que no tudo o fármaco administrado é absorvido, exceto quando é administrado pela via intravenosa.
Factores que modificam a absorção. (susceptíveis de influenciar na absorção)
1. Área de absorção; 4. Quantidade ou concentração;
2. Tempo de contacto; 5. Intensidade da irrigação e
3. Intimidade do contacto 6. Espessura da estrutura absorvente.
1. Área de absorção. Fisiologicamente, o intestino delgado apresenta-se por características ideais para que se de a absorção de
substâncias apartir do exterior porque, entre outros motivos, a superfície exposta é bastante maior do que a primeira vista poderia
parecer devido à presença das vilosidades intestinais.
2. Tempo de contacto. O tempo de contacto evidentemente, com a superfície absorvente é um factor relevante na intensidade da
absorção de fármacos, sendo este aspecto adquirir particular destaque no caso de absorção pelo tubo digestivo. No esôfago o
medicamento passa muito depressa, que não é possível qualquer absorção significativa, por outro lado, as alterações do trânsito
intestinal (diarreia ou obstipação) podem modificar quantitativamente o processo de absorção incrementando-o se a velocidade do
trânsito for diminuída, reduzindo-se essa velocidade for aumentada.
3. Intimidade do contacto. Em geral os medicamentos em solução ou em suspensão são mais facilmente absorvidos, ao nível do
tubo digestivo do que numa preparação sólida, porque as soluções e as suspensões, não a área de contacto é mais extensa, como
também o contacto do medicamento com as mucosas é mais intimo.
4. Quantidade ou concentração. Quanto maior fora a quantidade ou concentração no local da absorção, maior é a gradiente de
concentra e maior pode ser a absorção.
5. Intensidade da irrigação. Qualquer que seja a via de administração utilizada para a aplicação sistêmica de fármacos, a
intensidade da irrigação e decisiva quando se considera a velocidade de absorção. Por esta razão, zonas altamente irrigadas, como
por exemplo, nos intestinos delgados, favorecem a passagem de fármacos para o sangue. No caso de administração de um
medicamento por via intramuscular (IM), determinada procedimentos, como a aplicação de uma massagem no local onde se
pretende administrar um fármaco, por via IM, poderão contribuir para um aumento da velocidade com que o fármaco seja absorvido.
6. Espessura da estrutura absorvente
A absorção será, em regra, mais rápida através de uma mucosa muito fina do que através da mucosa mais espessa.
Relação dose-efeito. Para qualquer substância com actividade farmacológica, a intensidade do efeito produzido será directamente
proporcional a sua concentração no local de acção, num tempo determinado. Em outras palavras, a intensidade do efeito de um
medicamento geralmente aumenta de acordo com o aumento da dose administrada.
Para alguns fármacos, o aumento das doses e, consequentemente, de seus efeitos, não apresenta limites, exceto pelos riscos
determinados. Para outros, o efeito atinge uma grandeza que não mais se modifica, chamado efeito máximo ou efeito platô.
Dose terapêutica: Quantidade promédio de um fármaco que produze o efeito desejado (em um adulto médio).
Dose terapêutica máxima: Quantidade de um fármaco que produze o efeito desejado, mas, acima da qual partir da qual
se atingem efeitos não toleráveis.
A capacidade de um fármaco se fixar sobre os receptores chama-se afinidade; a capacidade de um fármaco produzir um efeito após
a fixação sobre os receptores chama-se actividade intrínseca o eficácia.
Um fármaco que possua as duas capacidades chama-se agonista. Um fármaco que apenas possui afinidade (sem possuir actividade
intrínseca) é designado antagonista ou bloqueador. Os antagonistas são fármacos possuidores de afinidade, mas sem actividade
intrínseca.
Os antagonistas, fixados sobre os receptores e não provocando resposta, impedem que um agonista, chegado à biofase (zona
tecidual em que se verificam as interacções fármaco – receptor), exerça a sua acção. Este é um dos mecanismos pelos quais, em
farmacologia pode-se estabelecer um antagonismo que, pelo seu processo íntimo, se designa como antagonismo competitivo.
Neste tipo de antagonismo duas coisas poderão acontecer em consequências da ocupação dos receptores pelos antagonistas: a força
que os prende aos receptores é fraca, desfazendo-se com facilidade, e o agonista pode removê-lo, por competição, desde que atinja
na biofase a concentração suficiente, e temos o chamado antagonismo competitivo em equilíbrio (reversível), ou as ligações que
prendem o antagonista aos receptores são de tipo covalente – o que lhes confere carácter irreversível – e um antagonismo, embora
sendo ainda competitivo, porque agonista e antagonista competem para os mesmos receptores, já não é em equilíbrio, porque entra
em jogo um factor desequilibrante que fará prevalecer a acção do antagonista, e o antagonismo designa-se como competitivo em
não equilíbrio (ou irreversível).
No primeiro caso, em que agonista e antagonista se fixam com forças de intensidade comparável, haverá ou não resposta
conforme as concentrações que e outro atinjam ao nível da biofase.
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No segundo, isto é, quando o antagonista se liga com força de grande intensidade, não e possível prever o tipo de resposta, uma
vez que ela já não dependera da relação linear das concentrações em presença.
Antagonismo não competitivo pode ser:
Antagonismo funcional (fisiológico) aquele que resulta da ação de dois agonistas que atuam sobre receptores diferentes
num mesmo órgão e que produz efeitos opostos
Antagonismo químico, por interacção química entre dos fármacos.
Acções não mediadas por receptores.
Acções de natureza puramente física. Ex. manitol
Acções de natureza química inespecífica. Os fármacos utilizados para neutralizar a acidez gástrica, dos que acidificam ou
neutralizam a urina
Quelação. Traduz-se pela interacção de um fármaco com um ião ou uma pequena molécula, com a formação de um complexo
estável, um quelato. EDTA, antídoto do chumbo, dimercaprol, antídoto do arsénio, mercúrio.
Classificação Geral dos receptores :
• Dificuldade em pediatria
Via rectal - vantagem
• Absorção rápida menos rápida que a via sub-lingual.
• Pode usar-se em pacientes não colaboradores (semi-conscientes, vômitos)
• Alternativa ao uso quando há Impossibilidade da via oral e Impossibilidade da via parenteral
Formas farmacêuticas: supositórios e enemas
Via rectal - desvantagem
• Lesão da mucosa, Incômodo, Absorção irregular e incompleta.
Via intramuscular - vantagens
• Efeito rápido com segurança, mais lenta a absorção que pela via sub-lingual.
• Via de depósito ou efeitos sustentados
• Fácil aplicação
Via intramuscular- desvantagens
• Dolorosa , as substâncias irritantes ou com pH diferente
• Não suporta grandes volumes
• Absorção relacionada com tipo de substância:
• sol. aquosa - absorção rápida
• sol. oleosa - absorção lenta
Formas farmacêuticas: injeções
Músculos: deltóide, glúteo, vasto lateral,
VIA endovenosa - vantagens
• Efeito farmacológico imediato
• Permite controle da dose, admite grandes volumes.
• Permite substâncias com pH diferente da neutralidade
Via endovenosa - desvantagens
• Efeito farmacológico imediato
• Material esterilizado
• Pessoal competente
• Irritação no local da aplicação
• Facilidade de intoxicação e
• Acidente tromboembólico
Via subcutânea
• Absorção constante e lenta
• Só substâncias não irritantes (terminais nervosos)
Outras vias de administração vias de administração dos medicamentos: Intraocular, Transmucosas, Dérmica, etc.
Sistema nervoso autônomo é a parte do Sistema nervoso que está relacionada ao controle da vida vegetativa (funções viscerais,
dos órgãos), ou seja, controla funções como a respiração (secreções e motilidade bronquiais), circulação (força e freqüência de
contração do coração), contração dos vasos sanguíneos, do sangue, controle de temperatura e digestão (secreções e motilidade), etc.
No entanto, ele não se restringe a isso. É também o principal responsável pelo controle automático do corpo frente às modificações do
ambiente. Por exemplo, quando o indivíduo entra em uma sala com um ar condicionado que lhe dá frio, o sistema nervoso autônomo
começa a agir, tentando impedir uma queda de temperatura corporal. Dessa maneira, seus pêlos se arrepiam (devido a contracção do
músculo pilo - erector) e ele começa a tremer para gerar calor. Ao mesmo tempo ocorre vasoconstricção nas extremidades para
impedir a dissipação do calor para o meio. Essas medidas, aliadas à sensação desagradável de frio, foram as principais responsáveis
pela sobrevivência de espécies em condições que deveriam impedir o funcionamento de um organismo. Dessa maneira, pode-se
perceber que o organismo possui um mecanismo que permite ajustes corporais, mantendo assim o equilíbrio do corpo: a homeostasia.
O SNA é dividido em duas partes:
Sistema nervoso simpático (toracolombar) e o
Sistema nervoso parassimpático (craniossacral)
Trata-se de uma divisão baseada nas características anatômicas de cada sistema e nas funções que cada uma delas desempenha.
passagem da mensagem através de uma sinapse ou junção neuroefectora. Esta neurotransmissão é feita pelos mediadores químicos
ou neurotransmissores.
Normalmente as fibras nervosas dos sistemas simpáticos e parassimpáticos secretam dois neurotransmissores principais:
Noradrenalina ou
Acetilcolina.
As fibras que secretam noradrenalina activam receptores adrenérgicos, e as que secretam acetilcolina activam receptores colinérgicos.
Características funcionáis
Alguns órgãos são duplamente enervados pelos sistemas nervosos simpáticos e parassimpáticos - a exemplo das glândulas salivares,
do coração, dos pulmões (músculo brônquico), das vísceras abdominais e pélvicas - enquanto outros órgãos só recebem enervação
de um sistema. As glândulas sudoríparas, a medula suprarrenal, os músculos piloerectores e a maioria dos vasos sanguíneos são
enervados apenas pelo sistema nervoso simpático. Por outro lado, o parênquima das glândulas parótidas, lacrimais e nasofaríngeas é
enervado apenas por fibras parassimpáticas.
Para compreender ou prever os efeitos de drogas autónomas sobre um órgão específico, é necessário conhecer não apenas como
cada divisão do SNA afecta este órgão, mas também se o órgão possui enervação única ou dupla e, quando dupla, qual dos dois
sistemas é predominante nesse órgão.
Principais efeitos da estimulação simpática e parassimpática.
Drogas simpatomiméticas, como o próprio nome indica, são substâncias que, quando administrada reproduz ou imita os efeitos da
estimulação do sistema nervoso simpático. Agem (a) diretamente sobre os receptores adrenérgicos (b) estimulam a libertação de
noradrenalina ou (c) impedem a degradação do mesmo.
Os simpaticomiméticos podem ser divididos, de acordo com critérios de seletividade ou especificidade da droga sobre os receptores,
em:
- Agonistas não-seletivos (ẞ): adrenalina, noradrenalina, isoproterenol, efedrina.
- Agonistas seletivos ẞ1: dobutamina.
- Agonistas seletivos ẞ2: salbutamol, salmeterol, terbutalina, fenoterol.
- Agonistas não-seletivos (α): adrenalina, noradrenalina
- Agonistas α1 seletivo: fenilefrina, nafazolina, oximetazolina.
- Agonistas seletivos α2: clonidina, metildopa.
As substâncias bloqueadoras adrenérgicas inibem ou se opõem aos efeitos da estimulação das fibras pós-ganglionares adrenérgicos.
Estos fármacos podem ser classificados pela sua seletividade no bloqueio do receptor:
Bloqueadores adrenérgicos ou antagonistas alfa (α)
- bloqueadores α1 seletivo: prazosina, doxazosina.
Bloqueadores adrenérgicos ou antagonistas:
- bloqueadores não-seletivos (α1, ẞ1 e ẞ2): labetalol, carvedilol
- Um bloqueador não-seletivo (α1, α2): fentolamina, cloropromazina (α1).
- bloqueadores ẞ não-seletivos: propranolol, timolol, sotalol, nadolol.
- bloqueadores ẞ1 seletivos: atenolol, metoprolol.
- bloqueadores ẞ2: butoxamina.
Parassimpaticomiméticos ou acetilcolinomiméticos
- De acção indirecta: inibidores da colinestérase. P.ex.: neostigmina, fisostigmina, edrofonio, organofosforados (ecotiofato, paratião)
- De acção directa:
Agonistas muscarínicos (M) não específicos: Acetilcolina, pilocarpina, betanecol, muscarina
Agonistas Nicotínicos:
Em gânglios Nn: acetilcolina, nicotina.
Parassimpaticoliticos, anticolinérgicos ou bloquedores dos receptores colinérgicos.
Bloqueadores nicotínicos em a placa motora esquelética (Nm): d-tubocurarina, pancurónio.
Bloqueadores nicotínicos em os gânglios (Nm): trimetafano, mecamilamina.
Bloqueadores ou antagonistas muscarínicos (M) não seletivos: Atropina, metilbromuro de homatropina,
propantelina, ipratropio, trihexifenidilo
Bloqueadores ou antagonistas muscarínicos seletivos M1: Pirenzepina
As reações adversas decorrem de factores ligados ao próprio medicamento (droga), do organismo com o qual se põe em contacto ou
da interacção de ambos factores.
Factores predisponentes da droga.
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1. Efeitos colaterais são os que ocorrem de forma simultânea com o efeito principal, geralmente limitando a utilização da
droga. Ex. o tremor produzido por o salbutamol, quando é usada como broncodilatador, no tratamento da asma brônquica.
Geralmente não é grave.
2. A teratogenicidade- pode ser considerado como um efeito colateral grave, caracterizado pela acção da droga sobre o feto,
provocando alterações morfológicas, funcionais e emocionais no mesmo. Ex a talidomida, um medicamento empregado na
década de 50 para controlar náuseas e vômitos durante a gravidez, que causou malformações dos membros superiores e
inferiores (focomelia)
3. Superdosagem é a administração de doses anormalmente elevadas de uma droga, nesse caso chamada de superdosagem
absoluta. A superdosagem pode ser também relativa, no caso em que a dose é adequada, em valores absolutos, porem é
administrado com grande velocidade num vaso sanguíneo.
Factores predisponentes do paciente.
1. Hipersensibilidade. Compreende as reacções imunológicas, que podem se manifestar como uma simples urticaria ou até o
mesmo como um choque anafilático fatal. Na patogenia das reacções alérgicas, o primeiro contacto com a droga pode
provocar uma hipersensibilização do organismo e uma subseqüente administração, desencadear reacções alérgicas ou
anafiláticas.Todos os fármacos têm a capacidade de causar reacções de hipersensibilidade, dependendo das características
individuais. Algumas, entretanto, causam-nas com maior freqüência, como é o caso das penicilinas. É importante salientar
que os efeitos de hipersensibilidade são independentes da dose, podem ser desencadeados por quantidades mínimas da
dose. Isto explica o motivo de não mais ser feito o teste de sensibilidade.
2. Idiossincrasia. Caracteriza-se por reacções qualitativamente diferentes, da esperada na maioria dos indivíduos. É rara, de
caráter não imunológico, dose-independentes, cujos mecanismos não são bem compreendidos, admitindo-se que possam
estar relacionadas com características genéticas. Exemplo: Apnéia prolongada pelo uso da succinilcolina (relaxante muscular
usado em anestesia geral) em pacientes com déficit ou transtornos da colinestérase plasmática.
Factores predisponentes da droga e do paciente.
1. Tolerância ou resistência- é uma reação que pode acontecer após o uso prolongado de certos fármacos, especialmente
aqueles que atuam no sistema nervoso central. Em indivíduos que desenvolvem tolerância é necessário aumentar
progressivamente as doses do medicamento para manter a intensidade de seus efeitos iniciais. Ex tolerância a efeito
analgésico da morfina.
2. Dependência. Em alguns casos, ocorre junto a tolerância, uma dependência para com os efeitos da droga, ou seja, após seu
uso continuado, o individuo passa a necessitar da droga para manter-se em equilíbrio. Privado da mesma pode desenvolver
a chamada crise de abstinência. Pode ser dependência física, na qual o organismo desenvolve uma serie de mecanismos
adaptativos a estas drogas, e na falta delas, sofrer alterações mais ou menos sérias, inclusive fatais. Paralelamente, ocorre a
dependência psíquica, sendo que neste caso o indivíduo tem necessidade da sensação de bem-estar que causa a droga.
Sem ela, apresenta sintomas de nervosismo, agitação, depressão e desejo extremo de tomá-la, o que caracteriza a crise de
abstinência psíquica.
3. Efeito paradoxal- é o efeito contrário àquele esperado após o uso de um determinado medicamento. Ex a manifestação de
intensa agitação após a administração de um agente ansiolítico como o diazepam. Este efeito incide mais em crianças e
idosos (acima de 65 anos).
Ė hoje, e será cada dia mais, uma importante questão para quem, tendo de tratar, tem de prescrever medicamentos.
Interacções farmacológicas ou medicamentosas entende-se a possibilidade de um fármaco poder alterar a intensidade das acções
farmacológicas de outro administrado simultaneamente.
Os resultados dessa interferência podem ser:
Ou aumento do efeito,
A diminuição do efeito de um ou de ambos os fármacos,
O aparecimento de um novo efeito que nenhum dos fármacos sozinho era capaz de produzir,
O aumento ou geram efeitos adversos.
Há interacções farmacológicas úteis, desejáveis como:
p.ex. Sulfametoxazol com Trimetoprima (COTRIMOXAZOL) - aparecimento de um novo efeito, efeito bactericida.
L-Dopa com Carbidopa - aumenta efeitos da L-dopa e diminui efeitos periféricos da dopamina.
Lidocaína com adrenalina – aumenta acção analgésica da lidocaína
As interacções que têm de preocupar quem prescreve medicamentos são as interacções farmacológicas indesejáveis, as que têm de
ser evitadas, por isso, têm de ser pré- conhecidas.
Incompatibilidades químicas entre fármacos e fluidos intravenosos. São as reacções físico-químicas que ocorrem quando
fármacos são misturados em fluidos intravenosos, causando precipitação ou inactivação, são denominadas “incompatibilidades
químicas”.
Como precaução geral, os medicamentos não devem ser adicionados a sangue, soluções de aminoácidos ou emulsões lipídicas.
Certos fármacos, quando adicionados a fluidos intravenosos, podem ser inactivados por alteração do pH, por precipitação ou por
reacção química. A benzilpenicilina e a ampicilina perdem potência 6 a 8 horas após serem adicionadas a soluções de glicose devido
à acidez destas. Alguns fármacos se ligam a recipientes plásticos e equipes, por exemplo, diazepam e insulina. Aminoglicosídeos são
incompatíveis com penicilinas e heparina. Hidrocortisona é incompatível com heparina, tetraciclina e cloranfenicol.
Interacções farmacológicas na fase farmacocinética (Interacções farmacocinética) . Que occorrem durante a absorção,
distribuição, biotransformação e a excreção dos medicamentos.
Na absorção. Durante a absorção são múltiplos os mecanismos pelos quais a absorção de um fármaco pode ser modificada
pela administração simultânea de outro.
a. E x. Quelação (interacção de um fármaco com um ião com formação do um complexo estável não absorvível)
Tetraciclina os iões Ca++ ,Fe++, Mg++, Al+++ contidos em antiácidos e a leite. O leite pode reduz a absorção de tetraciclina em
mais de 70%.
Sais de ferro (anti-anémicos) com antiácidos.
b. Adsorção por resinas troca- iões. Ex a colestiramina, inibe absorção de varfarina (anticoagulante) e de cardiotónicos.
c. A administração de um parassimpaticolitico pode aumentar a absorção de outro fármaco, porque reduzindo a contractilidade
intestinal, aumenta o tempo de contato do fármaco com a superfície absorvente.
No transporte pelo sangue. São muitos os fármaco que no sangue, se ligam a proteínas plasmáticas:
- As albuminas plasmáticas ligam-se os ácidos fracos.
- A glicoproteína ácida-α ligam-se as bases fracas.
Quando há mais de um fármaco com afinidade por uma proteína plasmática, os que possuem maior afinidade ou que se encontrem
em maior concentração deslocam os outros, aumentando a fracção de fármaco livre deslocado. Lembre-se que só a parte livre do
medicamento é capaz de exercer acções. Em algumas situações com alguns fármacos pode haver aumento dos efeitos com
consequências graves. Ex. Varfarina (anticoagulante) e sulfonilureias (antidiabéticos orais) o aumento de suas concentrações pode
gerar respectivamente hemorragias ou hipoglicemias séricas.
Na biotransformação. Ė ao nível da biotransformação que se verificam mais frequentemente com significado clínico e é a esse nível
que elas podem ser mais imprevisíveis e graves.
Lembre-se que as enzimas do sistema citocromo P450 são as responsáveis pela biotransformação substâncias endógenas e a maioria
das substâncias exógenas, nomeadamente da maioria dos medicamentos.
Muitos são os fármacos alem de outras substâncias que podem induzir (indutores) a actividade dessas enzimas, ervas, fumo do
tabaco. Outras substâncias podem inibir as actividades do citocromo P450
A nível da excreção. No nível da excreção renal, sobretudo pode haver também importantes interacções.
Por exemplo:
a. Por competência para os sistemas do transporte. Ex. probenecid que protela a excreção de penicilina, aumentando os níveis
plasmáticos dela, efeito benéfico.
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b. Pode haver interferências na excreção pelas alterações do pH urina- Lembre-se de para os ácidos fracos aumenta a sua
excreção renal nas urinas alcalinas (pH alto), para as bases fracas a sua excreção renal é melhor nas urinas ácidas já que
favorecem as formas hidrossolúveis desses fármacos.
Interacções farmacológicas na fase farmacodinâmica (Interacções farmacodinâmica). Que ocorrem nos locais de acção dos
fármacos envolvendo os mecanismos pelo quais os efeitos se manifestam.
Exemplo. Uso de soluções anestésicas locais contendo adrenalina, em pacientes fazendo uso dos chamados antidepressores
tricíclicos (Imipramina, amitriptilina), que inibem o mecanismo de captação I (captação intraneuronial). Isto provoca potenciação
do efeito dos vasoconstrictores, adrenalina (agonista α), podendo causar uma crise hipertensiva arterial.
Conclusões: ninguém pode ter dúvidas de que esta questão das interacções farmacológicas vai exigir uma atenção
crescente por parte dos médicos prescritores.
1. Inicio da terapêutica
Quase todo acto médico conclui a prescrição de um o mais medicamentos. O qual não sempre é necessário
Sim Não
Explicar ao doente
Considerações:
Qual o quais os medicamentos mais eficazes e menos tóxicos? Tendo em conta a idade, a constituição, a
existência de determinada situação fisiológica (gravidez, aleitamento, crescimento, senectude) ou patológica
(lesão funcional o orgânica mormente de órgãos excretores), isto é qual o medicamento mais indicado para a
doença ou sintoma naquele individuo que estamos a tratar
Elaborar a receita e dar as informações sobre, maneira de tomar o medicamento, necessidade de aderir
ao esquema terapêutico, possíveis acções adversas, eventuais precauções, interações possíveis, sejam entre
fármacos ou também fármaco refeições.
Podemos já salientar os critérios a ter se em conta na prescrição de um fármaco:
1. Eficácia, 2. Segurança (o menos tóxico), 3. Aplicabilidade (conveniência naquele individuo), e temos que adicionar o 4.
Custo.
Uso racional de medicamentos.
O uso racional de medicamentos é caracterizado por o uso do menor número de fármacos necessários no tratamento das
enfermidades e durante o tempo que seja precisado. Tendo em conta os critérios para a sede seleção (Eficácia, Segurança,
Aplicabilidade e Custo)
Sugestão bibliográfica:
a) Básica
1. Vergel RGM, MJ, Groning RE. Farmacología. Proceso de Atención en Enfermería. La Habana: Editorial Ciencias Médicas; 2009.
2. Guimarães S, Moura D, Soares da Silva P. Terapêutica Medica e suas Bases Farmacológicas. 5ª ed.Portugal: Porto editora;
2006.
b) De consulta.
1. Formulário Nacional de Medicamentos. 5aedição. República de Moçambique, Ministério de Saúde; 2007.
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