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1) (ENEM 2013)

Até quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!

GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).
As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao
texto

A) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.

B) cunho apelativo, pela predominância de imagens


metafóricas.

C) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.

D) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.

E) originalidade, pela concisão da linguagem.


Alternativa “D”.

A linguagem coloquial adotada por Gabriel, O


Pensador, confere à letra da música grande
espontaneidade, marca do discurso utilizado
no gênero textual rap.
2) Observe a charge abaixo :
A linguagem da charge revela:

A) Pela variedade linguística  usada pelos falantes eles não


conseguem se comunicar.

B) Evidenciamos um uso formal da linguagem, visto que


eles personagens são estudantes.

C) Expressões como “cê”, “pra”, pobrema” devem ser


banidos da língua em qualquer situação.
D) A fala dos personagens evidenciam o uso coloquial da
linguagem, motivado por diversos fatores.
E) Não há nenhum tipo de problema com a linguagem
usada por eles, podendo ser utilizada também em trabalhos
escolares, requerimentos.
Alternativa “D”.
3) ENEM 2010 - Observe a imagem :
As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam  o  falante
a adaptá-la às variadas situações de comunicação. Uma das
marcas linguísticas que configuram a  linguagem  oral  informal
usada entre o avô e o  neto  neste texto é

A) a opção  pelo emprego  da  forma verbal “era” em  lugar


de “foi”.

B) a ausência de  artigo antes da palavra “árvore”.


C) o emprego da redução “tá” em lugar da forma verbal
“está”.
D) o emprego da contração “desse” em lugar de “de esse”.
E) a utilização do pronome “que” em lugar de frase
exclamativa.
Alternativa “C”.
4) Observe a imagem :
Na charge apresentada, o autor utilizou recursos
linguísticos para representar mosquitos de lugares
diferentes. Sobre isso, é coerente dizer que

A) a intenção de mostrar a diferença linguística ridiculariza


os erros gramaticais praticados.
B) os deslizes ortográficos, ressaltados com aspas, tentam
reproduzir, na escrita, a pronúncia das palavras
C) um mosquito é argentino, o outro, português

D) o uso equivocado de algumas palavras não interfere na


interpretação da charge
E) a utilização de palavras específicas de cada região não
contribui para a identificação da origem decada mosquito.
Alternativa “B”.
5) ENEM 2016 Leia o texto:

De domingo — Não. Palavra de segunda-feira é


 — Outrossim? óbice.
— O quê? — “Ônus.
— O que o quê? — “Ônus” também. “Desiderato”.
— O que você disse. “Resquício”.
— Outrossim? — “Resquício” é de domingo.
—É. — Não, não. Segunda. No máximo
— O que que tem? terça.
—Nada. Só achei engraçado. — Mas “outrossim”, francamente…
— Não vejo a graça. — Qual o problema?
— Você vai concordar que não é — Retira o “outrossim”.
uma palavra de todos os dias. — Não retiro. É uma ótima palavra.
— Ah, não é.Aliás, eu só uso Aliás, é uma palavra difícil de usar.
domingo. Não é qualquer um que usa
— Se bem que parece uma palavra “outrossim”.
(VERÍSSIMO. L.F. Comédias da vida privada. Porto  Alegre: LP&M,
de segunda-feira. 1996).
No  texto, há uma  discussão  sobre o uso de algumas
palavras da língua portuguesa. Esse uso  promove o (a)
A) marcação temporal, evidenciada pela presença de palavras
indicativas dos dias da semana.
B) tom humorístico, ocasionado  pela ocorrência de  palavras
empregadas em  contextos  formais.
C) caracterização da identidade linguística dos interlocutores,
percebida pela recorrência de palavras regionais.

D) distanciamento entre os  interlocutores, provocado pelo 


emprego de palavras com  significados poucos conhecidos.
E) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção de
palavras desconhecidas por  parte de  um dos  interlocutores
do  diálogo.
Alternativa “B”.
6) Entrevistadora  — Eu  vou  conversar aqui com a
professora A.D. O  português então não é uma língua
difícil?

Texto I
Professora — Olha se  você  parte do princípio… que a língua
portuguesa  não  é  só  regras  gramaticais… não se  você   se
apaixona pela  língua que  você…  já  domina… que  você  já  fala
ao  chegar na  escola se teu  professor  cativa você a  ler obras
da  literatura…  obra da/ dos  meios de comunicação… se você
tem acesso a  revistas… é…  a  livros  didáticos… a… livros de 
literatura  o mais  formal o  e/ o  difícil é  porque  a  escola 
transforma como  eu  já  disse as  aulas de  língua  portuguesa 
em análises  gramaticais.
Texto II
Professora — Não, se  você parte do princípio que  língua 
portuguesa não  é  só  regras  gramaticais. Ao chegar à escola, o
aluno   já domina e   fala a  língua. Se o  professor  motivá-lo a 
ler  obras  literárias e se tem acesso a  revistas, a  livros
didáticos, você se  apaixona  pela  língua. O  que  torna  difícil é 
que a escola  transforma as  aulas de  língua  portuguesa em
análises  gramaticais.
(MARCUSCHI,  L. A. Da  fala para  a escrita: atividades de 
retextualização. São  Paulo: Cortez, 2001)
O  texto  I  é  a  transcrição de entrevista  concedida por  
uma professora de  português a  um programa de  rádio. O
texto II é  a adaptação dessa  entrevista para a modalidade
escrita. Em comum, esses  textos

A) apresentam ocorrências de  hesitações  e reformulações.

B) são  modelos de  emprego de regras gramaticais.

C) são exemplos de uso  não  planejado da língua.

D) apresentam marcas da linguagem  literária.

E) são  amostras do  português  culto  urbano.


Alternativa “E”.
7) ENEM 2016 - Leia o texto

Mandinga — Era a denominação que, no  período das 


grandes  navegações, os  portugueses davam à  costa
ocidental da  África. A  palavra se tornou sinônimo  de
feitiçaria porque os  exploradores  lusitanos consideram
bruxos  os africanos que ali  habitavam — é que eles
davam  indicações sobre a  existência de ouro na região. Em
idioma nativo, manding designava terra de  feiticeiros. A
palavra acabou  virando sinônimo de feitiço, sortilégio.

(COTRIM, M. O  pulo do gato 3.  São  Paulo: Geração Editorial, 2009. Fragmento)
No  texto,  evidencia-se que a construção do significado da
palavra  mandinga resulta de um (a)

A) contexto sócio-histórico.

B) diversidade técnica.

C) descoberta geográfica.

D) apropriação religiosa.

E) contraste cultural.
Alternativa “A”.
8) ENEM 2014 - Leia o texto

Óia eu  aqui de  novo Como se deve xaxar.


xaxando Vem cá morena linda
Óia eu aqui de novo pra xaxar Vestida de chita
Vou mostrar pr’esses cabras Você é a mais bonita
Que eu ainda dou no couro Desse meu lugar
Isso é um desaforo Vai, chama Maria, chama
Que eu não posso levar Luzia
Que eu aqui de novo Vai, chama Zabé, chama
cantando Raque
Que eu aqui de novo xaxando Diz que tou aqui com alegria.
Óia eu aqui de novo (BARROS, A. Óia  eu  aqui de  novo.
Disponível  em <www.luizluagonzaga.mus.br
mostrando > Acesso em 5 mai  2013)
A letra da canção de  Antônio Barros manifesta aspectos do
repertório  linguístico e  cultural do Brasil. O  verso que
singulariza uma  forma do falar  popular  regional é

A) “Isso é um desaforo”

B) “Diz que  eu  tou aqui com alegria”

C) “Vou  mostrar pr’esses cabras”

D) “Vai, chama  Maria, chama  Luzia”

E) “Vem  cá, morena linda, vestida de chita”


Alternativa “C”.
9) Leia o texto (ENEM 2005)

[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se


entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas
da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os
ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias
são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste,
porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma
delícia?). (Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.)
O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o
de Portugal quanto

A) ao vocabulário.

B) à derivação.

C) à pronúncia.

D) gênero

E) à sintaxe.
Alternativa “A”.
10) (ENEM 2007) As dimensões continentais do Brasil são
objeto de reflexões expressas em diferentes linguagens.
Esse tema aparece no seguinte poema:

“(….)
Que importa que uns falem mole descansado
Que os cariocas arranhem os erres na garganta
Que os capixabas e paroaras escancarem as vogais?
Que tem se os quinhentos réis meridional
Vira cinco tostões do Rio pro Norte?
Junto formamos este assombro de misérias e grandezas,
Brasil, nome de vegetal! (….)”

(Mário de Andrade. Poesias completas. 6. ed. São Paulo: Martins Editora, 1980.)
O texto poético ora reproduzido trata das diferenças
brasileiras no âmbito

A) étnico e religioso.

B) linguístico e econômico.

C) racial e folclórico.

D) histórico e geográfico.

E) literário e popular.
Alternativa “B”.

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