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Quelimane,outubro, 2022
Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor
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Indice
1.Introdução .................................................................................................................. 5
1.1.Objectivos ............................................................................................................... 5
1.1.1.Objectivo geral: ..................................................................................................... 5
1.1.2 Objectivos específicos: ........................................................................................... 5
1.2. Metodologia ............................................................................................................ 6
2. ENSAIO LITERÁRIO ................................................................................................ 7
2.1. Sobre Semiose e semiótica........................................................................................ 7
2.1.1. Sobre sistema ....................................................................................................... 9
2.1.2. Sobre código ........................................................................................................ 9
2.1.3. Sistema semiótico literário ................................................................................... 11
2.2. Sistema modelizante primário do sistema modelizante secundário .............................. 11
2.2.1. Texto literário ..................................................................................................... 12
3. Conclusão................................................................................................................ 14
3.1. Referências bibliográficas....................................................................................... 15
1. Introdução
Neste presente trabalho de estudos literários pretende-se abordar de forma impressionista um
fenômeno onipresente no quotidiano, a simiose. Este que Peirce e Saussure se interessaram em
lingüística, a qual examina a estrutura e o processo da linguagem. Reconhecendo, entretanto,
que a linguagem é diferente ou mais abrangente que a fala, desenvolveram a ideia de semioses
para relacionar linguagem com outros sistemas de signos, sejam estes de natureza humana ou
não. cientificamente semiologia e o seu manifesto a simiotica.
Empiricamente Semiose é um termo da semiótica por este, utilizado para designar o processo
de significação, que consiste na produção de significados através de signos linguísticos, seus
respectivos objetos e interpretações. Já que estamos numa sociedade que estamos
constantemente sujeitos a receber enigmas que carecem de um tratamento interpretante como
signos, códigos interpretante.
Dentro do mesmo contexto, pretende-se incorporar assuntos relacionados a este ensaio literário,
como a simiotica literária, texto literário. Sendo conteúdos de extrema relevância concernente
ao contexto simiotico.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral:
● Elaborar um ensaio sobre Semiose Literária: Sistema, Código e Texto Literário.
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1.2. Metodologia
Para Gil (1999), o método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos
utilizados para atingir o conhecimento. Para que seja considerado conhecimento científico, é
necessário a identificação dos passos para a sua verificação, ou seja, determinar o método que
possibilitou chegar ao conhecimento. Sustenta Santos (2015), que método científico
“corresponde ao estudo sistemático dos métodos, concretizados em diferentes técnicas válidas
e validadas permanentemente, que devem ser planeados e apropriados aos objetos de cada
disciplina, em ordem à revisão permanente e crítica do conhecimento científico"(p.13).
Entretanto, pra no presente trabalho foram usados: livros, lInks, artigos cientificos e
dissertações que relatam o tema, como forma de garantir o fundamento teórico e empirico do
trabalho.
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2. ENSAIO LITERARIO
A Semiótica, a mais jovem ciência a despontar no horizonte das chamadas ciências humanas,
teve um peculiar nascimento, assim como apresenta, na atual fase do seu desenvolvimento
histórico, uma aparência não menos singular. A primeira peculiaridade reside no fato de ter
tido, na realidade, três origens ou sementes lançadas quase simultaneamente no tempo, mas
distintas no espaço e na paternidade: EUA, na União Soviética e a terceira na Europa Ocidental.
Fenômeno este que teve como principais percussionistas, o Indispensável linguista Ferdinand
Saussure, e o versátil cientista Charles Peirce. Este Charles, cientista, matemático,historiador,
filósofo e lógico norte-americano, é considerado ofundador da moderna Semiótica.
Como diz (M. Barbieri, 2008, dezembro) no seu artigo decreve semiose geralmente descrita
como a produção de signos, mas essa definição é muito restritiva porque os signos estão sempre
associados a outras entidades. No entanto um signo, para começar, está sempre ligado a um
significado , porque é somente quando damos um significado a algo que esse algo se torna um
signo para nós. Signo e significado, em outras palavras, não podem ser separados porque são
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os dois lados da mesma moeda. A ligação entre signo e significado, por sua vez, chama a
atenção para uma terceira entidade, ou seja, para sua relação . Um signo é um signo apenas
quando representa algo que é diferente de si mesmo, e essa alteridade implica pelo menos algum
grau de independência. Isso significa que não há relação determinística entre signo e
significado.
Um exemplo claro são as logomarcas das empresas normalmente são símbolos que apresentam
características de ícones. Isso é feito para que a compreensão da mensagem seja mais rápida e
funciona tão bem que até mesmo crianças que ainda não foram alfabetizadas conseguem ler
logomarcas, e elas lêem visualmente.
Na sociedade em que vivemos estamos sujeitos a receber linguagens que não ajudamos a
produzir, que somos inundados por mensagens que servem à inculcação de valores que se
prestam ao jogo de interesses dos proprietários dos meios de produção de linguagem e não aos
usuários. . Considerando-se que todo fenômeno de cultura só funciona culturalmente porque é
também um fenômeno de comunicação, e considerando-se que esses fenômenos só comunicam
porque se estruturam como linguagem, pode-se concluir que todo e qualquer fato cultural, toda
e qualquer atividade ou prática social constituem-se como práticas sígnificantes, isto é, práticas
de produção de linguagem e de sentido. Iremos, contudo, mais além; de todas as aparências
sensíveis, o homem na sua inquieta indagação para a compreensão dos fenômenos — desvela
significações. E no homem e pelo homem que se opera o processo de alteração dos sinais
(qualquer estímulo emitido pelos objetos do mundo) em signos ou linguagens {produtos da
consciência). Nessa medida, o termo linguagem se estende aos sistemas aparentemente mais
inumanos como as linguagens binárias de que as máquinas se utilizam para se comunicar entre
si e com o homem (a linguagem do computador, por exemplo}, até tudo aquilo que, na natureza,
fala ao homem e é sentido como linguagem. Haverá, assim, a linguagem das flores, dos ventos,
dos ruídos, dos sinais de energia vital emitidos pelo corpo e, até mesmo, a linguagem do
silêncio. Isso tudo, sem falar do sonho que, desde Freud, já sabemos que também se estrutura
como linguagem.
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Como sustenta Santaela (1983):
Em todos os tempos, grupos humanos constituídos sempre recorreram a modos de
expressão, de manifestação de sentido e de comunicação sociais outros e diversos da
linguagem verbal, desde os desenhos nas grutas de Lascaux, os rituais de tribos
"primitivas", danças, músicas, cerimoniais e jogos, até as produções de arquitetura e de
objetos, além das formas de criação de linguagem que viemos a chamar de arte:
desenhos, pinturas, esculturas, poética, cenografia diversos (p.7).
Interpretação esta de significados segundo Peirce (1975, cit. Valente 1999), " são três elementos
que permitem a decifração de fenômenos: primeiridade, Secundidade, Terceiridade" (p.3).
Primeiridade, fenômeno relacionado as sensações, fenômenos singulares idiossincraticos,
sentimentos por exemplo orgasmo, formigueiro, coisas do gênero.
Secundidade relacionado a reação resposta, existindo um duplo termo, nas quais uma coisa
acontece a outra.
Terceiridade, é a representação. A ideia que se faz de um terceiro, diante de um segundo e um
primeiro.
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corresponde ao “sistema de relações estruturadas entre signos ou conjunto de signos que
possibilitam a codificação e descodificação de mensagens.”
Introduzido por Saussure como sinónimo de língua, o termo “código” ganhou um sentido mais
lato como por um lado, constitui um repertório e possibilita uma enumeração de um conjunto
de signos, associados por um atributo comum. Saussure empregou o termo código para designar
o sistema da língua é porque nesta existem os planos dos significantes e dos significados numa
correspondência de um a um, em que a cada significante corresponde um significado.
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2.1.3. Sistema semiótico literário
Nós desviando que um sistema é à combinação de partes coordenadas entre si, para o mesmo
propósito, assume-se que no fazer e no produzir uma obra literária como um processo de
significação e de comunicação e que resulta num texto e permite a sua funcionalidade como
mensagem, estará subjacente um determinado sistema, o qual será conhecido como sistema
semiótico literário.
Neste espaço, compreender-se que sistema semiótico, segundo Aguiar e Silva (2004), é “uma
série finita de signos interdependentes entre os quais, através de regras, se pode estabelecer
relações e operações combinatórias, de modo a produzir-se semiose” (p.57).
Assim, um texto, definido de acordo com Aguiar e Silva (1988) é uma “sequência de elementos
palpáveis e discretos, seleccionados dentre as possibilidades oferecidas por um determinado
sistema semiótico e ordenados em função de um determinado código ”(p.75). Só será funcional
se a sua produção se fundamentar em determinado sistema, portanto, o sistema semiótico
literário.
Decorrente disto, o sistema semiótico literário afigura-se como um sistema ligado ao texto,
surge como elemento que permite a transmissão de comunicações peculiares, não transmissíveis
com outros meios.
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desenvolve-se em classes especificas de textos: gêneros literários na categoria lírica dramática,
narrativa.
Essa codificação plural feia na língua natural támbem é feita com normas que regulam esse
sistema simiotico, dentro desta conformidade. E quanto mais difícil for a estruturação de um
texto, em função do código que se empenham, combinam, interfluenciam na sua organização,
tanto será a predizibilidade da sua informação como consequência mais rica está se mostrará.
Por isso que o sistema modelizante secundário tem como base os seguintes sistemas culturais
arte, religião, mito, folclore.
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Além da ficção / ficcionalidade, apesar desta não caracterizar de modo suficiente o texto
literário, há ficção literário desdos não literário: lendas, mitos. Mas constitue uma propriedade
necessária pra sua existência.
“Ao contrário de tais ficções não literárias, o texto literário revela sua própria
ficcionalidade. Por isso, sua função deve ser radicalmente diferente daquela de
atividades correlatas que mascaram sua natureza ficcional. O mascaramento, é claro,
não precisa necessariamente ocorrer com a intenção de enganar; ocorre porque a ficção
pretende fornecer uma explicação, ou mesmo um fundamento, e não o faria se sua
natureza fictícia fosse exposta. A ocultação da ficcionalidade confere à explicação uma
aparência de realidade, o que é vital, porque a ficção – como explicação – funciona
como a base constitutiva dessa realidade.” (Iser, 1983, p.438)
A capacidade de criar mundo imaginários, para além da realidade objectiva,, para fazer valer a
etimologia do conceito, é tão indefinível como o próprio limite da genialidade artística (Ceia
2009).
O texto literário como um mecanismo semiótico que em virtude das características da sua
forma de expressão, da sua forma de conteúdo e do seu estatuto comunicacional, apresenta
estruturas semânticas peculiares e tem capacidade de produzir no processo de leitura, tanto
sincrónica como diacronicamente, novos significados.
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3. Conclusão
Neste presente trabalho de estudos literários, de tema ensaio a "semiose" concluiu-se que
simiose é um termo introduzido no contexto da semiologia e da semiótica por Charles Sanders
Peirce, utilizado para designar o processo de significação, que consiste na produção de
significados através de signos linguísticos, seus respectivos objetos e interpretações
Que os pontos propostos para a abordagem neste trabalho, relatou-se que toda a actividade
artística, particularmente a literária, é levada a cabo tendo em conta um determinado conjunto
de princípios que a regulam.
Em segundo lugar, concluiu-se que a actividade literária tem como suporte uma rede de opções
que guia a sua produção e consumo, isto é, os signos seleccionados e combinados numa obra
literária são codificados e descodificados de acordo com um determinado instrumento operativo
– o código literário.
O sistema modelizante secundário, a literatura é codificada pluralmente, codifica-se numa
determinada língua natural, através de textos concretos e específicos. O sistema modelizante
primário sobre a qual o sistema literário se fundamenta é respresentado por uma determinada
língua história. Língua esta que constitue um sistema linguístico que pelas razões de ordem
geral expostas não é semioticamente homogêneo
Portanto, depreende-se que, ao falar de obra literária há que se ter em consideração dois
conceitos indissolúveis e, obviamente, interdependentes entre si, nomeadamente, o sistema
semiótico literário e o código literário. Existe uma relação interdependente, texto literário e a
simiotico e mais elementos da espécie sem esquecer do signo interpretante.
Sendo um vasto trabalho o texto literário se destingue do não literário pelo seu modo artístico,
canotativo e plurissignificativo. Textos estes representados por grandes literátos como
Dostoiévski, Tolstoi, Craveirinha, Couto… infindáveis nomes.
Contudo, estamos num mundo codificado, e cabe a nós seres viventes a interpretação.
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3.1. Referências bibliográficas
Diana, D. (2022). Denotação e conotação. Recuperado em
http:www.todamateria.com.br
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