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Produção
de texto
8o. ano
Volume 4
Livro de 1 Mapas conceituais
como estratégia de

atividades aprendizagem 2
Proposta 1: Ter criatividade é chave para
uma melhor compreensão do
mundo 2
Proposta 2: Mapa conceitual: um modo
de representar visualmente
informações 5
Proposta 3: Selecionar, sintetizar,
esquematizar e hierarquizar
informações 9
Proposta 4: Mapas mentais como
ferramenta para desenvolver
a criatividade 17

Petição: um instrumento
2 de manifestação
popular 25
Proposta 5: Um exercício de cidadania:
em busca da mobilização
social 25
Proposta 6: A beleza do espetáculo visual
vale os danos dos efeitos
sonoros?: petições sobre
fogos de artifício 31
©Sh
utte Proposta 7: Qual é a sua causa? 37
rsto
ck/P
hipa
tbig
Proposta 8: Tudo pode se transformar
em poesia... até uma
petição 39

Livro do professor
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1 Proposta 1

Ter criatividade é chave para uma melhor


compreensão do mundo
VOCÊ SABE COMO A CRIATIVIDADE É PROCESSADA
EM NOSSO CÉREBRO?
Para pensar sobre isso, leia o texto a seguir.

©Agência O Globo
Ondas cerebrais omitem ideias óbvias
©Pixabay/Geralt

para estimular a criatividade


Pesquisa indica que estimular a parte temporal direita
do órgão aumenta a capacidade de inibir pensamen-
tos evidentes
O cérebro humano suprime as ideias mais óbvias para
poder alcançar as mais criativas, aponta um novo estu-
do da Universidade Queen Mary e da Universidade de
Londres, ambas no Reino Unido. Publicada no periódico
Proceedings of National Academy of Sciences, a pes-
quisa mostra que as ondas cerebrais desempenham um papel crucial na inibição dos pensamentos
habituais para abrir o caminho até a criatividade.
Os cientistas descobriram que as ondas cerebrais – as oscilações alfa na área temporal direita
do cérebro – aumentam quando os indivíduos precisam suprimir associações enganosas em tarefas
criativas. Estas associações óbvias estão presentes no pensamento convergente (única solução para
algum problema) e no pensamento divergente (várias soluções diferentes). Níveis mais altos de on-
das cerebrais alfa permitem que as pessoas apresentem sugestões menos óbvias.
Os pesquisadores ainda afirmaram que estimular a parte temporal direita do cérebro na frequên-
cia alfa aumenta a capacidade de inibir vínculos óbvios em ambos os tipos de pensamentos.
Isso foi demonstrado pela aplicação de uma corrente elétrica no cérebro por meio da técnica
Estimulação Elétrica Transcraniana por Corrente Alternada (EETC), que causa efeitos colaterais ou
sensações mínimas ou inexistentes. As descobertas da análise têm implicações sobre como a ciência
entende a criatividade humana.
“Se precisamos gerar usos alternativos de um copo, primeiro devemos inibir nossa experiência
passada que nos leva a pensar no copo como um recipiente. A novidade do estudo é demonstrar
que as oscilações alfa do lado direito temporal são mecanismos neurais para sobrepor associações
óbvias”, explicou Caroline Di Bernardi Luft, autora da análise.

inibir: impedir, vedar, proibir.

2 Livro de atividades
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Esperamos que os alunos percebam que, apesar de diferentes, os termos criatividade e imaginação apresentam ideias em
comum. Em alguns dicionários, a palavra criatividade é utilizada para definir imaginação.

©Agência O Globo
Os cientistas demonstraram o mecanismo neural responsável pela criatividade monito-
rando a atividade elétrica do cérebro através de um eletroencefalograma que capta sinais
elétricos por meio de pequenos sensores colocados na cabeça. O uso de EETC também
permitiu a investigação do papel das ondas cerebrais.
Os experimentos conduzidos ainda analisaram como o cérebro aborda uma série de
tarefas criativas, como encontrar palavras que se ligam umas às outras. Toda vez que o
órgão procura conceitos associados a um termo, faz associações mais fortes para avançar
para conexões mais fracas ou remotas – por exemplo: gato > cachorro > animal > pet >
humano > pessoa > família.
Estudos anteriores indicaram que algumas pessoas são mais criativas do que outras, vis-
to que são capazes de evitar conexões fortes, com a intenção de alcançar as mais remotas.
E essa nova pesquisa demonstra que as ondas cerebrais alfa estão envolvidas crucialmente
nesse processo.

ONDAS cerebrais omitem ideias óbvias para estimular a criatividade. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/
noticia/2018/12/ondas-cerebrais-omitem-ideias-obvias-para-estimular-criatividade.html>. Acesso em: 10 maio 2019.

1. Em grupos, levantem possíveis dúvidas quanto ao conteúdo do texto e descrevam o que é,


na opinião de vocês, uma pessoa criativa.
2. Com base no texto, como você definiria criatividade?
No texto, afirma-se que ser criativo está relacionado às oscilações alfa no cérebro, que fazem com que as pessoas tenham

ideias menos óbvias diante de determinadas questões.

3. A matéria da revista Galileu é um texto de divulgação científica. Quais características ela


apresenta que são comuns a esse gênero?
O texto trata de uma questão de natureza científica e expõe dados a respeito de uma pesquisa. A apresentação é objetiva,

e a linguagem, clara e impessoal.

4. No sétimo parágrafo, descrevem-se experimentos em que são propostas tarefas criativas,


“como encontrar palavras que se ligam umas às outras”. Como exemplo, é citada a sequên-
cia “gato > cachorro > animal > pet > humano > pessoa > família”. Por meio dela, é possível
compreender como os animais de estimação são vistos pela maioria das pessoas. Com base
nessa ideia, crie, a partir das palavras abaixo, sequências contendo pelo menos cinco itens.
a) Celular Instigue os alunos a pensar, de maneira livre, a respeito da sequência. Caso surjam associações que fujam
de um raciocínio lógico – o que será bem interessante –, peça aos estudantes que expliquem o sentido que
determinadas palavras têm para eles.

b) Jogos

c) Comida

5. Pesquise a diferença entre imaginação e criatividade e registre suas conclusões nas linhas a
seguir.
Imaginação é a capacidade de representação por meio da criatividade. A criatividade está relacionada aos atos de criar,

inovar, inventar.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 1 3


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Produção de texto 1 6. Os textos de divulgação científica apresentam níveis de dificuldade


diferentes, de acordo com o público a que se destinam. Elabore um
resumo do texto Ondas cerebrais omitem ideias óbvias para estimular
Fique por dentro a criatividade , publicado na revista Galileu. Em seguida, releia sua pro-
Conheça os objetivos dessa proposta de dução e registre, no boxe em branco, as palavras-chave desse texto.
produção de texto:
a) Compreender o gênero texto de divulga-
ção científica.
b) Resumir o textoOndas cerebrais omitem O texto é de fácil compreensão; portanto, esperamos que os alunos não apresentem dificul-
ideias óbvias para estimular a criatividade . dade para elaborar o resumo.

Dica: resumo de texto de


divulgação científica
1. Releia o texto publicado na revista
Galileu .
2. Anote as ideias mais relevantes.
3. Reúna essas ideias em um único texto.
4. Identifique as palavras-chave desse texto.
5. Revise sua produção.

4 Livro de atividades
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Proposta 2
Mapa conceitual: um modo de representar
visualmente informações
A LINGUAGEM É UM INSTRUMENTO MUITO RICO EM
POSSIBILIDADES, JÁ QUE PODEMOS COMUNICAR UMA
MESMA IDEIA DE MUITAS MANEIRAS DIFERENTES.
Para compreender o que são mapas conceituais, leia o texto a seguir.

Os mapas conceituais como resumo-esquema


Um mapa conceitual é um recurso esquemático para apresentar
um conjunto de significados conceituais incluídos em uma estrutura
de proposições. [...] Os mapas conceituais proporcionam um resumo
esquemático do que foi aprendido e ordenado de maneira hierárquica.
O conhecimento está organizado e representado em todos os níveis
de abstração: os mais gerais e inclusivos situados na parte superior;
os mais específicos e menos inclusivos, na inferior.
[...]

©Shutterstock/Cienpies Design
Igualmente, coincide com os esquemas em relação aos processos
de memorização.
1. Codificação da informação com seus quatro processos básicos:
seleção, abstração, interpretação e integração. Os mapas conceituais
buscam também a informação mais relevante para a criação de
esquemas ou estruturas também relevantes. É necessário, pois, um
processo de seleção da informação. O passo seguinte é a extração
dos elementos mais significativos por meio do processo de abstração.
Segue um processo de interpretação com a intenção de favorecer a
compreensão da informação ou para fazer inferências de acordo com
a ideia que tenha o indivíduo. Ao final, o processo de integração está
consistente para a criação de um novo esquema ou para a modificação
de um já existente.
2. Recuperação. Facilitam a recuperação da informação relevante
quando se trata de compreender um objeto ou uma situação que te-
nha certa relação com um esquema determinado.

Elementos e características dos mapas conceituais


Até agora se falou da utilidade do mapa conceitual e de suas
conotações teóricas; falta uma definição descritiva que permita
diferenciá-lo de outros instrumentos ou meios educativos ou
didáticos. O mais ilustrativo à primeira vista (também o mais
superficial) é que se trata de um gráfico: um emaranhado de linhas
que confluem em uma série de pontos. Podemos relacioná-lo com
um mapa de estradas nas quais as cidades ou marcos estão unidos
por uma série de linhas que simbolizam as vias de comunicação.
Nos mapas conceituais os pontos de confluência são reservados para
os termos conceituais que se situam em uma elipse ou quadrado;

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 2 5


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os conceitos relacionados unem-se por uma linha e o sentido da


relação se esclarece com “palavras de ligação”, que se escrevem
com minúsculas junto às linhas de união. Dois conceitos junto às
palavras de ligação formam uma proposição. [...]

Características
Indicaremos três características ou condições próprias dos mapas
que os diferenciam de outros recursos gráficos e outras estratégias ou
técnicas cognitivas:
Hierarquização
Nos mapas conceituais, os conceitos são dispostos por ordem de
importância ou de “inclusão”. Os conceitos mais inclusivos ocupam
os lugares superiores da estrutura gráfica. Os exemplos situam-se em
último lugar e, como dissemos, não são enquadrados. Fazemos duas
observações:
1. Em um mapa conceitual aparece somente uma vez o mesmo
conceito.
Ao fazer o mapa conceitual de um texto 2. Às vezes convém terminar as linhas de ligação com uma seta para
extenso, é preciso atentar ao limite de
espaço, visto que a grande quantidade
indicar o conceito derivado quando ambos estão situados na mesma
de conceitos e hierarquizações pode altura ou em caso de relações cruzadas.
prejudicar a clareza das informações. Nesse
Seleção
caso, é recomendável sintetizar o texto,
separando-o em partes (capítulos, tópicos, Os mapas constituem uma síntese ou resumo que contém o mais
seções, etc.), excluindo detalhamentos importante ou significativo de uma mensagem, de um tema ou de um
e juntando conceitos que podem ser
compilados. texto. Antes da construção do mapa, devem-se eleger os termos que
façam referência aos conceitos nos quais convém centrar a atenção.
[...]
Impacto visual
[...] Aconselha-se não considerar definitivo o primeiro mapa que
traçamos, mas tomá-lo como esboço e repeti-lo para melhorar sua
apresentação.
Uma sugestão para melhorar o impacto visual: os termos concei-
tuais destacam-se mais quando os escrevemos com letras maiúsculas
rodeadas por elipses. [...]

PEÑA, Antonio O. et al. Mapas conceituais : uma técnica para apreender. Tradução de Maria J. Rosado-
Nunes e Thiago Gambi. São Paulo: Edições Loyola, 2005. p. 41-42.

1. Compartilhe com um grupo de colegas o que você entendeu desse


texto. Você teve dificuldades para compreendê-lo? Quais?
2. Em sua opinião, o texto esclarece suficientemente o que são mapas
conceituais? Por quê?
Pessoal.

6 Livro de atividades
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3. Considerando seus conhecimentos prévios sobre gêneros textuais, Mapas conceituais: uma
técnica para apreender é
( ) uma reportagem.
( ) um manual de instrução.
( X ) um texto didático-científico.
4. Qual é a principal função do texto?
Explicitar o que é um mapa conceitual, apresentando os elementos de que é constituído e suas principais características.

Observe que, ao responderem à questão, os alunos estarão, ao mesmo tempo, mostrando sua compreensão global

do texto, de maneira resumitiva.

5. No primeiro parágrafo, são mencionadas três ideias que definem o que é um mapa concei-
tual. Quais são elas?
Esquema, resumo e hierarquia.

6. Ainda no primeiro parágrafo, comenta-se que os mapas conceituais são organizados de


maneira hierárquica. Observe os esquemas a seguir e assinale aquele que melhor ilustra
essa afirmação.
( ) Esquema 1 ( ) Esquema 2 ( X ) Esquema 3

7. De acordo com o texto, o mapa conceitual, além de ser um esquema, é um resumo. O que
o caracteriza como tal?
A seleção de informações.

8. Quais são os elementos constitutivos de um mapa conceitual?


Conceitos, linhas e palavras de ligação.

9. Assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( F ) O mapa conceitual pode ser considerado um esquema qualquer, pois um não difere
do outro.
( V ) Para elaborar tanto um mapa conceitual quanto um esquema, são utilizados os pro-
cessos de codificação e recuperação de informações.
( V ) O mapa conceitual difere do esquema em virtude da hierarquização de conceitos.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 2 7


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Produção de texto 2 10. Releia este trecho:

O passo seguinte é a extração dos elementos mais significativos por


Fique por dentro meio do processo de abstração.
Conheça os objetivos dessa proposta de
produção de texto:
a) Transcodificar informações utilizando o
Nesse contexto, “abstração” é o processo de
mapa conceitual como recurso. ( ) reproduzir as informações (conceitos) tal como elas se
b) Construir um mapa conceitual, conside-
rando seus elementos e suas característi-
apresentam.
cas principais. ( X ) estabelecer relações entre as informações.
Dica: mapa conceitual: 11. Elabore um mapa conceitual relacionado ao texto lido, a fim de cons-
resumo esquemático truir um resumo esquemático e hierárquico. Para isso, siga as “orienta-
e hierárquico ções” presentes no próprio texto.
1. Releia o texto tantas vezes quantas
precisar.
2. Tome nota dos principais conceitos que
aparecem no texto.
3. Estabeleça uma hierarquia entre os con-
ceitos: os mais gerais na parte superior,
e os mais específicos e os exemplos na
parte inferior.
4. Ligue os conceitos por meio de linhas.
5. Use palavras ou expressões fora dos
quadros para estabelecer relações entre
os conceitos.
6. Compartilhe seu mapa com um grupo de
colegas e faça os ajustes necessários.
7. Revise o mapa conceitual.

8 Livro de atividades
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Proposta 3
Selecionar, sintetizar, esquematizar e
hierarquizar informações
UM MAPA CONCEITUAL APRESENTA
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS.
Para descobrir quais são elas, leia o texto a seguir.
Os mapas conceituais podem ser um
grande aliado no processo de aprendi-
Realidade ou fantasia? zagem, porque, além de serem visuais,
exigem capacidade de síntese, o que, por
Suas próprias lembranças podem fazer você acreditar sua vez, requer que a informação seja bem
em mentiras, isso porque o cérebro é capaz de criar memórias compreendida.

falsas. Entenda esse fenômeno

I
magine a seguinte situação: Você está contando uma experiência
sua para um grupo de amigos. No meio da conversa, um deles
percebe que existem algumas informações que, de acordo com
o que se recorda, não aconteceram. Em seguida, quando estão a sós,
você é questionado sobre a veracidade da narrativa. Provavelmente a
sua primeira reação seria de indignação, certo? Afinal, a ideia de que os
fatos realmente ocorreram, na sua mente, é irrefutável.
O que pensaria caso seu amigo estivesse correto? Ou seja, e se
as suas lembranças daquele evento tivessem, de alguma forma, sido
alteradas? Por mais que pareça um tema de ficção científica sobre
lavagem cerebral, esse é um fenômeno explicado cientificamente.
Definição
©Shutterstock/TrifonenkoIvan

As memórias falsas, como a própria denominação sugere, são


aquelas que nunca aconteceram, relacionando informações distorcidas
com a realidade experienciada pelo indivíduo previamente. “Ocorre
a inserção de referências que não são verdadeiras (pelo menos para
aquele episódio) na recordação. Isso é chamado de confabulação”,
elucida o neurologista Fabio Porto.
Por que acontece
Uma lembrança é como uma foto. Não no sentido de que uma
imagem é visualizada e apenas registrada pela mente, mas, sim, na
perspectiva de que a formação de uma fotografia depende de diversos
fatores para ser produzida, como a iluminação e a composição de cores.
E o mesmo ocorre com a assimilação de uma experiência pelo cérebro.
Por exemplo, devido à memória sensorial, que funciona de acordo
com os cinco sentidos, sua percepção de determinado acontecimento
pode ser alterada: se estava sentindo um cheiro incômodo ou dor,
provavelmente não classificará aquele instante como agradável. Dessa
maneira, é possível definir a memorização como um procedimento
complexo e que, na existência de qualquer disfunção nas áreas
responsáveis por essa habilidade ou na mente, a capacidade pode ser
modificada. É o que ocorre quando o cérebro cria memórias falsas.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 3 9


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Algumas causas podem ser relacionadas a esse tipo de ocorrência:


1. Dano cerebral: segundo Fábio, isso acontece com frequência em
Hipocampo é a área do cérebro responsá-
casos de alterações nos circuitos da memória, como o hipocampo. O pro-
vel pela formação e pelo armazenamento fissional explica que, “quando essa estrutura está funcionando mal, o cé-
de memórias. rebro não consegue organizar as memórias com fidelidade”. [...]
2. Passado traumático: o psiquiatra Luiz Scocca afirma que as lem-
branças irreais podem ser produzidas devido a experiências (principal-
mente na infância) que, “a cada momento da vida e com diferentes visões
de mundo, são interpretadas de maneiras diferentes”, complementa o es-
pecialista.
3. Falsa impressão: também pode ocorrer a confabulação quando
algo considerado positivo, na realidade, não é tão bom assim. “[...] Quan-
do a pessoa, então, se recorda do passado, embora tenha sido comum,
sente que viveu um desastre”, analisa Scocca. O psiquiatra ainda indica o
humor depressivo como um facilitador de todo esse processo, podendo
intensificar o sentimento de revés, inclusive.
4. Relação sem sentido: por fim, tal quadro pode ser formado devido
à mistura de fatos que realmente aconteceram, mas em tempos diferentes,
©Shutterstock/Sebastian Kaulitzki sendo ligados como causa e efeito sem terem conexão alguma, na verdade.
Consequências
Além de a capacidade cognitiva ficar parcialmente prejudicada –
afinal, a memorização não funciona de forma saudável –, o contato
social pode ser afetado. “Frequentemente, as inserções têm conteúdo
emocional intenso, o que pode gerar prejuízos nas relações pessoais”,
ressalta o neurologista.
Outro ponto maléfico à mente é o reforço de reflexões negativas.
A ruminação dessas ideias faz com que sentimentos positivos sejam
extintos. Por isso, como indica o psiquiatra, “acredita-se que esse
seja um dos processos que levam a vários transtornos mentais (por
exemplo, depressão e ansiedade) e todas as suas consequências, como
doenças físicas e até o abandono de si mesmo”.
Ajuda terapêutica
Para que a criação de recordações mentirosas, devido às suas reper-
cussões na vida da pessoa, não evolua para um distúrbio da mente,
o autoconhecimento é uma alternativa válida.
Com essa habilidade desenvolvida, a pessoa poderá descobrir quais
padrões de pensamentos são falsos ou verdadeiros. “Pela autorreflexão
e aquisição de ferramentas cognitivas e mudanças de comportamento,
distingue-se realidade da fantasia e se caminha para a cura de muitas
doenças”, assinala Luiz Scocca. Mas vale ressaltar que esse processo de
mudança interior não deve ser realizado sem ajuda, sendo a busca pelo
auxílio de profissionais especialistas um recurso essencial. “A psicoterapia,
terapia cognitivo-comportamental (TCC) e psicoeducação são alguns dos
tratamentos para essa condição da ‘falsa realidade’”, conclui o psiquiatra.

ROCHA, Giovane. Realidade ou fantasia? Mistérios da Memória, São Paulo, a. 2, n. 2, p. 14-15, 2018.

10 Livro de atividades
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1. Em pequenos grupos, exponham a compreensão geral que vocês tiveram do texto. As infor-
mações que constam no texto são suficientes para entender o que são e como funcionam
as memórias falsas? Justifiquem sua resposta.
2. Explique a finalidade do texto Realidade ou fantasia?.
Visto que os alunos já estudaram textos de divulgação científica, esperamos que respondam adequadamente a essa

questão: a finalidade do texto é explicitar ao leitor não especializado (leigo) o que são e como funcionam as memórias

falsas.

3. De acordo com o texto, as memórias falsas relacionam


( ) experiências vivenciadas pelo indivíduo (recordações) com fatos esquecidos.
( X ) informações distorcidas com a realidade experienciada, fazendo com que esta pareça
verdadeira.
( ) recordações de um evento ocorrido no passado com experiências vivenciadas no
presente.
( ) referências que não são verdadeiras e acontecimentos inventados com fatos que real-
mente ocorreram.
4. Geralmente, em textos de divulgação científica, para que as informações científicas tenham
valor de verdade e sejam aceitas pelo leitor, os autores se valem de argumentos de autori-
dade. Aponte os argumentos de autoridade usados em Realidade ou fantasia? .
Foram utilizadas citações de especialistas no assunto: o neurologista Fábio Porto e o psiquiatra Luiz Scocca.

5. Qual é o termo científico usado no texto para se referir à memória falsa?


( ) Mentira. ( ) Sonho.
( ) Fantasia. ( X ) Confabulação.
6. Esse texto de divulgação científica, assim como a maioria, está estruturado em partes.
A identificação das partes do texto, nesse caso especí-
a) Quantas partes o compõem? Quais são elas? fico, colabora para que, em momento posterior, os alu-
nos organizem as informações hierarquicamente.
O texto é constituído de cinco partes: introdução, definição, causas (“Por que acontece”), consequências e formas de

tratamento (“Ajuda terapêutica”).

b) Que recurso de layout contribui para essa identificação?


As partes são identificadas por intertítulos em negrito.

c) Apenas uma dessas partes apresenta subdivisões. Qual? Por que esse recurso foi
utilizado?
A parte das causas (“Por que acontece”) é subdividida em quatro tópicos. Esse recurso, além de funcionar como um

organizador do texto, deixa as informações bem separadas, a fim de que sejam mais facilmente compreendidas pelo

leitor.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 3 11


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Essa questão se refere ao mecanismo de seleção de informação (distinção entre a principal e as secundárias),
necessário para a elaboração de um mapa conceitual.
d) Quais as únicas partes que poderiam ser excluídas do texto sem prejuízo do sentido, ou
seja, da compreensão das informações principais? Justifique sua resposta.
A introdução, porque cita um exemplo, que é uma informação secundária, e o último tópico, pois apresenta um

acréscimo de informação, não sendo, portanto, imprescindível para a compreensão.

e) Em sua opinião, as partes que constituem o texto poderiam ter outra ordem de apre-
sentação? Que benefícios ou prejuízos uma alteração dessa natureza poderia oferecer
ao leitor?
Pessoal. Esperamos que os alunos tenham percebido que uma alteração na ordem das informações poderia compro-

meter o sentido do texto. A ordem escolhida pelo autor é bem lógica: começa com um exemplo, segue para a defi-

nição, apresenta as causas antes das consequências e finaliza com questões adicionais.

7. A informação que consta no primeiro parágrafo do texto é


( ) um conceito-chave.
( X ) um exemplo.
( ) uma explicação do conceito.
8. No que se refere à hierarquia, em um mapa conceitual do texto Realidade ou fantasia?, em
que lugar deveria aparecer a informação do primeiro parágrafo?
De acordo com o texto da proposta anterior, que explicita como os elementos devem ser hierarquizados nos mapas

conceituais, a informação do primeiro parágrafo deveria ocupar o último lugar, ou seja, a parte mais inferior do mapa,

ou nem ser enquadrada, visto que se trata de exemplos meramente ilustrativos do conceito.

9. Releia a linha-fina do texto e responda à questão.

Suas próprias lembranças podem fazer você acreditar em mentiras, isso porque o cére-
bro é capaz de criar memórias falsas. Entenda esse fenômeno

• Nesse contexto, os termos “mentiras” e “memórias falsas” podem ser usados como
sinônimos? Justifique sua resposta.
Não. Ao ler o texto, percebe-se que são conceitos diferentes.

12 Livro de atividades
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10. Você já viu que a seleção e a sintetização são os primeiros procedi- A sintetização é essencial em uma apren-
mentos para a elaboração de um mapa conceitual. Agora, releia o texto dizagem significativa, porque requer que os
e faça o que se pede. conteúdos tenham sido bem compreen-
didos. Esse procedimento corresponde à
abstração, citada no texto da proposta
a) Selecione as principais informações de cada parágrafo do texto. anterior.

PARÁGRAFOS INFORMAÇÕES

1º. Contextualização do tema, com um exemplo.

Contextualização a respeito do parágrafo anterior, iniciando a discussão


2º. real do texto.

3º. Definição de memórias falsas.

4º. Descrição de como funciona a lembrança na mente das pessoas.

5º. e 6º. Explicação de dano cerebral.

7º. Explicação de passado traumático.

8º. Explicação de falsa impressão.

9º. Descrição de relação sem sentido.

10º. Consequências dos problemas com a memória.

Consequências dos problemas com a memória, com foco nas reflexões


11º. negativas.

12º. e 13º. Explicação de como as terapias podem ajudar.


©Shutterstock/Letters-Shmetters

b) Como você já sabe, em um mapa conceitual, devem aparecer ape-


nas conceitos e palavras de ligação. Portanto, transforme as informa-
ções do quadro em conceitos, sintetizando-as por meio de palavras
ou expressões.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 3 13


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Produção de texto 3 11. Construa, no espaço abaixo, um mapa conceitual do texto Realidade
ou fantasia?. Depois, elabore a versão final no formulário.

Fique por dentro


Conheça os objetivos dessa proposta de
produção de texto:
a) Identificar os elementos e as característi-
cas principais de um mapa conceitual.
b) Elaborar um mapa conceitual de texto
de divulgação científica.

Dica: mapa conceitual de


texto de divulgação
científica
1. Releia o texto tantas vezes quantas
precisar.
2. Elabore palavras-chave relacionadas aos
conceitos apresentados no texto.
3. Apresente exemplos relacionados aos
conceitos.
4. Ligue, hierarquicamente, as informações
utilizando linhas.

14 Livro de atividades
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A sintetização/abstração é um procedimento mental que realizamos natu-


ralmente. Porém, ele só acontece quando compreendemos, de fato, uma infor-
mação ou uma situação. Por exemplo, se contarmos a alguém o enredo de um
filme, de um livro ou mesmo de uma situação vivenciada, certamente não men-
cionaremos todos os detalhes. Ou seja, precisamos abstrair, processar, as infor-
mações. Caso contrário, isso não ficará guardado em nossa memória.
Digamos que seja um processo de “peneiramento”, ou, conforme o poeta
João Cabral de Melo Neto, de “catar feijão”. Leia o poema a seguir para com-
preender melhor essa ideia.
Nesse poema, João Cabral de Melo
CATAR FEIJÃO Neto compara o processo de escrita
com a ação de catar feijão.
Segundo o autor, durante a escrita,
1. ocorre também um processo de sele-
Catar feijão se limita com escrever ção do que fica no texto e do que deve
ser descartado (“joga-se fora o que
joga-se os grãos na água do alguidar boiar”). Entretanto, isso não significa
e as palavras na da folha de papel; “limpar” o texto de toda e qualquer
“pedra” (palavra, expressão ou constru-
e depois, joga-se fora o que boiar. ção) – aquilo que é um pouco difícil de
Certo, toda palavra boiará no papel, se compreender –, mas escolher aquela
água congelada, por chumbo seu verbo: que seja capaz de despertar o leitor
para a leitura, pois “a pedra dá à frase
pois para catar feijão, soprar nele, seu grão mais vivo”, “açula a atenção”.
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
2.
Ora, nesse catar feijão, entra um risco:
o de entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quanto ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a com o risco.
MELO NETO, João C. de. Melhores poemas. Seleção de Antonio C. Secchin. 10. ed. São Paulo: Global, 2010.
p. 276.
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Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 3 15


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12. Você viu que os mapas conceituais são uma importante estratégia de aprendizagem, pois
exigem de seus elaboradores a mobilização de diferentes estruturas cognitivas, como a
relação, a associação, a abstração e a noção de hierarquização. Esses mapas contribuem
bastante para que o conteúdo seja realmente assimilado, memorizado.
Você também leu um texto sobre memórias falsas, as quais podem ser causadas por alte-
rações nos circuitos da memória. Por falar nisso, você acha que tem boa memória? Faça o
teste a seguir para comprovar.

Como anda sua memória?


Responda a essa lista de perguntas e teste o nível do seu esquecimento no dia a dia
Esquecer-se de tarefas cotidianas pode ser natural. Entretanto, os lapsos de memória recorrentes podem indicar que o cérebro não
está completamente saudável e é necessário buscar ajuda profissional. Para você avaliar tais sinais, produzimos esse texto com a consul-
toria de um especialista para você medir suas capacidades de se lembrar das coisas.
Para realizá-lo, basta assinalar a opção mais adequada para cada situação proposta, sendo que toda alternativa A vale 3 pontos,
B vale 2, C vale 0. A psicóloga Ellen Moraes alerta, entretanto, que “caso tenha dado uma pontuação superior, é importante buscar uma
avaliação neuropsicológica ou psiquiátrica, já que esse tipo de avaliação não é validado pelos conselhos regionais ou federal de psicologia”.

1. Você costuma se esquecer de seus com- 6. Costuma se esquecer do que estava


promissos, mesmo que tenha anotado? falando ou do que um colega estava RESULTADOS
A) Sempre contando durante uma conversa?
Até 12 pontos
B) Com frequência A) Sempre
C) Não muito B) Com frequência Sua memória está na média
C) Não muito comum. Alguns esquecimentos
D) Nunca ou raramente
D) Nunca ou raramente podem ocorrer, mas são naturais
2. Você tem dificuldades em lembrar a his- do processo de organização dos
tória, cenas e até personagens de filmes 7. Com que frequência você se esquece
de apagar as luzes, desligar o fogão ou neurônios. As possibilidades de um
a que assistiu? risco podem ser pequenas.
trancar a casa?
A) Sempre
A) Sempre De 13 a 26 pontos
B) Com frequência
B) Com frequência Sua capacidade de recordar
C) Não muito
C) Não muito pode estar um pouco fragilizada,
D) Nunca ou raramente
D) Nunca ou raramente por isso é interessante rever
3. Já esqueceu o nome de pessoas próxi- 8. E outras situações de rotina cotidiana alguns hábitos. Cuide melhor do
mas ou de quem acabou de se apresen- como pagar contas, tomar remédios e sono, corte excessos em alguns
tar a você? regar plantas? alimentos, pratique exercícios e
A) Sempre A) Sempre mantenha uma rotina de leitura.
B) Com frequência B) Com frequência
C) Não muito De 27 pontos para cima
C) Não muito
D) Nunca ou raramente D) Nunca ou raramente Esse resultado é preocupante, pois
4. Você já esqueceu os caminhos comuns 9. Você se esquece de suas senhas do indica um nível de esquecimento
que faz para ir aos lugares da sua rotina banco ou das redes sociais que mais usa? acima da média. Além de rever
A) Sempre seus hábitos, é aconselhável
ou voltar dele?
B) Com frequência buscar ajuda médica.
A) Sempre
B) Com frequência C) Não muito
CONSULTORIA Ellen Moraes,
C) Não muito D) Nunca ou raramente psicóloga especialista em terapia
D) Nunca ou raramente 10. Costuma esquecer de repente o que cognitivo-comportamental
5. Você já quis falar algo, mas a palavra estava fazendo ou para onde estava
sumiu e ficou procurando na memória? indo?
A) Sempre A) Sempre
B) Com frequência B) Com frequência
C) Não muito C) Não muito
D) Nunca ou raramente D) Nunca ou raramente

MONTEIRO, Felipe. Como anda sua memória? Mistérios da Memória , São Paulo, a. 2, n. 2, p. 18, 2018.

16 Livro de atividades
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Proposta 4
Mapas mentais como ferramenta para
desenvolver a criatividade
VOCÊ PODE DAR ASAS A SUA CRIATIVIDADE
ESTABELECENDO RELAÇÕES INUSITADAS ENTRE IDEIAS.
Texto 1

Como ser mais criativo


A criatividade mora dentro da gente, às vezes está escondida
em algum canto e precisa apenas que você permita que venha à
tona. Entenda como trazê-la para perto

O
s elefantes coloridos só podiam ser cinza dentro daquela
sala de aula. O aluno escolheu pintar de cor-de-rosa o ele-
fante que deveria ser entregue como tarefa escolar. A pro-
fessora providenciou a correção e restringiu as respostas de cores a uma
única possibilidade aceitável para receber nota dez. Ela não sabia, mas
estava formatando uma geração inteirinha em um padrão e fazendo-a
acreditar que elefantes não podem ter a cor que a nossa imaginação qui-
ser. Anos depois, esse mesmo garoto, bem mais velho e já trabalhando,
seria incentivado a “pensar fora da caixinha”. E, assim, propor alter-
nativas e novas ideias em seu ambiente de trabalho. Os lápis de cor já
estavam havia muito guardados na mochila. As ferramentas para acessar
a criatividade agora necessitam de motivação e esforço concentrados em
oito horas diárias – e muitos duvidam ter essa capacidade a seu dispor.
Mas, antes que você siga lendo este texto, vale um alerta: ele não é um • Já pequenos, aprendemos a dar
respostas (ou ideias) prontas para
manual com um passo a passo para você ser mais criativo. Aliás, isso satisfazer mais ao outro do que a
nós mesmos.
por si só iria na contramão do potencial criativo de cada um, que não é
estático ou definitivo. Eu bem que também gostaria de receber esse con-
teúdo, mas a proposta ultrapassa um guia prático. Enquanto me esforço
para que as minhas habilidades criativas se manifestem neste texto, in-
vestigarei como ela está presente em nosso dia a dia e como fazer com
que se desenvolva. E, assim, ajudá-lo a ser capaz de apresentar outras
formas de pensar e agir além do previsível. Spoiler: é possível.
Lixo meio cheio, meio vazio
©Shutterstock/Sergey Nivens

A combinação entre a imaginação produtiva e a dedicação constante re-


sulta justamente na definição proposta pelo escritor americano Norman
Podhoretz: “A criatividade é a união milagrosa da energia desenfreada da
criança com o senso de ordem imposto pela inteligência disciplinada do
adulto”. O pesquisador em processos criativos Charles Watson concorda
com a afirmação, e provoca ao dizer que “criatividade não é só ter ideias,
mas também o compromisso com a concretização dessas ideias”.
Assim, não bastam técnicas que nos tornem criativos; é preciso tam-
bém a energia para colocá-las em prática. “Todo mundo quer

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 4 17


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um atalho, uma pílula ou um curso de como ser criativo em três


etapas, mas não existem soluções rápidas. Criatividade é fruto de
um investimento considerável por parte do criador em movimento
contínuo por regiões desconhecidas – uma espécie de transciência
permanente, com a tendência de romper paradigmas –, que gera
A palavra transciência remete a algo desdobramentos para além da esfera pessoal e produz algum nível de
que envolve diferentes áreas do conheci- contribuição concreta, seja qual for seu campo de atuação (ciência,
mento, campos do saber ou disciplinas.
Além de ligar e reunir campos distintos do negócios, literatura, música, filosofia, arte)”, comenta o especialista.
conhecimento, a transciência os atravessa,
pluralmente.
Depois da conversa com Watson, um escocês radicado no Brasil,
comecei a avaliar como a criatividade permeia a minha atividade
principal: escrever. Ao me tornar profissional autônoma, precisei
me organizar para dar espaço à construção de uma nova rotina que
demanda bastante criatividade, envolvendo energia e disciplina in-
tensas: além do levantamento de possíveis veículos com os quais co-
laborar e seus contatos, é preciso estar renovada de ideias. São elas o
primeiro passo para sugerir uma pauta, que poderá, então, culminar
na publicação de uma matéria, como esta que você lê agora.
A paixão envolvida na minha escolha seria um dos fatores que con-
tribuem para o sucesso nessa empreitada. “Criatividade é o resul-
tado das nossas atitudes enquanto trabalhamos em projetos que
são realmente importantes para nós. Não é algo que saímos por aí
procurando ou que esteja esperando ser encontrado – ela acontece
quando tomamos boas decisões sobre o que fazemos. A maioria
das pessoas criativas não está tentando ser criativa. Elas são ape-
nas altamente motivadas com o que amam fazer, o que gera dis-
ponibilidade para novas ideias – e para abandonar as antigas –,
comprometimento, foco, curiosidade, persistência e sensibilidade
para reconhecer informações relevantes entre tantas aparentemente
inúteis. Se você escolheu uma atividade que o faz pular da cama de
manhã com entusiasmo, e se insistir nela, mesmo ganhando menos
ou até sem ganhar nada, metade da batalha já está vencida”, obser-
va Charles, que dá aulas sobre processo criativo na Escola de Artes
Visuais do Parque Lage, no Rio.
O mais legal disso tudo é que é, sim, possível, desenvolver a cria-
tividade. O caminho está em trazer mais flexibilidade em nossa
forma de pensar. É isso o que defende Juliana De Mari, responsável
por orientações dedicadas a mulheres na Prosa Coaching. “A cria-
tividade amplia as possibilidades de usar experiências, recursos e
habilidades que a gente já tem para criar contextos bem diferentes.
Basta estar aberto a experimentar”, recomenda ela.
Na metodologia de coaching, o coach (aquele que orienta) estabelece
que o coachee (aquele que é orientado) desenvolva ou fortaleça uma

paradigmas: modelos, padrões e estruturas determinados a serem seguidos.


pauta: roteiro com os assuntos mais importantes a serem comunicados ao público.

18 Livro de atividades
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atitude criativa diante do que quer colocar em movimento. Para isso, a pessoa é incentivada
a imaginar possibilidades diferentes para a situação que a está incomodando. Para começar
esse processo e lidar com o problema, Juliana sugere testar os padrões de comportamento e
as ideias fixas que nos acompanham para conseguir respostas além das habituais, e também
aprender a colocar mais imaginação na vida, o que pode ajudar a descobrir o que você pode
fazer para aproximar seus ideais da realidade. “Com isso, a dúvida, a autocrítica e a rigidez
vão dando espaço a surpresas, novos conhecimentos e inspirações”, aponta.
Acostumada aos processos criativos, a artista plástica e arteterapeuta Gabriela Brioschi con-
duziu um workshop no Museu de Inhotim, em Minas Gerais, com a intenção de fazer brotar
a criatividade. A estratégia inclui a prática da meditação como meio de nos conectar com o
eixo interno e, a partir daí, “brincar” com a arte e com a natureza do museu. Além disso,
foram promovidas dinâmicas para estimular e ampliar o repertório dos participantes. “O ob-
jetivo é despertar os sentidos e as emoções para criar experiências que possibilitem insights .”
Se é possível então ser mais criativo, vale anotar as dicas dos especialistas em resumo: energia
e disciplina são itens obrigatórios, abertura para coisas novas e flexibilidade podem ser trei-
nados, e o contato com as artes e com a natureza, com você mesmo e com os outros ao redor
pode resultar em criatividade. Como adiantamos, não se trata de um manual infalível, por
isso esteja disposto a tentar muitas vezes, e a descartar algumas ideias durante as tentativas.
Os erros fazem parte, e lixo cheio de papéis amassados é sinal de progresso.
Repertório em construção
Uma folha em branco não costuma ser preenchida num repente. A criação requer esboços
que vão se acumulando. O lixo já estaria transbordando se fosse físico, mas é o cursor de
texto do computador que não sossega, deletando trechos ou remanejando frases em busca
do melhor resultado. Enquanto tento dominar a escrita, bloqueios temporários e a pressão
por encontrar as próximas palavras ameaçam o prazo estipulado para a entrega do material.
No entanto, a experiência já me fez entender que pausas são importantes. Por isso, nessas
horas, vale ir ao parque, cozinhar ou ler sobre outro assunto.
Além dessas estratégias práticas, a arte pode nos inspirar e contribuir com a geração de res-
postas mais criativas às questões que nos são colocadas. Para Gabriela, as artes nos ajudam a
olhar para dentro de nós e, assim, perceber processos subjetivos e acompanhar a transforma-
ção de nossos sentimentos, o que seria uma poderosa ferramenta para a criatividade. Assim,
a inspiração para criar algo pode vir depois de ir a uma exposição, de ouvir música ou ler.
Mas, para terminar esta reportagem, senti vontade de saber como a minha rede de contatos
se relaciona com a criatividade. Propus uma enquete simples, por uma semana em uma rede
social. Em uma amostra de 41 pessoas, a maioria (68%) se considerava criativa. Quem parti-
cipou: jornalistas, psicólogos, empreendedores e profissionais de moda e cinema, por exem-
plo. O psicólogo Victor Costa, um dos participantes, explicou por que se considera criativo:
“Tenho uma coleção de ideias para aplicativos e soluções tecnológicas e, como psicólogo,
minha criatividade está sempre presente, principalmente nas analogias e imagens que crio
para auxiliar meus pacientes na elaboração de seus sentimentos”, contou. Entre os não
criativos, segundo suas percepções, estavam profissionais ligados a engenharia, direito,
saúde e até um joalheiro. Thiago Lino justificou-se: “Não me considero criativo em mo-
mentos de pressão, quando tenho que criar fora do meu tempo”.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 4 19


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Estimule os alunos a discutir em que âmbito da vida eles se consideram criativos. O objetivo dessa atividade, além do compar-
tilhamento de experiências e vivências, é evidenciar que a criatividade tem muitas facetas e que todas as pessoas podem ser
criativas em alguma área, ainda que não saibam disso.

Para entender melhor o que influencia as percepções de cada um e como podem não
coincidir com a do outro sobre nós, pedi ajuda para o especialista Victor: “Para responder
se somos ou não criativos, atuam fatores de ordem pessoal (barreiras emocionais e intelec-
tuais) e social (valores, normas e pressupostos cultivados na sociedade). Todos somos re-
quisitados a encontrar soluções, mais ou menos sofisticadas, para os desafios cotidianos”,
continua. “Mas, segundo Ernesto Berg, existem algumas características que prevalecem em
pessoas criativas: ‘percepção, perseverança e concentração, motivação, originalidade, capa-
cidade de criar e raciocinar por metáforas, fluência, flexibilidade, curiosidade, capacidade
de solucionar problemas, de análise e síntese, base de conhecimentos essenciais, abertura
para o inconsciente’.”
A criatividade, enfim, é resultado de um processo intenso capaz de gerar transforma-
ções além do senso comum, seja na esfera pessoal, seja na profissional. De certa forma,
a criatividade ainda é a caixa de lápis de cor de muitas tonalidades, que podem ser
aplicadas a um elefante multicolorido, se você assim quiser, para provar que o mundo
pode ser melhor do que uma versão padronizada em cinza.
Laís Barros Martins é jornalista e escritora em busca de espaço para que a criatividade flua livre.

MARTINS, Laís B. Como ser mais criativo . Disponível em: <vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar/como-ser-mais-criativo.phtml>.


Acesso em: 21 fev. 2019.
* Publicado sob autorização de Vida Simples Conteudo Editorial e negócios Ltda. Todos os direitos reservados. www.vidasimples.co

1. Você se considera uma pessoa criativa? Em que aspecto? Converse sobre isso com seus
colegas.
2. Qual é a função do primeiro parágrafo do texto?
Exemplificar uma situação escolar em que um aluno é impedido de ser criativo e, mais do que isso, obrigado a seguir um

padrão determinado pela professora.

3. O que significa a expressão “pensar fora da caixinha”?


Romper com o padrão, ser ousado ou criativo, etc.

4. De acordo com o texto, o aluno que foi obrigado a seguir um padrão determinado pela
professora pode ser criativo na vida adulta? Justifique sua resposta.
Sim, mas esse aluno precisará de mais motivação e esforço.

5. Considerando o título do texto, que advertência a autora faz no segundo parágrafo?


A autora adverte que, em se tratando do tema criatividade, não há receitas.

6. A que ideia a frase “Spoiler: é possível” faz referência?


A palavra “Spoiler” remete à ideia de que a autora antecipa a sequência e o final do texto, ou seja, é possível desenvolver
formas de pensar e agir além do previsível. "Spoiler” deriva da palavra inglesa spoil, que significa estragar. Popularizado na
internet e relacionado ao ato de contar o final ou partes de obras de ficção, como séries, filmes e novelas, esse termo já é
usado de modo mais amplo, no sentido de fazer revelações importantes sobre determinados assuntos, quebrando, assim,
a expectativa do leitor.

20 Livro de atividades
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7. Para fundamentar seu texto, a autora se vale de conceitos de criatividade elaborados por
especialistas. Registre pelo menos dois deles.
Norman Podhoretz: “A criatividade é a união milagrosa da energia desenfreada da criança com o senso de ordem imposto

pela inteligência disciplinada do adulto”./“Criatividade é fruto de um investimento considerável por parte do criador em

movimento contínuo por regiões desconhecidas – uma espécie de transciência permanente, com a tendência de romper

paradigmas”.

8. A que ideia se relaciona o subtítulo “Lixo meio cheio, meio vazio”?


À ideia de que o desenvolvimento da criatividade depende de esforço, ou seja, de o indivíduo estar disposto a tentar várias

vezes e a descartar algumas ideias durante as tentativas. Os erros fazem parte, e lixo cheio de papéis amassados é sinal de

progresso.

9. Segundo a autora, qual é a importância da arte para o desenvolvimento da criatividade?


A arte colabora para a formação de repertório.

10. O psicólogo Victor Costa, citando Ernesto Berg, afirma que “existem algumas característi-
cas que prevalecem em pessoas criativas”. Assinale aquelas que você precisa desenvolver
mais.
( ) Percepção. ( ) Fluência.
( ) Perseverança. ( ) Capacidade de criar e raciocinar por metáforas.
( ) Concentração. ( ) Flexibilidade.
( ) Motivação. ( ) Curiosidade.
( ) Originalidade. ( ) Capacidade de análise e síntese.

11. Releia o conceito de criatividade dado por Charles Watson.

“Criatividade é o resultado das nossas atitudes enquanto trabalhamos em projetos que são
realmente importantes para nós. [...] A maioria das pessoas criativas não está tentando ser
criativa. Elas são apenas altamente motivadas com o que amam fazer, o que gera disponi-
bilidade para novas ideias [...]”

• O que, neste momento, é importante para você e, portanto, gostaria de desenvolver


mais?
Pessoal. Incentive os alunos a anotar seus projetos pessoais, que podem envolver hobbies, viagens, estudos, planos

para o futuro, etc.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 4 21


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O autor chama de “Pensamento Radiante”


Agora, você vai conhecer uma ferramenta que, segundo especialistas, é bas-
a característica do cérebro de criar uma tante útil para o desenvolvimento da criatividade: o mapa mental.
infinidade de ideias, imagens e conceitos
que se irradiam de dentro para fora, como Texto 2
os galhos de uma árvore.

©Shutterstock/Antun Hirsman
Como o cérebro funciona
O nosso maravilhoso cérebro começou
a evoluir há mais de 500 milhões de anos.
Mesmo assim, só há 500 anos sabemos
que ele está localizado na cabeça, e não no
coração. Mais incrível ainda é que 90% do
conhecimento que temos sobre esse órgão
e seu funcionamento foi descoberto nos
últimos 20 anos. Ainda temos muito o que
aprender.
O cérebro é um processador extraordinário, superpoderoso, capaz de realizar infinitas
reflexões e criar o Pensamento Radiante (Radial Thinking). Ele tem cinco funções prin-
cipais:
- Recepção. Esse órgão recebe informações por meio dos sentidos.
- Armazenamento. Ele retém e guarda informação e consegue acessá-la quando
solicitamos. (Embora nem sempre tenhamos a sensação de que isso acontece.)
- Análise. O cérebro reconhece padrões e gosta de organizar informações de modo que
façam sentido: investigando os dados e questionando seu significado.
- Controle. Ele usa diferentes métodos para controlar o modo como gerenciamos as
informações, dependendo do nosso estado de saúde, do nosso comportamento e do am-
biente em que vivemos.
- Expressão . Para expressar as informações que recebe, o cérebro utiliza pensamentos,
fala, desenhos, movimentos e todas as outras formas de manifestação criativa.
Um Mapa Mental é projetado para utilizar todas essas habilidades do cérebro, auxilian-
do-o no armazenamento e na recuperação de informações com mais eficiência, sempre que
isso for exigido.
[...]
Os Mapas Mentais são um método de armazenar, organizar e priorizar informações
(geralmente no papel), usando Palavras-chave e Imagens-chave, que desencadeiam lem-
branças específicas e estimulam novas reflexões e ideias. Cada ativador da memória em
um Mapa Mental é a chave que dá acesso a fatos, ideias, informações, além de liberar o
verdadeiro potencial da mente [...].
O segredo da eficiência do Mapa Mental está em sua forma e configuração dinâmicas.
O Mapa Mental é desenhado como um neurônio e projetado para estimular o cérebro a traba-
lhar com mais rapidez e eficiência, empregando um método que ele já utiliza naturalmente.
Todas as vezes que olhamos para as nervuras de uma folha ou para os galhos de uma ár-
vore, vemos “Mapas Mentais” da natureza reproduzindo a forma dos neurônios e refletindo
a maneira como nós mesmos somos criados e ligados. Assim como os seres humanos,
o mundo natural está sempre mudando e se reproduzindo e sua estrutura de comunicação
parece similar à nossa. Um Mapa Mental é uma ferramenta de pensamento projetada com
base na eficiência dessas estruturas naturais. [...]

BUZAN, Tony. Mapas mentais : métodos criativos para estimular o raciocínio e usar ao máximo o potencial
de seu cérebro. Tradução de Paulo Polzonoff Jr. Rio de Janeiro: Sextante, 2009. p. 10-11; 16-17.

22 Livro de atividades
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12. Considerando o que você leu no texto 2, converse com seus colegas a Produção de texto 4
respeito da seguinte questão: Um mapa mental tem a mesma função
de um mapa conceitual? Registre semelhanças e diferenças entre eles.
Fique por dentro
MAPA CONCEITUAL E MAPA MENTAL Conheça os objetivos dessa proposta de
produção de texto:
Semelhanças Diferenças a) Identificar os elementos e as característi-
cas principais de um mapa mental.
São ferramentas utilizadas para assimilar A estrutura do mapa conceitual é b) Elaborar um mapa mental sobre um
tema de preferência.
e apresentar conteúdos. Representam hierárquica, e a do mapa mental,
Dica: mapa mental
sínteses. Trata-se de estruturas dinâmica.
1. No centro da folha, representem o tema
do mapa mental por meio de escrita ou
esquemáticas. de desenho.
2. Estabeleçam, de forma sucinta e criativa,
associações de dois, três ou até quatro
níveis.
3. Evitem usar frases inteiras, dando prefe-
rência a palavras ou desenhos.

13. Reúna-se com um colega e construam, na página a seguir, um mapa


mental sobre um assunto de sua preferência. Antes da elaboração,
vocês podem fazer um brainstorming (tempestade de ideias) sobre o
tema. Lembrem-se de estabelecer associações criativas.
Para auxiliá-los nessa tarefa, apresentamos um modelo de mapa men-
tal. Vocês também podem se basear no mapa da página 22.

CONHECIMENTO AUTODISCIPLINA
REGIME DIÁRIO
LIVROS
©Shutterstock/Good_Stock

EXPERIÊNCIAS
PACIÊNCIA
SUCESSO
ERROS

OBSTINAÇÃO SORTE
DINHEIRO

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 4 23


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Mapa mental

24 Livro de atividades
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Petição:
um instrumento de
2
manifestação popular
Um exercício de cidadania: em busca da
mobilização social

Proposta 5
VOCÊ SABE QUAIS SÃO OS MAIORES PROBLEMAS
EM SUA COMUNIDADE E O QUE PODE FAZER COM
RELAÇÃO A ISSO, COMO CIDADÃO?
Texto 1

Lançados no Brasil no início da


VOLTA ÀS AULAS: ATENÇÃO COM OS década, os serviços de mobilização
ATROPELAMENTOS social (também chamados sites de
petições ou abaixo-assinados) têm
sido cada vez mais usados como
Levantamento realizado pela Safe Kids e Criança Segura alerta instrumento de pressão popular. As
sobre o aumento do número de adolescentes mortos em duas principais plataformas desse
atropelamentos no Brasil tipo de serviço, Avaaz e Change.org,
reúnem, juntas, mais de 300 milhões
de usuários no mundo. No Brasil, são
Com a proximidade do fim das férias escolares, é hora de falarmos 12 milhões de usuários (somados os
sobre um assunto muito importante: a segurança das crianças nas ruas dois serviços) e aproximadamente
1,3 mil novas petições por mês.
do entorno escolar.
Um estudo realizado pela Safe Kids Worldwide nos EUA apresentou VIVAN, Danilo. Petições online ganham
importância como instrumentos de pressão .
dados que alertam sobre os perigos das zonas escolares para os estu- Disponível em: <https://believe.earth/pt-br/
peticoes-online-ganham-importancia-como-
dantes. De acordo com o levantamento, nos últimos 20 anos, a morte instrumentos-de-pressao/>. Acesso em:
de pedestres de zero a 19 anos tem diminuído nos Estados Unidos. En- 28 fev. 2019.

tretanto, nos dois últimos anos, esses óbitos aumentaram 13% entre os
adolescentes de 12 a 19 anos, o que representa mais do que cinco mortes
de pedestres dessa faixa etária por semana nos EUA.
No Brasil, o cenário não é muito diferente. De acordo com dados ana-
lisados pela Criança Segura, em 2014, houve um aumento de 10% no
número de mortes de pedestres de 15 a 19 anos, o que representa sete
mortes de pedestres dessa faixa etária por semana no país. Além disso,
os jovens dessa faixa etária representam 26% da população com idades
entre zero e 19 anos, entretanto concentram 46% das mortes por atrope-
lamentos dessa faixa etária em todo o país, o que demonstra a gravidade
desse problema [...].
Para entender melhor os motivos que vêm gerando esse cenário de au-
mento no número de mortes por atropelamento, a Safe Kids, com o apoio
da FedEx, analisou o comportamento de 39 mil estudantes do ensino fun-
damental e médio e 56 mil motoristas em áreas escolares dos EUA.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 5 25


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A organização observou que um em cada quatro estudantes do ensino médio e um em


cada seis alunos do ensino fundamental do país andavam distraídos nas ruas da área escolar.
A maioria dos adolescentes usava fones de ouvido (44%) ou andava enquanto enviava men-
sagens de texto (33%).
Notou-se, também, que 80% dos estudantes se comportavam de forma insegura ao atra-
vessar as ruas e que um em cada três motoristas tinha comportamento inseguro no embarque
e desembarque dos alunos (como parar em fila dupla ou em cima da faixa de pedestre).
O trânsito é a principal causa de morte acidental de crianças e adolescentes de cinco a
14 anos no Brasil. Os dados levantados pela Safe Kids Worldwide mostram a necessidade de
adotarmos algumas medidas para garantir a segurança de meninos e meninas ao transitarem
no entorno escolar, tais como: instalar faixa de pedestre, limitadores de velocidade, sinais
visíveis e semáforos nas ruas perto da escola; impor limites de velocidade nas áreas escolares
que não ultrapassem 40 km/h; educar pais e alunos sobre comportamentos seguros de pe-
destres e condutores; implementar políticas de embarque e desembarque nas áreas escolares.
© Shutterstock / Piotr Wawrzyniuk

Para a coordenadora nacional da Criança Segura, Gabriela Guida de Freitas, é necessá-


rio educar as crianças sobre os riscos de andarem distraídas nas ruas.
“É importante estarmos atentos às mudanças em nosso estilo de vida que podem aumen-
tar os riscos de acidentes, como o incremento no uso de aparelhos eletrônicos. Os adolescen-
tes e crianças já são naturalmente mais distraídos, e a ampla utilização de celulares e tablets
entre esse público pode comprometer ainda mais sua atenção no trânsito. É necessário que
governo, educadores e a população em geral adotem comportamentos seguros no trânsito –
seja como pedestres ou condutores de veículo – e que mostrem às crianças e adolescentes,
através do exemplo, como se comportar nas ruas de maneira segura”, comentou.

VOLTA às aulas: atenção com os atropelamentos. Disponível em: <https://criancasegura.org.br/noticia/volta-as-aulas-atencao-com-os-


atropelamentos/>. Acesso em: 24 fev. 2019.

1. Qual é o problema abordado no texto?


O alto índice de mortes por atropelamento de crianças e adolescentes no Brasil.

2. De acordo com o texto, quais os locais de maior incidência de acidentes de trânsito envol-
vendo crianças e adolescentes?
As áreas escolares.

26 Livro de atividades
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3. Qual é o principal tipo de argumento usado no texto para justificar a necessidade de aten-
ção a esse problema? Apresente alguns exemplos.
O principal argumento usado é o numérico. Os dados são apresentados em porcentagens: “46% das mortes por

atropelamentos dessa faixa etária em todo o país”, "80% dos estudantes se comportavam de forma insegura ao atravessar

as ruas", etc.

4. A respeito desse problema, qual o objetivo da análise do comportamento de estudantes


realizada pela Safe Kids e pela FedEx?
Analisar as causas do alto índice de atropelamentos de estudantes entre 15 e 19 anos.

5. Quais as principais causas de acidentes de trânsito envolvendo estudantes?


( ) Falta de sinalização no trânsito.
( ) Falta de uso do cinto de segurança.
( X ) Distração provocada pelo uso de celular ou de fones de ouvido.
( X ) Falta de cuidado por parte dos motoristas no embarque e no desembarque de estu-
dantes.
6. Que medidas de segurança poderiam ser implementadas para reduzir o número de aci-
dentes de trânsito no entorno escolar? Converse com seus colegas sobre a efetividade
delas.
7. De acordo com Gabriela Guida de Freitas, coordenadora nacional da Criança Segura, o amplo
uso de celulares e tablets por crianças e adolescentes nas ruas pode comprometer sua aten-
ção e causar acidentes.
Em sua opinião, que ações podem ser desenvolvidas para conscientizar os estudantes da neces-
sidade de prestarem mais atenção no trânsito? Reúna-se com dois colegas e, em uma folha
avulsa, construam um mapa mental que represente essas ações. No centro do mapa, insiram a
expressão pedestre seguro. Caso queiram, vocês podem se basear no seguinte esquema:
7. Além de um mapa mental, os alunos podem elaborar cartazes ou panfletos – a
serem distribuídos pela comunidade escolar – para conscientizar, principal-
Subtópico 1 mente, crianças e adolescentes sobre os perigos de usar aparelhos eletrônicos Subtópico 1
no trânsito.
Subtópico 2 Subtópico 2
Tema Tema
Subtópico 3 Subtópico 3

Tema central

Subtópico 1 Subtópico 1

Subtópico 2 Subtópico 2
Tema Tema
Subtópico 3 Subtópico 3
6. Esperamos que os alunos identifiquem as seguintes medidas de segurança:
• instalação de “faixa de pedestre, limitadores de velocidade, sinais visíveis e semáforos nas ruas perto da escola”;
• imposição de “limites de velocidade nas áreas escolares que não ultrapassem 40 km/h”;
• educação de “pais e alunos sobre comportamentos seguros de pedestres e condutores”;
• implementação de “políticas de embarque e desembarque nas áreas escolares”.
Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 5 27
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8. Com um grupo de colegas, observe os arredores da escola, atentando


para a presença ou a ausência de elementos de trânsito que podem
oferecer perigo aos estudantes. Listem os problemas encontrados e os
compartilhem com o restante da turma. Depois, analisem e registrem
os elementos que a classe identificou como recorrentes.

Oriente os alunos a observar se, no entorno da escola, há as condições necessárias para a

prevenção de acidentes de trânsito com estudantes, como a presença de sinalização (placas

e faixas de pedestre), de redutores de velocidade (semáforos e lombadas) e de agentes de

trânsito para orientar pedestres e motoristas.

Com vistas à resolução de problemas na localidade onde vivem, os cidadãos


podem elaborar petições direcionadas aos órgãos responsáveis. Leia as petições
a seguir, cujo tema é afim ao tratado no texto 1.
Texto 2

Destinatário Ao Excelentíssimo Senhor Subprefeito de V. P.


Sr. M. Â. G.
Autores da petição Município de S. P.
ou requerentes Os cidadãos abaixo assinados, residentes e domiciliados no bairro P. R. O., neste
município, se valem do presente para solicitar a Vossa Excelência a implantação do
Objeto da petição
Redutor de Velocidade (lombada/quebra-mola) na Rua O. A. R., entre a numeração
Detalhamento 141 e 25, antes do entroncamento com a Avenida do O., 3.579, tendo em vista
que esta é uma das principais vias de acesso do bairro, mas cujo acesso torna-se
Justificativa 1
perigoso em razão da grande velocidade desenvolvida pelos veículos na localidade,
Justificativa 2 inclusive o tráfego de ônibus e caminhões com velocidades incompatíveis ao
Justificativa 3 local por ser residencial e não possuir qualquer sinalização, colocando em risco a
integridade física de pedestres e moradores dessa rua. Na certeza de termos nosso
Justificativa 4 pleito atendido, encaminhamos o presente documento em folhas numeradas
Conclusão e assinadas por todos os cidadãos, em duas vias a serem protocoladas em seu
Gabinete.
Data S. P., 28 de setembro de 2016.

Comente com os alunos que as justifi-


cativas presentes no texto 2 são válidas,
porém sucintas demais. SOLICITAÇÃO de lombada (quebra-mola).
É importante enriquecer um texto com
argumentos variados e condizentes
com a natureza da petição elaborada.
Observe que, nesse texto, constam as principais características de uma peti-
Nesse sentido, a petição apresenta ape- ção: destinatário (órgão ou pessoa a quem o pedido é endereçado), solicitantes
nas ideias generalizadas. Dados numé- (identificados de modo grupal), pedido propriamente dito, justificativas (argu-
ricos e argumentos de autoridade ou
por exemplificação tendem a ser mais mentos que subsidiam a solicitação), conclusão e data.
eficientes.

28 Livro de atividades
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Texto 3

TRÂNSITO PRUDENTE E PEDESTRE SEGURO


Para: Prefeito B. C.; Secretário Municipal de Mobilidade e Transportes – J. O. M. N.; Companhia de
Engenharia de Tráfego (CET) – M. P.; Deputada M. G.; Deputada E. S.
O empreendimento [...] é formado por 8 condomínios, situados na Rua I. e contornando para Avenida D. F. de
M., sendo nomeados na seguinte ordem: I., V. L., S., V. B., L., B. V., P. e T.
Os 4 primeiros, localizados na Rua I., entre os números 2060 ao 2300, estão suscetíveis a uma série de
acidentes, automotivos ou com pedestres. Durante o dia, é possível notar a alta velocidade com que
os carros e ônibus circulam pela via, falta da faixa de pedestres, ausência de qualquer sinalização para
informação ou prevenção, assim como a falta de um semáforo, lombada eletrônica ou quebra-mola, sem
espaço para transporte escolar, fazendo com que crianças desçam em locais de risco e a inacessibilidade
a pessoas com deficiências e/ou mobilidade reduzida para deslocamento até o ponto de ônibus e no
mesmo. Complementa-se dizendo que há uma escola infantil, uma loja especializada em produtos de
recém-nascidos e petshop na mesma calçada.
Já os situados condomínios na Avenida D. F. de M., da numeração 1213 ao 1139, sofrem com a ausência
de permissão livre de estacionar, visto que é uma via ampla e sem outra alternativa para seus veículos
particulares e de prestadores de serviços, incluindo os escolares.
Visto o relato, o objetivo deste abaixo-assinado é levar ao conhecimento do Poder Público, com o intuito
de sensibilizá-lo, a necessidade das seguintes instalações:
- Permissão de conversão para entrada e saída do condomínio (lado I.);
- Aumento de sinalização (lado I.);
- Faixa elevada de pedestre (lado I.);
- Semáforo automóveis (lado I.);
- Semáforo pedestre;
- Parada exclusiva para transporte escolar;
- Acessibilidade para pessoas com deficiências e/ou com mobilidade reduzida até os pontos de ônibus
e nos mesmos em ambos os sentidos;
- Retirada da placa “proibido estacionar”.
Sem mais,
I.
V. L.
S.
V. B.
L.
P.
B. V.
T.

TRÂNSITO prudente e pedestre seguro.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 5 29


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Produção de texto 5 9. Identifique algumas informações referentes ao texto 3.


a) Autores da petição: Moradores dos oito condomínios.
Fique por dentro
Conheça os objetivos dessa proposta de
produção de texto:
b) Destinatários da petição: Prefeito de S. P., secretário municipal de Mobilidade e
a) Levantar problemas na comunidade
relativos à segurança do trânsito para os Transportes, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e deputadas M. G. e E. S.
estudantes.
b) Elaborar uma petição on-line, conside-
rando seus elementos e suas característi-
cas principais.
c) Objeto da petição: Melhorias no trânsito nos arredores dos condomínios citados,
Dica: petição on-line:
segurança no trânsito com instalação de sinalização e alteração na configuração do trânsito (permissão para con-
em áreas escolares
versão e para estacionamento).
1. Pesquisem qual é o órgão mais apro-
priado para o envio da petição.
d) Justificativas: Local suscetível a acidentes com veículos e pedestres, em virtude da falta
2. Identifiquem os solicitantes. de sinalização; com risco para as crianças, devido à ausência de local para
3. Elaborem argumentos (justificativas) con- a parada de transporte escolar; sem via de acesso para pessoas com defi-
dizentes com o problema apresentado. ciência ou mobilidade reduzida; e com alto trânsito de crianças e animais,
4. Se necessário, façam o detalhamento do pela presença de escola, loja infantil e petshop .
que é solicitado.
5. Insiram a data. 10. Além das autoridades do poder executivo da cidade, por que essa
6. Revisem o texto e o editem de acordo petição foi direcionada a duas deputadas?
com as orientações do professor.
7. Publiquem o texto em um site de A fim de que as reivindicações alcancem não apenas as autoridades locais.
petições.

11. Em sua opinião, essa petição está bem fundamentada, ou seja, apresenta
argumentos consistentes? Por quê? Converse sobre isso com seus colegas.
12. Em grupos, elaborem uma petição on-line sobre o tema segurança
no trânsito em áreas escolares.
Na web, existem diversas plataformas (como Change.org) que disponi-
bilizam formulários para a elaboração de petições de diferentes nature-
zas. Procurem, em mecanismos de busca, pelo termo petição on-line
e escolham o formato que mais se adapta a sua reivindicação.
Considerem os seguintes pontos:
a) A petição deve ser direcionada aos órgãos responsáveis por tal pro-
blema (Prefeitura, Secretaria Municipal de Trânsito, Companhia de
Trânsito, etc.).
b) Para que a petição tenha consistência, listem argumentos que sus-
tentem a importância daquilo que está sendo reivindicado. Para
isso, vocês podem se utilizar de dados apresentados no texto 1 ou
pesquisar outros dados sobre o tema em questão, específicos de
sua cidade ou de seu bairro.
c) Para ter adesão, a petição precisa de assinaturas. Portanto, elaborem
um plano de comunicação para os moradores e os comerciantes do
entorno da escola, a fim de que eles possam colaborar com a reivin-
dicação de vocês para tornar o trânsito nas imediações mais seguro.
Antes de publicarem o texto no site de petições, é importante revisá-lo
e editá-lo conforme as orientações do professor.

30 Livro de atividades
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Proposta 6
A beleza do espetáculo visual vale os danos
dos efeitos sonoros?: petições sobre fogos de
artifício
A QUEIMA DE FOGOS DE ARTIFÍCIO É UMA TRADIÇÃO
EM GRANDE PARTE DO MUNDO. MAS SERÁ QUE TODOS
GOSTAM DESSE BARULHENTO ESPETÁCULO?
Para saber o que tem sido discutido a esse respeito, leia os textos a seguir.

Texto 1

IMPACTO DOS FOGOS DE ARTIFÍCIO NO MEIO AMBIENTE


Nas comemorações da chegada do Ano-Novo, em nome da paz, o ser humano
atrita com a natureza, que emite sua resposta implacável

Em 2010, a ambientalista Vininha F. Carvalho publicou um artigo alertando sobre


Para saber mais sobre os impactos ambien-
o impacto nocivo dos fogos de artifícios no meio ambiente. O artigo repercutiu tais dos fogos de artifício, leia o artigo
até no Portal do Consumidor (http://www.portaldoconsumidor.gov.br/noticia. completo da ambientalista Vininha F. de
asp?id=17912), mas, somente no ano de 2017, uma ação efetiva aconteceu. Carvalho na revista Eco Tours News .

No segundo dia de governo o prefeito de C. [...], J. D., sancionou, na tarde da segunda-


-feira, dois de janeiro, o projeto de lei que proíbe a queima, soltura e manuseio de
fogos de artifício que façam barulho em C. A lei visa ao bem-estar de animais, idosos,
doentes, bebês e crianças que sofrem com os estouros e estampidos.

O prefeito disse que a Prefeitura de C. fará a fiscalização, mas pediu apoio dos ativistas
e protetores dos animais que ajudem a denunciar casos de descumprimento da lei.
O Executivo vetou a multa que estava prevista inicialmente no projeto – de 200 Ufics
(Unidades Fiscais de C.), o equivalente a R$ 620,12 – a quem desrespeitá-la. O prefeito
entende que em um primeiro momento é preciso conscientizar a população e não
aplicar uma lei punitiva.

J. D. ressaltou que C. sai na frente ao aprovar essa lei, que valerá para locais públicos
e privados. O poder Executivo tem o prazo máximo de 60 dias, a contar da data da
publicação, para regulamentação da lei.

Um projeto de lei com esta proposta tramita na Câmara Municipal de B. H. O PL


1.903/16, apresentado na casa em 12 de abril de 2016, pelo vereador S. F. P. T. [...],
recebeu parecer favorável em uma Comissão de Direitos Humanos e Defesa do
Consumidor.

sancionou: aprovou, confirmou, admitiu.


vetou: negou, total ou parcialmente, sanção a uma lei votada pelas câmaras legislativas.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 6 31


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A cidade de S. P., através do prefeito B. C., sancionou na quarta-feira (23/05/2018) um


projeto de lei que proíbe a utilização de fogos de artifício ruidosos no município.
O projeto de lei sancionado no dia 23 de
maio de 2018 sofreu uma reviravolta, pois
A lei prevê multa de R$ 2.000 para quem descumprir a determinação. Em caso de
representantes da indústria de pirotecnia reincidência em menos de 30 dias, o valor será dobrado.
entraram com uma ação judicial alegando
inconstitucionalidade da lei e ganharam a
Segundo Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.
causa. Desse modo, o Tribunal de Justiça de tur.br), “quando mencionamos uma sociedade ecológica, falamos de um sistema
São Paulo suspendeu a Lei n. 16.897, decisão capaz de preservar os recursos naturais, nos preocupando com a enorme
tomada no dia 8 de junho de 2018.
biodiversidade nele existente. Vivemos no século XX um verdadeiro período
de destruição em massa de animais e viveremos neste século XXI outro ciclo de
destruição em massa, agora de seres humanos, se algo não for feito para mudar
nosso padrão de relacionamento com o meio ambiente”.
Enquanto o ser humano não aprender a preservar o que é bom e necessário para sua
própria vida e dos animais, será muito difícil haver, de uma forma eficaz, a efetuação
em massa da conservação de bens coletivos. É válido lembrar que coletivo não
deveria ser encarado como sendo somente a natureza, mas também o meio urbano,
que é coletivo a todos; afinal, somos nós quem o construiu e modificou. Vemos, nos
dias atuais, discursos bonitos em prol da preservação ambiental, mas que precisam
ser incentivados e praticados de maneira sustentável.
“Comemorações com fogos de artifício são traumáticas para os animais, cuja audição
é mais apurada que a humana e, segundo pesquisas, são capazes de pressentir
eventos sísmicos importantes. Devido à ocorrência dos fogos de artificio, os cães
latem em desespero e até enforcam-se nas correntes. Os gatos têm taquicardia,
salivação, tremores, medo de morrer e escondem-se em locais minúsculos; alguns
fogem para nunca mais serem encontrados. Há animais que, pelo trauma, mudam
de temperamento”, enfatiza Vininha F. Carvalho.
Nas comemorações da chegada do Ano-Novo, em nome da paz, o ser humano atrita
com a natureza, que emite sua resposta implacável. O tema da paz é essencial na luta
por outro mundo justo, humano e pacífico e, coincidência ou não, é preciso aprofundar
os estudos referentes aos impactos dos fogos de artifício no meio ambiente. A morte
vinda dos céus, representada pelos pássaros, e, no outro extremo, a morte dos peixes,
após o Réveillon, podem ser um alerta sobre a incidência dos terremotos, que estão
sendo registrados com maior frequência no primeiro trimestre do ano novo.
Pesquisa publicada no “Journal of Geophysical Research-Atmospheres” ressalta que
o Carbono negro, ou fuligem, contribui muito mais para o aquecimento global
do que anteriormente reconhecido. Os cientistas dizem que as partículas podem
estar tendo um efeito que é o dobro do imaginado em estimativas anteriores. Eles
ressaltam que a fuligem perde apenas para o dióxido de carbono como o mais
importante agente causador de aquecimento no planeta. As partículas também
podem ter impacto sobre os padrões de chuva.
O Brasil conta com tudo para ser o pioneiro de uma civilização ecologicamente
correta. Muitos municípios deverão seguir este bom exemplo e dispensar este tipo
de comemoração que envolve os fogos de artifício, tão agressiva para a natureza.
©Shutterstock/Dana.S

IMPACTO dos fogos de artifício no meio ambiente.

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1. Com um colega, faça o levantamento das três ideias principais do texto, compartilhando-o
com outras duplas, a fim de verificar se vocês chegaram às mesmas conclusões.

Publicação de artigo, em 2010, sobre o impacto nocivo dos fogos de artifício no meio
Ideia principal 1 ambiente.

Projetos de lei que proíbem o uso de fogos com barulho são aprovados ou estão em tra-
Ideia principal 2 mitação em duas cidades.

Fogos de artifício barulhentos são prejudiciais ao meio ambiente e, especialmente, aos


Ideia principal 3 animais.

2. Qual o objetivo da lei sancionada no dia 2 de janeiro de 2017?


A lei visa ao bem-estar daqueles que sofrem com os estouros e os estampidos, como os animais, os idosos, os doentes,

os bebês e as crianças.

3. De acordo com o texto, em outra cidade, foi apresentado um projeto de lei semelhante.
Com base no que você leu, esse projeto já foi aprovado? Justifique sua resposta.
Não. O projeto ainda está em tramitação (pelo menos até a data de publicação da notícia).

4. Releia este trecho:

O prefeito entende que em um primeiro momento é preciso conscientizar a população e


não aplicar uma lei punitiva.

• Converse com seus colegas sobre a seguinte questão: De que forma é possível cons-
cientizar a população com relação ao uso de fogos de artifício ruidosos? Registre as
conclusões da conversa.
Esperamos que os alunos discutam sobre estratégias de comunicação e divulgação de informações entre a

população, como panfletos, cartazes, campanhas no rádio ou na TV e palestras.

5. O título do texto é Impacto dos fogos de artifício no meio ambiente. Esses impactos real-
mente são apresentados ao leitor? Quais são eles?
Os impactos são apresentados de modo superficial. São eles: a morte de pássaros e peixes e o lançamento de fuligem

(carbono negro) no ar, o qual contribui para o aquecimento global.

6. Qual é a principal preocupação da ambientalista Vininha F. de Carvalho?


A ambientalista se preocupa com a constante degradação do meio ambiente, que, atualmente, atinge a fauna e a flora, mas

tende a afetar também os seres humanos.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 6 33


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Leia, a seguir, a petição sobre o mesmo tema que foi encaminhada ao pre-
feito de S. P. em 2018.
Texto 2

APROVADA A LEI 16.897/2018, QUE PROÍBE FOGOS COM


RUÍDO (ROJÕES, MORTEIROS) EM S. P.!
Este abaixo-assinado tem por objetivo solicitar ao prefeito de S. P., B. C., que sancione
Há algumas sutis diferenças entre
abaixo-assinado e petição. De acordo o Projeto de Lei 97/2017 que proíbe fogos de artifício que causam estampido.
com Paulo Cesar Fulgencio, o O projeto foi aprovado pela Câmara de Vereadores [...] e está a um passo de se
abaixo-assinado é um documento
de cunho coletivo que contém
concretizar, caso o prefeito o sancione!
manifestação de protesto ou de soli- Fogos de artifício com ruído (ou barulho) causam inúmeros problemas. Provocam
dariedade, pedido ou reivindicação. graves consequências em crianças autistas e pessoas com distúrbios similares.
Já a petição (sinônimo de pedido,
postulação ou requerimento) relata
Dezenas de mães já relataram que seus filhos sofreram convulsões, alto grau de
um ou mais fatos e apresenta em juí- estresse e até situações em que as crianças bateram com as cabeças na parede, em
zo a alegação de direito, fundamen- dias de explosões de rojões.
tando pretensão sua ou de outrem.
A petição pode ser individual, e o Nos animais domésticos e silvestres, os rojões provocam desnorteamento,
abaixo-assinado é necessariamente surdez, ataque cardíaco e até óbito (principalmente nas aves), atropelamento em
coletivo. razão de fuga em cachorros e gatos. Prejudicam idosos e pessoas acamadas em leitos
Elaborado com base em: FULGENCIO, Paulo de hospitais, meio ambiente e acidentes nas pessoas que manipulam tais fogos.
C. Glossário Vade Mecum . Rio de Janeiro:
Mauad, 2007. p. 13.
Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
(SBOT), os acidentes envolvendo fogos de artifício triplicam no mês de junho,
devido às festas juninas em todo o país.
Entre os problemas mais verificados no levantamento estão riscos de queimaduras nos
olhos, inclusive com perda de visão, e problemas auditivos gerados por estampidos.
Queimaduras também são frequentes. Mais da metade dos casos de queimadura
de mão são em decorrência do uso de fogos de artifício. Cerca de 10% desses casos
registram ainda amputação de dedo ou da própria mão. “É um problema de saúde
pública sério porque ocorre em todo o país”, destacou Marco Antônio Percope –
presidente da SBOT.
MORTES CAUSADAS PELOS FOGOS:
Todos esses perigos resultaram na morte de mais de 120 pessoas decorrentes de
queima de fogos nos últimos 20 anos. 48 mortes aconteceram na região Nordeste,
41 no Sudeste, 21 no Sul e 12 no Norte e no Centro-Oeste, e tiveram como causa
mais comum queimaduras de larga escala, envolvendo o corpo inteiro.
ESTATÍSTICAS POR ESTADO:
Na separação por estados, a ordem fica da seguinte forma: Bahia (296 registros de
hospitalização em quatro anos), seguido por São Paulo (289 casos), Minas Gerais (165),
Rio de Janeiro (97), Paraíba e Paraná (61 casos cada), Ceará e Goiás (45 casos cada),
Santa Catarina (44 casos) e Pará (37 casos), segundo levantamento da Sociedade
Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
[...]
Cabe ressaltar que o PL 97/2017, aprovado na Câmara Municipal [...], é de autoria dos
vereadores A. A. [...], R. T. [...] e M. C. N. [...].

APROVADA a Lei 16.897/2018, que proíbe fogos COM RUÍDO (rojões, morteiros) em S. P.!

34 Livro de atividades
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7. Qual é a ação reivindicada por essa petição?


( ) A proibição de fogos de artifício que causam estampido.
( X ) A aprovação do projeto de lei 97/2017, que proíbe fogos de artifício barulhentos.
( ) A elaboração de um projeto de lei que proíba fogos de artifício ruidosos.
8. Quais são os argumentos elencados na petição para justificar a reivindicação?
Os problemas que o ruído dos fogos causa em pessoas com autismo ou distúrbios similares e em animais silvestres e de

estimação, além de ferimentos e mortes provocados pela manipulação de rojões.

9. Com que objetivo os autores da petição apresentam dados numéricos sobre mortes e
ferimentos decorrentes da queima de fogos?
O objetivo é mostrar que o alto índice de mortos e feridos se tornou um problema de saúde pública.

10. Diversos grupos já elaboraram petições para que os fogos barulhentos deixem de ser usa-
dos. Realize uma pesquisa para descobrir em quais cidades de seu estado essa reivindicação
foi aceita ou está em tramitação. Registre as informações obtidas no caderno.
11. Converse com seus colegas sobre as questões a seguir, avaliando a importância de uma
petição sobre o uso de fogos de artifício barulhentos na cidade onde vivem. Registrem as
respostas por escrito.
a) Com que frequência os fogos de artifício são usados pela comunidade local?
O uso é frequente/pouco frequente.

b) Em que época do ano ou em que tipo de comemoração as pessoas fazem mais uso
desse dispositivo?
Em jogos de futebol, eventos religiosos, festas juninas, comemorações de final de ano, etc.

c) Em sua opinião, as pessoas da comunidade já se conscientizaram dos males que os


fogos de artifício ruidosos causam às pessoas e aos animais?
Pessoal.

d) Por que uma petição sobre esse assunto é importante?


Pessoal. Sugestão de resposta: Para que a população local conheça os riscos e os malefícios dos fogos de artifício

ruidosos.

e) A quem uma petição sobre esse tema pode ser direcionada? Por quê?
A veículos de comunicação, para que façam campanhas de conscientização; líderes comunitários, como o presidente

de uma associação de moradores; vereadores da cidade, pedindo a elaboração de uma lei que proíba o uso de fogos

barulhentos; etc.

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 6 35


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Produção de texto 6 12. Em pequenos grupos, façam uma enquete na comunidade ou no


bairro onde moram para averiguar se as pessoas têm consciência dos
perigos e dos problemas causados pelo uso de fogos de artifício. Vocês
Fique por dentro podem fazer a elas perguntas simples, como:
Conheça os objetivos dessa proposta de
produção de texto: • Você costuma soltar fogos de artifício? Em que situações?
a) Analisar o comportamento da comuni- • Você conhece os perigos da queima de fogos? Quais são?
dade diante do problema em questão.
b) Elaborar uma petição on-line, conside- • Você conhece alguém que já se machucou manipulando fogos ou
rando seus elementos e suas característi- rojões?
cas principais.
• Você sabe que crianças, idosos e animais são os mais prejudicados
Dica: petiçãoon-line sobre pelo barulho dos fogos?
fogos de artifício
barulhentos • Você é a favor da troca de fogos de artifício barulhentos por
silenciosos?
1. Pesquisem qual é o órgão mais apro-
priado para o envio da petição. • Você colaboraria com um abaixo-assinado em prol da proibição do
2. Identifiquem os solicitantes. uso de fogos barulhentos?
3. Elaborem argumentos (justificativas) con-
dizentes com o problema apresentado. Entrevistem pessoas de perfis diversos, a fim de identificar a visão da
4. Se necessário, façam o detalhamento do comunidade a respeito dessa causa. Depois da enquete, avaliem as res-
que é solicitado. postas que vocês deram na atividade 11. Caso, em sua cidade, exista
5. Insiram a data.
alguma mobilização a esse respeito, pensem em uma forma de contri-
6. Revisem o texto e o editem de acordo
com as orientações do professor.
buir com ela.
7. Publiquem o texto em um site de 13. Elaborem, em grupos, uma petição on-line sobre essa situação. Para
petições. isso, definam O objeto pode ser tanto a proibição de fogos barulhentos
quanto a conscientização da população com relação ao
Oriente os alunos a buscar plataformas problema. Por exemplo, a petição pode ser endereçada à
que permitam a elaboração de petições. a) o objeto da petição: Secretaria de Educação, para que seja feita uma campanha de
conscientização entre os alunos de todas as escolas da cidade
ou do bairro.

b) as justificativas: Dependem da definição do objeto.

c) o(s) destinatário(s): Depende(m) da definição do objeto.

d) o(s) solicitante(s): Os moradores do bairro, da comunidade, etc.

Lembrem-se de que uma petição sobre esse tema pode estar relacio-
nada a uma lei que já existe, como a mencionada no texto 2, ou ser
específica, voltada, por exemplo, apenas ao prejuízo que os fogos baru-
lhentos causam aos animais. Essa escolha é de vocês.
Depois de redigirem o texto, é importante revisá-lo e editá-lo de acordo
com as orientações do professor. Só então, ele deverá ser publicado no
site de petições.

36 Livro de atividades
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Proposta 7
Qual é a sua causa?
TODOS NÓS PODEMOS APOIAR OU DEFENDER UMA OU
MAIS CAUSAS. VOCÊ SABIA QUE AS PETIÇÕES ON-LINE
TÊM GANHADO FORÇA COMO INSTRUMENTO DE PRESSÃO
POPULAR?
SÃO CADA VEZ MAIS RECORRENTES OS ABAIXO- Abaixo-assinados virtuais
-ASSINADOS VIRTUAIS UTILIZADOS COMO FERRAMENTA A Change.org é uma plataforma
PARA O EXERCÍCIO DA CIDADANIA E A APRESENTAÇÃO DE norte-americana para abaixo-
DEMANDAS DE INTERESSE DA SOCIEDADE. -assinados online. Com mais de 154
milhões de usuários no mundo,
sendo 7 milhões deles no Brasil,
Leia, a seguir, algumas histórias de petições que foram aceitas e fizeram a o portal permite que qualquer
pessoa lute por uma causa em que
diferença. acredita. Com ajuda da mobilização
social, uma reivindicação pode sair
vitoriosa. Isso porque, à medida que
te. O problema
S. V. é mãe do P., 8 anos, um garoto carinhoso e inteligen
a petição vai crescendo, o desti-
natário é notificado por e-mail. O
ele não encontr ava uma escola para estudar. Por ser portador de uma
é que site acredita que uma causa pode
escolas municipais
doença rara, chamada de síndrome de Cornélia de Lange, as ser considerada vencedora quando
no dia a dia. Não
exigiam que a mãe pagasse uma pessoa para acompanhá-lo consegue realizar o que demandou,
da rede pública, independentemente de ter 100 ou
podendo arcar com os custos e inconformada com a posição 10 mil assinaturas. [...]
ssinado. Após 10 dias e 23 mil assinatu ras, ela estava sen-
S. criou um abaixo-a
-feira seguinte,
tada com a secretária municipal de educação [...]. Na segunda
BELLUCCI, Bianca. Conheça a história
de cinco petições vitoriosas no Change.org.
P. já estava na escola. Disponível em: <https://33giga.com.br/conheca-
a-historia-de-cinco-peticoes-vitoriosas-no-
. change-org/>. Acesso em: 28 fev. 2019.
BELLUCCI, Bianca.Conheça a história de cinco petições vitoriosas no Change.org

A mãe de M. M. há cinco anos convive com o Alzheimer. Entre causa: motivo pelo qual
os muitos
desafios do dia a dia, a filha se deparou com mais um: ao alguém se propõe a fazer algo, de
comprar uma pas-
sagem de avião para a dona M. L., descobriu que as compan maneira individual ou coletiva.
hias aéreas não
tinham um serviço de suporte para idosos com demênc
ia senil. Então, ela
correu para o Change.org. Após mais de 32 mil assinaturas,
M. saiu vitoriosa
de sua causa. A primeira viagem de sua mãe com um acompa
nhante ocorreu
no último dia 30 de março, no trecho Londrina-São Paulo.

BELLUCCI, Bianca. Conheça a história de cinco petições vitoriosas no Change.org


.

de travessia dos pedestres


O designer D. G. conseguiu aumentar o tempo
Q. F., em S. P., com apena s 704 assinaturas. Ele
em um semáforo na Avenida
o interv alo aumentasse, divulgou
explicou os riscos do cruzamento, pediu que
nas redes sociais e em e-mai ls corpo rativos de empresas da região,
a campanha
da L. e o chefe de atendimento
então encaminhou a petição para o subprefeito
só recebi a respostas evasivas desses
da CET [...] e o pedido foi acatado – antes,
órgão s públicos (os infam es “vamo s estar verificando”).
mesmos

a força política de um clique.


CARBONARI, Pamela. Petições virtuais:

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 7 37


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Produção de texto 7
A campanha Vai Ter Shortinho Sim, por exemplo, começo
u com as
alunas do Colégio E., em S. P. A petição deu certo: a direção
Fique por dentro da escola aten-
deu ao pedido das meninas de poder usar shorts na escola
quando bem
Conheça os objetivos dessa proposta de entendessem. Pouco tempo depois, estudantes do Colégio
produção de texto: A., em P. A., se
engajaram para acabar com as regras machistas de vestuári
a) Reconhecer as petições como um instru- o na escola.
mento de mobilização social. CARBONARI, Pamela. Petições virtuais: a força política de um clique.
b) Elaborar uma petição on-line, conside-
rando seus elementos e suas característi-
cas principais.
c) Definir uma causa particular que possa
ser objeto de uma petição on-line.

um abaixo-
Dica: petiçãoon-line sobre É. T. conseguiu mais de 200 mil assinaturas em
o para que sua irmã E., com apenas 4 meses de idade e síndrome de
causa particular -assinad
grave no coração e
Down, fosse operada. A menina nasceu com uma anomalia
1. Defina a causa pela qual você vai ou o Governo
reivindicar. só uma cirurgia poderia salvar sua vida. A mobilização pression
não havia vaga
2. Pesquise na internet se já existem peti- de B., que, mesmo com mandado judicial, alegava que
a família chegou a
ções relacionadas a essa mesma causa. disponível em nenhuma UTI. A pressão deu tão certo que
de saúde do D. F., H. da F., garantindo que
Em caso afirmativo, analise o teor delas. receber uma ligação do secretário
Se houver uma petição muito seme-
a cirurgia seria realizada.
lhante à que pretende elaborar, escolha
outra causa, para que seu texto tenha .
originalidade. BELLUCCI, Bianca. Conheça a história de cinco petições vitoriosas no Change.org
3. Estruture seu abaixo-assinado de acordo
com as características do gênero.
4. Compartilhe sua petição com o professor
e os colegas. Revise e edite o texto
levando em consideração as contribui- Natural de B. C., no litoral de S. C., a estudante de arquitet
ura C. C., de
ções da turma. Assim, um pode opinar 22 anos, ficou estupefata quando soube de um projeto de
lei de um vereador
sobre a petição do outro. que propunha limitar o uso da bicicleta nas ruas de sua cidade.
5. Escolha uma plataforma na webpara Usuária assídua das “magrelas”, C. decidiu criar, em janeiro
publicar sua petição. Comunique seus deste ano, um
abaixo-assinado online para protestar. Em poucas semanas
amigos e familiares e convide-os a aderir , para sua surpre-
à causa. sa, a petição virtual amealhou cerca de 9 mil assinaturas, provoca
ndo mudan-
ças no projeto de lei original.
“Como tivemos bastante apoio popular, o vereador nos chamou
para con-
versar. Inicialmente, ele chegou a relutar em alterar o projeto,
que excluiria a
bicicleta das vias públicas”, contou ela à BBC Brasil.
“Mas, à medida que a causa cresceu e recebemos assinatu
ras até de es-
trangeiros, ele anunciou que apenas limitaria o uso das bicicleta
s em praças e
calçadas, o que já é previsto em lei”, completou.

BRASILEIROS têm reivindicações atendidas com abaixo-assinados


online.

Esperamos que os alunos concluam que mesmo uma causa particular pode representar um ganho
coletivo. Isso porque, em algum momento, ela pode se tornar regra e beneficiar a todos.
1. Em pequenos grupos, conversem sobre as causas apresentadas. Na
opinião de vocês, qual é a importância social dessas causas, ou seja,
por que a aprovação delas é necessária?
2. Agora é sua vez de elaborar um abaixo-assinado virtual reivindicando
uma causa particular. Para isso, reflita sobre seu cotidiano (familiar,
escolar, social, etc.), estruture sua petição e a publique em uma plata-
forma on-line .

38 Livro de atividades
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Proposta 8
Tudo pode se transformar em poesia...
até uma petição
UMA INUSITADA PETIÇÃO JUDICIAL FOI ESCRITA
EM VERSOS PELO POETA E ADVOGADO PARAIBANO
RONALDO CUNHA LIMA (1935-2012), A QUAL FICOU
CONHECIDA COMO HABEAS PINHO.
Numa madrugada de junho de 1955, um
grupo de seresteiros de Campina Grande
Leia o texto a seguir, endereçado ao juiz Dr. Antonio Moura, observando a fazia serenata, quando chegou a polícia e
criatividade e a originalidade do solicitante. apreendeu o violão.
O grupo recorreu, então, aos serviços do
advogado recém-formado Ronaldo Cunha
Lima, que também apreciava uma boa
O pedido seresta. Ele peticionou em juízo para que o
violão fosse liberado.
O instrumento do crime que se arrola A Fazendo um jogo com a expressão habeas
corpus, a petição poética de Lima ficou
Neste processo de contravenção B conhecida como Habeas Pinho .
Não é faca, revólver nem pistola, A
É, simplesmente, doutor, um violão. B

Um violão, doutor, que em verdade A Na internet, estão disponíveis várias


Não matou nem feriu um cidadão. B versões desse texto, com diferenças de
Feriu, sim, a sensibilidade A linguagem e estrutura.
No entanto, optamos por apresentar a
De quem o ouviu vibrar na solidão. B que foi divulgada pelo jornal Folha de
S.Paulo, em 23 de dezembro de 1975. Esse
O violão é sempre uma ternura A texto já foi declamado pelo ator Rolando
Um instrumento de amor e de saudade B Boldrin em seu programa Sr. Brasil .
O crime a ele nunca se mistura A Oriente os alunos a observar o esquema
de rimas do poema.
Inexiste entre ambos afinidade. B

O violão é próprio dos cantores, A


Dos menestréis de alma enternecida, B
Que cantam as mágoas que povoam a vida, B
E sufocam as suas próprias dores. A

O violão é música e é canção A


É sentimento, é vida, é alegria B
É pureza e néctar que extasia B
É a dor espiritual do coração. A

Seu viver, como o nosso, é transitório, A


Mas seu destino não se perpetua B
Ele nasceu para cantar na rua B
E não pra ser arquivo de cartório. A

Mande soltá-lo, pelo amor da noite, A


Que se sente vazia em suas horas, B
Pra que volte a sentir o terno açoite A
De suas cordas leves e sonoras. B

Libere o violão, doutor juiz, A


Em nome da justiça e do direito. B
É crime, porventura, um infeliz, A
Cantar as mágoas que lhe enchem o peito? B

Produção de texto – 8o. ano – Volume 4 – Proposta 8 39


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Produção de texto 8 Será crime, afinal, será pecado, A


Será delito de tão vis horrores, B
Perambular na rua o desgraçado, A
Fique por dentro Derramando na praça suas dores? B
Conheça os objetivos dessa proposta de
produção de texto: E o apelo que aqui lhe dirigimos, A
a) Refletir sobre a caracterização do gênero Na certeza de seu acolhimento. B
petição.
Juntada desta aos autos, nós pedimos, A
b) Elaborar uma petição poética.
E pedimos, também, deferimento. B

Dica: petição poética Assinado:


1. Selecionem um objeto pessoal para Ronaldo Cunha Lima, advogado.
elaborar a petição.
2. Pensem em um título relacionado ao LIMA, Ronaldo C. Um pedido em versos para liberar o violão . Disponível em: <http://cgretalhos.blogspot.
tema. com/2011/04/o-habeas-pinho-de-ronaldo-cunha-lima.html#.XHgwsPlKjIV>. Acesso em: 26 fev. 2019.
3. Construam versos que rimem entre si.
4. Apresentem argumentos convincentes O juiz que recebeu a petição elaborou uma resposta também em versos.
para que o juiz lhes devolva o objeto.
5. Revisem o texto.
Recebo a petição escrita em verso A
E, despachando-a sem autuação, B
Verbero o ato vil, rude e perverso, A
Que prende, no Cartório, um violão. B

Emudecer a prima e o bordão, B


Nos confins de um arquivo, em sombra imerso, A
É desumana e vil destruição B
De tudo que há de belo no universo. A

Que seja Sol, ainda que a desoras, C


E volte à rua, em vida transviada, D
Num esbanjar de lágrimas sonoras. C

Se grato for, acaso ao que lhe fiz, E


Noite de luz, plena madrugada, D
Venha tocar à porta do Juiz. E

Roberto Pessoa de Sousa, Juiz de Direito.

SOUSA, Roberto P. de. Habeas Pinho. Disponível em: <https://aba.jusbrasil.com.br/noticias/235573898/


habeas-pinho>. Acesso em: 26 fev. 2019.

1. Em pequenos grupos, façam a leitura dos textos em voz alta, para sen-
tirem o ritmo e a sonoridade deles.
2. Ajude os alunos a identificar que o 2. Identifiquem as características de petição presentes no texto de Ronaldo
primeiro poema é composto de dez Cunha Lima (proponente, destinatário, objeto da petição e justificativa).
quartetos (estrofes de quatro ver-
sos). Nas estrofes 1, 2, 3, 7, 8, 9 e 10,
o esquema de rimas é ABAB e, nas
estrofes 4, 5 e 6, ABBA. Já a resposta
do juiz é um soneto (forma fixa cons-
tituída de dois quartetos e dois ter-
cetos), com rimas ABAB e BABA nos
quartetos e CDC e EDE nos tercetos.

3. Inspirados no poema de Ronaldo Cunha Lima, escrevam uma petição


poética.

40 Livro de atividades
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Nome do aluno: Turma:

Produção de texto 1 – Resumo de texto de divulgação científica

8o. ano – Volume 4 – Formulário de produção de texto 1


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Nome do aluno: Turma:

Ficha de avaliação – Produção de texto 1 – Resumo


de texto de divulgação científica

Avaliação do Avaliação do
Resumo de texto aluno professor
de divulgação científica Em Em
Sim Não Sim Não
parte parte

1. Você releu o texto publicado na revista


Galileu?

2. As ideias mais relevantes foram selecionadas?

3. Essas ideias foram agrupadas em um único


texto?

4. Há coesão entre os parágrafos?

5. O texto foi revisado?

2 Livro de atividades
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Nome do aluno: Turma:

Produção de texto 2 – Mapa conceitual: resumo esquemático e hierárquico

8o. ano – Volume 4 – Formulário de produção de texto 3


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Nome do aluno: Turma:

Ficha de avaliação – Produção de texto 2 – Mapa conceitual: resumo esquemático


e hierárquico

Avaliação do Avaliação do
Mapa conceitual: aluno professor
resumo esquemático
e hierárquico Em Em
Sim Não Sim Não
parte parte

1. Você releu o texto e anotou as ideias gerais e


as específicas?

2. Há divisão entre as ideias gerais do texto e as


específicas?

3. Foram utilizadas adequadamente linhas para


ligar as ideias?

4. Foram indicadas palavras, fora dos quadros,


para o estabelecimento de associações?

5. O mapa foi revisado, considerando-se sua


estrutura e a apresentação de ideias?

4 Livro de atividades
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Nome do aluno: Turma:

Produção de texto 3 – Mapa conceitual de texto de divulgação científica

8o. ano – Volume 4 – Formulário de produção de texto 5


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Nome do aluno: Turma:

Ficha de avaliação – Produção de texto 3 – Mapa conceitual de texto de divulgação


científica

Avaliação do Avaliação do
Mapa conceitual de texto aluno professor
de divulgação científica Em Em
Sim Não Sim Não
parte parte

1. O texto foi relido para a elaboração do mapa


conceitual?

2. Há palavras-chave relacionadas aos conceitos


apresentados?

3. Foram apresentados exemplos?

4. As informações estão ligadas


hierarquicamente?

5. É clara a relação entre o texto-base e o mapa


conceitual?

6 Livro de atividades
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Nome do aluno: Turma:

Produção de texto 4 – Mapa mental

8o. ano – Volume 4 – Formulário de produção de texto 7


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Nome do aluno: Turma:

Ficha de avaliação – Produção de texto 4 – Mapa mental

Avaliação do Avaliação do
aluno professor
Mapa mental
Em Em
Sim Não Sim Não
parte parte

1. Vocês selecionaram o assunto do mapa


mental?

2. Antes da elaboração do mapa mental, foi


feito o brainstorming (tempestade de ideias)?

3. Há conexão entre os termos?

4. As informações do mapa mental estão claras


para o leitor?

5. O texto foi revisado?

8 Livro de atividades
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Nome do aluno: Turma:

Produção de texto 5 – Petição on-line: segurança no trânsito em áreas escolares

8o. ano – Volume 4 – Formulário de produção de texto 9


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Nome do aluno: Turma:

Ficha de avaliação – Produção de texto 5 – Petição on-line: segurança


no trânsito em áreas escolares

Avaliação do Avaliação do
Petição on-line : aluno professor
segurança no trânsito
em áreas escolares Em Em
Sim Não Sim Não
parte parte

1. Vocês fizeram o levantamento correto do


que pode e deve ser solicitado na petição?

2. Vocês pesquisaram qual é o órgão mais


adequado para o envio da petição?

3. Os argumentos da petição estão claros e têm


relação com o que é solicitado?

4. A petição apresenta todos os itens


necessários (autores, destinatários, objeto,
justificativas e data)?

5. O texto apresentado segue o modelo de


uma petição?

6. O texto foi revisado?

10 Livro de atividades
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Nome do aluno: Turma:

Produção de texto 6 – Petição on-line sobre fogos de artifício barulhentos

8o. ano – Volume 4 – Formulário de produção de texto 11


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Nome do aluno: Turma:

Ficha de avaliação – Produção de texto 6 – Petição on-line sobre


fogos de artifício barulhentos

Avaliação do Avaliação do
Petição on-line sobre aluno professor
fogos de artifício barulhentos Em Em
Sim Não Sim Não
parte parte

1. Vocês pesquisaram qual é o órgão mais


adequado para o envio da petição?

2. A petição apresenta todos os itens


necessários (autores, destinatários, objeto,
justificativas e data)?

3. Há argumentos claros e exemplos a respeito


do tema?

4. Os argumentos apresentados são coerentes


com o tema da petição?

5. O texto foi revisado?

12 Livro de atividades
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Nome do aluno: Turma:

Produção de texto 7 – Petição on-line sobre causa particular

8o. ano – Volume 4 – Formulário de produção de texto 13


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Nome do aluno: Turma:

Ficha de avaliação – Produção de texto 7 – Petição on-line sobre causa particular

Avaliação Avaliação do
Petição on-line sobre do aluno professor
causa particular Em Em
Sim Não Sim Não
parte parte

1. Você selecionou uma causa particular e


refletiu sobre ela?

2. A causa escolhida vai mobilizar as pessoas a


aderir ao abaixo-assinado?

3. O abaixo-assinado apresenta todos os itens


necessários (autores, destinatários, objeto,
justificativas e data)?

4. O texto foi revisado?

14 Livro de atividades
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Nome do aluno: Turma:

Produção de texto 8 – Petição poética

8o. ano – Volume 4 – Formulário de produção de texto 15


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Nome do aluno: Turma:

Ficha de avaliação – Produção de texto 8 – Petição poética

Avaliação do Avaliação do
aluno professor
Petição poética
Em Em
Sim Não Sim Não
parte parte

1. Vocês selecionaram um objeto pessoal,


como o violão, para elaborar a petição?

2. O título da petição condiz com o tema?

3. Ha rimas entre os versos?

4. Há argumentos convincentes para que o juiz


lhes devolva o objeto?

16 Livro de atividades

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