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MAYA

Um roteiro
de
Vinicius Piedade

Uma história de Lorenzo Sevieri

Copyright 199x por Lorenzo


Sevieri

Todos os direitos reservados


FADE IN:

1.INT. NOTICIÁRIO - CASA DE HUGO - DIA

Uma televisão é mostrada, uma gravação do canal de notícias


está no ar. A repórter então relata um acidente.

REPÓRTER
Hoje, 12 de dezembro de 2023,
aconteceu uma tragédia, Maya, uma
mulher de 62 anos, residente na cidade
do Guarujá, foi encontrada morta após
um incêndio causado por uma explosão
em sua própria casa. O filho, que
morava com ela, havia saído de casa e
esquecido uma das bocas do fogão
acesas, pois estava cozinhando. Por
isso, tudo indica que a explosão tenha
sido causada por um vazamento de gás.
O caso ainda será investigado mais a
fundo pelas autoridades.

A televisão é desligada e vemos um jovem com seu celular.


HUGO, jovem alto e de cabelos longos, levanta do sofá
cabisbaixo e anda até a mesa da sala. Hugo pega alguns
remédios e toma. Vemos vários papéis, alguns amassados, e
livros espalhados pela mesa. Hugo acende um cigarro, fica em
silêncio por alguns segundos e então começa a escrever.

HUGO (V.O)
Há muito tempo tenho me sentido uma
merda. É como se nada fazer sentido
fosse o único sentido de todas as
coisas. Se eu pudesse voltar no tempo,
provavelmente dormiria no enterro na
minha mãe.

Enquanto Hugo escreve, vemos o apartamento de Hugo,


praticamente vazio, apenas bagunçado, com caixas de papelão
espalhadas, sem nenhuma decoração e com quadros deitados na
estante. A campainha toca e Hugo para de escrever. Hugo se
levanta calmamente e vai até a porta. Hugo olha pelo olho
mágico, e depois questiona.

HUGO
Tudo bem? Aconteceu alguma coisa?

SÍNDICO
Tudo bem, eu acho... Podemos conversar
por um instante?

HUGO
Claro.

SÍNDICO
Poderia abrir a porta, então?

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2.

Hugo abre a porta.

HUGO
Me desculpa. Não costumo receber muita
gente aqui... Acabo estranhando
visitas.

SÍNDICO
Eu imagino... Bem, vou direto ao
assunto, eu sei que você está passando
por um momento difícil. Ninguém supera
uma perda dessas do dia pra noite,
como eu ja tinha te falado antes.
Enfim, ja fazem 2 meses dessa
situação, e eu preciso que você me
pague pelo menos uma parcela do
aluguel, pra me ajudar.

HUGO
Eu sei... Estou tentando, preciso
terminar o meu livro...

SÍNDICO
(Interrompendo)
Porque você não procura por alguma
vaga de emprego por aí? É mais
garantido pelo menos... E outra, você
não tem nenhum parente que possa te
ajudar no momento?

HUGO
Não! Sou filho único, e não tenho
nenhum parente próximo daqui. Estou
completamente sozinho. Mas obrigado
pelo favor de me deixar ficar nesse
apartamento por enquanto.

SÍNDICO
Bom... Acho que posso te manter aqui
por mais um tempo, daqui a um mês
voltamos a conversar.

Hugo agradece e depois fecha a porta na cara do Síndico. Hugo


volta para a sala, senta no sofá, coloca as mãos sobre a
cabeça. Hugo começa a chorar, alguns segundos se passam. Hugo
levanta e começa a andar pelo apartamento. Hugo encosta em
uma parede, lentamente escorrega até cair no chão e aos
poucos se desespera em meio as lágrimas. O sofrimento de Hugo
é intenso.

FADE OUT

FADE IN

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3.

2.INT. CASA DE HUGO - NOITE

Hugo acorda, sentado em posição fetal. Hugo levanta, enxuga o


rosto, toma seus remédios, senta na mesa e abre seu notebook.
Hugo começa a mexer em seu currículo e envia-lo por e-mail
para várias empresas. Hugo vai até a cozinha e prepara um
café. Uma sequência da rotina de Hugo é mostrada, desde
escovar os dentes, tomar seus remédios, tomar um banho,
comer, escrever, fumar até dormir. Tudo de forma chata e
monótona. Hugo começa a riscar dias em um calendário. Vários
dias se passam ao longo dessa sequência.

HUGO (V.O)
E mais uma vez, acordei assim. Sem
esperança e ânimo. Me perguntando se
as coisas tem algum sentido pra mim.
Agora, além de sofrer, terei que
largar a escrita pra não acabar
debaixo de uma ponte. Bom... talvez
seja mais digno do que viver assim.
Talvez eu deva ir para os bosques e
viver deliberadamente.

Todos os dias ao acordar, Hugo pega seu caderno e começa a


escrever sobre seus sonhos na noite anterior, enquanto fuma.
Hugo tem explosões de raiva, no meio dessa sequência de
ações, quebra objetos dentro de seu apartamento, grita e
chora cada vez mais. Hugo recebe mensagens e ligações em seu
celular, mas ignora todas elas. O Síndico bate algumas vezes
na porta e cobra novamente o aluguel, Hugo parece definhar e
não demonstra mais forças nem para responder. O Síndico aos
poucos se irrita e começa a gritar com Hugo. No fim da
sequência, passam-se 3 mês de acordo com os riscos no
calendário. Hugo vai dormir mais uma vez.

CORTE PARA:

Hugo acorda e vê um brilho muito forte. Hugo esfrega os olhos


e se depara com uma garota que está deitada ao lado dele em
sua cama. MAYA com traços angelicais, brilha como a luz do
dia e Hugo se espanta ao olhar pra ela. Maya acorda.

MAYA
Amor? O que aconteceu? Você teve outro
pesadelo?

HUGO
Eu...Eu não sei... Tô meio confuso.

Maya abraça Hugo. Maya levanta e puxa Hugo pra fora da cama.

MAYA
Vem, vamos tomar café.

HUGO
Café... café é bom.

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4.

Hugo percebe vários quadros em seu apartamento, com fotos


dele e da Maya juntos e felizes. Um dos quadros contém os
nomes Hugo e Maya dentro de um grande coração. Hugo encara
Maya enquanto ela arruma a mesa para os dois comerem.

HUGO
Eu preciso usar o banheiro, já volto.

Hugo corre para o banheiro, tranca a porta e olha para o


espelho. A feição cansada e derrotada de Hugo não está mais
presente, Hugo lava o rosto e mesmo confuso, levanta a cabeça
com um sorriso no rosto. Hugo volta para a sala de estar e
senta na mesa. Os dois começam a comer.

MAYA
Amor, fica de olho no horário, assim
você não se atrasa.

HUGO
Atrasar? Pra onde?...

MAYA
Você não está bem hoje mesmo. Você tem
uma reunião com aquela editora super
famosa por conta do seu livro, lembra?

HUGO
Ah, é verdade, eu quase me esqueci.
Mas vou remarcar, quero tirar o dia
pra ficar aqui com você. Eu não quero
que nada disso acabe.

MAYA
Eu te amo. Mas não tem nada acabando,
só começando. E a reunião é
importante, você sabe disso. Eu vou
ficar aqui, assim que você chegar a
gente vai ter muito pra comemorar.

Maya pega uma camisa social e entrega para Hugo, que se


veste. Maya ajuda Hugo a abotoar a camisa, enquanto Hugo
encara Maya com um sorriso bobo. Hugo se levanta, manda um
beijo para Maya e sai do apartamento. Assim que a porta se
fecha, Hugo acorda. Hugo põe as mãos sobre a cabeça e vê seu
caderno de sonhos. Hugo começa a escrever e fumar.

HUGO (V.O)
Depois desse sonho, algo começou a
mudar em mim. Alguma coisa despertou
uma chama que queria arder dentro do
meu peito. Depois de muito tempo
mergulhado nos meus mais obscuros
sentimentos, como se já tivesse
morrido, só esperando o dia da minha
partida, a partir de hoje, voltarei a
viver.

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5.

Hugo abre seu notebook e percebe que recebeu um e-mail, com


uma oferta de emprego em uma editora. Hugo se espanta com a
notícia e corre para se arrumar, Hugo se prepara para sair de
casa. Hugo sai sem tomar seus remédios, Hugo tranca seu
apartamento e corre para a entrevista enquanto segura uma
pasta em suas mãos. Muitas pessoas estão no corredor, descem
e sobem as escadas, no meio da multidão, Hugo esbarra em uma
garota bem arrumada com outra pasta na mão. Hugo olha para
ela e percebe que é Maya, a garota do sonho. Apressado, Hugo
pega suas coisas e corre. Maya pega suas coisas e percebe que
Hugo deixou sua carteira e seu documento de identidade, Maya
tenta devolver mas já não encontra Hugo no meio da multidão.

3. INT. CASA DE HUGO - DIA

Hugo chega em casa depois da entrevista de emprego. Hugo


procura por seu documento. Hugo começa a escrever. Uma
sequência da rotina de Hugo é mostrada, desde escovar os
dentes, tomar um banho, cantar no chuveiro, comer, escrever,
fumar, até dormir. Dessa vez, em todas as ações, Hugo sorri,
dança e risca seu calendário, conforme os dias se passam.

HUGO (V.O)
De repente, as cores daquela aquarela,
que tinham sido apagadas pela chuva,
voltaram a ganhar vida e ficaram ainda
mais vívidas. Eu tinha a gana de
voltar a explorar todas as minhas
circunstâncias, até porque se eu não
salvar isso, quem me salvaria?

Hugo encontra Maya algumas vezes ao longo dessa sequência da


sua rotina, no elevador, na academia, na piscina, porém Hugo
apenas troca olhares com a garota. Hugo volta a escrever
sobre seus sonhos, sempre com a felicidade estampada em seu
rosto. Hugo acende um cigarro, abre seu notebook e começa a
escrever um novo livro, sem colocar um título.

HUGO (V.O)
Vários dias se passaram, e no decorrer
deles, eu me questionava, questionava
até mesmo tudo que eu ja havia
estudado antes. Passei a querer
entender como meus sonhos podiam falar
tão bem da minha realidade e dos meus
sentimentos. Percebi que a consciência
das coisas sonhadas, não tinha nada a
ver com a minha inconsciência. Aquela
garota, eu ainda estou tentando
entender, como posso te-la sonhado sem
nunca te-la visto. Talvez eu fosse tão
desligado que não percebi que possa
ser alguém que eu já tivesse
encontrado numa fila de supermercado.
Passei a pensar nela dia e noite, como
se fosse algum tipo de alucinação.

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6.

CORTA PARA:

Os quadros da casa de Hugo voltam a ter seu lugar, a casa


aparenta estar mais vívida.

4. INT. PRÉDIO DE HUGO - NOITE

Hugo entra no elevador. Hugo se depara mais uma vez com Maya
no elevador. Maya segura o livro "Crime e Castigo" em mãos.

HUGO
Dostoievski... E ainda por cima com um
dos meus favoritos.

MAYA
Olha... Eu tava até cansada, mas só de
saber que alguém além de mim aqui,
gosta de Dostoievski. Já me deixa mais
animada. Mas você conhece outros né?
Não só esse.

HUGO
Bom... "O Sonho de um Homem Ridículo"
mudou muita coisa na minha vida. É
como ir do céu ao inferno.

Os dois riem. Um silêncio toma conta do elevador.

HUGO
Ei, não sei como você está hoje, se
está muito ocupada, mas... Porque que
a gente não senta um pouco lá fora,
pra conversar mais sobre literatura.

MAYA
Tudo bem... Eu só preciso subir e
tomar um banho e depois a gente se
encontra aqui embaixo, pode ser?

HUGO
Pode sim... Mas... qual o seu nome
mesmo?

MAYA
Maya. E o seu?

Hugo se surpreende.

HUGO
Hugo...

O elevador para e Maya sai. Hugo aguarda Maya sentado nos


arredores do prédio. Maya chega com um livro em mãos. Os dois
conversam e riem sob a luz da lua.

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7.

5. INT. CASA DE HUGO - DIA

Hugo fuma enquanto escreve em seu caderno, na varanda de sua


casa. A campainha toca. Hugo apaga o cigarro e vai atender o
porta.

HUGO
Opa, como vai? Tudo bem com você?

SÍNDICO
Comigo tudo ótimo, eu vim aqui te
perguntar, como está se saindo no
emprego novo?

HUGO
Voltando à vida normal aos poucos.

CORTA PARA:

A mesa de jantar está repleta de cigarros apagados, Hugo


arrasta as cadeiras de volta para perto da mesa, Hugo leva de
volta duas xícaras de café, Hugo as lava apenas com agúa.

FADE OUT

6. INT. CASA DE HUGO - NOITE

FADE IN

Hugo desliga o telefone, e sorri.

HUGO (V.O)
De forma muito estranha, tudo que
acontecia, era muito positivo, cada
ação que eu tomava. Mesmo que eu
repetisse todas as coisas, aprendi que
não se pode entrar no mesmo rio duas
vezes. Então tudo pra mim era de uma
felicidade e novidade imensa. Por isso
mesmo, decidi aproveitar a boa fase
chamar aquela garota Maya para jantar.
Seu nome e trejeitos certamente não
sairam da minha cabeça.

Hugo toma banho, a água quente do chuveiro gera fumaça por


todo o banheiro, Hugo se masturba e escreve o nome de Maya no
vidro do box com um coração no final.

CORTA PARA:

Hugo acende um cigarro e volta a escrever seu novo livro em


seu notebook, dessa vez ele coloca um título para o livro:
MAYA.

FADE OUT

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8.

7. INT. RESTAURANTE - NOITE

FADE IN

Hugo chega ao restaurante, Hugo avista Maya conversando com o


garçom, Hugo enciumado o encara por alguns segundos, e assim
que o garçom sai, Maya avista Hugo e o chama para sentar.
Hugo cumprimenta Maya com um beijo no rosto e se senta, outro
garçom se aproxima e anota o pedido de Hugo. O tempo passa.
Hugo e Maya conversam, as pessoas ao fundo no restaurante
observam e encaram com estranheza os dois.

HUGO
Eu sempre me senti inseguro a respeito
dos meus sentimentos, e também das
minhas atitudes. É difícil ouvir o
nosso coração as vezes.

MAYA
Eu também sempre fui muito confusa,
você quis dizer que é meio confuso
também né?

HUGO
(refletindo)
Posso dizer que sim.

MAYA
As vezes a gente fica procurando
respostas onde não deve. Talvez a
resposta esteja ali do nosso lado.

HUGO
Nem sempre nos livros. Certo?

Os dois sorriem. Hugo e Maya terminam seu jantar.

FADE OUT

8. EXT. PRAIA - DIA

FADE IN

Os dois andam pela beira da praia, de mãos dadas. Os dois


conversam e riem durante todo o percurso. Hugo e Maya param
de andar.

HUGO
Lembra da conversa que nós tivemos no
restaurante?

MAYA
Claro que lembro! Foi muito importante
pra mim.

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9.

HUGO
Escrevi um poema... Por causa da nossa
conversa... Doce menina frágil, que me
leva com a dança; com a habilidade de
ser ágil, sendo mais adulta que
criança. Acalma o teu coração; jogue
os pensamentos no vão; lembre-se das
preces antigas que sempre foram tuas
amigas. Deita em meu peito, escuta com
calma os batimentos que buscam
entendimentos das dúvidas confusas do
meu leito. Obedece minha intuição,
junta a minha e a tua confusão,
sussurra em meu ouvido e diz: Não é
preciso muito para ser feliz! Deixa
deixar de me consumir nessa busca
incessável do perfeito. Fala que posso
do efêmero rir, e então buscar
abandonar o que já foi feito.

Os dois se olham por alguns segundos, lentamente se aproximam


e se beijam pela primeira vez...

CORTA PARA:

9. INT. CASA DE HUGO - NOITE

Hugo e Maya se arrumam para sair. Hugo começa a ter uma crise
de pânico. Maya tenta acalmar Hugo. Uma sequência de
encontros dos dois juntos é mostrada. Os dois leem livros
juntos, se beijam, dançam, comem, fumam, se divertem.

HUGO (V.O)
Desde então, eu e Maya vivemos muitas
coisas juntos. Eu achava impossível
encontrar alguém que tivesse tanto a
ver comigo, alguém que soubesse me
ouvir e entender tanto quanto ela. Mas
enfim, encontrei. E aquilo me fazia
muito bem.

Enquanto dançam, Hugo e Maya conversam. Um filme é mostrado


na televisão atrás dos dois.

HUGO
Eu tô apaixonado por você! Eu amo cada
detalhe teu. Eu amo de como seus olhos
doces me olham. Eu amo o jeito que seu
cabelo balança contra o vento. Eu amo
sua boca, os detalhes da sua boca.
Nossa...

MAYA
(Interrompendo e rindo)
Tudo isso? Precisa ser tanto assim?
Será que eu não merecia menos?

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10.

HUGO
Eu não consigo te explicar. É tão
intenso. Parece até desenhado de tão
forte. Sei lá, sabe? Não sei... Parece
sonho!

MAYA
(rindo)
Você que é um sonho. Quase tão
perfeito quanto aqueles de padaria.

No final da sequência Hugo e Maya ofegantes deitam juntos na


cama de Hugo, semi nus, apenas cobertos pelo lençol...

Hugo acende um cigarro e vai para o seu notebook continuar o


seu livro, Hugo escreve sobre a sua ideia de pedir Maya em
namoro. Hugo manda mensagem para Maya.

HUGO (V.O)
De todas as coisas feitas entre eu e
ela, agora só faltava uma. Estava na
hora de oficializar o nosso
compromisso. Eu faria isso na noite
seguinte.

CORTA PARA:

10. INT. CASA DE HUGO - NOITE

Hugo varre a casa enquanto dança com a vassoura. Hugo prepara


um jantar a luz de velas, Hugo arruma os detalhes da mesa,
coloca as velas e cozinha o jantar. Hugo pega uma faca e
começa a cortar tomates.

HUGO (V.O)
Eu estava muito nervoso naquela noite,
com a falsa ilusão de tentar reduzir
as expectativas, até porque elas nos
levam para o amanhã e nos fazem perder
o presente. De toda forma, queria que
o amanhã chegasse e fosse positivo.

A campainha toca, Hugo vai atender a porta e vê que se trata


de Maya. Maya sorri para Hugo, Maya está com o documento de
identidade de Hugo em mãos. Hugo tenta abraça-la e beija-la
porém Maya recua e acerta um tapa na cara de Hugo. Nesse
momento, Hugo paraliza e vemos que na verdade, todo esse
tempo Hugo estava sozinho, Hugo nunca chamou Maya para sair,
é uma ilusão de sua cabeça. Hugo retoma a consciência e fica
transtornado de raiva. Maya decide fugir, Hugo a segura. Hugo
puxa Maya pra dentro de seu apartamento, e tem um ataque de
fúria. Os dois discutem intensamente. Maya tenta gritar mas
Hugo tapa sua boca. Hugo pega a faca que estava usando para
cortar os tomates. Hugo joga Maya no chão e começa a
esfaquea-la enquanto grita. Hugo assassina Maya.

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11.

CORTA PARA:

Alguns segundos se passam e Hugo respira fundo, logo o ódio


de Hugo passa. Hugo olha para a cena do crime e se assusta,
escorrega pela parede e começa a chorar. Hugo está
completamente sujo de sangue. A campainha toca novamente,
Hugo se assusta e corre para tentar esconder o corpo, Hugo
deixa o corpo no corredor da casa. Hugo atende a porta e fica
perplexo ao perceber que Maya está novamente na sua frente,
com o seu documento de identidade em mãos, enquanto sorri.

FIM

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