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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

O SURGIMENTO HISTÓRICO DA FILOSOFIA

Nome e Código:

Curso: Língua Portuguesa

Disciplina: Linguística Bantu

Ano de Frequência: 2º

Turma:

Nampula, Agosto de 2022


O SURGIMENTO HISTÓRICO DA FILOSOFIA

Nome e Código:

Curso: Língua Portuguesa

Disciplina: Linguística Bantu

Ano de Frequência: 2º

Turma:

Trabalho de caracter avaliativo a ser apresentado


na disciplina de Linguistica Bantu, no curso de
Língua Portuguesa, na Universidade Católica de
Moçambique.

Regente da disciplina: Luís Ramos António

Nampula, Agosto de 2022


Classificação
c Indicadores Padrões
Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacionai  Discussão 0.5
s  Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto do 2.0
trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico (expressão 3.0
escrita cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica nacional e
2.0
internacional relevante na
área de estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Referência Normas APA
 Rigor e coerência
s 6ª edição em
das citações/referências 2.0
Bibliográfi citações e
bibliográficas
cas bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................6

2. ACTOS ELOCUTÓRIOS............................................................................................................7

2.1. Força Elocutória vs Objectivo Elocutório.............................................................................8

2.1.1. Tipos de actos.................................................................................................................8

2.1.2. Acto elocutório...............................................................................................................8

2.1.3. Acto perlocutório............................................................................................................9

2.1.4. Acto elocutório assertivo................................................................................................9

2.1.5. Acto elocutório expressivo.............................................................................................9

2.1.6. Acto elocutório directivo..............................................................................................10

2.1.7. Acto elocutório compromissivo...................................................................................10

2.1.8. Acto elocutório declarativo..........................................................................................10

2.1.9. Actos declarativos assertivos........................................................................................11

2.2. Actos de fala indirectos.......................................................................................................11

CONCLUSÃO................................................................................................................................12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................13
1. INTRODUÇÃO

A linguagem humana utiliza-se para expressar pensamentos, ideias e sentimentos, relatar factos e
descrever estados de coisas. Para além destas utilizações, o homem utiliza a linguagem verbal
para, por seu intermédio, produzir e realizar determinados actos CARREIRA, Araújo (1987).

O acto que é realizado pela instanciação efectiva da linguagem num quadro enunciativo
configurado a partir das coordenadas eu-tu-aqui-agora. O enunciado produzido transporta na sua
significação, a par do conteúdo proposicional, uma força elocutória que corresponde à orientação
comunicativa que se traduz na realização de determinados actos como por exemplo: fazer um
pedido, dar uma ordem, fazer promessas ou pedir desculpa, etc (CHAROLLES, Michel et. All,
.1986).

A definição de acto de fala tornou-se um termo essencial na teoria pragmática, desenvolvida pelo
filósofo J. Searde. De acordo com a tese de que a elocução de uma determinada frase se orienta
para a realização de certo acto elocutório e não apenas para a descrição de um estado de coisas
que preencha uma condição de verdade.

Por tanto este trabalho de língua portuguesa II, tem por objectivo principal descrever os actos
elocutório.

Objetivos específicos

Classificar os actos elocutórios;

Caracterizar os actos elocutórios;

Conceituar os actos elocutórios;

Mostrar exemplos de actos elocutórios.


2. ACTOS ELOCUTÓRIOS

Conforme a teoria referida por J. Searle em 1976, onde refere que na tipologia de actos, sem
distingue cinco grandes categorias ou tipos elocutórios, onde cada um deles é susceptível a se
dividir em sub-tipos. Estes actos elocutórios se dividem em: representativos, actos directivos,
actos comissivos, actos expressivos e actos declarativos. Estes actos possuem propriedades
específicas que os identificam (FIGUEIREDO, J. M.1985).

Actos representativos objectivo elocutório é definido como conteúdo referido na proposição que
pode ser verdadeiro; as palavras ajustam-se ao mundo (i); o estado psicológico expresso é a
crença do locutor na verdade da proposição que implica a distinção entre tipos de frase, actos
elocutórios directos e actos elocutórios indirectos.

Actos directivos tem por definição o objectivo elocutório do locutor é o de controlar o


comportamento do seu interlocutor, de forma a levar a realizar uma acção futura, neste tipo de
acto a realidade ajusta-se às palavras, o estado psicológico expresso é o desejo do locutor, o
conteúdo proposicional especifica uma acção futura do alocutário.

Actos comissivos: o objectivo elocutório define uma obrigação por parte do locutor em realizar
uma acção futura, a direcção de ajustamento vai da realidade às palavras o estado psicológico é a
intenção, o conteúdo proposicional representa uma acção futura do locutor.

Actos expressivos: o objectivo elocutório é a expressão de uma atitude ou estado psicológico do


locutor especificado na condição de sinceridade, não há direcção de ajustamento entre a realidade
e as palavras e vice-vers e a verdade da proposição está pressuposta, o estado psicológico está
associado à natureza do acto expressivo.

Actos declarativos: o objectivo elocutório é o de tomar efectiva a realização da acção descrita no


conteúdo proposicional. Estes actos implicam uma instituição extralinguística assim como
estatutos bem determinados e específicos quer para o locutor quer para o alocutário; a direcção de
ajustamento é dupla (ti); não se verifica a expressão de qualquer tipo de estado psicológico
2.1. Força Elocutória vs Objectivo Elocutório

Interessa, em primeiro lugar, relembrar, em traços muito gerais, a diferença entre força elocutória
e objectivo elocutório. Neste acto a força elocutória de um discurso não corresponde à força ou
intensidade do objectivo elocutório
A força elocutória corresponde a combinação de diversas componentes, sendo o objectivo
elocutório apenas uma delas.
O objectivo elocutório está associado com os aspectos gerais convocados na caracterização de
actos de discurso, a partir dos quais surgem dimensões particulares que estão relacionados à
especificidade da acção linguística realizada pelo sujeito falante, dimensões essas que
evidenciam, por conseguinte, uma diversidade de forças elocutórias.

2.1.1. Tipos de actos

Os actos podem ser classificados em actos locutórios e actos elocutório. Os acto elocutório,


eventualmente, um acto perlocutório, constitui, forma indissociável, uma das dimensões de
significação de um enunciado. Corresponde ao acto de pronunciação de palavras e frases que
veiculam determinado conteúdo proposicional (referência e predicação).
 
2.1.2. Acto elocutório

Acto elocutório é aquele que os linguísticos falam, em determinado contexto comunicativo,


profere um enunciado, sob certas condições e com certas intenções.
Os actos de fala, são caracterizados pelo princípio básico de que falar é realizar actos conforme
certas regras, ao pronunciar uma determinada frase, em contexto específico, o falante executa,
implícita ou explicitamente, actos como «afirmar», «avisar», «ordenar», «perguntar», «pedir»,
«prometer», «objectar», «criticar», onde os verbos denotam explicitamente actos de fala.
Qualquer frase, ao ser enunciada, orienta-se no sentido da realização de três actos: um
acto locutório, um acto elocutório e, eventualmente, um acto perlocutório. Desse jeito, o
conteúdo proposicional (referência e predicação), há que ter em conta, na sua interpretação, os
marcadores da força elocutória que lhe correspondem, na situação comunicativa em que essa
mesma frase se insere.
Por exemplo, à frase «Importas-te de me passar o sal? Não corresponde, como na primeira análise
parece, uma pergunta, mas um pedido.
A mesma frase pode assumir diferentes valores como:
 O João deixou de fumar. - O falante faz uma asserção.
 O João deixou de fumar? - O falante faz uma pergunta.
 João, deixa de fumar! - O falante faz um pedido ou uma ordem.

2.1.3. Acto perlocutório

Acto perlocutório caracteriza-se pelos efeitos que são produzidos junto do interlocutor pela
realização de determinado acto elocutório. Estes podem considerar-se actos perlocutórios
‘convencer, persuadir ou assustar”.
Por exemplo: Ela convenceu-me a não desistir. Esta frase torna explícito o efeito obtido por um
enunciado anterior com determinada força elocutória.

2.1.4. Acto elocutório assertivo

Este tipo de acto de fala o locutor realiza pela enunciação de uma proposição, com cujo valor de
verdade se compromete em maior ou menor grau. A tal proposição pode, portanto, ser submetida
ao teste do verdadeiro ou falso. Entram na categoria de assertivos verbos como afirmar, sugerir
ou colocar uma hipótese, onde diferencia-se entre si pelo grau de comprometimento do locutor.
 Por exemplo1: Parto para a Austrália na próxima semana.
Exeplo2: José Saramago foi Prémio Nobel da Literatura em 1998.
 

2.1.5. Acto elocutório expressivo

Neste tipo de acto de fala, como o de agradecer ou dar os parabéns, pretende –se exprimir um
estado psicológico relativo ao estado de coisas contido no conteúdo proposicional da frase.
Fazem parte do paradigma dos actos expressivos verbos como agradecer, congratular-se,
lamentar. Agradecer apresenta como conteúdo proposicional um acto passado feito
pelo interlocutor em benefício do locutor que, expressa gratidão ou apreço.
Por exemplo1: Lamento profundamente tudo o que te aconteceu.
Exemplo2: Parabéns!!!
 
2.1.6. Acto elocutório directivo

Neste tipo de categoria incluem-se actos que semelhantes, embora com matizações, a intenção
do locutor de levar o interlocutor a fazer ou a dizer alguma coisa. Tendo em comum o facto de
darem expressão a uma vontade ou desejo do locutor em levar o interlocutor a realizar uma acção
futura, perfilam-se actos como convidar, pedir, requerer, ordenar, suplicar ou avisar, embora
difiram pela natureza própria de cada um. É interessante salientar que, em relação a pedir,
ordenar» obedece a uma condição preparatória adicional, onde segundo a qual o locutor tem que
estar numa posição de autoridade em relação ao interlocutor. As perguntas são uma subclasse de
directivos, tendo em conta que o objectivo é obter do interlocutor a execução de um acto de fala.
Por exemplo 1: Quero esse trabalho terminado dentro de meia hora.
Exemplo 2: Venham passar o fim-de-semana comigo a Lisboa!
 
2.1.7. Acto elocutório compromissivo

Corresponde a um acto de fala como o de prometer, dá expressão a uma intenção do locutor,


vinculando-o à realização de uma acção futura que poderá afectar o interlocutor de um modo
positivo (no caso da promessa) ou de um modo negativo (no caso da ameaça). O conteúdo
proposicional consiste na acção futura a que o locutor se propõe. Enquanto os actos directivos
colocam o interlocutor sob uma obrigação, os compromissivos exercem essa obrigatoriedade
sobre o locutor.
Por exemplo 1: Ligo-te amanhã, prometo que te ligo amanhã.
Exemplo2: Eu vou.
 
2.1.8. Acto elocutório declarativo

Este tipo de acto de fala, cria um estado de coisas novo pela simples declaração de que elas
existem, caso em que dizer é fazer (criar a própria realidade). Tais declarações alteram o estado
de coisas envolvente: alguém fica baptizado, alguém deixa de ser solteiro para assumir o estatuto
de casado, por exemplo. Para que a realização dos actos declarativos seja bem-sucedida é
importante que o enunciado, para além de obedecer às regras linguísticas, surja inscrito numa
específica instituição extralinguística, como a igreja, o tribunal, o estado, dentro da qual
o locutor e o interlocutor desempenham papéis sociais pré-estabelecidos (o padre perante os
noivos, por exemplo).
 
Exemplo 1: Baptizo este barco com o nome de.
Exemplo 2: Declaro-vos marido e mulher.
Exemplo 3: Declaro aberta a sessão.
 
2.1.9. Actos declarativos assertivos

Dentro dos actos declarativos estes se dividem, numa classe autónoma, os assertivos que, como o
de declarar alguém inapto para o serviço militar, ou alguém excluído de um concurso, reúnem os
objectivos elocutórios de asserções e de declarações. Onde nestes estes casos, o locutor, que está
investido de uma autoridade específica, é responsável pela tomada de decisões como as do árbitro
num jogo de futebol ou um chefe de secção numa empresa.

2.2. Actos de fala indirectos

Os actos de fala podem ser realizados de maneira indirecta, i. e., a interpretação daquilo que é
dito difere do sentido literal do enunciado.
Por exemplo:
Exemplo 1. Podes passar-me o sal?
Exemplo 2. Ali está a porta.
 Nestes actos os locutores enunciam uma frase interrogativa e declarativa, mas do ponto de vista
pragmático, o locutor não pretende uma resposta à pergunta nem, visa descrever um estado de
coisas. Assim, tanto quanto são actos de fala que visam que o interlocutor realize determinadas
acções: passar o sal e sair, sendo, por conseguinte, ambos actos elocutórios directivos.
 Os actos de fala indirectos surgem, regra geral, por questões de delicadeza e apresentam uma
componente discursiva relacionada com a implicatura e convenções várias.
  
CONCLUSÃO

Este trabalho conclui-se que as palavras e a linguagem têm um grande poder nas nossas vidas,
uma vez que, quando dois indivíduos ou mais comunicam, interagimos com os outros, não se
limitam simplesmente a dizer ou falar algo. Muitas vezes parte das situações comunicativas, há
determinados objectivos precisos nos nossos actos de fala ou actos elocutórios. Onde os
enunciados podem servir para emitir juízos, expressar emoções, levar os outros a fazerem algo,
legitimar a realidade ou, até, criar uma realidade nova. A linguagem tem, assim, uma função
social.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARREIRA, Maria Helena Araújo (1987) "Contribuição para uma análise discursiva do
'distanciamento' e da 'procura de adesão' em situação interlocutiva", in: Actas do II Encontro da
Associação Portuguesa de Linguistas, Lisboa, págs:35-5.

CHAROLLES, Michel / PETOFI, János S. / SOZER, Emel (eds.) 1986 - Research in Texas
Connexity and Text Coherence: A Survey, Hamburg: Buske {Papers in Textlinguisties, volume
53,

FIGUEIREDO, J. M. Nunes de / FERREIRA, A Gomes 1985 - Compêndio de Gramática


Portuguesa, Porto Edito

Fonseca, Joaquim (1993b) - Estudos de Sintaxe-Semântica e Pragmática do Português, Porto:


Colecção Linguística "Porto Editora", págs. 149-179.

FONSECA, Joaquim (1992). - Linguística e Texto /Discurso, Teoria, Descrição, Aplicação,


Lisboa: Ministério da Educação. Instituto de Cultura e Língua Portuguesa.

1993d. - "Pragmática das perguntas como p, se q? e como não p, se q?", in: Revista da Faculdade
de Letras do Porto, Línguas e Literaturas, II Série, Vol. X.-

1994a Pragmática Linguística, Introdução, Teoria e Descrição do Português, Porto: Coleccção


Linguística "Porto Editora"

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