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Meu Acaso Sedutor -Livro 2 Da Série: Babacas De Terno by

readlissa

Category: Romance

Genre: acordo, amor, drama, hot, romance, segredos, venturelli

Language: Português

Status: Completed

Published: 2019-09-11

Updated: 2021-11-15

Packaged: 2022-03-07 15:01:15

Chapters: 96

Words: 210,752

Publisher: www.wattpad.com

Summary: "Não era tão difícil, eu só não podia cair no jogo de sedução
dele"

LIVRO 2 // Da SÉRIE: Babacas de terno.

Rubi Mendoza com os seus 24 anos era presidente de uma grande empresa
de designer no centro de Nova York, uma mulher forte e exuberante sempre
recpetiva com todos. Rubi viu a sua empresa e a empresa do pai ficar na
beira da falência, infelizmente ela confiou na pessoa errada trazendo
consequências ruins, e uma delas foi quase perder tudo.
Mas com um acordo entre seu pai e a família Venturelli ela viu a solução
para seus problemas, o acordo aconteceu e a junção das empresas foi feita,
agora, eles eram um só.

Rubi só não contava que seu sócio com quem ela trabalharia todos os dias
fosse incrivelmente sexy e sedutor.

√ Eles já tinham se encontrado meses atrás e não foi nada agradável.

√ Ela não esperava que esse acaso de olhos incrivelmente azuis que deixa
suas pernas bambas em questão de segundos seria sua irritação diária e sua
perdição.

Será que ela vai cair na tentação do cafajeste delícia?

==========

Bem vindos a minha mais nova história! ❤️espero te fazer rir, amar, odiar e
chorar (só não disse por onde)

Ei! Clica em "Ler", não fique com vergonha não hahaha embarque comigo
nessa nova aventura.

Estou esperando por você.


 

PLÁGIO É CRIME!

Obra de minha autoria. Qualquer semelhança é mera coincidência.

O que? O que foi? Ainda não cliclou?

Clica logo!

#1 em drama (07/12/19)

#1 em segredo (16/06/20)

#1 em romance (25/03/21)

Language: Português

Read Count: 14,041,180

 
Meu acaso Sedutor.

Oi babys!

Quero lhes apresentar minha mais nova obra "Meu acaso sedutor" que
é o segundo livro da Série: Babacas de terno.

Primeiro: SEM SPOILER! não dê spoiler caso esteja relendo, por


favor. Isso me prejudica e as novas leitoras, vamos respeitar, babys. Só
isso que peço.

Bom, sem mais enrolação vim aqui dizer o que vai se passar nesse livro:

. A história se passará 1 mês depois do que aconteceu no primeiro livro


"Acordo com um babaca"

. Teremos a história de Adam Venturelli e Rubi Mendonza que


trabalharão juntos já que a empresa de ambos fizeram uma fusão.

. Teremos brigas! Mas não é qualquer tipo, estou falando das


quentes...se é que me entendem 😏.

. Algumas descobertas chocantes que vocês vão ficar de boca aberta!

. Hot? Rapaz...eu já disse que esse livro vai pegar fogo? Porque ele vai.

. Teremos aparições dos personagens do primeiro livro ( Só os que


gostamos rsrsrs ) . Nascimento e o descobrimento do sexo do bebê de
Dylan e Lisa acontecerá nesse livro.

×××

Adicione esse livro na sua biblioteca para acompanhar mais uma


história minha e esse casal para lá de quente.

Ele estará completo aqui em breve ❤️.


Aguçando a memória

E aí meu povo! Eu vim postar as fotinhos dos personagens novamente


apenas para aguçar a memória de vocês caso não se lembrem deles, aí
está:

(ps: Você pode imagina-los do jeito que quiser, essa é apenas a minha
visão)

×××
Adam Venturelli
Rubi Mendoza
Lisa Venturelli
Dylan Venturelli
Emily Brooks
Peter Ross
Susie Jones
Nathaniel Venturelli

Nomes reais:
Lisa: Victoria Brono.

Rubi: Eiza Gonzalez.

Emily: Pamela Reif

Susie: Chloe de Barros

Dylan: Fabian Castro

Adam: JorgNink

Peter: Levi stocke

Nate: Bruno Santos


1° capítulo

Weareee back!

Peço encarecidamente, aos que estão relendo que não dêem Spoiler, têm
gente lendo pela primeira vez também. Agradeço ❤️.

Rubi.

Vamos lá! Não é tão difícil. É só não deixar cair no chão e depois
aproveitar.

Uma vozinha até comemorou dentro da minha cabeça.

Balancei a panela rezando para não deixar a panqueca cair no chão, mexi
para frente e para trás jogando a mesma para cima em seguida, vi ela
rodando na minha frente e sorri contente por estar conseguido, mas parei
quando vi a mesma indo direto para o chão!

Que desgraçada!

Pareceu até que ela estava debochando de mim!

Isso soou ridículo, mas pareceu.

Um estalo veio do chão e eu apertei os lábios, filha da mãe! Você não vai
me vencer.

Coloquei mais massa na panela e esperei com as mãos na cintura, fiquei


olhando para ela fixamente e ainda passei a costa da mão na boca como se
estivesse lutando em um octógono de luta.

Peguei no cabo da panela e mexi para frente e para trás, dei uma risada
quase diabólica, meu Deus. Preciso de ajuda urgentemente.

Joguei para cima no ponto certo, e ainda mexi meu corpo para tentar pegar
a bendita. Usar espátula era fácil demais, e eu queria pegar ela no ar! O bom
gosto da vitória apareceu quando ela caiu na beirada da panela, dei um
sorrisão feliz demais mas fui parando quando a panqueca caiu para o lado
tão rápido que eu dei um grito assim que ela caiu na boca do fogão fazendo
o fogo subir.

- Puta merda!! -exclamei dando passos para trás vendo o fogaréu na minha
frente, larguei a panela na mesa e corri de um lado para o outro.

Aí meu Deus.

Aí meu Deus.

Aí meu Deus.

- Droga, droga, droga -reclamei abanando com um guardanapo tentando


baixar o fogo, me arrisquei virando o botão do fogão para desligar.

Quando ele fez isso o fogo desceu e eu arregalei os olhos quando ouvi um
grito de guerra, olhei para o lado vendo Lua correr na minha direção com
um extintor de incêndio.

- AHHHH -ela grita e eu corro até ela a impedido de avançar.

- Já apaguei, deu tudo certo -sorri, falsamente para tranquilizar.

- Deu tudo certo?! Você quase mata todo mundo desse prédio!

- Calma, não foi bem assim -levantei um dedo.

Eu era péssima fazendo isso, eu sabia cozinhar mas fazer panquecas eu não
sabia. E aparentemente, era mais fácil quase colocar fogo no meu
apartamento do que fazer isso.

Se o mundo estivesse sendo invadido por alienígenas e a única condição


para salvar nosso planeta era eu fazer uma panqueca, já estaria todo mundo
morto...

Olhei para ela que baixou o extinto de incêndio suspirando.

Lua era a mulher encarregada de me ajudar no apartamento já que eu ficava


fora praticamente o dia todo, ela cuidou de mim na minha adolescência
quando eu vim embora do Brasil para New York, é uma mãezona para mim.
Terminei de limpar o estrago com ela me ajudando e me sentei na mesa para
tomar café da manhã, Lua se sentou ao meu lado e tomou café comigo.

- Você está bem? -ela perguntou com os seus grandes olhos castanhos.

-Sim, é só uma panqueca queimada e destruída -digo e ela ri.

- Estou falando de outra coisa.

Ela cruzou os dedos sobre a mesa e me encarou com uma sobrancelha


levantada.

- Sua mãe ligou ontem mas você não estava aqui, você retornou?

Parei de comer meu morango e encarei Lua.

- Não -digo e ela suspira.

- Talvez seja importante, por que você não liga?

Por que eu não acho que seja.

Nunca é.

- Não acho que seja, da última vez ela não fez questão por que faria agora?

Me levantei da mesa e beijei o topo da sua cabeça. Perdi a fome de repente,


ou era o cheiro de queimado que sugou meu apetite.

- Preciso me arrumar.

Esse assunto sempre me deixa desconfortável.

- Mops comeu meu sapato ontem, você poderia leva-lo ao veterinário e


saber se está tudo bem com o estômago dele? -pergunto e ela ri
concordando.

Mops era meu cachorro de estimação que eu era completamente


apaixonada. Deixei duas notas de 50 dólares na mesa dizendo para Lua
comprar bolinhas para ele, Mops tem um ponto fraco com elas.
Saio da cozinha e subi as escadas até o meu quarto. Tomei uma ducha
rápida me vestindo em seguida, optei por uma saia preta, minha blusa social
branca e meu salto alto da mesma cor da saia.

Escovei meus cabelos e depois os dentes, saio do quarto pronta para ir para
a empresa e me despedi de Lua e Mops antes de sair.

Entrei no meu Audi A5 branco e dirigi até a empresa que não ficava muito
longe do meu apartamento. Ainda bem.

Depois de 20 minutos eu chego e estaciono na minha vaga que fica ao lado


dos meus queridos sócios, entrei pelo saguão e cumprimentei a
recepcionista que é muito gentil. Peguei o elevador e subi para o penúltimo
andar que era o meu já que o último era ocupado pelo atual presidente.

Saio do mesmo e o barulho dos meus saltos reinam no lugar.

Meu cabelo castanho escuro caia sobre meus ombros e minha saia preta
modelava meus quadris, minha bolsa pendurada no meu braço esquerdo e o
celular ocupando minha mão.

Passei pelo balcão de Josh mas o mesmo não estava ali, entrei na sala
despejando minhas coisas sobre a mesa e andei até a grande janela que
estava na minha frente, olhei para as ruas de Nova York cruzando os braços.

Faz apenas alguns meses que minha empresa se juntou com a Enterprises
Technologies, a empresa comandada por Dylan Venturelli e o irmão Adam
na vice-presidência.

Uma fusão foi feita e nos tirou da lama, meu pai, Carlos Mendoza, tem uma
amizade antiga com Gregório Venturelli que por acaso devia um grande
favor ao meu pai, o favor foi enfim cobrado e agora éramos Technology
Designer.

Tudo isso por minha causa que acreditei em que não devia e fui ingênua
demais para esse ramo aprendendo da pior maneira que não se deve confiar
no amor. É uma puta cegueira.
Me despertei dos pensamentos quando ouvi meu celular tocar em cima da
mesa, peguei o aparelho vendo a foto de Emily Brooks na tela.

Sorri antes de anteder.

- Oi, Emy.

- Nem sabes o que aconteceu, Rubizinha.

- O que foi dessa vez?

Emily é uma pessoa incrível de se ter do lado, ela é divertida, esperta e


bastante comunicativa. É uma ótima amiga mas as vezes me estressa, só
essa semana ela me ligou mais de 15 vezes para confirmar o lugar que
iríamos nos encontar hoje.

- O pub que iríamos hoje, você lembra né?

- Não tinha como eu esquecer -sussurro e ela ri.

- Então, ele fechou.

- O que? Por que?

Eu adorava aquele pub.

- Também não sei, mas isso significa que vamos em outro. Um que abriu
esses tempos e parece ser ótimo -diz animada.

- Você só está animada porque vamos ao pub que você escolheu e não ao
que eu tinha escolhido.

- Exatamente! -exclamou.

- Não vejo problema com o que eu tinha escolhido -digo dando de ombros.

- Claro, problema nenhum. Só parece que vamos ao zoológico tomar drinks


com gorilas.
Sorri de lado me sentando na cadeira de couro branco que tem na minha
sala, apoiei os cotovelos na mesa de vidro e voltei a falar com ela.

- Olha, aquilo lá era ótimo, mesmo que com gorilas -passei o celular para a
outra mão e coloquei no ouvido novamente- Mas já que fechou vamos o de
sua escolha.

Ouço uns gritinhos de felicidade e acabo rindo do seu entusiasmo.

- Nos vemos ás 20:00? -pergunta.

- Ok.

- Tchau, gata.

Ela desligou e eu guardei o celular na gaveta para me concentrar no


trabalho.

Eu estava terminando vários projetos sobre o produto novo que a empresa


está produzindo, e eu era a encarregada de deixar o produto atraente para o
consumidor.

Atualmente eu estava trabalhando com Nathaniel Venturelli, primo de


Adam que veio da Itália para morar aqui.

Eu começaria a trabalhar com ele quando Dylan e Lisa voltassem da lua de


mel, Adam estava na presidência então sempre estava muito ocupado, por
isso comecei a trabalhar com Nate.

Adam e eu trabalhamos juntos por uma semana, mas digamos que não foi
muito bom, brigamos algumas vezes mas nada que não se resolva com uma
conversa e muita, muita força de vontade para não jogar café na cara dele.

Tirando isso, até que somos uma boa dupla.

Mas nem tanto assim...

Começo a trabalhar e no mesmo instante me senti bem, eu amo meu


trabalho e com certeza não trocaria por nada, nem pela melhor posição em
uma empresa ou o salário maior. Eu amo ser designer.
No início do contrato eu fiz algumas cláusulas com meus advogados para
que todos que fossem da minha empresa não saíssem prejudicados.

Arranjamos alguns empregos em outros lugares e eu pessoalmente


selecionei os funcionários que iriam trabalhar comigo, minha equipe
sempre estava presente trabalhando a todo momento, e claro o meu
secretário que eu não vivo sem.

Josh e eu nos conhecemos desde que eu vim embora do Brasil para morar
em Nova York com 17 anos, fizemos faculdade juntos e desde então a
purpurina não me larga.

Nos conhecemos a anos e nossa intimidade um com o outro é bem grande,


uma pessoa de extrema importância para mim.

Sorri olhando para o papel e ouvi algumas batidas na porta.

- Rubi quebra barraco!! -gritou do outro lado da porta.

Eu sabia exatamente quem era.

- Entra -gritei de volta.

Logo o rosto sorridente de Josh apareceu, ele fechou a porta e caminhou até
mim, se sentou na cadeira e cruzou as pernas.

- O que você quer, purpurina? -perguntei e logo depois ri da careta que ele
fez.

- Sua agenda, coisinha.

Respirei fundo e balancei a cabeça.

Passamos mais de 20 minutos falando sobre meus planos de hoje,


sinceramente, eu já estava cansada antes de começar, ainda bem que era
sexta feira e não teria de trabalhar amanhã.

- É só isso -ele diz e começa a brincar com uma liga na mão.


- Como está Jon? -perguntei.

- Insaciável -diz sorrindo malicioso.

Misericórdia.

Jon e Josh eram um casal perfeito, Jon é amigo de Lisa e Emily de longa
data, tivemos a brilhante ideia de juntar os dois e né que deu certo. Ótimas
cupidos, sabemos.

- Tá ok.

Digo olhando para o papel enquanto ele riu alto.

- O cafajeste delicia -ele diz se referindo a Adam- Ele me disse ontem que
queria falar com você.

- O que ele queria? -pergunto enquanto o mesmo se levanta.

- Não sei. Linda. Mas acho que você deveria falar com ele -diz e eu
concordo.

- Bom, se fosse importante ele teria me ligado -digo.

- Ele não tem o seu número, Rubi -Josh diz.

Tinha me esquecido disso.

Mas...detalhes.

A antiga sala de Adam é ao lado da minha e quase reviro os olhos quando


me lembro que ele terá de voltar para esse andar na segunda feira.

- Depois eu falo com ele -digo, colocando a caneta atrás da orelha.

- Certo.

Josh caminhou até a entrada da porta e abriu a mesma me encarando, ele


apontou para fora e eu franzi o cenho.
- Porra, você não prestou atenção no que eu acabei de dizer? -perguntou
colocando as mãos na cintura.

- Eu já disse que irei falar com ele depois -me levantei.

- Não estou falando disso. Você tem uma reunião com a equipe agora.

Fiz um "O" com a boca e concordei sorridente.

Peguei o iPad em cima da mesa e caminhei até ele.

- Espera! esqueci as pastas.

Voltei rapidamente pegando as pastas amarelas e voltei até ele.

- Vamos -disse.

Confirmei e olhei para minhas mãos.

- Espera! Esqueci o pendrive.

Voltei para minha mesa revirando tudo e ouvi Josh respirar fundo, olhei de
relance para trás e vi ele irritado.

- Achei! Agora vamos -digo e ele me dá passagem para passar primeiro.

- Caramba, eu não trouxe a caneta...

- Puta que pariu!

Na mesma hora senti os braços de Josh me levantarem e arregalei os olhos


na mesma hora.

- Josh, O iPad!, o iPad! Porra! O IPAD!

- Segura!

Fomos até o elevador e eu com uma enorme vontade de bate-lo mas se eu o


fizesse eu derrubaria tudo.
Ele apertou o botão e ficamos esperando.

- Será que dá para você me soltar? Eu tenho que pegar minha caneta.

- A caneta está na sua orelha, maluca.

Levantei o olhar e de relance vi a caneta na minha orelha, sorri.

- Está aqui mesmo -digo e ele me imita com uma voz fina.

- Para de imitar! -digo e ele me imita novamente.

- Deus! Você é tão irritante Joshua.

- Você que é irritante, e pelo visto esquecida!

Continuamos discutindo até a porta do elevador se abrir mas Josh não se


moveu.

- Entra logo, purpurina -digo.

Josh me colocou no chão de frente para ele com um semblante sério.

- O que é? Até parece que viu a Tinker Bell -digo sorrindo e ele continua
sério.

Franzo o cenho, entendendo depois.

- Ele está atrás de mim não está? -perguntei baixinho.

- Srta. Mendoza.

Ouvi sua voz e senti cada parte do meu corpo se arrepiar, que arrepio
ridículo foi esse? Eu hein.

Ninguém merece.

×××
Bem vindas de volta, babys!

Vou resumir aqui o esquema: Todo domingo, vou postar 5 capítulos e


assim sucessivamente, até o livro se completar, então todo domingo
vocês terão 5 capítulos para ler.

Plis, plis, não sou corretora ortográfica, caso vejam algo errado...sinto
muito, as vezes passa despercebido.

Então...segura na minha mão e não solta porque a aventura acabou de


começar.

Deixe a estrelinha e comentário!

Beijãooo❤️.
2° capítulo

Rubi

Respirei fundo ainda sem encara-lo.

Será que se eu correr para longe...ele vai poder fingir que não me viu?

Olhei para Josh que estava na minha frente e vi ele segurando o riso, Josh
sabia que Adam e eu não tínhamos o melhor relacionamento de sócios
perfeitos.

Me virei para Adam lentamente e o mesmo estava me encarando com


aqueles olhos azuis que penetram a minha alma, o sorriso cafajeste sempre
presente em seu rosto e o cabelo loiro bagunçado dando-lhe um jeito sexy.

Seu terno azul claro Armani definia os músculos do seu corpo e seu
perfume invadindo minha narina e meu cérebro. Era um cheiro marcante.

- O que posso fazer por você? -perguntei mais profissional possível.

Seu sorriso aumentou e eu quase revirei os olhos, Adam adora me tirar do


sério com as suas piadinhas de duplo sentindo.

O cara tira a minha sanidade em minutos, eu sou bastante estressada com


algumas coisas e uma delas envolvem trabalhar com esse babaca.

- Em muitas coisas, senhorita -ele abre o paletó e tira do bolso um envelope


pequeno- Mas infelizmente você não concordaria em fazê-las. Ainda.

Levantei uma sobrancelha e ouvi Josh tossir atrás de mim, Adam o encarou
e sorriu abertamente.

Encarei Josh que estava com os braços cruzados iguais os meus mas a
diferença era que eu tinha, envelopes, papéis e um iPad nas mãos.

Encarei Adam novamente e o mesmo já me encarava, ele estendeu o papel


na minha direção e eu franzi o cenho.
- Eu precisava falar com você sobre os próximos dias mas parece que você
nunca está disponível -disse.

Ele percebe que eu não vou segurar o papel e coloca no meus braços no
meio das demais coisas.

- Está me evitando, srta. Mendoza? -ele pergunta com uma sobrancelha


levantada.

- Não, tenho coisas mais importantes para fazer do que isso -digo e ele dá
um riso falso.

- Leia estes papéis e se prepare para o início da semana, você vai precisar.

Ele diz e aperta o botão do elevador.

- Sempre pego pesado, em relação a você não vai ser diferente -fiquei
olhando para o seu sorriso falso querendo chutar uma área dolorosa para
ele.

- Do que se trata? -perguntei.

A porta do elevador abriu e o mesmo entrou, ele apertou o botão do andar e


se virou para me olhar.

- Sobre o nosso primeiro trabalho, princesa.

Não suporto quando ele me chama de princesa!

E a porta se fechou deixando o ar bem dramático, que porra é essa?

Me virei para Josh que abaixou os braços e pegou as coisas da minhas mãos
as deixando livre.

Peguei um papel branco que se destacava entre os outros e o abri.

Prepare-se para fechar acordo com os Foster's, na segunda feira


começamos a trabalhar juntos novamente.
Ps : Eu sei que você odeia ser chamada de princesa, mas não consigo
evitar.

Revirei os olhos e passei os dedos sobre os outros papéis onde continham


mais informações, olhei para Josh que estava olhando para os sapatos
pretos.

- O que está escrito? -ele pergunta ainda sem me encarar.

- Os Foster's será meu primeiro trabalho com ele, começamos na segunda


feira já que Dylan e Lisa estão voltando.

Eu sabia que Lisa estava voltando e estava super ansiosa para ver minha
amiga novamente já que ela ficou um mês inteiro fora, mas nem me
lembrava de que voltaria a trabalhar com aquela peste.

- Os Foster's? -ele pergunta e eu confirmo.

- Soube que são bem difíceis para fechar negócio, quase irredutíveis

Josh diz e eu franzi o cenho. Eu não sabia como os Foster's eram


fisicamente mas eu soube que eles são um pouco rigorosos.

- Por que? -perguntei.

- São bastante enjoados e muito, muito desconfiados, sem falar que não são
nada simpáticos. Mas quem consegue fechar negócio com eles prosperam
rapidamente.

Eu irei trabalhar no produto enquanto Adam ficará com a missão de


apresentar e convence-los a se juntar a nós.

Espero que aquele loiro seja bom no mundo dos negócios igual ele é para
tirar minha paciência.

Concordei com a cabeça enquanto Josh apertava o botão do elevador. Não


demorou muito e fomos até o andar onde minha equipe estava, a reunião
ocorreu normalmente e Nate sempre me ajudando a guia-los.
A equipe era formada por 10 pessoas, 5 eram diretores de criação, 3 eram
arte-finalistas e 2 eram web's designer, todos com funções extremamente
importantes para a empresa.

Depois de 1 hora de reunião eu por fim decido encerra-la e arrumo minhas


coisas para meus outro compromissos que Josh listou mais cedo.

Estava ajeitando os papéis quando senti alguém tocar no meu braço.

- Muito boa a reunião, Rubi.

Me virei para a voz masculina e vi Paul parado me olhando com os braços


agora cruzados, seus olhos varrendo o decote do meu busto me fazendo
apertar os lábios em uma linha reta.

Paul castilho, meu diretor de criação e um tremendo galinha. Já deu em


cima de mim algumas vezes...não, várias vezes. O cara é um porre mas é
muito bom no que faz então ainda é útil para os negócios. Paul é do tipo de
cara que acha que uma mulher não deve estar no poder, que não merece um
cargo importante mas eu adoro provar que ele está errado.

O gosto é delicioso, quase comparado a um grande bolo de chocolate.

Com os seus olhos pretos e cabelo médio da cor castanho ele me encarava
como se eu fosse um copo de coca cola, Paul tinha menos do que 30 anos e
sua altura o favorecia para pegar algo em cima do armário.

- Obrigada, Sr. Castilho -digo educada.

Ele riu pelo nariz e balançou a cabeça.

- Achei que já tínhamos passado das formalidades, chefinha -ele diz e apoia
a mão direita na mesa.

Olhei em volta e só estava nós dois, Josh tinha saido para pegar a minha
bolsa e os demais já tinham voltado a trabalhar.

Sorri falso e peguei meu celular, digitei para Josh que me encontrasse no
saguão que eu já estava descendo. Me virei para Paul que ainda estava
sorrindo.

Me aproximei dele e o mesmo rápido se ajeitou tentando manter uma


postura sexy.

Parei na sua frente e o encarei sem desviar os olhos dos seus, Paul encarou
meu corpo novamente com luxúria e eu sorri da sua cara de idiota.

- Não, senhor Castilho -cruzei os braços na sua frente- Não passamos das
formalidades, ainda trabalha para mim, ainda sou a pessoa que pode demiti-
lo por má conduta.

Levantei meu queixo e ele travou o maxilar.

- Então, pare de olhar para mim como se fosse me atacar, não sou um
pedaço de carne -idiota.

- Claro, desculpe. Você é minha chefe e ainda é uma mulher, não que isso
seja ruim mais ter uma em um cargo tão importante...

O interrompi.

Não vou deixar ele falar merda.

- Para você ver, somos a empresa que mais cresce de acordo com a Forbes,
e tem uma mulher a frente...louco, não? Pois é, bem vindo ao século 21. E
não vou dizer de novo, tome cuidado com a sua conduta.

Ele balança a cabeça em concordância mas seu rosto claramente diz outra
coisa, sorri na sua direção e voltei pegando os papéis em cima da mesa.

- Passar bem, Sr castilho -digo e caminho até a saída mas antes escuto sua
voz.

- Igualmente, Srta. Mendoza.

Apertei os papéis satisfeita e segui para o elevador.


Não me entenda mal, eu não quero mostrar uma superioridade exagerada
diante dos meus funcionários até por que trabalhamos em equipe, mas ás
vezes eu preciso tomar as rédeas e mostrar que ainda estou no comando,
não gosto de caras igual a Paul que me reprimem apenas por eu ser uma
mulher.

Nenhuma mulher tem que se sentir inferior aos homens.

Entrei no elevador e apertei no botão do térreo, as portas se fecharam e eu


franzi o cenho quando percebi que ele estava subindo, olhei para o botão
para ver se realmente apertei o certo e apertei. Chegamos ao andar da
presidência e as portas se abriram.

Uma mulher com um vestido laranja vivo que quase me deixa cega estava
aos beijos com Adam na minha frente, eles estavam praticamente se
comendo e eu automaticamente fiz uma cara de constrangimento apertando
o botão do térreo, meu Deus do céu.

Repeti o ato várias vezes de apertar o botão e a porta não fechava, até que
eles se separam provavelmente com o barulho que eu estava fazendo ao
apertar aquela merda.

- Princesa!

Virei minha cabeça lentamente e encarei Adam que estava sorrindo, mulher
me olhava torto provavelmente por ter interrompido sua sessão de amassos.

Para que chamaram o elevador então?

E por que esse cacete tá demorando muito a fechar?

- Oi -digo sem graça.

Porque é tão constrangedor ver duas pessoas se beijando em público?

Olhei para trás dos dois e vi Gustavo sentando na sua cadeira nos
encarando.

Gustavo era secretário de Adam e parece ser um cara legal, Lisa me avisou
que ele tem uma péssima fama de pegador mas tirando isso deve ser um
cara legal.

- Quem é você? Deixa para lá, você poderia me trazer um cappuccino? -a


mulher perguntou com uma sobrancelha levantada e olhou para Adam
querendo voltar a beija-lo.

- Tem algum problema nas pernas? -interrompi- Vá pegar você mesma.

- Quem é você? -ela me encara novamente.

- Ela é Rubi Mendoza, dona da empresa -Adam diz.

- Eu sei me apresentar sozinha obrigada -digo e ele revira os olhos, sorri


internamente- Mas ele está certo, tinha que acontecer alguma vez né.

- Pensei que você e seu irmão fossem os donos -ela diz...decepcionada?

- E eles são, mas agora eu também sou -digo.

- Bom, me chamo... -ela diz me olhando mas depois muda a expressão.

Ela desviou para ele e bufou irritada provavelmente por ter esperado que ele
a apresentasse para mim.

Olhei para Adam que apenas me encarava, ele não deve nem saber o nome
dela.

- Bom, se me derem licença, eu preciso ir embora.

Apertei o botão mais uma vez e graças ao senhor bom Deus aquela merda
fechou e pela brecha do elevador pude ver Adam sorrindo de lado para
mim.

Que a boneca Anabelle faça uma visita para ele de noite, amém.

×××
Aleluia, capaz do Adam brincar com a boneca fazendo um chá de
mentirinha. E ainda vai convidar o Chuck.

Deixe o voto!

Super importante, e desliza o dedo que o outro capítulo já está aí te


esperando.

Beijo, babys ❤️.

3° capítulo

Rubi

2 minutos.

Só faltam 2 minutos.

Eu olhava para o relógio na parede e suspirava, eu estava doida para acabar


com essa reunião e sair para beber com Emily.

- A porcentagem dos lucros em cima dos designers gráficos e digitais


aumentaram gradativamente.

O homem de terno marrom falava sobre as repercussões na empresa, mas


especificamente na minha aérea.

- Graças a Srta. Mendoza e o Sr. Venturelli.

Ele apontou para mim e para Nathaniel que estava sentado ao meu lado com
uma cara de tédio bem parecida com a minha.

- Agradecemos aos dois -o de terno marrom fala.

- Obrigada -digo e Nate assente olhando para ele.

Olhei novamente no relógio e até me senti em um filme quando vi o


ponteiro bater 20:00.

Me levantei e tentei disfarçar minha felicidade. Quase deu certo.

- Bom, senhores. Por hoje é só, nos vemos na próxima semana para mais
uma reunião sobre o avanço da empresa? -perguntei.

Eles acenaram e sorriram na minha direção, olhei para Nate que piscou para
mim como se estivesse me incentivando a ir embora.
Acenei para ele e saí porta a fora, peguei minha bolsa no meu andar e logo
depois fui para o estacionamento da empresa.

Avistei meu Audi no mesmo lugar que o deixei de manhã e caminhei até ele
mas antes ouvi meu celular vibrar.

Emily.

"Gata, estou saindo do trabalho agora, te encontro no pub em 20 minutos"

Mandei uma resposta rápida e entrei no carro, coloquei minhas coisas no


banco ao lado do meu e liguei o automóvel.

Dei partida e dirigi para a saída onde passava um carro por vez, quando eu
estava saindo eu ouvi um barulho alto e freei bruscamente quando percebi
que ia bater em uma Mercedes preta, quase eu bato a cabeça no volante com
o impacto.

- Qual o seu problema? -gritei para o motorista que até então mantinha as
janelas fechadas.

A janela foi descendo e o rosto da Tinker Bell foi sendo revelado


lentamente, só podia ser.

Quando ele me viu revirou os olhos e bufou irritado.

- Além de louca é cega -disse.

- Cega? Acho que a burrice das suas amiguinhas está te contagiando,


Venturelli.

Ele levantou uma sobrancelha e me encarou.

Seu carro não estava longe do meu já que esse filha da mãe quase fez a
gente sofrer um acidente.

Ele ia falar alguma coisa mas desistiu quando começou a rir.

- Você é maluca -ele diz.


Adam liga o carro e dá uma pequena ré.

- Pode passar, princesa.

Olhei para ele desconfiada, Adam? Atencioso? Acho que não.

- Valeu -liguei meu carro- Cuidado para não sofrer um acidente por aí.

Sério, Rubi?

- Oh, ela se importa -ele diz com deboche.

Adam ainda é uma coisa que eu não entendo e definitivamente quero longe
de mim.

- Você é ridículo -mostrei meu dedo do meio.

- Sabe o que eu vou fazer com esse dedo? -grita enquanto eu me afasto.

- Não sei! Mas eu vou enfiar ele no seu...

Pisei no acelerador antes de terminar a frase intencionalmente sabendo que


ele entenderia.

Dirigi até o pub que Emily escolheu e não demorei quase nada para chegar,
estacionei meu carro um pouco distante já que não tinha vagas disponíveis e
caminhei até a entrada.

Me sentei no bar esperando por Emy, pedi um martini para o garçom que
rápido me trouxe e eu bebi com vontade.

Eu estava um pouco estressada, eu precisava espairecer e curtir um pouco.

Pedi outra bebida quando a minha acabou e quando eu ia levar o líquido até
a boca sinto alguém me abraçar por trás.

Coloquei a bebida no balcão e me virei para abraçar a loira que rodeava


minha cintura.

- Mendoza!
Emily me abraçou e se sentou ao meu lado, ela estava usando uma calça
social, uma blusa vermelha de mangas e um rabo de cavalo para o lado.

- Brooks!

Ela pediu bourbon para o garçom que sorriu pra ela.

Emy era muito bonita e com certeza atraia olhares onde fosse, seu jeito
maluquinho era a sua grande qualidade.

- E aí? Demorei muito? -pergunta.

- Pior que não -digo e a sua bebida é servida.

Continuamos a beber e conversar sobre vários assuntos, eu já estava na


terceira taça de martini e já tinha ido para a vodka. Emy bebeu três copos de
Bourbon e agora estava nas margaritas. Graças a Deus eu não bebi
margaritas, quando eu as tomos fico bêbada muito rápido.

Já estou sentindo o arrependimento.

- Ele me iludiu -ela riu- Achei que ele fosse tudo o que falava -outro riso.

- Se fodeu -ri alto.

Ela deu de ombros e colocou uma mecha do cabelo para trás.

- Não tenho culpa se ele sabia que não ia aguentar essa delícia aqui -ela
aponta para o seu corpo.

Emy estava contando a história de um carinha que ela conheceu, se posava


de machão e que ia pegar ela de jeito, chegou na hora h e o boy era uma
decepção...

Triste.

- Será que ainda existe homens por aí que te façam perder a linha? Que só
de te olhar te deixam excitadas? -Emy pergunta.
- Eu não sei, mas se existe muito provavelmente está longe da gente.

Nós rimos juntas e eu bebi outro gole da minha bebida que já estava
chegando ao fim.

Senti que alguém estava me observando e virei a cabeça para trás, vi dois
homens cochichando e olhando para nós duas.

Olhei para Emy que estava distraída fazendo um movimento na sua taça.

- Psiu.

Ela me olhou com uma sobrancelha levantada e sorri de lado, apontei para
lá super discreta e minha amiga levantou a cabeça para olhar para os dois.

Só que...não foi nada discreto.

- Emily! Para de dar bandeira -digo abaixando a cabeça.

- Eles até que são bonitinhos -ela diz e eu concordo.

Ultimamente ninguém tem me interessado suficiente para me levar pra


cama.

Talvez isso seja passageiro mas não consigo me aproximar de nenhum


homem para o quesito sexo.

- Eles são pilantras -ela diz e bebe outro gole da margarita.

- Como assim? -pergunto.

- Eles estão olhando pra cá já faz um tempo e o de camisa branca -ela


aponta com a cabeça - Está contando nossas bebidas.

Franzi o cenho e olhei para os dois que agora conversavam entre si.

- Está querendo dizer que eles estão esperando ficarmos bêbadas?

- Isso aí, gata.


- Você é bem observadora -digo e ela concorda sorridente.

Emy bateu o copo no balcão e me encarou.

- Preparada para o show?

Show?

- Olá, meninas.

Olhei para o lado e lá estava os dois com o olhar inteiramente de segundas


intenções, os dois tinham cabelo preto e a boca carnuda, um tinha olhos
castanhos e o outro meio esverdeado. Eles vestiam roupas casuais e
confortáveis e o de olhos castanhos usava um chapéu de algum time de
baseball de New York.

- E aí? -Emy se manifesta.

- Vocês são muito bonitas -o de chapéu fala.

- Obrigada -digo e pego o meu copo.

- Estávamos observando vocês e meu amigo e eu queríamos saber se vocês


precisam de companhia? -diz o de olhos esverdeados.

Olhei para Emy para checar nosso sinal, ela passou o dedo sobre a
sobrancelha e eu entendi o recado.

- Olha só... -digo mas o de olhos verdes me corta.

- Miguel.

- Hum, não estamos interessadas -digo e olho para Emy.

- Não vai me dizer seu nome? -o de chapéu fala.

- Ah, não vou não -digo sorrindo.

- E você loirinha? -ele perguntou a Emy que fechou a cara.


- Ela já disse, não estamos interessadas.

Ele cruzou os braços e deu um sorriso lascivo.

- Difícil? Eu gosto assim.

E ele enfiou o não, no cú dele pelo visto.

- Não estou sendo difícil, é só a verdade -Emy dá de ombros.

- Qual o problema? Vocês tem namorados é isso? -fala o de olhos


castanhos- Vocês estão sozinhas em um pub na sexta feira bebendo alguns
drinks distraídas, geralmente as pessoas vem aqui para flertar.

Emy apertou os olhos e olhou para mim, logo depois um sorriso enorme
cresceu em seu rosto.

Conheço Emily tem menos de um ano mas eu a conheço muito bem e eu sei
o que esse sorriso significa.

Ela vai aprontar.

- Somos comprometidas -ela diz e se levanta do banco.

- Por que não estão aqui com vocês então?

- Ótima pergunta meu caro desconhecido -ela parou ao meu lado- Ela é
minha namorada, sou comprometida com ela.

Arregalei os olhos no mesmo instante, se fosse bater uma foto de nós quatro
agora, os homens e eu estaríamos com os olhos quase pulando e Emy
estaria segurando o riso.

- O que? -um deles perguntou.

Não estava prestando atenção por que estava ocupada demais encarando
Emily Brooks.
Ela não precisava inventar isso, teríamos nos livrado deles sendo mais
ignorantes e arrogantes, infelizmente é assim que funciona, e as vezes nem
funciona, mas óbvio que ela precisava inventar algo mais divertido.

- Pois é, somos um casal de lésbicas -ela diz e coloca o braço na minha


cintura.

Olhei para eles que estavam com um expressão tão engraçada que me fez
prender o riso. Ok, isso era legal.

- Vocês não são um casal -o de chapéu fala.

- Somos sim -digo, entrando na brincadeira.

- Impossível, passamos a noite olhando vocês duas e não pareceu que são
lésbicas.

Emy sorriu pelo nariz, ela estava se divertindo com aquilo e eu também.

- Elas estão mentindo, mas tudo bem, sabemos que não são -o outro diz.

Ri baixo e Emy me encarou.

- Vocês querem provas?

Parei de rir na hora, acho que a bebida já afetou demais em Emily e em


mim também pelo visto. Os dois levantaram a sobrancelha e fizeram uma
cara de irritação.

- Vá em frente -eles aponta para nós duas.

Emily sorriu e se virou para mim, ela me puxou com força que eu nem
sabia que ela tinha e em um segundo sua boca se chocou com a minha, não
era um beijo era apenas um selinho demorado.

Pisquei confusa e fingi retribuir o beijo, ela colocou as mãos nas minhas
bochechas e eu na sua cintura fazendo de tudo para não explodir em uma
gargalhada, sei que ela queria fazer o mesmo.
Segundos depois nos separamos e encarei os dois que estavam chocados
e...deslumbrados.

- Agora, quero ficar a sós com a minha namorada, por favor -ela diz
deslizando a mão pelo meu cabelo.

Eles concordaram meio frustrados e sairam de lá com as caras confusas.

Olhei para Emy que se virou para mim e deu um soquinho no ar.

- Você é louca! -apontei na sua direção e ela gargalhou.

- Eu sempre quis fazer isso! -ela bateu palmas entusiasmada.

- Meu Deus -balancei a cabeça sorrindo.

Ela se sentou no banco e pediu duas tequilas ao garçom que estava sorrindo
para nós, provavelmente escutou a conversa e deve estar achando que
somos piradas recém saídas do hospício.

Nos entregou a bebida e Emy a ergueu para cima propondo um brinde..

- A minha nova namorada e a homens que te deixam molhadas com apenas


um beijo -disse.

- Saúde.

Bati nossos copos e bebi de uma vez fazendo uma careta no final.

(...)

Já tínhamos saído do pub e minha amiga aqui não para de cantar uma
música: - I kissed a girl and i liked it.

( Eu beijei uma garota e gostei )

Emy cantava uma música da Katy Perry enquanto andávamos até o meu
carro.
- The taste of her cherry chap stick.

( Do gosto do brilho labial de cereja dela )

Emy estava louca, ela exagerou um pouco demais no álcool mas ainda bem
que eu não.

Ela se apoiou no meu ombro e eu cruzei nossos braços para não deixa-la
cair.

- I kissed a girl just to try it

(Eu beijei uma garota só para experimentar )

Continuou cantando até chegarmos no carro e eu pegar meu telefone que


ficou dentro do mesmo.

- Senta aqui e por favor deixa a cabeça encostada no banco.

Coloquei ela no banco da frente e peguei meu celular discando para um


taxista, eu conseguia dirigir mas não quero arriscar então é melhor eu
chamar um táxi e amanhã peço para alguém pegar o meu carro e o carro de
Emily.

Liguei para o taxista que já estava chegando e me virei para ver Emy que
estava dormindo!

- Ah não, ta de sacanagem.

Me aproximei dela e tentei acorda-la mas sem sucesso, depois de minutos o


táxi chegou e agora eu precisava acorda-la. Gritei e até sacudir seu corpo
mas nada dela acordar.

- Eu posso carrega-la -o taxista gato disse.

Gato até demais.

Santinha do céu, que braços são esses?

Olhei para ela que estava quase babando e suspirei.

- Se você tocar onde não deve, eu te mato -digo em advertência e ele


levanta as mãos em defesa.
Observei o taxista a carregar até o seu carro e logo depois fomos para o
apartamento dela.

Peguei a chave que estava em sua bolsa e abri a porta do seu apartamento,
sim, o taxista ainda estava com ela no colo desfalecida.

Até coloquei minha mão no seu nariz para ver se ela estava respirando.

Pedi para ele coloca-la na sua cama mas com a mão na minha bolsa onde
tinha um spray de pimenta caso ele tentasse algo. Olhei para a cozinha e as
facas estavam fáceis de alcançar se eu corresse.

Tudo planejado para o seu assassinato na minha cabeça.

O taxista gato prontamente a colocou na cama e se virou para mim


enquanto eu tirava seu salto e puxava a coberta até o tronco de Emy, peguei
umas pílulas para dor de cabeça e deixei no criado mudo.

- Vou esperar lá fora -ele diz e eu nego.

- Eu vou ficar aqui, aqui está o dinheiro.

Peguei da minha bolsa uma quantia considerável já que o homem a


carregou para todo lado e ele negou.

- Posso...pedir seu número como forma de pagamento?

Ele sorriu e eu acabei sorrindo também, anotei meu número em um


bloquinho de papel e o entreguei. Eu me senti um pouco na obrigação de
paga-lo mesmo que meu número seja o pagamento.

O levei até a porta e ele se despediu com um aceno.

- Eu te ligo -ele disse antes de entrar no elevador.

Fechei a porta e suspirei cansada, preciso de um banho e pegar uma


camisola emprestada do corpo morto lá do quarto.

Joguei meus sapatos longe e sorri em alívio.


Acho que já chega de aventuras por hoje.

×××

Amiga bêbada? Já cuidei de algumas e foi um porre... Literalmente


rsrsrsrs.

Vote e comente! Amo vcs.

Até, babys ❤️.


4° capítulo

Rubi

- Ai meu Deus!

A voz de Emy chegou até os meus ouvidos como uma buzina irritante
quando contei sobre o taxista gato de ontem.

- Ele já ligou? Tipo, eu sei que são só 10:30 da manhã mas acho que ele já
deveria ter ligado você não acha? -disse rápido- Você não acha? Não acha?

Eu acho que ela ainda estava bêbada.

- Ele ainda não ligou, quem sabe mais tarde.

Me levantei do banquinho que tinha na cozinha e fui até a geladeira pegar


uma garrafa de suco.

- Ele era gato mesmo? -ela pergunta jogando uma uva na boca.

- Sim ele era -me sentei de novo - Seria difícil me tirar de cima dele.

Ela riu alto e quase se engasgou com a uva mas logo depois ficou séria.

- Então...você transaria com ele? -Pergunta surpresa.

Emily, Lisa e Susie são as meninas mais próximas que eu tenho, nesses
últimos meses a nossa amizade cresceu assustadoramente, como se já as
conhecesse a anos, partilhei com elas a minha desgraça no mundo dos
negócios e o queridissímo mundo amor.

Sabe aquele ditado "sorte no jogo e azar no amor" pois é, ele não se encaixa
na minha pessoa.

Por que eu tenho azar no jogo e azar no amor.


Minha empresa quase faliu por um roubo de milhões nos fazendo
enfraquecer no mundo nos negócios e nos deixar quase sem nada, mas a
pior parte para mim foi a pessoa que eu amava, confiava e defendia ter feito
isso.

Meu ex noivo me deixou na lama e eu o odeio fortemente por causo disso.

O filha da puta não satisfeito de ter só me roubado ele me deixou uma


ferida enorme no meu coração, eu o amava e acreditava que ele também me
amava.

Mas eu nunca estive tão errada.

Desde então eu não consigo ter um relacionamento duradouro com nenhum


homem, para mim todos são os mesmos filhas da puta que vão chegar na
sua vida, te dizer coisas que você quer ouvir e te deixarão em lágrimas
quando te derem um pé na bunda.

Eu sei que ninguém é igual a ninguém mas eu não consigo e não estou
pronta para me entregar a alguém.

Resumindo: Não transo faz meses, por que? Porque eu não acho ninguém
que me deixe excitada de verdade.

Não sinto as famosas borboletas e essas coisas.

Triste...

- Não sei -digo e ela joga outra uva na boca.

- Esse assunto com o mentidor ainda me deixa para baixo -falo.

Mentidor? Pois é, esse foi o nome que as meninas deram ao meu ex noivo, é
uma junção de traidor com mentiroso.

A criatividade veio até nós, olhou por segundos e depois foi embora. Eu sei.

- Tudo bem, gata. Se você ainda não quer se relacionar no quesito sexo com
alguém não se relacione, tudo no seu tempo.
Ela diz e eu concordo agradecendo.

Emily é bastante companheira, daquele tipo que vai te apoiar em qualquer


situação, esteja você certa ou errada.

- O que vai fazer com o taxista sexy? -ela pergunta se levantando e indo em
direção a pia.

- Nada -dei de ombros- Talvez ele nem ligue.

Rapidamente um barulho ecoou nos meus ouvidos e me virei vendo meu


celular tocar em cima da mesinha de centro.

Olhei para Emy que fez um sinal de cruz com os dedos, falei para ela que
era uma macumbeira de primeira apenas para ouvir ela me mandar ir a
merda em seguida, me levantei rindo e fui até ele.

Olhei na tela antes de pegar o mesmo, levei ao ouvido.

- Susie Jones! Quanto tempo!

Emy sorriu na minha direção e caminhou até mim pegando o celular e


colocando no viva voz.

- Olha o drama, Rubiane. Nos vimos a dois dias atrás.

Ri de lado, nós três tínhamos ido ao shopping comprar um vestido para


Emy usar em algum evento do seu trabalho e acabou que todas nós fomos.

- E aí, gostosa? -A voz de Emy a cumprimentou.

- Brooks! E aí, muito ressaca? -ela pergunta rindo.

Susie não pôde ir com a gente por que estava ocupada trabalhando na boate
mas assim que der nós vamos marcar der sair todas juntas.

- Você sabe que eu não tenho isso -responde, essa sortuda do cacete.

Emy bebe bastante e não sente ressaca, ela tem um dom com certeza por
que quando fico bêbada a ressaca no dia seguinte é pavorosa. Se eu tomar
margaritas então...

- Sortuda! -gritei e Susie riu do outro lado da linha.

- Então, estou ligando para perguntar que horas vamos para o aeroporto?

Lisa estava voltando hoje da sua lua de mel e todas nós estávamos super
ansiosas para vê-la de novo, e claro ver a barriga.

- Ás 11:30 -Emy responde.

- Certo, encontro vocês lá?

- Até daqui a pouco -digo e Emy e eu nos despedimos dela.

Desliguei o celular e fui até a cozinha novamente para limpar a bagunça que
fizemos ao tomar café da manhã.

- Como você acha que Lisa está?

Emy surge na cozinha se sentando no banquinho, me virei para ela e me


apoiei na bancada para encara-la.

- Acho que ela está feliz -digo e ela concorda.

- É, Dylan a ama muito e ela o ama muito também. Mas estou falando do
bebê.

Fiz um "O" com a boca e acenei.

- Não sei, quantos meses ela está? -pergunto confusa.

- Acho que está quase fazendo 4, daqui a algumas semanas vamos descobrir
o sexo.

- Acho que ela deve estar com uma fome desgraçada e com a barriguinha já
aparecendo -digo.
Emy sorriu alegre e eu também, estávamos felizes por ela e doidas para
mimar o bebê que nem sabemos o sexo ainda, ela fez bastante falta nesse
último mês.

Depois de tudo aquilo que aconteceu com Lisa e o maluco psicopata, Emy e
eu deixamos de morar juntas por um tempo e voltamos para nossas casas.

- Bom, senhorita, melhor seguirmos viagem para o aeroporto.

Terminei de limpar a cozinha e fui me arrumar no quarto de Emy, depois de


tomar uma ducha rápida peguei um dos seus vestidos soltinhos e fiz uma
trança no meu cabelo. Brooks me deu uma escova extra e eu escovei os
dentes enquanto ela fazia o mesmo ao meu lado.

O vestido era florido das cores azul e rosa com um decote simples na frente,
calcei uma sandália rasteira porque não iria usar meu salto alto de ontem
nem ferrando.

Passei gloss na boca e estava pronta, fui até a minha bolsa e conferi se
minhas coisas estavam lá. Chamei Emily que apareceu na porta do quarto
com uma saia jeans clara, uma camiseta de mangas amarelas e um all star
branco.

- Vamo lá, gata.

Saimos do apartamento e paramos na frente do mesmo, a encarei e ela me


encarou de volta, balancei os braços confusa e ela colocou a mão na cintura.

- Cadê o seu carro? -falamos ao mesmo tempo.

Ela olhou para cima irritada e eu desviei o olhar, merda!

- Os carros estão no pub, eu iria mandar buscá-los hoje -coloco a mão na


testa.

Me esqueci completamente.

- Vamos de táxi -ela diz e eu levanto uma sobrancelha.


- Você tem grana para um táxi aí? Porque eu não tenho.

- Ah cala boca, você é rica.

Ela estende o celular e chama o táxi em menos de 10 segundos.

- Pronto.

Puxei meu celular do bolso e me virei para falar ao telefone, liguei para Lua
e pedi que ela falasse com alguns seguranças que trabalham com o meu pai
para irem pegar os dois carros.

- Sim, Lua. A Emily, aquela maluquinha -informo.

- O táxi chegou Rubiane! -ouvi a voz de Emy me chamando.

- Certo, obrigada Lua...também te amo.

Sorri antes de desligar e me virei guardando o celular no bolso, levantei o


olhar para Emy que sorria abertamente apontando para o táxi.

- Vamos -digo.

Olhei para o taxista e travei, a não ser pelos meus cílios que se mexeram
por eu estar piscando mais que o necessário, o taxista de ontem sorriu para
mim e abriu a porta de trás para que Emily entrasse.

Assim que ela entra eu ando até ele com um sorriso sem graça.

- Olá -fala cruzando os braços.

Agora na luz do dia eu pude enxerga-lo melhor, o homem tinha um corpo


musculoso e uma barba rala, seu cabelo era preto e seus olhos eram de um
castanho hipnotizante.

- Oi...está me perseguindo? -pergunto divertida e ele sorri ainda mais.

Meu Deus,

Eu não sei mais falar com um homem.


- Talvez o destino esteja nos perseguindo.

Sorri fraco e entrei no táxi quando ele apontou com a cabeça, me sentei ao
lado de Emy que me mandou um sorriso malicioso, ela apontou para ele
que dava a volta no carro e eu apenas concordei.

O homem que até agora eu não sei o nome entrou no carro e colocou o
cinto.

- Para onde meninas?

- Para o aeroporto -digo e ele me olha pelo retrovisor.

- Para sua cama de preferência -Emy sussurra e eu cutuco seu braço


ouvindo ela reclamar.

- O que disse? -ele pergunta.

Emy sorriu grande e eu sabia que ela ia dizer o que pensou, ela é assim, fala
o que pensa e é super sincera.

A interrompi.

- Seu nome -digo- Ainda não sei seu nome.

- Me diga o seu primeiro -ele diz olhando para mim.

- Sou Rubi Mendoza e ela é Emily Brooks.

- Obrigada por ter me carregado ontem, muito nobre da sua parte -Emy diz
e ele ri.

- De nada.

Ele ligou o carro e deu partida mas antes me encarou de novo.

- Meu nome é Nick cooper.

Acenei em concordância e seguimos viagem.


(...)

Depois do 10 minutos dentro do carro, Emily já estava tagarelando com ele


e descobriu metade da sua vida.

- Então você terminou a faculdade mas não exerceu a profissão de médico


ainda? -ela pergunta e ele concorda.

- Trabalho como médico as vezes quando faço serviços comunitários, mas


não tenho planos para trabalhar em um hospital de verdade.

- Você faz serviço comunitário? -pergunto surpresa.

- Faço, é muito bom.

O que é isso? O cara é lindo, sexy, educado, inteligente, formado com êxito
e ajuda ao próximo.

Isso ainda existe?

- Uau, um partidão não é, gata? -Emy pergunta olhando para mim.

- Hum hum -resmungo sem graça e ele sorri de lado.

Depois de alguns minutos nós chegamos e ele desceu do carro abrindo a


porta, Emily desceu primeiro por que ela estava na ponta e logo depois eu
sai.

Ela pegou o dinheiro na bolsa e entregou a ele o valor pela corrida.

- Obrigada, Nick -Emy diz e se afasta.

- Obrigada -digo e me viro mas sinto sua mão na minha.

- Espera -ele disse e eu me virei para encara-lo enquanto Emy ia embora me


deixando para trás.

Seus olhos me encaravam firmemente mas sem nenhum vestígio de malícia,


desde que conheci Nick isso não aconteceu, ele ainda não me encarou com
desejo mesmo as vezes deixando claro o que ele pretende, como agora...
- Eu ia ligar para você depois dessa corrida, mas pelo visto você acabou
sendo ela então...

Ele sorriu olhando para baixo e logo depois seus olhos estavam em mim
novamente.

- Que tal tomarmos algo mais tarde? Queria muito conhecer você -ele diz e
se encosta no carro.

- Olha, Nick -me aproximo dele- Droga, não me ache uma ridícula. Você
me parece ser um cara legal e muito prestativo mas no momento eu não
estou com cabeça para nenhum tipo de relacionamento, sinto muito -digo e
ele continua sem expressão.

- Entendo, mas por que me deu seu número? -perguntou.

- Eu não sei, não deveria ter feito aquilo se não tinha real intenção de...

- Tudo bem -ele sorriu mostrando seu sorriso perfeito- Você está em uma
luta interna.

- O que?

- Deixa eu adivinhar, ex namorado vagabundo? -ele pergunta e pisco várias


vezes.

- Como você...

- Conheço um coração machucado de longe, experiência própria pode


acreditar -suspirou.

- Traição? -Perguntei.

- Com o meu melhor amigo -ele diz e eu cruzo os braços.

- E você? Traição? -pergunta.

- Também -digo
- Nossa, teve mais?

- Você nem imagina -digo e acabo sorrindo da minha desgraça.

- Beleza -ele diz e se aproxima de mim- Mas ainda queria conhecer você,
talvez eu te surpreenda.

Ele colocou uma mecha da minha trança que estava caindo no meu rosto
atrás da minha orelha descendo os dedos para o meu queixo levantando
meu rosto mais um pouco me fazendo encara-lo.

Misericórdia.

- Deixamos para uma outra hora -fala.

Nick andou até a porta do motorista e me senti um pouco mal, talvez eu


devesse arriscar a conhecê-lo. Não tenho nada a perder.

- Nick, espera! -gritei colocando as mãos atrás da minha cabeça, estou com
vontade de me enterrar em um buraco.

Ele me encarou.

- Quer sair comigo hoje à noite? -perguntei com a pouquissíma cara de pau
que tenho.

Ele sorriu abertamente e mordeu o lábio inferior.

- Seria uma honra -diz e eu sorrio também- Mas, como você ainda não
parece tão aberta a conhecer pessoas novas, vamos sair como...conhecidos
tentando ser amigos.

- Certo, eu posso aceitar isso -digo e ele sorri piscando- Me ligue mais tarde
e marcamos um lugar.

- Até a noite, Rubi -ele entrou no carro e deu partida me deixando parada na
frente do aeroporto encarando o carro desaparecer.
Por que eu sinto que fiz a coisa certa e ao mesmo tempo a errada? Que
coisa estranha.

×××

Próximo capítulo vai ser um reencontro rsrsrs Alguém aí com saudades


do nosso outro casal?

Sabe, eu estava revisando aqui e pensei. Cacete, nem parece que fui eu
que escrevi isso KAKAKAKA gente, não lembro da metade das coisas
que eu faço, socorro.

Enfim, alzheimer.

Tchau, babys ❤️.

5° capítulo

Rubi

Virei meus calcanhares e entrei no aeroporto.

Vi vários televisores onde diziam os horários dos próximos vôos e uma


enorme bancada com todas as companhias aéreas divididas, um enorme
starbucks no meio do aeroporto com pessoas sentadas despreocupadas.

Eu já estaria apavorada com medo de perder meu vôo.

Logo avistei Emily que estava de pé mexendo no celular com uma cara
irritada, ela levantou o olhar enquanto eu me aproximava e eu franzi o
cenho.

Ela apontou com a cabeça para atrás de mim e me virei para trás vendo
Nate, Peter e Adam.

Ótimo!

Não demorou muito e eles me alcançaram, esses três dão dois passos que
equivalem a cinco meus.

Paramos na frente de Emy que sorriu para eles e sorriu falso para Peter.

Ela me contou como eles se conheceram e não foi nada...gentil.

- Oi, meninas -Disse Nathaniel.

Nathaniel é com certeza o mais educado de todos eles, sem falar na mente
brilhante que o cara tem.

- Oi -Emy e eu falamos juntas.

- E aí, loirinha? -Peter diz olhando para Emy que fingiu olhar para o celular
e ele apenas riu.
Esses dois...

- Peter, Adam -os cumprimentei.

Meu pai me deu um pouco de educação, bem pouco mas deu.

- Princesa! Já estava sentindo a sua falta -diz Adam com sarcasmo.

- Poxa, eu até diria o mesmo mas não gosto de mentiras -digo com um
sorriso doce e quando ele ia responder o seu celular começar a tocar.

Peter me cumprimenta enquanto Nate está conversando com Emy, meus


olhos estão focados em Adam e por algum motivo eu não consigo desviar.

A barba loira fazendo contraste com os seus olhos azuis brilhantes chega a
ser um pecado a forma como é hipnotizante, seus músculos evidenciados na
camisa branca e o cabelo loiro bagunçado implorando para que alguém
toque ou...aperte.

- Rubi! -ouvi Emy me chamar e logo depois vejo dedos se estalando na


minha frente.

- O que? -me viro para ela.

- Porra, o que tirou sua atenção desse jeito?

Uma fada.

Balancei a cabeça e olhei para Adam que estava sorrindo na minha direção
e logo levantou uma sobrancelha em divertimento.

Fada babaca.

- Estava pensado no taxista sexy, não é? -Emy pergunta me cutucando.

- É -minto.

Olhei para Adam que agora não tinha mais o sorriso no rosto, ele ainda me
encarou por alguns segundos e se virou para falar com Nate e Peter.
- Lisa e Dylan já estão aqui, Adam acabou de falar com eles -Emy diz e eu
me viro para focar nela.

- Onde está Susie? -pergunto.

- Aqui!

Vejo a mesma correndo na nossa direção com a franjinha bagunçada por


conta do vento, em algumas mulheres franjinhas ficam ridículas e infantis
mas nela fica perfeito, é tão...Susie.

- Misericórdia, onde você estava? -Emy pergunta assim que ela se aproxima
da gente.

- Briguei com um filha da mãe lá fora que estava teimando comigo que eu
deveria pagar o estacionamento -disse ofegante- Eu nem tenho carro,
caramba!

Emy e eu rimos e ela se recompôs olhando para os três que estavam ao


nosso lado.

- Oi, meninos -ela disse e eles acenaram, a não ser por Nate que não
esboçou cumprimento apenas ficou olhando para ela por segundos antes se
virar para falar com Peter e a Tinker.

Susie usava uma calça jeans e camisa branca escrito NASA, um tênis preto
e um cordão que eu não consegui indentificar do que era porque escutei
uma voz não muito distante da gente.

- Você é incrivelmente babaca, eu já te disse isso?

- Baby, ele estava babando em você! Ainda não teve respeito com o meu
bebê.

Nós seis nos viramos rapidamente e avistamos o casal andando na nossa


direção, Dylan tinha duas malas nas mãos e Lisa caminhava ao seu lado
com um olhar de raiva mas logo depois mudou para divertimento.
Ela estava mais bronzeada e a sua barriguinha já era visível naquele vestido
bege de seda, Dylan vestia uma blusa verde musgo com um casaco preto e
uma calça jeans escura.

- Sua sorte é que você é o pai desse bebê, ele pode precisar de você -ela diz
e ele sorri de lado.

Eles continuaram andando e nós seis nos encaramos e corremos até eles,
percebi Lisa olhar para nós e abrir um sorriso enorme.

- Olha eles ali -ela disse e rápido a alcançamos.

Nós três ficamos em volta de Lisa e a abraçamos com força mas também
com cuidado, ela sorriu grande e nos abraçou de volta.

- Sentimos muito a sua falta, Mucura -Emy diz e nos separamos.

- Eu também senti muito a falta de vocês.

Ela abraçou uma por vez e óbvio que nos abaixamos na altura da sua
barriga e começamos a falar coisas com a voz melosa.

- Quem é a coisa mais linda da tia? -Emy disse.

- Ahh você está tão grande! -Susie disse e eu apenas acariciava a sua
barriga.

- Será que a mamãe também vai ganhar atenção? -Lisa diz fingindo
irritação.

Nós três rimos e eu fui cumprimentar Dylan e as meninas também, os


outros três foram cumprimentar Lisa e também falaram com o bebê.

Foi até uma cena engraçada de se ver, três homens enormes parados no
meio do aeroporto falando com uma voz de criança.

Acho que o bebê Venturelli é imune a masculinidade frágil.

- Mas é o bebê mais foda que o tio já viu, é sim -Adam disse e Peter revirou
os olhos.
- Adam! Não fala palavrão na frente dele ô caralho -Peter disse.

- Você acabou de dizer um, seu retardado -Nate disse e os dois ficaram de
cara emburrada.

- Ta bom, já chega -disse Dylan e os três ficam eretos novamente.

- Você está bem? Quer ir para casa descansar? -Dylan pergunta olhando
para Lisa.

- Quero sim, estou me sentindo exausta.

Sabíamos que teria de deixar a nossa conversa para depois, Lisa precisa
descansar e quem sabe amanhã nós colocamos o papo em dia.

- Vocês vieram como? -Lisa pergunta olhando para nós três.

- Emy e eu viemos de táxi -digo e Emily sorri maliciosa.

- E que táxi -Ela diz e eu a cutuco com o braço.

Lisa semi cerrou os olhos e sorriu de lado.

- Eu vim de táxi também -Susie disse e nós concordamos.

- Bom, os meninos podem dar uma carona -Dylan diz, Peter e Adam
levantaram uma sobrancelha.

- É claro que podemos -Nate disse educado como sempre.

- Na verdade, Peter vai para uma reunião agora e eu vou visitar uma pessoa,
acho que o único que vai pelo caminho normal será Adam.

- Ah não preci... -digo mas Lisa me interrompe.

- Claro que precisa, não sejam modestas.

Adam concordou e sorriu de lado.


- Então vamos, porque meu dinheiro do táxi acabou -Emy disse e eu cruzei
os braços.

- Como você planejava voltar para casa? -Susie pergunta.

- Com o seu dinheiro, ué -ela diz e Susie revira os olhos.

- Meninas, que tal um almoço amanhã. Somente nós quatro -Lisa diz e
Dylan cruza os braços.

- Você vai almoçar com os seus amigos e colocar o papo em dia -ela disse
despreocupada.

- Já está me enxotando, Sra. Venturelli? -pergunta.

- Encare como... -Lisa colocou as mãos na cintura- Um tempo longe do


rosto.

Dylan olhou para os meninos que deram de ombros.

- Resumindo, ela te odeia -Adam fala para o irmão que fecha a cara.

- Ela não odeia ele -Peter diz- Talvez ela odeie quando ele faz aquele
barulho ridículo com a boca quando está trabalhando.

- Ou, ou, quando ele está andando do nosso lado e fica apontando para
baixo querendo que a gente caia -Nate diz e olha para ele- Para com isso,
cara.

- Lisa, eu não quero mais sair com meus amigos e colocar o papo em dia -
Dylan se vira para a esposa.

- Uma pena, você não tem escolha, Batgirl. Não temos culpa se ninguém
gosta de você além da gente -Adam diz.

- Lisa, eu vou bater no meu irmão -ele diz ainda encarando que ela estava
sorrindo.

- Eu posso ajudar... -sussurro e Adam me encara feio.


Ri baixo e olhei para as meninas.

- Nos vemos amanhã? -elas confirmam.

- Vamos logo antes que eu deixe a Rubi aqui no aeroporto com aquele casal
do México ali -Adam aponta para o tal casal e depois e tira a chave do
bolso, ri falsamente.

Não revidei a resposta porque posso ter rugas de estresse.

Andamos juntos até a entrada no aeroporto e nos separamos, Dylan e Lisa


entraram em um Audi A7 preto e foram embora, o apartamento de Dylan
não é caminho para a minha casa e nem de Susie então a carona não iria
funcionar.

Nate entrou em uma 4x4 branca e Peter em uma Ranger Rover cor vinho.
Nós três caminhamos até o carro de Adam que também era um Audi da cor
prata mas eu não sabia o modelo, deveria ser lançamento.

As meninas entraram e quando eu ia entrar Emily bateu a porta na minha


cara, olhei para ela com raiva que abaixou a janela lentamente.

- Vai ficar muito apertado se você vier aqui.

O que?

- Abre logo essa porta!

- Vá na frente -ela apertou no botão e a janela foi fechando, parecia que


estava em câmera lenta!

Olhei para o banco da frente e Adam já estava no seu lugar com as mãos no
volante.

- Vai ficar, princesa? -ouvi sua voz irritante e entrei no veículo me sentando
ao seu lado.

- Dirige, Adam, só dirige -digo e ele sorri mordendo o próprio lábio antes
de pisar no acelerador.
(...)

Já estávamos chegando perto do apartamento de Susie, a última parada seria


a minha e meu estômago embrulhava só de pensar em ficar com Adam em
lugar sem eu ter para onde correr.

Não que eu fugisse dele.

Uma calúnia dessa a essa hora.

- Pronto, está entregue Susie -Adam diz e ela agradece.

- Obrigada -fala e pisca para nós.

Ela saiu do carro e entrou no seu apartamento, nos desviamos um pouco


para chegar até o apartamento de Emy.

De repente ouvi meu celular vibrar e vi que era de um número


desconhecido. Atendi no terceiro toque e levei o aparelho até o ouvido.

- Rubi.

- Oi, sou eu o Nick.

- Oi, Nick.

Emy automaticamente bateu palmas animada e prestou atenção na


conversa.

- Estava pesquisando e achei um ótimo restaurante, você gosta de comida


tailandesa?

- Me parece bom -digo, olhando para as pessoas na rua.

- Ótimo, te busco ás 20:00?

- Me passe o endereço e eu te encontro lá -falei e vejo de relance Adam me


encarando.

- Ok, até depois.


- Até.

Desliguei o celular e fechei os olhos esperando Emily falar alguma coisa


mas nada veio.

Me virei para trás e ela encarava a janela.

- Nada? Nenhuma piadinha? -pergunto.

- Ainda não vou criar expectativas com você e o taxista sexy, quando vocês
se beijarem eu falo alguma coisa.

- Emily!

- Relaxa, sei que você vai encontrar alguém que te faça se soltar por
completo. Tudo no seu tempo.

Me virei para frente colocando a mão no rosto e ouvi Adam rir, o encarei e
revirei os olhos.

- Do que você esta rindo, idiota? -pergunto e ele dá de ombros.

Ficamos em silêncio até o apartamento de Emy, ela se despediu de mim e


agradeceu a Adam saindo porta a fora.

- Conversamos mais tarde -ela diz e caminhada para o seu prédio.

Me mexi desconfortável por ficar sozinha com ele, que porra é essa, Rubi?
Você é maravilhosa não precisa ficar desconfortável na presença desse ser.

Olhei para a janela enquanto ele dava partida no carro, em um vacilo eu


encarei seu corpo e vi seus dedos tocando o volante na parte de cima
descendo lentamente para a lateral dele, os músculos contraídos quando ele
fazia um movimento para dar uma curva e os lábios se espremendo um no
outro quando ele trocava de faixa, como ele consegue ficar bonito até
dirigindo?

- Cuidado para não babar no meu carro, princesa.


Olhei em seus olhos e rápido virei o rosto para o outro lado, eu estava
olhando para ele de uma maneira que não deveria, cruzei os braços e ele
suspirou.

- Eu estava brincando, não precisa ficar sentida.

- Eu não estou sentida, só não ligo para suas brincadeiras sem graças -digo
dando de ombros e ele revira os olhos.

- Você tem resposta na ponta da língua para tudo?

- Tenho, falo a verdade e se você não quiser ouvir -fiz um tchauzinho com
as mãos.

- Você sabe que está no meu carro, não é?

- E daí? -pergunto quando ele para no sinal.

- Eu posso mandar você descer dele e ir andando -ele disse olhando para
mim.

- Você não faria tal coisa -digo em desafio e ele levanta a sobrancelha.

- Quer apostar? -perguntou irritado.

Olhei no fundo dos seus olhos e me aproximei do seu rosto, sua expressão
mudou imediatamente quando percebi ele engolir em seco. Desci os olhos
para os seus lábios e ele apertou o maxilar parecendo puto.

Sorri internamente.

- Vai se foder, Sr. Venturelli -digo.

- Só se for você -ele diz olhando para frente e eu arregalo os olhos. Puta
merda.

- O que? Agora ficou sentida?


Eu não conseguia desviar os olhos dele, mas ele continuava olhando para
frente.

- Não consegue dizer isso me olhando nos olhos, Adam? -brinquei.

- Eu estou dirigindo -ele disse quando pisou no acelerador assim que o sinal
abriu, e eu apenas ri.

- Medroso -digo e me encosto no banco novamente. Céus, estou brincando


com o fogo?

Ele apertou o volante com força e pisou fundo, em menos de 10 minutos já


estávamos na frente do meu prédio.
Me senti no velozes e furiosos.

Ele estava irritado e eu também, Adam sempre acaba com a minha


sanidade.

Quando eu ia sair do carro sinto sua mão no meu braço e meu corpo é
puxado para encara-lo.

- Nunca duvide de mim, srta. Mendoza -seus olhos que quase me devoram
faz meu peito ficar ofegante de repente- Não tenho vergonha de dizer que
eu me enterraria tão fundo em você que te faria se soltar por completo.

Maldita Emily!

Ele soltou meu braço e passou a mão no cabelo.

- Mas eu não faria isso, você não faz meu tipo -ele disse eu levantei uma
sobrancelha. Porra!

- Pensamos igual então -abro a porta do carro e saio- Nunca mais diga essas
coisas para mim se não quiser levar um tapa na cara.

Bato a porta do carro e caminho para meu apartamento pisando duro.

Totalmente idiota!

×××
Adam é tão confuso! "Eu te faria se soltar por completo" bip bop bip
"Você não faz meu tipo" KAKAKAKA parece eu tentando decidir
entre pizza ou sorvete.

Sempre escolho os dois.

Nossa Tinker Bell está enlouquecendo, mal sabe ele que vai piorar
kakakakaka.

Domingo que vem eu volto com mais 5 capítulos!!! Fiquem do Deus,


vamos acabar esse livro rapidinho hein.

Até, babys ❤️.

6° capítulo

Rubi

É a sua hora de brilhar Rubi Mendoza, mostre que você consegue fazer isso
sem nem precisar fazer cara feia e parecer uma sedentária.

1. Levantei meu tronco contraindo minha barriga apenas para sentir a


queimação na região. Meus lábios se apertam e eu brigo comigo mesmo,
sem cara feia!

2. Repeti o processo e já estava fazendo cara feia, Droga!

3. Levantei meu tronco novamente e me deitei no chão mas dessa vez fiquei
por lá mesmo. A voz em minha cabeça me diz que três abdominais são
suficiente por hoje.

E eu vou escutar ela, óbvio.

Eu tinha uma mini academia em casa e sempre que estava no tédio vinha
me exercitar, ou seja, eu quase nunca estava por aqui.

Fui até a esteira e corri um pouco depois de configurá-la.

O top preto marcava meus seios e o short de lycra apertava minhas coxas, o
rabo de cavalo para o lado e o suor escorrendo pela minha testa.

E olha que eu só fiz três abdominais em.

Coloquei meus fones e deixei a música invadir meus ouvidos, cantei


livremente a música Stay with me de Sam Smith.

Fiquei mais ou menos uns 20 minutos na esteira e depois peguei uma toalha
limpa para me secar, bebi metade da garrafa de água e fui para cozinha.

Lua já tinha ido embora e quando olhei no relógio já eram 19:25, merda! Eu
tenho um encontro!
Corri para tomar um banho e me arrumar, tomei uma ducha refrescante e
passei um óleo corporal, fui até meu quarto de toalha e procurei por uma
roupa apenas de calcinha e sutiã.

Escolhi um vestido branco de alças com um decote V na frente que ficava


acima do meu joelho, coloquei meus brincos e uma pulseira prateada, calcei
meu salto alto que era bem menor dos que eu usava na empresa e passei
meu perfume habitual.

Olhei no relógio e ainda faltava 10 minutos para às 20h, vou ajeitar meu
cabelo e passar alguma maquiagem.

Eu tenho um estranho problema com horários, sabe quando você está


andando na rua e decide que não quer pisar nas linhas ou algo grave vai
acontecer? Pois então, eu sou assim, mas com horários, não posso me
atrasar porque já acho que algo de ruim vai acontecer.

Maluca?

É...

Escovei meu cabelo e o deixei solto mas com duas mexas presas para trás
com uma piranha brilhosa bem pequena, passei pó compacto, rímel e para
finalizar um batom rosado.

Me levantei e me olhei no espelho, fiquei satisfeita com o que vi e saí porta


a fora com minha pequena bolsa de mão.

Antes de sair eu dou um beijo na cabeça do amor da minha vida.

- Tchau Mops, mamãe vai sentir saudades.

Mops, mais conhecido como amor da minha vida, era meu cachorro, ele era
da raça poodle e morava comigo a pouco menos de 1 ano. Mops tinha sido
um presente do meu ex-noivo e eu acabei me apegando pra caramba a ele.
Quando meu relacionamento chegou ao fim, em nenhum momento pensei
em doá-lo ou deixar que meu ex o levasse, Mops não tem culpa de ter tido
um ex-pai filho da puta.
Ele balançou o rabinho pra mim e jogou a cabecinha para o lado.

- Menino bonzinho, depois te dou um biscoito viu? Mamãe vai sair agora.

Saí fechando a porta e passando a chave em seguida, fui para o


estacionamento e rápido entrei no meu carro seguindo o endereço que Nick
tinha me enviado.

Nick parece ser uma pessoa boa e atenciosa, além de, é claro, ser muito
bonito. Mesmo eu não tendo muita expectativa nesse lance, algo nele me
deixa intrigada.

Parei na frente do restaurante e logo depois estacionei em uma vaga,


caminhei até a porta e entrei atraindo alguns olhares para mim. Avistei Nick
sentado no bar e fui até ele.

Nick me viu e levantou a mão me chamando, ele vestia uma calça jeans
preta e uma blusa azul escura social, ele parecia nervoso e já estava com um
copo de bebida na mão.

- Oi! Pedi uma bebida para você -ele diz e aponta para um líquido azul a
sua frente.

Nem fodendo que vou tomar isso.

Acenei com a cabeça e peguei o copo que estava na sua mão, virei o líquido
de uma vez sentindo o gosto de whisky que desceu queimando por minha
garganta.

- Obrigada -entrego o copo e ele sorri na minha direção.

- Você é esperta -ele disse.

- Sei me virar, vamos?

Ele concordou e andamos até uma mesa disponível que estava com o
sobrenome Cooper em uma plaquinha.

- Difícil fazer a reserva? -perguntei e ele negou.


- Meu sobrenome é conhecido -fala e eu franzo o cenho.

Nick Cooper? Nick Cooper? Eu conheço esse sobrenome...

Empresas Cooper! É isso

A Empresas Cooper era uma grande empresa de tecnologia de acordo com a


Forbes, ficando atrás apenas das empresas Techonology Designer, que no
caso é a minha com os meninos.

- O que foi? -ele pergunta e eu presto atenção nele

- Pensei que fosse taxista -digo e seu sorriso aumenta.

- Então conhece meu sobrenome?

- De início não, mas agora que você falou... -digo e bebo um gole de vinho
que o garçom havia trazido.

- Meu pai, Vincent Cooper, é fanático por negócios e sempre me disse que
eu iria ocupar o lugar dele na empresa.

Ótimo! Somos rivais meu caro Nick.

- Obviamente me recusei mas pelo visto não tenho muitas chances contra
ele, por isso não investi na carreira de medicina, porque eu sabia que teria
que assumir uma empresa.

- Hum -isso saiu extremamente fino na minha voz.

Ta de sacanagem comigo, Deus?

Quer dizer...perdão.

- Pois é, provavelmente no início dessa semana eu comece como o novo


presidente das empresas Cooper, já estou sentindo falta de ser taxista.

Levantei o olhar para Nick que estava com os olhos divertidos e comecei a
rir de nervosismo.
- Você se formou só em medicina ou em administração também? -perguntei.

- Só medicina, tudo que sei sobre administração aprendi em alguns cursos


com meu pai.

Isso é um tanto filha da putagem comigo, quando eu decido sair com


alguém é com o filho de um dos maiores rivais da minha empresa, o que vai
acontecer agora? Eu vou ter algum tipo de viagem ao lado dele onde nós
brigamos por um investidor?

- Entendi, pelo menos você já tem ideia de onde se meteu então -digo e
nossos pratos chegam.

Eu nem lembro de ter pedido algo.

- Espero que não se incomode mas eu queria muito mostrar esse prato para
você.

Ele disse e eu concordei sorrindo, não me incomodo mas se a comida for


ruim aí vamos ter problemas.

Experimentei a comida e por sorte era muito boa, então comi mais enquanto
ele falava.

- Então, nosso primeiro trabalho comigo na presidência vai ser trazer os


Foster's como sócios -ele diz e eu sem querer acabo me engasgando
percebendo que saiu alguns resquícios de comida da minha boca.

Você está vendo?

Ali atrás, o prêmio de pior encontro do mundo vindo na minha direção.

Os Foster's seriam nossos primeiros sócios caso Adam e eu conseguíssemos


a parceria, e caso Conseguirmos nossa empresa será completa e próspera.

Olha só universo, quando eu disse que iríamos brigar pelo mesmo


investidor eu estava brincando, ok? Não era para você levar a sério.

- Você está bem? -Nick pergunta confuso


Confirmo e limpo a boca com o guardanapo.

- O que está acontecendo? -ele pergunta desconfiado.

Tudo bem, acho que irei falar a verdade e dizer que somos rivais, no mundo
dos negócios é claro. Já extraí uma informação super importante então nada
vai me deixar mais chocada do que agora, ele iria saber uma hora ou outra.

- Trabalho em uma empresa conhecida -digo e ele pisca várias vezes -


Trabalho com Dylan e Adam.

Ele arregalou os olhos e me encarou perplexo.

- Você trabalha para Adam e Dylan Venturelli?

- Não -digo e ele respira aliviado -Eu sou dona da empresa junto com eles.

Eu não tenho palavras para expressar o rosto de Nick, mas é uma mistura de
surpresa com confusão, é até engraçada. Merda, eu queria rir mas me
segurei.

- Me diz que eu não acabei de revelar meu primeiro passo para a minha
empresa rival? -ele pergunta olhando para a mesa - Sinto muito mas você
acabou de fazer isso

- Alguma chance de você esquecer?

- Chance inexistente -digo e ele sorri

- Tudo bem -diz e eu começo a rir.

- Do que você está rindo? -ele pergunta.

- Para um futuro CEO de uma empresa você está muito fofoqueiro -digo e
ele faz uma cara de ofendido.

- Desculpe não quis te ofender -digo séria e ele começa a rir da minha cara.

- Você...
- Você tinha que ver a sua cara -ele ri e eu revirei os olhos -Para a dona de
uma empresa você está se importando demais com o seu rival.

- Ah, cala a boca - digo e rápido arregalo os olhos.

Misericórdia.

Nick gargalha e eu acabo rindo também, continuamos conversando e


bebendo enquanto eu tentava não mandar o cara calar a boca ou mandar ele
para o inferno, isso pode acontecer a qualquer momento nesse encontro
estranho para cacate.

Mas até que ele era uma presença agradável e muito fácil de conversar.

Completamente diferente do seu pai que era um bruto, arrogante e mal


educado. Vincent é tudo que eu espero que o filho não se torne.

Depois de duas horas conversando sobre coisas banais e nada sobre


negócios, ainda bem, eu decidi que estava na hora de ir embora.

Nick me acompanhou até o lado de fora do restaurante e eu apontei onde


meu carro estava, andamos até ele enquanto conversávamos.

- Eu não acredito que você fez isso! -disse surpreso.

- Eu era a madrinha e ela queria muito comer aquele bolo, era a minha
missão -digo e ele ri alto.

Chegamos na frente do carro e eu me virei para ele que agora estava


sorrindo de lado.

- Obrigada pela noite, foi muito boa -digo e ele assente.

- Você é uma ótima companhia, Srta. Mendoza. Nem parece que quer me
ferrar roubando meus clientes -ele diz e eu levanto uma sobrancelha.

- Não vou roubar nada, Sr. Cooper -digo e cruzo os braços -Eles já são
meus.
Ele balança a cabeça com um sorriso em negativa e depois me encara, mas
com um olhar diferente.

Nick parou na minha frente encarando meus lábios, sua respiração se


misturava com a minha e eu sabia o que vinha agora.

- Isso nós vamos ver.

Ele se aproximou rapidamente e suas mãos foram para a minha nuca, sua
boca tomou a minha em um beijo feroz quando ele pediu passagem com a
língua que dei gentilmente. Uma de suas mãos me puxava para ele enquanto
sua outra mão aperta minha cintura de leve.

Humm

Hum...é

O beijo era bom, mas eu não consegui sentir absolutamente nada, Nick não
teve nenhum efeito sobre mim.

Nos afastamos e ele me soltou, seu cenho estava franzido enquanto meu
peito subia e descia.

- Você não sentiu...

- Não -ri baixo.

- Isso foi estranho -ele disse e coçou a nuca.

- Acho que o destino queria você na minha vida -me encarou -Como amigo
Ele sorriu e levantou uma mão, a peguei balançando.

- Amigos? -ele pergunta

- Amigo e rivais? Uau, esse é um rótulo novo para a minha vida -digo e ele
concorda sorrindo.

- Até mais, Rubi.


Entrei no meu carro e dei um tchauzinho antes de dar partida no mesmo,
comecei a dirigir até o meu apartamento com um sorriso no rosto.

É, não foi dessa vez.

Acho que está para nascer um homem que me desarme com apenas um
beijo.

×××

Ixi, talvez ele esteja mais perto do que você imagina.

Lembrando que todo domingo tem mais 5 capítulos disponíveis.


Tentarei postar nas semanas tbm.

Vote!!! Por favor, vote na história 😔.

Até, babys ❤️.

7° capítulo

Rubi

Saio do meu apartamento em direção a garagem onde meu carro estava.

Me vi pelo reflexo da janela do mesmo e ajeitei a camiseta branca e a


jaqueta de couro preta que usava, minha calça jeans azul marcava meu
corpo e meu tênis branco trazia conforto para meus pés.

Entrei no carro e dirigi até o apartamento de Lisa, iríamos almoçar todas


juntas hoje.

Já estava na hora do almoço e a minha barriga estava pedindo por uma


comida suculenta.

Parei no sinal e liguei o rádio para ouvir algo, a música soou nos meu
ouvidos e dei batidinhas no volante por alguns segundos, a janela do meu
carro estava aberta e vi perfeitamente quando duas mulheres me encararam
e apontaram para o celular.

O carro delas estava ao lado do meu e não tiveram a decência de pelo


menos disfarçar, elas cochicharam até o sinal abrir e eu as ignorei
completamente.

Mas a minha curiosidade se aguçou um pouco, o que será que tinha naquele
celular?

Depois de 10 minutos eu cheguei no apartamento e mandei uma mensagem


avisando que já estava lá embaixo, Lisa liberou minha entrada e eu subi até
a cobertura.

As portas do elevador se abriram e eu entrei no apartamento que era


extremamente grande! Cacete, parecia um palácio.

- Ei.
Ouvi a voz de Lisa e parei de encarar como uma doida o lugar, ela andou
até mim e me abraçou apertado. Acariciei sua barriga por cima da camisa
marrom de camurça e nós fomos até a sala de jantar.

- Susie está na sala e Emy está chegando.

Concordei e ouvi meu celular apitar, era Emily.

- Oi, já está subindo?

- Já tenho expectativas com o taxista -ela diz e eu franzo o cenho.

- Do que você está falando? -pergunto.

Chegamos na sala de estar e vi Susie sentada na cadeira beliscando alguma


comida bem apetitosa, acenei para ela e voltei a falar com Emy.

- Você ainda não viu? -ela pergunta.

- Viu o que? Emily, você está me deixando nervosa -digo.

- Estou subindo para te mostrar.

Concordei e avisei Lisa que ela já havia chegado, fui falar com Susie e me
sentei ao seu lado.

- Como você está? -ela pergunta.

- Bem, na verdade tenho uma coisa boa para contar para vocês -digo.

- Imagino -ela sussurra sorridente.

O que está acontecendo?

Depois de segundos avistei Emily aparecer na cozinha com um sorriso


lascivo no rosto, Lisa e ela se sentaram na nossa frente e minha curiosidade
estava disparada.

Elas me encararam e ficaram em silêncio, eu já estava ficando puta!


- O que está acontecendo? -pergunto alto.

Emy pegou seu celular e digitou alguma coisa antes de colocar na mesa
para vermos.

"Futuro CEO das empresas Cooper é visto aos beijos com a mais nova sócia
das empresas Technologys Designer, as empresas são rivais há anos. Será
que finalmente vai rolar uma trégua entre ambas?

Acho que se depender do casal a trégua está mais do que feita, vocês não
acham meninas? XOXO"

Logo abaixo estava uma foto minha e de Nick aos beijos perto do meu
carro, dava para ver claramente meu rosto e o dele.

Olhei para as meninas que me encaravam em curiosidade, coloquei a mão


no rosto e suspirei.

- Não -digo.

- Sim! Sim! -Susie disse e sorriu largo.

- Você se beijaram? Eu tô impactada -Lisa diz lendo a matéria completa.

- Se deu bem, gata. O cara é um partidão -Emy diz e se inclina na mesa-


Mas como não sabíamos que ele era o futuro CEO de uma empresa?

- Eu fui ao encontro com ele ontem à noite, nós conversamos e ele me disse
que iria virar presidente da empresa do pai, Vincent Cooper -Lisa faz uma
cara de nojo e eu quase ri.

- Eu não sabia que éramos rivais, eu li tudo sobre a nossa empresa e ouvi
metade dos nossos funcionários, os Cooper são um grande desafio para nós.
Mas eu não sabia que ele era um.

Elas se encararam e começaram a rir, mas que droga!

- Amor proibido? Amo -Emy diz e eu reviro os olhos.


- Aí que está, ele e eu não tínhamos a menor quimi...

- Rubi?

Parei de falar imediatamente, olhei para a entrada da cozinha e vi Dylan e


Adam parados me encarando.

Me senti no colegial novamente pronta para ir à sala do diretor.

Adam parecia irritado e Dylan mantinha o rosto sem expressão.

- Será que podemos conversar no meu escritório? -Dylan pergunta e eu


assinto me levantando.

Caminhamos para o escritório e Adam não falou absolutamente nada, entrei


no mesmo e me sentei na cadeira cruzando as pernas. Adam se encostou na
mesa que ficava do outro lado da sala e Dylan se sentou na cadeira a minha
frente.

- Dylan, eu acho que deveríamos mantê-la fora do projeto -Adam diz e eu


me viro para encara-lo.

O que essa maldita disse?!

- Isso é totalmente desnecessário -Dylan diz e eu encaro ele.

- O que? -pergunto.

- Nós vimos a sua foto com o novo presidente das empresas Cooper,
princesa -Adam diz com um sorriso debochado.

Entendo, eles estão achando que eu estou tendo um caso com a


concorrência, pelo visto eles e metade de Nova York.

Não é como isso fosse o fim do mundo mas fica ruim para visibilidade da
empresa, investidores que apostam na gente podem pensar que estamos nos
unindo aos Cooper e isso pode nos prejudicar de alguma forma. Podem
encara-lo como uma ameaça porque de certa forma ele é.
- Olha meninos, vou ser sincera com vocês -digo e Adam cruza os braços.

- Eu não estou tendo um caso com Nick Cooper, eu descobri ontem a noite
que ele era um -ajeitei a jaqueta no meu corpo- O beijo aconteceu por
acontecer mas não é algo que farei novamente -Dylan balançou a cabeça
concordando.

- Eu te disse que isso era totalmente perda de tempo -Dylan diz olhando
para Adam.

Espera, Adam que fez questão de fazer toda essa cena? Me despertei dos
meus pensamentos quando ouvi ele falar.

- Eu sei, sinto muito, Rubi -disse.

Mas era óbvio que eu não acreditei nessas palavras saindo dessa sua
boca...hum.

- Só fiquei frustrado caso desse errado com os Foster's, eles são


extremamente rígidos com quem trabalham, se soubessem que vocês dois
estavam tendo um caso...nossa chance de acordo iria por água a baixo por
acharem antiético -Adam rolou os olhos.

- Então, sobre isso... -digo e Dylan olha para mim.

- Nick está indo atrás dos Foster's também -falo.

Dylan arregalou os olhos e olhou para o irmão.

- Quando ele disse isso para você? -Perguntou Dylan.

- Ontem -me encostei na cadeira- Acho que teremos trabalho dobrado,


Tinker -digo e olho para Adam.

- Faz sentido -Adam diz e anda na minha direção- Ele está começando
nesse ramo, se ele conseguir os Foster's iria crescer gradativamente, sem
falar que seria bastante aclamado pelos seus funcionários e demais
investidores.
Ele se senta na cadeira ao lado da minha.

- Certo, vamos trabalhar para fechar negócio com eles o mais rápido
possível então -Dylan diz.

- Claro, maninho. Rubi e eu vamos conseguir isso -Adam diz sério e eu


concordo.

- Esperem aqui, tenho a papelada de tudo o que vocês precisam para


começar o trabalho de amanhã.

Dylan diz se levantando e caminha até uma escrivaninha remexendo tudo


mas não parece encontrar o que precisa.

- Deve estar lá em cima, não demoro -diz e sai porta a fora.

Olho para Adam que está me encarando com um sorriso cafajeste, reviro os
olhos e me levanto para ficar longe. Parei de costas para ele e encarei um
quadro de flores vermelhas, o que claramente foi Lisa que pôs aqui.

- Talvez ele esteja usando você.

Me virei e encarei seus olhos azuis que pareciam me prender de um jeito


tão intenso, e eu nem me esforçava para desviar.

- Como assim? -Pergunto.

- Talvez ele só tenha se aproximado de você para conseguir informações,


descobrir algo que possa ajuda-lo -Ele diz e dá de ombros.

Bom, não vou dizer que essa possibilidade não passou pela minha cabeça
mas a descartei ontem mesmo quando percebi que Nick e eu nunca teríamos
algum tipo de relacionamento sexual ou romântico.

- Então você acha que ele só está me usando para conseguir algo sobre a
nossa empresa e não que talvez ele tenha se interessado por mim? O que?
Não sou atraente o suficiente para alguém se interessar por mim de
verdade?
A cara que ele fez depois que eu disse isso foi maravilhosa. Ai, eu ficaria
horas olhando essa cara de tacho.

- Não foi o que eu quis dizer -se defende.

Adam se levantou e meu corpo ficou tenso imediatamente, o que está


acontecendo?

- Talvez eu esteja errado -um passo na minha direção- Talvez ele realmente
tenha se aproximado apenas para conhecer você.

Ele deu outro passo na minha direção e eu dei um para trás.

- Ou -ele deu mais um passo e eu senti minhas costas baterem contra a


parede- Ele só estava a fim de se divertir com você.

Engoli em seco.

- O que? -pergunto baixinho e ele ri.

- Quem sabe ele faça você...se soltar -vejo os olhos azuis descendo pelo
meu peito e subindo lentamente para os meus olhos.

A essa altura Adam está na minha frente enquanto meu peito subia e descia
com a sua proximidade.

Eu não estava gostando daquela sensação, seus olhos pareciam me despir e


a porra do problema era que eu pensei em despi-lo também.

- Você não deveria ter ouvido aquilo -digo sussurrando mas ele escutou.

Adam riu e se aproximou mais de mim, se é que isso é possível, ele pegou
uma mecha do meu cabelo e enrolou no seu dedo de uma maneira tão
íntima que me senti ridícula por passar a língua nos lábios.

Seus olhos denunciavam que seus pensamentos não eram os dos mais puros
quando ele soltou a mecha e desceu os dedos para o meu pescoço
lentamente.
Aí meu Deus.

Seu cheiro invadia minhas narinas quase me deixando em êxtase. As


batidas fortes do meu coração pareciam me trazer de volta aquele
sentimento de nervoso quando se está perto de alguém que te intimide.

Mas Adam não me intimida!

Eu tentei sair da frente dele mas meus pés não se moviam nem a porra de
um centímetro, ele olhou para meu pescoço onde seus dedos tocavam e fez
um leve carinho, fechei os olhos engolindo em seco e briguei comigo
mesma por reagir assim.

Certeza que era carência.

A região que ele estava explorando parecia pegar fogo e quando abri os
olhos para encara-lo, Adam respirou fundo com o cenho franzido vendo
seus movimentos.

Ele olhou nos meus olhos e depois para a minha boca, balançou a cabeça
antes de dizer: - Porra, eu realmente não gosto de você -ele diz e eu faço
uma expressão irritada.

Que porra foi essa?

Adam se afasta indo até o meio da sala e segundos depois ouvimos a porta
sendo aberta e Dylan passar por ela com um envelope branco.

- Aqui está -ele diz e nos encara- O que...

- Dê a ela, nos falamos na segunda -Adam diz e sai pela porta em disparada
sem olhar para trás.

Assim que ele saiu meu corpo relaxou e suspirei aliviada.

Eu sentia o calor onde seus dedos tocaram, eu nunca tinha sentindo isso
antes.

Dylan me entregou o envelope depois que eu andei até ele e também sai
pela porta em direção as meninas.
Preciso me distrair.

×××

"Certeza que era carência" KAKAKA meu nível de invenção de


desculpas é desse jeitinho aí.

Vote, plis. Esse é o livro que vocês quase não votaram, vamos mudar
isso vamos? Vamos, meu amor. Por favor, só clicar nessa estrela aí
embaixo 🥺.

Gira o dedo pro lado, próximo capítulo já está aí ❤️.


8° capítulo

Rubi

- Bom dia.

Cumprimentei a recepcionista assim que entrei no local de trabalho, eu


estava usando uma saia branca que marcava minha cintura e uma cinta liga
da mesma cor, a blusa era social da cor creme e sapatos altos que me
deixavam um pouco mais alta do que o normal.

Não que eu fosse baixa mas a minha altura se estipula em torno de 1,68 e os
sapatos me faziam parecer ter mais de um e setenta.

Eu tinha passado maquiagem para esconder um pouco das minhas olheiras


por conta do minúsculo tempo dormindo que tive, mas mesmo assim ainda
estou usando o óculos de sol.

Ontem eu tive a brilhante idéia de beber margaritas e óbvio que as meninas


toparam, Emy e eu bebemos até Lisa dizer chega, a única que não bebeu foi
Susie.

Aprendi uma coisa ontem, nunca irrite uma mulher grávida.

Não costumo beber demais, apenas quando vou em boates ou pubs, mas
ontem eu me soltei um pouco mais.

Entrei no elevador usando meu óculos de sol tentando esconder minha cara
de ressaca e quando as portas estavam quase se fechando vejo Nathaniel
colocar a mão entre elas.

- Bom dia, Rubi -disse, parando ao meu lado.

Ele vestia seu terno cinza de três peças impecáveis, o cabelo preto penteado
e um sorriso simpático no rosto, Nate é bem bonito.

- Dia -digo e ele sorri de lado.


- Ressaca? -pergunta.

- Você não faz idéia -digo- Você me parece bem, Lisa me disse que Dylan e
Peter estavam um pouco alterados ontem.

Depois que eu voltei para a mesa com as meninas, eu vi Dylan indo embora
se encontrar com Nate e Peter para conversarem melhor. Acho que foram
matar a saudade, eu não soube de nada que colocasse Adam nessa conversa
mas provavelmente ele não estava com eles.

- Se empolgaram um pouco, e é extremamente difícil eu ficar bêbado -ele


disse.

- Até você encontrar alguém que quebre seu coração, aí você fica bêbado
rapidinho -digo sorrindo.

- Isso já aconteceu antes mas não me entupi de álcool, apenas segui em


frente -ele diz com a voz baixa e eu olho para ele de canto de olho.

Eu não conheço Nate a fundo mas não passou despercebido a tristeza na sua
voz.

Quando eu ia dizer alguma coisa a porta do elevador se abriu, nos


despedimos com um abraço rápido e vi ele sumindo quando a porta do
elevador se fechou novamente.

Logo depois eu cheguei no meu andar e as portas se abriram, vi Gustavo e


Josh um ao lado do outro na bancada concentrados no computador, andei
até eles com um sorriso no rosto e Josh foi o primeiro a perceber minha
aproximação.

- Coisinha! -disse ele.

Ele se levantou da cadeira e veio ao meu alcance, me abraçou apertado e


começou a falar sem parar.

- Você pode falar um pouco mais baixo? -pergunto assim que entramos na
minha sala.
- Ai meu Deus! Rubi Mendoza! Você está de ressaca -ele diz antes de
começar a rir como uma hiena.

Eu disse que não tinha costume de beber demais.

- Sim, e meu amigo agora deveria me ajudar -me sentei na cadeira- Falando
baixinho.

Coloquei o dedo na boca e fiz "Shi".

- Deixa eu ver o seu rosto -ele andou até a mesa e se apoiou nela- Tira o
óculos.

Tirei o objeto do meu rosto e fiz uma cara de tédio quando ele começou a
risada da Hiena parte 2, eu quase jogo minha bolsa na cara dele mas me
segurei.

Tem coisas importantes aqui dentro.

- A última vez que eu vi você assim foi por causa daquele homem de merda
-ele diz mais sério agora.

Ele está se referindo ao meu ex noivo, o cara que quebrou meu coração em
vários pedacinhos.

Eu nunca consegui provas de que realmente foi ele que roubou minha
antiga empresa mas eu sei que foi ele, ele era o único que sabia das minhas
senhas e contas já que tirou vantagem de mim quando estava bêbada e me
deixou na merda depois, e infelizmente eu não tenho provas concretas para
colocá-lo atrás das grades.

- Desculpe, nós não falamos sobre isso -Josh diz baixo.

- Está tudo bem -digo e me levanto- As coisas são diferentes agora.

Pego o envelope na minha bolsa sobre os Foster's e ando até Josh


despejando um beijo na sua bochecha.
- Cancele qualquer reunião que eu tenha por agora, vou trabalhar com o
insuportável -digo e ele assente rindo.

Saio da minha sala e fui até a bancada onde Gustavo estava distraído
anotando algo, parei na sua frente e ele me encarou.

- Oi, Adam está aí? -pergunto e ele sorri pra mim.

- Sr. Venturelli está esperando por você -diz e eu concordo.

Nossas salas eram praticamente grudadas, então nem fiz esforço para me
locomover.

Bati na porta e a abri em seguida, entrei na sala e levantei o olhar


procurando-o, Adam estava de pé no canto da sala olhando alguns papéis
concentrado, a blusa social tinha as mangas até o pulso e dois botões
abertos mostrando o quanto ele estava relaxado, eu queria dizer que essa
cena não me afetou mas eu estaria mentindo.

Que droga!

- Princesa -ele disse e levantou o queixo para me encarar.

- Vamos começar, Tinker Bell -digo e ele revira os olhos.

Irei fingir que nada aconteceu ontem por que nada aconteceu ontem, certo?

Ó, olha, nem me lembro mais.

Andei até a sua mesa de mogno escuro e coloquei o envelope lá em cima,


Adam se aproximou colocando o que tinha em mãos na cadeira ao seu lado
e eu abri o maldito envelope.

Eu não o li na noite anterior porque eu estava com uma puta dor de cabeça
por conta das margaritas então não sei basicamente nada sobre nossos
talvez futuros clientes.

- Você leu? -ele pergunta ainda ao meu lado.

- Não -confesso.
- Bom, eu não preciso ler porque eu sei o que tem aí dentro.

Adam me rodeou e esbarrou em mim de propósito seguindo até a sua


cadeira de couro preto.

Encarei seus olhos azuis e franzi o cenho cruzando os braços, seus olhos
focados nos meus desceram imediatamente para o meu decote, eu estava me
sentindo nua.

- Porque não me diz você mesmo o que tem aqui dentro? -pergunto.

- É muita informação, você não conseguiria me acompanhar -ele diz e


relaxa as costas na cadeira.

- Tenta -digo e ele semi cerra os olhos.

- Por que você não leu? -perguntou mudando de assunto.

- Não consegui, bebi demais ontem -digo e ele sorri de lado.

Adam se inclinou para frente pegando um marca texto amarelo e os papéis


em seguida, ele riscou algumas coisas e depois de alguns minutos ele me
entregou.

Não tinha muita coisa riscada, em menos de 5 minutos eu conseguiria ler


aquilo.

- Leia essas coisas primeiro e depois eu conto todo o resto -ele diz e aponta
para a cadeira.

- Certo, volto depois -digo

- Não precisa sair, você vai ler isso em 10 minutos ou talvez menos -ele diz
e eu me viro para encara-lo.

- Eu só vou avaliar...

- Não, você precisa avaliar o resto do que eu vou te dizer já que você não
leu a porra do papel -ele diz.
- Eu já te pedi para me contar tudo de uma vez mas você está fazendo todo
esse drama, está no sangue né? -digo e ele bufa.

- Não é drama, você não conseguiria me acompanhar caso você não


soubesse dessas coisas -diz apontando para os papéis na minha mão e
depois para a cadeira- Sente-se.

Au au.

Olhei para a minha mão e bufei frustrada, me aproximei das duas cadeiras
que tinha na sua frente que eram idênticas e me sentei em uma delas.

Comecei a ler os papéis e fui entendendo melhor como deveria fazer os


projetos e agradar os Foster's, minha parte era o designer gráfico do produto
e também o digital, eu o faria ser atraente ao consumidor e passaria todas as
informações necessárias para ele vender aos clientes, precisávamos
trabalhar em equipe.

- Você pode me dar aquele lápis ali? -pergunto olhando para os papéis.

Não ouço resposta então levanto minha cabeça para vê-lo, Adam estava
concentrado no seu Macbook ou pelo menos fingia estar.

O lápis estava em um potinho ao seu lado e longe de onde eu estava.

- Adam, me empreste esse lápis? -pergunto e ele me olha.

Seu olhar vai para o lápis e depois para mim.

- Não -ele diz e eu levanto uma sobrancelha.

- Não?

- Pegue você mesma, não seja preguiçosa.

Calma, algo deve ter entrado no meu ouvido por que eu não escutei isso
direito.

- Ele está ao seu lado! -digo irritada.


- E você está na minha frente, acho que você consegue pegar o lápis -diz
olhando para o Macbook.

Que vontade de fazer ele engolir essa merda de lápis.

Me levantei e andei até a sua mesa, quando eu ia pega-lo sinto sua mão
agarrar meu pulso com força me fazendo puxar a respiração.

- Não ouvi você pedir por favor, princesa -ele diz com um sorrisinho de
lado.

Sorri falsamente e fiz ele soltar meu pulso, coloquei minhas mãos na mesa e
me inclinei na sua frente.

- Senhor Venturelli, você poderia emprestar esse lápis para a sua querida
sócia que precisa dele? Juro que não vou demorar, senhor -digo debochada
e vejo ele encarar meus seios.

Adam sorriu e pegou o lápis me entregando em seguida, peguei o objeto


com certa violência e me sentei novamente na cadeira.

Depois de um tempo eu já estava terminando quando escuto meu celular


tocar, peguei o aparelho e atendi sem ver quem era.

- O que? -pergunto e depois fecho os olhos.

Educação mandou lembranças, Rubi.

- Hora ruim?

Abri os olhos e pisquei várias vezes, olhei para Adam que ainda estava
mexendo no Macbook e me levantei andando até o canto da sala.

- Desculpe, me estressei com uma coisa -digo- Como você está, Nick?

Ouvi ele suspirar.

- Bem, estou ligando para saber como você está, você sabe...aquelas fotos e
os boatos...
- Você já viu, Nova York inteira acha que estamos tendo um caso -digo,
suspirando depois.

- Eu sei, você levou alguma bronca? -perguntou me fazendo sorrir de lado.

- Não, já sou grande, Sr. Cooper -digo ouvindo ele rir.

- Eu já cuidei desses boatos, até a tarde todos esses sites vão apagar essa
notícia falsa.

- Tudo bem -digo e vejo Adam me encarando- Eu ligo para você depois,
tenho uma coisa para fazer.

- Certo, eu até convidaria você para almoçar. Mas vão inventar que você
está grávida de mim -ele diz e eu acabo rindo alto.

- Até depois, Nick.

Desligo o celular e ando até a cadeira novamente, me sento e termino de ler


o papel mas sinto ele me encarando.

- O que? -levantei o olhar.

- Parece que vocês tem um caso -ele diz e cruza os dedos em cima mesa.

Olhei em volta e depois para a janela vendo a vista, olhei para mesa
seguindo para a porta da sala.

- O que você está fazendo? -perguntou confuso.

- Estou procurando quem pediu sua opinião -digo e ele faz uma cara de
tédio.

- Criança -sussurra.

- Insuportável -sussurro de volta e ele trava o maxilar.

Terminei de ler a porra do papel e joguei na mesa quando terminei, me


encostei na cadeira e Adam me encarou.
- Estou pronta -digo e ele balança a cabeça.

- Você quer isso rápido ou devagar? -diz com um sorriso malicioso.

As palavras em duplo sentido me acertaram em cheio e eu resolvi atacar de


volta.

- Pode ser da sua maneira, mas eu preferiria que fosse rápido -digo.

Ele aperta a boca em uma linha reta e se levanta, enrolou as mangas da


blusa até o cotovelo e eu tentei olhar para outra coisa.

Adam andou até a gaveta e pegou quatro fotos. Ele jogou a primeira na
mesa e eu analisei.

- Esse é Sebastian Foster, o líder de todos eles, a última palavra sempre é


desse cara.

Sebastian era um homem que aparentava ter mais de 40 anos e mesmo por
foto eu sentia o poder que ele emanava, o cabelo era preto e os olhos eram
tão verdes que pareciam esmeraldas.

- Esse é Lorenzo Foster, filho de Sebastian, o cara é uma piada e é sempre


influenciado pela irmã mais nova.

Lorenzo era lindo! Os olhos da mesma cor do pai só que muito mais
hipnotizantes, o cabelo preto desgrenhado o fazia parecer mais jovem.

- Essa é Carmen Foster, a filha mimada que quer tudo e todos. Não a
desobedeça que ela corta você em dois e vende sem problemas, ela é a irmã
mais nova com apenas 25 anos.

Carmen era bem bonita, mas pela descrição do loiro, não parecia ter uma
personalidade agradável.

- E por último...

Adam jogou a última foto na mesa e eu o analisei, era um homem robusto e


aparentava ter menos de 30 anos, os olhos não eram verdes iguais dos
irmãos, era um preto tão intenso que me deu até um pouco de medo.

- Antony Foster, sua pedra no sapato.

Olhei para Adam confusa e ele sorriu de lado.

- O cara fará de tudo para levar você para cama, ele consegue tudo o que
quer e nunca o contradizem.

- Para quem acha antiético ter casos no meio dos negócios, ele está bastante
contraditório.

Adam abriu a boca para falar algo mas nada saiu. Levantei uma sobrancelha
e sorri de lado.

- Seu namoradinho foi diferente -diz.

- Hum hum sei -digo e ele revira os olhos.

- Ok, que seja, agora voltando...

Suspirei e encarei a foto, o olhar de Antony era frio e cauteloso.

Isso vai ser bem mais difícil do que eu pensei.

×××

Spoilers serão apagados pela minha pessoa, por favor, não faça ❤️.

Vamos, vamos, que temos mais 😏.

9° capítulo

Rubi

Rubi

Eu ainda estava na sala de Adam entendendo tudo que ele acabou de me


dizer.

Deixe-me explicar porque Sebastian, Lorenzo, Carmen e Antony Foster são


tão importantes para nós da empresa.

Os Forste's, são conhecidos por serem irredutíveis e bem rigorosos com


quem se tornam sócios, eles são simplesmente a família mais influente de
toda América, a empresa deles é multimilionária assim como a nossa mas
como eu disse, a influência que eles carregam é infinitamente maior.

Nossa empresa acabou de fazer uma fusão, as coisas mudaram e precisamos


de um apoio grande e apenas eles podem nos dar isso. Se fizermos parceria
não vamos nos preocupar com crises ou algo que possa nos prejudicar no
futuro.

Dylan já tentou fechar negócio com eles mas nunca obteve sucesso, agora é
a vez do irmão mais novo tentar e pelo visto a minha também.

- Isso não vai acontecer -digo, me referindo a idéia de Antony me levar para
cama.

- Eu sei que não -Adam diz e coloca as mãos na mesa para se apoiar- Só
não deixe ele manipular você.

Concordei frustrada.

- Agora, vamos ao que interessa.

- Tem mais? -pergunto.

- Princesa -me encarou- Sempre tem mais.


Deu o sorriso cafajeste que odeio.

Me levantei por já estar ficando com dor na bunda de ficar sentada e


caminhei até o meio da sala de braços cruzados.

- Agora que já sabe como eles são, vamos dar o que eles querem e
impressionar, seu namoradinho já deve estar trabalhando nisso também.

- Ele não é meu namoradinho -digo.

- E eu não me importo.

Ele pegou uma espécie de cartaz e andou até mim parando na minha frente
e de costas para a porta, ele o abriu e eu encarei.

- É nisso que você vai trabalhar, esse é o produto que vamos fechar negócio,
desenhe, crie, faça o que você faz de melhor. As informações que você leu
agora pouco são ligadas a isso aqui... -ele apontou e continuou a explicar.

Depois de alguns segundos ele termina e me entrega, já até tenho a ideia


perfeita para isso.

- É só isso? Já posso ir embora então? -pergunto.

- Você quer ir embora? Pensei que quisesse ficar mais na minha belíssima
presença -diz cruzando os braços na minha frente.

- Babaca.

Esbarro nele de propósito indo em direção a porta mas sua mão puxa meu
braço com força me fazendo colidir no seu peito, meu coração começa a
bater mais rápido e posso sentir sua respiração contra meu rosto, engulo em
seco quando sinto seu aperto mais forte como se aquilo fosse aliviar alguma
coisa para ele.

- Você é tão irritante -ele diz e ajeita o cabelo que estava caindo no meu
rosto.

- Você é muito mais -digo baixo.


Ele sorri e coloca a mão no meu pescoço me fazendo encara-lo, seus olhos
azuis pareciam estar em uma tempestade de dúvida, sua boca estava entre
aberta e por um segundo eu me imaginei beijando seus lábios que pareciam
tão convidativos.

Não!

Que que isso? Está ficando louca?

- Acho melhor você me soltar se não quiser levar outro tapa -digo e ele
trava o maxilar.

Há meses atrás, no dia seguinte que eu havia descoberto que minha empresa
estava quase falida eu conheci Adam, eu tinha ido ao apartamento da minha
amiga levando o café da manhã para ela porque eu sabia que a mesma iria
acordar um caco depois de uma noite na boate.

Adam estava lá calçando o sapato pronto para a ir embora depois de uma


foda casual com ela, mas é claro que o filha da mãe aqui não estava
satisfeito e tentou me levar para cama horas depois de ter transado com
minha amiga.

Eu neguei obviamente e ele tentou me seduzir de todas as formas mas


ganhou dois tapas no rosto em troca.

A cara que ele fez depois de ter levados os tapas... com toda certeza nunca
mais vou me esquecer.

Mas essa nem foi a pior parte, a pior parte foi ela me culpando por ter o
"espantado", ela acreditava que ele queria algo com ela mas por minha
culpa ele nunca mais iria aparecer. Não dá para acreditar?

Não? Mas e se eu disser que ela me acusou de retrair um sentimento


amoroso por ela e por isso eu quis afastar Adam?

Eu era a lésbica apaixonada que nunca conseguiria ter um amor


correspondido e Adam era o príncipe perfeito que eu aparentemente destruí
as chances de ficar com ela.
Ela nunca mais quis falar comigo por causa desse ser insuportável na minha
frente, Adam acabou com a nossa amizade e agora até que eu sou grata a
ele porque hoje eu percebo que ela era uma péssima amiga.

Mas ainda não gosto dele.

Adam é um cafajeste de primeira e eu nunca teria nada com esse bastardo,


tudo bem que me deu uma vontade de beija-lo agora pouco mas foi
passageiro.

Já passou.

- Você não faria isso -ele diz em desafio.

- Quer ver?

De alguma maneira faço ele soltar meu braço e levanto pronta para dar
outro tapa no seu lindo rostinho mas rapidamente ele pega meu pulso e me
faz virar batendo minhas costas com força no seu peito.

O sinto atrás de mim me apertando junto com nossas respirações


aceleradas, eu estou puta!

- Adam! -resmungo e ele ri alto.

- Você é tão fraca -sussurra.

- Você não disse isso há alguns meses atrás -digo e ouço ele bufar.

- Se eu pudesse fazer você calar a porra da boca!

Eu já não estava tentando me soltar do seu aperto.

- Você não pode -digo.

Ele me vira de novo fazendo eu ficar na sua frente e meu rosto


extremamente perto do seu, minha boca está perto da sua e vejo quando ele
mordisca o próprio lábio, sinto cada parte do meu corpo se arrepiar.
- Como?

Ele se aproximou mais e eu engoli em seco, naquele momento eu tinha


esquecido que estava puta, irritada e com ódio da cara dele.

Sua mão passou por minha cintura lentamente e não me afastei quando ele
aproximou o rosto do meu pronto para me beijar, mas isso foi interrompido
quando escutamos uma voz surgir na sala.

Eu empurrei Adam com tanta força que ele quase caí no chão, olhei para
porta com as bochechas coradas e passei a mão na testa.

- Eu posso voltar outra hora se vocês quiserem.

Era nítido o deboche na voz de Peter enquanto ele falava olhando para mim
e para Adam.

- Não é necessário, já estava de saída.

Olhei para Adam que estava com uma cara confusa e frustrada e eu
provavelmente estou com essa mesma cara.

Andei pela sala e cumprimentei Peter antes de sair, fechei a porta do lado de
fora e me encostei nela tentando entender o porque de Adam ter quase me
beijado.

E o pior, eu iria deixar.

Deve ser macumba, só pode ser macumba dessa fada dos infernos!

Não acredito que quase beijei esse idiota.

×××

Chegou o Peter fofoqueiro KKKKKKK.

E ainda é debochado o fdp, normal.

Cês sabiam que tem 70% de água no planeta? Pois é, sem desculpas
para tomar banho KAKKAKA desculpa.
Vote e até o próximo capítulo.

Até, babys ❤️.


10° capítulo

Adam

- Cala a porra da boca! -grito irritado.

- Mas eu não disse nada.

Peter deu de ombros andando até a cadeira que estava ao meu lado e
praticamente se jogou nela.

- Só vim saber se você está bem.

Passei a mão na testa em um claro gesto de frustração, eu não acredito que


quase beijei a mulher que me irrita profundamente.

- Coisas simples, saber se você está doente, se tem trabalhado muito ou se


tem beijado sua colega de trabalho com frequência...

Olhei para ele que piscava várias vezes em um divertimento que dominava
seus olhos.

- Não, sim e definitivamente não -digo.

- Sério? Não foi o que eu acabei de ver.

Ele apontou para mim e semi cerrou os olhos.

- Aposto que se eu não tivesse entrado por aquela porta vocês estariam se
beijando nesse exato momento, sinto muito por atrapalhar -ele fala a última
parte colocando a mão no peito fingindo arrependimento.

- Você não atrapalhou nada porque não estava acontecendo nada.

Me sentei na minha cadeira e respirei fundo.

Isso definitivamente seria um erro, eu não gosto dessa mulher, ela é


insuportável, chata, não faz meu tipo, vive me desafiando e é tão irritante!
Sem falar nessa maldita boca que tem resposta para tudo, Rubi Mendoza é o
nome da minha dor de cabeça.

De cara eu soube que teria muito problema quando começaria a trabalhar


com ela, a mulher provavelmente me odeia! Eu não a culpo porque transar
com a amiga dela e querer leva-la para cama menos de 12 horas depois
enquanto a tal amiga dormia foi um pouco ruim da minha parte.

Mas como o cafajeste que sou, e não nego isso para ninguém, eu tentei
seduzi-la de alguma forma, depois que levei o primeiro não de uma mulher,
eu fiquei transtornado, quer dizer, foi estranho, eu estava perdendo meus
poderes de sedução?!

Ninguém nunca tinha me rejeitado antes, mas é claro que essa mulher louca
fez diferente, além de me rejeitar e ainda dizer aos quatro ventos que nunca
teria nada comigo ainda me deu dois belos tapas de brinde.

Talvez eu tenha merecido mas sinceramente isso não me importou na hora,


a única coisa que eu pensava era como eu queria agarrar ela ali mesmo e
mostrar o que tinha acabado de rejeitar e com certeza se arrependeria.

Convencido? Eu nunca disse que não era.

- Pensei que você não gostasse dela -Peter diz me encarando.

- E eu não gosto, porra!

Ele começou a rir e se levantou, abotoou seu terno azul escuro de três peças
e passou a mão na barba.

- Acho melhor você tomar um remédio para raiva, porque essa mulher meu
caro amigo, vai tirar toda a sanidade que você não tem.

- Cala boca -jogo uma bolinha de papel no seu rosto e ele pega rindo.

- Adam você precisa...

Encarei a porta e Peter parou de rir, Dylan entrou na minha sala encarando
alguns papéis e assim que eles nos viu, um sorriso idiota apareceu no seu
rosto.

Dylan estava com o seu habitual terno preto e eu preciso urgentemente falar
com Gustavo para me avisar quando alguém quiser entrar na minha sala,
mesmo que isso seja seu trabalho.

- Dylan! Preciso te falar um coisa -Peter diz intercalando entre mim e ele
com um sorrisão.

Peter fofoqueiro.

- O que você está fazendo aqui? -ele pergunta e Peter revira os olhos.

- Você é tão amável -Peter diz irônico.

- O que você quer, Dylan? -pergunto.

- Ah, é um mais amável que o outro -disse Peter cruzando os braços.

Reviro os olhos e me concentro no meu irmão que andou até a minha mesa
para me dar algumas informações.

- As notícias são preocupantes, os Foster's irão para um evento em Paris


daqui a duas semanas -Dylan diz e eu franzo o cenho.

- Desde quando? -pergunto e vejo Peter mexendo na minhas coisas como


uma criança de 3 anos.

- Desde hoje, você sabe o que isso significa não é?

Isso significa que Rubi demonia e eu teremos apenas duas semanas para
terminar esse projeto e apresentar a eles.

Teremos de trabalhar em dobro, não sei se vou conseguir ficar tanto tempo
ao lado dessa mulher sem querer esgana-la ou arrancar suas roup...que porra
eu estou pensando?

- Sim, eu sei -digo e ele assente.

- Cara, o que é isso? -Peter chama nossa atenção.


Ele segurava um livro de posições sexuais mais conhecido como Kama
sutra, o encarei sem entender e abri a boca várias vezes mas nada saiu.

- Ah, eu coloquei aí -Dylan diz despreocupado.

- O que? -pergunto.

- Ele apareceu magicamente na minha biblioteca e eu queria tira-lo então


trouxe para sua sala -diz dando de ombros.

- Por que a minha sala? Porque você não jogou fora? -pergunto e Peter ri
alto.

- Sei lá, queria me livrar então trouxe para você -ele diz.

Dylan é um idiota.

- Adam, aqui está...

A voz de Nathaniel surgiu e eu abaixei a cabeça derrotado, preciso


conversar sério com Gustavo.

- Que isso? Vocês estão fazendo uma reunião? -ele pergunta e se aproxima
de nós.

- Não, mas nosso amigo aqui quase beija a sua sócia -Peter diz e olha para
Dylan.

- O que?! -Dylan e Nate perguntam ao mesmo tempo.

- Você é ridículo -digo olhando para Peter que apenas pisca para mim.

- Olha, eu sei que isso é chocante e tudo mais, porém, por que o Peter está
segurando um livro de posição sexuais? -Nate pergunta e Peter joga o livro
longe.

- Ta ok -digo e me levanto.

- Você precisa nos contar o que aconteceu -Dylan diz e eu reviro os olhos.
- Não aconteceu nada, não seja fofoqueiro igual esse barbudo doente mental
-Peter faz cara feia.

- Agora, se me dêem licença eu preciso trabalhar.

Digo isso enquanto vou os empurrando até a porta, eles começam a falar ao
mesmo tempo e eu começo a os empurrar com mais força.

Até que eu consegui os expulsar da minha sala e bater a porta, me encostei


na mesma e apoiei minha cabeça.

Eu amo esses idiotas.

×××

Finalmente a narração do Venturelli 2 KAKAKA vocês estão sentindo


esse cheiro?? Sim, cheiro de fofoca jogada no ventilador. Goxto.

Vote e me espere que eu vou voltar! aleluia arrepiei.

Até os próximos capítulos, babys ❤️.


11° capítulo

Rubi

Você viu? Minha dignidade? Pois é, eu acho que não tinha mais.

Depois que saí da sala de Adam eu fui direto para a minha e comecei a
trabalhar.

Eu precisava me focar em outra coisa que não seja o fato de eu ficar tentada
a beijar aquela Tinker Bell dos infernos!

Para quem o rejeitou a alguns meses atrás você está bem convidativa -meu
subconsciente me diz.

O mandei para o inferno.

Mas eu sabia que a irritação não era só com Adam, eu estava irritada
comigo mesma. O idiota me desarmou por completo.

Passei o dia na minha sala e almocei na mesma, eu estava tendo várias


ideias então eu precisava anotá-las para não me esquecer de nenhuma.
Preciso aproveitar quando isso acontece.

Quando a noite apareceu meu expediente chegou ao fim e me despedi de


Josh antes de sair.

Fui direto para meu apartamento e apenas joguei minhas coisas no sofá,
tirei os sapatos e fui direto atrás de Mops. Ele estava na dispensa olhando
para o saco de ração enorme na sua frente.

- Ei!

O chamei e ele só fez olhar para mim e encarou o saco novamente.

Me senti desprezada por alguns segundos.

- Nossa! Você vai ignorar minha existência? Eu dou comida para você,
misericórdia -apontei para o corpo pequeno e peludo no chão.
É óbvio que eu sei que ele não vai me responder mas eu falo com meu
cachorro sim.

To nem aí se é coisa de doido.

Mops saiu da dispensa e eu me abaixei para agradá-lo mas o filha da mãe se


aproximou de mim apenas para lamber meu rosto e depois voltar para a
dispensa me ignorando novamente.

Revirei os olhos e peguei a vasilha onde eu coloco sua ração, assim que eu
peguei ele começa a balançar o rabo e eu sussurro um "interesseiro
cabeludo" indo até a dispensa.

Coloquei o suficiente para ele e fui até o canto da cozinha para colocar a
ração lá, me abaixei e ele lambeu minha mão como se estivesse me
agradecendo.

- Falso -digo e eu juro que ele me deu um olhar mortal!

Cruzes.

Ele latiu balançando o rabo e atacou a sua comida depois que troquei água
para ele beber, sorri de lado subindo para meu quarto e tirei aquela roupa
social.

Tomei uma ducha refrescante e apenas vesti uma calcinha confortável e


uma blusinha de alça, amarrei meu cabelo em um coque e desci as escadas.

Lua já tinha ido embora faz algum tempo mas ela sempre deixa algo na
geladeira para eu comer, fui até a mesma e vi alguns bifes para fritar e uma
salada de alface.

Fritei os bifes rapidamente e fiz um acompanhamento mais conhecido como


arroz branco e peguei a garrafa de vinho que estava aberta na minha
geladeira.

Americanos deveriam estar comendo pizza agora com uma garrafa de


cerveja, eu apostava na carne e vinho.
Depois de alguns minutos eu fui me sentar para comer mas meu celular
começa a tocar descontroladamente.

Corri até ele e vi a foto de Carlos Mendoza na tela, sorri antes de atender.

- Papi!

- Mi hija.

Meu pai é um coroa mexicano bem conhecido no ramo dos negócios, ele
era meu exemplo desde de que eu me entendo por gente.

- Como você está? -perguntei.

- Velho e você? -diz e eu sorrio de lado.

- Estou ótima -digo.

- O que você está fazendo? -perguntou e eu franzi o cenho.

- Eu vou jantar agora por que?

- Tem espaço para mais um? -ele pergunta.

- Pai, é claro que tem...

- Ótimo! Venha abrir a porta.

- O que? Eu estava brincando -sussurrei ouvindo sua risada do outro lado.

A campainha tocou e corri até ela de uma maneira bem desengonçada, eu


não era muito boa correndo. Mas tive que correr de novo quando percebi
que estava só de calcinha na parte debaixo.

Então, foram apenas 2 minutos até eu subir, me trocar e descer. Tudo isso
meio que correndo, da minha belíssima maneira.

- Mi hija! Meus pés estão doendo!


Abri a porta e lá estava meu coroa favorito no auge da aposentadoria
vestindo um jeans e uma camisa branca com uma jaqueta marrom.

- Até que enfim, parece até que está escondendo alguém -semi cerra os
olhos.

Ele me abraçou e eu dei passagem para ele entrar.

- Meu novo genro? Espero que não seja igual ao último.

Revirei os olhos e ele riu, meu pai nunca gostou do mentidor, uma vez ele
me avisou que meu ex noivo era um idiota e que eu não deveria confiar
nele, mas claro que eu fiz ao contrário e deu no que deu.

- Você sabe que inaugurou um novo relógio digital que te faz viajar no
tempo? -pergunto e ele faz uma cara de surpreso.

- Não acredito!

- Pois é, a inauguração do produto é em 2070 o mesmo ano que você vai


conhecer seu novo genro -toquei no seu ombro- Espero que esteja vivo até
lá.

Ele fez uma expressão irritada.

- Não vou mandar você ir a merda porque você é minha filha, mas é só por
isso mesmo -fala e eu ri me jogando nos seus braços beijando sua bochecha
várias vezes.

- Mas lembre-se -ele riu com o meu ataque- Ainda quero netinhos, mas não
se empolgue.

Sorri abertamente e peguei na sua mão o arrastando até a cozinha para


jantar comigo, fiz seu prato rapidamente e fritei mais alguns pedaços de
bifes enquanto íamos conversando.

- Como está na empresa? -pergunta tirando a jaqueta.

- Bem, estamos trabalhando para fisgar os Foster's -digo e ele me olha.


- Não suporto esses quatro.

Ele fez uma cara engraçada e eu acabei rindo, me aproximei dele me


inclinando na mesa.

- Algum conselho? -pergunto e ele confirma.

- Eles são totalmente contraditórios.

- Em que sentido? -perguntei.

- Em todos, faça algo que ninguém espera, algo diferente e mostre que
vocês são o que eles precisam.

Assenti e ajeitei tudo para jantarmos, me sentei ao seu lado e começamos a


comer.

- Você está trabalhando nisso sozinha? -perguntou bebendo um gole de


vinho.

- Não -digo.

- Quem?

- Adam.

- Sinto muito!

Comi um pedaço de bife e ele me olhou com pena mas depois sorriu.

- Adam é um ótimo negociador e você é simplesmente brilhante, vocês dois


podem fazer isso acontecer, certo?

A visão de Adam me segurando pela cintura não passou despercebida pela


minha cabeça mas a afastei rapidamente. Não quero ficar pensando em
Adam até na minha casa, não que eu fique pensando...hum...fora
daqui...hum.

- Eu sei -digo, bebendo um gole de vinho e ele sorri balançando a cabeça.


Ficamos alguns minutos em silêncio e algo acendeu na minha mente, é tão
difícil meu pai vir jantar comigo, a última vez que ele fez isso eu estava
com 22 anos e ele estava tentando me convencer a fazer algo para a nossa
empresa.

Coloquei o talher no prato e coloquei a mão na nuca me apoiando na mesa.

- Por que está aqui, pai?

Ele parou de comer e se virou para me encarar.

- Não posso te visitar?

Levantei uma sobrancelha em descrença e ele bufou.

- O que houve? -perguntei e ele largou o talher.

- Lua me contou que você não está falando com a sua mãe.

Suspirei.

- Eu sei, da última vez que você foi ao Brasil ela destratou você e te
mandou embora, mas ela ainda continua sendo a sua mãe e te ama.

Encarei meus braços que estavam descansados na mesa e vi minha


tatuagem perto do meu pulso em forma de cruz como se fosse feita a lápis,
meu pai tinha uma idêntica a minha, nós fizemos juntos assim que eu
assumi a presidência, dizíamos que era para Deus nos acompanhar em uma
nova fase, tanto na minha vida como na dele.

- Não é que eu não esteja falando com ela, apenas não retornei uma ligação
-digo, dando de ombros.

Meu pai cruzou os braços e me encarou com uma sobrancelha erguida,


ninguém me conhecia melhor do que meu coroa.

- Certo, talvez eu tenha a evitado um pouco.

- Rubi!
- Ok, ela praticamente me humilhou dizendo que eu era o motivo dela estar
doente porque a abandonei e vim morar aqui com você, eu não suporto ser
humilhada por ninguém ainda mais pela minha própria mãe! Além do mais,
ela tem outra pessoa que cuida dela a todo momento.

Ele cruzou os braços.

- Ela me mandou embora -digo baixinho.

Meu pai suspirou e pegou na minha mão.

- Ela não sabia o que estava fazendo, mi hija. Sua mãe é super complicada e
no momento de fraqueza ela despejou toda a mágoa em você, converse com
ela, talvez ela queira pedir perdão.

Limpei uma lágrima teimosa que desceu do meu rosto e meu pai me
abraçou forte.

Minha mãe mora no Brasil, mais especificamente no Rio de janeiro, o lugar


onde nasci e vivi até meus 17 anos. Meu pai ofereceu uma grande
oportunidade para eu estudar nos estados unidos e esse sempre foi meu
sonho.

Aos 14 anos eu já sabia falar inglês, não fluente mas a maioria das palavras
eu já sabia, meu sonho de estudar fora influênciou meu estudos e eu sabia
que meu pai faria isso por mim, como ele fez.

Minha mãe não aceitou de primeira mas ela viu que eu queria muito aquilo
e eu não iria ceder, ela me deixou vir morar com meu pai até eu concluir a
faculdade, estudei, me formei e virei vice-presidente da empresa do mesmo,
excluindo as chances de voltar para o Brasil, nós dois ficamos a frente por
algum tempo até que ele se aposentou e eu virei a presidente.

Há 3 ou 4 meses atrás eu fui até o Brasil depois de receber uma ligação do


meu tio avisando que ela estava no hospital e não passava bem, fui até lá
imediatamente mas quando ela me viu praticamente jogou na minha cara
que eu a tinha deixado e a culpa era minha por ela estar ali em uma cama de
hospital, ela me expulsou e eu vim embora com o coração na mão.
Eu nunca vou me esquecer daquele dia.

- Tudo bem, não vou pressionar você mas quando se sentir pronta ligue para
ela e converse -ele diz e eu apenas assinto.

Meu pai beijou o topo da minha cabeça e me abraçou novamente.

Os dois tiveram um lindo romance, meu coroa viajou a negócios para o


Brasil e conheceu minha mãe, ele sempre me diz que foi amor a primeira
vista. Os dois ficaram juntos e minha mãe acabou engravidando, meu pai
queria que ela viesse morar com ele aqui em Nova York mas ela nunca quis,
dizia que seu lugar era o Brasil e jamais sairia de lá.

Os dois não cederam um ao outro.

Depois de muitas discussões acabaram se separando e meu pai voltou para


Nova York e ela ficou no Brasil, meu pai viajava constantemente para nos
ver, ele não podia se mudar porque isso significaria que teria de deixar os
negócios aqui e ele não faria isso.

Ficou nesse ritmo até os meus 15 anos de idade quando ele não tinha mais
ritmo para viajar tanto, eu sempre fui apegada a Carlos e eu acho que eu
sempre soube que iria trabalhar com meu pai, era o nosso sonho.

-Eu preciso ir -ele diz me soltando.

- Com sono, coroa? -pergunto.

- Coroa? O que você botou nesse bife? -pergunta.

- Foi você mesmo que se chamou de velho -dou de ombros.

- Isso não significa que você tenha que chamar também, não vou mais
brincar com você.

Ele me deu as costas e eu revirei os olhos sorrindo de lado, dei passos


rápidos o alcançando e ainda consegui levá-lo até a porta, nos despedimos
com um abraço e vi ele entrando no elevador.
Voltei para a cozinha e limpei a bagunça que fizemos, soltei Mops que
estava no seu cercadinho e subi para meu quarto.

Escovei os dentes e o cabelo antes de me jogar na cama, proibi minha


mente quando ela viaja para o que não deveria e suspirei alto.

Apenas fechei os olhos pensando em carneirinhos e o sono tomou conta de


mim.

×××

Gregório que me perdoe, mas o Carlos sempre vai ser meu pai
preferido. Desculpa, Greg, não me deserda da família 🥺

Olhe, beba água, é importante!

Beijos, babys. Próximo capítulo já está aí ❤️.

12° capítulo

Rubi

- Você está de brincadeira comigo, não é?

Pergunto para Adam que faz um biquinho com a boca pensativo.

Ele estava na minha sala em frente a minha mesa com as mãos no bolso da
calça social azul, uma blusa social preta marcando seu peito de forma quase
hipnotizante, daquele tipo que se você notar, vai ficar pelo menos 1 minutos
olhando.

Ele não deveria ser tão bonito assim.

Parecíamos estar bem, ele não tocou no assunto do quase beijo e eu muito
menos, estávamos focados no nosso trabalho.

Aleluia.

- Estou com cara de quem está brincando? -pergunta e aponta o dedo para
seu rosto.

- Adam, duas semanas? É pouco tempo.

Ele veio me dizer que nossos queridissímos fodidos

Foster's irão para Paris daqui a duas semanas e precisamos mostrar o


projeto antes disso.

- Eu sei disso, princesa -ele cruzou os braços e suspirou.

Adam olhou para um ponto fixo e parecia pensar, eu apenas apoiei minhas
mãos na mesa e olhei a hora no meu celular.

- Você já tem alguma coisa pronta? -pergunta.

- Tenho alguns esboços, vou pegar.


Me levantei da cadeira e abaixei minha saia de couro marrom que estava
curta demais, não lembro a última vez que usei mas pelo visto eu tinha 10
anos, não pensei que ela ficaria subindo a todo momento. Ajeitei minha
blusa social preta disfarçadamente e andei até o outro lado da sala que era
onde Adam estava.

Fui até um pequeno armário que ficava no chão e óbvio me abaixei para
pegar mas não deveria com essa saia curta até demais.

Peguei os papéis me levantando e virei dando de cara com Adam que estava
na minha frente bem perto, muito perto.

Santo Deus.

- Oh, desculpe -digo, me afastando um pouco.

- Você faz isso de propósito? -perguntou.

O olhei sem entender e ele continuou.

- Ser tão...tão...

- Tão? -pergunto e ele suspira.

- Sedutora.

Acho que tem uma interrogação na minha cabeça.

- A cada passo seu essa blusa desenha seus seios muito bem, quando aperta
o lábio um no outro me faz imaginar onde eles realmente deveriam estar -
Adam pega os papéis da minha mão e os encara- Sem falar nessa saia que
deixa você na imaginação mais impura que tenho.

Eu estava chocada! O que é isso? Um desabafo sexual?!

- Ignore tudo o que eu falei -ele me encara mas depois volta a ler os papéis.
Ignorar? Só se for nos seus sonhos!
- Pensei que eu não fosse seu tipo -digo, ignorando o seu pedido ao invés da
confissão, ele me encara com um olhar diferente de agora pouco.

- E eu pensei que eu não fosse o seu -ele diz e levanta uma sobrancelha.

- E você não é.

E ele não é, não gosto muito de loiros mas tem algo em Adam que desperta
minha curiosidade, e as coisas que eu não sentia em relação aos outros
homens...eu sinto com ele. Loucura, não? Sim, é péssimo.

- Ah, eu sou sim -ele diz e se aproxima, meu corpo entra em alerta.

É sempre assim, desde que eu o vi pela primeira vez eu sinto algo dentro de
mim borbulhar. Seria eu um caldeirão?

- Toda vez que eu chego perto de você, perto o suficiente -ele coloca os
braços para trás- Seu corpo parece ficar tenso, sua respiração muda e eu
tenho quase certeza que seu coração bate rápido demais.

Talvez eu sinta isso... mas quem se importa além do meu corpo e minha
deusa interior?

- Acho que você não aguentaria se eu te provocasse -ele diz com um sorriso
malicioso e se vira andando até a cadeira que está na frente da minha mesa.

- Está dizendo que sou impotente quando se trata você? -pergunto e ando
até a minha cadeira me sentando em seguida.

Ele para de encarar as folhas e olha para mim.

- Estou.

- Você está errado -cruzo as pernas- Posso ser forte quando quero.

Em que momento essa conversa mudou de rumo?

- Vamos fazer um acordo -ele joga os papéis na mesa e me encara.


- Por favor, não me peça para ser sua noiva -digo e ele sorri de lado.

- Um Venturelli já fez isso, acho que já é suficiente -ele diz e eu balanço a


cabeça sorrindo.

- Qual o acordo? -pergunto colocando as mãos na mesa e ele sorri.

- Temos duas semanas para apresentar o projeto aos Foster's, nosso único
acordo é que você resista a mim e as minhas provocações e eu a você por
apenas duas semanas.

- Por que diabos eu faria isso? Enlouqueceu?

- Para provar que eu estou errado e que você não gosta de mim, é só um
acordo! Para de ser chata.

- Eu não gosto de você e chata é o seu pau -digo e ele sorri de lado.

- Prove, que não gosta de mim no caso, mas se quiser provar outra coisa por
mim não tem problema.

Quase jogo ele da minha janela.

Semi cerrei os olhos suspirando.

Estou sentindo que meu lado competitivo foi acordado, e esse com certeza é
o meu pior lado.

- O que eu ganho em troca caso eu provar que você não mexe comigo tanto
quanto pensa? -perguntei.

- O que você quiser -ele diz.

- E o que você quer ganhar em troca? -pergunto e ele suspira descendo os


olhos pelo meu busto.

- O que eu quiser.

Meu subconsciente está gritando um NÃO imenso, mas todo o resto está
dizendo sim em todas as línguas possíveis apenas por ser tão convencido e
arrogante.

- Não -digo e ele suspira.

- Está com medo, princesa? -pergunta passando a língua nos lábios e dando
uma mordida no final.

- Por que eu estaria com medo? -pergunto e ele ri.

- Talvez de descobrir que o cara que você rejeitou de início pode ter um
poder sobre você agora que nunca imaginou.

Ri alto e ele se encostou na cadeira.

- Te rejeitei no início, o que te faz pensar que não o faria agora?

- Por que não foi o que você fez ontem -disse.

Filho da puta.

- Aquilo foi diferente -digo quase sussurrando.

- Diferente? Por que?

- Eu estava comprometida na época e mesmo assim eu não me entregaria


aos seus encantos quando você tinha acabado de foder minha amiga. Foi um
vacilo e tenho quase certeza que carência.

Eu ainda estava noiva quando Adam tentou me seduzir, mas somente 3 dias
depois que eu descobri que estava falindo foi quando meu ex noivo me
deixou.

- Eu acredito em você mas na parte da carência não, você me desejou,


princesa. E se admitir agora...deixarei você em paz.

Ha.

Isso é muito orgulho ferido de Adam Venturelli.


- Tudo o que eu quiser? -me inclinei para frente perguntando e ele acena
com um olhar quase ansioso quando se levanta da cadeira ajeitando a
gravata preta.

- O que você quiser, Rubi -ele colocou as mãos na mesa se aproximando


mais e eu olhei para a sua boca passando a língua na minha.

- Não -digo e ele trava o maxilar- Não vamos passar de duas semanas -ele
sorri.

Merda.

- É o tempo necessário para eu provar que você está errada.

- Penso o mesmo, você vai cair e se afogar dentro desse ego absurdamente
grande que você têm -digo.

Adam olhou no fundo dos meus olhos.

- Apenas um beijo, sua metida -falou- Se você cair nas minhas provocações
e me beijar, eu ganhei o acordo. Lembre-se disso.

Engoli em seco e o encarei na mesma intensidade.

- Ok, somente um beijo -digo e ele semi cerrou os olhos.

Adam pegou os papéis em cima da mesa.

- Ah e... -me encarou- Nesse acordo está valendo absolutamente tudo.

Ele abriu um sorriso cafajeste e estendeu a mão direita para mim, estiquei a
minha mas ele negou recuando a sua.

- Fique de pé, faça direito.

- Pelo o amor de Deus, irritante do caralho -me levantei da cadeira fazendo


minha saia subir o que capturou seus olhos azuis instantemente.

Ficou claro porque ele queria me ver ficar de pé, mas é um babaca mesmo!
Apertei sua mão logo e depois me sentei acabando com o seu sonho, Adam
sorriu para mim e depois se virou caminhando para fora da minha sala.

Quando pensei que estava livre, vi seu rosto aparecer novamente.

- Rubi, tem um cara aqui fora dizendo que quer você de volta... -ele fala
confuso e eu arregalo os olhos me levantando da cadeira apressadamente,
ele olha para as minhas coxas de novo e ri alto.

Não acredito.

- Não tem ninguém aí fora não é?!

- Não, mas poderia. Você pode se sentar e se levantar de novo só para eu


checar mais uma coisa?

Peguei minha caneta de cima da mesa e joguei na sua direção que correu
para fora rapidamente rindo igual um otário que no caso ele é.

Me sentei de novo e passei a mão no rosto.

Não acredito que acabei de fazer isso

Certo.

Eu só preciso que ele abaixe a guarda primeiro, não é? Eu preciso fazer ele
se "render" primeiro. Ok, posso fazer isso.

Balancei a cabeça espantando esses pensamentos e voltei ao meu trabalho,


isso é mais importante do que pensar em um jeito de fazer Adam cair aos
meus pés.

Mas um coisa eu tinha certeza.

Eu não iria ceder.

×××

Adam é babaca? Ele é sim, mas lembre-se, é um babaca divertido...da


para ganhar uns potinhos aí não dá? KKKKKKKKK
VOTE! VOTE! POR FAVOR! Obrigada, não me faça chorar. (Não
façam a bebê chorar pfv 🥺) Até o próximo, baby ❤️.

13° capítulo

Rubi

Eu não estou fazendo isso por causa dele.

Hum.

Eu não estou fazendo isso por causa dele, é isso.

Repetia isso para mim mesma enquanto me arrumava na frente do espelho.

Coloquei um vestido cor creme justo ao meu corpo e um decote que


valorizava meus seios, por baixo eu usava uma cinta liga preta que fazia
minhas coxas pedirem para serem observadas e o sutiã da mesma cor, deixei
os cabelos soltos e apenas coloquei uma jaqueta jeans clara por cima, estava
fazendo frio em Nova York agora pela manhã.

Peguei os saltos pretos "me foda" e passei rímel e um batom vermelho,


estava pronta pra ir para a empresa.

Talvez eu esteja mais arrumada do que o normal mas que se foda, ele quer
provocar? Então vamos provocar.

É, eu estava fazendo isso por causa dele. Mas! Era um acordo, e eu


precisava ganhar, já estava até me enxergando mandando ele vestir uma
fantasia de pato e sair gritando "Quá quá" pela cidade.

Deus! Estou sentindo que Adam está despertando um lado meu que eu nem
conhecia.

Mexi nos meu cabelos e saí do meu quarto em direção a cozinha, Lua
estava com o rosto na geladeira e apenas seu quadril estava para fora.

- Bom dia -digo e ela se levanta para me ver.

- Bom di...uau! Jesus Maria José.


Ri da cara que ela fez.

- O que? -perguntei olhando para o meu corpo, fingido não saber do porque
do susto.

- Você vai tomar café da manhã com alguém importante? Tipo o presidente
do país?!

Ela olhou para a minha roupa e eu ri baixo.

- Não, apenas vou trabalhar.

Fui até ela e beijei sua bochecha e corri até a dispensa onde Mops estava,
como de costume encarando a ração.

- Até depois Mops, por favor não come o meu sofá -digo e ele balança o
rabo latindo.

"Vou comer todo o seu sofá" -foi isso que o latido dele quis dizer na minha
cabeça.

Passei por Lua que ainda estava me encarando.

- Você está cheirosa -ela diz e eu pego uma pera- Encontrou algum gatinho
por lá?

Me virei para encará-la e a vi sorrindo maliciosamente.

- Obrigada e não inventa, você está muito no mundo da lua.

- Dúvido! -ela grita alto e eu me assusto quase derrubando minha fruta.

- Misericórdia!

- Você é bem inteligente mas não consegue dobrar essa velha aqui -ela
apontou para si mesma.

- Você está certa -digo e ela bate palmas- Eu estou apaixonada por uma
pessoa da empresa mas shiiu, não fala para ninguém -minto.
Ela levantou o dedo mindinho e eu levantei o meu, só assim para ela me
deixar em paz.

- Já vou -beijei sua testa e fui em direção a saída.

- Espera! Você vai comer só uma fruta? Eu faço panquecas, prometo não
tacar fogo no seu apartamento.

Dei um riso falso.

Lua está muito engraçadinha!

- Vou comer depois -gritei.

Peguei minha bolsa e saí do meu apartamento dirigindo até a empresa.

Liguei para Josh no caminho e pedi para ele fazer um café pra mim na copa,
quando cheguei entrei pelo saguão e senti metade dos olhares sobre mim,
homens que eu nunca vi na vida sorriram na minha direção e eu sorri de
volta por educação, subi para o meu andar e não vi Josh na bancada e nem
Gustavo.

Entrei na minha sala colocando minhas coisas na mesa e tirei a jaqueta


colocando na cadeira.

Ouvi alguém bater na porta e pedi para entrar.

Era uma menina que aparentava ter uns 18 anos e tinha algumas sardas no
rosto e olhos azuis penetrantes, ela vestia um casaquinho amarelo e uma
espécie de macacão jeans.

A menina tinha uma xícara de café na mão e assim que me viu sorriu
abertamente.

- Oi, sou Valentina -acenou com a mão- Seu secretário me pediu para trazer
para você, ele ficou ocupado com algo e...

- Tudo bem -digo sorrindo- Você é do estágio?


Ela confirma sorrindo e eu peço para ela entrar na sala, Valentina caminha
até mim ainda com um sorriso quando de repente a menina acaba
tropeçando e derrubando todo o líquido quente em cima de mim.

Não demora muito para a cafeína se espalhar na minha barriga e minha pele
arder fortemente.

- Aí meu Deus! -diz assustada.

Gemi de dor e ela começou a me encarar desesperada.

- Sra. Mendoza, meu Deus me desculpe não foi de propósito -disse afoita.

- Valentina, pegue algo para me enxugar -isso saiu uma entonação forte.

Ela assente e sai pela porta rapidamente, eu sentia o líquido quente escorrer
sujando todo meu vestido, o tirei puxando para cima da minha cabeça e vi
como minha barriga estava vermelha.

- Merda!

Joguei o vestido em cima da minha mesa e abanei minha barriga com as


mãos, a dor estava me dominando.

Olhei meu reflexo no vidro e me vi apenas de cinta liga, um sutiã preto e


um sapato alto dentro da minha sala. E percebi que estava só de cinta liga
com a minha maldita porta aberta.

- Rubi, acabei de ter uma ideia incrí...

Arregalei os olhos tentando ir para trás de algo que posso me cobrir mas
não tinha absolutamente nada que poderia me ajudar!

- Puta merda! -a voz de Adam me arrepiou por inteira.

- Adam! -gritei colocando minhas mãos sobre meus seios.

Inútil? Mas é claro que sim!


- Princesa? Você está jogando sujo -seus olhos quase tiram o que me cobria
por telepatia.

- Não é nada disso!

- Certo, quer jogar sujo? Eu sei fazer isso -arregalei os olhos de novo
quando ele fez menção de tocar nos botões da sua calça social para tira-la.

Ele riu alto da minha expresso e eu gemi de dor quando encosto minha mão
na barriga sem querer.

- Sua barriga está vermelha -disse parando de rir me encarando agora meio
sério.

- Está ardendo -digo e ele se aproxima de mim lentamente.

Adam parou na minha frente olhando para o local afetado e tocou na minha
cintura me levantando no chão facilmente para que minha bunda encoste no
pequeno armário no chão.

- Aqui!

Valentina surgiu atrás de nós com uma toalha de rosto que parecia bem
molhada, Adam estendeu o braço e ela o entregou. A toalha foi colocada na
minha barriga para me limpar e eu fiz uma careta pelo ato.

- Por favor, me desculpe! Eu juro que não foi minha intenção eu só estava
tentando ajudar...

- Não se preocupe Valentina, eu sei que não foi sua intenção -a interrompi
vendo seu nervosismo.

- Está sentindo dor? -Adam pergunta olhando para mim e sua mão direita
vai para a minha nuca me fazendo olhar em seus fixamente.

- Não, só arde um pouco -digo e ele concorda antes de olhar para Valentina.

- Que isso não se repita mais, tudo bem? -Adam pergunta.


- Sim, me desculpe. Por favor não me demitam.

Adam olhou para mim como se esperasse a decisão final, balancei a cabeça
e ele assentiu.

- Não se preocupe, pode voltar ao trabalho -ele fala e ela suspira aliviada,
sorri pequeno. Tadinha.

- Valentina, explique o que aconteceu para Josh e peça para ele ir até a
minha casa para pegar uma muda de roupa para mim, por favor -digo a
mesma.

- Claro, agora mesmo.

Ela saiu pela porta em disparada me deixando sozinha com Adam


novamente.

Ele ajeitou cuidadosamente a toalha molhada sobre a minha barriga que


acabou diminuindo a ardência com o tempo.

- Como isso aconteceu? -perguntou sem me encarar.

- Ela acabou tropeçando e o café caiu em cima de mim, não foi culpa dela -
digo.

Ficamos mais alguns minutos ali, Adam inclinado sobre mim e eu sentada
em cima do armário com mínimo de roupas possíveis.

Ele tirou a toalha de rosto da minha barriga e pressionou o dedo em cima da


mesma, não tinha queimadura apenas estava menos vermelho do que ainda
agora.

- Está tudo bem -ele diz e deixa ao lado do meu corpo andando para o outro
lado da sala em seguida.

- Obrigada -digo.

Coloco meu dedo sobre a minha barriga e suspiro, eu só preciso passar uma
pomada nisso e tomar um remédio, amanhã estarei normal.
Desci de onde estava agora me sentindo envergonhada por estar usando
apenas um sutiã e uma cinta liga na frente dele. Na verdade, bem mais
envergonhada.

Ele me encarou de cima a baixo e engoliu em seco limpando a garganta,


Adam desabotoou seu terno cinza e andou até mim lentamente enquanto o
tirava.

Com o terno fora do seu corpo ele passou o mesmo sobre meus ombros me
cobrindo e o ajeitando na frente, eu olhava para baixo vendo suas mãos na
abertura do terno que apertavam meu corpo.

O cheiro dele me inebriava, me deixava tonta e até mesmo excitada.

Adam puxou o terno com força me fazendo vir mais para perto do seu peito,
ele sentiu o cheiro do meu cabelo enquanto eu cheirava o seu pescoço na
maior de cara de pau mesmo.

Sua mão direita que estava na abertura do terno desceu devagar pela lateral
do meu corpo encontrando minha cintura, olhei para ele não ousando o
interrogar agora.

Sua mão desceu mais para a barra da minha cinta liga e eu não pude conter
o suspiro que saiu dos meu lábios, ele se aproxima mais apertando o
maxilar vendo minha expressão de dúvida entre mandar ele tirar a mão de
mim ou descer mais um pouco para tocar no meio das minhas pernas.

- Admita, princesa -sussurrou com a boca tão perto da minha que eu pensei
por um momento que ele ia me beijar.

- Eu sei que mexo com você, mas eu quero que admita -ele diz com a voz
rouca- E depois...você vai se entregar ao que deseja -levantei meu queixo
quando seu nariz encostou no meu- Eu estou bem aqui na sua frente.

Me perguntei por um momento como eu conseguiria resistir a isso?! Eu não


era de ferro.
Seus dedos apertaram a parte interna da minha coxa com força e um gemido
contido saiu de mim me fazendo morder o lábio para não fazer o que não
devia.

Ninguém nunca fez eu me sentir assim, quase pegando fogo.

- Me impeça, não deixe meus dedos subirem -ele diz e eu puxo sua gravata
quando seus dedos passeiam pela parte interna da minha coxa a vontade.

Esse era o problema, eu não queria impedi-lo mas eu sei que me


arrependeria depois e o sorriso convencido dele estaria lá no dia seguinte.

Peguei na sua mão e ele me encarou com os olhos semi cerrados.

- Não vou facilitar para você.

Soltei sua mão e afastei meu corpo do seu com um empurrão pequeno,
Adam me lançou aquele sorriso cafajeste e passou o dedo no lábio inferior
batendo palmas em seguida.

- Foi quase, Srta. Mendoza -ele diz e eu reviro os olhos.

Mas é um babaca mesmo.

Óbvio que isso era parte do acordo, e felizmente eu não cedi. Foi quase...e
não posso subestimar a sedução de Adam.

- Vai pro inferno -digo.

- Se você estiver usando isso aí eu vou para qualquer lugar que você
mandar.

Quando eu ia responde-lo ouço uma tosse vir da porta e um Josh aparecer


no meu campo de visão com um sorriso malicioso.

Ele olhou para mim e para Adam que cruzou os braços.

- Obrigado por cuidar dela, eu assumo agora -Josh diz e Adam assente-
Depois eu levo seu terno não se preocupe.
Adam deu de ombros e passou pela minha porta me olhando uma última
vez, o filha da mãe ainda piscou para mim antes de desaparecer.

Olhei novamente para Josh e agora percebi que ele tinha uma sacola na mão
que tinha a logo de uma loja na frente.

- Você está bem? -perguntou e eu assenti.

Josh andou até a minha mesa e tirou as peças de roupas.

- Não fui a sua casa porque iria demorar demais, então comprei algumas
para você na loja que tem na frente da empresa -ele diz.

- Obrigada, você é o melhor.

Tirei o terno de Adam dos meus ombros me fazendo sentir o seu perfume
que agora estava impregnado no meu corpo, ótimo!

Peguei as roupas que consistem em uma calça jeans clara e uma blusa de
mangas estampadas de desenhos de robôs, era fofo.

Me troquei na minha sala mesmo e suspirava por ter que enfrentar Joshua.
Depois que terminei guardei meu vestido sujo de café na sacola e sentei na
minha cadeira vendo minha purpurina pegar a toalha molhada.

- Você pode ir para casa, sabe disso, não é? -ele pergunta e se senta na beira
da minha mesa ficando ao meu lado.

- Eu sei, mas você me disse que tinha uma reunião agora pela manhã.

- Você não está suja de café? -pergunta enquanto eu abro meu Macbook -
Na verdade não, Adam me limpou.

Josh levantou uma sobrancelha, Droga! Caí na cilada dele.

- Foi mesmo? -perguntou cruzando os braços com um ar divertido.

- É, apenas me ajudou -digo sem encara-lo.


- Muito gentil da parte dele, nossa -diz e eu concordo fazendo pouco caso.

- Certo, qualquer coisa me chame.

Josh saiu de cima da minha mesa e bateu no corpo como se estivesse


limpando suas roupas desnecessariamente.

- O que está fazendo? -perguntei confusa.

- Estou tentando me limpar da tensão sexual que tem nessa sala.

- Hum...eu não sei do que você está...

- Falando? Tá bom, mais tarde você me conta o que está acontecendo entre
você e aquele loiro metido porque essa sala -ele girou o dedo apontando-
Está cheirando a intenções maliciosas.

Abri a boca várias vezes mas nada saiu, Josh abriu um sorriso enorme e
andou até onde eu tinha deixado o terno da Tinker Bell o pegando antes de
sair da minha sala.

Me encostei na cadeira e respirei fundo, Adam é um tremendo de um filha


da puta e eu sempre soube disso mas mesmo assim ainda faço um acordo
idiota onde precisamos resistir um ao outro...patético.

Mas já que estamos nesse barco furado vamos deixá-lo naufragar de uma
vez só.

Adam poderia ter quase ganhado hoje então não irei facilitar para ele como
avisei o mesmo. Serei um verdadeiro inferno na vida daquela homem.

Exatamente como ele é na minha.

×××

Quero comentários e votos porque eu fui uma boa menina! Kakakak


amo vcs ❤️(Viu só? Sou uma boa menina desde o livro 2, e do livro um
também, mas não falei nada aqui na época para deixar subtendido 😏)
Estão se limpando aí também?

Acho que Josh já fez isso por nós KKKKK.


Até o próximo, baby ❤️.

14° capítulo

Adam

Dois dias depois...

Eu odeio Rubi Mendoza!

Isso já está comprovado, eu odeio essa mulher.

Maldita hora que eu fiz aquele acordo estúpido que está tirando a paz que
eu não tinha, a filha da mãe está me deixando maluco.

E eu já sou maluco, com ela no meu pé triplicou a minha maluquice.

O acordo era simples, eu só precisava provocá-la e esperar ela se entregar a


mim. Eu sei que tem alguma coisa dentro dela que me acha atraente, Rubi
só precisa admitir isso.

Eu acho que nunca imaginei tantas cenas de sexo como estou imaginando
nos últimos dias, provavelmente superou minha adolescência.

Abri a porta do meu carro e joguei minhas coisas no banco de trás com
força, deixe-me explicar porque estou irritado.

Estávamos trabalhando na sua sala visto que só temos 9 dias para fechar
negócio com os nossos clientes.

15 minutos antes...

Me encostei no braço da cadeira e eu tentei, juro que tentei não olhar para
as pernas da minha sócia que estavam a mostra. Estávamos na sua sala e
apenas um abajur iluminava o local.

Rubi estava sentada em cima do mesmo armário que estava a dois dias atrás
com aquela maldita cinta liga, ela está fazendo de propósito, não é possível!
Em suas mãos tinham alguns papéis enquanto suas pernas estavam cruzadas
e o seu cabelo estava caindo por seus ombros como uma cascata, a luz que
vinha da lua ajudava a iluminar e refletia nela diretamente a tornando uma
obra perfeita para um quadro.

Ela pegou um lápis amarelo e anotou algo antes de levar o objeto até a boca
que estava marcada por um batom vermelho, ela parecia tão concentrada
que eu até diria que ela não estava tentando me foder.

E o problema, era que eu não conseguia desviar meus olhos dela, mas
especificamente das suas pernas e seios.

Rubi usava uma blusa de alça branca extremamente delicada, assim que vi
me deu vontade de arrancar de uma vez só. Uma saia cintura alta da cor
vermelha que combinava com o batom e abraçava perfeitamente o seu
corpo. Os saltos...puta que pariu! Eu a foderia com eles no meu quadril.

- Ei! Adam!

Pisquei confuso e percebi que ela me chamava, olhei em seus olhos que
estavam com um certo divertimento. Será que ela sabe no que eu estava
pensando?

Isso é ridículo, é claro que ela não sabe.

Como eu disse...minha maluquice estava triplicada.

- Sim? -pergunto inocente.

Ela saiu de cima do pequeno armário e eu percebi que seus seios balançam
livremente, ela não estava usando sutiã? Ah vai se foder!

Me levantei da cadeira recuperando minhas forças e ela parou perto da sua


mesa de costas para mim que estava perto da porta quase fugindo daqui.
Virei o rosto lentamente e pude ver seu ombro exposto, sua pele que parecia
ser tão macia me faz ficar olhando por alguns segundos.

- Sebastian -ela diz e vira somente o rosto para me encarar.


- O que tem? -perguntei me aproximando dela novamente até parar um
pouco atrás da mesma.

- E se fizessemos algo diferente do que estamos habituados? Você me disse


que a última palavra sempre é dele então...vamos usar isso ao nosso favor.

- O que tem em mente, Srta. Mendoza? -pergunto e juro que vi um sorriso


de lado mas rápido se dissipou.

Hum.

Ela começou a explicar uma tática que era até boa, mas falava olhando para
os papéis ainda estando de costas para mim e aquela bunda dentro da saia
me desconcertava.

Deus, o que está acontecendo?

- Você entendeu? -perguntou cruzando os braços.

- Você pode se virar por favor? -perguntei educado mas não querendo que
ela realmente fizesse isso, era melhor para o acordo mas pior para o meu
pau.

Ela virou o rosto para trás e franziu o cenho, Rubi sabe o que está passando
pela minha cabeça, ela sabe que pode me provocar.

Princesa semi cerrou os olhos e concordou.

- Só deixe-me pegar a caneta.

A filha da mãe se inclinou na mesa me deixando sentir sua bunda roçar


contra meu quadril bem em cima do lugar que não devia, eu olhei para cima
tentando conter todo o autocontrole que tenho para não joga-la nessa porra
de mesa.

Suspirei e ouvi ela dando uma risada baixa, claro que estava se divertindo
com isso.

Que eu não me arrependa.


Minha mão foi para seu cabelo quando me inclinei sobre seu corpo a
fazendo encostar o busto na mesa com o meu peso.

Pus a outra mão na lateral da sua cintura para me apoiar e apertei seu cabelo
com força arrancando um gemido quase inaudível dela, me aproximei do
seu pescoço e aspirei o cheiro bom que ela tem.

Céus.

- Você está me tirando a paciência -sussurro e ela sorri de lado.

- Acho que você estava enganado.

Senti ela se mexer em baixo de mim fazendo meu pau ganhar vida própria,
segurei o gemido rouco que insistiu em sair da minha garganta enquanto
aquela bunda deliciosa rebolava.

- Você que é o fraco -diz e eu suspiro- Não consegue tirar as mãos de mim,
Sr. Venturelli?

Ela pegou na minha mão que estava apoiada na mesa e levou até a sua
cintura, a apertei com força tentando aliviar de algum jeito o incomodo no
meio da pernas.

Minha consciência estava indo por água abaixo.

Ela se levantou quando meu aperto no seu cabelo diminuiu, se virou de


frente para mim e passou a língua nos lábios vermelhos, senti todo meu
corpo estremecer.

- Você só precisa me beijar, Adam -suas unhas arranham minha nuca- Eu


estou bem aqui na sua frente, pronta para você.

Travei o maxilar.

Ela se aproximou do meu rosto e pude ver nos seus olhos o quanto ela
estava determinada e desesperada para me ver ceder. Era exatamente assim
que eu me sentia também.
Porque não acho que vamos conseguir resistir por mais tempo.

Mas por sorte, eu ainda era um filha da puta persuasivo, se eu conseguia


convencer os outros facilmente, eu conseguiria convencer minha mente de
não fazer o que eu estava prestes a fazer.

Ela estava brincando comigo apenas.

Nunca nesse mundinho redondo que Rubi me deixaria fazer tudo o que fiz
segundos atrás sem me de dar quatro tapas no rosto, é o que ela faz de
melhor, me bater.

Suspirei irritado.

Antes eu estava coberto por luxúria mas agora eu estava bravo, não por ela
ter quase conseguido me fazer ceder e sim por que foi somente por isso que
ela fez todo esse teatro. Ela era boa, e me seduzindo, era melhor ainda.

Fiz menção de beija-la e ela sorriu feliz pensando que iria conseguir,
quando seus olhos se fecham eu me desvio para seu ouvido pronto para
sussurrar:

- Quando eu ganhar essa acordo, eu vou foder você com tanta força que
esse sorrisinho vai ser a primeira coisa que eu vou lembrar... -minha barba
rala toca no seu rosto macio- Enquanto você estiver gemendo e suando
embaixo de mim.

Rubi estremece antes de eu me afastar dela ajeitando o terno claro que


ocupava meu corpo, seus olhos ainda estavam fechados mas agora tinha os
punhos cerrados.

- Amanhã terminamos isso, princesa.

Ela abriu os olhos e parecia estar irritada, saio da sua sala sem olhar para
trás e entro na minha pegando minhas coisas seguindo para o elevador
depois, olhei para sala de Rubi antes de sair e vi que estava fechada.

Agora...
E agora eu estava aqui dirigindo para meu apartamento pronto para ter uma
noite inteira de sexo.

Pelo menos.

Liguei para uma das meninas que curtem sexo casual assim como eu e não
demorou muito para eu conseguir isso.

Cheguei no meu apartamento e subi para meu andar, as portas do elevador


se abriram e vi Gabi na porta me esperando enquanto mexia no cabelo preto
e longo.

Quando me viu um sorriso safado habitou seus lábios e eu apenas andei até
ela.

- Coelhinho.

Eu odeio esse apelido, mas adoro o sexo então eu deixo passar.

Rapidamente ela corre o que faltava e eu até me assusto quando ela pula no
meu colo, a seguro pelas coxas e retribuo o beijo necessitado que logo
aparece.

A encostei na minha porta tirando a chave do bolso e abro a porta chutando


minhas coisas para dentro que acabaram caindo.

- Você já está duro -ela diz se movimento no meu colo quando entramos em
casa.

É, eu estava com uma ereção enorme desde que aquele demônio se


encostou em mim, Rubi me deixou duro em segundos mas ninguém precisa
saber disso.

Ninguém.

×××

Ninguém vai poder te ajudar Tinker rsrsrs só uma princesa aí...ou eu


também.

Derek...meu Deus...
Comente muito, os comentários me motivam demais a continuar essa
série de livros (Ps: isso continua sendo verdade viu? Vale o mesmo para
os votos!)

Beijo, babys ❤️próximo capítulo já aí.


15° capítulo

Rubi

Cruzei os braços pensando na possibilidade existente de que alguma amiga


sua poderia te comer.

Eu sei, nossa, que estranho!

Mas...não é impossível certo? Caso ela seja uma psicopata, canibal ou


esteja...grávida.

- Lisa, você comeu metade do restaurante -dei uma batidinha na mesa


chamando sua atenção que larga o pedaço da costela.

- Estou começando a achar que o que você tem na barriga é filho do


monstro do lago Ness -digo e ela me me mostra o dedo do meio antes beber
seu suco.

- Não comi direito pela manhã, acredita que não consegui comer umas
panquecas, vomitei tudo -ela conta sua aventura gestacional.

Tinha marcado com Lisa para almoçamos em um restaurante perto da


empresa e aqui estamos com ela comendo tudo e eu olhando meio
assustada, se tirassem uma foto, iriam por naqueles panfletos de academia
te incentivando a não comer besteira.

- Eu não aguento mais -ela diz quando eu pergunto como Dylan estava.

Lisa usava um vestido azul soltinho com um belo par de botas pretas e o
cabelo estava solto.

- Não aguenta mais o que? -perguntei rindo.

- Dylan é louco, nosso filho ainda nem nasceu mas ele já comprou um
parque aquático! Um parque aquático! -diz com a mão na barriga que já
estava um pouco saliente.
- Um parque aquático? Quantos metros teria tobogã? -pergunto sorrindo
mas depois paro vendo o olhar irritado.

Peguei o copo de suco de abacaxi aproximando dos meus lábios fingindo


olhar para frente.

- Então, quando vamos saber o sexo? -pergunto.

- Amanhã eu completo 4 meses -diz e eu sorrio- Vamos saber o sexo...

Ela pegou o celular da sua bolsa e mexeu no aparelho.

- Daqui a dois dias.

Concordei sorridente.

- Quando você souber não esqueça de me contar -digo e ela ri baixo.

- Até parece que vocês não estarão lá no consultório todos um em cima do


outro apostando o sexo do meu filho -diz se referindo às meninas e a mim.

- Bem, pelo menos você já sabe -digo dando de ombros e sorrindo depois.

Continuamos a comer até que Lisa me olhou e parecia querer perguntar


algo, ela colocou o cotovelo na mesa e a mão no queixo me dando aquele
olhar "Vamos, me pergunte o que eu tenho para eu derramar minhas
perguntas em você"

- Pode perguntar -digo de uma vez e ela sorri vitoriosa.

- Como estão as coisas com Adam?

Parei de comer e a olhei, seus olhos me encaravam com curiosidade.

A Tinker? É isso que ela quer saber?

Eu consigo assunto melhores...

- Bem, estamos aprendendo a trabalhar em harmonia -digo e ela assente.


É um avanço, quase não quis jogar café na cara dele esses últimos dias. É
um ótimo avanço ao meu ver.

- Sabe, falei com Peter recentemente...

Arregalei os olhos, Peter fofoqueiro.

- Ele me disse umas coisas aí -ela sorriu maliciosamente.

- Não estava acontecendo nada -digo e ela levanta uma sombrancelha.

- Eu não disse que estava.

Abri a boca para falar mas nada saiu.

Eu tenho essa mania de me entregar de graça, sou muito trouxa meu pai
misericordioso.

- Olha, se você e Adam quiserem ter alguma coisa, saiba que eu super apoio
e Dylan também, ia ser ótimo ter você na família e...

- Lisa, eu não tenho nada com aquele loiro metido -digo a interrompendo e
olhando para baixo.

- Eu não acredito em você -ela diz sorrindo abertamente- Você não sabe
mentir.

- Ora, claro que sei -me defendo e ela nega.

- Você é péssima nisso, meu Deus!

Revirei os olhos irritada, Lisa parecia se divertir.

- Vou nem falar de você, bolinha -digo e ela fecha a cara rapidamente.

- Não me chama de bolinha, porra! -ela diz apontando um dedo para mim
super ameaçadora.

Levantei as mãos em rendição e ela fez cara de malvada, pareceu que eu


estava em um filme de criança por um momento.
- Bolinha, ora bolinha. Vou já tacar uma bolinha na tua cara -diz
resmungando mexendo na costela.

Grávidas, por que tão doces?

- Ta ouvido isso bebê? Sua mãe quer jogar uma bolinha na cara da sua tia -
digo e ela sorri de lado.

- Ela merece! Ainda mais por não me contar sobre aquele quase beijo. Eu
não acredito que você quase beija Adam -riu alto- Se eu tivesse um blog, eu
colocaria essa fofoca nele -diz se encostando na cadeira marrom.

- Ah qual é, nem é tão importante assim -digo.

- É, pelo menos foi só uma vez -a olho piscando mais que o necessário- Ai
meu Deus!

- Lisa.

- O que está acontecendo!?

Suspirei.

- Bom...nós dois meio que fizemos um acordo -digo mexendo na toalha da


mesa fazendo pouco caso sobre a situação.

- Acordo? Que acordo?

- Nós -tossi falsamente- Eu disse que ele não me atrai e nem faz meu tipo
então Adam quis provar que eu estava errada, por isso fizemos o acordo de
fazer um ceder ao outro em duas semanas.

Falando em voz alta, eu percebi a locura.

Lisa me encarava confusa e com a boca entre aberta.

- Tá ok, deixe-me ver se entendi -ela diz se ajeitando na cadeira.


- Vocês dois precisam provocar um ao outro por duas semanas até um
ceder? -pergunta e eu concordo.

- Por que diabos você fez isso?! -ela pergunta.

- Ele duvidou de mim! -digo e ela coloca a mão na testa.

- Eu quero jogar toda aquela arrogância na cara dele, mostrar que sim, ele
está errado.

- Ele está?

- Óbvio que está -digo.

- Certo, é um acordo então o que ele ganha em troca caso você ceder?

Cruzei os dedos sobre a mesa.

- O que ele quiser -digo e ela levanta as duas sobrancelhas.

- Meu Deus...

- Não me julgue, você não estava lá na hora, o filha da mãe fez o que ele faz
de melhor.

- Convencer? -ela pergunta e eu afirmo.

- O centro disso tudo é o beijo, caso eu o beije primeiro...

- Você perde.

- Isso -digo e viro a taça de suco, queria muito que fosse tequila.

- Cuidado com esses acordos, você pode acabar grávida e com uma fome
absurda -ela diz e levanta a taça de suco de laranja.

- Pode deixar -digo sorrindo.


Continuei a contar mais sobre o acordo e falei algumas coisas que ele e eu
estamos fazendo para ceder um ao outro mas só as partes simples para ela
entender.

Depois de tanto conversar nós voltamos para a empresa já que o horário de


almoço acabou e eu fui direto para a minha sala.

Eu ainda não tinha visto Adam o dia todo e até gostei disso, bom, uma parte
minha gostou.

Não demorou para a noite cair e eu estava totalmente irritada, as ideias na


minha cabeça não vinham e não consegui ter um dia produtivo.

- Ei, coisinha -Josh coloca a cabeça para dentro da minha sala.

Sorri para ele.

- Posso sair mais cedo? Irei sair com Jon hoje.

- Claro -digo.

Ele andou até mim e me deu um beijo na cabeça agradecendo.

Olhei a hora no meu celular vendo 17:30, ainda tenho tempo de produzir
alguma coisa.

Fiquei uns 20 minutos olhando para a lixeira e jogando papéis rabiscados


nela e errando a metade dos lances, até que consegui pensar em algo,
projetei e desenhei até minha mão cansar.

Depois de duas horas inteiras eu me senti satisfeita e arrumei minhas coisas


para ir embora, olhei no relógio e eram quase 20:00 da noite.

Quando eu estava pronta para ir embora eu ouço meu celular tocar


repetidamente, alcancei o mesmo e respirei fundo vendo a tela.

Deixei minha bolsa na mesa sem tirar os olhos do celular e o atendi em


seguida na minha língua materna, o português.
- Oi, mãe.

Silêncio.

- Não achei que fosse atender.

Sua voz doce chegou até os meus ouvidos e me apoiei na mesa fechando os
olhos, parecia que ela estava aqui na minha frente e não do outro lado do
mundo.

- Por que não atenderia?

- Porque você não atendeu da última vez -diz seca.

- Estava ocupada -digo.

- Até para mim? -pergunta receosa.

- Sim, até para você.

Silêncio novamente.

- Rubi, eu sei que fui injusta e que você não tem culpa de querer um futuro,
mesmo que ele fosse longe de mim -diz.

Posso imagina-la com os braços cruzados e o nariz empinado tentando


mostrar superioridade.

- Você sempre soube que eu iria trabalhar com o meu pai, me desculpe por
não voltar ao Brasil como o combinado mas ele precisou de mim aqui.

- E eu não precisei de você aqui? Você é a minha filha e deveria ficar


comigo, não deveria ter deixado você estudar fora. Se tornou uma mulher
mesquinha e que só pensa em si mesma, não teve consideração por mim.

Respirei fundo.

- Não seja egoísta, você sabe que tem gente aí que pode ficar com você,
meu pai não tinha ninguém.
Ela riu sarcástica, pareceu se segurar para não falar nada por um momento,
mas acabou soltando.

- Egoísta? Não Rubi, você é egoísta! Sempre foi agarrada ao seu pai como
uma preguiça amarrada à uma árvore. Você só queria se livrar de nós.

Isso doeu mais que um soco no estômago, eu amo minha família e nunca
tentaria me livrar deles.

- Você não sabe o que está falando -digo.

- Sim eu sei, o mundo diferente do seu te deslumbrou tanto que você


esqueceu da sua família!

- Eu nunca me esqueci de vocês, eu ia ao Brasil de mês em mês para te ver


até você me humilhar naquela cama de hospital!

Minha voz saiu alterada e meus olhos ardiam.

- Baixe o tom! Sou sua mãe não sua simples empregada.

- Eu consigo ter uma relação com uma simples empregada mais facilmente
do que com você, que é minha mãe de sangue -isso não deveria ser tão
difícil, mãe e filha deveriam ter uma relação forte.

Mas infelizmente, nem sempre é assim.

Sentia as lágrimas descerem pelo meu rosto de maneira solitária.

- Você é uma ingrata, não é a mesma menina que eu criei e eduquei. Nova
York mudou você, Rubi.

- Não, mãe. Eu apenas estou cansanda de ser atacada por você, quando você
vai conseguir aceitar isso?

- Nunca, não depois de você me levar a uma cama de hospital de tanto


desgosto! -gritou irritada.

O que veio depois se fixou na minha mente:


- Eu quase morro por sua causa.

Essa definitivamente foi uma facada no meu peito, acho que doeria menos
se meu ex noivo quebrasse meu coração de novo.

Não que ele não esteja quebrado.

- Adeus, mãe.

Eu não podia, eu não conseguia mais escutar nenhuma palavra, eu só queria


chorar até o amanhecer e depois beber um pouco.

Desliguei o celular e levei a mão até a boca abafando as crises de choro, eu


sentia meu rosto molhado e lágrimas salgadas na minha boca.

Toda vez que falo com ela isso acontece, ela sempre tem um jeito diferente
de me fazer sentir mal e até mesmo culpada.

Preciso ir para casa.

Peguei minha bolsa e sai da minha sala, não vi Gustavo na bancada e nem
Josh já que faz horas que o mesmo saiu, comecei a andar até o elevador e
ouvi uma voz me chamando mas ignorei.

A voz era insistente mas decidi não me virar, quando ia apertar o botão do
elevador sinto um braço forte me puxar me fazendo encara-lo.

- Princesa.

Adam me olhou sorrindo mas quando viu que meu estado não era dos
melhores franziu o cenho.

Tentei enxugar meu rosto e ele se aproximou mais.

- O que você quer? -perguntei com a voz falha.

- O que houve? Por que você está chorando?

- Por nada, eu preciso ir.


A porta do elevador se abriu e nem consegui me mover porque os braços de
Adam me impediram me mantendo no lugar.

- Adam! Eu vou perder o elevador!

- Me diz quem fez você chorar -pediu.

- Por favor! Me solta -bati no seu ombro e ele continuou parado que nem
uma pedra.

- Rubi -falou em forma de aviso.

- Para que você quer saber? Isso não te interessa! A minha vida não te
interessa! Você não se preocupa comigo de verdade e eu quero que você me
solte!

Bati no seu peito com força e ele tentava agarrar meus pulsos mas eu não
estava facilitando.

- Porra! Para com isso, Rubi.

Adam conseguiu pegar meus pulsos mas apenas afastou minhas mãos uma
da outra agarrando minhas pernas em seguida, apoia meu corpo no seu
ombro e minha bolsa caiu no chão mas ele a apanhou antes de começar a
caminhar.

- Adam! Me deixar ir embora!

- Nem fodendo que você vai dirigir assim.

- Por favor...eu...

As lágrimas e os soluços não me deixaram terminar.

Ele abriu uma porta com o pé e entramos no cômodo que eu identifiquei


rapidamente por ser a sua sala.

Continua...
×××

Hummmmmm!

HUMMMMMM só o que eu digo! Kikiki.

Spoilers serão apagados!

Vamos respeitar o próximo galera ❤️.

Eu volto em breve, me espera só um pouquinho tá bom? 😏❤️.

Até mais, babys.


16° capítulo

Rubi

Assim que passamos pela porta eu ouvi um suspiro sair do seu nariz.

Adam parecia irritado e se eu não estivesse tão triste eu até comemoraria.

Vi quando ele colocou minha bolsa na cadeira enquanto eu ainda estava no


seu ombro balançando como uma bonequinha de pano.

Uma lágrima desceu do meu rosto e caiu no meu braço. Para de chorar,
Rubi! Não seja patética.

- Vou te soltar agora, por favor não me bata -diz receoso.

Fiquei em silêncio respirando fundo.

- Rubi? -me chama.

- Eu não vou te bater, Adam -digo, com a voz falha.

Ele pegou na minha cintura e com calma me desceu do seu ombro


colocando-me na sua frente, encarei seus olhos azuis que tanto me traziam
pensamentos sujos nos últimos dias.

- Está melhor? -pergunta.

- Sim, fiquei de cabeça para baixo mas me sinto bem, obrigada -falei vendo
sua cara de tédio, sorri fraco.

Passei as costas das mãos para limpar meu rosto molhado pelas lágrimas e
respirei fundo novamente.

- Quer me contar agora por que você está chorando? -perguntou.

Olhei para ele.


- Não, obrigada? -perguntei duvidosa.

Ajeitei minha saia e joguei meus cabelos para trás com os dedos trêmulos.

- Nos falamos amanhã, ok? -pergunto com um sorriso forçado e ele levanta
uma sobrancelha me olhando como se eu fosse louca.

Quando eu ia pegar minha bolsa para sair daquela sala, Adam a puxa da
minha mão levantando no ar o que apenas me fez olhar feio para ele que faz
o mesmo comigo.

- Vai pegar minha bolsa, fadinha? Ora, que ladra -falei com a voz chorosa,
mesmo triste eu estava implicando com ele. Adam e eu temos um
probleminha sério.

- Vou vender por 50 dólares e comprar camisinha, apenas para usar com
você -ele deu um sorrisinho forçado e eu bati do seu peito agarrando a
minha bolsa rapidamente.

Dei um corridinha patética mas ele apareceu do nada na minha frente me


fazendo franzir o cenho, vampiro agora?! Ou eu apenas corri extremamente
devagar?

- Eu já disse que você não está em condições de dirigir agora, sente-se e


beba uma água para se acalmar.

- Eu estou bem, eu só preciso ir para casa e beber alguma coisa forte -falei
suspirando.

- Você tem o costume de beber muito? -ele pergunta e eu levanto uma


sobrancelha.

- Apenas bebo quando estou triste ou quando não sei sobre meus
sentimentos.

Por que eu estava contando isso para ele?

Eu hein.

- E você está muito triste? -pergunta me fazendo ficar em silêncio.


- Adam...você vai me deixar ir embora.

- Por que você está triste? -ele pergunta ignorando totalmente minha
afirmação.

- Porque sim, porque eu quero -digo cruzando os braços ainda segurando


minha bolsa.

- O que houve? É seu pai? -pergunta e eu nego balançando a cabeça.

- Já chega -avancei para frente batendo no seu ombro de propósito.

Não fui muito longe.

- Porra, Adam!

Sua braço apenas se esticou até agarrar o meu, quando voltei para ele foi
apenas para colidir nossos peitos, pisquei algumas vezes sentindo suas mãos
me segurando com firmeza o suficiente para me fazer relaxar na sua frente,
assim que nos encaramos meu corpo simplesmente estremece com o olhar
que ele me dá.

Adam tem um poder surreal no meu corpo quando o toca.

A sensação de tristeza estava sendo substituída por outra, o sentimento de


luxúria entrando nas minhas veias lentamente, o toque no meu braço se
fazendo mais firme querendo me manter perto desesperadamente, foi
naquela hora que eu soube que o queria, eu queria beija-lo agora.

Eu quero esquecer o que acabou de acontecer.

E eu sei que Adam pode fazer isso, o único homem que pode me desarmar
novamente e fazer eu me entregar por completo, uma voz grita dentro de
mim que Adam vai ser a maldição da minha vida e eu não duvido disso,
mas esse homem é a minha perdição.

Merda, eu estava perdendo para ele.


Encarei seus lábios e ele me olhou com cenho franzido em seguida
parecendo entender o que diabos eu estava pensando, sim Tinker Bell, você
me venceu.

Balancei a cabeça.

- Que se dane.

Foi o que eu disse antes passar os braços em volta do seu pescoço e o puxar
para mim rapidamente, a sensação de euforia me toma quando sinto seus
lábios nos meus em apenas um selinho demorado.

Por pouco tempo até ele colocar as mãos no meu rosto fazendo daquilo
quase uma cena pornográfica, sua língua entrou na minha boca com
vontade e eu gemi descendo minhas mãos pelas suas costas.

Apertei a coxa uma na outra sentindo minhas pernas um pouco bambas de


repente quando ele mordeu meu lábio inferior, as mãos saem do meu rosto e
eu suspirei as sentindo na minha bunda colando mais meu corpo no seu.

Naquele momento eu realmente esqueci de tudo, eu só pensava em como


era bom ter o corpo de Adam no meu, como suas mãos másculas estavam
me levando à locura com apenas a porra de um beijo. Sua língua acariciava
a minha com maestria, como se estivessem em uma sintonia incrível.

Deus! Eu nunca tinha provado um beijo tão bom.

Quando nos afastamos a respiração estava em falta para ambos, meu peito
subia e descia com rapidez quando as mãos dele foram para minha nuca e
ele me encarou.

Seus olhos estavam quase transbordando luxúria e os meus não devem estar
diferentes.

Adam deu um sorrisinho de lado e me encarou.

- Eu ganhei, princesa.
Não tive tempo de raciocinar porque dessa vez foi Adam que atacou minha
boca, seus dedos passaram pelo meu cabelo e eu gemi na sua boca baixinho,
ele foi empurrando-me até minha bunda bater contra sua mesa, Adam
rodeou minha cintura com o braço e me colocou em cima da mesa sem
dificuldade.

Senti seus dedos nas minhas coxas e parei de beija-lo quando ele apertou
com força, sinto o beijos no meu pescoço e olho para cima quase
entorpecida e minha calcinha molhando lentamente.

Coloquei minhas pernas em volta do seu quadril e ouvi ele dar um gemido
que parecia ser mais de satisfação quando a agulha do meu salto o apertou.

Senti ele puxar minha saia um pouquinho para cima e coloquei minha mão
na sua gravata colando sua testa na minha quando sinto ele se esfregar
contra mim me fazendo entre abrir os lábios para gemer.

- Eu quero tanto foder você -ele disse encarando meu corpo- Aqui mesmo
nessa mesa.

Joguei a cabeça para trás quando ele se esfregou em mim de novo, céus. Eu
sentia minha excitação imitando uma cachoeira na minha calcinha.

Adam puxou minha blusa que estava por dentro da saia a liberando e seus
dedos entraram por dentro da blusa passeando por todo meu tronco até
chegar nos meus seios.

Agarrei suas costas o apertando com minhas pernas e as arranhei com força
como se tentasse soltar todo o tesão reprimido que eu tinha.

Adam pegou por trás do meu cabelo e me fez encara-lo de repente. Seu
olhar era tão intimidante que eu tentei desviar mas sua mão estava firme no
meu cabelo, os arrepios no meu corpo não paravam nenhum minuto.

- Mas não vou fazer nada disso -diz.

Porra!
Adam soltou meu cabelo devagar e eu fiquei olhando para ele totalmente
excitada.

Seu dedo foi até a minha boca e ele passou o mesmo por cima dos meus
lábios com um olhar relutante.

- Não quero me aproveitar da sua fragilidade, quero que você queira assim
como eu quero.

- Eu quero -sussurro e ele sorri de lado.

- Você está chateada e sei que vai se arrepender amanhã, não quero transar
com você se for assim.

Seus olhos azuis passearam por todo meu rosto com o dele ficando sério.

- Quero que saiba o que está fazendo e se lembre de quando eu fizer você
gritar, só assim que será comigo, princesa.

Isso com certeza eu não esqueceria.

- É isso que você vai querer de mim? -perguntei com a mão ainda na sua
gravata.

Ele apertou meu lábio inferior com os dedos e eu acabei dando um gemido
por causa da minha excitação maluca, eu sentia que a qualquer momento eu
ia explodir.

- Você vai me dar o que eu quero, não se preocupe. Garanto que vai adorar
cada maldito minuto.

Seu olhar malicioso estava lá e eu engoli em seco.

- Adam...

Não consegui terminar porque um celular começa a tocar


descontroladamente, ele e eu nos assustamos com aquele som estridente.

Ele virou o rosto para trás e viu que era meu celular que estava apitando
dentro da bolsa, Adam saiu do meio das minhas pernas e pegou o celular
me entregando depois.

Ele ajeitou o terno e eu olhei para a tela, era meu adorado pai.

Atendi vendo Adam colocar as mãos na frente da calça. Dei um sorriso


convencido e ele levantou uma sobrancelha.

- Oi, papi.

- Mi hija -ouvi sua voz que parecia estar triste.

Ele já sabia.

- Falou com ela não foi? -pergunto e Adam me encara.

- Eu sinto muito -ele diz e eu respiro fundo.

- Está tudo bem.

- Não, não está. Por isso vim te pegar aqui na empresa para irmos para sua
casa e fazer uma festa do pijama. Vou deixar você colocar elásticos no meu
cabelo só dessa vez.

Sorri mas depois arregalei os olhos

- Você está aqui? -pergunto, talvez alto demais.

- Acabei de sair do elevador, qual dessas portas e a sua sala?

Merda! Merda! Trilhões de merda!

Me levantei da mesa em um pulo e quase caio mas as mãos dele me


seguraram, Adam me encarou sorrindo e eu revirei os olhos.

- Já estou saindo, papi. Me espere aí.

- Ok, não demore -disse.


Desliguei meu celular e joguei dentro da minha bolsa, quando a peguei já
estava pronta para sair quando Adam em chamou.

- Princesa.

Me virei para encara-lo e ele apontou para mim.

- Acho melhor você...hum se ajeitar primeiro, seu pai pode não acreditar
que teve um terremoto aqui dentro -gira o dedo convencido.

Olhei para baixo e vi minha roupa completamente bagunçada, minha blusa


estava para fora e desabotoada na parte de baixo, minha saia estava um
pouco levantada e meu sutiã estava torto.

Encarei Adam que estava com um sorrisinho ridículo nos lábios, levantei o
dedo do meio para ele que parou de sorrir.

Coloquei minha bolsa no chão e rapidamente tentei me ajeitar, puxei minha


saia para baixo e comecei a abotoar minha blusa mas não tinha um botão!

Ele arrancou um botão da minha blusa!

O olhei irritada e ele apenas deu de ombros.

Ignorei aquilo e coloquei minha blusa para dentro da minha saia, ajeitei
meu sutiã que ficou alinhado novamente e prendi meu cabelo em um rabo
de cavalo.

Respirei fundo passando a língua nos lábios e peguei minha bolsa


novamente, Adam pegou uma pasta grande amarela e andou até mim.

- Vamos -disse e eu franzi o cenho.

- Você vai sair comigo?! -pergunto.

- Sim, você acha que eu sou bonito assim ficando acordado 24h por dia?!

- Adam! Se meu pai ver nos dois saindo da mesma sala com a cara de quem
estava no maior amasso ele vai me encher o saco -digo séria.
- Seu pai não vai fazer isso, só estávamos trabalhando. Tudo bem que você
gemeu algumas vezes e eu apertei sua bunda gostosa....mas detalhes,
detalhes -balança a mão.

Antes que eu pudesse impedi-lo ele saiu da sala com o papel amarelo na
frente do corpo cobrindo os países baixos.

Eu não acredito que o filha da mãe vai falar com o meu pai com uma ereção
no meio das pernas.

Saio da sala e vi meu coroa perto do elevador mexendo no celular, ele


percebe nossa presença e se vira com um sorriso.

Meu pai usava uma blusa preta de manga e uma calça jeans clara, um
grande relógio no pulso e um tênis preto com detalhes brancos.

Ele olhou para mim e para Adam que sorria gentilmente e semi cerrou os
olhos, paramos lado a lado e eu sorri falso.

- Oi, pai.

- Mi hija -ele me abraçou apertado e eu retribui.

- Adam, como está? -ele pergunta depois que nos separamos.

- Duro -ele diz e eu olho para ele puta antes dele disfarçar- O trabalho está
sendo bem duro, Sr. Mendoza. Mas sua filha está me dando a mão
necessária.

Meu santo Deus.

O filha da mão sorriu estendendo o braço fazendo meu pai olhar para sua
mão e a apertar em seguida, ambos sorrindo como se fossem velhos amigos.

- Estavam trabalhando até agora? -papi pergunta.

- Na verdade não -Adam diz e meu coração para por um momento.

Puta merda, alguém afoga essa fada no oceano.


- Eu vi que Rubi não parecia muito bem quando estava saindo da sala dela e
não parecia estar em condições de dirigir, a levei para a minha e tentei
acalma-la -ele diz e eu solto a respiração que nem sabia que estava
segurando.

- Você está mais calma? -meu pai pergunta olhando pra mim.

- Oh sim, agora ela está muito mais calma -Adam responde por mim com
um sorrisinho de lado- Diria quase em transe.

Será que se eu apertasse o pau dele meu pai acharia estranho demais?

- Adam me ajudou, agora está tudo bem. Podemos ir? -pergunto e Carlos
assente.

Só quero ir embora e aceitar minha derrota de hoje.

- Claro, você já vai rapaz? -ele pergunta.

- Ainda não, Sr. Mendoza. Fico trabalhando demais e as vezes me esqueço


até de dormir -ele diz e me encara mordendo o lábio sutilmente.

O olho incrédula por ter me enganado, descansar beleza coisa nenhuma.

Meu pai se despede dele que tirou o envelope da sua frente e tudo parecia
normal com o Adam júnior.

Os dois se despediram e eu apenas sorri para ele que passou a língua nos
lábios olhando para os meus, merda! Eu queria beija-lo de novo.

Meu pai apertou o botão do elevador e segundos depois as portas se


abriram, entramos na caixa metálica e antes das portas se fecharem meu pai
me encara e depois olha para Adam.

- Sua gravata está torta, rapaz.

Adam olhou para baixo e ajeitou sua gravata sorrindo falso, as portas se
fecharam e eu fechei os olhos.
Droga.

- Pai...

- Sim?

Ele riu.

Meu coroa pode ser chamado de tudo menos de burro.

- Esqueça, ok? -pergunto.

O encarei e ele me olhava divertido com a cabeça jogada para o lado.

- Certo, já até esqueci -disse apertando os lábios em uma linha reta.

Concordei aliviada e ele cruzou os braços.

- Ele é mais bonito que seu ex.

- Pai!

Ouvi uma gargalhada alta do meu pai e a porta do elevador se abriu, saí de
dentro igual uma bala e comecei a andar com meu pai falando ao meu
ouvido.

Provavelmente fará isso à noite toda, até mesmo quando eu estiver pondo
elásticos azuis no seu cabelo.

×××

Capítulo ficou meio grandinho mas aí está kakakaka quis soltar esse
extra!

Princesa perdeu...mas...ela ainda vai ganhar muita coisa 😏.

Vote! Por favor. Ajuda demais, nos vemos muito em breve, ok?

Beijo, babys ❤️.

17° capítulo

Rubi

Esse som.

O som de um aparelho feito no inferno que apenas veio para foder com
nossas manhãs de calma.

O maravilhoso som do despertador.

Rolei na cama puta da vida e peguei meu celular para desliga-lo, mas vi que
não era o despertador, era uma ligação.

- Alô -atendo sonolenta.

Apoiei meu cotovelo na cama e esperei a pessoa do outro lado da linha


falar.

- Eu vou te matar!

Franzi o cenho.

- Mãe? -pergunto duvidosa.

- Não sou sua mãe, lesa.

Fechei os olhos e suspirei.

- O que você quer, Emily?

- Quero que você levante essa bunda da cama e venha nos encontrar -ela diz
irritada e posso jurar que estou ouvindo seus passos de um lado para o
outro.

- O que? Encontrar quem?

- É Hoje Mendoza! Vamos saber o sexo do bebê Venturelli.


Arregalei os olhos, merda! Olhei no relógio do celular e já eram quase
10:00 da manhã, levantei da cama em um pulo e corri até o banheiro.

- Estou chegando -digo, tirando minhas roupas em uma velocidade


impressionante eu diria.

- Não está não -ela ri- Agora que você deve estar no banheiro, palhaça.

Revirei os olhos.

- Mande o endereço para o meu celular, chego o mais rápido possível.

- Certo, não demore. Lisa já vai entrar.

- Ok -digo.

- Ela está vindo para cá?

Eu conhecia aquela voz muito bem, mas não pude terminar de ouvir o que
Adam ia falar porque Emy desligou a ligação.

Desde que nos beijamos na sala dele a dois dias atrás quase não nos vemos,
não estamos nos evitando mas o trabalho está nos consumindo por
completo, ele não me disse explicitamente o que quer por ter conseguido
me fazer ceder mesmo que eu já tenha uma noção do que seja. Só precisava
de mais informações.

Adam me pegou em um momento vulnerável, talvez eu não teria cedido se


não estivesse daquele jeito, mas eu não me arrependo, quer dizer...hum.

Tomei uma ducha rápida e saí do banheiro para me arrumar, coloquei um


vestido de alça cor creme sem sutiã e apenas com a calcinha branca
rendada, um sapato baixo com detalhes brancos e uma leve maquiagem
para disfarçar a cara de sono.

Desci as escadas e não vi Mops em lugar nenhum, Lua não estava aqui e
acho que saiu para ir no mercado.
Pego o bloquinho de notas em cima da mesa e escrevo que estarei de volta
para o almoço.

Saio do apartamento às pressas e escovo o cabelo dentro do carro, odeio


estar atrasada! Mas o sono me venceu, fiquei acordada até tarde ontem
terminando os designers.

15 minutos se passam e eu chego no lugar indicado pelo GPS, espero que


Emy tenha me enviado o lugar certo, ela é péssima usando essas coisas.

Entrei no grande prédio e quando eu ia me indentificar na portaria uma voz


me chama, me viro e vejo Emily parada de pé com os braços cruzados.

Sorri forçada e ela revirou os olhos.

Peguei minha identificação e fui até ela que começou a caminhar até o
elevador.

- Ela já entrou na sala? -pergunto.

- Sim, devem estar colocando gel naquele barriguinha -responde com um


sorriso pequeno.

Assinto e entramos no elevador, Emy apertou o botão até o andar que eles
estavam e eu me apoio na barra que tinha ali. Esse elevador é bem pequeno.

- Você está bem? Está com cara de quem não dormiu nada -Emy diz e se
apoia na barra também.

- E não dormir, fiquei acordada até tarde trabalhando -digo e bocejo


colocando a mão em cima da boca.

- Poxa que triste, poderia ficar acordada a noite toda por conta de uma foda
mas foi por uns desenhos -ela levanta a mão- Bate aqui por que estamos no
mesmo barco.

Bati na sua mão sorrindo de lado e a porta foi aberta, nos duas saímos e vi
todos ali.
Susie estava sentada falando ao celular e Peter e Nate estavam em pé perto
de um balcão falando com as duas recepcionistas que tinham ali.

Varri o lugar com os olhos e não avistei Adam, assim que eles perceberam
minha presença vieram até mim para me cumprimentar e eu fiz o mesmo.
Susie me abraçou apertado e eu balancei o dedo sobre sua franjinha.

Os meninos começaram a discutir sobre qual será o sexo do bebê e as


meninas entraram na conversa também.

Eu não estava prestando atenção, eu pensava nele. Nesse loiro metido que
quase não estou vendo mesmo que tenhamos de trabalhar juntos, não creio
que ele esteja me evitando.

- Onde está Adam?

Emy pergunta olhando para os dois a nossa frente que olham em volta. De
repente a conversa dos quatro me interessou.

- Ele foi ajudar uma mulher a...

O som de uma porta sendo aberta nos chamou atenção, nos viramos em
direção a ela e vi uma mulher alta com o corpo escultural sair de dentro de
uma sala, ela vestia trajes formais e parecia trabalhar aqui, seu cabelo era
loiro mas tinha algumas mexas mais escuras na ponta.

Logo atrás dela eu vi ele saindo, Adam vestia uma calça jeans preta e uma
camisa de manga da cor azul celeste.

Ela acenou e ele assentiu andando até nós, seus olhos pousaram em mim
pela primeira vez e pude sentir a minha garganta fechar e um frio percorrer
minha barriga.

- E aí, cara? Resolveu o problema? -Peter pergunta assim que ele para na
nossa frente.

- Sim, ela já...já ajudei com o que ela pediu -ele deu um sorriso quase
malicioso.
Eu me controlei para não revirar os olhos mas não sei se consegui esconder
minha cara de tédio, olhei para Adam novamente que me encarava como se
estivesse me despindo com os olhos.

Cheguei a conclusão que ele estava.

Acabou de transar com uma mulher e já está pensando em despir outra, será
que esse pau não descansa?

Bufei irritada e briguei comigo mesma por me importar com uma coisa que
não me interessa.

Além do mais, não tenho certeza. Ele pode ter ajudado ela com outra
coisa...eu não me importo! Que merda é essa? Por que pareço tão confusa?
Que locura.

- Vou beber um pouco água, você sabe onde tem? -pergunto olhando para
Emy.

- Nesse corredor, no final está o seu prêmio -responde olhando no celular.

Olhei para frente e comecei a andar, dobrei para a esquerda para entrar no
corredor e andei até o final vendo um bebedouro com copos de plásticos em
cima de uma mesinha pequena.

Peguei o copo e enchi de água até o topo, bebi todo o líquido sentindo
minha garganta seca melhorar com os segundos seguintes.

Me apoiei na mesinha e terminei de beber minha água quando o cheiro


quase familiar chegou até o meu nariz.

- O que você está fazendo aqui? -pergunto ainda de costas.

- Senti sede.

Sua voz grossa fez todo meu corpo acordar, eu odeio como meu corpo reage
a Adam. Acho que eu preferia quando nenhum homem podia me fazer
sentir assim porque pelo menos eu tinha controle do meu próprio corpo!

- Aí está -aponto para o bebedouro.


Piso no pedal da cesta e me abaixo um pouco para jogar o copo dentro do
lixo e não fora.

- Maldita.

Escuto ele sussurrar e levanto uma sobrancelha com um sorriso minúsculo,


me viro para encara-lo e ele está com uma expressão séria.

Adam olha para cima parecendo checar algo, eu juro que vi um sorrisinho
de lado mas acho que foi impressão minha, seus olhos pousam nos meus e
sinto a atmosfera ficar mais pesada do que está.

- O que você está procurando?

- Câmeras.

Franzo o cenho mas depois ignoro andando a passos rápidos para fora do
corredor vazio.

- Encontro você lá -digo.

Passo por ele que parece respirar fundo e ando até o início da minha
adorável liberdade, posso ouvir as vozes dos outros mas tudo isso
desaparece quando uma mão máscula rodea minha cintura e me faz virar
batendo no seu peito.

Dei um gritinho de susto e meu coração pareceu quase sair da boca, Adam
me empurrou trazendo-me mais para trás antes de fazer minhas costas se
chocarem na parede gelada arrancando um suspiro meu, meu cabelo caiu na
frente do meu rosto mas ele rapidamente o tirou.

Os olhos azuis pareciam estar em uma tempestade, seu membro roçava em


mim com força me deixando louca.

Socorro.

- Gosto da sua cara de tédio quando está com ciúmes -diz me fazendo
franzir o cenho.
- Não fode, seu idiota.

Ele riu e colocou a mão no meu pescoço me fazendo ficar mais impotente
do que eu estava.

- Não estava com ciúme quando me viu sair com aquela loira? -sua voz
estava baixa e rouca.

- Só nos seus sonhos -digo irritada dando tapas no seu braço- Vou chutar o
Adam Júnior!

Não irei negar que me senti desconfortável com a cena mas não fiquei com
raiva, eu apenas ignorei.

Adam tirou a mão do meu pescoço e pegou as minhas colocando acima da


minha cabeça, meu corpo se arqueou na sua direção enquanto suas mãos
apertavam meu pulso. Reprimi o resmungo.

- Seu rosto quando nos viu saindo disse outra coisa, acha que eu transei com
ela, princesa?

Adam beijou meu pescoço e foi descendo até a minha clavícula, fechei os
olhos e senti os bicos dos meus seios apontarem na sua direção.

Continue forte, garota.

- Não... -ele me encarou- Não é ela que eu quero.

Meu coração errou uma batida, que merda.

- Eu até pensei em fode-la -sua mão se soltou deixando apenas uma me


segurando- Mas ela não iria me satisfazer.

Sua mão solta desceu até as minhas coxas e seus dedos foram passeando até
ele puxar meu vestido para cima, seus dedos ágeis foram para a entrada da
minha calcinha.

- Enlouqueceu? -perguntei baixinho vendo seu sorriso malicioso.


Puxei a respiração limpando a garganta quando senti o indicador se
esfregando na minha calcinha, que aparentemente, estava molhada.

- Eu vou matar você! -sussurrei vendo ele morder o lábio como se estivesse
satisfeito.

- Tenta...

- Babaca -me mexi contra a parede quando senti o beliscão no meu sexo e
logo depois fechei os olhos totalmente ofegante.

- Hum... -senti sua respiração no meu pescoço- Tão cheirosa.

- Adam...alguém...

- Quieta -ordenou.

Eu o obedeci, pela primeira vez eu não fiquei irritada por ele me dar uma
ordem e eu atendi de bom grado. Maldito corpo!

Seus dedos entraram na minha calcinha e eu o olhei no fundo dos seus


olhos quando ele se afastou um pouco, Adam massageou meu clitóris em
movimentos circulares e eu soltei um gemido baixo quando senti um dedo
dentro de mim, ele sorriu contente por me ver na suas mãos.

Ele colocou o segundo dedo e eu gemi olhando para cima, meus seios
rígidos tocaram seu peito e mexi meu quadril contra sua mão, totalmente
excitada.

- Suspeitei que estava sem sutiã, mas eu precisava confirmar.

Os movimentos se intensificaram e meus gemidos estavam ficando mais


difíceis de controlar, Adam soltou minhas mãos e ele atacou meus lábios
com rapidez, sua língua invadiu minha boca enquanto eu me derretia nos
seus dedos.

Eu me sentia tão viva!

Não lembro a última vez que isso aconteceu.


O polegar pousou no meu clitóris e não pude evitar de arquear as costas e
sentir como se estivesse flutuando, sua boca ainda estava na minha a
explorando e sua mão agora desocupada adentrou meu vestido de seda e foi
até um dos meus seios, Adam sorriu no meio do beijo e o apertou com
força.

Ele parou de me beijar e eu olhei para o lado por poucos segundos com a
adrenalina domando todo o meu interior. Eu sentia que a qualquer momento
eu ia cair, mas os braços de Adam me impediriam.

- Goza para mim, princesa. Me dê isso -ele sussurra contra minha boca
enquanto eu apenas dava gemidos curtos contra ela. Eu estava
enlouquecendo!

Senti meu sexo se contrair e logo depois uma sensação incrível me dominar,
coloquei minha cabeça no ombro de Adam apertando com força e forcei a
cabeça na parede com os lábios entre abertos sentindo os seus no meu peito.

Minha respiração estava descontrolada e a de Adam também, ele


lentamente tirou os dedos de dentro de mim colocando a mão atrás da sua
calça tirando um paninho azul de dentro.

Senti a seda passar pela parte interna da minha coxa direita e olhei para ele
que ficou ereto quando terminou de me limpar, parecia que toda tensão do
meu corpo tinha desaparecido.

- Você quer saber o que eu realmente quero por você ter cedido primeiro? -
ele pergunta.

Seus olhos azuis tinham a pupila levemente dilatada.

- O que você quer? -pergunto.

- Eu quero...

- Rubi! Tinker!

As vozes de Emy e Peter chegaram até nossos ouvidos nos interrompendo.


- Estamos aqui a um tempo, o que disse a eles? -pergunto, Adam ainda está
me segurando.

- Que eu precisava falar urgente com você sobre um assunto da empresa e


que não era para eles atrapalharem caso não fosse assunto do bebê -ele diz e
sorri de lado.

- E eles acreditaram nessa sua mentira deslavada?

- Óbvio que sim, Nathaniel até ficou preocupado -ele diz e eu acabo
sorrindo.

- Idiota -digo e ele sorri.

- O idiota que acabou de te fazer gozar no meio de um corredor -ele diz-


Adoro lugares proibidos.

- Bom, o primeiro, parabéns -digo e ele franze o cenho.

- Como assim?

Apertei os lábios.

- Esqueça, vamos.

Fiz Adam me soltar e comecei a caminhar até onde os outros estavam, fui
me ajeitando até lá e vi todos parados na frente de uma porta branca.

- O que vocês estão fazendo? -Adam pergunta atrás de mim.

A porta branca se abriu e vi Dylan na mesma com os olhos cheio de


lágrimas, ele deu espaço para todos nós passarmos.

Não poderíamos entrar todos de uma vez mas os irmãos Venturelli deram
um jeito nisso.

Quando entramos dentro da sala eu vi Lisa deitada na cama com um gel


sobre a barriga e a médica com um aparelho passando na mesma.
Todos nós estávamos em silêncio aproveitando aquele momento, Lisa
apontou para um grande monitor na parede e uma imagem preta e branca
apareceu e lá estava o bebê Venturelli com a mãozinha perto do rosto.

- Eu não estou entendendo nada... -Peter sussurra e os dois concordam


achando o mesmo.

- Espera -Dylan fala para eles.

Sorri e as meninas se aproximaram de mim, demos as mãos umas para as


outras e encaramos o casal a nossa frente.

- E aí? -Peter pergunta sem paciência como sempre.

- Adam estava certo -Dylan diz e nós olhamos para o loiro, logo depois para
a mamãe.

- É um menino -Lisa diz e uma lágrima de felicidade desce pelo seu rosto.

Ficamos em choque! Todas nós pensamos que era uma menina e a gangue
sempre falou que seria um menino.

Ouvi gritos de felicidades e vi os 4 comemorando e logo depois nós três nos


aproximamos de Lisa e a abraçamos sorridente e desejando parabéns.

- Parabéns mamãe -digo- Será um meninão.

- Estou muito feliz! Dylan queria um menino.

Sorrimos e logo depois fomos felicitar Dylan pelo garotão, o mais novo
Venturelli.

Continuamos comemorando e falando alto até que a médica decide encerrar


a consulta e saímos porta a fora falando pelos cotovelos, lá fora eu vi Emy
pegando uma nota de 100 dólares e dando para Peter que sorria satisfeito.

Óbvio que eles apostaram.


- Cara, eu vou ensinar tanta coisa pra esse muleque -Adam diz fingindo
enxugar uma lágrima.

- Ensinar a que? Como ser um cafajeste? -pergunto e as meninas seguram


um riso.

- Princesa, ele é um Venturelli. Ser cafajeste já está no sangue dele -Adam


diz e eu reviro os olhos.

Ele sorriu para mim, não o sorriso malicioso de sempre era apenas um
sorriso sincero que eu vi pela primeira vez, e eu gostei muito de vê-lo.

Deus! Alguém me ajuda.

×××

Rubi: Deus, me ajuda.

Deus:

MEME! KSKSKSK.
Gira o dedinho bonito que o próximo capítulo já está aí ❤️.
18° capítulo

Rubi

- Vocês só tem duas opções, não podem escolher as duas, ok?

Emily pergunta olhando para mim e para Susie, nós concordamos e ela
continuou.

- Com quem vocês iriam para cama, Homem de ferro ou o Capitão


America?

Uh, essa é difícil, fiz uma careta.

Olhei para Susie que me olhou parecendo pensar profundamente, ainda


estávamos no médico de Lisa com ela se limpando no banheiro.

A gangue também estava aqui mas estavam conversando sobre negócios e


agora Dylan estava com eles.

- Acho que o Capitão America -Susie diz.

- Sério? -Emy pergunta.

- Sim ué, o cara é lindo e... gostoso. Vocês já viram a bunda dele naquele
uniforme? -ela pergunta nos encarando.

- Sim, mas porra! É o homem de ferro -digo e Emy concorda.

- Ele é lindo, super inteligente e é sexy do jeito dele. Sem falar que o cara é
bem humorado -falo e Susie joga a cabeça pro lado.

- Você está viajando -ela diz e eu franzo o cenho.

- Que tal escolhermos outro? -Emy pergunta.

- Eu fico com o Thor -Susie diz e nós concordamos.


- Eu fico com o flash, aquele cara é gato -Emy diz e cruza os braços acima
do peito.

- Eu fico com o deadpool, gosto do jeito dele -digo.

A que ponto chegamos, estamos discutindo sobre homens que nem sabem
sobre nossa existência.

Bom, quem nunca?

- Eu ficaria grávida do Thor -Emy diz olhando para um ponto fixo viajando
nos pensamentos, certeza que está pensando no momento de convencer a
criança.

- Eu também -Susie e eu falamos ao mesmo tempo.

- Temos outra grávida? -A voz de Lisa chegou até nossos ouvidos e eu


pisquei assustada.

- Com certeza não -falei rápido.

- Do que diabos vocês estavam falando? -Adam pergunta confusa.

Agora que eu percebi que todos eles nos encaravam com uma interrogação
no rosto nos ouvindo conversar sobre transar com o Thor. Deus, quer
vergonha é essa que estou passando?

- Emily? -digo sem encara-la.

- Estávamos falando do bebê, do novo meninão -ela diz.

- Já sabem o nome? -Susie pergunta e Dylan e Lisa sorriram, mudamos de


assunto.

- Pensamos em Dan -Lisa diz.

- Ou Leon -Dylan.

- Leon do Resident Evil? -Adam pergunta e Dylan franze o cenho.


- Do que você está falando, idiota? -Peter pergunta e ele dá de ombros.

- Dan é bonito -digo e Susie concorda.

- Por que não Liam? -Emy pergunta.

- Dylan não gosta desse nome -Lisa diz.

- Briguei com um cara na faculdade que tinha esse nome, eu o odeio -Dylan
diz calmo.

- Certo! Depois vemos isso. Vocês terão 5 meses para decidir -Nate diz e
pega o celular do bolso.

- Preciso ir, tenho uma coisa para fazer -Nathaniel se despede da gente e
corre para o elevador.

Lisa foi até as recepcionistas que encaravam os três estranho, elas estavam
quase babando.

- Alguém trás o babador ou um barco mesmo, acho que esse lugar vai
inundar -Emy diz e nós rimos tentando disfarçar.

- Prestar você não quer, Brooks -Susie diz e ela sorri de lado.

- Nunca disse que prestava -a loira comenta e eu vi Peter a encarar


lentamente.

Ela percebeu porque os dois se entreolharam, Peter parecia estar no pior


lado da sua mente e acho que lá era onde Emily estava. Ela piscou para ele
que revirou os olhos e fingiu olhar o celular.

- Babaca mal educado -ela disse e Susie sorriu de lado.

Ouvimos um toque de celular e era de Dylan que se afastou para atender,


pelo o que pude perceber ele não estava recebendo boas notícias.

Lisa veio até nós e perguntou por Dylan, nós apontamos e ela franziu o
cenho.
Os meninos também perceberam e se juntaram a nós, depois de 5 minutos e
alguns resmungos de Dylan ele desligou o celular e encarou a Tinker e a
mim.

- Quero falar com vocês dois.

Adam e eu caminhamos até ele que estava com os braços cruzados.

- O que houve? -Adam perguntou.

- Os Foster's -ele disse pegando totalmente minha atenção.

- O que aconteceu? -pergunto vendo Adam parar ao meu lado.

- Eles não estão mais em Nova York -Dylan diz e Adam balança a cabeça
confuso como eu.

- Vocês mandaram uma breve projeção do trabalho da última semana, certo?


-Ele pergunta e nós dois concordamos.

- Eles gostaram do seu trabalho Rubi -Dylan diz e Adam sorri.

- Mas tiveram que voltar para Paris antes do esperado, ou seja, vocês não
poderão apresentar o trabalho por inteiro -Dylan diz e Adam respira fundo.

- O que vamos fazer? -pergunto.

- Bom, eu nada. Mas você querido irmão -ele aponta para Adam- Você vai
para Paris se encontrar com eles e fechar o negócio.

Adam fechou a cara parecendo irritado, mas eu fiquei um pouco feliz


porque isso significa que não terei de vê-lo por dias e talvez assim eu
consiga colocar minha cabeça no lugar e pensar em um jeito de faze-lo
esquecer sobre o acordo.

- Quantos dias ele ficará lá? -pergunto sorrindo, eu estava pior que o
coringa.

- Ah desculpe, esqueci de dizer -Dylan riu- Você vai com ele.


Parei de rir na hora e agora vi Adam sorrindo igual o coringa.

- Desculpe, como? -me aproximei de Dylan mais um pouco querendo


escutar melhor, talvez ele tenha confundido as palavras misturando com
Italiano.

Nunca se sabe.

- Como eu disse, eles gostaram do seu trabalho e querem você lá, mais
especificamente Antony quer você lá.

O sorrisinho de Adam se dissipou e eu fiquei mais séria ainda, mas que


porra.

- Ficarão em Paris por 5 dias no máximo -Dylan disse.

Ele pegou seu celular mexendo no mesmo e nos encarou novamente.

- Viajarão amanhã de tarde.

Suspirei encarando Adam, ele passou a mão no cabelo e mordeu o lábio me


fazendo encarar sua boca tão bonita...e bem desenhada..., imaginei aquela
boca no meu pescoço tantas vezes agora que não daria para contar.

- Rubi? -A voz de Dylan me despertou dos meus pensamentos.

Eu estava pensando em Adam beijando meu pescoço do nada? Tragam a


arma, é o meu fim.

- Sim? -pergunto meio tonta.

- Tudo bem para você? -ele pergunta, do que diabos ele estava falando?

- Sim, claro -digo e Adam me encara.

- Ele acabou de perguntar se você dormiria com Antony -Adam diz e eu


arregalo os olhos.
- Eu não perguntei isso, Tinker -Dylan diz e Adam ri baixo com a expressão
idiota dele.

- Só perguntei se está tudo bem para você viajar para Paris assim tão de
repente -Dylan diz.

- Que isso, é o trabalho dela -Adam diz e passa a mão pelo meu ombro- Ela
precisa fazer isso não é, princesa?

Sorri falso e confirmei. Dylan sorriu satisfeito e foi até Lisa nos deixando a
sós.

Adam se virou para mim colocando uma mexa do meu cabelo para trás e
encarou minha boca passando a língua nos próprios lábios. Suspirei antes
dele se afastar de mim caminhando atrás do irmão.

- Rubi! O elevador chegou -Emy diz, caminhei até ela passando as mãos
pelo meu vestido.

Dylan olhou para nós 5 e depois para Lisa abaixando sua cabeça para a
barriga da esposa.

- Lisa e eu vamos primeiro -ele diz e entra no elevador- Não quero vocês
apertando meu filho.

As portas se fecharam nos segundos seguintes e levantei uma sobrancelha


chocada, ta de sacanagem que ficamos para trás.

Depois de minutos o elevador chegou novamente e nós 5 entramos.

Adam e eu entramos primeiro e depois os 3 entraram ficando de costas para


nós dois, as portas se fecharam e eu encarei o teto vendo o nosso andar se
aproximar mas acabou parando antes.

As portas se abriram e vimos um homem e uma mulher na nossa frente, eles


entraram na caixa de metal e consequentemente nos afastamos para dar
espaço, minhas costas colidiram no peito de alguém que eu sabia
exatamente quem era.
Olhei para trás e vi Adam com as costas na parede e eu na sua frente com o
corpo colado ao seu, minha bunda estava pressionada em um lugarzinho
nada bom.

Enquanto os outros também estavam apertados

Qual a porra da capacidade de pessoas nesse treco?

Olhei para a plaquinha e vi que só podiam no máximo 10 pessoas no


elevador, respirei fundo e vi a porra da porta ser aberta novamente mas não
era o nosso andar, duas mulheres entraram no elevador sem se importar em
estar bastante cheio.

Me afastei mais e minhas costas se apoiaram no peito de Adam de uma vez,


ouvi ele dar uma risada baixa e bati meu cotovelo na sua barriga com força.

Olhei para trás e ele parecia estar puto, sorri contente para ele que bufou.

Adam se inclinou levemente na minha direção e sussurrou no meu ouvido.

- Vou bater na sua bunda com essa mesma força que você acabou de me
bater.

Engoli em seco, eu deveria ter batido mais fraquinho

Senti sua mão na minha cintura e olhei para a multidão na nossa frente,
todos pareciam estar despreocupados olhando para a porta orando para
chegarmos no térreo de uma vez.

Olhei para cima e tinha uma câmera no canto esquerdo mas parecia estar
desligada. Esse prédio tem um péssimo serviço com câmeras.

A mão de Adam desceu devagar para baixo até entrar no meu vestido,
coloquei minha cabeça no seu ombro quando senti o aperto forte na minha
coxa me fazendo resmungar extremamente baixinho para evitar qualquer
alarde.

Peguei na sua mão e mordi o lábio inferior a tirando dali, Adam sorriu
contra meu cabelo e subiu a mão raspando os dedos de propósito no bico do
meu seio, maldito.
- Já consigo ouvir você gemendo contra a janela do hotel me sentindo
dentro de você enquanto olha para a famosa torre de Paris -fechei os olhos
lentamente sentindo os lábios no meu ouvido.

Se eu já achava as provocações antes do acordo ruins, eu basicamente as


odeio agora que ele ganhou. Bastardo, vai me provocar até onde ele
conseguir. Adam é mal!

Eu não podia ver mas eu sabia que ele estava sorrindo, Adam soltou minha
cintura e eu abri os olhos tentando recuperar minha consciência.

Ouvi as portas do elevador serem abertas e vi todos saindo, Lisa e Dylan já


estavam do lado de fora conversando e sorrindo um para o outro.

Saio do elevador e ando até eles para me despedir, eu disse a Lua que iria
almoçar em casa. E eu preciso tomar um banho e arrumar minhas coisas
para essa tal viagem.

- Eu preciso ir, eu ligo para vocês depois? -pergunto olhando para Emy e
Susie que apenas acenaram.

As abracei e fui até Lisa e Dylan, os abracei também e acariciei a barriga


saliente. Estava nítido a felicidade dos dois, pareciam ser feitos um para o
outro...como...pasta de dente e escova.

Ok, isso foi um péssimo exemplo...mas deu para entender o meu ponto.

- Eu só vou ver você daqui a 5 dias já que vai viajar -Lisa diz e me abraça
forte.

- Não vou demorar, prometo -digo e ela ri.

- Passarei a Adam os detalhes sobre a viagem -Dylan diz e eu sorrio em


confirmação.

- Não se preocupe maninho -Adam para ao nosso lado- Iremos voltar com
os Foster's.

- Vamos fazer de tudo para isso acontecer -digo e olho para Adam.
- Isso vai acontecer -ele olhou para mim.

Eu não sei quanto tempo ficamos nos encarando mas eu só desviei porque
ouvi alguém me chamando.

- Você lembra do conselho que eu te dei? -Lisa pergunta olhando para mim
- Sim, o que têm?

- Ignore-o

Pisquei várias vezes, ela quer me ver grávida e com uma fome absurda?
Lisa sorriu e eu revirei os olhos.

Falei com Peter rapidamente e fui para o estacionamento, entrei no meu


carro e dirigi até o meu apartamento com um sorriso idiota no rosto.

Algo me diz que Paris vai ser interessante.

×××

Paris aqui vamos nós! Apertem os cintos crianças, a sacanagem já vai


começar.

KKKKKKK goxto.

Beijão ❤️.
19° capítulo

Rubi

Coloquei minha mala perto da porta e fui até a cozinha para me despedir de
Lua, ela estava apoiada na bancada bebendo água.

- Você pegou toalha? Escova de dentes? Calcinhas? -ela pergunta me


encarando.

- Sim, Lua eu peguei. Não precisa perguntar, não sou mais criança -digo,
morrendo de vontade de checar se coloquei tudo isso mesmo.

Mas eu sei que coloquei, menos toalha porque deve ter no hotel. Só
ocuparia espaço na minha mala.

Andei até ela e coloquei os braços em volta do seu tronco, a abracei


apertado e a ouvi suspirar.

- Não fique preocupada, eu sei me cuidar -digo.

- Eu sei que sim, mas meu coração fica triste por não ter minha menina por
aqui -ela diz e uma lágrima desce pelo seu rosto.

Meu peito se apertou.

- Oh, Lua. São apenas 5 dias. Passarão rapidinho -digo e ela concorda agora
sorrindo- O que você gostaria de presente?

- Um francês, por favor -ela fala me fazendo entre abrir os lábios, mas que
safadinha!

- Ok...que tal um perfume e chocolates parisienses? -pergunto e ela dá de


ombros.

- Eu posso me contentar com isso, mas se der para trazer o homem...traga -


ela aponta para mim e eu bati da sua mão de leve a fazendo rir. Sorri antes
de beijar o topo da sua cabeça.
Ouvimos a campainha tocar e eu franzo cenho, olhei no meu relógio de
pulso e eram 11:30 da manhã. Estava combinado de eu encontrar Adam no
aeroporto mas pelo jeito o combinando não foi seguido, já que quando abri
a porta vi seu lindo rostinho aparecer para mim.

Me apoiei na madeira e suspirei.

- Quem te deu meu endereço? -perguntei primeiro.

- Uma barriguda aí -responde sorrindo.

- Como você subiu?

- Subornei o porteiro.

Adam passou por mim sem meu consentimento e eu resmunguei de raiva,


ele andou até a minha sala de estar analisando tudo, o que essa criatura está
fazendo aqui?

- Pensei que iríamos nos encontrar no aeroporto.

- Certo, uma pequena mudança de planos -ele se vira para mim- Meu
jatinho está com um probleminha no motor, Peter está usando o dele, o do
Dylan...eu não consigo contatá-lo.

- Nate?

- Nate não me empresta nada, ele acha que eu vou perder -Adam revira os
olhos- Como se eu fosse perder um avião.

Ele passou as mãos no bolso distraidamente mas depois franziu o cenho.

- Cadê a minha chave? -pergunta confuso e eu reviro os olhos, coloquei as


mãos na cintura.

- Então...

- Ah sim, você têm um jatinho? -ele me pergunta.


Olhei em volta por alguns segundos.

- Droga, onde foi que eu deixei -debocho e ele me mostra o dedo do meio,
bati da sua mão com um sorriso.

- Certo, nós não temos tempo para alugar nada agora. Precisamos ir para
Paris.

- Primeira classe é ótima -dei de ombros, ele acena dizendo que já tinha
comprados as passagens online. Me contou também que era no mesmo
horário que iríamos sair no jatinho dele, 13:00 da tarde.

Provavelmente chegaríamos em Paris ás 20:00 da noite visto que são 7


horas de voo sem escala. Deus me dê paciência para aguentar esse mala
sem alça.

- Rubi, quem era na port...

A voz de Lua apareceu na sala e logo sua silhueta se fez na nossa frente, ela
encarou Adam e levantou as duas sobrancelhas.

- Nossa, você é bem bonito -ela diz e ele sorri convencido.

- Você também Sra...

- Ah não, pode me chamar de Lua -ela diz e ele pega na sua mão.

- É um prazer, Lua.

Adam beijou sua mão e rápido a mulher corou envergonhada! Eu não


acredito que ele a fez corar.

- Gostei dele -Lua diz e depois me encara.

- Sou Adam Venturelli, trabalho com ela -ele diz e aponta para mim.

- Trabalha é? -ela diz e levanta uma sobrancelha.

Meu Deus!
- É por ele sua paixonite? -ela pergunta e eu arregalo os olhos.

- Lua! -repreendo-a.

Agora sou eu que estou com as bochechas vermelhas.

- Paixonite? -Adam pergunta me encarando.

- Não tem paixonite nenhuma, e Lua esqueça isso, ok? Aquilo não tem
importância -digo e ela parece entender.

Mas não entendeu, ela piscou para mim várias vezes e eu levei a mão até a
testa. Eu não devia ter falando aquilo.

Ouvi um latido e logo depois o peludo do Mops aparece na sala de estar.

Ele vai na direção de Adam e cheira sua perna por alguns segundos como se
fizesse de difícil, mas logo depois balança o rabo parecendo contente, que
porra é essa?

- E ai, carinha?

Adam passou a mão na sua cabeça e ele foi se deitando no chão abrindo as
pernas para ele fazer carinho na sua barriga branca.

Até os cachorros abrem as pernas para esse cafajeste idiota.

Ele pegou na coleira de Mops procurando por seu nome e logo depois sorriu
quando achou.

- Mops? Gostei do nome -Lua sorriu e parece estar saindo faíscas de


felicidade do meu cachorro.

Adam os conquistou em menos de 5 minutos.

- Vamos logo, Tinker Bell -digo e ele se levanta da sessão de carinho.

- Prefiro que me chame de "Minha paixonite" a partir de agora, por favor -


ele diz e eu bato no seu braço ouvindo ele rir.
Maluco.

Adam abraça Lua dando dois beijos na sua bochecha e eu reviro os olhos
vendo ela mostrar o polegar para mim como se aprovasse, ele anda até mim
e aponta para fora.

Fui até Lua dando um último abraço nela e voltei para a porta onde a Tinker
me espera, Mops latiu para nós dois e se sentou na nossa frente.

- Mamãe não vai demorar -digo e beijo sua cabeça.

- Vou cuidar da sua mamãe, Mops. Prometo que ela vai voltar com mais
bom humor -ele pisca para o meu cachorro e depois me encara com um
sorriso cafajeste.

Bati no seu peito e ele riu ainda mais, peguei minha mala e saímos do meu
apartamento andando lado a lado até o elevador.

Adam pegou a mala da minha mão dizendo que iria leva-la, não demorou
muito e chegamos na portaria, olhei para o porteiro com um olhar acusador
e o mesmo engoliu em seco, Adam apenas sorriu de lado.

Entramos no carro de Adam que era um Audi A8, já percebi que essa é sua
marca preferida de carros, e e ele colocou a minha mala no porta-malas
enquanto eu me sentava no banco do passageiro.

Segundos depois, partimos para o aeroporto.

(...)

Fizemos o check in sem problemas e eu liguei para o meu coroa para avisa-
lo que daqui a pouco eu iria embarcar.

- Quantos dias? -ele pergunta.

-5

- Adam?
- Infelizmente.

Ele riu.

- Ou felizmente.

- Ah Carlos você é tão engraçado, olha como eu to rindo HA HA -digo


talvez alto de mais e vejo Adam me encarar com uma sobrancelha erguida.

- Você vai apanhar quando voltar, mocinha!

- Desculpe -digo rindo.

- Se cuide por favor, me ligue assim que por os pés em Paris, e não esqueça
a camisinha, ok? -arregalei os olhos- Você sabe como isso é importante não
só para previnir filhos mas também qualquer doenç...

- Ta bom, coroa. Já estão me chamando -ainda escutei ele soltar um


palavrão pelo "coroa" antes de eu desligar.

Encerrei a chamada e sorri de lado, meu pai é adorável.

- Princesa.

Ouvi a voz de Adam e me virei, ele apontou para o telão que tinha no centro
do aeroporto e faltava 15 minutos para embarcamos, ele fez um movimento
com a cabeça me chamando e eu andei até ele.

- Descanse na viagem, quando chegarmos lá vamos ter uma reunião -ele


diz.

- Reunião com quem? Só temos acordo com os Foster's.

- Não, meu pai me jogou um investidor de última hora. Não se preocupe


não será nada formal, será no salão do hotel e só se preocupe em colocar
um vestido e decorar o nome do investidor.

Ele sorriu falso e pegou as duas malas do chão, Adam saiu na minha frente
e eu quase corro para alcança-lo, passamos por uma mulher e eu dei nossas
passagens e os documentos necessários que estavam todos comigo.

Ela despachou nossas malas e entramos no avião, a primeira classe estava


praticamente vazia e só tinha um casal no final e outro casal de meia idade
da parte da frente, Adam e eu ficamos bem no meio e eu sentei na janela.

Uma aeromoça ficou na frente de todos e começou a fazer as instruções de


voos, ela era alta e tinha um cabelo castanho avermelhado com um corpo
bem bonito, será que todas as mulheres que são aeromoças são bonitas?
Acho que é uma prioridade quando se vai fazer o curso.

Depois de longos 5 minutos ela terminou e a voz do piloto cessou, a mulher


nos encarou e piscou pra ele, Adam sorriu e eu olhei para fora da janela.

Apertei o cinto e procurei por meus fones na bolsa.

- O que você está procurando? -ele pergunta se mexendo na cadeira.

- Meus fones de ouvido -digo e ele me encara- Merda! Não estou achando.

Ninguém merece.

- Se você quiser podemos dividir o meu -ele diz e tira um fone branco da
calça jeans.

O encarei e ele deu de ombros.

- Ok...

Me ajeito e ele tira o braço da cadeira e se aproxima mais de mim, depois


de conectar no celular que está no modo avião, ele entra na sua playlist.

O encaro com os olhos brilhando de curiosidade, o que será que Adam


gosta de escutar?

- Curiosa? -pergunta.

- Você não sabe o quanto -falei.


Adam sorriu, e eu vi pela segunda vez o sorriso sincero nos seus lábios.

Eu adoro esse sorriso.

Pego um lado do fone e encaixo no meu ouvido, ele faz mesmo ainda
olhando para a tela.

- O que temos aí? -pergunto e ele aperta o play.

A música chega até os meu ouvidos e eu encaro Adam surpresa, ele


balançou a cabeça e sorriu.

- Bruno Mars? -pergunto e ele confirma.

- Esse cara é bom.

Estava tocando Locked Out Of Heaven, essa música é muito boa. Ele
começou a cantar baixinho e eu comecei a rir do seu jeito, ele fechou os
olhos e colocou a mão no peito - Você me traz de joelhos,

Você me faz testemunhar,

Você pode fazer um pecador mudar seus modos.

Abra os seus portões porque eu mal posso esperar para ver a luz,

E aí é onde eu quero ficar -ele cantou mexendo a cabeça de uma maneira


engraçada.

Ele abriu os olhos e piscou para mim antes de continuar a cantar, eu estava
com um sorriso patético no rosto.

- Porque o seu sexo me leva ao paraíso,

Sim, o seu sexo me leva ao paraíso.

Ele me encarou novamente e seus olhos azuis analisaram todo meu rosto,
ele se aproximou de mim e por impulso eu fiz o mesmo.

Ele parou de cantar mas música ainda tocava nos nossos ouvidos.

- E isso transparece, yeah, yeah, yeah

Por que você me faz sentir como seu eu tivesse sido trancado fora do céu,

Por muito tempo, por muito tempo.


Adam colocou uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha sem o fone e
encarou meus lábios, seus olhos focaram nos meus e eu me aproximei
pronta para acabar com distância.

- Com licença.

Me afastei de Adam assustada e acabei levando o fone do seu ouvido junto,


ele também se assustou com eu porque estava com os olhos fechados
apertando a boca em uma linha reta, irritado.

Olhei para cima e Adam abriu os olhos, a mesma aeromoça estava de pé


nos encarando com um sorriso mais falso que eu já vi.

- Vocês precisam de alguma coisa? -pergunta, tá de sacanagem?!

A analiso melhor e vejo o batom vermelho vivo marcado na sua boca e o


uniforme azul e branco, sua blusa está com dois botão aberto dando uma
bela visão dos seus seios.

- Não, estamos bem por ora -Adam diz e ela assente.

- Certo, se precisarem de algo é só me chamar -diz o encarando- Qualquer


coisa mesmo.

Ela sussurra a última parte e sai, mas antes aperta o ombro de Adam com
suas unhas falsas pintadas também de vermelho.

Oferecida.

Quer dizer...ah foda-se, já estragou o clima de qualquer maneira.

Entreguei os fones a Adam e regularizei minha poltrona a inclinando para


trás, ele me encarava enquanto eu fazia isso.

- Me acorde quando estivermos chegando -digo e ele pisca confuso.

- Você vai dormir por 7 horas seguidas?

- Você mesmo disse para eu descansar.


- Mas você quer dormir por sete horas? -pergunta.

- Você não? O que vamos fazer esse tempo todo? -pergunto.

- Eu tenho ótimas ideias -ele diz sorrindo lascivo.

- Eu sei que tem, pervertido de quinta.

Virei um pouco pro outro lado e fechei os olhos esperando o sono me


alcançar.

- Adam? -o chamei depois de alguns segundos.

- Oi.

- Para de encarar meus seios -digo e ele ri.

- Ok, desculpa.

Sorri de lado por saber que ele ainda estava encarando.

Mas é mesmo um cafajeste, um cafajeste delícia -foi minha deusa interior


que pensou isso, não eu.

×××

Física eu não sei mas a Química ta rolando, próximo capítulo teremos


altas revelações rsrsrsrs Adam vai ficar chocado.

Votem per fevore e comente muito! Me agrade estou carente. (continuo


carente).

Beijos, baby ❤️.


20° capítulo

Adam

Olhei seu rosto enquanto ela dormia.

O peito subia e descia calmamente, as vezes seu nariz se franzia e um


resmungo saia dela.

Estou parecendo um psicopata?

Quem sabe.

Mas ela parecia tão calma, tão angelical. Abaixei o olhos para seu busto e vi
a blusa de seda bagunçada por conta dela se mexer as vezes, o sutiã um
pouco torto sustentando os seios que estavam nas minhas mãos horas atrás,
e eu não via a hora de te-los de novo.

Céus.

Eu preciso de um terapeuta.

Rubi ainda estava dormindo e faltava pouco para chegarmos em Paris, eu


também dormi mas apenas por três horas, eu temo que ela esteja dormindo
por sete horas seguidas.

Eu deveria acorda-la mas algo está me impedindo, talvez o fato de querer


analisá-la por mais tempo seja o motivo.

A aeromoça que deu em cima de mim a viagem inteira para ao meu lado e
diz que daqui a dez minutos vamos pousar, eu apenas aceno e ela vai
embora cabisbaixa.

Eu preciso acordá-la.

Apoio meu cotovelo no alto da poltrona e levo meu dedo indicador até a
ponta do seu nariz dando três toques de leve, ela franze o mesmo e eu sorrio
travesso.
Meu lado provocador me diz para dar um tapinha na sua testa que
provavelmente ela acordaria em um sobressalto e eu iria rir da sua cara
irritada, mas o meu lado sensato diz que não era uma boa ideia, ela poderia
socar minhas bolas.

- Princesa.

A chamo e ela abre os olhos devagar, olha para frente percebendo onde está
e devagar ela vira o rosto, seus olhos castanhos pousam nos meus e um
sorriso sem mostrar os dentes se abre, mas libera suas covinhas.

Eu adoro essas covinhas.

- Já vamos pousar -digo.

Ela concorda se espreguiçando na cadeira e ajeita a blusa torta, pega uma


espécie de liga e amarra o cabelo.

- Você dormiu demais -falei e ela me encarou.

- Você também dormiu -ela diz.

- Como sabe que eu dormir? -pergunto confuso.

- Eu acordei e vi você babando ao meu lado -ela ri- Não achei nada para
fazer por um tempo e depois dormir de novo.

- Por um tempo?

- Sim -ela desviou o olhar.

A voz do piloto apareceu dizendo que faltava cinco minutos para estarmos
em terra novamente.

Me ajeitei e arrumei a mesinha onde eu tinha deixado algumas coisas que


comi durante esse tempo.

Rubi encarou a comida e seus olhos brilharam.


- Eu estou morrendo de fome -diz e eu concordo.

- Não duvido -falei.

Sentimos o avião se inclinar pronto para pouso e logo mais estávamos em


território francês.

Tirei meu celular do modo avião e liguei para o motorista encarregado de


nos locomover pela cidade.

Fomos direto para o local de desembarque e levei minha mala e a dela.

De longe eu vi meu sobrenome estampado em uma plaquinha branca mas


quase engasgo quando vi o "Sr e Sra. Venturelli" olhei para Rubi que estava
procurando a plaquinha.

Não demorou muito e seus olhos chegaram onde eu queria, ela arregalou os
olhos e depois fez uma careta engraçada.

Ela me encarou e me viu sorrindo, escutei quando ela sussurrou um "idiota"


e caminhamos até o homem que vestia um terno preto e óculos escuros.
Está de noite, por que ele está usando isso?

Falei com ele em francês nos identificando, o motorista que parecia ter pelo
menos uns 30 anos pegou nossas malas e falou com Rubi que respondeu em
francês.

- Sabe falar francês? -pergunto surpreso.

- Tem muita coisa sobre mim que você não sabe -ela diz e sai em direção a
saída.

Sorri de lado e a segui, ainda bem que ela foi na frente assim posso analisar
sua bunda perfeita dentro dessa calça jeans.

- Adam!

- Ok, vou parar -digo olhando ainda mais.


Escuto ela ri sarcástica e logo estamos na parte da frente do aeroporto, a
cidade é linda e iluminada. Parece estar escrito romantismo em todo lugar.

- Pullman Paris Tour Eiffel? -o motorista pergunta se era mesmo esse nome
do hotel.

- oui, s'il vous plait -Eu e ela falamos ao mesmo tempo confirmando.

Vamos ficar hospedados literalmente na frente da Torre Eiffel.

Entramos no carro e em menos de 15 minutos estávamos na frente do


mesmo, ele era bem bonito e parecia aconchegante. Rubi olhava as coisas
com admiração.

Entramos no hotel e fomos até a recepção, não deu tempo de fazer reserva
antes já que essa viagem foi de última hora.

Depois de falar com a mulher da recepção conseguimos dois quartos um na


frente do outro, peguei as chaves que pareciam cartões de crédito e subimos
para o nosso andar, nossas malas estavam nas mãos de um homem que nos
guiou pelo corredor.

Entreguei uma chave a ela que tirava o celular do bolso e discava algo antes
de levar ao ouvido, dei uma gorjeta ao homem vendo-a entrar no quarto.

Olhei para frente mexendo na minha chave e depois olhei a porta do quarto
dela semi aberta.

Virei meus calcanhares e entrei devagar, Rubi estava em pé olhando toda


aquela iluminação e parecia momentaneamente feliz. Não estava mais
falando ao celular quando andou até a sacada abrindo as grandes janelas.

A torre bem na sua frente com toda aquelas luzes que a deixam atrativa e
encantadora.

Me aproximei devagar quando ela se apoiou na varanda no hotel, seus


cabelos balançavam com o vento e seu cheiro familiar chegou até o meu
nariz.
- 20 -digo e ela se assusta.

Rubi me olha por cima do ombro com os braços ainda apoiados na varanda,
me aproximei mais.

- 20 o que? -pergunta colocando uma mexa do próprio cabelo que estava no


rosto atrás da orelha.

Exatamente do jeito que eu faço.

- O tempo que temos para descer -parei atrás dela que ficou mais ereta,
olhei para o seu ombro antes de me inclinar um pouco beijando a pele do
seu pescoço, escutei o delicioso suspiro- Não demore.

Ainda escutei ela soltar a respiração quando me afastei caminhando para


dentro, saio do seu quarto para entrar no meu.

Peguei minha mala e tirei um terno preto com a camisa social branca e
deixei em cima da cama, tomei uma ducha refrescante saindo do banheiro
enrolado na toalha minutos depois.

Passei alguns produtos de higiene e coloquei a calça social fechando o zíper


e depois o botão, vesti blusa social ajeitando as abotoaduras e depois fechei
botão por botão.

Passei meu perfume habitual e deslizei o terno sobre meus ombros, balancei
meus cabelos e estava pronto.

Olhei no relógio e faltava dois minutos, peguei meu celular e alguns


documentos necessários, abri minha porta e dei dois passos até a dela.

Bati duas vezes e sua voz surgiu:

- Estou indo, Bell! -revirei os olhos, apelido ridículo.

A porta foi aberta e vi seu corpo coberto por um vestido preto de alça que
modelava sua cintura, um decote perfeito na frente onde seus seios se
encaixaram perfeitamente, um sapato alto que fudeu com a minha cabeça.

Seu rosto estava com uma maquiagem fraca mas na boca um vermelho
escuro que parecia estar gritando meu nome.

- Você está fodidamente perfeita -digo, quase sussurrando e ela sorri de


lado.

- Obrigada eu acho, você está perfeito também -ela diz apertando uma
pequena bolsa entre seus dedos.

- Fodidamente? -pergunto e suas covinhas aparecem.

- Fodidamente.

Ofereço meu braço e ela aceita fechando a porta do quarto, vamos em


direção ao elevador e rápido chegamos no salão do hotel, vejo o tal
investidor e puxo Rubi comigo.

- Adam, você não me disse o nome -ela diz.

Esqueci completamente.

- Seu nome é Matt Drumon, dono e sócio de algumas empresas de


tecnologia espalhadas aqui na França -digo e ela assente.

Chegamos até ele que sorriu em cumprimento, seu olhar se sustentou mais
do que devia em Rubi e isso me incomodou. Mas claro, disfarço.

Matt estava no auge dos 40 anos e parecia não querer tirar os olhos da
minha sócia.

Ok, não estou conseguindo disfarçar tanto...

- Então, Matt -digo e ele finalmente me olha mas não demora muito para ele
focar nela novamente.

Travei o maxilar, puto!

Talvez ter trago a princesa não tenha sido uma boa ideia. Matt comandava
as empresas na França mas era Americano então ele podia nos entender
muito bem.

Rubi estava sentada ao meu lado e colocou a mão na minha perna quando
viu que eu estava me alterando.

Olhei para ela que sorriu meigo e tudo pareceu se suavizar, que merda é
essa?

Voltei a falar com ele que agora estava prestando atenção mas tinha certa
irritação no rosto. Pedimos o jantar e vi a mulher aqui do meu lado devorar
com vontade o que pediu.

Depois de vários minutos eu estava quase para dobrá-lo a aceitar ser nosso
sócio quando o celular de Rubi tocou, ela pediu licença e andou até o bar.

Continuei conversando com ele que finalmente cedeu depois de 20 minutos,


sorri vitorioso enquanto apertava sua mão. Eu adoro meu trabalho.

Ele se encosta na cadeira e me observa.

- Você tem algo com ela? -ele pergunta me encarando.

Meu sangue ferveu mas decidi ignorar.

- Por que a pergunta? -disse apertando os dedos em cima da mesa.

- Curiosidade.

- Tenho -minto, descaradamente! Qual é a porra do meu problema?!

Não tenho nada com Rubi a não ser o acordo que eu felizmente ganhei, mas
não quero esse cara perto dela.

- Ah que pena -ele diz e eu sorrio falso.

Me levanto e abotoou meu terno, não quero mandar meu novo cliente pro
inferno.
- Nos vemos em breve, Sr. Drumon -digo e ele assente- Vou atrás da minha
garota agora.

Ele me encarou e fez um cara de irritação, eu adorei aquilo.

Eu estou enlouquecendo, na verdade, eu nem deveria estar surpreso, isso


tende a acontecer por causa daquela brasileira pelo visto.

Andei até bar e não a vi em lugar nenhum, varri meus olhos pelo lugar e
não a achei. Fui até o barman e perguntei por ela, ele me disse que Rubi
bebeu 5 copos de margaritas e ainda levou dois antes de ir embora.

Onde diabos ela está?

Andei pelo salão inteiro e não consegui acha-la, eu já estava ficando


preocupado.

Decido ir até a parte de fora do hotel e olho de um lado para o outro, de


longe eu vejo um vulto de vestido preto com dois copos um em cada mão, e
andava cambaleando pelo jardim do hotel.

Corri até ela.

- Rubi -a chamei e ela se virou para me encarar.

- Tinker Bell! -ela gritou eufórica e esperou eu me aproximar.

Ela cheirava a álcool e seus olhos estavam inchados o que significa que ela
andou chorando, como isso aconteceu? Só a deixei por 20 minutos.

- O que houve? -pergunto e ela vira um copo cheio bebendo tudo de uma
vez.

Percebi que seu vestido estava encharcado, mas o cheiro era de whisky não
de margaritas, quantas bebidas essa mulher bebeu?

- Você não vai acreditar -ela disse rindo e jogou o copo vazio no jardim
quase caindo com a ação.
Peguei no seu braço para firma-la e ela me olhou, seus olhos transmitem
tristeza e era idêntico ao olhar que ela tinha quando a vi chorando na
empresa.

- Ela me ligou de novo -ela riu sem humor- Me culpou de novo e ainda
disse que sou uma mulher sem coração.

- Quem disse isso? -pergunto confuso.

Seu olhar parecia distante.

- Minha doce mãe -diz e se solta do meu braço bebendo o outro copo e
jogando no chão.

Então esse era motivo, foi por sua mãe que a vi chorando igual bebê?

Ela começa a caminhar irritada e chutando a grama com aqueles saltos


enormes.

- Você acha que eu não tenho coração? -ela pergunta se virando para me
encarar.

- Você tem um coração -digo e ela ri.

- Na verdade -ela tirou os saltos e jogou na minha direção que peguei no


reflexo- Não tenho, ele o destruiu.

Peguei o último sapato e me aproximei dela.

- Quem destruiu? -pergunto pegando na sua mão e tentando leva-la para


dentro.

- Meu ex noivo -travo no lugar.

- Ele me usou e depois me deu um pé na bunda -ela disse fazendo um


movimento com o pé- Não tenho muita sorte no amor...

- O que roubou vocês? -pergunto e ela assente.

- Sabe o que é pior? -pergunta visivelmente bêbada.


- O que?

- Eu sempre soube que nunca seria feliz com ele -ela encostou a cabeça no
meu peito- Ele nunca conseguiu me satisfazer quem dirá me fazer feliz -ela
ri histericamente.

Como assim? Impossível.

A afasto do meu peito e encaro seus olhos.

- Não entendi -digo e ele coloca o dedo no próprio lábio fazendo um "shiu".

- Não conta pro Adam -ela diz e eu franzo o cenho.

Deus.

- Não vou contar -minha veias fervem de curiosidade.

Rubi chega perto do meu ouvido e sussurra essa maldita frase que eu me
neguei a acreditar: - Ele nunca me fez gozar.

Arregalei os olhos, ela se afastou passando a mão no cabelo e brincando


com ele como se fosse uma boneca.

- Já chega, vamos pro seu quarto, bêbada mentirosa -Pego na sua mão e ela
rapidamente se solta.

- É a verdade, Adam foi o primeiro homem que me fez gozar como uma
mulher de verdade, aquele babaca convencido!

A encarei procurando verdade naquilo, eu sei que ela está bêbada mas não
dizem que quando uma pessoa está bêbada ela é mais sincera?

Isso me atingiu de tantas maneiras diferentes que eu ainda estou confuso.

Pego na sua mão e a puxo para dentro do hotel, ela não diz nada mas as
vezes ri sozinha. Será que tinha maconha na bebida?

Entrei no elevador com os seus saltos na minha mão esquerda e mão dela na
direita.
Olhei de relance e vi que ela não carregava a bolsa que tinha quando saímos
daqui.

- Cadê a bolsa? -pergunto e ela pisca várias vezes.

- Você não vai ficar bonito de bolsa -ela diz e eu reviro os olhos.

- A chave do seu quarto estava na sua bolsa? -pergunto e ela olha para a
porta do quarto.

- Sim, eu acho -ela me encara e levanta as duas sobrancelhas- Você acha


que eu perdi? Ai meu Deus! Você está encrencado... não! Quer dizer, eu
estou.

Ela riu mas ficou séria de novo.

- Aquela bolsa não vai combinar com você -balança a cabeça.

Bufei irritado e peguei a chave do meu quarto abrindo a porta em seguida, a


puxei para dentro e fechei a porta atrás de mim.

- Você está com raiva? -ela pergunta parando no meio do quarto.

- Não -digo, parando na sua frente.

Sim eu estava, ela está se colocando em risco bebendo desse jeito e


perdendo seus objetos pessoas por aí, talvez tenha sido furtada ou...

Meus pensamentos foram interrompidos quando senti ela aspirar meu


cheiro e fechar os olhos.

- Ei, você é o Adam! -ela sorriu e eu sorri também.

Porra! Eu deveria estar irritado.

- Sim, princesa. Sou eu -digo colocando seus saltos no chão.

- Eu gosto quando você me chama de princesa -a encaro surpreso- Você é


tão bonito.
Eu estava errado, ela era a bêbada sincera.

Seria ruim eu ter gostado disso? Adorei a sinceridade.

Ela passa a mão no meu cabelo parecendo contente, como se quisesse fazer
isso a dias. Olhei para seu vestido que cheirava a álcool e suspirei.

- Adam? -me chama.

- Sim?

- Você vai me fazer gozar?

Sorri.

- Inúmeras vezes.

- Obrigada, você é muito gentil.

Ri alto.

Ela parece tão triste mas contente ao mesmo tempo, essa é mulher é a
minha perdição.

- Levante os braços -digo e ela me obedece.

Tirei o vestido do seu corpo a deixando apenas de sutiã e calcinha, suspirei


pesadamente e travei o maxilar.

Não é a primeira vez que estou vendo ela sem qualquer tipo de roupa a não
ser pela lingerie, mas ainda não deixa de ser inédito para mim.

Passei os dedos pela sua barriga e subi até a entrada dos seus seios,
Caralho! Se controla.

- Gosto quando você me toca -ela diz e eu mordo o lábio inferior com força.

- Eu sei que sim, mas não vou fazer isso -ela faz biquinho- Não hoje.
Seu sutiã também estava molhado e eu sabia que teria de tira-lo. Fui até a
minha mala e peguei uma camisa minha que a deixe confortável, olhei para
trás e ela parecia estar contando os dedos.

Sorri de lado e fui até ela novamente.

- Vira -digo e ela sorri maliciosa fazendo o que mandei.

- Você vai me amarrar? -ela pergunta e eu arregalo os olhos.

- O que? -pergunto e ela ri baixinho.

- Já tive vontade de fazer isso, deve ser bom -ela fez "shiu" com o dedo na
boca mais um vez- Não conta para ninguém.

Eu com certeza nunca mais esquecerei essa noite, se Rubi já me intrigava


antes agora eu nem sei mais o que estou sentindo, como aquele filho da puta
nunca conseguiu fazer uma mulher que nem ela gozar? Eu estou com tanta
vontade de mostrar pra ela, a satisfazer de todas as maneiras
possíveis...porra, eu quero essa mulher para mim como eu nunca quis
nenhuma outra.

Levei meus dedos até onde o sutiã se fechava e com sutileza eu desfiz
aqueles mini grampinhos, o mesmo foi descendo pelo seu corpo e as alças
foram caindo sobre seus ombros, ela se virou para mim e seus olhos
estavam mais fechados do que abertos.

Não olha! Não olha! Não olha! Ela está vulnerável porra!

Respirei fundo e puxei a peça pela alça sem olhar diretamente para lá, tirei
de uma vez e soltei a respiração que nem sabia que estava segurando.

Peguei a minha camisa e pedi para ela levantar os braços e ela o fez ainda
de olhos quase que fechados, aí foi inevitável.

Seus seios subiram e eu olhei diretamente para lá como um ímã, eles


eram...perfeitos, a aréola era um marrom bem clarinho quase que rosado e
os mamilos apontavam na minha direção me fazendo perder a porra da
consciência.
Vesti a camisa nela tão rápido que por um momento eu achei estar do
avesso mas não estava, olhei para baixo e vi a calcinha preta rendada, fechei
os olhos suspirando e peguei na sua mão a levando até a cama.

Peguei a coberta branca e a puxei antes de deitá-la, ajeitei suas pernas e a


cobri deixando apenas sua cabeça visível.

Acho que será mais confortável se ela dormir assim, certo?

Não, eu não faço ideia do que estou fazendo, nunca cuidei de ninguém
bêbado antes.

Saio de perto dela tirando meu terno, olhei pro quarto e tirei suas roupas do
chão colocando na poltrona, fui para o banheiro para tomar uma ducha fria
para tentar acalmar meu pau e me toquei pensando nela, naquelas pernas
torneadas, naquela calcinha preta que eu adoraria tirar, os seios balançando
quando eu a foder com força e os cabelos que serão bagunçados por mim.

Eu preciso transar com ela, preciso saciar essa vontade que me deixa um
maluco desesperado.

×××

Eita porra! Muitas revelações vocês não acham?

Sim...a princesa não tinha uma relação satisfatória com o ex noivo, o


filha da puta ainda era ruim de cama kakaka coitado.

Ainda bem que existe uma Tinker Bell pronta para soltar o pozinho
mágico hahaha alguém taca uma bíblia na minha cara? Obrigada.

Até o próximo capítulo ❤️

21° capítulo

Rubi

Certo, eu só sei de duas coisas.

Uma; esse não é o quarto que estou hospedada.

Dois; a minha cabeça pode explodir a qualquer momento.

Espera, tem uma terceira coisa.

Demoraria menos de 30 segundos para eu correr até a porta e tentar fugir,


caso esteja trancada, tenho que ir para a janela e escalar o parapeito,
infelizmente.

Sorri de lado, estou com ressaca mas até assim minha mente trabalha rápido
para fugir de um possível psicopata.

Parei de sorrir.

Eu preciso de ajuda psiquiátrica.

Olhei por todo quarto e suspirei vendo um terno pendurado atrás da porta e
minhas roupas sobre a poltrona.

Desci o olhar lentamente e me assustei com a camisa que envolvia meu


corpo, porra! Me estupraram? Levei a camisa até o meu nariz e reconheci
aquele cheiro gostoso.

Adam.

Olhei para a cômoda que estava ao meu lado e vi uma pílula e um copo de
água, perto da pílula tinha um cartãozinho escrito: "Toma essa merda para
não ficar com dor de cabeça" e da água "Sabe o que é isso? É, água, devia
ter bebido um pouco ontem"

Revirei os olhos pegando a pupila e o copo de água.

Mas depois dei um sorriso contente pela preocupação, estranha forma de


demonstrar, mas a preocupação estava lá.

Eu estava pensando nisso quando a porta foi aberta

Puxei o lençol para cima depois de deixar o copo de volta na cômoda e vi a


Tinker Bell passar pela porta normalmente.

Ele me encara e anda até o outro lado do quarto tirando algo do bolso.
Adam vestia uma calça jeans surrada e uma camisa cinza parecida com a
que estou usando e por cima uma jaqueta de couro marrom.

- Como você está? -ele pergunta mexendo em algo.

- Ruim -digo, sentindo minha cabeça latejar.

Adam andou até mim e me entregou uma... chave?

- Ah, eu já tenho uma...

- Você perdeu a sua ontem junto com a bolsa -ele diz e caminha de volta
para o meio do quarto.

- Seu celular estava no bar, eu já peguei de volta. Está ao seu lado.

Olhei para a outra cômoda e vi meu celular provavelmente sem bateria.

Eu bebi tanto assim que perdi a minha bolsa? Bom, pelo visto sim já que
não me lembro de nada depois de desligar o telefone na cara da minha
mãe...de novo.

- Você cuidou de mim? -pergunto envergonhada.

Será que dei trabalho?

- Óbvio, princesa.

Adam tirou a jaqueta marrom e seus músculos foram expostos deixando


apenas a camisa cobrir seu torso.
Deus! Será que falei alguma besteira? Espero que não.

- Você...hum...tirou minhas roupinhas? -eu sei que é uma pergunta idiota


mas eu quero ouvir ele falar.

Adam me encarou e eu engoli em seco de repente pensando que talvez...

Ele se aproximou de mim e cruzou os braços olhando para o meu rosto.

- Tirei, e seu sutiã também estava sujo de bebida então tive que tirá-lo.

Encarei meus seios por cima da camisa e percebi que estava sem a lingerie.

- A gente não...

- Não -ele me corta- Quero você consciente quando eu fizer isso.

- É esse o acordo então? -pergunto- Uma foda para finalmente conseguir o


que você quer.

- Não, não é isso -ele diz e eu franzo o cenho.

- Explica, Adam.

- Você me disse uma coisa ontem que me deixou intrigado -ele diz e um fio
de desespero aparece no meu estômago.

- O que eu...hum...o que eu disse?

- Nada demais, mas confessou que gosta quando eu te chamo de princesa -


ele sorriu de lado.

- Não necessariamente -levanto um dedo.

- Diga que gosta.

- Não.

- Diga! Diga! Se não o fizer, vou mandar as fotos que tirei de você bêbada
para o seu pai -ele diz e eu abro a boca puta- Tem uma que você estava de
boca aberta...

- Vai se foder! -fui para cima dele querendo bater no rostinho bonito e o
filha da mãe deu um gritinho correndo para longe.

- ADAM! -fiquei de joelhos na cama e ele parou de fingir que estava


prestes a carregar a televisão para jogar em mim, babaca- APAGA.

Ele riu alto e eu apertei o maxilar quando percebi que ele estava mentindo.
Aí, eu odeio esse cara...quando não estou desejando ele, claro.

- Você é tão idiota que me dá alergia -falei passando as mãos nos meus
braços.

- Princesa....eu nunca tinha notado antes, mas que coxas lindas, vou adorar
tê-las perto do meu rosto -ele diz e eu arregalo os olhos pegando o
travesseiro jogando na sua direção.

Ele agarra e depois sorri para mordendo o lábios.

- Temos uma reunião em 30 minutos, e acredite, eu poderia passar o dia


irritando você -ele piscou- Sou bom nisso, mas precisamos trabalhar então...
recomendo que você se arrume.

- Que horas são?

- Onze da manhã -ele diz e eu arregalo os olhos.

Meu Deus.

Ele jogou o travesseiro em cima da poltrona perto da porta e andou até o


banheiro sumindo da minha vista, olhei para a chave em minhas mãos e
pelo reflexo dourado eu vi que estava horrível! Meu cabelo estava uma
bagunça mas pelo menos não tinha muitos vestígios de maquiagem borrada.

Me levantei da cama e vi no relógio da parede eram mesmo 11:00 da


manhã, peguei minhas roupas da poltrona e procurei por meus saltos mas
não os achei.
Olhei em todo lugar e de longe eu vi a agulha de um deles embaixo da
cama, olhei para a porta do banheiro e ela estava encostada.

Rapidamente me abaixei com os joelhos no tapete e mão esticada.

Consegui pegar um mas faltava o outro.

- Merda! -praquejo tentando alcançar o outro lado.

Quando consegui dei um sorriso largo e de repente eu senti uma mão no


meu braço e em um movimento só eu já estou em pé de frente com os olhos
azuis mais bonitos que eu já vi.

Minha nossa.

Ele me encarava com a testa franzida e posso jurar que parecia pensar em
algo super importante. Esse cara é bipolar, certeza!

- Adam -o chamo tentando fazer ele soltar meu braço.

Eu derrubei todas as minhas coisas no chão quando ele me puxou.

- Quando estávamos naquela clínica, e eu fiz você gozar naquele corredor -


meu coração disparou- Você disse que eu fui o primeiro...o que isso
significa de verdade?

Franzo o cenho.

Que pergunta é essa?

Por que isso agora?

Entre abri os lábios, NÃO!

NÃO ACREDITO.

Tá de sacanagem universo?!

- Modo de dizer...

- O caralho -ele colocou a mão nas minhas bochechas e eu me segurei para


não morder sua mão- Ninguém tinha feito você gozar antes, não é?
- Claro que já, não se ache.

Ele sorriu e eu acabei me amaldiçoando por não saber mentir direito, será
que existe um curso por aí? Eu faria.

- Todo o sexo que você fez não vale, você é basicamente virgem -ele fala e
recebe um tapa na cabeça loira, Adam fez um bico irritado que era...lindo.
Mas voltando ao assunto...

- Por quando tempo ficou com o seu ex noivo? -pergunta curioso.

- Vai colocar isso no seu blog, coisa linda?

- Por favor! Acabe com a minha dúvida e eu jamais falarei disso novamente
-seu corpo colou no meu e ele soltou minhas bochechas descendo a mão
pelo meu ombro.

- Desde os meus 19 anos -respondo, adorando a idéia que vem na minha


cabeça de jogar ele do parapeito.

De repente eu sinto minha cabeça dar um leve giro e os acontecimentos de


ontem chegam na minha mente como pequenos flashes e com muita mais
clareza.

"Obrigada, você é muito gentil" Meu Deus, eu não acredito que perguntei
aquilo.

Puta que pariu!

- O que mais eu falei para você ontem? -pergunto e ele aperta os lábios.

Tudo e um mais um pouco pelo visto, eu não acredito que contei meus
segredos a Adam.

- Apenas da sua mãe -ele diz e eu travo o maxilar.

- Só isso? -pergunto e ele confirma balançando a cabeça mas logo depois


ele nega.
- O que mais eu disse? -pergunto nervosa.

- Sobre o noivo de pau pequeno -ele diz e um sorriso de lado surge nos seus
lábios.

- Meu Deus...

- Desculpa, é que eu não consigo entender como um cara passou 5 anos


com você e nunca conseguiu te satisfazer, não tem sentindo! -ele parecia
inconformado.

Sentia minhas bochechas esquentarem. Eu ainda achava isso bem


vergonhoso, agora, eu realmente acho ridículo. Mas ainda não deveria ter
contado isso a essa Tinker Bell drogada.

Maldita marguerita! Bebida dos infernos.

- Eu não vou conversar com você sobre as habilidades do meu ex noivo na


cama -digo balançando minha mão a altura do meu peito.

- A falta dela você quer dizer -ele levanta a sobrancelha e eu dou de


ombros- Ah qual é princesa! Você estava mais solta ontem.

- Eu estava bêbada, seu idiota! -digo e ele ri alto.

- Você fica mais divertida quando bebe -ele diz parando de rir- Mas eu
prefiro você assim.

Suas mãos pousam na minha cintura deslizando para minhas costas e eu


engoli em seco apertando a barra da camisa em meu corpo.

- Prefiro você atenta, gosto de ver como você reage a mim e detesta isso -
ele tocou no início da camisa onde tinha os botões e os dedos deslizam de
um jeito sedutor pela minha pele me fazendo puxar a respiração lentamente.

Meus seios estavam espremidos no seu corpo e sua outra mão apertava
minha cintura.
Ele está certo, eu detesto mas não consigo evitar. Porém, eu estava com
vergonha e com raiva, passei um belo de um mico e ainda contei o que eu
nunca tinha contado para ninguém.

- Espero que tenha se divertido porque isso nunca mais vai acontecer -digo
me referindo ao porre dando uma batidinha nas suas costas como se
fossemos camaradas.

Me soltei dos seus braços e ouvi ele resmungar irritado pela ação.

Peguei minhas roupas do chão novamente e meus saltos, peguei a chave


dourada do chão e por último peguei meu celular, andei até a porta com
Adam ainda parado no meio do quarto.

Assim que saio dou uns três passos para abrir a porta do meu quarto, passei
pela mesma e joguei minhas coisas no chão mesmo deixando a chave na
mesinha.

Vou para o banheiro escovando os dentes e tomo uma ducha relaxante, visto
um vestido formal azul escuro que fica colado nos meus quadris e busto,
um salto também azul escuro quase que preto e um maquiagem leve com
um batom de tom fraco.

Deixei meu cabelo solto e pus meu relógio de pulso, peguei os documentos
necessários para a reunião e saio do meu quarto uma nova pessoa.

- Rubi?

Levantei o olhar e vi Nick parado na minha frente com roupas sociais e


segurava uma pequena mala de rodinhas. Franzo o cenho.

- Nick -digo sorrindo.

Terminei de trancar a porta e fui até ele que me recebeu com um abraço.

- O que está fazendo aqui? -pergunto e ele sorri de lado.

Porra! É óbvio que eu sei porque ele está aqui.


- Ah já sei, veio roubar meus clientes -digo.

- Ele já são meus -ele repete o que eu lhe disse uma vez e eu sorrio de lado.

- Uau você está ótimo -digo, já que fazem mais de duas semanas que não o
vejo.

- Você também...está linda -ele diz me olhando de cima abaixo e depois


seus olhos focam nos meus.

Sorri sem graça e ouvimos a porta de Adam ser aberta, ele saiu com um
terno azul escuro quase da mesma cor do meu vestido e me encara depois
de encarar Nick.

Nick ajeitou a postura e parou de sorrir, os dois se encaravam tão estranho


que eu estava me sentindo a pessoa mais normal daquele corredor.

- Adam Venturelli -Nick diz e estende a mão para ele.

- Nick Cooper -Adam diz sem tirar os olhos dele.

Adam não aceitou a mão de Nick que parecia irritado pelo não gesto.

- Me chame de Nicholas, somente pessoas próximas me chamam de Nick.

Ele sorriu falso vendo o loiro fechar a porta do quarto e parar ao meu lado.

- Droga, Nelson. Vou lembrar dissso -Adam sorriu sarcástico.

Eu ri internamente, o que foi errado.

Mas não deu para evitar.

- Ótimo -Nick diz com o maxilar travado e depois me encara.

- Você vai para a reunião geral agora ou... -pergunto.

- Sim, irei guardar essas coisas e descer -ele diz e Adam olha no relógio do
seu pulso entediado.
- Ok, vejo você lá -digo e ele acena.

Estava me virando para sair e Adam também quando a voz de Nick me


chamou de novo.

- Rubi -me virei para encara-lo e vi de soslaio Adam revirar os olhos.

- Você quer jantar comigo hoje? -ele pergunta sorrindo- Como amigos.

- Não, definitivamente não.

Não foi eu quem respondi e sim o loiro ao meu lado que ainda estava de
costas para ele, encarei Adam e ele me encarou com um olhar patético
achando que podia opinar na minha saída ou falta dela.

O olhei irritada e ele devolveu na mesma intensidade.

- Claro -digo e Nick assente.

- Não, temos trabalho -Adam me avisa e se vira para Nick finalmente.

- Não nós não temos -digo.

- Sim nós temos -teima comigo.

- Me encontre no bar do hotel ás 21:00 e depois saímos para jantar -digo


para Nick que sorri acenando.

Saio em direção aos dois elevadores que tinham e aperto no botão de um


deles que depois de dois segundos se abre, entro e vejo Adam se
aproximando, clico no botão do térreo e as portas estão se fechando mas ele
aperta o passo.

Sorrio e dou um tchauzinho mas o filha da puta consegue colocar a mão


entre o espaço vazio das portas e elas se abrem novamente, ele entra e eu
bufo irritada.

Quem esse idiota pensa que é para dizer com quem eu devo ou não jantar?
Coitado, precisa da dose da realidade.
- Eu não gosto desse cara -ele diz e eu cruzo os braços me encostando na
parede.

- Por que ele quer transar comigo como você quer?

Ele revirou os olhos.

- Não! Ele é um idiota, simples.

- Você também é.

- Isso é diferente...

- Não quero que faça isso novamente, não quero que fale por mim e negue
convites que não são para você. Se controla, você não é o meu dono. E se
fosse meu namorado, eu tinha terminado com você agora mesmo.

- Deus me livre -ele me olhou petrificado- Está para nascer o dia que eu vou
namorar, Rubi. Não viaja.

- Ótimo, temos um acordo. Isso não significa que eu não possa ver outros
homens.

Percebi seu maxilar se apertar.

- Ele está usando você para nós atingir, não quero que você sofra por um
merda -ele sussurra, estranhamente preocupado.

- Não se preocupe, eu sei quando alguém se aproxima de mim com


segundas intenções Adam -ele fica em silêncio- Aprendi da pior maneira.

Suspirei.

- Além do mais, não serei tão estúpida de cometer o mesmo erro duas
vezes. Pode acreditar.

A porta do elevador se abriu e eu saio dali em disparada, eu sabia que ele


estava atrás de mim mas também sabia que não iriamos mais conversar
sobre isso.
Olhei em volta e vi várias pessoas reunidas e conversando sobre negócios,
alguns entediados e outros sorridente.

E eu estava terrivelmente irritada.

×××

Galerinha, notícia boa.

Consegui uma pessoa para me ajudar na revisão dos capítulos.

Então, vamos ter mais agilidade.

Segue aviso:

Não vou postar mais capítulo hoje, mas! Na quarta feira eu vou postar
10 capítulos de uma vez! Quem sabe até 15, vamos ver ok? Mas agora a
bagaça vai ser mais rápida.

Beijo, babys ❤️.

22° capítulo

Rubi

Analisei minha saia de couro preto e ajeitei a manga da minha blusa de seda
cor creme, coloquei os saltos bege e peguei minha bolsa.

Pronto.

Olhei para a cômoda do quarto e balancei a cabeça de leve.

Saio do quarto as 20:53 e ando até o elevador para me encontrar com Nick
no bar, claro que isso não era um encontro, estávamos saindo somente como
colegas. Tentamos ter um encontro antes e as coisas foram por água abaixo,
poderíamos ser somente amigos agora.

Procurei meu celular na bolsa para avisar que estava indo e suspirei
sabendo que ele não estava lá.

Bufei irritada vendo as portas do elevador se abrindo e ignorei dando meia


volta para meu quarto novamente.

Eu estava mexendo na bolsa para pegar a chave quando levantei a cabeça de


repente travando no lugar.

Adam estava com as duas mãos apoiadas na minha porta mas virou-se para
mim percebendo minha presença.

- Oi, o que você... -comecei.

- Podemos conversar? -sua voz estava baixa.

Adam vestia uma calça moletom escura e uma camisa branca lisa, seus
cabelos estavam bagunçados como se tivesse passado a mão várias vezes.
Ele definitivamente fez isso.

- Pode ser depois? -olhei para a minha bolsa novamente para pegar a chave-
Estou quase atrasada, e ainda esqueci meu celular.
Andei até a minha porta fazendo Adam ir para trás de mim com os braços
cruzados, passei o cartão no aparelho da porta que de vermelho mudou para
verde indicando que a porta estava aberta.

Entrei no quarto e rapidamente tentei fechar a porta mas as suas mãos


grandes me impediram, fiz força mas parecia inútil.

- Vai me estressar de novo? -pergunto e ele nega- Bom, você está


conseguindo.

- Só um minuto, princesa. Só um minuto.

Semi cerrei os olhos vendo-o pela brecha da porta.

Certo, ele não vai soltar então eu solto. Me afastei da porta e Adam a abriu
por completo. Vi de relance meu celular que estava na cômoda carregando.

Andei até o meio do quarto e ele entrou no mesmo fechando a porta com a
força mais do que necessária, o encarei com uma sobrancelha levantada
vendo sua expressão descontente.

- O que você quer? -pergunto e ele anda na minha direção a passos normais,
mas não pude evitar o tiquinho de nervosismo que apareceu.

Seus pés param na minha frente e eu olho para o seu rosto perto do meu, foi
impossível não encarar seus lábios quando ele os aperta sutilmente. Quando
subo meus olhos para os seus vejo-o concentrado no meu busto subindo
lentamente para o meu pescoço.

- Veio me impedir? Veio ficar me olhando? Ou veio conversar comigo? -ele


me encara.

- Quer que eu te impeça?

- Não adiantaria.

Ele aperta o maxilar.


- Certo, eu só vim dizer que não é uma boa ideia a sua ida a esse jantar, que
você não precisa perder seu tem...

Olhei para o relógio invisível no meu braço.

- 20 segundos.

- Porra! Você é inacreditável! -ele levanta os braços para cima irritado e eu


aperto os lábios vendo sua frustração, era ótimo- Você é tão... tão...

- 10 segundos...

- Você é insuportável! -ele começa a andar de um lado para o outro- Você é


tão...irritante, com esse sorrisinho de lado! Com essas...covinhas! Você sabe
que é a pessoa que eu mais odeio nesse planeta não sabe? -pergunta e eu
aceno- Sua...sua...gostosa do caralho, e é por isso que eu vou...

Entre abri os lábios.

- Vai o que?

Adam parou de andar de um lado para o outro e veio na minha direção a


passos rápidos, eu dei os meus para trás e puxei a respiração quando suas
mãos bateram na janela do mesmo modo que minhas costas.

Me perdi olhando para os seus braços com a respiração se alterando e


encarei seu corpo em seguida passando a língua nos lábios, Adam é
tão...nossa.

- Você não quer ir -ele diz.

- Ah é? E por que você acha isso? -o encarei.

- Por que você deixou a merda do celular aqui de propósito.

Mas é óbvio que não!

Quer dizer...hum...eu posso ter visto o celular na cômoda antes de sair do


quarto, mas isso não significa nada, babaca.

Merda, eu estou ferrada.


- Você está errado, e não têm nada que você possa fazer para me impe...

Não consegui terminar porque Adam avançou para cima de mim com
ferocidade, seus lábios macios se encaixaram nos meus perfeitamente e não
demorou muito para a sua língua invadir minha boca com uma necessidade
tão grande que assustou nós dois.

Tentei afasta-lo mas apenas o puxei para mim ao invés disso, cedi ao beijo
que molhou minha calcinha em questão de segundos com a ajuda do seu
corpo se esfregando contra o meu.

Adam colocou a mão na minha nuca me beijando com mais vontade e eu


gemi na sua boca quando mordeu meu lábio inferior.

Nos afastamos somente pela falta de ar e eu não tive tempo de raciocinar


direito quando ele me fez virar em um gesto rápido, meus seios colaram na
janela e seu sexo se esfregou na minha bunda me fazendo arfar.

- Você...não pode fazer isso -reclamei, mas se ele sair daí, eu vou puxar o
seu cabelo loiro.

- Sim, princesa. Eu posso.

Seus dedos foram para o zíper lateral da minha saia e senti quando ele foi
deslizando o mesmo até chegar no final. Olhei para frente vendo a Torre
Eiffel e sorri ofegante com as mãos na janela.

- Você sabe que eu posso -ele diz com a voz rouca- Mas se você me mandar
embora agora, eu vou. E você nem vai precisar me ver saindo.

Adam passou a mão na parte interna da minha coxa afastando minhas


pernas e eu joguei a cabeça para o lado quando sua boca foi para meu
pescoço me dando leves mordidas.

- Vai me mandar embora, Rubi? -mordi o lábio sentindo seus dedos tocarem
a barra da minha saia.

Eu sentia meu corpo pegar fogo.


- Vou... -essa foi a minha última tentativa de resistir, falhei miseravelmente.

- Então mande -ele sussurra no meu ouvido.

- Adam... -limpei a garganta quando senti seus dedos sobre a minha


calcinha massageando, seu sorriso contra meu pescoço apareceu.

- Encharcada, princesa? -seu tom era sarcástico, gemi sentindo a ponta do


indicador no meu clitóris inchado- Você não vai me mandar embora, então
diga de uma vez.

- Não, não vou -sussurrei totalmente excitada- Não quero que vá.

Tomei um leve susto quando ele puxou a barra da minha saia para baixo a
fazendo cair nos meus pés, ele a tirou de perto e depois tocou na barra da
minha blusa puxando para cima quando levantei os braços.

Senti seus lábios no meu pescoço descendo pelo meu ombro até seus dedos
tocarem no fecho do meu sutiã tirando-o, a peça caiu do meu corpo e eu
apoiei minha testa na janela ofegante quando senti suas mãos apertando
meus seios com força.

- Seus seios... -Adam suspirou satisfeito- São perfeitos.

Coloquei minhas mãos sobre as suas mas a direta saiu de onde estava, gemi
sentindo meu nariz na janela quando seus dedos entram na minha calcinha
me tocando suavemente.

- Porra -ele pragueja antes de parar o que estava me fazendo me virando


novamente, o encarei meio em êxtase com tão pouco mas o suficiente para
a minha chata vida sexual.

Adam sorriu de lado e eu me segurei nele quando fui tirada do chão com
rapidez, apertei seu quadril com as pernas e o vi passando a língua nos
lábios olhando para o meu rosto sem desviar.

Adam me colocou na cama e eu suspirei baixinho sentindo seu nariz


deslizando pelo meu corpo até ele ficar de pé na minha frente. Ele tirou a
blusa em seguida mostrando seu tronco bem definido e musculoso, ele
era...perfeito. Puta merda!

Puta merda duas vezes!

Meu celular começou a tocar na cômoda e eu pisquei um par de vezes,


merda, Nick.

Olhei para a tela como Adam vendo o nome estampado, encarei o loiro que
tocou na cintura da calça moletom a levando para baixo.

- Dispense-o.

Mordi o lábio quando ele puxou a cueca boxer preta para baixo me
deixando vê-lo por inteiro e puta.que.pariu. Eu sei que fiz uma cara de
surpresa porque ele riu. Aquilo não era de Deus.

- O telefone, Rubi -ele me lembra e eu paro de olha-lo por um segundo,


estiquei o braço pegando o aparelho e mandei ele esperar.

- Esperar é o caralho -ele sussurra descontente e eu reviro os olhos


deslizando o dedo na tela.

- Nick...oi -falei, com a maior de cara de pau, Cristo.

Chutei Adam um pouquinho quando ele tocou na minha calcinha a puxando


para baixo. O mesmo fez uma careta.

- Ei! Você está bem? -droga, passei a mão na testa distraída.

- Oh, sim. Estou bem, eu só...

Parei de falar porque as palavras foram tiradas de mim, levei a mão


desocupada até a boca e fechei os olhos tentando me recompor mesmo com
a boca no meio das minhas pernas quase me fazendo desmaiar.

Meu corpo se arqueia e eu tiro o celular do ouvido depois que olho para
baixo sentindo ele sugar meu clitóris com força, mordo meu dedo e mexo
meu quadril de leve.
Merda.

Merda.

Merda.

Coloquei o celular no ouvido novamente.

- Desculpe por isso, Nick. Aconteceu um imprevisto -encarei Adam que


levantou os olhos para mim na mesma hora- Podemos jantar outra hora.

Apertei o maxilar quando senti os dentes no pequeno ponto, olhei para


Adam irritada e ele sorriu de lado.

- Tudo bem, posso te contar da minha péssima vida amorosa depois -ele diz
e eu ri baixo por pouco segundos antes de resmungar sentindo a língua
entrar em mim.

- Tchau, tchau.

- Adeus.

Larguei o celular depois de desligar e toquei no seu braço o puxando para


cima, Adam parou o que fazia se pondo em cima de mim novamente e eu
coloquei minha mão na sua nuca sorrindo para ele que sorriu para mim.

- Idiota... -sussurrei antes dele beijar meu queixo subindo para os lábios.

- Você queria saber o que eu queria por ter ganhado o acordo -Falou se
afastando um pouco pegando a calça moletom do chão, de dentro tirou a
carteira onde tinha um preservativo.

Ele o abriu com os dedos e eu olhei para o seu pau novamente não podendo
perder a chance, passei a língua nos lábios quando ele veio para cima de
mim novamente agarrando meu pulso direito pondo ao lado da minha
cabeça.

- Eu quero você seja minha por duas semanas, do mesmo jeito que eu serei
seu -ele diz sua proposta.
Encarei seu peito e depois olhei para os seus olhos quando ele se toca
guiando seu membro até o meu sexo, engoli em seco com o peito subindo e
descendo.

- Diga que sim, princesa.

Deus, que eu não me arrependa.

- Sim.

Prendi a respiração assim que um gemido alto escapou da minha boca


quando ele entrou em mim de uma vez, puta merda! Mordi o lábio com
força tentando me acostumar com ele e forcei a cabeça para trás quando sua
mão livre colocou minha perna no seu quadril.

- Eu quero ouvir você -ele toca na minha boca me fazendo soltar o lábio e
eu olho nos seus olhos quando ele entra com mais força me fazendo gemer
mais alto.

Ele sorriu satisfeito enquanto eu, aparentemente, parecia ver estrelas.

Coloquei minha mão desocupada no seu braço e subi lentamente até suas
costas, ouço Adam gemer baixinho forçando os dedos contra a minha coxa
subindo pela lateral do meu corpo até agarrar um seio.

Ele esfrega os dedos no bico e eu acabo contraindo meu sexo o fazendo


suspirar, meu quadril se mexia junto ao seu até que ele deixou, agora,
minhas duas mãos ao lado da minha cabeça.

Adam segurou minhas pernas saindo de dentro de mim e eu resmunguei


frustrada, ele juntou as duas na sua frente apoiando em um lado do seu
ombro, o mesmo passou um braço em volta delas para manter naquela
posição para cima. Olhei para ele apertando o lençol e o vi se ajeitar
olhando para baixo com a mão livre levando seu sexo até o meu, gemi
novamente quando ele me penetrou novamente em um nova posição muito
melhor.
Meu corpo inteiro estava sensível, faziam meses e meses que nenhum
homem havia me tocado de verdade. Adam é o primeiro desde o mentidor, e
esse cafajeste está me fazendo sentir coisas que ninguém nunca me fez
sentir.

De novo, eu estava ferrada.

- Adam... -gemi apertando os lençóis com força que acho que machuquei
minha mão.

- Merda, princesa. Você é incrível -ele falou aumentando o ritmo levando


meu corpo para frente e para trás mais rápido, meu coração batia
freneticamente e minha pele estremeceu quando eu gozei sentindo a
sensação dominar meu corpo lentamente.

Gemi forçando a cabeça para trás e ele não parou de jeito nenhum, eu sabia
que ele queria me fazer gozar outra vez. Adam largou minhas pernas as
abrindo novamente e se aproximou de mim colocando ambas na sua
cintura.

- Você vai gozar de novo -ele sussurra colando a testa na minha e seus
lábios roçam nos meus de leve.

Sinto sua mão descendo pelo meu corpo e meu corpo se arqueia uma última
vez quando ele toca meu clitóris pressionando o dedo com força.

- Merda... -resmunguei cravando as unhas nas suas costas e ele continua


dando investidas fortes contra o meu quadril.

- Vamos, princesa -ele diz baixo mexendo o indicador mais rápido- Goze
para mim de novo, por favor.

Eu não aguentei ficar quieta, o gemido que saiu da minha boca foi bem alto
mas ele o abafou quando me beijou rapidamente, senti meu corpo inteiro
tremer enquanto eu gozava mais uma vez.

Adam deu um gemido contido contra meus lábios e segundos depois ele
também gozou apertando minhas coxas com força me fazendo dar um
resmungo de dor que sumiu nos segundos seguintes.

Adam apoia as duas mãos em volta da minha cabeça e eu fecho os olhos em


um êxtase incrível parecendo que eu não estava na terra por um minuto
inteiro, céus, eu tinha esquecido como sexo era gostoso.

Abri os olhos lentamente e encarei seu rosto vendo-o ofegante encarando


meu peito que subia e descia.

- Eu estou completamente ferrado -foi o que ele disse depois que me


encarou.

Eu não tinha forças nem para sorrir agora, Adam se inclinou me dando um
beijo casto nos lábios e eu suspirei quando ele saiu de dentro de mim
lentamente.

Ele tirou a camisinha de joelhos e fez um nó jogando em uma lixeira perto


da cama.

Ele se deitou ao meu lado em seguida e me puxou para perto até que eu me
aninhei no seu corpo pondo minha cabeça no seu peito.

- Adam?

- Sim?

- Isso foi bom, muito bom -digo, o corpo cansado do melhor sexo que já
tive, obviamente.

Ele riu baixo.

- Eu sei, mas sei que está exausta então descanse. Preciso das suas energias
amanhã.

Sorri de lado.

A Tinker Bell atentada não era a única que estava completamente ferrada.

×××
AAAAA amo ver meus personagens ferrados, aquece meu coração 😏
❤️.

Lembrando que vou postar 10 capítulos de uma vez hoje! Basicamente


uma maratona.

Quem está relendo, deve estar surpreso porque a primeira vez deles foi
exatamente assim mas eu precisei adicionar mais detalhes e deixei
melhorzinho skksks

Galerinha, vou continuar revisando todos os caps e sempre vou


aparecer por aqui ok?

Então vamos fazer assim:

Toda quarta feira eu vou postar 10 capítulos, anota aí, toda quarta
feira.

Fora os dias que vou postar de maneira Extra.

É isso, babys.

Gira o dedinho ❤️✨.

23° capítulo

Rubi

Um resmungo saiu de mim mas eu não pude reconhecer de imediato o


toque que desceu pelas minhas coxas.

Dei um sorriso de lado percebendo o que estava acontecendo e abri os olhos


rapidamente sentindo o toque suave da língua por cima do meu clitóris.
Olhei para baixo vendo Adam entre minhas pernas e depois levantei os
ombros da cama encarando o teto com a respiração se descontrolando.

- Oh meu Deus! -sussurrei antes de morder o lábio sabendo que meu corpo
inteiro estava estremecendo.

Quem acorda outra pessoa desse jeito?!

É só uma dúvida, não estou reclamando. Só para deixar claro...

O bico dos meus seios estavam rígidos e eu levei minhas mãos até eles os
apertando gentilmente. As mãos grande apertam minhas coxas me puxando
mais um pouco para perto e eu gemi baixo sentindo ele mexer a cabeça de
um lado para o outro instigando meu sexo.

Depois de minutos, deliciosos minutos, eu tive meu orgasmo com os dedos


apertando seu cabelo de leve. Adam continuou até eu derreter como um
sorvete em um dia quente, havia um sorriso satisfeito no meu rosto.

- Bom dia, princesa.

Encarei ele com uma sobrancelha erguida e ofegante, seu cabelo loiro tinha
fios bagunçados o deixando extremamente sexy.

- Você... dá muito bom dias assim? -perguntei com a voz entrecortada e ele
sorriu.

- Não, mas você vale o meu bom dia especial.


Ok, foi uma ótima maneira de acordar.

- Tudo bem, bom dia -falei apoiando minhas pernas no seu quadril quando
ele as guiou até lá.

- Porra -ele olhou em meus olhos descendo pelo meu pescoço- Você fica
linda quando acorda.

Até imagino meu cabelo todo bagunçado como se um acidente de carro


tivesse acontecido na minha cabeça, meus olhos inchados por conta do
sono, sem falar no hálito matinal. Aí meu Deus! Eu estou horrível! Puta que
pariu.

Fiz uma careta e cobri meu rosto com as mãos, ouvi ele dar uma risada
gostosa. Que foi parando quando eu o empurrei para o lado, mas o lado
errado, Adam soltou um palavrão quando ele caiu da cama se batendo todo
até atingir o chão.

- Merda! -coloquei a mão na boca vendo-o no chão peladão.

- Porra, Rubi! -comecei a rir da sua expressão quando ele tentou levantar se
apoiando na cômoda, ele parecia um velhinho de 80 anos.

- Foi mal, mas eu estou horrível.

- Você horrível? Ha!

Levantei uma sobrancelha e ele apertou os lábios.

- Diga que me acha linda -apontei.

- Não fode.

- Diga, diga, diga. Se não o fizer eu vou contar para as meninas que você
tem pau pequeno -ele abriu a boca chocado com a minha mentira. Uma puta
mentira!

- Pau...pequeno?! -ele colocou a mão no peito já de pé e depois apontou


para baixo, mantive meus olhos nos seus- Isso faz mágica.
Revirei os olhos.

- É... -dei de ombros fazendo pouco caso e ele grunhiu alguma coisa antes
de vir para cima de mim agarrando minhas pernas, ainda soltei uma risada
quando ele me colocou de lado na cama deixando um lado da minha nádega
exposta.

- Você...se você me bater na minha bunda...eu juro que vou cortar seu
amiguinho mágico!

Ele sorriu apoiando os joelhos na cama mantendo uma coxa minha no meio
deles, Adam afastou minha perna da outra lentamente ficando com a
passagem livre para me penetrar. O mesmo se aproximou mais de mim
apoiando uma mão ao lada da minha cabeça e eu fechei os olhos suspirando
quando senti seus lábios na minha bochecha.

- Gosto de ver você assim -ele disse.

- Nua?

- Entregue.

O senti bem perto antes dele me penetrar um pouco, mordi o lábio com um
sorriso e ainda senti ele me ajeitando na posição de lado antes de colocar a
mão no meu rosto apertando minhas bochechas.

- Adam...

- Calma, princesa. Eu preciso olhar mais um pouco -abri os olhos e o


encarei vendo-o concentrado no meu corpo.

Adam engoliu em seco e passou a língua nos lábios saindo de dentro de


mim apenas para voltar de uma vez, mas ele não conseguiu fazer isso.

Um celular começou a tocar descontroladamente nos interrompendo.

Olhei para a cômoda do lado da cama e identifiquei ser o celular de Adam,


estava escrito "Maninho batgirl".

Só podia ser Dylan.


- Tá de sacanagem -ele resmunga.

- Adam, pode ser importante -digo, já que Dylan não ligou desde que
chegamos e ele sempre gosta de estar atualizado.

- Isso significa que...vamos ignorar? -perguntou sugestivo mas depois


suspirou vendo minha expressão em negativa, ele almadiçoa alguma coisa e
se afastou de mim indo até o celular.

Me sentei na cama e peguei uma blusa sua que estava em cima da cadeira
do meu lado esquerdo, passei pelos meus braços e logo depois pela minha
cabeça enquanto Adam atendia o celular:

- O que é caralho?! -pergunta irritado.

Me seguro para não rir da frustração da Tinker, eu sabia que Dylan estava
resmungando porque a cara de tédio de Adam era nítida.

- Eu estava ocupado sim, não sou você que vive no mundo das nuvens.

Adam me olhou e eu me sentei na cadeira dobrando os joelhos para apoiar


os pés no estofado.

- Você me atrapalhou na melhor parte, batgirl.

Ele sorriu para mim e eu senti minhas bochechas esquentarem, que porra é
essa?

- Eu sei disso eu não sou um inconsequente.

A luz do sol batia em Adam o deixando tão glorioso, os olhos tão azuis
fazendo contraste com aquela barba por fazer que estava no meios das
minhas pernas ainda agora, os cabelos pareciam brilhar e os músculos tão
atrativos.

Decretei que estava passando por uma tortura.

- Você é um idiota, ignorante e só sabe mandar nas pesso...oi Lisa!


Olhei em seus olhos e ele sorria nervoso.

- Sim, ela está bem -ele me encara.

- Eu não fiz nada com ela, não sou um monstro -ele diz sorrindo de lado.

- Sim eu sei, você vai cortar e vender na deep weeb.

Sorri abertamente, Lisa pode ser agressiva quando quer.

- Mas que merda! Ela está viva -ele aponta para mim- Olha quer saber, vou
dizer a verdade, a verdade é que ontem veio uma dupla de assassinos e me
perguntou assim "Adam, escolha, ou você morre, ou morre ela" bom...vocês
sabem quem eu escolhi, não é?!

Ele resmunga quando eu jogo o despertador na sua barriga que caiu em


cima da cama em seguida. Era para ter acertado no Adam Júnior, sou
péssima de mira pelo visto.

Ele continua falando no telefone e eu estico o braço pegando o meu, vi o


lembrete para a nossa primeira reunião com os Foster's e suspirei, eu estava
nervosa, não sabia como eles eram a não ser pelas fotos que Adam me
mostrou.

Encarei ele que ainda estava na chamada com o irmão e me levantei da


cadeira, procurei pelas suas roupas catando pelo quarto e depois parei na
sua frente.

As coloquei no seu peito e fui o empurrando para fora do meu quarto.

- Temos uma reunião agora -o aviso e ele revira os olhos.

- Você não vai me deixar terminar? -perguntou e eu nego sorrindo.

- Podemos terminar depois -digo abrindo a porta.

- Não estava falando com você, lutadora -ele diz e bufa, posso ouvir a voz
de Dylan.
Ele agarrou suas roupas e cobriu o corpo com elas já que estava pelado, eu
deveria até senti pena já que ele estava no corredor agora vazio, mas a porta
dele era logo ali.

Adam se virou despreocupado me deixando ver a bunda bonita e abriu a


porta do quarto depois de tirar o cartão da carteira.

- Eu sei! Nossa cara...você fez isso? -ele parecia emocionado do nada- Oh,
você é um ótimo irmão me comprando esses ingressos, é, cara, também te
amo.

Levantei uma sobrancelha, bipolaridade é de família!

Fechei minha porta balançando a cabeça e caminhei para o banheiro, tirei a


blusa dele e entrei embaixo do chuveiro depois de escovar os dentes. Tomei
uma ducha lavando meu cabelo por alguns minutos.

Os deixei secar naturalmente e me enrolei na toalha quando acabei o banho,


parei na frente do espelho apenas para arregalar os olhos vendo as marcas
que tinham no meu pescoço.

Mas...eu posso marcar aquelas costas como revanche.

Pisquei um par de vezes.

Se eu falasse isso a uma semana atrás, bateria na minha cara.

Céus.

Passei alguns produtos de higiene e separei algumas roupas sociais, detalhe:


tive que usar uma blusa com gola alta para esconder essas marcas que o
loiro fez. Saia branca com um palmo acima do joelho, blusa de mangas cor
vinho com gola alta e os saltos pretos. Maquiagem era um batom vinho
apenas.

Olhei no relógio notando que já era 10:20, nossa reunião era as 10:30 em
uma sala específica aqui mesmo no hotel, de início íamos apresentar a ideia
básica do produto e mostrar os designers que fiz. Caso os agrade já teremos
metade das chances de nós virarmos sócios.
Peguei toda a papelada e saí do meu quarto em seguida, bati na porta de
Adam e não demorou muito até ele abrir.

Ele usava um terno de três peças da cor azul clara e uma gravata preta mas
não estava alinhada, ele parecia lutar com ela e eu prontamente o ajudei.

Coloquei a gravata no centro a alinhando enquanto ele me encarava


sorrindo, o olhei e franzi o cenho.

- Por que você está me olhando desse jeito? Vai mandar aqueles assassinos
virem atrás de mim? -pergunto e ele revira os olhos.

- Eu só ia dizer que você está incrível, santo Deus -ele diz e eu sorrio de
lado passando as mãos pelos seus ombros

- Obrigada, mas todos já sabem disso -falei dando uma batidinha no seu
rosto vendo sua expressão deliciosa de tédio, saio em seguida caminhando
para o elevador ouvindo seus passos atrás de mim.

Sorri de lado.

(...)

Adam estava de pé olhando algo no papel que estava em cima da mesa, ele
parecia bem confiante e nenhum pingo de nervosismo aparecia no seu rosto.

Já estávamos na sala esperando por eles, estava tudo pronto para começar a
reunião.

Coloquei as mãos na cintura respirando fundo, ele olhou para mim por
poucos segundos e depois para a porta

- Estou ouvindo barulhos de saltos -ele diz e caminha até parar ao meu
lado- Hora do show, princesa.

Na mesma hora a porta foi aberta e meus dedos apertaram minha cintura
mais forte, vamos lá, é um negócio importante.
O primeiro a passar pela porta foi Sebastian, o líder e o pai dos três, ele
vestia um terno Armani preto e seus cabelos super bem penteados,
Sebastian olhou para nós e semicerrou os olhos ao se sentar na cadeira que
ficava na ponta da mesa. Ele apenas acenou com a cabeça, acenei de volta.

O segundo foi Lorenzo, os cabelos bagunçados e os olhos verdes


esmeraldas o fazia ter a atenção que quisesse, ele sorriu para nós dois e se
sentou na cadeira ao lado do pai ajeitando seu terno azul escuro.

Foi a vez de Carmen, ouvi os barulhos de saltos e logo sua silhueta perfeita
se fez presente, porra! A mulher era magnífica, o cabelo loiro caía sobre
seus ombros como uma cascata, os lábios rosados em um tom natural.

Seus olhos focaram em Adam e ela levantou uma sobrancelha abrindo um


sorriso olhando-o de um jeito sugestivo, aquilo me incomodou. Ela olhou
para mim e foi parando de sorrir sem tentar esconder o descontentamento.
Sorri falsamente.

Olhei para Adam me segurando para não revirar os olhos, mas o mesmo
não me olhou por que estava focado olhando para a porta.

Entendi rapidamente.

Levei meus olhos até lá e engoli em seco meio paralisada, Antony Foster
estava de pé exalando todo o poder que ele tem, seu cabelo preto bagunçado
e os intensos olhos pretos pareciam me devorar viva, Antony ajeitou o terno
preto e encarou a Tinker pela primeira vez, ele piscou para Adam que
travou o maxilar fazendo Antony sorrir de lado.

Ele se sentou ao lado da irmã e se encostou na cadeira colocando o cotovelo


no apoio e levou o dedo até os lábios. Misericórdia, socorro.

- Bom, ambos tem nossa atenção. Mostre-nos o que vocês tem de melhor -a
voz de Sebastian ecoou na sala.

Adam e eu andamos até a mesa e eu encostei meus dedos na mesma


encarando os quatro.
Adam desabotoou seu terno e sorriu do jeito cafajeste de sempre antes de
falar:

- Vamos começar.

Minutos e minutos depois...

Apresentei todo o nosso trabalho a eles e posso jurar que vi um sorriso


contente de Sebastian e Antony. Uma ótima coisa para mim

Eu estava terminando de explicar quando alguém me interrompe:

- Você fez isso sozinha?

Levantei o olhar e percebi que foi a primeira vez que Antony falou alguma
coisa desde que a reunião começou, seus olhos estavam focados em mim e
os braços em cima do peito.

Ele estava se referindo aos esboços que fiz sozinha a uma semana atrás,
Adam gostou então deixamos esses mesmos.

- Sim, esses eu fiz sozinha -respondi- Mas têm outros que minha equi...

- Você tem talento -ele me corta e suspira olhando para o pai- Muito talento.

- Obrigada, Sr. Foster -falei, recuperando seu olhar que subiu dos meus
seios até o meu rosto.

- Adam tem razão -Lorenzo diz e encara o pai- Faz tempo que não vejo uma
coisa dessas, pelo menos uns 4 anos.

Sebastian pegou as folhas e as folheou calmamente, olhei para Adam que


estava sentado na cadeira avaliando tudo. Pensando no seu próximo passo.

- Ok, é bom mesmo -Carmen diz e os três a encaram automaticamente.

- O que? Eu gostei -ela disse fazendo os três levantarem uma sobrancelha.

- Você gostou? -Lorenzo pergunta olhando para a irmã.


- Sim, me parece inovador, nunca vi nenhuma empresa de tecnologia nos
propor algo assim, eles estão arriscando e eu gosto disso -ela diz encarando
Adam e a mim.

- Sim, é inovador. Somos a primeira empresa em Nova York a adotar esses


novos métodos. Somos a melhor coisa que você irão ter -Adam diz e se
levanta da cadeira parando ao meu lado, fiquei meio surpresa pelas palavras
seguras, assim como eles.

- São é? -Sebastian pergunta- Cadê sua modestia, rapaz?

- Guardada, Sr. Foster -Adam cruza os braços- Meu pai me disse uma vez
que você não usa modéstia em negócios de maneira tão recorrente.

- E o que você usa? -Carmen pergunta o olhando como se o loiro fosse um


pedaço de carne.

- Eu uso a persuasão, o meu poder de convencimento -Adam levantou uma


mão na frente da cintura- Vou ser sincero, Rubi e eu fomos mandando aqui
para conseguir fechar esse contato, mas eu estava pensando ali -apontou
para a cadeira que estava- Que vocês não querem uma empresa com a
mesma merda de discurso toda vez, não querem o mesmo cara falando e
repetindo que são o melhor investimento para si. Querem alguém que
mostre vaidade, que sabe que tem as melhores realizações e mostre isso.

Ele colocou as mãos na mesa olhando para Sebastian.

- Não querem algo de quinta, não querem a incerteza e é por isso, Sr. Foster.
Que eu não uso minha modéstia nesse caso, por que vocês apreciam a falta
dela -os quatros o encaravam fixamente- E eu juro que não tenho paciência
para bancar o empresário submisso, vocês sabem que somos bons no que
fazemos, não desperdicem a chance de crescer mais, de progredir conosco,
porque no final -ele tirou as mãos na mesa- Nós vamos ser a maldita
empresa que vai encher seus bolsos de dinheiro.

O silêncio reinou na sala por exatos 10 segundos, eu juro, até contei.


Sebastian semi cerrou os olhos e olhou para os filhos em seguida que
ajeitaram a postura parando de olhar para Adam.

Eu olhava para ele também, e tive que apertar meus dedos para não apertar
as pernas. Cacete!

Encarei a barba rala dele e depois os olhos azuis concentrados, vi ali uma
pessoa totalmente diferente da que eu conhecia, a postura imponente, a
confiança que pareceu ser dobrada, o olhar de uma águia pronta para atacar
sua presa, estou começando a entender porque ele sempre viajava mundo a
fora trazendo os melhores clientes para a empresa.

Sebastian olha para mim e depois semicerra os olhos virando o rosto para o
gráfico que fiz, quando ele encara os filhos novamente, os três apenas
acenam.

Sebastian esticou a mão para Adam depois que se levantou da cadeira


abotoando o terno, Tinker a apertou.

- Voltaremos em dois dias com a resposta final, vamos analisar a sua


proposta e decidi-la com sagacidade -ele diz e Adam acena, Sebastian
aperta minha mão e dá um sorriso pequeno.

- Você é ótima no que faz -ele diz e eu aceno em agradecimento.

Ele saiu pela porta em seguida e Carmen se levantou jogando o cabelo loiro
para trás.

- Até daqui a dois dias -ela diz e sorri para Adam que sorri de volta
educado.

Lorenzo também se levantou e apertou nossas mãos sem falar nada, os dois
sairam porta a fora.

Antony se levantou da cadeira em seguida colocando as mãos no bolso da


calça dando a volta na mesa, ele parou na minha frente suspirando.

- Eu sempre acerto quando vejo alguém talentoso -ele diz e estica a mão
para pegar a minha, quando a tem, leva até os lábios dando um beijo calmo
por cima, sorri pequeno.

- Obrigada -sussurrei.

- Você é bem mais bonita pessoalmente -ele diz sussurrando e aperta minha
mão com um pouquinho mais de força, pisco algumas vezes e olho para as
duas juntas entre abrindo os lábios.

Ele sorriu vendo minha reação.


O encarei novamente.

- Eu agradeço -falei.

Adam estava atrás de mim então pude senti seus dedos na minha saia me
puxando um pouquinho para trás, soltei a mão de Antony e fui para trás me
sentindo estranhamente tensa.

- Não agradeça, só estou falando os fatos -ele diz pondo as mãos dentro do
bolso novamente.

Ele desceu o olhar para meu corpo e eu me senti desconfortável de repente,


foda-se, não gostei dele.

- Nos vemos daqui a dois dias? -Adam pergunta parando ao meu lado-
Certeza que você tem mais coisa para fazer agora, Sr. Foster.

Encarei o loiro que tinha o rosto sério.

- Tenho sim, Sr. Venturelli -Antony diz e olha para mim- Mal posso esperar
para o próximo encontro.

Ele se vira com um sorriso ainda no rosto e caminha para fora da sala.

Suspirei baixo e me virei de frente para ele que também se virou com um
sorrisão, Adam colocou uma mexa do meu cabelo para trás como sempre
faz e passou os dedos pela maçã do meu rosto.

Eu gosto quando ele faz isso.


Continua...

×××

Capítulo grandinho mas era necessário, Sorry ❤️.

Vote e comente, plis.

O que acharam dos Foster's?!

Eu só gosto do Sebastian KSKSKSKSK e a minha fadinha esperta?


Linda né, sabemos.

Beijo, babys ❤️.

24° capítulo

Rubi

- Você me acha linda... -sussurrei e ele fez outra cara de tédio. Ri baixo.

- É, você até que é bonitinha.

Ele riu quando eu bati no seu ombro que fez um barulho pela sala de
reunião que ainda estávamos, Adam deslizou o dedo pela minha bochecha
parando de rir aos poucos, o contato era bom.

Isso deveria ser estranho.

Há algumas semanas atrás eu o odiava, agora eu queria seu toque a todo


momento. Mas apesar da mudança recente, me fazia sentir que isso era tão
natural, parecia que fazíamos isso antes. É apenas...normal e nada estranho.

Apesar disso, sei que isso não irá durar muito, são apenas duas semanas.
Depois disso, não o deixarei se aproximar novamente, sou um coração
machucado e nem ferrando que eu vou deixar esse cafajeste tomá-lo pra si
para quebrar depois.

- No que está pensando? -perguntou- No meu pau grande?

- Jesus! -reclamei beliscando seu braço e ele sorriu colocando as duas mãos
no meu rosto me puxando para um beijo calmo.

Mas de uma forma lenta o beijo foi se desenvolvendo até se tonar rápido e
necessitado, ele pediu passagem com a língua e eu dei velozmente.

Coloquei meus braços em volta do seu pescoço quando suas mãos desceram
para a minha cintura me puxando mais para si.

Gemi baixinho sentindo o aperto da minha bunda mas o afastei quando já


estava ficando sem ar, ele colou a testa na minha.

Adam agarrou meu cabelo e mordeu o lábio inferior me encarando.


- Passei metade da reunião querendo fazer isso -falou ofegante.

Sorri pequeno e peguei na sua gravata preta o puxando na minha direção, eu


o beijei dessa vez. Mas no meio do beijo fomos interrompidos pela porta
que foi aberta.

Adam e eu nos afastamos rapidamente e encaramos uma mulher que usava


um uniforme verde escuro com fones em seus ouvidos, ela entrou na sala
rebolando e quando nos viu quase cai no chão assustada.

A olhando mais precisamente ela parecia estar na faixa etária de 40 anos de


idade e no uniforme estava escrito o nome do hotel.

- Aí meu Deus! O que...Puta merda -ela diz com a mão no peito e a outra no
joelho.

Quando ela nos encarou arregalou os olhos e ajeitou sua postura fazendo
uma cara sem graça.

- Me desculpe, Sr. Venturelli, eu não sabia que estava aqui -ele diz e Adam
ri parecendo a reconhecer.

- Tudo bem, Maria -ele diz e ela sorri- Esta é Rubi...

- Mendoza, eu sei quem ela é -Maria diz e acena com a cabeça para mim.

- Você me conhece? -pergunto curiosa.

- Seu rosto está estampado em alguns jornais aqui da França, o seu e o dele
-ela aponta para mim e para Adam.

- Já tinha me hospedado aqui antes e conheci Maria, ela quase me pegou em


uma situação inusitada -Adam diz e ela sorri sem graça.

- De novo, eu não sabia que você estava no quarto -ela diz apontando e ele
levanta a mão em rendição.

- Você é francesa? Seu inglês é perfeito -pergunto e ela me encara.


- Eu sou americana, apenas me mudei para cá e... é uma longa história,
sabe? Ex marido inútil e uma mulher linda querendo mais, aqueles clichê
básicos -ela diz fazendo uma cara de tédio.

Ri do seu jeito despojado.

- Vocês são um casal? -ela pergunta sorrindo e eu arregalo os olhos.

- Não -digo rápido.

- Trabalhamos juntos -Adam diz e ela levanta uma sobrancelha.

- Humm, trabalham com a boca também, né? Porque ele está com o seu
batom no canto da boca -Maria diz e Adam leva o dedo até o canto da boca
sorrindo.

- Isso pode ser de qualquer pessoa, Adam é um cafajeste -digo rindo e ela ri
também.

- É verdade, me lembro de algumas moças saindo do quarto dele parecendo


bem satisfei...

- Ta ok, Maria! -Adam diz rápido a interrompendo e recolhe os papéis.

O encarei sentindo algo estranho dentro do peito, algo que eu não estava
acostumada a sentir.

Definitivamente não gosto dessa sensação.

- Vamos deixar você fazer o seu trabalho -ele diz e me puxa pela mão.

- Tchau Maria! Foi um prazer -grito e ela pisca pra mim.

Saímos da sala e eu senti minha barriga roncar, paramos na frente do


elevador e ele olhava para frente com os papéis nas mãos, olhei para o canto
da sua boca e ainda estava sujo de batom.

Levei meu dedo até lá e tirei o batom delicadamente, ele me encarou


enquanto eu fazia isso.
As portas se abriram e eu entrei no elevador quando percebi que o canto da
sua boca já estava limpo, ele entrou depois e subimos para o andar que
estávamos hospedados.

Caminhamos lado a lado e olhei de relance que Adam estava estranho, ele
parecia tenso.

Cheguei na minha porta e passei a chave a destrancando.

- Rubi -ele me chama e eu me viro para encara-lo.

- Você quer...hum...você gostaria de...

Alguém me belisca que eu acho que isso não é verdade. Pela primeira vez
eu estou vendo Adam Venturelli nervoso na frente de uma mulher? Isso é
quase hilário.

Porra! Cadê minha câmera?!

CADÊ MINHA CÂMERA?!

- Você está bem? -pergunto debochada aproveitando aquele momento- Está


tendo um infarto? Merda, vou ligar para ambulância, fica aqui!

Eu estava fingindo sair da sua sua frente quando ele agarrou meu braço me
dando aquele olhar dizendo indiretamente que eu era super idiota. Oh, eu
era.

- Sim, eu quero saber se você quer almoçar...comigo? Conheço restaurantes


ótimos por aqui e talvez possamos...

Ele não parava de falar.

Ri alto o calando, que coisa mais linda da Rubi!

- Certo, nós vamos -falei vendo seu sorriso aliviado.

- Ok, te vejo daqui a 15 minutos? -pergunta.

- 10 -digo e ele assente.


Entrei no meu quarto sorrindo, pelo visto Adam não para de falar quando
fica nervoso.

Tirei minhas roupas para colocar algo mais confortável, vesti uma calça
jeans escura e uma camisa branca com uma estampa vermelha e meia
dourada, deixei meus cabelos como estavam e apenas os escovei.

Limpei o batom dos meus lábios e passei um pouco de base no meu


pescoço para pelo menos disfarçar aqueles chupões.

Terminei me olhando no espelho e até que sumiu um pouco, apenas quem


chegasse perto de mim o suficiente conseguiria ver.

Peguei uma bolsinha preta de alça e coloquei meus pertences pessoais lá


dentro, eu estava colocando meu celular por último quando ouvi o bater na
porta.

Passei um pouco do meu gloss labial e fui atender, Tinker estava com o
braço direito apoiado na quina da porta e a outra mão dentro do bolso da
calça jeans preta, a camisa cinza cobria seu torso e a jaqueta jeans parecia
evidenciar ainda mais seus músculos perfeitos.

- Deixe-me fazer uma pergunta, minha cara -ele diz formal.

Sorri de lado.

- Faça, meu querido.

Ele sorriu de lado.

- É a primeira vez que você vem em Paris, certo? -pergunta para confirmar
e eu aceno- Significa que você é virgem na cidade do amor e putaria, ótimo,
eu sou sinônimo disso.

- Flerte e indencência?

- Muita, muita indencência -ele falou orgulhoso o seu sinônimo- E como é a


sua primeira vez, prometo ir devagar.
Balancei a cabeça.

- Você é muito sujo.

- Eu sei! -ele sorriu grande- Agora vamos! Quero te mostrar alguns lugares.

Quase não consegui fechar minha porta quando ele pegou na minha mão e
foi me puxando para longe.

Acho que ganhei um guia turístico...espero tirar as roupas dele no final do


passeio.

Sorri de lado enquanto ele me puxava para fora do hotel.

Meu Deus, eu estava ficando safada?

×××

Adam Venturelli nervoso perto de uma mulher?? Ala o milagre


rsrsrsrs.

Próximo capítulo está te esperando, está ouvindo? Está até chamando


seu nome 😏.

Até, babys ❤️.


25° capítulo

Rubi

- Faz de novo, faz de novo, FAZ DE NOVO!

Arregalei os olhos vendo ele gritar no meio do restaurante e depois dei


risada vendo seu rosto ficar um pouquinho vermelho.

E essa foi a última vez que vi Adam ficar com vergonha a ponto de corar, o
cara não tem vergonha de nada.

- Calma, minha jovem. Vou fazer -falei e ele sorriu debochado.

Peguei três uvas verdes do prato a minha frente e olhei para ele séria que
me olhou do mesmo jeito, posicionei os braços a altura do meu torso e as
joguei para cima fazendo um pequeno malabarismo de uvinhas.

Adam riu alto batendo palmas dizendo "Linda, talentosa, mãos incríveis,
pessoal, mãos incríveis" sorri para ele que ficou me olhando maravilhado.

Já tínhamos acabado de comer e agora conversávamos, mas eu não sei


muito bem como a conversa chegou em malabarismos.

Parei quando uma uva acabou caindo no chão e Adam olhou para onde a
uva rolava, ela parou no pé de um garçom que olhou para a fruta e depois
para nós dois com uma expressão nada boa.

Apertei os lábios e Adam deu um sorriso para o cara acenando.

- Onde você aprendeu a fazer isso? -ele pergunta curioso quando me


encarou novamente.

- Carlos é um ótimo malabarista, se nada desse certo nos negócios ele


poderia trabalhar em um circo -digo e Adam sorri se encostando na cadeira.

- Ele me ensinou como fazer isso -explicou.


- Seu pai é legal -ele diz e eu concordo- Dá para ver que vocês tem uma boa
relação.

- Sempre fui muito agarrada com o meu pai. Gostamos das mesmas coisas,
até fizemos uma tatuagem no mesmo lugar, olha -falo e mostro meu pulso
para ele.

- Eu percebi ela ontem -ele sorriu lascivo.

Me lembrei de quando ele agarrou meu pulso antes de me dar o melhor


sexo da minha vida, sorri pra ele.

- O que ela significa? -ele pergunta.

Peguei a taça de vinho e bebi um gole antes de responder esse menino


curioso.

- Nós a fizemos quando eu estava prestes a me tornar presidente da minha


antiga empresa, dizíamos que era para Deus nos acompanhar em uma nova
etapa da nossa vida, eu a presidência e ele a aposentadoria.

- Entendi, eu faria uma dessa se gostasse -ele dá de ombros.

- Não gosta de tatuagens?

- Claro, gosto em Peter -ele diz e eu levanto uma sobrancelha.

- No Peter? Você namora com ele? Ha, eu sempre soube -apontei vendo-o
me mostrar o dedo do meio, ri baixo.

Adam pegou o copo de whisky dando um gole.

- Então...meu caro guia turístico -digo e ele levanta uma sobrancelha


sorrindo.

- Ainda são -olhei no meu relógio de pulso- 13:30, o que você ainda quer
fazer?

Adam colocou o copo na mesa e se levantou.


- Vamos conhecer a cidade, levanta esse bumbum bonito daí.

Ele ofereceu a mão para mim que a peguei de bom grado.

Minutos depois...

- Aí meu Deus! Adam! Olha aquele cachorro.

Aponto para o cachorro a uns poucos metros de distância da gente, ele era
todo branquinho e tinha um pequeno laço rosa na cabeça. Me lembrou
Mops, senti saudade dele de repente.

- Princesa, eu estou te mostrando o Palácio de Versalhes e você se


interessou mais pelo cachorro? -ele pergunta cruzando os braços.

Olhei para ele com um pequeno bico e concordei de leve.

- Eu amei o palácio, mas a cachorrinha também é bonita -digo, olhando de


volta para o animal.

- Como você sabe que é ela? -ele pergunta.

- É porque tem um lacinho rosa na cabeça e está vendo aquela mini casinha
ali? -aponto e ele segue meu dedo.

- Está escrito Maggie na parte da frente, isso é nome feminino, certo?

- Ok...mas ele pode querer ser chamado de Maggie e usar laço rosa, respeite
-ele fala e eu sorri empurrando seu ombro com o meu.

Adam ri baixo.
(Palácio de Versalhes)

Ficamos admirando o local por mais alguns minutos até Adam cansar e nos
levar para outro lugar.

Caminhamos por alguns minutos e não demorou muito para chegarmos no


destino porque era localizado no próprio Palácio.

Era o famoso Museu do Louvre, eu já vi tantas pessoas com fotos aqui, esse
lugar é simplesmente lindo, o museu em si é lindo e até mesmo diferente na
estrutura por parecer uma pirâmide.

Sorri para Adam que sorriu de volta.


(Museu do Louvre)

Nós andamos um pouco olhando o museu e conversando distraídos que não


percebemos que a tarde já estava indo embora dando lugar à noite, não
percebemos também quando uma garotinha de mais ou menos uns 7 anos
de idade esbarrou em mim me sujando com o sorvete de chocolate que tinha
em mãos.

Porra.

- oh, pardonne moi.

(oh, me perdoe)

Ela diz e sai correndo sumindo no meio das pessoas, olhei para a minha
blusa que estava suja de chocolate mas somente na barra, onde ela
conseguiu alcançar.

Encarei Adam que estava com a mão na boca e segurava o riso, fiz uma
cara de tédio e ele riu de uma vez.

- Por que as pessoas gostam de te molhar ou sujar com algum tipo de


comida? -ele pergunta e eu finjo irritação me lembrando do café que foi
derramado em mim- E dessa vez você está completamente vestida, droga

Ele reclama e eu reviro os olhos.

Peguei um pequeno lenço da minha bolsa e limpei o chocolate que só se


espalhou sujando ainda mais a blusa.

- Merda! -resmungo.

- Você só está piorando -ele diz e olha para cima parecendo pacífico.

- Obrigada pela observação, Sherlock Holmes das drogas -digo e ele sorri
de lado.

Soltei a blusa analisando-a.

- Parece que cagaram na minha blusa -digo- Se perguntarem, vou falar que
foi você.

Adam olha para mim e depois para baixo fazendo uma cara nada boa.
Suspirei olhando para os meus pés que eram ocupados por um tênis branco
e preto.

Olhei para os lados em seguida e eles focaram em uma menina vestida com
um uniforme escolar, quer dizer, eu acho que era.

A blusa estava amarrada fazendo um pequeno nó na frente deixando apenas


uma pequena parte da sua barriga a mostra. Isso me deu uma ideia.

- Segura minha bolsa -digo, entregando o objeto a ele.

- Acho que eu não vou ficar bonito de bolsa -ele fala e eu franzo o cenho
me lembrando vagamente sobre falar isso quando estava bêbada, deixei isso
para lá.

- Quietinho.

- O que você vai fazer? Você não vai atrás da garotinha não é? -pergunta- Se
você for presa...eu vou te deixar aqui.

- Vai nada -ri baixo.

Amarrei a borda da minha blusa como se estivesse a espremendo e dei um


nó na frente fazendo a mancha de chocolate sumir.

- Consegui -digo e Adam me encarava divertido.

- É...nem parece que está sujo. E você está...hum...mais bonita? -ele olha
em volta- Como isso é possível?

Ele parecia desacreditado e eu sorri jogando meu cabelo para trás me


gabando.

Peguei minha bolsa de volta e senti uma brisa forte nos atingir, meus
cabelos se agitaram caindo no meu rosto. Droga, me gabei demais.

Tirei o cabelo da minha face e Adam tirava o celular do bolso apontando


para mim.

- Preciso tirar uma foto sua agora.


O vento chegou em nós novamente mas um pouco mais forte dessa vez
deixando meu cabelo na minha cara de novo, levei meus dedos para retirar.

- Puta que caralho, eu quero bater foto dela não minha -ele diz irritado com
o celular e eu acabo sorrindo pequeno na sua direção.

Foi nessa hora que eu ouvi um barulho de foto sendo tirada.


- A câmera estava virada para você? -pergunto lutando com o meu cabelo.

- Não, eu só disse aquilo para você sorrir para mim -ele diz e eu aperto a
alça da minha bolsa com um sorriso idiota nos lábios.
- Cacete -ele disse olhando para o celular.

- O que? Estou horrível? Apaga, exclui, deleta, por favor -apontei.

- Você não está horrível! -ele sorriu e eu me aproximo dele para ver a foto-
Você está linda.

Meus olhos pousam no celular e levanto uma sobrancelha, ficou boa mas
me conhecendo eu bateria umas 500 só para garantir e no final escolheria só
uma.

Estou olhando para a foto e percebo que a atenção de Adam não está mais
no celular e sim no meu rosto, levanto meu rosto um pouquinho para o
encarar de volta.

Ele olha para a minha boca e depois para meus olhos novamente, sua
respiração está extremamente perto e eu aperto os lábios quando ele me dá
aquele sorriso perfeito.

- Eu quero te levar em um último lugar e amanhã podemos continuar se


você quiser, tudo bem? -ele sussurra.

- Aonde vamos? -pergunto.

- Deixei a Torre Eiffel por último -ele diz pegando na minha mão- Vamos.

(...)

Chegamos na Torre e Adam estacionou o Jeep Compass perto da mesma,


esse carro é enorme.

Saímos do veículo e eu pude ver o hotel que estávamos, mas ele estava
praticamente do outro lado da torre, demoraria se fôssemos andando.

Andei ao lado de Adam e eu não tirava os olhos dela que estava tão
iluminada, era tão bonita que deixava qualquer pessoa encantada.
(Torrei Eiffel)

- Ela é bonita, não é? -ele perguntou quando nos paramos.

- Sim, muito bonita -digo cruzando as mãos.


Eu estava começando a sentir um pouco de frio.

Olhei em volta e vi várias pessoas tirando fotos e conversando entre si, sorri
com aquilo. Paris é um lugar encantador.

- É a terceira vez que venho aqui -Adam diz e eu o encaro- Mas essa com
certeza foi a melhor...quer dizer...é...foi uma experiência nova.

Ri do seu jeito atrapalhado nas palavras e ele rolou os olhos.

- Porra... -escuto ele resmungar.

- Você está nervoso -belisqurei seu braço- Todo nervoso, está parecendo um
adolescente...nervoso -o belisquei de novo e ele segurou minha mão me
parando.

Adam me puxou para ele enquanto um sorriso estampava meu rosto, passei
meus braços em volta da sua cintura e levantei meu queixo na intuição de
beija-lo, ele se aproximou colando os lábios nos meus ternamente com as
mãos no meu rosto.

Beijar Adam era algo tão bom, eu sentia uma coisa completamente
diferente comparado ao que já havia sentindo beijando outras pessoas, até o
arrepio no corpo parecia mais forte e intenso. Tudo o que esse cafajeste
fazia mexia comigo profundamente.

Maldito.

Nos separamos quando ouvimos alguns passos apressados misturados com


gritinhos e quando abri os olhos eu vi pessoas correndo e tentando se
esconder da chuva.

Chuva?

Chuva? Não acredito.

Olhei para cima e a garoa estava começando a ser torna algo forte. Como
não percebemos que estava chovendo?

- Vamos correr para o carro, ok? -ele pergunta e eu assinto.


Adam pega na minha mão e juntos nós corremos em direção ao carro com a
intensa chuva que já caia sobre nós dois.

Minha blusa que estava amarrada em um nó já não estava mais e a jaqueta


de Adam parecia ensopada. Senti meu pé pesar e eu sabia que eram por
causa dos tênis que também estavam ensopados. Eu não estava conseguindo
correr com tanta rapidez.

- Adam, eu preciso tirar meu tênis -gritei no meio da pequena tempestade,


sem exageros claro.

- Tira! -ele grita de volta- Rápido, não quero morrer por um raio, porra.

- Dramático!

- RUBI!

Ri alto me abaixando um pouco levando uma mão ao meu pé esquerdo


enquanto ele me segurava para não cair, tirei o outro par e peguei os dois
lados com a minha mão desocupada.

Por um momento pensei que ele sairia correndo e me deixaria para trás, se
fosse a um mês, ele faria, e ainda ia trancar a porra da porta para eu não
entrar pelos primeiros 5 segundos.

Voltamos a correr mas dessa vez já rindo que nem dois loucos indo em
direção ao Jeep.

Ele rapidamente tirou as chaves do bolso e o alarme tocou indicando que o


carro estava destravado.

Adam abriu a porta de trás e eu apenas me joguei lá dentro de uma maneira


patética e ele entrou logo depois de mim fechando a porta com força.

Ambos estavam ofegantes e molhados, encostei minha cabeça no banco e


dei uma gargalhada alta quando olhei para Adam e o mesmo balançava a
camisa cinza completamente ensopada.

- Isso é tão estranho, Paris não costuma chover essa época do ano -ele diz
tirando a jaqueta.
Ele colocou a mesma no chão e se inclinou perto do banco do motorista
para ligar o aquecedor. Coloquei meus tênis no chão e ele tirou os dele.

O carro já ia esquentar graças ao aquecedor mas o frio que estava agora


parecia que estava entrando pelos meus ossos, Adam também percebeu
porque começou a soprar as mãos em busca de se aquecer.

Olhei para o para brisa e a chuva caía tão forte sobre ele que fazia tudo ficar
embaçado.

- Está muito frio mas não podemos ficar com essas roupas encharcadas -ele
diz tirando a própria camisa.

Oh não, não tire a camisa.

Olhei para sua barriga sarada junto aos braços musculosos e passei a língua
nos lábios rapidamente, esse homem é incrivelmente gostoso.

- Venha se aquecer, pode ajudar -ele faz menção para eu me aproximar dele.

É, talvez ajude.

Claro, só na intenção de ajudar...hum.

Tirei minha blusa molhada e coloquei no chão do carro, Adam olhou meus
seios e engoliu em seco antes de limpar a garganta.

Sorri internamente por saber que ele também reage a mim da mesma
maneira que eu reajo a ele.

Me aproximei abraçando seu corpo quente e ele envolveu seus braços ao


meu redor, coloquei minha cabeça no seu peito e me aninhei mais no seu
corpo.

Como eu disse, só na intenção de ajudar a nos aquecer, claro.

Hum.

×××
Hum.

KKKKKKKKKK

Adoro.

Vote! Me ajuda bastante.

Obrigada ❤️.

Até, babys.
26° capítulo

* Escutem a música da mídia, escrevi esse capítulo com ela *

Adam

Se ficarmos abraçados o calor corporal pode ser transferido entre nós dois,
ou seja, se ficarmos um tempo assim ficaremos aquecidos.

Certo? Certo.

É nisso aí que eu estava tentando acreditar e não admitir que eu queria ela
nos meus braços.

Foda-se.

Não consigo acreditar.

Sua mão pequena e delicada pousou no meu peito e seu corpo se


aconchegou no meu, coloquei meu queixo na sua cabeça e respirei fundo.

- Está melhor? -perguntei.

Olhei para frente e a chuva ainda caía tapando nossa visão.

- Sim, funcionou -ela disse baixinho.

- Sim eu sei, eu sou um gênio -digo, a verdade, e ela apenas ri. Não sei
porquê, eu sou mesmo.

Ela se mexeu um pouco e pude sentir seus seios espremidos no meu peito,
porra! Ela é completamente deliciosa. Como eu consigo resistir a ela?

Passei a mão esquerda nas suas costas e senti o fecho do seu sutiã me
implorando para ser tirado, suspirei novamente descendo minha mão pela
lateral do corpo até chegar nas coxas ainda cobertas.

Apertei sem muita força tentando diminuir minha vontade de fazer algo a
mais.
Mas só piorou.

Subi minha mão pela coxa e senti seu peito subir e descer indicando o
suspiro, sorri de lado.

Toquei sutilmente no botão da sua calça e Rubi limpou a garganta se


mexendo um pouco.

Meus dedos deslizam lentamente para o meio das pernas e ela aperta os
dedos no meu peito ofegando quando apertei seu sexo com força.

Ela me encara e eu a encaro de volta vendo a luxúria crescente sobre seus


olhos. Olhei para a sua boca que se entreabriu quando desfiz o botão da sua
calça, Rubi se ajeitou me encarando e sua mão desceu pelo meu peito
lentamente.

Eu não consigo desviar dos seus olhos.

Nem quando a mão parou em cima do meu pau, ela deslizou os dedos sobre
ele e me viu resmungar quando deu um aperto de leve.

Rubi mordeu o próprio lábio quando eu subi minha mão para as suas costas
novamente e desfiz os grampos do sutiã.

O afastei com ansiedade explodindo no meu peito, a peça saiu do seu corpo
lentamente, o que me fez querer desmaiar, e quando tive o deslumbre dos
seios que me deixam maluco eu apertei o maxilar com força fazendo uma
nota mental de gozar neles depois.

Encarei as coxas que se apertaram uma na outra e passei a língua nos lábios.

Foda-se.

Peguei nas suas pernas e a puxei fazendo ela se deitar no banco rapidamente
dando um gritinho de susto, seus seios rígidos se tornaram presente e eu
coloquei minhas mãos sobre eles apertando sem muita força.

Rubi ajeitou as pernas as abrindo e eu me coloquei no meio delas


rapidamente, me inclino beijando seus lábios com uma vontade enorme!
Merda, espero que ela vá embora quando for a hora.
Rubi me puxou pela cintura e gemeu na minha boca quando me esfreguei
contra ela querendo mais contato, percebi que ela queria o mesmo quando
suas mãos foram para o cós da minha calça e ela rápido abriu o botão
puxando a peça para baixo com os pés.

Minha princesa tem atitude.

Minhas mãos saíram dos seus seios e as levei até a sua calça a tirando
depois que a mesma levantou o quadril, eu precisava estar dentro dela
agora.

A encarei depois de abaixar minhas calças em uma altura aceitável e vi o


quanto ela estava excitada e vulnerável, o quanto seu corpo chamava o meu
e ansiava por isso. Isso é fodidamente bom.

Abaixei sua calcinha lentamente quando suas pernas se juntam na minha


frente e ela vê a mesma saindo do seu corpo, sorrio de uma maneira
maliciosa.

Ela volta a colocar as pernas no meu quadril e olha para baixo vendo eu
colocar meu dedo dentro dela checando o quanto ela estava molhada, um
gemido escapa e eu sorrio satisfeito.

Estiquei meu braço até alcançar o porta luvas do carro e pegar um


preservativo de dentro, o coloquei aqui quando saímos do hotel, nunca se
sabe.

Coloquei a camisinha em mim e ela ajeita o quadril ansiosa como eu,


coloquei minha mão no seu pescoço e a outra mão na janela para pegar
impulso. Rubi me encarou dando uns gemidos excitados e eu ainda nem
estava dentro dela.

Guio meu pau e escuto o gemido alto quando entro de uma vez a fazendo
gozar de imediato, Rubi coloca a mão no meu pulso enquanto eu dou
apertos leves no seu pescoço ao entrar e sair dela ouvindo seu resmungo
manhoso, gostosa demais, puta merda.
- Não vou esperar você se recuperar, princesa -sussurro e ela nega me
pedindo para não fazer isso. Sorri de lado me mexendo contra o seu quadril
fortemente.

Rubi apertou as pernas na minha cintura e eu gemi rouco sentindo o quanto


ela era quente e receptiva para mim, meus lábios roçam nos seus e sinto ela
sorrir me mandando ir mais rápido.

Merda, adoro a Rubi safada.

Entrei mais fundo quando mandei ela levantar o quadril um pouco e a


mesma me olhou nos olhos arfando várias vezes.

- Geme pra mim, princesa.

Ela me obedeceu agarrando minhas costas e cravando as unhas, grunhi um


palavrão e colei minha testa na sua enquanto entrava e saia de dentro dela.

- Gosto de te foder assim -a penetrei mais forte- Com força.

- Adam... -ela gemeu meu nome e meu pau ficou mais duro.

- Você gosta, princesa? -pergunto vendo-a fechar os olhos e arfar.

- Sim -ela diz de olhos fechados.

- Então, olhe para mim e diga isso.

Ela abriu os olhos lentamente e eu encarei seus olhos castanhos quase que
pretos e vi o quanto sua pupila estava dilatada.

- Eu gosto quando você me fode...hum...com força -diz com a voz


entrecortada.

Sorri para ela que mordia o lábio inferior não se aguentando de tanto prazer,
tirei minha mão do seu pescoço e levei até seu rosto quando ela forçou a
cabeça para trás assim que aumentei o ritmo das investidas.
O carro estava balançando, mas não é como se alguém fosse perceber já que
estava caindo meio mundo lá fora, e eu estava dentro dela, nada mais
importava.

Beijei seu queixo descendo para o pescoço e dei um gemido contido no seu
ouvido sentindo que iria gozar a qualquer momento. Sussurrei mais
algumas coisas para ela que gemia baixinho em resposta, não parei de foder
Rubi até que ela gozasse, como tem que ser.

Acabou que conseguimos ter isso juntos, coloquei minha mão na janela
respirando fundo sentindo meu corpo receber o prazer intenso que
tínhamos, ela apenas fechou os olhos com as mãos apertando minhas costas
com força enquanto gozava.

Rubi respirava com dificuldade como eu também respirava, passei a língua


nos lábios e depois olhei para ela quando a mesma abriu os olhos

Suas mãos pequenas puxaram meu rosto para um beijo terno, e eu a beijei
deslizando minha mão pela lateral do seu corpo.

Escutei ela dar um risinho baixo e eu acabei sorrindo para a mesma, estar
com Rubi era diferente. Muito diferente.

Mas...com ela é tudo diferente de qualquer maneira, o beijo, o sexo! O


melhor sexo da minha vida pertence a ela. Eu já transei com tantas
mulheres, loiras, morenas, ruivas, americanas, francesas, mexicanas e por aí
vai mas...ela.

Porra! Isso está ferrando com a minha cabeça.

- Ainda está com frio? -perguntei e ela sorriu mostrando as covinhas.

- Idiota -responde sorrindo e eu ainda a beijei uma última vez antes de sair
de dentro dela.

Fiz um nó na camisinha e joguei no lixinho do carro, fazendo uma nota


mental de tirar o preservativo daqui depois.
Puxei minha cueca junto com calça para cima e balancei o cabelo com as
mãos enquanto Rubi se vestia ao meu lado.

Ou tentava.

Peguei sua calcinha que estava atrás dela e levantei no ar mostrando a peça
que ela agarrou rapidamente.

Sorri malicioso.

Olhei para fora do carro em seguida e a chuva já não estava tão intensa
assim, eu conseguiria dirigir para o hotel tranquilamente.

- Vamos para o Hotel, a chuva já está mais fraca -digo a ela que encarava o
banco do carro parecendo procurar algo.

- Cadê a minha calça? -pergunta confusa.

Ri baixo e a ajudei a procurar, olhei para o chão do carro e lá não estava,


olhei no banco da frente e lá também não estava.

- Onde você colocou? -pergunto e ela me olha como se eu tivesse algo


ridículo no rosto.

- Você a tirou, depravado -ela diz.

Bom, isso é verdade.

Me levantei um pouco do banco para ver se estava embaixo de mim e não é


que estava? Puxei a peça e a entreguei que se vestiu rapidamente.

Pulei para o banco da frente tirando as chaves que ficaram no meu bolso e
liguei o carro.

Comecei a dirigir para o hotel que estava do outro lado da Torre Eiffel e vi
pelo retrovisor Rubi tentando fazer um coque no cabelo mas ele parecia não
colaborar.

Ela desistiu por fim e olhou para os lados.


Eu estava dando uma pequena curva quando a escuto me informar algo:

- Adam, roubaram minha blusa.

Dei uma risada a encarando pelo retrovisor e vi quando ela começou a


procurar a blusa pelo carro.

×××

To sentindo tudo menos frio rsrsrsrs brincadeira 😊 . (Minha gente,


sempre fui safada skskkssk)

Beijos, babys ❤️✨.

27° capítulo

Rubi

Depois de um longo banho quente eu já estava toda coberta e vestindo as


minhas meias bem quentinhas com abelhas estampadas.

Eu estava no meu quarto com o controle remoto na mão apontando para a


grande televisão que era a única coisa que iluminava o local além das luzes
de fora do quarto.

Chegamos no hotel faz uns 25 minutos e Adam estava no quarto dele


tomando um banho e trocando de roupa.

Continuei passando os canais até que o rosto de Ryan Reynolds aparece,


estava passando Deadpool.

Sorri para televisão e me ajeitei na cama para assistir o filme.

Eu tinha pedido o jantar no meu quarto e não demorou muito para chegar,
as cenas do anti-herói lutando pelado no fogo apareceram junto com uma
batida na porta.

Levantei olhando para a televisão e andei até a porta concentrada na tela,


abri a porta para para o serviço de quarto passar e voltei para frente da
televisão.

- Que que isso? Meu Deus, ainda bem que eu dispensei o cara.

A voz de Adam preencheu o quarto e eu o encarei imediatamente, ele


segurava o carrinho com o meu jantar e tinha um sorriso lindo nos lábios.

- Se o cara visse você atender a porta desse jeito ele passaria a noite batendo
uma.

Olhei para o meu corpo e vi que estava apenas de calcinha e uma blusa
branca de botões com o meu cabelo solto.
Sorri sem graça por não ter me atentado a isso, fiquei tão ligada no cara de
uniforme vermelho que esqueci de colocar pelo menos um short.

Adam largou o carrinho e andou até mim, ele cheirava a um sabonete


gostoso e seus cabelos estavam um pouco desalinhados, ele vestia uma
camisa preta lisa e uma calça moletom cinza que marcava suas coxas.

- Sabia que eu passo 60% do meu tempo tentando me decidir se você fica
melhor com roupas ou sem elas? -pergunta me fazendo levantar uma
sobrancelha.

- E os outros 40%?

- Estou distraído olhando para o seu rosto -ele falou me fazendo sorrir como
uma idiota! Merda! Isso está ficando rotineiro.

Sorri mais um pouco na sua direção colocando meus braços no seu pescoço.

- Janta comigo? -as palavras sairam da minha boca tão rápido que não pude
evitar.

Pisquei várias vezes olhando para baixo com as bochechas coradas, ele tem
mais o que fazer e claro que ele não quer. Já não basta ter ficado o dia
inteiro comigo ainda quero aluga-lo mais?

Toc toc

Quem é?

Sim, é a sua maldita insegurança.

Adam pegou no meu queixo e o levantou devagar me fazendo encara-lo.

- Eu adoraria, princesa.

E a insegurança sumiu, ele puxou meu queixo dando um leve beijo nos
meus lábios fazendo meu estômago revirar.

Certeza que é fome.

- Eu pedi ratatouille -digo e ele franze o cenho.


- O do ratinho? -ele pergunta e eu sorrio.

- Bom...o nome do prato é esse e parece ser famoso por aqui -digo e ele me
solta caminhando até o carrinho.

Adam mexeu no vinho e depois tirou a tampa que cobria a refeição, ele
encarou a comida e depois me encarou.

- Me dá 5 minutos e eu faço um prato idêntico a esse com biscoitos e


macarrão colorido -ele diz e eu me aproximo revirando os olhos.

- Nossa é bem...colorido -digo olhando para o prato meneando a cabeça.

O mesmo menea a cabeça também.

- Você pode pedir outra coisa se quiser ou podemos divid... -digo mas ele
me corta.

- Vamos dividir, não estou com tanta fome -ele diz abrindo a garrafa de
vinho.

Não está com tanta fome? Quem me dera.

Estava dividindo a comida e vi Adam olhar para a televisão.

- Deadpool -ele disse e depois sorriu animado, por um momento, pensei ter
resgatado o Adam criança do passado.

- Gosto desse filme -digo, puxando o carrinho para frente da televisão.

- Esse é o meu filme preferido -ele diz e me segue até a beira da cama.

Era o meu filme preferido também, mas não cheguei a comentar isso.

- Você já assistiu o dois? -pergunto.

- Sim, até que é bom...mas o primeiro é melhor.


Nos sentamos na cama com o carrinho a nossa frente e começamos a comer
assistindo o filme ao mesmo tempo, rimos algumas vezes e nos
entreolhamos muitas vezes. Eu estava me sentindo uma adolescente.

- Essa música que toca no final quando ele beija ela, é boa -ele diz bebendo
um gole de vinho.

Ele estava se referindo a música Careless Whisper de George Michael, eu


sei porque a cantei algumas vezes em algumas apresentações musicais.

- Sim, é boa para cantar -digo olhando para a televisão e sinto o olhar de
Adam em mim.

Merda

- Você canta? -ele pergunta curioso.

Continuei olhando pra frente.

- No chuveiro da minha casa -não é mentira.

Adam ficou olhando para mim e eu tentei manter minha postura seria mas
eu sabia que ia dar a pista necessária para ter sua resposta.

Certo, eu realmente preciso daquele curso sobre mentir.

- Ok, vou reformular a pergunta -ele diz virando o corpo de frente pro meu-
Já cantou em algum outro lugar sem ser o seu chuveiro?

- Meu quarto.

- Rubi! -ri baixo sentindo a mão apertar minha cintura.

Olhei para ele.

- Isso faz diferença? -pergunto.

Eu não sei se canto bem mas minha família sempre me disse que eu tinha
uma voz bonita e por isso eu estudei música por alguns anos no Brasil. Mas
faz tanto tempo que não canto em lugar nenhum, somente no meu quarto e
chuveiro.

- Faz, para a minha curiosidade faz -ele diz descendo o olhar pro meu corpo
e logo depois volta para os meus olhos.

- Eu sei cantar um pou...

- Posso ouvir? Posso ouvir? -me corta- Canta para mim! Canta Let it Go da
Frozen!

Franzo o cenho vendo ele animado novamente.

Let it Go da Frozen?!

- Não fode -digo e ele faz uma carranca, Adam cruzou os braços irritado e
olhou para a televisão- Ah qual é, não faz essa cara -digo, cutucando seu
rosto.

- Não me toca -ele diz sentido e eu ri alto jogando a cabeça para trás- Só
vou te perdoar se você cantar a música que pedi.

- Não vou cantar Let it Go.

- Certo, sem Adam para você -ele deu ombros e eu abri a boca chocada.

- Tá bom, eu não preciso de você de qualquer maneira -falei fazendo pouco


caso e ele ficou olhando para a televisão.

- Eu também não -resmunga.

2 minutos depois...

- Certo, meu drama acabou -ele olha para mim e eu olho para ele com tédio.

- Demorou dessa vez.

- Pois é -ele sorriu- Estou treinando para durar 5 minutos, Dylan vai ficar
puto.
- Você é o homem mais...maluco que eu já conheci -falei e ele faz uma
expressão meiga colocando a mão no meu ombro.

- Oh, você acha? Nossa, essa foi a coisa mais linda que você já me disse,
princesa -ele fingiu limpar uma lágrima solitária.

Bati no seu ombro e depois me deitei na cama apoiando minhas costas no


colchão macio, olhei para Adam quando ele se deitou ao meu lado.

Encaramos o teto por alguns segundos até eu falar algo: - Sabe o que eu
queria agora? -pergunto.

- Me ter dentro de você? -ele diz tranquilo, eu apenas abri a boca chocada
pela segunda vez.

- Meu Deus, que pervertido -digo batendo no seu peito arrancando uma
gargalhada do mesmo.

- Você não sabe o quanto, princesa -diz e eu viro minha cabeça para encara-
lo, ele faz o mesmo.

Seus olhos azuis me encaravam brilhantes e um pequeno sorriso ocupava


seus lábios, simplesmente lindo.

- O que você queria? -pergunta.

- Chocolate.

Eu só como chocolate no meu período menstrual, graças a Deus eu já havia


menstruando esse mês, ou seja, só veria sangue no próximo. Mas, não se
tem hora ruim para comer chocolate, certo?

- Eu dentro de você seria mais fácil -ele diz colocando as mãos em cima do
seu peito.

- Será que não tem nenhuma máquina pelo hotel que tenha esse doce
maravilhoso? -pergunto piscando os cílios várias vezes.
- Deve ter no saguão e...-ele me olha com uma sobrancelha erguida- Você
quer que eu pegue para você não é?

- Já que insiste -digo dando de ombros.

- Ta de sacanagem, eu não vou fazer isso -ele diz sério.

- Tudo bem, eu vou.

Faço menção de me levantar mas ele me puxa de volta me fazendo cair na


cama.

- Você ia sair assim? -ele pergunta olhando para minhas roupas ou o que
restou delas.

- Ia, por que? Você acha que está fora de moda? -pergunto irônica olhando
pro meu corpo.

- Aí meu Deus chama o circo que um dos palhaços fugiu -ele diz e levanta
uma sobrancelha.

- Estou só de calcinha, é lógico que eu não iria sair sair assim -me levanto
da cama.

- Deite aqui, vou providenciar isso.

- Uh, você vai esfregar uma lâmpada? -pergunto fingindo animação e ele
me dá um olhar tedioso.

Sabe quando você come algo que estava com vontade a dias, meses,
semanas ou anos? E quando finalmente come, seu coração aquece e a
satisfação corre pelas suas veias?

Era assim que eu me sentia quando o estressava, era ótimo.

Adam puxou o celular do bolso e digitou alguma coisa, ele me olhou e


apontou para a cama em um gesto com a cabeça, fui para o seu lado e me
deitei novamente.

- O que você fez? -perguntei.


- Pedi para o meu motorista fazer isso.

Ele colocou o celular na cômoda e me encarou.

- Você fez ele sair da casa dele para comprar uma barra de chocolate e
trazer até aqui?

- Claro que não, ele não estava em casa -entre abri os lábios concordando
mas me dei conta que ele não acabou- Ele estava jantando com a esposa no
aniversário de 10 anos de casamento, mas ele me disse que estava
disponível para mim sempre que precisasse, certeza que a esposa dele não
vai se importar em terminar o aniversário mais cedo.

Adam ficou me olhando sério e eu juro que quase acredito, eu juro! Mas o
sorrisinho não deixou. Ele recebeu um peteleco na testa pela mentira.

- Como você faz isso?! -perguntei irritada.

- Sou bom em criar histórias rápidas, é a chave do sucesso para a minha


deliciosa persuasão -ele pisca para mim- E meu motorista ainda está aqui no
hotel.

- Eu poderia ter me metido com alguém mais normal -resmunguei baixinho.

Desviei do seu olhar balançando a cabeça levemente e olhei para cima,


ficamos alguns segundos em silêncio escutando a respiração um do outro
até que bateram na porta e eu fui abri-la mas aquela mão intrometida me
puxou e o corpo de Adam foi na frente.

Sorri de lado, ele pode ser bom em persuadir, mas eu sou ótima em engana-
lo pelo visto.

Ele abriu a porta e o rosto do mesmo homem que nos buscou no aeroporto
apareceu, ele cumprimentou Adam e vi quando o mesmo entregou a barra
para ele e a chave do carro.

- Merci, vous êtes renvoyé.

(Obrigado, você está dispensado)


- Êtes-vous sûr, monsieur?

(Certeza, senhor?)

- Oui.

(Sim)

- Mais qu'en est-il de votre date, monsieur?

(Mas e o seu encontro, senhor?)

Franzi o cenho e Adam apertou a boca em uma linha reta.

- Je n'irai pas

(Não irei)

O motorista concordou e Adam fechou a porta, ele se virou para me encarar


me entregando a barra de chocolate.

Ele tinha um encontro?

Oh.

- Obrigada -digo, pegando a barra da sua mão e indo na direção da minha


cama em silêncio.

Me sentei na mesma de costas para ele que me encarava firmemente, seu


olhar queimava no meu corpo.

- Se você quiser ir a esse encontro, pode ir, eu vou ficar bem...

- Dois amigos meus me chamaram para beber em uma boate, mas eu não
quis ir -ele me interrompe.

Fiquei em silêncio olhando para a janela.

- Por que você não quis ir? -perguntei depois de alguns segundos.

- Não estou com vontade, prefiro ficar aqui com você e devorar essa barra
de chocolate.
Um sorriso pequeno surgiu nos meus lábios e ouvi ele respirar fundo, me
aconcheguei na cama e bati na mesma lhe chamando para que se deitasse ao
meu lado, e assim ele fez.

Abri a embalagem e tirei um quadradinho o entregando.

- Esse é o seu -digo e ele olha para o quadradinho na palma da sua mão.
Parecia uma formiguinha.

- E esse é o meu -digo balançando a barra que estava praticamente inteira.

- Você vai me dar só isso? -pergunta incrédulo.

- Claro que não.

Claro que sim.

- Você está mentindo -diz antes de jogar o quadradinho na boca.

- Fato inválido -me defendo.

- Alguém já te disse que você é uma péssima mentirosa? -ele pergunta


rindo- Meu Deus do céu!

Ele levou sua mão até o meu chocolate e eu dei um tapa na mesma, o olhei
irritada.

- Não toque na Trudy -abracei a barra.

- Você não vai me dar outro pedaço? -pergunta e eu nego com a cabeça- E
Trudy?

- É o nome dela, respeite.

- Tudo bem -diz se mexendo na cama- Só não vá ficar com raiva quando
eu...

Ele puxou a barra da minha mão com tudo e se levantou com rapidez
correndo até o outro lado do quarto e eu óbvio fui atrás dele.
- Me dá isso sua Tinker Bell atentada! -digo quando ele levantou a porra do
chocolate pra cima e eu tentando pular pra pegar.

- Claro, se pegar, é seu.

Fiz uma cara de tédio e me afastei um pouco cruzando os braços na altura


dos meus seios.

- Ok, pode ficar! -digo e me viro ouvindo sua risada.

Olho para ele por canto de olho e vejo que ele abaixou a barra, burro.
Rapidamente eu me viro de novo pegando a barra da sua mão com uma
certa violência e corro para a cama da minha maneira de correr.

O que é péssima.

- O que que isso? -ele pergunta rindo- Você estava correndo? Meu Deus,
você parecia um camelo com asma.

O olhei irritada.

- Você é um criminoso!

- Do amor -ele faz um coração com a mão e eu mostro meu dedo do meio.

Adam corre na minha direção e eu tento apertar o passo para sair de frente
da cama mas sinto suas mãos na minha cintura me impedindo de fazer isso,
nós dois caímos na cama rindo iguais dois idiotas, ele caiu por cima de mim
e eu segurei o chocolate para não cair.

- Aí! Seu filha da puta -digo rindo.

- Olha! Respeito com a dona Monica! -ele fala e eu aperto os lábios pedindo
desculpas a tia Monica silenciosamente.

Adam sorriu com o rosto perto do meu e os braços rodeando minha cabeça
me fazendo encara-lo.

- Trapaceira -sussurra.
- Criminoso.

- Camelo com asma.

- Tinker Bell drogada.

Ele fechou a expressão e eu sorri contente.

- Eu ainda odeio você, ok?

- Ok, sua opinião não é importante para mim do mesmo jeito -dou de
ombros.

- Você não devia tratar suas paixonites do trabalho desse jeito.

Ri baixo, ele pegou a barra da minha mão se jogando ao meu lado e


pegando um pedaço generoso.

Ele me entregou depois e eu comecei a comer a outra metade, conversamos


um pouco e o clima estava bom. Decretei que estar com Adam, era até
agradável.

Levei o último pedaço à boca e vi que ele me olhava com atenção pelos
primeiros segundos, até seus olhos se focarem na minha boca descendo para
os meus seios, mas ele desviou o olhar depois.

Respirei fundo olhando para o teto e dobrando as pernas, coloquei os braços


para cima fazendo a blusa levantar um pouco e meus seios subirem,
também tinha alguns botões da minha blusa abertos na parte de cima.

Balancei as pernas preguiçosamente e brinquei com o meu cabelo por um


tempo, até ouvir ele resmungando.

- Rubi.

- Sim? -olhei para ele.

- Eu estou aqui tentando me controlar para não te jogar de quatro nessa


cama e te foder até suas pernas ficarem fracas, então, por favor pare de me
seduzir -ele diz olhando para cima, os dedos apertando a própria camisa.

Tenho certeza que minha respiração falhou.

Ele respira fundo e coloca as mãos atrás da cabeça.

- Não estou te seduzindo -eu estava?

- Seu corpo faz isso por você -ele diz, me deixando meramente confusa.

Puxei o ar para os meus pulmões e perguntei sentindo um frio na barriga.

- Por que você não está fazendo isso agora? -Ele me encara e eu posso jurar
que minha respiração mudou pelo olhar intenso que surgiu.

- Porque se eu fizer isso agora não vou conseguir me controlar, vou querer
passar a noite toda dentro de você -senti minha calcinha molhar somente
com essa possibilidade- Temos uma reunião amanhã, e se eu começar, não
vou parar, princesa.

Encostei a perna uma na outra tentando amenizar a minha excitação e


encarei o teto novamente sentindo seu olhar no meu rosto descendo pelo
meu corpo. Eu estava malditamente ofegante.

- Ok -sussurro colocando um travesseiro sobre meus seios tentando


esconder o quanto estavam rígidos.

Ele sorriu abertamente.

- Você acha que vai cantar para mim algum dia? -ele pergunta mudando de
assunto.

Apertei o travesseiro e sorri para o teto pensativa.

- Talvez você me convença a fazer isso -digo.

Adam sorriu.

- Você vai cantar para mim, Rubi. Eu sei que vai.


×××

Aaaaa ela vai?

Kikiki. Os dois estão cada vez mais juntinhos, iti, queria. #Solidão.

Até, babys ❤️.

Ps: amo essa foto do Deadpool.


28° capítulo

Rubi

Me mexi um pouco tentando me aninhar melhor em um...corpo?

Ai meu Deus.

Abri os olhos lentamente e a primeira coisa que vi foram as cortinas


balançando e o luz do sol batendo na minha perna, demorou para eu
entender que aquilo não era a minha perna.

Aí meu Deus!

Mãos fortes me apertavam e o cheiro familiar estava por todo o quarto, a


blusa de botões que eu vestia já não me cobria totalmente.

Virei o rosto e vi o quanto Adam dormia serenamente com as pernas


enroscadas com as minhas, sua respiração profunda chegou nos meus
ouvidos e nos meus lábios apareceu um sorriso.

Olho para frente com um sorriso bobo nos lábios.

- Do que você está rindo?

Parei de sorrir olhando fixamente para frente, pensei que ele estivesse
dormindo.

- Nada -digo rápido.

- Vou fingir acreditar nisso, mas eu sei que gostou de me ver agarrado com
você, normal, gostoso como sou.

Revirei os olhos.

- O dia que você for menos convencido, eu faço uma tatuagem na bunda
com o seu nome -digo baixo e ele ri.
- Parando de ser convencido em 3, 2... É, nunca verei essa tatuagem porque
não vou conseguir -sorri de lado quando ele me apertou contra si- E eu
nunca disse que não era.

- Todos vocês são -digo, me referindo a gangue.

- Sou um anjo perto daqueles três -ele diz e eu rio alto.

Está mais para capeta.

- Conta outra -falo rindo mas paro quando ele puxa minha cintura com força
fazendo seu membro roçar na minha bunda.

Misericórdia, adoro acordar com Adam a partir de agora.

- Me chamando de mentiroso, princesa? -pergunta sussurrando no meu


ouvido.

Ele passou o nariz pelo meu pescoço e subiu até o meu cabelo inalando o
cheiro que ele tem.

- Gosto do seu cheiro -disse.

Gemi baixinho quando ele beijou meu pescoço várias vezes e logo depois
uma risada saiu de mim, ele tinha achado meu ponto fraco para as cócegas,
minha nuca.

- Adam -digo rindo e ele parou para me olhar.

- Você tem cócegas na nuca? -pergunta chocado.

- Não...

Ele levou os dedos até lá e eu comecei a rir descontroladamente até que eu


saio dos seus braços me virando de frente para ele que se apoiou com o
cotovelo - Para com isso, atentado -passei a mão na minha nuca vendo-o rir
com com a mão no rosto.
Bati nela e ele foi para trás deixando a cabeça cair no travesseiro
novamente.

- Não estou vendo a graça -digo me sentando e cruzando os braços.

- Você é a graça, qual pessoa no planeta tem cócegas na nuca? Quando


voltarmos para Nova York, vou te levar no médico -aponta.

Levantei uma sobrancelha amarrando meu cabelo em um coque.

Adam olhou para a minha blusa que estava torta e agora levantada
mostrando minha barriga e dando maior visibilidade para a minha calcinha.

Ele passou a língua nos lábios e encarou meus olhos.

- Que horas são? -ele pergunta.

Me inclinei até a cadeira ao lado da cama e peguei meu celular para


responder a pergunta.

- São 8:48 -digo e coloco meu celular de volta mas a mão de Adam me
puxa fazendo eu deitar na cama e ele se coloca em cima de mim
rapidamente.

Sorrio travessa.

Ele tira o celular da minha mão ao me prender com os seu quadris, ele sorri
divertido quando percebe que estou me mexendo embaixo dele procurando
por mais contato.

- É uma pena não termos tempo suficiente, princesa.

Com a calça moletom eu consigo senti-lo perfeitamente fazendo todos os


pelinhos do meu corpo se arrepiaram.

- Precisamos estar nessa brunch de negócios? -pergunto, rezando para a


resposta ser negativa, eu não estava com vontade de tomar café da manhã
de qualquer maneira.
Adam sorriu de lado.

- Infelizmente.

- Então vamos antes que eu rasgue suas roupas -digo e depois arregalo os
olhos.

Não acredito que falei isso em voz alta.

- Antes que você o que? -ele pergunta rindo e eu de algum jeito faço ele sair
de cima de mim caindo ao meu lado.

- Nada -digo andando em direção ao banheiro.

- Devo contratar seguranças para ficar mais seguro? Eu gosto das minhas
roupas.

- Cala a boca -mostro meu dedo do meio.

- Você está certa, vou contratar a porra do Chuck Norris -ele diz e eu reviro
os olhos vendo-o pegar o celular e fingir colocar no ouvido em uma ligação
inexistente.

Adam é um completo idiota.

(...)

Tomei uma ducha relaxante e fiz minha higiene matinal aproveitando para
depilar algumas partes do meu corpo e passar meu óleo corporal.

Saio do banheiro e Adam já não estava mais ali, fui até minha mala e tirei
um vestido branco com listras pequenas no busto e coloquei um salto alto
nude, deixei meus cabelos soltos e passei coragem na minha cara porque eu
estava precisando.

Me sentia estranhamente preguiçosa, acho que ainda me encontro cansada


do dia de ontem.
Me assustei com um barulho vindo do meu celular, andei até ele vi uma
notificação de mensagem.

"Nos encontramos no saguão? Homens de gravata impacientes querendo


falar comigo"

Adam.

Visualizei a mensagem e respondi rapidamente antes de sair do meu quarto


fechando a porta em seguida, andei a passos firmes até o elevador.

Cliquei no botão térreo e não demorou muito até eu chegar no mesmo, fui
em direção ao saguão e a primeira coisa que vi foi todos de terno e gravata,
essas reuniões são tão chatas, mas é para o bem da empresa.

Havia poucas mulheres e as que tinham estavam circulando com homens


que aparentavam ter muito dinheiro.

Meu celular apitou e era outra mensagem.

"Gostei desse vestido em você, uma pena que vou tirar daqui a pouco"

Olhei em volta procurando por Adam e o achei perto do bar com três
homens o rodeando, eles falavam e falavam enquanto a Bell parecia
extremamente entediada.

"Quem precisa de segurança agora, Sr. Venturelli?"

Olhei para ele vendo os olhos azuis concentrados na tela e logo depois um
sorrisinho aparecer no seu rosto.

Aquilo, fez meu coração disparar.

Maldito.

"Nem o Chuck Norris me impediria de tirar esse vestido, princesa"

"Bom, quem sabe você o tira depois"


Respondo e espero ele olhar pro celular, logo depois um sorriso lascivo
surge em seus lábios diferente do anterior, ele digita novamente.

"Venha me salvar, por favor"

Ri baixo e comecei a andar olhando para o celular e digitando uma resposta


mas sou interrompida quando meu corpo choca com alguém grande e
musculoso.

Sinto mãos fortes agarrando minha cintura me impedindo de cair no chão,


seu corpo estava colado ao meu, meu cabelo acabou caindo no meu rosto e
minha respiração estava um pouco acelerada pelo acontecimento.

Olhei para cima e o mesmo tirou o cabelo da minha face, o encarei vendo
um sorriso pequeno.

- Antony? -pergunto e seu sorriso cresce ainda mais.

O que ele está fazendo aqui?

- Olá, Rubi.

Seus olhos estudam os meus e suas mãos ainda estavam na minha cintura,
eu sentia ele me apertando de leve e minhas mãos no seu peito eram o que
impediam dele me beijar.

10 centímetros talvez, essa era a distância do seu rosto para o meu - Me


desculpe, Sr. Foster -o fiz me soltar e pude ouvir um resmungo baixo sair
do mesmo- Eu estava distraída.

Sorri pequeno e de relance eu vi Adam nos encarando com certa irritação


no rosto.

- Me chame de Antony e não tem problema, pelo menos você não se


machucou -ele diz.

Antony usava um terno todo preto com o cabelo desalinhado, a boca


carnuda era vermelha e os cílios volumosos faziam seus olhos se
destacarem, aquela foto não fazia jus a ele.
- Ok, obrigada por me segurar -digo, sendo educada.

- De nada, foi um prazer tê-la em meus braços.

Um olhar intenso foi lançando para mim e uma voz fina chegou até meus
ouvidos me fazendo fugir daquele olhar que não tinha efeito nenhum sobre
mim.

- Tony, olha quem eu encontrei -a voz de Carmen apareceu e eu a encarei de


imediato.

Ela estava ao lado do irmão e Adam ao seu lado me encarando estranho, um


olhar curioso para cima de mim.

- Bom, olha quem eu achei -Antony disse olhando para mim.

Desviei do olhar de Adam e encarei Antony novamente.

- Nos esbarramos por acaso -digo e Carmen me olha.

- Bom, eu vi que ele parecia entendiado naquele bar e deduzi que precisava
ser salvo -ela diz sorrindo e passa o braço ao redor da cintura de Adam.

Respirei fundo cruzando os braços e assenti.

- Sim, essas reuniões consomem nossa diversão -digo e os dois riram mas
Adam continuou sério.

- E como, Carmen e eu viemos falar com algumas pessoas. Saber como


anda as coisas -Antony diz.

Eles estão aqui para analisar, os dois são conhecidos por investigar seus
clientes e isso significa que Adam e eu estamos a um passo de conquista-
los. Na verdade, espero já termos feito isso.

- Bom, Adam e eu iriamos falar com alguns donos de empresas daqui da


França...
Puxo assunto me sentindo desconfortável com Adam me olhando de 2 em 2
segundos. Minha vontade era de agarrar essa gravata e o puxar para o
banheiro.

Ficamos tanto tempo ali que nem vi que a manhã estava indo embora,
Carmen ainda estava agarrada a Adam e ele não fazia nenhum esforço para
tira-la dali.

Que merda.

Calma, Rubi.

Vocês não tem nada sério.

Foda-se.

Tira ela de cima dele.

Não, não farei isso.

Eu espero.

- Então Adam -Antony o encara- Como está Dylan?

- Vivo -Adam diz curto e grosso, ele limpa a garganta antes de se corrigir-
Ele está bem.

O encarei meio alarmada.

- Soube que se casou e está esperando um filho, que bom. Pelo menos
algum dos filhos está progredindo.

Adam franziu o cenho e seus olhos estavam escurecendo, Antony estava


tentando provoca-lo.

- Alguém tem que progredir, Antony. E estamos esperando o dia que você
fará o mesmo -Adam diz e vejo Carmen morder o lábio segurando o riso-
Talvez seja mais esperto.

- Mais esperto? -Antony levanta uma sobrancelha- E quem disse que eu não
sou?

- Se fosse, iria perceber que essa sua mão em cim...


- Adam -o chamo e ele me encara por alguns segundos ficando em silêncio-
Sabem quem eu ainda não vi? Sebastian e Lorenzo, onde eles estão?

Pergunto mudando de assunto rapidamente e Antony tira a mão das minhas


costas onde manteve boa parte do tempo com cordialidade, sem subir ou
descer, apenas ali, como se quisesse me mostrar.

Carmen me encara mas os dois ainda se entreolham.

- Estavamos com o Cooper mais cedo, os dois foram embora e ficamos


apenas Tony e eu -explicou Carmen.

Não me atrevi a perguntar sobre a reunião que tiveram com o Cooper


porque não tenho nem intimidade para isso e seria muito invasivo da nossa
parte.

- Entendo -digo.

- Eu vi que você estava de caso com Nick -Carmen diz e os dois me olham.

Quase me engasgo.

- Ah...não...aquilo foi um mal entendido -explico.

- Mal entendido? Ele estava com a língua na sua garganta -Carmen diz e eu
juro que se pudesse, jogava raios lasers no seu rosto.

- Nick Cooper? O novo presidente? -Antony pergunta e a irmã assente.

- Hum... ok -ele diz não muito contente.

- Nossa já está na hora do almoço -Carmen diz olhando para o relógio em


seu pulso- Que tal almoçarmos juntos?

Puta merda.

Mas bem fodendo!

- Vamos, são nossos convidados -Antony diz e me encara.


Adam e eu nos encaramos e eu disfarçadamente neguei.

- Acontece que nós dois precisamos ir...

- Por favor! Não vamos aceitar um não como resposta -Carmen diz toda
melosa olhando para Adam - Podemos deixar para outro dia -digo.

- Não, agora será a hora perfeita -Ela diz.

Só faltou ela bater o pé e chorar.

- Vamos, não nos desaponte -Antony incentiva e posso ver nos seus olhos
que ele está se referindo também aos negócios.

O que isso significa? Um tipo de teste para ver se somos nós quem eles
querem? Eu não sei mas não quero arriscar, precisamos dessa parceria.

- Ok -respondo e encaro os dois a nossa frente.

Carmen sorri grande e aperta o braço de Adam que sorriu falso para ela.

Quase vomitei com essa cena.

- Qual o restaurante? Rubi e eu encontramos vocês lá -Adam diz.

Eles passaram o endereço e foram embora em seguida para nos encontrar


no lugar combinado, comecei a caminhar para o estacionamento do hotel e
Adam veio atrás de mim sem falar nada.

O lugar parecia vazio e de longe eu vi o carro dele, andei na direção do


mesmo com o barulho dos meus saltos presente.

Eu me sentia incomodada, por que ele não tirou as mãos dela de cima dele?
O que custava? Porra!

Estava próxima o suficiente para abrir a porta mas não fiz tal ato porque eu
senti uma mão me empurrar contra o carro e me virar de frente.

Travei o maxilar.
O corpo de Adam estava pressionando o meu e na mesma hora eu
estremeci, seus olhos azuis estavam irritados e os meus não estavam
diferentes.

- Ele quer você, muito.

Adam diz segurando minha cintura com uma força absurda como se não
fosse me soltar, até os cotovelos se apoiaram no carro me predendo.

Seus lábios estavam próximos dos meus e meu peito já subia e descia
fortemente.

- Você sabia disso, você mesmo me disse -falo.

Ele ficou em silêncio.

- Independente de tudo, não o provoque. Ele ainda é um cliente que


precisamos conquistar, vamos ser profissionais -digo e ele desvia o olhar.

- Se ele me provocar de novo, eu juro que vou jogar ele no elevador e


deixar apenas a gravata para fora enquanto as portas se fecham -Adam diz
agora me encarando- Ele morre assim que o elevador subir.

Aí meu Deus!

Transei com um assassino.

- Certo, sem machucar o coleguinha, ok? -pergunto passando as mãos pelos


seus ombros.

Ele deixou de ficar sério e sorriu animado.

Meu Jesus Cristinho, por que eu não conheço homens normais?

- Se eu tentar, o que eu ganharia em troca? -pergunta com o sorriso


cafajeste.

- Sócios e o bem da nossa empresa -digo e ele coloca a mecha do meu


cabelo para trás.

- Chato! -reclama.
Adam se inclinou na direção do meu ouvido me fazendo sentir sua
respiração quente bater contra meu pescoço.

- O que eu vou ganhar de você, princesa?

Mordi o lábio inferior escondendo um sorriso, Adam colocou a mão direita


na minha nuca e seu rosto ficou na frente do meu, ele olhou nos meus olhos
descendo para a minha boca.

- Espero que possa me responder mais tarde -sussurra- Contra a janela


talvez...

Os lábios roçando nos meus me fizeram arfar um pouco, não me aguentei e


o beijei em seguida.

Meus braços foram para o seu pescoço mas eles os tirou de lá e os colocou
atrás do meu corpo me fazendo dar um gemido na sua boca, nunca me
canso de beija-lo, parece que sempre melhora.

Nos afastamos apenas por falta de ar, eu estava ofegante e ele também.
Minha calcinha estava encharcada e o volume nas suas calças era visível.

- Gostei da resposta -ele diz com um sorriso bobo no rosto e eu acabei


sorrindo também.

Ele soltou minhas mãos e abriu a porta do carro para eu entrar.

- Vamos, não vejo a hora de ver aquele cara ficar babando em cima de você
-ele ironiza.

Eu estava entrando quando ele disse aquilo mas parei na hora e o encarei.

- Digo o mesmo de Carmen.

Ele me encarou e sorriu abertamente.

- Você está com ciúmes? -pergunta.

- Você está?
Ele parou de sorrir.

- Não.

- Eu também não -digo sorrindo e dei duas batidinhas no seu peito antes de
entrar no carro.

×××

Teimosos não é?

É, eu sei. Mas é a vida KSKSKSK

Vote e comente, por favorzinho!

Até, babys ❤️✨.


29° capítulo

Rubi

- Você é forte, você malha?

Eu me segurei tanto para não revirar os olhos que eu mereço um prêmio por
resistência.

Olhei para Carmen depois da sua pergunta e vi a mesma encarando o loiro


que estava ao seu lado, as unhas pintadas de vermelho apertavam seu braço
a cada maldito segundo.

Nunca viu um braço não, caralho?!

Hum. Certo.

Preciso de limites.

Olhei para o meu lado e me deparei com Antony olhando a cena a nossa
frente, ele estava com a mesma postura firme de sempre com a expressão
sombria sobre as pessoas.

Esse homem às vezes me dá medo.

- Nos meus horários livres -Adam responde e eu não pude deixar de


imaginar ele todo suado malhando e aquela barriga trincada se contraindo,
os braços fazendo flexões com aqueles músculos perfeitos...

Deve ser lindo.

Obriga o Adam a malhar quando voltarmos para Nova York -diz meu
subconsciente e eu sorri concordando.

Carmen sorri para ele que apenas acenou e desviou o olhar.

- Então, vocês ficarão na França até quando? -Antony pergunta olhando


para mim.
- Até amanhã -Adam responde.

Sorri com pesar, vou sentir saudades daqui. Paris é tão linda e se eu pudesse
prolongava essa viagem, claro que alugaria meu guia turístico por mais
alguns dias.

Olhei para Adam que me encarava com um olhar tão enigmático que fez
meu corpo tremer, eu adoro quando ele me olha assim.

As células do meu corpo parecem se agitar, várias borboletas parecem


invadir meu estômago e...merda!

Eu já senti isso uma vez, não era tão intenso como é com Adam mas uma
sensação familiar me dominou. A única vez que me senti assim foi quando
me declarei para meu ex noivo e no final ele quebrou meu coração me
chutando com tanta força que eu pensei que não fosse me levantar.

Se com Adam parece ser mil vezes mais forte então a dor será o triplo do
que foi e isso me assusta, me assusta tanto. Eu não posso me apaixonar por
ele! Eu não quero me apaixonar por ele.

Socorro.

- Rubi?

Segui a voz que me chamou e olhei para Antony que me encarava com uma
sobrancelha erguida, tentei disfarçar minha dispersão e respondi
calmamente.

- Sim?

- Estava falando a eles sobre como a proposta de vocês foi interessante.

Eu automaticamente olhei para Adam que se inclinou e cruzou os dedos em


cima da mesa, seus olhos pousaram nos meus e eu rápido desviei.

- Claro, por nós aceitaríamos mas sei que fizerem a lição de casa e sabem
que apenas nosso pai tem a última palavra -Carmen diz e depois olha para
as unhas.
- Nosso pai não é tolo, Carmen. Ele saberá o que fazer -Antony diz olhando
para a irmã que fez uma careta pro irmão.

- Tenho certeza que sim -digo e Antony me encara abrindo um sorriso


grande depois.

- Se ele for esperto igual a você, tomará a decisão certa -ele diz me olhando
de uma forma galanteadora.

- Obrigada pelo elogio -comento.

- Mulheres como você se elogia o cérebro, sua beleza é um bônus -ele


sussurra me fazendo entre abrir os lábios.

Sorri falsamente e olhei para baixo por impulso, uma mecha do meu cabelo
caiu no meu rosto e os dedos de Antony rápido colocou a mesma atrás da
minha orelha. Seus olhos passearam na minha boca e ele apertou os lábios
suspirando.

Cacete, ele está muito na minha não está?

Ouvi um pingarrear do outro lado da mesa e agradeci mentalmente me


ajeitando na cadeira.

Levantei o olhar e como um ímã eu cai de paraquedas naquela oceano azul


que parecia terrivelmente irritado, Adam estava com o maxilar travado e
apertando as mãos tão forte que eu conseguia ver o nó dos seus dedos
esbranquiçados.

- Você está bem, gatinho? -Carmen pergunta agarrando braço de Adam.

Gatinho? Que coisa ridícula, essa mulher é ridícula. Pisquei várias vezes
tentando entender essa pensamentos, ela não fez nada realmente ruim para
mim e eu já sinto que a odeio profundamente.

Qual a porra do problema de manter essas mãos para si?

Balancei a cabeça tentando espantar esses pensamentos dando lugar a


novos, eu estava com ciúmes? Sim! Sim! Que droga, eu estava.

Eu nem lembro a última vez que senti isso.

- Estou bem, Carmen -ele responde e depois me encara de novo.

A tensão no ar se tornou tão pesada que eu quase choro de felicidade


quando dois garçons de camisa social e gravata borboleta chegarem com os
nossos pratos.

Fomos servidos e optamos por um vinho tinto, comemos em silêncio e as


vezes Carmen falava com o irmão que respondia curto e grosso, não olhei
diretamente para Adam praticamente o almoço inteiro, eu tinha medo de
olhar para ele e confirmar meus sentimentos que com certeza não seriam
recíprocos.

Me espantei com o toque do meu celular e o peguei rapidamente vendo o


nome do meu pai na tela.

- Pai.

- Mi hija, está ocupada?

- Um pouco.

- Foster's?

- Almoço -falo.

- Sinto muito.

Um sorrisinho de lado surgiu nos meus lábios.

A frase "Sinto muito" já está decorada quando falo por telefone com meu
pai.

- Ligo para você depois, e se caso você jogar vinho em um deles diga até a
morte que foi sem querer.

- Tchau, Carlos.
Desliguei e vi todos me encarando, sorri sem graça e Carmen foi a primeira
a se manifestar.

- Carlos Mendoza, um homem sábio -ela diz bebendo um gole de vinho.

- Seu pai era bem influente na época que ele era presidente -Antony diz e eu
concordo- Mesmo sabendo que ele não suporta nossa família eu admito que
ele era bom no que fazia.

Apertei a boca em uma linha reta.

- Não acho que ele odeia vocês, ele apenas não os conhece -oh, Carlos
odeia sim, mas eu não falaria o contrário.

- Ah querida, ele odeia sim, fez questão de dizer isso na cara do nosso pai -
Carmen diz e vejo Adam sorri de lado.

Eu acabei sorrindo também, droga Carlos!

Eu te amo tanto.

- Meu pai é inusitado -tenho que me lembrar de comprar algo para lhe
presentear quando voltar a Nova York.

- Só fez algumas escolhas erradas -Carmen sussurra.

- O que você disse? -perguntei.

- Eu disse... -Antony se ajeitou na cadeira e encarou a irmã- Que ele tomou


algumas decisões equivocadas -Ela fez uma pausa- Talvez colocar você na
presidência...

- Fizerem a lição de casa também -Adam diz se encostando na cadeira com


a expressão nada boa.

- Concordo -digo e os três me encaram- Meu pai me colocou na presidência


e graças a isso quase fomos a falência.

Adam respira fundo.


- Não foi culpa sua -Adam diz sério.

Talvez não fosse culpa minha mas eu sinto que sim, caso eu não estivesse
tão cega ou não tivesse confiado demais em quem não devia... aquilo não
teria acontecido.

Ignoro o que Adam diz e olho para Carmen novamente.

- Você pode estar certa -ela ri convencida- Mas acho que tudo vem por uma
razão, passei por muita coisa e hoje, me sinto muito mais preparada não só
no mundo dos negócios mas psicologicamente também.

Ele me olhou firmemente e eu sustentei seu olhar.

- As coisas vem para o nosso amadurecimento, mesmo que ainda tenham


pessoas por aí que não fazem ideia do que seja isso e agem como uma
criança mimada.

Seu sorriso diminuiu e o olhos se estreitaram.

- Está me chamando de mimada? -pergunta com uma sobrancelha erguida.

- Eu não disse isso, mas se você sentiu que isso foi para você é porque
concorda -digo vendo seu semblante mudar.

Nós duas ficamos nos encarando com um olhar nada agradável.

- Rubi? Posso falar com você? -Adam diz e eu o encaro- Em particular.

Me levantei calmamente pedindo licença aos dois e caminho para outra


parte do restaurante com Adam atrás de mim com a mão nas minhas costas.

Eu sentia meu sangue ferver e meu maxilar tenso depois de tanto apertar
pela irritação, eu odeio falar sobre assunto.

Paramos no final do restaurante basicamente e entramos em um corredor


pequeno que nos levaria provavelmente a saída dos fundos. Eu só podia
ouvir o som dos talheres e as vozes distorcidas.
Me encostei na parede cruzando os braços.

Adam estava na minha frente a pelo menos três passos, ele me encarou com
um sorrisinho lascivo e eu revirei os olhos.

- O que que é? -pergunto e ele coloca a mão no peito.

- E o papo de ser profissional? -pergunta.

- Foda-se -digo e ele ri mais ainda.

- Não deixe ela te atingir tanto, ela só quer te provocar.

Ele diz e minha respiração está se acalmando aos poucos.

- Eu sei, é só que ela... -aponto- Se acha a rainha da cocada preta, mas não
passa de uma pessoa egocêntrica e mimada.

- Cocada preta? -ele pergunta confuso.

- Um expressão brasileira, esqueça isso -digo e ele concorda me vendo


andar de um lado para outro.

- Ela não é tão ruim assim -ele diz e eu encaro irritada.

- O que você disse? -me aproximei dele que foi dando passos para trás até
parar na parede, coloquei minhas mãos ao lado da sua cabeça o prendendo.

Ele sorriu.

- Eu estou brincando, calma.

- Você está brincando? Oh! Ele está brincando -ri exageradamente jogando
a cabeça para trás e depois voltei o encarando séria- Idiota.

- Cruzes, estou todo arrepiado -ele passou as mãos nos próprios braços.

- Desculpe, não gosto de tocar naquele assunto -passei minha mão na testa e
ele concordou colocando os braços em volta da minha cintura colando-me
no seu peito.
Sorri pequeno vendo ele apoiar as costas na parede com mais propriedade.

- Estou louco para pegar você pelo braço, te levar para dentro de algum
banheiro e te ensinar bons modos -ele diz passando uma mão pelo meu
rosto.

- Sério? Com esses braços fortes? Você malha, gatinho? -imito a voz de
Carmen.

Adam riu alto

- Você fica linda com ciúmes -ele diz me fazendo virar e agora prendendo
as minhas costas na parede, o olhei com um sorriso malicioso.

- Eu não estou com ciúmes -minto.

- Hum, eu não acredito em você. Sua cara de tédio quando ela tocava no
meu braço era nítida, você precisa se acalmar.

- Falou o cara que estava soltando fumaça naquela mesa, por um momento
eu pensei que você tivesse virado um trem -digo e ele trava o maxilar.

- Eu já disse que ele quer você -diz com a voz baixa me dando selinhos com
alguns intervalos- Ele não para de dar em cima de você, porra! O idiota não
se toca que você não está afim?

- Quem disse que não estou? -pergunto brincando, sua cara foi hilária.

- Você não está -ele diz convicto- Você não pode estar.

Sorri para ele.

- Você está com ciúmes -digo e ele me olha irritado.

- Estou mesmo que se foda, esse filho da puta não tira as mãos de você.

Puta merda!
Fico em silêncio vendo o peito de Adam subir e descer. Eu tinha minhas
suspeitas mas ele confirmar na minha cara assim é diferente.

- Quando ele pegou na mecha do seu cabelo, eu juro que ia jogar minha
cadeira na cabeça dele -ele diz me fazendo rir apertando seus braços,
maluco, ele jamais faria isso.

Certo?

- Não gosto quando ele te toca, quando ele dá em cima de você bem na
minha frente e eu não posso fazer caralho nenhum.

Meu coração estava tão acelerado que estava quase saindo pela minha boca.

- Então, princesa. Eu estou me remoendo de ciúmes e sou homem o


suficiente para admitir isso -ele fez uma pausa- Agora.

Engoli em seco quando ele encarou meus olhos de uma forma tão intensa
que mexeu no fundo do meu coração.

- Assuma agora -ele diz e eu levanto uma sobrancelha- Para se ser teimosa!

Suspirei derrotada.

- Não gosto quando ela toca em você e muito menos quando fala com
aquela voz melosa que me dá vontade de enfiar a cabeça dela em uma
privada. Sério! Qual é o problema com as mãos?! -solto de uma vez e
depois sorrio aliviada.

Foi ótimo dizer isso em voz alta.

- Por que você não gosta, princesa? -ele pergunta divertido colando seu
corpo no meu com mais força.

- Porque estou com ciúmes de você, babaca -digo batendo no seu peito sem
muita força, ele riu se inclinando na minha direção tomando minha boca em
um beijo intenso.
Senti as mãos no meu rosto e coloquei as minhas nas suas costas apertando
sem muita força, senti a língua tocar a minha lentamente e recebi o beijo
que tanto gosto.

- Quero foder você, princesa. É quase é uma necessidade -ele sussurrou


contra a minha boca antes de descer o rosto beijando meu pescoço que
estava com as marcas quase imperceptíveis.

- Está esperando um convite, seu cafajeste? -pergunto depois que ele morde
meu lábio inferior, Adam sorriu.

- Vamos embora.

Foi o que ele disse antes de me puxar de volta para a mesa e vi os dois
falando com o garçom.

- Precisamos ir, surgiu um imprevisto -Adam diz encarando Antony e


Carmen.

- Problemas na empresa -digo e Antony franze a sobrancelha- Problemas no


quesito de alguns papéis que trouxemos enganados -digo e seu rosto volta
ao normal.

- Tudo bem, já estamos de saída. Papai está nos chamando -Carmen diz.

- Ok, obrigada pelo almoço -digo educada.

Adam acena para os dois que fazem o mesmo e nós saímos do restaurante
um mais necessitado que o outro.

Adam Venturelli é a minha maldita maçã do paraíso, e eu vou morder ela


todinha agora.

×××

Quem é mais ciumento? Deixe sua opinião aqui ou ligue 4002-8922.

Até o próximo, babys ❤️.

30° capítulo

Rubi

A primeira coisa que senti foi as minhas costas batendo na parede do


elevador e um sorriso malicioso surgiu no meu rosto.

Minhas pernas foram para a sua cintura fazendo os saltos apertarem seu
corpo e minhas mãos foram para a sua nuca.

O tecido da sua calça não era suficiente para manter sua ereção longe do
meu sexo que estava coberto apenas por uma calcinha minúscula por baixo
do meu vestido que tinha levantado.

Adam se esfrega contra mim e eu gemi baixinho totalmente ansiosa


forçando a cabeça na parede do elevador, sinto seus beijos no meu pescoço
e as mãos apertando minhas coxas.

- Você é tão gostosa -ele diz me fazendo ofegar.

As portas se abriram e Adam saiu de lá comigo no colo sem se importar em


quem pudesse nos ver. Mas eu olhei em volta vendo o corredor vazio,
menos mal.

Seus lábios chegaram até os meus em um beijo sedento e minhas mãos


puxaram seu cabelo fazendo um gemido contido sair dos seus lábios.

Ele apertou minha bunda com força e foi a minha vez de gemer na sua
boca, senti algo bater na minha perna e me separei dele vendo que bati em
uma mesa onde tinha um vazo pequeno de decoração.

Merda.

- Adam! O vazo! -digo a ele quando o mesmo está pronto para cair no chão
mas ele passa o braço pela minha cintura e pega o objeto com a outra mão
colocando de volta na mesa.
Aí meu Deus, ele tem super poderes.

Ri baixo da cena e ele me encarou, coloquei minha testa na sua e ambos


estávamos ofegantes, passei meus braços em volta do seu pescoço e o puxei
mais para mim.

Ele me levantou um pouco pegando a chave do seu quarto e caminhou


comigo enquanto encarava meus olhos intensamente, não falamos nada, eu
apenas estudava os detalhes do seu rosto memorizando cada um.

Paramos na frente da sua porta e ele passou o cartão na pequena máquina


que mudou para verde. Entramos ainda em silêncio com o tesão dominando
meu corpo.

Ele fechou a porta e andou até a cama me colocando nela gentilmente, ele
tirou meus saltos e logo depois seu terno.

Eu apenas olhava para ele.

Adam abriu os botões da camisa social um por um, um movimento tão sexy
que eu senti minha calcinha ficar mais molhada do que já estava.

Me levantei parando na sua frente e o ajudei a tirar a camisa, abri os botões


da sua calça o encarando e as mesma caiu no chão, passei a língua nos
lábios e o encarei sugestiva.

O fiz sentar na cama e quando ele me puxou eu tirei suas mãos de mim e
me abaixei na sua frente, seus olhos escureceram imediatamente por saber o
que eu faria.

Puxei sua cueca boxer preta para baixo quando ele levantou o quadril um
pouco e o vi estremecer.

Olhei para o seu pau com água na boca e meus dedos gentilmente o
agarrarem fazendo Adam soltar um gemido rouco.

O masturbei devagar antes de levar a boca, beijei a ponta passando a língua


em seguida mantendo seus olhos presos nos meus. Pensei que fosse
desmaiar.
Senti o gosto salgado do pré-gozo na minha boca e engoli mais um pouco
começando a chupar com mais força indo até onde eu conseguia.

Adam apoiou as mãos na cama dando um gemido e fechando os olhos, a


visão que eu tive dele recebendo prazer com a minha boca foi incrível,
definitivamente farei isso mais vezes.

Passei a língua na ponta vermelha e vi ele morder o lábio, sorri


internamente e acariciei seus testículos com a outra mão, as mãos de Adam
foram para o meu cabelo e ele os enrolou na mão me fazendo dar um
gemido de excitação.

- Porra! -grunhiu.

Tirei da boca um pouco e ele olhou para cima arfando quando acariciei os
testículos com a boca, passei a língua até chegar no seu pau novamente e
deslizei a mesma pela lateral até chegar na ponta novamente.

- Pelo o amor de Deus -ele apertou meu cabelo mais forte me fazendo dar
um gemido manhoso, mas ele apenas afastou meu rosto para me fazer
encara-lo.

Ele estava com o cenho franzido e ofegante.

- De pé, fique no lugar que conversamos.

Apertei os lábios quando ele soltou meu cabelo, engoli em seco e me


levantei do chão caminhando pelo quarto até parar na frente da janela
grande.

Olhei primeiro para o céu percebendo que já estava escurecendo, e logo


depois para algumas árvores que tinham por perto.

Senti dedos no zíper do vestido e suspirei quando ele puxou para baixo
fazendo o mesmo deslizar pelo meu corpo.

Adam tirou meu sutiã lentamente que caiu no chão e eu ofeguei olhando
para frente sentindo as mãos nas minhas coxas as afastando uma da outra.

- Mãos na janela -sussurrou no meu ouvido e eu fiz o que ele disse.


Senti ele passar o braço pela minha cintura inclinando meu corpo um pouco
para frente me mantendo mais empinada para ele, eu acho que tinha virado
um cachoeira.

Senti os dedos por cima da minha calcinha e puxei a respiração colocando a


testa na janela, meus lábios se entre abrem para sair um gemido baixinho.

Senti ele afastando minha calcinha para o lado e meus dedos se apertam no
vidro quando o sinto entrando em mim lentamente, minha respiração
parecia em falta naquele momento.

- Me diga -pediu, com a voz entrecortada.

- Dizer o que? -pergunto fechando os olhos e mordendo o lábio inferior.

- Por que você estava com ciúmes?

Nossa respiração estava tão acelerada que parecia que tínhamos corrida
uma maratona. Nossos corpos estavam quentes e ofegantes, uma mistura
perfeita.

- Responda -falou entrando em mim mais um pouco, ofego.

- Eu não sei e tenho medo de saber -confessei.

Ele respira fundo e o braço em volta da minha cintura me aperta mais.

Quando ele está todo dentro de mim eu levanto o olhar para frente vendo a
merda da Torre Eiffel, ele cumpriu o que disse. Soltei um gemido quando
ele investiu contra mim com força, seguida de outra e mais outra.

A mão livre pousa no meu ombro pegando mais impulso e eu me inclino


mais um pouco para frente o recebendo melhor, minha mente girava e meu
corpo parecia estar recebendo doses de adrenalina. E piorou quando o braço
que segurava minha cintura soltou-me apenas para os dedos da mão
deslizarem até entrar na minha calcinha.

- Eu quero ouvir você gritando -ele falou no meu ouvido metendo forte, eu
realmente gritei- Cada maldita pessoa nesse hotel vai saber que você foi
bem fodida, entendeu?

- Oh meu Deus -resmunguei quando ele beliscou meu clitóris, ouvi o


gemido rouco e fechei os olhos com um sorriso extremamente safado. Céus.

Adam acelera o ritmo das suas investidas enquanto eu apenas chamava por
ele e rebolava de vez em quando, senti o beijo no meu pescoço e coloquei
minha mão na sua nuca dobrando o braço para trás.

Meus seios balançavam e minhas pernas pareciam querer perder o


movimento, e quase perde quando eu mordo o lábio soltando um grito
abafado quando eu gozo minutos depois.

Adam continuou se mexendo atrás de mim enquanto eu dava resmungos


baixos sentindo meu sexo se contrair.

Até que ele gozou com a mão no meu pescoço me puxando para o seu
peito, a outra mão apertou minha coxa com força e ele sorriu contra meu
ombro.

- Céus, você é... -ele beijou meu pescoço e eu sorri ofegante- Meu vício.

Não tive muito tempo de digerir aquilo porque ele saiu de dentro de mim
me virando, dei um risada baixa quando ele me tirou do chão me
carregando depois que levantou minhas pernas e agarrou meu tronco, me
senti um bebê.

- Você me cansa -falo quando ele me põe em cima da cama se deita ao meu
lado puxando-me para o seu peito.

- Estou pegando leve com você ainda.

Porra.

Ainda estava de tarde mas eu me sentia cansada, definitivamente tenho que


fazer alguns exercícios. Estou muito sedentária.

Fechei os olhos e sono chegou até mim depois de alguns minutos.


(...)

Puta que pariu!

Foi a primeira coisa que pensei quando abri os olhos e não vi Adam ao meu
lado, a camisinha.

A porra da camisinha! Nós esquecemos de usar.

Me levantei da cama a procura do meu vestido e não demorei muito para


achar, vesti o mesmo sem o sutiã e amarrei meu cabelo em um coque,
preciso comprar a pílula.

Me abaixei para pegar os saltos e quando estava levantando eu ouvi a porta


ser destrancada e Adam passar por ela.

Ele fechou a porta e me encarou com cenho franzido.

- O que você está fazendo? -perguntou confuso.

Ele usava uma calça jeans escura e uma camisa com algum nome de banda
que eu não conhecia. Ele segurava uma garrafa de água e uma sacolinha de
papel.

- Eu preciso ir -digo colocando os saltos.

- Você está fugindo? -ele pergunta cruzando os braços- Oh Deus, sabia que
isso aconteceria comigo algum dia, Maldito Karma!

Ele briga consigo mesmo e eu reviro os olhos.

- Não estou fugindo de você, se toca -digo e ele revira os olhos agora.

- Se foi por causa daquela pergunta...saiba que eu estou tão confuso quanto
você, mas isso não é um motivo forte para você fugir de mim...

- Adam! -o chamo e ele me encara como se eu fosse louca.

- O que?!
- Nós não usamos camisinha hoje mais cedo, eu preciso sair para comprar...

- Isso? -ele diz levantando a sacolinha de papel.

Andei até ele.

Não acredito.

- Fui na farmácia comprar para você -ele me entrega e logo depois a água.

Peguei da sua mão e fui até a cama me sentando em seguida.

Não acredito.

- Obrigada -digo e ele assente.

Como Adam sabe dessas coisas? Estou impressionada, a maioria dos


homens não fazem ideia.

Abri a sacolinha e tirei o comprimido que estava em uma embalagem


enorme em Francês, por um momento fiquei receosa dele ter comprado
errado mas depois de ler a embalagem com calma confirmei que não.

Coloquei a pílula na boca e depois abri a garrafa de água dando três goles
seguidos.

- Como sabe sobre essas coisas? Metade dos homens nem imaginam para
que serve.

Ele colocou as mãos na cintura.

- A vida de libertino te prepara para algumas coisas -ele fala com um


sorriso e eu mostro meu dedo do meio, ele faz um coração com a mão para
mim.

Quase enfio essa mão na guela dele.

- Que horas são? -perguntei antes de beber mais um gole de água.

Adam se encostou na mesinha que tinha do outro lado do quarto e checou o


relógio dourado no seu pulso.
- São 19:30 da noite.

Arregalei os olhos, não acredito que dormi tanto assim.

- Por que não me acordou? -pergunto bebendo outro gole de água, eu estava
morrendo de sede.

- Quero você descansada está noite -ele diz com um sorriso terno no rosto.

- Por que?

- Vou levar você em um lugar -ele diz cruzando os braços.

- Para onde? -pergunto curiosa- Vai me levar para conhecer sua coleção de
tampinhas?

Adam me olhou com tédio.

- Não? Coleção de pedras?

- Desde quando você faz tantas perguntas? -ele revira os olhos.

Ri baixo.

- Você não vai me dizer? -pergunto e ele nega.

- Não, mas vou te dar um dica -ele diz e eu me ajeito na cama atenta.

- Diga.

- O lugar que iremos -ele abre as mãos dando mais suspense- Têm mesas!

Ele bate uma palma e eu o olho entediada.

- Mesas? Sério? Esperava um lugar que tivesse um pouco de masoquismo -


digo brincando e ele começa a rir.

- Uma vez eu mandei Dylan para um clube desses por engano. Ele quase me
mata -ele ri nostálgico.
- Você mandou seu irmão para um clube de masoquismo?

- Foi sem querer! -se defende- Eu errei a data do evento, não foi porque eu
quis -ele diz apontando para mim.

- Você é louco, se eu fosse o Dylan Ia te deixar preso na cama por 3 dias.

- Você é tão doce! Meu Deus, jamais encontrarei uma mulher igual a você -
ele diz irônico e eu sorri piscando para ele.

Adam sorri de lado olhando para o chão por alguns segundos.

- Que horas vamos? -digo e ele se senta ao meu lado.

- Nós vamos ás 22h -responde.

- Só as 22h? Bom, ainda tenho tempo para tomar um longo banho -digo,
colocando a garrafa de água na cama.

- Posso me incluir nesse banho? -pergunta malicioso.

- Pensei que me quisesse descansada.

- Ah não se preocupe, não vou roubar todas as suas energias -ele diz
pegando na minha mão e dando um beijo terno- Não posso prometer isso
depois.

Mas que homem indecente!

×××

Palpites? Para onde essa Tinker Bell levará nossa princesa? Será um
demostração de BDSM? Façam as apostas

Votos e comentários na minha mesa! KKKKKK aquelas. Mas é sério.

Até o próximo, baby ❤️.


31° capítulo

Rubi

Olhei para os dois vestidos que estavam na minha cama e apoiei as mãos na
cintura.

Eu estava só de lingerie e com uma maquiagem marcante no rosto olhando


para os vestidos e decidindo qual iria usar.

Indecisão é uma droga.

Joguei a cabeça para o lado e pensei, qual desses vestidos aumentaria minha
autoestima e faria Adam babar por mim a noite toda a ponto de ficar aéreo
por pelo menos 60 segundos? Hum...era uma decisão difícil.

Ouvi um barulho vir do meu celular que estava carregando na tomada e


andei até ele a passos normais.

Vi o nome de Emy na tela, atendi e logo o rosto da loira apareceu.

- Gataaa! -praticamente grita.

Minha parede até tremeu.

- Oi, Emy -digo sorrindo.

- Caralho, que que isso no seu rosto? -ela pergunta.

- Isso o que? -pergunto tocando no mesmo.

- Essa beleza toda aí -ela diz e eu sorrio travessa.

- Como você está? -perguntei rindo.

- Com saudades, você e a Tinker voltam amanhã?

- Sim -digo, tentando não parecer triste.


Emily começou a se mover e percebi que ela estava na cozinha do seu
apartamento.

- Onde ele está? -ela pergunta apoiando o celular que eu acho que era um
balcão e enchendo um copo de água levando a boca em seguida.

- Está se arrumando para sairmos junt...

Parei de falar na hora e vi muito bem a água saindo da boca da minha amiga
e uma expressão surpresa aparecer no seu rosto Porra!

Todos em Nova York acham que Adam e eu nos odiamos, o que não era
uma mentira mas as coisas mudaram um pouco.

- Emy... -digo receosa.

- Vocês...-ela ri- Vão sair juntos?! Aí meu Deus! Preciso colocar isso no
jornal local.

- Não! -grito alarmada e ela até se assusta um pouco, coço a testa- Não é
isso, nós trabalhamos juntos, lembra?

Ela veio até o celular e levantou uma sobrancelha.

- Então vocês vão para uma reunião de negócios ou algo do tipo?

- Não exatamente.

- Então é um encontro -ela diz e começa a rir para tela do celular.

Isso era um encontro? Eu não fazia idéia.

- O que você está fazendo? -pergunto quando ela fica calada demais.

- Chamando a equipe -ela diz e logo o rosto de Lisa e Susie aparecem.

Ah não!

- É bom que seja importante, estava ocupada -Lisa diz.


- Ocupada com o quê? -Emy pergunta com uma cara de tédio.

- Comendo -Lisa responde e Susie ri.

- O que foi, gente? -Susie pergunta e foca os olhos em mim- Rubi!


Caramba, você está linda. Nossa nossa.

- Obrigada -respondo sorrindo.

- Uau, você está linda mesmo. Achou um francês por aí? -Lisa pergunta e
eu sorri sem graça.

- Não, ela achou um cara metido, loiro, cafajeste, tem um apelido de Tinker
Bell e só usa terno azul claro -Emy diz e as meninas franzem o cenho.

- Adam? Como assim? -Susie pergunta confusa.

- Rubi Mendoza está indo para um encontro com Adam Venturelli -Emy diz
e as meninas arregalam os olhos.

- Não é um encontro, Emily -falei, eu não sabia de fato.

- Espera -Lisa diz se ajeitando no que me parece ser um sofá- Você e o


Adam? Encontro e putaria? Eu com certeza sou adivinha -ela diz jogando o
cabelo paro o lado e sorrindo.

- Gente...

- Pensei que vocês não se gostassem mas era amor incubado -Susie diz e eu
levo minha mão até o meu rosto.

- Não me confunda com a Emy -digo e a loira levanta uma sobrancelha.

- Que cacete isso significa? -pergunta parecendo irritada.

- Olha, se é um encontro ou não isso não importa, nós apenas vamos sair e
aproveitar a última noite em Paris -falei.

- Juntos -as três falam ao mesmo tempo.


- Que obsessão é essa com essa palavra? -pergunto e as três riram.

- Ela está diferente -Susie diz me analisando.

- O que? Como assim? -pergunto confusa.

- É verdade, franjinha -Emy diz.

- Emily para de me chamar assim! -Jones resmunga.

Ri e Lisa me encarava.

- Já sei! -Lisa diz pegando nossa atenção- Ela transou! -ela diz e as meninas
me encaram.

- Vocês são tão chatas -digo me sentando na cama sem desgrudar o


carregador do celular já que a tomada ficava acima da cômoda.

- Sim! Boa barriguda -Emy diz e Lisa revira os olhos.

- Você está transando com ele -Susie afirma.

Elas ficaram em silêncio esperando minha reação.

- É -digo e elas gritam eufóricas.

- Minha amiga está transando! -Emy praticamente grita- Pelo menos


algumas de nós está -Ela fica triste de repente.

- Ei! Ainda estou funcionando -Lisa diz e Emy levanta as mãos em


redenção.

- Ok, eu não sabia -diz Emy.

- É algo sério? -Susie pergunta e as meninas me encaram novamente.

- É complicado -digo.
- Descomplica essa matemática aí então -Emily diz e as meninas
concordam.

Respirei fundo e sorri pequeno olhando para as três mulheres que eu mais
gosto nesse mundo.

- Pode ser quando voltarmos a Nova York? Eu preciso terminar de me


arrumar -digo.

- Aí meu Deus! O que você ainda está fazendo aqui? -Lisa diz.

- É verdade, fica bem bonita e usa a calcinha branca de renda -Emy diz e
Susie balança a cabeça.

- Bom encontro e boa foda -Susie diz e nós três a olhamos surpresas.

- Susie Marie Jones! Que vocabulário é esse? -Lisa pergunta e ela ri alto.

- Sabia que vocês iriam ficar chocadas -franjinha riu mais um pouco.

Susie de nós quatro com certeza é a mais normal e quieta, as vezes que ela
se solta um pouco mas ainda é bem tímida.

- Vejo vocês amanhã? -Susie pergunta e confirmamos.

- Vamos busca-los no aeroporto -Lisa diz e ela concorda.

- Ok, até amanhã -ela diz e desliga.

- Bom, vou deixar você se arrumar e barriguda? Como está meu sobrinho? -
Emy pergunta.

- Ele vive faminto -ela diz- Dylan não para de me dar comida...nem reclamo
-ela diz sorrindo.

- Cuidado com essa alimentação -digo séria e ela concorda.

- Tchau gata, tchau mucura -Emy diz e eu aceno enquanto Lisa mostra o
dedo do meio para ela que desliga rindo.
Ficamos só eu e Lisa que me encarava com um sorrisinho cheio de
convencimento.

- Vai fala -digo.

- Não vou falar nada, vou deixar as coisas fluírem.

Suspirei.

- Só me responde uma coisa -ela diz e eu concordo.

- Você acha que está nutrindo um sentimento...forte?

- Não...talvez...sim -seu rosto fica confuso, tinha até uma interrogação na


sua testa- Eu não sei -digo a verdade.

Eu não sei se estou apaixonada por Adam, eu tenho atração, desejos, ciúmes
mas isso pode significar apenas atração física e não um sentimento real, eu
preciso ter certeza.

- Certo, vou te dar um conselho -ela diz me deixando atenta.

- Não hesite em dizer quando souber, talvez você possa se surpreender -ela
diz.

- Tudo bem, mas e se ele não sentir o mesmo? -pergunto.

- Você manda ele para puta que pariu e segue com a sua vida -ela diz- Você
tem a nós agora, as coisas não serão como antes.

Sorri de lado.

- Vai para o seu não encontro e se divirta, e não esqueça a camisinha -ela
diz e eu ri balançando a cabeça.

- Escolha o vestido vermelho -diz e eu franzo o cenho.

- Como você sabe que tem esse vestido? -perguntei.


- Sempre tem -ela diz e acena desligando em seguida.

Pus o celular de volta aonde ele estava e me levantei pegando o vestido de


alça vermelho que ficava acima dos joelhos e tinha um belo decote na
frente.

Coloquei o vestido e arrumei meu cabelo em um coque despojado mas


elegante para a noite, estava colocando os sapatos quando uma batida na
porta ecoou.

Um sorriso sincero saiu dos meus lábios.

Adam

Andei de um lado para o outro na frente da porta dela tentando diminuir


meu nervosismo e ficar neutro.

Merda! Eu estou me sentindo um adolescente de novo.

Respirei fundo e dei duas batidas na sua porta finalmente, Rubi pareceu
demorar uma eternidade até abrir aquela merda, mas até que ela foi abrindo
e seu rosto foi sendo liberado, logo um vestido vermelho chegou na minha
visão.

O que diabos é isso?

Que sensação é essa no meu peito? Estou tendo um infarto?

- Oi.

Foi o que ela disse me tirando do meu transe de 60 segundos em silêncio a


admirando, essa mulher é magnífica. Sua boca estava coberta por um batom
vermelho sangue que me deixava com vontade de mordê-la, o vestido
marcava seu quadril e os seios perfeitamente. Mordi o lábio inferior e dei
um sorriso depois.

- Oi -digo e ela sorri mostrando as covinhas- Você é sempre gostosa assim


ou...

Ela riu.
- Sempre, querido -pisquei para ela que saiu da minha frente indo pegar
suas coisas para irmos.

Rubi sai da porta e entra no quarto, fico do lado de fora a esperando e vejo
quando o idiota do Cooper sai do quarto que fica a umas 4 portas depois da
dela.

Ele está guardando a chaves no bolso quando finalmente me nota, aceno e


ele faz o mesmo com uma expressão de deboche, eu apenas sei rir desse
idiota.

Eu não sei qual o problema dele comigo, será que dormi com alguma
namorada dele ou é apenas inveja mesmo? Foda-se isso não me interessa.

- Venturelli -ele diz se aproximando.

- Nelso... Nicholas -me corrijo de última hora vendo seu sorriso falso.

Rubi saiu do quarto nesse exato momento.

Ela olha para mim e franze o cenho.

- Por que você está tão sério? -ela pergunta e se vira vendo Nick, sua
expressão se suavizou quando ela entendeu.

- Oi, Nick -ela o cumprimenta.

- Olá -ele sorri de lado- Você está linda.

Eu elogio minha prima de 1 ano desse jeito.

- Obrigada -responde sorrindo.

- Vamos, Rubi -Pego na sua mão a puxando e ela me olha feio fechando a
porta atrás de si.

Caminhamos para o elevador que por sorte já estava com a porta aberta,
entramos na caixa de metal e apertei o botão do estacionamento vendo Nick
andar nossa direção até que as portas se fecharam.
Dei um longo suspiro e me apoiei na barra do elevador e olhei para Rubi
que tinha um sorriso de lado no rosto com os braços cruzados.

- O que? -pergunto.

- Nada não, cuidado para não morrer entalado -ela diz e eu reviro os olhos.

Alguns segundos depois as portas se abriram e fomos para o


estacionamento, eu prontamente passei meu braço pela sua cintura e vi seu
corpo se arrepiar, não pude conter o sorriso de satisfação que saiu dos meus
lábios.

Chegamos até o meu carro e eu abri a porta para ela que apenas sorriu.

- Milagres acontecem -falou e eu ri falso.

- Ha Ha. Engraçada! Muito engraçada!

Ela sorriu de lado me dando um selinho rápido e entrou no carro, conte


agora 5 segundos nos dedos, esse foi o tempo que eu fiquei parado de pé
com um sorriso patético no rosto.

Deus!

Balancei a cabeça e dei a volta entrando no carro saindo do hotel em


seguida, ao lado da mulher que está me deixando louco em todos os
sentidos.

Em pensar que algumas semanas atrás eu a queria o mais longe possível de


mim, agora chega até ser engraçado o fato de eu a querer por perto o tempo
todo.

Sorri de lado dando uma pequena curva na cidade iluminada de Paris, a


olhei de canto de olho e vi ela inclinada na janela observando tudo e a
todos, um sorriso pequeno saía dos seus lábios e a pouca luz que as vezes
entrava pelo carro iluminava seu pequeno corpo mostrando sua pele macia.

Malditamente perfeita.
Ficamos em um silêncio confortável e as vezes ela me encarava mostrando
aquelas covinhas em um sorriso de felicidade, ela estava feliz. Só em saber
que eu posso arrancar os melhores sorrisos dela faz tudo ficar mil vezes
melhor.

Meu Deus...será que eu? Não, eu não posso estar apaixonado por ela, eu
não faço ideia de como é esse sentimento então não tenho como saber,
certo? Além do mais, nos conhecemos apenas a alguns meses e agora que
temos proximidade. E se for só atração? Talvez eu esteja me precipitando,
preciso ter certeza.

Não vou ficar mais nervoso.

Não tem sentido.

Engoli em seco.

Eu estou nervoso pra caralho!

Qual é? Já sai com tantas mulheres que seria inútil contar nos dedos das
mãos e dos pés.

Mas isso é diferente, nenhuma delas era a Rubi, você está em um encontro,
meu subconsciente me diz.

Pisquei confuso e constatei que isso realmente parecia um encontro, que se


dane, é um encontro sim.

Suspirei.

Eu estou tão fudido.

Continua...

×××

Onw

Queria um namoradinho 🥺

Cacete eu tô muito carente, socorro.


Vote e comente!

Vejo vocês em breve ❤️✨.


32° capítulo

Adam

Tirei o cinto de segurança quando estacionei o carro ouvindo o barulhinho


dos pés impacientes.

- Onde estamos? -perguntou curiosa.

- Vamos jantar -digo apenas.

Saio do carro que estava na frente do restaurante e dou a volta abrindo a


porta novamente para que ela saísse, ofereci minha mão que a pegou de
bom grado e nós entramos no estabelecimento.

Ela me olhou desconfiada e eu apertei mais seu corpo contra o meu quando
agarrei sua cintura a puxando para mim.

Vai que ela foge.

Tinham mais ou menos umas seis janelas de vidros pelo salão com dois
lustres pendurados pelo mesmo, em baixo deles estavam várias mesas
redondas cobertas por uma toalha de cetim escura, e lá estava.

Mais um pouco a nossa frente estava o palco, onde pretendo convencer


minha princesa a cantar essa noite.

Seus olhos varreram o lugar com cautela e admiração, quando pousou no


palco ela levantou uma sobrancelha e me encarou.

Acho que ela vai jogar um sapato na minha cabeça.

Dei o sorriso mais cínico da minha vida e vi ela cruzar os braços.

- Você é muito, muito babaca -ela diz e eu passo a mão no cabelo me


gabando.
- E seu pedir por favor... -ela riu pelo nariz e eu peguei na sua mão nos
levando até uma mesa vazia que estava no final do restaurante.

As pessoas que estavam a nossa volta conversavam animadas e alguns


casais trocavam carícias e beijos, nos sentamos um perto do outro e logo o
garçom veio nos atender.

Fizemos o pedido normalmente e ele saiu nos deixando sozinhos, ela


parecia ansiosa...ou nervosa, ainda estou tentando decidir.

- Tudo bem? Quer beber alguma coisa? Que tal margueritas? -pergunto
animado e ela me olha com tédio.

Ela definitivamente vai jogar um sapato na minha cabeça.

- Não inventa, já chega de vergonha -ela diz e depois faz uma expressão
travessa- Quer me embebedar, Tinker Bell?

- Se isso fizer você cantar para mim -dou de ombros e ela abre a boca
incrédula.

- Por que você quer tanto me ouvir cantar? Eu nem canto direito, sabe
aquelas tia de Karaokê? Pois é, eu sou elas mas com a garganta entalada
como se tivesse milhões de tampinhas de garraf... -peguei na sua mão a
interrompendo. Santo Deus.

- Isso eu quero decidir, princesa -falei apertando sua mão sentindo o aperto
de volta, sorri de lado.

De repente as luzes ficaram mais fracas onde estávamos e uma luz forte
chegou até o palco focando no rosto de uma mulher que tinha um microfone
na mão e sorria abertamente.

Um som ecoou do telão que estava no canto superior da parede e estava


escrito a música que ela iria cantar, mas primeiro um homem moreno
apareceu e nos apresentou a mulher.

Seu nome era Ellie, e sua música da vez era chamada "Then" de Anne
Marie. Alguns segundos se passaram e a voz da mulher ecoou por todo
restaurante e a atenção foi voltada a ela, sua voz era boa e agradável de se
escutar.

Olhei para Rubi que tinha os cotovelos apoiados na mesa e o rosto nas mãos
apreciando a mulher cantar com um sorriso sem mostrar os dentes, ela
parecia...nostálgica?

Me aproximei dela passando meu braço sobre seu corpo e minha mão
direita parou na sua coxa, ela virou o rosto para me encarar e tinha no
máximo uns 5 centímetros impedindo-me de beija-la.

- Diga que vai cantar para mim -falei, intercalando entre seus olhos e aquela
maldita boca.

Desde que a vi na porta do quarto que esse batom vermelho está


impregnado no meu lado mais perverso. Imaginei tantas vezes aqueles
lábios no meu pau de novo que perdi a conta.

- Hum...o que eu vou ganhar em troca? -perguntou e e sorrio lascivo


apareceu no meu rosto.

A melhor coisa do mundo:

- Moi.

(Eu)

Respondi em francês o que a fez levantar uma sobrancelha com um


sorrisinho de lado, ela se aproximou mais analisando todo o meu rosto.

- Tentador -fala.

Ela olhou para o palco pensativa e depois me encarou novamente, passou a


língua nos lábios e eu senti meu membro vibrar dentro da calça jeans.
Merda.

- Certo -ela diz e eu sorrio vitorioso.

Aplausos nos chamou atenção e nos afastamos um pouco para aplaudir


também, o homem moreno apareceu com uma espécie de mini troféu e deu
a mulher que sorriu em agradecimento antes de descer do palco.

- Qui est le prochain?

( Quem é o próximo? ) -ele pergunta.

Rubi me encarou e falou alto sem tirar os olhos dos meus.

- Moi.

( Eu )

O homem seguiu a voz da minha princesa e a chamou até o palco, ela se


levantou e andou até ele com as mãos ao lado do corpo, logo a sua silhueta
aparece naquela luz forte que também iluminava seu rosto.

Ele falou algumas coisas a ela que apenas concordou e o microfone foi
entregue em suas mãos, Rubi colocou no suporte deixando as mãos livres e
o restaurante inteiro ficou em silêncio ao aguarde dela, pessoas pareciam
vidradas e curiosas.

Seus olhos focaram nos meus e eu me apoiei na mesa piscando na sua


direção que apenas sorriu de lado.

O som do telão apareceu e a música que ela cantaria era "Never be the
same" de Camila Cabello. Rubi deu um leve aceno e a batida da música deu
início.

Logo sua voz ecoou por todo o ambiente me deixando vidrado, puta que
pariu.

- Algo deve ter dado errado no meu cérebro

Estou com toda a sua química nas minhas veias.

Sentindo toda a alegria, sentindo toda a dor.

Não pude evitar o sorriso de contentamento que surgiu em mim e tenho


quase certeza que meus olhos estão brilhando.

- Agora estou nervosa, não estou pensando direito ultrapassando todos os


limites, você me intoxica.
Ela sorriu olhando para baixo como se estivesse sentindo o que a música
tinha para dizer. Sua voz era doce mas tinha uns traços mais graves,
era...linda na verdade.

- Assim como nicotina, heroína, morfina

De repente, estou viciada e você é tudo que preciso.

Sim, você é tudo que eu preciso.

Ela levantou o olhar e como um imã seus olhos pousaram nos meus, ela
agarrou o microfone me encarando e senti todo meu corpo acordar. Era
exatamente isso que eu queria, ver ela cantando para mim, mas não com
uma música tão explícita que me lembre o que estamos passando no
momento.

- É você, amor

E eu sou uma idiota apaixonada pelo seu jeito de andar, amor.

Seus olhos estavam brilhantes e suplicantes, como se estivessem tentando


entender algo, eu a olhei fascinado e suspirei, não tem como essa mulher
mexer mais comigo.

- E eu poderia tentar fugir, mas seria inútil.

Ela sorriu dando de ombros e eu ri do seu jeito.

- A culpa é sua.

Ela apontou para mim e eu coloquei a mão no peito fingindo estar


indignado com tal acusação, Rubi balançou a cabeça sorrindo mas depois
ficou seria me encarando de um jeito diferente.

- Apenas uma dose de você e eu soube que eu nunca seria a mesma.

Suspirei alto.

De repente seus olhos suplicantes se tornaram algo mais forte, ela fechou os
mesmos agarrando o microfone no apoio e deixou a pausa da música
continuar.
E foi ali, quando ela abriu os olhos novamente eu soube, tudo pareceu fazer
sentindo e aquela sensação no meu peito voltou com toda força me dizendo
o que era necessário.

Eu estou me apaixonando por Rubi Mendoza.

Merda!

Mil vezes merda!

Puta que pariu, eu estou me apaixonado por ela? Nunca senti essas
sensações antes é tão novo, tão bom...diferente. Talvez ela seja tudo o que
eu preciso.

Rubi continuou cantando e eu senti cada célula minha ficar ansiosa, a


música já estava acabando e eu não tenho tempo para me recuperar dessa
confissão que eu acabei de fazer, isso parece surreal.

Eu estou me apaixonando pela minha sócia que eu odiava semanas atrás,


Cristo! Eu preciso de uma bebida. Não, eu preciso de 10 bebidas.

Abaixei o olhar pensativo de repente, e ela? Será que sente as coisas que eu
sinto? Será que ela só sente atração física por mim? Como eu também
pensava que sentia antes de realmente entender...

Perguntas assim rodeavam minha mente e eu a encarei de novo, sua voz era
tão bonita que eu poderia escutar o dia inteiro e não iria enjoar.

A última frase se foi e a música terminou, me assustei com as quantidades


de aplausos que surgiu naquele lugar, tinha até algumas pessoas de pé que a
encaravam e depois me encaravam levantando o polegar como se estivesse
me incentivando ou dando-me os parabéns por tê-la.

Rubi ria enquanto agradecia com pequenos acenos, o homem moreno


chegou perto dela entregando o mini troféu e apertou sua mão, ela sorriu
para ele e desceu do palco analisando o mesmo.

Seu sorriso era tão grande que parecia sair faíscas de felicidade do seu
corpo, ela chegou até mim e eu como um idiota dei meu maior sorriso,
coloquei a mão no meu peito.

- Eu juro que tive um orgasmo -digo e ela joga o cabelo pro lado como se
estivesse se gabando e depois sorri sincera.

- Espero que eu tenha atendido suas expectativas.

Oh, você derrubou todas elas, princesa.

Ela se sentou ao meu lado novamente e colocou o mini troféu na mesa, ele
tinha um pequeno microfone na ponta, estava escrito " Corajoso(a) e
talentoso(a) ", sorri com aquilo enquanto ela olhava para o troféu.

- É bonito -diz olhando para o objeto, eu só olhava para ela.

Seu cabelo cobria um pouco seu rosto e eu levei meus dedos até lá o
afastando para colocar atrás da sua orelha, deslizei meu dedo pela maçã do
seu rosto fazendo um carinho e ela sorriu para mim pegando no meu dedo e
parando meus movimentos.

Eu adoro esse sorriso, coloquei minha mão na sua nuca e a puxei na minha
direção colocando seus lábios nos meus em um beijo terno. Ela colocou a
mão no meu braço e eu senti por um momento que ela também sentia a
mesma coisa por mim, porra! Eu vou enlouquecer, não! Eu já estou louco a
muito tempo.

Me separei dela colocando minha testa na sua e abri os olhos, ela ainda
estava de olhos fechados mas com o cenho franzido, Rubi engoliu em seco
e eu respirei fundo com o peito apertado.

Eu estou me sentindo patético!

Suas íris castanhas apareceram e um olhar doce foi lançado para mim.

- Você atende todas as minhas expectativas -digo.

- E você as minhas -ela diz baixo.

- Eu gostei da música -falei- No que pensou enquanto estava cantando?


Ela suspirou parecendo reunir forças para dizer.

- Eu só pensei em você naquele momento.

Meu coração acelerou tão forte que eu até achei que ela poderia escutar.

- Princesa...

Fui interrompido pelo garçom que chegou com os nosso pratos e abriu a
garrafa de vinho nos servindo com certa rapidez.

Tirei as mãos dela sentido nossa bolha ser estourada e respirei fundo,
covarde do caralho! Eu tenho um sério problema para resolver antes de
dizer algo a ela, só o pensamento de dizer que gosto dela me deixa nervoso.

Rubi me lançou um sorriso tímido.

Cacete! Eu sou um homem morto.

Estou virando o idiota do meu irmão apaixonado? Cristo! Dylan vai me


zoar até eu completar 50 anos.

Sorri de lado depois de alguns segundos, nunca ficarei mais feliz por ser
zuado.

×××

O casal está se desenvolvendo, eu ouvi um aleluia? Lembrando que no


próximo capítulo será o último dia na França!

Nova York! Estamos voltando.

Beijãooo ❤️

33° capítulo

Rubi

Meu coração.

Hoje, mais do que nunca, eu senti meu coração bater tão forte contra meu
peito, como se os caquinhos estivessem se reconstruindo dando lugar a um
coração apaixonado, um novo talvez.

Quando fechei os olhos naquele palco, eu senti que não era apenas atração
física que eu sentia por aquele loiro metido, quando reabri os olhos e o vi
me encarando eu tive total certeza.

Eu estou me apaixonando por Adam Venturelli.

Pensei por vários meses que não encontraria alguém que me fizesse tão bem
ao ponto de aquecer meu coração novamente, e olha a merda! Ele é um dos
caras mais cafajestes de Nova York inteira.

Será que estou pagando pecado? Não sei, mas ele é com certeza o próprio
pecado para mim.

Gosto do seu humor, gosto de como ele me faz me sentir bem sem fazer
esforço, gosto de como me faz sentir única quando estou em seus braços.

Maldito humor e corpo bonito!

Isso deveria ser crime!

Mas claro que sei dos riscos porque posso muito bem não sair inteira no
final disso. Adam pode acabar comigo em questão de segundos e eu temo
que dessa vez o estrago seja mil vezes pior.

- O que houve?

Sua voz grossa chega até os meus ouvidos e pisco várias vezes tentando
reorganizar meus pensamentos.
- O quê? -pergunto confusa.

- Você estava me olhando com um sorriso mas ele foi sumindo e uma
expressão preocupada apareceu no seu rosto -ele explica, receoso.

O barulho no restaurante pareceu cessar um pouco e Adam passa a língua


nos lábios engolindo em seco depois.

- Não pense demais -ele diz colocando a mão na minha perna que estava
cruzada e dessa vez eu que engoli em seco.

- Não estou, só estou analisando os fatos -digo e ele concorda.

- Chegou a alguma conclusão? -perguntou, os olhos azuis claros como o


céu.

- Sim -eu gosto de você seu idiota!

Ele aperta minha coxa com força e descruza minhas pernas, deixando claro
na sua expressão o que ele queria fazer agora.

Socorro.

- Adam, nós estamos em um restaurante -o relembro meio ofegante quando


seus dedos sobem lentamente pela minha pele desnuda.

- Ninguém pode ver o que estou fazendo.

Ele diz isso porque a toalha escura é grande o bastante para fazer cobrir a
mesa por inteira, assim escondendo o que está atrás dela, olhei em volta e
todos pareciam dispersos com a sua própria vida.

Eu olhei para frente vendo o palco e senti Adam se inclinar na minha


direção para sussurrar no meu ouvido: - Abra mais as pernas para mim,
princesa.

Estremeço na mesma hora.


O encarei vendo um olhar malicioso e por impulso eu abri mais as minhas
pernas dando livre acesso a ele.

Adam sorriu quando eu fiz o que ele disse e mordeu o lábio inferior assim
que seus dedos acariciaram meu sexo por cima da calcinha branca de renda.

Puxei a respiração procurando oxigênio para os meus pulmões e entreabri


os lábios para suspirar.

- Boa menina, agora eu quero que você coloque as mãos em cima da mesa e
aperte a toalha quando for gemer.

Coloquei ambas as mãos em cima da mesa sentindo-me encharcada e com


adrenalina correndo pelas veias. Isso era muito bom.

- Olhe para mim -ordena.

Virei meu rosto na sua direção e encarei os pares de olhos azuis que tanto
mexiam comigo, Adam olhou para baixo sutilmente afastando mais um
pouco meu vestido e eu limpei garganta quando senti minha calcinha sendo
afastada.

- Quero ver o seu rosto quando eu fizer você gozar -ele me encara e eu gemi
baixinho sentindo um dedo me penetrar.

Adam começou em um ritmo lento e foi aumentando quando inseriu o


segundo dedo lentamente, fechei os olhos ofegando ao apertar a toalha da
mesa com força.

Puta merda.

- Eu quero que você imagine -ele sussurra no meu ouvido e eu mexo minha
cabeça quase implorando para ele beijar meu corpo- Imagine que sou eu
dentro de você, que é o meu pau fazendo você gemer e ofegar.

Agarrei seu outro braço o apertando e Adam acelerou o ritmo me fazendo


dar um gemido mas ele parou de fazer o que estava fazendo e eu o encarei
frustrada.
- Shi Shi -ele beijou meus lábios mas se afastou rápido demais- Baixinho,
princesa.

- Não tem como -sussurrei de volta com o peito ofegante e ele sorriu
agarrando minha perna direita que estava próxima das suas, eu me
aproximei mais de Adam quando ele colocou essa mesma perna em cima do
seu joelho me deixando um pouco mais aberta.

Olhei para a minha perna em cima do seu joelho e depois para a mesa nos
cobrindo da cintura para baixo - Você tira todo o meu senso de
responsabilidade -sussurrei e ele levantou uma sobrancelha com um sorriso.

- Quer dizer que eu devo parar de acariciar você por baixo da mesa?

- Não ouse -arregalo os olhos quando percebo que isso saiu da minha boca
rápido demais.

- Humm... -ele geme satisfeito- Rubi Mendoza está quase me implorando


para tocá-la, isso é ótimo!

- Eu vou jogar meu sapato em você.

- Sabia!

Ri baixo colocando minha mão na sua camisa e o puxei para mais perto até
seus lábios colarem nos meus, eu sentia o gosto de vinho que estávamos
tomando antes e passei minha língua pelo lábio inferior.

Adam apertou minha coxa fazendo mais pressão nos dedos antes de voltar a
me tocar, parei de beija-lo jogando a cabeça sutilmente para trás e sorri
quando senti seu beijo no meu queixo.

Senti o polegar no meu clitóris e ele me beijou novamente para abafar o


gemido que dei quando senti seus dedos me penetrando novamente, apertei
sua camisa de leve e coloquei a outra mão em cima da mesa para me apoiar
um pouquinho.

Ele se afastou mordendo o meu lábio inferior deixando minha respiração


mais descompassada do que estava.
Mordi meu lábio tentando ser silenciosa ao sentir a pressão dos seus dedos
aumentar, Adam se inclinou um pouco mais para o meu lado fazendo o
movimento do seu braço parecer quase imperceptível.

Ele dá um resmungo quando olha para baixo vendo o bico dos meus seios
rígidos sobre o vestido e depois me encara fazendo seu polegar se mexer de
forma circular sobre meu clitóris.

- Adam... -apertei a toalha da mesa e nós escutamos o barulho das coisas se


mexendo em cima dela, tirei minha mão e coloquei na sua coxa de lábios
abertos e expressão de prazer sabendo que estava perto.

- Mais rápido? -ele pergunta antes de dar um beijo na minha bochecha


arrastando o nariz até o meu pescoço- Eu farei o que você quiser.

Sorri ofegante e virei meu rosto para encara-lo, Adam olhou para a minha
boca e depois para meu peito.

- Eu quero mais rápido -sussurrei e ele sorriu malicioso atendendo o meu


pedido rapidamente, o gemido que saiu de mim foi tão mais forte que eu
não consegui evitar, olhei para frente vendo as pessoas meio que aplaudindo
uma nova pessoa que iria se apresentar.

Senti uma mão no meu rosto apertando minhas bochechas fazendo um bico
pequeno na minha boca, virei o rosto e olhei para Adam que tinha o maxilar
apertado, quando ele acaricia meu clitóris mais uma vez eu finalmente gozo
com os olhos vidrados nos seus.

Ele suspira satisfeito ainda me tocando e eu engoli em seco colocando


minha testa na sua, o corpo todo quente e as pernas trêmulas.

Seus dedos saem de dentro de mim e eu vejo perfeitamente quando Adam


os coloca na boca experimentando.

- Deliciosa -sussurrou, sorri ofegante e balancei a cabeça, maluco.

Adam tocou na minha perna que estava sobre a sua e colocou de volta
aonde estava antes, apoio minhas costas na cadeira com a respiração ainda
escassa.
O mesmo tirou um lenço do bolso de trás e me limpou cuidadosamente me
dando um beijo na testa depois.

Esse homem consegue ser um safado e carinhoso ao mesmo tempo, estou


fudida.

- Você quer sobremesa? -perguntou como se nada tivesse acontecido.

Meu Deus do céu.

- Não, já estou satisfeita -falo- E você?

- Acabei de ter a minha -ele me encara.

Senti minhas bochechas ganharem uma cor rosada e ele riu alto levando
uma mão para o meu maxilar deixando sua boca a centímetros da minha.

- Você fica linda com vergonha -ele diz.

Adam me deu um selinho demorado e eu sorri depois que nos afastamos.

- Vou pagar a conta -ele diz e eu concordo.

Adam ficou no mesmo lugar pelos próximos 10 segundos, franzo o cenho.

- Você vai ou quer que eu...

- Espera!

Pisco uma par de vezes e depois olho para baixo vendo sua ereção aparente
quase rasgando a calça jeans, ri alto, quase caio da cadeira.

- Isso, ria. Quero ver você rir mais tarde.

Parei de rir.

20 segundos depois...
- Adam, já estão fechando o restaurante -menti e ele me olhou irritado ainda
excitado.

- Eu acho que você deveria sair de perto de mim, é, vai, vai -ele balança as
mãos me expulsando e eu dou um soco na sua coxa.

- Você que não controla esse pau e a culpa é minha?!

- É! É totalmente culpa sua, porra.

Dei de ombros.

10 segundos depois...

Suspirei olhando para o meu pulso fingindo que tinha um relógio ali, Adam
me encara.

- É isso, acabei de fazer 28 anos -falo com um sorriso falso e ele finalmente
levanta jogando o guardanapo no meu colo.

Ri alto vendo-o ajeitar a calça jeans a puxando mais um pouquinho para


cima.

Vejo Adam andar pelo restaurante e alguns olhares e suspiros são


direcionados a ele imediatamente, sorri de lado e bebi um gole de vinho
deixando a taça vazia e ajeito meu coque que estava caindo um pouco.

Vejo uma notificação no meu celular e pego o mesmo vendo que era uma
mensagem de Josh.

"Estou com saudades, esse lugar é um porre sem você. Volte logo"

Sorri para o celular e digitei a resposta.

"Já estou voltando, não esqueça do meu café com bastante caramelo e
chantilly"

Alguns segundos depois ele manda outra mensagem:


"Esqueci como você é chata, pode ficar aí mesmo" .

Mandei um emoji do dedo do meio e ele apenas mandou um coração,


desliguei o celular vendo Adam vir na minha direção e parar ao meu lado.

- Vamos -ele estende a mão para mim que a pego.

Saímos do restaurante e eu com o mini troféu nos braços segurando a mão


de Adam agindo como um casal de namorados, ele pareceu não se importar
porque estava apertando minha mão como se estivesse me impedindo de
fugir ou algo do tipo.

Começamos a andar na direção contrária de onde o carro estava e eu franzi


o cenho sentindo a brisa de Paris atingir meu rosto.

- Para onde estamos indo? -pergunto.

- Seu guia turístico gostoso aqui -ele apontou para si- Decidiu que seria
bom passearmos um pouco de noite.

- Hum hum, e o meu guia turístico vai...

- Gostoso -ele me interrompe.

- Meu guia turístico gostoso -me corrijo- Ele vai me dizer para onde vamos?

- Quem? -pergunta enquanto caminhamos pelas ruas.

- Você.

- Que é?

Bufei irritada.

- Gostoso! Pronto! Você é gostoso! -falo alto.

Cara chato do caralho!


Sorri para ele igual uma idiota quando o mesmo me roubou um beijo
rápido.

Hum... continuo achando ele chato.

- Adoro suas covinhas -ele colocou o indicador no meu rosto, sorri pequeno
querendo gritar.

Olhei para frente e vi algumas pessoas caminhando e comendo ao ar livre,


parecia um tipo de praça. Tinha poucas crianças correndo e muitos adultos,
creio que pela hora o lugar fica mais frequentado por adultos.

Andamos um pouco e nesse meio tempo conversamos sobre coisas


aleatórias e até mesmo alguns desejos.

- Uma coisa que você não faria de jeito nenhum -ele pede com o braço
direito segurando minha cintura.

- Pular de paraquedas -respondo sem exitar.

- É legal -ele diz e eu o encaro.

- Já fez isso? -pergunto.

- Peter meio que me obrigou -responde- Mas foi uma experiência legal.

- Ficou morrendo de medo?

- Quase me caguei -diz rindo e eu ri também- Peter gosta dessas coisas,


qualquer coisa que seja perigoso e proibido ele gosta.

- E do que você gosta? -pergunto.

- Animais, Audi e sexo -responde rápido.

Não fiquei surpresa.

- Já tinha percebido que você gosta de Audi, os carros são bonitos -falo
sentindo um incômodo nos pés- E também de sexo.
- Você repara muito em mim -ele fala.

- Sr. Venturelli, é impossível não reparar em você.

- Eu sei -ele dá de ombros- Seu guia turístico além de gostoso é lindo pra
cacete, não tem como competir.

Adam é tão convencido que cacete!

Eu arrancaria esse convencimento com uma faquinha.

- Certo, e o que você não faria de jeito nenhum? -perguntei.

Ele ficou pensativo.

- Deixar minha família -ele diz sério- São tudo para mim.

O encarei com admiração no rosto e passei meu braço pelo seu tronco o
apertando, ele apenas deu um beijo na minha cabeça.

- Um filme -ele diz.

- Deadpool -falamos ao mesmo tempo.

Rimos e eu parei de andar e consequentemente ele também parou me


olhando confuso.

- O que houve?

- Meu sapatos -digo- Estão me matando.

Ele fez um "o" com a boca e olhou em volta.

- Vem, vamos sentar ali -ele aponta e eu sigo o seu dedo vendo um banco
marrom.

Ele me ajudou a andar até lá e nos sentamos no banco, tirei os sapatos e não
tinha calos nem nada, estava apenas doendo.
Gemi aliviada quando apertei meus pés e Adam puxou minhas pernas
fazendo-as ficar no seu colo e fez uma leve massagem nos mesmos.

- Me desculpe, não tinha a intenção de nos fazer andar tanto.

Eu acredito nele, mas nós ficamos tão entretidos conversando que nem
notamos que provavelmente andamos uns 4 quarteirões.

- Tudo bem -digo com um sorriso terno nos lábios- Valeu a pena.

Ele fez a massagem no outro pé e eu aproveitei aquilo, até que ele era bom
nisso.

- Está cansada? -pergunta enquanto eu vejo seus músculos se contraindo


cada vez que ele apertava meu pé.

- Um pouco -falo a verdade.

- Quer ir para o hotel descansar? Amanhã temos um veredito para escutar.

- Sim, acho que devemos ir.

Já tinha até me esquecido que teremos de ver os Foster's amanhã e saber a


decisão deles, espero que possamos conseguir isso.

- Ok, vou atrás de um táxi.

- Táxi?

- Sim, não vamos voltar para o carro agora -responde.

- Mas ele vai...

- Vai ficar lá e amanhã eu peço para o motorista busca-lo.

- Esse carro é seu mesmo? -perguntei e ele sorriu.

- Sim, princesa é meu. Eu vinha para Paris com um pouco de frequência e


precisava de um carro, o motorista fica encarregado de cuidar dele.
Assenti e ele se afastou indo até a rua atrás de um veículo para nos levar de
volta para o hotel.

(...)

- Aí! filha da...

Gritei alto quando senti o sapato desse gigante loiro quase estraçalhar meu
pé.

- Merda, foi mal! Eu não vi você -ele diz rindo e se afastou na hora que
tentei atingir seu corpo bonito.

Me apoiei na parede vendo estrelinhas de dor, puta que pariu como isso dói.

Estávamos no saguão do hotel prestes a entrar no elevador quando esse


caralho aqui pisou no meu pé que agora está vermelho.

- É claro que não viu, só existe você no mundo! -resmungo e ele coloca a
mão no peito dizendo "Nossa, ela está atacada".

- Para de drama, Mendoza. Nem está roxo nem nada -ele diz e eu estapeio
seu braço que ri em seguida.

- Vamos -ele me pega pela cintura e juntos entramos no elevador.

Me encostei na parede e Adam fez o mesmo do outro lado batendo meus


saltos que estavam na sua mão na parede e fazendo um som estridente.

As portas se abriram e nós saímos de lá, eu não estava fazendo drama, esses
saltos acabaram comigo e ainda ganhei uma pisada de brinde.

Adam começou a andar e eu andei em passos lentos, eu me sentia uma


tartaruga.

Ele percebeu que eu não estava do seu lado e olhou para os lados e depois
para trás com o cenho franzido.

- Vamos, vamos -ele apontou para frente e eu mostrei meu dedo do meio.
- Acha que está falando com quem?! Com Mops??

Ele semicerrou os olhos e levantou o pulso na altura do rosto vendo as


horas no relógio, ele me encara em seguida.

- Rubi, já estou com 28 anos -ele repete o que eu disse no restaurante e eu


consigo dar uma corridinha na sua direção planejando atacá-lo mas ele
apenas riu e eu dei um gritinho quando ele me agarrou pela cintura me
carregando até eu ficar no seu ombro apoiada.

- Meu Deus! Eu vou cair -digo e ele me joga para cima tentando me firmar
e eu solto um grito de desespero cobrindo o fundo no meu vestido para não
mostrar nada demais.

- Adam! Eu juro que vou colocar veneno...ei!!

Parei de ameaçar Adam quando vi Maria passar por nós com um sorriso
enorme no rosto.

- Eita que hoje tem! -ela grita levantando os braços e eu sorrio


envergonhada.

Adam se virou para falar com ela a tirando do meu campo de visão
logicamente, fiquei de costas para ela vendo o corredor vazio.

- Nós vamos embora amanhã de manhã, foi muito bom rever você -ele diz e
tenho quase certeza que ele está sorrindo.

- Oh, boa viagem meninos. Juízo viu! Espero rever vocês de novo -ela diz.

- Foi um prazer te conhecer, Maria -grito.

- Igualmente, Srta. Mendoza -ela grita de volta.

Adam se virou novamente caminhando até os nossos quartos e dei um


tchauzinho para Maria que apenas ria da situação.

Deixei meus braços caírem e aceitei a ajuda para andar.


- Onde está sua chave? -pergunta.

- Está na capinha do meu celular -respondo.

Ele tirou meu celular que estava no seu bolso quando eu dei a ele no táxi e
me deu para tirar a chave, a tirei rapidamente da capa o entregando em
seguida que abriu a porta.

Entramos no quarto e ele não fechou a porta, Adam me colocou na cama


com cuidado e deu um beijo demorado nos meus lábios.

Logo depois ele ficou me encarando em silêncio.

- Eu preciso tomar um banho e trocar de roupa -ele diz, eu não queria mas
acabo concordando.

Ele colocou minha chave na cômoda e me olhou antes de sair pela porta.

Suspirei, acho que me acostumei a dormir com Adam e preciso


urgentemente me desacostumar, não posso ficar com ele a todo momento.

Fiquei alguns minutos olhando para cima pensativa.

Me levantei depois sentindo meus pés darem pequenas pontadas e fui para o
banheiro, tirei o vestido vermelho o colocando no descanso que tinha na
porta e logo depois a lingerie branca, soltei meu cabelo do coque e o mesmo
caiu sobre meus ombros.

Liguei o chuveiro esperando a água esquentar um pouco e quando estava


prestes a entrar no banho eu ouço uma batida na porta.

Desligo o chuveiro e me enrolo na toalha, andei até a bendita abrindo em


seguida.

- Adam?

Ele ainda estava com as mesmas roupas e com os punhos cerrados, seus
olhos passearam pelo meu corpo e eu apertei a toalha tentando me
convencer de que tinha algo me cobrindo porque o olhar de Adam parecia
me dizer o contrário.

- Acabou as toalhas limpas.

Foi o que ele disse antes de avançar sobre mim agarrando minha cintura e
me dando um beijo quente e gostoso. Sorri no meio do beijo quando sua
mão agarrou minha toalha a tirando do meu corpo.

Adam parou o beijo e se afastou para encarar meu corpo, seu olhar intenso
foi jogado para mim e eu apertei minha perna uma na outra.

- Eu quero foder você desde que te fiz gozar naquele restaurante.

Ele tirou a jaqueta preta do seu corpo e jogou no chão tirando a camisa em
seguida. Ele também tirou os sapatos assassinos e desfez o botão da calça
jeans.

- Algo contra? -pergunta.

- O que você está esperando?

Adam sorriu satisfeito.

- Minha princesa é fofa e safada, combinação perfeita.

Meu coração errou uma batida.

- O que...o que você...

- Sim -ele se aproximou agarrando minha cintura fazendo meus seios


colarem no seu peito.

- Minha princesa -ele sussurra contra meus lábios e eu suspirei me perdendo


nos lindos olhos que Adam tem.

Ele me carregou fazendo minhas pernas envolverem seu quadril e levei


minhas mãos para a sua nuca.
Fomos para o banheiro e ele entrou no box capturando meus lábios com
certa urgência quando senti minhas costas baterem na parede.

Gemi contra sua boca sentindo sua ereção se esfregando em mim as vezes,
parei de beija-lo quando ele desceu o rosto para beijar meus seios.

Adam mordisca o bico rígido e eu forço a cabeça para trás me mexendo


sobre sua ereção.

Coloquei a mão no box de vidro que estava embaçado por conta da água
quente deixando o ar mais excitante.

- Adam, eu quero você dentro de mim, agora -ordeno e ele volta a me


encarar, percebo sua mão indo para trás até ele baixar mais um pouco sua
calça.

- Pronta? -ele tirou um preservativo do bolso.

Sorri com os lábios entre os dentes e balancei a cabeça afirmando.

É claro que eu estava pronta para ele.

×××

Esse é o maior capítulo de todos os meus livros KKK fui desafiada a


escrever 3.000 mil palavras, e né que eu fiz KKKK nem lembrava 😪.

Vote!

Plis plis, obrigada 😁.

10 capítulos hoje hein.

Até, babys ❤️.


34° capítulo

Rubi

- Ei! Para de me comer com os olhos e vem aqui me ajudar!

Adam levantou uma sobrancelha para mim ouvindo minha ordem e cruzou
os braços no peito enquanto tinha o corpo encostado na cômoda me
encarando como se eu fosse um doce de padaria.

Seus músculos dos braços se contraem quando ele se movimenta para sair
de onde estava.

Gostoso demais.

A fadinha estava vendo meu sofrimento ao tentar fechar o zíper da minha


saia que ficava na parte de trás e estava difícil de alcançar.

Adam andou até mim lentamente e parou atrás do meu corpo, olhei para
frente quando seus dedos puxaram o zíper para cima devagar.

- Eu não deveria estar fechando isso... -sussurra perto do meu ouvido.

- Por que não?

- Porque eu deveria estar tirando -responde antes de beijar meu ombro me


fazendo dar um sorriso pequeno.

Pervertido.

Que eu adoro.

- Você está perfeita -ele diz se inclinando sobre mim fazendo seu membro
roçar na minha bunda.

Arfei de leve e levantei o olhar vendo as cortinas brancas e a varanda tendo


a bela Torre Eiffel de vista, isso parece um sonho...ou aquelas cenas clichês
de filmes ou livros.
Fechei os botões da minha blusa com um sorriso de lado no rosto, me virei
ficando de frente para ele e abracei seu tronco com os meus braços.

- Única coisa que você vai tirar aqui, vai ser minha paciência.

- Por que você acha que eu estou sempre tirando sua paciência? Eu não
entendo isso... -ele debocha e eu reviro os olhos.

Adam passou a mão no meu cabelo alisando-o e parou ao lado da minha


bochecha, descansei a cabeça na sua mão e fechei os olhos aproveitando o
contato. Seu toque me fazia bem.

Senti ele beijar minha bochecha e abri os olhos lentamente vendo um


sorriso bobo nos seus lábios.

Merda, que ele não quebre meu coração.

- Nós temos que ir -ele diz e eu concordo.

Peguei meu celular de cima da pequena escrivaninha junto ao carregador e


guardei na minha mala que já estava arrumada deixando apenas o aparelho
na minha mão.

Adam pegou o contrato em cima da cama e eu prontamente fui colocar


meias e o único tênis que tinha na mala. Ele era rosa com um pouco de
glitter prata em cima e não tinha cadarços, parece que um arco-íris tinha
vomitado no meu tênis que caso uma urgência acontecesse seria de
utilidade.

Quer dizer, se Paris ficasse sem luz. Eu ajudaria a iluminar.

Lua com certeza o enfiou aqui por engano quando pedi ela para escolher um
par enquanto tomava banho naquele manhã.

Eu até usaria um salto mas não quero, já chega de dores. Eu trouxe apenas
três saltos altos e os usei direto aqui, meus pés se pudesse iriam chutar a
minha bunda.
Os calcei e me levantei, Adam olhou para os meus pés e depois me encarou
com as sobrancelhas juntas como se me dissesse "Você está me implorando
para zoar com você, não é possível!"

Modo sarcástico do Adam foi ativado.

- Esquece que eu falei antes, agora sim você está perfeita -diz e eu sorrio
pequeno.

- Espero que ninguém note a discrepância -falo alisando minha saia e blusa
social.

- Ah sim, ninguém vai perceber -Adam diz.

- Você acha? -pergunto olhando os tênis.

- Claro, só cuidado para as crianças não agarrarem seus pés quando formos
descer.

Reviro os olhos e mostro o dedo do meio para ele que coloca a mão no
rosto fingindo chorar.

- Idiota -digo quando passo por ele abrindo a porta e ele apenas ri do meu
lindo tênis.

- Espera, espera, eu tenho mais uma -ele levanta o dedo e eu paro de andar
colocando minhas mãos na cintura.

- Fala!

Ele pegou o celular do bolso e fingiu atender uma ligação.

- Alô? Oh, sim -ele me encara- O presidente está pedindo para você
devolver o gerador de luz de Nova York.

- Vai Se foder! -gritei com ele que riu alto quase caindo no chão, otário!

Saio do quarto primeiro e ele veio atrás de mim todo vermelhos tanto de rir.
Eu sentia seu olhar queimar nos meus pés.
- Caralho, princesa! ELE PISCA! -ele grita- SEU TÊNIS ESTÁ
PISCANDO? PUTA MERDA! PRECISO BATER UMA FOTO DISSO!

Eu tinha me esquecido desse detalhe, maldito Carlos que me dá um tênis de


criança, e que eu adoro.

- Cala boca, Adam!

Ele ri alto novamente e fomos na direção do elevador.

(...)

Adam colocou o contrato em cima da mesa e suspirou, me sentei na cadeira


me virando de frente para a porta e cruzei as pernas olhando para a sala que
nos foi designada, ele andou até a pequena máquina de café que tinha no
canto e serviu dois copos.

Me encostei naquela cadeira confortável e em seguida ele estendeu o copo


de café para mim.

- Quando sairmos vamos tomar um café da manhã decente -ele diz e eu


pego o copo da sua mão- E claro, passar no campo de futebol para dizer que
você não vai poder iluminar o campo hoje.

Quase jogo o café na cara dele, mas ele conseguiu correr antes disso.

Bebi um gole e ouvimos o celular dele tocar. Adam tirou o celular do bolso
e deslizou o dedo pelo tela levando o aparelho até o ouvido.

- Oi, amor -franzi o cenho.

Amor?

- Estou voltando hoje -diz.

Com quem ele está falando?

Me levantei da cadeira e fui até onde tinha a máquina de café e me servi


outro, bebi como se bebe tequila já que não estava tão quente e deixei o
copo lá voltando para a minha cadeira enquanto ele falava sabe Deus com
quem.

Cruzei os braços e encarei tudo menos ele.

Mas foi inevitável não o olhar quando ele parou na minha frente e cruzou os
braços com um sorriso de lado.

- Não, pegue outro -ele diz e eu balanço minha perna.

- Foda-se cara, você tem sua moto.

Cara?

O olhei confusa e ele levou o dedo até o meu nariz o tocando várias vezes
até que bati na sua mão e vi ele sussurrar um "ciumenta".

Fiz uma cara de deboche e dei de ombros.

- Peter Ross! Se eu chegar em Nova York e tiver sequer uma marca de dedo
no meu Audi eu passo com ele por cima de você, é, é, vou deixar outra
tatuagem no seu braço, babaca!

Ele diz e caminha pro outro lado da sala parecendo irritado.

- Cade a Lily? -Adam pergunta- Leve-a para consertar e compre um carro.

Lily? Peter deu um nome para a moto dele? Bem a cara dele fazer isso, na
verdade.

- Eu sei que você tem carro, mas ele não funciona porque só fica parado!

Ouvi passos vindo do lado de fora e me levantei indo até Adam o puxando
para perto da mesa.

- Desliga isso -falo.

- Sim, é ela -ele diz e me encara- Cala a porra da boca, Peter!

Pude ouvir a risada de Peter do outro lado da linha.


- Ok, cuidado com o meu carro, porra.

Ele desligou e eu o encarei com uma sobrancelha levantada.

- O que? Peter me irrita -ele diz pra mim

- Agora você sabe como Dylan se sente -digo e ele fica estático, quase
paralisado quando para pensar nisso por alguns segundos.

- Meu Deus -sussurra.

Na mesma hora a porta foi aberta e nós viramos para encarar a família,
Sebastian, Lorenzo, Carmen e Antony entraram na sala impecáveis como
sempre e vestidos a caráter.

Um outro homem também entrou na sala com uma maleta e um terno preto,
ele usava óculos de grau e tinha um pequeno topete. Na mão esquerda uma
aliança que brilhava e no pulso um relógio todo preto mas com alguns
brilhantes dentro, aquilo devia custar uma fortuna.

- Bom dia -Sebastian se manifesta.

- Bom dia -Adam e eu falamos ao mesmo tempo.

Cumprimentei todos com um aceno discreto que me cumprimentaram da


mesma maneira a não ser Antony que piscou para mim e eu apenas acenei
com a cabeça.

- Este é Charlie Hall, nosso advogado -Lorenzo começar a explicar e aponta


para o mesmo que deu um sorriso pequeno.

Olhei para Adam me segurando para não pular e comemorar com ele.

- Ele leu o contrato e está aqui para nos auxiliar quando assinarmos -Antony
diz.

Isso! Isso! Isso!

- Caso haja algum impasse, vamos resolve-lo agora -Carmen diz.


Adam me encara e sorri de lado.

- A partir de hoje -encaramos Sebastian que dá continuidade a fala dos


filhos- Nós somos sócios da empresa Tchenology Designer.

Nós conseguimos! Puta que pariu me arrepiei toda.

- Que tal agilizarmos isso agora mesmo? -Adam pergunta em um tom


profissional e eu apenas consigo pensar em comemorar com esse loiro
metido.

- Por favor -Sebastian diz apontando para nos sentarmos.

Me virei de costas para andar até a cadeira e dei um grande sorriso em


comemoração, ainda dei um soquinho discreto no ar, mas quando me virei
de novo eu estava plenissíma.

Adam e eu nos sentamos no lado esquerdo da mesa e eles no direito e o


advogado na ponta.

Lemos o contrato por inteiro e até mudamos algumas coisas. Sugerimos


algumas ideias e eles fizeram o mesmo riscando o contrato.

Ficamos cerca de 1 hora na sala conversando sobre a parceria até que vejo
Sebastian tirar uma caneta dourada e preta do paletó e olha para o advogado
que balança a cabeça concordado.

Não sei o que esse advogado fez mas Sebastian confia nele de olhos
fechados.

Ele clicou no botão da caneta e puxou o contrato para si deixando sua


assinatura no maior contrato da empresa até hoje.

Nós tínhamos fisgados os Foster's de vez.

Senti Adam apertar minha mão por de baixo da mesa e apertei de volta me
sentindo realizada por termos conseguido.
Depois de mais alguns ajustes chatos os 5 se levantaram e nós dois fizemos
o mesmo, apertei a mão dos cinco com um sorriso no rosto.

- Bonito o tênis, senhorita -Sebastian diz e eu sorrio sem graça apertando


sua mão.

Misericórdia.

- Ainda nos veremos, srta. Mendoza. Espero poder leva-la para um


almoço... -Antony diz e olha para Adam que está com uma sobrancelha
levantada- Privado.

Ele sorriu de um jeito provocativo e aperta minha mão mais uma vez dando
um beijo no final, vemos os cinco passarem pela porta e irem embora.

Me virei para Adam lentamente e levantei os braços sorrindo em


comemoração e ele riu abertamente, andamos na direção um do outro e os
braços de Adam me envolveram em um abraço caloroso.

- Nós conseguimos, princesa -ele diz me apertando.

- Sim! -falo alegre- Nós conseguimos! Vou até deixar você me zoar de
novo.

- Não, já chega -ele beija o topo da minha cabeça- Mas eu ouvi dizer que o
jardim de infância perdeu o tênis de uma criança por aí, acho melhor você
devolver.

Dei um tapa nas suas costas e ele me olhou incrédulo, ri alto pondo minhas
mãos na sua nuca o puxando para me beijar. Seus lábios encostam nos meus
várias vezes e ele acaba rindo no meio dos beijos.

- Princesa! Porra, não quero ser preso por atentado ao pudor -ele apertou
minha bunda- Melhor parar antes de eu jogar você em cima dessa mesa.

- Na mesa? Queria contra a porta -falo e ele me olha incrédulo novamente,


sorri apertando seu cabelo de leve.
- Esse tênis deve ativar seu maior nível de safadeza -ele sussurra- Use-o
mais vezes.

Ri alto quando ele colocou seus braços em volta da minha cintura.

- Está com fome? -ele pergunta.

- Faminta -respondo e vejo um brilho malicioso nos seus olhos.

- Vamos comer -ele diz e pega na minha mão depois de agarrar o contrato
em cima da mesa.

Nós dois saímos da sala rumo a alguma cafeteria para aproveitar nossa
última manhã na bela cidade de Paris.

×××

Próximo capítulo já estaremos de volta a New York City, muitas coisas


nos aguardam lá. Acompanhe!

Voto e comentários, please! Amo vcs ❤️

Rola o dedinho para o próximo capítulo hehehe.

35° capítulo

Rubi

Depois que Adam e eu fomos tomar café, onde eu tomei vários


Cappuccinos, nós voltamos para o hotel.

Ambos em nossos respectivos quartos arrumando nossas coisas para ir para


o aeroporto, nosso voo sairá agora pela manhã e provavelmente chegaremos
pela noite.

Como minhas coisas já estavam arrumadas eu apenas troquei minha roupa


por uma calça jeans, uma camiseta preta lisa e a jaqueta clara também jeans.

E óbvio meu tênis rosa, sorri enquanto calçava os sapatos novamente.

Depois que terminei fui até a minha mala a puxando para a porta e prendi
meu cabelo em um rabo de cavalo.

Abro a porta colocando minha mala para fora e bati na porta do loiro,
coloquei as mãos no bolso de trás e não achei meu celular.

- Droga -falei baixo.

Entrei no meu quarto novamente a procura do meu celular e vi o mesmo em


cima da cama, fui até lá pegando o aparelho e peguei a chave do quarto
também, voltei para porta vendo Adam abrir a sua porta com um sorriso
enorme e algo na mão...aquilo era...

- Olha o que achei -diz sorrindo malicioso.

Arregalei o olhos, não por ele estar com a minha calcinha na mão e
balançando e sim por um casal de idade passar bem na hora.

- Roberto, olhe isso -a velhinha sussurra e Adam sorriu sem graça esconde a
peça no bolso de trás.
O casal se vira para mim com um sorriso bastante malicioso que fez minhas
bochechas esquentarem imediatamente, o homem olhou para Adam
novamente fazendo um legal com o polegar e a mulher me deu uma
piscadela.

Misericórdia.

Eles continuaram andando até que sumiram do nosso ponto de vista, encarei
Adam que segurava o riso. Ele estava lindo com aquela camisa branca de
botões.

- Velhinhos safados -ele disse e eu ri estendendo a mão.

- Me dê -pedi.

- Não.

- Como não?

- Estava no meu quarto, perto das minhas coisas...agora é minha -ele disse
batendo no bolso da calça jeans onde a calcinha estava.

- Mas é a minha calcinha -aponto para mim.

- Não é mais -diz e entra no quarto voltando segundos depois com a mala
nas mãos.

- Vamos, temos menos de 30 minutos para chegar no aeroporto -ele diz e


pega a minha mala.

Fiquei estática olhando para ele vendo-o andar para o elevador.

Mas...o que...mas...

- Vamos logo, Dorothy! -ele grita.

Reviro os olhos.
Fechei a porta do meu quarto guardando a chave no bolso e corri até ele
rapidamente que até fingiu estar quase cego pela luz que saía do sapato,
ADAM É UM IDIOTA!

Já no sangão do hotel eu fui até a recepção devolver as chaves e Adam foi


para frente do hotel colocar as malas no carro, falei com a recepcionista por
alguns minutos e depois fui para frente do hotel.

Avistei Adam falando com o motorista e andei até eles, senti meu celular
vibrar e o tirei do bolso vendo que era uma mensagem de alguém anônimo:
"Estou com saudades, começando a achar que você me abandonou"

"Desconhecido".

Parei de andar e franzi o cenho, não tinha foto e nenhuma descrição, apenas
o número era visível.

- Rubi! -ouvi Adam me chamar e levantei o olhar- Vamos perder o vôo.

Ele diz apontando pro carro me apressando e eu corro até ele guardando o
celular no bolso quase caindo no processo mas cheguei.

Entramos no carro e o motorista deu partida dirigindo rápido até o


aeroporto.

(...)

- Eu vou na janela -digo passando por ele e me sentando na poltrona.

Adam se sentou ao meu lado enquanto os outros passageiros se


acomodavam na primeira classe, olhei pela janela vendo o aeroporto e
alguns homens com uma blusa laranja fazendo alguns sinais com as mãos.

- Pretende dormir por sete horas dessa vez? -Adam pergunta me fazendo
encara-lo.

- Não, por que? Você tem algum plano? -pergunto e ele ri pelo nariz.

- Mas é claro! -ele quase berra.


Sorri pequeno e tentei fechar a fivela do cinto mas não estava conseguindo,
por que essa porra parece tão complicada?

- Não é assim, princesa -Adam diz olhando minha agonia.

Suas mãos foram para a fivela do cinto e fizeram força me apertando.

- Adam, também acho que não é assim -falo e ele tenta mais uma vez.

- Com licença, alguma problema?

Um homem lindo para um cacete apareceu ao nosso lado e nós dois


levantamos a cabeça ao mesmo tempo para encá-lo. Ele tinha um cabelo
preto sedoso e os olhos em um castanho claro muito bonito, seu corpo era
atlético que estava perfeito naquela roupa de comissário de bordo.

- Não

- Sim -Adam e eu falamos ao mesmo tempo.

O homem nos olhou confuso e desceu o olhar para a minha cintura


balançando a cabeça depois.

- Deixe-me ajudar você -ele diz e eu concordo.

Ele se inclinou nas cadeiras e seus dedos chegaram até o cinto, ele
rapidamente olhou nos meus olhos e puxou o cinto um pouco para cima,
senti de leve ele apertar minha cintura e o cinto apertar o centro das minhas
pernas, dei um suspiro baixo fazendo o homem me encarar de novo.

- Ele parece estar enterrado -ele sussurra.- Mas eu só preciso...

Ele puxou o negócio de metal e no processo me puxou um pouco também


por causa dos movimentos brutos.

- Vou fechar agora -ele me olha e eu juro que sua voz pareceu mudar um
pouco- Se te machucar me avise.

Balancei a cabeça concordando e ele deu sorriso de lado.


Ouvi um clique e percebi que agora o cinto já estava afivelado e eu estava
segura, o homem se levantou e eu o agradeci que apenas me deu um sorriso
de segundas intenções.

Ele se foi e olhei para Adam que estava com uma sobrancelha erguida e
uma cara irritada.

- Se te machucar me avise? Que merda foi essa?! -pergunta e eu seguro o


riso.

- Ele só estava tentando ajudar -digo e ele balança a cabeça.

- Sim claro, não tem aeromoças nesse avião para te ajudar não?

- Meu Deus! -digo e ele fecha cara olhando para frente.

- Você fica lindo com ciúmes -digo, colocando a mão no seu rosto fazendo-
o me encarar.

- Vou bater...quer dizer, falar com ele, espere aqui -ele diz tentando levantar
mas eu agarrei seu braço o impedindo.

- Para com isso! Enlouqueceu?!

Ele ficou me olhando por mais alguns segundos e seus olhos que estavam
escuros foram voltando ao normal.

- Você tem sorte de ser bonita para cacete e me manter distraído -ele diz e
eu faço um bico debochado.

- Maluco.

- Maluco -ele me imita com uma voz fina e eu agarro sua barriguinha
apertando, ele riu afastando minha mão e eu ainda sorri antes dele me beijar
gentilmente nos lábios.

Seus lábios eram tão macios que eu poderia passar o dia todo o beijando.

Nos afastamos sorrindo e a voz do piloto ecoou no avião, já iríamos decolar.


Tempos depois...

- Ai, princesa cuidado!

Adam diz colocando o braço na minha frente me impedindo de continuar a


andar pelo aeroporto.

Tínhamos acabado de chegar e já estávamos indo para o lugar do


desembarque encontrar as meninas e os meninos.

Paro assustada e encaro o chão.

- O que? O que foi? -pergunto confusa.

- Você ia pisar na poça de glitter que o sapato rosa ta deixando -ele diz e eu
o olho irritada.

- Idiota -bato no seu braço com força e ele riu se divertindo com a minha
cara, tento dar outro tapa mas ele puxa minha mão colando nossos corpos.

Ele segura minha cintura com força e uma mão vai para o meu cabelo
puxando meu rosto para cima me fazendo dar um suspiro baixinho.

Analisei todo seu rosto até que os seus olhos prenderam os meus, ele
suspirou desanimado e me apertou mais.

- O que houve? -pergunto com o cenho franzido.

- Nada, eu só quero olhar para você um pouco mais.

Não me fala essas coisas Tinker Bell, você só aquece meu coração ainda
mais.

- Você vai ver meu rosto todos os dias, trabalhamos juntos, lembra? -reviro
os olhos e depois sorrio travessa, ele faz o mesmo.

- Que tal comemorarmos? -ele pergunta- Fechamos contrato com os


Foster's, merecemos uma comemoração.
Coloco meus braços ao redor do seu pescoço e mordo o lábio inferior, seus
olhos se fixaram na minha boca por uns segundos mas se voltaram para os
meus olhos quando falei: - No que você está pensando, Sr. Venturelli? -
pergunto- Não aceito nada que não tenha comida no meio.

Adam sorriu.

- Algumas taças de vinho, algo bom para comermos -sorrio pequeno


gostando dessa comemoração e ele aproxima os lábios dos meus- Quem
sabe no final da noite eu possa ter a minha sobremesa.

A comemoração melhorou ainda mais agora.

- Qual a sobremesa? -entro no seu jogo.

- Ainda estou decidindo, mas você vai estar de pernas abertas para mim... -
engoli em seco sem desviar dos seus olhos- Eu quero você implorando para
me sentir dentro de você, eu quero a expressão quando suas pernas
tremeram, Princesa. Você quer isso?

Sua boca está quase tomando a minha quando eu balancei a cabeça


confirmando, mas nos afastamos rapidamente quando ouvimos duas
pessoas discutindo passar pelo portão do desembarque.

Vimos Peter e Emily quase bufando de raiva e logo depois o casal


maravilha também aparaceu trazendo consigo Susie e Nate que estavam
sorrindo.

- Meu Deus! Como você é chata! -Peter diz parando perto de onde se pega
as malas e põe a mão na cintura.

Ainda estava me recuperando do que acabei de ouvir do Adam.

- Que vontade de bater nessa sua cara e esfregar ela todinha pelo chão, mas
infelizmente posso ser expulsa desse aeroporto!

- Expulsa? Não me deixe sonhar, loirinha -ele diz e ela revira os olhos.

- Cretino -ela diz e ele se vira para ela.


- Chata, inconsequente e ignorante -ele diz irritado.

Emily bate palma para ele e sorri.

- Tragam o prêmio para o senhor simpatia aqui, por favor!

- Caralho, eu não te suporto -Peter diz massageando a têmpora e Emily ri


vitoriosa.

Me virei para Adam e ele me encarou.

- Nós somos assim? -pergunto e ele nega.

- Não nesse nível -Adam responde.

Pegamos as malas de rodinha e fomos até os 6 que agora estavam


aglomerados e conversando.

Paramos na frente deles e Adam e eu cruzamos os braços.

- Eles já devem estar chegando, por favor parem de brigar -Susie diz e
Dylan concorda.

- Adam e Rubi brigam mas vocês dois são inacreditáveis -Lisa diz brigando
com os dois.

Adam fingiu tossir e os seis nos encaram e depois voltam a encarar uns ao
outros, eles arregalam os olhos e nos encaram de novo percebendo que
somos nós, ouço uns gritinhos de felicidade e logo todo mundo está em
cima da gente nos abraçando e matando a saudade.

Demos espaço para Lisa por causa da barriga que olhando agora parece
estar maior, deve ser coisa da minha cabeça ou o bebê vai ser grande.

Abracei os meninos e parei nas meninas as abraçando demorado.

- Que saudade -digo.

- Sentimos sua falta também -Susie diz.


- É verdade -Lisa diz.

- Já não estava mais aguentando só essas duas -Emily diz e eu sorrio.

Fui até a barriga da Lisa de 4 meses e fiz carinho na mesma falando com o
pequeno Venturelli.

Os meninos se aproximaram da gente e vejo Dylan ficar nervoso, ele já


deve estar de cabelo branco.

Suspirei e encarei Adam.

- Não me façam perguntar -Dylan diz nervoso.

- Maninho...

Adam diz triste e faço uma cara de tristeza como combinamos no avião,
Dylan respira fundo e passa a mão nos cabelos.

- Nós conseguimos! -Adam e eu falamos ao mesmo tempo.

Dylan respira aliviado quase desmaiando e escuto algumas comemorações,


ele abraça Adam que estava ao seu lado dando dois tapinhas nas costas dele
e depois vem até mim me dando um abraço que eu retribui.

- Sabia que vocês iriam conseguir -Nate diz e eu dou um sorriso vitorioso.

Olhei para eles e cruzei as mãos, eu senti falta desses 6.

- Qual é a desse sapato? -Peter perguntou divertido chamando nossa


atenção.

Todos encararam meu tênis.

Oh, quase esqueci dele.

- Nossa ele é...lindo? -Lisa diz rindo.

- Eu sei -digo, exibindo meu tênis.


- Ele é bem rosa e com muito glitter, gostei -Emily diz.

- Essa nem é a melhor parte -Adam diz e eu o encaro.

- Qual a melhor parte? -Nathaniel pergunta.

- Desfila, princesa -Adam me chama e eu ando um pouco exibindo meu


sapato.

- Puta merda! -Dylan diz rindo.

- Quantos anos você tem mesmo? -Emy pergunta travessa e mostro o dedo
do meio para ela.

- De acordo com o meu pai... 8 -respondo.

Eles riram.

- Certo, que tal mostrarmos o seu lindo tênis em um restaurante, vamos


comemorar! -Lisa diz.

Senti Adam me encarar e eu apertei minha boca em uma linha reta sentindo
nossos planos sendo frustrados.

- Sim! Podemos comer comida italina? -Emy pergunta e eles concordam.

- Tudo bem para vocês? -Nate pergunta.

- Acho que sim -digo e Adam sorri falso.

- Comida italiana então -ele diz os fazendo comemorar.

- Vamos, estou azul de fome -Lisa diz e Dylan faz uma cara de chocado.

- Não me diga -ele diz e ela faz uma cara de deboche.

Peguei minha mala e Adam pegou a dele, fomos todos para fora do
aeroporto, as meninas estavam ao meu lado conversando e Adam estava
com o meninos que bagunçaram seu cabelo brincando.
De repente seu olhar encontrou com o meu e eu dei um pequeno sorriso, ele
suspirou mas desviou quando um dos meninos os chamaram.

- Rubi -Emy me chama e eu a encaro.

- Você vai comigo e a Susie, ok? -Emily pergunta.

- Ok -respondo.

Eu estava sem o meu carro então teria de ir com as meninas para o


restaurante.

Olhei para elas que conversavam animadamente sobre Paris me fazendo dar
um sorriso sincero. Paris foi interessante.

×××

E os planos foram frustrados, mas a noite é uma criança! Kikiki


#Misteriosa KKKKK

Teoria sobre a mensagem estranha?

KAKAKAKA certeza que ninguém chega perto da verdade (só as que


estão relendo, e aí, babys? Sem spoiler hein!) Beijos ❤️.
36° capítulo

Rubi

O som da garrafa de champanhe sendo estourada chegou até os meus


ouvidos e logo algumas risadas também.

No restaurante tinham 4 casais ocupando as mesas que ficavam no final do


lugar enquanto nós 8 estávamos bem no meio.

Havia três garçons muito bem vestidos no canto perto da cozinha olhando
para o patrão atentos a qualquer coisa, o restaurante italiano que estávamos
era de Dylan.

Depois de abrir a garrafa ele nos serviu as taças e nos levantamos quando
ele propôs um brinde.

- Ah espere -Dylan diz e olha para um dos garçons- Nos traga uma taça de
suco de laranja.

- Por favor -Lisa diz e ele balança a cabeça.

- Por favor -Ele diz e o garçom assente indo pegar o suco.

Os meninos riram e Dylan os encarou irritado que em questão de segundos


ficaram todos quietos novamente.

O suco da Lisa chegou e levantamos as taças.

- Ao sucesso da nossa empresa -fez uma pausa- E ao trabalho em conjunto.

Sorrimos e som das taças batendo umas nas outras ecoou no restaurante
atraindo alguns olhares.

- E à Adam e Rubi -Nate diz- Sem vocês não iríamos conseguir.

- Adam e Rubi -Dylan diz e batemos a taça mais uma vez mas dessa vez
sem a Lisa que se sentou na cadeira novamente e bebeu o suco.
Olhei de relance para ele e vi que Adam me encarava com um sorrisinho
lascivo na minha frente com Peter ao lado dele, todos nós nos sentamos
novamente e começamos a comer.

Dylan e Lisa estavam sentados lado a lado na minha direita e o meu lado
esquerdo era ocupado por respectivamente Susie, Emy e Nate.

Levei uma garfada de spaghetti até a boca e me surpreendi o quanto aquilo


estava bom, os outros começaram a comer e conversar conosco sobre a
viagem.

- Mas, e ai? -Emy olha para mim e para Adam- Vocês passearam pela
cidade?

Bebi um gole de champanhe e limpei a boca.

- Sim -respondo.

- A levei para conhecer alguns lugares -Adam diz e eu concordo.

- Cara, eu soube que choveu em Paris. Achei até estranho porque essa época
do ano é difícil chover por lá -Peter diz e Adam concorda.

- Estávamos na rua quando choveu -ele diz e me encara- Até nos molhamos
um pouco.

O encarei, a lembrança de termos transado no carro me atingiu com força


me fazendo apertar a perna uma na outra. Minha nossa, esquentou aqui?

- Vocês se molharam muito? -Lisa pergunta e eu a olho feio, mesmo ela não
sabendo de nada.

- Sim, estávamos encharcados -Adam se ajeita na cadeira- Mas demos um


jeito de nos enxugar e...se aquecer.

Ele passa a língua nos lábios enquanto aqueles olhos azuis me perfuram.

Engoli em seco e bebi outro gole de champanhe sem desviar do olhar dele.

Socorro.
Só paramos de nos encarar quando alguns deles começou a falar alguma
coisa que eu não estava prestando atenção.

Eu estava aérea e pensativa, pensei o que Adam e eu estaríamos fazendo


agora se estivéssemos sozinhos ou melhor, o que ele estaria fazendo
comigo.

Balancei a taça vendo o líquido esbranquiçado do champanhe dar voltas em


círculos.

Mordi o lábio inferior me lembrando do primeiro orgasmo que ele me deu,


que um homem havia me dado. Não acredito que tive meu primeiro
orgasmo em uma clínica para descobrir sexo de bebês, isso soa ridículo.

Parei de mexer a taça e vi o líquido parar também, coloquei minha mão em


cima da mesa e sutilmente apertei o pano tendo outra lembrança prazerosa
me invadindo, passei a língua nos lábios e cruzei as pernas, puta que pariu.
Preciso tirar Adam e essas lembranças da minha cabeça.

Estou pior que uma pervertida.

Senti meu celular vibrar em cima da mesa e soltei o pano lentamente,


peguei o celular e o destravei com a minha digital.

Fui até o aplicativo de mensagens e vi o nome de Adam na tela, meu


coração acelerou três vezes mais.

"No que você está pensando?"

Levantei minha cabeça para encara-lo e o mesmo estava encostado na


cadeira me olhando de um jeito que me fez meu corpo vibrar.

Talvez ele soubesse mesmo.

"Por que a pergunta?"

Enviei a resposta e alguns segundos depois eu vi ele pegando o celular e


digitar algo, senti o celular vibrar na minha mão.

"Responda a minha pergunta e talvez eu responda a sua:


Fiquei alguns segundos encarando a tela do celular e olhei para os demais
que não pareciam notar a minha troca de olhares e mensagens com o loiro.

"Estava pensando na viagem"

Mandei a resposta e não demorou nem 10 segundos para ele me responder.

"Em qual parte exatamente? Não minta"

O encarei e vi ele sorri para mim.

"Do restaurante"

Ele suspirou

"Por isso você estava apertando o pano da mesa então?"

Puta merda, olhei para ele e vi o quanto seus olhos estavam escuros e vi
perfeitamente quando ele disse "responda" mas sem emitir som nenhum.

"Sim"

Esperei ele digitar uma resposta mas nada chegou, eu não conseguia encara-
lo agora porque eu tinha certeza que ia sofrer um ataque cardíaco.

Mas eu estava enganada, eu quase tenho um ataque cardíaco quando eu


senti meu celular vibrar na minha mão e eu sabia que era ele.

"Estava se lembrando dos meus dedos dentro de você, princesa? "

Não o respondi pelo celular, apenas me encostei na cadeira e pousei meus


olhos sobre os seus e balancei a cabeça confirmando.

Adam apertou o maxilar.

Ele semi cerrou os olhos em seguida e passou a mão no cabelo, seus dedos
ágeis voltaram a digitar e uma ansiedade fez meu estômago revirar.
"Me dê um bom motivo para não levantar dessa cadeira, ir até você e te
arrastar para fora desse restaurante"

Minha boca se entre abriu e eu apertei o celular com força.

"Eu...gostaria disso, na verdade. Não tenho um bom motivo"

Eu não sei de onde eu tinha arranjado coragem para mandar aquilo, mas eu
era assim com Adam. Ele conseguia despertar o meu pior lado que
aparentemente estava acordado, eu não tinha de vergonha de nada quando
estava com ele, eu podia ser eu mesma.

"Princesa, princesa...você está brincando com meu pior lado"

"E você com o meu"

Ele me encara e eu passo a língua nos lábios mordendo no final. Ele suspira
alto e volta a digitar.

"Quando eu levantar dessa cadeira, eu vou te arrastar para o meu


apartamento e entrar em você com força vendo-a de quatro na minha frente,
e não vou parar até você não poder andar direito.

Sabe qual é porra da melhor parte?"

Limpei a garganta que ficou seca de repente.

"Qual a melhor parte?"

Alguns segundos se passam antes da resposta chegar:

"Você me pediria por mais"

Mordi o lábio com tanta força quando senti a umidade na minha calcinha
aumentar gradativamente, olhei para ele e vi seus olhos azuis escuros e com
desejo transbordando neles.

- É isso que eu vou fazer com você agora -ele não mandou mensagem, ele
acabou de dizer isso sem emitir nenhum som mas foi o suficiente para eu
entender e fechar os olhos tentando reorganizar meus pensamentos.
- Eu preciso ir.

Abri os olhos e pisquei várias vezes antes de encarar o rosto de Susie.

- Preciso trabalhar -ela diz pegando sua bolsa e vestindo o casaco- Meus
chefes não gostam de atrasos.

Franzi o cenho.

- Susie, Dylan e eu somos os seus chefes -Peter diz e ela ri baixo.

- Eu sei, mas mesmo assim meninos eu preciso ir e fazer alguns drinks! -diz
animada.

- Eu levo você -Emily diz e ela agradece- Já está tarde também.

Olhei para o lado e vi Lisa com a cabeça encostada no ombro de Dylan que
colocou o braço em volta da esposa e deu beijo na sua cabeça.

- Nós também já vamos -Dylan diz.

- Emily, leve Rubi para casa. A boate não é caminho para o apartamento
dela, se levar nós duas irá dar uma bela volta na cidade até chegar ao seu
apartamento -Susie diz olhando para Emily.

- Droga -Emy praqueja e eu começo a falar:

- Não. Leve Susie e eu...

- Pode ir comigo.

Todos os olhos se voltaram para Adam, até Lisa que estava quase dormindo
acordou e o encarou.

- Ou você pode ir com o Adam -Emy diz e aponta para ele.

- É uma boa ideia -Lisa diz e se levanta- Vamos meu arrogante gostoso,
Danny e eu estamos com sono -os dois se viraram para ir embora.
Todos nós gritamos os chamando e os dois se viraram de volta assustados.

- Que foi porra? -Dylan pergunta confuso.

- É um bastardo mesmo -Peter diz e cruza os braços.

- Vocês escolheram o nome do bebê -Susie diz animada e batendo palmas.

Eles fizeram um "o" com a boca e concordaram.

- Ah sim, nós escolhemos ontem -Dylan diz e coloca o braço na cintura de


Lisa a puxando para sim.

- Lhes apresento Daniel Venturelli -Lisa diz e passa a mão na barriga-


Nosso pequeno Danny.

Todos nós sorrimos e eles também pelo nosso entusiasmo, esse bebê mal se
desenvolveu direito e já tem 8 pessoas babando por ele.

Ouvimos um celular tocar e vi Peter tirando o aparelho do bolso se


afastando depois que falou "Samantha".

Nos despedimos um dos outros e Adam acompanhou Emily até o seu carro
pegando minha mala e colocando no seu que já tinha sido deixado para ele
no aeroporto.

Lisa e Dylan foram os primeiros a irem embora e logo depois Emy e Susie.

Adam e eu estávamos na lateral do seu carro quando vimos Peter sair do


restaurante.

- Cara, não esquece da festa -Peter diz assim que para na nossa frente-
Quero vocês lá, você também Rubi.

Peter olha para mim e Nathaniel chega guardando o celular no bolso.

- O que houve? -Nate pergunta.

- Estou falando para eles da festa -Peter diz e Nate concorda.


- Bom, eu já vou. Vejo vocês depois -Nathaniel se despede de nós três e vai
andando até o seu carro.

Esse cara é muito bonito, até o jeito de andar dele é sexy. Ele parece ser
quase...inalcançável.

Será que todos os homens Venturelli são assim, extremamente bonitos?

- Darei uma festa na minha boate neste sábado.

- Qual delas? -pergunto e Adam ri.

- A que Dylan carregou Lisa e todos nós fomos correndo atrás deles.

- Ata, sei qual é -ele assente.

- Ok, tchau meninas -ele diz e caminha para o seu carro.

Devo admitir, não são só os homens Venturelli que tem toda a beleza, Peter
rouba atenção para ele também.

O carro dele dá partida e o motor potente faz um barulho irritante, pelo


visto ele consertou sua Ranger Rover.

O carro desaparece da nossa visão e nem tenho tempo de me virar para


Adam porque em um segundo suas mãos estão nas minhas bochechas e seu
corpo impulsiona o meu me fazendo ir para trás e bater as costas no carro
me fazendo dar um gemido baixinho.

Sua boca toma a minha em um beijo necessitado fazendo sua língua


explorar cada parte da minha boca, chupei seu lábio inferior e ele
pressionou sua ereção no meu quadril me fazendo ofegar.

- Eu quero você, agora -ele diz com a testa colada na minha.

Mordi seu lábio inferior e puxei seu corpo mais para o meu.

- Vamos para o seu apartamento, quero que me foda de quatro na sua cama -
digo e suas pupilas dilatam na mesma hora.
Sua mão abre a porta do carro mas sem ele tirar o corpo de cima do meu,
quando a porta está aberta por completo ele coloca a mão na minha nuca e
levanta minha cabeça me fazendo encara-lo.

- Entre no carro, pelo o amor de Deus.

Sua mão desce para o meu pescoço e ele aperta de leve me fazendo dar um
gemido abafado.

- Tenho uma mensagem para fazer virar realidade -sua voz saiu mais rouca
do que eu esperava- Sem andar direito, lembra?

Isso soou quase como uma promessa agora.

×××

Eita que o negócio vai pegar fogo! 🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥🔥.

E sabemos que não podemos quebrar promessas não é? Todos sabem


disso 😁.

Amém.

Até, babys ❤️.

37° capítulo

Rubi

A viagem inteira foi uma tensão sexual que estava me deixando louca, meu
corpo quase tremia de ansiedade e eu precisava molhar meus lábios
frequentemente tentando espantar as cenas que vinham na minha cabeça.

Eu não vejo a hora de tê-lo dentro de mim.

Adam me levou até a porta que continha o número 892 que ficava no lado
oposto da outra e a abriu com um molho de chaves que tinha no bolso, a
porta foi aberta e nós entramos.

A primeira coisa que eu vi depois da mesinha de vidro foi as escadas com


um grande corrimão, a sala de estar tinha um sofá enorme com algumas
almofadas e uma televisão maior ainda, as paredes eram de uma cor clara
dando um ambiente mais calmo, apenas os móveis que eram escuros.

- Gostou? -ele pergunta e eu o encaro.

- Gostei -digo.

Ele riu pelo nariz e me puxou pelo apartamento um pouco grande para uma
pessoa só, fomos para cozinha e eu sorri quando vi que era tudo muito
bonito, o contraste do preto com branco caiu muito bem, a mesa de vidro
chamava bastante atenção por ficar no meio da cozinha com 6 cadeiras em
volta.

- Quer beber alguma coisa? -pergunta e eu tiro minha jaqueta jeans.

- Vinho -respondo, mas eu respondi outra coisa mentalmente.

Coloquei minha jaqueta sobre a mesa e me apoiei na pequena bancada que


tinha na lateral perto do fogão e o que me parecia ser o armário.
Adam tirou a garrafa de vinho da geladeira e pôs em cima da mesa perto da
minha jaqueta, ele foi até o armário que ficava ao meu lado e tirou uma
taça.

Retornou até a mesa e começou a colocar a bebida.

- Nunca trouxe ninguém a este apartamento -ele diz e eu levanto uma


sobrancelha.

Ata!

- Mentiroso -digo e ele me encara.

- Não estou mentindo -ele coloca a garrafa na mesa depois que terminou de
me servir.

- É aqui que eu realmente durmo, você viu a outra porta aí na frente? -


pergunta e eu assinto- Também é meu.

- Você tem dois apartamentos?

- Tenho.

- Se é aqui que você fica por que você tem outro...

Parei de falar quando me dei conta, ele tinha outro apartamento onde trazia
suas conquistas de uma noite, cafajeste do caralho!

- Entendi -digo.

- Entendeu por que digo que você é a primeira que eu trago aqui? -pergunta
andando até mim- Você e seu tênis são bem vindos aqui.

- Me sinto lisonjeada -ele estende a taça na minha frente que a pego.

Bebo um gole do vinho tinto e Adam me observa.

- Não vai beber comigo? -pergunto e ele sorri pequeno, tinha algo em seus
olhos que me alertavam, como se ele tivesse calculado algo, e eu
aparentemente, estava perguntando o que ele queria.

- Claro que vou beber com você.

Ele se mexe um pouco para o lado chegando no armário e eu levo a bebida


até a minha até a boca novamente, mas parei de beber quando senti seus
dedos batendo na taça fazendo metade do vinho cair na minha blusa preta.

Filha da mãe!

Levantei a taça para cima abrindo a boca perplexa e olhei para minha blusa
molhada de vinho. Encarei Adam com um olhar feio mas esse idiota estava
com um sorriso vencendor nos lábios.

Ele pegou a taça da minha mão com o sorriso sumindo e bebeu o que tinha
restado, Adam se desfaz dela pondo na bancada e anda até mim parando na
minha frente.

O encarei com a expressão tensa, ele olha para o estado da minha blusa
vendo os seios se destacando.

Engoli em seco quando Adam subiu o olhar que se encontrou com o meu
fazendo meu estômago dar algumas voltas como se estivesse em uma
montanha russa.

Seus olhos azuis estavam escurecendo e eu sabia o que isso significava.

- Quer que eu tire essa blusa ou você vai tirar? -Adam colocou as mãos na
bancada me prendendo, eu sabia que sua pergunta tinha sido retórica.

Passei a língua nos lábios e levantei meu queixo na sua direção. Meus
dedos foram para a barra da minha blusa e eu lentamente a tirei do meu
corpo deixando-a cair no chão em seguida.

O sutiã de renda vermelho se destacava no meu corpo dando um maior


volume nos meus seios que tinham o rastro de vinho sobre eles.

Adam olhou para eles e suspirou alto apertando o maxilar.

- Tire o sutiã, deixe-me limpar você.


Levei meus dedos trêmulos até a parte de trás da peça e calmamente a
retirei sentindo o olhar queimar no meu corpo, meus seios foram liberados e
eu levantei a peça na sua frente e depois deixei junto com a blusa.

- E agora, Adam?

Ele mordeu o próprio lábio, o olhar faminto.

- Agora, princesa...

Seu rosto se aproxima do meu e eu até tento beija-lo mas ele se afasta um
pouco, senti ele beijar meu maxilar e suspirei quando ele chegou meu
pescoço, senti seus lábios no meu ouvido:

- Vou fazer o que eu mais quero desde a primeira vez que eu te vi, toda
atrevida e gostosa na saia apertada -ele desce o rosto e eu ofego sentindo ele
limpar o rastro da bebida com a língua- Vou te foder por trás.

Adam rapidamente pega minhas pernas as colocando uma em cada lado da


sua cintura depois que me tira do chão.

Coloquei meus braços em volta do seu pescoço enquanto ele andava na


direção da escada, rebolei um pouco em cima dele ouvindo o barulho dos
nossos beijos que tinham surgido.

Já no andar de cima ele virou para direita e abriu uma porta toda branca
com uma maçaneta prateada, nós entramos no quarto e paramos na frete de
uma enorme cama de casal.

Adam me colocou no chão e eu fiquei de pé na sua frente. Tirei meu tênis


rosa e as meias, quando eu estava prestes a tirar a calça jeans ele me
impediu agarrando minhas mãos.

Seus dedos foram para o botão da minha calça que em questão de segundos
já estava sendo abaixada, Adam a puxou para baixo revelando minha
calcinha de renda vermelha e ouvi ele da um leve resmungo, ri baixo e ele
olhou para mim com uma sobrancelha levantada.
Com a minha calça fora eu fiquei apenas de calcinha quando ele tocou no
meu braço me virando, eu sentia minhas costas no seu peito e sua
respiração no meu pescoço.

Ele afastou meu cabelo e deu um beijo no meu ombro, suas mãos apertaram
meus seios e um gemido saiu dos meus lábios.

- Eu queria aproveitar esse momento com lentidão, mas eu preciso entrar


em você -Adam tocou na cintura da minha calcinha e a puxou para baixo,
eu sabia que já estava molhada.

Ele tocou levemente meu braço e sua boca chegou perto do meu ouvido, o
sussurro fez minha pele se arrepiar, a voz rouca atingiu-me de tantas
maneiras e eu apenas o obedeci quando ele disse:

- De quatro.

Me inclinei sobre a cama colocando minha mão direita primeira e depois


minha perna fazendo o mesmo com o braço e a perna esquerda, fiquei na
posição me sentindo encharcada.

Ouvi passos e olhei para o lado vendo sua costa malhada já sem a camisa
branca, ele andou até a gaveta da pequena cômoda tirando um preservativo
de dentro, ele virou o rosto na minha direção e suas pupilas dilataram quase
de que forma instantânea, Adam desceu o olhar para meu corpo analisando
cada parte enquanto abria o preservativo.

O mesmo passou a língua nos lábios e voltou para aonde estava antes.

Ouvi um barulho de botão da calça jeans ser aberto e ansiedade tomou


conta do meu corpo. Ainda não tinha feito essa posição no sexo.

Virei o rosto para frente e fechei os olhos, sentindo o colchão afundar, soltei
um suspiro tenso cruzando os braços e me apoiando neles enquanto Adam
apertava meu cabelo.
- Não precisa ficar tensa, princesa -Adam diz beijando minhas costas indo
até a minha nuca, o olhei por cima do ombro e ele franziu o cenho como se
entendesse o que eu quis dizer apenas com um olhar.

- Puta merda... -sussurra- Ele nunca te fodeu de quatro? -neguei com a


cabeça e eu acho que ele revirou os olhos.

- Otário -ele beija meu rosto- Tudo bem, eu faço o que ele não fez.

Cada pelinho do meu corpo se arrepiou quando ele deu um tapa na minha
bunda e se levantou agarrando minha cintura me firmando. Sua mão foi
para o meu cabelo onde ele o enrolou e gemi baixo quando senti ele na
minha entrada me penetrando devagar, ouvi um gemido contido sair dos
seus lábios.

Puta merda!

Apertei o lençol da cama quando ele começou a se movimentar e me


penetrar mais forte, um gemido consideravelmente alto saiu de mim e suas
estocadas se tornaram mais frenéticas a cada investida. Ele apertou meu
cabelo e eu fechei os olhos sentindo um misto de sensações me invadir.

Gemi seu nome sentindo ele ficar mais duro dentro de mim. Sua mão soltou
meu cabelo e foi para o meu ombro se intensificando ainda mais.

Com certeza essa é a minha posição preferida a partir de agora.

- Merda, você é perfeita para mim -escuto o sussurro ofegante e dou um


grito quando eu vejo ele esticar a mão agarrando a grade da cama e pegar
impulso me fodendo com mais força.

Senti o olhar de Adam queimar nas minhas costas e sorri de lado sentindo
meu corpo ir para frente e para trás.

A mão livre que estava na minha cintura desceu um pouco até encontrar
meu clitóris inchado, quando eu senti a ponta dos dedos eu caio na cama
colando o rosto na cama mas a bunda ainda empinada para ele.

- Adam...-isso saiu quase inaudível.

Olhei para ele vendo-o levantar o queixo um pouco e dar um gemido baixo
fechando os olhos por alguns segundos, eu vi a fina camada de suor
surgindo no seu peito forte e acabei contraindo meu sexo que o fez abrir os
olhos caindo um pouco em cima de mim, senti sua respiração no meu
pescoço e ele continuou metendo me fazendo gemer loucamente.

Suas mãos se posicionam na lateral do meu corpo e seus olhos se encontram


com os meus, ele sorriu de lado e eu sorri de volta totalmente ofegante.

Mas fechei os olhos com força engolindo um gemido quando senti o tapa na
minha bunda seguido do aperto, Adam agarrou meu pescoço com a mão
direita e eu suspirei quando ele levantou seu tronco me trazendo junto a ele.

Minhas costas se colam no seu peito com nós dois de joelhos na cama e ele
continua entrando e saindo de mim, eu ia ter um colapso se não gozasse
logo.

Senti sua mão esquerda no meu seio e coloquei minhas mãos na cintura
fechando os olhos novamente.

- Mais rápido, princesa?

- Você vai me matar -sussurrei antes de gemer apertando minhas unhas na


sua cintura quando finalmente gozei por vários segundos com a vista meio
turva.

- Não, primeiro eu tenho que dar orgasmos a você -ele fala no meu ouvido
antes de apertar meu seio e aumentar o ritmo novamente.
Adam gozou depois apertando meu pescoço e corpo o máximo que
conseguiu, eu caio na cama primeiro sentindo minha vagina latejar e
minhas pernas fracas.

Ele saiu de dentro de mim dando um resmungo e o vi sentar na cama


ofegante, tirei mais o cabelo que caiu do meu rosto e o vi remover a
camisinha dando um nó.

O mesmo se levanta caminhando para a lixeira e joga lá dentro, vejo seus


passos voltando para a cama, onde eu me encontrava morta e enterrada.

- Segundo round?

- Não fode -dei um tapa na sua coxa quando ele se sentou perto de mim,
meu coração ia sair da boca.

Adam riu colocando a mão no meu rosto afastando o resto do cabelo que
ainda estava sobre ele, ele toca no meu braço e eu me mexo até o seu corpo.

Abri minhas pernas apenas para sentar no seu colo, dei um resmungo baixo
e senti suas mãos passando pelas minhas costas.

- Tudo bem?

- Sim -ele concorda mas depois me encara quando eu continuo falando-


Não! Você quase me mata, eu não vou conseguir sentar direito!

- Ou, ou, ou -ele franze o cenho- Ainda não acabamos.

- Você...é...

- Lindo? Incrível? Gostoso? Bom de cama? Diga que você gostou, princesa.
Vamos, vou pegar mais leve da próxima.

- Convencido!

Apertei seus ombros puxando a respiração quando ele colocou a mão em


volta do meu sexo o apertando, minha testa cola na sua e ele olha para os
detalhes do meu rosto
- Você ainda está molhada -o encaro- Isso já diz muito coisa.

Coloquei minhas mãos no seu rosto e o puxei para um beijo lento, a língua
de Adam entra na minha boca e eu sinto seus dedos agora apertando minha
bunda.

- Eu gostei -sussurrei entre beijos sentindo seu sorriso.

- Você está brilhando mais do que seu tênis.

Dei um tapa no seu peito e ele riu baixo quando meus dedos bagunçam seu
cabelo em seguida.

- Ai, princesa! Porra, é difícil deixar ele arrumado -ele afasta minhas mãos e
eu reviro os olhos.

- Você viu meu celular? -olhei em volta- Vou marcar para irmos no salão de
beleza, idiota.

- Só vou se colocarem pepinos nos meus olhos.

Ri baixo me inclinando para beijar seus lábios algumas vezes, relaxei meus
ombros quando ele passou os braços pela minha cintura me puxando para
mais perto.

- Vou te fazer uma pergunta -digo e ele concorda me encarando.

- Isso era o que você queria fazer comigo desde a primeira vez que me viu?

Ele entre abriu a boca e passou a língua nos lábios.

- Sim.

- Então você me odiava mas queria me ver daquele jeito?

- Exatamente -franzo o cenho.

- Você também me odiava -ele diz- Mas o desejo falou mais alto para nós
dois, princesa.
Ele apertou minha cintura colocando minha testa na sua.

- Por que você criou aquele acordo? -pergunto.

- Eu queria saber se você também me desejava.

Seu nariz tocou no meu e eu gentilmente rocei meus lábios nos seus.

- O que vai acontecer quando as duas semanas acabarem, Adam? -pergunto,


sua expressão muda completamente.

- Eu não sei e não quero pensar nisso agora! -diz irritado.

Um silêncio estranho se instalou e percebi que não vou conseguir conversar


com Adam sobre esse acordo.

Seu maxilar estava tenso e o cenho franzido carregado com


descontentamento.

- Eu só perguntei...não precisa ser ignorante.

Ele me encara ainda irritado mas depois a expressão vai se suavizando, ele
concorda sutilmente.

- Me desculpe se fui grosso com você, só não consigo responder sua


pergunta ainda.

- Ok.

Tentei sair de cima dele mas o mesmo não deixou agarrando-me


novamente, o encarei suspirando e pus minhas mãos nos seu ombros.

- Aonde você vai? -perguntou, coloquei meus dedos sobre a barba rala.

- Para casa?

Ele franziu o cenho.

- Não, Rubi.
Fico em silêncio.

- Durma comigo hoje -ele completa.

- Adam...nós estamos no seu apartamento não em um quarto de hote...

- Fique comigo, princesa.

Eu não sei se estou ficando louca ou eu entendi essa frase em dois contextos
diferentes.

- Por favor -acrescenta.

Eu estou terrivelmente apaixonada por esse homem e estou com medo,


muito medo.

- Certo -digo e ele sorri de lado- Tira esse sorrisinho do rosto!

Ele ri ainda mais e me puxa para um beijo caloroso.

Vou no cartório mudar meu nome do meio para "ferrada".

×××

💥Bombeiros💥

Quero KKKKKK

Não postei antes porque o wattpad me odeia KSKSKSK brincadeira!


Eu acho...

Mas! Eu não estava conseguindo gravar os capítulos aqui nessa merda,


mas já consegui ❤️.

Vou parar os 5 restante, só rolar o dedinho, baby ❤️.

38° capítulo

Rubi

Existem dois tipos de pessoas.

Aquelas que acordam pela manhã como se já estivessem prontas para uma
sessão de fotos.

E também existe o meu tipo: que acordam babando e com o cabelo


parecendo um ninho de passarinho.

Graças a Deus Adam não estava ao meu lado esta manhã, percebi isso
quando estiquei meu braço e o lado da cama estava vazio.

Olhei em volta vendo a luz do sol iluminar o quarto que só agora prestei
atenção de como ele é, o quarto é bem diferente dos outros cômodos, há
cores mais neutras nas paredes e os móveis rústicos, bem masculino.

Tirei o lençol do meu corpo que estava sem nenhuma peça de roupa e me
levantei atrás das mesmas, lembrei rapidamente da minha blusa suja de
vinho e descartei a opção, a minha calça jeans e as peças íntimas não
estavam aqui.

Onde estão minhas roupas?

Minha expressão estava confusa mas depois ela mudou quando eu senti um
dor leve no meios das pernas.

Minha nossa!

Olhei para baixo e apertei os lábios sentindo o desconforto da noite de sexo


que tivemos, ele quase não me deixou dormir.

Olhei para os lados e vi a camisa branca de Adam dobrada em cima da


cama, do lado uma cueca boxer vermelha na embalagem. Menos mal.
Joguei a cabeça para o lado e fui para o banheiro com uma careta no rosto,
tomei uma ducha rápida depois que fiz um coque no meu cabelo. Quando
acabei peguei as roupas as vestindo em seguida, fui até o banheiro e escovei
os dentes com uma escova azul.

Fui atrás do meu celular e não o encontrei, olhei para o relógio na parede e
eram 8:15 da manhã, merda! Vou me atrasar para ir pra empresa.

Abro a porta do quarto começando a andar para a escada mas vi uma


mulher sair da porta que ficava um pouco antes de onde eu estava.

Ela me viu e abriu um sorriso amigável, seu cabelo era preto e alguns
cabelos brancos já davam sinal de vida, ela se aproximou de mim e eu pude
a analisar melhor, seus olhos eram de um castanho claro e ela tinha um
grande colar de conchas no pescoço combinando com as roupas coloridas.

- Ei! Você é uma mulher -franzo o cenho- Quer dizer, desculpe.

Ri baixo.

- Me chamo Rita, trabalho para o, Sr. Venturelli.

A mulher de mais ou menos uns 50 anos se apresenta e eu estendo minha


mão a ela.

- Me chamo Rubi.

- Desculpe pela abordagem -ela coloca a mão na cabeça- Só fiquei surpresa.

- Surpresa?

- Sim, você é a primeira mulher que eu vejo aqui. E olha que eu trabalho
para aquele homem há 5 anos.

Sorri sem graça para ela me lembrando do abatedouro que Adam tem do
outro lado deste apartamento.

- Por falar nele, você sabe onde ele está? -pergunto.


- Ele estava no escritório mas já deve estar na cozinha -ela diz e eu assinto.

- Ok, vou falar com ele. Foi um prazer, Rita -digo e ela concorda.

Continuei andando até descer as escadas e ir direto para a cozinha, parei na


entrada apoiando meu corpo na batente da entrada e cruzei os braços
olhando para frente.

Adam estava de pé perto do fogão e mexia a panela de um lado para o


outro, o cheiro denunciou ser panquecas.

Abaixei o olhar para o seu tronco malhado e parei na entrada na calça


moletom escura que sustentava no seu quadril. Analisei o "V" bonito
consequência dos exercícios e tive passar a mão na boca para esconder
minha babaca quando Ele virou de costas pegando manteiga na mesa.

Pude ver o sinal de âncora que pegava quase metade do seu ombro.

Ele jogou uma panqueca para cima que caiu de novo na panela de uma
forma perfeita, confesso que fiquei com inveja, por que eu nunca consegui
fazer essa merda?

- Você vai ficar aí me olhando ou vai vir aqui me dar bom dia? -me assustei
um pouquinho e encarei seu rosto concentrando no que fazia.

Adam me encara segundos depois.

- Olhando -respondo e ele sorri de lado.

- Ok, se você bater fotos, vou cobrar 100 dólares por cada.

- 50 -falo.

- 80.

- 60.

- Fechado -ele apontou para mim e eu ri baixo mordendo o lábio depois.


Adam analisou meu corpo inteiro ainda com um sorriso parecido com o
meu e rápido me senti nua.

O mesmo balançou a cabeça e mexeu na panela novamente fazendo a


mesma coisa que fez antes, mas dessa vez parecia estar em câmera lenta.

- Como você faz isso? -pergunto vendo a panqueca cair na panela, ele me
encara.

- Isso o que?

- As panquecas, elas não caem no chão -digo e me aproximo dele.

Ele franze o cenho.

- Não sei como é de onde você vem, mas geralmente...as panquecas


precisam cair na panela -ele ri quando belisco seu braço.

- Eu não sei fazer isso!

- Oh, tadinha. Você quer tentar?

Levantei uma sobrancelha.

- Sério?

- Deus me livre, claro que não, não quero que você bote fogo no meu
prédio.

- Eu não vou por fogo no seu prédio!

- Sabe quem disse isso uma vez? Meu pai, ele quase matou toda a família
na Itália por causa de um chocolate quente.

Balancei a cabeça.

- Certo, tudo bem. Não quero que me ensine de qualquer maneira.

- Ata!
- É sério!

- Sério? -perguntou.

- Não, me ensina.

Mexi minhas pernas até ele que me colocou na sua frente e pegou uma
pequena jarra derramado a massa da panqueca na panela.

- Por favor, eu quero viver.

- Para de graça! -o empurrei com a minha bunda.

Ele me passou algumas dicas e eu fiz exatamente o que ia dizendo, na


primeira tentativa eu não conseguir mas tentei de novo, na quarta eu já
estava desistindo mas ele me fez fazer uma última vez.

- Coloque sua mão aqui -ele colocou minha mão no cabo da panela e deixou
a sua em cima da minha- Balance devagar, não seja apressada.

Fiz o movimento com a sua ajuda e ri baixo quando ele se inclinou sobre
mim tentando morder minha orelha. Gritei dizendo que ele estava me
desconcentrando.

- Jogue para cima e fiquei pronta para pega-la, não leve a panela até ela,
deixe que ela venha até você.

Ele apertou minha cintura e eu joguei a panqueca para cima vendo-a dar um
giro, esperei alguns segundos e vi direitinho quando ela caiu na panela
caindo perfeitamente!

Dei um gritinho de comemoração e Adam riu do meu entusiasmo.

Me virei para ele com os braços para cima e o abracei feliz da vida, sinto
que posso encarar tudo agora. O que uma panqueca pronta não faz.

- Eu consegui! -digo me afastando dele e fazendo uma dancinha de


comemoração, joguei o cabelo para frente que se desfez do coque e rebolei
com as mãos no joelho, depois que minha comemoração acabou olhei para
Adam que tinha uma sobrancelha erguida na minha direção.

Sorri sem graça.

- Você não ficou feliz assim nem quando eu te dei 4 orgasmos ontem.

- Prioridades, desculpa -dei de ombros e ele revirou os olhos.

Olhei para a minha panqueca e sorri grande juntando as mãos na frente do


corpo.

- Srta. Mendoza, é com honra que entregamos a você a espátula da vitória -


olhei para ele vendo-o segurar uma espátula.

Finjo estar emocionada levando minha mão até a minha boca e depois
coloco no peito.

- Eu ganhei uma espátula? -perguntei emocionada- Onw não precisava.

- Discurso!

Ajeitei minhas postura.

- Agradeço a todos que torceram por mim, açúcar, café... macarrão -acenei
para o nada e depois sorri- E claro, a panela -olhei para a mesma- Você me
ajudou muito.

Adam limpou a garganta.

- Não está esquecendo de nada?!

- Oh, sim -concordei- Obrigada fogão.

Dei um gritinho quando ele me puxou pela cintura e o sorriso feliz não saiu
dos meus lábios quando eu coloquei meus braços em volta do seu pescoço,
mordi o lábio encarando seus olhos e suspirei quando ele me deu um
selinho demorado nos lábios.
- Obrigada por ensinar -sussurro vendo um sorriso abrir em seus rosto.

Por que ele fica tão lindo quando está sorrindo?

- Sr. Venturelli?

Viramos o rosto vendo Rita parada na entrada da cozinha com um sorrisão


nos encarando.

- Oi, Rita -Adam diz.

- Eu irei no centro comprar alguns produtos para cá, o senhor irá almoçar
aqui?

Me virei para colocar a espátula na bancada e coloquei as panquecas no


prato.

- Não, Rita. Tenho um almoço importante hoje na empresa -ele responde e


ela assente.

- Certo, estou indo -ela diz e ele da um tchauzinho.

- Até mais, Rubi -ela diz e eu me viro para ela.

- Tchau Rita -ela sorriu meiga.

Adam olhou para mim enquanto eu via Rita desaparecer do meu campo de
visão.

- Então ela conheceu você -ele diz cruzando os braços e se encostando no


balcão ao meu lado.

- Sim, a conheci lá em cima -digo- Pensei que ela fosse me atacar para ver
se eu era real.

O encarei, Adam dá de ombros.

Adam esticou o braço agarrando o meu e me puxou até onde ele estava.
Coloquei minhas mãos no seu peito.
- Ela vai falar de você pelos cotovelos.

Seus braços me rodearam e meus seios se chocaram no seu peito fazendo


uma fricção boa.

- Isso é bom ou ruim? -perguntei.

Suas mãos descem até a cueca vermelha e adentraram apertando minha


bunda de uma maneira gostosa.

- Eu acho que bom.

- Hum hum -resmungo e ele ri.

- Você fica bem com as minhas roupas - diz colocando uma mecha do meu
coque que estava caindo atrás da minha orelha.

- Eu não achei as minhas -o encaro- Onde estão as minhas roupas?

- Eu as coloquei para lavar, estão na secadora já tem um tempo -ele diz- Já


devem estar secas.

- Obrigada -digo e ele da de ombros.

- Está acordado faz tempo? -pergunto.

- Acordei 7:30 da manhã -ele fala e eu arregalo os olhos.

- Adam, nós estamos atrasados.

Acabei de me lembrar desse detalhe.

Tento sair do seu aperto mas ele me segura mais forte.

- Princesa.

- Eu já deveria estar na empresa e você também e...

- Princesa -ele me chama de novo e eu o olho.


- O que é?

- Você é a dona da empresa, você pode chegar a hora que você quiser.

Pisquei varias vezes e abri a boca para falar alguma coisa mas nada saiu.

Ele estava certo, as vezes eu esqueço disso completamente, mas temos que
dar exemplo certo?

- Mas...

- Nós vamos tomar café e depois podemos ir para empresa, tudo bem? -
pergunta calmo.

- Certo -digo- Mas essa será a última vez que irei me atrasar, não gosto de
atrasos.

Ele concorda e me solta.

Adam foi até a geladeira tirando um iogurte e algumas frutas, peguei as


panquecas de cima na bancada e coloquei na mesa, Adam pegou o mel e
nos sentamos.

Comi um pedaço da panqueca que eu fiz! E saboreei soltando um gemido


de satisfação, um silêncio agradável se instalou enquanto fazíamos nossa
refeição da manhã.

- Me passa o morango, por favor -peço a Adam.

Ele pega a tigela onde continha morangos frescos e me entrega pegando um


para si.

Mordi um pedaço e na mesma hora eu ouvi um celular tocar, olhei para


Adam que balançou a cabeça, me levantei e segui o barulho que vinha da
minha jaqueta.

Fui até a bancada onde ela estava e vi o bolso da mesma piscando, tirei meu
celular de lá e deslizei o dedo na tela atendendo sem ver quem é.

- Alô.
- Vou te contar uma história -reconheço a voz de imediato.

- Oi, pai -digo e Adam me olha.

- Existia uma menina linda com grandes olhos castanhos escuros muito
parecida com o pai dela, devo admitir.

- Carlos -o chamo mas ele me ignora e continua falando:

- Um dia, a menina não deu notícias dela e ele descobriu que haviam a
matado -coloquei a mão na testa- Sabe, por que Mi Hija?

- Papi, eu ia mandar uma mensagem...

- Porque ela não deu notícias para o coroa dela!

- Desculpa? -pergunto fazendo uma cara de inocente mesmo sabendo que


ele não possa me ver.

- Onde você está? Fui no seu apartamento esta manhã e não tinha ninguém.

- Bom...eu passei a noite com Emily -minto.

Não vou falar para o meu pai que passei noite com Adam, ele me
perturbaria até o último dia da sua vida.

- Expresso -ele diz e ouço uma mulher pergunta se ele queria mais alguma
coisa.

- Onde você está? -pergunto.

- Starbucks, onde você está?

- Estou com a Emily -respondo e ele fica em silêncio.

De repente escuto uma voz que eu conheço muito bem pedindo por um café
com chantilly e um bolinho.

- Emily? -pergunto retoricamente.


- Sr. Mendoza! -Emily cumprimenta meu pai e eu tenho vontade de me
enterrar.

- Srta. Brooks -ele diz e bufa irritado.

- Rubi? -ele me chama e eu apenas resmungo.

- Hum.

- Até quando você tenta mentir o universo conspira para mostrar a verdade -
ele diz e eu rolo os olhos.

- Mas você acreditaria se a Emily não aparecesse aí -digo- Então...

- Você está de sacanagem! -ele diz e eu acabo rindo baixo.

- Onde você está Leticia? Não, com que você está?

- Eu estou...

Eu não pensei rápido mas o movimento de Adam tirando o celular do meu


ouvido foi extremamente rápido.

- Não! Não! -digo quando ele leva o celular até o ouvido e se vira quando
tento pegar o celular dele.

- Sr. Mendoza! -ele praticamente grita e eu arregalo os olhos.

- Eu vou te matar! -grito alto e ele se desfaz dos meus braços correndo até o
outro lado da mesa.

- Aqui é o Adam.

Nãoooo.

- Estou ótimo -ele sorri- E você?

Aponto para ele e depois finjo estar cortando meu pescoço indicando que eu
faria com ele.
- Oh, não se preocupe nós usamos.

Caralho, isso não está acontecendo.

Corri de novo até a Adam que correu para a sala de estar com o celular no
ouvido e eu atrás dele, nunca corri tão rápido em toda minha vida.

Ele parou do outro lado do sofá e eu na sua frente com o mesmo nos
separando.

- Eu já disse a ela que mentir é feio mas você sabe como ela é...

Desde quando esse filha da mãe tem essa intimidade com o meu pai?

- Eu concordo totalmente com você, ela merece umas palmadas -ele diz e
eu levo minha mão até a minha têmpora massageando-a.

- Adam! Me dê esse celular. Agora!!

Ele levantou a mão pedindo para eu esperar me fazendo levantar uma


sobrancelha.

- Claro, um almoço seria ótimo -Nem ferrando- Marque o dia com a Rubi
que eu estarei lá.

Dei a volta no sofá mas dessa vez ele não correu.

- Até mais, Sr. Mendoza.

Ele me entregou o celular e meu pai já havia desligado.

Encarei Adam e o mesmo tinha um sorriso no rosto.

- Por que caralhos você fez isso? -pergunto dando um tapa no seu braço.

- Você não pode mentir para o seu pai -ele diz.

- Se for para não dizer que passei a noite transando com um cara então eu
posso sim!
Ele ri e eu fecho os olhos irritada.

- Idiota -digo apontando o dedo para ele.

Me virei para subir mas ele pegou no meu braço e me puxou fazendo nós
dois cairmos no sofá, seu corpo ficou sobre o meu me prendendo.

- Não fique irritada -ele diz passando a mão no meu cabelo.

- Você literalmente acabou de dizer para o meu pai que está transando com
a filha dele...

Não consegui terminar porque Adam tomou meus lábios em um beijo


sedento, sua língua pediu passagem que no início não dei mas depois acabei
cedendo, ele tirou o celular da minha mão e prendeu minhas mãos acima da
minha cabeça fazendo meus seios rígidos apontarem na sua direção.

O beijo foi interrompido por ele que puxou minha blusa para cima e me deu
um olhar malicioso.

- Não mexa as mãos -ordena.

Ele foi descendo beijando meu corpo e eu suspirei forçando a cabeça para
trás, mas eu apenas estiquei minhas mãos agarrando uma almofada.

Olhei para ele que estava quase chegando no meu sexo e não medi esforços
quando puxei a almofada para frente batendo no seu rosto com tanta força
que Adam rolou para o lado caindo do chão.

Ri alto e me levantei do sofá rapidamente correndo para longe, olhei para


trás vendo ele se levantar correndo na minha direção em seguida.

- Sua...sua...bandida!

Ri mais subindo as escadas.

Corri pelo corredor mas dei um grito quando senti o braço rodear a minha
cintura me levantando do chão, ri mais quando ele me carregou como se eu
fosse um bebê.
- Você não sabe me xingar.

- Foda-se, estou irritado com você.

- Está nada -dei tapinhas no seu rosto e ele ameaça morder minha mão.

- PRINCESA! -ele grita comigo quando eu desci minha mão apertando sua
nádega direita.

Ri alto novamente.

×××

Parece que alguém aprendeu a fazer panquecas, Adam? Não quer me


ensinar também?

Vote, baby!

E vamos que o próximo cap está pronto para você já ❤️✨.

39° capítulo

Rubi

- Eu ainda não entendi o problema, Bell.

Adam cruzou os braços evidenciando os músculos por baixo daquele terno


azul claro de três peças e me encarou como se fosse óbvia a resposta para o
meu comentário.

- As cores, esse é o problema. Você precisa me ajudar a escolher, agora.

Deus.

- Escolha qualquer uma -falo- Você vai ficar bonito de qualquer jeito.

Ele levanta uma sobrancelha com um sorriso de lado e eu balanço a cabeça


sorrindo.

Me virei colocando meu sutiã vermelho e puxei minha calça jeans para
cima.

- Certo! Mas se você fosse escolher -falou- Qual você escolheria?

- Eu não sei, eu não uso ternos -o lembro e ele bufa irritado. Se bem que eu
gostaria de usar um terninho chique.

- Certo, mas se você fosse...

- A preta! Escolha a preta! -gritei de uma vez e ele sorriu mostrando toda a
sua felicidade pela minha irritação.

Adam andou até a cama que estava com mais de 15 gravatas em cima e
pegou a preta a analisando.

Peguei a minha blusa que já estava seca e depois vesti minha jaqueta jeans.
Minhas roupas estavam tão cheirosas, me lembra um pouco do cheiro de
Adam e eu estou me sentindo maluca por cheirar quando ele não está
olhando, socorro, eu estou patética.
- Você tem escova de cabelo? -perguntei e ele aponta para o banheiro sem
tirar os olhos da gravata como se conversasse com ela.

Andei até lá e vi a mesma no balcão de granito, escovei meus cabelos que


estavam molhados por contas do banho.

Me encarei pelo espelho vendo alguns sinais evidentes de que eu ainda


estava exausta, mas me sinto muito mais bem humorada e eu acho que
estou competindo com o sol do tanto que estou brilhando.

Saio dos meus pensamentos quando sinto braços me rodearam apertando


minha cintura, olhei para Adam através do espelho vendo a gravata preta
alinhada no centro.

- Você está certa -sussurra- Eu ficaria bonito até com uma gravata da
Barbie.

Ri baixo, não duvidando disso.

- Vou te esperar lá embaixo, não demore -senti seu beijo no meu pescoço e
olhei para ele quando sua bunda bonita saiu do banheiro.

Terminei de ajeitar meu cabelo e fui até o quarto procurar pelo meu tênis, os
calcei antes de sair do cômodo e coloquei meu celular no bolso de trás da
calça vendo meus tênis acendendo a cada passo.

Desci as escadas e vi Adam parado perto da porta com uma mão na cintura
e a outra com o celular no ouvido.

Cheguei perto dele que sorriu para mim quando me viu.

- Tenho uma reunião no almoço, não vou poder -ele diz para a pessoa do
outro lado da linha e aponta para a porta.

Saimos do apartamento juntos e andamos até o elevador.

- Estou indo para a empresa agora...eu ligo para você depois, Pan.
Adam desligou o celular e guardou no bolso da frente me encarando em
seguida, entramos nos elevador e ele apertou o botão do estacionamento.

As portas foram abertas e nós dois saímos do elevador em direção ao seu


carro, entramos no veículo e eu peguei meu celular mandando uma
mensagem para Josh dizendo que já estava indo para empresa visto que o
mesmo tinha me mandando mensagem mais cedo perguntando se eu iria
trabalhar.

O apartamento de Adam era bem perto da empresa, em menos de 20


minutos nós já estávamos na frente da mesma.

Só quando o carro parou eu me dei conta de que vamos entrar juntos na


empresa, e provavelmente vão pensar que estamos transando.

Bom, nós estamos, mas elas não sabem disso.

- Adam? -ele desliga o carro e me encara.

- Não seria melhor eu entrar primeiro e depois você entrar?

- Por que diabos faríamos isso? -ele pergunta tirando o cinto de segurança.

- Você sabe -digo e ele da de ombros- Vão nos ver juntos e vão pensar que...

- Que estamos transando? Mas nós estamos mesmo -ele diz pacífico.

Olhei para ele e depois encarei a empresa.

- Princesa -ele pegou na minha mão me fazendo encara-lo- Somos sócios, é


super normal que nós vejam juntos, ok? Além do mais, isso não é da porra
da conta de ninguém.

- Sim -fechei os olhos- Isso faz sentido.

Os abri de novo e ele analisava todo o meu rosto como se estivesse


memorizando os detalhes.

Ele puxou meu queixo gentilmente e me deu um selinho demorado, apesar


de ser um beijo simples pareceu ter vários significados, eu gostava disso -
Você tem sorte de eu não estar usando uma plaquinha dizendo que eu
finalmente beijei você -ele brinca e eu ameaço bater nas suas bolas, o loiro
riu com a mão na boca- Qual é, Princesa! Você foi muito difícil comigo.

- Oh, coitadinho -fiz uma expressão de pena- Vou te enviar um número de


autoajuda, vai que eles conseguem curar a sua prepotência.

Adam com a boca aberta fingindo estar incrédulo destravou o carro, saio do
veículo e puxo a manga da jaqueta jeans para cima quando ele apareceu do
meu lado, caminhamos para a empresa normalmente quando sinto alguém
esbarrar em mim com tanta força que pareceu ser de propósito.

Se não fosse Adam me segurar pelo braço eu provavelmente estaria no


chão.

- Você está bem? -ele pergunta me analisando e eu assinto olhando para a


pessoa que quase me derruba.

- Rubi -sua voz saiu fina- Me desculpe! Eu não vi você.

Ela sorriu um pouco forçado.

- Tudo bem -digo apertando meu ombro, estava doendo pelo baque.

Ela sorriu e olhou para Adam.

- Olha se não é o cara mais cafajeste que eu conheço -ela diz e Adam
suspira.

Essa era Melinda West, minha ex amiga, era ela que tinha me acusado de
destruir as chances deles ficarem juntos.

A mesma pessoa que disse que eu era apaixonada por ela e não aceitaria o
"relacionamento" deles dois, e era Adam estava fugindo do apartamento
dela no primeiro dia que eu o conheci.

- Como você está? -pergunta me olhando dos pés a cabeça- Pelo que vejo
continua a mesma.

- Faz quanto tempo que não nos vemos? 8 meses? Muitas coisas podem
mudar nesse tempo -digo e ela semi cerrou os olhos.
- É verdade -diz colocando o cabelo castanho atrás da orelha.

Ela continuava a mesma fisicamente, os grandes olhos pretos eram seu


charme, a boca pequena sempre coberta por um batom rosa fraco e uma boa
quantidade de rímel. Melinda era a única amiga que eu tinha aqui antes de
conhecer Lisa, Emy e Susie. Fazíamos basicamente tudo juntas, mas depois
que ela meio que surtou comigo por causa de um homem, eu me sai com
gosto quando ela me mandou embora da vida dela.

- Como está o...

- Não estamos mais juntos -a corto e ela faz uma cara de surpresa.

- Nossa...sinto muito.

- Tudo bem, já fazem 8 meses -digo e ela assente.

- Eu sempre disse a você que ele não era boa coisa -diz e Adam que ainda
estava segurando meu braço, me aperta de leve.

- Pelo menos nisso você tinha razão -digo e ela olha para a mão da Tinker
que estava em mim.

- Eu preciso ir -diz agarrando a alça da sua bolsa- Nos vemos por aí.

O último olhar que Melinda deu foi para ele ao meu lado.

- Adeus, Adam -ela diz com um sorriso apaixonado e se vira indo na


direção oposta de onde veio.

Eu não acredito que ela ainda gosta dele!

Adam solta meu braço e puxa minha jaqueta para baixo vendo o vermelho
na região do ombro onde ela bateu, ele passa o dedo por cima e me encara.

- Qual é o problema? -pergunta e eu suspiro.

- Depois de você ter dormido com ela -ele me olhou confuso, por um
momento pensei que ele tinha virado uma interrogação- Você não se lembra
dela?

- Não.

- Você se lembra da primeira vez que nos conhecemos? -pergunto e ele


assente sorrindo.

- Oh, claro, eu esqueceria a mulher que quase me manda para o hospital -


debocha.

Exagerado!

Só foram dois tapinhas de nada...

- Qual o nome dela? -perguntou.

- Melinda West -respondo e ele me pede para continuar.

- Depois que você transou com ela e tentou me levar para cama em seguida
-ele olhou apertou os lábios e eu ri baixo- Eu dispensei você -ele revira os
olhos- E quando ela acordou procurando pelo seu príncipe encantado eu
expliquei para ela o que aconteceu, mas ela não acreditou em mim e disse
que a culpa era minha por você ter ido embora, mesmo que você já estava
pronto para fazer isso antes de eu chegar.

- Ela culpou você por minha causa? -assinto para a sua pergunta.

- Aparentemente você era o cara ideal para ela...quer dizer ainda é -falei, eu
acho que até bufei.

- Como assim? -ele parecia confuso.

- Ela ainda é apaixonada por você, Adam -digo e ele arregala os olhos.

- Apaixonada?

- Pois é -dei uma batidinha no seu braço- Vamos entrar.

- Apaixonada? Como? Ele não deve saber nem a minha idade, na verdade,
ela não sabe nada sobre mim! -ouvi ele resmungando e sorri de lado.
Andamos até a empresa e entramos juntos atraindo alguns olhares curiosos,
mas eu não sei se era para nós dois ou para o meu tênis.

Vou acreditar que é no tênis.

Olhei para Adam que me deu um sorriso terno e entramos no elevador.

- Ela era sua amiga de verdade? -perguntou.

- Eu pensei que fosse mas não era, e agora ela me odeia.

- Ela não odeia você -ele tenta, só tenta, me convencer do contrário.

- Tanto faz -digo e ele ri me puxando pela cintura me dando um beijo


sedento de tirar o fôlego. Eu precisei de alguns segundos para retribuir a
ação inesperada, senti meu coração palpitando mais rápido.

As portas foram abertas e ele se afastou de mim dando um beijo na ponta do


meu nariz em seguida.

- Até depois, princesa -ele diz e começa a andar até a sua sala me deixando
tonta dentro daquela caixa de metal.

- Hum hum -resmungo e ele sorri de lado antes de entrar na sua sala.

Saio do elevador e passo a mão no cabelo antes de parar na bancada dos


meninos, vi Gustavo sentado anotando alguma coisa e do outro lado Josh
me encarando com um sorrisinho sacana.

- Bom dia, coisinha -ele diz e depois morde a ponta do lápis.

- Passei cinco dias fora e você não vai me dar um abraço? -perguntei.

Ele sorriu jogando a cabeça para o lado e se levanta vindo na minha


direção, Josh me abraça forte me levantado em seguida.

- Eu senti saudades -ele me aperta ainda mais.


- Joshua! Eu preciso respirar -digo e ele me solta rindo- Meu Deus, está
tomando bomba?

Ele sorriu passando as mãos pelo meu rosto.

Ouvimos a porta do elevador ser aberta e olhamos ao mesmo tempo quando


Jon saiu do elevador. Ele vestia uma calça jeans preta e uma camisa cinza
com uma jaqueta de couro marrom por cima.

- Jon! -exclamei e ele sorriu para mim.

- Oi, Rubi -ele andou até nós e me abraçou rapidamente.

- O que você está fazendo aqui? -Josh pergunta cruzando os braços.

- Eu vim falar com você -ele diz e Josh suspira.

- Estou em horário de trabalho, conversamos depois -Josh fala e Jon bufa.

Ui, climão.

- Joshua, preste atenção -Jon para na frente dele- Eu amo você, ok? Você
não precisa me responder agora, eu espero o tempo que for necessário.

Isso significa o que eu estou pensando?

Aí meu Deus! Eu quero comer os doces!

- Ok, nos vemos depois -Josh diz e volta para o balcão.

Jon da um suspiro triste e acena para mim antes de virar as costas e entrar
no elevador novamente.

- Eu não acredito nisso! -digo olhando para Josh que me olha com uma cara
de tédio.

- Ele pediu você em casamento!? -pergunto curiosa.

- Pediu -ele diz e volta a digitar no MacBook de uma maneira normal.


- E por que você não aceitou? -me apoio na bancada.

- Você sabe porque -diz, ainda sem me encarar.

- Para com essa porra! -digo apontando um dedo para ele.

- Coisinha...

- Você tem que parar com esse medo, ele realmente te ama. Não o perca
para depois você dar valor -ele fica em silêncio vendo minha expressão
irritada.

- Ele quer assumir você, Josh. Casamento é algo importante e ele não faria
isso se você não fosse importante para ele.

- Eu não sei se essa é a decisão certa -ele diz baixo.

Sorri amigável e estiquei minha mão que ele agarrou.

- Você o ama?

- Loucamente -responde.

- Então você vai saber se for a decisão certa, se imagine com ele, ele está no
seu futuro?

Josh suspirou.

- Jon é a merda do meu futuro, Rubi.

- Então sua resposta está aí -pisquei para ele que sorriu antes de beijar
minha mão e a soltar em seguida, fui para minha sala mas antes ouvi ele me
chamar.

- Mendoza?

- Oi.

- Que porra de sapato é esse? -pergunta e eu olho para os meus pés.


- Gostou? É a última moda em Paris.

Ele sorriu largamente e eu entrei na minha sala rindo.

×××

Antes tarde do que nunca né meu povo??

Capítulo entregue ❤️

Plis, no spoiler, plis.

Obrigada KSKSKSK

Tem que lembrar as vezes...

Até o próximo, babys ❤️.

40° capítulo

Rubi

O dia correu bem.

A não ser pela horrível dor de cabeça que estou sentindo por ler tantos
papéis relacionados aos nossos novos clientes e ao meu novo trabalho,
ainda preciso ajeitar alguns documentos fora da minha aérea de trabalho
para o bem da empresa, mas essa dor de cabeça não está facilitando as
coisas.

Eu já não estava mais tão bem humorada como estava pela manhã.

Larguei a caneta na mesa e chamei Josh pela secretária eletrônica.

- Josh -o chamo.

- Oi, precisa de algo?

- Venha até aqui, por favor.

Descansei minhas costas na cadeira e fechei os olhos com força, a porta foi
aberta e ele passou por ela.

- O que aconteceu? -pergunta parando na frente da minha mesa.

- Estou com muita dor de cabeça...

- A culpa é sua -ele diz- Você não comeu nada no almoço.

- Por que ainda não está na hora do almoço -digo e ele me olha cruzando os
braços.

- Faltam duas horas para anoitecer, Rubi.

Franzi o cenho e procurei o relógio da parede constatando que ele estava


certo, como não percebi o tempo passar?
- Vou trazer algo para você comer.

Josh diz antes de sair da sala, cruzei os braços em cima da mesa e descansei
minha cabeça fechando os olhos em seguida, senti meu corpo relaxar um
pouco e meus olhos pesarem.

Quando percebi já estava cochilando.

Não sei quanto minutos se passaram mas eu só acordei quando senti dedos
me cutucando e um cheiro delicioso de bolinho de chocolate invadir minhas
narinas.

Abri os olhos devagar e encarei Josh tirando algumas coisas da sacolinha


com o selo do Starbucks no meio. A dor diminuiu mas ela ainda estava
presente como um zumbido chato.

- Tem certeza que é só a dor de cabeça ou é cansaço também? -ele pergunta.

- Talvez seja os dois -digo- Não dormir direito pela madrugada.

- Adam está tirando suas forças -ele diz rindo e eu o olho feio.

- O que você trouxe? -pergunto mudando se assunto.

- O bolinho de chocolate, seu preferido, suco de abacaxi com hortelã e


também um café caso você queira, se não quiser você pode me dar.

Sorri de lado e peguei o bolinho mordendo um pedaço, senti ele derretendo


na minha boca e as gotas de chocolate deixando tudo melhor, bebi um gole
do suco que também estava bom e dei o café para Josh.

- Caso você ainda sinta dor -ele levantou uma cartela de remédio para dor
de cabeça.

- Obrigada, não sei o que seria de mim sem você.

Ele sorriu antes de dar um beijo no topo da minha cabeça e sair porta a fora.
Continuei comendo meu bolinho e joguei o copo de suco no lixo quando
terminei, me levantei um pouco parando na frente da vidraça que mostrava
a movimentada Nova York.

Respirei fundo antes de comer o último pedaço e gemi com o gosto, isso
estava muito bom.

Voltei a sentar na minha cadeira me sentindo melhor e continuei fazendo


meu trabalho, depois de longos minutos eu consigo fechar o projeto e
coloco em uma pasta amarela.

Anotei alguns lembretes no meu bloquinho e me levantei pegando a pasta,


abri a porta e fui até o balcão procurando por Josh que estava falando ao
telefone.

Ele terminou de conversar e me encarou.

- Certo, tenho uma última tarefa para você e depois você está livre -digo e
ele levanta as mãos para o alto agradecendo.

- Manda -fala.

- Preciso que você faça 11 cópias disso aqui -mostrei duas folhas- As separe
em pastas e marque uma reunião com a equipe.

- Almoço ou pela manhã? -ele diz anotando o que eu disse em um


bloquinho.

- Almoço, escolha um restaurante. Você vai comigo -digo e ele balança a


cabeça.

- Só? -pergunta colocando o lápis na orelha.

- Não, você pode me dar uma carona? -pergunto e ele franze o cenho.

- Não está com o carr...

Ele para de falar e faz um "o" com a boca.


- Você veio com ele? -pergunta se inclinando na minha direção com um ar
de menina fofoqueira.

- Sim.

Rapidamente me lembrei da minha mala, merda! Eu preciso pega-la.

- Gustavo? -pergunto e o mesmo me encara.

- Onde está Adam? -perguntei.

- Ele ainda está em reunião, Srta. Mendoza.

- Essa reunião é na empresa ou...

- Estava marcado em um restaurante um pouco longe daqui, talvez ele só


volte para empresa amanhã -Gustavo explica e eu assinto.

Olhei para Josh e suspirei.

- O que? -pergunta.

- Minhas coisas estão no porta-malas do carro dele -digo.

- Amanha você pega -Josh diz.

- Ok.

Dei uma batidinha na bancada e voltei para a minha sala, as horas foram se
passando.

Abri o Macbook e respondi alguns e-mails sobre a empresa, passei um bom


tempo fazendo isso porque toda hora eu me desconcentrava com alguma
coisa, seja o ponteiro do relógio que fazia um barulhinho que só agora eu
percebi ou o barulho de telefone que vinha de fora da minha sala.

Respirei aliviada quando terminei e na mesma hora a porta é aberta e o


rosto de Josh aparecer me chamando.
Peguei meu celular e vesti minha jaqueta novamente, saio da sala vendo
Josh com a mão estendida para mim, olhei para o balcão e Gustavo já não
estava mais lá, entramos no elevador e não demorou muito para estarmos do
lado de fora da empresa entrando no carro de Josh.

Ele girou a chave e deu partida, abri a janela e deixei a brisa bater no meu
rosto enquanto eu via pessoas caminhando e restaurantes bastantes cheios
por conta do horário.

Passamos em frente a uma conveniência que tinha um grande anúncio de


chocolate.

Sorri bobo me lembrando de Adam e a pequena corrida que demos por


conta de uma barra de chocolate, lembrei da sua cara de indignação quando
dei apenas um quadradinho a ele.

- O que é isso aí?

Encaro Josh que estava olhando para frente mas tinha um sorrisinho no
rosto.

- Isso o que? -pergunto colocando meu cabelo atrás da orelha.

Ele levou o dedo indicador até minha bochecha e deu três toques rápidos.

- Esse sorrisinho bobo aí -ele diz agora cutucando meu braço- Em quem
você estava pensando? No cafajeste delícia?! Não acreditooo! Sua...safada!

Fiquei em silêncio.

- Não me diga que você está... -ele parou de falar vendo minha expressão
séria.

- Você? Oh meu Deus -ele coloca a mão na boca, a menina fofoqueira ficou
radiante.

- Eu sei, eu sei -digo colocando asnmãos na cabeça em derrota.

- Coisinha do céu -ele diz fazendo uma voz engraçada.


- É tão ruim assim? -pergunto.

- Se formos considerar que ele é um dos maiores cafajestes de Nova York


então sim, mas não vamos nos ligar a esse ponto agora -sorriu nervoso-
Vamos nos ligar que o cara deve ser ótimo de cama!

Ri alto concordando e ele bateu na minha mão dizendo "É isso aí, garota".

A felicidade momentânea foi passando e eu suspiro me lembrando do outro


ponto.

- Como isso aconteceu? -ele perguntou prestando atenção nas ruas.

- Eu não faço a mínima ideia -respondo.

Bom, teve um acordo idiota, teve os sorrisos, a atenção, o cuidado,


o...carinho e a intensidade. Merda, eu faço uma ideia.

- Você tem certeza que gosta dele? -perguntou me encarando.

Meu plano era não confiar no amor e olha onde estou, pensando que estou
apaixonada por um cara que tem um apelido de Tinker Bell.

Aquele loiro virou minha vida de cabeça para baixo em tão pouco tempo
que chega a ser assustador, como alguém pode ter feito tanta coisa em tão
pouco tempo? E não estou apenas falando dos orgasmos mas dos
sentimentos que chegam até ser novos para mim.

Talvez seja cedo demais mas ele tem tudo o que eu gosto e um pouco mais.

E eu sei que tentar fugir seria inútil.

Será que Adam sente pelo menos uma pequena parte do que eu sinto? Ou
todos esses dias que passamos juntos, o ciúme, o cuidado, o afeto
constante...não significa nada? Não é possível!

Fechei os olhos e minha mente foi para outro ponto, aquele maldito acordo.

"Você será minha por duas semanas"


Senti o choque de realidade me bater, e se depois disso ele não quiser mais
nada comigo? E se depois disso eu descobrir que eu fui apenas um acordo?
Porque eu realmente sou, ele ganhou e eu sou seu maldito prêmio.

Droga, droga, droga.

Tudo isso é patético, eu sou patética por acreditar que um cara como Adam
possa mudar de um dia para o outro, ele é um mulherengo de primeira e eu
não passo de mais uma conquista.

Essa era a minha razão falando mas o meu coração dizia uma coisa
totalmente diferente, ele acredita em Adam.

- Ei -ouvi dedos estalando na minha frente e despertei dos meus


pensamentos.

- Hum, o que?

- Nós chegamos -Josh diz com o carro parado na frente do meu prédio.

Olhei para ele e sorri pequeno, ele pegou na minha mão e a apertou de leve.

- Tudo no seu tempo, ok?

Balancei a cabeça concordando e dei um beijo no seu rosto me despedindo.

Saio do carro vendo ele dar partida novamente e logo seu carro sumir da
minha vista.

Virei os calcanhares e entrei no meu prédio, eu até ia cumprimentar o


porteiro mas me lembrei que o cara foi subornado por aquela Tinker Bell
dos infernos e apenas o encarei com um olhar de julgamento, ou seja, olhos
cerrados e a cabeça balançando negativamente.

Demorei vários segundos para perceber que o porteiro não era o mesmo, era
um novo. O homem me olhou com o cenho franzido e rosto super confuso.

Dei um sorrisinho sem graça para ele que ainda estava com a cara confusa e
entrei no elevador com a mão cobrindo meu rosto, como se isso fosse
adiantar alguma coisa.

Depois de longos segundos as portas foram abertas e eu caminhei até o meu


apartamento, apertei na campainha por estar sem as minhas chaves e logo o
rosto de Lua apareceu.

Ela sorriu largamente e me puxou para um abraço apertado.

- Graças a Deus! Não estava mais aguentando de tanta saudades -ela diz
fazendo carinho no meu cabelo.

A apertei forte antes de me afastar e dar um beijo na sua testa.

- Também senti sua falta.

Lua sorriu e nós duas entramos no apartamento abraçadas.

- Espere, cadê sua mala? -pergunta nos fazendo parar no meio do caminho.

Abri a boca para responder mas fui interrompida por um latido e uma
bolinha de pelo pular na minha perna em seguida.

- Mops!

Seu rabinho branco se mexia de uma lado para o outro e eu me abaixei


fazendo carinho na sua cabeça, Mops lambeu minha mão e pulou em cima
de mim lambendo meu rosto.

Lua e eu rimos e eu o carreguei no colo o levantando na altura do meu


rosto.

- Mamãe sentiu sua falta também -digo e ele balança o rabinho novamente.

Coloquei meu braço esquerdo ao redor de Lua e caminhamos para a


cozinha com Mops no meu outro braço.

- Fez boa viagem? -Lua pergunta e eu respondo que sim.


- Você se alimentou direito? Parece tão magrinha, quer que eu faça algo
para você comer?

Ri baixo.

- Não precisa, eu comi faz pouco tempo. Se eu sentir fome eu preparo algo.

Ela concordou se sentando na cadeira que estava ao redor da mesa redonda,


coloquei Mops no chão e me sentei ao lado dela.

Eu sabia que ela queria saber como eu estava e o que tinha acontecido em
Paris, contei a ela sobre os lugares que fui e a enchi de detalhes sobre eles,
ela ficou toda contente quando falei que Adam e eu conseguimos os
clientes.

Depois disso ela decidiu ir embora, nos despedimos com um abraço e vi ela
entrar no elevador.

Até pedi para ela dormir aqui se quisesse mas não aceitou porque
aparentemente ela tinha um encontro com algum homem que conheceu no
supermercado se não estou enganada.

Fechei a porta e me virei vendo Mops em cima do sofá com a cabeça sobre
a almofada, sorri de lado e tirei a jaqueta jeans colocando no encosto do
sofá.

- Somos só nós dois agora, pequeno Mops.

Ele latiu como se me respondesse, cachorro esperto.

×××

Ah não ta fácil para ninguém, a dúvida é uma droga. Será que vem
bomba por aí? Ixi! Vou nem mencionar nada KSKSKS.

Vote no cap e comente muitooo!

Até, babys ❤️.

41° capítulo

Rubi

Eu sinceramente não sei como isso funciona, mas eu sei que requer
paciência, força de vontade e vários biscoitos caninos.

- Senta.

Se ele pudesse falar com certeza diria "Essa mulher está pirando se acha
mesmo que eu vou obedecer" ou "Preciso de uma nova dona"

- Você vai para o canil -ameaço de brincadeira.

Mops late e depois rosna para mim, filha da mãe!

Levantei o biscoito pegando sua atenção, o mandei sentar novamente e ele


jogou a cabeça para o lado levantando as orelhinhas.

Isso foi tão fofo que dei o biscoito de uma vez para ele.

- Você ganhou dessa vez -aponto para Mops- Não terá tanta sorte na
próxima -digo séria.

Peguei minha bolsa do sofá e saio porta a fora, quando cheguei no


estacionamento tirei a chave da bolsa e abri a porta do meu Audi A5
branco, eu amo esse carro.

Dirigi até o Starbucks mais próximo e pedi um cappuccino para uma


morena simpática que me atendeu muito bem.

Saio de lá sentindo o sol da manhã bater contra meu rosto, bebi um gole da
minha bebida e entrei no meu carro em seguida.

Depois de alguns minutos eu já estava na empresa, dentro do elevador


sendo mais específica.
Olhei minha saia social escura através do espelho a puxando para cima um
pouco e por fim ajeitei a blusa branca social de botões.

Ouvi o barulho dos meus saltos quando saio caixa de metal e vi Josh parado
em frente a minha porta com vários documentos.

Andei até ele que estendeu os documentos e abriu porta para mim em
seguida.

- Bom dia e aí está as 11 cópias que me pediu ontem.

Ele fechou a porta enquanto eu me sentava na cadeira, Josh parou na frente


da minha mesa e eu folheei as cópias.

- Obrigada -digo a ele que pisca.

- Tenho um recado -diz e coloca a mão no bolso.

Josh tirou um papel do mesmo e me entregou.

- Cafajeste delícia -ele diz e da meia volta me deixando sozinha.

Olhei para o papel que estava dobrado e o abri por parte até ele estar liso
novamente, dei um suspiro nervoso e comecei a ler o papel que estava com
a sua caligrafia.

"Bom dia, princesa.

Você está linda, eu sei que não posso ver você mas eu sei que você está, não
é preciso de muito esforço para isso"

Ri baixo e continuei lendo.

"Escrevi isso para dizer que Gustavo vai lhe entregar alguns papéis que eu
preciso que você analise, passarei o dia fora da empresa de novo...isso
significa que você vai ficar sem ver meu belo rosto : (

Não, não chora está tudo bem"

Eu consigo visualizar Adam escrevendo isso com um grande sorriso no


lábios.
"Estou cheio de trabalhos acumulados e preciso termina-los, por favor,
analise os papéis e depois conversamos sobre eles, quer dizer, tentaremos.
Tenho quase certeza que você vai estar ocupada para falar algo...hum...vou
deixar sua imaginação fluir agora"

Dei um sorriso malicioso mas depois parei, Misericórdia.

Suspirei alto, uma parte de mim ficou triste pelo fato de que não o verei o
dia inteiro. Esse sentimento é uma droga.

"Ps: é estranho eu escrever uma carta ao invés de te mandar uma simples


mensagem? Talvez um pouco, mas eu sou da moda antiga, Romeu e Julieta
e os caralho a quatro"

Sorri novamente.

"Vejo você depois, princesa.

Sentirei sua falta"

Ok, dizer que eu não arregalei os olhos depois que li essa última frase seria
uma mentira deslavada.

- Coisinha, Gustavo me pediu para...o que que tem no seu olho? -Josh diz
entrando na minha sala- Santo Deus! Parece que tem show de luzes!

Parei de encarar a carta e a dobrei guardando na gaveta rapidamente.

- Nada, me dê os papéis -peço a ele que me entrega o que pedi.

- Você está bem? -ele perguntou o olhos cerrados.

- Sim, sim, sim, sim -falo balançando a cabeça.

- Calma que eu perguntei só uma vez -ele diz rindo e eu mostro o dedo do
meio para ele.

- Sabia que isso em alguns lugares é crime? -aponta para a minha mão-
Estou falando sério.
Me levantei da minha cadeira e fui até ele o empurrando para fora.

- Você poderia ser presa por levantar esse dedo para mim.

- Tchau, Joshua -digo e ele sai da minha sala rindo.

Fechei a porta e voltei para a minha mesa para começar a trabalhar.

(...)

- Josh, quando eu disse para você escolher um restaurante eu quis dizer aqui
em Nova York, caralho -falo irritada.

- Você disse que eu podia escolher o restaurante -se defende.

- Sim, perto da empresa não no inferno -digo dando a milésima curva.

Estávamos mais de 45 minutos no tráfego da cidade, o restaurante que essa


purpurina escolheu fica muito longe da empresa.

- Para de reclamar coisinha, ainda temos a volta -ele diz olhando para a
janela e eu suspirei.

- Me diga que eles já estão lá.

- Sim, eles já estão lá.

Menos mal.

Ainda dirigi por mais uns 20 minutos até chegar no restaurante e estacionei
o carro do outro lado, saímos do veículo e nós dois atravessamos a rua.

Olhei para cima vendo um nome brasileiro no letreiro e pisquei várias vezes
antes de olhar para Josh.

- O que...

- Eu trouxe você para matar um pouco a saudade -ele diz sorrindo.


- Certo, foi mal por ter gritado com você -apontei para ele que riu baixo.

Sorri lhe deando um abraço em agradecimento, faz meses que não como as
deliciosas comidas brasileiras. Já estou vendo que vou engordar uns 5 kg
hoje.

- Vamos, estou faminto -ele diz antes de entrarmos no restaurante.

Assim que entrei um cheiro muito bom de feijoada apareceu e eu sorri de


lado, algumas músicas brasileiras também estavam tocando.

Avistei as 10 pessoas que formavam a equipe de design conversando


animadamente em umas das mesas perto da janela.

Fomos até eles e vi que todos estavam ali, assim que me viram deram um
sorriso alegre e apertei a mão de cada um.

Me sentei na cadeira vazia e Josh se sentou ao meu lado.

- Desculpem o atraso -digo educada e eles concordam.

O garçom chegou até nós me entregando o cardápio e eu prontamente o


peguei escolhendo a feijoada, farofa, carne de sol e uma salada de alface
para acompanhar.

- Já pediram? -pergunto a eles.

Haviam 6 pessoas do lado esquerdo da mesa enquanto as outras 4 estavam


do lado direito, o lado que Josh e eu estávamos Todas acenaram em
concordância.

- Certo, vamos ao que interessa -digo.

Josh me entregou as pastas amarelas e as entreguei uma por uma, eles


começaram a analisar os documentos enquanto eu ia explicando a ideia e o
trabalho ao todo.

Respondi algumas perguntas e esclareci as dúvidas.

- Precisamos entregar isso quando? -Beatriz, diretora de criação, pergunta.


- 1 semana -respondo.

- Você acha que isso é possível? -Paul pergunta ajeitando sua gravata.

- Não acho, tenho certeza -digo.

- Isso estará pronto em uma semana, Srta. Mendoza -diz Victor que estava
ao meu lado.

- Já trabalhamos em projetos muito maiores e com prazo mais curto, com


certeza nós conseguimos -os incetivo.

Os pratos chegaram e comemorei mentalmente vendo minha deliciosa carne


de sol. Os garçons nos serviram e quando meu prato foi colocado eu
agradeci depois de pedir um refrigerante.

- Não vai beber conosco? -Paul pergunta e eu o encaro.

- Estou dirigindo -respondo com um sorriso pequeno.

Ele não responde nada e começar a comer o que pediu. O almoço foi
correndo bem e as coisas pareciam fluir normalmente enquanto falávamos
do novo trabalho, todos eles eram criativos e tinham mentes brilhante.

- E então -encaro Belly que chama minha atenção- Adam trabalhará


conosco nesse novo projeto?

Belly Anderson, minha arte-finalista que é responsável por Layout de tipo e


cores, tenho quase certeza que ela tem uma queda pelos irmãos Venturelli.

Coloquei meu cabelo para trás e cruzei os dedo em cima da mesa.

- Adam não trabalha com isso, eu apenas passo o projeto a ele explicando
tudo que for necessário e ele apenas vende a nossa idéia, trabalhamos em
conjunto -explico.

- Mas se ele que vende a idéia porque você foi para Paris com ele? -Paul
pergunta e depois bebe um gole de vinho.
- Por que era necessário -respondo o encarando- Não sou apenas a designer
da empresa, preciso estar perto do presidente, e até do vice.

- Hum hum necessário -Paul diz rindo e encarando as pessoas ao seu lado.

- Posso saber o que tem de engraçado? -pergunto e Josh chama o garçom


pedindo a conta.

- Nada, só essa resposta que não foi nada coerente -ele diz e os outros ficam
calados esperando minha resposta.

- É coerente o suficiente para você -digo e seu semblante se fecha aos


poucos.

- Não fui para Paris a passeio, Adam e eu tínhamos um trabalho e


concluímos com sucesso -digo e Belly balançou a cabeça concordando.

- Sim claro, porque era necessário -ele diz e eu levanto uma sobrancelha.

Qual o problema desse cara?

- Sim, era -digo.

O garçom voltou e Josh entregou um cartão preto da empresa a ele.

- Vocês ainda tem dúvidas sobre algo...

- Eu tenho -Paul diz e eu o encaro respirando fundo.

- Diga.

- Você fará parte disso tudo ou apenas vai nos deixar fazer todo o trabalho
pesado como da última vez?

- Do que você está falando? -pergunto confusa.

- Nós ficamos com todo o trabalho pesado enquanto você está viajando para
Paris -ele diz invejoso.
- Eu nunca deixei vocês com o trabalho pesado, Paul -digo e ele ri irônico-
Dei um tarefa simples para cada, mas o resto ficou para mim porque eu
queria decidir antes de levar para os Foster's. Foi uma decisão minha.

- Não me surpreendo com você achar isso, você nunca tem noção. Na
verdade você nem deveria...

- Nem deveria o quê? -pergunto irritada o cortando na mesma hora.

Ele olhou para os colegas e suspirou pesadamente, é claro que ele não ia
amarelar na frente deles.

- Não deveria ter um cargo tão importante como você tem -ele diz e
algumas pessoas arregalam os olhos- Você é fraca.

- Você acha que deveria estar no meu lugar? -pergunto, quase me


divertindo. Ele meneia a cabeça.

- Talvez, você não é muito apropriada para ser dona de uma empresa, você
confia em que não deve.

Travei o maxilar com raiva e fechei minhas mãos fazendo minha unha ferir
minha carne. Eu definitivamente odeio falar sobre isso, apenas a lembrança
de alguém como ele ter me feito de idiota já acabava com o meu dia.

- Sabe qual o problema de pessoas invejosas, Paul? -pergunto a ele que


levanta uma sobrancelha.

- Elas sempre acham que são o máximo, mas na verdade elas não são,
porque ao contrário de tentar fazer sucesso sozinhas elas diminuem aqueles
que fazem, isso só as torna patéticas e desesperadas -abri as mãos e limpei a
boca com o guardanapo.

- Falou a mulher que na primeira oportunidade abriu as pernas para o vice


presidente, tão típico.

Aquilo com certeza foi a porra da gota d'água, quem esse estúpido pensa
que é?
Josh encarou Paul com um olhar mortal e os outros fingiam não estar
prestando atenção, mas é claro que estavam.

- Falou o homem invejoso e agora desempregado -falei.

Paul franze o cenho.

- Você está demitido.

Peguei minha bolsa e me levantei, vendo Paul ficar branco que nem papel.

- Ao resto de vocês -digo e eles me olham- Não se atrasem para o trabalho.

Eles concordam e Josh se levanta.

- Rubi -Paul me chama- Você não pode me demitir!

- Por que não? -pergunto olhando a alça da minha bolsa e a ajeitando.

- Eu sou o melhor designer que você tem, isso seria burrice -ele diz.

- Burrice foi você ter aberto a boca para ofender a sua chefe, com todo o
respeito, você é a pessoa mais burra que eu já conheci.

Não irei trabalhar com pessoas que apreciam meu fracasso e nutrem inveja
do meu sucesso.

- Se quer um conselho -o encarei- Não são apenas homens que comandam


tudo, há mulheres no poder agora, e é bom você se acostumar com isso,
caso contrário...você vai ser sempre chutado para fora. Saia do século 16,
Paul. Evolua.

Seu maxilar se aperta.

- Passe na empresa amanhã para recolher suas coisas e tratar a demissão,


passar bem.

Dito isso eu aceno para os outros e começo a andar até a saída com Josh
atrás de mim.

Eu precisava demitir essa babaca a muito tempo.

Saímos do restaurante e soltei o ar que estava segurando enquanto sentia a


brisa da tarde bater contra meu rosto.

- Puta merda! -Josh diz parando na minha frente- Você foi incrível lá dentro,
cadê o seu uniforme de heroína, porque você é a minha.

Suspirei profundamente e ele agarrou meus braços.

- Você está bem? -ele pergunta e eu assinto.

- Não gosto disso, Josh.

- Não gosta de colocar machos escrotos no lugar deles? Porque eu adorei.

- Não gosto de fazer isso com as pessoas, por mais ruim que elas sejam.
Mas as vezes...argh! Eu quero voltar lá e enfiar aquele garfo no cú dele e
girar como se fosse um peão!

Ele riu baixo e me puxou para um abraço.

- Ele te atacou, você só estava de defendendo. Além do mais, nunca fomos


com a cara dele mesmo -ele diz me fazendo sorrir de lado.

Nos afastamos e atravessamos a rua entrando no meu carro.

- Vamos voltar para empresa? -pergunta enquanto eu coloco o cinto de


segurança.

- Não, já está bom por hoje -falei dando partida no carro em seguida.

×××

Adam por onde andas? Não chorem, ele vai voltar.

Paul finalmente foi posto no lugar dele...mas! O carinha não é o grande


vilão do livro kekeke.
Votos! Comentários! On Mytable!

Sorry KSKSKS

Até, babys ❤️.

42° capítulo

Rubi

Apertei o último botão do elevador e fiquei esperando o mesmo subir para o


andar da presidência.

Não fiquei pela empresa na parte da manhã, ao invés disso, eu estava


trabalhando um pouco em casa. Até que deu o horário do almoço e eu
encontrei, Emily, Susie e Lisa. Nós almoçamos juntas por algumas horas e
depois decidi passar na empresa para checar as coisas com Josh, mas acabei
percebendo a falta do meu celular e eu sabia que tinha ficado com a
barriguda quando dei a ela para jogar um joguinho qualquer. Então, aqui
estava eu dentro do elevador indo buscar meu celular.

Saí do elevador colocando uma parte de meu cabelo solto no ombro e fui
até a sala de Lisa. Como a porta já estava aberta pude ver ela sentada
mexendo em seu Macbook com o rosto concentrado. Bati na porta o que a
fez me encarar mostrando seu sorriso em seguida.

- Ei -ela diz enquanto eu me aproximo parando na frente da sua mesa.

- Oi, você ficou com algo meu -a lembro e ela franze o cenho- Meu celular.

Ela faz um "o" com a boca e olha para sua mesa.

- Eu fiquei com ele? -ela pergunta e eu concordo vendo seu rosto confuso.

- Certo.

Lisa pegou sua bolsa começando a mexer nela, a vi tirar objetos dos mais
variados tipos de dentro daquilo. Comecei a cogitar a possibilidade de pedir
um liquidificador só para testar se ela tinha um lá dentro.

Depois de tirar uma chapinha de cabelo ela finalmente tirou meu celular.

- Desculpa, fiquei vidrada naquele jogo -ela diz me dando o aparelho.


- Tudo bem -digo rindo.

- Lisa!

Ela revirou os olhos quando ouviu a voz de Dylan e logo ele aparece atrás
de nós duas.

O mesmo estava sem o paletó mas mantinha a camisa social e a gravata


preta que estava no seu braço direito pendurada, ele parecia nervoso e
agoniado.

- O que é? -ela pergunta e ele começa a andar de um lado para outro.

- O contrato, eu preciso saber se está bom.

- Você já releu aquilo umas cinquenta mil vezes, Venturelli -ele para de
andar e faz uma expressão de quem descobriu um segredo.

- Sim, talvez outra pessoa deva analisá-lo.

Lisa coloca a mão no rosto e solta um suspiro irritado.

- Dylan, deixa de ser paranóico!

- Chame Nathaniel, ele é bom com essas coisas -ele diz apontando para a
porta.

- Nate está ocupado -ela diz e ele bufa.

- Chame Adam.

Eu apertei meu celular com tanta força que foi como se minhas células
acordassem apenas com a citação desse nome, não vejo Adam desde o dia
que estávamos no seu apartamento e talvez eu não devesse mas estou
sentindo muita falta daquele loiro metido.

- Ele não está aqui! Você o encheu de trabalho -ela diz e ele massageou a
têmpora encarando os próprios sapatos por um momento.

- Rubi... -ele diz olhando para mim e eu olho para Lisa que nega.
- De quem é o contrato? -pergunto.

- Maxwell -Lisa responde.

- Estou fora -falo na mesma hora.

Esse cara é um morto de ignorante, não estou com paciência para lidar com
homem escroto agora e ler suas exigências.

Dylan bate palma me assustando e Lisa cruza os braços.

- O Ross!

Ele diz e Lisa se levanta balançando a cabeça.

- Peter nem trabalha aqui, Dylan.

Ela vai até ele agarrando sua mão o fazendo encará-la, seu rosto se suavizou
antes de seus braços a apertarem sem muita força.

Lisa diz alguma coisa a ele em seu ouvido que eu acabei não escutando
porque saí de fininho enquanto a mesma acalmava a fera.

Voltei para a minha sala normalmente e terminei meu trabalho depois de


horas.

Paul já tinha passado aqui para recolher suas coisas e até fiquei mais
aliviada por isso, ainda tive outra reunião com a equipe pela manhã mas
dessa vez o tempo foi menor.

- Já estou indo, coisinha -o rosto de Josh apareceu na minha porta.

- Espere, vou descer com você -digo e ele assente.

Peguei minhas coisas e juntos nós fomos para o elevador conversando


coisas aleatórias. Gustavo ainda estava no balcão dessa vez, mas já
arrumava suas coisas.

Josh e eu nos despedimos no estacionamento e eu entrei no meu Audi para


ir embora. Dirigi até o meu apartamento com cautela e em menos de 20
minutos já havia chegado.

Peguei minha bolsa do banco do passageiro e saí do meu carro guardando


as chaves na bolsa em seguida.

Apertei o botão do meu andar quando entrei no elevador, ele começou a


subir mas parou um pouco antes e uma mulher de idade entrou com um
cachorrinho pequeno no colo.

Sorri amigável e ela entrou na caixa de metal, o elevador subiu e eu ainda


acenei para ela antes de ir embora.

Fui até a minha porta e quando estava prestes a abri-la outra pessoa fez isso
por mim do lado de dentro. Olhei confusa para Lua que estava na minha
frente segurando sua bolsa, pronta para ir embora.

- Oi! -ela diz animada- Sabia que era você.

- Certo... -ri baixo e ela agarrou sua bolsa pequena.

- Eu já vou -diz, me fazendo franzir o cenho.

- Já?

- Sim! Hoje é meu segundo encontro -ela diz sorrindo.

- Já? -pergunto e ela ri mais, parecendo super alegre.

- Sim, nos demos super bem ontem. Vou casar com esse homem você vai
ver -ela aponta para mim e um riso baixo saiu da minha garganta.

- Tá bom então, qual o nome do seu futuro marido? -pergunto.

- O nome dele é Bryant.

Bryant? Por que esse nome me parece familiar?

- Ok, já vou indo -ela diz e me dá um beijo na bochecha antes de andar a


passos rápidos para o elevador toda empolgada.

Sorri pequeno passando pela porta do meu apartamento, deixei a bolsa no


sofá e tirei os saltos colocando ao lado da porta em seguida.
Fui para a cozinha enquanto tirava a jaqueta preta do meu corpo e levantei a
cabeça dando um gritinho de susto fazendo meu corpo ir para trás vendo
quem estava ali.

Cacete! Vai assustar outro, minha nossa!

Adam parou de encarar a taça de vinho que estava na sua mão e olhou para
mim, seu corpo estava encostado na bancada do outro lado de onde eu
estava, um terno cinza cobria seu corpo e uma gravata da mesma cor estava
solta no seu pescoço.

Fodidamente gostoso.

Adam sorriu para mim enquanto eu sentia aquele lance das borboletas na
minha barriga.

- Princesa -ele diz antes de tomar o resto do vinho.

- O que...hum...o que você...

Para de gaguejar, porra!

- Não dei dinheiro para porteiro dessa vez -falou- Dei um Rolex, não estou
brincando.

Reviro os olhos mas com um sorriso pequeno no rosto, ele deixa a taça na
bancada para se aproximar um pouco mas não o suficiente.

Olhei para seu rosto que parecia tão sereno, seus olhos encaravam meu
corpo com cautela e eu dei um longo suspiro.

- Eu vim trazer sua mala -ele diz e aponta para o canto da cozinha
mostrando a mesma.

- Obrigada -respondo- Eu estava precisando.

Ele riu pelo nariz olhando para baixo e eu disfarçadamente tracei cada parte
do seu corpo perfeito mordendo o lábio inferior.

Adam levantou a cabeça me olhando dos pés a cabeça e parou nos meus
lábios, dava para cortar a tensão sexual com uma faca.
- Jogue cartas comigo -sua mão foi estendida na minha frente.

- Cartas?

- Sim, estava jogando com Lua. Ela estava me vencendo, acredita?

- Acredito, Lua joga cartas desde os 8 de idade.

Adam abriu a boca chocado e depois olhou para a entrada da cozinha


sussurrando "Não acredito que ela me enganou, eu perdi 20 dólares" ri alto
depois disso, trouxa.

Estendi minha mão até tocar a sua e um sorriso de satisfação aparece em


seu rosto bonito, Adam me guia até a mesa descontraído tirando um jogo de
cartas do bolso. Ele põe as cartas em cima da mesa viradas para baixo e
depois me olha com um sorrisinho de menino travesso.

Franzo o cenho.

- Vamos fazer um jogo, será divertido -garante.

- Para você ou para mim?

- Para ambos.

Adam colocou as mãos na cintura afastando o paletó para trás e eu fiz força
para manter meus olhos nos seus porque parecia ser impossível naquele
momento. Ele me hipnotiza por completo, é quase um ímã.

- O jogo é o seguinte, quem pegar a carta com o valete. Vai ter direito a um
pedido.

- Só isso?!

- Só isso...

Fiquei olhando para ele fixamente, é claro que não seria só isso, impossível.

Na verdade, quem me garante que ele não está roubando? Capaz dele já
saber as posições das cartas, óbvio que ela sabe.
- Certo, vou embaralhar -falo e ele concorda apoiando as mãos na mesa.
Embaralhei o jogo de cartas da melhor maneira que eu sabia, o que não era
uma maneira muito profissional mas eu tentei, e depois coloquei tudo em
cima da mesa em um montinho.

- Você primeiro -aponta.

Peguei uma carta e vi um cinco de paus, descartei a carta e ele esticou o


braço para pegar uma, vi perfeitamente quando ele a virou para si dando um
sorrisão. Não é possível...Adam a virou para mim me mostrando o valete.

- Impossível! IMPOSSÍVEL! -fui até ele agarrando seus braços e ele riu
enquanto eu chegava as mangas do seu paletó.

- Socorro! Estou sendo atacado! -ele gritou quando eu puxei seu paletó para
baixo e o balancei com a maior vontade do mundo- Cuidado, é italiano.

- Eu não gosto de você -aponto- Como fez isso seu... ladrão?! -coloquei a
peça de roupa em cima da mesa.

- Eu tenho sorte, aceite, por favor -ele coloca a mão no peito.

Mostrei meu dedo do meio e ele abriu a boca incrédulo agarrando meu
braço me puxando para o seu peito, o olhei nos olhos quando seus dedos
entraram nos fios do meu cabelo levantando minha cabeça.

Adam analisou meu rosto por alguns segundos antes de se inclinar


plantando um beijo calmo nos meus lábios, fechei os olhos sentindo meu
corpo relaxar contra o dele e quando ele ia se afastar eu fui para frente
mantendo o beijo. Adam mordeu meu lábio colocando uma mão na minha
cintura me puxando para mais perto, sorri internamente.

Apenas nos afastamos porque ele colocou os dedos no meu queixo me


afastando um pouco, o encarei passando a língua nos lábios.

- Quando estávamos na França -ele sorriu e eu levantei uma sobrancelha-


Você me disse uma coisa que queria fazer, e eu gostaria de fazé-lo com
você. Realizar seu...fetiche.
Pisquei várias vezes entre abrindo a boca.

Eu não acredito que contei isso a Adam quando estava bêbada por que em
sã consciência eu não diria tão facilmente.

- Gostaria de experimentar? -ele pergunta.

A idéia de me ter amarrada na cama com ele me dando prazer de certa


forma me excita, é algo que desejo secretamente a alguns anos mas...bom,
nunca consegui realizar.

Balancei a cabeça concordando com a sua pergunta.

- O meu pedido pelo valete -ele aponta para a carta no chão- Quero que abra
sua mala.

- Abrir minha mala? Você é meio...excêntrico, sabia?

Ele sorriu de lado enquanto eu saía dos seus braços indo até a minha mala,
me agachei a deitando no chão e olhei para ele enquanto a abria. Depois de
segundos eu afasto a parte superior e olho dentro vendo minhas roupas
junto a um apetrecho interessante.

- Corda...

- Essa é especial, não vai machucar você de jeito nenhum.

Adam andou até mim pegando minha mão livre e cruzou nossos dedos me
puxando para frente, o acompanhei segurando a corda enquanto nossos
passos já estavam no corredor depois se subir as escadas.

Apontei para a porta do meu quarto e nós fomos até ele a passos normais,
eu estava normal por fora, mas por dentro parecia que um caminhão ia
passar por cima de mim com o meu corpo estirado no chão sem eu puder
fazer nada. Merda, eu estava ansiosa.

Entrei primeiro colocando-me na frente da cama e mordi o lábio olhando


para o objeto, senti ele se aproximar e o encarei quando sua mão tirou a
corda da minha.
Adam a guardou no bolso por alguns minutos e eu levantei os braços para
cima deixando que ele tirasse minha blusa, com ela fora ele desce os dedos
pelo meu peito passando pela minha barriga até alcançar minha calça jeans.

Me sentei na cama depois que a peça desceu pelo meu quadril, Adam a
puxou para baixo e eu deitei as costas no colchão quando ele veio para cima
de mim apoiando os joelhos no mesmo. Encarei seu rosto próximo do meu
e soltei um gemido ansioso quando seus dedos passaram por cima da minha
calcinha.

Coloquei minhas mãos ao lado do meu corpo e apertei sutilmente quando


ele afastou a peça tocando no clitóris primeiro, fiquei olhando para os seus
olhos e mordi o próprio lábio com um sorriso pequeno quando seu nariz
roçou no meu.

Ele desceu o dedo mais para baixo e eu gemi com o peito mais ofegante
sentindo ele me penetrando um pouco e voltando. Senti seu beijo na minha
bochecha descendo para o meu pescoço, seu nariz aspirando meu cheiro e a
batida do meu coração acelerando.

Forço a cabeça para trás sutilmente quando ele coloca o polegar no pequeno
ponto enquanto o outro dedo entra e sai de mim lentamente.

Quando o segundo dedo chega eu agarro sua camisa social branca o


fazendo me encarar, fechei meus olhos por alguns segundos gemendo baixo
mexendo meu quadril na direção dos seus dedos.

- Eu passei o dia imaginando você desse jeito -ele sussurra e eu dou um


resmungo altamente frustrado quando ele tira os dedos ficando de joelhos
novamente.

Adam tirou a corda pequena do bolso e suspirou ajeitando meus pulsos na


sua frente.

- Mas eu imaginei mais desse -ele diz me amarrando as cordas


tranquilamente.

Ele parou com a ação quando ouvimos um barulhinho estranho, olhamos


para a porta ao mesmo tempo e logo a cabecinha branca de Mops aparece.
Ele entra no quarto balançando o rabinho para Adam querendo agrado.

- Opa! -ele saiu da cama dando um corridinha- Não, não, isso é


inapropriado para você, pequeno Mops.

Ele balançou as mãos para o meu cachorro o fazendo recuar e dar um latido,
ri dos dois e vi quando Mops saiu do quarto rebolando parecendo chateado.

Adam riu baixo e caminhou até mim depois de fechar a porta a trancando.

Já na posição anterior ele colocou meus braços para cima amarrando a


corda na pequena grade que minha cama tinha.

Ele desfaz o fecho do meu sutiã que ficava na frente mas não o tirou de
fato, ele se abaixa um pouquinho agarrando o bico esquerdo o puxando para
cima me fazendo limpar a garganta, Adam sorriu antes de dar um beijo
onde tinha puxado.

Ele tirou algo no bolso em seguida e mostrou para mim, franzo o cenho
vendo uma espécie de venda rendada que rápido estava tampando minha
visão onde eu mal conseguia vê-lo mesmo que a venda fosse de renda.

Senti o beijo na minha barriga e engoli em seco quando ele chegou no


centro, gemi baixo sentindo o beijo rápido que ele deixou antes de tirar
minha calcinha molhada.

Ouvi o barulho do botão da calça e logo depois do pacotinho, eu sabia que


era a camisinha.

Passei a língua nos lábios e sutilmente apertei as cordas com a ansiedade


me tomando.

- Abra as pernas, princesa.

Ouvi sua voz rouca fazendo meu corpo se arrepiar e abri minhas pernas de
uma maneira lenta escutando seu suspiro de prazer. Adam se encaixa entre
elas ajeitando meu quadril um pouco mais para cima.

Senti seu pau no meu sexo e minhas mãos balançam um pouco quando ele
esfrega a glande no meu clitóris.

Eu não conseguia vê-lo, eu só conseguia senti-lo, ainda estou tentando


decidir se isso é bom ou ruim.

Esse homem acaba comigo.

Sem aviso prévio Adam me penetrou tão forte que eu meu corpo se arqueia
na cama e meus dedos ficam brancos com a força que uso para apertar a
corda, gemi alto sentindo sua mão subindo pela minha barriga até apertar
meu seio.

A outra mão estava na minha cintura enquanto ele tentava entrar mais
fundo, logo ela desceu pela minha coxa a pondo no seu quadril. Ouvi ele
gemer aumentando o ritmo das investidas e coloquei a outra perna no seu
quadril.

As cordas apertaram meus pulsos me causando uma dor... prazerosa, era


muito bom na verdade.

Apertei minhas pernas contraindo meu sexo e mordi o lábio inferior


sentindo o cheiro do seu corpo se misturando com o meu.

Adam me beijou em seguida de uma maneira calma mas isso foi mudando
quando o mesmo mudou o ritmo me penetrando mais forte, ele mordeu meu
lábio e soltou outro suspiro de prazer.

Adam era simplesmente perfeito no quesito de satisfazer uma mulher, mas


eu nunca direi isso a ele para não aumentar esse ego do tamanho do planeta.

Depois de minutos indo até a merda das estrelas e voltando eu gozei com o
seu rosto no meu pescoço, ele beijava e mordia enquanto sua língua quente
apenas me excitava.

Adam continuou estocando até chegar no seu próprio clímax, eu respirava


com dificuldade sentindo meu corpo dormente mas totalmente eletrizado.

Ele tirou a venda dos meus olhos e me encarou antes de me beijar


intensamente, tentei tocá-lo mas obviamente não consegui. Ele desceu
beijando meu peito e todo o meu corpo me fazendo rir baixo.
- Ei!

- "Ei" não! Sou sua paixonite, me respeite.

Balancei minhas mãos.

- Me solta, Bell.

- Hum não sei não -ele diz passando a mão no cabelo.

- Como é?! Eu vou bater em você.

- Adoraria saber como...

Ele riu quando eu tentei mexer minhas pernas para atingi-lo, Adam beijou
meu seio direito antes de passar as mãos pela lateral do meu corpo.

- Calma, só...vou olhar para você um pouco mais.

Isso durou mais de 30 segundos.

Seu olhar parecia queimar minha pele e eu suspirei com o peito subindo e
descendo de uma maneira normal agora. Adam parecia tão concentrado que
eu pensei por um momento que ele me guardaria em uma caixinha e me
manteria lá.

- O que você está fazendo? -pergunto baixo e ele me encara.

- Memorizando.

Sorri.

Não qualquer sorriso.

Aquele bobo, sabe? Pois é, complicado.

×××

Fadinha ficou longe mas não foi muito tempo kikiki, galerinha, deixe o
voto e comentário! E pode passar para o lado, capítulo novo já está
pronto ❤️✨.
43° capítulo

Preparem o coração.

Rubi

- Certo, essa é fácil.

Falei passando geleia na torrada e depois levantei o olhar para Adam que
estava sentado na minha frente com apenas a mesa nos separando.

Depois de termos tomado banho nós descemos para comer alguma coisa
porque ambos estávamos famintos.

Ele vestia apenas a cueca boxer preta e tinha uma mão no queixo prestando
atenção no que eu dizia.

Eu usava sua camisa social branca que ia até o meio das minhas pernas e
uma calcinha confortável nos quadris.

- Comida ou sexo? -pergunto.

- Sexo.

Entreguei a quinta torrada a ele que deu uma grande mordida.

- Óbvio, vou elaborar minhas perguntas de uma forma melhor daqui em


diante -digo passando geleia em outra torrada.

- E você responderia comida -ele diz e eu balancei a cabeça concordância.

-É comida -digo antes de morder meu lanchinho.

Ele riu baixo limpando os dedos com um lenço de papel em cima da mesa.

- Como foi seu dia ontem? -ele pergunta e eu me seguro para não fazer uma
cara desconfortável.

- Foi bem -respondo.


Adam semi cerrou os olhos e empurrou o prato na minha direção.

- Bem do tipo...encontrei a Beyoncé no caminho de volta para casa ou do


tipo...encontrei uma tampinha de garrafa legal? -pergunta e eu demoro
alguns segundos para entender que essa criatura é tão...Adam.

-Você já pensou em se candidatar a algum experimento científico? Ajudaria


a América.

Ele sorriu de lado cruzando os braços ainda super interessado em como meu
dia foi ontem, parei de passar a geleia e o encarei apoiando as mãos na
mesa.

- Eu apenas discuti com um membro da minha equipe ontem -digo.

Peguei ambos os nossos pratos dando a volta na mesa para levar levei até a
pia, Adam estava sentado de costas para mim enquanto eu lavava os pratos.

- Qual o motivo da discussão? -pergunta batendo os dedos na mesa.

- Não entramos em acordo em certas coisas então eu decidi que era melhor
demiti-lo.

Eu não o estava vendo, mas percebi que ele se virou pelo som que a cadeira
fez.

- É só isso que está te chateando? -pergunta e eu franzo o cenho.

- Não estou chateada, Adam.

- Não foi isso que sua expressão quis dizer quando eu perguntei sobre
ontem.

Terminei de lavar os pratos e enxuguei minhas mãos com o guardanapo, me


virei ficando de frente para ele que suspirou baixinho.

- Quem você demitiu? -pergunta depois que estamos um tempo calados.

- Paul Castillo.
Adam levantou uma sobrancelha.

- Esse cara é um idiota, fez bem em demiti-lo. O que ele disse a você? -
Adam perguntou apoiando os braços na perna.

- O suficiente -cruzei os braços e ele movimentou as mãos como incentivo


para eu falar mais- Que eu não deveria ter um cargo como eu tenho porque
aparentemente eu não sou adequada para isso...por causa do que
aconteceu...você sabe.

Ele apertou a boca em uma linha reta.

- E que na primeira oportunidade eu... -tossi desconfortável- Abri as pernas


para o vice-presidente -apontei para ele.

Adam pegou no meu braço e me puxou para ele fazendo minhas pernas
irem para cada lado de sua cintura para que eu sentasse no seu colo.

- Preste atenção, princesa. Você não acreditou nisso, certo?

Neguei com a cabeça quando ele colocou meu cabelo para trás e uma
mecha que caia no meu rosto.

- Você é uma mulher brilhante e não vejo ninguém melhor do que você para
esse cargo, não encare o que aconteceu com o noivo de pau pequeno um
erro e sim um aprendizado. Você deu a volta por cima com o seu pai, e hoje
é uma das donas de uma das maiores empresas de tecnologia de toda Nova
York. Você deve se orgulhar disso.

Eu o encarava com um sorriso pequeno no rosto.

- Obrigada -digo colocando a mão envolta do seu pescoço.

Isso me fez sentir melhor de uma forma tão grande que até eu fiquei
surpresa.

Ri baixo e ele se inclinou sobre mim me dando um beijo suave nos lábios,
me senti extremamente apoiada naquele momento...às vezes é só o que
precisamos.
Olhei todo seu rosto e passei o polegar pelo seu lábio inferior.

- Você é lindo.

Adam riu pelo nariz e balançou a cabeça concordando, revirei os olhos e ele
riu novamente.

Convencido.

Suas mãos foram até as minhas e ele encarou meus olhos de um jeito
diferente, suas pupilas estavam dilatadas e percebi um leve nervosismo
nele.

Franzo o cenho, as poucas vezes que vi Adam nervoso, ele mal conseguiu
falar direito. Como se obviamente tivesse um problema em se expressar,
como quando ele queria me chamar para sair em Paris, eu pensei que ele
teria um AVC bem na minha frente.

O que é um pouco irônico, ele lidava com as pessoas mais influentes de


todo o planeta e sempre dava certo porque ele se mantinha na linha. Se
expressar é o mínimo, mas ele não parece tão confiante agora. Há algo
errado.

- Rubi, eu preciso te dizer uma coisa.

Falou sério fazendo meu coração acelerar e um frio percorrer minha


barriga.

Ele entre abriu a boca para falar mas nada saiu, Adam parecia receoso e até
mesmo com medo, esperei ele falar mas o que saiu da sua boca não foi nada
do que eu estava esperando.

- Eu tenho que ir embora.

Ele se levantou comigo no colo me colocando no chão em seguida, suas


pernas se moveram indo para a escada e eu fiquei na cozinha tentando
entender que porra foi essa.
Ele vai embora? Nós acabamos de dormir juntos e ele vai embora?

Balancei a cabeça tirando isso do meu pensamento.

Tomei coragem e fui até o início da escada, alguns segundos depois eu vi


ele descendo já com a calça social e o terno que não estava abotoado, ele
estava colocando a gravata no bolso quando me viu.

- Adam -o chamo e ele começa a caminhar para a porta.

- Adam!

Ele se vira finalmente e vi uma expressão completamente diferente, parecia


decidido e confiante mas no fundo eu conseguia ver que ele estava
apavorado. Merda, ele não podia estar surtando apenas por estar
amedrontado com sentir coisas diferentes, certo? Quer dizer, eu nunca senti
isso de uma maneira tão forte como sinto por ele, mas... os ombros tensos
me mostram que ele partiria meu coração está noite, e foi o que ele fez.

- O que? -pergunta.

- São quase 3 horas da manhã, você não precisa ir embora agora -digo.

- Mas eu quero -ele diz passando a mão no cabelo.

- O que realmente está acontecendo? Digo, eu não sou idiota eu sei que nós
doi...

- Está acontecendo que eu quero ir embora, porque? Você vai tentar me


convencer a ficar igual as vadias que eu fodo?

Prendi a respiração, automaticamente meu semblante mudou para um triste


misturado com irritação.

- Eu não sou suas vadias, Adam -digo olhando no fundo dos seus olhos.

- Não, você não é, você é a das duas semanas.

Isso doeu mais que um tapa na cara, dei uns dois passos para trás vendo-o
fechar os olhos soltando um suspiro de arrependimento, ele abriu os olhos e
eu fechei os meus tentando esconder uma lágrima que estava insistindo em
descer.

Me recuso a chorar por ele.

- Eu não quis dizer isso -ele diz e eu balancei a cabeça negando.

- Você é...

Abri os olhos, definitivamente ouvir que você é apenas uma vadia de duas
semanas de quem você está apaixonada é uma verdadeira droga, estou me
sentindo magoada e estúpida.

- Você está errado -ele me encara.

Abracei meu corpo cobrindo meu busto que estava um pouco amostra por
eu não ter fechado a camisa por inteira.

- Não sou sua vadia de duas semanas -ele bufou.

- Você não é uma...

- Cala a boca -digo irritada e ele se cala apertando o maxilar- Não sou sua
vadia de duas semanas porque eu não vou deixar ir até isso.

Adam me olhou com o cenho franzido e a porra da lágrima acabou


descendo mas eu rapidamente a limpei.

- O acordo está acabado, Adam.

Ele balançou a cabeça e colocou as mãos nos bolsos da calça.

- Você não pode fazer isso, Rubi.

- Sim eu posso, assim como eu posso expulsar você daqui -dei uma passo
para trás me afastando mais- Saia do meu apartamento.

- Eu não quis dizer aquilo eu só...


- Só o que, Adam? -pergunto e ele fica em silêncio.

- Eu pensei que você fosse até diferente, quer dizer, os cafajestes costumam
ter lábia. Mas você só usou essas merdas de palavras para me machucar,
babaca.

Pela sua expressão pareceu que alguém tinha dado um tiro no seu peito.

- Eu não queria dizer aquilo! Apenas…

- Saiu -ele me encara- As vezes algumas coisas são difíceis de dizer, certo?

- Você não sabe do que está falando -ele diz sério.

- Que seja, nem você sabe -balancei a cabeça- Você apenas fez me xingar ao
invés disso, desculpe, mas eu tenho amor próprio. Não vou deixar você me
tratar desse jeito e achar que está tudo bem. Nós nos falamos depois.

Me virei de costas para ele e andei até as escadas.

- Saia do meu apartamento.

Foi o que eu disse ainda de costas e comecei a subir as escadas sem olhar
para trás, antes de entrar no meu quarto eu ouvi a porta ser batida com força
me assustando, fechei os olhos parada no meio do corredor.

Abracei meu corpo mais forte me própria consolando, estou tão irritada e
magoada ao mesmo tempo.

Andei até o meu quarto e abri a porta devagar, me jogo na minha cama que
estava bagunçada por causa de nós dois e senti um grande vazio, vi a corda
em cima dos travesseiros e joguei para longe com toda minha força.

Me deitei na cama e abracei meu travesseiro, eu ainda estava usando sua


blusa social mas eu não conseguia tirá-la agora, seu cheiro de alguma forma
me acalmava.

Fechei os olhos tentando dormir mas eu simplesmente não conseguia, toda


hora vinha na minha cabeça como uma pessoa consegue te fazer bem e
cinco minutos depois ela te quebrar como uma garrafa de vidro.

Respirei fundo.

Eu odeio amar Adam Venturelli.

×××

Ok...primeiro, não me matem kkk brinks.

O próximo capítulo será um bônus do gostosão Peter Ross.

Segundo,
Não existe nada pior em uma briga do que as palavras, elas realmente
nos machucam trezentas vezes mais.

Passo pro lado, o capítulo já está pronto para você ❤️

(BÔNUS)

Peter Ross

Respirei fundo e contra a minha vontade abri os olhos encarando o teto do


meu quarto.

Quem cacetes está me perturbando no meio da madrugada? Um infeliz com


certeza.

Levantei da cama e fui atrás de uma calça moletom já que eu estava apenas
de cueca boxer, saio do meu quarto e caminho normalmente para a porta.

Me vi no espelho da sala quando passei por ela e praguejei quando vi as


olheiras embaixo dos meus olhos, não consigo ter uma boa noite de sono
por estar promovendo a festa em uma das minhas boates este sábado, isso
está me deixando exausto.

Cheguei até a porta puxando a maçaneta e abrindo, logo o rosto desse loiro
safado apareceu junto com uma expressão nada boa.

Eu disse que era um infeliz.

- O que você está fazendo aqui? -pergunto.

- Preciso falar com alguém -Adam diz.

- Por que você não foi falar com Dylan? -pergunto e ele revira os olhos.

- Não quero um olho roxo obrigado -responde e eu bufo.

- Nathaniel?

Adam abriu os braços e me olhou como se eu fosse o cara mais burro do


mundo.

- Quer me ver no hospital? -pergunta e eu reviro os olhos.


- Queria te ver em todo lugar menos aqui -digo e agora ele bufa irritado.

Ri baixo me divertindo com a sua irritação.

- Ta ta, o que aconteceu? -me apoio na porta.

- Rubi.

Levantei as sobrancelhas e tirei meu corpo da frente da porta para que


passasse.

- Entra, vou pegar o whisky.

Adam assentiu e passou por mim parecendo atônito, era como se ele não
soubesse o que fazer ou como agir, eu nunca o vi assim antes.

Ele foi direto para a sala se jogando no sofá e eu fui até o armário que
ficava embaixo do espelho tirando uma garrafa de Jack Daniels pela metade
junto com um copo.

Coloquei dois dedos da bebida e guardei a garrafa de volta, andei até a


poltrona do outro lado de onde ele estava e me sentei.

É preciso de Whisky para escutar a Tinker Bell chateada.

Seu corpo estava estirado no meu belo sofá branco e seu sapato junto,
arregalei os olhos quando vi aquilo.

- Tira os sapatos! -praticamente grito e ele me olha assustado.

- O que?

- Você está sujando meu sofá branco com essa porra nos seus pés!
Tira.o.sapato.

- Para de frescura, Ross -ele diz sem dar importância.

- Se você não tirar essa porra nos próximos 5 segundos eu vou chutar essa
sua bunda para fora da minha casa e te deixar lá fora com um olho roxo e
uma costela quebra...
-Santo Deus! -ele se senta- Eu tiro, cala a boca.

Adam tirou os sapatos colocando ao lado do sofá e eu sorri contente com a


ação.

- Satisfeito? -pergunta me olhando e eu apenas aceno.

- Sim, esse sofá foi caro -digo e ele se deita novamente.

- Certo, vamos focar no meu problema e não no seu sofá de 2.000 mil
dólares -ele diz colocando a mão no rosto.

- Na verdade foi 5 mil...

Ele me encara irritado e eu levanto as mãos em redenção.

- Ok, qual é o seu problema?

- Uma brasileira é o meu problema -responde.

- Sério? Já ouvi dizer que brasileiras são ótimas em todos os sentidos -digo
para irritá-lo e aparentemente funciona.

- Será que dá para você levar isso a sério? Estou precisando de um amigo
agora -ele diz sério.

Ok...Adam quase nunca fica sério.

- Sim, desculpa -balancei a cabeça- O que aconteceu?

- Nós brigamos -ele suspira- Falei algumas coisas que eu me arrependo


profundamente e ela acabou com o nosso acordo.

- O que você disse? -pergunto.

Ele desviou o olhar e cruzou as mãos em cima do peito.

- Eu...-ele tosse- A chamei de vadia que estou acostumado a foder mas só


que ela é por duas semanas...
Levantei uma sobrancelha e passei a mão no meu cabelo que estava
bagunçado por eu ter acabado de acordar. Se eu não estivesse tão chocado
eu teria jogado meu copo na cara dele, e olha que era Whisky!

- Por que diabos você falou isso? -pergunto.

- Eu estava nervoso porra!

- Isso não é motivo para chamar alguém de vadia.

- Eu não...eu não a chamei de vadia! Merda, eu falei merda!

Concordei com a cabeça antes de beber um pouco.

- Peter -ele massageou a têmpora- Eu nunca a chamaria de vadia, ela não se


encaixa nessa posição na minha vida e acho que nunca se encaixou. E nem
vai!

Adam se senta e cruza os braços.

- Você disse que estava nervoso, por que? -pergunto, bebendo outro gole da
bebida.

- Porque eu ia dizer, Peter Pan.

Me engasguei com o Whisky por alguns segundos mas logo depois me


recuperei o encarando com os olhos arregalados, não acredito!

Esse filha da puta não para de me chamar assim.

- Deixe-me adivinhar -falo- Você estava prestes a dizer que estava


apaixonado por ela mas travou porque é um maldito covarde.

Ele apontou para mim.

- Touché.

Coloquei o copo na mesinha ao meu lado e encarei Adam que estava


pensativo, perdemos mais um soldado.
- Olha, eu sei que você só fala merda quando está nervoso e não para de
falar. Rubi deve saber disso -ele me encara- Mas conhecendo pelo menos
um pouco dela eu posso dizer que a mulher é dura na queda, não acho que
um simples "Me desculpa" será suficiente.

- Eu sei -ele diz antes de respirar fundo.

- Sabe nada!

- Claro que sei, porra!

- Se soubesse já estaria pensando em alguma coisa para falar com ela -digo.

- Você acha que eu já não fiz isso? Já imaginei trezentas conversas nossas e
em todas ela me dá um tapa na cara -diz.

- Merecido -sussurro e ele me olha feio.

- Me dê esse whisky -ele pede meu copo.

Entrego a ele que bebe tudo em um gole só e faz uma cara feia no final.

- Odeio essa porra, prefiro refrigerante -ele diz.

- Mentiroso -digo e ele ri baixo.

Seu sorriso vai diminuindo aos poucos e logo uma expressão diferente vai
ocupando seu rosto.

- Eu amo ela, cara -fico surpreso por alguns segundos, ainda é bem estranho
ouvir Adam falar isso- Talvez eu esteja indo rápido demais e ela nem goste
tanto assim de mim e seja só atração física -ele se encosta no sofá- Não,
impossível, eu sinto que é mais do que isso, eu só...estraguei tudo.

- Se serve de consolo, eu acho que ela também sente alguma coisa por você.
E não é só atração física, vocês que estão aí dentro dessa bolha cor de rosa
acabam não prestando atenção direito, mas cada vez que vocês se
olham...cara…me dá até vontade de vomitar com tanto amor rolando -
balancei a cabeça quando ele me mostrou o dedo do meio.
Sorri de lado.

- Vai dar tudo certo, apenas converse com ela e a conquiste, dessa vez -
apontei para ele- Diga o que sente, não fuja dos seus sentimentos como
tentou fazer, não faça isso.

- Ok, você está certo -ele suspira.

- Além do mais eu apostei 150 dólares com os meninos que ela também é
apaixonada por você, tenho que ganhar -digo e ele fecha os olhos parecendo
bravo.

- Vocês são patéticos -ele diz e se levanta.

- Não! Nós somos espertos para tirar dinheiro uns dos outros.

- Já somos bilionários, para que mais vocês querem dinheiro?

- Tirar dinheiro deles é diferente -digo e Adam rola os olhos.

- Que seja, vou até o apartamento de Rubi e tentar conversar com ela -ele
diz e começa a andar.

- Ei! Não, espera -me levanto também- Você não pode ir agora -digo e ele
se vira para me olhar.

- Por que não?

- Cara você não vê filmes? -pergunto confuso e ele me olha sem entender.

- Nunca vá atrás de uma garota depois de ter brigado com ela, quer
dizer...as vezes é bom mas nesse caso não -ele continua sem entender e eu
ando até parar na sua frente- Dê um tempo a ela, Rubi deve estar de cabeça
quente e se você for só vão brigar ainda mais, calma cara.

Adam suspirou irritado e colocou as mãos no bolso da calça, agora que eu


percebi que ele não está com a camisa social branca.

- Cadê a sua camisa? -pergunto.


- Está com ela -ele encara o chão- Eu deixei tudo com ela.

Diz melancólico e eu faço uma cara de tédio.

- Para com essa porra -digo e ele me encara.

- Estou apaixonado, me deixa curtir um pouco -ele diz rindo.

Nunca pensei na minha vida ouvir Adam dizer uma coisa dessas. Caralho!
Cadê Dylan e Nate quando se precisa deles?!

- Seja uma pessoa apaixonada e não uma pessoa melancólica.

- Grande diferença -diz e eu acabo rindo.

- Sabe, a uns meses atrás era seu irmão que estava aqui surtando quando eu
disse que ele estava apaixonado -ri pelo nariz- O filha da mãe negou até
morte e veja onde ele está agora, com uma esposa à espera do primogênito.

Adam sorriu de lado.

- Dylan é mais teimoso do que eu -se justifica.

- Realmente, mas você só faz merda -digo e ele coloca a mão no peito
parecendo ofendido.

- Eu quero ver o que caralhos você vai fazer quando estiver apaixonando -
ele diz e eu cruzo os braços.

- Pode ter certeza que eu contarei a ela de cara -digo e Adam ri debochado,
totalmente desacreditado nas minhas palavras.

- Ata!

- Eu não sou vocês, contarei a ela que a amo e se ela não sentir o mesmo eu
a faço sentir -digo a última parte brincando e Adam empurra meu ombro.

- Acho que se eu conseguir amar novamente terá que ser uma mulher
especial -digo e Adam sorri pequeno.
- O amor é possível para todos nós, Peter -ele bagunça meu cabelo e eu o
olho feio.

- Não baseie as relações passadas com as futuras -ele diz e eu aceno-


Ninguém é igual a ninguém.

- Eu sei.

- Tenho certeza que tem uma grande mulher aí fora esperando por você -ele
diz e eu levanto a sobrancelha.

- Ok, já chega desse papo -falei.

- Você sabe, que te faça bem e que fique do seu lado -diz, ignorando-me.

- Qual a parte do não ser uma pessoa melancólica você não entendeu?

Adam riu.

- Vem, vamos pegar seus sapatos -digo e ele olha para os pés.

- Caralho eu ia embora sem meus sapatos -diz e nós começamos a caminhar


para a sala novamente- Esse negócio de estar apaixonado é louco, não é?!

Ele me olhou com um sorrisão e eu dei batidinhas nas suas costas, que Deus
me ajude.

- Como você entrou no meu condomínio? -queria fazer essa pergunta desde
de que o vi na minha porta.

- Leo me deixou entrar -ele diz e eu ri falsamente.

- Ele vai ser demitido -fico sério de novo e Adam me olha parecendo me
repreender- Estou brincando! Não posso despedir o porteiro, não tenho essa
autoridade.

Adam olhou para mim com uma sobrancelha erguida.

- Bom...talvez.
- Não faça o cara perder o emprego, como eu vou conseguir entrar aqui de
novo? -pergunta na cara de pau.

- Babaca -digo a ele que apenas empurra meu corpo com seu.

Ele riu por breves segundos mas depois suspirou triste, Rubi pegou o loiro
de jeito.

×××

Espero que tenham gostado desse capítulo ksksksks.

Esses dois juntos não prestam, amo ❤️

Beijo, babys.

44° capítulo

* Música da Tinker aí *

Adam

Era possível ouvir risos e alguns gritinhos de felicidade.

Me levantei da minha cadeira disposto a saber de onde vinha essa felicidade


toda, andei até a porta da minha sala e a abri em seguida.

Meus olhos percorreram o elevador da empresa mas não tinha ninguém,


olhei para o balcão para ver se Josh ou Gustavo estavam mas nenhum deles
estava lá.

Saio da minha sala e ando até o balcão quando um riso alto apareceu
novamente, franzi o cenho e olhei para a porta de Rubi, era de lá que o som
estava saindo.

Andei até a porta lentamente e minha mão a abriu devagar, foi impossível
esconder minha cara de surpresa quando vi aquilo.

Rubi estava nos braços de Antony e ele dava beijos por todo seu rosto
enquanto ela mostrava um grande sorriso.

- Antony! Para! -ela dizia, mas não era isso que ela realmente queria.

Apertei meu punho com força quando ele parou pegando na sua nuca e a
beijando ferozmente.

Meu mundo pareceu cair naquele momento, eu sentia meu corpo inteiro
exalar raiva e tenho quase certeza que meus olhos escureceram.

Ele apertou sua cintura com força e ela deu um gemido baixo enquanto
ainda o beijava, respirei fundo com aquela cena me matando por dentro.

Vê-la nos braços de outros é quase uma tortura para mim, eu não posso
deixa-la escapar! Rubi é tudo o que eu quero e nunca vou desistir dela,
mesmo que ela me afaste por agora eu não posso parar de tentar.
Antony se separou dela e na mesma hora ele virou para mim com um
grande sorriso convencido.

- Olhe princesa, o idiota que perdeu você.

Princesa? Eu vou matar esse filha da puta.

Rubi me encarou com os seus lindos olhos castanhos e meu peito se


aqueceu instantaneamente, merda! Eu sou completamente apaixonado por
ela.

- Eu não acredito como você foi tão estúpido, pensei que você fosse
inteligente, Sr. Venturelli -Antony diz e puxa Rubi mais para ele- Bom, pelo
menos eu fui beneficiado.

Ele sorriu de lado enquanto ela ainda me encarava.

- Rubi! Por favor, me perdoe. Eu não quis dizer aquilo para você, eu só
estava fazendo uma tentativa inútil de fugir do que sinto, por favor volta
para mim.

Ela riu e encarou Antony vendo-o com uma expressão divertida, mas voltou
a olhar para mim de novo.

- Eu nunca mais vou voltar para você, Sr. Venturelli.

Ela se soltou dos braços dele e caminhou até mim parando na minha frente,
seus olhos me analisavam por completo.

- Eu não quero mais você -ela diz de uma forma que quebra meu coração
em vários pedaços.

- Você não...

Eu tento completar mas parece que tem várias agulhas perfurando meu
corpo, minha respiração está escassa e suor desce pela minha testa.

- Pode ir embora, Adam.


Antony puxa Rubi pela mão e seu corpo pequeno se choca com o dele
fazendo com que ela fique de costas para mim.

- Vou foder sua garota agora -ele sorriu malicioso.

Quando eu estava prestes a avançar sobre os dois e desfigurar a cara desse


fudido eu sinto dedos me tocando.

Acordo com a respiração descompassada e com o meu cabelo grudado na


testa.

- Ei garoto! Se acalme.

Olhei para Rita assustado e ela balançava a mão me dizendo para eu me


acalmar, demorei alguns segundos para entender que aquilo não passava de
um sonho.

Respirei aliviado e coloquei a mão no rosto.

- Me desculpe acordar você mas já está muito tarde, seu irmão já ligou para
cá duas vezes.

Ela diz e eu tiro a mão no rosto.

- Que horas são, Rita?

- São quase 11:00 da manhã, Senhor.

Arregalei os olhos, merda! Dylan vai cortar meus braços e bater em mim
com eles.

Levantei da cama em um pulo e fui direto para o banheiro, tirei a cueca


boxer e entrei embaixo do chuveiro sentindo a água fria me atingir, não
costumo tomar banho de água gelada mas hoje eu preciso.

Faz exatamente 3 dias que eu não consigo ter nenhuma conversa com Rubi,
ela me ignora por completo e é sempre curta e grossa em relação a tudo, ela
realmente está agindo profissionalmente como a antes.

Na manhã seguinte depois de termos brigado eu a vi na empresa e meu


coração se quebrou, ela estava abatida e triste. O sorriso contente que
sempre habitava em seu rosto sumiu e eu me odeio fortemente por ser o
causador disso.

Apoiei a cabeça na parede do banheiro enquanto a água escorria pelo meu


corpo, eu estava me sentindo fraco, impotente e pela primeira vez na minha
vida eu não consegui fechar um contrato com uma empresa de fora, eu
estava sendo inútil.

Foram os 3 dias mais longos de todos os meus 27 anos de idade, eu nunca


senti um vazio tão grande quanto eu sinto agora.

Uma parte minha diz que eu mereço sofrer e a outra diz que eu preciso fazer
alguma coisa para recuperá-la de voltar.

Ambas estão certas.

Dessa vez sem acordo, sem mentiras, sem o medo de dizer algo. Eu quero
um relacionamento com ela e não pretendo desistir, eu sei que ela está me
odiando agora. O que eu entendo, Rubi foi ferrada por causa daquele idiota
de pau pequeno, e a algo no fundo daquele coração que a diz que eu estava
assustado, ela me conhece agora, sei que ela vai me dar uma chance de
conversar, mas não vai ser tão rápido. Preciso fazer minha parte, quero
conquistá-la, fazer as coisas da maneira certa!

(...)

Andei para a sala da Lisa depois que o elevador da empresa abriu as portas,
vi a mesma de pé com um marca texto na mão encarando uns papéis, assim
que ela percebe minha presença me olha com cara de tédio.

- Me dê motivos para não chutar sua bunda -ela pede e cruza os braços.

- Um, você está grávida -comento- Dois, não se pode bater no cunhado,
três, você vai sujar meu terno, quatro, eu já estou sofrendo o suficiente.

Ela meneia a cabeça.

- Pois é, vou chamar o Dylan para ele bater em você -diz colocando os
papéis em cima da mesa.
- Você falou isso para mim nos últimos três dias -digo.

- Não vou parar até você se desculpar com a minha amiga -diz irritada.

- Você acha que eu já não tentei? Ela não fala comigo e muito menos me
olha nos olhos -digo.

- Com razão né -ela diz e eu me encolho- Você a xingou! A colocou em um


patamar na sua vida que porra, Venturelli!

O jeito que a Lisa fala nosso sobrenome é assustador.

- Eu sei, mas eu não vou desistir -aponto para Lisa- Diga isso a ela.

Ela assente a contragosto e eu sorrio de lado.

- Cadê meu irmão? -pergunto.

- Está na sala, Nathaniel está com ele.

Ela diz e se vira para pegar os papéis novamente.

- Ok -digo.

Andei até a sala do meu irmão e abri a porta de uma vez vendo Dylan
sentando na sua cadeira com terno preto e a gravata vermelha, Nate estava
perto da estante com uma pasta amarela na mão, ele usava a camisa social
com o colete mas sem o paletó.

Os dois me encararam quando eu andei até a cadeira de frente para a mesa e


me sentei nela.

Nate largou a pasta na estante e andou até a outra cadeira que estava ao meu
lado se sentando em seguida.

- Como você está? -Nate pergunta.

- Horrível -digo.

- Bem feito -Dylan diz e eu o encaro feio.


- O que? Você sabe que merece, além do mais, você encheu a porra do meu
saco quando eu me apaixonei pela minha baixinha, agora é sua vez
maninho.

Sorri falso e Dylan deu um sorriso contente.

- Ela não falou com você ainda? -Nathaniel pergunta depois que terminou
de encarar Dylan.

- Não, ela nem me olha -respondo.

Eles balançam a cabeça concordando.

- Você a ama mesmo? -Dylan pergunta sério.

- Amo, eu a amo tanto que chega a doer -respondo naturalmente.

- Então lute por ela -ele diz e Nate concorda.

- Sabemos que Rubi tem uma personalidade forte -aceno para Nate- Mas se
for para vocês ficarem juntos vocês vão ficar e não terá nada e nem
ninguém para impedir isso.

Nathaniel colocou a mão no meu ombro me confortando e eu apenas sorri


fraco.

- Obrigado por isso -digo e olho para Dylan que está com um sorriso
convencido- Vai se foder! -grito para ele.

- Ok, ok. Me desculpe, é que ver você assim é inédito para mim -ele diz e se
levanta.

Dylan andou até mim e parou na nossa frente.

- Ela não vai perdoar você agora -Dylan diz- Ela está magoada e precisa de
um pequeno tempo, você dará isso a ela mas lembrem-se -ele aponta para
mim- Sempre tente arranjar um jeito de dizer que estará lá para ela se
necessário.
Assenti.

- Nate e eu temos uma reunião daqui a alguns minutos sobre o andamento


da empresa, ficaremos por uma hora inteira dentro de uma sala ouvindo
coisas chatas -Dylan me avisa e eu concordo- Preciso que vá até o Houstin
do outro lado da cidade me cobrir, quero uma parceria com ele, Adam.

Ele aponta para mim e eu concordo dizendo que os conseguiria, meu irmão
apenas suspira satisfeito.

- Você dormiu esta noite? Você está horrível -Nate pergunta e eu reviro os
olhos.

- Não consigo dormir direito -falo.

- Ainda está tendo aqueles sonhos estranhos? -Dylan pergunta.

- Toda vez que eu pego no sono -falei me levantando.

- O que aconteceu dessa vez? -Dylan pergunta voltando para a sua cadeira.

- Não quero falar sobre isso -falei andando até a porta- Nos falamos depois.

Suspirei alto antes de colocar as mãos no bolso da minha calça pronto para
mais um dia arrastado de trabalho.

×××

Irraa! Taca sofrência KKKKKKK

Nada que um gelinho básico não ajude.

Amém.

Até, babys ❤️✨.

45° capítulo

Rubi

Mops está triste!

Ele nem encara mais a ração como antes e muito menos abana o rabinho
quando eu chego, e isso está fazendo isso a três malditos dias, é o tempo
que estou me própria dando.

Meu pai me disse uma vez que...nada doía mais do que palavras, porque
uma vez que são ditas, não podem ser retiradas. Sei que Adam estava
sentindo coisas a mais, nós dois estamos, mas eu não consigo tolerar o que
ele fez, não consigo.

Minha vida virou de cabeça para baixo tão rápido que eu não consegui nem
colocar o cinto.

- Você tem certeza que não quer que eu te leve em casa? -Josh pergunta
segurando minhas mãos.

- Tenho, vá para casa ficar com o seu noivo -digo vendo seu sorriso de lado.

Josh aceitou o pedido de casamento de Jon, obviamente fiquei feliz por ele
quando me contou a novidade, eu nunca tinha visto meu amigo tão feliz.

- Ok, até -ele diz dando um beijo na minha testa.

Josh entrou no seu carro e eu andei até o meu, mais um dia tinha acabado e
eu estava do mesmo jeito, parecia que eu estava vivendo dias repetidos ou
algo assim.

Dei partida no carro e dirigi até o meu apartamento rapidamente, parei


algumas vezes no sinal mas em 20 minutos eu cheguei no meu prédio.

Estacionei o carro e passei pelo saguão, guardei as chaves na minha bolsa e


quando levantei o olhar eu vi duas pessoas me encarando animadas.

Uma tinha franjinha e a outra tinha um cabelo amarelo como o sol.


- Susie? Emy? -pergunto me aproximando.

Emy tinha um pacote de jujubas nas mãos e Susie tinha pipoca de saquinho
e um pote grande de Nutella.

- Viemos consolar você -Emily diz e Susie concorda.

- Preparada para a noite das meninas? -Susie pergunta e eu sorrio de lado.

- Espero que não se importe, mas vamos dormir aqui -Emy diz.

- Você não deveria estar trabalhando, Jones? -pergunto rindo.

- Pedi folga -ela diz- Dylan e Peter meio que entenderam.

- Certo -digo e encaro as gostosuras.

- Noite das meninas então! -digo e elas comemoram animadas.

- Espera! Cadê a Lisa? -pergunto.

- Ah, ela vai chegar daqui a pouco -Susie diz e eu aceno.

- Tá bom, vamos subir.

Elas acenaram e eu passei na portaria para dar o nome de Lisa para que a
deixem subir sem problemas, as meninas e eu fomos para o elevador e
rápido nós chegamos no meu andar.

Passei a chave na porta e nós entramos comigo me desfazendo dos saltos


rapidamente, Lua não estava aqui hoje porque é sexta feira, ela sempre
passa esse dia com a família dela, mais especificamente com o seu único
filho.

- Vamos -digo.

Fechei a porta atrás de mim jogando as chaves na mesinha e deixei minha


bolsa lá vendo as duas caminhando para a cozinha, fui até elas depois de
checar algumas correspondências.
- Certo, vamos escolher os pijamas -Emily diz e eu franzo o cenho.

- Uh uh eu quero o das florzinhas -Susie diz e eu faço uma cara de confusa.

- Do que vocês estão falando? -pergunto.

- Nossos pijamas, gata -Emily diz e puxa a mochila das costas.

Porra! Como eu não percebi que ela tinha uma mochila?

Ela tirou um pijama verde que tinha várias florzinhas por ele todo, era uma
espécie de macacão longo e parecia confortável, ela entregou a Susie que
sorriu animada.

- Eu vou ficar com as abelinhas -ela tira um todo amarelo com várias
abelhas espalhadas, era bem fofo.

- A Lisa vai ficar com os patins -diz Emily tirando um pijama preto com
vários patins brancos, era estiloso.

- Você vai ficar com o da Peppa -ela aponta para mim, Peppa?

- A porca? -pergunto e ela confirma.

Vi o pijama sendo tirado da mochila e quase vomito arco íris, ele era todo
rosa com bastante brilho e várias porquinhas espalhadas, estava escrito
Peppa bem no meio. Isso ficaria lindo com o meu tênis.

- Eu não vou usar isso aí não -digo balançando as mãos.

- Ah você vai sim! Ele é lindo -Emy diz alisando o pijama.

- Ta de sacanagem, tem até um capuz essa porra -digo e Susie ri baixo.

- Está vendo? Só melhora -Emily diz antes de jogar o pijama para mim que
acabo pegando.

- Vai lá para cima, toma um banho e deixa a gente apreciar sua beleza nesse
pijama de Peppa -Emily diz ajeitando seu rabo de cavalo- E depois...vamos
comer até explodir.

- Você vai ficar linda, tenho certeza -Susie diz e eu faço uma cara de tédio.

- Mente mais -digo me virando de costas e indo para escada.

Ela comemoram por eu ter aceitado vestir aquilo e eu apenas gritei um


"Quietas", elas pararam e eu sorri satisfeita.

Fui até o meu quarto e abri a porta devagar vendo Mops deitado na minha
poltrona, ele me viu e eu sorri para ele que apenas olhou para baixo
fingindo que eu nem estava ali.

Suspirei e fui para o banheiro tomando uma ducha rápida em seguida,


depois disso eu saio do boxer prendendo meu cabelo em um coque e fui
para meu closet com a toalha em volta do meu corpo e o pijama na minha
mão direita.

Vesti uma calcinha confortável e passei hidratante nos meu braços e pernas,
coloquei o pijama e fui me olhar no espelho, até que ele era fofo.

Saio do closet andando até onde Mops estava, fiz um carinho na sua cabeça
e ele lambeu minha mão me fazendo dar um sorriso triste.

Olhei em volta e como um imã meus olhos pousaram na cômoda, andei até
ela lentamente e vi a corda.

A mesma que Adam usou para me amarrar e realizar meu desejo, a segurei
por alguns segundos.

Respirei fundo sentindo as lembranças me invadindo, as sensações que ele


me fez sentir se acenderam na minha mente como uma lâmpada.

Fechei os olhos e mordi o lábio inferior, senti dedos na minha nuca mas não
me movi, eu sabia quem era. Beijos foram distribuídos pelo meu pescoço e
eu apertei a corda com mais força o imaginando atrás de mim.

- Não abra os olhos -sua voz estava baixa e rouca.

Adam apertou meu pescoço sem realmente usar força e mordeu o lóbulo da
minha orelha.
- Não vou abrir -sussurro. Maldita imaginação!

- Por que você não volta para mim? Por que você não me dá outra chance? -
ele perguntou apertando minha cintura.

- Eu não posso -digo e suas mãos sobem pelos meus braços.

- Por que não? -ele pergunta.

- h Não vou continuar sendo seu acordo, e muito menos...vou deixar você
achar que pode me tratar daquele jeito.

Larguei a corda abrindo os olhos em seguida, pisquei várias vezes olhando


para frente e virei vendo Mops no mesmo lugar. Apenas nós dois no quarto.

Saio de lá pisando duro e bufando de raiva, desci as escadas rapidamente e


parei na entrada da cozinha encarando as meninas. Eu precisava desabar, e
eu sabia que as três me pegariam.

Lisa já estava aqui e vestia seu pijama de patins, Susie o de florzinhas e


Emy da abelinha.

- Eu o odeio! -gritei irritada.

- O que? -Lisa pergunta.

- Eu odeio o fato dele conseguir me deixar tão mal mas sem conseguir
realmente me fazer odiá-lo -digo andando de um lado para o outro- Porra,
isso deveria ser fácil! Odiar e Adam, é perfeito na mesma sentença!

Consigo ouvir Emy sussurrar "Adam" para Lisa que balança a cabeça
entendendo.

- Eu odeio que ele consiga me fazer tão bem com um simples beijo -digo e
elas continuam me encarando.

- Mas eu o odeio principalmente por ter roubado meu coração e ter feito eu
me apaixonar por ele!
- Ele não tinha esse direito! -digo parando na frente delas e colocando a
mão na minha cintura.

- Ele não...tinha -abaixei a cabeça sentindo lágrimas invadirem meu rosto.

Olhei para elas que me encaravam com uma expressão triste e abri os
braços.

- É agora que vocês me consolam! -digo e as três correram até mim me


abraçando.

- Está tudo bem -Lisa passa a mão no meu cabelo.

- Pode chorar, gata. Faz bem -Emily diz limpando uma lágrima do meu
rosto.

- Vamos ficar aqui com você -Susie aperta minha mão- Não vamos
abandoná-la.

As três sorriram terno e eu me senti um pouco melhor, eu as amo tanto.

- Obrigada -digo baixo e elas me abraçam de novo.

Eu precisava fazer isso, eu precisava surtar um pouco e colocar algumas


coisas para fora, se eu não fizesse isso eu ia explodir.

- Só uma observação -Emy diz e nós as encaramos- Nós nunca ficamos tão
gostosas como nós estamos agora.

Sorri abertamente encarando nossos pijamas.

- Nós estamos lindas mesmo -Susie diz e eu concordo.

- Vamos comer! Não estou aguentando mais -Lisa diz e paramos de nos
abraçar.

- Calma barriguda, você não pode comer tanta besteira -Emily diz e ela faz
cara feia.
- Eu não vou exagerar. Além do mais, eu comi antes de sair de casa.

- É por que você não está aguentando mais se você acabou de comer? -
pergunto.

- Olha a pergunta difícil, Mendoza -ela diz apontando para mim e eu sorrio
fraco.

Nos sentamos para comer besteiras e eu as encarei, Susie entregava o pote


de Nutella para Emy que abria o saco de jujubas e Lisa encarava as coisas
com os olhos brilhantes.

Suspirei.

Tinker Bell maldita!

×××

Mops está tistinho!

KKKKKKKK deixe o voto! Nos vemos no próximo.

Até, babys ❤️✨.


46° capítulo

Rubi

Acordei com um barulho de celular tocando e me levantei em um pulo.

Olhei em volta vendo as meninas deitadas em um edredom no chão da


minha sala, Lisa estava deitada no sofá com vários travesseiros em volta
dela.

Procurei o celular e o vi no chão perto de onde eu estava, corri até ele e o


atendi.

- Oi! Alô -digo meio exaltada.

- Oi...Rubi? -a voz de Dylan ecoou nos meus ouvidos.

- Ei! -afastei o celular do meu ouvido vendo que era o celular de Lisa não o
meu.

- Você está bem? Cadê a Lisa? -pergunta.

- Ela está bem, eu atendi pensando que era o meu celular -digo- Foi mal.

Vi ela abrindo os olhos devagar e andei até ela que demorou alguns
segundos para saber aonde estava exatamente.

- Espera aí que eu vou entregar o celular a ela -digo e ele resmunga um "ok"

Me abaixei até ficar cara a cara com a barriguda, Lisa me encarou com um
sorriso pequeno.

- Bom dia, telefone para você -beijei sua bochecha e entreguei o celular a
ela.

- Bom dia -ela diz e pega o celular da minha mão se levantando, a mesma
caminhou preguiçosamente para longe.
Me virei olhando para as meninas e na mesma hora eu vi Emily levantar o
tronco ficando sentada, tinha um salgadinho grudado no seu rosto.

- Eu to aqui! -ela diz meio atônita e eu ri baixo.

- Eu sei -digo e ela me encara.

- Calem a boca, eu quero dormir -Susie diz puxando o lençol cobrindo seu
rosto.

- Vou preparar algo para comermos -digo e Emy concorda passando a mão
no rosto tirando consequentemente o salgadinho do mesmo.

Fui para a cozinha fazer um café rápido e depois de longos 15 minutos já


estava tudo pronto, tinha frutas, geleias, pães, torradas, danone e tudo mais.

- Meninas! -as chamei e Emy e Susie foram as primeiras a aparecer.

- Eu definitivamente não sou uma pessoa matinal -Susie diz se sentando na


cadeira.

- Você é da noite -Emy diz e ela concorda.

- Lisa! -a chamo e ela aparece minutos depois.

- Cheguei, estava no banheiro -ela diz enxugando as mãos no pijama.

Me sentei ao lado de Lisa vendo Emy e Susie do outro lado da mesa,


começamos a comer e conversar sobre coisas aleatórias.

- É hoje, não é? -Susie pergunta e Lisa assente.

- Você vai? -Lisa pergunta a Susie.

- Se vocês forem eu vou -ela responde e eu sorrio de lado.

- Vamos para onde? -pergunto.

- Hoje é a festa da boate do Peter, a que é só dele -Emy explica.


- Você vai? -pergunto a ela.

- Não sei -respondeu sincera.

- Eu acho que deveríamos ir, é uma festa importante para Peter, parece que
vai ter algumas pessoas importantes para o negócio dele -Lisa diz comendo
uma uva.

- Você nem deveria ir -Emily diz e ela a encara.

- É claro que eu vou -Lisa diz e nós a encaramos sérias.

- Relaxem, eu não vou ficar no tumulto. Peter vai esvaziar a área vip
deixando 5 pessoas no máximo.

- Ainda não acho uma boa idéia -Susie diz.

- Eu só estou indo para apoiá-lo, não ficarei a madrugada inteira. Danny e


eu precisamos dormir -ela diz alisando a barriga.

- Bom, eu não vou trabalhar hoje só amanhã -Susie diz.

- Eu não tenho nada para fazer -Emy diz nos encarando.

- E você Rubi? -Lisa pergunta.

- Meninas...

- Se você não quiser ir, não vamos te forçar a nada -Emily me interrompe.

- Eu sei, eu só não sei se é uma boa ideia -digo- Adam é imprevisível, não
sei como ele vai agir.

- Você não precisa ficar perto dele, basta ignorá-lo e curtir com a gente. Eu
nem sei se Adam vai -Lisa diz e Emy levanta uma sobrancelha.

- Ele é melhor amigo do Peter, você acha mesmo que ele não vai? -Emy
pergunta e Lisa mostra língua para ela.
- Olha a infantilidade, Morris -Emy diz colocando danone em um copo.

- Eu acho que você deveria ir sim, não se prive em ir a lugares com as suas
amigas por causa do cafajeste do Adam -Susie diz e eu a encaro, ela está
certa.

- Concordo, se ele chegar perto de você nós o afastamos -Emy diz e elas
concordam- Sempre quis bater naquela cara angelical do caralho.

Ri baixo e as encarei vendo um olhar sugestivo e ansioso para mim.

- Certo -concordei vendo elas batendo palmas.

- Isso! -Emily diz dando um soquinho no ar.

- Vista algo sexy, ele precisa ver o que perdeu -Emy conclui e Susie
concorda.

- Girl Power -Lisa grita nos assustando e olhamos feio para ela que apenas
ri.

(...)

Vestir algo sexy.

Ok.

Vestir algo sexy...tenho algumas peças.

Coloquei uma calcinha preta de renda que quase desenhava minha bunda e
depois passei o vestido curto da cor vinho pela minha cabeça, ajeitei as
alças finas e depois a barra dele que ficam a dois palmos acima dos meus
joelhos, ele tinha alguns detalhes com brilho e valorizava cada centímetros
do meu corpo.

Escovei meu cabelo por alguns minutos e depoi fiz uma maquiagem bonita
com direito a pálpebras escuras e um batom vinho matte.

Ouvi meu celular tocar e fui até ele o atender.


- Estamos na frente do seu prédio, não demora.

- Desço em 3 minutos -aviso a Emy.

Coloquei um brinco preto longo e peguei os saltos pretos os calçando, saio


do meu quarto com uma pequena bolsa de mão para guardar meu celular e
chaves.

Passei a mão na cabeça de Mops que estava deitado perto do sofá e me


direciono para a saída depois de ver que tinha comida para ele.

Desci pelo elevador e rápido já estava atravessando a rua vendo Emily e


Susie balançando as mãos agitadas, sorri de lado.

- Vamos! A noite só está começando! -Emily grita.

Tenho até medo de ir para boate, da última vez não foi muito agradável.

Entrei no banco de trás e Emily deu partida fazendo minhas costas colarem
no banco com a velocidade.

- Toma -Susie diz e me passa um energético.

- Valeu -digo e dou um grande gole.

- Lisa já está lá? -perguntei bebendo outro gole.

- Sim, ela já está na área vip -Susie diz.

- Menos mal -digo.

Depois de vários minutos nós chegamos na boate, saia várias luzes de


dentro e tinha uma fila enorme do lado esquerdo, Emy estacionou o carro e
saímos do mesmo.

A ansiedade começou a tomar conta de mim apenas por saber que ele está
aí dentro, Emy entrelaçou seu braço no meu e Susie fez o mesmo do outro
lado.

- Girl Power -Susie diz e eu balanço a cabeça.


- Está preparada? -Pergunto a Emily que franze o cenho.

- Como assim? -pergunta.

- Como assim digo eu, Emily -Susie diz e nos viramos para encará-la.

- Alguém explica -ela diz cruzando os braços.

- Caleb trabalha aí -digo e ela pisca várias vezes.

- O cara que você chutou porque disse que estava apaixonado por você -
Susie diz e Emy fica branca que nem papel.

- Vamos embora -ela diz e caminha para o carro, mas nós a impedimos.

- Nem morta -Susie diz- Me arrumei toda para voltar para casa? -ela aponta
para saia de couro e o top preto sem alça que estava sendo coberto por uma
jaqueta jeans estilosa.

Emy usava um vestido preto curto que valorizava seu quadril e bumbum, o
decote era favorável para deixar alguém olhando mais que o necessário, ela
estava gata.

- Vocês nem se falam mais certo? Capaz dele nem se lembrar mais de você -
digo e ela suspira.

- Ta ok, mas se ele vier falar comigo eu vou fingir demência -ela diz
apontando para a gente.

- Ele ainda mora no seu prédio? -pergunto enquanto caminhamos para a


entrada da boate.

- Não, nunca mais o vi lá -responde.

Chegamos até um segurança enorme que estava com uma prancheta na mão
e olhava as pessoas na fila imensa.

- Ei, grandão -Emily o chama e ele a encara.


- Nomes -ele pede.

- Rubi Mendoza, Susie Jones e Emily Brooks -falei.

Ele procura na prancheta e acena.

- Rubi Mendoza e Susie Jones podem passar...não tem nenhuma Emily


Brooks na lista -ele diz e eu encaro as meninas.

- Mas que filha da mãe, vou bater naquele cretino... -ela para de falar de
repente.

- Espera -Emy diz e encara o grandão, quer dizer, o segurança.

- Procure por loirinha -ela diz e ele revira os olhos procurando na prancheta.

Segundos depois o segurança a encara.

- Você é a loirinha? -ele pergunta.

- Infelizmente -ela lamenta.

- Ok, podem passar. A área Vip é por aqui, sigam reto.

Ele deu a passagem nos mostrando a área Vip e nos colocou uma pulseira
lilás.

- Peter é ridículo -Emily diz e Susie e eu rimos.

Passamos por um corredor que não tinha quase ninguém então foi tranquilo
passar por ali, chegamos no final subindo uma rampa e entramos na área
Vip.

Tinham pouquíssimas pessoas e um bar enorme disponível para nós, a


música estava alta e tinha uma barra de metal que dava vista lá para baixo
mostrando as pessoas dançando e se divertindo.

Avistei Lisa sentada em um grande sofá vermelho com Dylan ao seu lado
fazendo carinho no seu rosto.

Nos aproximamos e os dois perceberam nossa presença, os


cumprimentamos com um grande sorriso no rosto.

Lisa usava um vestido verde soltinho e Dylan uma calça jeans escura e uma
blusa azul de botões.

Sentamos com ele e começamos a conversar normalmente.

- Você acredita nesse idiota? -Emy pergunta olhando para Lisa e Dylan ri
pelo nariz.

- Não leve a implicância de Peter a sério, ele é assim mesmo -Dylan diz.

- E por que ele não implica com elas também? -Emily pergunta.

- Por que não foi elas que o mandaram a merda e vivem discutindo com ele
desde então -Dylan diz e ela meneia a cabeça.

- Não me arrependo, o mandaria de novo -Emy diz.

- Cadê o resto da gangue? -Susie pergunta.

- Nathaniel encontrou uma amiga aqui e a levou para algum lugar -Lisa diz.

- E Peter está no escritório com Adam -Dylan diz e as meninas me encaram


imediatamente.

- Tão sutil -digo e elas dão de ombros.

- Rubi -Dylan me chama- Eu sei que vocês estão em um momento delicado,


mas saiba que meu irmão não vai desistir de você -ele diz e eu respiro
fundo- Adam...é...um idiota...não espera, desculpa, força do hábito.

Ele balança a cabeça e volta a falar tentando ajudar o irmão: - Você não irá
conhecer alguém mais persuasivo do que Adam, quando ele quer alguma
coisa ele vai até o final -Dylan diz- Ele quer você de volta, nunca o vi
assim.

- Ele disse isso a você? -pergunto.


- Ele me disse isso nos últimos três dias -responde e eu balanço a cabeça
tentando encerrar aquela conversa.

- Vamos dançar? -Emy pergunta.

- Sim, por favor -digo me levantando.

Susie e Emy se levantaram e nós três caminhamos para a pista de dança, a


música que estava tocando era High Enough da artista K.flay, a música não
é muito conhecida mas eu gostei por que era muito boa, a batida era perfeita
para dançar livremente.

Nós chegamos na pista e dançamos como loucas, dispensamos os caras que


chegavam até nós e curtimos só nós três.

Sorrimos dos passos estranhos que Emy fazia e chegamos até imitá-la, eu já
estava ficando rouca de tanto gritar dizendo para ela ir até o chão.

- Eu vou beber um pouco de água, já volto -Susie diz indo pegar sua água já
que a mesma não bebe bebida alcoólica.

Ela saiu de onde estávamos e nós duas voltamos a dançar mas dessa vez eu
sentia algo diferente, um olhar queimava nas minhas costas como brasa, me
virei olhando em volta e não tinha ninguém, olhei para cima vendo a área
Vip e não vi ninguém também, olhei mais um pouco para o lado e encontrei
o olhar de Adam que parecia perfurar minha alma.

Logo Peter apareceu ao seu lado e eu deduzi que ali era o escritório, seu
olhar focou em Emy que jogava os braços para cima e mexia a cintura.

Encarei Adam e engoli em seco, não sei quanto tempo nos encaramos, mas
a música mudou dando início a uma eletrônica que era impossível não se
mexer, comecei a dançar livremente e ele cruzou os braços examinando
meu corpo.

Continuei dançando de um jeito sensual e extrovertido, fechei os olhos por


alguns segundos e deixei-me envolver com a música, passei os braços pelo
meu corpo e sorri mordendo o lábio inferior.
Eu dizia para mim mesma que não estava dançando sensualmente para ele
mas...eu estava. É óbvio que eu estava.

Parei de dançar quando senti dedos me tocarem e um corpo chegar perto do


meu.

- Rubi? -a voz que me chama...não me era estranha.

×××

Ih ala KAKAKAK

Falo nada

Até o próximo, babys ❤️✨


47° capítulo

Rubi

Confesso que imaginei isso algumas vezes na minha cabeça mas não era
esse o ambiente que eu imaginei.
Talvez em um parque ou restaurante, mas claro que isso seria chato demais.

- Rubi?

Me virei lentamente reconhecendo de vez aquela maldita voz que não saia
da minha cabeça nos dois primeiros meses depois que ele me deixou.

Seus olhos castanhos cruzaram com os meus e sutilmente tirei seus dedos
do meu braço, o cabelo castanho estava igual o que mudava é o tamanho
que estava maior.

- Julian -digo quase sem voz.

Julian Hendricks, o homem que me deu um pé na bunda a 8 meses atrás, o


mesmo que me fez de otária e roubou milhões da minha empresa, o
mentidor.

- Oi -ele sorriu pequeno- Nossa, você está...

Ele encarou meu corpo mais do que o necessário e eu levantei uma


sobrancelha, me sentindo incomodada de repente.

- Diferente -ele termina de me analisar por inteiro e volta a me encarar.

- Diferente? -pergunto cruzando os braços.

- Sim, você era muito bonita quando estávamos juntos, mas agora você
está...uau.

- Ok, Adeus Julian -digo me virando para sair dali o mais rápido possível
mas claro que ele teve que me impedir.

- Espera aí, Rubi -ele diz com a mão no meu braço.


- Me solta, Julian -digo o encarando.

- Ei, calma aí colega -Emily aparece do nosso lado dançando, ela pega na
mão dele pelo dedo indicador e tira do meu braço.

- Quem é você? -pergunta confuso.

- Quem é você? -ela pergunta e olha para mim, ela ainda dançava.

- Ele é o mentidor -digo e Emy arregala os olhos.

Ela leva as mãos para boca perplexa e depois começa a rir.

- Cara, você é um idiota -Ela diz e ele levanta uma sobrancelha.

- De novo, quem é você? -pergunta.

- Sou Emily Brooks fofo, a loira mais quente que você vai conhecer na sua
vida -responde, antes de dar uma piscadinha.

Ele acena e olha para mim novamente.

- Eu sei que não terminamos bem, mas eu quero mudar isso, vamos comer
alguma coisa? -pergunta.

- Você não vai mudar isso, Julian. Você me abandonou levando milhões da
minha empresa -digo irritada.

- Do que você está falando? -pergunta com o cenho frazido.

- Não se faça de sonso, você sabe o que fez -digo.

- Eu não estou entendendo, por favor, venha comigo e conversamos melhor


-ele diz puxando a manga da sua camisa branca para cima.

- Não vou a lugar nenhum com você -falo- Não fale comigo de novo e se
me ver finja que eu não existo, você fez isso muito bem por 8 meses, vamos
continuar assim.
Peguei Emily pela mão e a puxei, saímos de lá rapidamente e fomos até
Susie que estava sentada no bar bebendo água pacificamente.

- Ei! -ela diz quando nos vê.

Paramos ao seu lado e olhei para o barman que limpava um balcão.

- Duas tequilas -digo e ele assente.

- Essa bebida não faz muito mal? Vejo gente na boate que bebe isso e não
consegue ficar nem de pé depois -Susie diz.

- Contanto que não seja marguerita eu estou bem -digo, inquieta.

- Tequila é bom -Emy dá de ombros vendo minha inquietação.

- O que houve? -Susie pergunta me encarando.

- Encontramos o mentidor -Emy diz e Susie arregala os olhos.

- Meu Deus -ela diz com a mão na boca- Não acredito.

- Ele continua a mesma coisa, aí como eu queria bater naquela cara cínica
dele -digo vendo o barman me entregar as tequilas.

Dou uma a Emy e levo a minha até a boca bebendo em uma só golada, senti
descer queimando pela garganta e bati o copo no balcão.

- Outra -Emy diz fazendo o mesmo ato de bater o copo no balcão.

- Ele tentou falar comigo fora daqui mas óbvio que eu não quis -comento e
Susie concorda.

- O que você sentiu quando o viu? -Emy pergunta.

A outra tequila chegou e eu a bebi rapidamente enquanto as meninas me


encaravam.

- Raiva...decepção -coloquei o copo no balcão- Mágoa.


- Isso tudo?

Me virei vendo Julian apoiado no balcão com um sorriso de lado chamando


o barman com um aceno de mão. Suspirei, não acredito que ele vai ficar no
meu pé.

- O que você está querendo? -pergunto.

- Você, falar com você.

- Então entra para a fila.

Olhei para trás de Julian e vi Adam parado nos encarando, ele cruzou os
braços e Julian o encarou.

- E você é? -Julian pergunta.

- O cara que veio depois de você -responde e dá um sorriso de lado- E


pretendo ser o último.

Julian semi cerrou os olhos e me encarou.


Cruzei os braços vendo uma espécie de curiosidade crescente para cima de
mim.

- Namorado?

- Sócio -Adam responde- E você?

- Ex noivo -ele estende a mão para Adam que a agarra balançando em


seguida.

Olhei para as meninas que encaravam a cena com atenção, eu me sentia


entediada mas divertida. Os dois homens que mais me machucaram em toda
minha vida estão dando um aperto de mãos quase se fuzilando com os
olhos. Divertido, não?

A única diferença era que eu estava perdidamente apaixonado por um. Uma
fadinha no caso.
- Ouvi muitas coisas sobre você...

- Julian.

- Julian -Adam solta sua mão- Fiquei impressionado com algumas coisas.

Arregalei os olhos, cala a boca seu loiro metido!

- Ah é? O que por exemplo? -Julian pergunta e Adam me encara.

- A sua incrível capacidade de ser...

- Adam! Vem comigo.

Peguei na sua mão e o puxei na direção dos banheiros, ele riu baixo e eu
apertei sua mão com mais força sentindo um choque passar entre nós.

Chegamos no corredor e o encarei vendo-o com a expressão esperançosa.

- Meu plano de ficar a sós com você funcionou -ele diz cruzando os braços.

- O que?

- Você acha mesmo que ia dizer aquilo a ele? Óbvio que não, eu preferi
respeitar você -ele diz.

- Ótimo porque é algo íntimo meu e sobre o respeito...você deveria ter


pensado nisso antes -digo e ele trava o maxilar.

- Sobre isso...Rubi...

- Olha eu sinceramente...

- Eu fiz você vir até aqui então me escuta -ele me corta.

A música pareceu ficar mais alta e eu via a boca dele se mexendo mas eu
não podia escutar.

O olhei confusa e ele se aproximou de mim, por impulso eu dei um passo


para trás mas ele continuou se aproximando.
Levantei minha mão na frente dele que a pegou me puxando para o seu
peito, sua outra mão passou pela minha cintura e a apertou de leve.

Meu corpo estava colado no dele e me própria condenei quando gostei da


sua aproximação repentina.

Ele soltou minha mão e levou a sua para minha nuca me fazendo encará-lo,
seu oceano azul não era muito perceptível por conta da pouca luz do
corredor dos banheiros que para completar estava vazio. Mas eu sabia que
brilhavam na minha direção.

- Eu estou brava com você -sussurro quando a música pareceu baixar um


pouco.

- Eu sei -ele colocou sua testa na minha e eu suspirei.

- Você tem todo o direito de ficar assim -ele colocou a mecha do meu
cabelo atrás da orelha- Me diga se eu tenho alguma chance de ter você de
volta.

Depois que ele me disse isso eu fiquei em silêncio, as cenas dele no meu
apartamento me chamando de vadia aparecem tão rápido como um raio,
logo eu me lembrei do quanto babaca ele foi comigo agindo como um
moleque e não um homem. Mas… eu o amava, e eu só precisava que ele
entendesse como eu havia me sentindo, e não acho que ele entenda isso
ainda.

- Não.

Tirei sua mão na minha nuca e me afastei dele, Adam engoliu em seco
fechando os olhos.

Ele abriu os olhos e balançou a cabeça concordando, passou a mão no rosto


e me encarou depois parecendo relaxado.

- Ok -ele diz.

- Você desistiu? Por que eu quero que você me deixe em paz sobre isso.
- Hum hum -ele balança a cabeça colocando os braços para trás- Vou voltar
a ser o cafajeste de sempre, me dou melhor assim.

É óbvio que ele desistiu, e lá estava minha razão certa outra vez. Uma parte
muito pequena minha gostou disso, mas a outra que é maior ficou triste,
porém, eu irei superar isso. Ele só foi meu acaso sedutor.

- Certo -digo e me viro para sair dali- Boa sorte.

Um passo.

Dois passos.

Três passos.

- Rubi? -ele me chama e eu me viro para encará-lo.

O que?!

Ele sorriu.

- Vou desistir de você quando pararem de me chamar de Tinker Bell -ele


suspirou com o sorriso ainda presente- Ou seja, Nunca. Nunca vou desistir
de você, princesa.

Entre abri os lábios, e ele levantou um dedo.

- Mais uma coisa, você é uma péssima mentirosa.

Pisquei várias vezes vendo ele se virar e andar pelo corredor para entrar no
banheiro masculino.

Fiquei estática pelos primeiros segundos mas depois sorri de lado


balançando a cabeça logo depois, não gostamos dele, lembra? -meu
subconsciente me diz.

Olhei para frente e comecei a andar de volta para as meninas e não demorou
muito para eu chegar até elas que ainda estavam no bar e graças a Deus
Julian não estava mais ali.

Se eu o encontrasse a meses atras eu tenho quase certeza que me sentiria


afetada, vê-lo depois de algum tempo não despertou nada em mim. Eu
apenas me senti decepcionada e querendo que ele suma de novo, por um
momento eu percebi que o meu sentimento por Julian não é nada
comparado a Adam.

Com ele é tudo mais intenso e forte, Julian era apenas rotina, no início
éramos bem unidos mas depois ele foi mudando e o relacionamento foi
morrendo, mas eu ainda o amava. Amava...passado.

- Aí está você -Emily diz me encarando.

- Lisa já está indo, vamos nos despedir -Falou Susie.

Elas se levantaram dos bancos e nós três caminhamos de volta para a área
Vip, mostramos nossas pulseiras para o segurança e entramos.

- Você já vai? -pergunto me aproximando de Lisa que tinha Dylan e Peter


perto dela.

- Sim, eu disse que não iria demorar -ela responde e me abraça apertado.

- Por favor se comportem e não exagera no Whisky Emily e você -ela me


encara- Marguerita é um problema perto de você -ri baixo.

- Susie você é meu orgulho -Lisa diz e a puxa para um abraço.

Emy e eu reviramos os olhos, mas logo depois rimos.

- Susie bebeu álcool uma vez -Emy diz- Quando Rubi voltou da França e
fomos comemorar com champanhe.

- Ah eu não bebi não -Susie diz- Eu só fiz o brinde e dei minha taça para
Peter, não bebo mas gosto do tumulto.

Sorri de lado.

- Conversamos amanhã? Precisamos atualizar você -digo a Lisa que


concorda.

- Shopping? -Emy perguntou olhando para nós três


- Sim -Susie diz mexendo na franjinha.

- Ok, nos vemos amanhã -falo e me despeço de Lisa.

- Até babys -ela diz e Dylan para de falar com Peter para encará-la.

- Sabia que ele ia olhar -ela sussurra para a gente que ri baixo. Dylan
chamava Lisa de "Baby" com frequência.

- Vão por aquela porta ali -Peter aponta- É melhor do que sair pela parte da
frente, está lotado.

- Valeu cara -Dylan diz e os dois se despedem com um soquinho.

Os dois vão embora e Peter se vira para falar conosco.

- Vocês estão bem? Precisam de algo? -pergunta.

Peter usava uma calça jeans com uma blusa social vinho arregaçada nas
mangas mostrando as tatuagens, a blusa era quase da cor do meu vestido.

- Não, está tudo bem -falo e ele assente.

- Que bom que conseguiu entrar loirinha -Peter diz colocando as mãos no
bolso da calça jeans.

- Sim, muito genioso da sua parte -Emily diz cruzando os braços.

Peter semi cerrou os olhos e a encarou descaradamente.

- Que bom que você aprendeu seu apelido -ele diz e de longe vejo Nate
andar até nós.

- Não é um apelido -ela diz.

- É sim, nós temos apelidos internos -Peter diz e eu meneio a cabeça...é.

- Não, Peter, nós dois não temos apelidos internos, não temos intimidade
para isso -ela diz e Nate chega.
- Cara, preciso falar com você -Nate diz para Peter.

Ele olhou para gente e sorriu amigável.

- Meninas -Nate nos saúda e nós sorrimos.

- O que foi cara? -Peter pergunta.

- Adam -ele diz e Peter trava o maxilar.

Na mesma hora eu fiquei em alerta.

Ouvimos um barulho vindo da pista de dança e eu franzi o cenho, parecia


que os copos estavam quebrando e muitos gritavam.

Andamos até a barra que tinha a vista para baixo e eu abri a boca perplexa.

- Merda! -Peter diz e sai em disparada com Nate.

As meninas estavam do meu lado encarando a cena e logo depois olharam


para mim, e eu só conseguia encarar o quanto Adam estava transbordando
de raiva enquanto batia em alguém.

Os movimentos eram precisos e calculados, o cara tentava se defender mas


não estava adiantando muito, ele o puxou fazendo suas costas baterem no
balcão e os copos foram derrubados se espatifando no chão.

Me inclinei um pouco para frente tentando ver quem era.

- Aí meu Deus -Susie diz.

- Gata, gata, gata -Emy me cutuca- É o mentidor.

Era só o que me faltava!

Como diabos isso aconteceu?

Vejo Peter e Nate chegarem até lá e tentar tirar Adam de cima de Julian,
Peter puxou Adam pelo braço mas ele se soltou, Nate também tentava tirá-
lo mas parecia difícil.
Quando finalmente conseguiram afastar os dois eu respirei aliviada, Peter
estava na frente de Adam dizendo para ele se acalmar e Nate estava com o
braço estendido para Julian pedindo para ele se acalmar.

Mas Julian bateu na mão de Nate e correu até onde Adam estava, o loiro
empurrou Peter para o lado antes de Julian o agarrar pela cintura e o
derrubar no chão fazendo um barulho estrondoso.

Meu coração acelerou e eu levantei as duas sobrancelhas, merda!

Saí de onde estava e corri para o corredor.

- Não! Rubi! -Emily grita e Susie corre tentando me alcançar.

Cheguei até onde eles estavam e vi o quanto o rosto de Julian tinha sangue e
Adam estava ficando igual.

As meninas chegaram e pararam perto de Peter e Nate.

- Julian! -o chamo em vão.

Quando Julian está prestes a dar outro soco em Adam ele pega no seu
punho e de alguma forma troca as posições e começa os socos novamente,
olhei para Peter atordoada e ele fez um sinal com o dedo.

Suspirei.

- Você nunca mais abra essa boca para falar dela, seu idiota! -Adam diz e
Julian tenta empurra-lo.

- Adam! Para com isso! -digo.

Logo 2 seguranças aparecem e tiram Adam de cima de Julian, fui até o meu
ex noivo que estendeu a mão para mim já que Adam tinha dois caras em
cima dele. O ajudei a levantar por pura educação e ele se apoiou no meu
ombro apertando meu corpo, o que ele está fazendo?

- Seu namorado está estressado -ele sussurra no meu ouvido e dá um


gemido de dor.

- O que você fez? -pergunto para Julian que olha para Adam.
O mesmo estava nos encarando com o maxilar travado e tinha um pouco de
sangue no seu nariz.

- Nada demais -Julian diz e me encara.

- Rubi -Adam me chama e eu olho para ele- Sai de perto desse cara.

- Cala a boca! Vai tomar um remédio para raiva seu estúpido -Julian grita.

Adam tenta ir pra cima dele de novo, mas Peter se mete no meio.

- Já chega! -diz irritado.

Todos o encararam e ele olhou para mim e para Julian.

- Tire seu amigo daqui -ele diz para mim- E você -aponta pro Adam- Está
fudido.

Adam revirou os olhos.

- Eu não vou deixar ela ir com ele nem fodendo -a Tinker diz.

- Mas ela vai, devo te dizer porque? Temos uma história juntos e você
não…-Julian diz malicioso e me afasto dele que resmunga contrariado.

- Eu não vou com nenhum de vocês dois -apontei para Julian- Fica longe de
mim.

Encarei Adam que suspirou aliviado e eu balancei a cabeça tendo a certeza


que todos os olhares estão em mim porque eu consigo sentir. Merda, eu
estava com vergonha.

- Venha, vamos embora -olhei para a mão estendida de Emily e agarrei


Susie quando ele me agarrou também.

Saio de lá com as mesmas pessoas que entrei.

×××
O que Julian/mentidor disse ao nosso loiro? Coisa boa não foi.

Bom...só sei que nossa princesa não está nos seus melhores momentos e
aparecer o ex noivo é uma faca no estômago.

Vou postar os outros três que faltam amanhã! Não tive tempo de
revisar tudo, passei a semana ocupada, mas amanhã eu posto os outros
três ❤️✨

Julian Hendricks (ex-noivo)


Vote e deixe comentários!

Até babys ❤️

48° capítulo

Adam

Meu corpo foi empurrado para frente e eu fui cambaleando até me jogar na
cadeira do seu escritório, quando encarei o rosto furioso de Peter decidi que
queria estar em outro lugar agora.

Merda.

- Eu quero matar você! -ele diz apontando para mim, quase me cegando na
verdade.

Vi Nathaniel olhar para fora do escritório e fechar a porta em seguida.


Engoli em seco, é agora que eu morro? Porra, nem me despedi de Mops.

E de Rubi também, claro.

- Peter...

- Você é completamente indisciplinado, descontrolado e um idiota! -ele


estava certo- Você sabe que essa festa era importante para mim e eu queria
o apoio de todos vocês, mas é claro que o metido aqui tinha que fazer uma
cena.

Ele andava de um lado para outro gesticulando as mãos até que parou na
minha frente me fuzilando com o olhar.

- Você tem algum tipo de trauma que precise agir como uma criança de 5
anos de idade quando é tirado o brinquedo?!

- Me chamar de criança não é uma ofensa -levanto um dedo e depois faço


força na cadeira giratória indo mais para trás apenas para não ser atingido
por ele.

- Me desculpe, ok? Eu perdi o controle! -digo passando a mão no meu


cabelo.
- Quem é aquele cara? -Nate pergunta andando até o mini bar e se servindo
um copo de Whisky.

- O ex noivo da Rubi -digo e Peter ajeita a postura ameaçadora.

- Olha, Adam -Peter se encostou na mesa e cruzou os braços- Eu entendo


que o que você está passando agora é difícil, você finalmente está amando
alguém e isso é bom cara, mas você acabou estragando as coisas, certo,
errar é humano e você vai se desculpar com ela futuramente, mas você não
pode sair por aí batendo em ex noivos e arruinando negócios de amigos,
ok?

Nate riu baixo pelo tom de pai que Pan usava comigo e bebeu um gole da
bebida.

- Sim, eu sei -passei a costa da mão no nariz- Não acontecerá novamente.

- Espero, nunca tive problemas com brigas desse tipo na boate e muito
menos usei seguranças.

Isso é verdade, Peter gosta de resolver os problemas ele mesmo.

- Não deixe isso acontecer novamente ou eu chuto sua bunda para fora
daqui -ele se levantou- Na verdade, vá embora, acho que já deu para você
por hoje.

Assenti.

- E você modelo de perfume -ele encara Nate que levanta uma sobrancelha.
Modelo de perfume? Olhei para Nate que parecia a porra de um modelo
segurando um copo com o ar distraído, só faltou o perfume para ter o
comercial perfeito.

- Não beba todo meu whisky -Peter saiu da sala dizendo que ia conversar
com algumas pessoas.

Suspirei massageando minhas têmporas.

- Pegue.
Olhei para a mão de Nate que tinha um lenço e o peguei limpando meu
nariz que tinha um pouco de sangue.

- Valeu -digo e ele se assente.

- Eu ouvi algumas coisas que ele disse -Nate diz e eu o encaro- Eu sabia
que você iria brigar com ele então fui chamar o único cara que iria te conter,
mas ele já tinha ido embora.

Nate vestia uma calça jeans surrada e uma camisa preta que marcava seu
corpo, ele tinha um relógio no pulso e o cabelo estava bagunçado.

- Então você sabe porque ele merecia uma surra -falei.

- Ele fez o que você fez com ela, Adam.

- Mas ele a chamou de vadia apenas para me provocar, usou a palavra com
gosto. Eu não usei aquele carregamento de prepotência que ele usou.

- Talvez não -Nate suspirou- Mas agora você sabe como ela se sentiu
quando você disse.

Pisquei um par de vezes desviando o olhar para baixo, puta merda. Fechei
os olhos lentamente e me condenei de todos os nomes ruins existentes pelo
o que fiz com ela.

Não posso amá-la e no segundo seguinte a xingar como se não significasse


nada na minha vida, isso não é certo. Quando abri os olhos de novo eu
decidi que faria tudo certo a partir de agora, cometeria erros, claro, mas me
esforçar para tê-la novamente seria minha prioridade, pelo simples fato de
eu entendê-la completamente.

- Será que um dia eu vou parar de fazer merda? -pergunto com um sorriso
pequeno.

- A maioria dos homens faz merda, Adam. Mas tem alguns que de destacam
-ele riu- Eu sei que você não vai desistir dela porque você não é assim, você
é o cara mais persuasivo que eu conheço.
Suspirei.

- Ela também ama você e não é pouco -ele diz- Quando eu disse seu nome
para Peter dizendo que tínhamos um problema, seus olhos faltaram brilhar
apenas pela menção do seu nome.

Sorri contente.

- Diga que está apaixonado por ela, deixe-a saber disso!

- Desde quando você entende tanto de problemas amorosos? -pergunto.

- Desde que você e a batgirl ficaram apaixonados -ele diz- Escutar Dylan
falando da Lisa às vezes é um martírio, mas eu sei que têm as frases "Linda
para cacete" e "Vou amá-la eternamente".

Sorri de lado.

- O que eu devo fazer para mostrar em ações que eu a amo, que tudo o que
eu quero é ver ela sorrindo para mim como antes? Sou novo nisso -
perguntei.

- A conquiste de novo, mostre um lado seu que ninguém conhece e tente


não fazer merda -ele diz- Faça alguma coisa romântica...ou sei lá, porra,
cadê o Peter?

Ele olha para a porta e eu ri baixo, graças a Deus eu tenho a minha família,
não sei o que faria sem eles. Literalmente.

- Certo, vou pensar nisso -digo e ele assente.

- Tudo bem, agora adeus. Vou atrás de uma garota que eu encontrei aqui e
levá-la para casa.

- Boa foda -digo quando ele vai andando para a porta.

- Que você quase estragou sua Tinker Bell briguenta -ele abriu a porta e
saiu.
Sorri de lado e me levantei, vou embora antes que Ross me expulse com
uma vassoura.

Rubi

Quatro dias depois...

Acordei de manhã igual uma múmia e não estava com vontade de fazer
nada, eu adoraria ser um urso agora e hibernar.

Mas a minha campainha não estava muito afim de que eu fizesse isso, me
levantei puxando meu shortinho confortável para cima e puxei o moletom
preto para baixo cobrindo minhas coxas mais um pouco.

Desci as escadas bocejando e dei dois tapinhas na boca, fui até a porta e
girei a maçaneta me deparando com um sorriso grande, mas ele foi sumindo
rapidamente.

- Meu Deus, o que aconteceu com você?

Olhei para Carlos que tinha uma expressão não muito boa, dei de ombros
caminhando para cozinha com o meu pai atrás de mim.

- Mi hija, eu estou preocupado.

Ele tirou a jaqueta azul escura e colocou sobre a mesa, fui até a geladeira e
tirei alguma coisa para me alimentar.

- Por que? Estou bem -digo indo para mesa com as mãos cheias de comidas
nada normais para um café da manhã.

- Você não está comendo nada nutritivo -Ele diz olhando para o pedaço de
pizza fria e o biscoito Oreo que está a alguns dias na minha geladeira. Se
Lua me ver comendo isso ela joga uma cadeira na minha cabeça

- Por que caralhos tem tantas flores aqui? -meu pai pergunta vendo 8
arranjos de flores vermelhas espalhadas pela cozinha.

Fazem quatro dias desde aquele episódio na boate, no domingo Emilly


cancelou o shopping com as meninas e todas vieram para cá ao invés disso.
- Adam me envia as flores -digo e ele me encara- 8 arranjos para os oito
dias que ele me fez sofrer.

Eu fiquei bastante surpresa quando soube que a Tinker estava me mandando


flores, eu nem sabia que Adam era capaz de fazer uma coisa dessas. Porém,
receber cartas fofas dele com certeza me deixou mais surpresa do que
nunca.

Meu pai suspirou.

- Nunca vi você assim, nem quando aquele seu ex noivo patético foi embora
-ele diz e tira a pizza e os biscoitos oreo da minha mão.

Não tive mais notícias de Julian e agradeço de joelhos por isso, não quero
vê-lo tão cedo.

Peguei o pote de pasta de amendoim e coloquei o dedo dentro do pote


levando à boca em seguida recebendo um olhar nada bom do meu pai.

- Eu sei que Adam fez alguma coisa para você -senti uma pontada no meu
peito- Mas vocês não vão se resolver se você ficar aqui dentro para sempre.

- Eu sei, mas...eu estou cansada. Relacionamentos amorosos são


tão...complicados, e com aquele loiro, triplica -digo para Carlos que sorri de
lado.

Nesses quatro dias eu não vi Adam, não porque eu estava fugindo dele é
porque eu simplesmente me encontrava atolada na minha sala e eu sabia
que ele também estava atolado até o pescoço, Lisa me trazia informações.

- Eu sei, filha -ele me abraçou e eu o abracei de volta, dessa vez eu deixei as


lágrimas rolarem livremente- Sei que você o ama, eu até gosto dele, sabia?

Ri baixo.

- Não sabemos do nosso futuro, Rubi. Você não sabe se ele vai te machucar
de novo ou não. Nossa vida é feita de escolhas e se você não tentar abrir o
coração novamente vai se arrepender no futuro -ele colocou as mãos na
minha bochecha me encarando- Eu nunca vi você tão feliz como quando
estava com ele, até sua voz por telefone estava radiante! Adam faz bem a
você e tenho certeza que você faz a ele.

Ele limpou uma lágrima do meu rosto.

- Concordo que você devia dar um gelo nele por algum tempo para ele
saber que você não é qualquer uma e que você merece respeito, ter amor
por si mesma é muito bom -concordei- Mas se isso já estiver te deixando
tão para baixo então talvez não seja o certo continuar fazendo, entende?

- Hum hum -murmurro.

- Certo, você ainda tem um pezinho atrás, vou ter que chamar o armamento
pesado -ele beijou minha testa e ficou ereto percebendo seu celular tocar-
Em falar nela.

Carlos sorriu olhando para o celular e ainda me encarou apontando o dedo


para mim.

- Vamos tomar um café decente porque eu ainda quero que minha filha
chegue aos 30 de idade.

- Vou tomar uma banho, desço em alguns minutos -falo e ele acena

Subi as escadas e fui direto para o banheiro sabendo que ele vai comer
todos os meus biscoitos, Carlos adora doce.

Tomei um banho relaxante e senti meu corpo estremecer com a água


quente, fiz minha higiene matinal e saí do banheiro enxugando meu corpo.

Coloquei um vestido bege de seda bem soltinho e um sapato confortável,


deixei meu cabelo secar naturalmente e não quis passar nada no rosto.

Desci as escadas escovando meus cabelos e vi Carlos jogado no meu sofá


mexendo no controle que estava apontado para a televisão.

- Vamos, Pai -digo e ele me encara.

- Vamos.
Ele desligou a televisão e caminhamos para a porta, trouxe apenas meu
celular que tinha algumas ligações perdidas e várias delas eram de Adam,
meu pai e algumas das meninas que não tive chance de atender.

- Só para avisar -Carlos diz quando eu fecho a porta- Eu comi alguns


biscoitos -ele diz de um jeito fofo.

- Eu sei que sim -digo rindo.

Fomos para o elevador e rapidamente estávamos entrando no seu carro,


coloquei o cinto e ele fez o mesmo.

- Você vai para a empresa hoje? -pergunta.

- Sim, hoje tenho uma reunião com a minha equipe, mas é só na parte da
tarde -falei ligando o rádio.

- Certo, vamos comer.

Ele deu partida no carro e dirigiu por alguns minutos, eu olhava para a
cidade vendo árvores, pessoas de terno e vestidas casualmente, alguns
cachorros passeando parecendo alegres.

Me lembrei de Mops rapidamente e dei um meio sorriso, pelo menos ele


ainda come igual a um desesperado.

Meu pai deu uma curva e logo o carro está estacionado, saímos do veículo e
ele me guiou até a cafeteria que era muito bonita, entramos e vi que tudo
parecia rústico e muito aconchegante.

Me sentei na mesa de costas para a entrada e meu pai me encarou.

- O que você vai querer? -pergunta.

- Um bolinho de chocolate e um café forte com caramelo extra e pede


também um suco de abacaxi com hortelã? E se tiver eu quero um pão
redondo que tem queijo dentro e um creme delicioso -digo e meu pai pisca
várias vezes.
- Quer que eu compre a cafeteria também?!

Revirei os olhos e ele riu se virando para ir até o homem que estava no
caixa.

Fiquei vários minutos esperando, já ficando entediada quando senti dedos


tocarem meu ombro, me virei vendo um sorriso grande direcionado a mim.

- Maria! -falei.

- Srta. Mendoza -ela me saúda feliz.

Me levantei e beijei sua bochecha a cumprimentando. Me lembro da última


vez que vi Maria, eu estava no ombro de Adam enquanto ele me arrastava
para o quarto em Paris.

- O que você faz aqui? -perguntei alisando seu braço.

- Vim resolver umas coisas do meu divórcio, falta pouco para eu me livrar
daquele encosto -ela diz me fazendo sorrir.

- E você como está? Cadê o loiro cafajeste? -pergunta sorridente.

Meu semblante vai mudando e o sorriso nos meus lábios desaparece aos
poucos, Maria pareceu entender porque fez um cara triste e avança para
cima de mim me dando um abraço apertado que me pegou de surpresa.

- Oh, sinto muito -ela diz alisando meu cabelo e eu até gostei daquilo- O
que ele fez?

- Tudo bem, Maria -digo a apertando de volta- Ele falou algumas coisas que
me magoaram, estou dando um gelo nele.

- Isso mesmo! Muito bem, vivi um casamento onde eu sempre deixava as


coisas passarem, achando que ele melhoraria seu comportamento ignorante
e infantil comigo, eu deveria ter dado um gelo nele também, ou...me
separado, oh espera! Já estou me separando -ela riu alto e eu acabei rindo
também.
Ouvimos alguém tossir do nosso lado e nos afastamos vendo meu pai com
uma bandeja enorme com toda comida que pedi.

- Ah me desculpe, estamos atrapalhando o moço -ela me afasta- Pode


colocar aqui Senhor, não se preocupe vou dar uma boa gorjeta a você -ela
diz e meu pai levanta uma sobrancelha.

- O que? -ele pergunta e eu deixo ela descobrir por si só.

- O que o que? Estou saindo da sua frente para você colocar a bandeja, não
seja um garçom mal se não não vai ganhar gorjeta.

Maria bagunça o cabelo dele e eu solto uma gargalhada vendo meu pai todo
bagunçado.

- Eu não sou garçom, senhorita -meu pai diz e coloca a bandeja na mesa.

- Sou o pai dela -ele diz e Maria entre a abri a boca parecendo
envergonhada e suas bochechas ganham um tom corado.

Essa foi a coisa mais fofa que eu já vi depois de Mops jogando a cabecinha
para o lado.

- Ah meu Deus, me desculpe, Sr. Mendoza -ela diz e começa a arrumar o


cabelo dele que riu baixo- Eu não queria bagunçar seu cabelo desse jeito...

- Está tudo bem -ele diz pegando na mão dela e dando um beijo em seguida.

- Qual o seu nome? -Carlos pergunta.

- Sou Maria.

- É um prazer, Maria. Me chame de Carlos.

Ela sorriu de um jeito meigo e ele sorriu galanteador, uma grande idéia me
surgiu agora.

- Pai, por que você não toma café com Maria? -pergunto e ela me encara,
mas ele não tira os olhos dela. Safadinho!
- Não, não precisa. Vocês vão tomar café juntos eu não quero me intrometer
-Maria diz e olha para o meu pai que ainda está segurando a mão dela.

- Que nada, eu já estava indo mesmo -digo pegando meu bolinho, meu café,
meu suco e meu pão. Não sei como aquilo deu na minha mão mas quem
quer consegue.

- Você vai voltar para casa como? -meu pai pergunta.

- Coroa, não é tão difícil achar um táxi por aqui -digo e eles riram para
mim- E tem o ônibus também, sabe? Aquele que leva você pela cid…

- Tá bom, tá bom -Carlos me corta vendo Maria com um sorrisinho.

- Nos vemos depois, se comportem -digo e Carlos me repreendeu com o


olhar.

Peguei uma sacolinha com o caixa e coloquei todo meu café lá dentro e saí
da cafeteria a procura de um táxi.

Minutos depois eu já estava em um beliscando o bolinho enquanto ia para o


meu apartamento.

×××

Na hora todo mundo vida conselheiro, chega no livro deles...KAKAKA


brincandeiraaa, sem spoiler plis.

Até, babys ❤️✨

49° capítulo

Rubi

Eu estava na empresa trabalhando com um copo de café para me manter


acordada, ontem eu tive a reunião com a equipe e voltei para casa.

Passei a mão na nuca apertando tentando aliviar a tensão que eu estava


sentindo, mas não parecia adiantar muito.

Continuei meu trabalho e procurei pelo grampeador que não estava em


lugar nenhum, olhei por cima da mesa e não o vi, andei até os armários
abrindo cada um mas voltei para a mesa sem sucesso, abro as gavetas e
sorri quando o achei mas meu sorriso foi diminuindo quando vi o que tinha
por baixo.

Peguei a carta e a abri, era a carta que Adam tinha me enviado dizendo que
não iríamos nos ver durante o dia todo depois de alguns dias de termos
voltado de Paris, dei um suspiro triste.

"Não, não chore está tudo bem"

Li isso e dei um sorriso bobo, é possível sentir falta até do seu jeito
convencido?

Mas me espantei quando meu celular começou a tocar e guardei a carta de


volta na gaveta, atendendo meu celular em seguida.

- Oi, Emily -digo andando até a vidraça.

- Oi gata, estou indo para a sessão. Encontro você lá? -pergunta.

- Sim, irei em breve -falo.

Emily me convenceu a ir em uma sessão de massagens que ela ganhou no


trabalho, eu relutei um pouco mas depois de muito tempo no celular eu cedi
com direito a gritinho de vitória da Brooks.
Ela concordou e eu desliguei o celular vendo que já estava na hora do
almoço, na mesma hora eu vejo Josh entrar na minha sala com uma sacola
de um restaurante japonês.

- Almoço coisinha -ele diz e coloca a comida na mesa.

- Obrigada -digo indo até a comida e me sentando na minha cadeira.

- Você está bem? -Josh pergunta enquanto eu tiro a comida da sacola.

- Estou indo -digo e ele assente.

- Eu estou com outros presentes fofos que Adam deixou para você, tem até
uma joaninha que canta uma canção muito fofa e depois ela abre as asinhas
dizendo "Me perdo...

Ele para de falar quando vê que eu estou o encarando com uma sobrancelha
levantada.

- O que? É fofo -ele diz.

- Pode ficar com a joaninha se quiser -digo enquanto começo a comer.

- Jura?!

Fiquei olhando para ele.

- Não! Manda essa merda para minha casa.

Josh riu alto.

- Você não me engana, Letícia -ele aponta para mim- Eu sei que no fundo
você gosta que ele deixe presentes românticos para você, mesmo que você
fique surpresa na maioria das vezes, mas você gosta!

Revirei os olhos.

- Você gosta de saber que ele está pensando em você quando te envia isso
ou que ele esteja se esforçando para recuperar você de volta...do jeito dele
mas está!

- Você já pode ir agora -digo mudando de assunto.

- Tudo bem -ele levanta as mãos em rendição- Eu estou certo de qualquer


maneira.

Depois de comer eu escovei os dentes no banheiro da empresa e desci para


o estacionamento pegando meu Audi.

Dirigi pelas ruas até chegar no endereço, demorou alguns minutos mas logo
cheguei.

Saio do carro deixando minha bolsa no mesmo pegando apenas meu celular,
liguei para Emily mas ela não me atendeu.

Entrei na casa de massagem e fui até a recepção para ver uma mulher
asiática com um sorriso no rosto.

- Oi -digo e ela acena- Eu tenho uma massagem marcada agora, está no


nome de Emily Brooks.

A mulher começou a concordar mas eu não sabia se ela estava me


entendendo de fato.

- Qual o nome? -ela perguntou sibilando.

- O meu? -pergunto e ela me olha confusa.

- Qual o nome? -pergunta novamente.

Deduzi que ela estava perguntando sobre o nome de quem era responsável
então dei o de Emily, a mulher acenou contente e chamou alguém quase
berrando e um homem alto meio cabeludo apareceu.

Emily só me mete em furada.

Ela falou alguma coisa a qual não entendi porra nenhuma e o homem me
chamou, eu fui até ele morrendo de medo mas no fim ficou tudo bem
quando ele abriu porta para mim e eu vi duas massagistas passando óleo nas
mãos.
Entrei na sala e andei até elas olhando em volta, tinha duas macas de
massagem com distância favorável uma da outra e em uma delas tinha um
homem, havia também uma mesa enorme no canto da sala com alguns óleos
e coisas de massagistas.

- Oi, vocês sabem falar...

- Rubi?

Parei de falar na hora, meu sangue foi drenado do meu corpo e senti meus
lábios secarem.

Me virei para o lado e vi Adam deitado na maca me encarando, ele estava


com o cenho franzido e parecia confuso pela minha aparição.

- O que você está fazendo aqui? -pergunto e ele puxa a toalha se levantando
um pouco.

- Massagem...vou receber uma -ele parecia pensativo de repente,


provavelmente preparando o que me falaria.

- Você sabia que eu estava vindo para cá? -pergunto desconfiada.

- Como cacetes eu ia saber disso? -pergunta.

- Emily não disse nada?

- Eu não sei o que você está pensando, mas eu não sabia que você estava
vindo, eu faço massagens aqui sempre que posso -ele diz sincero e eu me
viro para a mulher.

- Senhora, eu vou fazer massagem com Emily Brooks, por favor me leve até
ela -digo para a mulher que balança a cabeça sorrindo.

- Ela não fala inglês -a outra mulher diz- Mas não temos mais salas
disponíveis então terá que dividir essa, estamos lotados hoje -ela sorriu
pequeno- Tire as roupas e se quiser pode ficar nua ou de calcinha e sutiã, a
escolha é totalmente sua.
Ela diz e vai até Adam que deita relaxando os músculos e encarando chão, a
mulher fica de costas para mim.

A outra mulher balança as mãos e vai até a mesa preparando alguma coisa,
ela também fica de costas, me despi rapidamente e deitei na maca depois de
me enrolar na toalha.

A massagista veio até mim e senti óleo nas minhas costas e logo suas mãos
começaram a me massagear, puta merda! A mulher era muito boa, parecia
mãos de anjos.

Céus, eu precisava disso.

Adam

Eu estava tentando relaxar, depois de 5 dias sem ter praticamente nenhum


contato com ela a minha tensão estava em um nível extremo e quando fico
assim eu faço massagens.

É a quarta vez que venho aqui e as massagistas são realmente boas, tentei
me focar nos apertos dos meu ombros e nas minhas costas mas eu não
estava conseguindo.

De vez em quando eu ouvia uns gemidos sair dela e isso me levava ao lado
mais pervertido da minha mente, porra! Os mesmo gemidos que ela dava
quando eu estava dentro dela ou quando eu apertava seu corpo contra
meu...isso está me deixando louco.

Apertei os dedos e resmunguei quando ela fez de novo, às vezes parece que
ela está fazendo de propósito.

- Está tudo bem, senhor? -a mulher pergunta e ouço o risinho travesso de


Rubi.

É claro que ela está fazendo de propósito.

- Sim, está tudo bem -digo.

Não, não está tudo bem. Eu estou a dias sem ter qualquer tipo de relação
sexual porque eu só quero ela, quero beijar as covinhas em seu rosto, quero
apertar o cabelo sedoso, quero sentir o cheiro que eu tanto gosto.

- Senhor -a mulher me chama e eu a encaro- Vamos pegar as pedras quentes


e trazer para ambos -assinto.

- Voltamos em 20 minutos, vou colocar um aroma de rosas que é muito


bom. Assim vocês relaxam mais -ela diz.

- Sim, claro. Obrigado -falei contente para cacete e ela sorriu.

Ela chamou a outra mulher usando outro idioma mas parecia que elas
estavam brigando, as duas saíram da sala me deixando sozinho com Rubi.

Eu não sei se sou o filho da puta mais sortudo do mundo ou o destino quer
me ver com ela, mas no momento eu estou abraçando os dois.

- Onde elas foram? -perguntou meio encolhida e eu a encaro.

- Pegar pedras quentes -respondo e ela concorda nervosa.

- E tinha que ir as duas?

Sorri de lado.

- Por que? Está com medo de ficar sozinha comigo?

- Até parece, Adam -ela diz fazendo pouco caso.

- Olha como é irônico -digo e ela engole em seco- Você passou dias me
evitando mas no final está aqui sozinha em uma sala comigo esperando
pedras quentes.

Ela rolou os olhos.

- Eu não estava evitando você, sabe que nós dois ficamos ocupados, mas eu
vou te evitar não falando com você agora, curta a experiência da massagem
-ela diz deitando novamente.

- Vai me ignorar por 20 minutos inteiros? -ela me olha.


- 20 minutos? Vão esquentar essa pedra onde, no vulcão? -pergunta me
fazendo rir, porra, eu sinto muito a falta dela.

Ficamos alguns segundos em silêncio e percebi quando ela bateu os pés


entediada, sorri de lado.

Ela parou de bater os pés ficando séria, Rubi encarou a mesa ao seu lado e
seu semblante mudou por alguns segundos, ela mordeu o lábio inferior e
forçou o corpo para frente me encarando em seguida. Eu a conhecia bem
para dizer que sua imaginação estava em um lado pervertido, e eu estava lá
com ela.

Seus olhos focaram nos meus e vi ela passar a língua nos lábios sutilmente
fazendo meu membro vibrar. Merda, eu preciso dela, aqui e agora.

- Eu sei o que você estava fazendo -digo.

- O que eu estava fazendo antes? -pergunta desviando do meu olhar.

- Você estava gemendo de propósito, apenas para me provocar -falei e ela


continuou olhando para frente- Gosto do seu lado sedutor.

- Não viaja, Adam.

- Você não estava fazendo isso?

- Óbvio que não -ela me encarou e estava visível que ela estava mentindo
pra mim.

Me levantei da maca e enrolei a toalha na minha cintura, ela encarou meu


corpo e piscou várias vezes resmungando.

Andei devagar até ela que saiu da maca enrolada na toalha e se afastou.

- Não! Fica do seu lado da sala. Tá vendo essas macas? E para você ficar na
sua do outro lado -diz nervosa.

- Você não me quer do outro lado -digo e levanta uma sobrancelha.


- Você não sabe o que eu quero -diz puxando a toalha para cima como se
isso fosse cobri-la mais.

- Você me quer e eu quero você, eu sempre vou querer você -digo e ela
entre abre a boca.

Olhei para a porta e vi uma chave dourada na mesma, andei até a porta
sentindo seu olhar nas minhas costas, giro a chave trancando a porta e ouço
ela dá um gritinho de susto, sorri de lado.

- Você vai me matar agora? Merda, você é do tipo que não aceita o fim?

A encarei irritado.

- Fim? Não, não quero fim de nada.

- Ai meu Deus, eu vou morrer -ela colocou as mãos no rosto fingindo


chorar, andei até ela que prendeu o riso indo um pouco para trás até sua
bunda encostar na mesa.

- No que você pensou que te deixou excitada? -pergunto na sua frente e ela
vai parando de sorrir mantendo a expressão pacífica.

- Eu não estava excitada.

- Tem razão, você ainda está -digo e ela fica em silêncio- Tenho certeza que
se eu tirar a prova você vai estar molhada -sua respiração ofega.

Sim, princesa. Eu sei o que você quer.

- Preciso sair daqui, sou claustrofóbica, sabe? -ela tenta sair, mas eu não a
deixo.

- Não consegue se controlar? Então somos dois.

Coloquei minhas mãos lentamente no seu rosto e eu ouvi o suspiro


prazeroso que saiu dela, eu acho que também dei um. Deslizei meus
polegares pela bochecha e sorri como um idiota vendo as covinhas se
formando, encarei seu olhos quando a fiz meneiar a cabeça para o lado um
pouco.

Me inclinei na sua direção e dei um beijo demorado no mesmo sentindo seu


cheiro, subi um pouco até chegar o maxilar e vi ela fechar os olhos. Meu
coração estava tão acelerado que doía.

- Princesa… -sussurrei vendo-a abrir os olhos em seguida, Rubi olhou para


os meus lábios e depois me encarou engolindo em seco.

A encarei fixamente vendo um misto de sensações a dominando, vi medo,


cansaço, tristeza, amor, excitação e o que me deu outro motivo para
continuar tentando, eu vi esperança.

Não demorei nem 5 segundos para avançar sobre ela e beijá-la, sua boca se
encaixou perfeitamente na minha e eu dei um gemido de satisfação por
sentir seus lábios macios novamente.

Rubi retribuiu pondo as mãos na minha cintura e sem dificuldade eu a


levantei colocando sua bunda bonita em cima da mesa, quando nos
afastamos eu a encarei ofegante.

- Não vamos fazer isso aqui vamos?

- Vamos, depois vamos conversar, ok? Eu só preciso desesperadamente de


você agora -coloquei minhas mãos entre os fios do seu cabelo e ela sorriu
balançando a cabeça.

Em seguida afastei aqueles óleos da mesa e tirei a toalha que a cobria, ela
não usava sutiã, apenas calcinha que rapidamente tirei.

Deixei minha toalha cair da cintura mostrando meu membro que até pulsava
de desejo por ela.

Continuei a beijando e senti suas pernas envolverem meu quadril me


puxando para si, apertei seu corpo com força e ela deu gemido baixo, era
muito bom poder tocá-la novamente.
Me posicionei no seu sexo e seus braços foram para o meu pescoço, parei
de beija-la e ela me encarou com os lábios vermelhos.

Eu sinto falta disso, eu sinto falta de fazer sexo com ela mas não tanto
quanto eu sinto falta de vê-la sorrindo para mim ou me dando um abraço
apertado.

Eu até penso naquele cachorro as vezes e como seria se eu pudesse ser o pai
dele, a quem estou enganando, eu penso nele o tempo todo também. Aquele
cachorro e eu tivemos uma conexão de cara.

Rubi puxou meu cabelo de leve quando sentiu eu a penetrando devagar, não
deixei seu rosto nem uma vez, nem mesmo quando ela fechou os olhos e
jogou a cabeça para trás sutilmente parecendo satisfeita por me ter dentro
dela.

Aumentei o ritmo e suas unhas cravaram nas minhas costas, gemi rouco e a
puxei mais para mim investindo com mais força enquanto ela gemia meu
nome.

- Eu sinto tanto a sua falta -confessei.

As coisas balançavam em cima da mesa por nossa causa e até um vidrinho


caiu, mas nem eu e nem ela nos importamos.

- Eu também sinto sua falta -confessa, quase que eu grito de felicidade.

Eu não sei por quantos minutos ficamos naquela bolha mas eu me sentia
vivo como não me sentia antes, passei meus últimos dias me dedicando a
ela, me esforçando o máximo que pude, recebendo os conselhos mais
variados da gangue e das meninas, eu estava pronto para me expressar da
maneira correta.

Ambos estávamos ofegantes e suados quando terminamos de nos satisfazer,


de saciar a vontade que sentimos um do outro.

Levei minhas mãos para a sua bochecha, a beijei demorado tentando tê-la
nas minhas mãos por mais alguns minutos.
Depois disso eu a abracei com força enquanto ainda estava dentro dela, ela
pareceu surpresa porque só depois de alguns segundos retribuiu o abraço.

- Adam... -ela diz me apertando.

- Eu amo você.

Digo de uma vez, não nervoso como naquele dia, apenas convicto, com
total certeza dos meus sentimentos por ela.

Me afastei para ver sua expressão meio surpresa e um pouco de felicidade,


Rubi abriu a boca um pouco e depois franziu o cenho balançando a cabeça.

- Você...

- Estou completamente, perdidamente, profundamente apaixonado por você


-falei a segurando- Era isso que ia dizer da última vez que estive no seu
apartamento mas eu agi com um babaca ao invés disso, eu sinto muito pelo
o que fiz, eu sinto todo dia, a todo minuto, a todo segundo, você é a
primeira mulher que eu amo de verdade e isso me assustou pra caralho,
ainda assusta, mas eu não posso deixar você escorregar pelos meus dedos
novamente, Rubi. Porque eu amo você, com toda a minha força.

Ela estava em silêncio digerindo o que eu acabei de falar, eu pelo contrário,


parecia que tinha feito uma digestão boa de palavras. Eu realmente
precisava falar isso.

- Você me ensinou a amar...meu coração é totalmente seu, sempre vai ser, e


eu não pretendo continuar machucando o seu -eu vi uma lágrima descendo
do seu rosto e senti meus olhos se encherem de água.

- Me dá outra chance, por favor -digo alisando seu cabelo e colando nossas
testas- Por favor.

Na hora que eu ia continuar falando eu ouvi a maçaneta e logo depois duas


batidas na porta.

Fechei os olhos mandando todas as casas de massagem para o inferno.


Caralho!
- Senhor? -a mulher pergunta e eu saio de dentro da Rubi que parecia
atônita.

Ela bateu na porta de novo, mas dessa vez com mais força. Rubi saiu da
mesa vestindo suas roupas apressadas.

- Senhor, abra a porta -ela diz mexendo na maçaneta- Agora!

Coloquei a toalha de volta na minha cintura e vi ela vestindo a jaqueta de


couro marrom por último, na mesma hora que a porta foi aberta e mulher
que estava me massageando levanta a chave da porta com uma sobrancelha
erguida.

A mesma olhou em volta vendo as coisas da mesa no chão e suspirou


balançando a cabeça até normal diante da situação, acho que isso aconteceu
bastante por aqui.

- Você estão expulsos -ela aponta para Rubi- Você que está vestida, pode ir
embora antes que eu chame meu advogado e a polícia.

- Não precisa diss… -Rubi tentou argumentar mas foi interrompida.

- Para fora, e você loiro, se vista e vá embora.

Concordo vendo Rubi caminhar para a saída, ela ainda me olhou por cima
do ombro antes de suspirar encarando o chão novamente. Não demorou
muito para ela sair da minha vista.

×××

Capítulos novos toda quarta feira.

Estou conciliando meu tempo junto ao wattpad, estamos no meio do


livro já kikiki.

Até o próximo, babys ❤️✨

50° capítulo

Adam

- Eu já disse que você precisa dormir e se alimentar.

Peter diz de braços cruzados me encarando enquanto apoiava o corpo na


bancada da minha cozinha.

- Estou me alimentando e eu durmo 5 horas por dia, isso é suficiente -digo e


ele bufa.

- Você só come cereal, Adam -diz.

- É bom, você quer? -pergunto oferecendo o cereal de chocolate a ele que


faz uma cara de tédio.

- Você vai morrer, porra! E vou convencer Dylan a não fazer um funeral,
você não merece.

- Ai meu Deus! -digo colocando a mão no peito e ele se ajeita me


encarando.

- O que foi? -pergunta preocupado.

- Nada, é que eu quase me importei -digo e ele trava maxilar jogando um


guardanapo na minha cara.

- Idiota -ele diz bravo enquanto eu tirava o pano do meu rosto e ria.

Ele saiu da bancada e se aproximou de mim, puxou a cadeira ao meu lado


para se sentar.

- Você disse a ela? -ele pergunta e eu paro de mexer no cereal.

- Sim, ontem -respondo.

- Conseguiu fazer com que ela falasse com você? -pergunta surpreso.
- Não exatamente -o encarei- Eu a encontrei por acaso em uma casa de
massagem.

- Casa de massagem?

- Sim, é muito bom. Você deveria ir -digo e ele nega me fazendo dar de
ombros, já que fui expulso, preciso encontrar outra.

- E o que ela disse? -ele diz e eu empurrei a tigela do cereal para frente.

- Ela não disse nada -cruzei as mãos em cima da mesa.

- Para de brincadeira, fala logo -ele diz mexendo no relógio de ouro.

- Não é brincadeira, ela literalmente não disse nada -ele me encarou- Fomos
interrompidos, mas estou rezando para termos uma conversa decente, sei
que teremos.

Peter balançou a cabeça concordando.

- Vou convencer os meninos a aumentar a aposta, está na cara que eu vou


ganhar -ele se levantou.

Eu também me levantei e fechei os botões do meu terno azul claro vendo


Peter vestir o paletó já que o mesmo estava só com o colete.

- Ainda estou me perguntando como é possível você a encontrar justo em


uma casa de massagem e na mesma sala ainda -ele diz.

- Pois é, talvez o destino esteja contribuindo ao nosso favor -digo e ele sorri
de lado- Tenho até que agradecer a Emily, acho que por causa dela Rubi
estava lá.

Peter olhou para mim.

- Não suporto aquela loira -ele diz e nós andamos para sala.

- Também não suportava minha princesa e agora eu não paro de pensar nela
-digo e ele me olha feio.
- Sua princesa não é louca, Emily não tem filtro e é muito, muito irritante.

Ri baixo e apoiei o braço no seu ombro.

- Cara, já pensou em casório duplo? -pergunto e ele para de andar.

- Quando você ficar estéril, Adam -ele tirou meu braço do seu ombro e eu ri
alto.

- Desde quando você pensa em casamento? -pergunta meio surpreso.

- Desde que eu não me imagino mais sem ela.

Peter olhou para mim e levou o dedo até a boca fingindo vomitar, bati no
seu braço com força o fazendo rir depois.

- Vamos logo -ele diz e anda para a porta.

- Me dá 5 minutos -digo e caminho para a escada.

Subi as escadas e entrei no meu quarto, fui até o banheiro e escovei meus
dentes bagunçando meu cabelo depois, apertei minha gravata preta e desci
vendo o Peter Pan impaciente.

- Vamos, amor -digo e ele me empurra para fora.

Nunca vou me cansar de irritá-lo.

Descemos para a garagem e eu entrei na Mercedes preta e ele no seu carro,


Peter só veio para me encher o saco às 8:00 da manhã, bom...talvez ele
tenha vindo saber como eu estou mas o motivo maior era para encher meu
saco.

Ele não seria um bom amigo se não enchesse.

Saímos do meu prédio e dirigimos pelas ruas, ele parou o carro ao meu lado
no sinal vermelho e abaixou o vidro me fazendo abaixar o meu também.

- Almoço? -pergunta mexendo em alguma coisa no carro.


- Escolha o restaurante -falo vendo o sinal ficar verde.

- Te mando o endereço -Peter piscou para mim antes de colocar os óculos


de sol e pisou fundo saindo em disparada.

Todos que passavam por ali escutaram o barulho do motor do carro dele e
ouvi o filha da mãe buzinar para mim.

Sorri de lado e dei partida dirigindo para a empresa como uma pessoa
normal e não um piloto de fórmula 1.

Cheguei na mesma estacionando meu carro e entrei, passei pelo saguão


atraindo olhares como todos os dias e ouvi cochichos de alguns, andei até o
elevador sem me importar.

Cheguei no meu andar e eu até ia passar direto para a minha sala, mas algo
me chamou atenção.

Fui até o balcão e vi Gustavo sentado na cadeira atendendo uma ligação no


telefone da empresa.

Ele olhou para mim e eu acenei, olhei para o lado e não vi Josh o que é
super estranho já que sempre que chego ele já está aqui e Rubi na sua sala
trabalhando.

- Cadê Josh? -pergunto e Gustavo afasta o telefone do ouvido.

- Ainda não chegou, senhor -sussurrou- Mas a Srta. Mendoza já está aí.

Franzi o cenho e olhei para a porta enquanto Gustavo voltava a falar no


telefone.

Meu senso estava dizendo para eu ir pra minha sala e depois conversar com
ela, mas eu nunca tive muito essa merda mesmo..

Movi meus pés até sua porta e bati duas vezes entrando em seguida.

Ela estava de costas para mim encarando a vidraça que tinha uma bela visão
de Nova York, seus braços estavam cruzados e ela virou o rosto para me
encarar.

Fechei a porta e andei até ela lentamente vendo a mesma de olhos cerrados.
- Oi -digo e me repreendo por só conseguir dizer isso.

Ela se virou para mim e encarei a calça jeans preta que marcava suas coxas
e a camiseta branca que estava coberta por uma jaqueta azul escura, ela não
usava salto apenas um tênis preto. O que é estranho, Rubi realmente gosta
de saltos.

- Oi -ela diz e me encara estranho.

- Sobre ontem...

Rubi mordeu o lábio inferior e jogou a cabeça para o lado me encarando


dos pés a cabeça, parece até que é a primeira vez que ela está me vendo.

- Eu só quero dizer que irei esperar o tempo que for necessário, Rubi. Eu te
disse que não iria desistir e não vou -me aproximei mais tocando no seu
cabelo, ela levantou uma sobrancelha.

- Eu amo você -digo e ela arregala os olhos um pouco.

Por que ela me parece tão estranha? Provavelmente se arrependeu de ontem


e não consegue me dizer isso.

- Você é bem gato -ela diz e pega na minha gravata.

Franzi o cenho.

- O que?

- Deve ser muito bom -ela diz quase sussurrando enquanto encarava minha
boca- Porém...

A peguei pelo cabelo e ela deu um sorriso lascivo.

- Quem é você? -pergunto e ela ri mais.

Não era ela, não era a minha princesa.

Primeiro: ela olha para mim como se não me conhecesse.

Segundo: Agora mais de perto, o cheiro o qual estou familiarizado, não


existe nessa mulher.

- Você é esperto -ela diz passando a língua nos lábios- Todos se enganaram
mas você...

Ela passou o dedo indicador pelo meu rosto e me desviei do seu toque.

- Quem diabos é você? -pergunto.

Nessa hora a porta foi aberta e nós dois olhamos, agora sim era minha
princesa. Rubi arregalou os olhos e eu soltei a mulher à minha frente.

Puta que caralho, como eu nunca soube de uma coisa dessas? Rubi tem uma
irmã gêmea? Como isso...que merda é essa?!

- O que...

- Rubi! -a mulher levanta os braços comemorando.

- Como você...o que você -Rubi parecia perdida.

Ela estava confusa mas não mais que eu, nunca nessa porra de mundo eu ia
adivinhar que Rubi tinha uma gêmea idêntica.

Rubi olhou para mim e respirou fundo parecendo menos surpresa agora.

- Por favor me diz que você não a beijou -ela diz olhando para mim.

- Não, ele não fez isso -a gêmea diz- Acredita que ele sabia que não era
você -ela riu e eu a olhei feio.

- Quem é você? -pergunto irritado.

Ela andou até onde Rubi estava parando ao seu lado e por um momento
achei estar bêbado por ver duas dela mas infelizmente eu não estava.

- Sou Safira Mendoza, a irmã gêmea da mulher que você acabou de dizer
que ama.
Rubi engoliu em seco e eu não conseguia falar nada, elas se encararam e
parecia que eu tinha ingerido uma grande quantidade de álcool. Talvez eu
esteja sonhando.

- O que você quer aqui, Safira?

Rubi perguntou andando até sua mesa e passando por mim me dando um
pequeno sorriso. Ela usava um vestido branco que tinha listras azuis no
tronco e por cima um terninho da mesma cor das listras.

- Visitar minha irmã preferida! -ela diz animada- E ver meu pai.

- Sou sua única irmã -Rubi diz se sentando.

- Por isso é minha preferida -ela andou até a mesa da irmã e me encarou.

- Ainda não sei seu nome, coisa fofa -Safira diz.

- Adam -falo e ando até Rubi- Quero conversar com você sobre ontem, por
favor não me evite -digo e dou um beijo na sua testa a fazendo fechar os
olhos.

- O Papi estava certo, você o ama mesmo -Safira ri e se senta na cadeira


encarando a irmã.

- Cala a boquinha, você fica melhor com ela fechada -Rubi diz e ela faz
cara feia.

Fui para a porta vendo as duas discutirem e as olhei antes de sair da sala.

Porra! A ideia do hospício não parece mais tão maluca agora.

×××

Chocados?
Calma que Safira veio para ajudar de certa forma, já estou ansiosa
para vocês conheceram mais sobre a família Mendoza ❤️✨

Até babys ❤️

51° capítulo

Rubi

Há 24 anos atrás nasceram as filhas de Carlos Mendoza e Sarah Costa. O


primeiro pensamento do meu pai deve ter sido: "Puta merda! Duas?! Vou
ter que comprar tênis brilhantes a mais".

Não, mentira. O primeiro pensamento deve ter sido o quanto sua vida
mudaria a partir dali, ele tinha encaminhado gêmeas! Duas meninas que
iriam ser presentes na sua vida até a sua morte, Safira e eu somos as pedras
preciosas de Carlos, literalmente…

Minha irmã e eu fomos muito bem criadas e nunca nos faltou nada, apenas
para Safira que lhe falta um parafuso.

- Para de mexer aí -grito com ela que está mexendo nas gavetas da minha
mesa.

- Porra! Você não me vê a meses e vem gritar comigo? Calma aí, cópia -ela
começa a andar pela minha sala.

Safira Mendoza, minha irmã gêmea maluca que mora com a minha mãe no
Brasil, nós duas temos um relacionamento de irmãs normais, brigamos a
maioria das vezes mas eu a amo apesar de não ter muito contato direto. A
verdade é que eu escondo Safira do mundo...ela não pode ser descoberta,
caso contrário, a NASA vai roubá-la.

- O que você está fazendo aqui? -perguntei pela milésima vez.

- Estou com fome, já está na hora do seu almoço? -pergunta e eu suspiro.

- Como a mãe está? -pergunto e ela se senta na cadeira à minha frente.

- Ela está bem, continua falando que você a abandonou e blá blá blá -ela diz
olhando para as unhas pintadas de vermelho.
Anos atrás Safira e eu meio que fizemos um "acordo", ela me prometeu
cuidar da nossa mãe quando eu viesse morar com o meu pai e cuidar dele
também. Nos falamos por mensagens de texto às vezes, mas nos últimos
dias ela não estava me respondendo.

- Cadê meu coroa? -ela pergunta.

- Ele não sabe que você está aqui? -pergunto.

- Claro que sabe, sou o armamento pesado, maninha -ela aponta para si
mesma.

Safira e eu sabemos muito bem falar inglês, francês, espanhol e um pouco


de latim. Carlos meio que nos obrigou a aprender latim mas o resto nós
aprendemos por vontade própria.

- Fiquei triste quando você não respondeu minha mensagem -franzi o


cenho- Eu estava mesmo com saudades.

- Você me enviou aquela mensagem sinistra? -pergunto.

A mensagem que recebi em Paris era dela? Por que isso não passou pela
minha cabeça? Tinha até o tom de drama dos Mendoza.

- Eu havia trocado de número -ela diz e eu suspiro.

- O que você anda fazendo? -pergunto encarando uns papéis.

- Mandando umas pessoas para cadeia e às vezes fofocando com Carlos,


nada demais -ela diz e eu sorrio de lado.

Ela é uma boa advogada, eu só a vi perder uma causa uma vez e foi no
começo da sua carreira mas depois disso eu não soube de mais nenhuma.

- E você? -pergunta.

- Apenas administrando a empresa com os Venturelli -digo e ela concorda.

- Aquele loiro é um desses Venturelli? -pergunta e eu aceno.


- Ele é bem bonito -ela diz rindo e eu a olho feio.

- E você está apaixonada por ele -ela complementa- Mas! Vamos falar
daquele terno, puta merda! Eu precisei tocar na gravata dele, Rubi do céu.

Sorri de lado.

- Eles gostam de ternos, tipo muito.

- Eu estou precisando de um, vou pedir o nome do ateliê -falou.

- Por mim tudo bem -digo lendo os papéis.

- Espera, mais uma coisa -a encaro- Ele também está apaixonado por você.

- Ele disse isso?

- É, basicamente, mas você tinha que ver como ele olhava para mim
pensando que era você, e quando ele descobriu que estava falando com a
Mendoza errada seu olhar mudou completamente -ela passou a mão no
cabelo.

- Safira, o que você quer aqui? -pergunto e ela suspira.

- Eu tenho que resolver umas coisinhas no tribunal americano, problema de


legalização no Brasil...cidadão brasileiro...blá blá blá, vou te poupar os
detalhes -ela diz- E por coincidência, Carlos me disse que você estava meio
tristonha, certeza que era pelo cara da gravata bonita.

Nessa hora escutamos um celular tocar e era o dela, ela sorriu pra tela e
atendeu em seguida.

- Papi! -diz animada.

Voltei a ler os papéis, com a mente viajando para a Tinker Bell atentada.

- Estou aqui com ela, continua uma graça -diz rindo, mostro meu dedo do
meio.
- Claro, mande o endereço para mim e daqui a alguns minutos estaremos lá
-a encaro.

- Ok, papi.

Ela desligou e colocou o celular no bolso de trás.

- Vamos lá, Carlos quer falar conosco -ela diz pra mim.

- Ainda não posso sair -digo e ela cruza os braços.

- Já está na hora do almoço e você é a dona, você pode sair a hora que
quiser. Vamos logo.

Ela andou até a porta e abriu ficando bem no meio dela me chamando,
juntei os papéis os guardando em uma pasta específica.

- Oi, Josh -ela diz e eu começo a andar até ela pegando meu celular e a
chave do meu carro.

- O que... -ele diz mas não termina.

Apareci na porta e vi Gustavo e minha purpurina nos encarando com a boca


aberta.

- Safira? -ele pergunta e ela assente.

Josh conheceu Safira através de mim quando contei a ele que tinha uma
gêmea, acho que de todos ele e Lua são os únicos que sabiam. Safira já veio
em Nova York antes, mas na época eu não conhecia as meninas ou os
Venturelli.

- A própria -ela diz e pega na minha mão me puxando para o elevador.

- Josh, cancele meus planos de hoje e transfira para amanhã depois do


almoço -digo, mas não sei se ele realmente escutou porque ele parecia
chocado.
Entramos no elevador e o mesmo começou a descer, parou em um andar e a
porta foi aberta me deixando ver Nathaniel bebendo uma garrafa de água.

- Oi -Ela e eu falamos ao mesmo tempo.

Ele parou de beber água e nos encarou com o cenho franzido, ele olhou para
a garrafa de água e piscou várias vezes.

A porta foi se fechando e ele ficou no mesmo lugar, provavelmente


tentando entender o que viu.

Descemos até o saguão e eu respirei fundo.

Saímos do elevador e caminhamos até a saída, eu estava me sentindo nua


com tantos olhares sobre nós duas, tinha gente até de boca aberta e parados
com a xícara no ar.

- Pelo visto você não fala muito de mim por aqui -Safira diz rindo e eu
empurrei seu ombro de leve.

Fomos para o meu carro e entramos, vi um pequeno aglomerado na entrada


da empresa e percebi que ainda olhavam para a gente.

Dei partida no carro e dirigi rapidamente com Safira me guiando pelo GPS.

(...)

- Você tem certeza que é aqui? -minha irmã pergunta.

- Você que está me guiando, você que tem que saber! -falei desesperada
pensando em estar em um bairro perigoso.

- Você que mora em Nova York não eu!

- Eu não conheço esse lugar aí e é você que está com a porra do GPS! -grito
irritada e ela bufa.

- Você era mais legal quando tinha 15 anos -resmunga.


- Você era mais legal quando tinha 15 anos -a imitei com uma voz irritante e
ela me encarou irritada- Eu devia ter comido você, chatice.

- Você não ia me comer! Eu deveria ter comido você, porra! Olha -ela me
deu um tapa e eu revirei os olhos- Vou contar para Carlos.

- Conta, você acha que eu tenho medo dele?

- Olha ele ali!!

Agarrei seu braço quando ela apontou e sussurrei um "Se você contar eu
juro que vou falar que foi você que cortou as blusas dele para fazer
camisetas!"

- Você não faria isso! -falou chocada.

- Experimenta!

Então, Safira e eu juntas...hum...é complicado, eu amo a minha irmã mas


ela me estressa tanto que ás vezes eu fico aliviada quando ela vai embora.

Tirei o cinto de segurança e saio do carro escutando ela dizer que eu era
uma chantagista, caminhamos para o restaurante onde meu pai estava e
entramos no estabelecimento.

Andamos pelo lugar e vi Carlos sentando em uma mesa no canto perto da


janela com o rosto parecendo impaciente, apontei para onde ele estava e
Safira sorriu assim que o viu.

Ambas andamos até ele que nos viu de longe e se levantou, Carlos abriu os
braços para Safira que correu até ele.

- Papi -ela diz o apertando forte e ele retribui.

Parei ao lado deles e sorri de lado.

- Mí vida -ele diz alisando o cabelo dela.


- Te extrañé mucho, papá -Safira diz.

( Senti tanto a sua falta, pai )

- Yo también te extrañé hija.

( Também senti sua falta filha)

Uma lágrima teimosa desceu pelo meu rosto enquanto eu via aquela cena,
meu pai olhou para mim e abriu o braço me chamando, fui até ele que
abraçou nós duas. Olhei para Safira vendo seu rosto contente e meu peito se
aqueceu um pouco.

- Mis hijas -ele diz nos abraçando e dando um beijo na cabeça de cada uma.

( Minhas filhas )

Ficamos assim por alguns segundos até que decidimos nos sentar e
conversar um pouco.

Carlos fez várias perguntas para Safira que respondeu todas animadamente,
o garçom veio até nós e pedimos algo para comer, a conversa continuou e
eu sabia que uma hora ou outra a conversa iria parar na minha mãe.

Mas Carlos conseguiu mudar a conversa e aos poucos nós fomos parando
de falar sobre esse assunto que ainda é desconfortável para mim.

- Tenho uma notícia para dar a vocês -Safira diz com as mãos na mesa.

- Você está grávida? -pergunto e ela me olha feio.

- Não, eu não estou grávida -ela diz e vejo meu pai respirar aliviado.

Ele diz que ainda somos muito jovens para ter filhos agora.

- O que é então? -Carlos pergunta.

- Eu estou noiva, vadia -ela diz parecendo animada com a ideia.

- Mas...como isso...o que?

- Safira Alice Costa Mendoza -meu pai diz meio irritado.


- O que você fez? -pergunto e ela levanta uma sobrancelha- Você o traiu.

- Você fez o que?! -Carlos levanta as suas sobrancelhas.

- Eu não traí ninguém!

- Ela traiu o noivo dela -apontei para Safira que bateu na minha mão-
Entendeu, pai?

- Eu vou bater em você -minha irmã me ameaça e eu cruzo os braços


sorrindo.

- Só estou brincando, o que aconteceu? -pergunto vendo seu rosto meio


triste.

- Nós estamos dando um tempo -ela diz e eu reviro os olhos.

- Até parece -falo.

- Pai, eu vou matar essa cópia falsificada -Safira diz apontando para mim
que sorri abertamente.

- Eu nasci primeiro, a única cópia aqui é você -digo e ela bufa.

- Já chega, explique-se agora mesmo -Carlos diz apontando para ela.

- Eu estou noiva de um cara que sou apaixonada, ele me pediu em


casamento há 2 meses atrás e eu aceitei -ela diz e eu bebo outro gole de
água.

- Mas... -digo e ela me encara.

- Nós brigamos feio por conta de uma piranha no trabalho dele que fica o
tempo todo em cima como se ela fosse um cachorro e ele um osso.

- Ele dá bola para ela? -pergunto e ela fica em silêncio.

- Não sei -responde abaixando a cabeça- Ele já disse pra mim que poderia
despedi-la se eu quisesse mas achei injusto, porém, estou considerando
mudar de ideia.

- Ta, deixa eu ver se entendi -falo e os dois me encararam.

- Você está noiva há dois meses, você está apaixonada por ele e quer se
casar. Mas vocês estão brigados por conta de uma mulher que seu noivo
aparentemente não está nem aí, você está fugindo dele?

- Claro que não! Como você ousa…-ela foi parando de falar- Eu acho que
fugir...é uma palavra muito forte.

- Você acha que ele está traindo você? -Carlos pergunta a ela.

- Não sei, mas ela não vai me dizer ou vai?

Neguei com a cabeça.

- Então, eu só precisava pensar, ok? Essa viagem a Nova York veio na hora
certa, não posso me casar tendo dúvidas.

Nossos pratos chegaram e começamos a comer enquanto ela falava do


casamento e sua decisão de vir até aqui para pensar no que ia fazer.

Ficamos tanto tempo naquele restaurante conversando que a noite chegou,


Safira já tinha chorado horrores por conta do noivo que até agora eu não sei
quem é e o que ele faz no Brasil.

- Eu o amo muito, pai -ela diz chorando- E eu tenho medo dele fazer algo
para me machucar mesmo que a intenção dele não seja essa.

Me ajeitei na cadeira e a encarei, quase me familiarizando com o assunto.

- Eu não vou aguentar se ele quebrar meu coração -meu pai me encara, sem
sutileza nenhuma- Mas eu sei que ele me faz bem e quando eu estou com
ele tudo parece ficar bem, eu sinto que posso ser eu mesma.

Eu nunca me identifiquei tanto com a minha irmã do que agora,


misericórdia.
- Essa relação é tão importante e quem a tem hoje em dia não deveria
desperdiçar a chance de ser feliz, eu sei que é ele quem eu quero e eu sei
que tenho que deixar meu medo de lado se eu quiser ser feliz -ela diz e meu
peito se aperta quando eu penso no loiro, mas que merda!

- Ele me faz feliz e no fundo eu sei que confio nele, Papi. Então, eu preciso
lutar pelo nosso amor, certo? -ela pergunta limpando uma lágrima- Não
posso deixar uma coisa boa escorregar entre meus dedos.

Eu não consigo mais.

Droga!

Maldita cópia falsificada!

Ela está certa, eu sinto no fundo do meu coração que eu preciso fazer algo a
respeito da minha vida, Só estou cansada demais para continuar evitando o
inevitável, aquela Tinker Bell maldita tem tudo de mim, e eu consigo ouvir
uma voz na minha cabeça dizendo que ele sempre vai ter.

A vida é cheia de riscos, não é?

Ok, eu estou indo cometer os meus, me entregando ao cara que é o amor da


minha vida, a cada ação que ele fez para tentar voltar a falar comigo,
persistindo em mim e...não desistindo, eu não fazia ideia antes, mas eu
nunca tinha amado ninguém de verdade.

Até Adam aparecer.

Tenho que ir atrás dele.

- Eu preciso ir -digo me levantando.

- O que? Para onde? -Safira pergunta e Carlos me encara.

- Estou indo me arriscar -digo, a animação correndo pelas minhas veias..

- Espera, mas ainda nem conversamos sobre o que está rolando no seu
coraçãozinho -Safira toca no meu braço e Carlos chama a atenção dela.

- Deixe-a ir, você já fez o suficiente -Carlos fala pra ela que franze o cenho.
- Vocês são meio estranhos -ela fala fazendo meu pai e eu levantarmos uma
sobrancelha.

- Você tem meu sangue, Safira. Você acha que é como? -ele pergunta.

- Incrível?

- Tadinha, pai, não deixe ela exagerar nos doces senão daqui a pouco ela vai
subir nas mesas -falo para ela que me olhou com tédio, sorri de lado.

Dei um beijo na cabeça de Safira e de Carlos antes de correr para fora do


restaurante, quase derrubo um garçom no caminho mas consegui sair.

É agora ou nunca.

×××

Aí meu Deussss, é agora ou nunca meu povooo! Vamos orar para a


santa protetora dos casais.

Até o próximo, babys ❤️

52° capítulo

Rubi

Eu o amo.

Sim, isso é fato. Eu o amo tanto que chega a ser estranho eu sentir um
sentimento tão forte e grande por uma pessoa. Mas é sensacional.

E é por isso que eu não consigo mais ficar longe dele, eu não consigo.

Preciso dizer a Adam que também estou apaixonada por ele, dizer que meu
sentimento é recíproco.

Se eu o perdoo? Sim, eu o perdoo por que o amor é um sentimento mais


forte do que a raiva, eu não posso ficar com raiva dele para o resto da minha
vida, minha boca fica seca apenas por pensar nessa possibilidade. Oh, não,
preciso continuar o zoando sobre ser uma fada.

Talvez ele não tenha sofrido o bastante ou tenha sofrido o suficiente mas
isso realmente não me importa agora, eu só preciso dele de novo.

Por isso estou aqui, de frente para a porta do seu apartamento com a mão
inclinada para apertar a campainha.

Assim que sai do restaurante com meu pai e minha gêmea maluca eu vim
para cá disposta a abraça-lo e beijar todo seu rosto perfeito, talvez até
mexer no seu cabelo até eu me cansar.

Juntei forças e toquei na campainha, cruzei os braços olhando para os meus


saltos azuis escuros e me perguntei como iria dizer algo a ele.

A porta foi aberta e eu levantei a cabeça para encarar a mulher a minha


frente.

- Não precisa tocar a campainha senhor...ei, você não é o Sr. Venturelli.


Rita diz apontando para mim e depois ri baixo, ela estava arrumada e
parecia pronta para ir embora.

- Não, eu não sou -digo dando um sorriso pequeno depois.

- Você veio conversar com ele? -pergunta e eu entre abro os lábios- Graças
a Deus, garota! O homem está completamente desorientado, ontem ele
colocou sal no café e açúcar no vinho! Açúcar no vinho! -ela deixou de
desabafar e eu sorri de lado- Ele ainda não chegou mas já está vindo para
cá, pode entrar e esperar por ele.

Olhei para dentro e a encarei depois, talvez isso seja um sinal de que eu não
deveria ter vindo e deveria estar em casa comendo pizza e assistindo
televisão.

Não! Não! Vamos lá.

- Hum... -Rita levantou uma sobrancelha.

- Eu sei porque você está aqui -ela diz pegando minha atenção- Adam tem
tido vários pesadelos e em todos ele pede para você voltar com ele -ela
sorriu meiga- Não encare nada como um empecilho, você escolheu vir até
aqui e lhe dizer algo -ela pegou na minha mão me puxando para dentro-
Então diga.

Rita alisou meu braço por cima do terninho azul que combinava com as
listras que tinham no vestido branco.

- Ele já está chegando da empresa, vou deixar você fazer uma surpresa -ela
diz e pisca para mim.

Assenti cruzando os dedos na frente do meu corpo.

A porta foi aberta e logo a vi sair por ela, olhei para frente vendo o quanto o
apartamento era grande, devia ser bom morar aqui.

Dei alguns passos analisando tudo, vi fotos dele e de Dylan perto da lareira
e uma foto da gangue na mesinha de centro, pelo terno de Dylan eles
estavam no casamento do próprio, sorri de lado.
Olhei para a escada e tentei não subir os degraus para explorar um
pouquinho mas falhei miseravelmente quando o barulhos dos meus saltos
surgiram enquanto eu subia as escadas.

Parei no corredor e vi as inúmeras portas, eu imaginei que metade delas


seriam quartos mas olhei admirada quando abri a terceira porta da esquerda
e vi uma pequena academia, tinha vários equipamentos, e bem no centro um
lugar vago com um saco vermelho de boxe pendurado.

Tirei meus saltos e andei até o mesmo parando na frente. Dei um soquinho
de leve e o negócio nem se moveu.

Bati com mais força, ele continuou estático.

Me senti desafiada e amarrei meu cabelo em um coque decidida a fazer ele


se mexer nem que seja um pouquinho.

Levantei as mãos em um punho e fiz a posição de lutadores de box, quem


me olhasse agora diria que eu estava pronta para lutar com um campeão de
peso pesado.

Dei um soco forte e essa porra nem se moveu, agora meu corpo foi para trás
enquanto eu balançava a mão no ar sentindo doer mas logo depois passar.

Olhei para o lado e vi uma pequena estante com luvas de box pretas e sorri
abertamente.

- Me aguarde -digo olhando para o saco e balançando a mão dizendo para


ele esperar, como se ele fosse para algum lugar.

Eu vou dar a desculpa para esse... acontecimento estranho com o saco de


boxe para o meu nervosismo, sim, é a explicação lógica a partir de agora.

Fui até a estante e coloquei as luvas com um pouco de dificuldade mas por
fim consegui e ainda bati uma na outra igual os lutadores profissionais
fazem.

Voltei para o saco de box e parei na sua frente, fiz a posição e comecei a
bater com força, até que eu vi ele se mexer um pouquinho mas continuei
batendo.

Só fui perceber que estava usando uma força descomunal quando saco foi
para frente e depois voltou para mim quase me derrubando no chão.

Acabei rindo e voltei a bater nele.

- Rubi?

- Ai merda -digo quando acabo caindo no chão com o susto dos infernos
que levei.

Caí sentada e minhas mãos com as luvas ficaram ao lado do meu corpo
quando olhei para cima vendo Adam preocupado, mas segurando o riso.

- Você está bem? -pergunta apoiado na porta.

Ele usava apenas a blusa social que estava aberta dois botões e a calça que
tinha suas mãos no bolso da frente, o cabelo estava bagunçado e os pés
descalços.

- Sim, eu só me assustei -digo me levantando e tirando as luvas, andei até a


estante para deixar as duas lá e senti seu olhar nas minhas costas.

- Não sabia que lutava. É a prova que você trabalha para alguma agência
secreta ou algo assim? -ele pergunta e eu me viro para encará-lo ainda na
frente da estante enquanto ele estava na porta apoiado.

- E não luto, eu só fiquei...

- Curiosa? -pergunta levantando o queixo em seguida.

- Sim -digo colocando meus braços para trás.

Adam semi cerrou os olhos e encarou o saco de box, ficamos alguns


segundos em um silêncio estranho.

Eu precisava dizer a ele mas agora parece que travei, eu estava tão nervosa
que sentia minhas mãos suando. Será que foi isso que ele sentiu antes de
dizer o que sentia por mim?

- Eu...

- Acho que você deveria descontar em mim, Rubi -ele me corta.

- O que?

- Você parecia furiosa quando batia naquilo -ele aponta para o saco- Você
estava descontando nele, certo?

- Claro que não, o saco de box e eu somos amigos -digo o fazendo sorrir de
lado.

Adam andou até mim e eu prendi a respiração com a sua aproximação


repentina, mas logo depois voltei ao normal quando ele pegou na minha
mão e a apertou de leve.

- Desconte sua raiva em mim, afinal eu sou o motivo dela -falou.

- Eu não vou bater em você -digo puxando minha mão, espera, hum...

- Sério? Eu chamei você de vadia, você deveria pelo menos me dar um tapa
na cara.

- Eu sei o que você está tentando faze...

- Ainda de duas semanas, caralho, eu chamei mesmo você de vadia de duas


semanas. Bem descartável você não acha?

Ok, primeiro: Adam é um filho da puta mas um filha da puta esperto porque
no maldito segundo depois minha mão estalou no seu rosto com tanta força
que sua cabeça virou pro lado.

Fiz um "o" com a boca perplexa e até que me senti bem. Minha nossa! Eu
quero bater de novo.

- Só isso? -pergunta e eu levanto uma sobrancelha.


O encarei antes de fechar a mão em um punho e bater sua barriga com toda
força que tenho, talvez não tenho sido forte o suficiente mas doeu pela
careta que ele fez, isso é realmente bom.

- Só para deixar claro, você não é nada daquilo que eu falei, ok? Nada!
Você se tornou a pessoa mais importante da minha vida -ele fala enquanto
eu estou batendo nele.

Quando eu estava pronta para dar uma joelhada nas sua bolas ele se afastou
rapidamente cobrindo as duas.

- Opa! Aí não, Rubi. Como vamos procriar desse jeito?

Franzi o cenho ofegante e dei um pequeno passo para trás.

- O que você disse? -pergunto ainda ofegante e ele sorri de lado.

- Fazer filhos, você sabe, quando uma mulher e um homem...

- Cala a boca -falei rindo empurrando seu ombro, ele sorriu.

- Não brinca comigo, Venturelli -digo e ele suspira.

- Não estou brincando -ele dá um passo para frente- Eu penso nisso mais do
que eu gostaria de admitir, eu falei sério quando disse que queria você no
meu futuro.

Seus olhos azuis pareciam tão decididos, eu realmente gostei daquilo.

- Seja minha namorada, esposa, mãe dos meus filhos...eu só quero você
nele. Porque você é ele, eu quero tudo o que você poder me dar, eu quero o
Mops também.

- O MOPS NÃO!

- O Mops já é meu, se toca, Rubi -ele fala colocando as mãos no meu rosto,
ambos com um sorriso estampado.

- Você...
- Eu entendo, de verdade agora, eu não podia entender antes e só achava
que tentar me desculpar com você era o principal, sim era, mas me colocar
no seu lugar era o que eu deveria ter feito desde o início, eu surtei por causa
dos meus sentimentos ao invés de apenas falar, mas...eu estou aprendendo a
me expressar quando se trata de você, porque Rubi Mendoza, eu sou
completamente apaixonado por você e sua personalidade forte, e nunca,
nunca mesmo quero perder você por algo besta.

O olhei de uma forma diferente e recebi o mesmo olhar de volta, esse


homem me enlouquece completamente.

Toquei nos seus braços e os alisei enquanto seu olhar não desviava do meu
rosto.

- Bom, tenho que te falar uma coisa -digo séria.

- Diga.

- As pedras quentes são retiradas dos vulcões.

- Não acredito! -ele fala animado e eu ri antes dele plantar beijos na minha
testa.

Suas mãos apertaram meu corpo contra o dele e senti como se estivesse
soltando fogos.

O beijo de início era necessitado mas depois foi ficando mais lento, sua
língua tocava na minha gentilmente e gemi baixinho quando ele apertou
minha bunda por cima do vestido.

Ele sorriu no meio do beijo e eu o puxei um pouco mais para mim mas
Adam se afastou acabando com o beijo, me deu vontade de dar outro tapa
no rosto dele nesse hora.

- Por que você está aqui, Rubi? -ele pergunta passando a mão no meu
cabelo e tirando um pouco do meu rosto.

Eu sei que ele precisava ouvir o por que de eu estar aqui.


- Porque eu estou apaixonada por você.

Seus olhos brilharam e sorri alegre vendo o quanto ele parecia contente por
ouvir isso.

- Eu amo você e por isso eu não consigo mais ficar longe e nem te evitar,
uma vez você me disse que o desejo tinha falado mais alto por nós dois -ele
acena- Dessa vez o amor fala mais alto por nós dois.

Eu sentia uma lágrima descer pelo meu rosto e os olhos azuis de Adam
cheios de água, ele parecia dividido em chorar ou me apertar contra seu
corpo.

- Esses últimos dias foram os piores de toda minha vida porque eu


simplesmente não tinha você neles, você me faz bem, Adam -digo passando
a mão pelo seu rosto- Por isso, eu voltei para você.

Ele respirou fundo como se tivessem tirado um enorme peso das suas costas
e fechou os olhos por alguns segundos.

- Você não sabe o quanto eu estou feliz por ouvir isso -ele diz me
apertando- Nunca pensei que poderia sentir isso por alguém mas você está
aqui nos meus braços para provar ao contrário, eu amo você.

Ele diz e pega na minha bochecha me puxando para um beijo sedento,


apertei seu tronco e ri alto quando ele deu vários beijos pelo meu rosto
depois.

- Adam! Para com isso! -falo.

- Nunca -ele diz se abaixando e pegando minhas pernas me levantando.

Saímos da pequena academia e começamos a andar para o seu quarto. Meu


peito transbordava felicidade naquele momento.

- Espero que goste de trabalhar um pouco em pé -ele abriu a porta- Por que
você não vai conseguir sentar amanhã.

Adam deu um tapa forte da minha bunda e eu acabei gemendo.


- Ou pelos próximos dois dias -diz.

Sorri abertamente e ele fechou a porta do quarto.

Voltei para o homem que eu amo.

×××

Mas iti, eu tinha desfigurado a cara dele todinha porque sou rancorosa,
mas depois ia encher de beijinhos pq sou trouxa, tem que manter o
equilíbrio! KKKKKKKK.

Votinho e comentários!!!

Até, babys ❤️

53° capítulo

Rubi

Meu dedo indicador traçou todo o seu rosto, um sorriso pequeno habitava
em meus lábios quando passei por cima da sua barba rala.

Passei o polegar por cima dos seus lábios e ainda dei um aperto fraco no
final, Adam sorriu e me apertou de leve.

Estávamos deitados no sofá do seu apartamento um de frente para o outro,


seu corpo quase colado no meu me deixando sentir o calor que ele
emanava.

Tínhamos descido depois de ficar muito tempo dentro do quarto, daqui a


algumas horas o sol já iria aparecer mas a nossa preocupação era apenas
ficar assim, olhando um para o outro.

- Você é perfeita -ele diz mexendo no meu cabelo- Não acredito que quase
tive que perder você para assumir que eu estava apaixonado.

Ele suspirou.

- Eu estou aqui agora -digo, vendo seus olhos mudando para culpa.

- Me desculpe por aquilo -ele diz me encarando mas logo depois desvia.

Peguei no seu rosto e fiz ele me encarar.

- Está tudo bem -digo e o puxo para um selinho demorado, ele relaxa
passando os dedos pela minha cintura.

- O que você fez nos últimos dias? -perguntou.

- Eu comi, chorei, bati no meu travesseiro imaginando seu rosto, no


estacionamento eu meio que chutei o seu carro e falei para Gustavo que
você era um cuzão -digo vendo a expressão de Adam ficar chocada.

- Você chutou o meu carro?! -ele quase grita.


- Claro que não! -ele suspirou aliviado- Eu bati na roda.

Ele me olhou irritado e eu ri baixo pondo a mão na boca com uma


expressão de menina levada.

Adam agarrou meu nariz apertando e eu dei um tapa no seu peito que fez
um barulho alto, ele fez uma careta rindo e eu passei a mão no meu nariz
rezando para não começar a espirrar.

- Eu devia sequestrar seu cachorro só por essa -ele fala e depois abre a boca
parecendo ter uma grande ideia- Eu vou levar a Lua também!

- Você não vai levar nada, se o fizer, eu sumo com os seus ternos -digo e ele
coloca a mão na boca, eu acho até que ele estava lagrimando.

- Princesa, eu ia deixar você.

Ri alto, escandalosamente para ele perceber o quão essa frase saiu sem
vontade na voz dele.

- Eu acho que você já provou o que queria, pare de rir -ele resmunga, e três
segundos depois volta falar- Rubi, você está ficando azul, para de rir!

- Desculpa, eu esqueci o quanto você é idiota -passei a mão no meu cabelo-


Sua maior qualidade.

Adam faz um bico debochado e eu sorrio quando ele beija minha testa
descendo pelo meu rosto, coloquei minha mão na sua bochecha me sentindo
feliz como nunca me senti antes.

- O que você fez nos últimos dias? -perguntei.

- Enriqueci uma floricultura, enriqueci uma loja de presentes, enriqueci uma


papelaria com cartões e enriqueci o seu porteiro que me deixava colocar
todos os presentes na sua porta -ele apertou os lábios- Eu acho que ele vai
se demitir e seguir a carreira de rapper.

Ri baixo.
- Oh, espera. Eu fiz uma desenho -franzo o cenho quando ele saiu do sofá
me deixando ver sua bunda durinha na cueca boxer, Adam mexeu em uma
escrivaninha no canto e eu me sentei no sofá ajeitando sua blusa social que
eu estava vestindo.

Ele volta balançando um papel estilo A4 e me estende a folha, a pego


encarando seus olhos e abaixo a cabeça para ver o tal desenho.

Levantei uma sobrancelha abrindo um pouco os lábios e pisquei uma par de


vezes vendo duas pessoas desenhadas em forma de palitinho e uma coisa
pequena do lado, eu acho que era para ser Mops, tinha um sol logo acima e
umas nuvens mal feitas.

- Oh...isso é... -parei de falar vendo um jardim pequeno com várias flores
desenhadas.

- Esse é o Mops -ele aponta no negócio branco- Esse sou eu, e essa é você.

Ele aponta para o palitinho que tinha um cabelo grande descendo pelo
lateral do que deveria ser o meu corpo, balancei a cabeça e olhei para ele
que tinha um sorriso bonito no rosto.

Será que se eu ligar para Peter ele me ajudar a interná-lo?

- Você é muito talentoso -digo e ele dá de ombros.

- Não sou nenhum Picasso, mas posso melhorar -ele diz e eu aperto os
lábios concordando.

- Não, que isso, nem Picasso chega perto da você.

Encarei o desenho de novo, o cara que eu amo faz desenhos do meu


cachorro e de mim em um parque onde as flores são marrons e o sol é
verde, engoli em seco. É, nem tudo é perfeito.

- Então... desenhou isso tem muito tempo?

Adam começou a rir vendo minha expressão e eu fiquei olhando para ele
que cruzou os braços parecendo se divertir com a minha cara.
- Não foi você que desenhou isso, não foi?

Ele nega com a cabeça e eu suspiro alto deitando as costas no sofá, só


levantei a mão para lhe mostrar meu dedo do meio.

- Se serve de consolo, eu desenhei o seu cabelo.

- Que merda é essa, Adam? -levantei o desenho.

- Viu só, princesa? Eu chamo isso de amor -ele coloca as mãos no peito-
Você elogiou o desenho mesmo que ele esteja horrível, e ainda acha que sou
melhor que Picasso, porra, é isso que eu procurei minha vida toda -ele
fingiu limpar uma lágrima e eu revirei os olhos.

- É agora que eu ligo para polícia e faço uma denuncia dizendo que você
está sequestrando crianças ou...?

- Eu encontrei uma criança no parque a dois dias atrás, era uma menina, ela
se sentou no banco ao meu lado com um caderno de desenho. E depois se
virou para mim e perguntou porque eu estava tão feio -ele diz e eu ri
cruzando os braços, Adam apertou o maxilar- Continuando...eu disse para
ela que tinha brigado com a garota que eu gostava, só sei que no final eu
estava desabafando com uma criança, trocando a palavra vadia para chata.

- Quem me dera... -sussurrei e ri em seguida quando ele ameaça me bater


com uma almofada.

- Ela me disse para entregar esse desenho quando eu me resolvesse com


você, por isso estou te dando -ele diz e se senta ao meu lado pondo a mão
sobre minha coxa- Pode parecer idiota, mas toda vez que eu olhava para
esse desenho, eu ficava melhor.

- Até vendo o sol verde?

- Até vendo o sol verde -ele concorda rindo.

Suspirei colocando minhas mãos no seu rosto, o beijei suavemente antes de


encará-lo.
- Eu amo você -sussurrei antes dele beijar meu lábios novamente.

- Eu amo você -falou, sorri abertamente.

- Você desenhou meu cabelo muito bem, Sr. Venturelli.

- Eu sei! -grita animado.

(...)

Abri meus olhos lentamente vendo a luz do sol entrar no quarto.

Olhei no relógio que tinha ao meu lado e eram 10:30 da manhã, isso
significa que estou atrasada para o trabalho.

Pensei em ligar para Josh e dizer que trabalharei apenas de tarde.

Estou sentido meu corpo dolorido e acabei de confirmar isso quando tentei
me sentar mas desisti voltando a me deitar, isso é novo para mim.

Olhei para cama procurando por Adam mas ele não estava aqui, puxei o
lençol para cobrir meus seios desnudos e me mexi um pouco suspirando.

Ouvi um barulho de água vir do banheiro e deduzi que ele está tomando
banho, eu até iria lá dar bom dia a ele mas eu realmente prefiro ficar
deitada.

O barulho de água cessou e minutos depois eu vejo ele sair do banheiro


com o cabelo molhado com nada cobrindo seu busto que tinha algumas
gotas de água escorrendo no seu abdómen perfeito, a calça jeans preta
modelava sua cintura o deixando sexy, ele não deveria ser tão gostoso
assim. É crime.

Seus olhos se encontraram com os meus e ele abriu um sorriso grande antes
de eu abri outro, eu amo tanto esse homem.

- Bom dia -digo e ele leva as mãos até o cabelo balançando.

Ele andou até mim e tirou as mãos do cabelo, Adam se inclinou me dando
um selinho rápido.
- Bom dia -ele diz e se afasta com um sorriso de lado.

Sua ida até o closet demora alguns minutos antes dele voltar com uma blusa
branca nas mãos e uma cueca boxer na outra.

- É mais confortável, vai ficar igual um shortinho em você -ele diz e eu


aceno vendo ele vestir a blusa branca.

- Então -ele se sentou ao meu lado- Como você está?

- Dolorida -digo e ele levanta uma sobrancelha.

- Dolorida por que? -pergunta se divertindo com a minha cara de irritada.

- Por que você não se contenta com algumas horas de sexo, você se
contenta com a noite toda, eu nunca fiquei desse jeito.

Ele riu alto.

- Não ouvi você reclamar, que estranho -diz e eu o empurro de leve.

Não reclamei mesmo.

- Pega leve comigo, cowboy. É muito pozinho mágico para mim aqui -digo
e ele ri alto passando a mão no rosto.

- Nem foi tanto sexo assim, princesa.

- Coitada das mulheres antes de mim, cruzes, eu acho que você deveria
checar se elas estão vivas -digo e ele revira os olhos.

- Dramática...

- Será que vou precisar de uma cadeira de ro...-parei de falar quando ele
colocou uma mão na minha boca e deitou minha cabeça no peito.

- Shi, Shi, ainda está traumatizada com a falta da minha presença na sua
vida, tudo bem, eu entendo, Shiii -mordi seu dedo e ele apenas fez uma
careta.
- Vou fazer uma pergunta -ele comunica e eu aceno com sua mão ainda na
minha boca, mas ele logo tirou- Com quantos homens você já se
relacionou?

- Por que quer saber? Vai colocar na sua página do Facebook?

- Santo Deus, é só uma pergunta, sem nenhuma intenção ruim.

- Você vai se gabar?

- Claro que não -ele diz e depois faz uma expressão convencida- Quer dizer,
eu provavelmente fui o melhor na sua vida, mas, detalhes, detalhes.

- Eu vou tomar banho -ameaço levantar mas ele ri baixo me prendendo


perto dele.

- Se você falar eu falo as minhas -ele diz e eu semi cerrei os olhos.

- Fala nada -digo- Nem você deve saber.

- Experimenta.

Cruzei os braços e sentei de frente para o seu corpo, ele me encarou


animado percebendo que eu iríamos conversar sobre isso.

- Eu conheci um menino quando eu ainda morava no Brasil -ele me olha


atentamente- Éramos adolescentes e começamos a namorar mas eram
apenas beijos, nunca chegamos lá.

Ele concorda e pede para eu continuar.

- Depois eu vim morar com meu pai aqui em Nova York então nós
terminamos, alguns anos depois quando eu estava na faculdade eu conheci
Julian -Adam revira os olhos quando eu menciono o nome do meu ex-
Ficamos juntos desde o meu 19 anos até que ele me deu um pé na bunda 8
meses atrás -falo e ele analisa meu rosto.

- Ele que tirou sua virgindade? -Adam pergunta e eu aceno confirmando.


- Poxa, tadinha -ele passou a mão no meu cabelo com uma expressão triste
e eu bati na sua mão voltando a falar.

- Três dias antes dele me deixar eu soube que minha empresa estava quase
entrando em falência e foi no mesmo dia que eu conheci você.

Adam sorriu pequeno.

- Um pouco irônico não acha? -pergunta.

- Você descobriu sua salvação no mesmo dia em que descobriu a sua quase
falência, eu sou um anjinho que veio salvar você -ele se aproxima me dando
um beijo estalado na bochecha.

- Calma aí ô sininho -digo e ele me olha- Seu pai foi quem salvou a mim e o
meu coroa graças a um favor.

- Sim, mas Dylan e eu somos tão importantes quanto nosso pai então
tecnicamente fomos essencial para as empresas se unirem -ele diz e ri
nostálgico.

- Ainda me lembro quando eu recebi a notícia que iria trabalhar fixamente


na empresa com você, eu me engasguei com um copo de whisky -ele sorriu
balançando a cabeça.

- Você sabe por que seu pai devia um favor ao meu pai? -pergunto.

- Gregório me disse que foi Carlos que estava com ele o ajudando a fundar
as empresas dos Venturelli logo no início, seu pai fez um acordo com o meu
exigindo que se algo acontecesse com a empresa dele meu pai iria ajuda-lo
no que fosse necessário.

- Bom, isso explica bastante coisa -digo.

- Seu pai nunca contou isso a você? -pergunta.

- Contou, mas na época eu estava muito atarefada com esse negócio de


fusão e não dei muita bola.
- Ok -ele diz- Vamos tomar café.

Ele se levantou e eu fiquei no mesmo lugar olhando para ele, tadinho, não
vai fugir de mim assim tão fácil.

- Você não vem? -pergunta na cara de pau.

- Não está esquecendo de nada não?

- Quer que eu carregue você? -estende os braços na minha direção.

- Quero, mas não é isso -falo e ele cruza os braços.

- Eu disse os meus, agora é sua vez.

Ele acenou e apertou a boca em uma linha reta desviando o olhar.

- 100 -disse.

- Você viajou pelo mundo inteiro e quer mesmo que eu acredite que foram
somente cem? -cruzei os braços.

- Certo, a verdade é que eu não sei. Não faço a mínima idéia, ok? -pergunta
me encarando.

- Ok, vou facilitar para você -digo e ele acena- Com quantas você teve um
relacionamento sério? Nem que seja algo de 1 mês juntos.

Adam ficou em silêncio e eu o encarei incrédula.

- Você nunca teve um relacionamento sério em toda sua vida? -pergunto e


ele respira fundo.

- Não -responde.

- Bom...isso também explica bastante coisa -digo rindo e ele levanta uma
sobrancelha me encarando com um olhar feio.

- Está falando do que? Você só teve 2 relacionamentos e 1 em andamento.


Fiquei em silêncio.

- Mas pelo menos eu tive -digo e ele avança para cima de mim.

Rindo eu levo meu corpo mais um pouco para cima até bater as costas no
início da cama, mas Adam puxa minhas pernas me fazendo deitar e sobe em
cima de mim.

- Socorro!! -gritei antes de rir alto com os seus dedos se mexendo contra a
minha barriga me fazendo cócegas.

No final, eu usei tanto força para tirá-lo de cima de mim que ele caiu no
chão quase batendo a cabeça na cômoda.

Foi uma ótima maneira de acordar.

×××

😍 Saudades de momentos fofos quando um sem querer quebra a


cabeça do outro 😍 KKKKKKK brincadeira.

Até, babys ❤️

54° capítulo

Rubi

- Olha, isso realmente não é um problema para mim.

Adam veio atrás de mim resmungando o quanto era desnecessário eu ir para


casa e pegar uma roupa para trabalhar daqui a pouco.

- Não posso ir trabalhar usando sua blusa social e uma cueca cinza -retruco.

Depois de tomar banho e vestir essa peça nós descemos para comer algo
agora pela manhã, ficamos um bom tempo conversando até que eu disse
que iria para o meu apartamento.

- Se você ficar na minha sala pode sim -ele diz rindo e eu reviro os olhos-
Pode até ficar com os botões abertos...eu não vou me importar.

- É claro que não vai...

Depois de subir as escadas eu entrei no seu quarto com ele atrás de mim,
caço meu vestido com o terninho.

Ele sentou na cama e ficou me encarando dos pés à cabeça, achei meu
vestido no chão perto do closet e meu terninho do outro lado do quarto
pendurado na poltrona, meu sutiã estava perto dele graças a Deus.

Tirei a blusa abrindo botão por botão tendo aqueles azuis como plateia,
Adam sorriu de lado quando eu tirei a blusa mostrando meus seios.

- Minha nossa! -resmunga- Que coisa linda!

Ri baixo balançando a cabeça enquanto colocava o sutiã.

- Seu cabelo é tão bonito, é bagunçado mas de um jeito sexy, deixa você
muito mais atraente desse jeito.

- Continua elogiando que eu estou gostando -falei colocando o vestido.


- Quando você se move seus seios se movem junto com você porque não
são falsos, não que eu tenha algo contra, é que...-ele ficou olhando para os
meus peitos e eu balancei o corpo fazendo eles pularem, Adam pareceu um
cachorrinho, ri alto.

Andei até ele com o terninho na mão colocando em cima da cama, me


sentei no seu colo de lado e seus braços rodearam meu corpo, passei a mão
no seu cabelo loiro enquanto ele me encarava.

- Quer jantar comigo hoje? -pergunta me fazendo rir pelo nariz.

- Eu adoraria -respondo.

- Nosso encontro oficial, princesa -ele diz.

- Tivemos um desse na França -digo e ele joga a cabeça para o lado.

O encontro que ele me fez gozar em um restaurante e depois pisou no meu


pé quase arrancando meu dedão, Adam é um misto de sensações.

- Não era oficial, ainda não tínhamos nos declarado um para o outro...porém
foi naquela noite que eu soube que estava me apaixonando por você -ele diz
e eu o olho incrédula.

- Não acredito! -digo- Eu também!

- Toca aqui -ele me mostra a mão e eu toco nela fazendo o "toca aqui"-
Somos incríveis!

Quando eu estava no palco cantando para ele e por alguns segundos eu


fechei os olhos apenas para abrir depois, eu soube que estava me
apaixonando por ele.

- Rubi Mendoza, você ainda vai me matar -ele diz e me faz deitar na cama
ficando próximo de mim.

- Me promete que não vai me deixar -ele diz me encarando profundamente.


Levantei meu dedo mindinho para ele que olhou pro meu dedo com uma
sobrancelha erguida.

- Eu não vou fazer isso, é coisa de menina -ele diz e eu o olho feio.

- Vai logo, Venturelli!

Ele revirou os olhos e juntou seu dedo mindinho com o meu e um sorriso
satisfeito saiu de mim. Muito bem.

Adam se inclinou na minha direção me dando um selinho demorado e se


afastou depois.

- Vamos para o seu apartamento, estou com saudades de Mops -ele diz
saindo de cima da cama.

- Espero que assim ele se anime um pouco -digo e Adam me olha sem
entender.

(...)

- Ei, garotão!

Só vi o peludo do meu cachorro correr até o loiro ao meu lado e se jogar


para cima dele, menos de 5 segundos depois ele abre as pernas para Adam
fazer carinho na barriga dele.

- Ah, ta de sacanagem né porra?! -falo irritada e Adam me encara tapando


as orelhinhas dele.

- Olha o palavreado na frente do Mops, princesa -Adam diz fazendo carinho


na cabeça dele que pareceu que ia ter uma overdose de Tinker Bell.

- Oferecido -falo e começo a andar para o meu quarto e trocar de roupa.

- Ela está com ciúmes, liga não -Adam sussurra mas eu posso ouvir.

Me viro para ele com um olhar nada bom e ele me olha inocente fazendo
um "shiu" para Mops que colocou as patinhas tapando o rosto.
- Vocês são tudo farinha do mesmo saco -digo.

Subi as escadas indo para o meu quarto, peguei uma calça jeans no closet
junto com uma blusa cor creme de mangas que ia até os meus pulsos e
saltos da mesma cor da blusa.

Passei um pouco de maquiagem para disfarçar a cara de exausta, pó


compacto, rímel, um batom fraquinho e um pouco de blush ajudaram nisso.

Coloquei meu celular no bolso de trás e amarrei meu cabelo em um rabo de


cavalo, desci as escadas rapidamente e ouço risos vindo da cozinha.

Andei até lá normalmente e vi Lua abraçada com Adam e vi também meu


pai do outro lado rindo com os braços cruzados.

Mas o que...quando tempo eu fique lá em cima? Já chegou o apocalipse?

- Mi hija -meu pai é o primeiro a me notar.

- Ei -digo adentrando a cozinha- Bom dia.

Eles acenam e vejo que Lua está com um sorriso maior que o Empire state.

- Que bom que vocês se acertaram! -ela diz animada e Adam sorri
abertamente.

Ele andou até mim parando ao meu lado e me deu um beijo na testa, o
encarei com um sorriso grande e ele apertou minha mão.

- Que bom mesmo, não aguentava mais ver minha filha tristonha por sua
causa -Carlos diz e Adam respira fundo.

- Você não a verá daquele jeito novamente, Sr. Mendoza, irei me certificar
para que isso não aconteça mais -ele diz e meu pai acena.

- Espero, rapaz. Por que Rubi irá chorar mas será no seu enterro e no meu
julgamento quando eu matar você e for preso por isso, não a magoe
novamente -ele diz sério e Adam engole a seco.
Segurei o riso e apertei sua mão de leve.

Carlos pode ser ameaçador quando quer.

- Onde está Safira, papi? -pergunto vendo Adam voltar a sua cor normal.

- Está no hotel, ela pediu para você ir até ela.

- Para que? -pergunto.

- Não sei, mas acho que ela quer conversar sobre o noivo. Sua irmã está
precisando de apoio agora e tenho quase certeza que sua mãe não está
fazendo isso, você sabe como Sarah é.

Suspirei.

- Eu levo você -Adam diz e eu aceno.

- Vamos antes que me falte coragem -digo e aceno para meu pai e Lua,
Adam faz o mesmo.

- Me mande o endereço -falo pro meu pai que confirma mostrando o


polegar.

Andamos juntos para a porta e ouço Adam perguntar "noivo?" E eu apenas


digo que vou explicar a ele no carro.

Descemos para o estacionamento e fomos até o seu carro que era um Audi,
Adam gosta mesmo desse.

- Olha! Olha! -apontei- Foi ali que eu chutei.

- Para que você está quebrando meu coração, caralho.

Acabei rindo ao ver sua carranca.

Ele abriu a porta para mim e eu entrei no carro sentindo meu celular vibrar
no bolso de trás, o peguei e vi que Carlos tinha mandado o endereço.

Adam entrou no carro dando partida e saímos do meu prédio comigo o


guiando até o hotel.
- E aí? Quando você vai me explicar esse negócio de gêmea? -pergunta
enquanto eu olhava pro celular.

- Bom... geralmente é quando um dos pais tende a ter a tendência para


geme...

- Você vai apanhar! -ele briga comigo e eu sorri mordendo o lábio.

- Safira e eu nos falamos às vezes, ela não vem com muita frequência para
Nova York e eu não vou com muita frequência para o Brasil, acabamos por
ter uma distância significativa, última vez que ela veio aqui eu ainda não
conhecia vocês, foi mal.

- Por que você não vai mais ao Brasil? -pergunta dando uma curva.

- Por que eu não tenho uma relação boa com a minha mãe e da última vez
ela deixou bem claro que não queria que eu voltasse.

Ele me encarou e eu suspirei.

- Ei -ele colocou a mão na minha perna a apertando de leve- Eu estou aqui


se você quiser conversar.

- Direita.

- O que? -pergunta.

- Dobre para a direita -digo e ele assente.

- Você quer mesmo saber? -pergunto.

- Sim, eu quero.

- Certo.

Me virei de frente para ele que olhava para frente e as vezes desviava o
rosto para me encarar, contei absolutamente tudo incluindo o assunto de
safira, ele que me ouvia com atenção e as vezes me dava um sorriso
confortador, me senti bem contando sobre a minha mãe a ele, como se
tivessem tirando algum peso das minhas costas, foi bom desabafar com
alguém diferente do meu pai.

- Eu sei que é sua mãe e tal mas eu não gostei dela -ele diz parando na
frente do hotel quando finalmente chegamos.

Ri baixo e tirei o cinto de segurança.

- E quanto a Safira? Por que ela está aqui mesmo? -pergunta abrindo a porta
do carro.

Nós dois saímos e eu esperei ele dar a volta e parar na minha frente.

- Ela veio resolver umas coisas do trabalho e agora está meio que fugindo
do noivo, aparentemente eles brigaram. Com certeza veio escutar o
conselhos de Carlos -o puxei pelo terno azul escuro- São muito bons.

Sorri para ele que estava na minha frente, Adam me fez ir para trás
encostando minhas costas no carro.

- Carlos é um homem sábio -Adam diz colocando as mãos na minha cintura


e me puxando para ele- Não mais que eu que peguei uma das suas pedras
preciosas obviamente.

Adam se inclinou na minha direção vendo meu sorriso e seus lábios


tocaram os meus sutilmente em seguida, coloquei meus braços em volta do
seu pescoço e suspirei satisfeita.

Ouvimos barulhos de flashes e sabíamos exatamente o que era, Adam


resmungou e se separou de mim. Olhamos para o fotógrafo que tirava fotos
nossas sem parar.

- Sua nova conquista, Sr. Venturelli? -o fotógrafo pergunta para Adam que o
olha irritado, abri a boca chocada.

- Minha namorada, idiota -ele rebate.

Ai meu Deus.
O fotógrafo parou de bater fotos e abriu a boca perplexo com a câmera
ainda perto do seu rosto apontando para nós.

Ele olhou para mim e não pude conter apertar a boca em uma linha reta,
Adam riu colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Se ela aceitar é claro -ele diz me encarando- Não era assim que eu queria
pedir isso, mas...eu imaginei tanto isso na minha cabeça que acabou sendo
algo totalmente diferente, eu não tenho dúvidas de quero um
relacionamento sério com você e ninguém mais, quer ser minha namorada,
princesa?

Sorri abertamente e o puxei pela gravata nos fazendo ficar cara a cara.

- Sim, meu cafajeste delícia -digo e ele morde o lábio inferior sorrindo antes
de me puxa para um abraço apertado.

- Porra, princesa. Parece que vou explodir de felicidade -ele diz colocando
as mãos na minha bochecha me puxando para outro beijo.

O homem voltou a tirar fotos nossas, mas não nos importamos, eu me sentia
imensamente feliz naquele momento, mas paramos com o carinho em
público e Adam pegou na minha mão cruzando nossos dedos enquanto
caminhamos para a entrada do hotel.

Chegamos na recepção e vi duas mulheres e um homem atendendo as


pessoas, parei perto de umas poltronas e Adam parou ao meu lado.

- Vou ligar para Safira -digo e ele assente.

Tirei meu celular do bolso e procurei pela mensagem que ela tinha me
enviado em Paris e salvei o número, liguei para ela em seguida que atendeu
no terceiro toque.

- Alô.

- Estou no saguão do seu hotel.

- Quem é?
- A Beyoncé.

- É nada, canta "Halo" aí para mim.

- Desce logo, Safira!

Desliguei a chamada guardando o celular no bolso e encarei Adam dizendo


que ela estava descendo, ele se virou ficando de frente para mim.

- Venho pegar você depois, tudo bem? -pergunta.

- Sim, irei almoçar com ela.

- Certo, irei almoçar com Dylan e Nate -ele diz.

- E o Ross? -pergunto.

- Nós deletamos ele, Dylan e Nate me disseram que ele não para de se gabar
porque ganhou alguns dólares de cada um. Ele está insuportável.

- Por que ele ganhou dinheiro dos meninos? -pergunto e Adam aperta boca
em uma linha reta.

- Nós quatro...meio que apostamos tudo o que acontece na nossa vida, é


basicamente um ritual -ele diz- Não leve para o lado pessoal...

- Eles apostaram em cima de nós dois, não foi?

- Foi...

- É, eu acho que Lisa fez isso com Emy -digo e ele ri baixo.

- Se serve de consolo, nós dois provavelmente faremos isso no futuro -ele


diz antes de me dar um selinho demorado- Até depois.

Vejo meu namorado começar a andar até a saída da porta giratória mas
antes disso eu vejo um homem entrar por ela em disparada, ele estava
eufórico e parecia meio desesperado.
Ele vestia uma calça jeans escura e uma camisa azul celeste com uma
jaqueta de couro por cima, ele tinha no pescoço um cordão e no pulso um
relógio.

Adam deu um passo para trás enquanto o encarava, o homem olhou pela
recepção e seus olhos castanhos caíram em mim como uma luva.

Ele começou a andar na minha direção e eu dei um passo para trás.

Quando ele estava próximo de mim suas mãos voam para as minha
bochechas e eu arregalo os olhos.

- Safira -ele diz me analisando.

- O quê? Ah não me fode, homem! -falei.

- Nunca mais faça isso comigo -ele disse e vejo perfeitamente quando ele
me puxa querendo me beijar, coloquei as mãos no seu peito.

- Não, não, não eu não sou...

Não consegui terminar de falar porque rapidamente seu corpo é puxado


para longe do meu e rápido um soco é desferido no seu rosto com força.

Merda!

×××

Eitaaaa! Fogo no parquinho ksksksks.

Adoro.

Vote e comente nesta cacetaaa, obrigada, amos vcs ❤️

Para quem estava perguntando ontem, Sim! Teremos o livro de Emily e


Peter e se chamará "Um Problema Perfeito"

Esse será o próximo livro da série Babacas de terno. (Disponível no


meu petf já, porém...recomendo que sempre leia na ordem, caso não
tenha lido, KKKK ok ❤️)
Até, babys.

55° capítulo

Rubi

A única coisa em que meus olhos conseguiam focar era no homem à nossa
frente com os dedos nos lábios limpando o sangue que surgia.

Tenho a impressão de que o conheço de algum lugar.

Adam está ao meu lado com um olhar furioso, ele tentou ir para cima do
homem de novo mas eu não deixei que ele fizesse tal coisa, agarrei seu
braço como se fosse o último pedaço de carne no mundo.

- Ficou maluco? -Adam pergunta e o homem o encara.

- Quem você pensa que é para fazer isso? Vou acabar com você, idiota -o
homem diz e vem para a nossa direção. Droga!

Me meto no meio dos dois quando vejo Adam apertar os punhos com força
se preparando para dar outro soco. Oh, não, não, já chega de bater em cara
desconhecidos, que sangue quente é esse que está surgindo da minha
fadinha?!

- Não! Pelo amor de Deus -digo olhando para ambos.

O homem franziu o cenho e balançou a cabeça parecendo perdido. Seus


olhos se encontraram com os meus me analisando em seguida.

- Rubi? -pergunta dando um passo para trás.

- Enfiou seu óculos aonde, babaca?! -Adam pergunta irritado e eu ando na


sua direção parando de costas para ele que me puxou pela cintura.

- Ela é idêntica a mim -sussurrei para ele.

- Foda-se, eu consegui distinguir -ele sussurra de volta e eu ri internamente.

- Droga -o homem passou a mão na testa.


- Não sou a Safira -falei.

- Eu sou.

A voz da minha irmã aparece atrás dele que se vira lentamente e a encara,
vejo os olhos dela vacilarem e ele entreabre a boca como se tivesse levado
um soco, acho que nem o do Adam deve ter doido tanto assim.

- Merda, merda, merda -ele diz baixo e fecha os olhos.

- O que você quer aqui, Victor? -ela pergunta cruzando os braços.

Espera, Victor?

Olhei mais atentamente para o homem e arregalei os olhos quando me


lembrei de onde o conhecia.

- Victor? -pergunto e Adam me encara.

- Sim, sou eu Rubi. Pelo visto também não me reconheceu.

- Ah ta de sacanagem comigo né, Safira? -pergunto irritada olhando para


minha irmã.

- Primeiro -ela levanta um dedo- Já fazem 7 anos desde que vocês tiveram
um casinho e segundo -ela levanta outro dedo- Victor e eu só viemos nos
relacionar 6 anos depois que você veio para Nova York.

- Você está noiva do meu primeiro namorado? -meio que gritei e eu percebi
Adam colocar a mão na boca chocada, tirei sua mão dali o olhando
duramente, eu sabia que ele estava rindo por dentro.

- Para de drama, cópia -ela diz e Victor suspira.

- Desculpe, não é querendo atiçar nem nada, mas eu ainda estou meio
confuso -Adam fala e eu cerro os dentes para ele.

- Eu namorei com ela -Victor aponta para- E estou noivo dela -aponta para
Safira.
Adam fez um "o" com a boca fingindo surpresa, mas que fadinha
encrenqueira!

- Olha, eu sei que já faz muito tempo desde o nosso término -Encarei
Victor- Mas eu amo sua irmã, e não, nem pense que estou com ela porque
eu lembro de você. Isso seria nojento -Safira e eu concordamos- Vocês são
totalmente diferentes uma da outra e eu a amo muito mais por isso.

- Porra, valeu hein -digo e ele acena.

- Eu não deixava, princesa...

- Cala a boca -sussurrei.

Victor se virou para a minha irmã e eu acho que ele estava prestes a tentar
se desculpar, e pela expressão dura da mesma, eu estaria me tremendo de
nervoso.

- Safira, me desculpe se eu confundi as duas por alguns minutos. Eu


cheguei aqui desesperado para encontrar você que esqueci completamente
que você tinha uma gêmea.

Porra! Esse cara me odeia não é possível!

- Eu não confundi -Adam diz baixinho e bato na sua barriga de leve que ri
baixo.

- Eu estou aqui para conversar com você e te levar de volta para casa, para
nossa casa. Eu não tenho nada com aquela mulher, eu nem sei o nome dela -
ele diz e pega nas mãos de Safira- Por favor, eu quero você, somente você.

Senti os braços de Adam me rodearam e eu sorri terno para ele que deu um
beijo no topo da cabeça.

- Eu também só quero você -ela diz arrancando um sorriso pequeno do rosto


de Victor que põe as mãos na bochecha dele.

- Vem para casa comigo? -pergunta colando a sua testa na dela.


Ela sorriu pequeno e balançou a cabeça confirmando, Victor abriu um
sorriso grande e do nada nós ouvimos aplausos tomarem conta do saguão.

Olhei para as pessoas que os encarava com atenção e algumas até tinham
um lencinho na mão.

Vi Adam limpar uma lágrima invisível e revirei os olhos, Safira beijou


Victor com fervor enquanto as pessoas voltavam a fazer o que estavam
fazendo.

Eles se separaram com um grande sorriso no rosto e se voltaram para gente,


caminhamos até eles e Adam não tirava a mão na minha cintura.

- Oi -Victor diz meio envergonhado- Me desculpe por quase...você sabe.

- Tudo bem, nem lembro mais o que aconteceu -digo, ele sorriu agradecido.

- Adam Venturelli -o loiro estende a mão.

- Victor Torres -eles se cumprimentam.

- Me desculpe pelo... soco -Adam diz soltando sua mão.

- Ok, se fosse o inverso eu também faria o mesmo -ele diz e Adam assente.

Nem parece que queriam desfigurar a cara um do outro cinco minutos atrás.

- Certo, que bom que se acertaram -digo e eles sorriram um para o outro-
Vocês querem almoçar ou...

- Não, vamos transar agora -Safira diz rápido.

Pisquei várias vezes e Adam apertou a boca em uma linha reta,


provavelmente chocado que minha irmã nos dê essa informação tão
abertamente, Safira é meio...céus.

- Tá bom então -peguei na mão de Adam- Boa...você sabe...


- Vamos, Rubi -Adam me puxa sorrindo e eu o agradeço mentalmente por
isso.

Saímos da frente deles e começamos a andar para a porta do hotel, sendo


seguidos por olhares de alguns curiosos e outros de desaprovação pela cena,
até me surpreendi por não termos sido tirados por seguranças daqui.

- Foi um prazer -ele grita e os dois acenam se despedindo.

Passamos pela porta giratória e já do lado de fora Adam ri e


consequentemente eu ri também, andamos até o carro entrando nele em
seguida.

- Isso foi...

- Interessante -complemento.

Adam ligou o carro e me encarou.

- Com fome? -pergunta.

- O tempo todo -respondo e ele sorri dando partida no carro.

(...)

Parei ao lado de Adam que estava com a mão na minha e encarava a mulher
a nossa frente, olhei para as nossas mãos juntas sutilmente e dei um sorriso
com o lábio entre os dentes.

Porra, estou pior que uma criança quando ganha doce.

- Mesa para dois, senhor? -ela pergunta e ele olha para mim.

- Mesa para 8 -ele diz e ela assente.

- Ross não foi deletado? -pergunto divertida.

- Foi, mas ele é incoveniente e tenho certeza que vai aparecer -Adam
responde e eu sorrio de lado.
- Você acha que eles vão ficar contentes por nós? -pergunto a ele enquanto
andamos pelo restaurante seguindo a mulher.

- Tenho certeza que sim -responde quando nós chegamos na mesa.

Estávamos em um restaurante próximo a nossa empresa porque achamos


que era mais viavél para todos que estavam ali por perto, nos sentamos para
esperar pelo resto da gangue e as meninas.

Iríamos comer apenas nós dois e foi isso que Adam disse ao ligar para
Dylan e Nate cancelando, mas acabou que eles nos convenceram a comer
todos juntos e agora todo mundo estava vindo para cá.

Não, eu não sei como isso aconteceu.

Eu acho que é tipo um radar que chama um e todo o grupo aparece, pois é,
cada um tem um sensor.

- Você está nervosa? -ele pergunta.

Decidimos que iríamos contar as novidades a eles, reconciliação, namoro,


gêmea. Tudinho.

- Na verdade não -digo.

- Não fique, princesa. Eles irão ficar muito contentes por nós dois -ele
beijou minha mão.

- Eu sei que sim -digo e me inclino para beijar seus lábios rapidamente.

Ouvimos um estrondo na porta e viramos para ver do que se tratava, ajeitei


minha postura para encarar essas criaturas.

- Bem feito! -Emily entra no restaurante e começa a rir histericamente com


a mão na barriga.

A segunda pessoa a passar pela porta é Susie que está escondendo o riso
mas falhando com sucesso.

- Você está bem mesmo? -Susie pergunta.


A essa altura já tem alguns olhares voltados para elas, todos com
curiosidade para saber o que diabos tinha acontecido.

- Sim, eu não tinha visto -Peter entra no restaurante massageando a cabeça e


Emy ri ainda mais.

- Cara, eu posso pedir gelo se você quiser -Nathaniel é o próximo a entrar e


logo atrás vem Dylan e Lisa.

Lisa também estava rindo e Dylan tinha uma expressão do tipo "cara, ainda
bem que não fui eu".

- Não, deixa para lá -Peter diz e Emy coloca a mão na boca abafando o riso.

- Ta rindo do que, loirinha? -ele pergunta sério.

- Da sua patetice seu cretino -ela diz e ele trava o maxilar- Quem manda
ficar assobiando para as mulheres na rua, ganhou um belo...

Ela para de falar quando vê que metade do restaurante está olhando para
eles agora, Emy olha para os 5 e pisca várias vezes.

- Espero que eu esteja bonita nesse ângulo -ela fala pondo as mãos na
cintura e depois se vira olhando para os homens desacompanhados no
restaurante, ri baixo.

- Vamos, chega dessa assunto -Nate diz e é o primeiro a passar por eles
quando nos avista sentados os encarando.

- Ala minha pessoa preferida -Emily diz e levanta o dedo- Não, não estou
falando de você Adam.

Ele riu baixo e nos levantamos para cumprimenta-los, falei com cada um
incluindo o bebê Danny e todos sentaram.

Fique ao lado de Adam que estava ao lado de Peter e Nate, os demais


estavam a nossa frente.

O cardápio chegou até nós e depois de 10 minutos já tinham todos os


pedidos anotados, entreguei o cardápio ao garçom e dei um sorriso
agradecida.

Me virei para encará-los.

Sabe quando uma pessoa é a atração do show e todos os olhares são


direcionados a ela, pois é, me senti assim agora com todos olhando para
mim e para Adam ansiosos.

Bebi um gole da água que estava na mesa e respirei fundo.

- Voltaram? -Peter pergunta, paciente como sempre.

- Sim -Adam responde, eles respiram aliviados.

- Graças a Deus! Não aguentava mais você resmungando -Dylan diz


olhando para Adam que mostra o dedo do meio para o irmão.

- Enfia isso no seu...

- Tá bom, Dylan -Lisa o corta, ela ri e ele a encara sorrindo.

- Está preparada, Rubi? Aguentar isso aí não é fácil -Peter diz apontando
para Adam.

- Ela não pode voltar atrás -ele me encara- Fizemos um juramento.

Sorri boba para ele que me devolveu o mesmo sorriso.

- De dedinho, esse é muito sério -digo analisando seu rosto.

- De dedinho? -Peter pergunta rindo- Cara, como eu queria ter visto isso.

- Você vai apanhar, Ross -Adam olha para ele que que colocou o cardápio
na frente do rosto se escondendo.

- Tem mais um coisa -digo chamando a atenção deles e Peter sai de trás do
cardápio.
- Nós estamos namorando agora -eles sorriram- E eu tenho um irmã gêmea
-ele pararam de sorrir.

- Eu falei que não estava vendo coisas, porra! -Nathaniel diz irritado
olhando para Dylan e Peter.

- Espera, o que? -Susie pergunta confusa.

- Ela se chama Safira e está aqui em Nova York, por favor, quando vocês
forem conhecê-la. Não façam piadinhas de gêmeas -apontei e eles fizeram
uma expressão triste.

- Certo -Emy diz se ajeitando na cadeira- Ela mora no Brasil e está aqui em
Nova York para visitar você?

- Não exatamente -falo- Ela estava aqui a trabalho, e basicamente fugindo


do noivo que aparentemente estavam dando um tempo, mas ele acabaram
de se acertar, então está tudo bem.

- Confesso que de início não gostei muito dele -Adam diz e eu o encaro
com um sorriso- Mas, nos entendemos depois.

- O que você fez com ele? -Peter pergunta.

- Nada -Adam responde e Peter levanta uma sobrancelha em descrença.

- Ok, eu bati nele. Ele queria beijar minha princesa, nunca que eu ia deixar
isso acontecer -diz apontando para mim.

- Venturelli's e o ciúme descontrolado -Peter diz fazendo os os próprios o


encararem com um olhar feio.

- O que? É só a verdade -se defende dando de ombros.

- Eu sou ciumento -Dylan diz e Lisa concorda no mesmo segundo- Mas


cara, você é mais.

Peter balança a cabeça negando.


- Sou nada.

- É sim -Nate e Adam falam ao mesmo tempo.

- Foda-se -Peter diz bebendo um gole de água em seguida fazendo os


meninos rirem.

- Ok, vamos deixar o assunto do Ross ciumento de lado e vamos focar nessa
gêmea, ela é legal? -Emy pergunta.

- Não -respondo e Adam concorda sorrindo.

- Quer dizer, mais ou menos -falo e Adam meneia a cabeça.

- Qual o lance desses nomes? -Nate pergunta me encarando.

- Meu pai é fanático por pedras preciosas, Safira e Rubi são as que ele mais
gosta então nos nomeou com elas -falo- Ele estava super criativo na época
como podem perceber.

- Isso é novo -Lisa diz passando a mão na barriga.

Nossos pratos chegaram e eu comemorei internamente, começamos a comer


e conversar um pouco mais sobre minha irmã e o nosso namoro recente, até
chegarmos no assunto do bebê e nos derreter com o que Lisa falava sobre
ele.

- Daqui a alguns dias eu completo mais uma mês -Lisa diz animada e Dylan
passa a mão na barriga dela.

Nem parece que tudo o que aconteceu comigo e com Adam aconteceu
apenas em um mês, pareceu meses para mim.

- Já compramos metade das...

Lisa parou de falar quando Dylan tirou a mão da barriga rapidamente e


olhou para ela com uma expressão assustada.

- O que foi isso? -ele pergunta para esposa.


- O que? O que foi? Você está bem? -perguntamos preocupados.

- Que merda foi essa?! -Dylan quase grita escalando a cadeira.

- Danny -ela apontou para barriga- Acabou de dar o primeiro chute.

Arregalamos os olhos.

- Ele está se mexendo! Ele está se mexendo! -Lisa praticamente grita e


Dylan a olha sem saber o que fazer.

- O que eu faço? O que eu faço? -Ele pergunta desesperado.

- Dói? -Emy pergunta e nós a encaramos com uma cara de tédio e ela dá de
ombros em seguida.

- Me dê sua mão -Lisa diz para Dylan que entrega a ela.

Lisa leva a mão dele até onde o bebê está chutando e Dylan levanta as duas
sobrancelhas parecendo perplexo. Ele abre um sorriso meio chocado por
estar sentindo isso pela primeira vez.

- Meu Deus -ele diz e olha para Lisa.

- É o nosso filho, meu arrogante gostoso -ela diz com um pouco de lágrimas
nos olhos.

Sorrimos para eles que estavam radiantes sentindo Daniel se mexer.

- Isso é incrível -ele diz nos fazendo rir- Como isso é possível? Baby! Ele
está se mexendo aí dentro, ele vai sair pela sua vagi... -ele parou de falar e
olhou para ela com uma expressão triste- Vai doer, não é? Droga, eu vou
fazer de tudo para você não sentir tanta dor, meu amor.

Dylan beijou o rosto da esposa e senti o braço de Adam rodear a minha


cintura.

Me virei para encará-lo e seu rosto estava muito perto do meu, seu nariz
roça na minha bochecha de leve me fazendo suspirar.

Adam tirou uma mexa solta do meu cabelo que estava preso e colocou atrás
da minha orelha.

- Eu amo você -ele diz me fazendo sorrir- Merda, eu não vou me cansar de
falar isso.

- Eu amo você.

Minha boca tomou a sua em um beijo rápido mas muito significativo, me


encostei no seu peito e ele colocou o queixo na minha cabeça enquanto
víamos nossos amigos sorridentes e felizes.

×××

Vote e comente, ajuda demais a minha pessoa! Agradeço por ler o livro
✨❤️

Até, babys.

56° capítulo

Adam

Alguns dias depois...

Meus olhos passearam pela vitrine da loja de joias e eu juro que tentei
resistir mas não consegui.

Entrei na loja analisando qualquer anel de compromisso que eu sabia que


ela iria gostar.

Ergui minha mão onde estava meu celular e voltei a ler as informações.

De acordo com esse site aqui, está dizendo que casais tem o costume de
usar aliança de namoro, os dois! Ok, certo, depois da minha leve pesquisa
eu quis tentar seguir um costume brasileiro para agradar minha princesa.

Já estava quase anoitecendo e eu tinha acabado de sair de uma reunião que


não ficava longe da empresa então eu fui andando mesmo.

Depois de horas dentro de uma sala falando de contratos, números e


porcentagens eu estava voltando para empresa e foi quando eu vi esta
joalheria que estou agora.

- Posso ajudá-lo? -uma mulher loira pergunta próxima de mim.

Seus lábios estavam destacados em um vermelho vivo e ela usava uma saia
justa com uma blusa social azul, o nome da loja no canto superior da
mesma.

Mostrei meu celular para ela que leu por alguns segundos e depois sorriu
sem mostrar os dentes.

- Venha comigo -diz e eu a sigo quando ela começa a andar para a grande
bancada.

Me sentei no banquinho alto e ela ficou de pé mexendo nos inúmeros anéis


a nossa frente.
- Temos vários modelos, da aliança mais fina a mais grossa. Irei mostrar
algumas a você.

Acenei vendo ela pegar as alianças e confesso que engoli em seco, se eu


escutasse a meses atrás que compraria uma aliança de namoro para a minha
sócia, eu iria rir e ainda bateria no desgraçado.

- Essa é mais fina, ela é delicada e leve. Você quase não percebe que está
usando mas todo mundo a sua volta a percebe -ela diz e eu pego o pequeno
círculo.

Ela pediu o tamanho do meu dedo e eu dei o meu e de Rubi, não sei se o
dela está correto mas depois de ver a aliança eu deduzi que sim.

Coloquei a aliança mais grossa no meu dedo direito e pisquei várias vezes,
até que fiquei mais bonito com ela.

Sorri de lado.

- Quer ver a aliança mais grossa? -ela pergunta e eu digo que sim.

Ouvi meu celular tocar e tirei do bolso rapidamente vendo "minha princesa"
na tela, encarei o celular vários segundos antes de atender.

Pensei comigo mesmo que se não atendesse ela ficaria preocupada ou


acharia que eu estivesse fazendo alguma merda o que claramente não estou
fazendo, mas não vou arriscar.

- Princesa -atendo e ouço ela rir.

- Ei, eu ia deixar um recado. Pensei que ainda estivesse em reunião.

Porra! Me esqueci disso.

- É, eu sai mais cedo -não, não fala isso porra.

Coloquei a mão na testa e a atendente me olhou confusa.

- Você está vindo para cá, podemos ir juntos -ela sugere.


- Sim, claro. Eu já estou ind...

- Eu vou tirar isso aqui, espero que você goste, certeza que vou poder te
satisfazer -a mulher diz e eu respiro fundo, caralho. Mantive meu olhar duro
na sua direção até ela me dar as costas indo buscar o resto das alianças.

- Quem era? -pergunta com uma voz baixa.

- O que?

- Quem era, Adam?

- Eu estou na rua, princesa. Tem muito gente falando...

- Não precisa mentir.

- Rubi, me dê 10 minutos e eu estarei aí com você -falo vendo a mulher


voltar com outras alianças.

- Você está mentindo? -pergunta e posso ouvir a voz de Josh, aposto que ele
acabou de entrar na sala.

- Não.

- Ok -ela desligou o celular na minha cara e eu não sei porque mas eu senti
um calafrio na minha espinha.

Guardei o celular no bolso e encarei a atendente de novo, ela tinha um


sorriso cínico nos lábios e eu suspirei.

Olhei para os anéis e analisei cada um, meus olhos se fixaram em uma
aliança que tinha um pequeno coração na parte de dentro na masculina e na
feminina tinha uma pedra bonita em cima com uma tiara de princesa na
parte de dentro, eu abri um sorriso grande e peguei as duas.

- Serão estás -estendi a ela.

Ela acenou e pegou uma folha de papel anotando o preço e mostrou para
mim, 2.000 mil dólares era um preço razoável.
- Cada uma -ela diz e eu a encaro.

- Uma custa somente esse preço -apontei para o papel e ela confirmou.

- Ok, quero uma caixinha vermelha também.

Vi ela se afastar de mim com as alianças e vi quando ela pegou uma


caixinha pequena da cor que eu pedi e ajeitou as alianças nela, colocou em
uma sacola da loja bem pequena e voltou para onde eu estava.

- Ela vai adorar -a mulher diz e me dá um sorriso falso.

- Tenho certeza que sim -falei sério e fui até o caixa pagar pelas alianças.

Depois de fazer isso eu saí da joalheria e comecei a andar para a empresa,


não tinha tanta gente como falei a Rubi mas estava um pouco movimentada.

Digamos que era fácil saber se estivessem seguindo você e era isso que
estava acontecendo, eu podia sentir que alguém estava me seguindo.

Era uma sensação estranha, e eu não gostei nenhum pouco dessa merda.

A pessoa que está fazendo isso não sabe muito bem como fazer já que eu
descobri, continuei andando fingindo não saber de nada balançando a
sacolinha.

Entrei em uma pequena farmácia e dei um jeito de me esconder entre as


colunas com remédios, vi uma pessoa estranha entrar e olhar a farmácia
inteira provavelmente procurando por mim.

Olhei cautelosamente para a pessoa e sai de onde estava indo por trás, puxei
seu braço fazendo-a virar para mim que se assustou de imediato.

- Por que você está me seguindo? -perguntei irritado.

Era só o que me faltava.

Ela tirou os óculos escuros mas deixou o chapéu na cabeça, um sorriso


apareceu nos seus lábios e uma sobrancelha foi erguida.
- Não estou seguindo você, Adam.

- Não minta, Melinda -falei soltando seu braço.

Eu espero que esse seja o nome dela, foi esse o nome que Rubi disse para
mim não foi? Espero que seja.

- Você não tem como saber se estou mentindo -ela fala me dando um sorriso
cínico.

- Está me seguindo desde quando? -pergunto e ela suspira.

Seus olhos desceram para a minha mão e ela viu a sacolinha com a logo da
joalharia estampada.

- Joias...sua namorada vai ficar feliz -ela diz cruzando os braços.

- Qual é a sua? -pergunto.

- Qual é a minha? -ela deu de ombros- Não tem minha, só estou surpresa.

Que eu não me arrependa.

- Surpresa por que?

- Sua brilhante namorada me disse que nunca teria nada com você e veja
onde estamos agora, com jornais, sites, revistas tudo com fotos dos novos
pombinhos -ela riu baixo.

- As coisas mudam, Melinda -falei e ela semi cerrou os olhos.

- Não Adam, as coisas mudam quando eu quero -ela se aproximou de mim-


Ela é uma ladra de homens e mereceu pelo que passou.

- Do que você está falando? Ladra de homens? -isso é ridículo.

- Talvez eu esteja pagando agora já que ela me roubou você -ela ri


sarcasticamente me fazendo franzi o cenho.
- Melinda, eu sei que você era apaixonada por mim mas nós ficamos juntos
apenas uma vez, nunca falamos em sentimentos e por favor, não me siga
mais.

Me virei para sair dali até que sua voz surgiu mas eu não me virei.

- Sou, eu ainda sou.

- Não seja, você só vai se machucar.

Olhei para ela por cima do ombro e balancei a cabeça negando, saí da
farmácia e andei a passos rápidos para a empresa.

Espero que essa mulher não volte a me seguir, caso contrário teremos
grande problemas.

Entrei no saguão e fui direto para o elevador apertando o botão do meu


andar, as portas foram abertas e vi Gustavo guardando suas coisas mas Josh
não estava ao seu lado.

Me aproximei da bancada e ele me encarou.

- Cadê o Josh? Rubi ainda está aí? -pergunto.

- Não senhor, eles sairam juntos faz alguns minutos.

Droga.

- Certo, até amanhã -falei indo de novo para o elevador.

Desci para o estacionamento tirando o paletó ficando apenas com a blusa


social branca e a calça social com os sapatos.

Fui para o meu carro colocando a sacolinha no banco do passageiro e dei


partida, decidi dirigir no pique Peter Ross e em menos de 5 minutos eu
estava no apartamento dela.

Tirei a caixinha da sacola e coloquei no meu bolso, saio do veículo


caminhando até chegar no elevador.
As portas foram abertas quando eu cheguei no andar e eu andei a passos
rápidos para a sua porta.

Apertei a campainha e ninguém veio atender, Lua não estava aqui porque
Rubi havia dado folga a ela por alguns dias para ela relaxar e ficarmos mais
um pouco sozinhos.

Bati na porta duas vezes e nada, bati de novo e suspirei vendo que ela não
iria abrir.

- Princesa! -gritei e bati de novo- Abre a porta!

Ouvi o latido de Mops e sorri de lado.

- Ei! Quero que faça uma coisa por mim -me apoio na porta- Pode fazer,
garoto?

Juro que ele latiu como se me respondesse.

- Você vai atrás da sua mamãe e arrastar ela pela canela até aqui -ele latiu
novamente- Isso! Sangue nos olhos, vai, vai, vai!

- Eu estou bem aqui, criatura.

Olhei para o lado e vi ela apertando a alça da bolsa me encarando, Rubi


usava um vestido formal mas que Deus! Deixava suas curvas perfeitas. O
cabelo estava solto e os lábios estavam naturalmente rosados.

- Ei -falei começando a ficar nervoso.

- Oi -ela se aproxima- Como você chegou aqui primeiro que eu?

- Estava com pressa -ela concordou.

- Sobre mais cedo -falei e ela suspirou tirando as chaves da bolsa e abrindo
a porta em seguida.

Ela entrou no apartamento se abaixando para falar com Mops que depois
veio até mim balançando o rabinho e eu me abaixei para falar com ele.
- E ai, garoto? -falei passando a mão no seu pelo macio- Ela não tinha
chegado ainda, porra, na próxima a gente se junta em uma missão, eu te
compro um smoking.

Mops latiu e olhou para Rubi que andava para a escada.

- Você me dá um tempo com ela? Precisamos conversar -ele latiu e vi


quando ele foi para a cozinha provavelmente atrás de ração.

Me levantei e comecei a andar para o seu quarto, subi as escadas e parei na


frente da sua porta que estava fechada, mas a abri entrando no seu quarto
em seguida.

Ouvi o barulho do chuveiro e vi suas roupas em cima da cama, tirei meus


sapatos e abri alguns botões da minha blusa.

Me sentei na cama e depois de alguns minutos eu vejo ela sair do banheiro


com uma toalha em volta do corpo.

Rubi vai até o closet e volta já vestida com um pijama em forma de vestido,
ele era bege e era de seda. Seus seios ficaram lindos nele.

Ela fez um coque no cabelo e se aproximou de mim, senti seu cheiro


adentrar minhas narinas e parece que fiquei mais calmo.

Seus olhos encontraram os meus e ela se sentou ao meu lado olhando para
frente.

- Pode dizer agora -ela diz e eu suspiro.

- Eu realmente saí da reunião mais cedo -ela concorda.

- Você estava na rua quando liguei para você?

- Não -respondi e ela fica em silêncio.

- Onde você estava, Adam? -pergunta e depois olha para mim- Se você falar
na terra do nunca eu juro que vou te socar.

Ri baixo negando.
Tirei a caixinha do meu bolso lentamente e vi ela arregalar os olhos
encarando a caixa.

Ela me olhou com os olhos apavorados e eu me segurei para não rir em um


momento importante.

- Não vou pedir você em casamento, não agora -digo e ela respira aliviada
levando a mão para o peito.

Ainda não é a hora de casarmos, mas claro que tenho planos para isso,
agora que consegui essa mulher não quero deixá-la nunca mais.

- Obrigada -diz e eu sorrio pra ela.

Entreguei a caixinha em suas mãos e me virei ficando de frente e ela fez o


mesmo.

- Eu estava na joalharia quando você me ligou -Rubi abriu a caixinha e pela


sua cara me pareceu que ela gostou já que ela não para de sorrir.

- Eu comprei esse anel de compromisso para nós dois para dizer o quanto
eu te amo e tornar isso mais oficial do que já é -peguei a aliança dela-
Assim que eu a vi eu sabia que ela era certa para você, princesa.

Mostrei a tiara e ela riu baixo, seus olhos estavam brilhantes e uma feição
meiga apareceu.

- Quer namorar de novo comi...

- Sim! Sim! -ela diz depois que eu coloco a aliança no seu dedo.

É impressão minha ou ela está mudando de humor rápido demais? Não,


deve ser coisa da minha cabeça.

Sorri e ela se inclinou me dando um beijo casto, Rubi pegou a minha


aliança e colocou no meu dedo.

- Eu pesquisei, e parece que metade dos brasileiros...

- Eu amo você -ela me corta e vem para cima de mim me dando um beijo
sedento.
Suas pernas foram cada uma para o lado da minha cintura e ela sentou no
meu colo ainda me beijando, Rubi começou rebolar e eu já sentia meu
membro dando sinal de vida.

Ela desabotoou minha blusa que segundos depois estava sendo tirada do
meu corpo, puxei seu vestidinho para cima e levei um seio até boca
fazendo-a ofegar.

- Adam...eu preciso...

Não a deixei terminar trocando a posição fazendo ela deitar e eu ficar no


meio das suas pernas bonitas.

Eu era definitivamente o homem mais feliz do mundo.

×××

Tinker Bell comprou uma aliança para a nossa princesa rsrsrsrs quem
diria...

Até, babys ❤️✨.

57° capítulo

Rubi

Acordei sentindo meu corpo ser apertado e dei um sorriso manhoso, senti
beijos na minha bochecha e pescoço me acordando, abri os olhos
lentamente.

- Bom dia, princesa -escuto sua voz e me viro ficando de frente para ele.

- Bom dia -falei levando minha cabeça para o seu peito.

Adam passou a mão no meu cabelo e eu me aninhei ainda mais no seu


corpo quente.

Ouvimos a porta ser aberta devagar e logo a cabecinha de Mops apareceu


me fazendo abrir um grande sorriso.

Me ajeitei ficando sentada e Adam fez o mesmo, Mops abanou o rabo todo
dengoso e subiu na cama contente, eu acho até que ele estava sorrindo.

- Garotão! já acordado? -Adam pergunta e ele rápido se deita para ele fazer
carinho na barriga dele.

Oferecido! Vou te que levar esse cachorro em uma escola canina na França.

- Por que ele sempre faz isso? -perguntei- Ele sempre pede para você fazer
carinho na barriga dele, ele nunca me pede isso.

Adam me olhou com um cara debochada.

- Você quer carinho na barriga do papai Adam também? Eu dou para você -
ele diz se inclinado na minha direção e alisando minha barriga.

Dou um tapa na sua mão e ele me olhou feio.

- Quem disse que você é o papai dele? -pergunto fingindo irritação.


- Qual é, esse cachorro gosta mais de mim do que de você -ele fala
naturalmente e eu dou um soco no seu braço, ele se deita dramaticamente.

- Ai meu Deus, Mops pega ela! -ele grita e meu cachorro late pra mim antes
depois colocar a cabeça na minha perna como se quisesse me prender.

Adam se levanta e ri com a cena, sorri de lado e passei a mão na cabeça de


Mops que foi fechando os olhos devagar.

- Admita que eu sou o pai dele -Adam sussurra.

- Não -sussurro de volta.

- Tudo bem, Mops já sabe que eu sou -Adam diz me dando um beijo
estalado no meu braço antes de se levantar indo para o banheiro.

Adorei ver aquela bunda na cueca branca de manhã cedo e logo depois
ergui minha mão vendo a aliança de compromisso, o fato dele pesquisar
sobre os costumes do meu país para me agradar me deixa animada.

Mops levantou a cabeça do nada e as orelhinhas ficaram empinadas com ele


me encarando.

- O que? -pergunto, ele olha para o banheiro e meneia a cabeça.

Será que esse cachorro é super dotado?

Ele abaixou as orelhinhas e eu juro que parecia que ele estava me julgando.

- Quer que eu admita também? Nem pensar -digo e Mops colocou a cabeça
em cima das patinhas parecendo triste.

Suspirei e me inclinei sobre ele sabendo que estava sendo vencida por um
cachorro e um loiro metido.

- Sim, ele é o seu papai -falei meio baixo e Mops balançou o rabo
rapidamente.

- Boa garoto! -Adam grita do banheiro e eu reviro os olhos.


Saí da cama tirando a camisa de Adam e a coloquei em cima da poltrona,
entrei no banheiro apenas de calcinha e vi ele de costas agora embaixo do
chuveiro.

A água caiu sobre sua pele e eu nunca vi uma cena tão sexy em toda minha
vida, ele consegue ficar bonito até tomando banho! Que merda é essa?

Por um momento senti que estava em um comercial para shampoo


masculino.

Fui até o espelho e peguei a escova de dentes olhando para a reserva que
estava ao lado da minha, eu havia dado a Adam para ele usar sempre que
estivesse aqui, seu sorriso quando contei isso era tão grande que a
probabilidade na NASA ligar pedindo para ele parar de sorri era gigantesca,
ele poderia estar cegando os astronautas lá em cima.

Coloquei pasta e escovei meus dentes, depois disso eu fiz um coque no meu
cabelo e suspirei.

- Rubi -ouvi Adam me chamar e o encarei que ainda estava de costas.

- Sim?

- Vem tomar banho comigo.

Tirei minha calcinha e fui até ele, entrei no box abraçando suas costas e ele
sorriu olhando para cima enquanto a água caia no seu rosto.

Ele pegou nas minhas mãos e me puxou para ficar na sua frente, a água caiu
no meu cabelo desfazendo o coque segundos depois.

Os braços de Adam me rodearam e eu coloquei a mão no seu peito.

- Tem algo que eu preciso contar a você -ele diz, sério. O que já me fez
enrugar a testa, Adam quase nunca fica sério.

- O que houve? -pergunto com cenho franzido.

- Vamos tomar banho e eu conto depois -ele diz e eu o olho irritada.


- Conta logo, caralho! Você não pode dizer que quer conversar comigo uma
coisa séria e depois me dizer que vai contar depois! Enlouqueceu?! -falei e
ele riu colocando sabonete na espoja e me ensaboando depois.

- Calma aí, que estresse é esse?! Já vou colar você nesse vidro e tirar seu
estresse -ameaça e eu reviro os olhos.

- Espero que não seja nada demais -falo e ele fica em silêncio me virando
para passar a esponja nas minhas costas.

(...)

Tinhamos acabado de tomar café e eu estava pronta para ouvir o que ele
tinha para me falar, a curiosidade reinando dentro do meu ser.

Ele estava sentado ao meu lado e me encarou profundamente.

- Eu encontrei com Melinda ontem -ele diz e eu pisco várias vezes.

- O que? Para que? -franzo o cenho.

- Ela estava me perseguindo -ele diz e eu arregalo os olhos- Entrei em uma


farmácia para disfarçar e a peguei desprevenida.

Fechei os olhos tentando entender.

- Por que ela estava seguindo você? -perguntei e depois abri os olhos o
encarando.

- Eu não sei, mas ela me disse algumas coisas...

- O que ela disse?

Adam me contou sobre o que conversaram e eu fiquei bastante surpresa,


menos na parte dela estar apaixonada por ele porque isso eu já sabia desde
que a encontrei a semanas atrás.

- O que vamos fazer? -pergunto e ele dá de ombros- 911! 911! liga para a
polícia!!
- Calma! Calma -ele agarrou meus braços, fiz uma expressão irritada.

- Ela estava te seguindo! Você não vê filmes? Quando uma pessoa começa
seguir a outra, você entende que ela tem um parafuso a menos, a não ser a
polícia...ou uma mulher querendo descobrir se o marido está a traindo -falo
e Adam franze o cenho, balancei a cabeça- Não importa, seguir uma pessoa
não é normal!

- Rubi, ela estava me seguindo apenas para confirmar que eu estava com
você, agora ela já sabe, e não vou deixar Melinda se intrometer no nosso
relacionamento.

Ele colocou a mão direita na minha bochecha me fazendo encará-lo, seu


dedo deslizou pela maçã do meu rosto lentamente e eu fechei os olhos
dando um sorriso pequeno.

- Eu prometo -ele diz colando sua testa na minha.

Respirei fundo.

Vários minutos depois...

Depois de me arrumar e sair do apartamento com Adam nós já estávamos


na empresa, mas antes disso ele quis parar no seu apartamento para trocar
de roupa.

Ele foi trabalhar e eu estava trabalhando na minha sala tentando me


concentrar, mas os barulhos vindo de fora não deixavam, olhei para a porta
quando ouvi a voz da minha purpurina discutindo.

- Não é só por que você é o clone da minha coisinha que eu tenha que
gostar de você -ouvi a voz do Josh.

- Sabe, me passa o seu número quando eu me importar eu ligo para você.

O que Safira quer a essa hora da manhã?

A porta foi aberta e eu suspirei vendo minha gêmea na minha frente


parecendo irritada e Josh aparece atrás dela.
- Quer que eu jogue fora? -ele pergunta apontando para Safira que lhe dá
um olhar mortal.

- Na próxima -digo e ela entra fechando a porta em seguida.

Ela anda até a cadeira a sua frente e se senta me encarando, cruzei os braços
a encarando de volta.

- Diga, Safira.

- Estou voltando para o Brasil -a encarei.

- Quando?

- Daqui a três horas -responde.

- Você...hum...já falou com Carlos? -pergunto meio triste.

- Já me despedi dele, só falta você -ela diz jogando o cabelo castanho


escuro para trás- Já resolvi minhas coisas no tribunal, já me resolvi com
Victor, não há mais nada para resolver aqui.

- Onde está Victor? -pergunto.

- Está no hotel resolvendo algumas coisas do trabalho -ela diz.

- O que ele faz afinal?

- Ele é dono de algumas redes de hotéis no Rio de Janeiro -disse.

Safira se levantou suspirando e abriu os braços.

- Vem me dá um abraço, maninha -ela diz me dando um pequeno sorriso


depois.

Me levantei dando a volta na mesa e fui até ela, a envolvi nos meus braços
meio sem jeito e ela apenas riu me abraçando forte.
Fechei os olhos relaxando e senti o cheiro que sinto desde que me entendo
por gente, Safira é uma das pessoas mais importantes na minha vida,
mesmo eu a vendo umas 8 vezes no ano, apesar de tudo eu faria qualquer
coisa para fazê-la feliz, ela também fez isso por mim a alguns dias atrás, e
nem tem ideia disso.

- Desculpe por dizer que eu deveria ter te comido -sussurrei e ela riu.

- Tudo bem, vou me desculpar não porque eu deveria ter te comido.

- Otária -parei de abraçá-la e ela sorriu cruzando os braços.

- Vá ao Brasil me visitar mais vezes -ela diz- Nossa mãe é difícil mas ela
ama você.

Isso fez meu coração acelerar, balancei a cabeça confirmando e aceitei o


carinho quando ela passou a mão pelo meu cabelo.

- Na verdade -ela diz e eu ando até o outro lado da sala me sentando em


cima do pequeno armário- Você terá que ir ao Brasil mais cedo ou mais
tarde -ela diz e eu franzo o cenho.

- Meu casamento com Victor acontecerá daqui a alguns meses e nem


adianta negar porque você é madrinha -ela diz me encarando.

- Madrinha? -pergunto.

- Sim, quer que eu pesquise no Google para você ver o que é? -ela fala
tirando o celular do bolso e eu reviro os olhos.

- Só por esse, eu não aceito, te fode -falei.

- Não! Não! Rubi -ela fingiu chorar e eu mantive minha expresso


debochada- Estou falando sério, Rubi. Quero que você seja minha
madrinha, você é a minha irmã, minha outra metade, minha cópia
falsificada, não vejo ninguém melhor para isso do que você -ela diz séria e
eu levo minha mão para a boca.
- Oh, isso foi bem fofo -digo e ela faz uma careta me fazendo rir- É claro
que serei sua madrinha.

Ela sorriu animada e eu sorri junto com ela.

Ouvimos a porta ser aberta e Lisa passar por ela, um vestido azul ocupava
seu corpo e parecia confortável.

- Rubi, eu preciso da papelada...

Ela nos encarou e piscou várias vezes olhando para mim e para Safira, um
sorriso sem jeito apareceu e eu sei que ela não faz idéia de quem é quem.

- Oi, me chamo Lisa -ela diz andando até mim.

- Não -falo e ela se vira andando até Safira estendendo a mão.

- Oi, me chamo Lisa -ela repete e Safira aperta sua mão com um sorriso.

- Sou Safira.

Lisa soltou a mão dela e foi para o meio da sala, ela nos encarou de novo
dando palminhas na perna ficando sem jeito.

- Então, gêmeas né? Uau -Lisa diz e Safira ri baixo.

- O que queria, barriguda? -digo e ela me olha.

- Aquela papelada sobre os novos pro...

- Baby, não esqueça dos...

Dylan apareceu na porta e parou de falar arregalando os olhos em seguida,


de repente ele pareceu lembrar do que eu falei sobre a gêmea e fez um "o"
com a boca.

- Ei! -ele fala.

- Oi -Safira e eu falamos ao mesmo tempo.


Dylan balançou a cabeça concordando e parou ao lado de Lisa que nos
encarava encantada.

- Sou o Dylan -ele fala olhando para mim.

Aponto para Safira e ele me dá um sorriso cínico.

- Desculpe, é que vocês são... -ele pareceu pensar- Não tem nada que
diferencie vocês não? -pergunta ajeitando a gravata preta.

- Deve ter -Safira diz.

- Bom...eu tenho uma tatuagem no pulso -falei mostrando a mesma- Fiz


com Carlos.

- Você fez uma tatuagem com ele? Mas que...por que eu não entrei nisso?!

- Porque eu sou a preferida, se toca, sou mais bonita, inteligente, e tenho um


bunda linda.

- Eu sou idêntica a você, maluca! -Safira grita e eu dou de ombros jogando


meu cabelo para trás.

- Você não tem uma tatuagem? -Lisa pergunta para a minha irmã.

- Eu tenho uma na nuca -Safira responde- Fiz sozinha! Porque meu pai e
minha irmã me odeiam!

Revirei os olhos.

Nessa hora nós ouvimos as vozes de Adam e Nathaniel aparecer, os dois


apareceram na minha sala com o cenho franzido pela minha reunião que
está acontecendo.

- O que vocês estão fazendo? -Adam pergunta e encara nós duas.

- Princesa -ele diz e anda até onde estou me dando um selinho rápido.
Nate, Dylan e Lisa o encaram meio surpresos e dava para ver a confusão
nos olhos de cada um.

- Cara, o que você...como você -Dylan parecia meio perdido.

- Conheço minha namorada -ele diz convencido, bati na sua barriga de leve
com o seu cotovelo.

- De onde está saindo tantos homens bonitos? -Safira pergunta olhando para
a porta- Vem cá, vocês são os Venturelli?

Eles acenam.

- Nossa -minha irmã resmunga- Aonde vocês compram esses ternos?

Os meninos sorriram, e eu pensei que entraria em um desenho animado


onde aparece uma lousa branca com o endereço desenhado, aparecia do
nada um estilista pronto para fazer as medidas de ternos e eles conversariam
sobre isso enquanto tomam chá.

Eles começaram a conversar sobre isso e eu levantei uma sobrancelha já


entendiada junto a Lisa que passava a mão na sua barriga as vezes.

Fui até a minha gaveta tirando a paleada que ela quer e separei tudo
certinho.

Um milhão de anos depois a conversa finalmente terminou.

- Bom -Safira se levantou da cadeira- Eu vim para me despedir, vou voltar


para casa.

Ela anda até Adam e os dois apertam as mãos.

- Cuide da minha irmã -ele concorda- Você é bem gato mas eu desfigurou
sua cara, sei karatê -ela diz vendo Adam franzir o cenho.

- Se cuida, ok? -Safira diz quando chega perto de mim.

- Você também -falei, nos abraçamos uma última vez.


Olhamos para eles que nos encaravam com atenção, a expressão
maravilhada e surpresa ainda estava presente.

- Tchau -ela diz e eles acenam.

- Espero você no casamento, madrinha! -Safira gritou da porta e Adam me


encarou.

- Depois explico -falo e ele concorda.

- Ela não vai voltar? -Lisa pergunta.

- Talvez -digo e ela acena.

- Certo -Nate diz e encara Dylan- Preciso falar com você.

- Ok, vamos -Dylan diz e os três saem da minha sala me deixando a sós
com Adam.

- Madrinha? -ele diz colocando os braços na minha cintura me puxando


para ele.

- Pois é, daqui a alguns meses vamos a um casamento -falo.

- Vamos?

- Vamos -falei me inclinando sobre ele que me deu um beijo casto.

- Vai me sequestrar e me levar para o Brasil?

- Sim, vou te deixar com a minha família, vai ser uma ótima tortura -digo
sorrindo e ele suspira.

- Você precisa conhecer o resto da minha, mas agora vamos para a nossa
reunião.

- Vamos -falei, mas antes disso eu tive que bater na bunda dele com força,
ele soltou um resmungo massageando a nádega direita com uma careta que
apenas me fez rir.
- A quanto tempo você quer fazer isso? -pergunta pegando na minha mão.

- A semanas! -respondo e ele riu alto enquanto saímos da minha sala.

×××

Safira está voltando para o Brasil, parece que temos um casamento


para ir...hum vamos ter que apertar o cinto de novo, mas dessa vez o
destino é o Brasil.

Vote, comente, me faça feliz ❤️

Até, babys.

58° capítulo

Rubi

Peguei a garrafa de água de dentro da geladeira e fechei a mesma vendo


Lisa na minha frente.

Ela comia algumas frutas que estavam cortadas dentro de um pequeno


recipiente.

- Eu venderia você agora por um bolo de chocolate -ela diz comendo um


pequeno pedaço de banana.

- Eu adoro como você me valoriza -digo debochada e ela fez uma expressão
meiga dizendo "É sempre uma honra".

Eu havia descido para buscar uma garrafinha de água na copa da empresa e


vi Lisa aqui comendo frutas. Então, me juntei a ela já tem alguns minutos.

- Estou me sentindo tão inchada -ela fala naturalmente.

- Você está grávida! -digo e ela ri baixo.

- É verdade -ela diz rindo e eu balanço a cabeça.

Bebi um gole de água e vi ela me encarar.

- Você está estranha -ela diz colocando as frutas em cima do balcão ao


nosso lado.

- Me sinto normal -falei.

- É...você me lembra algo mas não consigo saber o que é -diz.

- Que papo é esse, Lisa? -pergunto bebendo mais água.

- Ainda não sei -ela diz me analisando.

- Eu estou normal -falei- Toma, beba um pouco de água, vou subir.


Entreguei a garrafa a ela e andei para a saída da copa entrando no elevador
em seguida.

Me encostei na barra e vi minha roupa no espelho que era apenas uma saia
preta que ia até o meio das minhas coxas, a blusa social era de um cor
apagada com botões na frente, os saltos também era pretos mas a sola era
vermelha.

Meu cabelo estava solto e eu usava apenas rímel e pó compacto, as portas


foram abertas e eu caminhei para a minha sala.

Josh não estava aqui, eu o mandei no meu lugar para cuidar de alguns
documentos com clientes, o único que estava aqui era Gustavo que me deu
um sorriso e eu apenas acenei entrando na minha sala.

Me sentei na minha cadeira e respirei fundo para começar a trabalhar.

Mas meus pensamentos foram ocupados por um loiro que eu amo com toda
minha força, eu não via Adam direito a dois dias. Sempre que nos
falávamos era extremamente rápido, ele ia correndo para as reuniões que
tinha e chegava exausto.

Olhei para o anel em meu dedo e sorri terno, ainda não acredito que Adam
comprou um anel de compromisso para mim, ainda é inédito.

Foquei no meu trabalho encerrando meus pensamentos sobre ele e tratei de


colocar algumas ideias no papel, deixei a inspiração me invadir e fiquei
bastante tempo trabalhando.

Até que eu ouço vozes do outro lado e meu coração acelera quando
reconheço uma, a reconheceria em qualquer lugar.

A porta foi aberta e levantei meu olhar vendo Adam com um terno claro de
três peças, o cabelo estava bagunçado e em seus lábios apareceu um sorriso
meio safado.

Ele andou até a cadeira a minha frente e se sentou nela me encarando,


coloquei as mãos em cima da mesa segurando um lápis amarelo.
- Você não vai me cumprimentar? -pergunto e ele dá de ombros.

Adam passou o dedo no lábio inferior e olhou para os meus seios antes de
subir para os meus olhos.

Eu ia me levantar da cadeira quando suas mãos se levantaram me dizendo


para continuar sentada.

O olhei sem entender e ele sorriu de lado.

- Você fica bem atrás da mesa -ele diz com a voz meio rouca- Mas...ficaria
melhor em cima dela.

Entreabri a boca, um sorriso lascivo habitou em seus lábios e eu engoli em


seco.

Adam puxou a gravata a afrouxando, parecia que ele ia me atacar a


qualquer momento.

- Vai me atacar, garotão?

- Com certeza.

Ele se levantou e caminhou a passos lentos até parar atrás de mim, minha
cadeira foi girada me fazendo virar ficando de frente para ele.

Suas mãos foram para o apoio da cadeira me prendendo, coloquei minhas


mãos em cima da minha perna e ele se inclinou sobre mim me dando um
beijo calmo e foi descendo para o meu pescoço.

Minha respiração foi mudando e minhas pernas foram apertadas por sua
mão direita, joguei minha cabeça para o lado dando mais acesso a ele.

- Cheguei a uma conclusão hoje, princesa -ele diz levando uma mão para a
minha nuca me puxando para encará-lo.

- Eu não posso ficar longe de você -diz me fazendo sorrir de lado.

- Devia apostar isso, você iria à falência -digo e ele sorriu antes de me
beijar com vontade.
Sua língua toca a minha com fervor e eu coloco minha mão na sua nuca o
puxando para mim, Adam leva as mãos para a minha saia a puxando para
cima e eu me levanto um pouco na cadeira para ajuda-lo.

Nos separamos e ele se abaixou tirando minha calcinha lentamente vendo a


peça rosa, Adam a guardou no bolso e eu suspirei baixo com ansiedade.

- Espera -digo e ele me encara- Gustavo está ai fora.

- Não, não está. O mandei encontrar com um cliente e segurá-lo o quanto


puder.

- Você tem trabalho agora? -pergunto com o cenho franzido e ele suspira.

- Sim, mas eu precisava ficar com você nem que seja só por 15 minutos -diz
me puxando para ele.

Ele desabotoou minha blusa mais rápido do que Peter dirige e abriu meu
sutiã que tinha o fecho na frente. Apoio as mãos no braço da cadeira vendo
a saia pendurada na minha cintura e minha blusa aberta junto ao sutiã, meus
seios livres para a sua visão.

- Agora, princesa. Abra as pernas as apoiando nos meus ombros.

Abri mais as minhas pernas e as coloquei no seu ombro, arfei sentindo ele
dar beijos na parte interna da minha coxa mordiscando de leve, logo depois
sua língua quente me invadiu me fazendo gemer um pouco alto.

Agradeci mentalmente por nenhum dos dois estarem aí fora.

Olhei para cima com a minha respiração ficando cada vez mais acelerada e
apertei o apoio da cadeira com força, senti ele sugar meu clitóris e gemi
novamente sabendo que os bicos dos meus seios estão duros.

Tirei minhas mãos do apoio da cadeira e as levei para o seu cabelo


apertando com força, olhei para baixo vendo ele no meio das minhas pernas
e sorri mordendo o lábio inferior.
Sua língua tocou no meu clitóris novamente antes de ir mais para baixo me
penetrando, me mexi um pouco sentindo um prazer imenso e suspirei
sentindo uma fina camada de suor surgir no meu peito, ele levou as mãos
para as minhas pernas me apertando para que eu fique quieta, não adiantou
muito.

Fechei os olhos tendo a última visão da agulha do meu salto no final das
suas costas e em seguida senti meu corpo tremer trazendo meu orgasmo
junto.

Encostei a cabeça na cadeira vendo meu peito subir e descer satisfeita com
o sexo oral, ele se levantou passando a costa da mão na boca o que foi meio
sexy, admito.

Seu braço passou pela minha cintura e ele me tirou da cadeira me


carregando, apoio minhas pernas no seu quadril soltando uma risada.

Adam me colocou em cima da mesa e eu o puxei para perto com as minhas


pernas, ele põe meu cabelo para trás enquanto eu sentia meus seios colados
no seu peito.

Seus lábios tocaram a minha testa gentilmente e eu fechei os olhos o


abraçando forte.

Meus quadris foram puxados para frente e me afastei vendo ele abrir o
botão da calça social, seus lábios foram para o meus novamente e eu chupei
seu lábio inferior ouvindo um gemido contido sair dele.

Ele estava puxando o calça para baixo quando ouvimos seu celular tocar
descontroladamente nos atrapalhando, Adam resmungou enquanto
ouvíamos aquele treco tocar e vibrar sem parar.

Parei de beija-lo e ele fechou os olhos frustrado com a situação.

- Me desculpe -ele diz e eu concordo colocando minhas mãos na mesa para


me apoiar.

Adam tirou o celular de dentro do paletó e respirou fundo antes de atender.


- Adam -diz com o celular no ouvido e me encara.

Seus olhos desceram para os meus seios que estavam descobertos e ele
levou as mãos até eles.

Adam franziu o cenho os encarando e passou o dedo pelo bico, ele me


olhou ainda com o cenho franzido e eu apenas perguntava "o que?", ele
balançou a cabeça e massageou as têmporas.

- Como assim ele quer ir embora? -pergunta para Gustavo.

Fechei meu sutiã novamente e depois a blusa social, amarrei meu cabelo em
um coque e encostei minha cabeça no seu peito que apertava minha nuca
massageando-a.

Eu me sentia cansada, como se tivesse corrido uma maratona.

- Não! Não o deixe ir embora -ele suspirou- Eu estou indo.

Dito isso ele desligou o celular e colocou no bolso da frente da calça, ele
pegou nas minhas bochechas me fazendo encara-lo.

- Eu infelizmente tenho que ir -diz me dando um beijo rápido.

- Precisa mesmo? -pergunto colocando minhas mãos nas suas.

- Sim -ele riu baixo- Vá para o meu apartamento hoje. Eu preciso dormir
com você, tudo bem?

- Tudo bem -digo fechando os olhos e apoiando minha cabeça na sua mão.

- Você está bem? -ele pergunta meio preocupado.

- Sim, só estou me sentindo mais cansada que o normal -falei abrindo os


olhos.

Ele beijou a ponta do meu nariz me fazendo sorrir, alisei suas costas.

- Vamos descansar hoje, ok? -pergunta me ajudando a descer da mesa.


- Sim -falei puxando minha saia para baixo e o encarei.

- Não vou devolver sua calcinha -ele diz me dando um beijo estalado e sai
pela porta rapidamente, quase correndo para eu não forcá-lo a devolver a
minha peça.

Me sentei na cadeira de novo e cruzei as pernas tentando me concentrar no


que estava fazendo antes dele chegar aqui.

(...)

Estava na hora do almoço e eu estava ao lado de Susie, caminhamos


normalmente pela rua procurando por um bom restaurante.

Ela estava passando pela empresa e resolveu me chamar para almoçar com
ela, Lisa estava com Dylan e Emily estava trabalhando e não iria sair para o
almoço, então éramos apenas nós duas.

- Eu estou com fome! -ela diz cruzando os braços enquanto caminhava


emburrada.

- Tem um restaurante ali na esquina -falo vendo o mesmo.

- Eu deveria cozinhar, estou gastando metade do meu salário com comida -


ela diz ajeitando a alça da bolsa.

- Você não gosta de cozinhar? -pergunto.

- Gosto! -ela olha para frente- Mas as vezes eu tenho preguiça e acabo
comprando comida, mas sempre que dá...eu estou usando meu avental de
cozinha.

A dei um sorriso que apenas me abraçou de lado.

- Ei! Vamos entrar ali -ela me puxou pela mão e juntas entramos em uma
farmácia.

Ela foi direto na sessão de absorventes parando na frente da prateleira e


cruzou os braços.
- Estou sem absorvente, minha menstruação desce amanhã -diz pegando um
pacote com 16 unidades.

- Esse é sem abas -digo e ela encara os pacote.

- Ah -ela devolve o pacote- Só uso com abas.

Ela pegou outro que tinha abas e sorriu para mim parecendo contente, eu
guardaria Susie em um potinho agora.

- Vamos pagar -digo com um sorriso de lado e fomos para o caixa.

Entramos na fila que não estava muito grande e ela parou ao meu lado
encarando o pacote de absorvente.

- Acho que eu deveria pegar um maior -ela diz e eu a encaro- Meu fluxo é
por vários dias.

- Acho que esse dá, Susie -falo e ela meneia a cabeça.

- Você já menstruou esse mês? -pergunta.

- Sim, mas... -ela me encarou com o cenho franzido.

- Mas...

- Mas foram apenas dois dias -falo e ela faz uma cara confusa.

- Só isso?

- Só -respondi.

- Estranho -ela diz e eu concordo- Talvez ela ainda volte sei lá, essa coisa
engana a gente -ri baixo.

- É pode se...

- Próximo! -a atendente nos chama e Susie vai até ela enquanto eu ando
para a entrada da farmácia para esperar por ela.
Alguns segundos depois nós saimos da farmácia e começamos a caminhar
de novo para o restaurante da esquina.

- Cadê a Tinker? -ela pergunta colocando o absorvente dentro da bolsa azul


escura.

- Está almoçando com alguém importante -falo e ela concorda.

- Estão trabalhando muito? -pergunta enquanto nos aproximamos do


restaurante.

- Você não faz ideia -falo e ela ri.

- Olhe pelo lado bom -a encarei- Pelo menos agora nós vamos comer.

- Sempre veja o lado bom das coisas -falo e ela balança a cabeça.

Entramos no restaurante e sentamos na primeira mesa que vimos.

- Qual prato você vai querer? -pergunto olhando o cardápio que estava
sobre a mesa.

- O mais fundo porque cabe mais -ela diz, ri alto mas depois coloquei a mão
abafando o riso.

- O que? -pergunta.

- Eu quis dizer a comida e não a forma do prato.

Ela abriu a boca fazendo um "o" e depois sorriu.

- Foi mal -diz rindo.

- Só vamos pedir logo, estou faminta -digo e ela chama a garçonete.

Nós fizemos nossos pedimos rapidamente porque eu já tinha em mente o


que iria comer, apenas Susie ficou um pouco indecisa mas depois pediu e
nós ficamos por um bom tempo no restaurante.
Almoçamos e conversamos sem pressa, depois ela foi para casa e eu voltei
para a empresa para voltar a trabalhar.

As coisas estavam cansativas no trabalho.

×××

Meu povo bonito, haverá uma passagem de tempo na história. Só


queria avisar para não pegar vocês com tanta surpresa assim.

É isso, babys. Lembrando que toda quarta feira, 10 capítulos. ❤️✨.

59° capítulo

Rubi

2 meses depois...

Ouvi a campainha tocar e corri para o andar de baixo, Mops correu junto
comigo e estava com a língua para fora de tanto eu brincar com ele.

Abri a porta rapidamente vendo um rapaz na minha frente segurando um


cartão com uma caixinha quadrada cheia de pérolas em cima.

- Senhorita Mendoza?

- Sim, sou eu -digo e ele sorri.

- Sua irmã me pediu para entregar isso -ele estendeu a caixa e eu a peguei
agradecendo.

- Assine aqui -ele estendeu a prancheta e eu assinei rápido.

Ele foi embora e eu fechei a porta vendo a caixinha, suspirei vendo um


cartão que estava com a letra dela.

Eu sabia por que esse é o segundo cartão que ela me manda, e nos dois
estava "me caso daqui a duas semanas, não falte a porra do casamento".

Abri a caixa e vi fotos de nós duas pequenas e uma era ela com o vestido de
casamento, sorri abertamente e coloquei a caixinha em cima da mesinha ao
meu lado.

Safira e eu estamos mais próximas esses últimos meses, nos falamos mais
nas últimas semanas do que em anos.

Eu decidi tê-la mais presente na minha vida, conversar mais por mensagem
e ligações, essas coisas, e ela decidiu o mesmo já que está me ligando para
saber como estou e avisar quantas semanas faltam para o casório, ela estava
bastante ansiosa.
Mops se deitou roendo um osso de plástico que comprei a ele mas logo suas
orelhinhas levantaram e ele encarou a porta, eu sabia o que isso significava.

Uma batida ecoou na porta e Mops correu até ela balançando o rabinho, fui
até lá abrindo a porta vendo os olhos azuis que eu adoro.

Adam sorriu antes de avançar sobre mim me carregando pela cintura, Mops
latiu para nós e ele caminhou para o sofá me deitando nele.

- Sentiu minha falta, princesa? -pergunta com o corpo em cima do meu.

- Adam -ri baixo- Você saiu daqui faz apenas duas horas.

Hoje era sábado e estava no meio da tarde, Adam saiu depois que Dylan
ligou para ele o pegando para uma missão, aparentemente Lisa estava
desejando um bolo de nozes e estava irritada, Dylan convenceu Adam a ir
com ele até o outro lado de Nova York para comprar um pedaço de bolo de
nozes para a barriguda irritada que agora está com 7 meses, Adam
resmungou horrores mas acabou indo ajudar o irmão, certeza que ele
encheu o saco a viagem inteira.

Passei a mão no seu rosto e ele beijou minha mão.

- É suficiente para você morrer de saudades, então, morra de saudades do


seu namorado! -diz rindo antes de me beijar intensamente.

Ouvimos Mops latir ao nosso lado e nos afastamos vendo ele com a
cabecinha jogada pro lado, se ele falasse, diria "Para com essa pegação na
minha frente, porra!".

- E ai, garoto? Vai brincar com o osso, vou foder sua mamãe agora -Adam
diz e eu bato no braço dele com força que riu alto.

Ele se levantou e eu me levantei em seguida indo fechar a porta que ficou


aberta e Adam colocou a mão no bolso tirando uma bolinha rosa do mesmo.

- Olha o que o papai comprou -ele mostrou a bola para Mops que deu uma
voltinha feliz.
- Outro brinquedo? Adam, você está enchendo meu apartamento de
brinquedos caninos -falo e ele me encara.

- Para de drama, Leticia -ele diz e encara Mops em seguida.

- Vai pegar.

Ele diz e joga a bolinha longe para que meu pobre cachorro corra atrás, e
ele corre, Mops correu tão rápido que eu até me assustei, suas patinhas
deslizaram no início mas depois ele pegou o jeito e sumiu das nossas vistas.

- Se você trouxer outra bola eu vou fazer você engolir ela -digo andando até
ele.

Seus braços passam pela minha cintura me puxando para o seu corpo que
era coberto por uma camisa branca e uma calça jeans despojada, eu estava
usando uma camisa larga e um shortinho preto com detalhes brancos.

- Só foram 15 bolinhas -se defende.

- Tem bolinha no meu banheiro, embaixo da mesa, na minha cama, pelo


corredor e tem duas ali na escada -aponto e ele olha para elas.

- É... você tem razão, tenho que comprar mais -diz e eu reviro os olhos.

Ele me beijou rapidamente e depois me encarou colocando meu cabelo para


trás da orelha.

- Vou fazer algo para jantarmos -falo e ele concorda.

Ouvimos o barulho de patinhas e Adam sorriu abertamente.

- Vou ficar com Mops -ele diz e me solta vendo o cachorro com a bolinha
na boca.

- Toma conta dele -digo e Adam acena.

- Vou tomar.
- Estava falando com o cachorro -ele me encara revirando os olhos e eu
sorrio.

Corro para a cozinha quando ele ameaça dar um tapa na minha bunda e vou
direto para a geladeira procurar o que fazer para comermos.

Separei alguns ingredientes para fazer uma lasanha e fui preparar tudo o
que era necessário.

De repente ouvi uma música soar e percebi que estava vindo do


apartamento de cima, a melodia era muito bonita e eu sabia a letra.

Cantei baixinho mas fui aumentando a voz sem perceber:

- Você é o café que eu preciso de manhã

Você é meu raio de Sol na chuva, quando ela está caindo

Você não vai se entregar para mim?

Se entregue completamente, oh.

Percebi por canto de olho Adam se encostar na parede na entrada da


cozinha, o encarei e ele me deu um sorriso perfeito.

- Eu só quero ver...

Andei até ele lentamente parando na sua frente, Adam sorriu meigo me
puxando pela cintura com os olhos vidrados nos meus.

- O quão bonito você é -passei a mão no seu rosto sentindo meu coração
acelerado.

Ele riu fraco colocando a testa na minha, nossos corpos se moveram para o
lado e para o outro.

- Se a vida é um filme

Oh, você é a melhor parte, oh

Você é a melhor parte, oh

Melhor parte.

Ele encostou os lábios nos meus sutilmente e senti meu corpo estremecer,
eu o amo tanto que já não consigo imaginar meu futuro sem que Adam
esteja nele.

- Você é a minha melhor parte -ele sussurrou com os lábios roçando nos
meus.

- Eu amo você -falei fazendo ele dá um sorriso pequeno.

- Não mais que eu, princesa.

Nos afastamos e ele beijou minha mão com carinho, sorri para ele e voltei
para onde estava ouvindo ele resmungar.

Depois de vários minutos eu estava finalizando a lasanha e Adam estava


sentado na cadeira jogando a bolinha para Mops que não parecia nem um
pouco cansado de correr atrás dessa merda de bola, mas infelizmente eu não
consegui finalizar a lasanha.

Quando eu estava montando a travessa aquele cheiro de molho me fez ficar


tonta e eu coloquei as mãos na mesa procurando me apoiar.

Parecia difícil me equilibrar, eu abria e fechava os olhos tentando fazer


esses pontos turvos diminuírem.

- Adam -chamei por ele que me encarou.

Ele olha para mim e automaticamente franze o cenho.

- O que houve? -ele se levanta e caminha até mim.

- Eu não...me sinto bem, estou enjoada.

Ele me segurou pelos braços e parecia preocupado.

- Quer que eu...

O encarei sentindo minha vista escurecer e só senti ele segurar meu corpo
depois que tudo ficou escuro, não pude entender o resto da sua frase.

Adam
Peguei seu corpo pequeno a colocando no meu colo e andei a passos
rápidos para a porta.

Mops latia sem parar e isso estava me deixando mais nervoso do que eu já
estava.

- Cuide da casa garoto, vou levar sua mãe para o hospital -falei e ele sentou
perto da escada como se me dissesse que faria exatamente isso.

Abri a porta com um pouco de dificuldade, mas por fim eu consegui e fui
com ela para o elevador, menos de 5 minutos nós estávamos no
estacionamento do seu prédio.

Tirei a chave do meu bolso quando a coloquei de pé mas segurando sua


cintura com a outra mão para não deixa-la cair, abri as porta do passageiro e
a coloquei lá dentro com cuidado e dei a volta entrando no veículo
colocando o cinto nela depois.

Liguei o carro e saí do seu prédio dirigindo rápido até o hospital, a olhei e
meu peito se apertou vendo-a desmaiada parecendo quase morta. Eu estava
começando a me desesperar.

Minutos depois chegamos no hospital e eu coloquei meu carro no primeiro


canto que vi, a levei para dentro carregando seu corpo junto ao meu.

- Por favor! Alguém me ajuda -falei alto e uma mulher de mais ou menos
50 anos veio até mim.

- A coloque ali -ela apontou para uma maca e eu fiz o que ela disse.

Alguns homens apareceram e pegaram a maca a levando para algum lugar


que eu obviamente fui junto.

- O que aconteceu? -a mulher pergunta olhando para mim.

- Eu não sei...ela apenas desmaiou -falo preocupado para uma porra.

- Certo -ela diz e vejo eles entrando em uma sala, tento entrar mas a mulher
me impede.
- Vamos fazer alguns exames na sua amiga, espere um pouco -ela diz com a
mão no meu ombro.

- Ela é a minha namorada -digo e ela concorda- Por favor, cuide dela.

- Estamos aqui para isso -ela diz e aponta por onde tinhamos vindo.

A encarei suspirando e passei a mão no rosto frustrado, nós dois voltamos


para a recepção e ela me pediu algumas informações sobre Rubi que dei
todas.

Ela pediu para eu esperar e eu a olhei tão irritado que acho que ela se
assustou um pouco mas parei no minuto seguinte, ela só está fazendo o
trabalho dela.

Andei pela sala de espera de um lado para o outro enquanto ligava para o
pessoal dizendo que minha princesa estava no hospital.

Rapidamente, estavam todos vindo para cá.

×××

Chegou um ponto importantíssimo na história de Adam e Rubi, ela vai


se tornando essencial neste livro e até nos próximos 😍 . (Todos meus
livros são interligados).

Até, babys ❤️✨

60° capítulo

Sem spoiler! Não atrapalhe a experiência de outras pessoas.

Rubi

Senti meus dedos serem apertados e abri os olhos com lentidão, a primeira
coisa que vi foi um quadro de rosas brancas na parede.

Olhei em volta até que vi Adam sentado ao meu lado apertando meus dedos
com a cabeça baixa, suas costas estavam tensas e eu podia ouvir um
barulhinho chato vir atrás da porta da sala que estávamos, parecia o barulho
que aparece em filmes para indicar os batimentos de alguém.

Apertei seu dedo de volta e rapidamente ele levantou a cabeça fazendo


nossos olhos se encontrarem.

- Caralho, princesa. Merda! Que susto!

Adam se aproximou de mim e me deu um abraço tão forte que quase fico
sem ar, ele beijou o topo da minha cabeça e eu pisquei várias vezes.

- Como eu vim parar aqui? Por que estamos no hospital? -pergunto e ele me
encara colocado uma mão na minha bochecha.

- Eu te trouxe depois que você desmaiou no apartamento -ele diz e eu


rapidamente me lembro do ocorrido.

Senti minha barriga roncar e respirei fundo.

- Estou com fome -falo e ele concorda.

- Vou chamar o médico e aí poderemos ir para cas...

- Rubi!

Ouvimos uma voz feminina nos chamar e automaticamente olhamos para a


porta quando Emy passou por ela parecendo preocupada.
- Ei -falo e ela anda até mim empurrando Adam pro lado que quase caiu
derrubando alguns objetos na cômoda pequena perto dele.

- Puta merda hein garota! Não faz isso não, eu tenho problema nesse
negócio aqui -ela coloca a mão no peito do lado esquerdo.

Depois disso ela me abraçou e olhou para Adam respirando aliviada, o loiro
apenas riu.

- Emily! Você não pode ficar entrando nos quartos desse jeit...

A voz da Lisa apareceu e logo seu rosto apareceu no quarto, ela nos encarou
sorridente me deixando perceber os traços de nervoso se desfazendo no seu
rosto.

- Graça a Deus -ela veio até mim me dando um abraço.

- Gente -falo rindo depois que Emily também me abraçou, resumindo, nos
três estávamos abraçadas.

- Estou bem -falo- Aposto que não foi nada preocupante.

Nos separamos.

- Desculpe, fiquei traumatizada desde que a Lisa ficou em coma -Emy diz e
eu sorri triste.

- Isso é passado -Lisa diz e nós duas pegamos na mão de Emy que sorriu de
lado.

- Ok, parem antes que eu chore -digo sentindo meus olhos se encherem de
água.

Adam estava parado ao lado da cama e passou a mão no cabelo parecendo


pensativo.

- Estou aqui há muito tempo? -pergunto.


- Não muito, mas para mim pareceu uma eternidade -Adam responde e eu o
encaro.

- Foi tempo suficiente até chegarmos aqui -Emy diz e eu concordo.

- Cadê a Susie? -perguntei.

- Aconteceu um problema no apartamento dela por isso ela ainda não está
aqui, mas já está chegando -Lisa explica.

- Dylan, onde ele está? -Adam pergunta e Lisa rola os olhos.

- Está de castigo -ela diz- Ele se recusou a me dar o suco dele e nós
brigamos.

- Por causa de um suco? -Emily pergunta e ela acena.

- Era um suco muito bom -ela coloca a mão na boca parecendo que iria
chorar e eu a olhei sem saber o que fazer.

- Caraca -Emily sussurra- Você está muito chata.

Lisa a olhou feio mas depois concordou.

- Está tudo bem agora, já nos acertamos -ela deu um sorriso enorme me
fazendo ficar confusa.

Uma mudança de humor e tanta.

- Lisa!

- Aqui! Última porta! -Lisa gritou de volta.

- Vocês não perguntaram para o médico onde eu estava não? -pergunto e


apenas ouço Adam rir.

Logo o rosto de Dylan apareceu adentrando o quarto, ele segurava um copo


de suco e na outra um copo de café, Nathaniel entrou logo depois dele
segurando dois pedaços de bolo de laranja.
- Ei! Você está bem? -Nate perguntou assim que me viu.

- Você nos assustou, Rubi -Dylan diz parando ao lado da esposa.

- Já estou bem -digo os dando um sorriso confortador.

- Aqui, baixinha -Dylan entregou o copo de suco a Lisa que aceitou


sorrindo.

- Os bolinhos -Nate diz entregando a Dylan que coloca em uma mesinha


com apenas um cadeira.

- Sente aqui -Dylan diz e ela vai até onde ele está para se preparar para
comer.

Dylan a olhava um pouco assustado, acho que ele estava sofrendo com essa
mudança de humor.

- Muito obrigada -ela abre os braços para abraça-lo, mas Dylan da um passo
para o lado pensando que ela faria alguma coisa, mas depois volta para ela
com um sorriso nervoso.

- Não vou atacar você -ela diz e ele concorda em silêncio parecendo duvidar
disso.

Ouvimos vozes novamente e um homem de jaleco branco com uma pasta


em baixo do braço entrou ao lado de Peter, os dois conversavam
animadamente.

- Você tem que ver como ela está agora -o médico diz rindo.

O médico aparentava ter uns 30 anos e tinha um cabelo preto com grandes
olhos castanhos, seu rosto era definido e um nariz reto dava charme a ele
assim como aquele jaleco branco.

- Gostosa, aposto -Peter diz e o médico para de andar e o encara.

- É da minha irmã que você está falando, quer apanhar aqui mesmo? -
pergunta irritado e Peter finge fechar a boca igual um zíper.
O médico olhou para nós e deu uma leve sobressaltada, ele andou até onde
eu estava e me deu um sorriso pequeno.

- Srta. Mendoza -me cumprimenta- Sou o Dr. James Hale.

Apertei sua mão e Adam se aproximou parando ao meu lado, Emily e os


demais ficaram ao lado de Lisa e Dylan nos observando.

O doutor olhou para Adam e estendeu a mão.

- Adam Venturelli -se apresenta e o doutor acena.

- Você deve ser a pessoa que a trouxe -ele abriu uma pasta e a encarou com
o cenho franzido- Namorado?

- Sim, sou eu -Adam diz e olha para mim.

- Ok -o doutor olhou para a pasta.

- Srta. Mendoza? -encarei o doutor e quando ele ia começar a falar ouvimos


a voz de Susie apareceu.

- Cheguei! -ela apareceu e tinha uma expressão irritada.

- Susie -digo e ela anda até mim me dando um abraço apertado.

- Está bem? Está melhor? Por que você desmaiou?

- O doutor vai explicar agora -digo e ela o encara.

O mesmo sorriu para ela meio galanteador e ela retribuiu o sorriso em


forma de cumprimento, estava na cara a malícia do médico mas acho que
Susie não percebeu.

- O que ela teve? -Adam pergunta.

Susie andou até as meninas quando as viu e cumprimentou todos.


- Bom, ela teve queda de pressão arterial por isso o desmaio, detectei alguns
sinais de vertigens, quando foi sua última refeição? -pergunta me
encarando.

- Café da manhã eu acho -falo.

- Você ficou um longo período sem sem alimentar, isso a causará vertigens
e mais desmaios irão acontecer -ele diz e eu concordo - Tudo bem -balancei
a cabeça.

- Se alimente corretamente e cuide do bebê.

Imediatamente todo o sangue do meu corpo pareceu esvaziar, prendi a


respiração em um estado imóvel, não se podia escutar um som naquela sala
a não ser pelo médico que nos encarou com a testa franzida e sua voz saiu
meio receosa.

Sabe quando seu mundo parece paralisar?

Pois é, não é assim que eu estava, porque o meu mundo estava virando de
cabeça para baixo!

- Vocês... -ele levou a mão até o meu rosto balançando na frente mas eu não
me movia- Vocês ainda não sabiam...merda -o cara massageia as têmporas.

- Bebê? -A voz de Lisa ecoou na sala e o médico a encarou.

- Sim -o médico diz e eu finalmente tomo coragem para me mover.

- Como assim...como...grávi... -eu não conseguia completar.

- Eu sei que é um choque -o médico diz e eu engulo em seco- A maioria das


mulheres descobrem a gravidez com 2 meses, você está com esse período e
algumas semanas, preciso checar sua ficha com mais precisão.

Olhei para Adam e percebi que ele me encarava sem piscar, parecia que ele
ia desmaiar.

- Adam...
- Eu vou desmaiar -ele diz fechando os olhos meio tonto e os meninos vão
até ele para segurá-lo e não o deixar cair de cara no chão.

As meninas me encarava surpresas mas eu sabia que elas estavam quase


pulando de felicidade.

- Recomendo que faça o quanto antes o pré-natal -o médico diz e eu não


conseguia raciocinar direito- Procure uma obstetra e...

Parei de escutar o que ele dizia e só conseguia encarar o chão, grávida? Eu


não posso estar grávida, eu não consigo nem cuidar de Mops direito
imagine de uma criança. Não, não, não. Não posso fazer isso, eu não sei
fazer isso.

- Nós vamos dar um tempo para vocês, ok? -ouço a voz de Peter mas não o
encaro, continuo olhando para o chão.

Ouvi passos suficientes até perceber que todos estavam fora da sala, me
deixando a sós com ele.

Não consigo encarar Adam agora, tenho medo de ver o que não quero, me
sentiria horrível se visse um olhar irritado e triste. Não iria aguentar.

Olhei para a minha barriga que era coberta pela minha blusa larga e por
impulso eu coloquei minha mão sobre ela. Eu sabia que não iria demorar
muito para eu chorar.

Puxei ar e soltei me sentindo extremamente nervosa.

Uma lágrima desceu pelo meu rosto e eu fechei os olhos procurando forças,
mas eu apenas a achei quando uma mão quente cobriu a minha.

A cama do hospital afundou e eu ainda estava de olhos fechados.

- Olhe para mim, Rubi -Adam pede.

Eu sentia seu corpo perto do meu e sua respiração no meu rosto, balancei a
cabeça negando ele suspirou.

- Abra os olhos -ordena.


- Eu não consigo, Adam -outra lágrima desceu pelo meu rosto e ele a
limpou- Isso...é demais, eu não posso...

- Eu estou aqui com você -sua mão foi para a minha nuca e sua testa colou
na minha- Eu não vou sair do seu lado, nunca, por favor abra os olhos.

Um soluço saiu de mim e ele colocou a outra mão na minha nuca, abri os
olhos lentamente e encarei seus olhos azuis quando ele se afastou para me
encarar.

Eu conseguia ver tudo, menos tristeza e irritação. Ele estava surpreso e


emocionado, Adam parecia mais calmo e sua respiração estava se
regularizando.

Isso de certa forma, me acalmou um pouco.

- Eu não... -balancei a cabeça- Eu não consigo acreditar.

- Eu também não -ele diz- Mas, nós vamos ter esse filho.

O encarei cabisbaixa, ter um filho era a última coisa que se passava na


minha cabeça agora. Não estou pronta para isso, tenho apenas 24 anos,
conquistei quase tudo o que sempre almejei...mas...

- Adam... -falo olhando para baixo mas ele me faz encara-lo novamente.

- Eu sei que nenhum de nós dois queria isso mas aconteceu, princesa. Você
está grávida de um filho meu -ele sorriu- Eu estou assustado também mas
terrivelmente feliz, somos jovens mas juntos nós vamos conseguir, sabe por
que? -Adam perguntou.

Balancei a cabeça esperando ele terminar.

- Por que aqui, nosso filho -ele tocou na minha barriga e um sorriso fraco
surgiu nos meus lábios- É uma junção nossa, uma ótima lembrança de que
nos amamos e que vamos enfrentar tudo juntos, princesa, você apenas me
dá felicidade, esse filho é a prova disso.

Respirei fundo e ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás.
- Esse bebê não foi planejado mas agora que ele está aqui, eu vou amá-lo ou
amá-la intensamente -ele passou a mão no meu rosto- Assim como eu amo
você.

Outra lágrima desceu, me impulsionei para frente e o abracei com toda a


força que tenho, ele também me abraçou forte e alisou minhas costas me
confortando.

- Eu estou morrendo de medo -falo e ele passa a mão no meu cabelo.

- Eu também -fala, escutei um suspiro- Mas isso acontece, você não é a


primeira e não vai ser a última a ter um bebê não planejado, mas o certo a
fazer, é nos entregar a isso. No futuro, quando você olhar para mim com os
seus lindos olhos castanhos e me dizer que seu filho é a coisa mais
importante da sua vida, eu vou estar lá para dizer que ele também é a
minha, assim como você é.

Nos encaramos sem realmente nos soltarmos, eu já não chorava com o


medo me dominando por completo, em parte, eu estava contente, no fundo
eu sempre quiser ser mãe.

- Eu falei sério quando disse que você é a minha melhor parte -ele fala e eu
sorrio pequeno- Agora, vocês são.

Sorri abertamente e meu peito se encheu novamente, eu me sentia feliz e


um pouco ansiosa.

Esse filho veio para nos abençoar, e eu vou acreditar nisso.

×××

Votos, comentários!

Ela está grávida sim! Ainda teremos mais coisas pela frente e vocês
terão a visão da nossa Tinker Bell de papai babão e claro idiota, mas
um idiota bom. Kakakaka, isso vai ser novo.

E aí? Vocês sabem quando foi que eles vacilaram? Quero ver quem tem
boa memória aqui hein rsrsrsrs.
Próximo capítulo é um bônus de Susie e Nate, onde casal 4 tem uma
real aproximação, o início de tudo 😍.

Até, babys ❤️.

[Bônus]

Susie Jones

Saí daquele quarto de hospital completamente surpresa, mas com toda


certeza não sou a única.

Paramos no lado de fora e eu fiquei na passagem do corredor encarando os


5 que tinham uma cara chocada.

Seria engraçado se não fosse tão surpreendente, Rubi nunca deu sinais
clichês de gravidez, ela não teve enjoos, aversão a cheiros ou...essas coisas
de grávidas.

O médico saiu depois de nós e parou na porta ao meu lado.

- Sei que devem estar surpresos mas eles precisam de apoio agora, vocês
são amigos ou...

- Somos família -Dylan responde e o médico o encara.

- Doutor Hale -uma enfermeira aparece no início do corredor o chamando.

- Voltem para a sala de espera, não podem ficar nesse corredor -ele diz
educado e nós concordamos em silêncio.

O corredor não era tão grande, então ter 6 pessoas em uma parte só era
meio apertado, Doutor Hale estava ao meu lado então ele teve que passar
por mim.

Sua mão foi para a minha cintura tentando passar por mim, ele com cuidado
me puxou para o lado me dando um sorriso galanteador em seguida, pisquei
algumas vezes surpresa.

Seu aperto ficou fraco e ele piscou para mim de uma forma cortês, o doutor
saiu do corredor com uma postura impecável com a prancheta sendo posta
embaixo do braço.

Franzi o cenho vendo suas costas malhadas naquele jaleco.


- O que foi isso? -Emily pergunta sorrindo.

- Também quero saber -respondo.

- Ele está dando em cima de você.

A voz de Nathaniel surgiu enquanto ele encarava o celular descontraído,


seus olhos pretos estavam vidrados na tela e seu cabelo sedoso caía um
pouco na testa. A boca estava em uma linha reta quando eu olhei para
aquela camisa preta que combinava demais com ele.

- Ele é bonito -Lisa diz tomando um pouco de suco.

- Ah, é mesmo? -Dylan pergunta cruzando os braços a encarando.

- Mas claro que eu só tenho olhos para o meu marido -Lisa diz rindo e
Dylan revira os olhos.

- Você deveria investir, dar uns beijos não mata ninguém -Emily diz e todos
a encaram com uma sobrancelha erguida.

- O que? Estou dando conselhos -ela diz dando de ombros.

- Tanto faz, vamos sair daqui -falei.

Começamos a caminhar para a sala de espera e nos acomodamos para


esperar o tempo que for necessário, Lisa se sentou em uma poltrona no
canto e Emy e eu ficamos ao redor dela com os meninos nas cadeiras
conversando um pouco longe.

- Ai, Danny Venturelli! -Lisa reclama olhando para a barriga.

- O que? -Emy pergunta.

- Ele não para de chutar -ela diz e nós colocamos a mão na barriga que já
estava enorme.

Sorri grande quando senti os chutes do pequeno Danny, ter um bebê


crescendo dentro de nós deve ser uma sensação indescritível.
- Rubi vai sofrer -Lisa diz relaxando na poltrona.

- Eu estou sofrendo -digo- Não, eu estou com raiva.

Tiramos nossas mãos da barriga e eu coloquei a mão no rosto tentando ficar


em harmonia e não me desesperar ao lembrar do meu apartamento.

- O que houve? -Lisa pergunta.

- Meu apartamento, ele está em péssimas condições. Teve um vazamento de


água e terei que deixar o lugar o quanto antes -suspirei- Eu nem sei o que
fazer agora, será que me deixam dormir na estação de trem? Eu posso tocar
violão!

- Você não toca violão -Emy fala.

- Eu posso aprender -falei dando de ombros, as duas sorriram.

Emily passou a mão no meu braço com um olhar encorajador me fazendo


sorrir fraco, de repente as duas se encararam ao mesmo tempo como se
tivessem uma grande ideia ao mesmo tempo, foi bem estranho.

- O que? -pergunto quando elas olham para mim.

- Temos uma solução -Emy diz e olha para Lisa que concorda.

- Estou precisando, qual é? -perguntei.

- Você pode morar comigo -Emily sugere abrindo os braços.

Fiquei imóvel sorrindo, elas me encaravam com o cenho franzido.

- Ah...não, quer dizer, você tem sua privacidade, Emily. Eu não quero
atrapalhar...

- Ah me poupe esse discurso que eu não tenho paciência -Ela diz cruzando
os braços.
- É uma boa saída, Jones -Lisa diz- Ainda tem algumas mobílias no meu
antigo quarto, você se instala nele e problema resolvido! -ela bateu uma
palma.

- Tem certeza? -pergunto a Emily que concorda sorridente.

- Sim! Sinto falta de dividir o apartamento -falou sincera.

Olhei para Lisa que acenou sorridente.

- Tudo bem! Ai meu Deus eu tenho onde dormir! -falo e as duas


comemoram com gritinhos e Emy me deu um abraço apertado.

- Vamos ajudar você na mudança -Lisa diz.

- Ei! Vocês aí -Lisa chama.

Dylan, Nate e Peter se viraram para encará-la.

- Susie vai se mudar -eles me encaram- Vamos ajudá-la na mudança,


alguém tem alguma coisa para fazer amanhã?

Nate e Peter concordaram.

- Sem que seja mulher e beber Whisky -Ela diz e eles negam.

- Ótimo! -Diz Lisa animada- Amanhã mesmo nós começamos.

Eles concordaram e eu acenei em agradecimento.

Olhei para elas e agradeci, Emily parecia entusiasmada e não parava de


falar de como seria bom ter outra pessoa morando com ela.

O bom do apartamento é que fica ainda mais perto da boate onde trabalho,
então para mim soa como perfeição.

Ouvimos passos apressados e nos viramos olhando para a entrada da sala de


espera.
O Sr. Mendoza passou por ela igual uma bala e atrás tinha uma mulher
segurando sua mão, eles pareciam um casal e tanto.

- Sr. Mendoza -Emily chamou por ele que finalmente percebeu que
estávamos ali.

- Meninas, Mi hija, onde ela está? -perguntou preocupado.

- Ela está bem, Sr. Mendoza. Já foi avaliada e daqui a pouco vamos embora
-Lisa diz- Nós a deixamos no quarto com Adam para que possam conversar
-Emily cutuca Lisa de leve que sorri sem graça.

- Conversar? Sobre o que? -Perguntou e percebi a mulher apertar sua mão


acho que tentando acalmá-lo.

- Oi -a mulher se aproxima- Me chamo Maria.

Nós apertamos sua mão e ela nos deu um sorriso carinhoso.

- Que quarto ela está? -Carlos pergunta.

- O último do corredor -Emily diz e ele acena.

Os dois correram para lá apressados, me levantei da cadeira e as meninas


me encararam.

- Vou comprar algo para beber -digo pegando uma nota de 20 na minha
bolsa que coloco no colo de Emily depois.

- Trás café para mim? Obrigada -Emy grita enquanto eu estava me


distanciando.

Passei pelos meninos guardando a nota no bolso de trás da saia verde


musgo e comecei a procurar pela lanchonete.

Mas parei antes de chegar lá e vi várias crianças dentro de um quarto, era


visível que elas estavam em tratamento contra o câncer e isso me deixou
meio triste.

Tinha uma palhaço no meio delas que as faziam soltar gargalhadas


gostosas, algumas tinham perucas coloridas e outros pacotinhos de confete,
essa cena melhorou meu dia em 100% agora.

Sorri fraco e fui a procura da lanchonete, andei por alguns corredores e no


fim de um eu vi Nathaniel parado perto de uma porta com o celular no
ouvido, a postura calma e ameaçadora sempre presente.

Andei até ele ficando na sua frente enquanto ele estava de costas para a
movimentação de pessoas atrás dele.

O mesmo me encarou com uma sobrancelha erguida mas continuou falando


no telefone.

- Onde fica a lanchonete? -pergunto quase soletrando e ele me encara com o


cenho franzido confirmando que eu deva estar parecendo uma lunática
agora.

- Não faça isso, não será proveitoso para a minha empresa. Faça o que eu
digo -ele diz com uma voz autoritária.

- Ok...eu vou procurar por aí -digo e ele segura meu braço me impedindo de
sair quando faço menção de fazê-lo, prendi a respiração e ele me encarou
engolindo em seco.

Ele soltou meu braço e eu soltei a minha respiração na mesma hora, o toque
queimava minha pele.

Nate me disse para seguir direto e depois virar para a esquerda e continuar
seguindo reto, ele disse tudo isso apontando com a mão.

- Não seja incompetente -ele diz sério com a outra pessoa do outro lado da
linha, não sei quem é mas graças a Deus não sou eu.

- Obrigada -sussurro sem resposta e olho por cima do seu ombro.

Vi o tal doutor que estava dando em cima de mim mostrando uma prancheta
a enfermeira e arregalei os olhos, se ele me visse tentaria dar em cima de
mim novamente? Talvez sim, e então eu teria que dar um fora nele por que
não estou interessada mas o problema é que eu não sei fazer isso, eu me
sinto mal e acabo saindo para um encontro que nunca terá um futuro. Eu
sei, isso soa patético mas odeio ver a cara de decepção nas pessoas, estou
trabalhando nisso...acredite em mim.

Olhei para o lado e levei minha mão para a maçaneta abrindo a porta e
entrando no minúsculo quartinho do zelador, porém, com toda a minha
pressa desnecessária eu acabei batendo no braço de Nate e seu celular caiu,
e sem querer o chutei para dentro quando estava entrando no quartinho.

- Susie, merda! -ele pragueja olhando pro chão a procura do celular.

Com o corpo já dentro do quartinho ele começa a olhar pelo chão e


ouvimos a porta bater, não tinha muito iluminação a não ser por uma luz
amarelada puxada pro vermelho que estava pendurada no teto, nossos
corpos estavam quase grudados naquele quartinho minúsculo.

- Sr. Venturelli -a pessoa do telefone chama por ele.

- Por que você fez isso? -ele pergunta me encarando.

Levei minha mão para a maçaneta tentando abrir a porta mas ela parecia
trancada.

- Por que você fechou a porta? Nós estamos presos -falo e ele me encara
irritado.

- Eu não fechei a porta -ele diz convicto e força a maçaneta.

- Sr. Venturelli -ouvimos a voz de novo.

- Espera, porra! -gritou irritado e massageou as têmporas- Merda, desculpe.


Só estou estressado.

- Por que você entrou aqui? -pergunta me encarando.

- O doutor, não quero dar um fora nele -digo e Nate franze o cenho.

- Então não dê, você não quer sair com ele?


- Não -cruzei os braços- Eu não sei dispensar caras, fico receosa...sei lá, por
que eu estou te contando isso?

Balancei a cabeça e ele suspirou.

- Me ajude a achar meu celular, assim ligamos para algum deles para vir até
aqui e abrir a porta -ele diz.

- Ou pedimos ajuda gritando -falo- O zelador não deve estar longe, e


alguém pode passar por aqui...

- Me ajude a achar meu celular -ele diz sério e isso me irritou um pouco.

Cruzei os braços irritada e ele me encarou respirando fundo.

- O que?

- Você é autoritário demais, isso é irritante -falo.

- Não sou autoritário, Susie. Apenas gosto das coisas do meu jeito.

- Essa é a típica frase de alguém autoritário -falo.

- Será que dá para você me ajudar? Você nos colocou nessa então me ajude
a nos tirar -ele fala e eu suspiro.

Me virei de costas com um pouco de dificuldade mas por fim consegui,


Nathaniel estava perto demais e isso não era bom, eu podia sentir seu corpo
praticamente colado no meu e foi inevitável arfar com a sua respiração tão
próxima do meu pescoço.

- Procure, Susie.

Sua voz me arrepiou por inteira e confesso que foi a primeira vez que uma
voz foi capaz de me fazer arrepiar.

Olhei para o chão que estava meio escuro mas eu consegui ver o seu celular
perto do meu pé, a tela estava escura então a pessoa desligou.

Me abaixei lentamente sentindo algo roçar na minha bunda e pisquei várias


vezes tentando entender se aquilo era uma ereção ou não.

Peguei o celular do chão e me levantei ainda de costas para ele. Oh, isso é
diferente.

- Vire para mim, Susie. Pelo amor de Deus -sua voz saiu meio falha.

Suas mãos foram para a minha cintura me virando de frente de um forma


nada delicada e minha respiração ofegou com seu corpo mais colado do que
o normal.

Sua boca estava próxima da minha e aquela iluminação não estava


ajudando, seus olhos me analisam com cuidado e parecia que ele estava
mais bonito do que o normal, não que eu ache ele bonito é só que...bom...

Suas mãos apertaram minha cintura e deslizaram para o início da minha


bunda, meu corpo todo parecia em chamas e isso era completamente novo
para mim.

- O que você está fazendo, Nate? -pergunto quase que em um sussurro com
sua boca a centímetros da minha, parecia que eu estava afogando em um
mar de drogas porque eu parecia intoxicada.

- Eu não sei -ele diz desviando o rosto e desce lentamente para o meu
pescoço, puxei a respiração e fechei os olhos sem me afastar dele.

Seu nariz roçou no meu pescoço e senti ele aspirar meu cheiro, meu peito
subia e descia enquanto ele parecia extremamente calmo.

Nate beijou meu pescoço delicadamente e eu fechei os olhos sentindo um


desconforto estranho no meio das pernas, céus.

Suas mãos desceram para minha bunda de uma vez e ele a apertou com
força fazendo meu corpo ir para frente, eu até poderia afastá-lo mas eu não
conseguiria, eu estava gostando dessas sensações novas.

Ele deu outros beijos no meu pescoço o explorando e eu soltei um gemido


abafado, suas mãos saíram da minha bunda e lentamente adentraram minha
blusa preta de mangas compridas.

- Me pare, por favor -ele sussurrou no meu ouvido mas não sei se era isso
que ele realmente queria, ele parecia...estar fazendo uma coisa proibida mas
no fundo desejava a isso a tempos, os suspiros que ele soltava e a pressão
dos dedos meio desesperados me diziam isso.

Eu sentia meu corpo acordado como se estivesse tomando uma descarga


elétrica, era bom.

- Eu não....o que estávamos fazendo? -sussurrei com a voz baixa mas


respondendo aos toques dos seus dedos no meu corpo, em seguida ele me
encarou com os olhos cobertos por luxúria.

O barulho do celular o interrompeu e senti o mesmo vibrar na minha mão,


Nate ainda me encarava e eu não desviava o olhar. Seus olhos me prendem
de uma forma intensa demais, eu sentia minhas penas fracas e algo molhado
na minha calcinha.

Suas mãos saíram de dentro da minha blusa fazendo o lugar que ele tocou
ficar frio, Nathaniel balançou a cabeça e pegou o celular na minha mão,
prontamente ajeitei minha blusa que estava bagunçada.

Ele levou o celular até o ouvido suspirando, a pessoa começou a falar e


reconheci ser a voz de Dylan.

- Onde você está, modelo de perfume? -ouço Peter rir- Pronto, o chamei
assim, satisfeito?- Dylan pergunta mas não acho que seja para Nate.

- Eu estou...

Ouvimos um barulho na maçaneta da porta e segundos depois a porta foi


aberta por um homem de macacão azul, ele segurava um esfregão e uma
plaquinha amarela.

Ele nos encarou surpresos e eu fui a primeira a sair, eu precisava sair, caso
contrário iria desmaiar ali mesmo. Nunca estive em uma situação tão
intensa assim.
- Bom trabalho -digo ao zelador que acena meio perdido.

Comecei a caminhar para longe daquele quarto e dele, andei a passos


rápidos ouvindo ele falar com o zelador.

Respirei fundo e me forcei a esquecer esse episódio por enquanto, não


preciso pensar sobre isso. Não significou nada, não fizemos nada.

Ninguém precisa saber.

×××

Espero que tenham gostado dessa pequena aproximação, vai ser


importante mais para frente.

Deixe seu querido e gostoso voto e comente aqui se você gosta desse
casal.

Susie é um amor gente, é a única que não é meio doidinha e bastante


tímida, Nate já é mais sombrio e não é autoritário (ele só gosta das
coisas do jeito dele) KKKKKK.

Até, babys ❤️.

61° capítulo

Rubi

Eu mexia meus dedos preguiçosamente pelo cabelo de Adam enquanto ele


estava inclinado sobre a minha barriga.

Meus olhos focaram no quarto de hospital e nesse loiro com a cabeça


grudada em mim pensando que poderia ouvir nosso bebê.

Sim, eu sei que ele não vai escutar nada mas depois do quinto aviso eu
desisti.

- Alô? Oi...será que está com interferência? -ele me encara.

- É um bebê, não uma operadora de telemarketing, idiota -falo e ele faz


"shiu" para mim, quase soquei sua boca.

- Enfim! -ele resmunga- Então...eu fiz você... interessante -ele diz e eu


reviro os olhos, vou ter que conviver com esse homem pro resto da minha
vida! Maldita camisinha!

- Você acha que vai ser menino? -ele pergunta com a cabeça ainda colada na
minha barriga.

- Não sei -falo- Talvez seja uma menina.

Dei de ombros e ele se ajeitou ficando de frente para mim, ambos


estávamos sentados na cama.

- Estou ansioso para ver você desse tamanho -ele abre os braços
exageradamente, muito, muito, exageradamente, por um momento me senti
a vovozona daquele filme de comédia.

- Eu estou grávida, não significa que vou virar um balão de passeio -falo e
ele revira os olhos.
- Me deixa curtir -ele diz fazendo uma cara de emburrado e olha para frente,
Adam sorriu de repente- Eu vou ser pai!

Sorri de lado, e ele foi parando.

- Eu vou ser pai! -isso já saiu meio assustado e eu parei de sorrir- Princesa,
meu Deus, eu não vou ser um bom pai! Quando eu for jogar futebol com
ele, vou jogar a criança ao invés da bola! Quando eu for brincar de tomar
chá, eu vou quebrar a cadeira quando me sentar e a criança vai com raiva!
Puta merda!

- Calma, você está surtando! Não é bem assim -digo e ele finge chorar
colocando as mãos no rosto, sorri colocando meus braços em volta dele-
Você vai ser um ótimo pai.

Sorri de canto e Adam me abraçou de volta parecendo mais calmo, ele se


inclina me dando um beijo casto.

- Você está feliz? Quer dizer...eu sei que foi repentino mas...

- Eu estou -ele me corta- Eu disse que te queria não importava como, ter um
filho com você estava nos meus planos -o encarei- Mesmo que não fosse
agora mas eu estou feliz por isso, vamos aprender muito com esses bebês,
tenho certeza.

- Sim, pode parecer meio louco, mas já estou ansiosa -dei um sorrisinho.

Adam sorriu e me deu um selinho demorado me fazendo sorrir no meio


dele.

- Minha mãe vai surtar quando souber que vai ganhar outro neto, não vou
me responsabilizar se ela quiser te vestir como algumas grávidas de
catálogo, ela fez isso com Lisa no início da gestação.

- Eu espero que eu use um macacão e um urso gigante esteja do meu lado,


vou poder colocar liguinhas na sua cabeça para você participar da foto? -
pergunto e ele meneia a cabeça dizendo que iria pensar, rimos juntos.
Ouvimos a porta ser aberta de uma forma brusca e olhamos para ela ao
mesmo tempo, Carlos passou por ela rapidamente e atrás dele eu vi Maria
que tinha uma expressão calma.

- Mi hija -ela fala e Adam se afasta de mim para que meu pai venha me
abraçar.

- Papi -digo e seus braços me apertam, me apertam tanto que eu fico um


pouco com falta de ar.

Adam se aproxima da gente e toca no ombro do meu pai que me larga e eu


respiro de forma regular novamente.

- O que? -Carlos pergunta olhando para Adam que sorri nervoso- Ela
quebrou alguma coisa?

- Não, ela está bem! Completamente bem! Na verdade, vamos viajar por 9
meses, voltamos depois disso -Adam diz sorrindo e eu o encaro feio.

- Você está bem? -Maria pergunta se aproximando e lhe dou um abraço


alisando suas costas.

- Agora estou -falei e ambos ficaram na minha frente que ainda estava
sentada na cama e Adam ficou ao meu lado depois de abraçar Maria.

Maria e Carlos estão em um relacionamento seríssimo de acordo com o


meu pai, eu fiquei feliz por ele. Formam um casal bonito.

- O que houve? Por que você desmaiou? -meu pai perguntou cruzando os
braços.

- Hum...bom -Adam começa coçando a nuca.

- Nós precisamos conversar -falo e Carlos levanta uma sobrancelha.

- Você vai deixar ele? Hum...tudo bem por mim -Carlos deus de ombros e
Adam abriu a boca chocado.

- Pensei que gostasse de mim! -A fadinha retruca.


- Eu gosto, gosto muito -Carlos sorriu e Adam sorriu também, revirei os
olhos- Mas você fez ela sofrer por dias, estou te perdoando aos poucos
como ela fez.

Adam meneia a cabeça e depois concorda.

- Que tal sairmos para comer algo? -pergunto.

- O que está acontecendo? -Carlos pergunta desconfiado.

- Vamos primeiro...

- Me conte agora -ele diz seco e vejo o medo nos olhos de Adam, eu não
deveria mas ri baixo.

- Carlos, eles querem conversar mas não aqui -Maria diz tocando no seu
ombro.

- Se vocês não me falarem eu vou atrás de quem sabe -Meu pai diz meio
irritado- Vou direto no Peter porque o Dylan me disse que ele é fofoqueiro.

- Certo -falo e Adam me encara- Eu desmaiei porque não me alimentei


corretamente, e blá blá blá -Carlos respira aliviado e sorri para Maria- E
porque eu estou grávida -falei de uma vez.

Carlos não virou o rosto para me encarar, ele ainda olhava para Maria com
um sorriso no rosto.

Ele estava estático.

- Pai? -perguntei tentando fazer ele me olhar.

Quando finalmente ele virou o rosto para me encarar seus olhos estavam
surpresos e tinha um rastro de raiva, mas acho que não era de mim.

Ele olhou para a minha barriga e depois me encarou novamente, sua cabeça
virou para encarar Adam e Carlos apertou o punho fazendo meu namorado
engolir em seco.

- Eu vou bater em você -Carlos diz e Adam me encara.


- Diz para o nosso bebê que eu o amo -Adam diz e em questão de segundos
eu vejo seu corpo correr para fora do quarto e meu pai vai atrás dele.

Covarde!

- Ai meu Deus! -Maria diz e eu desço da cama rapidamente, nós duas


corremos até eles.

Eu ouvi alguns gritos desesperados e eu não sabia se ria ou se ficava


preocupada. Merda! Eu era uma péssima filha/namorada.

Chegamos na sala de espera e eu ainda consegui ver Adam indo até os


meninos e meu pai praticamente soltando fumaça.

Adam puxou Peter ficando atrás dele e apontando para Carlos que estava
furioso, eu sei que deveríamos ter uma conversa decente, mas meu pai não
curte muito isso.

- Você engravidou a minha filha seu loiro bastardo! -Carlos gritou.

- Sr. Mendoza, eu sei que é uma notícia e tanto mas por favor não bata no
pai do seu neto ou neta -Adam diz enquanto Peter apenas ria.

Olhei pela sala e vi as meninas se levantaram parando ao lado de Dylan que


tinha a mão cobrindo a boca.

Cadê a Susie e o Nate?

- Você não pode sair por aí engravidando mulheres sua...sua Tinker Bell
idiota -Carlos grita e eu levo a mão até a testa, eu não deveria ter falado o
apelido de Adam para o meu pai.

- Puta merda! -Peter diz quase morrendo de tanto rir do amigo que estava
atrás dele suando frio.

- Pai! Por favor, vamos conversar -falo parando na sua frente.

- Claro, Mi hija, me deixa só conversar com o seu namorado primeiro -ele


diz encarando Adam- Você disse que estava se cuidado com ela, você
mentiu para mim, rapaz?!
- Princesa! Princesa! Ele vai me matar -Adam diz apontando para Carlos
que travou o maxilar.

- Ei, o que está acontecendo? -Susie apareceu na sala de espera e viu meu
pai em posição de ataque e Adam nervoso atrás de Peter que limpava
lágrimas do rosto.

Lisa, Emily e Dylan apenas seguravam o riso. Maria e eu éramos as únicas


preocupadas.

Ouvimos passos e Nathaniel apareceu atrás de Susie encarando a cena com


o cenho franzido.

- O que houve? -perguntou fazendo Susie se assustar e colocar a mão no


peito.

Eles se encararam e ela deu um passo para o lado cruzando os braços


passando a língua nos lábios.

- Ele colocou um filho -ele apontou para mim- Ali dentro -Carlos fala
nervoso e eu me aproximo ainda mais dele.

- Pai, eu sei que isso foi repentino. Acredite, eu ainda estou tentando me
acostumar com isso mas aconteceu, Adam e eu nós cuidamos sempre mas
dessa vez vacilamos, ele ficará comigo e juntos vamos criar esse bebê -
coloquei a mão na minha barriga- Ambos temos estabilidade financeira e
muito amor para dar, seu neto ou neta é uma benção para nós. Por favor,
não mate o pai do meu bebê, eu ainda preciso dele. Daqui a 15 anos eu
deixo.

Carlos ficou mais de 10 segundos me encarando com raiva até que respirou
fundo e balançou a cabeça.

- Certo, certo -ele diz passando a mão no cabelo- Desculpe se reagi mal,
mas você e a sua irmã são o meu bem mais precioso.

Olhei para Adam e o chamei, ele negou de início mas depois andou até mim
em passos lentos sem desviar o olhar do meu pai que o encarava com um
olhar mortal.
- Eu o amo - Eu digo e Adam se aproxima passando a mão pela minha
cintura- Vamos ficar juntos.

- Eu amo sua filha, Sr. Mendoza. Não consigo imaginar minha vida sem ela
-Adam fala olhando para ele e depois me encara- Nunca a deixarei -ele diz
e sorri para mim que sorri de volta de um jeito meigo.

- Acho bom mesmo, se você ousar deixá-la eu vou atrás de você e te corto
em pedacinhos e mando para Gregório e Monica, entendeu? -Carlos
pergunta sério e Adam acena- Ainda mando a porra de uma vela com o seu
rosto na frente!

- Sim, senhor -ele fala como se estivesse recebendo ordens de um capitão.

Maria se aproxima e toca no braço dele, Carlos a encara e sorri apaixonado.

- Você vai ter um netinho -Maria fala animada e ele olha para mim
parecendo mais calmo.

- Ou netinha -ele diz e olha para a minha barriga.

Sorri para ele e me aproximei para abraçá-lo que me abraçou de volta


alisando meu cabelo.

Nos separamos e ele olhou para Adam.

- Vem aqui, rapaz -ele o chama.

- Ah...eu não...

- Vem logo! -Carlos grita e Adam vai até ele.

Carlos o abraçou rapidamente e depois apertou sua mão com força, Adam
fez algumas caretas e meu pai sorriu satisfeito.

- Você vai ser papai, parabéns -Carlos fala e depois suspira- Merda, eu
ainda gosto de você.
Carlos puxou Adam de novo e agora eles se abraçam de maneira mais
digna, ri baixo vendo os dois no maior love na minha frente mas durou
pouco quando Carlos o empurrou para trás.

- Pronto, passou -Carlos diz ajeitando sua camisa.

- Eu acho que ele deveria dar pelo menos um soquinho -Peter sussurra para
Nate que o encara balançando a cabeça.

- Cala a boca -Dylan diz sorrindo.

- Que tal irmos jantar? Já são quase 21:00 horas da noite, Rubi e esse balão
aqui precisam se alimentar -Emily diz e aponta para Lisa.

Ri alto e Lisa me olhou feio.

- Tá rindo do que? Você vai ficar igual! -ela diz e eu parei de rir.

Mostrei a língua para ela e Susie riu fazendo Nate a encarar, ele respirou
fundo e passou a mão no rosto.

- Eu adoraria ir com vocês, mas eu preciso resolver algumas coisas da


empresa -Nathaniel diz e Dylan o encara.

- Está tudo bem com a...

- É a minha empresa na Itália -Nate o corta e Dylan acena.

- Nos vemos amanhã? -ele perguntou encarando todos nós.

- Sim, passarei o endereço de Susie para vocês -Lisa diz e Nate concorda.

Ele apenas deu um tchauzinho para nós e se virou para sair da sala de
espera. Encarei Adam que estava com o cenho franzido assim como os
meninos.

- Tem algo de errado -Peter fala e Dylan e Adam concordam, parecendo


conversar pelo olhar de repente.
- Vamos, Mi hija. Você precisa comer -meu pai diz e encara Lisa sorrindo-
Vamos?

Todos nós saímos daquela sala de espera rumo a um restaurante para


comermos e conversar sobre o mais novo integrante da família Venturelli e
Mendoza.

- Susie, cadê meu café? -Emily pergunta enquanto caminhamos para a


saída.

(...)

Me sentei na cadeira ao redor da mesa retangular e vi todos fazendo o


mesmo, Adam está ao meu lado e meu pai e Maria do outro,

Os outros cinco estavam na nossa frente.

Escolhi o que ia comer com um grande sorriso no rosto, minutos depois o


garçom recolheu nossos pedidos e se afastou com um sorriso simpático.

- Já sabem quando vão contar aos nossos pais? -Dylan pergunta encarando
nós dois.

- Não, mas será o quanto antes -Adam diz e eu concordo.

- Monica vai paparicar muito você -Lisa diz rindo- Ela é muito boa nisso.

Sorri.

- Sua irmã provavelmente vai surtar também -Carlos diz e eu o encaro.

- Provavelmente -falei.

Minha purpurina vai soltar fogos e vai ter raiva de Adam pro resto da vida
dele, mas vai agradecê-lo por colocar um bebê na minha barriga, Josh é
bastante protetor e babão com bebês.

- Sua mãe...- meu pai começa- Você sabe que vai ter que contar a ela, não
sabe?
- Sim -suspirei- Eu sei, vou contar.

- Falta duas semanas para o casamento de Safira? -Adam pergunta e eu


aceno.

- Uma ótima oportunidade -ele fala- Não se preocupe, estarei com você.

Adam apertou minha mão por de baixo da mesa me dando um beijo na


bochecha em seguida.

- Vocês são tão fofos juntos -Susie diz olhando para nós dois e sorri meiga.

- Fofas são as pessoas que pegam café para as outras pessoas -Emily diz e
Susie revira os olhos.

- Esquece isso, Emily -Susie diz- Eu compro um agora se você quiser.

Emily sorriu animada e concordou, Emy gosta bastante de café.

- Vai dar café para ela, vai ficar mais amarga do que já é -Peter sussurra e
Emy o encara.

- Alguém tira o Peter daqui, por favor -ela diz e ele sorri de lado.

- Vem me tirar, loirinha -ele diz em desafio e ela revira os olhos.

- Vocês não namoram? -Carlos pergunta olhando para Emy e Peter.

- Não viaja, tio -Emy tossiu- Quer dizer, Sr. Mendoza.

- De onde saiu essa suposição horrorosa? -Peter perguntou mexendo no anel


em seu dedo.

- Cara, vocês parecem cão e gato -Dylan diz- Parece realmente que vocês se
gostam.

Peter colocou a mão na boca chocado e Emily arregalou os olhos.

- Meu Deus -falaram ao mesmo tempo.


- Eu não gosto dele, desde o dia que eu o conheci ele me provoca, seja com
piadinhas sexuais ou essa piadinhas engraçadas que ele jura que são legais -
Emy diz e Peter a olhou feio.

- Ok -ele diz e ela o encara- A partir de hoje não verá mais nenhuma
piadinha da minha parte.

Emy franziu o cenho.

- Eu não acredito -ela diz e olha em volta- Estou em um sonho meu Jesus
Cristo.

Peter estendeu a mão a ela e respirou fundo.

- Não vou fazer mais nenhuma piada ou alguma coisa que possa provocar
você -ele diz sério.

- Sem loirinha? -ela pergunta.

- Apenas Emily -ele diz e ela estende a mão a ele.

Os dois apertam as mãos pacificamente e juro que percebi o lugar ficar com
um pouco mais de paz, quase levantei os braços comemorando.

- Essa eu quero ver -Dylan diz meio desacreditado.

- Isso não vai durar dois dias -Adam fala.

- Bora apostar? -Peter pergunta e todos nós reviramos os olhos.

- Cara vai se tratar -Dylan diz e Peter ri.

- Só estou brincando -ele diz e nossos pratos chegam.

Sorri abertamente vendo meu prato e passei a língua nos lábios, começamos
a comer e até fizemos um brinde aos dois bebês.

Sorri vendo meus amigos conversando e meu pai sorrindo todo encantado
por Maria que também estava por ele, olhei para Adam que encarava Dylan.
Uma gargalhada saiu da fadinha e eu nem sabia por que ele estava rindo, eu
só sabia que era a coisa mais linda que eu já tinha ouvido.

×××

Adam quase apanha mas passa bem rsrsrsrs.

Coments e votos! Por favorzito ❤️

Para quem estava em dúvida ontem, sim! Teremos o livro de Susie e


Nate.

(KKKKKK recomendo que leia os livros na ordem)

Até, babys.

62° capítulo

Rubi

Senti seus dedos se cruzarem com os meus e respirei fundo, Adam me deu
um sorriso encorajador e ele parecia calmo demais. Daquele tipo que te dá
vontade de dar um tapa no rosto e perguntar "Qual a merda do seu problema
sociopata do caralho?".

- Você não está nervoso? -perguntei- Eu estou quase fugindo, pulando


aquele portão, roubando um carro e dirigindo até o aeroporto para morar na
Inglaterra!

Adam me olhou meio surpreso com a minha mini história, ele passou a mão
no meu cabelo dizendo que iria cuidar de mim, bati na sua mão e ele riu
baixo.

Paramos em frente a porta da mansão de Gregório e Monica, haviam dois


carros na garagem da frente então Dylan e Lisa já estavam aqui.

Depois de chegar do hospital ontem, Adam ligou para os pais e marcou um


almoço de domingo que no caso era hoje, nós iríamos contar a notícia da
minha gravidez.

- Não estou nervoso, eu sei que eles vão gostar -Adam fala- Mas caso de
merda, eu não vou dirigir o carro roubado, você vai -ele diz entrando na
minha loucura- E eu até gosto da Inglaterra.

Ele apertou um botão e o som do alarme da Mercedes apareceu, Adam


guardou a chave do carro no bolso e se virou para mim.

- Eu sei que o seu pai quase me bate -ele diz e eu ri baixo- Mas minha mãe
é louca para ter pelos menos uns 5 netos de cada filho e meu pai não é
diferente, eu sei que eles vão gostar, amém.

Amém?
- Ninguém vai querer bater em você dessa vez?

- Não.

- Que pena -digo e ele me olhou fingindo estar irritado.

- Se prepare para os abraços -ele diz e toca a campainha.

Rapidamente nós ouvimos a porta ser aberta e logo depois Monica apareceu
com um penteado elegante no cabelo loiro, seus olhos eram iguais de Adam
que rápido focou em nós dois.

- Adam! -ela exclama e o abraça forte.

- Mãe -ele diz e alisa suas costas.

Os dois se separam.

- Como você está meu filho preferido? -ela pergunta e Adam sorri
convencido- Se você contar isso ao seu irmão eu vou bater em você -Adam
parou sorrir- Eu juro, eu vou pegar você e esmagar contra a porta, depois eu
vou bater na sua bunda com vassoura até que ela fique vermelhinha igual
quando você era bebê.

Isso porque ele é o filho preferido, vai saber o que ela faria com Dylan.

- Por que todo mundo de repente decidiu que quer me bater? Virou algum
dia nacional essa merda? -Adam pergunta com as mãos na cintura.

- Rubi! -ela diz e vem para cima de mim.

Seus braços me rodearam e senti meu corpo receber o abraço de urso da


dona Monica, é um abraço reconfortante mas no momento está me
deixando enjoada, ai meu Deus, as paredes estão se fechando? Cacete, estou
em um episódio de Indiana Jones na selva?!

- Meu Deus... -falo meio sem ar.


- Tá bom, Dona Monica -Adam diz a puxando e ela sorri para ele apertando
sua bochecha- Não a mate.

- Vem! Vamos entrar, o almoço vai ser servido em alguns minutos -ela diz
animada.

Ela entrou na casa e Adam colocou a mão na minha cintura me puxando


para ele sutilmente.

- Tudo bem? -pergunta e eu assinto recuperando o ar que perdi.

Passamos pela entrada e eu me vi no enorme espelho que tinha ali, eu usava


vestido justo que marcava as minhas curvas e me deixava mais elegante,
como minha barriga estava pequena, eu ainda poderia usar minhas roupas
preferidas, Adam vestia calça Jeans escura e uma camisa meio amarela com
detalhes pretos.

Fomos para a sala de estar e vi eles sentados no sofá conversando, Lisa e


Dylan estavam sentados ao lado de Gregório que estava na poltrona com
um copo de água na mão.

Ele nos viu e fomos até eles os cumprimentando.

Lisa me abraçou de lado e tocou na minha barriga de uma forma sutil,


abracei Dylan rapidamente e depois Gregório que me deu um sorriso
enorme.

Ele já é muito parecido com Dylan, a não ser pelos olhos que são pretos
mas de resto são bem parecidos, Monica é definitivamente a cópia feminina
de Adam, eles se parecem demais.

- Ah é tão bom ver vocês assim -Monica diz se sentando na poltrona que
estava ao lado do marido.

- Que bom que resolveram sossegar -Gregório olha para os filhos- E com
moças muito carismáticas e de bom coração -ele olha para mim e para Lisa-
As noras dos meus sonhos.

Sorri de volta e Lisa fez o mesmo.


- Sua gestação já está avançando -Monica fala para Lisa- Falta muito?

- Não, daqui a pouquinho Danny nasce -Lisa falou sorridente.

Dylan toca na barriga dela e olha para a esposa apaixonado, Monica se


derreteu.

- Como está Jane? -Adam pergunta.

Jane, se eu não estou enganada, é a prima dos dois que também está grávida
e creio que já deu à luz. Lisa me disse que ela é bem divertida.

- Está indo tudo muito bem, Michael quase pirou quando soube que era uma
menina -Monica sorriu e os filhos fazem o mesmo.

- Eles não sabiam o sexo do bebê? -perguntei.

- Não, optaram por descobrir no dia do nascimento. Queriam surpresa -


Monica responde, olhei para Adam e ele negou sutilmente como se me
dissesse "Eu não vou conseguir ficar esperando, princesa".

- Ela colocou o nome da filha de Ana, em homenagem à prima de vocês que


faleceu -Gregório diz e Dylan suspira.

- Estou feliz por ela -Adam diz e eu o encaro dando um sorriso pequeno.

- Nossa família apenas aumenta -Monica colocou a mão no peito- Ainda


teremos muitos Venturelli pela frente.

Gregório sorriu, Dylan e Lisa olham para gente como se estivessem


esperando um espetáculo começar.

Adam tossiu e pegou na minha mão apertando, apertei de volta tentando lhe
passar confiança.

- Mãe, pai. Rubi e eu queremos contar algo para vocês -Adam fala e os dois
nos olham atentamente.

- Claro, o que houve? -Gregório pergunta.


- Rubi teve um desmaio ontem e nós fomos para o hospital -Adam começa
e Monica me lança um olhar como se perguntasse se eu estava bem, eu
apenas acenei concordando.

- Eles fizeram alguns exames -falei e toquei na minha barriga fazendo os


dois olharem na direção dela, os dois puxam as respiração parecendo
chocados, totalmente compreensível.

- Ela está grávida -Adam falou e os dois ainda olhavam para a minha
barriga.

- Ai meu Deus! -Monica gritou depois de alguns segundos em silêncio.

- Grávida? -Gregório pergunta olhando para a minha barriga e depois para


Monica- Aí meu Deus, outro neto. Será que eu devo comprar uma casa
maior, Monica?

- Já marcamos com uma obstetra para escutar o coração dele, se possível


ainda nessa semana -falei.

- Carlos bateu em você? -Gregório pergunta olhando para o filho mais


novo.

- Foi quase -Adam responde e Gregório ri balançando a cabeça.

- Aquele idiota -um olhar nostálgico apareceu- Ele sempre me disse que
nunca ia ser livrar de mim, e né que o filha da mãe estava certo -Gregório
diz e se levanta com Monica.

Os dois vieram até onde estávamos e nos parabenizou pelo bebê, eles deram
alguns conselhos e nos confortaram dizendo que estariam do nosso lado
para o que fosse preciso, Sr. e Sra. Venturelli foram bem compreensivos.

- Dois bebês! -Monica gritou do nada com as mãos para cima depois que a
conversa mudou.

Olhamos para ela que sorriu animada.


- Eu estou me sentindo realizada -ela diz e Gregório dá um sorriso
apaixonado para a esposa.

- Eu estou sentindo fome -Lisa diz.

- O almoço já deve estar pronto -Monica diz e se levanta.

- Vamos meus amores, vou mimar um pouco vocês -falou Monica pegando
na minha mão e de Lisa que deu um sorrisão parecendo ansiosa por isso.

Ela nos arrastou para a cozinha enquanto falava de ideias sobre nomes,
enxovais, fraldas e tudo relacionado à palavra filhos.

Eu já estava ficando nervosa, mas quando olhei para trás vendo Adam
caminhar ao lado do irmão e do pai, seu sorriso perfeito foi direcionado
para mim e me senti mil vezes melhor.

(...)

Saio do banho enxugando meus cabelos enquanto dou passos rápidos pelo
banheiro para chegar no quarto, olhei em volta e franzi o cenho com o fato
da Tinker não estar na cama porque o bastardo me disse que ficaria me
esperando apenas para ver sair nua do banheiro, Adam é um safado!

E eu gosto, gosto muito.

- Adam?

Não obtive resposta então dei de ombros caminhando pro closet, peguei
uma camisa grande sua e a vesti junto a calcinha que eu tinha posto na
minha bolsa.

Escovei meu cabelo me encarando pelo espelho e depois passei alguns


cremes na pele que eu nem sabia que existiam, Adam era bem vaidoso
nesse ponto.

Desci as escadas procurando por ele e chamei seu nome da sala de estar do
seu apartamento, caminhei para a cozinha pronta para comer algo quando
levei um susto pondo a mão no meu peito olhando a cena à minha frente.
Adam estava escorado na bancada encarando a mesa que estava posta com
direito a velas e...suco de maçã e uva, dois pratos de comida que pelo cheiro
e aparência me parecia ser risotto Milanês, é o meu prato italiano preferido.

- Minha nossa -falo e ele me encara soltando um sorriso satisfeito vendo


minha expressão.

- Princesa, bem vinda ao nosso encontro -ele caminha um pouquinho e me


estende a mão.

Sorri totalmente apaixonada e coloquei meus dedos em cima dos dele,


Adam beijou minha mão me encarando e depois me levou até a mesa de
jantar me deixando ver aquela maravilha de perto.

- Você fez isso sozinho ou...

- Não me ofenda -ele puxa a cadeira para mim e eu levanto uma


sobrancelha- Certo, eu montei a mesa mas a comida é do seu restaurante
italiano preferido.

Me sentei na cadeira retribuindo o beijo casto quando ele aparece, Adam


anda um pouco e se senta na minha frente colocando o guardanapo no colo,
ele usava uma calça moletom preta que se parecia muito com uma calça
jeans, a camisa azul clara de mangas definia sua braços muito bem.

Minha nossa que homem gostoso.

- Que adorável -sorri para ele.

- Eu sei, todo mundo me fala isso -ele fez uma cara convencida pegando os
suquinhos.

- Eu estou falando do jantar.

- Ah sim, isso também -ele levantou as duas caixinhas e eu escolhi o suco


de uva.

Adam sorriu e eu balancei a cabeça pegando o suquinho, depois disso


peguei o garfo e provei da comida soltando um gemido satisfeito. Adam
sorriu vendo minha expressão e nós dois começamos a comer.
Naquela noite, eu conheci mais um pouco de Adam, ele me contou histórias
as quais eu ainda não sabia, eu soube de coisas irritantes que ele faz e não
conta para ninguém, eu adorei sentir que o conheço como a palma da minha
mão. Adam era a pessoa perfeita para mim, e quanto mais dias se passavam,
mais eu percebia isso.

×××

Iti 😍

Adam romântico é tudo para mim.

Essa cena pequena não estava na primeira versão, mas eu quis


adicioná-la.

Beijo, babys ❤️.

63° capítulo

Adam

Existem três coisas que eu gosto muito: Audi, animais e sexo.

Era isso que eu pensava, mas eu estava errado, malditamente errado.

Vendo a minha linda mulher sentada em um banco no jardim da casa dos


meus pais com seus cabelos se balançando por conta da brisa da tarde e os
olhos fechados me fez mudar de idéia imediatamente.

Era ela. Rubi era o que mais gostava nesse mundo, não só gosto mas como
amo. Amo tanto que a ideia de tê-la para o resto da minha vida faz eu sorrir
a qualquer hora do dia, puta merda, eu sou totalmente rendido por ela.

Ter um filho com essa mulher só me deixa mais feliz do que eu já estava.

Olhei para a minha família que estava em volta de Rubi mas conversavam
entre si, Rubi parecia estar em outro lugar, ela parecia pensar e
definitivamente era uma coisa boa já que ela sorriu largamente abrindo os
olhos e logo depois levou as mãos para a barriga.

Sorri que nem um idiota, ela estava pensando no nosso filho. Não a culpo,
também penso nele 22 horas por dia, as outras duas eu estou ocupado
olhando para ela e dizendo que a amo.

Cacete, estar apaixonado é bom demais.

Guardei o celular no bolso e andei pelo jardim até chegar neles, recebi uma
ligação de Peter dizendo que ele e Nate já estavam na casa de Susie para
ajudar na sua mudança, avisei que iríamos até lá.

- Era o Pan -falo assim que chego e eles me encaram.

- Eles já chegaram? -Lisa pergunta e eu aceno.

- Ok, vamos ajudá-los -Dylan diz e a esposa concorda.


Me despedi dos meus pais que deram um abraço apertado Dylan e em mim,
as meninas se despediram e juntos nós 4 andamos para a garagem até os
nossos respectivos carros.

Dylan e Lisa entraram na Ranger Rover preta e minha princesa e eu na


Mercedes, saí primeiro da mansão com Dylan logo atrás nos seguindo.

- No que estava pensando ainda agora? -perguntei e ela me encarou


confusa- Antes de eu chegar -falei e ela fez um "o" com a boca.

- No nosso filho ou filha -ela diz e eu abri um sorriso- Ou ambos.

A encarei.

- Ambos? Vai ser mais de um? Falaram isso aonde? -perguntei engolindo
em seco.

- Você sabe que isso é possível, não é? -ela perguntou virando o corpo de
frente para mim.

- Não -falei- Quer dizer, eu sei que você é gêmea. É possível que você possa
gerar gêmeos também -eu não sei nem mais o que eu estou falando- Tudo
bem, ter dois bebês me alegra.

- Ou trigêmeos -ela fala e minhas mãos quase deslizam do volante.

O carro saiu um pouco da pista mas logo depois eu o coloquei na faixa


certa, agradeci pela pista está vazia, a não ser por Dylan que buzinou para
mim e eu buzinei de volta para dizer que estava tudo bem.

- Três? -perguntei a encarando assustado.

- É difícil mas não impossível -diz rindo.

- Mas...são muitos bebês -falei e ela ri mais.

- São mesmo -concorda.

Apertei o volante respirando fundo, espero ser um ótimo pai.


Ficamos em silêncio até o apartamento de Susie, Rubi encarava a janela e
eu a estrada.

Vi Dylan estacionando o carro assim que chegamos e fiz o mesmo


estacionando não muito longe do prédio.

Ela tirou o cinto e encarou o dedo onde estava a aliança que eu havia dado a
ela, também tirei o meu cinto.

- Assustei você? -perguntou sem me encarar.

- Não -falei colocando os braços em cima do volante e a encarei.

- Você também não é muito bom em mentir -ela diz e seus olhos se
direcionam a mim.

Apertei a boca em uma linha reta e olhei para frente.

- Um pouco -confessei e ela concordou- Não me importa quantos são,


princesa. Eu só quero que vocês sejam felizes para eu ficar feliz -falei e
depois a encarei novamente.

- Entendeu? -perguntei e ela concordou.

Estendi meu braço levando minha mão para a sua nuca e a puxei
delicadamente na minha direção, seus lábios tocaram os meus de leve e sua
mão direita foi para a minha perna.

Ela aprofundou o beijo e sua mão foi subindo até o início da minha calça
jeans, acabei sorrindo quando me separei dela que protestou com o ato.

- Que safada, Rubi! -ela sorriu mordendo os lábios- Vou engravidar você
mais vezes -falei e ela revirou os olhos.

- Não revira os olhos desse jeito, princesa. Muitas cenas vem na minha
cabeça -falei e ela sorriu de lado.

Rubi deu uma palmada de leve no meu membro e eu fiz careta puxando a
respiração a fazendo rir.
- Vamos antes que eu abaixe suas calças -ela fala naturalmente e abre a
porta do carro.

Sorri abertamente e saí do veículo dando a volta até parar ao seu lado,
peguei na sua mão e juntos nós andamos para a entrada do prédio.

Dylan e Lisa não estavam no saguão então já deviam estar no apartamento,


demos os nosso nomes para o porteiro e percebi que o prédio não estava em
boas condições para moradia.

Fomos pelo elevador e eu segurei Rubi forte quando entramos, ela me olhou
confusa e eu dei de ombros, esse negócio não parece seguro.

Quando as portas foram abertas eu nos tirei de lá rapidamente e percebi


Rubi rir baixo, vimos algumas caixas na frente de um apartamento.

Tinha algumas que eram especificadas como "quarto", "cozinha", "roupas".


Nós passamos por elas e adentramos o apartamento.

A primeira coisa que vi foi Peter sentado no sofá embrulhando alguns


objetos no jornal, ele parecia entediado.

Nate estava do outro lado colocando a primeira coisa que via dentro da
caixa, ele definitivamente não é bom em fazer mudanças.

Susie estava na cozinha que era dividida com a sala e ela pegava algumas
coisas, Emily estava com Lisa dentro do quarto, Dylan estava sentado no
balcão bebendo um copo de água de frente para Susie. As paredes pareciam
estar manchadas provavelmente do vazamento de água, isso não é nenhum
pouco seguro.

- Chegamos -falei e todos me encararam.

- Estás atrasado, Tinker Bell -Peter diz colocando alguma coisa dentro da
caixa.

- Eu não me atraso, eu faço suspense -digo e Peter revira os olhos Rubi foi
até a cozinha ajudar a Susie e encarar a cara feia do meu irmão, andei até o
sofá e me joguei ao lado de Peter.
- E aí cara? -falei colocando a mão no seu ombro, ele me olhou com uma
sobrancelha levantada.

- O que é? -perguntou doce como sempre.

- Você está bem? -perguntei e ele confirmou.

- Certeza?

- Sim, Adam. Tenho certeza -falou sem me encarar.

Não, ele não estava bem. Amanhã era um dia ruim, não, a data era ruim. O
dia do ano que Peter mais sofria, nós não tocamos no assunto porque Peter
simplesmente não gosta, mas eu também não gosto de ver meu Pan
sofrendo.

- Mentindo para a sua sininho? -perguntei mas ele continuou sério.

Olhei para Nate que nos encarava e logo depois deu um suspiro, ele andou
até o sofá e se sentou no braço do mesmo.

- Nós podemos sair amanhã -Nate fala e eu concordo.

- Não vou estar no clima -falou rápido.

- Qual é cara, não vamos deixar você fazer o que sempre faz todos os anos.
Queremos ajudar você -falei.

- Não preciso de ajuda, eu só quero ficar sozinho -Peter falou.

- Ok -Nate falou apertando seu ombro- Vamos respeitar isso.

Peter nos encarou e acenou concordando.

- Vamos lá gente, falta pouca coisa para eu arrastar Susie para a minha vida
caótica -Emily diz e aponta para Susie- Espero que goste de filmes de
terror, vamos assistir vários.

Susie deu um sorriso nervoso.


- Está cumprindo com o seu acordo? -perguntei para Peter.

- Acredita que sim, ele não fez uma piada com Emily. Eu sinceramente
estou surpreso -Nate diz.

Vi um sorriso no rosto de Peter novamente.

- Talvez eu tenha cansado daquelas piadinhas -falou dando de ombros, Nate


e eu o olhamos desacreditados.

- Você está tramando algo, Ross -Nate falou e Peter o encara.

- Você não dá ponto sem nó, o que está tramando? -Perguntei e ele sorriu.

- Absolutamente nada -Falou calmo.

- Ei! -Lisa nos chamou- Quem aqui tem o porta malas maior? -pergunta
olhando para as 8 caixas.

- Estou de Mercedes, não tem muito espaço -falo.

- Estou de moto -Peter diz terminando de empacotar tudo.

- Acho que no meu dá -Dylan diz.

- Estou com a 4x4, eu posso levar o restante -Nathaniel fala.

- Certo -Lisa diz- Vamos terminar logo, Susie parece cansada.

Encaramos Susie que olhou para outro lugar tentando desviar os olhares
dela, ela era fofa.

- Vamos colocar algumas caixas no carro -falo e bato no braço de Nate que
se levanta do sofá junto comigo.

- Dylan -chamo e ele joga a chave do carro para mim que peguei no ar.

Nathaniel pegou uma caixa, eu também peguei outra olhando para trás
vendo Peter pegar a terceira.

Quando Nate estava saindo ouvimos a voz de Susie o chamando e ela pegou
um globo de neve correndo até a caixa dele.

- Isso é importante -ela diz colocando na caixa em que Nate segurava.

- Por que é importante? -perguntou.

- Foi um presente, um muito significativo -ela sorriu.

Eles se olharam e ela parou de sorrir aos poucos se afastando até parar onde
Lisa estava, Nate passou pela porta e logo depois foi a minha vez.

- Não sinta saudades, princesa! -gritei da porta e tenho certeza que Rubi riu
baixo.

- Vai te catar, Adam! -ela gritou de volta.

Ri alto.

- Ela é tão amorosa -falei para os dois que riram.

(...)

Depois de horas nós finalmente tínhamos acabado, Susie tirou tudo o que
era dela do apartamento deixando apenas a mobília que era do imóvel.

Dividimos as caixas que de 8 se transformaram em 12, as caixas seriam


entregues na nova moradia de Susie em seguida.

Quando acabou Peter foi embora para casa e eu estava indo para o meu
apartamento com Rubi ao meu lado.

Já estava anoitecendo mostrando o pôr do sol, Rubi mexia as pernas


freneticamente e isso já está me irritando.

- Leticia! -falei e ela me encarou.

- O que é, Drew? -a encarei feio.

- Só eu posso falar seu segundo nome, você não pode falar o meu -falei a
fazendo rir com deboche.
- Vai sonhando -ela diz mexendo as pernas freneticamente mais uma vez.

- O que você tem? -pergunto fazendo uma curva.

- Acho que estou tendo aquilo que Lisa tem -falou e eu franzi o cenho.

- Humor ácido? -sugeri e ela negou- Vontade de bater na gente?


Hum...vontade de roubar nossa comida?

- Desejos -ela me corta me olhando como se eu fosse um retardado.

- Sexuais? -perguntei malicioso e ela riu.

- Não, comida mesmo -diz cruzando os braços.

- Qual o seu desejo? -perguntei e ela me encarou.

- Sorvete de flocos com morango e calda de kiwi, quero granulados e


chocolate amargo por cima, hum...talvez misturar com sorvete de maracujá,
acho que tem lá -ela diz e eu pisco várias vezes.

- Parece delicioso -falei sarcástico e ela empurrou meu ombro quando o


percebeu.

- Para mim parece -ela diz.

- Certo, vamos parar em uma sorveteria -digo e ela bate palma animada.

Depois de minutos rodando atrás de uma sorveteria nós achamos uma,


agradeci ao Deus pai por que a mulher ao meu lado já estava ficando de
mau humor.

Assim que estacionei o carro ela pulou para fora e começou a andar para a
sorveteria, desci do mesmo e fechei a porta em seguida.

Andei calmamente até a sorveteria e vi Rubi de pé na frente dos vários


sabores, tenho quase certeza que seus olhos estão brilhando, eles não
brilham assim nem para mim.

- Olá, já escolheram o sabor? -um rapaz moreno apareceu atrás do balcão.


- Sim, eu quero uma bola de flocos e duas de morango e com muita calda de
kiwi, joga chocolate amargo por cima? Quero granulados e se você tiver,
preciso que misture sorvete de maracujá também, e a calda, não esqueça a
calda, não coloca pouco não, hoje eu quero ficar porre de tanta calda -Rubi
diz e aponta para ele.

O homem me olhou e eu apenas dei de ombros.

- E você? -ele perguntou para mim.

- Acho que chocolate é suficiente -digo e ele acena parecendo aliviado.

- Você é sem graça -Rubi diz e eu levanto uma sobrancelha- Deveria ter me
deixado escolher o seu sabor, sou ótima nisso.

Sorri pequeno e alisei seu cabelo.

- Tenho certeza que sim -digo e ela concordou sorrindo.

- Escolha uma mesa para gente, vou levar os sorvetes -falei beijando o topo
da sua cabeça em seguida.

Vi ela andar até achar uma mesa perto do vidro que dá vista para a rua cheia
de luzes, o rapaz entregou primeiro meu sorvete e minutos depois ele veio
com o de Rubi que estava exatamente do jeito que ela pediu, santo Deus.

Paguei ao rapaz pelos dois e andei com eles até a mesa onde minha princesa
estava, mas parei quando vi a pessoa com quem ela conversava.

Que porra é essa?

×××

Quem vocês acham que é?

Sugestões?

Votos e comentários, por favor ❤️.

Até, coisas lindas.

64° capítulo

Rubi

Meus dedos batiam na mesa esperando ansiosamente pelo meu delicioso


sorvete, olhei para trás e vi Adam pegando o mesmo e sorri grande.

Porém, meu sorriso foi morrendo quando vi uma pessoa me encarando, que
só agora percebi que ele estava ao meu lado.

- Olá.

Sua voz chegou nos meus ouvidos, cruzei as mãos em cima da mesa e
respirei fundo pensando no que vou fazer caso Adam bata nele de novo.

- Oi, Julian -falo dando um sorriso pequeno.

Ele vestia uma calça jeans preta e uma camisa listrada de botões, o sapatos
eram despojados e eu não pude deixar de notar a aliança dourada no seu
dedo que não tinha notado antes.

- Você está bem? -ele pergunta.

Senti o olhar de Adam nas minhas costas e dei um sorriso nervoso.

- Estou -respondi rápido.

- Rubi...-ele coçou a nuca- Eu queria dizer que nunca foi minha intenção
magoar você, desculpe falar isso para você depois de tanto tempo, mas eu
realmente precisava fazer isso.

Franzi o cenho.

- Você foi embora sem dar explicações, Julian -falei.

- Eu sei, eu fui embora porque...porque eu estava com outra mulher. Sim, eu


sou um estúpido mas eu me apaixonei por outra pessoa e não ia aguentar
fazer você sofrer...mas acabei fazendo.
- O que você quer? -fui direta.

- Eu só quero...

- Quer o que? -Adam apareceu finalmente colocando os sorvetes em cima


da mesa.

- Adam -ele diz e o mesmo levanta uma sobrancelha.

- O que você quer? -Adam pergunta.

- Eu só quero me desculpar com você -Julian olha para mim- E com você
também -ele olha para Adam.

Tinker cruzou os braços.

- Rubi, eu nunca quis fazer você sofrer mas eu fui um completo idiota. Me
desculpe, eu deveria ter conversado com você sobre meus sentimentos ao
invés de simplesmente ir embora e deixar você para trás sem nenhuma
explicação -me ajeitei na mesa o encarando.

- Como eu disse, eu me apaixonei por outra mulher, mas claramente eu não


consegui te dizer isso, eu estou com ela atualmente e me casei a três
semanas atrás -uma sombra de sorriso apareceu nos seus lábios.

- Se você ama outra pessoa não tinha necessidade de falar aquelas coisas de
Rubi -Adam diz e minha curiosidade cresce.

- O que ele disse? -pergunto e os dois me encararam se mexendo


desconfortáveis.

- Princesa...

- Estou esperando -falei impaciente.

- Eu ofendi você -Julian diz- Não falei sobre o nosso passado mas falei do
futuro que você e Adam nunca iriam ter.

Julian parecia envergonhado e Adam suspirou pesadamente.


- Você estava errado. Rubi é o meu futuro, não me vejo mais sem ela -Adam
diz e Julian sorri pequeno.

- Eu entendo -Julian diz em um tom de identificação, provavelmente


pensando na tal mulher.

- Por que você me ofendeu? -Perguntei a Julian.

- Eu estava com raiva dele por ficar me atacando, e a única coisa que eu
sabia que iria tirá-lo de linha era falar sobre você -Julian passou a mão no
rosto- Eu sinto muito mesmo, eu até pensei na época que ainda sentia algo
por você mas eu estava errado.

Ego masculino ferido, um perigo para a sociedade.

- Eu não estava...atacando você -Adam fala e Julian cruza os braços.

- Ah você estava, é jogo sujo falar sobre o tamanho de alguém -Julian fala e
Adam ri cobrindo a boca.

Eu não acredito que Adam estava falando do tamanho do pênis do meu ex


noivo.

- Ok, só era uma brincadeira de mal gosto, mas não apaga o que você falou.
Ainda tenho raiva de você por conta disso -Adam diz sério.

- Imagino, eu só queria me desculpar. Não tenho intenção de me intrometer


na relação de vocês dois -Julian estende a mão para Adam- Estamos bem?

- Vamos ficar bem, caso você suma e não apareça mais -Adam diz e aperta
a mão dele.

- Ah não se preocupe quanto isso, irei embora de Nova York para o Canadá
na próxima semana -Julian diz sorrindo.

- Estou mais feliz agora -Adam diz e solta a sua mão.

Julian se vira para mim e estende a mesma.


Tem uma coisa que está rodando na minha mente, é algo que eu preciso
perguntar.

- Você me deixou apenas porque estava com outra mulher? E não por outro
motivo maior? -perguntei e os dois me encaram com o cenho franzido.

- O que? -pergunta.

- Responda -falei.

- Eu deixei você por outra mulher e não por outra coisa -ele fala e sinto meu
peito se apertar quando percebi que ele estava falando a verdade.

Puta merda.

Encarei Adam que parecia confuso.

- No que você está pensando? -Adam perguntou alisando meu cabelo.

- Minha empresa, Adam -falo.

- Ela está bem, princesa. Estamos gerenciando ela -ele se refere a nossa
empresa mas não é dela que estou falando.

- Não, a minha primeira empresa -digo e ele para de alisar meu cabelo.

Adam pisca várias vezes e depois encara Julian que parecia tão confuso
como Adam estava ainda há pouco.

- Se não foi ele, então quem foi? -Adam pergunta me encarando.

- Se não fui eu o que? -Julian pergunta.

Nós dois o encaramos e Adam levou as mãos para a cintura parecendo


pensar.

- Você era o único que sabia sobre minhas senhas, certo? -pergunto a Julian.

- O que? Do que você está falando, Rubi? Eu nunca soube de nenhuma


senha sua, você não compartilhava nada sobre a sua empresa além do seu
pai -ele diz calmamente.

- Mas, era você...eu me lembro de ter ficado bêbada no meu apartamento e


a única pessoa que estava comigo era você, você que morava lá -falei,
minha cabeça parecia que ia explodir.

- Você lembra de ter dado essas senhas? -Adam pergunta.

- Eu lembro de alguém perguntando mas...eu não lembro direito quem... -


tudo parecia rodar.

Comecei a me sentir mal e coloquei a mão na cabeça tentando me


estabilizar, Adam se inclinou sobre mim preocupado e colocou uma mão na
minha barriga e outra na minha nuca.

- Fique tranquila. Nós vamos pensar sobre isso mais tarde, por agora, se
concentre no bebê. Você não pode se exaltar demais, não fará bem a ele -
Adam fala olhando no fundo dos meus olhos enquanto eu respirava fundo
tomando nota suas palavras.

- Sim, tudo bem -falo com as mãos nos seus braços.

- Você está grávida!? -Julian pergunta surpreso.

Adam o encara e acena em seguida respondendo sua pergunta.

- Oh meu Deus, parabéns -ele diz sincero e Adam deu um sorriso pequeno-
Me dizia que esse era um dos seus sonhos, que bom que você conseguiu, e
com a pessoa certa, acredito.

- Obrigado -Adam diz por nós dois.

- Você está bem? -perguntou e eu acenei concordando.

- Vamos para o meu apartamento, você precisa descansar um pouco -Adam


fala e se afasta pegando na minha mão me fazendo levantar em seguida.

- Eu quero ir para o meu -digo e ele fica em silêncio por alguns segundos,
não parecendo muito contente com a ideia mas depois concorda.
- Certo.

Nós viramos para nos despedirmos de uma vez de Julian quando ele abre
um sorriso tão grande que quase me deixa cega, ele olhava por cima do
ombro de Adam e olhando para trás eu entendi o motivo do sorriso.

Uma mulher andou até ele exibindo o mesmo sorriso, seu cabelo era
encaracolado de um loiro natural, seus olhos eram verdes e tinha um corpo
exuberante, ela era muito bonita.

A mulher usava apenas um vestido colado e uma jaqueta jeans por cima
com sapatilhas douradas que de certa forma combinavam com o seu cabelo.

Ela parou ao lado de Julian depois de beijá-lo rapidamente, ele parecia


realmente apaixonado e ela não estava diferente.

- Está é Amélia -Julian diz a encarando e depois nos encara.

- Esse é Adam Venturelli e Rubi Mendoza -Julian nos apresenta.

Eu sei que Julian é o meu ex noivo e isso deveria ser estranho já que ele
está me apresentando para a pessoa que foi o motivo dele ter me deixado,
mas...isso sinceramente não significa nada, não para mim. Deixei de me
importar com Julian a partir do momento que me apaixonei por Adam. A
verdade é que desde que eu conheci essa Tinker Bell atentada eu nunca
mais o tirei da cabeça, no fundo, bem no fundo eu sabia que iria me
apaixonar por ele depois de ter dado aqueles tapas. Só demorei muito para
admitir isso.

- Oi -digo e a mulher me encara parecendo nervosa.

- Oi...eu sei que vocês estavam... -ela começa e coça a cabeça parecendo
perdida.

- Está tudo bem, Amélia. Eu não me importo mais. Sejam felizes, ok? -
perguntei alisando seu braço.

- Me desculpe mesmo assim, espero que você seja feliz também -diz, nota-
se que ela não parece ser uma pessoa ruim.
- Eu já sou -digo e olho para Adam que faz o mesmo me puxando pela
cintura.

- Vamos, princesa -ele diz e eu aceno para os dois.

Adam e eu andamos para a saída normalmente e quando estávamos prestes


a sair eu o parei.

- Espera -falo.

- O que? Você está bem? -perguntou me analisando.

- Meu sorvete -digo e Adam arqueia uma sobrancelha.

- Você ainda quer aquele negócio, Rubi? -ele pergunta e eu concordo


balançando a cabeça como se fosse uma criança de 10 anos.

- Torça para não ter derretido -ele fala e corre para a mesa onde eu estava.

Adam pegou o sorvete o encarando e depois levantou para o céu como se


fosse uma cena do rei leão.

- Não derreteu! -ele gritou de onde estava atraindo alguns olhares e eu bati
palma animada.

Adam correu de novo e eu peguei na sua mão quando saímos da sorveteria.

Ele me entregou o sorvete enquanto andávamos para o carro, já do outro


lado da rua ele abriu a porta do veículo e antes de eu entrar derramei um
pouco de sorvete na minha roupa na região da barriga.

Adam balançou a cabeça como se estivesse me repreendendo mentalmente


e pegou o sorvete da minha mão levando para o capô do carro.

Ele afastou minhas mãos da minha barriga enquanto eu tentava limpar,


Adam tirou um lenço do bolso e se inclinou para limpar o sorvete. Fiquei
olhando para as árvores enquanto sentia ele esfregar o lenço na minha
roupa.
Depois que terminou, Adam deu um beijo demorado na minha barriga e eu
ri levando minhas mãos para o seu cabelo loiro o bagunçando.

Ele se levantou me beijando rapidamente, nos afastamos e eu entrei no


carro esperando pacientemente ele me dar o sorvete de volta.

Depois que o sorvete estava em minhas mãos ele colocou o lenço sobre as
minhas pernas o estendendo como se eu estivesse no jardim de infância e
me encarou em seguida.

- Não suje o meu carro -diz sério.

- Caso contrário? -perguntei levando uma colher até a boca.

Adam riu.

- Você vai apanhar -ele diz e fecha a porta do carro me deixando com um
sorriso idiota nos lábios.

Olhei de relance para a sorveteria e vi Julian e Amélia sentados na mesa


que dá vista para o lado de fora, ele acariciava seu rosto enquanto ela ria
abertamente.

Eu me senti normal vendo aquilo, talvez eu tenha me sentido assim por ele
ter encontrado alguém que realmente ama assim como eu também
encontrei. Não éramos felizes juntos, e o que eu menos quero é tê-lo de
volta na minha vida.

Adam entrou no carro e colocou o cinto, ele sorriu para mim e eu sorri de
volta.

Não tenho ressentimentos com Julian, pelo menos não mais. Mesmo que ele
tenha me feito sofrer por meses, eu deixei isso de lado, é como se ele não
tivesse nem existido nesse ponto, acho que nós dois não existimos a muito
tempo.

Eu pensei por meses que ele tinha roubado minha empresa e agora eu tenho
minhas dúvidas que não saíram da minha cabeça em nenhum momento. Eu
preciso me lembrar exatamente do que aconteceu.
- E aí? -Adam pergunta ligando o carro.

- O que? -perguntei levando uma colher de sorvete até a boca.

- Você acha que ele consegue fazer ela gozar?

- Meu Deus, Adam! -digo e ele dá uma gargalhada alta saindo com o carro
em seguida.

É claro que ele tinha pensado nisso.

×××

Atenção!

Vou postar o restante dos capítulos antes de sábado! Não vou conseguir
postar tudo hoje porque estou ajeitando uns furos na história que
precisa de uma atenção dobrada e hoje foi uma dia cheio pra mim 😔,
enfim, vou postar o resto na sexta-feira provavelmente.

Até, babys. E agradeço quem tiver a compreensão ❤️

65° capítulo

Dias depois...

Rubi

- Adam, me devolve isso!

Gritei pelo meu apartamento enquanto eu corria atrás desse loiro metido dos
infernos.

- Não! -ele gritou de volta enquanto corria com a minha foto de identidade
em mãos.

Identidade! Dá para acreditar?

Às vezes eu acho que Adam ainda é um adolescente prestes a sair da


puberdade, ou uma criança de 8 anos que adora provocar a menininha que
ele é afim na escola, e eu sou essa essa menininha.

- Para que você quer isso? Você é maluco? -pergunto quando ele para de
correr, a única coisa que me impedia de agarrar seu cabelo era o sofá no
meio de dois nós.

- Eu quero bater uma foto com o meu celular, olha como você estava linda!
-ele diz e levanta a minha foto de quando eu tinha 17 anos.

Eu lembro dessa foto, eu estava com a gripe do século.

- Eu estou horrível! Acho que tem até catarro saindo do meu nariz, me dá
isso -falo e ele nega.

- Não é catarro, princesa. É pozinho mágico, você já sabia que ia ser minha
desde os 17 anos, somos predestinados -ela fala me fazendo bufar irritada.

De repente ouvimos o latido de Mops e ele parou na escada se sentando, seu


olhar era ridículo, parecia que ele estava mandando a gente crescer.
- Não se pode irritar uma mulher grávida! -apontei para Adam que fez um
biquinho- Guarde isso na minha bolsa, nós temos consulta agora.

Hoje era sexta feira, o dia que iríamos ouvir o coração do nosso filho e vê-
lo pela primeira vez na ultrassom, eu não vejo a hora!

- Só uma fotinha -ele diz tirando seu celular do bolso e eu pego uma
almofada do sofá, joguei na sua cabeça fazendo seu celular cair no chão e
ele ir para trás meio atordoado.

Ri alto me sentindo satisfeita.

- Bem feito !

- Sua...sua...grávida! Eu vou pegar você -ele diz irritado e ameaça vir para
cima de mim.

- Mops! Pega o papai -grito e andou rápido para a escada com Adam atrás
de mim.

Mops para na frente de Adam latindo para ele que dá um passo para trás,
coloquei as mãos na cintura o encarando com um ar superior. Mops no
fundo no fundo, será fiel a mim quando for necessário, gritei internamente.

Subi dois degraus e Mops se sentou na sua frente o impedindo de avançar.

- O que? O que você está dizendo, Mops? -perguntei colocando uma mão
no ouvido fingindo escutar algo.

Adam olhou para Mops e depois franziu o cenho me encarando.

- Sim, seu pai é um idiota -falo e Adam levanta uma sobrancelha.

- Ah é? -pergunta irritado.

Mops latiu como se confirmasse e eu sorri abertamente.

- Seu pai é um idiota, Mops -Adam diz e eu semi cerrei os olhos- Mas é um
idiota esperto.
Adam tirou uma bolinha verde do bolso da calça social e eu arregalei os
olhos, merda!

- Não -digo e vou descendo a escada sorrateiramente.

Mops deixa de ficar sentado e se levanta balançando o rabinho com a língua


para fora.

Adam dá alguns passos para trás e Mops segue ele, no mesmo instante que
Adam joga a bolinha longe meu cachorro corre e movo minhas pernas para
longe também indo para a sala de estar.

Quando estou prestes a me proteger do outro lado do sofá, ele corre e se


joga no mesmo me puxando pelo braço, fiquei deitada em cima do seu lindo
corpo enquanto rimos juntos.

- Onde você pensa que vai, princesa? -perguntou colocando meu cabelo
para trás.

- Vou denunciar você -falo e ele ri alto.

- Pelo o que?

- Não sei, vou encontrar alguma coisa -digo- Minha irmã é advogada,
lembra?

Adam acaricia meu rosto ternamente, os olhinhos brilhando para mim -


Você é tão linda -ele diz- Até mesmo com catarro como naquela foto.

Bati no seu peito e ele riu se sentando, me levando junto Adam colocou
minhas pernas uma em cada lado da sua cintura.

Ele levou as mão para a minha barriga enquanto eu estava no seu colo e me
encarou em seguida, - Estou ansioso -ele diz- Merda, eu quero vestir ele de
fadinha.

- Eu também -gritei animada, Adam riu.


Ele olhou para a minha barriga e se inclinou um pouco fazendo seu rosto
ficar bem perto.

- Aqui é o papai -ele diz me fazendo sorrir- Se comporte aí dentro e não


deixe a mamãe muito cansada, estou esperando ansiosamente para ouvir
você. Se você for um menino eu vou ensinar algumas táticas para pegar
uma mulher -bati nele de novo ele fez cara feia.

- Ele vai precisar, princesa! -Adam diz e eu reviro os olhos.

- E se ele não gostar de mulher? -perguntei.

- Sou adorado por ambos -diz convencido- Mas eu nunca fiquei com um
homem...vou dar essa tarefa para o seu tio, mais conhecido como Peter Pan.

Adam riu mas depois ficou sério.

- Não fale para ele que eu disse isso -sussurra.

Idiota.

- E se for uma menina, bom...eu vou aprender alguns penteados para fazer
em você quando for para a escolinha, e comprar uma arma de choque para
você usar quando for perturbada -ele diz e eu balanço a cabeça, Deus- Eu
acho que sua mãe não vai deixar eu fazer isso, mas eu acho que podemos
negociar um spray de pimenta.

Sorri de lado.

- Será a minha mini princesa -ele diz e me encara com um sorriso lindo nos
lábios.

Porra, eu amo esse homem.

Me aproximei dando um beijo caloroso nele, suas mãos foram para a minha
cintura e as minhas para a sua nuca.

Quando nos afastamos eu coloquei minha cabeça no seu peito me ajeitando


e seus dedos alisavam meu cabelo como se estivesse o penteando, fecho os
olhos por alguns segundos sentindo uma sensação muito boa.

- Princesa?

- Oi.

- O que você acha de fazermos massagens de novo? -ele pergunta e eu rio


baixo.

- Você só não faz isso quando está estressado?

- Maioria das vezes, mas você me mostrou que nem sempre precisa ser
assim -eu não podia ver mais sabia que ele estava dando sorrindo lascivo.

- Não é má ideia -falei e ele riu.

Mexi nos botões da sua camisa e ouvi ele suspirar pesadamente, franzi o
cenho.

- O que foi? -perguntei.

- Nada demais, eu apenas me lembrei do quanto fui ruim para você por
aquele tempo. O dia da massagem foi o melhor e pior dia para mim.

O encarei ainda deitada no seu peito e ele fez o mesmo analisando todo o
meu rosto.

- Foi o dia em que eu me declarei para você e no minuto seguinte eu vi você


indo embora pela porta totalmente perdida, estava branca que nem papel -
ele diz e agora eu suspiro.

- Eu estava atônita, eu apenas queria ficar sozinha e pensar -falei.

- Eu pensei muito naquele dia -ele diz rindo- Em você em cima daquela
mesa então...

- Você é muito safado! -falei rindo também.


- Talvez um pouco -ele me apertou- Passamos pelo o que tivemos de passar
-diz e eu concordo- Agora você está aqui nos meus braços grávida
esperando algumas horas para irmos a consulta do nosso filho, céus, não
vejo a hora.

Ele abriu um sorriso.

- Ainda não me lembro quando vacilamos -encarei os botões da sua blusa-


Usamos camisinha e você nunca gozou dentro de mim, apenas na França,
mas eu tomei a pílula.

- Eu também não me lembro quan...

Ele começou a falar, mas por um momento eu o ignorei por completo, a


lembrança me bateu com tanta força que eu saí do colo de Adam e ele me
olhou sem entender.

Porra! Eu me lembro.

- Adam! -exclamei.

- Venturelli.

Ele diz e eu reviro os olhos.

- O que? -perguntou com um sorriso de lado.

- Eu sei, eu sei quando vacilamos -digo e aponto para a minha barriga- Eu


sei quando você colocou um bebê dentro de mim.

Ele ficou em silêncio e pareceu pensar profundamente, até suas


sobrancelhas subiram e seus olhos se arregalaram.

- No dia da massagem! -falamos ao mesmo tempo.

Ele se levantou do sofá e parou na minha frente.

- Nós não usamos camisinha naquele dia? -ele falou com a mão na cabeça.
- Eu acho que não, e eu não me lembro de ter tomado alguma pílula -falei e
ele me encarou.

- Eu engravidei você no mesmo dia em que me declarei? -ele bateu uma


palma- Porra, eu sou incrível.

O olhei balançando a cabeça.

- Você não vai conhecer ninguém que já tenha feito isso -ele cruzou os
braços rindo.

- Como eu não tomei a pílula? -perguntei roendo a unha tentando me


lembrar- Eu lembro de estar tão mal e confusa que não me toquei que tinha
transando com você sem a bendita da camisinha, por isso não comprei a
pílula -falei colocando a mão na testa.

- Poxa, que pena -ele diz sorrindo e eu bati no seu peito.

- Eu amo você -ele diz me puxando pelo braço encostando seu corpo no
meu, o olhei com carinho.

Adam se inclinou na minha direção e seus lábios tocaram os meus


gentilmente.

Ouvimos a porta ser aberta e logo em seguida Lua passar por ela, ela
parecia tão triste com lágrimas correndo pelas suas bochechas, Lua sempre
chega sorrindo e toda vez ela corre até mim para dar um beijo na minha
barriga.

Ela fechou a porta e começou a andar para a cozinha nem notando a nossa
presença.

Adam me olhou com uma sobrancelha erguida curioso como eu.

Comecei a andar para alcançar Lua e Adam veio atrás de mim com as mãos
no bolso da calça social.

Ela estava de costas lavando as mãos na torneira e logo depois as enxugou


no guardanapo, Adam parou atrás de mim e colocou uma mão no meu
ombro.
- Lua? -Adam a chama.

Ela se virou e depois abriu um sorriso fraco.

- Oi -ela diz meio triste.

- Você está bem? -perguntei preocupada.

- Sim -ela sorriu novamente, mas dessa vez pior- Estou bem.

- O que aconteceu? -perguntei me aproximando dela e vi seus olhos se


encherem de água.

- Bryant -ela diz e vejo uma lágrima descer do seu rosto.

- O que ele fez? -perguntei pegando nas suas mãos.

- Ele quer que eu vá morar com ele -ela diz e começa a chorar.

Ai meu Deus, será que disfarçaram a Lua de Emily? Ela que choraria se
alguém pedisse isso .

Olhei para Adam que parecia confuso.

- E isso é ruim? -perguntei confusa também.

- Sim, Bryant mora mais afastado daqui. Se fosse morar com ele não
poderia mais vir trabalhar com você -ela diz- Nós discutimos por causa
disso.

- Bryant? O motorista do Dylan? -Adam pergunta.

- Sim -ela diz e ele concorda.

Bryant está com Dylan a todo momento, entendo que ele deva morar mais
perto do trabalho que aparentemente fica longe de onde Lua e eu moramos.

- Você quer morar com ele? -perguntei e ela me encarou.

- Quero, mas não quero deixar você -falou limpando as lágrimas.


- Não se prenda por minha causa, Lua. Se você quer ir morar com o seu
namorado eu apoio você totalmente -digo.

- Mas e você? E o neném? Não posso, não vai ter ninguém para cuidar...

- Com licença -Adam se intromete e nós o encaramos.

- Eu só vejo uma saída para isso tudo -ele coloca as mãos na cintura- Lua
poderia morar com o namorado tranquilamente sem se preocupar com a
minha princesa que estará em ótimas mãos.

- Qual saída? -ela pergunta.

- Rubi poderia morar comigo -diz calmo e eu levanto uma sobrancelha- Na


verdade, eu tento arrastá-la para o meu apartamento a dias.

Continuei o olhando e Lua encarou o chão parecendo pensar, ele tinha um


sorriso pequeno nos lábios enquanto me encarava de volta. Maldito, Adam
sempre consegue o que quer pelo visto.

- Venha morar comigo, princesa -pediu com os olhinhos de gatos de botas.

×××

Se o Adam me pedisse para morar com ele eu já estaria lá na porta com


uma mala da Pucca ao meu lado, é isto. Só queria fazer esse desabafo.

Até, babys ❤️.

66° capítulo

Rubi

Senti três olhares curiosos me perfurando, Adam, Lua e até Mops que
acabou de entrar na cozinha me encaram ansiosos.

Olhei para o homem que eu amo e vi ele morder o lábio inferior nervoso.

Morarmos juntos?

Além de ser um passo extremamente importante para uma relação é algo


diferente e desafiador, mas Adam e eu estamos em outro nível já que eu
estou grávida dele, morarmos juntos não parece algo ruim ou apressado, é
algo que teria de acontecer mais ou cedo ou mais tarde. Estou até ansiosa
para colocar meus saltos no seu closet e brigar por causa da tampa
levantada.

- Você está me matando aqui, Rubi! -ele fala nervoso.

Preciso saber se é realmente isso que ele quer, cruzei os braços e andei até
ele parando na sua frente.

- Você tem certeza? Não quer esperar mais alguns meses? -dei de ombros.

- Não quero esperar nada, eu tenho certeza do que quero e quero acordar
com você ao meu lado, não quero ter que deixar você no seu apartamento
metade das noites ou que você tenha que vir pegar roupas para usar no dia
seguinte, não, não! -ele parecia ficar irritado de repente e eu sorri
internamente, outro ataque de Adam onde ele diz coisas lindas sobre mim
mas com irritação.

- Eu quero todas as suas roupas no meu apartamento, quero seus sapatos


mesmo que sejam muitos! Foda-se, eu compro uma empresa de calçados
para você, que se dane -ele começou a andar de um lado para o outro e eu
olhei para Lua que tinha expresso chocada, eu já até estava acostumada-
Quero ver aquele shampoo de morango no meu banheiro, quero ver sua
escova de dentes junto com a minha, princesa, eu quero ver você andando
pela casa como se fosse sua porque tudo o que eu tenho, é seu.

Peguei nas suas mãos o fazendo parar de andar e beijei a direita, um sorriso
terno foi lançado para mim.

- Eu quero o lado direito da cama -falei

- Não.

- Como não?! -levantei uma sobrancelha- E o papo de tudo o que é seu é


meu.

- É...que...é o meu lugar -sussurrou parecendo triste.

- Certo, o lado maior do closet é meu então.

- Fechado -ele diz e nós dois levantamos a mão fazendo um "toca aqui".

Rimos juntos antes dele me beijar rapidamente.

- Vamos agilizar a minha mudança e de Mops -falei animada e meu


cachorro latiu dando uma voltinha.

- Vamos morar juntos! -ele disse animado.

- Sim, nós vamos!

Senti patinhas na minha perna e nós afastamos vendo Mops do nosso lado,
ele foi me empurrando para trás com o corpo pequeno e assim que
conseguiu deitou no pé de Adam.

Adam riu e se abaixou fazendo carinho na barriga do meu cachorro


ciumento.

Lua veio até mim e me abraçou alisando meu cabelo.

- Estou feliz por você ter encontrado alguém que te ame, ele é caidinho por
você -ela sussurrou no meu ouvido me fazendo dar uma gargalhada.
- Ótimo, ele não tem que ter uma quedinha por mim não, Lua. Ele precisa
ter a porra do penhasco -digo, ela sorriu animada concordando.

- Vá falar com Bryant, diga que aceita a proposta e seja feliz com ele, ok? -
falei apertando seu ombro- A tempos que você não ficava feliz com alguém,
acho que você encontrou sua pessoa certa.

Ela respirou fundo.

- Ok -deu um sorriso nervoso.

Ela andou até Adam e o abraçou para se despedir, Lua se despediu de Mops
que agora estava sentado ao lado do loiro.

Não demorou para o seu corpo sumir da cozinha e o som da porta chegar
até nós, Mops correu para a porta e Adam me encarou sorridente.

- A mamãe aqui quer uma coisa -falei inocente dando passos lentos pela
cozinha.

- O que a mamãe quer? -Adam pergunta me rodeando olhando-me com


intensidade, sorri mordendo o lábio.

- Quero comemorar -digo me sentando em cima da mesa, ele levantou uma


sobrancelha encarando meu corpo quando coloquei as mãos na mesa.

- Você está estranhamente mais safada, gostei disso -ele sorriu quando eu
abri minhas pernas o deixando ver minha calcinha preta minúscula.

Eu estou tão feliz.

- Eu também me sinto assim -sussurrei- E...senhor Venturelli, eu acho que


você vai sofrer na minha mão um pouquinho.

Adam suspendeu as sobrancelhas e depois correu até mim quase caindo, ri


alto colocando minhas mãos nas suas costas quando ele beijou meu
pescoço. Adam tocou no meu vestido o puxando para cima e minhas mãos
foram para o botão da sua calça social, abri o botão e ele a puxou para baixo
rapidamente.
- Vamos comemorar, princesa -ele disse abaixando a cueca e eu o olhei com
um sorriso no rosto.

- Sou toda sua, Bell -digo o fazendo revirar os olhos sutilmente, Adam
ajeitou minha cintura me deixando mais um pouco inclinada.

Ele afastou minha calcinha para o lado e ainda me deu um sorriso lascivo
antes de me penetrar com força, arfei com ele dentro de mim e apertei a
borda da mesa até meus dedos ficarem brancos. Ele se inclinou beijando
meu pescoço enquanto estocava deliciosamente devagar.

Sua mão foi para a minha cintura me puxando mais para frente e eu gemi o
seu nome quando ele puxou meu cabelo para o lado deixando meu pescoço
exposto. Meu corpo inteiro estava em chamas e meu coração estava
acelerado vendo-o receber prazer, parecia que a qualquer momento eu iria
derreter como gelo no sol quente.

Ele deu um beijo demorado no meu pescoço e eu fechei os olhos sentindo


ele sair e entrar dentro de mim. Meu braços foram para o seu pescoço e ele
desviou o rosto para me beijar novamente, sua língua brincou com a minha
até que ele se afastou colando nossas testas.

Senti minhas paredes se fecharem e sabia que iria gozar, eu não iria
aguentar por mais tempo até que sua voz rouca chegou nos meus ouvidos:

- Eu adoro como você me recebe tão bem, goze para mim, princesa.

Sem esperar mais nenhum segundo eu fiz o que ele disse e gozei com uma
última investida cravando minhas unhas nas suas costas, Adam gozou junto
comigo fechando os olhos e me apertando com mais força.

Minha respiração estava desregulada e ele parecia ofegante quando abriu os


olhos me encarando, suas pupilas estavam dilatadas e eu perdi as contas de
quantos segundos ele ficou me encarando em silêncio.

Adam parecia pensar em algo extremamente importante até que abriu um


sorriso pequeno me tranquilizando.
- Você vai se mudar o quanto antes, não vejo a hora de ver suas roupas
espalhadas pelo meu quarto e as bolinhas de Mops por todo lado -ele diz
antes de me dar um selinho.

- Vamos cuidar disso depois, tudo bem? -pergunto e ele balança a cabeça
concordando.

Adam saiu de dentro de mim vestindo a cueca e subindo a calça social


fechando o botão em seguida, puxei meu vestido para baixo e ele me ajudou
a sair de cima da mesa.

Andamos para a sala um ao lado do outro e vimos Mops deitado em cima


do sofá com a barriga para cima, ele dormia tranquilamente.

- Esse cachorro é mimado demais -Adam fala e eu olho para ele cruzando
os braços.

- Você é o culpado -falei olhando para as bolinhas que tinha no meu


apartamento e outros brinquedos caninos- Vamos, quer ver meu filho.

- É...talvez eu mime, mas eu acho que você está com ciúmes -ele diz rindo.

- Cala a boca, e não vou deixar você mimar o meu filho -falei ao pararmos
perto da porta.

- Ah, você vai sim -disse.

- Não vou, e sem doces -falei brincando.

- Sem doces!? A criança vai crescer traumatizada, Rubi -Fala alto- Não tire
os doces dela, não tire!

- Doces não fazem bem, ele precisa comer brócolis e aspargos -falei e ele
negou.

- Quando você virar as costas eu vou tacar doce nessa criança -ele fala.

Sorri de lado.
Adam andou até a minha bolsa que estava na mesinha de centro e a trouxe
para mim, saímos do meu apartamento lado a lado depois depois que
tranquei a porta vendo-o pensativo, provavelmente sobre aspargos.

- Eu acho que vou escrever uma música -avisa.

- Música?

- É, sobre legumes, talvez ele coma assim também -ele fala e eu ri baixo
passando a mão no rosto, Deus me ajude.

- Está nervoso? -perguntei- Vamos vê-lo agora.

- Claro que não, princesa. Fui treinado para não demonstrar nervosismo
diante das pessoas.

(...)

- Mamãe, você pode se deitar aqui e deixar a barriga à mostra -acenei para a
médica- Papai, você pode se sentar nessa cadeira ao lado dela?

- Me sentar? Para que me sentar? Você vai me dar alguma notícia ruim
ou...ou vai me dizer algo que eu precise estar sentado para não desmaiar e
bater a cabeça em algum lugar? -olhei para esse pequeno surto vendo Adam
branco que nem papel, a médica estava com o cenho franzido.

Ele me encarou e se sentou por fim.

- Talvez eu esteja um pouco nervoso -ele admite.

- Você jura?! -usei meu querido deboche- Pensei que fosse a porra do cara
que foi treinado para não sentir nervosismo na frente das pessoas.

- Você é maldosa -ele balança a cabeça para mim com os olhos


semicerrados, sorri de lado.

Peguei na sua mão para tranquilizá-lo e acho que funcionou um pouco,


olhei para a sala vendo um televisão pendurada na parede e a luz estava um
pouco fraca mas era suficientemente para nos deixar enxergar com clareza.
A médica estava do meu outro lado mexendo em um teclado e olhando para
o monitor, ela apertou alguns botões a aparecia umas coisas estranhas na
tela.

Até que ela se virou para a gente e pegou uma espécie de gel.

- Prontos? -ela pergunta e nós concordamos.

Ela derramou gel na minha barriga que estava gelado e logo depois pegou
uma máquina branca e pressionou com cuidado em cima da mesma.

Ela começou a mexer naquele negócio por todos os lados e demorou um


pouquinho até ela falar conosco, Adam já estava apertando minha mão com
força demais e eu já estava tentada a perfurá-la com as minhas unhas.

Olhamos para a televisão e não entendia absolutamente nada, era um borrão


preto com alguns detalhes brancos.

A médica tirou a máquina da minha barriga e nos encarou, ela sorriu meio
nervosa e isso também me deixou nervosa.

- O que? O que foi? -perguntei.

- Eu só preciso confirmar uma coisa -ela disse- Vamos ouvir o coração.

Olhei para Adam que me deu um sorriso fraco.

Ela apertou alguma coisa e logo um barulho alto e muito rápido apareceu,
era o coração do meu filho.

Abri um sorriso enorme e Adam fez o mesmo, o barulho fez meus olhos se
encherem de água e encarei a doutora que olhava para o monitor mas
parecia querer escutar algo.

- Isso confirmou -ela disse e eu franzi o cenho.

- Confirmou o que? -Adam pergunta.

Ela pegou a máquina de novo e passou mais gel na minha barriga, dessa vez
o tempo que ela ficou fazendo isso foi menor, na maioria das vezes ela
apertou uns botões e as imagens que passavam na televisão eram
selecionadas.

Quando ela terminou às exibiu na televisão e tirou aquela máquina da


minha barriga, seu corpo se virou para nós e ela cruzou as mãos na frente
do corpo.

- Sr. e Sra. Venturelli -ela diz e eu pisco várias vezes vendo Adam sorri
imenso pelo fato dela ter nos chamado assim.

- O que indica é que sua gestação está no caminho certo, continue se


alimentando regularmente e não faça tanto esforço -concordei.

- Outra coisa importante -ela diz e olha no monitor.

- Você não está esperando só um bebê, Sra. Venturelli -ela fala e Adam
aperta a minha mão e eu faço o mesmo.

- É mais de um? -Adam pergunta meio ofegante, ele até balançou a própria
camisa.

Ai meu Deus.

Ela olhou no monitor novamente e balançou a cabeça concordando, a


médica apertou um botão e o som do coração apareceu novamente.

- Prestem atenção, os batimentos não são só de um bebê, são dois


batimentos.

Ai meu Deus.

Ai meu Deus.

Ai meu Deus.

- Gêmeos -Adam fala encarando a televisão- Gêmeos!

A médica marcou na televisão e mostrou o que pareceu ser duas petecas


bem pequenas uma ao lado da outra, Adam apertou a minha mão e me
encarou.

- São gêmeos, princesa -ele fala e logo um sorriso lindo é lançado para
mim- São gêmeos! G.Ê.M.E.O.S
Ri vendo o seu entusiasmo.

- Eu já entendi! São gêmeos -falei rindo e ele se inclinou me dando um


beijo rápido.

- Espere um minuto -a médica fala e nós a encaramos.

- Deixe-me ver só mais uma coisa... -ela começa a olhar para o monitor
novamente.

- Pelo amor de Deus doutora! Para de olhar para esse monitor! -Adam fala
dramaticamente.

- Ai meu Deus -ela fala e nós dois a olhamos sem entender, tá de sacanagem
com a minha cara?!

- Como eu me enganei? -ela diz e aperta o botão novamente.

Eu já estou ficando tonta de tanto ela apertar esses botões.

- Me desculpem -ela diz e nós encara- Não são dois batimentos.

- Eu vou desmaiar, eu vou morrer, estou avisando, quero meu caixão azul
claro -Adam fala e eu olho feio.

- Morrer é o caralho, fica acordado para ver quantos filhos você fez em
mim, seu idiota! -falei irritada e vi ele sorrir de lado, babaca.

A médica olhou para a televisão e marcou novamente , dessa vez eu não vi


as duas petecas.

- São quantos pelo amor de Deus!? -Adam pergunta e a médica nos encara.

- São três, vocês terão trigêmeos.

Silêncio.

Mais alguns minutos.


Silêncio.

- Puta que o caralho -Adam sussurra olhando para a médica.

Olhei para a televisão e agora sim eu vi as três petecas estampadas na porra


da televisão, ai meu Deus, ai meu Deus.

Trigêmeos! Acho que eu vou desmaiar agora.

- Você tem certeza? -perguntei com a voz falha e Adam ainda não se mexia.

- Absoluta, são trigêmeos -ela respondeu.

Engoli em seco.

Olhei para Adam e vi o seu desespero nos seus olhos, por favor Tinker Bell,
não morrer

- Adam? -o chamei.

- São... -ele tossiu- Três!

- Sim, são três -falei.

- Princesa, são muitos bebês -ele fala meio desesperado- Você só tem dois
seios, princesa!

- Eu sei, eu sei -coloquei minha mão na sua nuca o puxando para mim-
Você lembra do que me disse a alguns dias atrás? Que não importa quantos
são. Você quer apenas que sejamos felizes, eu também quero isso. Vamos
criar esses três bebês e eles serão tudo para nós, as coisas mais importantes
das nossas vidas -coloquei sua mão na minha barriga, ele olhou para ela.

- São nossos filhos -falei sentindo uma lágrima descer do meu rosto.

Adam colou sua testa na minha e vi que seus olhos estavam se enchendo de
água também.

- Diz alguma coisa -falei- Por favor.


Ele fechou os olhos e rapidamente seus lábios se encontraram com os meus,
senti minhas lágrimas salgadas e percebi que uma lágrima descia do seu
rosto.

Nos afastamos e ele respirou fundo.

- Eu sempre vou estar aqui com você -ele disse e eu limpei outra lágrima
que descia do seu rosto- Serei seu para o resto da minha vida.

Sorri ofegante.

- Vamos ser uma família linda.

- Nós vamos ter três filhos, princesa! -ele diz rindo e eu acabei rindo
também.

- Sim... -passei minha mão no seu rosto com todo o carinho no meu peito-
Nós vamos.

×××

Família Venturelli só aumenta!

Amo 😍

Adam quase morre, quase! Foi por pouco skskkskssk.

Até, babys ❤️.

67° capítulo

Adam

"Sou pai de trigêmeos, e agora"?

Eu estava quase para pesquisar isso no Google, ou qualquer outro lugar que
pudesse me dar essa belíssima informação.

Peguei o copo de água e levei até a boca bebendo de uma vez como se fosse
um copo de tequila.

Eu adoraria que fosse.

Passei a mão no meu cabelo várias vezes e respirei fundo, ainda não
consigo acreditar que vou ter três filhos.

Rubi estava conversando com a médica e eu até estava ao lado dela


prestando atenção sobre o processo para se cuidar de trigêmeos que com
certeza não deve ser fácil, mas Rubi me mandou vir até aqui e beber um
pouco de água para me acalmar. Até parece que eu estava nervoso.

Enchi o copo novamente e o levei até a boca vendo a merda do plástico


balançar por causa do meu tremelique.

Bebi outro gole de água e encarei alguns quadros que tinham ali, eram
todos de bebês recém nascidos e outros ainda dentro da barriga, de longe eu
vi um onde tinham três bebês deitados com a cabeça em cima das
mãozinhas e sorri de lado.

Andei até lá calmamente e já na frente do quadro eu o analisei melhor, dois


deles tinham um tiara branca na cabeça e o outro bebê não tinha nada, eles
dormiam tão tranquilamente que me deu um pouco de inveja, depois que
minha mini turma de basquete nascer, eu não vou dormir por meses!

Mas mesmo assim me sinto tão bem por ter filhos com a mulher que eu
amo, tão bem por saber que nosso amor triplicou.

Continuei olhando o quadro quando senti as mãos pequenas me abraçando


por trás.
Sua mão esquerda apertou meu tronco e apoiou sua cabeça nas minhas
costas.

- Ei -a voz de Rubi estava baixa.

- Ei -falei olhando cada detalhe do quadro.

- Você está bem?

- Estou, você está? -perguntei.

- Não -ela riu e eu me virei para encará-la pegando nas suas mãos e a
puxando para mim.

Coloquei meus braços ao seu redor e a encarei, seus olhos estavam um


pouco vermelhos - Você estava chorando? -perguntei e ela confirmou.

- Sim, estou meio apavorada.

Suspirou.

Se eu já estou com medo, imagine ela que vai ter 3 crianças crescendo
dentro de si, nosso cuidado terá de ser reforçado e de jeito nenhum eu a
deixarei sozinha, cuidarei dessa mulher como a minha vida.

- Eu também estou, mas somos incríveis, nossos bebês serão também -ela
sorriu alisando minhas costas.

- Vamos conseguir, não é?

- Sim, vamos conseguir -digo, beijei o topo da sua cabeça e ela me abraçou
apertado.

Senti meu celular vibrar dentro do bolso e o tirei de lá levando até o


ouvindo sem soltar Rubi que ainda estava com a cabeça no meu peito.

- Venturelli -atendi.

- Filho.
- Oi, pai -digo.

- Adam, sua mãe está me deixando louco! Por favor, venha aqui esta noite e
nos dê notícias sobre o nosso neto. Já falei com Dylan e ele está vindo
também.

- Claro, precisamos mesmo falar com vocês -digo e Rubi me encara.

- Aconteceu algo? -perguntou.

- Vamos contar sobre eles esta noite? -perguntei sussurrando.

- Sim, quanto antes melhor -ela disse e eu concordei.

- Às sete? -perguntei ao meu pai.

- Certo, às sete então.

- Pai? -o chamei- Coloque pratos a mais esta noite, não será apenas nós 6.

- Quem mais virá? -ele perguntou.

- Carlos Mendoza, as amigas de Rubi, Peter e Nate.

- Ok, está tudo bem mesmo? -pergunta desconfiado.

- Está sim -ri baixo- Nos vemos daqui a pouco.

Desliguei antes dele começar a fazer inúmeras perguntas, guardei o celular


de volta no bolso e ela me soltou.

- Você quer contar a Carlos? Está preparado? -ela pergunta rindo.

- Qual é, princesa? Ele já deve ter superado isso -digo, mas nem eu acredito.

- Sim, você está totalmente certo -sarcasmo era nítido na sua voz.

- Claro, mas vou usar um colete a prova de balas apenas para garantir -digo
e ela ri pegando na minha mão.
- Vamos embora.

Andamos até a poltrona onde estava sua bolsa e andamos para pegar o
elevador, seus dedos estavam cruzados aos meus.

- O que a médica disse? -perguntei.

Rubi apertou o botão e me encarou.

- Falou sobre trigêmeos, sobre a minha alimentação que precisa ser mais
rigorosa e sobre o parto ser prematuro...você sabe -ela disse e as portas
foram abertas, entramos no elevador.

- Sei?

- Sim, os bebês podem ficar muito apertados dentro de mim então o parto
terá de ser prematuro, mas nada que os prejudique de fato...

Ela começou a falar sobre partos, placentas, sangue, chá de bebê e minha
cabeça começou a rodar com tanta informação.

Deus me ajude.

(...)

Rubi

Me enrolei na toalha depois de sair do box e andei até a pia para escovar os
dentes.

Já estava no final da tarde e depois de vários minutos lavando meu cabelo


eu decidi sair do box, eu estava no apartamento de Adam que em breve será
o meu também.

Depois que saímos da consulta nós fomos para o meu apartamento apenas
para pegar umas caixas que tinham lá e encher de roupas minhas, peguei o
básico colocando tudo dentro delas e viemos para cá.

Escovei os dentes e saí do banheiro vendo Adam fechar os botões da camisa


que usava, os cabelos estavam molhados por conta do banho e nos quadris
uma calça jeans preta que valorizava cada centímetro, passei a língua nos
lábios, cada centímetros mesmo.

Ele fechou a blusa e ajeitou a gola da mesma seguindo para ajustá-la nos
pulsos.

Andei até o seu closet e vi as caixas no chão, tinham duas gavetas abertas e
vi que já tinha algumas roupas minhas ali, sorri de lado.

- Para a sua informação.

Ouvi sua voz atrás de mim e me virei para encará-lo.

- O lugar onde Mops vai dormir é bastante amplo -ele diz.

- Aposto que ele vai adorar -falei- E ele é espaçoso.

Meu apartamento é grande mas não chega aos pés desse, esse é maior e tem
inúmeros quartos além de ser mais confortável.

Peguei uma lingerie branca e a vesti na frente de Adam que me encarava


com as mãos no bolso da calça jeans.

Fechei o sutiã depois de passar a calcinha pelas minhas pernas e fui atrás de
uma roupa depois que passei hidratante corporal.

Coloquei uma calça jeans azul escura que não me apertasse e uma camisa
preta que tinha a logo da Ralph Lauren no canto superior do lado esquerdo.

- Pronto -digo.

- Vou me acostumar muito fácil com você aqui -ele diz e anda até mim.

- Espere até eu roubar comida da geladeira ou me levantar de madrugada


para beber água, nós cinco não vamos deixar você em paz -falei penteando
meus cabelos com os dedos - Estou contando com isso -ele disse sorrindo.

- Para de ser perfeito, Adam -digo.

Ele sorriu.
- Preciso do seu secador de cabelo -diz.

- Precisa do que?

- Aquele negócio que faz o cabelo ficar seco, o secador de cabelo -ela
explica como se eu fosse uma retardada.

- Eu sei o que é um secador de cabelo, você usa essas coisas? -perguntei


tirando o mesmo da caixa que estava ao nosso lado.

- Não, mas eu usei quando estava na sua casa. Ele ajuda bastante! Eu
precisava de uma coisa dessas a tempos.

Adam pegou o secador da minha mão e saiu do closet indo para o quarto.

- Ok...

Falei pro vento e passei um pouco de perfume, escovei meus cabelos e


minutos depois eu fui para o quarto vendo Adam secar o cabelo loiro.

Me sentei na beira da cama vendo ele do outro lado, peguei minha


maquiagem e fiz algo básico.

Depois de meia hora Adam terminou de secar aquela merda e desligou o


secador, eu estava jogada na cama mexendo no meu celular para passar o
tempo.

- Vamos -ele diz se levantando.

- Até quem enfim, princesa. Quase você perde o parto dos bebês -digo e ele
revira os olhos.

Adam calçou os sapatos e passou a mão no cabelo para penteá-lo uma


última vez.

- Falou com as meninas? -ele pergunta.

- Susie e Emy estão indo- falei- Nate e Peter?

- Também estão indo -ele diz quando saímos do quarto.


- E o seu pai? -ele pergunta.

- Também -digo vendo seu sorriso nervoso.

- Relaxa, meu pai não vai bater em você - tento o tranquilizar.

- Você acha?

- Sim, acho que uma quase morte é suficiente. Ele só fica preocupado
comigo, Carlos só ficou surpreso -falei e ele concordou- Ele te adora.

Descemos as escadas e eu peguei meu celular que estava no sofá e coloquei


no bolso, mas antes vi uma mensagem de Lisa dizendo que estava saindo de
casa.

Saímos do apartamento e rapidamente estávamos no estacionamento


entrando no Audi de Adam.

Ele dirigiu sem pressa até a casa dos pais e eu aproveitei para apreciar a
noite que estava muito bonita, era lua cheia e tinha várias estrelas no céu.

Apoiei a cabeça na janela e foi assim até chegarmos na mansão Venturelli,


senti a mão de Adam na minha perna e o encarei. Ele me deu um sorriso
confortador e eu coloquei minha mão em cima da dele.

Ficamos assim até o carro estacionar dentro da casa e Adam tirar o cinto de
segurança, olhei em volta e percebi 2 carros estacionados na garagem.

Saímos do carro e eu dei a volta vendo ele com a mão estendida para mim,
peguei na mesma e andamos juntos para a porta.

Apertei a campainha que fez um som alto e segundos depois nós vemos o
rosto de Gregório aparecer.

Nós o cumprimentamos com um abraço e ele nos deu passagem para entrar,
seu sorriso era enorme.

Andamos até a sala de jantar e vi todos menos meu pai, as meninas e o


Peter.

- Olha aí o outro casal -Monica diz e se levanta vindo nos abraçar.


Ela deu um abraço de urso em Adam, em mim ela maneirou um pouco, ri
baixo.

Cumprimentei Lisa, Dylan e Nate com um abraço e fui me sentar ao lado do


loiro que estava ao lado oposto de onde eles estavam.

- Onde estão os outros? -Adam pergunta meio ansioso, mas só eu percebi.

- Estão chegando, Peter está no trânsito e as meninas também -Lisa diz.

Peguei meu celular do bolso e procurei por alguma mensagem do meu


coroa mas não tinha nada, mandei uma a ele e minutos depois me
respondeu.

"Estou chegando, diga a Gregório que ele está horrível"

"Você nem o viu, Carlos"

"Nem é preciso"

Posso imaginá-lo rindo.

- Carlos está chegando -falei e eles acenaram.

- Então, aconteceu algo tão importante para nos reunir todos juntos? -Nate
pergunta e olha para nós dois.

- Está tudo bem com o bebê? -Monica pergunta com a mão no peito.

- Está tudo bem, mãe -Adam diz e me olha cúmplice.

Ouvimos a campainha e Monica se levantou indo atender a porta.

Peguei meu celular novamente e mandei uma mensagem para Josh dizendo
que iríamos conversar amanhã e ele concordou dizendo que também queria
conversar comigo, não posso o ver mas eu senti que tem algo errado.

- Quem é o cafajeste delícia? -Adam pergunta.


Olhei para ele e vi que ele estava lendo uma mensagem antiga minha com
Josh onde ele digitou esse apelido umas cincos vezes tentando me fazer
aceitar que eu estava apaixonada por Adam.

- O que? -Perguntei colocando o celular em cima da mesa.

- Ali na conversa -ele aponta para o celular- Quem é o tal do cafajeste


delícia?

Adam cruzou as mãos me encarando e eu percebi que chamamos atenção de


Dylan e Lisa.

- Bom...-tossi- É um apelido.

- Para quem? -Adam pergunta.

- Para você.

Ele piscou confuso e ouvi Dylan rir do outro lado, Adam o encarou e depois
olhou para Lisa que estava segurando o riso.

- Josh chamava você assim e eu também chamava às vezes -digo me


segurando para não rir da sua cara confusa.

- Relaxa maninho, eu também tenho um -Dylan diz e Lisa acena.

Ouvimos passos e logo vi Emy e Susie passarem pela porta, Peter e meu pai
vinham atrás delas.

Peter estava sério, apenas Susie, Emy e Carlos estavam normais.

- O que aconteceu? -Nate pergunta encarando Peter.

- Nada -Responde.

- Emily? -Lisa pergunta.

- Sei lá ué, eu não fiz nada dessa vez -Emily diz e vem nos cumprimentar.
Susie veio logo depois e nos abraçou, ela alisou minha barriga e a de Lisa
antes de falar com os meninos. Um abraço rápido foi dado em cada um e
ela voltou a passos rápidos para o outro lado da mesa se sentando ao meu
lado.

Peter sentou ao lado de Adam e Emily se sentou ao lado de Peter, minha


amiga fez uma cara de tédio e ele apenas ria dela.

Carlos se sentou ao lado de Monica depois que deu um abraço apertado em


Gregório e bagunçou todo o seu cabelo.

- Para com isso, Carlos. Vê se cresce -Gregório diz ajeitando o cabelo preto.

- Eu vou crescer quando você deixar de ser um velho idiota, e isso nunca
vai acontecer, Greguinho Italiano -Carlos diz e ele revira os olhos.

Céus.

- Vamos comer? -Monica pergunta.

- Sim! -Lisa e eu praticamente gritamos e eles riram.

- Está pronta? -Adam perguntou apenas para que eu ouvisse.

Me virei para encará-lo e lhe dei um selinho rápido.

- Super pronta.

×××

Dois é bom três é demais, essa frase é importante mas no sentindo real,
ter três bebês vai ser demais! KKKKKK amém.

Até, babys ❤️.

68° capítulo

Rubi

A comida foi servida e eu lógico ataquei tudo, Adam me olhava estranho


enquanto eu comia, mas depois abriu um sorriso de lado.

Olhei para mesa e vi taças com vinho e a da Lisa com laranja, ela é viciada
nesse suco.

Eu estava bebendo um suco de melancia que Monica insistiu para eu e


Susie provarmos e até que era bom.

- Soube que está namorando, Carlos -Gregório diz puxando assunto e meu
pai sorriu orgulhoso ao lembrar de Maria.

- Sim, eu estou -ele bebeu um gole de vinho.

- Coitada -Gregório diz e meu pai o olhou feio.

Deus, esses dois me lembram alguém.

- Onde Maria está? -perguntei.

- Ela teve que voltar para França -diz meio triste- Resolver umas coisas no
trabalho dela.

Ele suspirou.

- Ela vai voltar, certo? -Adam perguntou e meu pai acenou.

- Se ela não voltar eu irei atrás dela -Carlos diz.

- Faz tempo que eu não vejo você assim -Gregório diz rindo- Todo
apaixonado.

- Sabe o que eu queria ouvir agora? -Peter diz e nós o encaramos- O porquê
de estarmos todos aqui, estou curioso.
- Também quero saber -Emy diz.

- É algo relacionado ao bebê? -Susie pergunta encarando Adam e eu.

- Sim -Adam diz e eu o olho- Temos uma coisa para dizer.

Vi todos se ajeitando na cadeira para escutar a grande notícia e na mesma


hora eu sinto os dedos de Adam se cruzando com os meus por debaixo da
mesa.

- Nós fomos ver o bebê esta tarde -Adam diz e eles acenam.

- Eu fiz a ultrassom e a médica nos deu uma informação um tanto


desafiadora -falei vendo todos curiosos- Uma que muda basicamente tudo.

- O que ela disse? -Lisa pergunta.

Tinker respirou fundo.

- Rubi está grávida de trigêmeos.

Depois que Adam disse aquilo não se podia ouvir um barulho sequer, até a
moça que estava entrando na sala de jantar com alguns copos na bandeja
parou ficando estática nos encarando.

Olhei um por um e todos ainda olhavam Adam, uns com a boca aberta e
outros com os olhos arregalados, eu estava me sentindo em um filme sobre
o tempo onde o mesmo está congelado.

- Eu estou ficando assustado com todos me olhando assim -Adam sussurra


para mim- Aposto que se eu falasse que estou pegando fogo ele ainda
continuaria assim.

- Eu acho que não, quer dizer, eles estariam vendo você pegar fogo. Eu acho
que o calor e o seus frutos iriam despert...

- Você...você -meu pai começa e todos parecem despertar- Você fez.... três
filhos nela? Garoto?!
Olhei para Adam e ele estava se posicionando para correr.

- Espera! Espera! Deixa eu pegar o celular para gravar isso -Peter diz
tirando o celular do bolso.

- Trigêmeos? Como é que vai caber tudo isso de bebê dentro de você,
Mendoza? -Emily pergunta com uma cara apavorada.

- Eu estou chocada -Susie diz colocando a mão na boca.

- Ai meu Deus, eu estou quase surtando e eu só vou ter um -Lisa diz se


abanando com a mão.

- Eu vou ter 4 netos! -Monica levantou as mãos comemorando.

- Ele fez três filhos na minha hija -Carlos diz encarando os pratos e
massageando as têmporas- O que diabos você tem entre as pernas?!

- E a família só aumenta -Nathaniel diz levantando a taça de vinho e


bebendo em seguida.

- Adam estava com vontade nesse dia -Dylan diz rindo e Carlos o olha feio
que o faz parar de rir.

- Gregório? -Meu pai o chama- Já pensou em adotar outro filho?

Adam arregalou os olhos.

- Você não vai matar o meu filho, Mendoza -Gregório diz e Adam respira
aliviado.

- Talvez eu deixe um soco...

- Caralho, pai! -Adam diz com a mão no peito.

- Você não vai matar o meu filho preferido -Monica diz e Dylan o olha.

- Mãe! -reclama.
- Relaxa, você é o meu -Gregório diz para Dylan que sorri animado.

- Que porra é essa? -Emily sussurra.

- Venturelli -Peter responde.

- Quatro netos! -Monica praticamente grita.

Encarei Adam que fez o mesmo suspirando.

- O pai de vocês sobreviveu -Adam sussurra para a minha barriga.

- Por pouco tempo! -Carlos grita do outro lado, mas eu vejo uma sombra de
sorriso nos seus lábios.

Ri baixo e beijei seu rosto, Adam sorriu de lado e me deu um olhar


apaixonado.

- Eu posso tocar? -Emily diz.

- Acho que sim -falei rindo.

Me levantei da cadeira e ela fez o mesmo, Emy parou na minha frente e


sorriu ansiosa.

- Nunca soube de ninguém que teve trigêmeos e agora minha amiga tem -
ela bateu palminhas- Vou desenhar um trilhão de roupinhas combinando.

Vi Susie se levantar e logo depois Lisa, as duas andaram até mim e sorriram
animadas.

- Três, é uma responsabilidade e tanto -Lisa diz e leva sua mão até a minha
barriga que estava começando a crescer.

- E se for três meninas? -Susie pergunta e olha para Adam que piscou várias
vezes.

- Eu acho que vai ter uma garotão -Peter diz e Nate concorda.
- Sabe o que devíamos fazer? -Dylan pergunta e encara os meninos com um
sorriso de lado.

- Não! -Adam gritou.

- 200 mil? -Nate perguntou sugestivo.

- Ta de sacanagem? -Adam pergunta sério.

- São três, vamos fazer por 300 -Peter diz fazendo Nate e Dylan
concordarem.

- Vocês vão mesmo apostar nos sexos dos meus filhos? -Adam perguntou
perplexo e eles acenaram- Vocês vão ser péssimos padrinhos.

- Eu quero entrar nessa também -Carlos diz e eu o olho.

- Pai -falei confusa e ele deu de ombros.

- São trezentos mil de cada, mi hija -ele fala e Gregório concorda.

- Vou entrar nessa também.

Adam olhou para Gregório que riu baixo, eu não acredito que eles vão fazer
essa aposta.

- Mais alguém? -Nate pergunta e encara as meninas.

- Não sou rica que nem vocês -Emy fala.

- Nem olha para mim -Susie diz e olhamos para Lisa.

- Sou azarada, eu nunca ganho essas coisas -Lisa diz e volta para se sentar
ao lado do marido.

- Fechou então -Peter diz animado.

- Quando os trigêmeos nasceram vou levar para cada um de vocês trocarem


as fraldas -Adam fala- Menos o senhor Mendoza, o sogro que eu amo tanto.
Meu pai levantou uma sobrancelha.

- Eu não gosto mais de você -Carlos fala.

- Droga -Adam pragueja e olha para mim.

- Sente-se, vamos terminar de jantar -Monica diz e eu volto a me sentar


vendo as meninas fazerem o mesmo.

Gregório levantou uma taça de vinho e se pôs de pé com um sorriso grande


e um olhar orgulhoso.

- Vamos propor um brinde -ele diz e todos ergueram as taças.

- Ao Daniel Venturelli -Gregório diz- E aos mais novos três integrantes da


família.

Sorri para Adam que sorriu de volta, eles brindaram tomando um gole de
vinho em seguida, Adam quase se engasgou quando viu meu pai apontar
dois dedos no seu próprio rosto e depois apontar para Adam.

- Estou de olho em você -ouvi meu pai sussurrar e meu namorado engoliu
em seco, Carlos ainda sussurrou para Gregório: "Pinto mágico não é
possível!".

Encarei meu pai que me deu um sorriso zombeteiro, Carlos irá perturbar
Adam até o seu último dia de vida.

Nós voltamos a comer e eles começaram a falar sobre a aposta e quais


seriam os sexos, a conversa rendeu bastante que até durou horas. Falamos
sobre Danny e estamos contando os dias para o seu nascimento, Lisa e
Dylan estão super ansiosos.

- O que você tem, cara? -Ouvi Adam perguntar a Peter que não estava com
uma cara muito boa.

- Briguei com ela -Peter diz e Adam franze o cenho.

- A Emily? -Adam diz baixo e Peter revira os olhos.


- Não, briguei com a Samantha -Peter diz e tira o celular do bolso.

- Aquele mesmo papo de antes? -Adam pergunta e Peter acena.

- Sim, a mesma coisa -Peter diz e digita alguma coisa no celular- Ela não
aprende, ela precisa de algo melhor.

- Você parece que...

Adam parou de falar quando sentiu alguma coisa atingir seu rosto, seus
olhos estavam fechados procurando calma. Eu estava com as mãos na boca
segurando o riso.

Isso chamou a atenção de todos.

Adam olhou para a mesa e viu um pão em cima do seu prato, ele olhou para
Carlos que sorria inocente.

- Foi mal -Carlos diz arrependido.

- Por que você jogou um pão em mim? -Adam pergunta limpando o rosto.

- Eu ia colocar no prato, mas acho que coloquei muita força -Papi apontou
para o prato que estava na sua frente e olhei para Adam que estava do outro
lado do prato.

- Ele realmente jogou um pão em você? -Peter pergunta sussurrando.

- Usa a cadeira -Dylan diz e Adam mostra o dedo do meio para o irmão que
ri alto.

- Vocês são idiotas demais -Nate fala rindo e vi Susie sorrir de soslaio.

- Quem quer sobremesa? -Monica pergunta.

- Sim! Vai que Carlos joga em Adam -Dylan diz sorridente- Traga! Traga!
Traga!

- Cala a boca, Batgirl! -Adam diz e Dylan revira os olhos.


Socorro.

- Eu preciso ir -Peter diz e nós o encaramos, o mesmo olhava para o celular.

- Não vai ficar para a sobremesa, filho? -Monica pergunta.

- Não, tia. Deixamos para a próxima -Peter deu um sorriso gentil e colocou
o celular no bolso.

Nate e Dylan se encararam franzindo o cenho e logo depois olharam para


Adam que sussurrou um "Sam". Por Deus, quem diabos é deve ser essa
mulher?

- Nos vemos depois? -Peter perguntou olhando para a gangue que


confirmou.

- Parabéns pelos trigêmeos -Peter diz olhando para mim e para Adam- Boa
sorte, Tinker Bell.

- Até mais -Ele diz antes de sair da sala de jantar e desaparecer das nossas
vistas.

Olhei para Emy que terminava de comer normalmente e deu uma golada no
vinho, Susie também estava comendo mas bebia suco de melancia ao invés
de vinho.

- Vou pegar a sobremesa -Monica diz e eu acenei contente.

Adam sorria para mim até se inclinar me dando um beijo na testa, sua mão
foi para a minha barriga onde ele a alisou me fazendo dar um sorriso doce.

- Não jogue pão no meu filho, Carlos -olhei para Gregório que encarava o
prato a sua frente.

Meu pai abaixava o pão devagar de maneira furtiva.

- Que droga -Carlos diz e encara Gregório que riu balançando a cabeça.

Adam parou de encará-los e me olhou.


- Ainda podemos nos mudar para a Inglaterra, eu te ajudo a pular o portão -
diz sério e eu apenas ri dele.

×××

Deixem o voto e comente bastante, nos próximos capítulos iremos ao


Brasil para o casamento de Safira e altas coisas nos esperam por lá, ui,
ui.

Até, babys ❤️

69° capítulo

Rubi

Escrevi no bloquinho de notas que estava na cômoda pequena ao lado da


cama que era onde Adam estava, o loiro ainda estava dormindo quando eu
terminei de escrever no bloquinho.

"Estou indo me encontrar com Josh em um cafeteria, não irei demorar"

Olhei para ele que estava deitado de bruços mostrando as costas malhadas e
apenas os quadris eram cobertos por um lençol branco, ele dormia
tranquilamente.

Saio do quarto sem fazer barulho e do lado de fora eu vi que eram 8:30 da
manhã, desci as escadas ajeitando minha saia jeans e uma blusa branca
escrito "Levis" na frente, calcei um par de botas marrons e sacudi meus
cabelos molhados com a mão.

Mandei uma mensagem para Josh avisando que estava saindo de casa e o
mesmo respondeu com uma foto dizendo que já estava na cafeteira.

Meu carro não estava aqui então eu teria que ir de táxi ou pegar o carro de
Adam.

Olhei para as duas chaves em cima da mesinha de centro e mordi o lábio


inferior, carro ou táxi?

- Vai ser rápido -Falei para mim mesma indo pegar as chaves do Audi e
saindo porta afora em seguida.

Peguei o elevador indo direto para a garagem e de longe eu vi o carro de


Adam estacionado na própria vaga, andei até ele e entrei em seguida.

Comecei a dirigir até onde Josh estava que ficava pelos menos uns 15
minutos de distância do apartamento, dirijo com cautela sentindo meu
estômago roncar de fome.

Levei a mão esquerda até a minha barriga.


- Calma aí, time de futebol. Já vou comer -falei com os meus filhos e depois
ri sozinha.

Minutos depois eu cheguei na cafeteira e estacionei o carro, tirei o cinto de


segurança e abri a porta trancando o carro em seguida.

Andei para o estabelecimento e vi algumas pessoas entrando e saindo,


entrei no lugar vendo várias delícias amostra, olhei para o lado e vi Josh
acenando para mim.

Fui até ele com um sorriso grande e o mesmo se levantou.

- Coisinha -ele diz e me abraça quando chego até ele.

- Bom dia, minha purpurina -ele deu um beijo na minha cabeça.

- Cadê o meu sobrinho? -ele pergunta com uma voz fina e se inclina para
falar com a minha barriga.

- Com fome -falei e alisou minha barriga parecendo contente.

- Vamos comer -ele diz e eu assenti me sentando na sua frente.

Josh usava uma calça jeans escura e uma blusa verde com vários detalhes
sobre desenhos animados.

Chamamos uma moça que veio nos atender, Josh pediu o que queria e eu
pedi tudo que eu tinha direito.

- Bom dia, eu quero uma café com leite, panquecas com mel, bacon com
ovos e um suco de morango se tiver, caso não tenha pode ser de laranja -
falei rápido- E um tubo de chantilly!

Josh me olhava rindo e a mulher parecia perdida.

- Está comendo por dois -Josh diz e atendente faz um "o" com a boca se
afastando em seguida.

- Na verdade...não estou comendo por dois -falei com um sorriso e Josh


franziu o cenho.
- São dois bebês? -pergunta curioso.

- Não... -falei e ele colocou a mão na boca.

- São três...misericórdia, coisinha -ele diz e olha para a minha barriga.

- Pois é...

- Adam foi potente -Josh diz rindo- Três bebês...eu estou rosa choque.

- Eu já estou pensando quando eles começaram a crescer, eu vou ficar um


verdadeiro balão de passeio -falei e Josh riu.

- Será o balão de passeio mais engraçado que já vi -ele diz e pega na minha
mão- Você está feliz?

Respirei fundo com a resposta na ponta da minha língua.

- Sim -sorri de lado e dei um leve pulo na cadeira mostrando minha


animação- Eu estou muito feliz!

- Para mim é suficiente -ele diz e beija a minha mão, eu amo minha
purpurina.

- E você? -perguntei.

- Estou feliz, apesar de estar brigando com Jon por conta de algumas coisas
-Josh fala meio triste.

- O que houve? -perguntei.

- Jon conheceu um cara na academia -ele fala girando o anel de noivado em


seu dedo- E desde então ele está diferente...

- Você acha que...

- Eu não sei, mas eu espero do fundo do meu coração que não. Não posso
viver mais sem aquele cabeça dura e se ele estiver me traindo... -Josh diz
encarando a mesa- Eu vou cortar as bolas dele, e misturar nos ovos mexidos
quando ele acordar de manhã.

- Você conhece esse cara? -perguntei e ele nega.

- Converse com ele, Josh. Diga o que está te incomodando e talvez assim
vocês possam se resolver, não custa tentar -falei dando um sorriso terno
depois.

Josh concordou e logo depois ouvimos o seu celular tocar, ele o tirou do
bolso e mostrou o aparelho para mim que estava escrito "Meu Jon" e um
coração do lado.

Josh atendeu e levou o celular até o ouvido.

- Alô -Josh diz encarando as unhas.

- Onde você está, Joshua? -Ouvi a voz de Jon e Josh sorriu de lado.

- Saí rapidinho -respondeu.

- Isso eu sei, acordei e você não estava aqui. Onde você está? -Jon parecia
preocupado.

- Em uma cafeteria com uma pessoa que não gosta de academia.

Naquele momento eu percebi como o meu amigo estava magoado pelo


noivo passar mais tempo com um amigo de academia do que com ele.

- Josh...eu sei que você não gosta...

- Olha, Jon -Ele suspirou- Eu quero conversar com você, quero deixar
algumas coisas claras e daí iremos decidir o que fazer sobre nós.

Olhei para Josh que engoliu em seco.

- Você quer terminar com ele? -Perguntei baixinho e Josh colocou um dedo
na boca fazendo um "shiu", negando depois.
- Decidir sobre nós? -Jon parecia confuso- Não há o que decidir, nós
estamos juntos e assim que eu quero ficar pro resto da minha vida, além do
mais seu idiota, o cara é casado! Ele nos convidou para jantar com a sua
família no próximo sábado.

Josh apertou os lábios e eu sorri pondo a mão na boca, meu amigo deixou a
testa cair na mesa e eu ri alto jogando a cabeça para trás.

- Como você me aguenta?! -Josh pergunta do outro lado- Eu estou falando


sério agora, Jon. Ainda dá tempo de desistir.

Escutei a risada de Jon do outro lado.

- Nem se o mundo estivesse acabando.

- Merda! Para de ser perfeito, que ódio -Josh deu um risinho todo
apaixonado, deixei ele terminar sua ligação. Quando isso acontece ele passa
as mãos no rosto enquanto eu dá um sorriso confortador.

- Você está morando no apartamento dele ou ele no seu? -perguntei.

- Ele está morando no meu -Josh cruzou os dedos- Não vamos nos casar por
agora, vamos curtir nosso noivado por tempo indeterminado. Mas desde de
já eu queria perguntar se você quer ser minha madrinha?

Sorri.

- Eu iria adorar -falei animada.

Josh concordou batendo palminhas.

Começamos a comer normalmente e conversar sobre os bebês e ideias para


casamento. Um homem passou do nosso lado e vi que ele segurava um
jornal onde estava estampada meu rosto na primeira página.

- Com licença -o chamei e ele se virou para me encarar.

- Pois não?
- Eu posso ver esse jornal? -perguntei simpática.

- Claro, pode ficar com ele -O senhor me deu o jornal e andou até a mesa
onde ia se sentar.

- O que foi, Letícia? -Josh perguntou comendo um pedaço de panqueca.

- Eu estou na primeira página -falei mexendo no jornal para ler a notícia.

"Rubi Mendoza, uma das donas das empresa Technology Designer, estaria
grávida do seu sócio e Vice-presidente Adam Venturelli? Os dois foram
flagrados em um momento suspeito"

Embaixo estava uma foto minha onde Adam beijava minha barriga e eu ria
dele, essa foto foi tirada quando saímos da sorveteria depois de nos
encontrarmos com Julian.

Josh olhou para a foto e jogou a cabeça para o lado.

- Essa foto está bem bonita -ele diz.

- Está mesmo -falei colocando o jornal em cima da mesa e olhei as outras


páginas que tinham pequenas reportagens e teorias sobre a minha gravidez.

- Se já estão assim achando que você está grávida imagine quando


souberem que são três bebês Venturelli -Josh diz e eu o encaro.

- Não vão nos deixar em paz -falei olhando para os papéis em seguida.

Ouvi meu celular tocar e o tirei do bolso vendo o nome de Adam na tela,
atendi no segundo toque.

- Oi, Tinker.

- Princesa, onde você está? -perguntou, ele parecia andar de um lado para o
outro.

Josh riu do outro lado da mesa e eu balancei a cabeça.


- Estou com Josh -falei- Eu deixei avisado no bloquinho ao lado da cama.

- Bloquinho? Que porra de bloquinho é esse? -Adam pergunta- Eu estou


ficando cego?

- Você está no quarto? -perguntei.

- Não, mas estou indo para lá agora.

Ele ficou em silêncio por segundos e eu olhei para Josh com cara de tédio
que riu baixo.

- Me diz que você está com o meu carro -ele disse.

- Estou, desculpe não ter avisado também, mas você estava...

- Tudo bem, eu não me importo -ouvi uma porta ser aberta- Tudo o que é
meu é seu também, menos os meus produtos de cabelo.

- Vai se ferrar! -digo ouvindo ele rir do outro lado- Achou?

- Achei -ele diz rindo- Ufa, quase tive um infarto agora, merda! Não me
mate.

- Exagerado -falei e ele riu.

- Exagerado não, preocupado -ouvi o barulho do chuveiro- Vou tomar um


banho agora, não demore.

- Às suas ordens -debochei revirando os olhos.

- Revirou os olhos? -ele pergunta.

- Com certeza.

- Imaginei -falou.

Desliguei o celular e encarei Josh que estava lendo o jornal.


- Algo interessante? -perguntei bebendo um gole de suco de morango.

- Nada, só a sua suposta gravidez que é verdade -ele fechou o jornal.

- Você ainda vai ao Brasil? -Josh perguntou.

- Sim, o casamento de Safira é no próximo sábado. Vamos sexta pela manhã


-falei e ele concordou.

- Falta apenas uma semana, quer que eu faça reservas ou...

- Não precisa, acho que vamos no jato do meu pai -falei e fiz uma cara de
derrota, vou ter que aguentar Carlos e Adam no mesmo ambiente por horas.

- Tudo bem -ele diz levando a xícara de café até a boca.

Terminamos de comer e falamos um pouco sobre o País que nasci e sobre a


minha família que estou morrendo de saudades.

Estou com saudades até da minha irmã e da sua falta de filtro.

- Você está preparada para ver sua mãe novamente? -Josh perguntou
mexendo nos pacotinhos de açúcar que tinha em cima da mesa.

- Não sei, talvez sim...mas sei que será estranho -coloquei meu cabelo para
trás- Quando eu contar a ela que estou grávida vai ser bem surpreendente
ainda mais com trigêmeos -falei olhando fixamente para a mesa.

- Será que ela vai gostar? Afinal, ela vai ser vovó -Josh disse.

- Eu espero que sim. Não quero ter mais ressentimentos com ela, não quero
ficar brigada com a minha própria mãe. Apesar de tudo eu a amo e não me
sinto...completa se estiver brigada com alguém que eu amo, entendeu? -
perguntei e Josh parecia confuso.

- Acho que sim -ele diz e logo depois abre um sorriso me confortando.

Ouvimos o barulho da porta ser aberta e um homem alto com o corpo


atlético passar por ela, ele estava suado parecendo que acabou de sair do
treino, com certeza deve ter sido isso já que suas roupas são para treino, seu
cabelo era castanho e ele tinha um nariz reto.

- Dios Mio -Josh diz meio alto o encarando e o homem acaba olhando para
nós com o cenho franzido.

- Isso fala mais alto, deixa eu pegar um megafone para você -falei e Josh
me olhou feio.

- Ele está olhando para cá, coisinha -Josh diz enquanto eu estava de costas
para o homem- Ele está olhando para você, na verdade.

Me virei sutilmente e vi que o homem realmente estava me encarando, mas


sua expressão não era das melhores. Ele parecia confuso, seu semblante foi
mudando e ele balançou a cabeça como se estivesse espantando
pensamentos.

- Senhor? O que vai querer? -diz a mulher que estava atendendo pedidos.

- Ah...nada. Esqueça -ele diz e me olha uma última vez antes de sair pela
porta, ele parecia me conhecer.

Me virei para encarar Josh que estava com o cenho franzido, e eu uma
sobrancelha levantada.

- Ta ok -Josh diz desconfiado.

- Que coisa estranha -falei sussurrando e olhei para a porta outra vez.

Josh começou a falar sobre outro assunto e eu tentei prestar atenção, mas eu
estava focada demais tentando me lembrar de onde conheço aquele homem.

×××

Eu digo é Vish.

Preparadas para ir ao Brasil?

Façam as malas beninas, aqui vamos nós.Votinhos e coments ❤️ por


favorrrr 😔 kakakakak.

70° capítulo

Rubi

1 semana depois...

- Meu Deus, qual é o seu problema!?

Falei com a mão na cabeça olhando para a cama, mas eu podia sentir o
calor corporal que a fadinha transmitia.

- Isso aí é o ideal, princesa -Adam diz dando de ombros.

- Você já foi ao Brasil? -perguntei cruzando os braços.

- Algumas vezes -responde.

- Então me explica por que caralhos você quer levar 10 tubos de protetor
solar? -perguntei apontando para sacolinha em cima da cama.

- Para se proteger? -ela pergunta irônico- Rubi! Minha pele é sensível, não é
qualquer coisa que pode atingi-la.

Às vezes, somente às vezes eu tenho vontade de matar meu namorado, mas


aí eu lembro que vou ter três bebês com ele, ou seja, meus filhos irão
perguntar pelo pai em algum momento. Então, vou mantê-lo vivo pelos
próximos anos.

- Você não acha que 10 é exagero? -Perguntei e ele olhou para a sacolinha.

- Você acha que é exagero ter abundância de água no planeta? Não, então,
vale o mesmo para os meus tubos de protetor solar.

- Você vai enfiar isso aonde? Na bunda? -pergunto e ele dá um sorriso


malicioso, revirei os olhos.

- Não sabemos quantos graus... -ele me olha querendo que eu complete.


- Celsius -falei e ele concordou.

- Celsius, terá lá.

Ri baixo.

- Você não pode pegar sol demais, nem deveria -ele diz me analisando e
depois sorri- Olha que barriguinha linda.

Olhei para a minha barriga que já não estava tão plana assim e depois
coloquei as mãos na cintura forçando para que ela fique maior, Adam riu
balançando a cabeça.

- Eu sei que não posso ter muito contato, mas não é como se fôssemos
passar 3 horas direto na praia. Eu acho que nem vamos na verdade.

Adam colocou as mãos na cintura, ele estava começando a se irritar. Adorei.

- Eu vou encher você de protetor -ele diz colocando os tubos dentro da


minha mala que eu ainda estava arrumando- Vai ter protetor até onde o sol
não bate, só para garantir!

- Não, não, não -falei tirando os tubos da minha mala.

- Sim! E não reclama -ele diz colocando de volta.

- Certo! Certo! Para -puxei seu braço- Vamos negociar?

Ele levantou uma sobrancelha.

- Negociar? -ele pergunta com cara de tédio.

- Exatamente, vamos negociar o número de protetores que vamos levar e


entramos em um acordo.

Tamanha 10:00 da manhã e eu negociando tubos de protetor solar com essa


Tinker Bell dos infernos.

- Tudo bem -ele diz.


- Certo, quantos você está disposto...

- 10 -ele diz e começa a colocar o restante na minha mala.

- Adam! -bato no seu braço e ele ri baixo.

Coloquei a mão no meu rosto e comecei a sentir lágrimas descerem do meu


rosto, um soluço alto saiu de mim e senti o corpo de Adam abraçar o meu
na mesma hora.

- Princesa -ele diz alisando o meu cabelo- Não precisa chorar, não, não
chore.

- Eu sei -falei apoiando minha cabeça no seu peito.

- Me desculpe, vamos levar quantos você quiser, tudo bem? -ele pergunta e
eu o encaro concordando com um beicinho.

- Quantos você quer levar? -ele perguntou limpando minhas lágrimas.

- Dois -falei soluçando e ele quase chora junto comigo.

- Certo, meu amor. Levaremos apenas dois -ele diz e eu concordo.

Adam me abraçou e eu o abracei de volta.

- Você quer água?

- Quero -respondi contra seu peito.

- Vou trazer para você, espere aqui -ele diz e me solta saindo do quarto em
seguida.

Olhei para a mala e sorri abertamente, sabia que ia funcionar.

Fui até ela tirando os 8 protetores e a fechei em seguida. Estou até sentindo
o gostinho da Vitória. É errado? Talvez...mas só assim para eu vencer uma
discussão com Adam.
(...)

Mandei mensagem para o meu coroa dizendo que Adam e eu já estávamos


no aeroporto.

Olhei para ele que vinha ao meu lado trazendo as duas malas, Adam vestia
uma camisa cinza lisa e uma calça jeans despojada. O cabelo estava
bagunçado e a boca meio vermelhinha já que estávamos nos beijando antes
de descermos do carro.

Eu usava uma calça legging que não apertava minha barriga que já estava
aparente, de acordo com a minha médica não tinha nenhum problema eu
viajar por agora. A blusa era de uma cor bege com listras brancas na manga,
meu cabelo estava preso e eu usava um colar que tinha escrito princesa no
pingente, Adam me deu a alguns dias atrás.

- Cadê o seu pai? -ele perguntou quando paramos de andar.

Peguei meu celular e liguei para o meu coroa que rapidamente atendeu.

- Oi pai, onde você...

- Estou na frente de vocês -ele diz e eu viro o rosto para vê-lo caminhando
na nossa direção.

Abri um sorriso e ele me abraçou apertado alisando minha barriga no


segundo seguinte, Carlos se virou para falar com Adam.

- Sr. Mendoza -Adam diz e meu pai acena estendendo a mão.

- Adam -Carlos diz e a fadinha aperta sua mão.

- Quem bom que você também veio, você já faz parte da família -Carlos
disse- Já te considero como um filho.

- Sério?

- Não -Carlos balançou a cabeça sorrindo, Adam me olhou com tédio.


- Pai, por favor, estamos indo para o casamento de Safira. Vamos focar nela
e deixar o Adam em paz?

Carlos olhou para Adam que deu um sorriso inocente.

- Tudo bem, mas você vai ter que me aguentar até o último dia da minha
morte, é o único castigo que você tem por namorar a minha filha -ele aponta
para Adam que acena com a cabeça.

- Vamos logo -falei.

- Vamos, a viagem será longa -Carlos diz e começa a andar, nós dois o
seguimos.

- Maria ainda não voltou, pai? -perguntei enquanto andávamos pelos


aeroporto.

Passamos por uma entrada privativa e logo o avião apareceu.

- Não, ainda está na França. Eu estive com ela essa semana tentando
convencê-la a se mudar para Nova York -ele diz e dois homens aparecem
pegando as malas das mãos de Adam- Você acredita que ela surtou porque
eu mandei uma foto de uma gaveta vazia.

Meu pai deu uma gargalhada nervosa e depois parou me encarando.

- Eu ia mandar de duas escovas juntas, mas achei que ela poderia pensar
que eu estava a traindo -Carlos suspira.

- Você pediu para ela morar com você mandando uma foto de uma gaveta? -
Adam pergunta meio debochado e Carlos o encara feio, Bell aperta os
lábios- Foi um ótimo jeito, eu deveria ter feito isso com Rubi.

Subimos as escadinhas e entramos no avião, meu pai foi na frente e Adam


veio atrás de mim, Tinker e eu nos acomodamos nas poltronas.

Fiquei na janela e ele ao meu lado, meu coroa se sentou à nossa frente ao
lado da janela.
Tinha uma mesa pequena e em cima dela tinha um MacBook com o celular
dele.

- Tem um pequeno quarto ali caso você queira descansar, mi hija -Carlos
diz e eu aceno.

Ouvimos a voz do piloto e eu coloquei o cinto com a ajuda de Adam já que


eu estava me embolando toda.

- Me lembrei da nossa viagem a França agora -Adam diz para mim depois
que confirma que estou segura.

- Está lembrando do homem que me ajudou com o cinto me apertando e me


tocando... -perguntei rindo e ele revirou os olhos me interrompendo.

- Claro que não, Letícia -colocando o cinto em si próprio- Você está muito
engraçadinha, é um sintoma de gravidez essa merda?

- Está lembrando do que então? Das noites de sexo e de pra...

Parei de falar quando me dei conta que não estávamos sozinhos, olhei para
Carlos que agora estava mexendo no Macbook.

- Que safada -Adam diz rindo e eu o olho feio- Para sua informação eu não
estava pensando nisso.

Levantei uma sobrancelha.

- No que você estava pensando?

- No dia que você cantou para mim e na nossa caminhada por vários
quarteirões conversando sobre coisas banais -ele diz e eu sorrio meiga- Foi
uma ótima noite.

- Sim, é verdade. Foi uma noite importante para mim -digo e ele concorda.

- Para mim também. Eu me senti bem ao seu lado e o lugar ajudou muito -
ele diz.
- Paris é romântica -falei e ele riu.

- Você tem razão -ele diz e olha para janela vendo que estamos prestes a
decolar - Você tem algum lugar no Brasil onde você se sente bem? -Adam
perguntou e eu o encarei.

- O que?

- Você sabe, um lugar que te acalma e que você se sinta bem. O lugar
preferido no mundo -ele diz.

- Bom, acho que sim. Tem um lugar no Rio de Janeiro que era o melhor
lugar para mim, ficava perto da minha casa então eu sempre ia de bicicleta
para ver o pôr do sol. Era muito lindo -falei e ele concordou- Por que? -
perguntei e ele deu de ombros.

- Qual é o seu? -perguntei.

O avião começou a se mover e em questão de minutos já estávamos


sobrevoando Nova York. Encostei minha cabeça no ombro de Adam vendo
meu pai fechar o MacBook e pedir um copo de Whisky para a aeromoça.

- Quer um Adam?

- Sim, puro -Adam responde meu pai acena.

- Dois Whisky sem gelo -Ele diz a mulher que concorda dizendo que iria
trazer as bebidas.

- Você não vai me dizer? -perguntei e ele riu.

- Sua maior virtude é a sua paciência, com certeza -ele diz sarcástico e eu
forço uma risada.

- Me diz logo -falei.

- Certo, é o terraço -ele diz e eu franzo o cenho.

- Que terraço?
- O terraço do nosso apartamento -ele diz e eu sinto uma pontada de
felicidade, é a primeira vez que ele usa "nosso" e não "meu".

- Você sabe que é proibido a entrada de moradores ali não sabe? -perguntei
rindo e ele arregalou os olhos - Eu compro o prédio se der problema -ele
fala e eu belisco seu braço o chamando de exibido.

Adam passou a mão no cabelo se gabando, sorri de lado.

- Eu gosto de lá porque quando estávamos brigados foi ali que passei a


maior parte do meu tempo -explica.

- Provavelmente refletindo na merda que você me disse -cruzei os braços.

- Opa, senti um pouco de mágoa aí -ele diz e toca na ponta do meu nariz-
Sem mágoas do seu namorado, por favor.

Adam me olhou por intermináveis segundos antes de falar novamente.

- Nem acredito que vou ter uma família com você -Ele diz colocando a mão
na minha barriga, animação na voz.

- Nem eu -Ouvimos a voz de Carlos e eu sorri de lado- Filho da mãe fez


minha filha se apaixonar por ele -Sussurrou baixinho.

- Pai eu sei que você está feliz porque vai ter três netos e eu sei que no
fundo você gosta do Adam, até demais! Você mesmo me disse uma vez que
ele era ótimo no que fazia, você gosta dele -Falei e Adam levantou uma
sobrancelha sorrindo como coringa.

Meu coroa me encarou se levantando em seguida depois de se soltar do


cinto.

- Não quero conversar sobre isso agora, deixem um recado no meu celular.

Carlos diz e começa a andar para um quarto diferente do que ele havia me
mostrado.

Assim que a porta se fechou Adam riu e levantou a mão para mim nos
fazendo dar um "toca aqui".
O whisky chegou e Adam o pegou dizendo para levar o outro até o meu pai,
a mulher acenou e se afastou de nós dois.

Continuamos conversando sobre coisas banais e nesse meio tempo eu pedi


um copo de água e comi alguns aperitivos que nos ofereceram.

- E quando ele estava saindo do elevador -Adam riu- Ele se chocou com
Dylan e os dois se beijaram acidentalmente.

Adam limpou lágrima.

Ele estava me contando do dia em que Peter foi até a nossa empresa e assim
que saiu do elevador se chocou com Dylan e os dois acabaram se beijando
acidentalmente.

- Eu adoro perturbar Peter, nem que sejam por coisas sem importância -ele
diz e eu acabo rindo imaginando a cena.

- O apelido de Peter foi beijoqueiro por uma semana inteira -ele diz.

- Só isso? -perguntei bebendo um gole de água.

- Infelizmente, ele me ameaçou princesa. Acredita? -Adam diz indignado.

- O que ele fez? -perguntei com um sorriso no rosto.

- Ele me ameaçou dizendo que iria espalhar boatos de que eu estava


namorando com um homem -ele diz balançando o copo de Whisky na mão-
O filha da mãe ia queimar meu filme com as mulheres.

Levantei uma sobrancelha.

- Mas agora isso não tem mais importância -ele diz rápido e eu reviro os
olhos.

- Peter deveria ter falado nas boates para ter queimado essa sua fama se
galinha -Adam revirou os olhos- Peter tem mais negócios por Nova York?

- Sim, ele está expandindo mais o negócio, Peter me disse que está
pensando em comprar algumas empresas que darão lucro a ele.
- Não me lembro se é uma empresa de moda ou uma editora -Adam diz
pensativo.

- Vocês quatro se conhecem a quanto tempo? -perguntei curiosa.

- Desde de que eu me entendo por gente -Adam diz e bebe um gole do


Whisky- Crescemos juntos na Itália.

- Peter também?

- Peter é metade Italiano e metade americano, mãe é da Itália e o pai de


Nova York -respondeu.

- E o Nate?

- Nathaniel é apenas italiano, cresceu conosco desde que os pais morreram.


Ficávamos com babás a maioria do tempo, mas a família sempre estava
presente em momentos necessários.

Arregalei os olhos.

- Meu Deus -falei e Adam apertou a boca em uma linha reta.

- A mãe morreu no parto e o pai morreu 6 meses depois em um acidente de


carro.

- Que coisa horrível -falei e ele concordou comigo.

- Nate não gosta de aprofundar o assunto, ele diz que não importa já que
fazem 33 anos.

- Ele é o mais velho de vocês -falei.

- Sim, Você é a mais velha das meninas? -pergunta.

- Sou -digo- De quem é o próximo aniversário? -perguntei.

Adam mordeu o lábio inferior tentando se lembrar.


- Acho que é do Dylan e depois é o meu -Adam diz sorridente.

- As coisas estão mudando, agora os irmãos Venturelli são pais de família -


digo e ele ri.

- Não se engane, princesa. Estamos deixando um legado. Nossos filhos


estão vindo para assumi-lo.

- Nem morta! Se eu tiver um menino não quero que ele seja um cafajeste -
digo.

- Pense pelo lado bom. Se ele for um cafajeste ele pode encontrar uma
princesa para ele -Adam diz se inclinando na minha direção.

Seus lábios tocaram os meus enquanto ainda nos encaramos.

- Ele seria muito sortudo se encontrasse -Adam diz me dando vários beijos
demorados nos lábios.

- Hum.

- Se ele tiver a sorte que eu tive -falou descendo para o meu pescoço.

- Espero que ele tenha mais miolos do que você -digo e ele se afasta
fazendo uma cara de ofendido.

Ri alto e me aproximei dele dando um beijo suave nos seus lábios.

- Eu amo você -falei e ele beijou minha testa.

- Nesse assunto, você não chega aos meus pés.

×××

O livro bateu 1 milhão de leituras!!!! Ainnn, eu to tão feliz. Muito


obrigada meu povo bonito, eu amo cada um de vcs, até os
haterskakakakak. (Lembrei do orgulho que senti ao escrever isso 🥺😍)
Próxima capítulo já estaremos no Brasil, vamos conhecer a família da
princesa.

Até babys ❤️

71° capítulo

Rubi

Eu estava sorrindo tanto que por um segundo pensei que meu rosto não iria
voltar ao normal.

Olhei para frente e vi Adam no banco do carona e meu pai ao seu lado
dirigindo, eles conversavam normalmente.

Virei o rosto para encarar as ruas do Rio de Janeiro e sorri mais uma vez,
era tão bom estar aqui.

Ver as placas escritas em português, sentir a brisa da noite atingir meu rosto
e até mesmo ver pessoas se vestindo de outra forma ao invés de estarem
todas empacotadas por conta do frio. Era algo totalmente diferente que eu
simplesmente amava e estava com saudades.

- Sua irmã está nos esperando na casa da família -Carlos diz me olhando
pelo retrovisor.

- Estão todos na casa? -perguntei animada.

- Sim, o casamento irá ocorrer lá -respondeu.

Essa casa a qual meu pai se refere foi o presente que ele deu a Safira e a
mim quando completamos 15 anos, minha irmã e eu sempre dizíamos que
aquela casa era da nossa família. De início obviamente não ficamos com a
casa por sermos menor de idade, mas assim que fizemos 18 Carlos colocou
a casa no nome de Safira a pedido meu. Nessa época eu já estava morando
em Nova York então achei mais proveitoso Safira ficar com ela que iria
utiliza-la mais do que eu que moro do outro lado do mundo.

Ficamos cerca de 30 minutos dentro do carro até chegar na casa, nesse meio
tempo eu pude ver a praia de copacabana e o famoso calçadão, tinham
pessoas caminhando e andando de bicicleta normalmente.
Olhei para Adam que estava atento as ruas a sua volta, mas como um ímã
ele deixou de observá-las e se virou fazendo seu olhar se encontrar com o
meu.

Ele me deu o sorriso perfeito e eu apenas pisquei para ele.

- Chagamos crianças -Carlos diz quando passamos pelo portão da casa.

Ela continuava do mesmo jeito, era uma casa grande e espaçosa, não me
surpreendo de Safira querer fazer o casamento aqui, ela sempre adorou essa
casa.

Meu pai estacionou o carro e eu rapidamente pulei para fora.

- Encontro vocês lá dentro -falei quase correndo e vi Adam ri baixo


concordando.

Andei a passos rápidos para dentro e abri a porta passando pelo hall, fui
direto para a sala depois que ouvi vozes se misturando.

Assim que pus meus pés na sala de estar meu coração disparou vendo
minha família todos sentados conversando.

Vi meus dois tios sentados nó sofá com as esposas ao lado, na poltrona


estava Victor com Safira sentada no braço da mesma mexendo no cabelo no
noivo.

Vi Angelina e Alice brincando no chão com alguns bloquinhos de montar,


elas são as outras gêmeas da família.

- Rubi!!

Sorri abertamente vendo Safira andar até mim e eu andar até ela, nos
abraçamos apertado enquanto eu alisava seu cabelo.

- Minha irmã preferida -ela disse depois que nos separamos.

- Sou a única, maluca.

- Uau, as menininhas do tio cresceram -Roberto diz se levantando e


andando até onde eu estava.
Roberto era o irmão da minha mãe, meu tio preferido que eu amo demais e
também era o pai de Angelina e Alice. Roberto tinha cabelos pretos e
alguns grisalhos, seus olhos eram castanhos bem parecidos com a da minha
mãe.

O abracei apertado dando um beijo na sua bochecha em seguida.

- Senti tantas saudades -falei mexendo no seu cabelo.

- Aposto que sim, mas certeza que sentiu mais de mim. Eu tenho tudo em
cima -Enzo, meu outro tio preferido e irmão de Roberto caminha até mim
me dando um beijo na testa e bagunçando meu cabelo em seguida, toda vez
que eu vejo ele faz isso.

Enzo tinha um cabelo castanho e os olhos eram negros, os cílios eram


bonitos demais e ele também tinha alguns cabelos grisalhos.

- Tio! Meu cabelo, droga -falei tentando arrumá-lo.

- Não mexe do cabelo dela, Enzo -sua esposa apareceu do lado e sorriu para
mim.

Adriana casou-se com Enzo há 10 anos atrás e desde então os dois não se
largaram, Adriana é loira dos olhos pretos, veio de boa família e é uma
ótima pessoa para o meu tio.

- Esse cara vai fazer 53 anos e não amadurece -Roberto diz olhando para o
irmão.

- Falou o cara que dorme com pijama do perna longa -Enzo diz rindo e
Roberto semi cerrou os olhos.

- Como você sabe disso? -perguntou.

- É verdade então? -Enzo riu e colocou a mão no ombro de Roberto- Vou


comprar um do piu piu para a gente combinar.

- Júlia, me segura para eu não bater nele -Roberto diz irritado e Enzo cobre
a boca escondendo o riso.
- Ninguém vai bater em ninguém -Júlia, a esposa de Roberto diz.

Júlia veio de um família japonesa, seu cabelo era curto no estilo chanel e
seus olhos era negros e puxados, ela era tão fofa. Meu tio teve sorte de
casar-se com ela, é a pessoa mais altruísta que eu conheço.

- Pare com isso, Enzo. Você não cansa de perturbá-lo? -Adriana diz com as
mãos na cintura.

- Você sabe que não, Adriana -ele diz e a esposa revira os olhos.

- Senti tanta saudades de vocês! -falei me aproximando e os abracei como


se fôssemos um time de futebol americano.

- Também sentimos a sua -Júlia diz e todos concordam.

- Cadê o modelo americano? -Safira pergunta e eu entendo que ela está se


referindo a Adam.

- Ele esta vindo, papi e ele estão tirando nossas malas do carro -falei a
encarando.

- Modelo americano? Arranjou um gatinho por lá? -Enzo pergunta me


cutucando.

- Sim, e por favor sejam legais com ele -eles acenaram- Estou falando sério!

Acenaram novamente.

- Entenderam que eu não quero que me envergonhem? -perguntei de novo


só para ter certeza.

- Entendemos -Roberto diz.

- Completamente -Falou Enzo.

- Safira! Onde eu coloco essas malas? -meu pai apareceu na sala e Adam
vinha atrás dele.
O loiro encarou cada um e depois deu um sorriso de lado. Todos o olharam
das cabeças aos pés.

- Creio em Deus pai -Júlia diz olhando para ele, ela parecia hipnotizada.

- Que homem bonito -Adriana diz analisando Adam, Enzo cruzou os braços
para encarar a esposa- Enzo, pega lá a câmera, vou vender a foto e ganhar
dinheiro! Vai, vai, vai!

- Não inventa -Enzo resmunga.

- Gente, esse é Adam Venturelli -andei até a minha fadinha e o abracei de


lado- Meu namorado.

- Uau -Júlia diz- Você arrasou garota, será que eu consigo um desses?

- O que? -Roberto franze o cenho.

- O que? -Júlia coçou a testa- Conseguir para...limpar a nossa piscina,


precisamos de alguém.

Apresentei um por um a Adam que os olhava atentamente parecendo


decorar quem era quem.

- Você fala português, Adam? -Roberto perguntou olhando para ele.

- Um pouco -Adam diz e eu o encaro, mas que coisa linda!

Ver Adam falar português é um tanto engraçado e meio estranho, minha


nossa, acho que fiquei olhando para ele por uns 30 segundos antes de
desviar para a minha família de novo.

- Você tem cara de rico, você nasceu aonde? Tem quantos anos? Você vende
ou desfruta de alguma droga ilícita, rapaz? Pense bem na sua resposta -Enzo
diz cruzando os braços e Adam pisca várias vezes.

- Tio! -falei e levantou uma mão me pedindo para esperar.


- São informações básicas -ele diz e encara Adam esperando pela resposta-
Você usa drogas? Você não tem drogas aí no seu bolso, não é? Puta merda,
Roberto chama a polícia.

- Para com isso! -briguei com Enzo que riu baixo.

- Nasci na Itália, tenho 27 anos e não, eu não uso e nem vendo drogas
ilícitas -Adam diz e Enzo concorda se aproximando.

- Bem vinda a família, rapaz -Ele diz e avança para dar um abraço apertado
em Adam que ficou sem reação por alguns segundos mas depois o retribuiu.

- Porra Enzo! Você ficou com todo o interrogatório, não me deixou nem
brilhar -Roberto diz e se aproxima de nós.

- Você fez o interrogatório com o da Safira, esse aqui era meu -Enzo diz
dando dois tapinhas no braço de Adam.

- Espera aí -Safira diz e começa a me analisar dos pé as cabeça, minha irmã


semi cerra os olhos.

Droga.

- Você engordou? -ela pergunta e eu engulo a seco- Muito fast food?

- Mi vida, nós estamos exaustos de um voo de quase 10 horas. Já está


ficando tarde, que tal conversamos amanhã? -Carlos diz tirando os olhares
da minha barriga.

- Carlos tem razão, vão descansar. Conversamos amanhã, temos os últimos


detalhes do casamento para resolver -Júlia diz animada.

- Certo -falei indo até as gêmeas que estavam no chão.

Dei um beijo na cabeça de cada uma passando a mão no cabelo preto delas,
eram parecidas demais com Roberto.

- Boa noite, minhas lindas -falei e elas me encararam sorrindo.


- Boa noite, titia -Angelina diz e Alice faz o mesmo, elas tinham apenas 4
anos de idade.

Ouvi todos se cumprimentando e eu fui até o noivo de Safira e o dei um


abraço, ele me deu um sorriso terno.

- Quem bom que você veio -ele disse.

- Safira me mataria se eu não viesse -digo e ele concorda- Nos


aproximamos demais esses últimos meses.

- Ela me disse, espero que esteja tudo bem...você sabe...não quero que isso
seja estranho, faz tantos anos -ele disse eu e concordei.

Para uma pessoa de fora quando soubesse que minha irmã está casando com
o meu antigo namorado talvez achasse estranho, mas para mim nem é mais
tão estranho assim...

- Está tudo bem -falei- Isso é passado, quero que você seja feliz com a
minha irmã e se você magoá-la eu pedirei para Adam bater em você de
novo -digo brincando e ele ri com a mão no peito.

- Foi mal, cara! -Adam falou alto e Victor mostrou o polegar para ele.

Sorri antes de me afastar e andei até onde os outros estavam, todos


conversavam com Adam tentando extrair informações sobre ele.

- Qual o quarto, Safira? -perguntei.

- O terceiro do lado esquerdo -ela diz e eu concordo.

- Papi, você vai ficar no segundo do lado direito -Safira diz e ele acena.

- Vão descansar, nos vemos amanhã -Adriana diz com as mãos na frente do
corpo.

- Só mais um coisa -falei antes de sairmos de lá.

- Sarah irá vir? -perguntei olhando para Safira que confirmou.


- Nossa mãe estará aqui pela manhã -disse e eu respirei fundo.

Todos me olharam apreensivos, eles sabiam que minha mãe e eu não


tínhamos o melhor relacionamento.

- Vamos, princesa. Você precisa descansar -Adam diz sussurrando.

Sorri pequeno para eles e nós três subimos as escadas, Carlos foi para o
lado direito e Adam e eu fomos para o esquerdo.

- Vejo vocês amanhã -Carlos diz antes de entrar no seu quarto.

Abri a porta e passei por ela, Adam colocou as duas malas pequenas no
chão e eu apertei minha nuca andando até a cama de casal.

O quarto tinha cores claras e lençois brancos com apenas uma almofada
vermelha entre os travesseiros que também eram brancos, no canto havia
um banheiro e nas janelas cortinas escuras.

- Você está bem? -ele pergunta- Você vai falar em inglês comigo não vai?

Ri baixo.

- Sim.

- Obrigado -ele diz e anda para se sentar na cama.

- Vou tomar um banho, já volto -falei e ele concordou.

- Não, vem aqui -ele diz com a mão estendida.

- Eu falei em inglês, você não entendeu? -perguntei rindo e ele fez uma cara
de tédio.

- Vem logo aqui, Leticia -ele diz e eu caminho até ele fazendo pouco caso.

Adam me puxou pelo braço me fazendo sentar no seu colo de lado, ele
colocou uma mecha do meu cabelo que estava caindo no meu rosto para
trás e a outra mão estava na minha barriga alisando lentamente.
- Contaremos sobre os bebês amanhã? -perguntou e eu acenei.

- Você parece preocupada -ele diz deslizando o dedo indicador pelo meu
rosto- É a sua mãe, não é?

- É -falei fechando os olhos- Não sei como ela irá reagir, Adam. Algo me
diz que não vai ser bom.

Ele suspirou e eu abri os olhos.

- Vai dar tudo certo, princesa. E se não der -ele deu de ombros- Não é como
se ela pudesse fazer muito coisa, meus filhos já estão aqui.

Adam alisou minha barriga e eu ri baixo.

Me inclinei na sua direção lentamente e ele fez o mesmo, encarei seus olhos
e depois sua boca. Adam me beijou suavemente e eu senti sua mão subir
para a minha nuca, aprofundei o beijo de uma forma lenta e sensual.

- Você precisa descansar -ele diz quando nos afastamos, sua testa estava
colada na minha.

- Tudo bem -falei.

Os dedos de Adam fora para a barra da minha camisa e ele me ajudou a


tira-la, logo depois foi meu sutiã, ele beijou meu pescoço e logo depois
meus seios.

- Vá tomar banho -ele diz- Logo depois eu irei.

- Não quer vir comigo agora? -perguntei me levantando do seu colo.

- Não -ele diz olhando para os meus seios.

- Sei -falei rindo e fui para o banheiro sentindo o olhar de Adam nas minhas
costas.

×××
Votem!!! Comentemmaaaaaa por favorzão ❤️

Livro irá se finalizar em breve.

72° capítulo

Adam

Senti um dedo no meu peito fazendo um movimento circular e um cheiro de


shampoo que eu conheço muito bem adentrar minhas narinas.

Abri os olhos vendo Rubi deitada com a cabeça no meu peito concentrada
em fazer círculos, olhei em volta vendo pouca luz adentrar o quarto.

Me mexi um pouco fazendo ela virar o rosto para me encarar, um sorriso


terno foi lançado para mim.

Eu amo esse sorriso.

- Oi -ela diz com uma voz de sono, encarei suas covinhas.

Mesmo que eu já tenha acordado ao lado dela milhares de vezes para mim
sempre é novo.

- Oi, princesa -falei e ela encostou a cabeça no meu peito novamente, mas
dessa vez ficou meu encarando.

- Você é tão bonito -ela passou a mão no meu cabelo- Não pode.

Sorri de lado.

- Você também é bonita -abracei seu corpo- Não pode.

Ela riu colocando a mão no meu rosto e deslizando o polegar. Sua boca se
entreabriu e eu passei a língua nos lábios atraindo a atenção dos seus olhos,
ela se levantou colocando uma perna em cada lado do meu quadril.

- Rubi.

- Cala a boca, hormônios.

Ela se inclinou na minha direção me beijando suavemente e eu retribui,


minhas mãos estavam nas suas costas mas foram descendo para a sua
cintura até chegar na sua bunda onde eu apertei com força, seu corpo foi
para frente e meu pau roçou no seu sexo a fazendo arfar.

Gemi baixo e ela sorriu se afastando de mim, Rubi usava um shortinho de


seda e uma blusa de alça da cor preta, o cabelo estava bagunçado e a boca
vermelha.

Simplesmente Perfeita.

Suas mãos se apoiaram na cama e ela beijou meu pescoço indo para o
maxilar e depois chegando nos meus lábios, um beijo rápido foi dado mas
ela logo se afastou.

Minhas mãos foram para a sua cintura na intenção de fazê-la virar para eu
entrar logo dentro dela, mas rápido foram tiradas dali.

Rubi riu com o corpo ainda em cima do meu e se ajeitando indo um pouco
para trás, deixou beijo molhados no meu peito e foi descendo devagar pela
minha barriga.

Eu sentia meu membro duro implorando para ser tocado, eu preciso fodê-la.

- Rubi -a chamei quando ela deu um beijo na barra da cueca boxer.

- Espera -ela disse.

Olhei para cima quando senti seus lábios darem um beijo no meu membro
por cima da cueca que já estava implorando por ela. Merda, eu vou morrer.

Mordi o lábio inferior a vendo com uma cara de safada que quase me fez
gozar, Rubi puxou a cueca para baixo liberando meu membro que tinha um
pouco de pré-gozo na ponta.

Quando ela ia me dar o melhor sexo oral da minha vida mais uma vez, Rubi
desviou o rosto para a porta lentamente e se levantou caminhando até a
mesma.

- Está sentindo esse cheiro? -ela perguntou praticamente grudada na porta.

Deve ser o cheiro do meu desespero.

- Não estou sentindo nada, volte para cá! -falei quase morrendo.
- É o cheiro de pão de queijo, ovos e -ela levantou um pouco a cabeça- bolo
de cenoura com chocolate!

Ela bateu palmas animada.


Minha namorada tem super poderes não é possível.

- Como você sabe que tem tudo isso?

- O cheiro -ela diz e abre a porta.

- Não, não. Leticia! -gritei vendo ela sair do quarto.

Porra.

Olhei para o meu pau que estava mais duro do que nunca, não acredito que
vou ter que bater uma na casa da família da minha namorada, mas que
merda.

Sou um pervertido por fazer isso? Deus, espero que não.

Me levantei indo direto para o banheiro, terminei de tirar a cueca branca e


liguei o chuveiro, pelo menos a água já estava gelada.

(...)

Desci as escadas puxando meu shorts de uma cor azul clara e a camisa
branca tinha listras amarelas na manga e na barra, nos meus pés tinham
sandálias que eu com certeza não sou costumado a usar, parece que eu vou
cair a qualquer momento.

Isso que dá usar apenas tênis ou sapato social, as roupas que estou usando
agora não tem muito haver comigo, prefiro meu bom e velho jeans ou terno,
por que aqui é tão quente? Brasil é um lugar interessante mas poderia ser
menos quente. Porém, tem uma coisa que me pegou de jeito desde a
primeira vez, a culinária daqui é muito boa, provavelmente a melhor que já
experimentei.

Apareci na cozinha graças aos risos que vinham de lá, vi todos sentados ao
redor de uma mesa enorme, os únicos que não estavam eram a gêmeas e
Júlia.
- Adam! -Roberto diz fazendo todos me encararem.

- Ei, bom dia -falei em português, a língua era difícil, mas não impossível
de se aprender. Meus olhos pousaram em Rubi que estava sentada no lado
direito comendo pão de queijo.

- Bom dia, estava perdido rapaz? -Enzo perguntou comendo uma uva verde.

- Não exatamente, apenas tomando banho -falei e encarei Rubi- Precisava


de uma água gelada.

Ela riu com a mão na boca e depois sussurrou um "desculpa" baixinho.

- Venha tomar café -Rubi diz estendendo a mão para mim.

Andei até ela e me sentei ao seu lado, Rubi começou a mexer nas coisas em
cima da mesa e quando percebi tinha praticamente um banquete no meu
prato.

- E então? Quais são os planos para hoje? -Adriana perguntou.

- Nós vamos experimentar o vestido pela última vez e o vestido da


madrinha -Safira diz e olha para a irmã.

Olhei para Safira e Rubi intercalando e pisquei alguma vezes ainda


desacreditado. Cacete, eu nunca vou me acostumar a ver as duas juntas.

- Vamos ter que fazer alguns ajustes -Safira diz semicerrando os olhos para
Rubi- Caso o vestido fique um pouco mais...apertado.

Rubi a reprendeu com o olhar e a mesma levantou uma sobrancelha, elas


pareciam discutir...em silêncio.

- O que vocês estão fazendo? -Carlos pergunta olhando para as filhas.

- Nada, ué -Safira diz.

- Vocês estão conversando por olhares -Roberto diz- O que está


acontecendo?
- Não está acontecendo nada, está Rubi? -Safira perguntou e Rubi respirou
fundo.

- Está -respondeu e todos a encararam.

- O que porra está acontecendo? -Enzo pergunta e Carlos se ajeita na


cadeira.

- Bom...

- Roberto! Angelina não para de bater em Alice, por favor vai lá e bate nas
duas -a esposa de Roberto diz e depois ri- Estou brincando, se você bater
nas minhas filhas eu vou bater em você também.

- Shiu, quieta tia -Safira diz e encara Rubi de novo.

- Olha como fala comigo, garota -Júlia diz e Safira ri baixo.

- Fala logo! -Safira grita e Rubi a olha feio.

- Falar o que? Opa, é alguma novidade? -Júlia diz se sentando ao lado do


marido.

- Vamos saber agora -Victor diz e ela assente.

Olhei para Rubi e ela parecia tensa, beijei seu ombro e balancei a cabeça a
incentivando. Creio que ela queira dar a notícia.

- Eu estou grávida -ela disse e todos a olharam normal.

Franzi o cenho, é só a minha família que é louca?

- Eu disse -Safira diz convencida e os outros concordam.

- É...ela é muito boa -Enzo diz e todos começaram a cochichar sobre o


quanto Safira conseguiu adivinhar a gravidez da irmã.

Olhei para a barriga de Rubi e vi que estava crescendo mas não era tão
perceptível assim por causa das roupas grandes.
- Uh uh, eu posso dar dicas de nomes? -Adriana diz com a mão levantada.

Eles estão reagindo melhor do que imaginei.

- Eu gosto de Roberta -Roberto diz e Enzo revira os olhos.

- Espero que pense em três nomes, por que são trigêmeos -Rubi disse e senti
ela apertar minha mão por cima da mesa.

Agora parecia uma reação esperada, todos ficaram em silêncio com os


olhos arregalados. Olharam para a barriga de Rubi quase ao mesmo tempo.

- Puta merda -Enzo disse e Roberto cobriu a boca do irmão quando as


gêmeas apareceram na cozinha.

- Três? Ela vai ter três...-Safira parecia pensativa- Se ela vai ter três, qual a
probabilidade de eu não ser diferente? -ela olhou para o noivo que engoliu
em seco.

- Você acha que vamos ter três ou quatro? -Victor perguntou e eu franzi o
cenho.

- Você está grávida? -Carlos perguntou olhando para a filha quase


desmaiando.

- Você está? -Victor perguntou meio eufórico.

- O que? Não! -Safira diz rápido- Calma, caralho! Uma irmã por vez.

- Pelo menos ninguém quis me bater -falei e Carlos me olhou feio.

- Não fica lembrando disso -diz Rubi.

- Foi mal -resmungo.

Eles começaram a falar ao mesmo tempo e eu ri baixo com tantas idéias


para nomes e até cor de enxoval. Eles são uma família e tanto.
- Eu adoraria continuar ouvindo vocês falarem sobre as roupas dos meus
filhos, mas eu preciso subir e tomar um banho -Rubi diz se levantando.

- Vai ficar? -perguntou para mim e eu acenei, ela me deu um selinho rápido
antes de sair da cozinha.

- Você a pegou de jeito, loiro -Safira diz- E aproveitou para colocar três
bebês seus lá dentro -eles riram, até Carlos riu.

- Só cuide dela, rapaz. Criar três filhos não vai ser fácil -Roberto diz e eu
assinto.

- Darei o meu melhor -digo e ele sorri pequeno parecendo satisfeito.

- Só pense no nome Roberta, é bem bonito -Roberto diz e Enzo apoia a testa
na mesa.

- Irei pensar -digo e ele pisca para mim.

Continuamos conversando sobre assuntos aleatórios, as vezes eles falavam


algumas coisas que eu não entendia, mas eles percebiam minha cara de
confuso e me explicavam com mímicas, era engraçado.

Ouvi passos da cozinha e por um momento pensei que fosse minha princesa
mas não era ela.

Uma mulher com o cabelo castanho adentrou o lugar e abriu um sorriso


grande.

- Bom dia! -ela diz animada e todos se voltaram para ela.

- Mãe! -Safira diz se levantando e indo até a mesma.

Sarah a abraçou apertado e se afastou colocando as mãos no rosto da filha,


Rubi e Safira tinham os olhos da mãe.

- Meu amor -Sarah diz e beija a testa de Safira.

Ela soltou o rosto da mesma e se virou falando com os outros, deu um


abraço apertado em Carlos e logo depois os dois conversaram um pouco
parecendo ter uma relação harmônica.

Seus olhos caíram em mim e sua sobrancelha levantou de imediato.

- Quem é o loiro? -Sarah perguntou e olhou para Carlos e para a filha.

- É o namorado de Rubi -Carlos diz e ela me encara.

Me levantei e estendi minha mão a ela.

- Adam Venturelli -digo e ela semi cerrou os olhos antes de pegar na minha
mão.

- Sarah -ela diz e solta minha mão.

A mulher me encarou por intermináveis segundos me analisando dos pés a


cabeça, rapidamente me veio a mente tudo o que Rubi me disse sobre a mãe
e foi meio impossível esconder minha cara nada contente.

- Onde ela está? -Sarah perguntou ainda me encarando.

- Está lá em cima -respondo.

- Mãe, evite discutir com ela. Já está mais que na hora de vocês pararem
com essa briga besta. Já faz tempo e agora mais do que nunca eu acho que
ela iria precisar do nosso apoi...

Safira parou de falar quando Victor colocou a mão na boca dela a puxando
para o seu peito.

- Apoio? Apoio por que? -Sarah perguntou desconfiada.

- Sarah... -Carlos a chama e ela o lança um olhar interrogativo.

- Fala, Carlos -ela disse cruzando os braços.

- Ela irá falar para você, não eu -disse Carlos pegando um pão de cima da
mesa e mordendo em seguida.
- Você é o pai dela e eu sou a mãe -ela diz e aponta para o próprio peito-
Você tem que me contar quando há algo de errado com nossas filhas.

Já vi que paciência não é só virtude de Rubi.

Ouvimos passos e agora eu sabia que era ela, Rubi entrou na cozinha
sorridente mas assim que percebeu a presença da mãe os traços de sorriso
do seu rosto foram sumindo.

Sarah se virou para ela com um olhar meio estranho e Rubi respirou fundo
desviando o olhar para mim.

Seus olhos transmitiam medo e raiva ao mesmo tempo, Rubi parecia


procurar forças em mim.

- Não vai falar comigo? -Sarah perguntou fazendo Rubi a encarar.

- Oi, mãe -Rubi a cumprimenta.

- Olha, mãe... -ela repete meio debochada- Então você lembra de mim?

- Você vai querer conversar comigo de verdade ou vai apenas gritar como
você sempre faz? -Rubi pergunta e Enzo faz uma careta balançando a mão
de um lado para o outro.

- Olhe Roberto como o céu está azul, vamos lá fora para ver melhor -Júlia
diz e puxa o marido pela mão o fazendo ele se levantar- Pegue as gêmeas.

Roberto pegou uma e ela pegou outra, os quatro saíram da cozinha.

- Não fale assim comigo, apesar de tudo -Sarah deu um passo para frente e
levantou um pouco o queixo- Sou sua mãe.

- Enzo! Que tal irmos...sei lá...

- Fazer filhos? -ele pergunta brincando e Adriana o puxa pela mão o


arrastando para fora da cozinha.

Eu deveria sair também? Se Rubi me pedir eu saio.


- Vem Victor, vamos para outro lugar -Safira diz e ele acena pegando em
sua mão.

As duas ainda se encaravam e quando Carlos ia sair também Sarah o


chamou pedindo para ficar.

- Você pode sair -Sarah diz olhando para mim.

- Ele não vai a lugar nenhum -Rubi diz e Sarah a encara irritada.

Rubi andou até onde eu estava e eu a abracei de lado, seus olhos se


encontraram com os meus por frações de segundos e se viraram para a mãe
novamente.

- Certo, tanto faz -Sarah diz e coloca sua bolsa em cima da mesa.

- Você quer conversar? Então vamos conversar -ela diz puxando uma
cadeira e se sentando.

- Pode começar, Rubi -Ela diz séria e Rubi respira fundo mais uma vez na
tentativa de fazer as pazes com a mulher que a deu a vida.

×××

Sarah...é uma mulher difícil, já imaginam qual vai ser a reação dela?

Até babys ❤️.

73° capítulo

Rubi

Sarah costa definitivamente não é a pessoa mais fácil de se lidar. Todos nós
temos uma personalidade diferente, caso não tivéssemos talvez tudo seria
extremamente sem graça.

Minha mãe e eu brigamos várias vezes desde que eu me mudei para Nova
York. Entendo que ela me queria perto dela mas ficar me atacando
verbalmente não irá mudar as coisas, só espero que isso se resolva...quero
ver meus filhos com a avó deles apesar de tudo.

- Estamos aqui faz 5 minutos, já estou ficando com sono -Carlos disse
sentando na cadeira ao lado de Sarah.

Olhei para Adam que estava sentado ao meu lado e rodava nossa aliança de
namoro no dedo. Ele me encarou e me deu um meio sorriso.

- Vocês estão noivos? -minha mãe perguntou intercalando o olhar para


Adam e o anel.

- Não -falei- É uma aliança de compromisso.

Ela olhou para Carlos que coçou a barba que ele não tinha.

- Mãe... -comecei mas ela me interrompeu.

- Escute, eu sei que tivemos nossas diferenças no passado -ela passou a mão
no cabelo- Não tem um maldito dia que eu não pense nisso.

Ela respirou fundo.

- Eu amo você -ela disse, senti meu coração acelerar- Sei que deveria ser
madura e aceitar que você agora tem uma vida lá para a gringa, você tem
um trabalho, amigos, namorado -ela olhou para Adam- É só que...não é
fácil para mim.
Ela olhou para o meu rosto novamente.

- Ver uma das minhas filhas indo embora partiu meu coração, não quero
ficar brigada com você por mais meses.

Olhei para Carlos que encarava a mesa pensativo, eu tenho certeza de que
tudo o que ela falou é verdade, mas eu sei também que ela não se arrepende
das coisas que me disse.

- Eu sei que partiu seu coração mãe -falei e ela acenou- Assim como as
coisas que você me disse também partiram o meu.

Sarah passou a mão na testa.

- Eu estava com raiva -ela diz.

- Não, você queria dizer tudo aquilo -digo e ela respira fundo.

- Eu não quis dizer que a culpa da minha quase morte foi sua...apesar de ser,
nem que seja só um pouquinho...

- Sarah! -Carlos bateu na mesa nos assustando.

Adam olhou para mim e falou "mas que porra" em inglês.

- O que é Carlos? Eu não disse nada demais -ela falou cruzando os braços.

- Esse é o seu problema, você sempre acha que não fala nada demais mas
não é verdade. Você me culpa por ter parado no hospital dizendo que eu
abandonei você e fui morar com meu pai. Eu sinto muito que eu tenha
seguido meus sonhos mas você não podia me prender aqui -falei e ela ficou
em silêncio me encarando- Não posso ficar embaixo das suas asas para
sempre, você me criou para o mundo, não para ficar em casa.

Ela olhou para Carlos que cruzou os braços.

- Não somos tão diferentes, Mãe -digo e ela levanta uma sobrancelha.
- Nós duas somos teimosas -digo e ela levanta um pouco o queixo- Você me
ensinou a ser ambiciosa, eu fui atrás do que eu queria, não me culpe por
isso.

- Você é igualzinha ao seu pai -ela diz e revira os olhos- Pelo menos Safira
não fez isso comigo.

- Quer saber? Que se foda -falei me levantando da cadeira, a raiva já crescia


dentro de mim.

- Senta aí -ela disse apontando para a cadeira- Senta, agora!

- Volta aqui, Rubi! -ela grita quando eu começo a sair da cozinha.

Comecei a caminhar para a porta onde dava acesso ao jardim e eu podia


ouvir seus passos atrás de mim.

- Você é tão egoísta! -falei- Você não pode simplesmente ficar feliz por
mim? Não pode ser uma mãe normal que apoia a filha nos sonhos dela? -ela
ainda estava atrás de mim.

- Para de andar, porra! -ela disse- Estou de saltos, inferno.

Meu peito subia e descia quando eu parei e lentamente me virando para


encará-la, Sarah estava com a mão no peito respirando com dificuldade.

Olhei para atrás dela e vi meu pai e Adam parados nos encarando a alguns
metros de distância.

- Eu apoiei você -ela disse tirando a mão do peito- Concordei em deixar


você ir, eu fiz tudo isso, Rubi. Eu pensei que daria conta mas não dei, eu
sinto muito a sua falta.

- Eu também sinto, mas você sempre me ataca, mãe. Eu apenas estou farta
de ficar ouvindo as mesmas coisas, eu não tenho mais 17 anos.

Sarah fechou os olhos parecendo absorver.


- Nos poderíamos estar em uma boa relação agora, mas você prefere ficar
brigando...eu não tenho mais paciência para isso, desculpe.

Ela me encarou.

- Ou nos resolvemos agora -me aproximei dela- Ou nunca mais iremos


porque eu irei desistir de ficar batendo boca com você.

- Eu não...-ela olhou para os sapatos- Eu só quero que você me entenda.

Me aproximei mais dela até pegar na sua mão, Sarah me encarou com os
olhos se enchendo de água.

- Eu entendo, mas eu quero que você me entenda também. Minha vida não
é aqui, apesar de amar muito mas é lá que eu me sinto bem, eu fiz amigos
maravilhosos e agora tem o Adam -falei e ela olhou para o loiro e depois
me encarou de novo- Eu o amo muito, e agora mais do que nunca...

Larguei sua mão e levei a minha mão direita até a minha barriga e a alisei,
Sarah colocou as mãos na boca fazendo uma cara de surpresa.

- Ai meu Deus! -ela disse olhando para a minha barriga- Não acredito!

- Estou grávida dele -o encarei- Vamos construir uma família juntos.

Adam sorriu para mim e eu sorri de volta.

Ouvi minha mãe começar a chorar e eu a olhei tentando saber se é


felicidade ou tristeza.

Ela abanou o próprio rosto.

- Eu não estou acreditando -ela disse- Você está grávida! Vocês nem se
casaram ainda -me recrimina com o olhar.

- Olha mãe...

- É só um? -perguntou e eu neguei- Dois?

Neguei.
- São três.

- Rubi do céu! -ela passou a mão na testa- Me diz que você está se
preparando para isso, são três filhos. Mais que o dobro de fraldas!

- Eu estou, não se preocupe -falei e ela suspirou cansada.

- Eu não quero ficar brigada com você para o resto da minha vida, eu só
quero que você para de me culpar por ter ido atrás do meu sonho -falei e ela
cruzou os braços.

- Eu também não quero ficar brigada com você, Rubi. É o que uma mãe
menos quer, só é difícil ver você tão longe, sua irmã e eu sentimos sua falta.
Safira não parou de falar sobre você e o quanto estava bonita desde que ela
voltou de Nova York, eu queria ver tudo isso -ela passou a mão no meu
cabelo- Eu sei que sou uma mulher difícil e que minhas atitudes foram
ridículas, você não tem culpa de nada.

Suspirei.

- Me desculpe -falei e vi uma lágrima descer do seu rosto- Pelas coisas que
também disse a você, eu entendo o seu lado, mãe.

Sarah engoliu em seco e tirou a mão do meu cabelo.

- Eu também...quero me desculpar com você -minha mãe é extremamente


orgulhosa, se desculpar é um grande avanço para ela- Pelas coisas que eu
disse e te machucaram, eu não deveria ter dito coisas as quais não são
verdade, eu só queria descarregar minha raiva e agi como uma verdadeira
escrota.

Acenei.

- Me desculpa, por tudo -ela disse e cruzou os dedos na frente do corpo


olhando para baixo parecendo arrependida.

- Eu desculpo você -falei e ela me encarou- Aprendi perdoar as pessoas e é


isso que estou fazendo, claro que não vamos ficar a mil maravilhas mas
quem sabe daqui para frente possamos ter uma relação normal.
Ela acenou.

- Eu gostaria disso -falou.

- Eu também gostaria -digo e ela se aproxima de mim.

- Eu posso...-Sarah abriu os braços me pedindo um abraço e eu concordei.

Seus braços envolveram meu corpo de um jeito meio desengonçado e


demorou alguns segundos até eu retribuir o abraço, descansei minha cabeça
no seu ombro e ela fez o mesmo. O abraço dela de um jeito ou de outro me
confortava.

Nos separamos e eu percebi que uma lágrima descia do meu rosto, a limpei
rapidamente e Sarah fez o mesmo quando viu uma lágrima descer do seu
rosto.

- Podem sair agora! -Carlos gritou.

Só vi quando a família inteira passou pela porta que dava passagem para o
jardim, eles nos olharam meio apreensivos.

- Está tudo bem? -Safira perguntou e eu olhei para a minha mãe que
também me olhou.

- Vai ficar -Sarah disse e alisou meu braço.

Safira e Carlos andaram até nos duas, minha irmã tinha um sorriso grande
nos lábios e Carlos parecia satisfeito, os dois nos abraçaram e eu abracei os
três ao mesmo tempo.

- Eu amo vocês -Safira disse contente.

Não foi apenas minha mãe e eu que sofremos com tantas brigas, Safira
também devia ter sofrido.

- Eu também -Sarah disse e beijou a cabeça dela e depois a minha testa, ela
apenas bagunçou o cabelo do meu pai.
Nos afastamos e depois todos vieram para cima da gente nos abraçar, eu já
estava ficando tonta.

- Enzo! Meu pé! -Adriana disse e bateu no braço do marido que riu.

- Aí -ele disse rindo enquanto alisava o braço- Você é tão grossa, nem sei
porque me casei...eu to brincando! -Enzo grita e depois começou a se
afastar vendo a esposa com sangue nos olhos.

- Não corre, seu covarde -ela disse apontando um dedo para ele indo na sua
direção.

Enzo e Adriana eram perfeitos um para o outro, Enzo era o brincalhão da


relação e ela era a mais séria e sensata.

Olhei para o lado e vi Adam e Sarah conversando, o loiro acenou e deu um


sorriso pequeno para ela que estendeu a mão e ele a pegou.

Safira falava com Victor e Roberto e Júlia falavam com as gêmeas.

- O que ela está dizendo a ele? -Carlos perguntou parando ao meu lado e
encarando Adam e Sarah.

- Não faço ideia -digo dando de ombros.

Os dois pararam de conversar e vieram até mim e meu pai.

- Eu tenho que ir -Sarah diz- Eu preciso confirmar umas coisas para o


casamento amanhã - Safira se aproxima.

- Você não quer ir conosco ver os vestidos? -Safira perguntou- Tudo bem
para você? -ela olhou.

- Claro -falei.

- Vamos, mãe -Safira disse juntando as mãos- Por favor!

Ela riu.
- Isso só funcionava quando você tinha 10 anos de idade, Safira -ela diz e
minha irmã me olha.

Me aproximei até ficar do lado de Safira.

- Por favor! -falamos ao mesmo tempo fazendo uma cara de cachorro


abandonado.

Sempre fazíamos isso quando éramos menor.

- Carlos! -ela chama meu pai que riu.

- Se vira -ele disse e ela o olhou feio.

- Mexicano ridículo -Sarah sussurrou e Carlos cruzou os braços irritado.

- Amor, sua mãe vai resolver alguma coisa importante -Victor disse
puxando minha irmã pela cintura.

- Certo -ela disse meio cabisbaixa.

- Depois que eu for resolver o negócio das flores eu passo no atelier e vejo
vocês nos vestido, tudo bem? -Sarah pergunta e Safira sorriu concordando.

- Tudo bem para mim -minha irmã diz.

- Vamos, eu acompanho você até a porta -Carlos disse olhando para Sarah.

Safira e Victor começaram a andar para onde os outros estavam e vi que


Enzo e Adriana já estavam ao lado de Júlia e Roberto que tinha uma filha
em cada braço.

Adam se aproximou de mim me encarando com um sorriso nos lábios.

- Vamos então -Sarah disse e se despediu de mim e de Adam.

- Até depois -ela disse e Carlos passou a mão em volta do seu pescoço, os
dois começaram a caminhar para a porta da cozinha.
- Agora seria uma boa hora para te contar que estou namorando? -Carlos
perguntou enquanto os dois se afastavam.

Minha mãe riu.

- Quem é a coitada? Ela consegue aguentar você? É difícil viu, eu até desisti
-ela disse e Carlos tirou o braço do seu pescoço.

- Ah qual é, Carlos! Para de drama, idiota -ela disse e começou a andar a


passos rápidos na direção do meu pai que ia na frente.

Ri baixo.

Apesar de serem separados esses dois conseguiram criar um relação de


amizade durante os anos que se passaram.

Senti meu braço ser puxado e o corpo de Adam abraçar o meu, ele me
segurou pela cintura e eu sorri colocando meus braços em volta do seu
pescoço.

- Tudo bem? -perguntou.

- Sim -falei e ele deixou um beijo no meu rosto.

- Sobre a sua mãe, está tudo bem?

- Vai ficar -falei e ele beijou meu maxilar- Vamos tentar ter uma relação
normal.

Adam beijou meu pescoço e eu fechei os olhos sentindo seus lábios macios
no mesmo.

- Hum hum -ele disse- Vai ficar tudo bem, princesa.

- Eu espero -beijei seus lábios e ele me apertou nos seus braços.

- Eu queria tanto que estivéssemos lá em cima agora, sua boca está em


dúvida comigo -ele disse colocando a testa na minha- Você me abandonou,
Leticia.
Ri baixo e ele revirou os olhos.

- Compenso você depois -digo e ele concorda- Serei sua a noite inteira.

Adam levou os lábios até a minha orelha para sussurrar.

- E para toda a vida? -ele perguntou e eu me afastei lentamente para encará-


lo.

- Como é? Repete isso aí -ordeno e ele analisou meu rosto por alguns
segundos.

- Vamos, Rubi! O atelier vai fechar daqui a pouco -Ouvi a voz de Safira e
logo depois ela veio me puxar pela mão.

- Desculpa aí, Sr. Venturelli. Depois eu trago ela para você.

Safira me puxou e começamos a andar juntas para fora do jardim, olhei para
Adam por cima do ombro que estava no mesmo lugar me encarando
enquanto eu me afastava. Pisquei várias vezes vendo Júlia, Adriana e Safira
ao meu lado conversando normalmente.

Eu só pensava nas palavras de Adam.

×××

Rubi e Sarah conversaram e agora vão tentar ter uma relação


saudável, ficar brigada com a mãe é horrível 😑.

Até, babys ❤️

74° capítulo

Rubi

Olhei para os inúmeros vestidos que tinham ali, Safira rodava como se fosse
uma princesa da Disney. Não posso falar nada porque no lugar dela, eu
provavelmente estaria fazendo o mesmo.

- Pelo amor de Deus garota! Vamos embora! -Júlia praticamente gritou


enquanto Safira se admirava no grande espelho.

- Eu estou bonita não estou? Porra, eu sou linda demais -Safira disse
puxando o decote do vestido para cima.

- Obrigada -agradeço pegando uma revista que estava em cima da mesinha


de centro.

- Safira, já está anoitecendo! -Minha mãe gritou e ela deu de ombros.

- Já anoiteceu senhora, e já estamos fechados -a mulher que trabalhava no


atelier nos comunica.

Estamos aqui desde de manhã, almoçamos a comida que Sarah trouxe. Ela
disse que sabia que Safira iria ficar experimentando o vestido por horas
então trouxe comida para nós, fiquei extremamente agradecida.

Experimentei meu vestido de madrinha e não foi preciso fazer muitos


ajustes, o mesmo está na minha perna agora para eu levar para casa e vesti-
lo amanhã.

- Olha como esse é lindo! -Adriana gritou nos assustando- Ah, esse iria
ficar lindo em você, Rubi.

Adriana me mostrou uma revista e nela tinha um vestido exuberante de


noiva, ele era muito, muito bonito.

- É lindo -falei e olhei para a revista nas minhas mãos novamente.


- Ai -Adriana coloca a mão no peito- Esse entusiasmo dela me atingiu com
força- diz sarcasticamente.

- Para de graça, Adri -Sarah disse- Ela achou o vestido bonito, ela já disse
isso.

Franzi o cenho.

- É um vestido muito bonito mesmo, ficaria perfeito nela...acho que até a


barriguinha de grávida iria caber -Júlia diz e eu encaro as quatro que
estavam se afogando de curiosidade.

- Ok, o que foi? -perguntei colocando a revista na mesinha.

- Nada -Júlia diz dando de ombros.

- Certo -falei desinteressada.

- Você pretende casar com ele?!

A voz de Adriana saiu tão alta que até a mulher que estava nos atendendo se
assustou colocando a mão no peito.

- Cristo -digo.

- Ah qual é, ele é um gato -Safira disse- E está na cara que Adam é


apaixonado por você, vocês vão ter três filhos juntos...por que não?

- Não deixa esse homem escapar minha irmã -Júlia disse apontando para
mim.

- Não vou -falei baixo e elas foram ajudar Safira a tirar o vestido.

Finalmente íamos para casa.

Peguei meu celular e liguei para Adam rapidamente, o celular tocou cinco
vezes até cair na caixa postal. Liguei mais uma vez e ele não me atendeu.

Mandei uma mensagem dizendo que ia para casa e guardei o celular de


novo.
- Vamos! -Júlia disse e vi todas aparecerem.

- Finalmente livres -diz Adriana com as mãos para cima.

- Nem foi tanto tempo assim -Safira resmunga enquanto saímos da loja.

- Porra! -Júlia grita- Perdi a infância das minhas filhas só vendo você provar
esse vestido.

Elas começam a falar ao mesmo tempo e eu apenas ria das quatro mulheres
batendo boca no meio da rua atraindo olhares.

Nos dividimos para ir no carro de Adriana e Safira e assim fizemos, fui no


carro de Safira com Júlia no banco de trás falando pelos cotovelos.

Em menos de meia hora nós chegamos na casa, graças a Safira que pisou
fundo reclamando do quanto Júlia estava falando.

Passamos pelo portão e Safira estacionou o carro, Sarah e Adriana ainda


estavam para trás já que minha irmã dirigiu rápido até aqui.

Olhei meu celular novamente e não tinha nenhuma ligação daquela fada do
cacete, passei pela porta com as duas atrás de mim e eu apenas ouvi vozes
altas como se fosse um coro.

Olhei para as meninas que estavam com o cenho franzido.

- O que está acontecendo? -Safira perguntou e começou a andar para a sala


de estar.

Andamos atrás dela e quando chegamos na sala de estar Júlia colocou a


mão na boca vendo a bagunça que estava aquele cômodo.

Olhei pro chão e vi garrafas de cervejas e uma garrafa de Whisky e tequila


em cima da mesa que tinha cinco homens em volta dela bebendo e jogando
cartas. Olhei minuciosamente e vi bombons?

- Vira! Vira! Vira! -todos gritavam para Enzo virar o copo de tequila.

Enzo engoliu a bebida e bateu o copo na mesa vendo a comemoração de


todos eles.
- Sabe, Adam. Eu gosto de você -Carlos diz visivelmente bêbado- Você
cuida da minha filha e isso é suficiente para mim.

Carlos pegou na nuca de Victor depois que deu dois tapinhas no rosto de
Adam, o noivo de Safira também estava bêbado.

- Você também, rapaz. Cuide da minha filha caso contrário eu mato você -
Carlos diz rindo e depois fica sério- Eu conheço um cara.

- Victor! -Safira gritou e os 5 nos encararam assustados.

- Amor da minha vida! -ele grita e se levanta.

Victor andou até onde Safira estava e a beijou calorosamente, eu conseguia


sentir o cheiro de álcool.

Olhei para Adam e ele sorriu dando de ombros, ele não parecia bêbado.

- Cadê Adriana? -Enzo perguntou animado, ele parecia alegre até demais.

Olhei para Roberto que estava na cadeira e do lado dele estava o sofá onde
as gêmeas dormiam agarradas.

- Roberto, me diz que você não está porre -Júlia disse e ele negou.

- Estou bem, Júlia -ele disse e a esposa respirou aliviada, ela olhou para as
filhas indo até elas.

Victor e Safira se separaram e ela o segurou para ele não cair.

- Chegamos!

Ouvi a voz de Adriana e rápido seu corpo apareceu na sala de estar com
Sarah atrás dela.

- Que porra é essa aqui? -Adriana perguntou com os olhos arregalados.

- Despedida do Victor! -Enzo disse com as mãos para cima.

- Despedida? -Safira pergunta e encara o noivo.


- Não -ele disse e a abraçou.

- A culpa é do Enzo! -Carlos grita e Enzo o encara.

- Tua cara -ele disse e vi Adam ri baixo.

- Ei -o chamei e ele me encarou.

- Oi, princesa.

- Você está bem? -perguntei e ele confirmou.

Enzo andou até a esposa e a puxou pela mão tentando tirá-la da sala.

- Vamos subir, quero conversar com você -Enzo disse e Adriana levantou
uma sobrancelha.

- Com o meu corpo você quer dizer -ela o corrige.

- Que bom que entendeu -ele disse e os dois sumiram da nossa vista mas
claro que Adriana teve que gritar para nós.

- No primeiro minuto ele vai capotar! -ela grita e nós rimos.

- Você ainda quer casar comigo? -Victor perguntou abraçado com Safira,
franzo o cenho.

Olhei para os dois e ela passou a mão no cabelo dele.

- Infelizmente sim -ela disse rindo e ele riu também- Seu maluco.

- Vamos subir, adiantar nossa lua de mel -ele disse e olhou para Carlos-
Vamos só conversar, Sr. Mendoza.

Carlos levantou o polegar e colocou a testa cima da mesa fazendo um


barulho por causa dos copos de vidro, eu não deveria mas acabei rindo do
estado em que meu pai se encontrava, é a primeira vez que o vejo assim.
- Vamos, amor -Júlia disse e se aproxima das gêmeas- Me ajude a colocá-
las lá em cima.

Safira e Victor sairam da sala e logo depois foi Júlia e Roberto que sairam
com as meninas no colo, Sarah e eu andamos até Adam e Carlos que ainda
estavam sentados.

Minha mãe foi até o meu pai tentar convencê-lo a ir para cama, me
aproximei de Adam parando ao seu lado e ele se virou para alisar minha
barriga.

- Você não me atendeu -falei e ele me encarou.

- Seu pai não me deu um folga para falar com você, me desculpe -ele diz e
eu me inclino para beijá-lo rapidamente.

- Adam -Sarah o chama- Você me ajuda a colocar esse peso morta lá em


cima?

Ela apontou para Carlos que estava quase roncando.

- Claro -ele disse rindo e se levantou.

Olhei para a mesa e vi as cartas e vários bombons de iogurte espalhados em


pequenas porções em cada lado da mesa.

- Seu pai não nos deixou apostar dinheiro -Adam fala depois que me ver
encarando a mesa cheia de bombons.

- E Enzo deu um chilique dizendo que era injusto já que aparentemente sou
trilionário -Adam riu- Nem sabia que eu tinha tanto dinheiro assim.

Ele colocou um braço do meu pai no seu ombro e minha mãe fez o mesmo,
eles começaram a levá-lo para as escadas e eu limpei um pouco a mesa
comendo 2 bombons.

Ou...talvez 6.
Guardei as cartas e peguei uma sacola na cozinha, voltei colocando algumas
garrafas vazias dentro dela e comi outro bombom jogando as embalagens
no lixo.

Tinha tantas garrafas de cerveja aqui que daria para abastecer um bar.

- Rubi.

Olhei para trás e vi Adam me encarando enquanto eu mastigava meu sétimo


bombom.

- Oi -falei embolado.

- Vamos subir -ele diz e eu concordo.

- Me deixa só guardar esse garrafa de Whi...

- Vem logo, princesa. Você tem uma promessa para cumprir -ele me corta
dando um sorriso malicioso depois.

- Você é safado demais, alguém já te disse isso? -perguntei andando até ele
com a sacola na minha mão.

- Algumas vezes -ele diz e pega a sacola me repreendendo com um olhar.

- Não carregue muito peso.

Adam diz e começa andar para a cozinha comigo atrás dele.

- Nem está pesado, Venturelli -falei indo até a geladeira beber um pouco de
água.

- Sua família bebeu metade das cervejas desse País -ele fala colocando as
garrafas no chão perto da porta.

- Isso não foi nada.

Bebi um gole de água diretamente da garrafa.


- Porra! -diz incrédulo.

- Minha família é cachaceira -falei rindo.

Guardei a garrafa de volta na geladeira e andei até onde Adam estava,


coloquei minha mão no seu peito e suas mãos estavam apoiadas na bancada
preta onde ficava a pia.

- Talvez -ele disse e riu olhando para baixo.

- O que foi? -perguntei.

- Sua família é legal -ele diz e eu concordo.

- Acho que gostaram de você -digo.

- Espero que sim, apesar de falarem meu nome estranho -Adam diz e eu
acabo rindo.

- É por que você não sabe o quanto fica diferente quando fala português -
digo e ele ri baixo.

- Fico sexy, com certeza -ele disse e eu joguei a cabeça pro lado fazendo
uma careta.

- Diga que eu fico sexy -mandou- Agora.

- Não.

- Diz.

- Não.

- Certo -ele fala e coloca as mãos no rosto fingindo chorar, revirei os olhos-
Você nunca me amou, Rubi.

- Babaca -bati no seu peito e ele riu pegando nos meus pulsos me puxando
para um beijo calmo que foi ficando sedento depois.
Sua mão foi para a minha nuca e eu abracei seu tronco, Adam tinha um leve
gosto de Whisky e de bombom de iogurte.

Nos separamos mas não totalmente já que seu nariz roçava no meu e minha
testa colada na sua.

- Seu gosto está parecido com os bombons de iogurte -ele diz e eu sorrio-
Muito bom.

- Comi alguns -falei- Ainda bem que você não está bêbado.

- E perder minha noite com você? Nunca -ele me beijou novamente.

Adam me deu vários selinhos me fazendo rir como se fosse uma criança de
5 anos e rápido pegou na minha mão e juntos nós subimos as escadas.

(...)

- Acorda! Acorda! Acorda!

Senti um dedo cutucar meu rosto e abri os olhos contra a minha vontade, a
primeira coisa que vi foi Safira com o cabelo todo bagunçado e parecia com
energia de sobra.

- Safira! -gritei com ela e puxei o lençol para cima cobrindo meu rosto.

- Acorda! Hoje é o dia do meu casamento! Hoje é o dia do meu casamento!


-ela gritou e eu tirei o lençol do rosto.

Olhei pro lado e vi que Adam acordava meio confuso e provavelmente


puto.

- Eu sei disso, porra! Mas será que dá para você acordar outras pessoas? -
perguntei vendo Adam se mexer e o lençol acabou deixando de cobrir uma
parte muito importante do seu corpo.

- Ai meu Deus -falei e puxei o lençol de novo para cobri-lo.


Ele olhou para a minha mão e se cobriu de novo, deu um sorriso sem graça
para Safira que riu baixo.

- Vá acordar Sarah e depois você vai até Carlos -falei sugestiva e ela sorriu
contente.

- Sim! -ela juntou as mãos- Hoje é dia do meu casamento! -gritou essa frase
até sair do quarto e fechar a porta.

Safira acordou o Brasil inteiro somente gritando essa frase.

- Deus -falei olhando para cima.

- Ela parece entusiasmada -Adam disse colocando a mão no rosto.

- Parece que ela tomou 3 garrafas de energético isso sim -falei e tirei o
lençol do meu corpo me levantando.

Passei na frente do espelho e vi que usava apenas uma calcinha e meu


cabelo estava bagunçado, andei até o banheiro calmamente e tirei a única
peça tomando uma ducha demorada.

Passei sabonete líquido no corpo esfregando uma ducha nele todo, do


banheiro eu conseguia ouvi Safira gritando sobre o casamento dela no
quarto dos outros, sorri de lado.

Depois de minutos eu saio do boxer enrolada em uma toalha branca e meu


cabelo preso em um coque, escovei os dentes e saí do banheiro.

Adam ainda estava deitado na cama mexendo no celular, ele olhou para
mim e sorriu de lado.

- Espero que o vestido não seja tão decotado -ele disse e eu olhei para o
meu peito vendo uma marca.

- Adam -o recriminei abaixando a toalha na altura da cintura analisando


aquela marca roxa.

- Dylan e Lisa mandaram um beijo para você -ele disse e balançou o celular.
- Outro para eles.

Andei até o espelho e aquilo não estava muito bonito, peguei um pouco de
base e passei por cima até eu conseguir esconder, só veria quem tivesse
total visão dos meus seios.

Fui me trocar e percebi que Adam já estava tomando banho, escolhi um


short jeans claro e uma blusa verde de alça que não tinha nenhum tipo de
decote.

Antes de me vestir passei hidrante corporal no meu corpo todo, passei a


calcinha pelas minhas pernas e o short jeans veio logo em seguida.

Vi Adam sair do banheiro com a toalha na sua cintura, gotas de água caiam
do seu cabelo e o cheiro de sabonete vinha de todo lugar.

Ele andou até onde eu estava parando atrás de mim, eu via meu corpo
através do espelho e o seu rosto me fitando de cima a baixo.

- Você nunca esteve tão linda quanto está agora -sorri de lado.

Os braços de Adam me rodearam e suas mãos foram para a minha barriga,


ele beijou meu ombro e logo depois meu rosto.

Me virei de frente para ele e vi seus olhos percorrem meus seios e pararam
na marca, Adam passou o dedo por cima e me encarou logo depois.

- Você sabe que eu não me arrependo, não sabe?

- Eu sei -respondi- Vai ter volta.

- Vamos, temos um casamento para ir -ele disse e bateu na minha bunda


com força.

Adam me soltou e eu só esperei ele se virar para eu dar um tapa naquela


bunda perfeita dele, mas eu acabei dando com força demais fazendo seu
corpo ir para frente quase caindo na cama.

- Ai, Rubi! -ele disse massageando a mesma e eu só ria da sua cara de dor.
×××

Família pegou um porre mas passa bem rsrsrsrs. Comentários e


votinhos, poxa, eu amo ❤️

Falta pouco para o livro entrar na reta final, já comprei meus lencinhos
para tal evento.

75° capítulo

Rubi

- Ai meu Deus! Eu estou pirando!

Safira andava de um lado para o outro com o vestido de noiva já no seu


corpo, Adriana, Júlia, Sarah e uma amiga de Safira também estavam aqui.
Estávamos tentando acalmá-la mas sem muito sucesso.

- Mãe, mãe -Safira parou na frente de Sarah e agarrou suas mãos- Você viu
as flores? É um detalhe muito importante, caso não esteja resolvido vamos
ter que cancelar o casamento, droga! Cadê as flores?!

Minha mãe arregalou os olhos.

- Nem ferrando, dei muito duro nisso aqui para ficar perfeito e agora
alguém vai ter que casar, não me importa quem -Sarah diz e nós a
encaramos com uma sobrancelha erguida- Quer dizer, já está tudo certo,
minha filha.

- Se acalma -falei e Safira me encarou- Você o ama não o ama?

Ela acenou concordando.

- Como a praia ama a areia -ela diz e eu aperto os lábios reprimindo o


sorriso.

- Então pronto, se você o ama de verdade é o suficiente para você ficar


firme e se casar com ele -falei e ela balançou a cabeça concordando- Quer
ficar com quem você ama?

- Sim, você tem razão -ela disse e soltou as mãos de Sarah- Vai dar tudo
certo, não vai?

- Claro que vai, minha querida -Adriana disse e se aproximou de Safira a


abraçando de lado.
- Victor te ama e sei que ele está nervoso tanto quanto você está, faz parte -
Júlia disse e Safira sorriu de lado- Quem não enlouqueceu um pouquinho
antes de andar para o altar? Eu no dia do meu casamento quase arranco a
peruca do padre, mas deu tudo certo.

Minha irmã respirou fundo.

Me levantei da cama ajeitando meu vestido de madrinha, ficamos horas nos


arrumando para o casamento. Estou com um penteado para lá de elegante e
graças a Deus estou usando saltinho.

- Vamos? -a amiga de Safira pergunta animada.

- Vamos -respondeu respirando fundo.

Saímos do quarto mas antes eu olhei pela janela diretamente para o jardim
vendo tudo decorado com cores brancas e douradas, estava tudo muito
bonito.

No altar estava o padre e na sua direção tinha um longo tapete vermelho,


havia pessoas sentadas esperando a noiva entrar.

Victor estava falando com algum amigo que parecia tentar acalmá-lo
também.

Fui atrás das meninas que já tinham chegado no andar de baixo e estavam
na frente da porta que dava entrada no jardim.

Carlos estava entre elas e minha mãe estava brigando com ele para tirar o
óculos de sol do rosto.

- Carlos! Tira isso -ela diz e ele nega.

- Não posso, sou muito sensível ao sol -ele diz e Sarah cruza os braços.

- Sensível ao sol ou a ressaca?

- Por favor, Sarah! Tenho que levar minha filha ao altar -Carlos diz
desviando da conversa e oferece o braço a Safira.
- Você não vai tirar fotos usando isso -Sarah fala e meu repete o que ela
disse com uma voz irritante, ri baixo.

- Vamos para os nossos lugares -Adriana diz e nós concordamos.

Saímos de dentro da casa e fomos na direção de onde iria acontecer o


casamento, fui para o altar e fiquei no lado de onde Safira ficaria, do outro
lado estava Victor e o amigo que aparentemente era o padrinho, creio que
seja Vinicius o irmão dele.

- Ela já está vindo? -Victor me pergunta e eu aceno sorrindo.

Olhei para as pessoas e procurei por Adam que estava sentado na segunda
fileira do lado de onde eu estava, ele estava com o terno preto que o deixava
gostoso como sempre.

A fadinha estava conversando com as gêmeas que estavam uma em cada


lado, seus vestidinhos lilás eram lindos e combinavam com as tiaras na
cabeça.

Uma delas levou a mãozinha até o seu nariz e o apertou fazendo ele dar
uma risada baixa, as duas riem como se tivessem contado a piada do século.

Ouvimos a marcha nupcial tocar e todos se levantaram para ver a noiva,


Safira apareceu ao lado do meu pai e minha mãe estava do outro lado,
ambos a guiando depois que ela pediu para os dois a levarem até o altar.

Ela sorria tanto que era contagiante, olhei para Victor que não estava
diferente. Com tudo aquilo de casamento, vestidos, viver o resto da vida
juntos eu acabei chorando em silêncio.

Malditos hormônios.

Limpei uma lágrima vendo ela se aproximar encarando o futuro esposo que
estava quase soltando fogos, Victor usava um terno claro que tinha uma
túlipa no bolso do mesmo, era a flor preferida de Safira.

Minha irmã chegou no altar e me entregou o buquê de rosas brancas, Victor


estendeu a mão para ela depois de apertar a mão de Carlos e abraçar Sarah.
Os dois ficaram de frente um para o outro, aí meu Deus, eu preciso de um
lencinho.

- Estamos aqui hoje reunidos...

O padre começou a falar e todos se sentaram, ele começou a falar todas as


coisas necessárias em casamentos e eu só encarava minha irmã em um dos
dias mais importante da vida dela.

O padre continua com o processo até chegar nos votos e o primeiro a


começar foi Victor que pegou na mão de Safira.

- Meu amor -ele disse e apertou a mão dela de leve- Você sabe que eu amo
você mais do que tudo nessa vida, você me ensinou tantas coisas e me
ajudou a ser um homem melhor, escolhi você para ser a minha esposa,
minha amiga, minha amante, ser tudo para mim porque de fato você já é.
Não me vejo mais sem você, Safira. Eu amo todos os seus detalhes e todos
os defeitos que eu sinceramente não ligo para eles, eu só quero você comigo
para o resto da minha vida.

Lencinhos.

Lencinhos.

Lencinhos.

Todos fizeram um coro de "awn" e abracei o buquê vendo Safira abraçar


Victor com ela o apertando de volta.

Depois que se separam foi a vez de Safira dizer os votos.

Ela limpou uma lágrima e riu vendo Victor que também limpou uma
lágrima do próprio rosto.

- Victor -ela começa- Esse com certeza é o dia mais feliz da minha vida,
não só porque é o dia do nosso casamento, mas sim que agora terei você
para o resto dela -eles sorriram- Casamento é uma união, seremos apenas
um, é algo sério que você escolhe com quem quer dividir sua vida, com
quem quer acordar todas as manhãs e dividir segredos, problemas e coisas
boas, e eu sou a mulher mais sortuda por ter você na minha vida, por ter
escolhido você para ser essa pessoa, eu amo você Victor Torres.

Ouvimos alguns gritinhos e obviamente veio da minha família que


comemorava com as mãos para cima, ri baixo.

Safira e Victor trocaram as alianças depois que as gêmeas levaram até os


dois em diferentes caixinhas de anéis.

Repetiram o que o padre disse e as alianças já estavam no dedo de ambos.

- É com alegria que vos declaro marido e mulher -Safira e Victor se


encararam- Pode beijar a noiva.

E o casamento foi selado com um beijo demorado dos dois e logo depois o
barulho de aplausos surgiu.

Eles se separaram sorrindo um para o outro, olhei para Adam que já me


encarava com os olhos brilhantes, pisquei para ele que sorriu na minha
direção mordendo o lábio inferior.

(...)

Apertei o corpo de Adam contra o meu e ajeitei minha cabeça no seu ombro
enquanto nossos corpos se moviam devagar no ritmo da música.

Conseguia ver Safira dançando com Victor e Júlia dançando com Roberto.
Meu pai dançava com Adriana e Enzo com Sarah, eles acabaram de trocar
de par.

- Você está linda -Adam diz e eu coloquei meu queixo no seu peito para
encará-lo.

- Obrigada, você também está lindo -falei e ele me deu um selinho


demorado.

- Vamos sair daqui? -ele perguntou depois que nos afastamos.

- Agora?

- Sim, princesa. Agora -ele disse me apertando contra seu corpo.


- Para onde vamos?

- Você vai ver -ele disse pegando na minha mão para me puxar para fora da
pista de dança.

Andamos pelo jardim e pela primeira vez não gostei de usar saltinhos já que
os mesmos não estavam me ajudando a passar pelos mini matinhos que
tinham ali.

- Adam, meu sapato -falei e ele parou quando estávamos perto da entrada.

- Chegamos -ele disse e eu levantei uma sobrancelha.

- O que...

Ele levantou um dedo me calando e foi até um pano branco o puxando, uma
bicicleta com garupa foi liberada e eu pisquei várias vezes tentando
entender.

- Você sabe que eu vou perguntar então já pode me adiantar explicando -


falei e ele me encarou.

- Vamos passear -ele disse e eu concordei.

- Sim, certo. Eu entendi essa parte -falei colocando minha mão no meu
queixo.

Adam foi até a bicicleta e a pegou, ele a conduziu até sair da casa e eu fui
atrás dele meio incerta do que ele planejava.

- Venturelli, você não pretende realmente fazer isso, não é? -perguntei e ele
subiu na bicicleta.

- Sobe aí, princesa -ele piscou para mim.

- O que? Adam, nós vamos cair. E o meu vestido vai prender no raio disso e
nós dois vamos cair e lembra que eu estou grávida e só mais uma coisa -
fingi estar pensativa- Nós vamos cair...
- Para com isso e sobe logo -ele me corta, calmo até demais.

- Adam...

- Confia em mim?

- Eu não, enlouqueceu? -sorri vendo seu rosto irritado.

Mordi o lábio inferior nervosa e toquei na minha barriga alisando a mesma


meio pensativa.

- Amo vocês -falei e Adam riu da minha cara de preocupada.

Andei até a bicicleta e puxei meu vestido para cima sentando na garupa
com as mãos presas na sua cintura para me apoiar.

- Preparada?

- Não.

- Ótimo! Vamos nessa! -ele gritou animado.

Adam começou a pedalar e eu me segurei com força no seu quadril


enquanto eu segurava meu vestido com a outra mão.

Olhei para trás e vi que já estávamos nos distanciando da casa, algumas


pessoas na rua nos olhavam estranho vendo como ele guiava a bendita
bicicleta, eu apenas sorria sem graça.

Olhei para o céu e vi que o sol já estava quase se pondo, Adam começou a
pedalar mais rápido e eu dei um gritinho de susto quando ele deu uma
curva.

- Não vamos cair, Leticia! -ele disse rindo e eu bufei irritada- Jamais vou
deixar você cair.

Depois de longos minutos eu encostei minha cabeça nas suas costas e fechei
os olhos aproveitando o vento que batia no meu rosto, quando abri
novamente percebi que fomos parando e olhei em volta.
Eu conheço esse lugar.

- Chegamos -disse ele.

Desci da bicicleta e soltei o vestido deixando-o encostar no chão, meus


olhos foram diretamente para o banco que dava a melhor vista para o pôr do
sol do Rio de Janeiro.

- O que estamos fazendo aqui? -perguntei com um sorriso enorme.

Eu adoro esse lugar.

- Viemos ver o pôr do sol.

Adam diz e estende a mão para mim que a aceito e juntos caminhamos, o
lugar estava vazio e tinha apenas o banco e a árvore que ficava atrás dele o
cobrindo trazendo uma ligeira sombra, tinha um pouco de flores no chão
caídas da árvore.

Nos sentamos no banco depois que Adam tirou algumas flores que estavam
em cima dele, descansei as costas e fechei os olhos respirando fundo, esse
lugar sempre me trouxe paz.

- Como você sabia chegar até aqui? -perguntei sem encará-lo.

- Carlos e Safira me disseram como -ele diz e eu o encaro.

- Por que você quis vir até aqui?

- Sabe, princesa...

Adam se ajeitou no banco e me puxou para encostar meu corpo no dele, seu
braço pousou em volta do meu pescoço e eu coloquei minha cabeça no seu
ombro.

- Quando estávamos ouvindo os votos do casamento, eu percebi muita coisa


-olhei para frente vendo o sol quase se pondo.

- Por exemplo...
- Que sua irmã está certa, casamento é uma coisa séria...você escolhe com
quem quer dividir a sua vida, com quem quer acordar todas as manhãs e
compartilhar coisas boas e ruins.

Franzi o cenho.

- Que papo é esse, Tinker Bell? -perguntei, tirando minha cabeça do seu
ombro para encará-lo.

- Bom...eu já escolhi a minha pessoa -ele diz e olha para frente- A pessoa
com quem eu quero viver o resto da minha vida, a mesma que eu possa
compartilhar coisas boas ou ruins, e espero que ela não me mate quando eu
encher o apartamento com bolinhas para a cachorro dela.

Ai meu Deus!

- Acordar todas as manhãs ao lado dela e dizer o quanto ela é bonita -ele me
encarou- Principalmente quando me mostra as covinhas ao rir.

Minha boca estava ficando seca e meus dedos tremiam levemente com o
que estava por vir.

- É você, princesa. Eu quero você para o resto da minha vida. E você vai
casar comigo.

Levantei uma sobrancelha, ele sorriu de lado antes de tirar uma caixinha
azul do bolso. Prendi a respiração imediatamente, cacete. Ele vai mesmo
me pedir em casamento, cacete! Ok, ok, não vou surtar.

Ele se levantou ficando na minha frente e rapidamente se ajoelhou


segurando minha mão.

- Você vai me pedir em casamento? Você vai me pedir em casamento!! Ai


meu Deus, ai meu Deus! Espera, estou bonita nesse ângulo? -mexo meu
rosto e ele franze o cenho.

- Por que você quer saber o ângulo?


- Porque quando você lembrar disso, quero que lembre desse ângulo porque
eu vou estar linda nele -expliquei mexendo meu queixo até achar o ângulo
que me favorecia, Adam sorriu balançando a cabeça.

- Já posso pedir você em casamento ou você vai querer fazer hidratação no


cabelo primeiro? -ele diz e eu reviro os olhos.

- Me deixa curtir o momento, eu vou casar! -falei animada.

- Depois você curte, tenho que pedir primeiro, princesa.

- Certo, vai logo, vai logo -digo e ele ri baixo.

- Rubi Leticia, eu sou completamente apaixonado por você, acho que todo
mundo sabe disso -sorri- Você me pegou de jeito com essa mania de sempre
olhar para baixo quando me dá um sorrisinho meigo e seu péssimo hábito
de deixar seus sapatos jogados pela casa.

Seus olhos azuis estavam tão lindos, diferente de todas as outras vezes que
ele se declarava para mim. Eu podia sentir seu nervosismo mas também
podia sentir a felicidade que tinha na sua voz.

- Eu quero você para toda a minha vida, meu Deus. Só falar isso em voz
alta me deixa animado -Adam abriu a caixinha revelando o anel de noivado
que tinha uma grande pedra de diamante com duas pedras de Rubi ao lado.

- Você aceita se casar comigo, princesa?

Ele engoliu em seco parecendo nervoso ao extremo, sorri na sua direção.

Não tenho dúvidas.

- Sim, sim, sim, é óbvio que eu aceito! Adam! -coloquei minhas mãos no
seu rosto fazendo um biquinho aparecer- Você vai passar o resto da vida
comigo, seu cafajeste delícia.

Adam sorriu abertamente antes de vir para cima de mim e me dar um beijo
cheio de significados para nós dois, eu podia sentir seu coração batendo
contra meu peito e o abracei apertado com a felicidade corroendo todo o
meu corpo.

Adam se afastou apenas para me encher de beijos no rosto.

- Eu amo você -falei rindo vendo ele colocar o anel do meu dedo.

- Eu também amo você futura Senhora Venturelli -diz e me beija


novamente.

Eu o amo tanto! Não me arrependo de absolutamente nada do que


aconteceu entre nós dois, faria tudo de novo apenas para sentir novamente o
que estou sentindo agora.

Me sentia a mulher mais feliz do mundo quando ele se sentou ao meu lado
para assistirmos o final do pôr do sol e conversar sobre nossos filhos e
agora nosso casamento!

Adam vai ter que me aguentar para o resto da vida dele, e vice versa. Céus,
não vejo a hora!

×××

E eles estão noivos senhoras e senhores!

Ain, me lembro como se fosse ontem que eles estavam fazendo um


acordo para resistir um ao outro 😢😂🤭.

Próximo capítulo será o último dia no Brasil e logo vamos voltar para
Nova York, temos coisas pendentes por lá.

Com saudades da gangue e das nossas meninas?

Comente e vote, é super importante ❤️

76° capítulo

Rubi

Eu estou noiva!

Porra, não estou acreditando.

Adam colocou a bicicleta no lugar assim que chegamos em casa e agarrou


minha mão, entramos na casa indo para o jardim onde o casamento ainda
acontecia, mas agora tinha pouca gente.

- Deu certo? -Safira pergunta se aproximando de nós.

- Deu sim -Adam diz e eu mostro minha mão esquerda a ela.

- Graças a Deus -ela disse e agarrou minha mão focando no anel- Caramba,
olha o tamanho disso!

Sorri.

- Tamanho do que...ai meu Deus! -Adriana disse se aproximando e


agarrando minha mão também.

- Ele pediu? -Júlia perguntou parando ao lado de Adri- Uau! Minha nossa
senhora do diamante.

- Por que vocês estão agarrando a mão dela desse jeito? -Sarah pergunta
assim que ela e Carlos param ao lado de Adam.

- Eu pedi sua filha em casamento -Adam diz e ela coloca a mão no peito
surpresa.

- Menino do céu! Outro corajoso! Mulheres da nossa família são difíceis,


parabéns aos dois -minha mão disse e abraçou Adam rapidamente e veio me
dar um abraço.

As meninas soltaram minha mão e eu a abracei de volta.


- Obrigada, mãe -falei e ela alisou meu cabelo. Me senti mais próxima dela
naquele momento.

- Sejam felizes -ela disse se separando de mim e limpou uma lágrima


solitária que escorreu.

- Júlia -Roberto chegou- Não é querendo assustar você e nem nada, mas por
um acaso você viu Angelina?

- Não, você estava olhando as duas para eu apenas beber um copo de água -
Júlia diz e o marido sorri nervoso.

- Eu estava, Deus sabe que eu estava -ele apontou para cima.

Vi Enzo caminhando até nós com Angelina no colo e Alice no outro.

- Olha o que eu achei perdido ali -Enzo diz dando Angelina para Roberto.

- Bolo -Angelina diz e o pai sorri para ela.

- O que é isso aí no seu dedo? -Enzo perguntou me encarando e eu olho


para a minha mão- Caralho, chamem a rainha da Inglaterra, alguém
conseguiu uma jóia mais cara que as dela!

- Ele... -Roberto começa.

- Sim, eu pedi -Adam o corta dando um sorriso feliz.

- É lindo não é -Adriana diz e olha para Enzo que finge olhar para o céu
coçando o olho depois fingindo que tinha caído algo.

- Mamãe, sono -Alice disse e Júlia a pegou do colo de Enzo.

- Vamos subir, querida -Júlia disse para a filha que esfregava os olhinhos.

- Angenina -Ela disse meio embolado olhando para a irmã.

- Ela também vai, filha. Papai só vai dar um pedaço de bolo a ela, você não
quer? -Alice negou.
As duas foram para a casa e Roberto levou a filha para comer bolo, Enzo
estendeu a mão para Adriana e os dois foram até a pista de dança. Sarah
olhou para Carlos que ainda estava com o óculos de sol.

- Nem me olha assim, Sarah -ele disse e Safira riu.

- Me diz pelo menos que você tirou isso para bater as fotos -Safira pede e
ele concorda.

- Amor! -Victor chamou por Safira e ela pediu licença se afastando.

- Vamos comer bolo? -perguntei a Adam e ele concordou estendendo o


braço.

- Depois eu falo com voc...

Parei de falar quando eu vi Sarah tirando o óculos do rosto de Carlos e


correndo na direção oposta de onde ele estava, pisquei várias vezes vendo
meus pais voltarem para a infância quando ele correu atrás dela.

- Sarah! -Carlos gritou com ela que riu alto.

- Tudo bem então -falei e ouvi Adam rir olhando para os dois.

- Podemos comer o bolo no quarto? -Adam pergunta enquanto andávamos


na direção do bolo cortado.

- Pode ser -falei dando de ombros.

Pegamos as duas fatias de bolo e saímos do jardim indo para dentro da casa,
vimos algumas pessoas conversando na cozinha e sorri para elas as
cumprimentando.

Subimos as escadas e andamos normalmente até chegar na porta, eu estava


na frente de Adam e peguei na maçaneta para abrir a mesma mas sua mão
me impediu puxando a maçaneta de volta.

Meu corpo veio um pouco para trás e eu bati minhas costas no peito dele,
olhei para frente quando senti sua respiração se aproximar do meu pescoço.
- Você jura mesmo que vamos comer bolo? Que inocente a minha noiva é -
ele disse com um tom divertido.

- Alguém da relação tem que ser -digo- E já como você tem uma carinha de
safado...

O olhei por cima do ombro vendo ele passar a língua nos lábios, sorri de
lado na sua direção.

- Olha quem fala, você vive abusando de mim.

Adam me levou para dentro do quarto sorrindo na minha direção, ele tirou o
bolo da minha mão e deixou os dois pedaços em cima de uma cômoda.
Fechou a porta e a trancou girando a chave, ele se aproximou de mim
novamente me dando um beijo caloroso.

Sua língua brincou com a minha lentamente e suas mãos me puxaram para
ele, Adam foi soltando os botões de trás do meu vestido enquanto eu tirava
os sapatos com os pés, tirei o esquerdo e depois o direito com a ponta dos
seus dedos queimando na minha pele.

Ele parou de me beijar e me virou para terminar de abrir os botões, depois


que ele conseguiu seus dedos foram para o objeto que prendia meu cabelo e
o tirou para que caíssem nos meus ombros.

Levei minha mão para a alça do vestido e a abaixei lentamente enquanto me


virava de frente para ele de novo, abaixei a outra alça e o vestido caiu
revelando minha lingerie preta de renda.

Os olhos de Adam varreram meu corpo minuciosamente, suas pupilas


estavam dilatadas.

- Deus... -sussurrou me analisando.

Mordi o lábio inferior e me aproximei para beijá-lo, senti seu membro duro
dentro da calça social e levei minha mão até lá massageando lentamente.

Adam gemeu baixo e mordeu meu lábio inferior, ele tirou minha mão do
seu membro apenas para me carregar e me levar até a cama onde ele me
colocou com cuidado.

Tirei meu sutiã vendo ele tirar o terno e logo depois a blusa social e os
sapatos, Adam abriu o botão da calça social atraindo meu olhar.

Ele veio na minha direção se posicionando no meio das minhas pernas.

Adam beijou meu pescoço indo até os meus seios que estavam ficando
maiores, ele mordiscou os mamilos que estavam rígidos e eu gemi baixo
quando Adam se impulsionou para frente roçando nossos sexos.

Adam tirou minha calcinha e logo sua boca deixou um beijo quente na
minha barriga e o nariz foi roçando até chegar no centro onde ele deu outro
beijo, mas agora no meu clitóris.

Cravei minhas unhas na minha mão tentando não fazer tanto barulho já que
há pessoas aqui em cima.

Adam parou de me beijar colocando minhas pernas na sua cintura e abaixou


um pouco a calça e a cueca.

Ele guiou a ereção e ainda me olhou antes de me penetrou com força, meu
corpo arqueia enquanto eu sentia seu olhar no meu rosto analisando minhas
expressões. Adam saia e entrava dentro de mim de uma forma mais lenta e
gostosa, como se eu pudesse senti-lo completamente.

Era alucinante.

Seus braços descansavam ao redor da minha cabeça enquanto ele se


enterrava em mim, levei minhas mãos para a sua costa e fui descendo até
chegar na sua bunda onde eu a apertei de leve fazendo ele dar um meio
sorriso.

- Adam... -gemi seu nome e ele beijou meu pescoço novamente.

- Princesa...

Ele gemeu no meu ouvido e eu apertei minhas pernas na sua cintura


sentindo o prazer que Adam me dá. Tudo parecia mais intenso, mesmo que
o sexo não seja selvagem ou forte, ele era calmo e prazeroso ao
extremo...era diferente do que sempre fazíamos.

Adam tirou minhas mãos do seu corpo as levando até a cama e seus dedos
subiram pelo meu braço até se cruzarem com os meus dedos.

- Eu amo você -ele disse baixo, quase inaudível.

Sorri e apertei meus dedos nos seus sentindo ele fazer o mesmo, eu
conseguia perceber facilmente o quanto Adam e eu estávamos nos
comunicando não por palavras mas nossos corpos falam por si só. Eu gostei
muito daquilo.

Mexi meus quadris um pouco e com mais algumas estocadas eu gozei


mordendo os lábios e fechando os olhos com força.

Adam se movimentou mais um pouco e chegou no seu ápice gemendo


rouco, ele foi parando lentamente e colocou as mãos na minha cabeça sem
se retirar de dentro de mim.

Prendi minhas pernas na sua cintura com mais força e o encarei sorrindo
pequeno, seus olhos passearam pelo meu rosto sem ele dizer nada.

- Isso foi muito bom -falei alisando suas costas.

- Vamos casar assim que voltarmos para Nova York? -pergunta.

- Como?

- Casar logo, princesa.

- Adam, não faz nem 12 horas que você me pediu em casamento -falei e ele
deu de ombros- Meu Deus, homem.

- Vamos nos casar do mesmo jeito, por que não logo? -perguntou mexendo
no meu cabelo.

- Por que...

Ele ficou me encarando ansiando pela resposta mas naquele momento eu


não conseguir pensar em nada plausível, Adam estava dentro de mim
mexendo no meu cabelo enquanto eu me recuperava do sexo que acabamos
de fazer...eu não sabia nem quantos anos eu tinha nessa hora.

- Podemos conversar sobre isso depois? -perguntei e ele olhou para os


lençóis da cama acenando.

- Claro -ele disse e se retirou de mim deitando-se ao meu lado.

Olhei para cima colocando minhas mãos em cima da minha barriga, Adam
ajeitava a cueca e rapidamente puxou a calça a abotoando novamente.

- Você está bem? -perguntei sem encará-lo.

- Sim, princesa.

Olhei para ele e o mesmo me encarava com um sorriso de canto.

- Você sabe que eu quero me casar com você -falei e ele concordou- Mas
vamos primeiro voltar para Nova York, talvez ter os trigêmeos primeiro...

Ele me encarou rapidamente.

- Ter os trigêmeos primeiro? -pergunta e eu aceno.

- Você não quer?

- Não, eu quero me casar com você com os meus filhos aí dentro -diz sério.

- Mas...

- Por que não?

- Não sei, Adam. Eu ainda não tinha pensado nisso, mas eu gostaria de
planejar o casamento -falei séria e ele olhou para cima desviando do meu
olhar.

- É, tudo bem -diz e se levanta com uma expressão meio triste- Vou beber
um pouco de água.
Adam começa a vestir a blusa social e assim que termina sai do quarto, me
apoiei nos cotovelos olhando para os lados. Droga.

Respirei fundo e me levantei indo até o banheiro, eu não estava mais com
vontade de continuar no casamento agora. Me sentia cansada o suficiente
para dormir a noite inteira.

Prendi meu cabelo em um coque e tomei uma ducha refrescante, fiquei


alguns minutos dentro do banheiro até sair dele e voltar para o quarto com a
toalha em volta do meu corpo.

Adam ainda não tinha voltado para o quarto quando eu comecei a vestir
meu pijama confortável, passei hidratante na pele e me joguei na cama.

A porta foi aberta e vi ele passar por ela rindo para a pessoa que estava do
lado de fora.

- Nos vemos amanhã -ele diz com um sorriso.

- Até amanhã, rapaz. Cuide da minha sobrinha -era a voz de Enzo.

A porta se fechou e seus olhos se encontraram com os meus rapidamente,


Adam suspirou e andou até a cama se sentando nela de costas para mim.

- Falei a todos que íamos descansar -ele diz desabotoando a blusa social
novamente.

- Adam...

- Você está certa, vamos fazer isso direito. Quero programar o nosso
casamento e fazer tudo certo, só vamos casar uma vez -ele diz e me encara.

Estendi minha mão a ele que a pegou, o puxei para se deitar no meu peito
mas ele se direcionou para ficar mais próximo da minha barriga.

- Mas eu ainda quero me casar com os meus filhos aqui dentro -ele alisava
minha barriga que já estava ficando ondulada- Podemos fazer isso?

- Podemos -cedi a ele, como ele cedeu sobre eu querer planejar nosso
casamento.
- Ok, não quero brigar com você.

- Não brigamos -massageio seu cabelo- Só tínhamos opiniões diferentes e


conversamos para chegar em um consenso para nós dois, é isso que
significa ser adulto, querido.

Adam me encarou e eu sorri para ele vendo ele se aproximar me dando um


selinho demorado.

- Vou atrás de uma obstetra que me dê um remédio para o seu deboche, ele
parece ter ficado mais elevado com essa gravidez -ele me beijou uma última
vez me fazendo rir.

Nos ajeitamos e eu me virei o deixando me abraçar por trás, seu braço me


puxou e eu afastei meu cabelo sentindo Adam beijar meu pescoço.

- Vamos dormir, princesa. Amanhã voltamos para Nova York.

Apenas assenti e fechei os olhos lentamente, Adam fez carinho no meu


cabelo até eu pegar no sono de vez.

×××

O que acharam do capítulo?

Até depois, babys ❤️

77° capítulo

Chegou?

Rsrsrsrs ❤️

Rubi

Minhas mãos estavam pressionadas na vitrine de vidro enquanto eu estava


quase babando por um pão de queijo delicioso que estava chamando por
mim.

As pessoas poderiam me comparar com um cachorro agora, e eu nem me


importaria porque isso aqui parecia delicioso!

Isso também me lembrou Mops, estou morrendo de saudades do meu


primeiro filho.

Ouvi alguém se aproximar e parar ao meu lado, virei minha cabeça vendo
Adam com os braços cruzados me dando um olhar divertido.

Sorri para ele.

Adam chamou o moço que estava responsável por essas delícias e pediu um
para mim.

- Só um? -Adam pergunta e eu nego, só um...que iludido, ele percebe e


volta a encarar o moço.

- Vou querer 8 -Adam pede, ri baixo.

Me ajeitei ficando de frente para Adam que abraçou minha cintura e beijou
minha testa.

Descansei minha cabeça no seu peito e vi as pessoas andando com malas


nas mãos e puxando as de rodinhas com a outra.

Estávamos no aeroporto a uns 10 minutos, Carlos foi resolver algo no seu


jato e já ia voltar para seguirmos para Nova York sem problemas.
Safira e Victor também estavam aqui, eles conversavam com minha mãe
que veio conosco para se despedir, me despedi de todos essa manhã e
prometi que voltaria mais vezes, alguns choraram e outros fingiram não
querer chorar.

Adriana e Júlia não são boas atrizes.

- Aqui está.

Ouvimos a voz do moço e eu me afastei de Adam que pegou a sacolinha


branca da mão do homem e pagou em seguida.

Ele me deu uma sacolinha e eu sorri contente, quase dou piruetas de


felicidade.

Andamos de volta para onde os outros estavam com a mão de Adam nas
minhas costas me guiando enquanto eu mexia na sacolinha branca tirando
um pão de queijo de dentro.

Chegamos até eles que encaram minha mão, Safira e Victor riram e Sarah
levantou uma sobrancelha.

- Nós acabamos de tomar café, criatura -Safira diz e se aproxima para tocar
na minha barriga- Vocês são muito comilões.

Sorri para ela que sorriu de volta.

- Vocês vão voltar quando? -Sarah perguntou a Victor.

Minha irmã já estava saindo para a lua de mel, ambos tiraram folga do
trabalho por alguns dias para tal evento.

- Daqui uma semana -Victor responde.

- Para onde vamos? -Safira perguntou a ele que sorriu.

- Não irei dizer a você até chegarmos lá -diz e ela bufou irritada.

- Nem se eu pedir com jeitinho para você dentro do avião -ela diz se
aproximando dele alisando seus braços com um olhar sedutor, pisquei um
par de vezes.

- Você pode tentar -ele diz malicioso e ela sorri mordendo o lábio inferior.

Olhei para Adam que estava com uma sobrancelha levantada e me encarou
em seguida segurando o riso, ele me puxou colocando a mão na minha
cintura e eu ri mordendo meu pão de queijo. Pessoas apaixonadas às vezes
vivem em uma bolha, gosto dessa sensação.

- Oh, garota -Sarah chama atenção de Safira- Depois você pede com
jeitinho, agora, ligue para Carlos que ele está demorando demais.

Safira tirou o celular do bolso e digitou algumas vezes se afastando para


falar ao celular.

- Aonde você vai levá-la? -perguntei a Victor.

- Maldivas e depois vamos passar alguns dias nas praias de Fernando de


Noronha.

Olhei para Safira que gesticulava com a mão.

- Ela vai adorar -falei e ele sorriu encarando a esposa.

- Espero que sim -Victor diz vendo minha irmã voltar para onde estávamos.

- Papi está falando com o piloto, ele já está vindo -acenei.

Senti meu celular vibrar e o tirei do bolso de trás da calça jeans, vi


mensagens no grupo que tenho com as meninas, elas desejavam boa
viagem. Respondi mandando uma foto minha no aeroporto e elas mandaram
emojis de coração me fazendo sorrir de lado.

"Uma mulher gata dessas, se Adam não ficasse com ela eu ficaria" -digitou
Emily.

"A grávida que eu gosto" -Diz Lisa me fazendo rir.


"Só queria ter essa beleza" -Susie diz e manda um emoji chorando e depois
outro rindo.

"Vocês são demais, nos vemos depois?" -mandei.

" Claro, vamos pegar vocês dois no aeroporto" -diz Susie e as outras
concordam.

Mandei uma última mensagem e guardei o celular de volta no bolso, de


longe eu vi meu pai caminhando até onde estávamos.

- Já está tudo certo -Carlos diz parando ao lado de Sarah.

- Ótimo -ela diz e sorri pequeno.

Safira deu um abraço apertado em Carlos que retribuiu beijando o topo da


sua cabeça em seguida.

- Vá com Deus, se cuide -ele diz e Safira beija seu rosto.

Começamos a nos despedir e eu respirei fundo, odeio despedidas.

- Tchau cópia falsificada -Safira diz parando na minha frente- Obrigada por
ter vindo, me liga qualquer coisa, não exite.

A abracei forte enquanto ela alisava meu cabelo.

- Eu te amo -falei e ela sorriu.

- Eu também te amo, maninha -ela diz e nós nos afastamos.

Safira apertou minha mão e foi se despedir de Adam, Victor veio até mim
me abraçando.

- A presença de vocês foi importante, obrigado por terem vindo e espero


que possamos nos reunir assim novamente -Victor diz para mim e para
Adam.

- Também espero -Adam disse e o abraçou de lado.


Sarah caminhou até mim com os olhos já cheios de lágrimas.

- Odeio despedidas -ela disse abanando o próprio rosto.

A abracei sentindo ela beijar o topo da minha cabeça.

- Vá com Deus minha filha, se cuide e tome conta dos meus três netos.
Eu...espero que possamos superar nossas desavenças por completo, eu te
amo tanto, tanto, mas tanto -ela disse me apertando, senti uma lágrima
escorrer do meu rosto, meu peito parecia aliviado.

- Eu também, mãe -falei e beijei seu rosto- Vou esperar todos vocês no
casamento.

Eles sorriram.

Me afastei dela voltando para onde Adam estava, ele se despediu da minha
mãe e rapidamente vimos Safira e Victor irem embora puxando as malas.

Ele a abraçou de lado fazendo ela soltar um sorriso estonteante a ele.

- Vamos? -Carlos pergunta.

- Vamos -falei e Adam pegou nossas malas dividindo com Carlos.

- Tchau, mãe -falei e ela balançou a mão de uma lado para o outro.

Nós três andamos na direção oposta de onde ela estava, olhei para o chão
enquanto andávamos e suspirei.

- Você está bem? -ouvi a voz de Adam.

- Sim -falei o encarando.

- Vai ficar tudo bem, princesa -ele disse e me deu um sorriso meigo.

Esse sorriso aqueceu meu coração.


Passamos pela entrada privativa e minutos depois entramos no avião do
meu pai, eles deram as malas para um homem e eu me sentei na cadeira me
acomodando.

(...)

- Mi hija.

Senti alguém me cutucar e abri os olhos vendo meu pai na minha frente
com um sorriso pequeno.

- Já vamos pousar, é melhor vocês dois se sentarem na cadeira.

Olhei para o lado e vi Adam dormindo, depois de algumas horas de viagem


eu vim dormir um pouco e Adam veio para ficar comigo até eu dormir, mas
acabou que ele dormiu também.

- Nós já vamos -falei e meu pai acenou.

Carlos saiu do quarto e eu passei a mão no rosto, me sentei na cama e


prendi meu cabelo com uma liga preta que estava no meu bolso da frente.

Olhei para trás e o loiro dormia tranquilamente, me deu até pena de acordá-
lo.

Me levantei da cama dando a volta e parando ao seu lado, me ajoelhei


ficando a sua altura e sorri vendo o quanto ele fica lindo de qualquer jeito.

Passei meu dedo indicador no seu rosto e me inclinei deixando um selinho


demorado nos seus lábios macios. Adam se mexeu um pouco e eu parei de
beijá-lo, ele abriu os olhos lentamente e sorriu de lado quando me viu.

- Se aproveitando de mim, princesa? Que isso...tira minhas roupas primeiro.

Ri alto.

- Sempre que posso eu tiro uma casquinha.

Suas mãos me puxaram para cima e eu me deitei em cima dele, Adam


colocou os braços em volta do meu corpo enquanto minha cabeça estava no
seu peito que era coberto por uma camisa lisa da cor cinza.

- Já vamos pousar -digo e ele concorda.

Adam mexeu no meu cabelo e eu virei minha cabeça para encará-lo.

- Vou marcar minha consulta para saber o sexo dos bebês -falei e ele parou
de mexer no meu cabelo.

- Já consegue saber?

- Creio que sim, irei ver isso amanhã -falei e ele sorriu me dando um
selinho rápido.

- Vamos -digo.

Me levantei da cama e ele fez o mesmo, saímos do quarto com Adam


passando a mão no seu cabelo.

Vimos Carlos sentado na poltrona bebendo um copo de água e olhando as


nuvens, chegamos nos assentos e Adam passou o cinto pela minha cintura,
eu nunca consigo colocar isso.

- Querem beber algo? -Carlos perguntou nos encarando.

- Não -Adam e eu falamos ao mesmo tempo.

Carlos olhou para as nuvens pensativo, meu pai só fica assim quando está
em uma batalha interna ou quando está com saudades de alguém.

- O que houve, papi? -perguntei.

Ele olhou para mim e depois para o copo em sua mão.

- Estou com saudades de Maria -ele disse meio triste e Adam parou de
colocar seu cinto para encará-lo- Eu acho que vou me mudar para a França,
droga.

- Ligue para ela quando pousarmos e converse -digo e ele suspira.


- Eu queria que ela viesse morar comigo, eu queria ficar perto dela a todo
momento -ele disse e eu encarei Adam sem saber o que dizer- Sou mesmo
apaixonado por ela, não sou?

- É sim -Adam respondo- Sou assim também.

- Ela ainda está na França? -pergunto e Carlos confirma.

- Vá até ela, Carlos. Se vocês se amam de verdade vão ficar juntos, mostre
o quanto você se importa e o quanto está disposto para que possa dar certo -
Adam diz.

Nesse momento, eu percebi o quanto Adam amadureceu ao decorrer desses


meses. Nunca imaginaria que o Adam de antigamente diria uma coisa
dessas, ele diria "Aproveite um pouco e se divirta, depois você pensa nessas
coisas de amor".

- Você está certo -Carlos diz e entrega o copo a mulher que veio recolher o
mesmo.

- Ela também deve sentir sua falta, papi. Acho que não é tão fácil para ela
também.

Carlos ficou mais pensativo ainda e ouvimos a voz do piloto dizendo que
íamos pousar, o avião se inclinou e eu olhei para a janela vendo as luzes que
iluminavam a cidade, a lua estava cheia e tinham várias estrelas no céu.

O avião chegou na pista e foi parando devagar até pararmos por completo,
voltamos para casa.

O piloto falou mais algumas vezes e eu consegui tirar aquele cinto vendo os
dois fazerem o mesmo.

Nos levantamos e em questão de minutos saímos do avião um atrás do


outro, Carlos foi na nossa frente carregando sua mala e mexendo no celular.

Adam carregava nossas malas pequenas e eu vinha na sua frente.

- Rubi -ele diz e eu me viro para encará-lo.


- Oi.

- Nem usamos os protetores -ele diz rindo e eu rapidamente me lembrei da


nossa discussão sobre protetores solares.

- É verdade -falei rindo- Na próxima nós usamos.

- E nós vamos levar 15-ele diz sério e eu concordo, vou deixar ele pensar
isso tadinho.

Já dentro do aeroporto nós passamos por um grande corredor e a primeira


coisa que vi foi meu pai parar de andar e olhar para frente com a expressão
surpresa.

- Papi -o chamei vendo um sorriso imenso aparecer no seu rosto.

Olhei para frente e vi o motivo dele, Maria estava de pé o encarando com as


mãos na frente do corpo, ela parecia nervosa olhando em volta procurando
por ele.

Carlos sem pensar duas vezes correu até onde ela estava e ela fez o mesmo
quando conseguiu visualizá-lo, os dois se abraçaram apertado se
distanciando apenas para se dar vários selinhos.

Ri baixo e olhei para Adam que fingiu limpar uma lágrima.

- Você não cansa de fazer isso? -pergunto e ele negou fingindo limpar outra.

Olhei para frente e do lado direito do corredor eu vi um braço tatuado mas


rapidamente o tirou dali.

Continuamos andando para sair do corredor, mas assim que saímos eu ouvi
um barulho de grito na nossa direção e mãos fingirem atacar o loiro do meu
lado que deu um grito de susto com uma voz meio...fina.

Adam se assustou tanto que quase cai no chão.

Eu poderia ter impedido isso...mas aí não teria graça.


- Puta que pariu!

Olhei para frente vendo Peter rir igual uma hiena, ele olhava para o meu
noivo que estava pálido com a mão no peito.

- Que grito foi esse, Tinker? -Peter perguntou rindo sem parar.

- Eu vou te matar, Pan -Adam disse irritado deixando as malas no chão.

Peter parou de rir lentamente e olhou para as mãos de Adam que estavam se
formando em um punho.

- Eu devo correr agora? -Peter perguntou para mim.

- Você ainda está aí?

Peter colocou a mão na cintura.

- Ah qual é, você não vai me...

Peter não terminou de falar porque começou a correr quando Adam


avançou sobre ele, ri alto vendo os dois correrem pelo aeroporto...espero
que não nos expulsem.

- Ei!

Ouvi a voz de Lisa e vi Susie e Emy se aproximando com ela.

- Ei! -as abracei.

- Como vocês estão? -perguntei feliz por vê-las, estava morrendo de


saudade.

- Nós estamos bem, agora deixa a gente ver -Emily disse e eu franzi o
cenho.

- Sua mão! -Susie disse animada.

- Vocês sabiam? -perguntei com os olhos semicerrados.


- Adam contou para os meninos e Dylan me contou e eu contei para as
meninas -Lisa disse e elas concordaram.

Que filhas da mãe fofoqueiras.

- Deixa a gente ver, Mendoza! -Emily quase grita.

Mostrei o anel para elas que o admiravam por várias segundos.

- Oh, ainda tem Rubi -Susie disse toda meiga- Que lindo.

- Isso foi fofo -Emy diz apontando para o meu dedo.

- Tinker se supera -Lisa disse rindo e nós rimos também.

- Onde estão os meninos? -perguntei.

- Ah, eles estavam atrás da gente -Lisa disse e nós quatro olhamos para o
lado quando ouvimos a voz de Dylan.

- Adam! -Dylan gritou com Adam que estava correndo atrás de Peter.

- Alguém segura essa Fada! -Peter gritou e nós quatro rimos baixo.

- Ta ok, já chega -Nathaniel disse agarrando Adam pelo braço e o puxando


para trás assim que os dois passaram por ele- Está todo mundo olhando para
nós.

Nate mandou Adam para Dylan que o segurou e Peter voltou ofegante para
onde Nate estava.

- E aí cara? -Dylan disse para Adam que sorriu para ele.

- E aí, maninho? -Adam o abraçou dando dois tapinhas nas suas costas.

- Está vendo, Peter? É assim que se recebe as pessoas no aeroporto -Adam


disse olhando para Peter que segurou o riso.

- Esse jeito é chato -Peter disse e Adam mostra o dedo do meio para ele.
- Enfia isso no seu...

Adam finge ir para cima de Peter e o mesmo fica atrás de Nathaniel.

- Ai meu Deus, bate nele, Nate -Peter diz e Nate o empurra pro lado.

- Babaca -Adam diz e os três riram juntos.

- Você é o mais babaca de todos nós -Dylan disse e Adam não contestou.

- Foda-se.

Peter e Nate riram.

- Você vai me dar um abraço agora? -Peter pergunta e Adam cruza os


braços olhando para o lado.

- Ah qual é, você não vai dar um abraço no seu melhor amigo? Ele sentiu
sua falta -Peter diz se aproximando com um biquinho.

- Não, Peter. Saí, estou magoado com você -Adam colocou a mão na boca.

Que porra é essa?

Peter parou na frente de Adam e o abraçou, o loiro nem se moveu com a


expressão séria.

- Não fique magoado com ele -Dylan disse e Adam deu um soluço falso.

- Você é a fadinha dele, não é Peter Pan? -Nate pergunta e Peter balança a
cabeça concordando ainda abraçado com ele.

- Certo, tudo bem -Adam diz a contragosto.

- Ah, ele me perdoou!

Os três comemoraram e foram para cima de Adam e se abraçaram, olhei


para as meninas que estavam assistindo a cena com a boca entreaberta.
Na verdade, acho que todos que estavam passando ali pararam para assistir
o show gratuito.

Eles se separaram rindo e eu olhei para Adam, aquele sorriso não era o
verdadeiro...era o falso. Perdoou o Pan ainda não.

- Ai caralho!

Peter reclamou quando Adam deu um soco forte no seu braço que o fez ir
para frente e agora está massageando o lugar.

- Agora eu te perdoo -Adam diz e Dylan ri vendo Nate balançar a cabeça


sorrindo.

Esses quatros são um verdadeiro desafio juntos.

- Bom, já que você quase mata o Adam de susto e Adam quase mata você,
vamos comemorar agora? -Nate pergunta os encarando.

- Você a pediu? -Dylan pergunta e Adam acena com um sorriso de lado.

Os quatro se entreolharam e me olharam em seguida, acenei para eles que


acenaram de volta.

- Vamos comemorar, cunhada? -Dylan pergunta alto.

- Estamos prontas! -gritei de volta e as meninas levantaram o polegar.

Eles voltaram a conversar e eu voltei a falar com as meninas, falei com


Danny enquanto alisava a barriga de Lisa.

As meninas falaram com trigêmeos depois me fazendo dar algumas


gargalhadas das coisas malucas que elas diziam.

Procurei por Carlos e o vi conversando com Maria, ele se virou para me


encarar e acenou dizendo que iria embora, eu apenas concordei vendo seus
olhos brilhantes por conta da nova namorada.

- Vamos para o meu apartamento, essa correria toda me deu vontade de


beber -Dylan diz para os outros que se aproximavam da gente.
- Festa na casa do Dylan -Adam gritou com as mãos para cima.

- Até as 23:00 da noite -Lisa adverte com as mãos apoiadas na barriga.

- Até as 23:00 da noite -Adam grita levantando as mãos para cima


novamente.

Rimos e começamos a andar para fora do aeroporto, Peter pegou nossas


malas e fomos conversando até o estacionamento.

Senti falta de todos eles.

×××

E nós estamos de volta!

Vote e comente, por favor!

Façam isso por mim égua 😭

Dicionário:

Égua: uma gíria que serve para tudo (Surpresa, aborrecimento,


chateação, sustos e tudo mais...) Preparem a lupa de detetive.

Tchau, babys ❤️.

78° capítulo

Rubi

- Você poderia falar mais baixo por favor? Já estou ficando irritada!

Eu andava nas ruas tentando manter meu autocontrole, passei o celular para
a outra mão e levei até o ouvido.

- Adam! Cala a boca, deixa eu falar! -gritei de novo.

Apertei a alça da bolsa e parei fechando os olhos, já fazem dois dias desde
que voltamos do Brasil e está manhã eu fui coletar sangue para fazer o
exame de sexagem fetal que irá dizer o sexo dos meus bebês.

Abri os olhos vendo as árvores balançando e as buzinas reinando no trânsito


conturbado, eram apenas 10:30 da manhã e Adam estava brigando comigo
porque eu fui coletar sangue sem ele.

- Amor da minha vida, preste atenção na mamãe aqui -falei e ele ficou
silêncio.

Graças a Deus.

- Era só uma coleta de sangue, não era o meu parto -digo e ele bufa irritado.

- Você deveria pelo menos me avisar -disse baixo e eu tirei o celular do


ouvido olhando para cima pedindo ajuda.

- Eu avisei você! Duas vezes! -falei e continuei a andar.

- Mesmo assim, princesa -diz- Vou colocar câmeras na sua sala para ver
quando você entrar ou sair.

- Você só está me provando que é um psicopata -falo- Se fizer isso, eu vou


passar cola quente nos seus dedos, babaca.

Ouvi ele rir.


- Só quero acompanhar sua gravidez, desculpe se estou virando um protetor
louco...só quero que vocês fiquem bem.

Protetor louco? Bom...Adam Venturelli está me enlouquecendo com todo o


cuidado dele, ele quer se mudar daquela fortaleza para um apartamento
onde tenha elevador dentro do próprio para eu não subir escadas, quer
colocar plástico bolha nas quinas dos móveis para eu não bater o dedinho,
ele quer que eu saia na rua toda empacotada para não pegar muito sol, ele
quer que eu ande com um aparelho que vai apitar no celular dele caso algo
aconteça comigo, e ele quer me ajudar a fazer xixi!

Eu sei como fazer xixi!

- Eu sei, estamos bem -digo colocando a mão na minha barriga.

- Certo, vamos almoçar depois?

- Pode contar comigo -falei rindo- Vamos em um restaurante perto de casa,


será melhor -ele concorda.

- Até depois meu balão de passeio.

- Vai se foder, Adam.

Desliguei ouvindo sua risada e revirei os olhos. Olhei para baixo me propria
analisando, eu ainda não pareço um balão de passeio...eu acho.

Guardei o celular na bolsa e como estava distraída acabei batendo em uma


pessoa me fazendo resmungar. Automaticamente coloquei a mão na minha
barriga vendo se estava tudo bem e firmei os pés do chão com mais força.

- Ora.

Olhei para cima ainda meio ofegante.

- Tenha mais cuidado, Mendoza.

Melinda estava me olhando nos olhos quando disse isso, mas seus olhos
desceram lentamente para as minhas mãos que estavam apoiadas na barriga.

Ela franziu o cenho e olhou nos olhos novamente.

- Então é verdade?

Ela estava com uma aparência desgastada, como se não dormisse ou se


alimentasse direito a dias.

- Você está realmente grávida -ela olhou para a minha barriga de novo.

- O que você quer? -perguntei me recompondo.

- É dele?

- Eu não sei o que você quer Melinda, mas...

- É claro que é dele.

Ela levou a mão para a cabeça e riu falsamente.

- Você é ridícula -ela disse quando parou de rir, franzo o cenho.

Suspirei, não se estressa Rubi. Isso não faz bem para os bebês.

- Está dando o golpe da barriga nele, não é? Quer segurá-lo por que você é
patética demais para ter um homem que ame você de verdade.

- Do que você está falando, maluca? Eu não estou dando golpe em


ninguém, Adam está comigo agora...aceite isso e vá viver sua vida, não
tenho tempo para você.

Movi minhas pernas e passei por ela, mas sua mão agarrou meu braço,
Melinda me puxou para falar ao meu ouvido e eu fechei a expressão ficando
irritada.

- Eles podem ter salvado você uma vez, mas não irão salvar de novo.

Franzi o cenho.

Melinda me soltou e eu a encarei, eles? O que isso significa?


- Como assim?

Ela riu de novo.

- Você é tão burra, não é toa que levou a empresa do seu querido papi a
falência -ela disse com uma voz de pena- Será ótimo derrubar sua vidinha
perfeita mais uma...

- Melinda!

Ouvimos uma voz masculina chamar por ela e eu olhei para trás vendo um
homem a encarar o irritado.

Ele não me era estranho.

- Você é inacreditável -ele disse e andou até ela.

- Eu disse para você não vir atrás de mim -ela diz baixo quando ele pega no
seu braço.

- Você não vai fazer isso, eu não vou deixar -ele também diz baixo.

Olhei para o homem da cabeça aos pés e abracei meu corpo quando o
reconheci da cafeteria, era o mesmo homem que Josh e eu vimos alguns
dias antes de eu viajar para o Brasil.

Eu lembro dele estar todo suado, usando roupas de academia e seu


comportamento estranho assim que me viu.

A pergunta que estou me fazendo agora...por que eu não percebi que ele era
tão parecido com o meu ex noivo, Julian?

- Vamos embora -ele disse e a puxou pelo braço.

Ambos saíram dali me deixando sozinha com mil pensamentos na cabeça.


Não irão me salvar novamente?

Os únicos que me salvaram foram os Venturelli, me ajudaram a sair da lama


e dar continuidade ao meu trabalho e do meu pai.

A minha quase falência...ela não pode ter sido causada por Melinda, ou
pode?

Melinda West não era uma pessoa ruim, ela sempre me demonstrava ser
generosa, audaciosa e gentil com todos, como ela teria feito isso?

Balancei a cabeça tentando não pensar nisso agora e apenas pegar um táxi e
ir para casa já que mandei meu carro para lavar.

Andei até o início da calçada e chamei um táxi que apareceu segundos


depois, entrei no carro e dei o endereço para o taxista.

Meu celular vibrou dentro da bolsa e eu o tirei de lá vendo uma mensagem


de Adam.

"Tailandesa ou Italiana? Não é querendo me gabar não, mas tudo da Itália é


mil vezes melhor"

Respirei fundo.

"Quero comer em casa hoje, tudo bem?"

Perguntei.

"Certo...vou pedir para Rita preparar algo para nós"

Não respondi e guardei o celular de volta, encostei minha cabeça no banco


e fechei os olhos por alguns minutos.

Talvez eu não devesse, mas estou com medo daquela mulher. Eu não faço
ideia do que ela seja capaz de fazer, Melinda é uma pessoa totalmente
diferente para mim agora e não está com cara de que vai ceder para não me
encontrar mais.

Adam

Coloquei o celular na mesa quando percebi que Rubi não iria responder,
levei meus dedos até a boca e olhei para a cadeira na minha frente meio
pensativo.

Por que algo me diz que ela está estranha? Isso é ridículo, eu só troquei o
total de 3 mensagens com ela...não tem como eu saber disso. Claro que tem,
eu a conheço.

- Adam.

Dylan entrou na minha sala e eu olhei na sua direção, ele usava um terno
escuro sem gravata e parecia estar...mal.

- O que?

- Preciso que você veja o seu e-mail e me dê aqueles papéis que falamos
mais cedo, preciso acertar os contratos.

Ele disse isso olhando para a janela, parecia estar no mundo da lua.

- Você está bem? -perguntei.

- Não.

- Brigou com ela de novo?

- Me ajuda! -ele disse alto e veio se sentar na minha cadeira.

- O que está acontecendo? -pergunto.

- Lisa, não me quer perto dela -Dylan diz cabisbaixo.

- Como assim, maninho?

- Ela não me deixa tocá-la, beijá-la e nem mesmo fala comigo direito -ele
olhou para os dedos- Estou começando a achar que ela está enjoando de
mim.

Apertei a boca em uma linha reta.

- Cara...

- Estou a uma semana sem fazer sexo -ele disse e eu fiz a minha melhor
cara de "eu sinto muito"- Até entendo, mas esse não é o maior motivo.
- Dylan, isso é só uma fase -digo.

- Que fase horrível é essa? Minha esposa me odeia! -ele se levantou, ser
dramático está no nosso sangue.

- Ela não odeia você, deve estar passando por mudanças na gravidez -digo e
ele cruza os braços.

- Eu espero que seja isso, não suportaria perder Lisa.

Ele suspirou.

- Qualquer coisa que aconteça com ela me preocupa, apesar dela não estar
falando comigo muito bem eu sei que quando ela precisar eu estarei lá,
independente se está estranha ou não.

Pisquei várias vezes.

Ele está certo, sempre apoie a pessoa que você ama.

- Eu preciso ir -falei me levantando.

- O que?

Vesti o paletó azul claro e ajeitei a gravata preta, Dylan me olhou sem
entender.

- Preciso ver como Rubi está -digo e ele faz um "o" com a boca.

Há algo de errado, e eu vou descobrir o que é.

- Ela está bem?

- É o que eu estou indo saber.

Andei para a porta e saí rapidamente, passei na banca de Gustavo e dei dois
tapinhas fracos chamando sua atenção.

- Desmarque meus compromissos, e tire o dia de folga. Não voltarei para a


empresa hoje.
Acenei para Josh que estava falando ao telefone com alguém sobre
reuniões, Gustavo acenou e eu voltei a andar na direção do elevador.

Desci para a garagem e fui até a minha vaga entrando no meu carro em
seguida, girei a chave e saí do prédio depois.

Dirigi pelas ruas rapidamente vendo várias pessoas caminhando e o céu


ficando nublado.

Depois de intermináveis minutos eu cheguei no nosso apartamento indo


para a garagem, estacionei o carro na minha vaga saindo do mesmo em
seguida.

Peguei o elevador e subi para o meu andar digitando o código, parei na


frente da porta tirando as chaves do bolso.

Olhei para a porta que estava atrás de mim e joguei a cabeça para o lado,
preciso lembrar de me livrar do meu antigo apartamento para encontros
casuais.

Coloquei a chave na fechadura abrindo a porta em seguida, senti patinhas


na minha perna e sorri abertamente vendo Mops já se deitando para me
mostrar sua barriguinha branca.

Fechei a porta assim que entrei e acariciei sua barriga rapidamente, fui para
a cozinha vendo Rita guardar algumas coisas na geladeira.

- Rita -a chamei.

- Sr. Venturelli, já anoiteceu? -ela pergunta confusa.

- Não, vim mais cedo para casa. Onde está Rubi?

- Oh, acho que está no quarto. Está lá em cima desde que chegou -fala.

- Você pode preparar algo para almoçarmos? Qualquer coisa.

- Sim, claro -responde e eu aceno.

Me virei e dei passos largos até chegar na escada, tirei meu paletó
colocando no corrimão da mesma e subi os degraus indo até a porta.
Girei a maçaneta e entrei no quarto, meus olhos passearam por ele todo e
não vi Rubi. Fui até o banheiro e depois ao closet, mas não achei.

Saí do cômodo e vi nos quartos de hóspedes, mas em vão, parei no corredor


com as mãos na cintura e olhei para a porta onde ficava a mini academia.

Fui até lá abrindo a porta e entrando em seguida, vi um corpo pequeno


deitado no chão e me aproximei de Rubi lentamente, a mesma encarava o
teto parecendo pensar em mil coisas.

Me ajoelhei ao seu lado e seus olhos encontraram os meus me mostrando


surpresa por ver aqui mais cedo.

- Adam.

Ela diz e se levanta o suficiente para me abraçar, Rubi me abraçou tão forte
como se não quisesse me soltar, ela parecia aliviada...tinha algo errado.
Retribui o abraço e beijei seu rosto vendo ela com os olhos fechados.

- O que houve, Rubi?

×××

O que acharam do capítulo? Tenso? Duvidoso? Estranho...tudo?

Comente e vote pelo o amor de Jesus Cristinho.

Até, babys ❤️

79° capítulo

Adam

Fios de cabelo escorriam dos meus dedos enquanto sua cabeça e corpo
estavam encostados em mim.

Rubi e eu ainda estávamos na mini academia conversando, ou pelo menos


tentando.

Ela se apoiou em mim e eu a puxei para mais perto com o braço direito
sentindo suas costas no meu peito.

Rubi virou o rosto para me encarar e seus olhos estavam uma imensidão de
dúvida, eu não sei no que ela está pensando agora, mas não me parece ser
algo bom.

- O que você tem? -perguntei apoiando minha testa na sua.

Ela continuou me encarando até fechar os olhos e abri-los novamente.

- Estou com medo.

Franzi o cenho.

Me afastei dela um pouco para a olhar melhor, tracei seu rosto tentando
entender mas falhei. Rubi apertou meus braços que agora estavam em volta
dela e suspirou.

- Encontrei-me com Melinda.

Melinda? A amiga louca e perseguidora?

- Por que? -perguntei.

- Não foi intencional, nos esbarramos na rua -explica- Mas agora eu nem sei
se foi intencional ou não.

Balancei a cabeça.
- Não estou entendendo -digo e ela se ajeitou ficando de frente para mim.

- Melinda me disse algumas coisas que estão me intrigando, e Adam -ela


olhou para baixo- Eu posso estar certa ou errada mas eu nunca senti tanta
certeza em toda a minha vida.

- Princesa, você está me assustando.

Ela olhou para mim.

- Eu acho que a Melinda roubou a minha empresa.

Abri a boca para dizer alguma coisa mas não consegui, pisquei algumas
vezes e olhei para baixo vendo suas mãos apoiadas na minha perna.

- Como? Você...

- Eu ainda não sei como...mas eu tenho quase certeza, tem um homem que é
muito parecido com Julian e eu já tinha o visto antes de viajarmos para o
Brasil. Eu lembro que ele parecia incomodado assim que viu na cafeteria
naquele dia, como se se sentisse culpado -ela colocou a mão na cabeça- Eu
não...

- Me explique isso direito.

Ela respirou fundo e acenou.

Rubi começou a me explicar tudo o que aconteceu hoje e o que aconteceu


quando viu esse tal homem na cafeteria, ela parecia se lembrar de alguns
detalhes importantes e me contou exatamente tudo o que Melinda disse a
ela.

- Eles podem ter salvado você uma vez, mas não irão salvar de novo -ela
passou a mão na testa- Foi isso que ela me disse.

Passei a mão no rosto tentando pensar.

- Os únicos que salvaram você fomos nós -digo e ela assente- Tiramos você
da quase falência da sua empresa...então...
- Isso significa que ela sabe de algo ou fez algo contra mim e minha
empresa, mesmo que eu ache que ela fez os dois...nós precisamos de provas
-Completou.

- Você se lembra do que aconteceu naquele dia? -perguntei e ela olhou para
o lado.

- Não muito -ela diz.

- Tente lembrar, isso pode nos ajudar -a incetivo.

Rubi cruzou os braços e olhou para mim pensativa.

- Naquela noite, eu lembro de ter brigado com Julian sobre -ela tossiu de
repente- Sobre ele não ter transado comigo quando eu pedi.

Certo, ele não está mais com ela Adam. Não tem porque ficar com ciúmes,
você vai ter filhos com ela, vai se casar com ela. Tudo o que aquele
bastardo não conseguiu fazer, fiquei até com pena dele agora.

Sou um puta sortudo por ter essa mulher na minha vida.

- Continue -falei.

- Nós discutimos e eu acabei jogando algumas coisas na cara dele e ele fez
o mesmo comigo, a briga então não foi só por causa de sexo e sim
problemas que já estávamos enfrentando mas não queríamos admitir.

Concordo.

- Ele saiu do nosso apartamento furioso e eu fiquei lá chorando pelos quatro


ventos, eu me lembro de ter mandando uma mensagem a Melinda
explicando o ocorrido, ela me confortou por mensagem mesmo e pediu para
eu ir deitar e dormir que Julian e eu iríamos nos acertar.

- E depois...

- Bom..eu não fui deitar, ao invés disso eu fiz margaritas.


Coloquei a mão na testa.

- Princesa, você sempre fica louca quando bebe isso -digo e ela ri baixo-
Não precisa de menos de 4 copos para deixar você bêbada.

Balancei a cabeça rindo da primeira vez que a vi bêbada, aquela noite em


Paris jamais irá sair da minha mente.

- Continuando...eu mandei uma foto disso para Melinda dizendo que iria
afogar as minhas mágoas, eu só não consigo me lembrar se ela respondeu.

- Por que você mandou uma foto para ela?

- Ela era a minha melhor amiga, Melinda me conhecia melhor do que


ninguém e eu sempre dizia tudo a ela, menos coisas relacionadas a empresa.

- Certo, e depois disso tudo?

Rubi fecha um olho tentando se lembrar mas acho que não estava
funcionando.

- Eu não me lembro muito bem, mas eu lembro de conversar com Julian e o


mesmo me oferecer outra margarita.

- Então, Julian já havia voltado para o apartamento -digo- Princesa, você


tem certeza que era ele?

- Sim, quer dizer, eu acho que sim -ela cruzou os braços- Eu estava
praticamente dopada, e se não fosse Julian era alguém muito parecido
com...

Ela parou de falar e arregalou os olhos.

- Adam...o cara que estava com Melinda -ela diz meio alterada- Ele é
idêntico a Julian!

- Ok...

- Você não entendeu? -pergunta e eu a encaro respirando fundo.


- Você está tentando me dizer que o homem que você encontrou na cafeteria
era o mesmo homem que esteve no seu apartamento meses atrás e fingiu ser
Julian se aproveitando da sua fragilidade na bebida para arrancar senhas e
códigos importantes de você? -perguntei.

- É, você resumiu bem.

- Como ele poderia ter feito isso? Não era como se ele conseguisse entrar
no seu apartamento de uma hora para a outra.

- Não, ele não poderia...mas Melinda poderia -ela suspira.

- Você lembra de vê-la naquela noite? -pergunto.

- Não, eu estava bêbada demais -disse.

- Princesa, mesmo que você estivesse bêbada demais, acho que você
lembraria de algo -digo e ela franze o cenho- Você não acha que existe uma
possibilidade de você ter sido dopada?

- Mas...

- Você mesma me disse que o "Julian" -fiz aspas- Lhe deu outra margarita,
ela podia muito bem estar batizada.

- Adam... -ela disse meio nervosa.

- Vou fazer algumas ligações, vamos para o quarto.

Ela acenou, me levantei a ajudando levantar em seguida e juntos fomos para


o quarto mas ouvimos a voz de Rita no meio do caminho.

Ela disse que o almoço estava pronto e eu acenei para ela dizendo que já
iríamos descer.

- Vá na frente -beijei sua testa- Você precisa se alimentar.

- Você não vai comer?


- Sim, mas vou fazer as ligações primeiro. Encontro você lá embaixo em
menos de 10 minutos?

- Tudo bem -ela disse e me deu um selinho rápido.

Rubi andou para a escada onde Rita estava e as duas desceram conversando
entre si.

Respirei fundo, preciso descobrir o que aconteceu.

(...)

- Isso faz sentido, não faz?

Perguntei olhando para os três homens de terno à minha frente. Eles


pareciam pensar e segundos depois concordaram.

- Na verdade, foi um bom plano -Peter diz bebendo um gole de Whisky.

- Bom plano?

- Concordo, colocar alguém parecido com Julian sabendo que Rubi iria
dizer depois que a culpa era dele...como ela realmente fez. Mendoza pensou
por meses que Julian havia a roubado, isso tirou completamente o foco de
Melinda e caiu em cima do ex noivo traidor, todos já o odiavam por tê-la
abandonado, o lance do roubo caiu como luva -Nathaniel diz alisando a
gravata azul escura.

- Ficar bêbada e colocar a culpa também na bebida quando possivelmente


ela tenha sido drogada, Adam, se eles realmente fizeram isso eles pensaram
em tudo -Dylan diz cruzando os braços.

- Droga -digo massageando minhas têmporas.

- Você disse que... Melinda? -Peter pergunta.

- Isso, Melinda -confirmei.


- Melinda poderia subir para o apartamento de Rubi a hora que bem
entendesse, e ela sabia que a amiga estava bebendo margaritas e com
certeza sabe que Rubi fica loucona quando bebe isso, creio que ela viu uma
oportunidade e a aproveitou -Peter diz e Dylan concorda.

- Mas por que? Qual o problema dessa mulher com a minha princesa?

- Você é o problema? -Nate perguntou debochado.

- Não, isso foi antes de eu conhecê-la e dormir com a Melinda -falei


coçando o queixo.

- Inveja? Talvez Rubi sempre tivesse tudo e ela se sentia ameaçada, mas
nunca disse nada. Isso é totalmente possível -Peter diz- Já conheci gente
assim, Deus me livre.

Respirei fundo vendo ele se benzer.

- Dormir com Melinda e depois ficar noivo da mesma mulher de quem ela
tirou tudo e tecnicamente ela odeia talvez tenha influenciado -falei-
Talvez...

- Talvez? -Nate pergunta com as mãos na cintura.

- Você disse que ela ainda o ama -Dylan diz e eu concordo- Ela disse a Rubi
que iria derrubá-la de novo...cara, que mulher doida.

- É verdade -Peter diz balançando a cabeça em concordância.

- Vocês acham que eu não sei disso?

- Você já ligou para alguém? -Nate pergunta e eu aceno.

- Já tenho detetives investigando-a e pedi para investigar esse tal homem, se


Rubi os viu juntos então eles ainda mantém o contato frequente -falei-
Coloquei também algumas pessoas para ficarem de olho nela e nos contar
qualquer coisa estranha que ela faça.

- Certo -Peter diz- Vai ficar tudo bem.


Peter me dá um sorriso confortador e pega no meu ombro.

- Eu espero -ele diz e se afasta vendo a minha cara chocada.

- Peter! -Dylan briga com ele.

- O que? Tem uma maluca desmiolada que odeia a sua noiva e agora deve
odiar ainda mais porque o homem que ela ama está esperando um filho com
essa mulher, um não, três!

- Você quer a coroa da babaquice? -Nate pergunta e ele fecha a cara.

- Não -diz baixo.

- Ótimo, então calado -Dylan disse e ele olha para os pés como se fosse um
menino malvado.

- Não gosto dessa coroa -Peter diz resmungando.

- Cala a boca! -Gritamos com ele e depois rimos da sua cara de irritado.

- Cara, vamos dar um jeito de descobrir alguma coisa e se ela realmente for
a culpada, vamos mandá-la para a cadeia...junto com aquele homem -Nate
diz e eu dou um pequeno sorriso a ele.

- Tem algo que possamos fazer? -Peter pergunta.

- Me ajudem a ficar bem, assim eu posso fazer minha princesa ficar bem -
Falei e Dylan juntou as mãos.

- Ai, eu adoro ver você assim -ele disse com um sorriso e nós levantamos
uma sobrancelha- Todo apaixonado, você está um homem melhor agora -
Dylan passou a mão no meu braço.

- Sequestraram um Venturelli -Peter aponta para Daylan.

- Não posso ficar mais sensível às vezes? Falar coisas boas ao meu irmão
ou ler revistas femininas sobre dicas de beleza?
- Ler o que? -Nate pergunta.

- Até que são interessantes -disse Dylan- E só assim para Lisa querer
conversar comigo, essas revistas estão me salvando.

Nós o olhamos por intermináveis segundos.

- Nós quatro poderíamos ler algumas -sugeriu- Eu li uma que fala sobre um
creme de cacau...

- Tchau, Dylan -Peter diz e se vira para sair da minha sala.

- Certeza que vocês iriam gostar -ele diz e Nate confirma.

- Me chame qualquer dia para lermos algumas delas.

- Sério?

- Não, nos vemos depois -diz o modelo de perfume.

Nate se virou e andou até onde Peter estava, os dois saíram da sala e Dylan
foi atrás deles gritando.

- Ah porra! Eu sei que vocês vão gostar, babacas!

Sorri de lado e fui até a porta vendo os três na entrada do elevador


discutindo sobre as revistas, olhei para o balcão de Gustavo e na mesma
hora Rubi saiu da sua sala e parou vendo eles discutirem.

Rubi olhou para a minha sala e seus olhos encontraram os meus, ela
apontou para eles discretamente parecendo tentar entender, balancei a
cabeça em negação para que ela não fizesse isso.

Ela riu e andou até onde eu estava, abracei sua cintura e beijei seus lábios
várias vezes a fazendo sorrir.

- O resultado do exame sai daqui a alguns dias, ansioso para saber? -


perguntou abraçando meu tronco.
- Com certeza, mesmo que eu já tenha meu palpite do que seja -digo e ela
semicerrou os olhos.

- Qual é o seu palpite?

- Ainda não vou dizer -digo e ela faz uma careta.

- Certo, não irei contar o meu então -ela disse e eu a olhei intrigado.

- Qual é o seu? -pergunto com os olhinhos dos gatos de botas.

- Ainda não vou dizer -ela repete o que eu disse.

Rubi riu e se afastou indo em direção à sua sala, ela olhou para trás antes de
entrar na mesma e piscou para mim.

- Princesa! Me diz o seu palpite do sexo dos meus filhos!

Falei gritando enquanto ia na direção da sua sala para arrancar a informação


à força, tenho alguns truques em mente.

×××

Hummmmbabys! Sei que vocês já devem estar cheios de teorias desde o


capítulo passado e espero que este tenha ajudado mais ainda rsrsrs.

Atenção: Faltam menos de 15 capítulos para o encerramento do livro,


então, dia 09/04 (sexta feira) eu vou postar os capítulos todos de uma
vez!! Assim, acabando o livro por inteiro. Dia 09/04!!

É isso, amo vocês. ❤️.

80° capítulo

Rubi

Alguns dias depois...

- Adam! Adam!

Gritei por todo o apartamento assim que passei pela porta, o envelope em
minhas mãos me deixava ansiosa demais e não conseguia controlar isso.

- Adam! Tinker Bell!

Deixei minha bolsa na mesinha e andei para o sofá olhando para o exame
em minha mão, o sexo dos bebês está aqui dentro. Ai meu Deus, quer dizer,
eu sei que talvez não dê todas as informações possíveis mas já é um grande
avanço se soubermos que um deles seja menino, não iríamos aguentar
esperar tanto, principalmente a fadinha, ele pergunta toda noite para os
bebês como se eles pudesse responder, o que já me diz muito sobre a pessoa
a qual escolhi me casar. Louco.

- Oi! Apareci.

Adam aparece balançando os fios de cabelo loiro e com o corpo coberto por
uma camisa branca e jeans.

- Onde estava?

- Praticando as minhas técnicas de voo.

- Você é um idiota.

- E o seu futuro marido, eu diria que você tem sorte.

Sorri de lado levantando o envelope para cima, ele olhou para ele meio
confuso e eu suspiro fazendo uma cara de tédio.

- Olha! -balancei o envelope.


- Um envelope...interessante -ele diz- Ai tem informações sobre como eu
posso vender o Peter? Porque eu quero.

Revirei os olhos.

- Você fala do Peter constantemente.

- É porque eu sou apaixonado por ele, perdeu princesa -Adam colocou a


mão na boca fingindo chorar, dei um tapa no seu braço e ele fez uma careta.

- Aqui dentro está o resultado do exame que fiz dias atrás -digo e ele olha
para o papel.

- Sobre o sexo? -pergunta e me encara vendo eu balançar a cabeça


concordando.

- Vamos abrir! Vamos abrir! -praticamente grita- Princesa, se você não abrir
isso eu juro que não vou mais deixar você esfregar as minhas costas, e eu
sei você gosta.

Eu gosto mesmo, me acalma.

- Espera -olhei para os lados- Mops!

Chamei o meu cachorro que segundos depois me deixou ouvir o barulho


das suas patinhas e ver seu corpo branco e peludo subir em cima do sofá ao
nosso lado.

- Agora vamos abrir -digo e Adam pega o envelope da minha mão.

Ele o abriu e tirou o papel de dentro, Adam começou a ler e um sorriso


grande habitou seus lábios de repente.

- O que? O que é? -perguntei quase voando no seu pescoço- O QUE É?

- Um elefante -ele debocha- É um bebê, três na verdade - Me dá isso aqui


que eu não tenho paciência para as suas piadinhas hoje -arranco o papel
dele que abre a boca ofendido me dizendo que era a minha obrigação rir de
todas as suas piadas, visto que sua noiva/namorada/futura esposa. Mandei
ele se ferrar em seguida.

Comecei a ler o papel assim que dei as costas para o mesmo e depois de
algumas palavras lindas eu levei minha mão até a boca já sentindo meus
olhos se encherem de água, olhei para a minha barriga e depois olhei para
Adam novamente quando me virei.

- Um menino... -digo e ele sorri para mim, eu nunca vi Adam sorrir tanto
quanto agora.

Olhei para o exame novamente e realmente confirmei um Y no exame o que


indicava ser do sexo masculino, um menino...ai meu Deus, outro homem
Venturelli, meu Deus, tadinha da população feminina daqui a duas décadas.

- Princesa -ele disse com a voz falha vindo na minha direção e eu


automaticamente coloquei meus braços ao redor do seu pescoço o
apertando.

- Um deles é um menino -falei sorridente- Merda, espero que ele não seja
igual a você.

- Porra! Quem diz isso para o pai da criança?!

- Não se faça de sonso, ex cafajeste -o beijei com fervor em seguida quase


dando pulinhos de felicidade, rimos um para o outro ouvindo Mops latir
sem parar em seguida.

- Deus, eu estou tão feliz. Parece que bebi uns 10 copos de tequila e pulei
de um prédio direto naqueles colchões dos bombeiros -ele disse passando a
mão pela a minha barriga.

- Isso foi muito específico -digo rindo.

Me sentei no sofá e ele se sentou de frente para mim, Adam se inclinou um


pouco levantando minha blusa e aproximou o rosto da minha barriga se
escondendo dentro dela.
- Bebês, aqui é o papai -ele sussurra- Acabamos de descobrir que tem
menino aqui dentro -ele colocou o indicador na minha barriga.

- Vamos saber mais quando formos fazer o outro exame -digo e ele
concorda.

- Vai demorar muito? -perguntou.

- Não, passará rapidinho, e vamos rezar para ele não fechar as pernas.

- Quando formos fazer esse tal exame não fechem as perninhas, queremos
saber o sexo de vocês, tudo bem? Obedeçam o papai desde agora, caso
contrário, não vou deixar vocês brincarem na Disney quando eu comprar
um castelo -Adam diz baixo.

- Um castelo? Prefiro um parque de diversões -ele dá de ombros me


dizendo que depois pensamos nisso.

- Estou empolgado -ele disse- Vamos pensar em nomes?

- Sim, claro -falei e ele deitou a cabeça na minha perna.

- O que você tem em mente? -pergunta.

- Bom, eu gosto de Joseph -falei e ele negou.

- Não gosto de nada com a letra inicial J.

Sorri vendo ele morder o lábio inferior pensando no nome do nosso filho.

- Que tal Alec?

- Alec, é legal -falei e ele deu de ombros.

- Adrian? -perguntei e ele sorriu.

- Gostei desse -ele diz animado.

- Sério? Não gostei -digo.


- E por que diabos você sugeriu?

- Não sei, não faz pergunta nesse tom que eu estou grávida -coloquei as
mãos no meu rosto, aproveitando muito essa fase porque eu sempre estou
com razão, não que eu não estivesse antes, mas o poder da gravidez me dá
mais privilégios.

- Qual é, princesa. É lindo -ele disse se levantando.

- Você só gostou desse nome por que se parece com o seu -digo e ele bate
uma palma.

- Exatamente! boa garota, espero que Adrian tenha a sua inteligência.

- Adrian Venturelli? -testei o nome e meneio a cabeça pensativa.

- Já sei, vamos deixar Mops decidir?

Olhei para o meu cachorro que estava quase dormindo no meu sofá.

- Ok -digo e Adam sorri contente.

Ele pegou dois brinquedos que estavam no baú onde tinha escrito "Mops"
na frente e levou até a escada.

Me levantei do sofá e fui até o corrimão, tinha um osso azul e outro verde
no terceiro degrau da escada.

- Azul é do Adrian e Verde é do Joseph -Adam diz e eu concordo.

- Mops! -o chamei e vi sua cabecinha branca passar entre o sofá e parar ao


lado de Adam.

- Presta atenção, garoto, está vendo aqueles ossos ali? -Adam apontou e
Mops olhou para frente.

Preciso levar esse cachorro para a NASA urgente.

- Escolha o azul, garoto. Prometo te dar aqueles ossos de dinossauro depois.


- Adam!

- O que? Não é como se ele conhecesse as cores né, Rubi?

- Querido, eu não duvido nada desse cachorro -falei vendo Adam rir.

- Mops, escolha um osso...qualquer um -Adam diz a aponta para os mesmo.

Mops olha para ele e depois para os ossos e começa a caminhar para a
escada, o rabinho balança de um lado para o outro e eu começo a roer a
unha de nervoso.

O cachorro vai até o osso verde e o pega, olhei para Adam me sentindo
vitoriosa e ele cruza os braços já ficando irritado.

- Joseph! Ele escolheu Joseph! -falei com as mãos para cima.

- Para onde ele está indo? -Adam pergunta e eu foco meus olhos no peludo.

Mops move as patinhas até o baú de onde Adam tirou os ossos e quando
chega perto o suficiente ele larga o osso verde e olha para a escada com
todo aquele ar prepotente que meu adorável cão tem.

Eu não acredito.

Esse cachorro judas do caralho volta para a escada e pega o osso azul e
ainda me olha com todo aquele desdém dele e vai até onde Adam está.

Mops coloca o osso azul no pé de Adam e balança o rabinho de um lado


para o outro. Adam colocou a mão na boca abafando o riso e me encara.

- Gosto como Adrian Venturelli soa -ele disse e Mops late como se
concordasse- Ele também.

- Vocês combinaram isso? Não é possível -falei.

- Você perdeu princesa, agora venha aqui para eu acariciar sua linda
barriguinha de grávida.

Andei até ele lentamente e parei na sua frente revirando os olhos.


- Preciso me lembrar de nunca fazer esse tipo de coisa com você, eu sempre
perco -digo e ele passa a mão no meu cabelo.

- Você gostou do nome? Podemos trocar para Joseph se você quiser -ele diz
e eu olhei para Mops que nos encarava.

Sorri de lado.

- Não, eu gostei -digo e Adam sorri- Foi o escolhido.

Mops latiu e Adam me deu um beijo demorado. Me afastei com um sorriso


e ele colocou meu cabelo para trás.

- Estou com fome -digo e ele finge uma expressão chocada.

- Estou pensando em comprar algumas redes de comida apenas para


alimentar você -ele diz.

- Pode ser uma rede de bolos? Eu estou com vontade de comer bolo -digo.

- Não acho que tenha bolo aqui, princesa -disse.

- Vamos fazer então -digo e ele levanta uma sobrancelha.

- Não.

- Não?

- Não.

- Por quê não?

- Bolo...-ele tossiu- É a única coisa que eu não sei fazer.

- Sério? -ele confirma- Estou impressionada. Pelo menos, vou poder


retribuir já que você me ensinou a fazer panquecas -digo- Vem.

O puxei pela mão tentando o arrastar para a cozinha.


- Bolo de chocolate? -perguntei sorridente.

- Depende.

- Depende do que?

- Vou poder comer o recheio em cima de você?

- Meu Deus, mas que homem safado é esse que eu arran...pode.

Adam riu alto e me abraçou por trás enquanto andávamos para a cozinha
para fazer um belíssimo bolo de chocolate.

(...)

- Senta aí Mendoza, vamos começar.

Olhei para Emily que estava de pé batendo palminhas animada, seu cabelo
estava preso em um coque e ela usava um vestido soltinho.

- Adoro essa parte -Lisa diz mexendo na barriga já enorme.

- Preciso de outro pedaço -Susie diz e se levanta do sofá.

- Tem mais na cozinha -digo e ela acena sorridente indo pegar outra fatia de
bolo.

As três vieram para o meu apartamento me ajudar a decidir algumas coisas


para o casamento, quero organizá-lo desde já para que tudo esteja bom no
dia.

- Bom, eu tenho alguns modelos de vestido para gestantes e eu acho que


posso fazer um igual para você -Emy diz.

- Sua barriga já vai estar maior até lá -Lisa diz e eu concordo- Quanto
tempo mais ou menos você pretende ir para o altar com a Tinker?

- Eu não quero demorar tanto por conta da minha barriga, então no máximo
dois meses -digo e Emy concorda.
- Já tenho várias ideias! -Emily diz e começa a mexer em alguns desenhos.

- Ela ficou assim quando fez meu vestido? -Lisa pergunta e eu confirmo.

- Eu vou fazer o vestido de casamento de todas vocês -ela aponta para nós
duas- E da Susie que com certeza vai ser a minha melhor modelo.

Susie voltava para o sofá quando Emily disse aquilo.

- Modelo para que? -Pergunta se sentando.

- Quando você se casar eu vou fazer seu vestido -Emy diz e Susie se
engasga com um pedaço de bolo.

Bati na sua costa de leve até ela ficar normal novamente.

- Emily, eu não tenho nem namorado quem dirá um noivo -Susie diz
limpando a boca com o guardanapo.

- Vai que isso muda, meu amor -Emy diz e joga um beijinho para ela
fazendo Susie rir.

- Vai que você fica presa em um quartinho de novo...

Lisa disse e Susie arregalou os olhos.

- Não! Concordamos em não falar nisso novamente! -falou apontando para


nós.

- Mas...caramba, Nathaniel Venturelli -Emy cruzou os braços- O cara é um


sonho de consumo.

Lisa e eu balançamos a cabeça concordando, Nate realmente é muito lindo,


sexy, de tirar o fôlego quando ele passa, principalmente quando ele está de
sobretudo. Humm...

Com quem vou me casar mesmo? Ah sim, minha fadinha, e mesmo


achando seu primo lindo, nunca trocaria o amor da minha vida.
- Tanto faz, vamos deixar isso para lá. Não tem importância para mim -ela
disse séria.

- Certo -diz Lisa- Vamos focar na Emily agora.

Emy a olhou irritada.

- O que? Por que? O que aconteceu? -Perguntei.

- Também quero saber -Lisa diz- Ainda está de pé o acordo que fez com
Peter?

- Tanta coisa boa para falar e vocês querem falar de Peter Ross?

- Sim! -falamos ao mesmo tempo fazendo Emy revirar os olhos.

- Eu shippo tanto vocês -Susie diz levando um pedaço de bolo até a boca.

- Bom -ela riu e depois ficou séria- Então pare.

- Não dá! É algo natural -Susie diz e nós concordamos.

- Ainda está de pé o acordo ou não? -Perguntei.

- Sim, ele ainda não me provocou ou me chamou de loirinha já tem semanas


-Emily diz e levanta as mãos para o céu- Obrigada.

- E você? -Lisa pergunta.

- Eu não o provoco, barriguda. Então não preciso me preocupar, não vou


provocar Peter porque eu sou uma pessoa educada -ela disse e nós rimos
sarcasticamente.

- Emily, não minta para suas amigas -Susie disse- Você deve sentir falta.

- Para de comer bolo, Jones. Já está te fazendo mal -Emy diz e Susie mostra
a língua para ela.

- Princesa!
Olhamos uma para as outras e tentamos esconder os desenhos de Emy mas
fizemos isso todas juntas e os papéis acabaram se espalhando.

- Ei, o que vocês...

- Não! Se afasta! -Emily disse e jogou uma almofada na direção de Adam.

- Emily! -ele disse antes da almofada atingir seu rosto e ele ir um pouco
para trás.

Olhei para ele que mantinha a almofada no rosto tapando sua visão.

- Esconde, esconde -Susie disse abrindo a pasta para colocar os desenhos.

- Espero que vocês não estejam falando de um homem -Adam diz e Lisa ri
baixo.

Guardamos os papéis e Adam abaixou a almofada olhando para nós que


tínhamos um sorriso forçado.

- O que vocês estavam fazendo? -Ele perguntou.

- Coisas de casamento -Lisa diz.

- E eu não posso saber o que é?

- Não quando se trata do vestido da noiva -Susie diz.

- O vestido? Ah princesa, eu quero ver -ele disse e nós negamos.

- Nem ferrando -Emily disse- Você só verá...

- Adam!

Ouvimos uma voz interromper Emy e logo depois o corpo de Peter aparecer
na porta meio ofegante, ele olhou para nós e sorriu.

- Ei, e aí? -ele pergunta e Adam cruza os braços.


- Você me seguiu até aqui?

- Não -Peter diz se recompondo- Nós o seguimos até aqui.

Atrás dele aparecem Dylan e Nate conversando sobre algo importante e


logo em seguida os dois olham para gente com uma sobrancelha levantada.

- Aconteceu alguma coisa? -Nate pergunta encarando todos nós.

- Por que vocês vieram até aqui? -Adam pergunta olhando para os meninos.

- Bolo -os três falaram ao mesmo tempo.

- Eu nem disse que aqui tinha bolo -Adam diz e eles negam.

- Você se gabou por inteiros 20 minutos que tinha feito um bolo -Dylan diz.

- Talvez...-Adam disse olhando para os dedos- Mas é que está muito bom!

- Está mesmo -Susie disse- Tem mais lá na cozinha.

Os três se olharam e depois olharam para Adam, o loiro levantou três dedos
e começou a fechá-los lentamente, quando a mão ficou um punho eles
correram para a cozinha nos deixando com o cenho franzido.

- Qual é a idade deles mesmo? -Lisa pergunta e nós rimos.

- Bom, já que estamos todos aqui. Eu queria perguntar algo para vocês três -
digo e elas concordam.

- Eu queria pedir a vocês que fossem minhas madrinhas de casamento -digo


às fazendo sorrir.

- Sim -falaram ao mesmo tempo.

- Espera, isso é possível? -Emy perguntou.

- Não sei, mas vamos dar um jeito -digo e elas deram de ombros.
- Ainda falta eu falar com Safira sobre isso, mas tenho minhas dúvidas de
que ela aceite usar vestidos combinando -digo.

- Bom, fale logo com ela porque eu também quero fazer os nossos vestidos
-Emy disse com um sorriso de lado.

- Certo, bom...Adam com certeza irá pedir para os brutamontes lá na


cozinha para que sejam padrinhos então vocês vão entrar todos juntos no
altar, é isso -falei me levantando e fugindo para a cozinha para não ouvir os
protestos.

- Rubi Mendoza!

Não adiantou muito.

×××

Pois é...já sabemos que tem um menino Venturelli dentro da barriga da


princesa 😍😍😍.

Até o próximo, babys ❤️.

81° capítulo

Rubi

1 mês e meio depois.

- Você está bem? Está meio pálida.

Olhei para os oceanos azuis ao meu lado e balancei a cabeça concordando,


eu não estava bem não.

- Você mente tão mal, seria uma péssima jogadora de pôquer -Adam diz e
eu aperto seu braço que estava entrelaçado com o meu.

- Estou nervosa -falei.

- Vai ficar tudo bem, princesa. Pense pelo lado bom...já sabemos que tem
garotão aqui dentro -ele aponta para a minha barriga.

- Adrian... -falei baixo.

- Sim, ele mesmo -Adam diz rindo e eu o olhei séria.

Faz um mês e meio desde que encontrei Melinda e descobrir um dos sexos
dos meus filhos, desde então eu tenho vivido com mais restrições por conta
da minha gravidez, alimentação está mais controlada e estou procurando
fazer menos esforço.

Adam não teve mais notícias de Melinda ou aquele homem que estava com
ela, a última coisa que soubemos foi que os dois tinham saído de Nova York
para ir ao exterior. Tínhamos fotos deles subindo no avião e fotos das suas
passagens.

Nathaniel conseguiu de alguma forma informações sobre a conta de


Melinda e não tinha nada de suspeito, ela estava limpa e quanto ao
homem...estava na mesma situação.

Acreditamos que os dois tenham ido embora de uma vez, eu realmente


espero que tenham ido já que tudo indica. Não quero mais dor de cabeça ou
noites sem dormir pensando em tudo o que aconteceu, não está me fazendo
bem.

Quero terminar alguns ajustes para o meu casamento com Adam que
acontece daqui a algumas semanas, só quero ficar com ele e nossos filhos
que também não vão demorar a chegar.

Falando em filhos, Daniel Venturelli está quase para chegar. Lisa está com
quase 9 meses de gestação e faltam apenas duas semanas para Danny
nascer, Dylan e Lisa estão ansiosos ao extremo.

- Preparado? -perguntei e Adam acenou.

Entramos na sala onde ocorreria o exame da ultra e vimos a doutora sentada


mexendo no seu jaleco.

Ela levantou o olhar para nós e sorriu em cumprimento, nos falamos


rapidamente enquanto eu me preparava para deitar e tirar minha blusa bege
do corpo.

- Então, estão ansiosos para saber o sexo dos bebês? -ela puxa assunto.

- Sim -digo me deitando- Fizemos o exame de sexagem fetal e descobrimos


um menino.

- Ah, vamos ver melhor então? -ela pergunta sorridente.

A médica passou o gel gelado na minha barriga e mexeu no computador a


sua frente, as imagens na televisão mudaram e rápido apareceu o trigêmeos
na tela.

Já podíamos ver as mãos e pés formados e corpinho se desenvolvendo,


olhei para Adam que encarava a televisão hipnotizado.

- Por conta da posição dos bebês eu irei conseguir ver os sexos sem
problemas, vamos rezar para nenhum deles fecharem as perninhas -ela disse
e Adam pegou na minha mão.

Apertei seus dedos levemente e ele beijou minha têmpora.


- Realmente, este aqui -ela marcou no computador e apareceu na televisão-
Este é o menino.

Olhei para bebê e sorri entusiasmada.

- Este aqui... -ela mexeu a máquina na minha barriga e eu senti um pouco


de desconforto.

- É uma menina -ela disse marcando no computador.

Olhei para a televisão vendo minha menininha e mordi o lábio inferior, ai


meu Deus, meu coração está acelerado.

- Uma menina -Adam disse sorrindo- Já estou vendo que vou sofrer, puta
merda que nervoso.

A médica continuou mexendo aquele treco na minha barriga tentando


descobrir o sexo do outro mas parecia difícil já que ficamos uns 10 minutos
esperando.

- Não estou conseguindo ver apesar de ter quase certeza -a médica diz- As
perninhas estão fechadas Olhei para Adam que passou a mão no cabelo
meio nervoso. Levei minha mão até a minha barriga batendo de leve com
meus dedos na mesma e comecei a conversar com eles, vai que ajuda.

- Oi...aqui é a mamãe, estamos tentando descobrir o sexo de vocês, ajudar a


mamãe de primeira viagem seria ótimo. Abra as pernas.

- E que sua mãe seja a única pessoa autorizada e te falar isso, mini princesa
-ele diz para a minha barriga recebendo um beliscão de leve.

Bell riu.

- Por que você está falando com eles como se fossem um grupo de ajuda? -
pergunta e eu reviro os olhos.

- Estou tentando conversar com eles, sei lá...talvez ajude ele abrir a
perna...sei lá Adam -falo nervosa.
- Ok -ele riu- Vamos fazer isso juntos, tudo bem?

Assenti.

Adam se inclinou na minha direção aproximando o rosto, ele beijou onde


não tinha gel e me encarou me incentivando.

- Sua mãe e eu não vemos a hora de ter vocês nos braços, sabemos que
teremos de reservar já que vocês são três, é que tudo comigo é pontente -
Adam riu baixo- Eu vivi minha vida inteira pensado que não tinha desafio
difícil para eu cumprir...até aparecer vocês três, cada dia que passa é um dia
mais perto de vê-los -eu estava me segurando para não chorar- Eu achava
que era feliz antes. -Adam olhou para mim novamente- Mas eu não era, não
até eu ganhar um acordo com a minha princesa -Ele sorriu.- Ela foi....meu
acaso sedutor. E então, desde aquele acordo minha vida mudou
completamente e hoje eu afirmo com total certeza, sem nenhuma sombra de
dúvida...que sou feliz como nunca fui antes.

Uma lágrima solitária desceu do meu rosto e ele se inclinou para me dar um
selinho demorado.

- Eu amo você -ele disse perto do meu rosto.

- Eu amo você -falei chorando e rindo ao mesmo tempo.

Adam limpou uma lágrima do meu rosto e sorriu para mim, ouvimos a voz
da doutora e ela mexeu na máquina novamente tentando descobrir o sexo
do último bebê.

- Aqui está -ela diz.

- Menino ou menina? -perguntei.

- Parabéns, Senhor e senhora Venturelli, é uma menina -diz e eu olho para a


televisão onde estava marcado.

- Outra menina -Adam disse me fazendo encará-lo.


Naquela hora pareceu que tudo ficou em câmera lenta, assim que eu vi o
sorriso perfeito de Adam e sua comemoração eu me senti a mulher mais
feliz do mundo, esse loiro me fazia a mulher mais feliz do mundo.

Ele me abraçou apertado e deu um beijo na minha testa.

- 2 meninas e 1 menino -falei sorridente.

- Adrian e eu vamos ter trabalho -ele disse e eu acabei rindo.

- Seus trigêmeos são os plurivitelinos -a médica diz e nós a encaramos- São


gerados de dois óvulos diferentes e um deles se dividiu em dois gerando os
idênticos que no caso são as meninas e o fraterno que é o menino, Adrian,
certo?

Acenei.

Ela começou a explicar sobre meus bebês e me deu alguns lenços para eu
me limpar, ouvíamos tudo atentamente enquanto ela ia dizendo outras
coisas importantes.

- O parto será prematuro, já que são três bebês...o espaço aí dentro já não
será tão confortável para eles -ela cruzou os braços- Muito provavelmente
você os tenha com 34 a 36 semanas de gestação.

Ficamos mais alguns minutos dentro daquela sala ouvindo orientações e


anotando pontos mentalmente.

Depois disso nós finalmente saímos da sala caminhando para o elevador,


Adam apertou o botão e me encarou segurando o riso.

- Você está quase explodindo de felicidade, não está? -perguntei e ele


balançou a cabeça confirmando.

- Você vai ligar para a sua família inteira para contar a novidade, não é? -
perguntei e ele confirmou novamente mordendo o lábio.

- Você também vai fazer isso -ele disse.

- Com certeza!
(...)

Me sentei na cadeira vendo as outras ocupadas pelas pessoas que


aparentemente não param de falar.

Depois de ligar para metade da minha família e contar sobre o sexo dos
bebês Adam e eu viemos nos encontrar com a gangue e as meninas que
estavam animadas conversando com eles.

Estávamos em um café perto do nosso apartamento e o sol já estava se


pondo, logo a noite irá cair - Adam, Rubi -Susie nos chamou- Nós estamos
super felizes por vocês já saberem o sexo então...Emily e eu compramos um
presentes para cada um antes de virmos para cá.

- Também compramos um para o meu sobrinho -Emily diz e olha para Lisa.

- Emily...

- Não quero saber se é o quarto presente que dou essa semana, me deixa
mimá-lo também -Emily diz e Lisa sorri de lado.

- Sexto -Dylan corrige Emily.

Emily primeiro entregou o presente de Danny e logo depois me entregou


dois presentes e Susie deu o outro, Susie sorria grande e batia palminhas
animada.

Lisa abriu a caixa amarela e tirou de dentro lindas pantufas e luvinhas da


mesma cor da caixa, era a coisa mais delicada que eu já tinha visto. Lisa e
Dylan agradeceram a Emy que apertou a mão dos dois.

Adam abriu as caixas que Emy entregou e eu abri a que Susie entregou, na
minha caixa tinha um sapatinho azul com um lindo carrinho bordado, era
tão fofo!

Deus, vou precisar me controlar quando for comprar o enxoval.

- Anw, Susie! É lindo -digo e ela sorri na minha direção- É o primeiro


sapatinho de Adrian, obrigada.

Agradeci as duas que apertaram minha mão.


Adam mexeu nas caixas e de ambas ele tirou vestidinhos para bebês recém
nascidos, os dois eram floridos e um cor bem fraquinha.

- Olha, minhas meninas vão andar estilosas -Adam disse e nós rimos- Será
que consigo um desse tamanho adulto?

Emily sorriu revirando os olhos com a brincadeira dele.

- São lindos também -digo olhando para os vestidinhos.

- Cara, você vai ter duas meninas -Peter disse coçando o queixo- Acha que
vão dar trabalho?

- Eu espero do fundo do meu coração que não -Adam responde e nós


guardamos os presentes de volta.

- Maninho, espere até chegar na adolescência. Vocês se lembram de como


éramos na adolescência, não lembram? -Dylan Pergunta olhando para os
três que acenam.

- Mas elas são meninas, meninas tendem a ser mais inteligentes...somos


incríveis -Lisa diz.

- Pode até ser, baby. Mas essas meninas são Venturelli.

- Puta merda! -Adam quase grita.

- Imagine uma filha do Ross -Nate disse e eles riram.

- O que que tem minha filha? -Peter pergunta incrédulo.

- Se ela puxar para o Peter...coitado de você, cara -Adam diz encarando o


amigo.

- Espero que Peter encontre uma mulher boa e calma para cuidar dele por
que esse aí é um ogro -Dylan diz rindo- Ou uma igual, vai que né...

- Você não é muito diferente não, Venturelli -Lisa diz e Dylan sorri para ela
se aproximando para beijar sua bochecha.
Dylan nos contou que já saiu daquela fase com Lisa e agora já está tudo
bem entre eles novamente. Adam deu graças a Deus porque não aguentava
mais ouvir o irmão choramingar pelos cantos.

- Sério, qual o problema da minha filha que não escute? -Peter perguntou e
nós rimos da sua cara de dúvida.

- Quando é que vai ser o casamento de vocês mesmo? -Nate pergunta


olhando para nós dois.

- Daqui a algumas semanas, por quê? -Adam perguntou.

- Nada demais, só vou ter que adiar a viagem a Itália para não faltar o
casamento -Nate responde e nós concordamos.

- Problemas na empresa? -Dylan pergunta.

- Não, só vou ver como as coisas estão por lá -Nate diz.

Eles se entreolharam de um jeito meio enigmático e acenaram ao mesmo


tempo, olhei para as meninas que deram de ombros.

- Rubi, eu terminei seu vestido a alguns dias atrás. Preciso que você
experimente alguns dias antes do casório e se necessário eu faço mais
ajustes -Emy diz e Adam me encara.

- Você já escolheu seu vestido? -ele pergunta e eu aceno.

- Emily...-ele resmunga.

- Ainda não, Adam -Emy diz e ele faz biquinho.

Adam está tentando dobrar Emy a semanas para ver pelo menos uma parte
do meu vestido, mesmo que tenhamos dito que dá azar ele realmente não se
importa se dar azar ou não, ele só quer me ver no vestido. Apressado do
cacete.

Acho que ele anda até sonhado comigo usando esse vestido, ouvir até ele
sussurrar um "Eu aceito, princesa" enquando dormia.
- Ah qual é -diz cruzando os braços.

- Olha aqui Tinker Bell, acho melhor você controlar esse pozinho mágico
caso contrário vou roubar sua noiva para mim -Emy diz séria.

- Até parece -Adam diz rindo e ela levanta uma sobrancelha.

- Você acha que é difícil? Eu consegui beijá-la primeiro do que você -Emy
diz vitoriosa.

Todos que estavam na mesa arregalaram os olhos, Emy e eu éramos as


únicas que sabíamos disso. Não tínhamos falado nem para meninas, não por
vergonha ou algo do tipo mas por que simplesmente nós esquecemos desse
pequeno detalhe.

- Esqueci que eles não sabiam -Emy diz depois que vê a cara de todos eles.

- Vocês já encostaram na boca uma da outra? -Adam pergunta meio alto-


Meu Deus!

- Eu agradeço se você falar mais baixo, tem gente tentando dormir aqui em
Nova York -digo.

Adam me encarava enquanto os outros intercalavam entre Emily e eu.

- Mentira que vocês já se beijaram -Susie diz colocando a mão na boca.

- Emily! Por quê você nunca me beijou? -Lisa pergunta irritada.

- E a mulher casada disse para a melhor amiga -Dylan diz e os meninos


riram baixo.

- Não seja por isso -Emy diz e se inclina na direção de Lisa que estava do
seu lado.

- Puta merda! Puta merda! -Peter diz batendo no braço de Nate que as
encarava com atenção.
As duas deram um selinho deixando todos nós de boca aberta, que porra
está acontecendo.

- Me sinto completa agora -Lisa diz sorridente.

- Quer um também Susie? -Emily pergunta maliciosa e Susie pisca para ela
dizendo "Depois conversamos"

Ri das duas.

- Ai meu Deus, perdi minha esposa -Dylan diz encarando Lisa.

- Caralho, Emily beijou a mulher de vocês -Peter diz olhando para Dylan e
Adam.

- Quer que eu fale quem você beijou aqui, Peter? -Adam pergunta e Peter
lança um olhar mortal para ele.

- O que? Peter beijou algum de nós? -Lisa pergunta curiosa.

- Espera -Emy diz semi cerrando os olhos- Ele não beijou nenhuma de nós
quatro caso contrário já iriamos saber -concluiu.

- Se ele não beijou nós mulheres...-Susie diz e nós encaramos os meninos.

- Eu sei! Eu sei! -falei quase pulando da cadeira.

- Não! Alguém cala o balão de passeio -Peter diz e eu mostro o dedo do


meio para ele que segura o riso.

- Quem você beijou, cara? -Nate pergunta com o cenho franzido.

Peter abaixou a cabeça derrotado antes de responder.

- Dylan -diz Peter.

Fizemos um "o" com a boca emitindo um som engraçado.

- Puta merda! -disse Emily rindo- O cara além de um cretino é um...


Ela parou de falar imediatamente.

- O que você disse? -Peter perguntou e ela parou de rir.

- Nada -ela disse rápido e Peter sorriu.

- Você acabou de me insultar? Ela acabou de me insultar! -Peter diz feliz até
demais.

- Não, o que acho que tenha acontecido é que por meio de uma palavra
ultrajante eu tenho me referido a você, porém...

- Que se foda! Você me insultou! -Peter a corta e ela fecha a cara.

- E daí? -Dylan pergunta.

- E daí, que ela acabou de furar nosso acordo -Peter cruzou os braços.

- Olha só, tecnicamente...-Emy tenta se defender mas Peter não está com
cara de que a deixará fazer isso.

- Não, acordo é acordo -Ele diz e sorri de lado.

Olhei para Emily que parecia nervosa, ouvimos uma tosse falsa e olhamos
para Peter logo em seguida.

- Sentiu minha falta, loirinha?

×××

E o casal está de volta, quer dizer, as provocações estão de


volta...KKKK.

E o sexo dos bebes, duas meninas e um menino, aaaaaaaa eu já amo ❤️.

Vote e comente, já estamos nos aproximando do fim 😢.

Até babys ❤️.

82° capítulo

Adam

Acordei com alguns resmungos vindo ao meu lado na cama, abri os olhos
assustado e encarei Rubi que mexia a cabeça de um lado para outro e tinha
a testa suada.

- Princesa -a chamei meio baixo, pisquei várias vezes tentando acordar.

- Adam -ela resmungou de olhos fechados.

Me sentei coçando os olhos e me virei para acordá-la de maneira mais


efetiva, mexi no seu cabelo mas Rubi não parava de se mexer. Ouvi ela
gritar e rapidamente tentei tirá-la daquele pesadelo.

- Rubi! -falei meio alto pegando no seu rosto- Princesa, acorde.

- Não, não, não...

Franzi o cenho.

Com o que diabos ela está sonhando?

Sacudi seu corpo com cuidado e a chamei de novo, dessa vez funcionou já
que ela foi abrindo os olhos devagar e me encarou. Alívio apareceu em seu
rosto assim como uma lágrima solitária que desceu.

- Ei -falei vendo seu olhar triste.

- Adam -ela disse e se inclinou para me abraçar forte.

A abracei de volta sentindo meu coração apertar por vê-la assim, meu
ombro molhou com lágrimas que desciam do seu rosto e eu não a soltei em
nenhum momento.

- Está tudo bem -falei alisando seu cabelo tentando acalmá-la- Eu estou
aqui, meu amor.
Rubi respirou com dificuldade por alguns segundos até sua respiração
normalizar, a fiz deitar mas ela se mexeu um pouco colocando a cabeça no
meu peito e abraçando o meu tronco.

Beijei o topo da sua cabeça e alisei seu braço para confortá-la.

- Está melhor? -Perguntei e ela mexeu a cabeça concordando.

Olhei para cima sentindo sua respiração no meu corpo, ela parecia acanhada
demais.

- Com o que você estava sonhando, princesa? Não precisa me contar caso
não queira.

Eu realmente estava esperava que ela me contasse.

- Sonhei com a sua morte.

Minha boca se entre abriu e eu prendi a respiração por alguns segundos,


minha morte? Que porra.

Rubi respirou fundo e se aconchegou mais no meu corpo, sua outra mão
desceu para a sua barriga onde ela alisou de leve, mas um soluço saiu da
sua garganta e eu automaticamente a virei fazendo ela me encarar.

Rubi deitou as costas no colchão e eu me inclinei para falar próximo ao seu


rosto.

- Eu estou aqui, Rubi -digo limpando uma lágrima do seu rosto.

Ela balançou a cabeça.

Peguei na sua mão e a levei até o meu rosto, Rubi deslizou o dedo para
cima e para baixo lentamente.

- Eu não vou a lugar nenhum, princesa -falei a encarando no fundo dos


olhos.

- Você entendeu? -perguntei e ela concordou.


- Diga que entendeu.

- Eu entendi -ela disse, seus dedos desceram para a minha boca onde ela
passou o polegar pelo meu lábio inferior.

- Eu entendi -ela disse baixo encarando todo meu rosto.

Me inclinei um pouco e a beijei casto, seus lábios macios se uniram com os


meus e por um momento eu pude sentir seu corpo relaxar.

(...)

Deixei Rubi passar primeiro pela porta assim que chegamos na empresa,
andamos de mãos dadas até o elevador obviamente com metade das pessoas
olhando para nós dois.

Apertei no botão e ela parou ao meu lado esperando o elevador chegar, não
toquei no assunto do pesadelo porque possivelmente eu a deixaria nervosa.

E eu definitivamente não quero isso.

Senti meu celular vibrar dentro do terno e eu tirei vendo uma mensagem de
Nathaniel na tela.

- É o Nate -digo e Rubi assente segurando sua bolsa preta.

Olhei para a tela a desbloqueando e fui na caixa de mensagens.

" Venha até a sala de Dylan, é importante"

Levantei uma sobrancelha.

- Está tudo bem? -Ela perguntou.

- Você está bem? -perguntei e ela sorriu de lado.

- Eu estou bem, Venturelli -ela disse pegando na minha mão e a apertando.

- Nate quer que vá na sala de Dylan -digo.


Apertei sua mão de volta e a porta do elevador abriu, nós entramos vendo as
portas se fecharem em seguida.

- Vá até eles, eu irei passar a minha agenda com Josh agora -ela disse e eu
concordei.

Apertei o botão do andar onde ela iria ficar e logo depois o meu.

Guardei meu celular de volta e me virei para ela abraçando a sua cintura
sentindo sua barriguinha nesse vestido branco e preto que estava justo ao
seu corpo dando maior visibilidade a sua gravidez.

- Você fica mais linda a cada dia -digo, vendo seus olhos castanhos
diminuirem por conta do sorriso que surgiu em seus lábios.

- Você me fala isso todos os dias -ela disse passando as mãos nos meus
braços.

- Dona Monica me ensinou a falar verdades, se acostume -digo sorrindo.

A beijei rapidamente antes das portas serem abertas e meu balão de passeio
passar por elas, Rubi me deu um tchauzinho e eu fiz um coração com as
mãos, mas aquela grossa me mostrou o dedo do meio.

- Vou te ensinar bons modos! -gritei vendo ela andar calmamente até a
bancada e as portas se fecharam em seguida.

Sorri de canto.

O elevador subiu e eu ajeitei minha gravata vermelha com listras brancas,


fechei o terno azul escuro e passei a mão no meu cabelo.

Saio do elevador depois que o mesmo chegou e andei até a sala de Dylan
passando pela sala de Lisa.

- Cunhada -a cumprimentei e ela sorriu.

- Tinker.
Continuei andando até chegar na sala do cabeça de vento e girei a maçaneta
entrando na sala em seguida.

- E aí, vadias? -falei fechando a porta atrás de mim.

- Quer ficar com um olho roxo logo pela manhã? -Nate perguntou com uma
mão dentro do bolso da calça social.

- Sem violência, Nate -Dylan diz olhando alguns papéis.

- O que aconteceu? O que é tão importante? -Perguntei caminhando até


eles.

- Temos notícias -Nate diz.

- Sobre ela?

- Sim -Dylan diz e se senta na sua cadeira.

- Nós conseguimos o que talvez seja uma prova -Nathaniel diz e me entrega
um papel.

Peguei o papel da sua mão e passei meus olhos sobre ele, eram informações
de alguma conta no exterior.

- O que você está segurando agora são detalhes da conta fantasma que
Melinda tem no exterior -Dylan disse.

- Essa quantia é absurdamente alta -falei já ficando puto- Nem eu tenho


tudo isso no banco central de Nova York.

Dylan me entregou algumas fotos e em todas elas estava Melinda andando


distraidamente pelas ruas.

- Essas fotos foram tiradas ontem pela manhã -Nate diz.

- Ela voltou para Nova York? -Perguntei analisando as fotos.


- Sim, não sabemos se ela voltou com Allan mas não conseguimos
encontrá-lo -Dylan disse e eu coloquei as fotos em cima da sua mesa.

Allan Hunter era o nome do cara que Rubi tinha encontrado na cafeteria e o
mesmo que estava com Melinda no dia em que as duas se encontraram pela
última vez.

- Precisamos ficar de olho, Adam -Dylan disse- Ter uma louca querendo se
vingar da sua noiva é a última coisa que você quer.

Meu irmão respirou fundo e nós o encaramos com pesar, nem posso
imaginar o que Dylan passou com Lisa meses atrás com aquele maluco
psicopata mas eu não quero pagar para ver.

Não conheço Melinda e não sei do que ela é capaz, a mulher deve estar
desequilibrada já que até me seguir ela já seguiu.

- Vamos continuar investigando -falei- Vou tentar descobrir onde Allan


Hunter está e ter uma conversa com ele.

Olhei para os dois que não falaram nada e andei a passos rápidos abrindo e
passando pela porta, olhei para a sala de Lisa e vi ela colocando suas coisas
pessoais dentro de uma caixa.

- Já vai sair, barriguda? -perguntei me encostando na batente da porta.

- Hoje é o meu último dia trabalhando e declarando oficialmente a minha


nova vida de mamãe -ela sorriu- Não me chama de barriguda.

- Você não está com cara de que tomou essa decisão.

- Minha médica disse que eu deveria estar em casa repousando e não


trabalhando aqui, consegui dobrar Dylan por algumas semanas mas agora
não consigo mais, terei de ir para casa. Merda! Eu amo trabalhar aqui que
inferno! -ela disse colocando objetos da sua mesa dentro da caixa.

- Calma que você vai voltar -falo rindo.

- Foda-se -ela resmunga, um doce como sempre.


- Já sabem quem vai ficar no seu lugar? -Perguntei e Lisa me encarou.

- Sim, Dylan e eu escolhemos um bom secretário -ela disse e eu sorri de


lado.

- Ai Daniel! -ela disse do nada colocando as mãos na barriga.

- O que foi? Você está bem? -perguntei preocupado.

- Sim, ele só está inquieto hoje -diz e eu vou até ela ajudando-a se sentar na
cadeira- Completei 38 semanas hoje.

- Está melhor? -perguntei enquanto ela respirava fundo.

- Estou bem -ela disse e ouvimos a porta da sala de Dylan ser aberta.

Ele passou pela porta com Nate atrás dele falando ao celular, Dylan olhou
para Lisa e andou a passos rápidos para onde estávamos.

- Baixinha -ele disse e eu me afastei um pouco deixando os dois


conversarem.

Dylan olhou para mim.

- Danny está inquieto -digo e Dylan olha para a esposa que concorda.

Os dois começaram a conversar e eu me retirei indo até o elevador onde


Nate ainda falava ao telefone, apertei o botão já que ele não apertou.

- Por favor, agilize isso -ele disse massageando as têmporas.

- Eu não me importo, só dê os papéis o quanto antes -diz e eu vejo o


elevador chegar.

Nate revirou os olhos e desligou o telefone entrando no elevador logo


depois de mim, ele guardou o celular no bolso e cruzou os braços.

- Problemas?
- Você não sabe o quanto -ele diz rindo.

- Por que você está rindo? -perguntei quase rindo dele e não da situação.

- As vezes é bom rir dos nossos problemas -Nate diz.

- As vezes é bom jogar tudo para o alto quando você sabe que não vale mais
a pena -falei e ele foi parando de rir.

- Adam -ele disse- Eu estou tentando.

- Não cara, você está adiando -digo o deixando pensativo.

- Resolva isso se você realmente quiser resolver, caso contrário -o elevador


se abriu- Você só vai desperdiçar seu tempo.

Saio do elevador vendo Nate com o cenho franzido, esse cara tem um
problemão nas costas mas não acho que tenha coragem para resolvê-lo.

Fui até a bancada de Gustavo e apoiei minhas mãos nela, olhei para Josh e
Gustavo que estavam trabalhando concentrados.

- Gustavo -o chamei e os dois parecem acordar.

- Sr. Venturelli -me cumprimenta.

Olhei para Josh que me encarava e pisquei para ele fazendo o mesmo rir
todo envergonhado.

- E o casamento, Joshua? -pergunto e ele sorri.

- Está vindo, Adam -diz- Jon e eu decidimos esperar, quero curtir meu
noivado e falar muito "estou noivo" antes de pular para o "sou casado".

- Graças a Deus isso não vai acontecer comigo, não quero esperar mais
nada -falei.

- Oh, ele cresceu -Josh diz cruzando as mãos e eu reviro os olhos.

- Gustavo, me dê a minha agenda -digo e ele concorda.


- O senhor tem uma reunião agora pela manhã e outra pela tarde -Gustavo
anotou algo e me entregou- A primeira reunião e a segunda -ele apontou no
papel- Irá voltar para a empresa?

Olhei para os endereços e confirmei.

- Josh -o chamei e ele me encarou- Diga a Rubi que iremos juntos para
casa.

Ele acenou e eu guardei o papel no bolso.

Me afastei deles e caminhei para o elevador normalmente.

×××

Melinda voltou para Nova York, Problemas? Sim ou...

Deixem o voto e o comentário!

Até, babys ❤️.

83° capítulo

Rubi

Olhei para os papéis a minha frente e fechei os olhos por intermináveis


segundos.

Que droga!

Eu não consigo me concentrar em absolutamente nada.

Estou com um pressentimento ruim desde aquele pesadelo maldito em que


o homem que eu amo morre nos meus braços, é impossível não me arrepiar
inteira ao me lembrar disso.

Descansei as costas na minha cadeira e olhei para a minha sala tentando não
ficar entediada, passei a manhã inteira tentando trabalhar mas não consegui
nem por um minuto inteiro.

Abaixei o olhar vendo minha barriga e joguei a cabeça para o lado alisando
a mesma.

Passei meu dedo indicador por cima dela e sorri de lado, já amo tanto esses
pinguinhos de gente.

- Papai e eu precisamos escolher um nome para vocês meninas -falei para a


minha barriga.

- Eu até pediria ajuda para Carlos mas ele irá querer chamá-las de alguma
pedra preciosa -digo rindo.

Olhei para frente pensativa

- Talvez não seja uma ideia ruim -mordi o lábio inferior.

- Vocês vão gostar de ter nomes de pedras preciosas não é? Quer dizer, sua
tia e eu gostamos...pouco mas gostamos.

Ouvi a porta ser aberta e Josh passar por ela com o cenho franzido.
- Com quem você está falando? -ele perguntou confuso.

Ele viu minha posição na cadeira e minhas mãos na barriga e abriu a boca
em um "o".

- Ufa -diz com a mão no peito- Já estava discando o número do hospício.

Revirei os olhos.

Josh andou até onde eu estava e se ajoelhou ao meu lado, ele tirou minha
mão e colocou a dele a acariciando.

- E aí bebês? Aqui é o tio Josh. Sou o tio gay mais descolado e gostoso que
vocês vão ter, gostem mais de mim do que do Jon, obrigado -ele diz e dá
um beijo rápido na minha barriga me fazendo rir.

- Espero que eles gostem mais do tio Jon -falo e Josh me imita com uma
voz fina.

- Tio Jon não vai dar doces para vocês, eu vou.

- Você está querendo comprar meus filhos que ainda nem nasceram?

- Sim, vocês entenderam né crianças -ele diz sério e eu empurro seu ombro
o fazendo rir depois.

Josh se levantou andando até a minha frente tendo a mesa nos separando.

- Seu noivo ex cafajeste me disse para te informar que ele irá voltar para
empresa para que vocês possam ir embora juntos -ele diz.

- Certo -falei suspirando.

- Está tudo bem?

- Sim, só estou em um dia ruim -falei e ele concordou.

- Há algo em que eu possa ajudar?


Sorri pequeno.

- Na verdade...

- Pode mandar chefia -Josh diz.

- Estou querendo muito comer aqueles biscoitos -digo e Josh franze o


cenho.

- Biscoitos de gengibre?

Balancei a cabeça confirmando.

- Coisinha, você odeia esses biscoitos -ele diz e eu faço cara feia.

- Estou com desejo, Joshua -falo cruzando os braços.

Josh sorriu de lado.

- Certo -ele diz- Vou comprar os biscoitos, já volto.

Ele se vira para sair da minha sala e rápido percebo que preciso de mais
coisas.

- Você pode trazer também uma lata de leite condensado?

- Ok -ele falou.

- E picles?

Josh parou de andar e se virou para me encarar.

- Picles? Você nunca nem comeu picles.

- Da licença que eu quero picles -falei e ele piscou várias vezes antes de sair
da minha sala.

Josh fechou a porta e eu voltei a olhar para os papéis para ver se consigo
trabalhar normalmente.
(...)

- Pai, eu já disse que estou bem!

Falei pela quinta vez, Carlos está falando comigo no telefone por quase 30
minutos. Ele quer saber dos netos e como eu estou mesmo que eu já tenha o
atualizado de tudo.

5 vezes.

- Aquela fada está cuidando de você direito? Você está se alimentando


corretamente?

- Papi, eu estou comendo direito -falei e vi Josh entrar com os meus


biscoitos de gengibre e a lata de leite condensado, na outra mão estava meu
picles.

- Mi hija, qualquer coisa você pode me ligar. Você sabe disso não sabe?

- Claro que sei, Carlos. Não se preocupe que eu estou bem, vá dá atenção a
Maria agora -ouvi ele rir.

Maria e Carlos estão morando juntos finalmente, depois de tantas investidas


do meu pai ela concordou e agora os dois moram juntos.

- Tudo bem, estou de olho viu mocinha.

- Eu sei -digo.

Me despedi dele e desliguei o telefone vendo Josh abrir a lata e eu abri o


saco dos biscoitos.

- Como você vai comer isso?

- Vou dar um jeito -falei rindo.

Ele abriu a lata de picles e deixou perto de mim, senti o cheiro e até achei
meio bom.
Tirei um de dentro e comi sem rodeios, Josh me olhava com uma careta. Ele
odeia picles.

Mergulhei o mesmo no lata de leite condensado e depois levei até a boca.

Josh fingiu vomitar e depois me encarou.

- Deixaram uma coisa para você na recepção -ele diz e vai até a sua
bancada.

Mordi outro pedaço do picles vendo ele voltar com um buquê de flores
brancas e colocar em cima da minha mesa.

- Quem deixou isso? -perguntei com a boca cheia e coloquei a mão na boca
terminado de mastigar.

- Não sei, passei pela recepção e a mulher me disse que o carinha da


floricultura tinha deixado aqui para você -ele diz e eu largo o picles.

Puxei o buquê e procurei por um cartão que estava enfiado no meio das
flores, coloquei a mão puxando o cartão mas senti algo espetá-la e logo
depois pequenas gotas de sangue aparecerem.

- Ai merda!

- Meu Deus, Rubi! -Josh disse depois que eu gritei tirando minha mão das
flores.

Ele pegou na minha mão analisando e tinha vários furinhos nela com
sangue escorrendo.

- Está doendo muito? -ele pergunta e eu confirmo- Espera aqui.

Olhei para ela que ardia um pouco e olhei para as flores percebendo que em
algumas delas tinham respingos de sangue manchando as rosas brancas,
suspirei alto, como eu não vi que tinham tantos espinhos?

Quem manda flores com espinhos?

Joshua voltou com um vidrinho de líquido transparente e gazes, ele pegou


na minha mão derramando com cuidado na mesma e eu até pensei que iria
arder mas mas não ardeu, Josh fez o curativo com as gazes e logo depois
colocou uma faixa.

- Josh, para que essa faixa? Só as gazes está bom.

- Cala a boca que eu estou fazendo o curativo -ele diz e eu o olho feio-
Estou cuidando de você e dos bebês já que o cafajeste delícia não se
encontra no momento.

Ele terminou de enrolar a faixa e cortou uma pedaço dela com a tesoura.

- Pronto -disse.

Olhei para a minha mão e a apertei de leve com a outra.

- Agora, quem mandou essas flores ridículas? -Josh pergunta.

Ele pegou a tesoura e cortou algumas com cuidado até conseguir pegar o
cartão com a ponta da mesma, ele o puxou e entregou para mim.

O peguei virando e vendo letras digitadas.

"Você é maravilhosa assim como essas flores

Adam V."

Franzi o cenho e olhei para Josh que me olhava com atenção e curiosidade,
entreguei o cartão a ele que leu.

- Adam? -ele pergunta depois de alguns segundos.

- Que estranho.

- Estranho? isso é sinistro Rubi. Essas flores tinham tantos espinhos que
cortou sua mão e seu futuro marido que as mandou? Isso está longe de ser
estranho.

Peguei meu celular de cima da mesa e digitei o número de Adam, levei o


celular até o ouvido e olhei para as flores com o cenho franzido.
O celular de Adam chamou várias vezes mas ele não me atendeu.

- Ele não atende -falei tirando o celular do ouvido.

- Eu ouvi que ele tinha uma reunião agora pela tarde, acho que ele está nela
-disse Josh.

Mandei uma mensagem para ele dizendo para me ligar assim que possível e
deixei o celular na mesa novamente.

- Vou jogar isso fora -Josh diz e pega as flores as tirando da minha mesa.

Me sentei na cadeira passando minha outra mão no meu cabelo, olhei para a
comida a minha frente e suspirei, perdi até a vontade de realizar meus
desejos.

Não vou dizer que não passou pela minha cabeça que Melinda tenha me
mandando essas flores e colocado o nome de Adam.

Será que ela voltou para Nova York? Não, se tivesse voltado Adam me
contaria.

Ou talvez não, eu não o vejo desde de manhã quando ele foi até a sala de
Dylan conversar sobre algo importante...

Porra.

Me levantei da cadeira e caminhei para o elevador a passos rápidos, cliquei


no botão várias vezes até a porta se abrir e eu entrar na caixa de metal.

Apertei o botão do andar de Dylan e esperei alguns segundos até chegar


onde eu queria.

Assim que as portas foram abertas eu saí de dentro do elevador e caminhei


para a sala de Lisa vendo-a no telefone, ela sorriu assim que me viu e eu
apontei para a sala de Dylan vendo ela confirmar.

Lisa olhou para a minha mão e franziu o cenho.

Andei para a sala de Dylan e bati duas vezes antes de entrar, ele estava de
pé mexendo na estante com livros.
- Dylan -o chamei e ele se virou para me encarar.

- Rubi -ele sorriu mas parou assim que viu minha mão- O que houve?

- O que você queria dizer a Adam está manhã?

Ele me encarou novamente.

- Bom...

- Não enrola não, Dylan -falei e ele se aproximou de mim.

- Você não quer se sentar? Parece meio alterada.

- Eu não estou alterada -falei e ele confirmou apontando para a poltrona.

Andei até a poltrona a contragosto e me sentei vendo ele sentar na mesa de


frente para mim.

- Nós o chamamos aqui para dar uma notícia -ele diz cruzando os braços.

- Que é?

- Melinda, ela voltou para Nova York. Não sabemos quando mas apenas
ontem conseguimos uma foto dela andando pelas ruas.

- Você contou a ele esta manhã? -pergunto e Dylan confirma.

- Talvez ele fosse te contar esta noite, Rubi -Dylan diz.

Fiquei alguns segundos em silêncio pensando até Dylan quebrá-lo pegando


na minha mão.

- O que diabos aconteceu com a sua mão?

Suspirei e contei o que aconteceu para ele que ouvia tudo atentamente.

- Você acha que ele tenha mandando? -Dylan pergunta e eu nego.


- Adam não me mandaria flores daquele jeito cheia de espinhos -falo e ele
concorda.

- Vou falar com a recepção e perguntar qual a floricultura -ele diz e se


levanta da mesa- Vou tentar descobrir quem comprou essas flores para
enviar a você.

Me levantei da poltrona e concordei.

- Preciso falar com Adam -digo e ele sorri pequeno com o telefone no
ouvido.

Andei para fora da sua sala e fui até onde Lisa estava, ela perguntou sobre o
curativo da minha mão e eu contei tudo a ela que foi mudando a expressão
conforme eu falava.

- Você acha que foi ela?

- Sim -respondo.

- Rubi, você precisa falar com Adam -ela diz.

- Eu sei, ele está em uma reunião mas assim que acabar ele vem para
empresa para irmos embora juntos.

Olhei para baixo fechando os olhos por alguns segundos e apenas abri
quando percebi Lisa se levantar e parar ao meu lado.

- Você sabe que pode me contar -ela disse alisando meu braço e tirando meu
cabelo do meu rosto.

A encarei sentindo meus olhos arderem.

- Eu estou com uma sensação ruim, Lisa -digo- Eu sonhei com Adam noite
passada...ele morria nos meus braços depois de ser morto por uma pessoa
que não tinha rosto e eu não pude fazer nada -uma lágrima desceu do meu
olho- Essa mulher está me assombrando e eu estou indefesa, eu não sei o
que fazer e nem como agir por que estou com medo dela fazer alguma
locura e tirá-lo de mim.
- Não, Rubi. Ela não vai fazer nada disso, Adam está bem e em algumas
horas ele estará aqui com você, ambos irão para casa conversar sobre isso e
chegar em um ponto. Vai ficar tudo bem.

Ela continuou me confortando até eu me sentir melhor e voltar para a minha


sala.

Eu odeio estar com essa sensação ruim dentro do meu peito mas eu
simplesmente não consigo me livrar dela.

×××

Eu só digo é vixe rsrsrs

Melinda está aprontando algo, mas o que é? Palpites??

Próximo capítulo será tenso,

reparem a pipoca ou talvez o lencinho.

Até, babys ❤️.

84° capítulo

Adam

Olhei no meu celular assim que saí dessa reunião chata para um caralho.

Vi uma mensagem de Rubi estranha e logo depois uma chamada perdida


também dela, franzi o cenho.

Entrei no meu carro vendo várias estrelas no céu e a lua cheia, comecei a
dirigir depois de ligar o carro e liguei para Rubi pelo comando de voz do
Audi.

Seu celular chamou três vezes antes dela me atender.

- Onde você está?

Sua voz parecia abatida e depois de um longo suspiro de alívio sair dela eu
soube que tinha algo de errado.

- Indo para a empresa, o que aconteceu?

- Você me mandou flores?

Flores?

- Que flores?

- Você não me mandou nada?

- Não, eu não sabia que tinha que mandar alguma coisa para você -sorri de
lado- Amanhã eu mando flores e chocolates, talvez ursinhos, e eu estou
estragando a surpresa...

- Adam, alguém me mandou flores hoje se passando por você.

- Como assim, princesa? Eu não mandei nada a você.


- Eu sei, mas eu tenho uma ideia de quem seja -ela ficou em silêncio- Por
que não me disse que Melinda estava de volta em Nova York?

Parei o carro no sinal vermelho e encarei meus dedos no volante.

- Eu iria contar para você hoje.

Ela ficou em silêncio novamente e isso já estava me matando.

- Eu estou dobrando a esquina, me espere na recepção que irei pegar você.


Não saia da empresa.

Ela concordou e desligou em seguida, pisei no acelerador e dirigi mais


rápido. Ultrapassei alguns carros ouvindo buzinarem para mim e até alguns
xingamentos.

Depois de minutos eu cheguei na frente da empresa e estacionei o carro de


qualquer jeito, saio do mesmo andando para a recepção.

Olhei em volta e não a vi em nenhum lugar, que merda! Por que ela não está
aqui?

Fui até a recepcionista que me encarou com atenção.

- Você viu a srta. Mendoza por aqui? -pergunto.

- Não, Sr. Venturelli. Creio que ela ainda não tenha descido.

Olhei para os elevadores e fui até eles rapidamente, cliquei nos botões e
nenhum dos dois abriu, ambos estavam em andares diferentes de Rubi e de
Dylan.

Olhei para a escada e joguei a cabeça para o lado, porra, que Deus me ajude
mas eu preciso vê-la urgente.

Fui para a escada e comecei a subir os lances de escada, agradeci por não
ser tão sedentário e gastar algumas horas fazendo exercício físico.

Subi lances e mais lances até chegar no nosso andar mas infelizmente a
porta estava fechada, forcei a mesma mas não consegui abrir.
Subi mais degraus até chegar no andar de Dylan e consegui abrir a porta a
forçando um pouco, passei por ela e andei até chegar na entrada, olhei para
a sala de Lisa e ela não estava, fui até a sala de Dylan e ele também não
estava.

Cadê esse pessoal?

Suspirei frustrado e fui para o elevador, apertei o botão ficando vários


segundos esperando por ele até que o mesmo chegou.

Entrei na caixa de metal e cliquei no botão do nosso andar, procurei pelo


meu celular nos bolsos mas não o achei.

As portas se abriram e eu andei até a sala de Rubi vendo ninguém, Gustavo


e Josh já tinham ido embora e eu passei pela minha sala rapidamente apenas
para checar.

Abri a porta e entrei nela indo direto para a minha mesa ver se tinha algum
recado de Rubi até que ouço a porta atrás de mim ser fechada com força.

Olhei para trás vendo a silhueta da mulher que está me tirando do sério cada
dia que se passa, eu já estou ficando puto.

- Como você entrou aqui? -Perguntei e ela sorriu de lado.

- Não é muito difícil, é só estar bem arrumada -ela passou a língua nos
lábios- Ou talvez um acidente com um café no meio da recepção tire a
atenção de algumas pessoas, seguranças principalmente.

- O que você fez?

- Nada, por que as pessoa acham que eu vivo fazendo alguma coisa -
Melinda riu descontroladamente- Que patético.

Ela começou a falar algumas coisas estranhas até parar e sorrir na minha
direção, ela parecia estar drogada.

- Porque você faz Melinda, você roubou a empresa da sua melhor amiga,
você a ameaçou dizendo que iria tirar tudo dela. Que espécie de pessoa
você é?
Joguei verde.

- Cala a boca -ela disse.

- Você sempre teve inveja. Rubi sempre teve tudo com o carisma e a
gentileza dela, já você a pobre amiga que teve que roubá-la para ter alguma
coisa.

- Cala a boca! Cala a boca! -ela diz colocando as mãos na cabeça.

- Como você dorme a noite? Deve ter algo de errado com você para não
sentir culpa, eu no seu lugar teria vergonha.

- Se você não calar a boca...

- Admita o que você fez!

Melinda levou a mão direita para trás do corpo e arregalei os olhos quando
ela tirou uma arma de lá apontando para mim no segundo seguinte, dei um
passo para trás vendo um sorriso sádico nos seus lábios. Ela está
completamente desequilibrada.

Puta que caralho.

- Quer saber, Adam? -ela se aproximou um pouco- Eu vou contar a você,


mas apenas porque eu tenho a garantia de que você não vai sair vivo para
contar a história.

- Melinda... -olhei para o cano da arma apreensivo, porra! Eu tenho três


bebês a caminho caralho.

- Calado! Você quer me ver admitir? Tudo bem, será a última coisa que
você vai escutar.

A olhei apavorado pela minha vida, apavorado com a ideia de realmente


morrer e deixar minha mulher e meus filhos para trás.

Me afastei mais um pouco até bater as costas na parede, ela segurava a arma
firme e logo depois a destravou. Prendi a respiração e ela riu.
- Não ache que eu não sei usar umas dessas -olhei para a arma- É a minha
preferida, foi ela que eu usei no meu primeiro tiro ao alvo, fui no exterior
apenas pegá-la para você.

Mulher doida do caralho.

Ela passou a outra mão no nariz como se estivesse o limpando e seu estado
apenas me fez confirmar o meu ponto, ela estava terrivelmente drogada.

Rubi

- Cadê esse loiro?

É a terceira vez que eu ouço Lisa perguntar isso, olhei a hora no meu celular
e tentei ligar para ele novamente, mas Adam não me atendia.

- Eu não sei -digo com a mão no peito me sentindo se ar de repente, tem


algo errado.

- Ele deveria estar aqui, não é? Ele pediu para você esperá-lo na recepção.

A voz de Dylan preencheu meus ouvidos e eu concordei com ele.

- Será que ele está estacionando o carro? -Lisa pergunta e eu olho para a rua
através dos vidros.

- Aquele não é... -Dylan aponta.

- O carro dele -completo começando a andar para fora da empresa com os


dois atrás de mim.

Caminhamos até o carro e eu coloquei as mãos na janela para enxergar


dentro do veículo, no banco do passageiro estava o seu celular com as
notificações das minhas várias ligações.

- O celular dele está aqui -digo.

Levei minha mão até a porta e a puxei vendo que Adam deixou o carro
aberto, franzi o cenho e olhei para eles que estavam do mesmo jeito que eu.
- Ei, o que vocês estão fazendo aqui?

Olhamos para o lado e vimos Nate guardando o celular no bolso, ele olhou
para o carro e logo depois para nós.

- Cadê a Tinker? -ele pergunta.

Dylan explicou tudo a Nate enquanto eu encarava o celular dentro do carro.

Se Adam não está aqui fora então ele deve estar dentro da empresa,
provavelmente ele foi atrás de mim quando não me viu aqui embaixo, nos
desviamos rapidamente para Lisa ir ao banheiro porque ela estava apertada
e eu também estava.

- Ele deve estar lá em cima -falei- Vou chamá-lo.

- Nós vamos com você -Nate disse e eu concordei.

Começamos a andar para dentro da empresa mas uma voz masculina me


chamou e eu virei o rosto vendo o mesmo cara da cafeteria, ele estava sem
fôlego como se estivesse corrido uma maratona e tinha marcas de cordas no
pulso.

- Rubi -ele disse se aproximando de nós.

- O que...

- Me chamo Allan Hunter -ele disse meio ofegante e os meninos se


aproximam um pouco com a menção do nome- Eu tentei impedir que
Melinda fizesse alguma coisa mas ela está fora de si, está completamente
drogada.

Meu coração se apertou imediatamente.

- Do que você está falando? -Nate perguntou.

- Ela dizia que viria atrás de quem ela ama, que não ligava para você Rubi.
Ela quer ficar com Adam -diz- Ela me disse que viria até aqui e o teria de
uma vez por todas, ela está completamente obcecada.
Ele me encarou no fundo dos olhos.

- Melinda quer matá-lo e depois quer se matar, precisamos impedir -ele diz
e Dylan puxa Lisa para perto dele.

- Onde ela está? -pergunto engolindo seco- Onde ela está!?

- Ela estava vindo para cá, eu tentei impedir mas ela me acertou na cabeça e
depois me amarrou.

Olhei para cima vendo o prédio da empresa e por um segundo meu coração
parou, a sensação ruim voltou com tanta força que eu me senti meio tonta e
apenas os braços de Nate me ajudaram.

- Como podemos acreditar que você está falando a verdade? Não sabemos...

- É verdade -Allan corta Dylan- Rubi, eu passei meses me escondendo e


tentando não me sentir culpado mas eu não consigo, eu quero pagar pelas
coisas que fiz e quero pelo menos fazer alguma coisa útil, então...acredite
quando eu digo que ela estava vindo atrás de Adam.

- Você a roubou -Dylan diz e ele acena.

- Sim, Melinda e eu roubamos você -Allan olhou para mim com culpa na
voz- Não espero que me perdoe, eu só não aguento mais carregar tanta
culpa.

E estou pronto para assumi-la, irei confessar o crime e puxar Melinda para a
cadeira junto comigo.

Era bom descobrir quem roubou minha empresa, mas apenas uma coisa
estava me tirando minha paz. Eu preciso saber se ele está bem, se ele está
com ela, se ele está vivo... não, não, ele não pode morrer nas mãos daquela
psicopata!

- Adam...eu preciso...

- Calma, Rubi. Cuidado com os bebês -Lisa diz e eu respiro fundo.

- Vamos subir e ver...


Nate parou de falar quando algo atravessou a vidraça do prédio fazendo
vários estilhaços de vidro caírem a alguns metros de distância segundos
depois, abri a boca reprimindo o choro quando percebi que tinha acabado de
acontecer um tiro. Todo o sangue no meu corpo foi drenado enquando eu
me recusava a acreditar no que estava acontecendo.

- Dylan! -Nate grita olhando para cima.

- Merda -Dylan estava quase em pânico.

Os dois correram para dentro da empresa, algumas pessoas pararam de


andar na rua e encaravam o prédio tendo a vidraça do nosso andar
destruída.

- Nós fomos ao exterior, ela me disse que iria tentar esquecê-lo e seguir com
a vida dela mas era tudo mentira, ela viajou apenas para pegar a Cony.

- Cony? O que é Cony? -Lisa pergunta confusa.

Olhei para cima novamente sentindo meus lábios ficarem secos.

- É o nome que ela deu a sua arma -falei, Melinda falava dessa arma para
mim constantemente quando éramos amigas. Ela até brincava comigo
falando que um dia poderia até cometer uma locura, mas nunca acreditei
que poderia fazer aquilo de fato como está fazendo agora.

Movi minhas pernas para dentro da empresa ouvindo Lisa gritar meu nome,
entrei na recepção e gritei para todos saírem do prédio imediatamente.

Lisa veio até mim e me olhou apreensiva.

- Chame a polícia -digo e ela assente.

Com tanta gente saindo do prédio e ela concentrada em falar com a polícia
eu andei a passos rápidos para o elevador apertando no botão, ele por
incrível que pareça não demorou a chegar e eu rapidamente já estava dentro
dele indo em direção ao meu andar, eu não conseguia ficar parada, eu não
conseguia.
×××

O comparsa está disposto a confessar e se entregar, pelo menos isso né


amado? Pois é, vamos esperar cenas dos próximos capítulos aqui na
rede babacas de terno 😉 Alguém tira meu celular por favor?
Obrigada.

Comente e vote, é super importante.

Até, babys ❤️.


85° capítulo

Adam

- Não se mexe!

Ouvi sua voz e apertei os punhos, Melinda ainda apontava uma arma para
mim e agora eu estava de costas para ela rezando para cair um meteoro para
atingir sua cabeça.

- Se você tentar mais alguma gracinha, dessa vez eu vou atirar em você -ela
fala, tentei tirar a arma das suas mãos mas ela ameaçou atirando na vidraça
a poucos minutos atrás.

Travei o maxilar e olhei para estante vendo uma foto de Rubi que tirei em
Paris, ela sorria mexendo no cabelo e a blusa com um nó por conta do
sorvete que derrubaram nela, Deus, eu quero ver tanto esse sorriso
novamente.

- Levante as mãos -ela disse e eu fiquei no mesmo lugar.

Ouvi seus passos atrás de mim e logo o cano da arma tocar na minha nuca,
suspirei puto.

- Levante as mãos.

Rosnei fazendo o que ela pediu, Melinda riu levando sua outra mão até os
meus ombros, ela passou os dedos pela minha costa e em seguida senti seu
corpo colar no meu.

- O que você está fazendo? -perguntei olhando por cima do ombro.

- Eu amo você, Adam. O que custa você ficar comigo e deixar aquela
vagabunda de lado, aposto que ela não te satisfaz e nem te ama do jeito que
eu amo.

- Você precisa ser internada -falei e ela riu alto.


- Não podem internar gente morta.

Melinda me soltou, mas ainda tinha a arma mirando na minha cabeça.

- Por favor, para com isso. Você não me ama, Melinda...você está obcecada.
Por favor, me dê a arma e nós podemos resolver isso -falei com calma
olhando para a foto de Rubi.

- Eu estava bem, Adam. Eu estava bem até ver aquela maldita notícia no
jornal -ela riu novamente, eu pude ouvir algumas batidas e eu acho que ela
estava batendo em si mesma.

- A notícia em que você estava esperando um filho com ela, não, isso eu
não consigo aceitar.

- Por favor, me dê a arma.

- Não! Você não entende, você não entende! Eu tinha você mas ela veio e
roubou você de mim, você era para ser meu e não dela, você não entende
isso!?

- Eu entendo -menti- Eu entendo, Melinda. Agora me dê a arma e vamos


conversar.

Ela desceu a arma da minha nuca e foi a arrastando pela a minha costa e se
afastou, me virei lentamente vendo-a com a arma abaixada ao lado do seu
corpo magro.

- Me dê a arma -falei a olhando.

Melinda levantou o braço estendendo a arma, me aproximei devagar para


pegar da sua mão, mas ela rapidamente a ajeitou apontando para mim
novamente.

- Você acha que eu sou idiota? -ela pergunta rindo- Não sou ela, Adam. A
CEO burra que perdeu milhões da empresa do pai para o noivo traidor.

Melinda fez um biquinho e logo depois sorriu com escárnio.


- Foi tão fácil roubá-la, só precisei droga-lá e pegar aquelas malditas
senhas... não dizem que a facada vem sempre das pessoas que você menos
espera -ela riu- Allan me ajudou com isso tudo. Você já o viu? Já viu o
quanto ele se parece com Julian? Ele foi perfeito para o meu plano -Melinda
andou até mim lentamente- Uma pena que era apaixonado por mim...mas
ele não é quem eu quero.

Ela colocou a arma debaixo do meu queixo e deu um beijo no meu maxilar
indo até a minha boca lentamente.

- Eu sonhei tantas vezes com você me fodendo, Adam. Você poderia fazer
isso uma última vez antes de nós dois morrermos -ela encostou os lábios
nos meus e eu apertei meus para não beijá-la.

Ela se afastou sorrindo e passou a outra mão no meu cabelo, as pupilas


dilatadas e as bochechas vermelhas, acho que ele estava batendo no próprio
rosto ainda agora.

- Você ainda tem o mesmo gosto do qual eu me lembro -ela disse, olhei para
os seus braços vendo várias marcas de agulha.

- Você precisa de ajuda.

Ela parou de sorrir e bufou irritada, Melinda colocou a arma na minha testa
e eu respirei fundo.

- Adeus, Adam.

Naquele momento eu senti meu sangue sair do meu corpo, pensei nos meus
filhos que eu ainda nem tive a chance de ver o rosto, pensei na minha
família e pensei nela. A única mulher que eu amei de verdade, eu quero
dizer isso a ela todos os dias, dizer o quanto ela fica bonita usando qualquer
coisa e ouvir seus resmungos pela manhã quando está com preguiça de
acordar.

Eu tinha essa necessidade porque Rubi era tudo o que eu precisava, desde
que pus meus olhos nela eu já sabia que ela seria a mulher da minha vida.
Eu só quero amá-la e ouvi-la.

Bom, eu ouvi alguma coisa. Felizmente não foi o barulho da bala


atravessando minha cabeça, mas sim o barulho da porta e o rosto do meu
irmão aparecer logo depois.

- Adam -ele disse assim que me viu.

Melinda se virou olhando para trás e na mesma hora eu fui para cima dela
tentando tirar a arma da sua mão, Dylan se aproximou de nós dois e segurou
Melinda já que eu segurava suas mãos.

Ela apontou para cima enquanto se debatia e acabou atirando novamente


assim que mirou para a vidraça, a bala atravessou a janela tão rápido que eu
apenas vi o sobressalto de Dylan e alguns pedaços do resto do vidro caindo
no chão.

Nate entrou na sala, graças a Deus, e foi até nós puxando a arma da mão de
Melinda com uma certa força e se afastando, ele travou a arma e guardou na
sua cintura rapidamente, agradeci por ele saber conduzir uma garças a
algumas idas de tiro alvo na adolescência.

Dylan e eu soltamos Melinda que fazendo força acabou caindo no chão, ela
caiu colocando as mãos no peito olhando para nós três.

- Você está bem? -Dylan pergunta me olhando com as mãos no joelho.

- Estou -respondi ofegante.

- Você iria ser tão feliz comigo, Adam. Você é um babaca por não enxergar
isso -ela gritou na nossa direção e Nate fez uma careta.

- Caralho -ele disse baixo.

- Ela está drogada, está fora de si -falei.

- Você vai para a cadeia, donzela -Dylan disse se levantando.

- Ela é doida, cara. Ela tem que ir para o hospício -Nate disse.
- Vamos fazer ela ir para a cadeia...

Eles começaram discutir para onde levariam a mulher que tentou me matar
a 2 minutos atrás com ela nos encarando como se estivesse em outro
planeta.

- Rubi, onde ela está? -perguntei preocupado.

- Ela está lá embaixo com a Lisa e Allan -Dylan diz e eu franzo cenho.

- Allan? Porra Dylan! Você deixou sua esposa e minha noiva ambas
grávidas com o cara que provavelmente é um sociopata!?

Dylan piscou várias vezes e tocou no nariz.

- Não?

- Porra! Fiquem de olho nela...

Quando eu estava pronto para correr para fora da minha sala eu vejo a
mulher da minha vida passando pela porta desnorteada e com o rosto
assustado.

Rubi encarou todos mas seus olhos só se fixaram quando encontraram os


meus, ela se aproximou de mim lentamente me analisando.

- Adam...-seus olhos encontraram os meus novamente.

- Princesa.

Ela correu até mim e eu corri até ela sentindo seus braços me abraçarem
com força e um soluço alto sair da sua garganta, beijei seu ombro e ela me
apertou mais.

- Eu pensei que...eu pensei...

- Está tudo bem, princesa.


Ela se afastou um pouco para me encarar e levou as mãos para o meu rosto,
lágrimas de alívio desciam pelo seus olhos.

- Você está vivo -ela analisou meu rosto- Eu pensei que ela....a bala...

Balancei a cabeça negando e peguei na sua nuca puxando para mim, a beijei
ternamente sentindo suas lágrimas salgadas.

Rubi estava vendo que eu estava aqui com ela, mas eu sabia que ela ainda
estava apavorada, eu não a culpo. Essa mulher quase me mata, nunca a
perdoaria pelo o que ela fez minha princesa passar.

- Eu estou bem, vai ficar tudo bem -falei baixo apenas para ela escutar- Eu
amo você.

- Eu amo você -ela disse e me abraçou apertado mais uma vez.

- Dylan!

Ouvimos a voz da Lisa e logo a barriguda apareceu na sala com policiais


atrás dela.

- Ai meu Deus -ela disse e andou até ele o abraçando, ele sorriu e a abraçou
de volta.

Nate falou com os policiais e os mesmo colocaram as algemas em Melinda


que se levantou do chão encarando Rubi e eu.

- Eu odeio vocês -ela disse com a voz irritada.

- Leva logo essa maluca daqui -Lisa diz irritada e os policiais a obedecem.

Eles levaram Melinda que relutou um pouco mas eles conseguiram levá-la,
Rubi passou a mão no rosto e eu abracei de lado.

- Vamos embora -falei e Rubi pegou no meu peito.

- Você não está machucado? Não quer ir ao hospital? -Rubi pergunta.

- Não, eu estou bem -falei.


- Cara, vamos só ver se sei lá...você bateu... -Nate começa e eu o corto.

- Desnecessário, eu estou normal -falei.

Rubi me analisou em silêncio e eu já tinha tomado minha decisão.

- Ninguém vai para o hospital! -falei em alto e bom tom.

- Dylan -Lisa pegou na gravata do marido- Minha bolsa.

Rubi arregalou os olhos e nós três franzimos o cenho, por que Lisa quer a
sua bolsa agora?

- Bolsa? Deve estar na recepção, baixinha. Vamos lá pegar -Dylan diz e


Lisa a olha irritada.

- Não! Seu...babaca! Minha bolsa estourou -ela diz e aponta para o chão
onde tinha água, caralho parece uma cachoeira.

- Ai meu Deus! -Rubi disse com as mãos na boca.

Todos olharam para mim ao mesmo tempo com uma sobrancelha erguida
como se me perguntassem "E agora, babaca?".

- Vamos para o hospital! -gritei e eles concordaram indo até Lisa.

×××

Partiu hospital!!

Para uma coisa boa ksksksk

Daniel está vindo.

Próximo capítulo vamos precisar puxar um pouco a memória do


primeiro livro (Acordo com o babaca). Espero que ainda se lembrem
um pouco do que aconteceu, lembrando que escrevo os livros em
ordem.

Até o próximo capítulo, babys ❤️.

86° capítulo

Rubi

Passamos pela porta do hospital ouvindo alguns gritos de Lisa que de


acordo com alguns livros que li são as contrações, Daniel está chegando!

- Calma, baby -Dylan disse e Lisa lançou um olhar mortal para ele- Ou
não...pode não ficar calma se você quiser.

Dylan e Nate seguravam Lisa e Nate riu baixo da cara de medo do primo.

- Está rindo do que, Nathaniel? -Lisa pergunta e Nate engole em seco.

- Nada não, vamos colocar você ali naquela cadeira de rodas -ele disse
rápido e os dois se apressaram para colocar Lisa na cadeira.

Ela se sentou com cuidado e Dylan a levou até a recepção com Lisa
inspirando e expirando várias vezes.

- Você vai ser assim também? -Adam pergunta ao meu lado.

- Provavelmente -digo e ele olha para o céu pedindo ajuda.

- Não vou brigar com você -falei olhando para frente- Talvez eu bata mas
brigar não.

- Hum ok, bem melhor -diz irônico me fazendo rir.

Chegamos até onde Lisa e Dylan estavam e segundos depois algumas


pessoas vieram até Lisa e empurrando a cadeira de rodas, perguntaram
quem era o pai e Dylan foi com eles nos deixando na sala de espera.

- Liguem para os outros! -ele gritou antes de sumir.

- Sabemos! -Adam gritou de volta.


Nate tirou o celular do bolso e eu tirei o meu da minha bolsa preta que eu
peguei na bancada da recepção da empresa, liguei para as meninas e as duas
estavam correndo para cá, Adam ligou para os pais e Nate ligou para Peter.

Terminamos de fazer as ligações e Nate saiu da sala de espera dizendo que


ia comprar água, mas eu sei que ele queria nos deixar sozinhos.

Me sentei na cadeira azul e Adam se sentou ao meu lado, ele passou a mão
pelo meu rosto e desceu para a minha barriga.

- Eu falei com Allan Hunter -digo e ele me encara- Ele está disposto a falar
com a polícia e confessar todo o crime levando Melinda com ele.

Quando estávamos saindo da empresa para vir ao hospital nós falamos com
os policiais dizendo que não era uma boa hora para dar testemunho porque
nossa amiga estava prestes a ter um filho. Adam, Dylan e Nate falaram com
os polícias e minutos depois nós estávamos vindo para o hospital.

Antes de sairmos eu vi Melinda sendo colocada no carro com as mãos para


trás algemado e logo depois Allan entrar no carro na mesma situação.

Ele ainda olhou para mim e sussurrou um "Me desculpe" antes de entrar no
carro.

- Melinda me contou um pouco sobre o plano de roubar você -Adam diz-


Nós estávamos meio que certos, ela realmente drogou você e colocou Allan
no lugar de Julian, bem novela mexicana.

Adam apertou minha mão e eu ri baixo.

- Eu sinto muito -ele disse e a beijou.

- Eu também -digo.

Ele beijou minha testa e logo depois meus lábios, nos afastamos e ele sorriu
para mim.

- Estamos bem, finalmente -ele disse.


Me senti bem no mesmo instante, mesmo que poucas palavras de Adam
foram reconfortantes para mim porque somente vindo dele eu sabia que era
verdade, realmente estávamos bem.

Lisa Venturelli

Eu amo tanto meu marido.

Dylan Venturelli me teve desde a primeira vez que me beijou em uma estufa
na casa dos pais, demorei algumas semanas para admitir mas aqui estamos
nós, prontos para receber Danny nas nossas vidas.

Ter um filho com ele apenas soma o amor que sentimos e dobra nossa
felicidade, Daniel foi muito esperado por nós e finalmente nosso filho está
chegando.

- No que você está pensando? -Dylan perguntou ajeitando os lençóis da sala


privativa e eu olhei para a minha camisola do hospital.

- Nós dois e no Danny -digo e ele sorri terno.

- Não vejo a hora de segurá-lo -Dylan diz animado.

- Eu amo você -falei e ele se aproximou de mim.

- Eu também amo você, minha baixinha -ele me deu um beijo suave.

- Me desculpa por estar brava com você ainda agora, eram as contrações
falando e além do mais...eu estou dilatando, porra -digo e ele concorda me
beijando uma última vez antes de se afastar.

Ouvimos um barulho na porta e logo em seguida um homem passou por ela,


ele vestia um jaleco e tinhas as mãos dentro do bolso do mesmo.

- Olá -ele diz e se aproxima de nós dois.

- Oi, onde está a doutora Avelar? -Perguntei.


- Bom, a doutora Avelar não está na cidade no momento -ele diz e Dylan
faz sua cara de irritado- Ela precisou está em uma conferência e só volta
pela manhã.

Ele tirou luvas do bolso do jaleco e as vestiu.

- Eu irei fazer o seu parto -ele diz e pega a minha ficha que estava na frente
da cama.

- Me chamo Luan Davis, sou médico obstetra e espero que possa...-ele


olhava para a minha ficha, mas foi parando de falar.

Dylan olhou para mim com cenho franzido e o rosto confuso, o que houve?

- Você se chama Lisa Morris? -ele perguntou me encarando e Dylan se


aproximou de mim.

- Sim, esse é meu nome de solteira -falei.

- Não acredito -ele disse meio surpreso.

- O que? Por que?

- Me dê um bom motivo para não te expulsar dessa sala -Dylan diz


apertando os punhos.

Meu Deus, Dylan quer matar meu médico.

- Não, espera -O médico disse com as mãos levantadas- Eu não sou ele, não
me compare.

- Dylan -peguei no braço dele- Não estou entendendo.

- Baby, o sobrenome -Dylan diz e eu olho para o médico.

Não pode ser.

- Davis... -falei baixo.


Davis, esse era o sobrenome do homem que fez a minha vida um verdadeiro
inferno quando eu tinha 17 anos, o mesmo homem que me sequestrou e
pretendia me levar para longe de todos e me matar depois, esse médico
aparentemente meu médico, é filho do homem que me estuprou e me bateu
durante meus 17 anos inteiros.

- Não...-falei.

- Por favor -ele disse- Eu não sou como Bob Davis, não me compare a ele.
Eu tenho uma família e nunca faria nada do que ele fez com você.

Dylan apertou minha mão.

- Eu sinto muito pelo o que ele fez vocês dois passarem, eu não posso
imaginar a dor que vocês sentiram. Eu fiquei sabendo pelos jornais o que
aconteceu e só queria ter evitado tudo isso -ele disse com pesar.

- Bob me disse que você estava atrás da sua mãe, você a achou? -Perguntei
e Dylan me repreendeu com o olhar.

Bob antes de morrer me contou sobre esse suposto filho que está na minha
frente agora, ele me disse que o mesmo tinha ido atrás da mãe para
conhecê-la, se eu não me engano ela era prostituta e usava drogas.

- Sim, eu a achei -ele sorriu- Ela está melhor agora, livre das drogas e
prostituição.

Suspirei e Dylan me encarou.

Menos mal.

- Por que você deu aquela casa a ele? -Perguntei para o médico sem encará-
lo.

Quando Bob me sequestrou ele pretendia me levar a uma casa distante de


Nova York e essa casa era do filho dele, Davis me disse que tinha pegado a
chave com o filho.

- Eu não dei, Bob roubou a chave e sumiu tempos depois -explica.


- Eu realmente sinto muito pelo o que aconteceu, eu não deveria, mas eu me
sinto melhor por saber que aquele homem está morto. Ele teve o que
mereceu.

Dylan ouviu tudo atentamente e relaxou as costas.

- Eu não quero perturbá-los, isso foi uma coincidência incrível -ele disse e
vi sinceridade nas suas palavras- Espero que possamos ter uma conversa
decente qualquer dia e não quando você irá dar a luz daqui a alguns
minutos.

- Eu também espero -falei e ele concordou.

- Eu vou chamar outro médico para vocês -ele disse e apontou para trás
dele- De novo, eu sinto muito.

Acenei vendo ele virar para sair, senti outra contração vindo e apertei os
lençóis da cama gritando de dor.

- Dylan...

Ele olhou para mim e fechou os olhos por um momento e os abriu de novo
chamando pelo doutor.

- Sr. Davis -Dylan o chama antes dele sair do quarto.

Ele olhou para nós e focou seu olhar em mim, seus passos foram rápidos até
nós e ele mexeu na sua luva.

- Você não parece bem -ele disse e mexeu nas minhas pernas as abrindo.

- Você precisa ir para a sala de parto -ele encarou Dylan- Agora.

Deitei minha cabeça no travesseiro e senti outra contração, Dylan apertou


minha mão e me ajudou. O doutor saiu da sala e voltou logo depois com
alguns homens de branco que mexeram na minha cama e a moveram para
fora da sala.

Dylan não saiu do meu lado em nenhum momento.


- Vamos trazer seu bebê ao mundo -O doutor disse com um sorriso sincero.

Dylan sorriu para mim e beijou minha mão.

(...)

Dylan Venturelli

Eu estou com tanto aperto no coração! Não gostei de ver minha esposa
passando por essa dor que deve ser horrível.

Danny está a deixando exausta!, meu filho já deixa as mulheres exaustas


desde de cedo.

Sorri de lado, mas depois parei.

- Vamos lá, Lisa. Faça mais força -O médico Davis a incentiva e ela
obedece.

Nem acredito que o filho do homem, que mesmo que morto eu o odeio com
toda a minha força, esteja fazendo o parto da mulher que o pai quase mata.

Céus.

Isso é tão estranho.

Eu sabia que Bob Davis tinha um filho mas eu não sabia que ele iria fazer o
parto do meu filho, como eu disse, isso é tão estranho.

Olhei para Lisa e ajeitei minha toquinha e luvas, eu usava uma máscara e
uma roupa azul especial para a sala de parto.

Minha esposa fazia força tentando trazer Daniel ao mundo, mas ela parecia
tão cansada, me aproximei dela e peguei na sua mão. Ele me olhou com a
testa suada e eu prontamente limpei sua testa, abaixei a máscara e olhei no
fundo dos seus olhos.

- Você consegue -falei.

- Eu não consigo -ela falou balançando a cabeça.


- Claro que consegue, baixinha. Você enfrentou tanta coisa, você consegue
trazer Daniel para nós -apertei sua mão- Eu sei que consegue.

- Vamos, Lisa -O doutor diz- Só mais um pouco.

Ela beijou minha mão e concordou, Lisa foi fazendo o que o doutor pedia e
eu não soltei sua mão em nenhum momento.

Depois de alguns minutos nós ouvimos um barulho de choro e eu sorri


alegre sabendo que era o nosso primeiro filho chegando para nós.

Fui até onde meu filho estava e sorri vendo-o pela primeira vez, foi uma
sensação indescritível. Ele parecia tão frágil e vulnerável e ali eu soube que
eu amava aquele moleque mais do que a mim mesmo.

Cortei o cordão umbilical e os médicos os levaram para o canto da sala,


voltei para onde minha baixinha estava.

- Danny -Lisa disse encostando a cabeça e fechando os olhos por alguns


segundos.

- Ei -a chamei e ela abriu os olhos- Você conseguiu.

- Eu sei, eu sou incrível -ela disse me fazendo rir baixo.

Olhei para o lado e vi os médicos o limpando e enrolando em uma manta.

- Onde ele está? -Lisa pergunta meio impaciente.

- Lá vem ele -digo e ela olha para o médico que vinha na nossa direção.

- Aqui está o bebê Daniel -o doutor disse e o entregou para Lisa com
cuidado.

Ela olhou para Danny e percebo seus olhos se encherem de água.

- Oi, meu amor -ela disse com uma voz de choro.

- Muito obrigado por me deixar fazer isso -Doutor Davis diz- Espero que
vocês fiquem bem com o novo bebê da família.
Estendi minha mão a ele que a pegou.

- Espero que tudo dê certo para você -falei e ele concordou com um sorriso.

Ele se virou para falar com o restante dos médicos e eu me virei para falar
com a minha família.

Me inclinei na direção de Lisa que me encarou e na mesma hora eu a dei


um selinho demorado.

- Obrigado -falei e ela franziu o cenho- Obrigado por me dar o meu filho,
por formar uma família comigo -falei e ela sorriu colocando a mão no meu
rosto.

- Eu faria tudo com você, meu arrogante gostoso.

Sorri na sua direção e nós dois olhamos para Danny que se mexia um pouco
com os olhinhos fechados. Lisa passou o dedo indicador com cuidado na
sua testa e eu me acomodei ao lado dela para admirar meu filho.

Felicidade não cabia dentro do meu peito.

×××

Aaaaaa baby Danny nasceu!!!

Amém kakaka.

Espero que tenham gostado desse pequeno Bônus de Dylan e Lisa,


estavam com saudades do nosso arrogante gostoso e nossa baixinha?

E o médico Davis hein, quem diria...

Quem ainda não consegue lembrar quem é Bob Davis eu tentei resumir
um pouco neste capítulo.

Até amanhã, babys ❤️.


87° capítulo

Rubi

- Emily, você pode nos soltar agora.

- Não quero.

Olhei para Adam que sorria de lado. Brooks estava agarrada a nós dois faz
uns 10 minutos.

Susie, Nate e Peter nos encaravam com os braços cruzados e a loira não nos
largou desde que contamos o que aconteceu com Melinda. Emy quase
chora.

- Nós estamos bem, Brooks. Ela já foi presa -Adam diz e ela concorda nos
soltando devagar.

- Certo -fala limpando uma lágrima solitária.

- Ei, eles estão aqui não estão? -Susie perguntou se aproximando de Emy e
a abraçando de lado para confortá-la.

- Eu sei, é que eu não sei lidar muito bem quando alguém tenta matar meus
amigos -Emily debocha.

- Já acabou, Emy. Melinda e Allan vão pagar pelo o que fizeram, agora eu
só quero ficar com vocês e ver o bebê Danny -digo alisando seu braço.

- Ok -ela fala e Susie entrega um lenço branco a ela.

- Relaxa, loirinha. Você não vai se livrar de nós tão cedo -Peter diz com um
sorriso malicioso e ela o encara.

- Me livrar de você agora me deixaria mais feliz -Emily fala depois de usar
o lenço.

- Estar tomando sorvete agora me deixaria mais feliz -Susie diz colocando
as mãos no bolso de trás da calça jeans.
- Por que os partos demoram tanto? -Adam pergunta- Pensei que fosse só
empurrar o bebê para fora, faça isso princesa.

- Cala a sua boca -brigo com ele que aperta os lábios.

- Estamos aqui faz apenas 4 horas -Susie diz.

- Apenas? -Nate pergunta incrédulo.

- No nascimento dos três você acha que vamos ficar aqui quanto tempo? 30
minutos? -perguntei a Adam.

- Isso, princesa. Energia positiva -ele diz e eu reviro os olhos.

Ouvimos alguém entrar na sala de espera e olhamos para a porta vendo


Dylan passar por ela todo sorridente.
Nós paramos um ao lado do outro e olhamos para ele ansiosos.

- Ele nasceu! -Dylan falou levantando os braços e logo depois nós fizemos
o mesmo.

Fomos para cima dele o felicitando e eu pude ver o quanto meu cunhado
estava radiante.

- Podemos vê-lo? -Susie pergunta e ele confirma.

Dylan chamou por nós e o seguimos passando por alguns corredores até
chegar na sala privativa, abrimos a porta sem fazer barulho, Dylan entrou
na sala primeiro e logo depois as meninas e eu, olhei para os três atrás de
nós dizendo para não fazerem barulho, mas pedir para três marmanjos
enormes não fazer barulho é um grande desafio da vida.

- Olha aí Adam! Eu ainda preciso do meu braço! -Nate falou para Adam
que o apertou na porta sem querer.

- Não foi culpa minha! Olha o tamanho desse cara aqui, vai atrás da da
Wendy seu Peter Pan do caralho -Adam falou irritado olhando para Peter
que estava de lado tentando passar pela porta.
- Qual o problema de vocês? -Emily perguntou rindo vendo a cena à sua
frente.

- Adam! Você está abusando de mim! -Peter falou alto.

Adam bateu em Peter e ele revidou.

- Saiam daqui, me deixem passar -Nate gritou com eles.

- Gente, por favor. Algum de vocês dá um passo para trás e assim todos
podem passar -Susie disse se aproximando dos três.

- Vocês estão acabando com o momento mágico de conhecer meu sobrinho


-Emily diz se aproximando deles também e estendendo a mão a Adam.

Emy o puxou com força o tirando de perto dos dois que no processo vieram
para frente quase caindo, bom...um deles caiu.

Peter veio para frente e acabou esbarrando em Emily sem querer levando os
dois para o chão fazendo ele ficar por cima e ela por baixo.

Nate esbarrou em Susie mas não caiu, já ela...

Susie estava quase indo de encontro ao chão quando Nate a segurou pela
cintura e a trouxe para ele.

Pareceu muito cena de filme.

Olhei para Nate e Susie que estavam tão próximos um do outro, ele
encarava todo seu rosto e ela encarava seus olhos sem desviar, Nate a
segurava firme e eu apenas via o olhar acanhado se Susie, ela parecia
intimidada.

Virei o rosto para encarar Peter e Emily que estavam em um situação


inusitada, as mãos de Emy estavam descansando ao lado da sua cabeça
assim como os braços de Peter, os dois se encaravam com fogo nos olhos.

Emy engoliu em seco e encarou os lábios de Peter e eu vi ele fazer o mesmo


com ela, Ross sorriu de lado e encarou Emy nos olhos.

- É agora que você se apaixona por mim? -ele perguntou rindo e ela bufou.
- Nem nos seus sonhos mais pervertidos. Agora, saia de cima de mim, Pan!

Emy gritou com ele e o empurrou para trás fazendo Peter se afastar
levantando, Nate e Susie pareceram despertar e o mesmo a soltou
rapidamente.

Susie tinha as bochechas coradas quando mexeu na franjinha.

Adam ajudou Emily a levantar e os quatros ficaram um do lado do outro, eu


andei até onde Adam e Dylan estavam que era perto da cama de Lisa que
tinha a boca entreaberta.

- Que porra foi essa!? -Ela perguntou encarando os quatro que começaram a
falar ao mesmo tempo.

- Se vocês acordarem o Danny, eu vou bater em vocês -Dylan diz olhando


para Nate e Peter.

- E eu em vocês -Lisa disse baixinho encarando as meninas.

- Mas você acabou de ter um bebê -Emy riu- Não é como se você tivesse
força para...e eu estou me calando agora -ela parou de falar quando viu a
cara irritada de Lisa.

- Será que podemos ver o bebê e...esquecer isso que acabou de acontecer? -
Susie pergunta meio envergonhada.

- Por favor -Peter pede cruzando os braços.

- Certo -diz Lisa e olha para o marido.

Dylan puxou uma pequena caminha de rodinhas com proteção de vidros ao


lado e levou até onde Lisa estava, ela pegou Danny no colo e pediu para nos
aproximarmos.

Rodeamos a cama animados para vê-lo, olhei para o rostinho de Daniel e


sorri abertamente...ele é tão pequeno. Danny estava com um sapatinho
branco de pano e vestia uma roupinha toda azul, ele mexeu os dedinhos e
fizemos um coro de "Onww".
Senti Adam apertar a minha mão ao meu lado e eu o encarei, ele tinha um
sorriso pequeno nos lábios e eu percebi que ele estava animado para quando
chegar a nossa vez.

- Ele é tão fofo -Emy diz o analisando- Ele tem os seus olhos, Dylan.

Dylan franziu o cenho e olhou para Danny.

- Ele está de olhos fechados, Emily -Dylan disse e ela riu.

Emily é louca.

- Olha como essas bochechas são tão gordinhas! -Susie falou com as mãos
no próprio rosto.

- Ele tem mais cabelo do que o meu avô -Peter diz e eu encaro a cabeça de
Danny.

- Ele tem pouco cabelo? -Emily pergunta a Peter.

- Não, ele é careca -Peter diz e Emily concorda.

Olhei para Adam que tinha uma sobrancelha erguida tentando entender essa
conversa super normal de Emy e Peter.

- Olha! Olha! Ele tá se mexendo! -Nate falou apontando.

- É Nathaniel, ele é um ser humano não um bicho morto -Adam fala e Nate
sorri de lado.

- Não me tire a paciência, Bell -Nate fala calmo.

Continuamos admirando o bebê Venturelli sabe Deus por quanto tempo,


Nesse meio Lisa e Dylan contaram que o médico que fez o parto dela era o
filho do homem que tinha sequestrado Lisa tempos atrás. Ficamos chocados
e depois paramos para refletir o quanto estranho isso soava.

- Eu preciso ir em casa pegar as coisas de Lisa e Daniel para voltar ao


hospital -Dylan diz e olha para nós- Preciso que algum de vocês fiquem
aqui.

- Eu fico -Emily disse.

- Eu tenho que trabalhar -Susie disse- Caso contrário eu ficaria aqui sem
problemas.

- Nós precisamos ir a delegacia dar depoimento -Nate diz olhando para mim
e para Adam, nós dois concordamos.

Olhamos para Peter que encarava os botões do seu terno preto e mexia
neles, ele levantou o olhar nos encarando.

- O que?

Dylan levantou uma sobrancelha e Peter abriu os braços.

- É claro que eu ficarei aqui até você voltar, melhor amigo do meu coração -
Peter diz e Dylan sorri falso.

- Eu estou aqui, por que ele tem que ficar? -Emy perguntou olhando para
Lisa e Dylan.

- Ajuda a mais sempre é bem vinda, Lisa precisa descansar e fiquem de


olho no meu filho -Dylan disse apontando para os dois.

- Ele está dormindo! -Peter fala.

- Fiquem de olho! -Dylan gritou irritado antes de sair do quarto.

- Vamos? -Nate perguntou olhando para nós.

- Vamos -falei e Adam pegou na minha mão cruzando nossos dedos.

Não vejo a hora de dar esse depoimento e ir para casa ver meu filho e
comer um enorme sanduíche que eu irei obrigar Adam a fazer para mim.

Emily Brooks
Vi todos saindo do quarto e apenas Lisa, Danny e eu ficamos aqui.

Peter também estava no quarto infelizmente, mas esse aí eu não considero.

- Como você está se sentindo? -Perguntei a Lisa que se ajeitou um pouco na


cama.

- Cansada -respondeu.

- Dói muito? -Perguntei e ela confirmou quase fechando os olhos.

Sorri de lado vendo ela fechar os olhos de uma vez com a respiração
ficando pesada e me aproximei dela beijando sua testa, a cobri com o lençol
até o torso e fui olhar Danny que ainda estava dormindo.

Será que os bebês dormem muito?

- Acho que dormem.

Ouvi a voz dele e o encarei em seguida.

- O que?

- Bebês devem dormir muito -ele disse encostado na parede com os braços
cruzados.

- Você lê mentes agora, Ross? -Perguntei encarando Danny.

- Não, mas se você falar alto é possível escutar...entendeu como funciona? -


perguntou sarcástico.

- Creio em Deus pai, você é muito mal educado -falei e ele riu baixo.

- Foi você quem esbarrou em mim e não pediu desculpas.

Claro que ele tinha que mencionar o dia em que nos conhecemos, aquele
maldito dia.

- Você me derruba no chão e eu tenho que pedir desculpas? Não, você tem
que olhar por onde anda e não levar ninguém com você -o encarei com um
sorriso de lado- Entendeu como funciona?

Peter levantou uma sobrancelha e eu voltei a encarar Daniel que mexeu a


boquinha por alguns segundos e parou.

- Você é tão bonito, e olha que ainda tem cara de joelho. Mas é o joelho
mais bonito que a titia já viu -falei para o bebê e ri logo depois.

Ele se mexeu um pouco e eu percebi que Peter se aproximou parando ao


meu lado, ele encarou o bebê e sorriu de canto.

- Será que podemos tocar nele? -Peter pergunta e eu dou de ombros.

Ele levou o indicador até a barriguinha de Danny e o tocou tirando o dedo


rapidamente depois.

- Você está com medo? -Perguntei rindo.

- Não sou muito delicado -ele disse e me encarou.

- Imaginei que fosse bruto -digo o encarando.

Peter se aproximou de mim e eu não me mexi em momento algum, senti sua


respiração bater no meu rosto e semi cerrei os olhos.

- Imaginou foi?

Merda.

Ele me olhou nos olhos e logo depois desceu para os lábios.

- É agora que você se apaixona por mim? -repeti sua pergunta vendo ele
rolar os olhos logo depois.

- Não, você só me traria dor de cabeça -ele diz e eu levanto uma


sobrancelha.

- Você não daria conta -digo- Sou muito areia para você
Limpei meu ombro como se estivesse me gabando e ele sorriu, até que
Peter tinha um sorriso bonito.

Mas sem exagero.

Ajeitei o coque no meu cabelo e enrolei no dedo as duas mechas que caem
sobre o meu rosto as soltando em seguida.

- Você nem é tudo isso, loirinha -ele diz.

Sorri de lado e o encarei.

- Claro, eu concordaria se você não olhasse para os meus lábios de 5 em 5


segundos, o que é Ross? Quer me beijar? -falei me aproximando dele que
deu um passo para trás.

- Não estou olhando para os seus lábios, Emily -Ele diz.

- Meu Deus, eu fiquei cega então? -perguntei sarcástica vendo suas costas
baterem na parede.

- Não, você ficou louca, é diferente.

- Louca por dizer a verdade, interessante -falei parando na sua frente.

Peguei na barra do seu terno e olhei para o seu corpo que parecia ser tão
bonito por baixo desse terno escuro, o puxei um pouco fazendo seu corpo
colar no meu.

A cara que Peter fez foi hilária, mas me segurei para não rir.

- Qual é, Peter. Você não gosta de mim e eu não gosto de você -peguei na
sua gravata cinza- Deve ser tesão reprimido que sentimos um pelo outro.

Peter me encarava sério e por um momento eu achei que essa brincadeira


idiota que estou fazendo não iria dar em nada, mas assim que ele
semicerrou os olhos e levou as mãos para o meu corpo eu fiquei tensa.

Porra.
- Concordo -ele tirou minha mão da sua gravata- Acho que deveríamos dar
um jeito nisso.

Peter levou sua mão para a minha nuca e eu pisquei várias vezes, nem
fodendo.

- O que você propõe? -Perguntei quase sem voz, não é possível que ele vai
querer bater peito comigo.

Fica forte Emily Estella Brooks.

- Se eu for falar tudo o que quero fazer com você, loirinha -ele sorriu- Não
vamos sair desse hospital esta noite.

- O que você...quer fazer? -minha voz saiu extremamente falha, o que me


fez questionar: O que caralhos eu acabei de perguntar?

Porra, eu me odeio no momento.

Peter deu um sorriso malicioso e aproximou o rosto do meu, eu não me


mexi em caralho de momento nenhum! Qual o meu problema? Eu
definitivamente preciso de um médico.

- Eu gostaria de tirar você dessa roupa agora, peça por peça para eu admirar
seu corpo como deve ser -ele encostou o nariz no meu e mordeu o próprio
lábio inferior olhando para a minha boca- Ver o seu rosto no momento em
que eu tocar você nos lugares mais sensíveis.

Saí Emily, saí Emily! Saí de perto dele agora!

- Eu quero ver se o seu rosto terá a mesma expressão de desejo como está
agora -Peter sorriu de um jeito convencido como se tivesse ganhado um
prêmio.

- O que é Brooks? Quer me beijar agora?

Ele repetiu o que eu disse antes e eu vi um olhar superior sobre mim.

Filha da puta.

- Você é um cretino.
Ele começou a rir da minha cara e eu bati no seu braço com força tentando
descontar a minha raiva, como Diabos ele conseguiu inverter o jogo contra
mim mesma?

- Seu babaca! -falei pronta para bater no seu corpo uma última vez mas ele
rápido pegou nos meus pulsos e me puxou com força que até o meu coque
se desfez deslizando os fios pelas minhas costas.

Minhas mãos estavam na frente do seu peito e seu rosto estava próximo do
meu novamente, meu peito subia e descia e ele me encarou no fundo dos
olhos como se eu fosse sua maldita presa! Que merda.

- Não jogue comigo, Brooks. Você nunca irá ganhar.

Ele me soltou vendo eu dar um passo para trás em seguida, o olhei irritada e
ele fez o mesmo.

Se um olhar matasse, já estaríamos mortos.

Eu o odeio tanto que chegar a ser descomunal, Peter sempre consegue me


fazer odiá-lo mais um pouco sempre que estamos juntos, é algo
incrivelmente ridículo e às vezes eu até acho que seja proposital.

- Eu realmente odeio você -falei mexendo nos meus pulsos.

- Eu sei -ele disse passando a língua nos lábios.

Ouvimos a porta ser aberta e os pais de Dylan passarem por ela, eles
pareciam apressados e eu me lembrei rapidamente da Tinker Bell falando
alguma coisa sobre eles não estarem na cidade, mas pelo visto chegaram.

- Chegamos -a Sra. Venturelli diz baixo.

- Desculpem o atraso, não estávamos em Nova York -Sr. Venturelli diz e


encarou nós dois.

Peter relaxou os ombros e continuou me encarando, desviei o olhar


respirando fundo e me virei para ir até Danny sentindo seu olhar fulminante
nas minhas costas.
Ouvi algumas vozes e percebi que Peter falava com os doiss

×××

Aí aí Peter Wilson Ross, sempre atento.

Gostaram do bônus?

Espero que sim, deixe seu voto e comentário!

Estamos chegando ao fim de "Meu acaso sedutor", desde já queria


agradecer por acompanhar Adam e Rubi nessa história, muitíssimo
obrigada.

Preparada pra isso não.

Até o próximo capítulo, babys ❤️.

88° capítulo

Rubi

1 mês depois...

Silêncio.

Uma coisa tão boa pela manhã, algo que definitivamente deveria acontecer
na vida de qualquer pessoa.

Não ouvir barulhos de tapas ou de alguém falando baixo para não me


acordar, o que não está funcionando porque eu definitivamente acordei.

- Levanta logo, Tinker Bell.

- Eu quero acordar ao lado dela, será que dá para vocês irem embora?

Vocês?

Abri os olhos devagar e me virei um pouco para encarar o loiro deitado ao


meu lado com as mãos em cima do peito.

- O que está acontecendo? -Perguntei tentando acordar.

- E aí, Mendoza?

Olhei para frente e vi três homens sorrindo no pé da cama, esfreguei os


olhos um pouco e olhei para Dylan, Nate e Peter.

Nate estava segurando Mops?

- O que...

- Dia do casamento! -Peter gritou e Dylan sorriu.

Olhei para Peter que tinha um pacotinho de confetes na mão e jogou um


pouquinho para cima, Mops latiu em seguida no colo de Nate como se
gritasse animado.
- O que...-Perguntei meio desnorteada.

- Vocês vão se casar hoje -Dylan olhou para Adam- Vai ser um dos dias
mais felizes da sua vida.

Peter e Nate olharam para Dylan que sorriu para eles concordando.

- Desculpa, por que vocês estão aqui? -perguntei e eles fizeram cara de
ofendido.

- Foi mal, fico estressada quando me acordam de manhã cedo -falei.

- Boa sorte -Peter disse a Adam que revirou os olhos.

- Nós viemos pegar a fadinha para se preparar para o casamento -Dylan


explica.

Olhei para Adam que fez um biquinho lindo como se estivesse me pedindo
para salvá-lo de um abandono, olhei para os meninos que tinham um sorriso
no rosto encarando o loiro.

- Pode levar, ainda não levou? -perguntei fingindo irritação e Adam abriu a
boca abismado.

- Princesa!

- O que? Você tem que se preparar para o casamento e eu também -falei me


sentando na cama.

- Mas eu queria pelo menos ficar alguns minutos a sós com você -ele lançou
um olhar mortal para os meninos que fingiram olhar para o outro lado- Não
vamos nos ver por horas.

- Ai meu Deus que drama -Peter diz e Adam pega um travesseiro batendo
no rosto de Peter.

O loiro olhou para mim e se aproximou um pouco.


- Eu só queria alguns minutos -ele desceu o olhar para os meus lábios e
depois meus seios, sorri de lado entendendo tudo.

- Ah, ele queria transar com ela -Peter esclarece como se já não estivesse
claro, e eu levo a mão até a boca tentando controlar o riso alto.

Nate bate no peito de Peter que dá um sorriso sem graça vendo o olhar
irritado de Adam.

- Drew -chamei Adam que fez uma careta me encarando- Vamos ter a vida
toda para ter minutos a sós, tudo bem?

Beijei seu rosto vendo a cara dele de emburrado.

- Certo -ele diz.

- Vamos cara, depois você trans...quer dizer, fica a sós com ela, droga Peter!
-Nate se atrapalha e Peter ri baixo.

- Esse cacete é uma peste -Dylan diz e eu vejo Adam sair da cama vestindo
apenas sua cueca boxer.

- Ei! Ou! Que isso? -Peter diz colocando a mão nos olhos.

- Bell, por mais que eu te ame eu não quero ver sua cueca preta -Nate diz
colocando Mops na cama que se deitou e abriu as perninhas na sua direção
em seguida.

- Eu tenho uma igual a essa Adam, não preciso vê-la no corpo de outra
pessoa -Dylan diz estendo a mão na direção do corpo de Adam na altura da
cueca.

- Se esperassem lá fora, não iriam ver -Adam diz colocando as mãos na


cintura.

- Para mim você está lindo -falei e Adam sorriu me dando uma piscada.

- Claro, você gosta dele -Dylan diz me olhando- No quesito sexual também.
- É por que eu nunca transei com vocês, caso contrário iriam adorar -Adam
diz e os três olham para ele ao mesmo tempo.

- Não viaja -Dylan diz e os meninos concordam.

- Mas é claro que eu sou melhor do que vocês na cama -Peter diz depois de
alguns segundos em um silêncio estranho.

- Duvido muito -Nate diz cruzando os braços.

Quase me engasgo com tanto ego.

- Vocês são iludidos demais, santo Deus -Dylan reclama.

- Qual é, eu sou mil vezes melhor -Adam fala estalando os dedos- Não é
princesa?

Céus.

E é desse jeito que o dia do meu casamento começa, especial não é?

Eles começaram a falar sobre quem era o melhor até as vozes se alterarem e
eu balançar a cabeça negativamente, eu adoraria saber qual é o problema
que esses quatro têm porque não é possível que estejam tendo essa
discussão agora.

Me levantei da cama e primeiro fui até Dylan o puxando pelo braço, em


seguida puxei Peter e Nate. Eles ainda discutiam essa grande questão para a
humanidade, peguei um roupão no banheiro e joguei sobre o corpo de
Adam o empurrando até a porta onde os outros estavam.

Empurrei os quatro tudo de uma vez e fechei a porta acabando com as


vozes masculinas, graças a Deus.

Sorri contente e massageei minha barriga de agora 23 semanas, falta pouco


tempo para eu ter meus trigêmeos que cada dia que passa me deixam mais
ansiosa para vê-los, minha barriga cresceu bastante no último mês e Emily
teve que fazer vários ajustes no meu vestido mas ele já está pronto para ser
usado hoje.
Adam e eu iríamos casar apenas algumas semanas antes daquilo tudo
acontecer com Melinda e Allan que finalmente estão pagando pelo o que
fizeram perante a justiça, eu consegui recuperar os milhões de volta e
coloquei na conta de Carlos, de início ele queria deixar comigo mas insistir
para ficar com ele. Depois de tudo o que aconteceu nós adiamos alguns dias
para o casamento tanto por isso e tanto por Lisa que ainda está de resguardo
mas felizmente faltam apenas 10 dias para o fim do tal acontecimento.

1 mês depois nós finalmente chegamos no dia do casório que Adam e eu


decidimos ser uma coisa simples, vamos nos casar na igreja e depois vamos
comemorar no jardim da mansão dos Venturelli.

Espantei meus pensamentos assim que ouvi meu celular tocar na pequena
cômoda, andei até ele o pegando em seguida.

Vi o nome de Emily na tela e atendi no segundo toque.

- Oi, loirinha.

- Não me chama assim caralho! -ela disse séria e eu ri baixo- Palhaçada isso
-ela falou e ouvi umas risadinhas.

- Onde você está, Brooks? -Perguntei.

- Adam já foi embora?

- Sim, levou a gangue com ele -digo e ela concorda desligando em seguida.

Olhei para o celular incrédula e fiz uma nota mental de bater nela depois,
fui para o banheiro e fiz um coque no meu cabelo.

Me olhei no espelho e joguei a cabeça para o lado, eu realmente estou me


sentindo um balão de passeio.

Ouvi a porta do quarto ser aberta e segundos depois o rosto sorridente de


Emily e Susie aparecerem, sorri para elas que vieram na minha direção me
dar um abraço apertado.

- Olha a mamãe que eu amo -Susie disse mexendo na minha barriga em


seguida- Foi mal, Lisa!
Ela gritou para o quarto.

- Vou perdoar dessa vez! -Lisa gritou de volta e eu franzi o cenho.

- Danny está com Benta e Monica no apartamento deles, ela liga para casa
de 5 em 5 minutos para saber sobre o bebê -Emy diz me fazendo sorrir de
lado.

- Normal -falei.

- E então, pronta para o seu dia especial? -Susie perguntou mexendo na


franjinha em seguida.

- Claro! -Praticamente gritei e dei palminhas depois.

- Vai ser tão lindo você entrando na igreja com os trigêmeos -Susie disse
sorrindo.

- Os quais ainda não sabemos o nome -Emy diz e eu a encaro- Somente do


meu garoto, Adrian.

- Ainda estou decidindo isso com Adam -falei- Parece que nunca está bom.

- Carlos iria dar ótimos palpites! -Lisa gritou do quarto.

- Vem para cá, Mucura -Emily gritou de volta.

Susie pegou nas minhas mãos e eu encarei.

- Emily, Lisa e eu queríamos apenas dizer que te amamos muito e que é


super importante para nós estar nessa fase da sua vida -Susie disse e Lisa
apareceu no banheiro.

- É verdade, gata -Emy diz- Eu adoro ter vocês na minha vida, tudo fica
melhor com vocês nela, a Lisa não, já conheço ela a anos então já enjoei.

Lisa bateu no braço de Emy que ri a abraçando de lado depois - Nós vamos
estar aqui com você para tudo, balão de passeio. Vamos apoiá-la em
qualquer coisa e se o loiro fizer alguma coisa nós vamos pessoalmente bater
nele -Lisa disse e elas riram baixo- É sério, sei usar uma fralda suja como
ninguém agora.

- Agressiva demais, meu Deus do céu -Emily diz e Lisa levantou uma
sobrancelha para ela.

- Muito obrigada -falei- Vocês são tão importantes para mim, eu acho que
não consigo mais viver sem vocês.

Elas sorriram e se aproximaram de mim, abracei todas de uma vez e logo


depois se abaixaram para falar com os bebês.

- Eles já mexeram? -Lisa perguntou.

- Sim, Adam se alterou um pouco mas logo depois ficou bem -falei rindo.

- É engraçado, não é? -Lisa perguntou e confirmei balançando a cabeça.

- Parem, estão mexendo com o meu sonho de ficar grávida -Susie disse.

- Faz inseminação artificial, Susie -Emily diz e Susie nega.

- Se eu ficar solteira por muito tempo, sou capaz de fazer, mas agora está
cedo demais -ela diz- Vai que eu encontro o pai do meu bebê por aí.

- Os bebês vão nascer no próximo mês -respirei fundo- Estou ansiosa, mas
também estou com medo.

- Vai dar tudo certo, Leticia. Daqui a pouco os bebês Venturelli vão estar
aqui conosco -Emy diz me dando um sorriso confortador.

- Assim eu espero.

- Certo, vamos logo. Você vai se casar hoje! -Lisa diz levantando os braços-
Preparada para aguentar aquele loiro metido para o resto da sua vida?!

- Não vejo a hora! -Falei animada.

Socorro.
×××

Está chegando minha genteeee, meus bebês vão casar 😪 que orgulho.

Os bebês irão nascer daqui a pouquinho e eles ainda não escolheram o


nome das meninas, vão optar por nomes de joias afinal??

Vote por favooorrr, um capítulo no sábado merece vai.

Até babys ❤️.

89° capítulo

Rubi

Pisquei várias vezes assim que parei na frente do espelho, meus olhos
passearam pelo meu corpo e largo um sorriso apareceu em meus lábios.

- Meu Deus -a voz de Susie saiu quase que em um sussurro.

Olhei para os detalhes do meu vestido de casamento e analisei todos


sentindo meu coração acelerar e o nervosismo aumentar.

O vestido que Emy fez para mim coube perfeitamente, mesmo ajustando e
mudando ele ficou certo no meu corpo, o vestido não tinha alças a pedido
meu, a calda não era tão longa e ele não era muito cheio. No tronco tinha
uma espécie de faixa com uma cor cinza claro que marcava minha barriga,
tinha vários detalhes com desenho de flores e eu percebi que também tinha
alguns trevos que davam simplicidade e delicadeza a ele.

- Caramba, você está linda -Lisa diz me olhando.

- Eu deveria ganhar algum prêmio -Emily diz se aproximando de mim.

Ela se abaixou na minha frente e começou a mexer na barra do vestido


enquanto eu apenas me encarava no reflexo do espelho.

- Ela está tão delicada, é uma noiva linda.

Ouvimos a voz do homem que estava fazendo minha maquiagem e das


meninas, olhei para ele que tinham uma mão na boca e parecia estar
emocionado.

- Obrigada -falei a ele que piscou para mim.

- Você está linda mesmo.

Olhei para o cabeleireiro que estava de braços cruzados com duas mulheres
atrás dele balançando a cabeça em concordância.
Agradeci a ele vendo Emily se levantar com um pouco de dificuldade já que
usava saltos, Lisa, Susie e Emy usavam vestidos de um cor lilás bem fraca e
tinha penteados elegantes e maquiagens muito bem feitas.

- Adam vai desmaiar com tanta beleza -Emily fala ansiosa.

- Não dúvido nada -Susie disse rindo.

Sorri para elas e olhei para o meu cabelo através do espelho que estava um
trança que de acordo com o cabeleireiro é chamada de trança grega. Minha
maquiagem estava fraca e meus lábios estavam vermelhos de um jeito
natural.

- Você gostou? -Emily me pergunta e eu a encaro pelo espelho.

- Eu amei, está lindo Emy. Do jeito que eu queria -falei e ela sorriu
abertamente.

Ouvi Lisa falar com o cabeleireiro e o maquiador, minutos depois eles e as


meninas que ajudaram o cabeleireiro saíram do quarto.

Andei até a cama e me sentei nela colocando a mão na barriga em seguida.

- Bom, nós só temos mais uma coisa para resolver -Lisa diz e as três
pararam na minha frente.

- O que? -Perguntei.

- O seu sapato -Susie diz.

Mas é claro que eu não vou usar salto alto, seria suicídio com o meu pobre
pé e eu não estou com condições de usá-lo.

- Não vou usar.

- Óbvio que não -Emily diz.

- Talvez você use sapatilha -Lisa sugeriu.

- Não tenho sapatilhas -falei.


- Como não? Droga, deveríamos ter pensando nisso -Emy diz olhando para
as meninas.

- Você era responsável pelo vestido e calçado -Lisa diz e Emy a olha
irritada.

- Eu cuidei do cabeleireiro e maquiagem -Diz Lisa.

- E eu cuidei dos nossos vestidos e a organização do casamento -Susie disse


e as três colocaram a mão na cintura se encarando.

Bom, não tenho sapatilhas mas...eu tenho um tênis que talvez possa nos
salvar.

- Eu tenho um tênis -falei e elas me encaram ao mesmo tempo.

- Um tênis? -Lisa pergunta.

- Sim, é super confortável e eu acho que vai ficar bom -digo e Emy franze o
cenho.

- É aquele tênis que você estava usando no aeroporto depois de ter voltado
da França? -Emily pergunta e eu confirmo.

Meu tênis rosa cheio de purpurina que acende quando eu ando, e é super,
super confortável.

- Que tênis é esse? -Lisa pergunta, não parecendo lembrar.

- Onde está? -Susie pergunta.

- Está no closet perto dos sapatos de Adam -falei e Susie foi até onde
indiquei.

- Aquele sapato é tão infantil que deveria ser transformado em desenho


animado para crianças -Emily fala dramaticamente e eu dou um sorriso de
lado.
- Qual é, não deve ser tão infantil assim -Lisa diz e Emy balança a cabeça
em negativa.

Susie voltou com uma caixa até onde estávamos e me entregou, abri a caixa
e tirei o tênis de dentro, elas entreabriram a boca e piscaram várias vezes.

- Meu Deus, você vai dar isso de presente para uma das suas filhas, não é? -
Lisa pergunta e eu nego.

- Carlos me deu esse tênis a alguns anos atrás -digo- É lindo, não é?

- Claro, em uma criança vai ficar perfeito -Emily diz e pega o outro lado do
tênis.

- Essa porra aqui não acende? -Ela pergunta e eu confirmo.

- Isso acende? Cacete, quem é que fabrica tênis assim para adultos? -Lisa
perguntou tirando o tênis das mãos de Emy.

- Eu gostei -Susie disse se sentando ao meu lado e deitando em seguida.

- Você vai usá-lo? -Lisa pergunta.

- Sim -falei sorridente.

- Um unicórnio vomitou nesse tênis certeza -Emy diz rindo.

- Eu é que não vou usar saltos e nem sapatilhas -falei puxando o vestido
para cima.

Levantei meus pés na direção das duas e sorri pequeno.

Emily pegou o sapato da mão de Lisa e se abaixou pegando o outro da


caixa.

- Preciso de meias -Emy fala e Lisa vai até o closet pegá-las.

- Não acredito que você vai casar com esse tênis -Susie diz rindo.
- É moda -falei e Emy riu.

- Rubi!

Ouvimos uma voz vir de fora do quarto e franzi o cenho, conheço essa voz
muito bem.

- Cópia falsificada!

- Por que tem tantos quartos aqui? Parece um orfanato -outra voz apareceu e
eu sorri sabendo quem era.

- Mãe, Adam é podre de rico. Se ele quiser morar em um castelo ele pode -
foi o que Safira disse antes de abrir a porta certa dessa vez.

- Ei, até que enfim. Já estava quase me perdendo -Safira disse e eu sorri
animada.

Olhei para a minha irmã e para a minha mãe que estavam muito bem
vestidas e tinham um sorriso enorme.

Me levantei da cama com ajuda de Emy e andei até elas que abriram a boca
assim que viram minha barriga, elas me abraçaram apertado e eu retribui na
mesma hora.

- Rubi, como você está linda -Minha mãe disse assim que nós nos
afastamos.

- Uau, você está tão linda com esse barrigão. Ai que minha vez demore,
sem bebês meus por enquanto -Safira fala sussurrando ao alisar minha
barriga.

- Obrigada -falei sorridente.

- Aqui as meias, precisam ser brancas ou pretas? Eu trouxe as duas -Lisa


disse aparecendo no quarto.

Ela olhou para a minha mãe e depois para Safira, a mesma sorriu e andou
até onde as meninas estavam.

Olhei para Susie e Emy que tinham o rosto surpreso, me lembrei


rapidamente que as duas ainda não tinham conhecido minha irmã gêmea.

Não como se tivesse algo diferente além da barriga.

- Oi, Safira -Lisa disse se aproximando e as duas apertaram as mãos.

- Oi -Safira disse e olhou para a barriga de Lisa- Parabéns pelo bebê.

Lisa sorriu e ela fez o mesmo em seguida.

- Meninas, essa é a minha mãe Sarah. Ela não fala inglês mas vai dar tudo
certo -falei e elas riram.

Minha mão acenou para as meninas que acenaram de volta.

- Cadê o resto da família? -perguntei para a minha mãe.

- Estão na igreja, Carlos está com eles -Minha mãe disse e eu concordei.

- Uau, você está realmente incrível -Safira disse me analisando- Quem fez
esse vestido?

- Ela -apontei para Emily- Ela é estilista.

- Droga, só faço amizade com gente errada -Safira diz e Emy ri baixo.

- Gostei dela -Emily diz e se aproxima de nós duas.

Seus olhos se intercalaram entre Safira e eu.

- Misericórdia -ela disse.

- O que? -perguntamos ao mesmo tempo.

- Meu Deus, não façam isso não -Emy diz pondo as mãos na cabeça.

- Isso o que? -falamos ao mesmo tempo de novo.


Emy apontou para trás de si e sorriu.

- Meus miolos estão ali na parede, diga a Adam que não vou limpar -ela diz
e se aproxima de Sarah.

- E aí tia? sou a Emily -ela diz em um português incrível, que porra.

Olhei para Lisa e Susie que tinham o cenho franzido e o rosto confuso.

- Você fala português? -Pergunto surpresa.

- Sou uma safada que sabe várias línguas -ela diz e estende a mão para
Sarah que a pega segundos depois.

- Sou a amiga mais legal que a sua filha tem, aquelas duas ali... -ela aponta
para Lisa e Susie- São só figurantes.

Sarah riu e se inclinou um pouco para falar perto do rosto de Emy.

- Safira e Rubi são um porre -ela diz.

Minha irmã e eu fizemos uma cara de ofendida e nos encaramos.

- Devem ter puxado para mim -Sarah diz e Emy sorri de lado.

- Certo! Vamos logo, ainda temos que calçar o sapato mais infantil que já vi
-Emily diz e pega na minha mão me levando até a cama.

Me sentei nela e puxei o vestido novamente vendo a loira colocar as meias


brancas em mim e logo depois os sapatos.

- Creio em Deus pai, Rubi. Quem te deu esse sapato? -Sarah pergunta.

- Carlos? -Safira pergunta e eu confirmo.

- É...ele me deu uma blusa da Hello Kitty uma vez, dei para a sobrinha de
Victor -Safira diz me fazendo rir- Não conte para ele.

- Não vou -falei.


- Pronto -Emily diz e se levanta.

Olhei para os meus pés e joguei a cabeça para o lado.

- Não ficou feio -Susie diz- Ficou fofo.

Emy e Safira me ajudaram a levantar e estiquei minha perna para ver o


sapato, ficou realmente fofo.

- Não vai nem aparecer, o vestido cobre -Lisa diz e elas concordam.

- Então é isso, vamos? Você precisa casar e abusar daquele loiro para o
resto da sua vida -Safira diz.

- Esse é o meu plano -digo e começo a andar para frente do espelho para me
ver uma última vez.

- Olha, olha, olha -Susie disse apontando para mim.

A olhei confusa e ela apontou para os meus pés.

- Porra, Rubi. Quando você anda dá para ver o sapato brilhando, parece que
estão fazendo uma festa dentro do seu vestido -Emily diz e as meninas
riram.

- Adorei -Safira diz rindo.

- Não é querendo alarmar nem nada mas já estamos atrasadas -Lisa diz
olhando para o celular.

- Atrasadas quanto? -Safira pergunta.

- Uns 3 minutos -Lisa diz com uma voz fina.

- Sabemos quando você está mentindo -Susie disse.

- Ok, estamos atrasadas há 20 minutos -Lisa diz e eu entreabri a boca.

- O que ela disse? -Sarah pergunta cutucando Safira que contou a ela.
- Vamos logo, Rubi -Susie diz.

- A fadinha deve está arrancando os cabelos -Emily diz rindo.

- Como não percebemos isso? -perguntei andando para a porta.

- Ei balão de passeio, espera aí -Lisa diz vindo atrás de mim e o resto vem
com ela.

- Balão de passeio? -Safira pergunta.

- Ala o sapato brilhando -Emily diz quase gargalhando.

- Alguém para essa grávida -Susie diz e eu para de andar quando chegamos
na escada.

Comecei a descer a escada com as mãos me segurando e segundos depois


nós chegamos até o hall.

- Como foi que você conseguiu entrar aqui? -Perguntei a Safira vendo ela
admirar o apartamento.

- Bom, porteiro me deixou subir quando eu contei que éramos


parentes...meio difícil de não acreditar, e Sarah o ameaçou -ela diz e eu
olhei para a minha que sorria não entendendo nada.

- Vou pegar o Mops -Susie diz e vai até a cozinha.

- Vou pegar o buquê -Lisa diz indo até o sofá e voltando com as rosas
vermelhas.

- Vamos! -Susie disse assim que voltou para onde estávamos com Mops no
colo.

Ele usava um terninho próprio para cachorro, Adam comprou um para ele
faz umas duas semanas. Tem até uma gravata vermelha desenhada.

Andamos para fora do apartamento e Emily trancou a porta enquanto


andávamos para o elevador, apertamos o botão que abriu segundos depois.
Entramos na caixa de metal e eu respirei fundo, está na hora de me casar
com aquele loiro metido.

- Pelo menos você não vai roubar bolo nesse casamento -Emily diz fazendo
Lisa e eu rimos alto.

×××

Olhai eu aqui com capítulo novo!!

Aaaa não desiste de mim hein.

Deixem o comentário para os últimos capítulos do livro e deixem seu


comentário para eu saber que vc passou por aqui ❤️.

Até, babys.
90° capítulo (Penúltimo)

Adam

Mexi na gravata de Peter pela décima vez nos últimos 20 minutos, ele
estava prestes a me arremessar para os convidados.

Coloquei as mãos no bolso e respirei fundo, por que Rubi está demorando
tanto? Será que algo aconteceu com ela e com os meus filhos?

Minha lucidez está indo embora.

Olhei em volta e vi todos os nossos amigos e parentes sentados na igreja


conversando entre si, a família de Rubi estava sentada no lado esquerdo e às
vezes mostravam o polegar para mim me incentivando.

- Adam, você vai fazer um buraco no chão -Dylan disse me encarando


quando eu parei de bater o pé.

- Eu estou morrendo por dentro -falei nervoso- Onde ela está?

- Noivas costumam atrasar, Bell -Nate disse cruzando os braços.

- Eu sei o que você está pensando -Dylan tocou no meu ombro- É uma
sensação ruim mas quando você ver ela passando por aquela porta tudo vai
desaparecer.

- Espero que você esteja certo -falei passando a mão na minha barba rala.

Estiquei os braços e mexi na gravata de Peter novamente vendo ele bater na


minha mão e me olhar irritado.

- Para com isso -ele disse- Eu te dou de presente depois.

- Estou nervoso -digo e ele concorda.

- Sabemos, mas você está desalinhando minha gravata -ele diz mexendo na
mesma.
Reviro os olhos e encaro o grande tapete vermelho que ia até a entrada da
igreja e os vasos de flores perto dos assentos. Estava tudo tão bonito mas
faltava apenas minha noiva que aparentemente não chega.

- Ligue para Lisa de novo -falei para Dylan que negou.

- Vai dar tudo certo -Dylan disse calmo.

Cristo! Eu quis bater na cara dele.

Eu não desejo essa espera nem para o meu pior inimigo, eu não vejo a hora
de casar com o meu balão de passeio, mas eu agradeceria se ela aparecesse.

Cruzei os braços e sorri de lado quando comecei a pensar nas coisas que
aconteceram com nós dois, como tudo foi tão intenso e significativo para
mim.

Desde aquele acordo ridículo até o momento em que eu descobri que estava
apaixonado por ela, quando eu a ouvi cantar pela primeira vez, quando a
ensinei a fazer panquecas sem deixar cair no chão...com certeza uma grande
conquista.

Pensei até nas coisas ruins que disse a ela e me arrependo amargamente por
tê-la magoado, nas minha infinitas atitudes idiotas para fazê-la rir e ver
aquelas covinhas tão lindas, porra, eu amo cada detalhe daquela mulher.

Eu definitivamente estou fazendo o certo na minha vida, estou casado com


a mulher que eu amo e terei filhos com ela, minha vida não poderia estar
melhor e mesmo se não estivesse eu sei que ficaria simplesmente por tê-la
ao meu lado.

Senti alguém me empurrar de leve e olhei para o lado espantando meus


pensamentos, vi o padre com um sorriso de lado e logo depois procurei
pelos cabeça de vento que não estavam aqui.

Olhei para frente e vi Dylan entrando com Lisa com os braços entrelaçados,
eles caminharam pelo tapete vermelho até chegarem aonde eu estava.

Ela já está aqui! Ela já está aqui! Puta que caralho!


Eu pensava que estava nervoso antes mas acho que me enganei, eu estou a
um passo de desmaiar.

Respira fundo, Adam. Chegou o momento de você se casar com a mulher


da sua vida.

O segundo casal a entrar foi Peter e Emily que estavam de braços


entrelaçados e sorriam para as pessoas, Peter a encarou por alguns segundos
até ela fazer o mesmo dando uma piscada em seguida, Peter revirou os
olhos.

Eles se acomodaram no altar junto com Dylan e Lisa e meus pais estavam
aqui também, um pouco afastados mas admirando tudo.

O terceiro casal foi Susie e Nate que estavam do mesmo jeito dos outros,
Susie tinha seu braço entrelaçado com o dele e a mão descansando sobre o
braço de Nate, vi ela apertar o seu braço de leve provavelmente nervosa
com tantos olhares, Nate olhou para ela e quando ela foi encará-lo de volta
ele desviou o rosto.

Quando estava tudo pronto para a minha princesa entrar eu ajeitei meu
terno claro e suspirei.

Olhei para frente e vi no exato momento em que Carlos a abraçava, assim


que ele se afastou e me deu visão completa de Rubi, meu mundo parou por
alguns segundos.

Meu Deus, como ela estava linda.

Dei um sorriso tão grande que eu acho até que o gato de Alice ficou com
inveja, a olhei por completo e vi o quanto ela estava perfeita mesmo que
não precisasse de muito para isso.

Sua barriga de grávida só dava charme a tudo, era tão...certo que eu não
conseguia explicar direito.

A marcha nupcial tocou no momento em que seus olhos encontraram os


meus, Rubi sorriu para mim de um jeito tão doce que eu sorri ainda
mais...se isso fosse possível.

Carlos e ela começaram a andar na minha direção lentamente com os braços


entrelaçados e um buquê de rosas vermelhas na sua outra mão. Seus olhos
não desviaram dos meus em nenhum momento, mas uma coisa me chamou
atenção.

Uma luz colorida saia de dentro do seu vestido e eu automaticamente franzi


o cenho.

Rubi levantou o vestido sutilmente e eu vi o tênis cor de rosa mais infantil


da face da terra, eu não acredito nisso.

Ri colocando a mão na boca e logo depois balancei a cabeça de um lado


para o outro vendo ela sorrir, só Rubi para fazer uma coisa dessas.

Pelo menos esse tênis nos trouxe sorte da última vez, ele é o nosso amuleto
a partir de hoje.

Assim que eles chegaram perto de mim eu pude ver seu rosto com mais
percepção e vi suas pupilas dilatadas, as minhas não devem estar diferentes.

Carlos beijou o topo da sua cabeça e logo depois deslizou o dedo por sua
bochecha, ele disse "eu te amo" e olhou para mim.

- Cuide da minha filha, Venturelli -ele disse e eu concordei sem deixar de


encará-la.

Estendi minha mão a ela que a encarou dando um sorriso, Rubi colocou a
mão sobre a minha e eu a apertei trazendo-a para a minha frente.

Ela encarou meu rosto e eu beijei sua mão ternamente sentindo o cheiro
gostoso da sua pele.

- Você está linda, princesa -falei- Esse tênis só melhorou tudo.

- Obrigada, última moda em Paris -ela riu- Você também está lindo.
Nós dois viramos de frente para o padre que nos encarou com um sorriso.
Emily pegou o buquê da mão de Rubi e voltou para o lado das meninas.

- Estamos aqui hoje para celebrar as melhores coisas da vida, a confiança, a


esperança, o companheirismo e o amor entre esse casal -diz o padre.

Senti a mão de Rubi tocar a minha e eu agarrei seu dedo mindinho com o
meu.

- Eles escolheram um ao outro como sua família, e hoje estão celebrando o


amor que já começou e que vai continuar crescendo ao longo dos anos.

Sorri de lado e a encarei em seguida, seus olhos encontraram os meus quase


instantaneamente e eu apertei seu dedo sentindo ela fazer o mesmo.

Não sei por quanto tempo nos encaramos, mas eu não consegui escutar o
que padre falava por que estava ocupado demais olhando para ela que nem
um idiota.

- Adam.

Desviei do olhar dela e olhei para o padre que estava com uma sobrancelha
erguida.

- Oi -falei vendo os meninos rirem.

- Adam, é de livre e espontânea vontade que você aceita Rubi como sua
legítima esposa?

- Sim, óbvio, acha que eu vou perder uma mulher dessas? Sou louco, mas
não burro.l, senhor padre.

Falei sem pensar duas vezes.

Padre levantou uma sobrancelha e concordou sutilmente apertando os


lábios.

- Rubi, é de livre e espontânea vontade que você aceita Adam como seu
legítimo esposo?
Minha princesa sorriu e olhou para mim.

- Sim, eu aceito. Também sou louca por estar casando com ele, mas não sou
burra para negar uma coisa dessas.

Dylan estava certo, esse é um dos dias mais felizes da minha vida.

- Ok... -o padre sussurra e olha para o lado vendo a cara chocada de um


menino mais novo que era meio que o ajudante do padre ou algo.

- Assim sendo, por favor, dêem-se as mãos e preparem-se para dar e receber
os votos de amor.

Rubi virou de frente para mim e eu fiz o mesmo, peguei nas suas mãos
pequenas e delicadas a encarando no fundo dos olhos.

Ela mordeu o lábio inferior e eu apertei sua mão de leve. Fui primeiro
porque eu estava ansioso para dizer logo.

- Princesa, eu não escrevi meus votos em um papel porque eu sei


exatamente o que eu tenho que dizer para você -falei a encarando no fundo
dos olhos.- Dizer que o que eu sinto por você apenas cresce a cada dia
assim como nossos filhos, dizer que eu não vejo outra mulher que não seja
você na minha vida. Eu te amo tanto, princesa. Eu nem imagino meus dias
sem você porque eu sei o quanto seriam tediosos e sem sentido, eu achava
que tinha tudo antes de te conhecer mas aos poucos eu me dei conta de que
você é o meu tudo. Você é o meu tênis cor de rosa -ela riu- Você é o meu
amuleto de sorte e eu prometo te amar com intensidade como eu já amo
todos os dias.

- Ai meu Deus -ela disse fechando os olhos provavelmente tentando não


chorar.

Me aproximei dela que ainda estava de olhos fechados, levei minhas mãos
para a sua bochecha e beijei sua testa ternamente.

Rubi abriu os olhos quando eu me afastei um pouco e respirou fundo


pegando nas minhas mãos.
- Adam, eu não consigo pensar em nenhum dos meus dias que você não
esteja nele, em que você não esteja com as suas piadas sem graça -ri baixo-
mas que eu adoro escutar simplesmente porque é você às contando, tudo o
que vem de você me interessa e fascina porque loiro eu sou apaixonada por
você, não sei se notou -ela diz me fazendo rir- Eu amo o seu jeito, eu amo o
fato de você ser uma excelente pessoa e principalmente eu o amo por querer
construir uma família comigo, isso com certeza me faz feliz mais do que
você imagina, eu não quero que sejamos felizes para sempre eu quero viver
nossos dias como se fossem os últimos e no final deles eu olhar para você e
ver que tudo pelo o que passamos valeu a pena, estar do seu lado vale a
pena e por esses e muitos outros motivos que eu amo você Venturelli e eu
sempre vou amar.

Uma lágrima desceu dos meus olhos e logo em seguida ela riu limpando a
lágrima solitária que descia do meu rosto.

Pisquei várias vezes tentando controlar algumas lágrimas insistentes que


estavam nos meus olhos, Rubi limpou o rosto com a mão direita e eu sorri
vendo as lágrimas de felicidade descerem pelo seu rosto.

- A troca de alianças -o padre diz olhando para nós dois.

- Ok -digo.

Larguei a mão de Rubi e levei meus dedos até a boca assobiando alto e logo
depois meu filho apareceu no início do tapete vermelho.

Olhei para Lua que levantou o polegar para mim confirmando que Mops
estava com as alianças.

Desviei para Mops que me encarava balançando o rabinho.

- Vem aqui, garoto -o chamei.

E Mops sendo Mops desfilou pelo tapete vermelho com as pessoas tirando
fotos dele e o admirando por todo o trajeto.

Esse cachorro é uma verdadeira estrela.


Ele chegou perto de mim e eu tirei a caixinha de cima do terninho que
comprei para ele semanas atrás, a caixinha estava grudada e eu apenas
puxei o agradecendo depois.

- Obrigado -falei a ele que latiu em seguida fazendo todos rirem.

- Espera ali no cantinho que o papai já vai, me deixe só casar com a sua
mãe -digo e ele me obedeceu indo para o cantinho se sentando em seguida.

Olhei para Rubi que ria com a mão na barriga, abri a caixinha revelando
nossas alianças e encarei o padre que acenou.

Peguei a aliança de Rubi segurando sua mão esquerda.

- Rubi, eu te dou esta aliança como sinal do meu amor e da minha


fidelidade e que escolhi você para ser minha esposa, receba-a e saiba que eu
te amo -falei colocando a aliança no seu dedo dando um beijo em seguida.

Rubi pegou a minha aliança e eu estendi minha mão esquerda para ela.

- Adam, eu te dou essa aliança como sinal do meu amor e da minha


fidelidade e que escolhi você para ser meu esposo, receba-a e saiba que eu
te amo -ela sorriu colocando a aliança no meu dedo anelar esquerdo.

- E assim, tendo testemunhado sua troca de votos diante de todos que estão
aqui hoje é com grande alegria que vós declaro marido e mulher -o padre
disse para todos e me encarou- Pode beijar a noiva.

Olhei para ela que me encarou em seguida, me aproximei colocando a mão


na sua nuca para selar nosso casamento de vez.

- Eu amo você, meu cafajeste delícia.

- Não mais que eu, princesa.

Colei meus lábios nos dela ternamente ouvindo aplausos logo depois, eu
estava tão feliz que pensei que meu peito pudesse explodir.
Nos afastamos lentamente com a minha testa colada na dela. Ela mexeu um
pouco o rosto fazendo seu nariz roçar no meu.

- Promete nunca se separar de mim? -Perguntei sorrindo e logo depois ela


fez o mesmo.

Rubi levantou o dedo mindinho na altura do nosso peito e eu agarrei seu


dedo com o meu.

Ela olhou para mim de um jeito apaixonado e disse o juramento:

- Eu prometo.

×××

Gastei todos os meus lencinhos 😢,

Não tenho coração para isso não meu povo, meu coração está até
apertado.

Até a próxima, com o último capítulo❤️😢


91° capítulo (Último)

Rubi Venturelli

Descansei minha cabeça no seu ombro e aspirei o cheiro do meu marido,


seus braços estavam em volta do meu corpo enquanto nossos corpos se
mexiam devagar acompanhando o ritmo da nossa primeira dança.

Eu conseguia ver as pessoas nos encarando admiradas e com amor nos


olhos, essas pessoas eram Dylan, Lisa, Nate, Susie, Peter e Emily
respectivamente.

Coloquei minha mão esquerda no peito de Adam e vi o anel que simboliza


nosso casamento e união. Sorri de lado meio ansiosa para passar o resto da
minha vida com esse loiro e criar nossos três filhos.

- Você está bem? Está cansada?

Ouvi a voz de Adam e levantei o rosto para encará-lo.

- Eu estou bem -falei sorrindo e ele sorriu em seguida.

- Seu vestido está brilhando -ele disse e eu olhei para o vestido.

- O tênis deu um charme -digo e ele concorda.

Adam colocou a mão no meu rosto e se aproximou colando os lábios nos


meus, fechei os olhos sentindo meu peito se aquecer.

- Eu amo você -ele disse assim que nos afastamos- Acho que nunca vou me
cansar de falar isso.

- Não canse -digo o puxando pela barra do terno e o beijando novamente.

Adam sorriu no meio do beijo e eu senti suas mãos irem para a minha nuca
e deslizar pelo meu pescoço lentamente, ele parou de me beijar e me deu
um sorriso lascivo em seguida.
- Eu comprei uma casa -ele diz me encarando.

- O que?

- Eu comprei uma espécie de cabana um pouco distante daqui, eu pedi para


algumas pessoas que a limpassem e deixassem tudo em clima de lua de mel
-ele diz deslizando o dedo pela minha bochecha.

Quando eu ia começar a falar ele me corta.

- Eu sei que o parto dos bebês está perto e como não íamos viajar para a lua
de mel eu trouxe ela até nós, era uma surpresa que eu estava organizando
para você desde...

Não o deixei terminar e o abracei com toda a minha força, Adam parou de
falar e depois de alguns segundos ele me abraçou de volta.

- Oh, minha esposa é tão amorosa -ele disse me fazendo rir.

- Aproveita que daqui a pouco eu vou odiar você -falei e ele franziu o
cenho.

- O que?

- Estou brincando -digo e ele respira aliviado- Ou não.

- Leticia -ele disse em um tom de voz sério- Que isso? Acabei de casar,
você tem que me amar pelo menos.

Beijei seu rosto e em questão de segundos ele foi ficando normal


novamente abraçando meu corpo e me mexendo nos seus braços.

Olhamos para cima vendo as estrelas que iluminavam o céu junto da Lua
cheia, o jardim da mansão Venturelli estava todo decorado e tinha várias
bebidas e comidas com os casais dançando na pista de dança.

Havia duas estrelas no céu que brilhavam mais que as outras, elas estavam
perto uma da outra e eu sorri grande quando tive uma ideia.
- Você gosta de estrelas, não é? -Perguntei a ele que me encarou.

- Sim...são bonitas e...brilhantes -ele diz rindo.

- Bom, eu gosto -digo- E acabei de ter uma ideia.

Adam tirou uma mecha do meu cabelo que caia no meu rosto atrás da
minha orelha.

- Qual?

- Existem alguns nomes de estrelas que são muito importantes na


constelação, e seria bem diferente se nossas filhas tivessem esses nomes -
digo apertando a boca em uma linha reta.

- Nomes de estrelas? -ele pergunta e eu dou de ombros.

- Sim.

- Quer escolher os nomes das nossas filhas enquanto observamos as estrelas


e damos nomes a elas com nomes de estrelas? -ele pergunta rindo e eu
confirmo ansiosa.

- Tudo bem então -ele diz.

- Mas você quer? -Perguntei e ele mordeu o lábio inferior.

- Que tal Alya? -pergunta.

- Você sabe os nomes de estrelas! -falei sorridente e ele riu.

- Me interesso um pouco -disse.

- E Maia? -sugeri.

- Alya e Maia Venturelli -ele testa e joga a cabeça para o lado- São lindos, e
tudo com Venturelli fica melhor ainda.

Ele deu um sorriso convencido.


- Sim, porque nossas meninas são lindas -digo colocando as mãos na minha
barriga- E Adrian com certeza irá cuidar delas, não é filho?

Olhamos para a minha barriga e sorrimos em seguida.

- Alya e Maia -ele disse massageando-a - Eu gostei, princesa.

- Eu também -falei.

Vimos a gangue e as meninas se aproximarem da gente e rápido as meninas


me abraçaram e os meninos abraçaram Adam nos felicitando.

- Enfim, casados -Dylan disse depois que nos afastamos.

- Ainda me lembro do Adam dizendo em Chicago que se ele se apaixonasse


deveríamos colocá-lo em um hospício -Peter disse e os meninos riram.

- Eu lembro disso -Nate diz- Eu falei que teria casamentos.

- Deus me livre -Peter disse- Não sirvo para casar.

- Serve sim, cara -Dylan disse- Vai precisar ter muita paciência, mas serve.

- Lisa, como é que você aguenta? -Peter perguntou apontando para Dylan
com o polegar.

- Aprendi com o tempo -ela diz rindo e Dylan a olha com uma sobrancelha
erguida.

- Coisinha!

Ouvimos a voz do Josh e logo depois ele apareceu com Jon do nosso lado,
os dois estavam com os braços dados e sorriam abertamente.

- Só queríamos te parabenizar pelo casamento, está tudo tão lindo -Jon disse
e eu sorri para ele.

- Obrigado, Jon -Adam diz.


Jon beijou o rosto de Lisa e Emily, falou com os meninos rapidamente e deu
um beijo estalado no rosto de Susie que sorriu meiga.

- Que você seja feliz coisinha e que você consiga aturar o cafajeste delícia,
estou enviando luz para você -ele disse e eu ri o abraçando.

Os dois se despediram da gente e foram para o outro lado do jardim, eu vi


minha família conversando entre si e sorri de lado, estavam todos aqui
provavelmente dizendo que Adam era trilionário, eu os amo demais.

Monica e Gregório estavam conversando com os outros Venturelli que eram


Jimmy, Agatha, Jane que tinha um bebê no colo, Michael, Philip e faltava
um tal de Kevin que eu ainda não o conheci.

Adam me apresentou todos semanas atrás e eu gostei bastante deles, são


muito divertidos.

- Nós já temos os nomes das meninas -Adam diz.

Olhei para eles que tinham um sorriso no rosto.

- Quais? -Emy pergunta.

- Um é Alya...-falei.

- E o outro é Maia -Adam completa.

- Aaa amei! -Susie diz sorrindo de um jeito contagiante- São nomes de


estrelas, não é?

- Sim -falei rindo.

- É bem bonito -Nate diz e os meninos concordam.

- Já estou vendo que vou vestir os filhos de vocês da maneira mais linda
possível -Emily diz nos fazendo rir.

- Por falar em filhos -Lisa diz e nós a encaramos- Nós escolhemos os


padrinhos de Danny e queremos muito que os que não foram escolhidos não
ficassem tristes.
- Desembucha, Lisa -Peter diz ansioso.

- Bom, a madrinha de Danny eu escolhi para ser a Emily -Lisa diz e a loira
abre a boca e logo depois levanta os braços indo na direção de Lisa a dando
um abraço apertado.

- Obrigada, Mucura. É uma honra para mim -Emily diz e Lisa sorri.

Elas se separaram e nós abraçamos Emily a felicitando e logo depois


puxamos Lisa que riu alto.

- O padrinho eu que escolhi -Dylan diz e o meninos o encaram- É você,


Peter.

- Isso! -ele diz comemorando e dá um abraço apertado em Dylan que sorriu


dando tapinhas nas costas do amigo.

Os meninos sorriram e bateram de leve no ombro de Peter o felicitando.

- Eu não vou dizer quem é o padrinhos dos meus filhos porque vocês devem
imaginar já que eu vou ter três -Adam diz e os meninos concordam- Mais
para frente nós decidimos qual vai ser de qual, por favor não vão apostar
isso também.

- Nunca ganhei tanto dinheiro fácil em toda a minha vida -Nate diz
convencido.

Adam me contou que Nate tinha acertado o sexo dos bebês e ganhou uma
nota preta de todos incluindo meu pai e o pai de Adam, tudo farinha do
mesmo saco.

- Certo -Dylan diz- Agora, nós precisamos ir.

- Preciso amamentar Danny, já estou morrendo saudades dele -Lisa disse


fazendo o marido rir.

Os dois se despediram de todos nós com um abraço apertado e felicitações,


logo depois foram falar com os pais de Dylan.
- Meu menino cresceu tão rápido -Adam diz colocando a mão na boca
enquanto encarava o irmão.

- Daqui a pouco é você, Tinker -Peter diz.

- Calma, Peter Pan -Adam tocou no ombro dele- Vai chegar sua vez
também.

Nate riu quando Peter tirou a mão de Adam no seu ombro com uma cara de
deboche.

- Coitada da doida -Emy diz olhando para as unhas.

Peter encarou Emily e deu um sorriso de lado.

- Quer se candidatar, loirinha? -Peter perguntou e Emy o encarou.

Ela andou até ele lentamente parando ao seu lado e de costas para nós,
Emily virou o rosto para encarar Peter que fez o mesmo.

- Gosto demais do meu tempo para perdê-lo com você, Peter -ela passou a
língua nos lábios e traçou sua barba com o dedo indicador.

Peter a olhava sério mas não tirou as mãos dela do seu rosto.

- Mas obrigada -Ela diz e dá dois tapinhas de leve na sua cara que fez uma
cara de irritado.

Emy sorriu para ele antes de se afastar e ir falar com outros convidados.

Peter piscou algumas vezes e encarou Nate que tinha uma sobrancelha
erguida e Adam tinha um sorriso nos lábios.

- Ela acabou de dar dois tapinhas na sua cara? -Adam perguntou.

- Essa mulher é um problema -Peter diz passando a mão na barba.

- Tesão reprimido -Nate disse isso enquanto fingia tossir.

- O que você disse? -Peter perguntou e Nate riu se afastando.


- Nada -ele fala dando passos para trás.

- Volta aqui, Nathaniel -Peter gritou e foi atrás do amigo que andou para
onde as bebidas estavam.

- Bolo! -Susie deu grito alto perto da gente que Adam quase cai.

- Minha mãe do céu! -Adam diz com a mão no peito.

Ri alto vendo ele respirar com dificuldade.

- Você se assusta muito fácil -Susie disse rindo encarando Adam.

- Porra! -Adam exclama e Susie ri mais.

- Vou pegar bolo -ela diz baixo olhando para Adam que revira os olhos-
Não se assuste.

- Você está muito para frente, Jones -Adam fala enquanto ela caminha
sorrindo para onde o bolo está.

Adam passou a mão no cabelo e eu o analisei por completo, ele olhava para
frente e eu apenas pensava o quanto eu o amava.

Aquele momento em que você olha para a pessoa e percebe a sorte que tem
de ter ela na sua vida por que simplesmente ela te faz bem, te faz sorrir e
sabe-se que você pode contar com ela.

Adam Venturelli me transmitia tudo isso e mais um pouco, eu ainda consigo


me lembrar o quanto eu tive medo de me envolver com ele no início, mas
percebo o quanto foi bom tê-lo deixar entrar na minha vida, se não
passássemos pelo o que passamos antes não estaríamos aqui hoje nos
casando e comemorando com quem amamos.

Mostramos que vale a pena amar novamente e amar pela primeira vez, só
precisa ser a pessoa certa para você, e Adam é a pessoa certa para mim.

Eu sinto isso desde a primeira vez que ele disse que me amava, em uma
casa de massagem onde fizemos nossos filhos.

Eu só sei que quero ele para o resto da minha vida, quero olhar para esses
olhos azuis todos os dias e dizer: - Eu amo você.

Adam sorriu com o cenho franzido e se aproximou de mim, ele alisou meus
braços e me olhou com as pupilas dilatadas.

- Eu amo você, princesa.

Ele sorriu para mim abertamente e naquele momento eu soube que me casar
com esse loiro metido foi a melhor decisão da minha vida.

fim.

×××

E chegamos ao fim de Meu Acaso Sedutor!

Meu povo bonito 😢 estou tão feliz e triste ao mesmo tempo, mas ler e
escrever tem suas consequências também haha,

#Sofremos.

O Epílogo será postado no Domingo junto com o nascimento dos


trigêmeos rsrsrs Os bebês estão chegando!

Muitíssimo obrigada por acompanhar o livro até aqui e obrigada por


não desistir dele, esse livro foi muito importante para mim porque ele
me ajudou bastante em alguns momentos da minha vida assim como os
comentários de vocês.

Meu coração está feliz agora por eu ter conseguido concluir essa
história e apresentá-la, espero que eu tenha divertido vocês ou ter te
distraído da vida real nem que seja por alguns minutos.

Bom, eu só tenho a agradecer...

Até com o epílogo, babys ❤️

Nos vemos lá.

Epílogo

Adam Venturelli

Tempos depois...

Entrei no supermercado colocando as chaves do carro no bolso, andei


normalmente até a parte mais importante do supermercado de acordo com a
minha esposa.

São exatamente 2:30 da manhã e eu estou no supermercado 24h para


comprar um simples sorvete de morango.

Olhei as várias marcas e peguei a que achei melhor, analisei a embalagem e


sorri de lado.

- Ah, eu sou um ótimo marido -falei para mim mesmo.

Não é como se tivesse alguém aqui às 2:30 da manhã na sessão dos sorvetes
e danone.

Andei até o caixa com o sorvete na mão e tentando não dormir em pé, Rubi
estava completando 8 meses de gravidez hoje e já estávamos ansiosos para
o parto mesmo que a médica tenha falado que quanto mais tempo passar
será melhor para eles.

Minha princesa está aguentando firme até agora.

Depois do nosso casamento nós fomos para a cabana que comprei e estava
tudo perfeito, as rosas, as velas, o clima e tudo mais. Foram as melhores 2
semanas da minha vida.

Quando voltamos, juntos decidimos que seria melhor ela ficar em casa até o
final da gravidez para repousar e não ter nenhuma preocupação, sua barriga
agora parece realmente ter triplicado de tamanho.
Cheguei no caixa e falei com a mulher que me deu um sorriso pequeno não
querendo estar aqui tanto quanto eu.

Senti meu celular vibrar dentro do bolso e o tirei vendo uma ligação de
Rubi, arrastei pro lado e atendi.

- Olá, motivo da minha felicidade -digo.

- Adam.

A voz de Rubi parecia estranha e assustada, somente uma coisa veio na


minha cabeça na mesma hora.

- Trigêmeos?

- A bolsa -ela disse resmungando de dor.

- Merda, estou indo para aí.

Desliguei o celular no mesmo instante e comecei a correr para fora do


supermercado.

- Moço! O sorvete! -a caixa gritou e apenas a ignorei.

Corri para o carro sentindo a brisa da madrugada atingir o meu corpo e


rosto, me atrapalhei um pouco tentando tirar as chaves do meu bolso mas
por fim eu consegui. Dirigi para casa tão rápido que deveria ser piloto de
corrida junto com o Peter.

As ruas também estavam meio vazias o que facilitou um pouco, depois de


minutos eu cheguei no meu prédio estacionando o carro na frente, saí do
veículo às pressas e fui para o elevador, assim que as portas foram abertas
eu entrei apertando o botão e quase o quebrando.

Os segundos pareciam horas para mim, droga! Nunca mais saio para
comprar sorvete enquanto minha mulher está perto de dar a luz mesmo que
ela insista.
Não que eu ainda queira ter filhos com Rubi, quer dizer, quem sabe...se ela
quiser eu quero.

O elevador abriu e pulei para fora correndo até o meu apartamento e tirando
a chave do bolso, abri a porta e gritei pelo seu nome.

- Na cozinha! -ela gritou de volta.

Fui para a cozinha o mais rápido possível e assim que cheguei lá eu a vi


sentada na cadeira com as mãos na barriga e respirando fundo várias vezes,
tinham água no chão.

- Princesa -falei me aproximando.

- Me leva pro hospital, Adam -diz e eu concordo no mesmo segundo.

Ouvimos um latido e Mops entrou na cozinha puxando uma bolsa azul que
eu reconheci ser de Adrian.

- Muito bem garoto, faltam só duas -digo e ele late.

- Espera aqui, vou pegar as bolsas -digo e ela concorda.

- Não demora -fala.

Fui até o quarto de hóspedes que fica no andar debaixo e peguei as bolsas
de Alya e Maia e também a bolsa de Rubi. Voltei para a cozinha e liguei
para o porteiro pedindo que me ajudasse com as malas.

- Vamos, princesa -digo andando até ela.

Ajudei Rubi a levantar da cadeira e ela passou o braço pelo meu pescoço se
equilibrando, andamos até a porta mas ela parou fazendo uma careta.

- Isso dói -ela diz com os olhos fechados.

- Nossos bebês estão vindo -falei sorridente e logo depois ela riu abrindo os
olhos.
- Eu que carrego mas eles com certeza vão ser parecidos com você -ela diz.

- Você acha? -Perguntei quase soltando fogos e ela me olhou irritada.

- Ok, não vamos discutir isso agora -digo e ela faz uma cara de deboche
para mim.

(...)

- Saí da frente! Saí da frente!

Eu gritava isso pelo hospital enquanto eu levava Rubi na cadeira de rodas,


ela se segurava firme na cadeira e não tirava os olhos da frente como se
fosse ela que estivesse guiando a cadeira.

Chegamos perto do balcão e olhei para a mulher que vestia uma roupa de
enfermeira, ela olhou para Rubi e depois para mim.

- Sua barriga está bem grande, é trigêmeos? -ela pergunta e Rubi confirma-
Quem é a sua médica?

Ela fez algumas perguntas para Rubi que parecia estar com a cabeça
fervendo, falei com a mulher para levá-la a sala de parto o mais rápido
possível porque minha esposa estava sentindo dores fortes e eu já estava me
cagando de medo.

Tirei o celular do bolso e mandei uma mensagem para todos dizendo que
estávamos no hospital incluindo meus pais e Carlos.

- Adam...

Guardei o celular no bolso e me inclinei na direção de Rubi que tinha os


olhos fechados e tinha uma feição de dor.

- Já estamos indo, princesa -dei um beijo na sua testa.

Me virei para falar com a enfermeira e com uma leve apressada ela atendeu
meu pedido e logo depois minha princesa estava sendo levada para a sala de
parto.
A médica de Rubi estava fazendo plantão no hospital, graças a Deus, e ela
examinou Rubi por completo e depois que as palavras "está na hora" saíram
da sua boca quase meu coração saltou do meu peito.

Rubi foi medicada enquanto a doutora me explicou algumas coisas sobre o


parto prematuro e a cesariana, não entendi muito bem por que o nervosismo
não deixava mas contanto que Rubi soubessem disso para mim já era
suficiente, ela leu livros de maternidade por meses.

Um homem de luvas me entregou uma roupa própria para a sala de parto e


eu rapidamente fui até o banheiro a vesti.

Fiz toda a higienização necessária e voltei para a sala vendo tudo ser
preparado para os meu filhos nascerem e Rubi vestia o pijama do hospital.

Me aproximei dela que tinha a cabeça deitada na cama, passei a mão no seu
cabelo e ela me encarou com os olhos brilhantes. Beijei sua testa com
carinho e encarei a médica.

- Vamos começar -ela diz.

Olhei para Rubi e dei um sorriso confortador a ela, a médica junto com
outra levantaram o pijama do hospital que Rubi estava usando e foi
colocado uma espécie de pano na frente de Rubi que a impedia de ver o que
tinha na sua frente, elas mexerem na barriga da minha princesa como se
estivesse a massageando e os outros que estavam olhando se aproximaram
dando alguns objetos estranhos a elas.

A partir daí eu não consegui mais encarar, uma mão pequena pegou na
minha chamando minha atenção.

Olhei para Rubi que tinha uma expressão assustada.

- Eles vão ficar bem, não é? -ela perguntou e eu sorri me aproximando dela.

- Sim, princesa. Eles vão ficar muito bem -digo e ela balança a cabeça
concordando.

- Não fique com medo -digo.


- Você está? -ela perguntou e eu olhei por cima do pano que impedia a visão
dela.

Vi a médica mexendo na parte debaixo da barriga e também vi sangue, os


médicos se encaram e balançam a cabeça confirmando como se estivessem
dizendo que estava tudo bem.

- Não -respondi a ela.

- Eu estou apavorada -ela disse fechando os olhos.

Coloquei meu polegar na sua bochecha e deslizei para cima e para baixo
fazendo-a me encarar.

- Vai dar tudo certo, eu prometo a você.

Rubi piscou algumas vezes e sorriu pequeno na minha direção.

- É agora -ouço a médica dizer- Me ajudem aqui.

Respirei fundo e me levantei para ver o que estava acontecendo, uma


mulher que estava atrás de mim preparando algumas coisas para os
trigêmeos me deu uma tesoura e eu agradeci pegando da sua mão.

- É agora, princesa -falei a Rubi que entre abriu a boca.

- Quem você acha que vai nascer pri...

Ouvimos a médica dizer alguma coisa e logo depois o momento mais


esperado por mim aconteceu, o choro do meu filho apareceu em um som
alto que eu adorei escutar pela primeira vez.

A médica tirou o bebê de dentro e olhou para mim.

- É o menino -ela disse.

- É o Adrian! É o Adrian, Princesa!!


Olhei para Rubi que sorria vendo meu entusiasmo, os outros que estavam
em volta da médica o limparam e aproximaram Adrian de nós dois, foi
impossível conter uma lágrima que desceu no meu rosto assim que vi meu
filho, mesmo que todo ensanguentado.

Cortei o cordão umbilical com o peito quase explodindo de felicidade, meu


garotão já está aqui conosco.

Eles levaram Adrian até a mulher que me deu a tesoura e Rubi pegou na
minha mão.

- Eu já estou com saudade dele -ela disse me encarando e eu ri baixo.

- Agora são as nossas mini princesas -falei apertando sua mão e dando um
beijo em seguida.

Espero que essas meninas não me dêem muito trabalho por que se puxarem
para Rubi ou até mesmo para mim, estou ferrado.

- Aqui vem ela -A médica disse e meu coração errou uma batida, até o final
do parto vou precisar de um transplante.

Respirei fundo e tomei coragem para olhar por cima do pano vendo o exato
momento em que nossa primeira filha saiu da barriga da mãe, ela chorou
mais que Adrian e tinha menos sangue que ele. Eles a limparam
superficialmente e trouxeram para nós dois a vermos.

Cortei o cordão umbilical e vi quando Rubi sorriu abertamente a encarando.

- Quem é esta? -a mulher que trouxe minha filha perguntou nos encarando.

Olhei para o rostinho dela e joguei a cabeça para o lado. Ela tinha cara de
Maia, não estou nem aí que ela ainda tenha cara de joelho.

- Maia.

Rubi e eu falamos isso ao mesmo tempo e a mulher riu levando-a até o seu
irmão.
- Ela tinha cara de Maia -Rubi disse e eu ri concordando.

- Ela é linda -falei sorridente limpando uma lágrima que descia do rosto de
Rubi.

- Só falta nossa Alya -ela diz nervosa

Me aproximei de Rubi novamente e dei um beijo demorado na minha


esposa, parei de beijá-la lentamente sem realmente me afastar e fechei os
olhos.

- Você é a mulher da minha vida -falei e abri os olhos- Obrigado por me dar
as minhas quatro maravilhas que eu já amo com toda a minha força.

- Quatro? -ela pergunta.

- Mops ficaria ofendido agora -digo e ela sorri.

- Eu te amo, Adam Venturelli.

- Eu te amo Sra. Venturelli -digo e a dou um selinho demorado novamente,


na hora que nos afastamento nós ouvimos o choro de Alya e Rubi sorriu
mordendo o lábio inferior.

- Eles estão aqui -ela disse com os olhos se enchendo de lágrimas.

- Sim, eles estão.

A mesma mulher trouxe nosso último filho a nascer e assim que vi o rosto
de Alya me apaixonei da mesma forma que vi os outros dois.

- Alya -Rubi disse sorrindo.

- Ela é linda assim como a irmã -digo e Rubi concorda emocionada.

Eu não tinha palavras para descrever aquele momento senão mágico e


perfeito, o nascimento dos meus três filhos ficará marcado para o resto da
minha vida assim como o rosto de Rubi quando viu cada um deles.
Esse com certeza também era um dos dias mais importantes da minha vida,
não só por conhecer os meus filhos pela primeira vez e sim por saber que eu
irei criá-los ao lado da mulher mais sensacional que eu já conheci.

Eles são e sempre vão ser tudo para mim.

Fim.

××

Ainda bem que estou digitando por que se estivesse falando seria um
tarefa difícil para fazer, estou com uma enorme vontade de chorar
(quase chorei de novo, só não o fiz pq sou bandida má).

Espero que tenham gostado do Epílogo mostrando o nascimento dos


trigêmeos Adrian, Maia e Alya Venturelli. Nossos bebês finalmente
chegaram e vão abalar corações no próximo livro da Quadrilogia ("Um
problema perfeito" {Peter e Emily} ) assim como Danny.

Para você que me acompanhou dede o início, espero ter valido a pena
esperar por todos esses capítulos, obrigada a todos por ler "Meu acaso
sedutor", é uma honra para mim ter leitores como vocês.

Até, babys ❤️

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