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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Simiose literaria: sistema, codigo e texto literário

Nome do Estudante: Lúcio Inverno Eugénio Código: 708221916

Curso: Licenciatura em Ensino de português


Disciplina: I.E.L
Ano: 1°.

Quelimane, outubro, 2022


Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância

Simiose literaria: sistema, codigo e texto literario

Nome do Estudante: Lúcio Inverno Eugénio Código: 708221916

Primeiro trabalho de estudos literarios,


segundo semestre, apresentado na
universidade católica de Moçambique, como
requisito pra obtençao do grau de
lincenciatura

Docente: Aquino Charles

Quelimane,outubro, 2022
Folha para recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor

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Indice
1.Introdução .................................................................................................................. 5
1.1.Objectivos ............................................................................................................... 5
1.1.1.Objectivo geral: ..................................................................................................... 5
1.1.2 Objectivos específicos: ........................................................................................... 5
1.2. Metodologia ............................................................................................................ 6
2. ENSAIO LITERÁRIO ................................................................................................ 7
2.1. Sobre Semiose e semiótica........................................................................................ 7
2.1.1. Sobre sistema ....................................................................................................... 9
2.1.2. Sobre código ........................................................................................................ 9
2.1.3. Sistema semiótico literário ................................................................................... 11
2.2. Sistema modelizante primário do sistema modelizante secundário .............................. 11
2.2.1. Texto literário ..................................................................................................... 12
3. Conclusão................................................................................................................ 14
3.1. Referências bibliográficas....................................................................................... 15
1. Introdução
Neste presente trabalho de estudos literários pretende-se abordar de forma impressionista um
fenômeno onipresente no quotidiano, a simiose. Este que Peirce e Saussure se interessaram em
lingüística, a qual examina a estrutura e o processo da linguagem. Reconhecendo, entretanto,
que a linguagem é diferente ou mais abrangente que a fala, desenvolveram a ideia de semioses
para relacionar linguagem com outros sistemas de signos, sejam estes de natureza humana ou
não. cientificamente semiologia e o seu manifesto a simiotica.
Empiricamente Semiose é um termo da semiótica por este, utilizado para designar o processo
de significação, que consiste na produção de significados através de signos linguísticos, seus
respectivos objetos e interpretações. Já que estamos numa sociedade que estamos
constantemente sujeitos a receber enigmas que carecem de um tratamento interpretante como
signos, códigos interpretante.
Dentro do mesmo contexto, pretende-se incorporar assuntos relacionados a este ensaio literário,
como a simiotica literária, texto literário. Sendo conteúdos de extrema relevância concernente
ao contexto simiotico.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral:
● Elaborar um ensaio sobre Semiose Literária: Sistema, Código e Texto Literário.

1.1.2 Objectivos específicos:


● Conceituar semiótica;
● Caracterizar o sitema semiótico literário;
● Diferenciar o sistema modelizante primário do secundário;
● Caracterizar texto literário.
.

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1.2. Metodologia
Para Gil (1999), o método científico é um conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos
utilizados para atingir o conhecimento. Para que seja considerado conhecimento científico, é
necessário a identificação dos passos para a sua verificação, ou seja, determinar o método que
possibilitou chegar ao conhecimento. Sustenta Santos (2015), que método científico
“corresponde ao estudo sistemático dos métodos, concretizados em diferentes técnicas válidas
e validadas permanentemente, que devem ser planeados e apropriados aos objetos de cada
disciplina, em ordem à revisão permanente e crítica do conhecimento científico"(p.13).

A pesquisa bibliográfica, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema


estudado, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias,
teses, e outros materiais, sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo com tudo o
que foi escrito, dito ou filmado sobre determin ado assunto (Lakatos & Marconi 2001 p. 183).

Entretanto, pra no presente trabalho foram usados: livros, lInks, artigos cientificos e
dissertações que relatam o tema, como forma de garantir o fundamento teórico e empirico do
trabalho.

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2. ENSAIO LITERARIO

2.1. Sobre Semiose e semiótica


A natureza é repleta de significações e o homem, por sua vez, se constitui por meio do
significado (Peirce, 1995). Significado este que lhe serve como prática de reconhecimento e
interação com a realidade. "Textos, filmes, músicas, poemas falados, escritos ou cantados,
estátuas, uma nuvem, um grito, todas essas linguagens são portadoras de significado"
(Santaella, 2009, p.8). sendo que esse significado não é inato nas linguagens, mas parte de um
processo que envolve a interpretação.
O século XX testemunhou o crescimento de duas ciências da linguagem. A Lingüística, ciência
da linguagem verbal. A outra é a Semiótica, ciência de toda e qualquer linguagem. Há relações
fundamentais de semelhança e oposição entre as duas figuras mas neste caso focalizaremos a
semiótica. Entretanto

A Semiótica, a mais jovem ciência a despontar no horizonte das chamadas ciências humanas,
teve um peculiar nascimento, assim como apresenta, na atual fase do seu desenvolvimento
histórico, uma aparência não menos singular. A primeira peculiaridade reside no fato de ter
tido, na realidade, três origens ou sementes lançadas quase simultaneamente no tempo, mas
distintas no espaço e na paternidade: EUA, na União Soviética e a terceira na Europa Ocidental.
Fenômeno este que teve como principais percussionistas, o Indispensável linguista Ferdinand
Saussure, e o versátil cientista Charles Peirce. Este Charles, cientista, matemático,historiador,
filósofo e lógico norte-americano, é considerado ofundador da moderna Semiótica.

Semiose é um termo introduzido no contexto da semiologia e da semiótica por este, utilizado


para designar o processo de significação, que consiste na produção de significados através de
signos linguísticos, seus respectivos objetos e interpretações.

Como diz (M. Barbieri, 2008, dezembro) no seu artigo decreve semiose geralmente descrita
como a produção de signos, mas essa definição é muito restritiva porque os signos estão sempre
associados a outras entidades. No entanto um signo, para começar, está sempre ligado a um
significado , porque é somente quando damos um significado a algo que esse algo se torna um
signo para nós. Signo e significado, em outras palavras, não podem ser separados porque são

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os dois lados da mesma moeda. A ligação entre signo e significado, por sua vez, chama a
atenção para uma terceira entidade, ou seja, para sua relação . Um signo é um signo apenas
quando representa algo que é diferente de si mesmo, e essa alteridade implica pelo menos algum
grau de independência. Isso significa que não há relação determinística entre signo e
significado.
Um exemplo claro são as logomarcas das empresas normalmente são símbolos que apresentam
características de ícones. Isso é feito para que a compreensão da mensagem seja mais rápida e
funciona tão bem que até mesmo crianças que ainda não foram alfabetizadas conseguem ler
logomarcas, e elas lêem visualmente.

Na sociedade em que vivemos estamos sujeitos a receber linguagens que não ajudamos a
produzir, que somos inundados por mensagens que servem à inculcação de valores que se
prestam ao jogo de interesses dos proprietários dos meios de produção de linguagem e não aos
usuários. . Considerando-se que todo fenômeno de cultura só funciona culturalmente porque é
também um fenômeno de comunicação, e considerando-se que esses fenômenos só comunicam
porque se estruturam como linguagem, pode-se concluir que todo e qualquer fato cultural, toda
e qualquer atividade ou prática social constituem-se como práticas sígnificantes, isto é, práticas
de produção de linguagem e de sentido. Iremos, contudo, mais além; de todas as aparências
sensíveis, o homem na sua inquieta indagação para a compreensão dos fenômenos — desvela
significações. E no homem e pelo homem que se opera o processo de alteração dos sinais
(qualquer estímulo emitido pelos objetos do mundo) em signos ou linguagens {produtos da
consciência). Nessa medida, o termo linguagem se estende aos sistemas aparentemente mais
inumanos como as linguagens binárias de que as máquinas se utilizam para se comunicar entre
si e com o homem (a linguagem do computador, por exemplo}, até tudo aquilo que, na natureza,
fala ao homem e é sentido como linguagem. Haverá, assim, a linguagem das flores, dos ventos,
dos ruídos, dos sinais de energia vital emitidos pelo corpo e, até mesmo, a linguagem do
silêncio. Isso tudo, sem falar do sonho que, desde Freud, já sabemos que também se estrutura
como linguagem.

Semiótica é o estudo do uso da comunicação simbólica. A semiótica pode incluir signos,


logotipos, gestos e outros métodos de comunicação linguística e não linguística. Como palavra,
semiótica deriva do grego sēmeiōtikós , que descreve a ação de interpretar os signos.

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Como sustenta Santaela (1983):
Em todos os tempos, grupos humanos constituídos sempre recorreram a modos de
expressão, de manifestação de sentido e de comunicação sociais outros e diversos da
linguagem verbal, desde os desenhos nas grutas de Lascaux, os rituais de tribos
"primitivas", danças, músicas, cerimoniais e jogos, até as produções de arquitetura e de
objetos, além das formas de criação de linguagem que viemos a chamar de arte:
desenhos, pinturas, esculturas, poética, cenografia diversos (p.7).

Sendo assim o campo da semiótica se concentra em entender como as pessoas criam e


interpretam o significado de signos e símbolos, incluindo como as pessoas se comunicam
visualmente por meio de metáfora, analogia, alegoria, metonímia, simbolismo e outros meios
de expressão.

Interpretação esta de significados segundo Peirce (1975, cit. Valente 1999), " são três elementos
que permitem a decifração de fenômenos: primeiridade, Secundidade, Terceiridade" (p.3).
Primeiridade, fenômeno relacionado as sensações, fenômenos singulares idiossincraticos,
sentimentos por exemplo orgasmo, formigueiro, coisas do gênero.
Secundidade relacionado a reação resposta, existindo um duplo termo, nas quais uma coisa
acontece a outra.
Terceiridade, é a representação. A ideia que se faz de um terceiro, diante de um segundo e um
primeiro.

2.1.1. Sobre sistema


No quesito ao sistema semiótico afigura-se como necessário que, primeiro, se idealize sistema.
Neste contexto, de acordo com o Elias (2011) previlegia que sistema deriva, tanto do latim
quanto do grego, systema, sendo, dentre vários significados, “conjunto de princípios ou ideias
solidamente relacionadas entre si, que constituem uma teoria ou conjunto de partes dependentes
umas das outras.”

2.1.2. Sobre código


O termo código de acordo com Elias (2011) previlegia que deriva do latim codice e, de entre
várias interpretações, é sinónimo de “norma, colecção de preceitos e regras que permite a
combinação e interpretação de sinais.” sendo assim, sob ponto de vista linguístico, código

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corresponde ao “sistema de relações estruturadas entre signos ou conjunto de signos que
possibilitam a codificação e descodificação de mensagens.”
Introduzido por Saussure como sinónimo de língua, o termo “código” ganhou um sentido mais
lato como por um lado, constitui um repertório e possibilita uma enumeração de um conjunto
de signos, associados por um atributo comum. Saussure empregou o termo código para designar
o sistema da língua é porque nesta existem os planos dos significantes e dos significados numa
correspondência de um a um, em que a cada significante corresponde um significado.

Se uma determinada mensagem é codificada e descodificada através de um código, é sensato


que se afirme que um texto literário também será estruturado por meio da operação de
determinadas, decorrendo disto o nascimento do código literário.

O código literário pode identificar-se na singularidade dos géneros e sub-géneros literários.


Assim, diremos que existe um código do teatro do absurdo, um código da poesia bucólica, um
código da poesia épica, um código do romance neo-realista, um código do romance policial,
etc. Nesta perspectiva, todos os géneros literários podem ser vistos como códigos literários
particulares, pois pressupõem um conjunto de signos capazes de fazer a identificação estilística
dos géneros.
O código literário, é definido como “conjunto finito de regras e convenções que permitem
ordenar e combinar unidades discretas, no quadro de um determinado sistema semiótico, a fim
de gerar processos de significação e de comunicação que se consubstanciam em textos.”
Portanto, na linha dos mesmo autor, código irá representar “o instrumento operativo que
possibilita o funcionamento do sistema, que fundamenta e regula a produção de textos e que,
por si mesmo, assume uma relevância nuclear nos processos semióticos”(Aguiar & Silva, 2004,
p.57).
Da definição anteriormente feita, na esteira de Aguiar e Silva (1988), depreende-se que o código
literário se configura como “uma rede de opções, de alternativas, de possibilidades, na qual as
permissões, as injunções e a eventualidade de práticas transgressivas se co-articulam de modo
vário e em função de múltiplos factores endógenos e exógenos ao sistema” (p.78). Portanto,
será com base no código literário que, retomando a definição de código na esteira de outras
fontes de informação se codificará ou descodificará um texto literário, ou melhor, o texto
literário só será como tal se se tiver em conta um determinado conjunto de opções combinatórias
para o efeito.

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2.1.3. Sistema semiótico literário
Nós desviando que um sistema é à combinação de partes coordenadas entre si, para o mesmo
propósito, assume-se que no fazer e no produzir uma obra literária como um processo de
significação e de comunicação e que resulta num texto e permite a sua funcionalidade como
mensagem, estará subjacente um determinado sistema, o qual será conhecido como sistema
semiótico literário.
Neste espaço, compreender-se que sistema semiótico, segundo Aguiar e Silva (2004), é “uma
série finita de signos interdependentes entre os quais, através de regras, se pode estabelecer
relações e operações combinatórias, de modo a produzir-se semiose” (p.57).
Assim, um texto, definido de acordo com Aguiar e Silva (1988) é uma “sequência de elementos
palpáveis e discretos, seleccionados dentre as possibilidades oferecidas por um determinado
sistema semiótico e ordenados em função de um determinado código ”(p.75). Só será funcional
se a sua produção se fundamentar em determinado sistema, portanto, o sistema semiótico
literário.
Decorrente disto, o sistema semiótico literário afigura-se como um sistema ligado ao texto,
surge como elemento que permite a transmissão de comunicações peculiares, não transmissíveis
com outros meios.

2.2. Sistema modelizante primário do sistema modelizante secundário


O sistema modelizante primário sobre a qual o sistema literário se fundamenta é respresentado
por uma determinada língua história. Língua esta que constitue um sistema linguístico que pelas
razões de ordem geral expostas não é semioticamente homogêneo. Por isso, particularmente a
tempos a referida heterogeneidade semiótica, alguns pensadores idealizam como um sistema de
sistemas ou mesmo diacossistema, em que se notabilizam três estratos: a) sistema semântico;
b) sistema lexico-gramatical; c) sistema fonético. Esses três códigos diferentes, apresentam
solidariedade entre si no ponto de vista funcional. Contudo o sistema modelizante primário, é
um sistema fundamental, porque só as línguas naturais podem tornar-se metalinguagens.

No caso do sistema modelizante secundário, a literatura é codificada pluralmente, codifica-se


numa determinada língua natural, através de textos concretos e específicos. Códigos estes:
fonico-ritmicos, metricos, estilisticos retóricos, técnicos-compositivos, axioloficos, semânticos
pragmáticos. A sua importância pela existência de um corpus literário histórico orgniza-se e

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desenvolve-se em classes especificas de textos: gêneros literários na categoria lírica dramática,
narrativa.
Essa codificação plural feia na língua natural támbem é feita com normas que regulam esse
sistema simiotico, dentro desta conformidade. E quanto mais difícil for a estruturação de um
texto, em função do código que se empenham, combinam, interfluenciam na sua organização,
tanto será a predizibilidade da sua informação como consequência mais rica está se mostrará.
Por isso que o sistema modelizante secundário tem como base os seguintes sistemas culturais
arte, religião, mito, folclore.

2.2.1. Texto literário


Texto literário é uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos
e características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor.
Segundo a classificação de textos, existe a divisão entre duas categorias: textos literários e
textos não literários.
Alguns exemplos de textos literários são: peças teatrais, romances, crônicas, contos fábulas,
poemas, etc. Uma das características distintivas dos textos literário é a sua função poética, onde
é possível constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um elevado
nível de criatividade.
Alguns autores como Silva e Aguiar, (1997)" o texto literário é caracterizado por uma
linguagem de canotação"(p.227). Conotativo é o sentido que damos a uma palavra em função
de seu contexto, que não corresponde ao seu significado literal". Quando, por exemplo, diz-se
de alguém que está "morto de cansaço" sabemos que a pessoa não faleceu efetivamente. Sendo
de sentido figurado, metafórico ou subjetivo da linguagem em uma declaração.
Outro componente caracterizante do texto literário é a plurissignificação, ou pluri-isotopico,
nele o signo linguístico, os enunciados, as estruturas são portadores de múltiplas dimensões
semânticas.
Exemplo claro quando um poeta se refere da mãe nestes versos:

Mas tu, ó rosa fria


ó odre das vinhas antigas e limpas

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Além da ficção / ficcionalidade, apesar desta não caracterizar de modo suficiente o texto
literário, há ficção literário desdos não literário: lendas, mitos. Mas constitue uma propriedade
necessária pra sua existência.

“Ao contrário de tais ficções não literárias, o texto literário revela sua própria
ficcionalidade. Por isso, sua função deve ser radicalmente diferente daquela de
atividades correlatas que mascaram sua natureza ficcional. O mascaramento, é claro,
não precisa necessariamente ocorrer com a intenção de enganar; ocorre porque a ficção
pretende fornecer uma explicação, ou mesmo um fundamento, e não o faria se sua
natureza fictícia fosse exposta. A ocultação da ficcionalidade confere à explicação uma
aparência de realidade, o que é vital, porque a ficção – como explicação – funciona
como a base constitutiva dessa realidade.” (Iser, 1983, p.438)

A capacidade de criar mundo imaginários, para além da realidade objectiva,, para fazer valer a
etimologia do conceito, é tão indefinível como o próprio limite da genialidade artística (Ceia
2009).
O texto literário como um mecanismo semiótico que em virtude das características da sua
forma de expressão, da sua forma de conteúdo e do seu estatuto comunicacional, apresenta
estruturas semânticas peculiares e tem capacidade de produzir no processo de leitura, tanto
sincrónica como diacronicamente, novos significados.

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3. Conclusão
Neste presente trabalho de estudos literários, de tema ensaio a "semiose" concluiu-se que
simiose é um termo introduzido no contexto da semiologia e da semiótica por Charles Sanders
Peirce, utilizado para designar o processo de significação, que consiste na produção de
significados através de signos linguísticos, seus respectivos objetos e interpretações
Que os pontos propostos para a abordagem neste trabalho, relatou-se que toda a actividade
artística, particularmente a literária, é levada a cabo tendo em conta um determinado conjunto
de princípios que a regulam.
Em segundo lugar, concluiu-se que a actividade literária tem como suporte uma rede de opções
que guia a sua produção e consumo, isto é, os signos seleccionados e combinados numa obra
literária são codificados e descodificados de acordo com um determinado instrumento operativo
– o código literário.
O sistema modelizante secundário, a literatura é codificada pluralmente, codifica-se numa
determinada língua natural, através de textos concretos e específicos. O sistema modelizante
primário sobre a qual o sistema literário se fundamenta é respresentado por uma determinada
língua história. Língua esta que constitue um sistema linguístico que pelas razões de ordem
geral expostas não é semioticamente homogêneo
Portanto, depreende-se que, ao falar de obra literária há que se ter em consideração dois
conceitos indissolúveis e, obviamente, interdependentes entre si, nomeadamente, o sistema
semiótico literário e o código literário. Existe uma relação interdependente, texto literário e a
simiotico e mais elementos da espécie sem esquecer do signo interpretante.
Sendo um vasto trabalho o texto literário se destingue do não literário pelo seu modo artístico,
canotativo e plurissignificativo. Textos estes representados por grandes literátos como
Dostoiévski, Tolstoi, Craveirinha, Couto… infindáveis nomes.
Contudo, estamos num mundo codificado, e cabe a nós seres viventes a interpretação.

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3.1. Referências bibliográficas
Diana, D. (2022). Denotação e conotação. Recuperado em
http:www.todamateria.com.br

Elias, N. F. (2011). Teoria da literatura. Recuperado em


http://www.nelisfelis.blogspot.com

Iser, W. (1997) O significado de ficcionalizar. Recuperado em


http://www.AntropoéticaIII.com.br

Santaela, L. (1983). Oque é semiotica?. São Paulo: Brasiliense

Silva, V. Manuel. A. (1988). Teoria da Literatura, ﴾8ª ed﴿. Coimbra:


almedina.

Silva, V. Manuel, A. (1997). Teoria e metodologia literária. ﴾4ª ed﴿. Coimbra:


universidade aberta.

Silva, V. Manuel A. (2004). Teoria e Metodologia Literárias. Lisboa:


Universidade Aberta

Valente, N. (1999). Elementos da semiótica, comunicação verbal e


alfabeto visual. São paulo: panorama

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