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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Ensino à Distância

Centro de Recursos de Maputo

1º ANO

Divisão Tripartida dos Géneros Literários

Estudante: Julieta Pelembe


Código: 708214145

O Tutor: Sozinho Maomnhe Sabonete

Licenciatura em Ensino da Língua Portuguesa

Disciplina: Introdução aos Estudos Literários


Código: P0182
Maputo, Maio, 2022.
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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
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máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação parágrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ...................................................................................................................................5
1. Contextualização .....................................................................................................................6
2. A divisão tripartida dos géneros Literários .............................................................................7
3. Caracterização dos géneros literários ......................................................................................7
3.1.1. Elementos dos textos narrativos ...................................................................................................8
3.1.2. Exemplos de géneros épicos .........................................................................................................9
3.2. O género Lírico ..................................................................................................................11
3.3. O Género dramático ...........................................................................................................12
 Exemplos de géneros dramáticos ..................................................................................................12
Conclusão ..................................................................................................................................14
Referências Bibliográficas ........................................................................................................15
Appendice .................................................................................................................................16
Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Introdução aos estudos Literários com o
tema Divisão Tripartida dos Géneros Literários. Literatura do latim littteris que significa
letras, é uma das manifestações artísticas da humanidade. No nosso quotidiano, deparamos com
diversos tipos textos. Contudo, nem todos textos são literários, e os textos literários podem ser
categorizados seguindo as suas tipologias. Por exemplo, a fábula é um tipo de texto narrativo
consequentemente, pertence à tipologia épica quanto ao género.

No entanto, falar do tema acima é o mesmo debater em torno da classificação as obras literárias
no concernente ao conteúdo ou objectivo do autor. O autor pode ter objectivo de exprimir
sentimentos como nas poesias, ou de dramatizar uma acção, entre outros. Por tanto, neste
trabalho vamos fazer uma abordagem em torno dos géneros literários com os seguintes
objectivos:

Objectivo Geral

 Compreender a divisão tripartida dos géneros Literários

Objectivos Específicos

 Localizar no tempo a divisão tripartida dos géneros literários;


 Classificar os géneros literários quanto a forma e conteúdo;
 Caracterizar e dar exemplos de géneros literários

Metodologias

De acordo com Zanella (2013), metodologia é o estudo dos métodos e dos procedimentos de
uma determinada investigação. No entanto, a elaboração deste trabalho foi baseada de pesquisa
bibliográfica, esta que é feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas e
publicadas por meio de livros, artigos científicos, páginas de Websites. Portanto, fez-se leitura
e análise das obras os géneros Literários, destacado: Ourique; Guerizoli & Souza, 2012. De
referir que a organização deste trabalho foi baseada de Normas APAs 6ª Edição.

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1. Contextualização

Segundo Covane o conceito de literatura é polissémico por apesentar uma pluralidade de


conceitos. Contudo, importa referir que a literatura se lida com estudo de obras literárias tendo
em conta um determinado espaço de tempo e espaço.

Para este estudo, vamos compreender os géneros literários das diferentes obras literárias.

O conceito de género pode ter muitos significados de acordo com o contexto ou objecto de
estudo. Etimologicamente, a palavra género deriva do latim genus, generis que significa
nascimento, raça, ordem, espécie ou tipo. Em ciências biológicas, refere-se ao conjunto de seres
ou coisas com semelhanças entre si. Entretanto, na Literatura, género seria conjunto de textos
literários que apresentam semelhanças quanto a forma e conteúdo

Conforme (Segre,1989) citado em Oliveira, 2010), “a historia da palavra latina reproduz a do


grego genos, porem para generos literarios, em grego usa-se mais a palavra eidos, cujo
significado é o de aspecto e forma.” (p.38)

Importa salientar que a problemática de géneros Literários situa-se por volta de 350 anos a.C.
De acordo Guerizoli & Souza (2012) o filósofo grego Platão, no livro III de A República já
apresentava uma análise em torno de alternativas técnicas disponíveis para os escritores e,
consequentemente, acerca dos diferentes resultados formais da aplicação das diversas técnicas.
Destacam-se três grandes divisões dentro da poesia: a poesia mimética ou dramática, a poesia
não mimética ou lírica e a poesia mista ou épica.

Aristóteles, por sua vez considera dois modos fundamentais da mimese poética: um modo
narrativo e um modo dramático. No primeiro caso, o poeta narra em seu próprio nome ou narra
assumindo personalidades diversas; no segundo caso, os actores representam directamente a
acção. (Covane,)

Entrementes, a divisão tripartida de gêneros somente passa a ser considerada no


Renascimento, com base nos postulados horacianos, críticos renascentistas e clássicos
incluíram o lírico entre os gêneros, divisão que prevalece para grande parte dos teorizadores,
até nossos dias. (Ourique)

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2. A divisão tripartida dos géneros Literários

Os gêneros literários são um conjunto de obras que apresentam características semelhantes


tanto em termos de forma como conteúdo. Conforme o referido, a divisão tripartida de géneros
literários consiste na categorização dos géneros literários em três grupos: O género épico, o
Género lírico e o Género dramático.

Segundo, Covane, Platão apresenta as três divisões:

Assim, Platão lança os fundamentos de uma divisão tripartida dos géneros literários,
distinguindo e identificando:
(i) o género imitativo ou mimético, em que se incluem a tragédia e a comédia;
(ii) o género narrativo puro, representado pelo ditirambo, e
(iii) o género misto, no qual avulta a epopéia. Nesta tripartição, não é claro, nem a nível
conceptual nem a nível terminológico, o estatuto da poesia lírica. (Covane, p.37 )

Segundo Ourique, “a classificação de obras literárias de acordo com os gêneros remete à


República de Platão. Mas é a definição apresentada por Aristóteles no terceiro capítulo de A
arte poética que consagra os géneros épicos, lírico e dramático como base para se pensar a
produção literária”. ( p 38)

Em linhas gerais, no género épico o autor tem o objectivo de relatar um acontecimento


(narração). No género lírico, o objectivo é expressar sentimentos e no dramático, o propósito é
de encenar acções.
3. Caracterização dos géneros literários

Quanto a forma, os géneros literários podem ser escritos em prosa ou em versos. A prosa
apresenta-se por linhas textuais longas que ocupam toda página, como nos textos narrativos, ao
passo que os versos são linhas curtas, como nos poemas.

De referir que a caracterização de géneros literários consiste não só na categorização de


diferentes textos literários aos sus géneros, como também a da descrição dos elementos
notáveis como o tipo de linguagem, tipo de narrador, entre outros; começando de género Épico,
de seguida género Lírico, e finalmente o dramático.

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3.1. O Género Épico/ narrativo

Este género caracteriza-se por apresentar uma narração de factos, podendo serem reais ou
fictícias. A ficção ou estória distingue-se da história ou biografia, pois é produto duma
imaginação criativa. São características gerais deste género:

 Sequências ou factos interligados (relação de causa e efeito) em um determinado espaço


de tempo lugar.
 Os Fatos (história) são contados por um narrador, podendo este ser omnisciente
(narrador observador) ou narrador participante, participa da acção e relaciona-se com
outras personagens.
 Narração em 3ª pessoa, podendo ser narração de histórias de um povo, aventura,
guerras, viagens, gestos heróicos e um tom de exaltação e valorização dos heróis.

3.1.1. Elementos dos textos narrativos

Personagens- são seres imaginários de pessoas, animais ou objectos que protagonizam as


acções do enredo. São representações fictícias de acções de seres humanos e podem ser
descritas do ponto de vista físico e psicológico.

O Enredo- é a sucessão de fatos (aventuras - peripécias - conflitos) organizados de forma


coerente e lógica. Enredo pode ser o argumento, intriga ou trama). A partir do enredo podemos
chegar ao “tema” - motivo central do texto.

A Tensão Narrativa é o clímax da narração, o ponto máximo da tensão. No início da história a


tensão é baixa, e aumenta quando se configura o conflito, o que causa interesse sobre o final do
conflito intriga. E no final o desfecho, quem nem sempre aparece.

Tempo - Período que assinala o percurso cronológico que vai do início ao fim do enredo. O
tempo pode ser cronológico que é exterior, marcado pela passagem das horas, dos dias, e
psicológico que ocorre dentro das personagens (subjectivo/memória /reflexões)

Espaço -é o ambiente no qual os personagens se movimentam, pode ser apresentado de maneira


minuciosa (detalhes) ou apenas sugerido.

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3.1.2. Exemplos de géneros épicos

Pertencem a este género as seguintes modalidades: Épico/Epopeia; Fábula; Romance; Novela;


Conto; Crónica; Ensaio.

 Epopeia

A palavra Epopeia que deriva do grego “épos” que significa “versos.” Assim, o género épico é
a narrativa em versos de um facto maravilhoso e grandioso que interessa povo. Nota-se na
epopeia, figuras fantasiosas, linguagem objectiva e uso de 3ª pessoa. Usualmente são textos
longos envolvendo viagens, guerras, aventuras, gestos heróicos e há exaltação de heróis e seus
feitos. Temos como exemplo de epopeia a Ilíada e Odisseia de Homero na Grecia, Os Lusíadas
de Camões em Portugal, Eneida (Virgílio, Roma).

 Romance

O romance é uma história em prosa que representam a vida comum em um mundo


individualizado e particularizado. Por outras, pode apresentar uma linguagem subjectiva assim
como objectiva. Trata-se de uma narrativa longa, geralmente dividida em capítulos. Possui
personagens variadas em torno das quais acontece a história principal e também histórias
paralelas a essa. O Romance pode apresentar espaço e tempo variado, apoia-se mais no enredo
do que na beleza dos versos; há marcas temporais, cenários e personagens determinados com
precisão. Exemplos: Balada do amor ao vento, In Chiziane, 1990, Niketche, Chiziane.

 Novela

Parecido com o romance, mas com menor número de páginas. Neste estilo ocorre a valorização
de um evento em um corte limitado da vida, onde o tempo passa mais rápido e o narrador é o
mais importante;

Em comparação ao romance, a novela apresenta uma maior economia de recursos narrativos;


em comparação com o conto, um maior desenvolvimento de enredo e personagens. A novela é
caracterizada, em geral, por uma narrativa de extensão média na qual toda a acção acompanha a
trajectória de um único personagem (o romance, em geral, apresenta diversas tramas e linhas
narrativas). A novela é dividida em episódios que são contínuos e sem interrupções.

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 Conto

O conto é mais breve e simples narrativa com um episódio da vida. É baseado em um fato
imaginário e não há noção do tempo decorrido; Normalmente é criado a partir de eventos e
figuras imaginárias. Apresenta uma estrutura com apenas um clímax, enquanto no romance,
apresenta-se uma série de conflitos que cada conflito constituirá seu clímax. No conto, o
diálogo é de extrema importância para o enredamento; sem eles não há discórdia ou conflito,
fundamentais ao género. Exemplo, as Andorinhas de Paulina Chiziane

 Fábula

É uma narrativa com o objectivo de transmitir uma lição moral. Trabalha com animais e
quando são usados seres inanimados a fábula é chamada de Apólogo. São composições
literárias curtas, escritas em prosa ou versos em que os personagens são animais que
apresentam características antropomórficas, muito presente na literatura infantil.

Temos como exemplo muitas fábulas de literatura oral que os mais velhos contam aos mais
novos. Além disso, podemos notar fábulas nos Livros de Língua Portuguesa do Currículo de
Ensino (A ratinha Lili, A formiga Juju no Livro da 3ª classe, A zanga do Morcego no Livro da
5ª classe)

 Crônica

Narrativa curta que comenta com senso crítico uma situação do nosso quotidiano, por isso
apresenta-se de uma linguagem informal. Pode considerar que seja uma ligação entre a o
jornalismo e a literatura.

 Ensaio

É um texto literário breve, situado entre o poético e o didáctico, que expõe ideias, críticas e
reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É informal e defende um ponto de vista
pessoal e subjectivo sobre um tema sem que se paute em formalidades como documentos ou
provas empíricas ou dedutivas de carácter científico; há forte persuasão por parte do autor. O
Ensaio não tem normas rígidas ou fronteiras, assim é possível discorrer sobre qualquer temática
segundo o ângulo subjectivo de seu autor.

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3.2. O género Lírico

O nome Lírico provém de lira, instrumento musical que acompanhava os cantos dos gregos.
São textos de carácter emocional, centrados na subjectividade dos sentimentos da alma. Este
tipo de texto distingue-se dos demais textos por estar associados ao elemento musical o ritmo.
Conforme Guerizoli & Souza (2012):

O critério formal é, de fato, mais frequentemente empregado para distinguir a poesia da


prosa, tanto pelos leitores quanto pelos teóricos. Você deve se lembrar que já a primeira
apreciação visual da disposição do texto na página do livro e a discriminação da
presença ou ausência do ritmo nesta disposição determinam em grande medida nossas
expectativas de leitura. (Guerizoli & Souza, 2012, p. 70):

Portanto, são textos originariamente feitos em música, para acompanhar um evento, ou para o
príncipe cantar para sua princesa. São características gerais deste género:

 Presença do “eu-lírico”, a voz que fala no poema para exprimir suas emoções, ideias e
impressões.
 Manifestação duma individualidade, onde o emissor é personagem única desse tipo de
mensagem;
 Relação intuitiva e interiorizada do escritor com o mundo;
 A estrutura formal pode ser em poema (versos por cada linha que compõe o texto
poético formando estrofes e pode ser em poesia, um encantamento (a emoção) sobre as
coisas da vida.

Dentre várias poesias, destaca-se o soneto por não ter sofrido alterações de estrutura formal até
então. O soneto é uma composição poética de catorze versos, sendo dois tercetos e dois
quartetos. Vide Anexo 1, Soneto de Fidelidade in Camões.

 Exemplos de textos líricos

Pertencem ao género lírico, as seguintes tipologias textuais: a Ode e hino, a Elegia, Idílio e
Écloga, Epitélio e a Sátira.

Ode e Hino- as duas palavras são originariamente gregas, que significam cantam. São poesias
entusiásticas de exaltação. Por exaltação do trabalho docente, exaltação da pátria, etc.
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exemplos: Hino Nacional, Hino dos Professores, Hino da Organização da Mulher
Moçambicana, etc.

Elegia- poesia lírica com tom de tristeza, por tratar de acontecimentos de tristeza, morte de
alguém. Exemplo elegia cantado nos funerais.

Idílio e Écloga- são poesias pastoris, bucólicas.

Epitalâmio- poema de homenagem aos noivos no momento do casamento.

Sátira – poesia que ridiculariza os defeitos humanos ou determinadas situações

3.3. O Género dramático


A palavra drama significa acção em grego. Paralelamente, os textos dramáticos tem como o
propósito a encenação. São características de género:

 Encenação, diálogo e monólogo- representação dos conflitos humanos mediante


encenações feitas por atores que se valem de diálogos e monólogos.
 Integração de linguagem subjectiva e objectiva- dependendo do tipo de enredo, o
texto dramático pode apresentar uma mistura de exaltação do sujeito protagonista, assim
como a objectividade no caso de exaltação do colectivo protagonista.

Importa referir que o diálogo de textos dramáticos difere-se dos demais diálogos por apresentar
uma identificação clara dos participantes. Enquanto nos demais textos, o dialogo pode se
representado através de travessão como nos textos narrativos, no texto dramático o dialogo é
sempre representado por nomes dos participantes como forma de clarificar a encenação de cada
personagem.

 Exemplos de géneros dramáticos

Quanto à forma, os textos do género dramático podem ser apresentados em formato de poesia
ou prosa, desde que apresentem feitos por serem desenrolados. São exemplos de formas de
género dramático: a tragédia, a comédia, a tragicomédia, a farsa, o auto.

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Tragédia – a representação de um fato trágico que causa catarse a quem assiste, ou seja,
provoca alívio emocional da audiência. A tragédia desperta tragédia e piedade. Nota-se no
entanto, paixões e vícios humanos, conflito entre o carácter do herói e o seu destino.

Comédia: Trata-se da representação de textos humorísticos que procuram fazer a plateia rir.
Este tipo de textos envolve acções quotidianas do qual fazem parte personagens humanos
estereotipados; diferente da tragédia que geralmente conta histórias de heróis.

Uma das principais características da comédia é o engano. Frequentemente, o cómico está


baseado no fato de um ou mais personagens serem enganados ao longo de toda a peça. À
medida que o personagem vai sendo enganado e que o equívoco vai aumentando, o público vai
rindo cada vez mais.

Actualmente, a comédia feita de forma informal (sem obedecer padrões literários escritos) e é
exibida na media, através de vídeo shows, paródias e gravações de áudio, etc. temos como
exemplo: comédia de tio Yado, Edu Tallents (Moçambique), Travor Noan (Africa do Sul),
Jilmario Vemba (Angola).

Tragicomédia- a mistura da Tragédia com a Comédia. Caracteriza-se pela mistura de


personagens comuns como Deuses e heróis, ou na mistura de elementos humorísticos com
elementos trágicos. Não foi tão popular na Grécia antiga quanto a Tragédia ou a Comédia, mas
na época de Shakespeare foi muito aplaudida.

Farsa- caracteriza-se por seus personagens e situações caricatas. Distingue-se da comédia por
não preocupar-se com a verosimilhança nem pretender o questionamento de valores. Na farsa,
o assunto é introduzido rapidamente, evitando-se qualquer interrupção no fio da acção ou
análises psicológicas mais profundas. As personagens geralmente se comportam de maneira
extravagante.

Auto- Tem linguagem simples e extensão curta, normalmente só tem um ato. Os autos, em sua
maioria, têm elementos cómicos ou intenção moralizadora. Suas personagens simbolizam as
virtudes, os pecados, ou representam anjos, demónios e santos. Diferentemente da Farsa e da
Comédia, o Auto tem o cunho moralizador, ou seja o bem prevalece e o mal é punido.

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Conclusão

O presente trabalho visou compreender a divisão tripartida dos géneros literários. A divisão
tripartida ou agrupamento dos géneros literários foi estabelecida desde a antiguidade. Destaca-
se no entanto, o Aristóteles como um dos que apresentou uma classificação de obras literárias
que prevalece a actualidade. Os géneros líricos são divididos em género épico ou narrativo,
genro lírico e género dramático.

No primeiro género (narrativo), o propósito do autor é narrar um acontecimento, história, entre


outros factos que podem ser reais históricos ou fictícios. Temos como exemplo de textos
narrativos: a fábula, o romance, a novela, o conto, etc. No segundo género (lírico), o autor tem
propósito de expressar sentimentos do protagonista, este que sempre apresenta-se de eu-lírico.
Exemplos: sátira, écloga, hino e ode, etc. E no terceiro e último (dramático), o autor repleta
uma encenação. As personagens têm o papel de representar através de acções de acções o tema
repleto no texto dramático. Exemplos: Tragédia, comédia, tragicomédia, auto e farsa.

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Referências Bibliográficas

Aristóteles (1983) Poética: Ética a Nicômaco;. São Paulo: Abril Cultural

Covane, L. [sic].Introdução aos Estudos Literários. Beira:UCM

Guerizoli, O., & Souza, R. A. (2012). Teoria da Literatura (Vol. 2). Rio de Janeiro: Fundacao
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Oliveira, F. C. (2010). Ensino da Literatura na Prespectiva dos Generos Literários.


Universidade Federal da Paraíba.
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Ourique, J. L. (s.d.). Introducao Aos Estudos Literarios. Brasil: Universidade Federal Santa
Cantarina.
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Segre, C. (1989). Generos. In Enciclopedia Einaudi (Vol. 17). Torino, Casa e Moeda: Impressa
Nacional.

Zanella, Zanella, L. C. (2013). Metodologia de Pesquisa. Florianópolis: UFSC.

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Appendice

Soneto de Fidelidade
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento


E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure


Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama,

Eu possa me dizer do amor (que tive)


Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

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