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WAGNER, Pamela Jaciene Motta
Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva – FAIT
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SOUZA, Maria de Fátima Proença de
Faculdade de Ciências Sociais e Agrárias de Itapeva – FAIT
RESUMO
Este artigo foi construído a partir da problemática levantada a respeito da importância da Arte como
forma de linguagem na educação infantil. O objetivo aqui é analisar a Arte e a Linguagem como
recurso didático em sala de aula buscando compreender sua utilização no aprimoramento das
experiências e vivências dos alunos da Educação Infantil. Foi utilizada pesquisa de fontes
secundárias e pesquisa bibliográfica. Tais fontes, conforme indica Andrade (2010) são as obras
publicadas a respeito de determinado tema e assunto, com discussões prévias a respeito das
mesmas. O aporte metodológico se inicia com as definições de Linguagem como um produto criador
de significados e símbolos, podendo expressar-se de várias formas diferentes, com autores como
Sousseare (2008), Condé (1998) e comentadores como Fillooux (2010) e Zilles (2005)
ABSTRACT
This article was built from the issue raised about the importance of Art as a form of language in early
childhood education, however there are several processes for such methodologies to be built, our
objective here is to analyze Art and Language as a didactic resource in the classroom. class seeking
to understand its use in the improvement of teaching-learning of students in Early Childhood
Education. We use to prove our initial hypothesis and also aiming to achieve the objectives of our
research secondary sources of bibliographic research, such sources as Andrade (2010) indicates to
us are the works published on a certain theme and subject, already with previous discussions about
the same. Our methodological contribution begins with the definitions of Language as a product that
creates meanings and symbols, which can be expressed in many different ways, with authors such as
Sousseare (2008), Condé (1998) and commentators such as Fillooux (2010) and Zilles ( 2005)
1 – INTRODUÇÃO
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Acadêmica do Curso de Pedagogia do 4º ano – FAIT.
2 Docente na faculdade FAIT. E-mail: profatimafait@gmail.com
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analisar a Arte e a Linguagem como recurso didático em sala de aula buscando
compreender sua utilização no aprimoramento do ensino-aprendizagem , bem como
em sua experiências e vivências dos alunos da Educação Infantil.
Para a realização deste artigo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica
partindo do pensamento de Gil (apud ANDRADE, 2000, p. 109) que identifica a
pesquisa como sendo um “procedimento racional e sistemático que tem como
objetivo proporcionar respostas aos problemas que são postos”. A partir disso, foram
levantados materiais como artigos, e obras literárias que versam a respeito de nosso
problema em questão, a Arte sendo trabalhada como forma de linguagem na
Educação Infantil.
O aporte metodológico se inicia com as definições de Linguagem como um
produto criador de significados e símbolos, podendo expressar-se de várias formas
diferentes, com autores como Sousseare (2008) e Condé (1998)
Em um segundo momento optou-se por trabalhar com Zilles (2005) que
comenta a respeito da Teoria do Conhecimento, com esse suporte filosófico para
explorar o meio pelo qual o ensino da Arte se insere como atividade prática dentro
de sala de aula.
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Na Filosofia antiga, Reale (2007) afirma ser um momento onde as questões
humanas formavam o eixo central das especulações filosóficas, uma vez sendo esta
responsável por investigar a humanidade na condição de ser criativo e falante.
Com o advento da Filosofia moderna, Descartes (2011) afirma que a
linguagem evidencia a especificidade da natureza dos seres humanos, uma vez que
os animais apenas emitem sons, os seres humanos articulam palavras e constroem
discursos aos quais relevam a humanidade a sua condição de seres pensantes e/ou
racionais.
No século XX, aprofundaram-se os estudos sobre a linguagem. A filosofia da
linguagem define-se como campo privilegiado de reflexões, fato notável nos escritos
do austríaco Ludwing Wittgenstein (1995) que definiu os problemas concernentes à
linguagem como os únicos problemas legítimos para as pesquisas filosóficas, ou, a
tarefa da Filosofia seria a de compreender adequadamente o funcionamento da
linguagem.
Além disso, verifica-se o surgimento da linguística, entendida como ramo
autônomo no interior do conhecimento, dedicado à procura de saber científico sobre
a linguagem. Um nome importante na linguística é o suíço Ferdinand de Saussure
(2008), que elaborou uma teoria conhecida como estruturalismo. Para esse
estudioso, a língua é um sistema de signos. Signos são os elementos verbais da
língua, que dizer, as palavras que constituem os significados sobre as coisas do
mundo.
De acordo com Suassure (2008), os signos são arbitrários, ou seja, não têm
nenhum vínculo necessário com o objeto que significam, mas, são simples criações
humanas. Todavia, apesar de sua origem arbitrária, os signos, depois de fixados,
tornam-se elementos necessários de uma língua devidamente articulados em um
sistema.
A noção da língua como sistema consiste em compreendê-la como uma
totalidade organizada, com regras previamente definidas. Suassure (2008) diferencia
língua de fala, enquanto a língua é o conjunto ordenado de regras, a fala é o modo a
qual os indivíduos se apropriam dessas regras, empregando-as de maneira
particular, ou melhor, a fala é o uso individual que cada um de nós faz da língua.
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2.1 A linguagem como descrição do mundo.
Esse conhecimento pode ser explicado de uma forma bem simples, por
exemplo, o sol aquece a pedra, se tem a causa e o efeito, o sol, ou o calor é a causa
do aquecimento da pedra e se descobre isso por meio da experiência, da
observação, não pode ser um dado intuitivo por que se tem o sol e a pedra, dois
objetos que podem ser experimentados pelo homem na sua tentativa de apreender
os objetos.
O empirismo conforme colocado pela autora, coloca então que o homem
para poder construir o seu conhecimento precisa sobretudo da experiência, da
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observação dos objetos e da apreensão destes por meio dos sentidos. É ai que a
Arte e suas expressões em sala de aula e o empirismo podem ser analisados.
Partindo desse ponto para que se construa o conhecimento, ou seja, para
que ocorra a aprendizagem, é preciso que haja a experiência, nesse sentido a Arte
se transforma numa metodologia ímpar nesses processos de apreensão dos objetos
pelas crianças, uma vez que propicia a ela viver o conteúdo que está sendo
trabalhado pelo professor, seja por meio da pintura, rodas de história, pequenas
peças de teatro na sala de aula etc.
Teoria semelhante se encontra na obra de Jean Piaget analisada por Souza
(2003). Ao estudar seus escritos, o autor faz uma divisão a respeito dos níveis de
percepção e apreensão dos objetos pela criança durante seu desenvolvimento e a
partir disso o autor traça atividades – sempre ligadas a experiência – que estimulam
a criança nesse processo de ensino aprendizagem.
Essa teoria de Piaget, conforme a análise de Souza (2003) é conhecida
como “classificação baseada na evolução das estruturas” formando assim três
grandes categorias, cada uma delas correspondendo a um estágio da evolução
infantil.
A primeira delas é a fase sensório-motora, que se dá desde o nascimento da
criança até mais ou menos os dois anos de idade. Nesta primeira etapa a criança se
desenvolve sozinha, sem ter uma noção de regras, por exemplo, nessa etapa pode-
se optar por atividades lúdicas que se caracterizam por exercícios motores simples,
consistem em exercícios de repetição de movimentos como agitar os braços, sacudir
alguns objetos, pular, caminhar etc. Entretanto é preciso ressaltar que esses
exercícios mesmo que sejam mais estimulados nesse primeiro momento da criança,
continuam por toda a vida em exercícios motores como andar de bicicleta e andar de
carro.
A segunda fase descrita por Souza (2003) é a pré-operatória, entre os 2 e 6
anos aproximadamente. Nesta etapa, o modo que a criança passa a apreender os
objetos que estão ao seu redor muda, entretanto, continua no mesmo sentido do
empirismo da primeira etapa, os sentidos ainda continuam a serem desenvolvidos,
mas agora as crianças passam a ter noções de regras nesses jogos que elas
praticam e começam a praticar jogos de faz de conta umas com as outras.
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Essa fase pré-operatória se caracteriza pela inserção dos jogos simbólicos,
essa inserção conforme nos aponta Piaget (Piaget apud Rizzi e Haydt, 1997)
"consiste em satisfazer o eu por meio de uma transformação do real em função dos
desejos", ou seja, a criança passa a assimilar o que vê imagina com a sua própria
realidade.
Segundo SCHREIBER (2010)a criança tende a reproduzir nesses jogos
as relações predominantes no seu meio ambiente e assimilar, dessa maneira, a
realidade, sendo uma maneira de se autoexpressar. Esses jogos de faz-de-conta
possibilitam à criança a realização de sonhos e fantasias, revelação de conflitos,
medos e angústias, aliviando tensões e frustrações.
Essa fase transitória onde a criança passa a associar os símbolos, e passa
nesse sentido a usar mais as faculdades da razão para compreender o mundo além
das experiências, leva ao terceiro estágio descrito por Piaget apud. Souza (2003)
que é a fase das operações concretas, ocorrendo entre os 7 aos 11 anos
aproximadamente, onde a criança passa a interagir com outras por meio de jogos
cognitivos, e com regras, como o futebol, damas e também o xadrez.
Nessa fase a criança passa a desenvolver também outros trabalhos
manuais, que ora, dependem do êxito das fases anteriores, nesse sentido também
passam a ser inseridos outros recursos didáticos ligados ao lúdico para que dessa
forma o aluno consiga apreender melhor os conteúdos e consiga desenvolver-se
plenamente.
As linguagens artísticas são alguns dos principais modos que o ser humano
criou para significar o mundo e a si mesmo, e tanto o contato com
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produções artísticas da nossa ou de outras culturas quanto a prática em
arte podem ser instrumentos poderosos de desenvolvimento e educação.
Para que isso seja possível, porém, é necessário que certas
particularidades da arte enquanto uma forma de linguagem sejam
consideradas. A simples presença da arte na escola, em qualquer nível do
ensino, não é garantia do aproveitamento de todo o potencial educativo que
esse sistema simbólico oferece (Schroeder, 2011. p.78)
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forma a metodologia empregada no ensino seja coerente com a realidade vivida
pelos alunos.
A apreensão do conhecimento do mundo pelo aluno acontece pela prática, e
pela experiência e vivência das brincadeiras que são propostas pelo docente,
fazendo com que na criança se instigue o descobrimento, a exploração, a
criatividade e o seu desenvolvimento.
Vê-se assim que as maiores oportunidades de aprendizagem estão nas
oportunidades que são oferecidas às crianças, de aplicarem o lúdico à uma situação
de realidade, Cunha (1989. P. 67) explica essa questão quando afirma “[...] o
brincar, como uma atividade, está constantemente gerando novas situações. Não se
brinca apenas com e dentro de situações antigas” isso por que o brincar sempre se
modifica, mesmo que se aplique a mesma atividade, o ambiente de aplicação é
outro, logo, os resultados obtidos também serão diferentes.
Torna-se necessário então reconhecer a linguagem da Arte e suas vertentes
como a dança, a música, as artes visuais e o teatro para o melhor desenvolvimento
do educando, para que desde a sua infância este consiga desenvolver-se de tal
forma a transformar-se em um ser social preparado para conviver com os outros e
com as diferentes culturas. Nesse sentido, dentro do Ensino de Arte, cada jogo,
atividade e brincadeira carregam em si mesmos valores o objetivos que devem ser
discutidos e colocados na prática pelo docente, mesmo com recursos muitas vezes
escassos cabendo encontrar meios, por mais simples que sejam, de aplicar a
ludicidade e a Arte dentro da sala de aula.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
CUNHA, Maria Izabel. O Bom professor e sua prática. Campinas, SP: Papirus,
1989
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SCHREIBER, Zélia Tresoldi Meregalli. Ludicidade: uma ferramenta para o
desenvolvimento cognitivo infantil.Trabalho de Conclusão de Curso. UFRGS
2010.
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