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estourar.
Respirando profundamente, eu tento me acalmar na
precisava para vir até aqui hoje. Eu falei com Mario, que me
deu o número de Matteo e me deixou envergonhada por
ansiedade e medo.
colar de rubi.
ofendida com sua pergunta. Ele não vai ganhar esse jogo.
meu desprezo.
segura.
— Nunca.
Meu Deus.
Se soubessem como ele fica mexido comigo. Não vou
“No fundo, acho que você vai dar muita força para o
Amândio e talvez é isso que alguns tenham medo.”
“Amândio já é uma máquina assassina e cruel. Tão
inteligente e maquiavélico desde novo.”
“Amândio é usado por Giovanni por suas fraquezas. O
pai o contém para não se tornar perigoso para ele também.
Amândio detesta o Luca e diz que é o meu cachorro raivoso,
que eu preciso deixá-lo na coleira, mas ele não percebe que
também tem uma. E eu acho que você vai soltá-lo dela com
o tempo e Giovanni não quer isso.”
casamento.
— O nosso casamento! — Dou um berro cheia de ódio.
— Marinne...
— Não! — Detenho-o de falar e espero que enxergue
em meu olhar o meu desespero e raiva. Merda. Mil vezes
merda, por eu sentir que ele é meu tanto quanto ele me faz
sentir que sou dele. — Não pode ser! Você é meu.
— Como assim?
— Eu sei que você se sente livre comigo, acho que
toda a força. Sua cabeça chega a virar. Com certeza ele não
estava esperando por isso.
para trás.
Eu tento me controlar, parar de tremer. Eu devo estar
vulnerável.
— Sobre?
que seja o seu pai, você tinha que ter falado comigo pelo
menos. Me dado um sinal de que não era você.
Na frieza de sempre, ele chega perto e toca meu
ombro e rosto.
gemo quando ele faz minha cabeça ficar mais para cima e
intensifica o beijo.
Enquanto ele me devora, eu só consigo pensar no que
Travis disse com o que ele acabou de deixar escapar.
Eu sou a garantia dele ser livre do pai. Garantia de ele
gozar.
A única coisa que eu penso agora e que ele poderia
me devorar. Posso ter chegado aqui com a impressão de que
estou me rebaixando, que estou deixando ele fazer o que
— O quê?
Amândio, não responde, ele me pega no colo e me
leva para a sala.
— Você não vai sair daqui sem eu provar o quanto
mordida.
— Sábado é depois da manhã, mas — sua voz está
rouca — eu não sei por que... Mas eu preciso... — Ele parece
que está com fome.
— Quanto?
Mordo a boca.
— O quanto você quiser.
de mim.
tirando rápido.
costas.
Sou conduzida a uma corrente de intenso prazer, que
essa noite.
Atrevida, coloco meu pé em cima do seu joelho.
me.
— Como se eu fosse uma majestade. Você olhando-me
de baixo?
Amândio não responde, apenas olha enigmático.
parte sedosa.
— Oh... meu... Deus — gemo segurando com força o
Como?
Conforme ele fica mais animalesco, suas chupadas no
famintos.
macia.
Eu aquiesço no automático porque ainda é doloroso
men-te vagaroso.
E minha.
Abro um sorriso entorpecido, mexendo meu ombro e
concordo.
— Sim, sua.
Isso faz ele estocar para dentro de uma vez só. Me
— Doeu?
mais ainda.
dificuldade.
Suas mãos, firmemente me segurando pela cintura,
mim.
Quero arranhá-lo.
Quero devorá-lo.
Quero beijá-lo.
Sentando firme no seu colo, fazendo seu pau ir até o
fundo, puxo sua cabeça com as duas mãos e o beijo como
viciado.
animalesco.
Porra!
Eu adoro isso. Eu adoro ele dentro de mim. Adoro esse
pelas coxas.
perfeita impossível.
sua boceta que recebe meu pau tão bem. É difícil respirar de
tão intenso.
delícia.
Ela me presenteia com um sorriso grogue antes de
gritar.
cabelos e trago sua boca para mim. Chupo seus lábios, sua
faminto.
— Puta que....
nomear olhando-a.
braços.
— Já disse.
— Você falou que o Colen está com você, mas foi ele
que te trouxe?
que conhece outra pessoa que sabia onde ele fica e assim
aproveitando as carícias.
— Liga para ele para dizer que está tudo bem e que
falar comigo.
— Oi — atendo.
— Marinne?
Lozartan?
— Eu... — paro de falar de novo.
e eu acho bonito.
adormeci.
minha frente. Acho que sou tão possessiva com ele quanto
certeza.
provocando.
minha mão.
preocupe.
— Oi, Colen?
— Você vai ficar no apartamento dele? Que história é
exatamente qual foi o motivo, mas ele pode apostar que vou
querer saber depois. — O mais importante é que o meu
— Eu vou ficar.
— Marinne, — ele respira exasperado, — você não vai
ficar.
— Eu já estou.
— Marinne... vocês...
— Olha, Colen, eu não queria ter que falar isso por
— resmunga alto.
Deve estar fazendo um espetáculo dentro do seu carro
na garagem do prédio.
— Eu quero que você me explique como é que vocês
garota loira, só sei que ela existe e você sempre volta para
ela, mesmo Travis tentando por duas vezes te afastar ou
ninguém.
— Marinne... — é um aviso com cuidado. Está
querendo me proteger.
— Ele nunca foi desrespeitoso comigo, Colen. Ele
— Como é que é?
— Eu já entreguei essa responsabilidade para ele e
— Pode ser.
Rio e fico feliz por estarmos indo pelo caminho da
em mim.
— Mas você não me contou tudo.
encerro a ligação.
Suspirando, deixo meu celular na mesinha e vou até a
Amândio fala.
Meu coração acelera e eu agarro seu pau, enfiando a
nossa frente.
precisa ir embora antes que Travis precise vir até Nova York
para te matar e capturá-la pessoalmente.
Quero ver ele tentar pegar minha mulher de mim.
nenhuma, apenas quero saber que merda você vai fazer com
a apresentação do lençol de sangue. Vai deixar todo mundo
saber que ela não se casou virgem?
— Não é da sua conta.
— É sim, caralho!
— Eu vou fazer o que for preciso.
cara.
Ela olha para mim e acho que nem percebe que sorri.
pensativa.
— Você quer tomar um banho antes de ir?
analisá-la.
é óbvio.
— Não.
— Não o que?
aqui de baixo.
— É bobagem, eu só...
possessividade.
— Você só ficará com seu irmão e comigo nas
garantia.
— Para que você precisa de garantia? — Cruza os
— O quê?
— Você voltando para Las Vegas peladinha por baixo
desse vestido alvo e puro. Com marcas de palmadas nessa
direito a tapas.
Os olhos dela brilham de luxúria.
cara com Colen Lozartan. Ele vem para cima de nós com
passos largos e espumando pela boca. Do que ele está
— E as suas malas?
A única coisa importante que eu preciso levar, é o
terno que foi feito sobre medida para me casar, penso
rápido.
e as crianças.
Não conto que vou com Colen e Marinne, que espero
que Lozartan tenha sido esperto para fugir do radar dos
homens do meu pai também – mesmo que eu possa resolver
confirmar o encontro.
Assinto pensativo, mesmo que ele não possa ver.
— Foi tudo bem. Ela teve sua ajuda para entrar no
meu apartamento.
— Eu pensei que você ia gostar.
Não me interessa o motivo dele pensar isso. Não sou
um imbecil para adivinhar que depois das loucuras que fiz
por Marinne, que ele pensa que eu me importo com esse
casamento – com ela. E Matteo está tentando, ainda,
surpresa?
— Eu sei que você não pretendia romper o noivado e
depois de torturar aquele cara ontem, ficou óbvio que o
casamento estava de pé ainda.
— Okay, porém não repita mais uma surpresinha
como essa.
— Pensei que não haveria problema já que ela é sua
mulher. Para mim vocês já são um casal.
Ele está querendo mostrar lealdade e referindo-se
Marinne como minha esposa, é uma bajulação. Matteo, terá
uma surpresa também, pois ele mal sabe os planos que eu
tenho para provar a sua lealdade comigo.
— Fique pronto e esteja no hangar, pega o endereço
certo com Colen, antes das duas horas.
saber.
Ela está na poltrona de frente para a minha, ainda
com o vestido branco e tenho certeza que sem uma maldita
calcinha. Ela cruza e descruza as pernas lentamente
— Vamos, senhores.
Assinto para o soldado da Lawless e entro no veículo.
Não demora quase nada, nós chegamos na mansão
dos Lozartan. Ordeno Matteo a pegar as malas assim que a
Sim, porra.
— Eu sei que você não gostou, e nem Marinne, mas foi
para mim?
— Porque você pode me dar algo em troca, que
deixará você também... satisfeito.
Ele estreita ainda mais os olhos suspeitos e volta a se
acomodar na poltrona.
Dou meu sorriso de lado e digo:
— Isso será o meu presente de casamento para
Marinne.
— Como assim?
Assinto veementemente.
— Que seria?
— Eu não lhe devo satisfação, — retruco com deboche
pergunta:
— O que você tem em mente, Amândio?
pode usar outra cidade, talvez uma que fique mais perto de
Nova York.
Ele assente, com certeza anotando as táticas, mas não
melhor Executor.
— Okay. Você não precisa me ensinar a fazer o meu
trabalho.
— Certo — retruco assentindo e vou pegar meu
Porra. É isso!
— Ela e Colen me aguardavam no meu prédio e
depois subimos para o meu apartamento. — Uma pequena
omissão apenas.
rua?
Seu semblante fica ainda mais sério, dá outro passo,
antes de dizer:
— Fique longe dela até sábado.
falar comigo.
Um caos é o que se transforma dentro de mim. Raiva,
desprezo e consternação.
comigo.
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paletó preto. Ele vem de cabeça baixa até que ergue o rosto
agora.
Caminho sem dar importância para as escadas.
— Tudo bem?
subindo as escadas.
Estou parada no meu quarto, pensativa. Irritada
correndo.
Estou me afogando em pensamentos, ao ponto de
preocupada.
meu rosto.
conseguir entender.
mas...
— Você não ficou, assim como é muito próxima ao seu
vivência.
o lado, intrigada.
casais...
— Eu sei — interrompo-a.
— Você sabe?
dão bem.
— O que é? Fala.
— A verdade é que fico me perguntando se Amândio é
— Beijou?
— Me beijou na boca na minha festa de dezoito anos.
— Sim.
— Só se beijaram?
Faço um biquinho, torcendo a boca e balanço a
— Por quê?
— Vocês poderiam ter esperado. Então a pergunta é,
gargalhada.
— O que foi isso?
afasto.
— Pode me explicar por que tudo isso?
— Sim.
— Mas... e-eu...
— As duas vezes.
— Ai, meu Deus, Madeleine. Eu...
a um tempo atrás.
— Sabe aquilo que você disse sobre a Bárbara e o
Enzo. Que ela confundiu a atração imensa que tinha por ele
tempo — me corrige.
— Eu sei, mas ela sofreu muito para ter o que tem
A última eu já senti.
— Não espere uma briga ou algo que possa tirar ele
de você — seus olhos ficam cheios d’água. — Porque todos
esses homens, seja os seus irmãos ou o seu futuro marido,
um sorriso pragmático.
— Você é uma mulher inteligente e vai saber a hora.
Eu espero que sim. Penso retribuindo seu sorriso.
— Agora, sente-se aqui e me conta do primeiro
beijinho de vocês.
— Não foi um beijinho.
— Não?
Rio e espero nos acomodar na ponta da cama.
imensamente feliz.
— Eu sei que sim e você sempre vai ser minha
nunca irá.
Fecho os olhos, sentindo meu coração se encolher de
dor e raiva, solto a respiração.
— Eu não vou ser esse tipo de mulher. Não vou
mesmo.
Jogando as colchas para longe, me levanto da minha
cama e entro no banheiro ignorando completamente meu
vestido e véu de noiva no cabideiro no canto do closet.
dele, fico com falta de ar. Medo de ele ter sido capaz de
matar sua cópia para ter o poder, que será dele sem custo.
Sem o irmão não tem nenhuma possibilidade dele não se
Meu Deus!
Prendo a respiração e lembro da primeira vez que o vi.
Eu era uma menina, que sempre soube de muita
móvel de madeira.
Olhar para o meu irmão abre as comportas do meu
choro e eu me desespero. Ele corre até a mim e me segura
— Por quê?
— Porque... — Balanço a cabeça e desvio o olhar. —
pouco.
Abraço-o bem forte e tento encontrar meu equilíbrio
mais um pouco.
— Mia cara — ela sussurra comigo nos braços,
isso e — puxa meu rosto para ela — que ele consiga negar
isso. Nem tudo que a gente pensa que sabe, é verdade.
— Vamos lá.
É ele que dá o primeiro passo e eu sigo.
acalmando.
Sorrio vendo uma rede de pequenas luzes penduradas
de estar.
eu sustentar.
porra.
Espero Travis beijar sua testa para me aproximar. Ele
quando não faz, pego sua mão e aperto. Ela fita nossas
— Oi — digo rápido.
para ela, mas então vejo meu pai com seu sorriso
espécie de tortura.
Ter Marinne perto de mim sem eu poder tocá-la como
eu gosto e ainda por cima fingir que não noto quando ela
tormento.
sangue. Mas sei que dei muito mais nesse meu juramento
de agora do que quando jurei pela Famiglia.
corte.
antes de anunciar:
ambiente.
Gosto dele.
separe.
eu mesmo.
— Está tudo bem — falo de um jeito que não gesticulo
muito a boca.
fotos.
— Abrace ela por trás — o homem orienta para nós
corpo.
— Sorriam.
Forço um sorriso de boca fechada e parece o
indignação.
— Nada — respondo frio.
— Preciso ir.
— Está bem. — Ela dá de ombros.
entorno.
— Porra, o que há com você?
pai. Quero matar todo mundo que acha que pode se meter
no meu relacionamento.
Isso não vai durar mais do que já está durando.
vez.
convencido.
lindamente.
— Pai — de repente escuto a voz firme atrás de mim.
Tenho Amândio ao meu lado, que magicamente tira a
Você é minha.
É. Eu sou a posse dele.
seu rosto e se afasta para que sua esposa jovem demais, ela
mesmo jeitinho.
— Oi. Eu sou a Bella.
— Oi. Eu sou a Marinne.
um bebê lindo.
do seu agarre, fico cara a cara com ele. Porque precisa ser
— Suas irmãs...
— Filha de Jackeline, a segunda esposa dele.
— E a sua mãe?
dia de hoje.
algum jeito.
como acordasse.
ombros.
— Por quê?
— Merda!
Inspiro e expiro com força e coitado do vaso de flores
na minha frente, ele voa pelo corredor. Eu quebraria tudo
voz.
Vou até a penteadeira para ver como estou. Sem
acalmar.
Lembro da primeira e última vez que ele esteve aqui.
mereço mais.
Mas eu ainda tenho a esperança, de verdade, que eu e
talvez alguém tenha falado algo. Argh, droga. Não vou botar
a culpa em mim quando eu sei que tem muita coisa em
jogo.
Vou até meu banheiro, faço xixi com muita dificuldade
por conta que a saia do vestido é bem justa no corpo e logo
Não é isso.
— O que você está fazendo aqui? Por que não está
reclamar de mim.
— Não deveriam. — Olho para o seu perfil e espero
concluir olhando para mim. — É uma virtude sua não mentir.
É algo bom.
— É, eu sei, mas seria bom saber mentir no nosso
mundo.
— Com o tempo você vai aprender. A vida nos ensina.
cinza chumbo.
Estou tentando distrair minha mente e não falar, mas
total atenção.
— Sim — assente duas vezes. — Sim, eu disse para
você isso.
— Eu queria saber porque você disse isso. Você não
— Sim.
— Você vai dizer agora?
Ele parece receoso, mas não me faz de idiota. Não
precisam mais fazer isso. Eu sou uma mulher, não uma
menina.
— Amândio tem uma reputação um pouco
— É?
— Sim, porque apesar de ele ser o sucessor do Capo, o
muda.
— Entendi.
— Eu posso te fazer uma pergunta?
— Todas.
— Sim.
— Hun... — Dou de ombros. — Menos mal. Seria
insultante você me acusar de trair você, justo hoje e com o
Paolo, que é como um tio para mim.
comigo.
— Confia em mim, Marinne. Não aconteceu nada.
— Então por que que você está me ignorando? — Dou
um passo e toco seu peito. — A gente estava tão bem e
agora você mal olha para mim. Logo hoje.
atenção de volta.
— Agora que você é meu, parece que nunca foi. Agora
que podemos, você não me quer.
— Mas não é verdade — diz e enrijece o maxilar.
fizemos.
— É verdade — diz com humor e aperta minha mão.
— Não se preocupe com isso. Madeleine é minha
família.
— E se acontecer? —sussurro.
Ele fica pensativo por um tempo, o rosto neutro.
— Aconteceu.
— Como assim?
ela.
Eu não suporto mais fingir que não a quero. Merda. É
sério, mesmo sabendo que ele não confia em mim para ser
marido dela. Ele já deixou bem claro isso.
raiva e tristeza.
— Ah — ela ri com conhecimento. — Sim, ela sabe.
Amor? Piada.
— O amor é bobagem, Marinne. — Falo sem pensar e
mil gatinhos.
completamente.
— E se acontecer?
Porra.
— Como assim?
— Vamos dançar.
A levo para a pista de dança e todo mundo aplaude
pedaço de carne.
— Desculpa.
acusatórios.
fácil.
— Não importa — diz teimosa. — Você não deveria
meio das suas costas para sua cintura e seguro firme. Seu
corpo reage se empertigando.
caminhando no altar.
Caminhando para mim.
Seu corpo estremece e em seus olhos vejo excitação.
Ela move a sua mão dentro da minha, esticando e logo
com os pais. E como ela não tem pai, e sim Travis, e eu não
tenho mãe e me recuso a dançar com Gemma, Madeleine
filmagens. É verdade?
— Sim, eu fiz.
desconforto.
Ergo as sobrancelhas, ameaçadora para ela.
— É mesmo?
Madeleine sorri abertamente, um ar intimidador e diz:
dentes.
— Você...
caminho.
— Fale isso para o seu marido. Eu não pretendia sumir
esses dias.
Madeleine ri, olha para os convidados fazendo a blasé
companhia.
Fico em silêncio e fito minha esposa rindo com o
irmão.
Marinne.
— Você está com ciúmes.
dela.
— Ele não vai — afirmo. — Nem dela e nem de você,
me ouviu?
Bella abre um sorriso amargo e me abraça quando
acabamos de dançar. Marinne se aproxima de nós e minha
irmã a abraça também e corre para longe.
desde que seu filho nasceu. Eu tinha pena dela antes. Antes
dela ser mãe e ficar colocando ideias na cabeça do meu pai
do tipo; que o novo e mais jovem filho dele pode ser o seu
sucessor. Até porque meu pai sabe que comigo seu reino
durará menos, com Bene, ele terá ainda longos anos como
Capo. Imbecil egocêntrico.
Entretanto, ele sabe que antes mesmo de tentar fazer
algo contra a mim ou Leon, meu avô faz ele comer adubo à
mais para perto e olho em seus olhos. — Tudo vai ficar como
eu quero.
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sexo.
é preciso que nós tenhamos algo hoje. Eu não quero ele tão
indaga.
— Eu sei.
junto ao seu.
na sua.
bem.
murmurar:
— Podia?
em você?
Ai meu Deus.
— Não — minto e ele sabe, é claro.
— Vem comigo.
Pegando-o pela mão, levo para a tenda. Finalmente
casa.
Girando meu corpo, eu o encontro no meio da tenda.
por mim.
— Não — o som escapa de mim e eu corro. —
colada na minha.
— Por que você está salvando ele?
Ele é o seu Capo. Sem contar que é uma traição matar outro
membro da Famiglia.
hoje.
— Um dia eu vou. — Sua voz sai rouca, vibrante e
acelerados.
— O meu presente de casamento para você é o meu
Bellagio.
Escuto com espanto e uma luz acende na minha
mente.
— Esses dois dias — engulo em seco — foi lá que você
ficou?
— Você acha que eu fiquei aonde?
— Eu não sei. — Dou de ombros. — Achei que você
tinha ido fazer uma despedida de solteiro.
honra.
— Palavras todo mundo fala, Amândio.
— Ah é? — A ameaça escapa da sua boca numa
respiração. Ele me solta e dá um giro rápido indo para a
saída.
Oh, não. Merda.
Corro para detê-lo, mas por um milagre Travis e
Madeleine surgem na entrada da tenda. Os passos de
cedo.
— Por quê?
— Ele passou a mão idiota dele em Marinne. — Meu
marido raivoso trinca o maxilar, notavelmente sentindo ódio
e literalmente solta a trava da granada no meio da “sala”. —
rosnado.
Olho-o de soslaio e ele ignora totalmente falando:
— Ele tentou sentir sua bunda, caralho.
— E você disse isso agora? — Travis acusa-me.
Por mais que não seja de verdade e não tenha amor ou não
seja um casamento lindo como dos meus livros, quero ter
lembranças e se vocês fizerem um banho de sangue, vai
estragar tudo.
Amândio olha para mim de um jeito que não entendo
você.
Em seu olhar vejo o que não estava nos meus planos.
rápido. Ela ainda tem dúvidas do que posso fazer com ela
— Sim.
seu fôlego.
cima de mim, meu pau indo até o fundo da sua boceta. Seus
Queria...
Com urgência toco seu rosto numa caricia suave.
nada.
— Marinne...
tão fácil como você disse eu ficar com raiva de você. Tive
sussurra pensativa.
— Me diga o que é.
atrevimento.
mesas e não a encontro, até que lembro que têm uma área
para dançar. Uma discoteca sobre outro píer e dentro de
lado.
— Não tenho pretensão de impedir, só não quero que
curtir seu dia. Ela não precisa ter a mesma carga sombria de
vida que eu levo.
tempo. Não penso isso como critica, mas acredito que para
ser o marido da irmã/filha dele, ele prefere como eu sou.
Dez anos de experiência sobre minha idade de vida. De fato,
Famiglia.
Estico minha mão e aperto, com muita força, o ombro
dele.
— Matteo — advirto.
tanto adorou fazer comigo. Acho que ele tem fetiche por
afogar os outros.
— Eu não quero cortar o bolo — a voz de Marinne
casamento.
Chegamos na cozinha e Madeleine pede para eu ir
para a sala de jantar. Eu coloco Marinne em uma das
cadeiras e cento ao seu lado para ela não cair, mesmo assim
limpos.
Ela engole em seco e concorda silenciosamente. Sua
mente está a mil, é perceptível. Tomando um suspiro longo,
murmura receosa:
— Você nunca vai me matar?
— Marinne — a censuro.
Ela está falando merda agora.
— Não! É sério. — Ela levanta o corpo e fica cara a
você.
— E por que eu quero isso?
Ela fica em silêncio encarando-me confusa.
— Você não quer isso?
sua testa e pego sua mão, que ela entrelaça com meus
dedos. Vejo o brilho do seu anel de noivado e minha aliança,
e um choque de realidade me atinge fortemente. Porra.
— Você é minha esposa. — Foco em seu rosto. — E eu
intimidador.
Mexo a sobrancelha.
— Que bom. Eu também prefiro.
Ela balança a cabeça e ri encarando o prato, as duas
resmunga.
comer.
Ela está quase terminando de comer tudo quando
minha mulher.
— É melhor você medir as suas palavras antes de falar
merda.
as meninas.
— Tudo bem, mas não repita isso de estômago vazio.
— Dario.
— Sim — o irmão de pronto responde.
— Tudo bem.
provocando.
Marinne puxa meu cabelo de forma que eu me curvo
banheiro.
comigo.
— Oh, porra.
breve.
Ela quer me fazer gozar nas calças. Dando um único
outra pergunta.
Cerro o maxilar e encosto meu corpo no seu, deslizo
Minha.
Faminto, eu seguro-a por trás, pegando no colo e tiro
seus pés de dentro do vestido, que fez um monte no meio
transformando-a em irresistível.
Eu salivo para senti-la. Meu pau lateja para entrar
peito me parando.
— Eu não quero que você toque em mim.
Madeleine que...
— Sim.
— Mande a Madeleine falar para a cabeleireira se
aprontar dentro da tenda. Ela vai ter que refazer o cabelo e
a maquiagem de Marinne.
— Porra. Vocês já estão transando com a festa rolando
ainda?
— Cala a boca, Matteo. Faz o que eu estou mandando.
— Desligo e boto o celular no bolso de novo. — Pronto, feito
chuveiro.
— Já aconteceu, não duvide.
— Que seja.
Visivelmente triunfante, ela tira a coroa e o colar, e
levar para cima desse sofá, abrir suas pernas e chupar cada
parte dessa mulher.
fazendo-a gemer.
— Acha que vai ganhar essa luta?
forçá-la a me querer.
Ela tenta não sorrir e abre a boca para falar algo, mas
eu sou mais rápido e cravo minha boca na sua. Dou-lhe um
boca perfeita.
mesmo que seja muito difícil não sentir sua pele macia nas
o peso dos seus seios nas palmas das mãos. Contemplo seu
rosto lívido de reação, ela é boa em camuflar as emoções,
daquela cama com meu pau enterrado tão fundo, que você
ia ter que enterrar a boca no colchão para ninguém te ouvir
gemer.
Com um vestido branco na mão, que pegou no
roupa.
— Você pode ficar do jeito que estar, — paro quando
ela olha para mim e caminho até ela, mas não a toco. — Mas
ficando aqui dentro do quarto.
espelhos.
— Mais ou menos — responde sem muito entusiasmo.
ouvir mesmo.
Marinne vai até um cabideiro de pé e pega um robe
— Por quê?
emoções.
óbvio para mim, e para ele, que o que eu mais quero é estar
cima. Eu ainda estou puta com ele por permitir que todo
os lados quando estou ficando tão perto. Ele está nos pés da
degraus, seu rosto vira-se para mim e depois seu corpo todo.
cabeça e dizer:
fazer comigo.
— Não lute.
sorriso predatório.
dourados e pretos.
na minha frente.
pergunto:
vezes.
Pensei que ele ia parar por causa do sapato, mas sou
Amândio...
Ele chupa minha boceta tão... gostoso. É como
tempo, é de enlouquecer.
Amândio não deixa escapar um cantinho sequer de
— Amândio!!!
Sua mão livre se estica e ele entrelaça os dedos com
os meus em cima da minha barriga. Eu abro os olhos e ergo
meu pescoço.
Eu quero seu corpo pesado e forte em cima de mim,
sua bochecha.
— Oi — digo sem ar.
resmungo.
Vejo seus dedos deslizarem pelo meu braço e fazerem
noite, mas eles ainda não fizeram. Eles ainda são estranhos
intimamente para ele vê-la nua tomando banho.
Giovanni para Nova York. Para mim ele só tinha ido embora
Amândio.
nome:
— Oh... Amândio...
Por alguns minutos eu fico sem reação, porém a ira
— Me faz gozar...
Sinto meus olhos e minha boca se abrirem quando a
realidade cai em cima de mim. É Marinne.
— Eu senti falta do seu gosto, principessa — Amândio
fala.
Sentiu falta?
Cazzo.
Madeleine. Ela sabe de algo.
— Precisamos conversar.
pouco de privacidade.
— Vai me contar o que aconteceu agora? — Ela diz
— Eles já transaram?
— Travis... e-eu...
mesmo andar que ele naquele dia. Sei disso porque cheguei
para todo mundo, mas fico aliviada que ela, de algum jeito,
parece ter Amândio... disposto para ela. Disposto a defendê-
manchar de sangue?
Madeleine prende a respiração e tenta me acalmar
— Como?
— Quem mais sabe?
gosto.
— Para que que você quer saber? Que diferença vai
fazer?
— Porque eu preciso saber — respondo esbravejando.
de sangue.
— Mas você não fez nada disso no seu casamento,
Travis. Então, por que você está tão preocupado com isso?
— A gente se safo daquele sangue porque teve aquele
um sorriso.
— Não tínhamos conversado sobre isso — comenta em
voz baixa e surpresa.
— U-hum.
— Porém isso é passado e de qualquer forma eu já era
Capo quando me casei. Minha palavra é lei em Las Vegas.
Todo mundo me respeita e se eu não quisesse apresentar o
lençol, eles iam aceitar. E pensavam que você já tinha uma
vida antes de mim.
sabe disso.
— Sim, eu sei. — Algo deve passar pela sua mente
— Gerente do Bellagio?
— Sim, ele viu pelas câmeras e me chamou para
mostrar a filmagem do Amândio entrando na primeira e na
segunda vez.
— Que horas que foi?
sozinhos.
— Amândio pedir para cuidarem dela mostra que não
é tão frio como parece. — Madeleine fala. — Achei incrível e
você não pode achar ruim. Eu iria apreciar muito um noivo
foi hoje.
Madeleine cruza os braços e cerra os olhos.
— Tem certeza que quer que ele saiba que você
descobriu?
que você é protetor e louco por mim e pelo nosso filho, mas
eu acho que se as pessoas acreditassem que você consegue
amar e ama sua esposa, eles... teriam planos contra nós.
— Você está dizendo isso por que exatamente?
proteger Marinne.
— Provavelmente você está certa.
— Sim e talvez você possa falar em enigma com ele,
mas não deixar ele descobrir tudo. — Seu rosto fica marcado
irmã. Você não quer vê-la ter uma paixonite pelo marido. —
Gargalha alto. — Mas eu acho que você tem que parar de se
meter agora. Eles já são marido e mulher, e tenho certeza
de que ele vai fazer algo sobre o lençol de sangue amanhã.
A Darkness aprecia muito as tradições, Travis. — Ela ironiza.
— Acho que agora você precisa deixar esse casamento em
paz. Quero que Marinne sorria jogando o buquê e cortando o
bolo. Eu quero vê-la sorrindo de verdade e se você escutou
cabeça assentindo.
— Eu sei. — Madeleine toca minha mão e aperta. —
Eu sei que é difícil você vai ver a sua garotinha crescer, ir
embora. — Pausa engolindo a emoção. — Eu também estou
— Minha rainha.
Pegando-a mais forte, beijo sua boca com mais força e
sinto minha ereção acordando. Eu sei que ela sente e tenta
me levar para o sofá.
Enrijeço o maxilar.
— Espero que você esteja certa.
— Eu estou certa e não vejo Marinne se casando com
outra pessoa. Estando ao lado de outra pessoa. — Suspira e
Quem olha para nós não percebe como ele está perto
comparecer.
sangue no lençol.
lugar.
Rio e assinto.
cortar o bolo.
— Então, vamos.
— O que foi?
cara.
aproximando.
visivelmente nervosa.
— Se a senhora quiser, pode chamar os convidados
vez, conto até dez – para fazer uma pose de noiva feliz
jogando o buquê para a filmagem – e jogo. Escuto um
— Nem fodendo.
Dando um soco na boca do estômago de Matteo,
Amândio o repreende:
— Não fala assim perto da minha esposa.
Nina.
Rio balançando a cabeça.
meu lado.
— Olá, senhoras — ele as cumprimenta com a voz
foca em mim.
— Vamos nos sentar. Você precisa comer o bolo.
esboçar emoção.
— Eu não gosto de eventos sociais e quando vou, eu
anos.
Ele para de andar, alguns passos da nossa mesa e eu
viro meu corpo.
— Obrigada, então.
Ele assente e ergue a sobrancelha. Sempre tão
convencido.
— Então, — mexo o ombro e sorrio, — eu estou com
Não sei dizer o que é, mas seu abraço foi um pouco distante.
— Você está bem? — Travis pergunta com a voz rouca.
— Eu sei disso.
Meu Deus. Eu vou sentir tanta falta deles.
pensar que eu quero mais fotos. Nossa, não. Meus pés estão
doendo. Eu quero ficar descalça. De preferência nua.
— Você pode abraçar ela por trás, por favor, e Marinne
se apoia nele.
nós, porque não afasta sua boca da minha. Sua mão desliza
pelas minhas costas, agarrando meu pescoço do jeito que
eu gosto que ele faça, inclinando minha cabeça no ângulo
certo, e a outra mão ele enfia os dedos dentro do meu
cabelo e aprofunda o beijo. Eu chupo sua língua e gemo
em meu corpo.
Que loucura.
Fechando os olhos, lembro da primeira vez que nós
dois conversamos e Madeleine me trouxe para a área da
piscina. Eu tinha só quatorze anos, ele quis se apresentar
do seu beijo.
— Eu quero... — pausa gemendo. — Eu quero que
você me leve... para o quarto — digo numa voz sussurrante
e carente, — agora. Por favor.
clitóris.
— Você está tão molhada que eu vou mergulhar meu
pau bem devagar para saborear esse néctar — murmura no
meu ouvido.
quarto, mas é bom saber que a raiva que ela estava de mim
morreu porque seu tesão por mim se ascendeu. Se ela
me controlar.
Nós dois chegamos no andar do seu quarto rápido e
— Sim. Estou!
meu peito e corro minha mão pela cintura fina até conseguir
minha língua.
inchada e vermelha.
cobiça dela descarada pelo meu corpo. Assim como eu, que
Eu a quero.
E sei que vou precisar conquistar a confiança dela,
casamento de conveniência.
querendo ela.
da sua boceta.
Os olhos de Marinne se ascende e ela engole em seco,
de falar essas coisas para mim. Dou outro beijo na sua boca
e murmuro no seu ouvido:
contemplativo.
Gosto muito dela me olhando com tanto desejo.
lentamente.
— Céus... você... — ela sussurra e rebola, arqueia a
entregando ao prazer.
Marinne arqueia o corpo, impulsionando-se contra a
minha língua e eu dou lambidas, e uma bem vagarosa da
base até o topo. Atingindo o nervo do clitóris, deslizo dois
rouca e baixa.
Gemo com sua mão circulando meu pau. Curiosa ela
desce e sobe a mão, massageando e me descobrindo.
Olhando para baixo vejo um pré-gozo sujar sua barriga e
Seu corpo vira estatua por uns segundos, mas ela logo
afaga meus ombros e braços.
— Está tudo bem. Está tudo bem — diz com a voz
baixa e tremula.
bom a se ter.
Mas nós estamos além de pensamos racionas. Só
queremos gozar e parece que nós dois queremos o mesmo,
substituir as coisas – e as pessoas – que nos afastam, na
preenchendo-a toda.
Olho no olho. Bocas abertas. Suas mãos no meu rosto.
As minhas mãos deslizando para suas coxas, recuperamos o
ritmo. Ela arregala os olhos quando bato forte nela. Minha
mão sobe e afago seu rosto, polegar raspa seu lábio inferior
sorriso.
Ela geme, tira minha mão da sua boca e me agarra.
Nos beijamos como dois animais e chupo sua língua
conforme ela chupa a minha. Marinne envolve os braços e as
Eu devo estar apertando seu corpo com muita força, mas ela
não reclama, na verdade fecha mais as pernas em volta de
em ondas violentas.
Vou mais fundo sentindo-me despejar dentro dela,
cobertas.
Marinne resmunga e abre os olhos, as mãos
sobre a cama.
e os cabelos escovados.
Ela é gostosa.
— Tudo bem? — pergunta dando de ombros e
seria nada.
ela. Eu não quero que ela veja o quão cruel eu consigo ser.
Não quero que ela veja o assassino a sangue frio, o mostro
pesado por causa das atividades que nós dois fizemos. Para
acariciarem.
— Levante logo. — Ganho um beijo em minhas costas.
lençol de sangue e eu não sei o que ele vai fazer, mas sinto
que se ele está me acordando agora, é porque deve ser
agora o que ele vai fazer para manchar o lençol. Será que
ele vai cortar a mão? Ou vai pedir que eu faça.
mim, e seu olhar muda para algo perto de desejo, mas é tão
inspirar o colarinho.
meu celular ontem e por isso está com a bateria quase toda
boca em espanto.
sua cueca e, meu Deus, ele é tão bonito, tão forte e talvez
— Matteo? — interrompo-o.
você quiser tomar banho depois que ele sair, pode ser
vestir.
— Está bom. Estou indo — digo andando de costas na
mesmo assim ele fez. Droga. Talvez sim, talvez não, porém
não quero entrar nesse casamento brigada com o homem
fofo e macio como lã. Ele fica solto em meu corpo, sem
marcar nada, confortável e seu comprimento vai até minhas
ansiedade.
Vou no rapidinho banheiro, pego minha pulseira e os
marido.
— Bom dia, Matteo.
O soldado de Amândio vira-se para mim e me
cumprimenta com um aceno simples antes de responder:
estupido ainda.
Não gosto de me sentir uma garotinha, mas em
desonrei.
— Eu nunca pensei isso, você sabe disso, Amândio.
— Tudo bem se tivesse pensado também, mas não foi
essa a intensão. — Fica mais perto de mim e a voz baixa
Matteo.
— E você, — cruza os braços na frente do corpo, — eu
disse que na hora certa iria provar que está do meu lado e
que nunca mais daria as costas as minhas ordens e a mim.
acelerarem.
O quê?
— Eu quero que você jure por Marinne — Amândio
engrossa a voz. — Jure que você irá honrá-la, respeitá-la e
servi-la.
Caramba! Estou tentando não parecer tão surpresa,
mas não tem como eu não estar. Jamais imaginei que
Amândio pensaria em fazer algo assim por mim. Me honrar
coldre.
— Ele precisa provar que ainda era leal a mim. Que
será leal a nós.
— Mas ele jurou por mim? — murmuro.
lençol.
Pisco sem entender e vejo Amândio molhar dois dedos
com a água e depois sacudi-los em cima de onde Matteo
derramou seu sangue. Entregando o copo para mim, ele se
olhos.
— Marinne, entenda de uma vez por todas, que eu não
planejei de forma alguma ficar longe de você esses dois
duvide disso.
— Não vamos discutir por causa dele. — Ele me pega
pelos ombros. — Eu só quis enfatizar que você precisa tomar
cuidado com ele sempre.
Reviso os olhos e assinto. Me soltando, Amândio pega
dele não ver meu sorriso, mas eu sei que ele percebe. E me
puxando com ele para o banheiro, fecha a porta e me vira de
frente para si.
— Por que fechou a porta?
ele falou sobre meu antigo lugar. E gosto mais ainda quando
Deus.
— Você gosta de me atentar, só pode — ele fala com
sua voz rouca vibrante.
de mim.
ardendo de desejo. Eu estou feliz por ele ser meu foco nessa
manhã.
A voz dele.
chão.
Levantando o rosto para o seu, sorrio de novo e tenho
— Eu vou primeiro.
morto.
Droga.
Porra.
Meu Deus.
Amândio me dá falsas esperanças fazendo coisas
assim. Esperanças de que eu não quero preencher o meu
fanha.
Seco meu rosto sem fazer força com o lenço que ele
me deu para não manchar a maquiagem, que coloquei
arranjada dele.
Mas a verdade é que Amândio me surpreende a cada
casa e para que o vazio que ficar agora dentro de você, seja
se acha que foi pouco o que fez, tente ver o lado bom e
simplesmente siga em frente. Se você ficar olhando para
trás, não vai conseguir dar chance para o futuro e nem para
seguir em frente.
Demoro a encontrar as palavras para respondê-lo.
ainda hoje.
Dou-lhe um sorriso de agradecimento e volto para
dentro do quarto para retocar a maquiagem e decido a
embora, acho que nem consigo sair de casa, que dirá de Las
minha esposa.
carrapatos.
irá colocá-la exposta? E ele nem olha para a irmã, que está
olhando-o fixamente. Estreito os olhos e aperto o algodão do
ao imenso quintal.
Pressiono com força os dentes, cerrando o maxilar e
deveres.
Hipócritas do caralho. Pelo menos eu não finjo ser
encarar seu rosto, ela aperta minha mão sem nem sentir. O
Nova Jersey.
segura e mando:
isso.
aproximando de mim.
— Você é melhor do que pensei. — Dá seu sorriso
irritante de lado. — Valeu pelo show — diz antes de passar
por mim, batendo seu ombro de propósito no meu e sumir
para dentro da casa.
digo:
— Não me arrependo do que fiz e eu não pensei em
— Não me provoque.
— Não estou e sendo honesto. Nada de ruim
aconteceu.
— Por sorte.
crime.
Ela coloca a mão no meu peito como fosse me
empurrar, mas como já estamos chamando muita atenção
esquece isso.
Madeleine recua e foca em minha esposa.
fizemos não era o... certo, mas já foi. — Sua voz é baixa e
tranquila. — O pior que poderia acontecer, não aconteceu.
acordo do casamento.
— Você não se preocupou em como as pessoas iriam
falar da sua honra?
— Marinne.
— Sim?
— Venha comigo. Quero falar com você à sós — Travis
controlar.
dentro da caixa.
agora.
andar armada?
— Sim, funciona.
sempre.
— Tudo bem?
toda veio.
avião.
fechem as portas.
e acena incansavelmente.
cinto, Marinne.
mim.
que não tolero que eles sofram, mas seus olhos estão tristes
eles.
Assinto escutando-a e estico minha mão para secar
é adorável.
poltrona.
novo.
braços.
— Eu falei que a levaria para casa, para viver comigo,
ouvido.
— Você não gosta de ninguém da sua família?
— E suas irmãs?
— Minhas irmãs são muito pequenas e eu não convivo
muito com elas. Vejo-as quando meu pai me faz ir até sua
casa.
— É verdade?
— Não é que ele não goste de vovô, mas Vincenzo
Nova York.
— Não vou?
Porra.
Ela quer me deixar louco. Não sei se é um jogo para
obcecado por essa mulher, o jeito que olha para mim com
tanto desejo.
piscar.
Chegar em casa. Eu estava contando com isso. Ela
assumir que está indo para casa. Para nossa casa, minha e
dela.
da minha roupa.
— Eu gosto de pintar.
— Pintar? — franzo a testa.
— Sim — responde abrindo um sorriso tímido e
dela lentamente.
Ela não se vira, mas sei que me ouviu porque seu
corpo denuncia pelo sobressalto. Esses sustos estão me
irritando, mas forçá-la a qualquer coisa não é a melhor
escolha. Ela precisa se adaptar e eu vou lhe dar o que não
costumo fazer para ninguém, paciência.
— Marinne? — Chamo-a de novo.
Assim que paro na sua frente, ela vira o rosto para
— Sobre o quê?
— Estou longe de casa — sua resposta te um toque de
dúvida. Ela sabe que Las Vegas não é mais sua casa. Está
confusa talvez. — Não conheço você direito ainda... — A
respiração profunda corta sua voz. Ela limpa embaixo dos
olhos sem deixar de tocar meu corpo e murmura: — Eu só
não sei o que fazer, Amândio.
Seguro seu rosto, passando os polegares nas suas
ela.
Seus dedos enfiam-se entre meus cabelos, apertando
e ela morde minha boca.
— Adoro como me beija — fala ofegante e chupa
minha língua.
Levando as duas mãos para a bainha do seu vestido
devagar, indicando o que vou fazer, não sou parado e assim
retiro a peça dos eu corpo. Ela engole em seco e avança em
das calças.
Escorrego a mão para baixo e meus dedos encontram
a renda da sua calcinha branca. Sem esforço minha mão
entra na sua calcinha e encontro sua boceta quente. Ela não
mulher como fiz com ela, e na única fez que fiz, foi a única.
Agora eu quero chupar sua boceta por todos os motivos, é
dentro dela, sinto sua boceta apertar meus dedos até ela
gozar mais uma vez.
Beijando suas coxas, coloco-me no meio das suas
mas quando olho em seus olhos, sei que para mim também
não será suficiente. Gosto da companhia dela.
minha bunda.
nunca briga comigo, mas fora dela parece que vivo dando
força.
Jogo meu peso em cima dela e Marinne tem seus
agora.
óbvio isso.
— Do que você está falando?
Ela geme porque passo a mão demoradamente sobre
para esse cenário quase rio de ironia. Jamais tive isso com
adormecido.
ela.
— É que eu não fui acostumada a falar muito palavrão
olhos.
Respiro fundo e eu acariciar a ponta do seu mamilo
não tira seu foco. Eu adoro como ela é forte. Essa mulher é
um perigo.
Mesmo odiando pensar nela sobre tortura, tenho
olhos curiosos.
— Eu fiz uma coisa errada... e meu avô não gostou.
Suas sobrancelhas se elevam. Da outra vez ela
para mim, não tinha que ser errado. O problema que todos
eles queriam que ela fosse apenas uma boceta para mim e
surpresa.
— Quero.
— Você sabe que doí, certo?
Mas não pode ser nada que eu não suporte. Se fosse tão
tantas pessoas, e mulheres, não teriam espalhadas em seus
corpos.
— É verdade.
Ela assente com um ar presunçoso e morde o lábio
— Você deixa?
Dou um beijo na sua boca e respondo olhando-a nos
Você malha?
Cerro os olhos para sua curiosidade.
você?
— Para academia?
Mario e Luca.
Luca, sei...
— Muito perto?
Marinne faz uma careta e balança a cabeça.
mim.
— Mario era um fracote?
— Quê?
— Não sei por que, mas eu sabia que uma hora você ia
— Sim, teve duas que fodi mais de uma vez, mas não
— Ah, merda.
Deixo meu corpo cair no colchão e olho para o teto
procurar.
Marinne continua curiosa e receosa. Soltando o ar pela
boca, tento ser mais direto.
de mentiras.
seu quarto.
Marinne é esperta demais para ter instruções básicas
que comparar.
— Marinne?
pela minha cabeça sobre ela dizer que não é fresca. Quero
desejo?
Decidida, entro na área da cozinha e Amândio sente
panela.
minha frente.
— Não necessariamente.
Franzo a testa para ele, que se afasta. Pegando uma
lado.
— Você gosta de vinho?
— Sim — responde.
— Satisfeito agora?
garfada. — E não.
Viro a cabeça e franzo a testa para ele.
— O quê?
cama.
prateados, calculistas.
menos visualmente.
sobre isso.
— Então me explica.
— Não.
— Tudo bem, então.
— Agora, para de pensar o que você está tentando
adivinhar.
Solto uma risadinha.
— Travis sempre me ensinou que não custa perguntar.
seu rosto.
Que homem bonito, porra.
— Oh meu Deus — sussurro e me levanto da cama
devagar. Ele não dorme muito e para mim é um prazer vê-lo
assim.
Vou no banheiro e já que estou aqui, tomo um banho.
E me secando fito meu corpo. Tenho umas marcas de dente
ginecologista.
Não lembro o filme exato, porque vejo muitos, mas
social.
Não sei se Amândio vai sair para trabalhar. Meus
planos é ir conhecer algum lugar hoje. Nem que seja a
padaria mais perto e com certeza uma loja que venda tudo
no box.
— Donato?
— Ele será seu guarda-costas. — Liga o chuveiro e
entrar debaixo d'água.
e sobretudos.
— Quem organizou as roupas?
Amândio veste uma calça social preta e um cinto de
couro preto, a fivela dourada. E caminha para outra parte do
armário.
um choque.
— Isso é uma camisa protetora? — sussurro.
Travis e Colen usam muito dessas camisas. Elas são a
prova de balas numa certa distância apenas. Se o tiro for
conhecê-lo melhor.
Tento não demonstrar a mudança de assunto e a
frieza na sua voz, concordando com um aceno.
— Tudo bem.
ou machucar de verdade.
Não sei como lidar com ela questionando algo que
mim.
esquecer quem sou, mas para mim nunca. Está sob a minha
boca na sua.
língua.
Não tão secretamente eu quis uma esposa que não
de crítica punitiva.
estranho.
porta do closet.
grandes estragos.
de onde pegar.
— Certo e Colen está indo para Nova York.
Franzo a testa encarando meu reflexo no vidro das
ligarei.
Desligo e coloco o aparelho em cima da cômoda que
guarda os relógios, joias e a perfumaria, agora muita coisa
meus dias.
Sem delongas, abotoo a camisa de linho, prendo o
— U-hum.
— Ele parece tranquilo como Mario.
por ela, é claro que sabe o peso que Marinne tem na minha
vida, na sua vida.
mim.
— Você ficará com ela quando Matteo estiver ocupado.
no meu encalço.
— Sim, senhor, Capo. — Na frente do meu pai Donato
a sua casa... que vou morar agora e... você viveu aqui... Eu
quero dizer... Eu não quero...
— Tudo bem. — Interrompo-o suas palavras
desconectas. — Acho que entendo o que estar tentando
para as escadas.
— Não tem janelas para a cidade.
— Você pode deixar a porta aberta.
Ela assente e vira-se para mim com o lábio inferior
lugar de pintar.
— E onde você fazia? — Pergunto curioso.
— As vezes levava uma tela para pintar na piscina ou
no jardim, mas meu quarto de pintura era na escola. — Dá
muitos livros.
— Eu sei disso — afirmo sacodindo a cabeça que sim.
— E não precisa fazer do seu quarto sua biblioteca.
— Não?!
Sem respondê-la, viro as costas e desço para o
Ela deve ter uns mil livros. Agora têm mais espaço para ela
comprar mais mil livros.
— Você já leu isso tudo?
Ela dá uma risada e vira o rosto alegre para mim.
— Eu topo.
Solta seu riso baixinho e beija meu nariz, a bochecha
e minha boca.
— Quando você deve chegar hoje?
meu paletó. Depois pega minha mão e nos leva para o andar
de baixo. Vai comigo até a saída e me surpreende beijando
minha boca antes de eu entrar no elevador.
— Se cuida — são suas últimas palavras antes das
que foi uma vida esse pensamento. O que ele fez para mim,
comigo.
— A senhora deseja ir em mais algum lugar? —
— É perigoso?
perigoso.
estúdio de artes.
delírio nela.
portas de vidro.
respiração.
ele deixa?
queira que...
idiotas.
você for falar com ele se pode fazer algo. Porra. Você vai
— Eu já notei isso.
Lidei muito com isso nos meus dezoito anos com Travis e
sorriso irônico.
— Pelo que você pode notar, não tenho muito para
ombros.
Ele concorda assentindo e me encara.
plantinhas.
De calça legging e camiseta de manga pretas, vou
noite. Merda.
Eu não sei mais se mando outra mensagem para
conta de mim.
Descobri que o andar de baixo não mora ninguém e
que vai do teto ao chão. Nova York está aos meus pés. Aqui
sozinha sabendo que estou sendo vigiada pelos soldados de
grande e espaçosa.
Sigo para os fundos da cozinha e descubro a
lavanderia, área de serviço, um quarto para colocar bagunça
e o outro vazio com uma cama. Saindo da cozinha,
Quero tanto dar uma boa surra no meu pai, mas meus
Não sei por que ele falou isso, mas pelo que eu
Chicago.
Nova York de carro porque meu pai mandou. Sei que vai
levar mais tempo. Nem sei que horas vou chegar em casa e
daqui a pouco vai fazer cinco dias que não vejo Marinne.
por mim.
trocamos.
falar.
— Sim, senhor.
mandei meu braço direito ficar com a minha esposa hoje até
Matteo não escape. Não sei o que está havendo com ele.
Marinne.
garota, e até se casar e ter filhos, ele não será mais eficaz
para proteger alguém com sua própria vida. Ele vai ter uma
está.
no andar de baixo.
vazio.
Recuo cambaleando e sentindo-me estranho. Parece
que ela nunca esteve aqui. Eu sei que estou cansado, mas
não inventei o último final de semana, meu casamento e o
domingo quando chegamos. Quando ela chegou para morar
aqui, merda. E Marinne não sairia de casa a uma hora
dessas.
e nuvens.
Solto o ar pela boca balançando a cabeça,
armários.
Finalmente caminho para o sofá e me agacho
apoiando os cotovelos nas coxas. Estico um braço para tirar
suor.
Não demora muito e volto para o quarto, e ela ainda
antes.
seu corpo.
Quando ela finalmente dá o primeiro passo, dá o
medo.
— Medo? — Contraio o maxilar por ela confessar um
— O quê?
— Mentir dizendo que tudo estava bem. Muitas vezes
Travis estava em perigo, mas falaram que ele estava bem
para mim e para Madeleine.
Assinto ouvindo-a.
— Mas ele não estava e eu descobria por que eu
sempre dava um jeito, porém com você eu não tinha... Eu
não tenho contatos o suficiente em Nova York para
para o meu rosto e nem sei dizer o que consigo ver em seus
olhos.
— Pensei que você podia... estar morto. — Respira
eu e...
— Jamais, — eu a interrompo segurança seu rosto com
as duas mãos e como ela está descalça, está muito baixa.
Ela é uma cabeça mais baixa do que eu. — Eu nunca vou
trair você.
— Você jura? — pergunta mordendo o canto da boca.
— Jura?
— Juro — afirmo beijando sua boca. — E eu não atendi
prova que você está aqui e prometa que não vai desaparecer
assim de novo.
Desço meu corpo um pouco mais para baixo
deslizando minhas mãos pela sua cintura e bunda, e agarro
foda.
Imediatamente ergo meu corpo, faço-a deitar-se na
mesa, puxo suas pernas para os meus quadris, nos
encaixando. Arriando minha calça de dormir, bombeio meu
minhas mãos.
Faz uma pausa respirando devagar como estivesse
recuperando o fôlego. O ódio me corrói por dentro enquanto
isso.
— Eu não estou falando de dinheiro, sabe. — Continua
num murmúrio. — Não estou falando de viver em uma linda
casa e nem de soldados me protegendo. Isso eu sempre tive,
mas uma coisa que eu não tenho aqui... é alguém que lute
por mim, alguém que... — Ela faz uma longa pausa e se
levanta virando-se de frente para mim. Seus olhos focam em
nada em cima da cama.
Não é que eu não sinta nada por ela, mas amor?! Eu nem sei
o que é isso. Nunca senti nada perto desse sentimento
totalmente estranho na minha vida. Creio que nem de fora,
nem de dentro vi ou vivi o que ela tem em Las Vegas.
Pegando a manta que estava com ela no seu ateliê,
pai, mas uma hora ele vai ganhar ou... você vai perder. Não
tem como ser os dois.
antes de dizer:
— Eu não sou de falar; “eu sinto muito”, mas eu, de
sobre o peito.
okay.
— Eu sinto muito por não ter falado com você sobre o
deve ter ido tomar banho. Eu não sei, mas com certeza tinha
fortes de um casamento.
— Você está certa.
de me atingir forte.
falando assim.
— E eu não estou esquecendo que eu também quis.
para mim.
— Eu nunca esqueço de você — engrosso a voz puto
Tento pegar sua mão, mas ela não deixa. — Porra, Marinne.
— Eu não quero que você me toque.
encontrando os meus.
— Até você segurar minha mão, me faz esquecer de
sem me tocar. Olha nos meus olhos e diz qualquer coisa que
seja profundamente verdadeira.
— Eu quero você.
— Não basta.
obediência?
Encarando seus olhos respondo o óbvio:
— A sua lealdade.
— Tem certeza?
por mais incrível que você seja, eu sei mais dos perigos do
que você e posso proteger você. E não fala que você não
— Meu corpo?
Ela ergue a sobrancelha direita e sorri de lado.
aproveitando.
— Não, Marinne.
dizer?
falando sério.
— Não entre.
— Eu não vou — digo irritado.
Vegas.
— Tudo bem. Eu não vou te fazer nada.
ajudar a ser um bom marido para mim. Não é isso que você
quer?
— Sim, mas não é justo você jogar toda a merda que
tudo.
— É verdade, eu disse, mas você não provou que eu
Amândio.
puto.
— Eu sou forte, Amândio.
— Eu sei que é.
— E depois?
— Mas eu...
— Tem um monte de livros na minha biblioteca. Talvez
minha imaginação.
já ia me levantar mesmo.
minha esposa.
Levando minha vitamina de banana e Whey Protein
quarto de Marinne.
Abro a porta devagar – usando minhas táticas – e paro
pescoço retraírem.
Meus ombros caem e olho para o lado vazio.
— Droga.
cama.
Ontem a noite quando ele chegou, parecia que meu
fugir.
Eu adoro o corpo dele e aquela calça de flanela, que
ele duas vezes antes, mas ontem acho que ele entendeu, ou
fora.
for preciso na hora certa, não deixar para depois. Ela uma
certa, não depois. Não guardar para si. Não acreditar que de
nas entrelinhas o que uma mulher tenta dizer para eles com
vim para Nova York e meio que implorei para ele ficar
culpa é do Amândio.
embaixo me esperando.
alta:
energia.
— Então, vocês não têm nada para fazer hoje? Ele não
vai sair?
casa, senhora.
— Tudo bem — respondo fingindo uma voz tranquila e
— Não.
resposta.
Matteo.
— Eu vou ter uma palavra com o meu marido. Por
o direito de falar como eu quiser com você. Não sou seu pau
mandado. Fazer funções de líder para provar que sou apto
ao cargo é diferente de todo o SEU trabalho como Capo. Vou
ficar em casa, pois acabei de me casar e... Não fala dela.
Então....
Calabouço? Ele ficou preso num calabouço? Um ano
logo? Será que ele está falando do tempo que ficou sem me
ver, dos meus dezesseis aos dezoito anos. Amândio sempre
me ouvir.
— Não fode, pai. Vai ser assim e acabou. Você vai
Meu coração quase para, mas percebo que foi o seu celular,
pois as engrenagens da esteira ficam em alta velocidade e
“chegando”.
Soltando meu cabelo, passo o laço e conforme vou me
seminu.
Amândio está correndo com um shortinho apertado
pés dentro dos tênis, para jogar a energia que sinto em algo
lugar do meu corpo que ele não veja.
— Bom dia — murmuro controlada para não parecer
abalada.
Me aproximando, olho para os seus olhos, não para o
indago:
— Já está saindo para trabalhar?
— Não.
Franzo a testa e coloco as mãos na cintura,
queria?
— Então você vai ficar só por que eu pedi?
verdadeira.
— Mas vou ficar porque eu quero. — Levanta do banco
e cerra o maxilar. — Acha que eu quis realmente ficar esses
quatro dias longe de você, quando minha cabeça não parou
de pensar nesses quatro meses – depois que a gente transou
– em como eu gostaria que você estivesse comigo.
misturado.
— Você quer sair para algum lugar? Nós podemos
almoçar juntos.
— Mm... — faça um som com a garganta me fingindo
Uau. É verdade.
— Não tinha percebido que a gente só não briga
quando estamos transando.
Amândio assente e olha para trás de mim. Enquanto
eu paro para analisar o que ele disse. É verdade. A gente só
acabou de me beijar?
Mordendo o lábio, subo na esteira e respiro fundo.
— Aí, Amândio. Você não sabe o que vai te atingir
hoje, maridinho.
estou na moda.
Estou sexy e provocadora, para Amândio uma
tentação. E isso porque ele não está vendo minha lingerie.
Um body sem alças de renda preta com o corpete apertado
cozinha.
Espero o beijo, mas não vem. Zangada, franzo a testa
e vou atrás dele.
— Ainda vamos sair hoje? — Pergunto pegando minha
água.
— Ah! — Arfo de boca aberta fingindo satisfação de
me refrescar. — Gelada.
Ele mantém sua pose blasé e eu rio por dentro.
algo, dá tempo.
Olho para suas costas largas e o sigo tomando
cuidado para não fazer barulho. Em vão porque ele percebe
entre nós.
— O que você...
Sorrindo, Amândio se afasta rápido e mostra uma
arma pequena toda preta que pegou na mesa que estou
quase sentada.
Eu pensei de novo que ele ia me beijar, mas na
verdade só estava pegando a arma.
Argh. Que frustração.
— O que foi? — pergunto mal-humorada.
— Essa arma é pequena, mas muito potente. Com
esse seu vestidinho — pausa me olhando de cima a baixo, —
seria ideal para você.
Meu Deus. Nós pensamos igual.
— Quem?
Vestindo seu coldre, coloca uma única arma presa nas
costelas, uma faca do outro lado e pegando minha mão, me
respondendo:
rosto.
e para de me provocar?
quiser.
Assinto sorrindo e termino de comer minha torta
— Gostou? — sussurro.
— Uma delícia.
— Quero... te beijar.
deixa carente.
— Você já acabou de comer?
costas.
Preciso admitir. Ele está se esforçando de verdade.
Nova York?
— Não, querida. Espere e verá.
rua.
sorte, ficar muito rico. Nova York a mesma coisa, só que aqui
a loucura não é opcional.
voltarmos.
— Sim, senhor.
Ofereço um aceno de despedida a Donato e encaro
preto.
— Onde está o Matteo?
— Trabalhando.
de ver o andar que estamos indo. Fito seu perfil e texto seu
humor.
— Para onde você está me levando, vai fazer frio?
— Mas...
— Está bom.
Amândio amarra o lenço na minha cabeça, cobrindo
minha língua.
seu lábio.
vestido.
dele”.
do elevador.
D’Ângelo.
— Não?
— Não.
lá onde.
— Estamos em um avião?
— Vira a cabeça.
Faço o que pede, sinto sua mão atrás da minha
pela janela.
— O que nós estamos fazendo? — Pergunto sem olhar
para ele.
— Você está vendo a cidade toda de uma vez. Claro
que para conhecer, você precisa andar por ela, mas do alto
consegue admirar melhor essa caótica cidade.
— Ela é linda.
— É sua.
— Uau.
— Essa é a Brooklyn Bridge. — Amândio explica.
Limpo os olhos, porque derramei algumas lágrimas e
Nova York.
Concordo acenando e abro meu cinto para conseguir
abraçá-lo.
— Muito obrigada. — Beijo seu queixo. — De verdade.
da Big Apple.
— E esse você deve saber, é o Edifício Chrysler.
— Chrysler — falamos juntos e eu rio de olho no
prédio, que o piloto dá uma volta de 360 graus três vezes,
subindo e descendo.
— É muito mais bonito de perto. Ah, sei lá. É lindo de
longe também.
— Aqui é o Brooklin.
— Eu vim aqui esses dias — digo para ele.
— Sei disso — ele diz irritado.
— Apesar de não ter tanta luz, é um bairro muito
bonito também. Nova York inteira tem uma estrutura bonita.
— Graças a nós.
Dou um olhar cruzado com Amândio.
Eu sei que a chegada da Cosa Nostra nos Estados
Unidos, começando com Nova York, teve grande influência
possível.
Reconhecendo nosso prédio, viro meu rosto para o
seu.
— Acabou?
nas garras do seu irmão, mas lamento informar que não vai
acontecer agora.
— Por quê? — Droga. Estou muito decepcionada.
— Porque os inimigos esperam isso. Um ataque em
tatuagem hoje?
Dou de ombros e assinto.
— Talvez só conversar e conhecer o local. Eu posso
mudar de ideia.
meu fôlego.
— O que você faz comigo sua garota teimosa?
Rio e beijo sua boca, me remexendo no seu colo.
Nós ficamos nos esfregando, amassando e beijando no
esse minivestido.
Passamos por umas portas de vidro e chegamos na
recepção do estúdio com paredes e cadeiras em preto. Na
parede principal fotos de pessoas tatuadas e o nome do
— O prazer é meu.
— A que devo a honra?
— Minha esposa quer uma tatuagem. Será que você
poderia fazer alguma coisa hoje por ela?
aguentar.
— Então vamos para a minha sala — diz com
empolgação.
logo.
Fico remoendo a resposta.
— O que que houve, Marinne?
— Eu quero fazer, mas me preocupo com...
— Com o que?
— Com o Senhor Possessivo? — Como ele me encara
confuso, digo: — Você! Você é o Senhor Possessivo,
Amândio.
Ele respira fundo, o peito subindo e descendo, e limpa
a garganta.
— Não vai falar nada?
— O que você quer que eu fale, Marinne?
— Marinne — me interrompe.
— Mas, — tapo sua boca, — acho que você iria
enlouquecer ainda mais.
— E o que você quer que eu faça? Segure a sua mão e
uma vez.
Não digo com palavras, pego a sua mão e o faço tocar
seio direito.
— Marinne — meu nome sai da sua boca com uma
beija na boca.
prontas.
— Eu posso deixá-lo vivo até terminar a sua tatuagem.
— Não ainda.
Seu olhar prateado me deixa sem forças. Respiro
fundo quando ele abaixa a cabeça e beija meu pescoço, me
cede a você. Então, porque você não pode ceder? Está tudo
bem. Eu continuo respeitando tudo o que disse.
peça única.
da frente.
fizer hoje.
— Não. Tudo bem. — Ele está tentando ser razoável e
— Eu sei, Marinne.
— Nem um outro homem vai tocar em mim a não ser
você.
— Eu sei.
para sobreviver.
é bonita.
Ele me dá as costas e abre a porta chamando
Alessandro de volta.
— Prometo te recompensar. — Tenho uma vontade de
amor.
A presença de Alessandro nem me deixa ir e fora que
tatuagens que você não tem noção e não foi para homens
como o senhor. E você sabe que o respeito e conheço há
anos. Por mais bela que sua esposa seja, ela é sua. Não
precisa se preocupar.
— Tem certeza disso? — Amândio insiste enfiando as
imagem.
— Okay.
Enquanto o homem pega suas coisas, abro o
senta.
Tudo que fez de errado até agora entre nós, foi por
intermédio de outras pessoas, porque por ele... Tenho a
aconchegante.
Com o curativo que Alessandro fez na tatuagem,
— Duas da manhã.
muitas vezes.
quentinho.
— Você quer fazer o que agora?
Ele beija meu ombro e acho que pego no sono até ele
cobrir devidamente.
Sorrio por ele ter me vestido toda confortável e
— Está bom.
Minutos se passam e eu sinto a cama afundar e as
— E nem você.
tatuagem.
Um meio sorriso cruza seu rosto e ele aperta minha
coxa.
iniciados da Darkness.
Solto uma gargalhada e balanço a cabeça.
— Fica parado.
— O quê? Não vou dormir com a luz acesa.
escuro.
— Porra. Esse é o nome. — Sua voz no breu parece
nos cerca, que sei que faz parte dele, não nos afaste. Que
Giovanni morra antes de matar um pouco de vida que tem
casamento.
25
curiosa.
homem.
estar presente.
Levanto as sobrancelhas.
mostrar os dentes.
certo?!
cuidado para não tocar a tatuagem recém feita, que ela vai
pouco tímida.
— Que somos?
— Um casamento arranjado.
focarem em mim.
marejados.
Seu.
— Lembra o que você disse? Que eu seria sua e nada
sorrindo.
sua boca.
disso.
está no meu pescoço e, safada, ela puxa a gola para ter mais
da minha pele.
— E se eu quiser conhecer? E se eu gostar?
— Não.
fechada de Matteo.
— Não, senhora. Cheguei agora e não vi nada.
— Não.
Sem dizer nada, ela caminha até a cozinha toda
o que aconteceu.
— O Governador quer falar com você, mas desligou.
briga direta com meu pai, só pode ser. Além disso, ele não
terá mais um mandato.
aqui ano que vem de todo modo, se tudo correr como você
planeja esse ano.
Jeremy Richardson.
— O senador?
— Sim.
Matteo sai comigo do escritório falando:
facilmente.
— O baile de hoje é uma celebração ao meu
— Fala porra.
— Leon o convidou.
— Por quê?
— Sério que não consegue pensar no motivo?
Virando a cabeça vejo Marinne de onde estou. Ela está
no telefone com alguém e rindo alto. Deve ser com sua
como Capo.
Esse plano apenas eu e Cassio sabemos. Foi para isso
que ele me treinou a vida toda. Mesmo com Antônio vivo
essa era a vontade dele. E por isso que Santino, meu primo,
da minha esposa.
Ele sacode a cabeça e toca meu ombro.
— Ela sabe se virar sem você de qualquer jeito. —
Sabiamente sai depois de falar isso.
— O que foi?
— Nada — respondo.
— Quer ver um filme comigo?
— Não posso agora.
não.
Marinne morde o lábio escondendo o sorriso. Como um
gato que pegou um canário e empurra o meu peito
sutilmente.
ele é gay.
Conrad Smith Smith – que eu não posso esquecer de
repetir o Smith – é o gay mais gay que eu conheci em toda a
dela.
— Eu vou fazer uma coisa mais espetacular para você.
Se o seu marido concordar.
densa.
— Então você saiu da sua moto e... defendeu ele?
— Eu patrocinei ele.
Marinne arregala os olhos e seu sorriso fica estático.
— Você o que?
— Eu coloquei Conrad em um dos meus apartamentos
hoje.
— O que é?
— Vamos para um dos banheiros. — Sua boca fica
— Vai na frente.
— Foi ao toalhete.
— Ótimo. Vem, tenho algumas pessoas para apresentá-
lo e depois a Marinne.
Contrariado eu vou e penso em Marinne me esperando.
agora.
— O que aconteceu?
saliva com força. Ele será o Capo e mais pessoas vão querer
mesmo que ele tenha feito você jurar por mim naquele dia,
eu quero que você proteja ele, entendeu?
você, Leon.
sorrindo.
— Infelizmente você não pôde ir ao casamento.
— Quando Amândio sai, sou obrigado a ficar.
trabalham.
nisso.
— Está bom.
— E você me aprovou?
entendendo.
pensamentos.
— É verdade.
entrega informações.
— Amândio é a escolha do meu avô. Antônio seria a
do meu casamento...
— É o meu pai — completa como também fosse a pior
coisa para ele.
segundo filho.
— Você também se ressente em ser a segunda cabeça
da Darkness?
— Não porque Amândio me dá muitas funções e
Capo.
— Todos o respeitam assim. Tem uns quatro anos que
ele faz todas as funções do meu pai.
— Como assim?
— Tinha que esconder minha ereção em algum lugar.
Ele me faz rir alto de novo e quase sorri olhando para
casamento.
— Mas eu não estava relaxada.
— E nunca saberá.
Levanto a sobrancelha pensando que Giovanni
Nós nos falamos mais cedo por telefone. Ele tinha dito
que estaria vindo para Nova York em breve.
— Porque quis fazer uma surpresa e seu marido sabia.
Olho para trás e vejo Amândio se aproximando de nós.
entenda.
isso?
Movo o ombro em forma de desculpas. Amândio
estreita os olhos e vira o rosto para frente, todo sério.
— Nem sempre só quero você para trepar.
O choque das suas palavras, me deixam sem fala. Me
mas não vou travar uma batalha interna com isso. Vou
deixar... acontecer.
27
que estou indo para sua casa sábado. Ele falou que vai
preparar um banquete para nossa chegada.
cozinha sem ser pela parte aberta com a sala de estar. Passo
cadeiras.
De costas para mim, vejo Marinne mexendo em uma
— Comida.
— Você cozinha? — Me aproximo e ela abre a boca,
legumes.
— Parece bom — falo deixando minha voz rouca e
— A comida ou você?
preso.
bem feia.
curativo em mim.
— O que é isso?
transformando em urgência.
— Não é nada.
preocupada.
— Marinne.
— Não precisa.
Ela não pergunta de novo. Me vira de costas para si,
ferimento.
mim.
— Eu sei que você está dizendo que está bem, mas
não parece.
— Amândio, eu...
— Você vai ter que se acostumar. Um dia talvez eu
volte para casa bem machucado. Não quero te assustar, mas
é a verdade.
— Eu sei e acho meio estranho me sentir incomodada
— Como assim?
— O que você viu com seus irmãos ou talvez Luca ou
voltar e sim como ficaria depois, porque você sabia o que ele
estava passando.
absolutamente nada.
E novamente seus olhos encontram os meus. Eu nem
me contar.
Marinne respira fundo e segura a minha mão quando
eu estico.
— É o único momento da minha vida que eu queria
— Entendo.
— E... eu fiquei em pânico com você, com aquela
— É uma piada.
— Sim, mas agora eu entendi melhor porque te
chamam assim. Você já usou a tesoura com mais alguém?
— Não tive oportunidade e eu prefiro o meu taco.
— E a sua faquinha.
— Que implicância com essa faca.
Beijando sua boca, a solto e entro no closet com ela
me seguindo.
— Você sabia que eu sei lutar com à espada japonesa
— ela comenta com orgulho e uma voz animada como de
uma criança.
Paro meus movimentos e viro-me para ela.
boceta?
— A gente podia fazer uma competição. — São suas
últimas palavras antes de sair do closet dando uma
risadinha.
minha boca, porque não consigo não falar tudo que ela me
pergunta. Domina meus pensamentos, porque eu nunca
consigo parar de pensar nela. E não sei mais que parte eu
vou descobrir que consigo dar para ela.
— Você disse que vai ficar dois meses. Acha que ele
vai esperar até lá?
— Talvez eu fique um pouco menos. Um mês e meio,
mas não vou deixar de ter minha lua-de-mel.
gente.
— E você também. Comeu a filha dele por anos.
Ignoro a provocação.
— O fato é que ele precisa de dinheiro para a sua
minha esposa.
Fico receoso de me aproximar. Acabei de ter horas de
gritos, tiros e sangue. Confrontos sempre trazem meu
monstro à tona e Marinne é a única pessoa no mundo que
fortemente.
sua:
— Okay, principessa, e agora o quê?
pele bom.
Sua mão desce pelo meu peito, se demorando nos
na minha bunda.
vontade de me comer.
Meus músculos das coxas contraem pela energia que
gostoso.
— Caralho. Para — solto entre uma respiração,
desesperado.
enfiou.
Nem mesmo por um gole de água após dias dentro do
calabouço.
sua boca e sua outra mão agarra minha perna com força,
— É.
Deslizo minha mão pelo seu corpo e encosto no seu
rosto.
dia, se foi. Não lembro meu nome. Não lembro quem sou.
Não lembro se existe algo a mais do que ela.
— Em qualquer lugar.
meus.
— Você é o meu melhor sonho erótico.
Isso!
tão excitada.
Mesmo que hoje seja a primeira vez que vejo esse tipo
outro grito e beijo sua boca, entrando até o fim. Seus olhos
ficam cheios de água. Dou estocadas violentas para cima.
— Desliga o chuveiro.
Fazendo o que pedi, abre a porta do box e espero que
fixo meus olhos nos seus, quando pego meu pau e meto
dentro dela com força.
fundo.
— O que estamos fazendo? — Ela parece perturbada,
distorcida.
Ela me enlouquece.
Dou o primeiro tapa na sua bunda e Marinne grita
— É sim.
— Continua... é como você estivesse fazendo... Oh...
cima de mim.
— Sim.
Ela é a única que me faz rir. Engatinhando pelo meu
ela abrir seu sorriso, belisco o bico duro do seu seio e chupo
ouvido.
Marinne assente e como sempre morde sua boca
sorrindo. É meu sorriso preferido, o de menina travessa.
28
face a face com ele. Acaricio com a ponta do dedo seu rosto.
marido sadomasoquista.
Suspiro rindo e lembrando do que fizemos de
ontem.
um anestésico.
enquanto cozinho.
— Fiz café.
testa.
impaciente.
— o que aconteceu?
— Não aconteceu nada.
confiança?
lado do corpo.
dele – o pouco que sei – através dos meus olhos. Ele pode
peito.
— O que aconteceu com ele?
precisa chantagear.
— Seja lá o que você descobriu... —, dou de ombro me
fazendo de idiota. Um ótimo truque para quem tenta tirar
de Kira Aviloc.
Ela é a filha do homem que sequestrou e tatuou a
confusão.
— Você não parece tão calma como parece.
quer que eu não pense, que mesmo que você saiba o que
anda acontecendo de errado em Las Vegas, não vai me
contar.
— Você não sabe exatamente o que está acontecendo.
— Nunca?
O que ele quer perguntar com isso? Não importa, eu
sei a resposta.
— Os únicos que terão a minha fé inabalada e a
jovem, ele era criança e eu nem tive uma mãe. Acho que
falar que irei amar e defender nossos filhos, traga alívio.
Beija minha boca rápido, sem se afastar ainda.
Vegas.
Se tudo estiver bem, Colen deve ter vacilado nas suas
digamos que ele odeia que saiam fora da linha das nossas
tradições. E o que seria pior do que um dos membros da
eu não cometi.
— Droga, Colen — resmungo sozinha no quarto.
29
Colen.
Sei que não represento nada para ela. Sou seu marido
das regras da máfia. Fora isso, não sou merda nenhuma. Ela
Caralho.
será.
Tiro meus olhos dela e por breves segundos sinto algo
mudar a situação.
informação de Colen.
Assinto e ordeno:
com Marinne.
imaginar o motivo.
boate.
o dia.
— E se ela já saiu?
— Eu espero que não. — Fica claro a minha ameaça.
complicado.
— Eu sei quem eles são, Alfredo. — Dou corda para o
— Eu entrei.
Meneio a cabeça num claro sinal para ele prosseguir.
— Mais o que?
— Percebi que Colen não saia de perto dela. Ele podia
— Absoluta.
— Você conseguiu alguma foto dele dentro da boate?
— Não! É proibida tirar fotos dentro daquela boate e
concluí que deve ser por isso que ele fica lá observando a
enforca ele.
— Eu não pretendia te matar.
— Me-mentira — gagueja e ainda não parou de se
debater. — Você pensou nisso qua-quando Matteo falou que
minha camisa.
— Você tinha que ter aprendido a calar a porra da
boca.
Jogo as bolotas dos seus olhos para longe e vejo o
vazio dos buracos na sua cara. Me levantando, limpo a faca
— Caralho.
Fico de pé e me afasto do seu corpo ficando
acinzentado sem vida. Uma poça de sangue se forma no
chão e minhas pegadas estão marcadas. Limpo meus
envelope no fogo.
— Você não quis guardar? Podia servir para
chantagear o Colen.
Enrijeço a mandíbula e sacudo a cabeça que não.
— Prefiro ter algo melhor do que fotos que não fui eu
de papo.
Terminei de ver as fotos queimarem para voltar para o
carro. Não demora muito para Matteo entrar na frente ao
lado de Cirilo.
— Porra.
Meu coração acelera vendo Marinne vestida com uma
lingerie preta. A calcinha parece de couro, bem pequena
está vivo.
— Em casa agora. Mario disse que está esperando
você.
Como se Mario Ferrari, o Consigliere do meu pai me
mandasse.
— Acelera logo para eu...
— Amândio! — O grito de Matteo me pega desprevino.
Não tenho muito tempo de registrar o que está
e Matteo.
— Não sei. Deve ser o mesmo grupo que atacou seu
quando disse que ele a trata bem e ajudou seus três filhos a
faz calar.
— Não vou querer não — respondo saindo do banco.
Liberdade.
ansiosa.
casa.
nos olhos. Espero que consiga ver que eu estou bem com
ela. — Eu gosto dos seus serviços. Não tem nada a ver com
nem é o Capo.
descer.
chegou.
sumir assim.
vez eu juro que vou para Las Vegas e fico duas semanas com
a minha família.
meia da noite.
Estou bebendo a vitamina quando escuto o som do
— Eu não me importo.
— Com o que? — Engulo em seco. Ele parece
Ele avança mais uma vez e tira meu vestido preto por
cima da minha cabeça. Estou apenas de calcinha na sua
gostoso.
Sua estrutura larga fica na minha frente. Eu sorrio
Arregalo os olhos.
— E ele?
— O filho da puta ainda está vivo.
Balanço a cabeça e sinto a mesma raiva dele. Outras
seus dedos.
— Sim, eles metralharam o meu carro.
Fica em silêncio e eu espero quieta, não querendo
cortar sua boa vontade de me contar o que aconteceu.
surpresa.
— Eu destruí as provas. Não é o momento para tocar
nesse assunto agora, mesmo que seja de extrema
importância eu discutir isso com Travis.
— Por que você fez isso?
nos quadris.
— Você vai sair de novo? — pergunto indo trás dele no
closet.
— Conseguiram pegar o grupo que nos atacou. Preciso
resolver isso e tenho que ver meu pai. Nem ele e nem
ninguém tem que desconfiar que o quero morto. Preciso
marcar presença.
— Está bom — murmuro. — Você deve voltar ainda
hoje?
— Eu não sei, Marinne.
Aperto o robe em volta de mim e eu quero meu
marido de dez minutos atrás me fazendo gozar, beijando
chegando.
Vou ter o prazer de descobrir o que ele estava fazendo
Merda. Merda.
Avanço para cima do homem na minha frente e
força.
sangue.
vejo hoje.
Amândio D’Ângelo.
minha.
meus olhos.
— O que porra você está fazendo? Está achando graça
fraca.
saber.
quebrada é delicioso.
dificuldade.
imundice.
longe.
— Não ouvi — forço-o de maldade. Ah, merda. Eu não
sou bonzinho.
— Você deveria ir para casa.
matamos.
Eu não perco mais um minuto com ele. Acerto-o
repetidas vezes com meu taco.
Bato.
Bato.
Bato.
E bato mais forte.
agradecimento.
Vou para longe e sigo para o quarto que tomo banho e
para eles.
Antes de entrar no banho, ligo para Donato. Ele não
está no triplex, mas continua no prédio. No andar de vigília e
emergência.
— Sim, senhor.
banho.
Olhando para baixo vejo o sangue do motoqueiro
estou indo.
— Calma, garoto. — Ele se levanta e anda até a mim.
— Você tem que buscar uma encomenda no hotel Lotte New
York Palace. Traga para mim ainda hoje.
Assinto e viro-lhe as costas antes que ordene mais
alguma coisa. Estou cansado dele.
Nesses seis dias não parei em casa e quando chego
Marinne sempre está dormindo. É estanho, mas sinto falta
Eu fico puto por ele fazer mais companhia a ela do que eu.
Isso tem que acabar.
Deixando um braço embaixo da sua cabeça, trago-a
para mim. Espalmo a mão nas suas costas e a outra deslizo
— Cheguei, amor.
Ela inclina a cabeça para trás e me fita com os olhos
cerrados. Dá um sorrisinho e me pega de surpresa puxando
para ficar sobre ela.
— E cortar os cabelos.
Como sempre ela me faz ri. Chupo seus lábios e dou
uma mordida.
— Mais o que?
encolher de ombros.
— Certo. — Beijo sua boca, nos viro e saio de dentro
dela para pegar as cobertas e nos cobrir.
Marinne me abraça, joga a perna em cima das minhas
e suspira.
— Estou ansiosa para ficar com você por mais tempo.
Fito o tempo, o quarto um breu, presto atenção na sua
respiração e espero o sono vir.
Essa coisa de afeto, o apego por mim, deve ser
contagioso. Eu aprecio de verdade meu casamento estar
caminhando para algo bom. É a única coisa boa na minha
vida e deve ser por isso que quero proteger. Que mesmo eu
nunca ter divido uma cama com ninguém, não impede de
eu precisar do seu corpo junto ao meu para dormir
desesperadamente agora. Ficar longe dela é a pior coisa.
um erro.
família deles.
Quando você não nasce em um mundo sombrio, cruel
correspondido.
meu rosto.
celular no bolso.
agendado.
Assinto concordando no mesmo tempo que o barulho
— Já está pronta?
chegado.
distantes.
filme.
O avião decola e eu me surpreendo quando Amândio
dedos.
— Conseguimos.
porque deixei claro para o meu pai que seria essa sexta-feira
e nenhuma outra, chegamos em Calábria em uma tarde de
o turismo.
— Boa tarde, senhor — cumprimenta Fabricio em
segurança.
filhos.
para o litoral.
areia.
deuses.
Concordo com um aceno em silêncio e ganho um
das garras do meu avô. Aquela casa foi construída pelo meu
apuros, foge para Itália. Tem até piada pronta para isso
o final da viagem.
aproveitar ainda.
— Você gosta.
murmurando:
— Eu amo.
que fazer.
Ela assente e se recompõe, ajeitando o corpo no
volta no carro.
Coloco a mão na sua lombar e pego o caminho das
demais em italiano.
Marinne dá uma risadinha e eu deixo ela ficar na
em agradecimento.
— Vocês vão me dar netos lindos.
— Ah... é... — Marinne arregala os olhos gaguejando e
afasto dizendo:
— Nonna, está muito cedo para a gente falar sobre
frio com todos, com minha avó nunca consegui ser. — Chega
de festa. Só queremos curtir uns dias aqui.
— Sem problemas, você que sabe. — Ela entrelaça os
braços com os meus e Marinne, nos carregando para dentro
um pouco.
— Você pode dizer que foi a casa de um duque, mas
o Boss.
— Tentei chegar mais cedo. Você sabe o que
aconteceu.
— Sim e espero que esteja tudo bem agora.
Precisamos conversar sobre isso depois.
— Tudo bem — respondo friamente porque não quero
tocar em assuntos de negócios agora.
respeitosamente.
— Primeiro, queria lhe dar boas-vindas a família e
chegassem.
— Tudo bem, nonna.
Ela sorri para nós, seus olhos azuis esverdeados
brilhando e vai embora falando alto com a empregada na
seu irmão.
— O senhor não ofendeu e nem ao meu irmão, que é
como um pai para mim. — Respira fundo e mantém a
postura firme. — E mesmo me considerando, Travis também
drogas e armas que passam agora por Nova York até chegar
Las Vegas. As finanças melhoraram e claro que Cassio quer
saber dos últimos conflitos, os interesses políticos e é nesse
instante que Santino aparece vindo pelo corredor.
— Por quê?
— Temos negociações em Chicago.
— Negociações?
— Vou me casar em breve também, primo — Santino
diz com desdém. É normal se sentir infeliz com certas
pressões, mas ele pode ter a mesma sorte que eu e ter uma
esposa incrível.
— Ele vai se casar com quem?
— Greta Malvez.
Tento não demonstrar meu espanto, mas porra.
— Com a filha de Vitorio?
— Parece que o destino quis marcar essa emboscada
quando minha filha morreu e o verme de Vitorio se casou de
novo e teve Greta.
— Ele vai aceitar?
— Ele não tem muito escolha. Vou propor uma
retomada dos negócios com o casamento. A Blood Hands
está de mal a pior, e um casamento deve estar passando por
sua cabeça, mas ele não tem com quem casar a filha e
Santino está disposto a fazer.
Continuo desconfiado quando pergunto:
plano?
— Mas eu quero uma aliança com você, primo —
Santino fala olhando para mim mais sério do que o normal.
Ele é mais velho do que eu seis anos e por isso nas lutas
pescoço.
— Você é linda, educada e inteligente. Claro que
gostaram.
Marinne sorri de olhos fechados.
lugares.
— É um ótimo plano.
fiquei curiosa. Deve ser incrível lá. Você ficou muito aqui
quando criança?
— Mais ou menos.
— E... o outro?
Ela está falando da Antônio. Eu nunca toco no
mocinha.
Eu sorri e dá de ombros.
pergunta?
— Pode.
— Mesmo?
— Marinne...
— Eu nunca... A gente sempre fala, mas... não
necessariamente falando...
Controlo a vontade de rir. Ela nervosa é um pesadelo
— Cinco.
ronrona.
— Eu não estou pronta mesmo.
abertas.
— Vem.
cabelos.
dela.
Me apoiando nos braços, foco em seu rosto. Ela morde
— Shuu... principessa.
— Continua — sussurra.
Tento ir mais lento e de olhos fechados, afago meu
— Se abre mais.
jugular.
O sono misturado com a colcha fria, o vento fresco do
lento.
Eu gosto de foder, de trepar e bater nela. Amarrar e
mim e me abraça.
E enquanto ela pega no sono, chegando a roncar
pontos turísticos e ela come tudo que aparece. Ela disse que
precisa aproveitar tudo.
— Olhar assassino?
Ela ri e me abraça com os braços e as pernas. Boiamos
estratégico.
— O olhar que você dá para o seu pai e para todo
mundo que chega perto de mim. Você fez muito isso esses
dias. Mas aqui não tem ninguém.
olhos.
forte... Selvagem.
Joga a cabeça para trás e eu vejo seus mamilos duros,
escuto a resposta.
Isso me surpreende para caralho. Eu me afasto para
prendendo o sorriso.
— Você quer que eu te bata?
— Eu sei, mas...
— Sim.
— E depois para a Fazenda? — ela está muito ansiosa
para isso.
comigo.
resposta sobre fazer uma festa, mas pelo menos ela fez o
sobrancelhas envergonhada.
— Isso aqui estava muito bom. Eu nunca mais quero
voltar. Nova York não tem comida boa — ela comenta e bebe
um pouco do seu vinho.
Eu preciso concordar com ela. Não tem comparação
em comer aqui. Nos Estados Unidos a alimentação é
de vez.
A moral da história, é que eu posso afirmar que ela
a impactar.
— Você mandou tocar “Love On Top” de novo?
— É sua música.
controlo.
aí.
Sua testa se enruga e ela assente antes de virar o
— O que houve?
— Preciso ir ao banheiro — digo rápido e já entrando
em casa.
34
— Está menstruada?
— Também não.
passou.
entendeu.
— Eu vi na internet uma coisa chamada depilação
mesmo.
— Você se depilou?
primeira vez.
— Quem fez?
prima.
os lábios.
antes.
mostrar.
— Sim.
— Tu-tudo — gaguejo.
para mim.
— Por quê?
mulher.
seu banquete.
Não gritar é uma tarefa difícil. O jeito é pegar dois
travesseiros ou...
— Amândio?
voz.
— O quê?
fazer juntos?
Ele abre um sorriso tão grande que me assusta. Para
vezes.
Quando acabamos, eu me sinto exausta, mas
satisfeita como nunca. Deixo meu corpo escorregar para o
lado, mas não vou muito longe porque Amândio puxa minha
perna dando um tapa na minha bunda.
reconfortante.
— Eu estou com calor — digo baixinho.
— Por quê?
— Tenho uma reunião na hora do almoço, mas quando
encara.
— Eu sei que estou de férias, mas o meu avô precisa de
mim.
— Está tudo bem — digo fazendo carinho no seu rosto.
— Eu nunca me sinto trabalhando com meu avô.
— Isso é bom.
— É bem melhor do que trabalhar com meu pai.
‘Ndrangheta.
— Parabéns para você também.
Dou de ombros.
— Provavelmente é sim. — Ele me envolve minha
— O que foi?
— É que você é linda.
dentro do quarto.
O meu corpo pede pelo dele. Eu acho que estou
— Oi.
— Você está bem? — pergunto.
— Estou sim.
Estreito os olhos não acreditando.
— Você não está relaxando. Aconteceu alguma coisa.
andar de moto.
— O que você quiser. O que te deixar feliz.
— Eu me sinto feliz o tempo todo ultimamente.
Amândio senta-se na espreguiçadeira igual a que
estou e indaga:
— Isso é verdade?
Espelho sua postura e não pisco enquanto confesso:
— É bom ficar mais junto... assim.
— Sempre estivemos.
— Não — digo balançando a cabeça. — Não quero só
transar com você pela casa... — reformulo o que quero dizer.
— Não basta só transar com você pelo mundo todo. Eu
quero mais.
— Mais?
— É. — Dou de ombros, levanto e vou sentar no seu
colo. Ele não me afasta, envolve minha cintura e eu sorrio
reclamando.
tempo todo.
da calcinha ela larga o livro. Aliás ri alto. Não sei o que é tão
engraçado.
seu rosto.
— Okay.
mails.
Não se passa nem cinco minutos e a pego olhando de
para minhas pernas e sim para o meu pênis. Então olho para
volta.
— Eu estava pensando... — Limpa a garganta. —
voltas.
— Eu estava lendo esse livro e acontece que a
— Fala.
safada.
— Cuidado, porra.
um livro?
— Pega o livro.
Esticando a mão, pego o livro e entrego na sua mão
livre.
expressão séria.
pau.
— Vamos ver se você aguenta vinte e quatro
meu pescoço.
— Você lembrou do meu pau vendo o cavalo?
— Shuu...
Envolvo forte seu corpo e fecho os olhos aproveitando
sua companhia. Não sei mais o que ela pode fazer para ser
mais perfeita.
— Eu nunca pensei que você seria assim comigo — ela
sussurra.
— E nem eu pensei que você seria uma ninfomaníaca.
— O quê?
Enfio a mão entre seus cabelos, puxo seu rosto para
envergonhada.
Porra. Marinne. Dou um beijo estalado na sua boca e
eu me envolva tanto.
Um eu irei matar e o outro decepcionar porque não
saber.
Subindo primeiro espero ela se agarrar a minha
meu ouvido.
— Chegamos — comunico.
voz.
pernas, me encaixo.
— Não.
— Eu não estou.
estranha.
seguinte.
— É um teste?
— Sim.
que ela pense como eu, se vista como eu e sabia lutar, atirar
— Confiar em mim?
em Nova York. Você sempre diz que sabe atirar e até usar
aguento.
— O calabouço?
— Ficou ótimo.
Ela enche os pulmões de ar, no caso coragem e me
a baixo
— Trouxe a sua esposa.
maluco?
Matteo chega perto e antes de Ferdinando ter a
estômago.
— Estou te devolvendo o que você fez comigo.
Ele se mexe agonizando pela dor nos pés e nas mãos,
sua mulherzinha?
Novamente Marinne se defende batendo nele com a
estrago.
Ela é bem inteligente, pois o que está fazendo são
artimanhas de tortura; bater para machucar e durar mais
enchendo o saco.
— É uma boa ideia, mas ele vai sangrar muito rápido e
seu olho como ele fez comigo. Matteo pisa na sua mão para
ele não tentar me acertar.
— Você não pode me matar. — Para recuperando o
fôlego, ele está com dor no maxilar. — Não pode fazer isso.
sangue.
— Me capturar é atrair o Boss.
sozinho.
Engulo a raiva e fito minha faca falando:
— Minha esposa tem razão. Você está falando merda
demais.
— Eu não quis cegar você. O plano nunca foi um dano
permanente.
acelerada.
Pergunto sem palavras se ela está bem e espero seu
aceno para continuar.
Giro em meus calcanhares e no momento exato que
Ferdinando.
O sangue está pingando do nariz, do supercílio, do
peito e das mãos e pés. Sua cabeça pende para frente
enquanto geme sem fôlego.
franzido.
— O que?
Projeto meu corpo de frente para ela e digo:
— Eu quero que você tenha a honra de usar a faca
sua cabeça para frente pelos cabelos. Ele olha para ela e
tenta tirar a cabeça do seu agarre, mas ela não solta.
— Você ainda está sentindo alguma coisa? —
pergunta e passa a faca pelo braço dele perfurando. Eu vejo
o sangue escorrer.
— Vadia! — ele grita esperneando.
Chego perto e piso nos pés dele. A dor é tanta que ele
cozinha?
— É claro que sim — respondo a avó de Amândio já
me encaminho para dentro da casa.
Passo a mão no meu vestido que sujei de farinha.
conversa.
– falar de mim.
Suspirando, faço questão de passar por onde eles
estão e sorrio para Amândio quando vira o rosto em minha
lado.
— Você está se divertindo?
— Estou sim, Cassio. Obrigada pela hospitalidade —
respondo em italiano também.
cabeça.
— Oi.
— Está bom.
Ele ia beijar minha testa, mas eu levanto meu rosto
entendo português, e sei lá, acho melhor ele não saber tudo
que eu sei ainda.
— Marinne?
tocando.
— Se eu estou dizendo que sou feliz com você, é
cintura.
— Eu acredito. Tudo bem, querida.
Não gosto que me chame de querida. É padrão
demais e frio.
— Eu pediria para você me levar para o nosso quarto,
mas... — sussurro — eu adoro a sua avó e mesmo não
— Me espera lá em cima.
— Ao seu dispor, Senhora D’Ângelo.
Abro um sorriso enorme, pego o açúcar do chão e viro
as costas para ele. Caminho sentindo seus olhos em mim e
deve ser mesmo verdade pela forma que ele me olha. Ele
realmente está apaixonado por mim.
E isso quer dizer que ele me ama?
Paro de andar olhando para frente como uma tonta.
desculpas.
Uma lágrima escorre no canto do meu rosto e o que
me detém de correr para dentro e beijá-lo até o ar deixar
meus pulmões, é Nicoletta me chamando.
carinho.
— Estou dizendo que está tudo bem toda hora e você
não acredita.
— Você ficou estranha desde mais cedo quando foi
meu ateliê e até a cidade, sei que pelo fato de Amândio ficar
muito ocupado com a Famiglia, a vontade de voltar não
chega a ser grande. Eu adoro tê-lo só para mim aqui.
Encontro Nicoletta conversando com a cozinheira e
nossa casa.
— Eu não mudei quase nada no apartamento. Gostei
do estilo dele.
— Mas você precisa mudar.
— Por quê? — Franzo a testa.
Ela apoia a mão sobre a minha.
— Para Amândio perceber de verdade como sua vida
foi preenchida. Mude tudo que você tiver vontade. A casa
não é dele. É de vocês.
A empregada chega com o chá e os biscoitos nos
interrompendo. Nos servindo, espero Nicoletta voltar a
Madeleine me trata.
Dou de ombros e suas palavras me deixam na beira do
penhasco de novo. Eu lembro da conversa de ontem. Da
suposta revelação de que meu marido, o homem que foi
escolhido para mim, talvez me ame. Talvez esteja
cobra é perfeito.
— Sim, ele pode contar comigo e eu não só sei atirar e
lutar. Eu sou muito inteligente e sempre gostei de saber
sobre tudo. Meu irmão não me permitia, mas eu sempre
tentava ajudar e descobrir o que estava acontecendo.
— Isso é legal. Eu gosto que você seja determinada e
espero que Amândio um dia confie totalmente em você. Ele
precisa de alguém do seu lado que ele possa se abrir.
Confiar de verdade.
— Então você acha que ele não confia mesmo
ninguém?
— Não como eu gostaria. Nem mesmo com Cassio. Eu
entendo e sei que ele pode ser uma boa pessoa, mas tem
uns ressentimentos por algumas coisas que aconteceram e o
treinamento, mas ele não confessa e eu respeito demais
Amândio. Ele é um homem muito honrado e sei que muitas
das características dele é somente dele. Não herdou de
ninguém ou se não, foi uma mistura das coisas boas minhas,
de Cassio, da mãe e do pai dele.
A forma como fala do próprio filho. Nossa. Que triste.
não responda.
amava a viúva?
— Eu gosto do meu marido. Ele é bom para mim,
nunca me machucou — fala isso com ênfase. — Ele nunca
levantou a voz para mim, nunca foi cruel nas palavras, mas
isso depois de um ano. O primeiro ano ele era distante. Eu
tive que aguentar firme para não entrar em desespero, mas
então foi melhorando e a gente foi se dando bem. Como
estávamos tentando, fiquei grávida depois de um ano e
meio de casada. O pai dele pressionava todos os meses e
semanas.
— Deve ter sido sufocante.
— Depois da gravidez nós ficamos mais unidos e
próximas, mas necessitados um do outro e aí que surgiu o
sentimento. Pelo menos o meu.
Eu consigo vislumbrar uma linda garota de olhos
melancólica.
— Oh, eu sinto muito. Não foi minha intensão, nonna.
— Está tudo bem — diz tranquila batendo na minha
mão. — Escute, cada homem, é um homem. Cada
casamento, é um casamento. Cada coração, é um coração.
Não queria comparar Amândio com Cassio e nem a ninguém.
Olho para baixo para suas mãos segurando a minha e
suspiro baixinho.
levanta.
— Depois continuamos, querida. Eu vou ver o que é.
Balanço a cabeça que sim, mesmo que ela já tenha
repente e sumiu.
— Aqui no quarto?
— Isso.
Seus olhos ficam prateados, cheios de desejo.
— A gente pode almoçar e voltar para cá, porque eu
estou com fome e claro. Não vou deixar você sem comer.
Precisa de energia — brinco no final para aliviar o clima.
exigente.
Ele chupa minha língua, meus lábios e eu gemo na
cabelos.
— Amândio — respiro seu nome num misto de gemido
e soluço.
Volto a sentir o chão nos meus pés e abro olhos tendo seu
confusão.
— Você enxerga como é para mim?
encarando em silêncio.
— Eu enxergo e faço muito esforço para que você
as noites e... que você conte comigo para tudo. Você pode
confiar em mim.
não sei o que fez Marinne ficar desse jeito. Talvez fazê-la
matar Ferdinando foi demais e agora está impressionada.
peito.
seu olhar.
— Sim. Eu confio.
peito.
— Você acredita que sou leal a você?
falou da sua lealdade aos irmãos, mas agora eu sei que ela
está comigo.
— Acredito sim.
Ela ri e me abraça.
— Tudo?
— Sobre o calabouço.
— Mas eu...
— Você deixou para minha imaginação o que fizeram
com você. Claro que eu entendi. Não sou idiota, mas não sei
o motivo.
vida com ela. E ele estava certo. Eu vou matar todos que
— Mas?
— Não.
Marinne.
— Tudo bem, mas... — engole em seco — promete que
quando você for o chefe dessa porra toda, você vai afundar
— Eu vou.
errado.
— Objetivo?
Respiro fundo pela boca e solto pelo nariz segurando
suas mãos.
buraco sem luz e ver a forma como você olhou para mim.
emoção.
Toco com a ponta dos dedos todo o seu rosto. Faço uma
Marinne.
Ela balança a cabeça freneticamente assentindo e
quero...
você.
— Você sempre quis matá-lo.
— Sim, mas foi você que fez essa decisão chegar mais
rápido. — Beijo-a e digo na sua boca: — Agora vamos descer
antes que eu reivindique meus direitos de marido nesse
momento.
Marinne abraça meu pescoço e de propósito esfrega
sutilmente os peitos em mim.
— Eu gostaria.
Toco sua bunda por baixo do tecido do vestido e
extrovertido.
Deslizando minha mão por baixo da mesa, encontra a
sua perna e aperto sua coxa. Ela tem um sobressalto e vira o
rosto para mim tão rápido que acho engraçado. Sua mão
rapidamente está sobre a minha, apertando e os olhos
arregalados, as sobrancelhas movendo-se, nitidamente ela
lábio inferior.
— O que vocês vão fazer hoje? — Vovó pergunta e eu
mal.
— Você está melhor agora?
ficar assim?
— Não é isso — retruca ficando séria. — Estou
curiosos.
Agarrando sua cintura, ergo seu corpo e faço-a se
Eu não deixo que ela pense muito, pego com força seu
corpo, fazendo suas pernas envolverem meu corpo, ficando
Quero só você.
— Porra — rosno como um animal e me levanto o
suficiente para baixar as calças com a cueca e punhetar
meu pau para ficar mais duro. — Senta, amor. Senta no meu
colo.
vagarosamente.
Agarro sua cintura para ser mais devagar e ela joga a
muito rápido.
— Mais — ela exige.
Abraçando seu corpo, nos giro e deito-a no feno, abro
mais suas pernas, pego firme suas coxas e recuo, e meto
forte, empurrando seu corpo para cima. Ela abre a boca, sua
boceta contraindo e apertando, joga a cabeça para trás
berrando:
— Amândio!
Beijo seu pescoço, mordo e pego o ritmo perfeito que
Cerro a mandíbula.
— A maldita ideia do meu pai de atacar Las Vegas. —
Fito com raiva o teto. — Eu infelizmente tive que fazer
aquilo para proteger você.
— Eu sei. Está tudo bem.
sua bunda.
— Ia ser uma traição. Travis ia invadir Nova York e
pegar de volta a princesa dele.
Marinne fica em silêncio por um tempo, engole em
— Ei, dorminhoca.
— Que cara?
— Essa daí. Você está... pensativo.
amanhecer.
— É porque é bom.
quase sorrindo.
comparar.
— Porra! — ele me agarra, levando meu corpo para o
apertando.
— E eu sempre quero mais — sussurro num gemido
ofegante.
rosto. Sinto a barba por fazer que ele está deixando crescer
há uns três dias e afagando seu rosto, nossos olhos estão
fixos um no outro.
penetra lentamente.
— Minha principessa.
cintura.
para voltar para Nova York. Calça jeans azul caneta, camisa
linha.
bem e o senhor?
— Eu estou muito bem, obrigado. Sente-se conosco.
disse que vai fazer marmitas. Ela gosta que a gente coma.
Pego uma maçã e uma banana e começo a descascar
sem graça.
— Você não vai comer nada? — Cassio indaga
dia, nonna.
— Eu não acredito que vocês já estão indo. — Ela olha
para mim, o que me faz levantar para receber seu abraço. —
Eu vou sentir saudade.
Com ela nunca deixamos de falar em italiano, e não é
porque ela não sabe inglês. Ela apenas não gosta e prefere
sua língua. Nossa língua materna.
estava.
— Daqui a uns cinco, sete anos você terá, nonna.
— Vou te esperar mais sete anos? Isso é um sacrifício.
Santino terá que me dar netos mais rápido.
Nós rimos e Amândio parece relaxado.
acho que tem tudo a ver com a visita de Santino a Nova York
e a queda de Chicago. O que eles estão tramando.
— Chegamos em casa.
Me recomponho e olho para o lado de fora do carro.
frio.
Respiro aliviada dentro do elevador privado e mais do
minha esposa.
Ele me surpreende soltando uma gargalhada e me dá
um beijo na boca tão forte que machuca meus lábios.
— É algo muito importante.
Gemo mais forte quando ele fala; amor. Ele não tem
noção que toda vez que me chama assim é confessasse o
que o avô dele disse.
Seus dedos continuam massageando meu clitóris, me
dias.
— Tira a sua roupa — eu digo beijando sua boca.
Amândio se afasta um pouco e espalhando minha
excitação pelos lábios do meu sexo, dá um tapa no em cima.
Me fazendo pular.
— Ui.
Ele abre um sorriso perverso e pegando-me pela
cintura, me coloca em cima do piano de novo e abre minhas
— Agora?
Assinto e eu não preciso pedir de novo. Amândio me
leva para o sofá, me coloca de quarta, dá um tapa forte na
— Me dê um pouco de espaço.
Ele assente e se afasta um pouco. Abrindo minha
onde eu estava.
e digo:
— Está bom.
água.
— E como é que foi a faculdade? Gostou do local?
parecem tranquilos.
tempestade.
cruzar os braços.
engana.
de noivado.
— Mais uma?
— Aniversário de quem?
— Do senador.
— Eu sei.
Amândio se levanta, abre minhas pernas para ficar no
tênis.
— Não. Eu fiz.
Viro minha cabeça tão rápido que fico tonta.
— Você fez uma torta de morango para mim?
Ele assente e me pressiona na outra porta da
geladeira.
corpos.
— Porque eu quero que vejam você comigo.
Logo ele vira o rosto para os fotógrafos e eu também,
modelo de agora.
Amândio está todo de preto, mas vestiu uma camisa
resposta.
Ele continua a me levar para longe da multidão e
meu pescoço.
— Porra, Marinne. Esse vestido e você mostrando essa
pele toda — diz despindo-me com seu olhar faminto.
lábios e diz:
— Eu preciso te comer com esse vestido.
afastar.
— Eu preciso te provar. Chupar sua boceta gostosa,
que deve estar ansiosa por mim. Toda melada.
Ui. Perco o fôlego e não tenho como reivindicar se é
— Eu quero você.
Ele assopra minha boceta, o ar gelado me fazendo
arrepiar.
— Você quer trepar, principessa?
pernas. Ele passa a ponta dos dois dedos pelos lábios, vai e
volta, vai e volta, e então escorrega para minha entrada
pegando minha excitação e espalha para o clitóris.
Ele faz isso repetidas vezes. Depois seus dedos fazem
mim.
— Me fode — sussurro e puxo de leve seus cabelos. —
Me fode, por favor.
Minhas palavras parecem ativar seu lado possessivo,
festa toda.
— Talvez sintam o cheiro e não cheguem perto. Você é
minha — fala e estoca para cima.
Dou um gritinho e rio. Adoro a possessividade dele.
— Sou sua.
— E é mesmo.
Ele aperta mais forte minha cintura e meu corpo
sacode para cima com suas estocadas. Eu deslizo as minhas
comentário óbvio.
sentada nas minhas coxas. Toco seus braços até tocar seu
rosto e levantar.
minhas sobrancelhas.
deslizei.
bolsa ficou com Matteo. Ele tinha pego no carro para mim.
— Sem problemas.
— Na verdade, não.
— O que foi?
sapatos.
passa por mim. E preciso morder a língua por ela rebolar até
seguro.
caminhando calmamente.
peito.
dê essa chance.
ela.
Não faço ideia do porque diabos eu aceitei vir nesse
político, não eu. Mesmo que Jeremy não seja dos piores.
— Sim.
— Negócios?
chantagem.
— É um acordo como todos os outros que fazemos —
Jeremy rebate.
Apertando a mão de Marinne, falo para Jeremy:
museu.
— Eu sei que você ficou irritada, mas é assim que
funciona.
— Você não precisar pedir porra nenhuma a ele. Como
em minha direção.
Rápido chego até Marine e seguro seu braço. Ela olha
de você.
Marinne respira pelo nariz, olha para baixo de um jeito
perigoso e suspira abrindo um sorriso ácido.
— Isso foi antes, como você mesma disse. Agora ele é
sou casado.
— Não é um casamento de verdade. Foi só um acordo.
Acha que eu não sei como que funciona para vocês italianos
cheios de dinheiro e do submundo.
Dou um passo para a frente e coloco o dedo na cara
dela.
— Se você quer viver para ver o Sol novamente, é bom
calar a boca.
— Ah, que isso. Você adora a gente fodia e eu te
duplamente.
A cabeça de Marinne tomba para o lado e seus olhos
fina de deboche.
— Meu Deus. Ela é sua dona, Amândio? — pergunta
rindo e de proposito toca meu peito.
Eu agarro seu pulso e empurro com força para baixo.
Seu corpo saco, mas ela não perde a linha. Seus cabelos
ruivos, os olhos castanhos e sua cara cheia de maquiagem,
me enojam.
Focando em Marinne, envolvo seu corpo com um
braço e fico feliz dela não ter me afastado. Prova que confia
em mim. Eu sei um porco idiota em trai-la com Ellen. Trai-la
com qualquer uma.
Como o clima está muito perturbado, levo Marinne
para cima dela e não estou pronto quando tira sua arma do
coldre e aponta para testa de Ellen. — Você não me ouviu
nenhuma das vezes?
Caralho. Eu mesmo mataria Ellen se não provocasse
— Vai. Tenta.
Marinne nem pisca enquanto mantém a arma
apontada para Ellen. Não treme, mal respira e o foco é
único. O ombro dela. Não quer matar Ellen. Quer machucar.
direito olha para mim, mas ignoro. Eu sei que Marinne não
vai fazer nenhuma loucura.
— Amor, não faz isso — murmuro no seu ouvido só
para ela. — Deixa ela para lá. Não vale a pena.
e Donato.
Geralmente não tenho tantos soldados comigo, mas
hoje pareceu que precisava e aqui está a prova. Que caralho.
A arma de Marinne está sendo escondida pelo meu
alguém. Ainda está com raiva. Dou para ela meu lenço e ela
limpa o sangue que respirou nas suas mãos de tão perto que
estava de Ellen quando atirou. Pego a arma dela e consigo
encaixar no meu coldre. Parece eu adivinhei e só vim com
uma arma.
Merda. Os babacas dos fotógrafos. Corro com Marinne
para o carro. Faço-o andar na minha frente observando o
movimento em volta.
Abrindo a porta do carro, ela entra e eu a sigo. Espero
Donato ligar o motor para subir a janela que nos dá
privacidade e viro-me para Marinne.
— Você tem noção do que fez?
é essa?
— Na verdade, eu não estou preocupada com nada.
— Ela é filha do senador e você deu um tiro nela.
— Eu tive que fazer alguma coisa já que você não
feito.
— Sua esposa deu um tiro nela. Não creio que ficará
esquecido o assunto com Jeremy.
— Tome uma atitude se o pai dela fizer alguma coisa.
recebeu.
— Você permitiu Marinne fazer isso.
— O que você quer dizer com isso?
Matteo baixa o tom de voz a cabeça. Acho bom
jogando no sofá.
Ela se levanta e vem até a mim descalça e com um
coque bagunçado no topo da cabeça.
— Por que você não fez nada?
entender o óbvio.
— O que é óbvio?
— Você é linda, educada e eu chamo você de princesa
— O que eu fui?
ombros e as costas.
— SUA! — berra.
jeito que tira meu fôlego. Como pode ser tão perfeita para
mim?
— Você me ouviu?
— Sim, porra. — Viro-me para ele. — Você quer que eu
faça o quê? Ele deveria ter esquecido essa merda já. Tem
uma semana.
— Fale com ele. Sua esposa atirou na filha dele. Será
resolver conversando.
criança.
— Tudo bem. Eu entendo, porém Marinne foi um
aquilo.
de raspão.
palavras.
resolver ultimamente.
— Tem certeza?
embora.
— Estava pintando?
ar livre.
Estreito os olhos para ela e estico as mãos, que ela
importar.
tocou.
cozinha.
seu rosto.
— É verdade. Hoje é vinte e quatro de outubro —
entraria na faculdade.
— Ótimo. Pensei no que você disse naquele dia, antes
afasto.
— O café vai esfriar? — diz com um sorrisinho e
caneca.
— Não, está ótimo — responde e pega uma fatia de
caneca.
— Acidente? Você atirou na filha do Senador.
— Ela não deveria mexer nas minhas coisas —
murmura com humor.
— Suas coisas?
Marinne concorda com um aceno quase imperceptível
deslizar as palmas das mãos por cima dos seus seios, até
segurar seu rosto, os dedos erguendo seu queixo no ângulo
principessa.
Nós estávamos nos provocando, como já é costume,
monstruoso.
Mas amo essa mulher, amo seus olhos brilhantes e o
jeito como ela morde os lábios. Seu sorriso e a alegria. Tudo
nela é lindo e impressionante.
— Já estou indo.
Espero ele sumir para segurar o rosto de Marinne e
analisar seus olhos.
— Marinne?
escorrer em seu rosto, mas finjo que não estou vendo. Ela
precisa se entender consigo mesma.
— Só não some. Eu preciso...
— Está tudo bem. Eu vou voltar. Temos uma festa
hoje.
— Me abraça. — É quase uma suplica seu pedido. —
Eu não quero perder você.
Franzo a testa e a tomo em meus braços com força.
Tiro seus pés do chão e ela envolve meus quadris com as
porque disse que sou leal aos meus irmãos, mas não é
verdade. São sentimentos diferentes e... — Ela faz uma
pausa, engole em seco e agora se dá conta de que está
chorando porque precisa limpar o rosto. — Eu... nunca senti
isso.
— E você acha que eu já tinha sentido? Porra. Você é o
primeiro amor que eu conheço na minha vida toda. Eu
esmagar isso.
Limpo seu rosto e faço-a deitar a cabeça no meu
peito.
— Um dia de cada vez, foi o que eu aprendi naquele
buraco.
— Um dia de cada vez — ela repete baixinho.
Termino de colocar a gravata e saia do closet dando
de cara com Marinne com as mãos atrás do corpo sorrindo
inclusive ela.
— Espero que você goste — diz e oferece uma caixa
quadrada preta.
Abrindo encontro um relógio prata cromado e uma
de Giovanni.
Eu poderia enfiar uma faca nas suas bochechas e
rasgar sua boca, mas se eu matar ele aqui, não saio viva e
eu calar a boca.
Os convidados estão espalhados pela casa
aniversário.
mal.
ouvindo?
hematomas.
demorando demais.
pegar.
bloqueando os demais.
homens.
— Por que ele quis fingir que seria para o seu
dedos.
— Marinne, eu não ligo para isso. Está tudo bem.
filhos para usá-los, outros não ligam e outros são como seu
irmão. O meu pai é a pior combinação da primeira e da
ataque.
— Odeio não poder te tocar.
modesta.
— Queria estar lá para ver você fazer o que me
foi meu aliado e você deveria ter casado com a filha dele.
Arregalo os olhos e coloco a mão na boca.
abaixa.
— Veja só — Giovanni ironiza. — Que bela esposa você
tem Amândio. Ouvindo atrás da porta.
a porta do escritório.
Imediatamente Amândio me solta e estamos um na
frente do outro paralisados, o único som é de nossas
respirações. Eu olho para o meu braço e sinto meus lábios
tremerem.
Engulo com força e seguro o choro botando a mão
aonde levei o tapa. Olho para a porta e depois para o meu
marido. Ele está perdido. A ficha está caindo agora e o
arrependimento também.
Limpo meus olhos e Giovanni fala:
— Saia logo daqui, menina.
Sem direcionar outro olhar a eles, saio pelo corredor.
— Sim, senhora.
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iria vir mais cedo ou mais tarde, mas nunca pensei que seria
por este motivo. Que ele me faria falhar miseravelmente em
assim.
— Você deveria ter feito isso mais cedo — meu pai fala
Merda. Marinne.
Olhando para o meu pai, meu olhar faiscando de puro
ódio.
— Essa conversa não acabou.
mais culpado. Eu posso caçar meu pai depois. Vai ser até
mais emocionante.
celular.
— Matteo já foi.
Franzo a testa.
— Okay.
nossa casa.
olhar.
consegui.
— A bateria acabou.
Depois pedi para ele dar outra volta na cidade. Não estava
— Não. Não é.
Vira de lado, bebe um gole da sua água e seus olhos
encontram os meus.
— Eu não sei nem o que fazer, Amândio. Você jurou...
me matando.
— Eu abria mão de você se não me custasse tudo.
Marinne soluça baixinho, as lágrimas voltando a
escorrer.
— Nunca me arrependi de fazer nada, mas assim que
quando voltar.
— Voltar? — Franze a testa.
finalmente ir embora.
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dele por ter demorado muito para matar o pai, do que toda
a situação.
Merda. Eu não sei de nada. A verdade é que estou
confusa.
grávida.
aposentar, ele vai ser morto. A não ser que Cassio ajude, não
ligando o chuveiro.
canto do box.
— Marinne?!
O que ele está fazendo em casa? Acho que ele nem foi
Amândio.
voz alta.
Parece destruído.
você me falou isso. Apenas não disse que fez xixi num
palitinho.
três dias.
braços.
Fico de calcinha, toda molhada e manchada com meu
também.
choro.
— Talvez.
— não sei.
— Mais uma coisa que ele tirou de mim. — Ele faz
Meu Deus, ele vai falar. Fico quieta para ele não perder
a coragem.
aliado.
— Nós fomos para a nossa primeira missão sozinhos.
para tomar o seu lugar. Por isso, por mais que ele fale coisas
que eu não concorde, me torture e tranca em um buraco
sem luz. Eu nunca vou poder ir contra ele, a não ser que ele
machuque você.
Isso é demais. Prova o amor dele por mim, mesmo que
Arregalo os olhos.
— Você está querendo dizer que eu sou a primeira
Antônio.
— Por que?
Darkness.
— Nós sabemos aonde ele estaria nesse momento.
— E?
coisa?
Giovanni.
Eu te amo
— Nada. Não falou nada. Ele me deu um beijo e foi
embora.
Fui idiota.
E hoje faz três dias que meu marido não volta para
mensagem de texto.
Eu tinha que ter falado para ele que o amo. Fui uma
inexistente.
Termino de descer as escadas e entrando na cozinha
— Eu sei — murmuro.
— Enfim, eu estranhei você não ter descido para
desci?
doida.
Santino percebe.
voz rude.
coisas, Santino.
Darkness.
Cuidar de mim?
Ele caminha até o espaço do piano, passa a mão nele,
e escuto-o:
O ÚLTIMO ATO.
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