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DEDICATÓRIA
PRÓLOGO
UM
DOIS
TRÊS
QUATRO
CINCO
SEIS
SETE
OITO
NOVE
DEZ
ONZE
DOZE
TREZE
QUATORZE
QUINZE
DEZESSEIS
DEZESSETE
DEZOITO
DEZENOVE
VINTE
VINTE E UM
VINTE E DOIS
VINTE E TRÊS
VINTE E QUATRO
VINTE E CINCO
VINTE E SEIS
VINTE E SETE
VINTE E OITO
VINTE E NOVE
TRINTA
TRINTA E UM
TRINTA E DOIS
EPÍLOGO 1
EPÍLOGO 2
CAPÍTULO BÔNUS
PEDIDO DA AUTORA
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Copyright © Mary Oliveira
Todos os direitos reservados.
Criado no Brasil.
Esta é uma obra de ficção. Seu intuito é entreter as pessoas. Nomes, personagens, lugares
e acontecimentos descritos são produtos da imaginação da autora. Qualquer semelhança
com nomes, datas e acontecimentos reais é mera coincidência.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na lei n°. 9.610/98 e punido pelo artigo
184 do Código Penal.
DEDICATÓRIA
A você, que precisou se proteger quando deveria ter sido
protegida, que escolheu ir embora porque sabia que merecia
mais. Você é forte. Você merece ser genuinamente feliz.
PRÓLOGO
SOPHIA GARCÍA
Meses depois
Gargalhei.
Cliquei na mensagem de Chuck para respondê-lo primeiro.
— Alfredo — grunhi.
Estreitei os olhos para o gato maldito de Sophia. Os orbes
petulantes dele me encontraram conforme sua pata acariciava sem
pressa o pelo sedoso de Hefesto.
Meu Dobermann.
Meu filho de quatro patas.
Meu garoto grande e feroz que costumava assustar os
desavisados que cruzavam seu caminho.
Ele estava agora servindo de almofada para a porra daquele
gato.
Fazia dois dias que Sophia e eu havíamos voltado da
Alemanha. Dois dias que eles estavam juntos no meu apartamento.
Eu não tinha ideia de que merda tinham feito com eles no hotel em
que os colocamos para serem treinados e acostumados à presença
um do outro, mas eu esperava tudo, menos ver meu amigão assim,
vencido, aceitando a derrota de ter esse felino dos infernos o
dominando desse jeito.
Grunhi ao me aproximar dos dois, empurrando para fora dos
pés o sapato que usara nas últimas horas na empresa, para minha
reunião com o Conselho, e calçando os chinelos que usava em
casa.
Ajoelhei-me no chão, mais perto de Hefesto que do gato,
porque apesar de os dois não estarem tentando se matar agora, eu
não confiava nesse bichano. Não fazia vinte e quatro horas que ele
tinha me arranhado. Dentro da porra da minha casa.
— Vamos, amigão — chamei, estendendo uma mão para
acariciar suas orelhas, ele reagiu movendo a cabeça para seguir
meu carinho, o rabo agitado, feliz. — Você precisa reagir, não pode
deixar esse gato maldito vencer assim. Precisa se impor, garoto.
Um miado de alerta soou pela sala ampla e levou meu olhar
apertado para o tal Alfredo.
— Fica na sua — mandei, mas só consegui fazê-lo avançar
com a pata para estapear a mão que eu usava para afagar o pelo de
Hefesto, como se me mandasse soltá-lo. — Essa ainda é minha
casa, porra! E esse é o meu cachorro!
Alfredo miou em discordância e mostrou as unhas afiadas,
num alerta silencioso.
Semicerrei os olhos e cheguei a abrir a boca para desafiá-lo a
cravar aquelas garras em mim de novo, mas uma gargalhada
explodiu às minhas costas, enchendo o apartamento, e levou minha
atenção para o patamar da escada, onde Sophia estava nos
observando.
— O que é isso, Caldwell?
Grunhi.
— Esse seu gato maldito — rosnei, voltando a encará-lo, bem
a tempo de ver Hefesto se erguendo para correr até Sophia
abanando o rabo. Como fazia desde que a tinha conhecido e
aprovado seu cheiro depois de longos instantes de investigação
minuciosa. O que era inédito em se tratando dele.
A bruxinha sorriu para ele e se inclinou para afagá-lo.
— Ele é um gato, Caldwell, não vai entender seu surto —
avisou.
— Duvido. Esse gato não é normal — argumentei,
direcionando um olhar de esguelha para Alfredo, que se levantou
em suas quatro patas e me deu as costas, empinando o focinho
com a cara entediada de sempre.
Sophia riu e terminou de descer o lance de escadas com
Hefesto em seu encalço, só então notei que tudo o que ela vestia
era uma das minhas camisas brancas.
— Você está bem? — perguntei, alcançando-a para puxá-la
contra o meu corpo. Envolvi sua cintura e pressionei um beijo em
seus lábios. Sophia emitiu um som baixinho, e uniu as pernas antes
de também me rodear com os braços e recostar seu queixo ao meu
peito, para manter nossa proximidade e ainda assim me encarar.
Muito mais do que confortável com esse tipo de contato entre nós,
ela se mostrava receptiva. Entregue.
E eu estava adorando isso, porra.
Sinceramente, não entendia o que havia acontecido na nossa
viagem à Alemanha para deixá-la assim, para falar a verdade eu
sequer lembrava direito do que acontecera na noite que chegamos
lá, mas eu sentia Sophia diferente. E decidi aproveitar cada segundo
dessa mudança em vez de perder tempo tentando entender o que a
havia motivado.
Chuck tinha dito que eu provavelmente havia implorado
perdão de joelhos para ela enquanto estava bêbado e, apesar de tê-
lo mandado ir se foder quando me disse isso, eu não duvidava de
que te tivesse feito uma merda dessas. Ficava muito piegas quando
bebia demais.
— O motorista conseguiu pegar tudo? — indaguei. Sophia
tinha recebido coisas relacionadas ao seu blog no seu endereço
antigo e insisti que deixasse o motorista ir buscá-las. Não queria que
ela fosse sozinha até lá. O bastardo do seu ex podia não estar
conseguindo falar com ela, já que ela havia mudado de telefone e
número após perder o antigo, mas os seguranças que eu havia
colocado na ONG tinham relatado a presença do filho da puta nos
dias em que estávamos viajando. Fui atrás dele pela manhã, na
porra do hospital em que trabalhava, só para descobrir que ele tinha
ido a um congresso fora do estado.
— Sim. Consegui até preparar vídeos e conteúdos
relacionados a boa parte deles, só faltam os… — ela se
interrompeu, como se estivesse prestes a dizer algo que não devia,
então pressionou os lábios para minar um sorriso. Estreitei os olhos,
desconfiado.
— Sophia…
A pequena bruxa meneou a cabeça em negativa, se
recusando a me responder antes mesmo de ouvir meu
questionamento.
— Como foi a reunião? — perguntou, e essas palavras
conseguiram mudar o meu foco imediatamente.
— Vetaram minha candidatura à cadeira de presidente do
Conselho. Perdi também o direito ao voto na próxima eleição,
porque suspenderam minha participação nas assembleias pelos
próximos dois meses e…
Suas sobrancelhas se ergueram.
— Deixaram claro que esse foi o segundo cartão de aviso
que recebi por deixar as minhas relações pessoais afetarem a
empresa, no próximo serei exonerado do meu cargo no Conselho.
— Expirei lentamente, exausto dessa merda, mesmo quando
tentava acreditar que conseguiria reverter essa situação. — Não fui
expulso, mas é como se tivesse sido. Ao menos até o próximo
presidente ser eleito.
— Pelo menos Alexander não conseguiu te expulsar
definitivamente — lembrou. — Você conseguiu os registros
financeiros da empresa?
Acenei.
Eu havia contado à Sophia sobre as minhas desconfianças e
as de Blake, de que aquele filho da puta estava tentando me
arrancar à força do Conselho para que eu não representasse mais
um risco às suas ações duvidosas na empresa, em especial aos
desvios de dinheiro que eu estava investigando.
— Fiz isso hoje. Chuck me recomendou um contador que
analisará tudo para detectar algum tipo de erro, incongruência ou
registro suspeito nos últimos doze meses. Já encaminhei os dados.
Agora é aguardar.
Foi sua vez de acenar e se erguer nas pontas dos pés para
beijar meus lábios.
— Ele vai encontrar o que precisa — sussurrou. Concordei
com um meneio de cabeça e retribuí seu beijo, provocando-a.
Agarrei sua cintura um pouco mais forte, para prendê-la a mim e
sustentar aquela posição. Sophia deixou escapar outro som
baixinho, como se meu movimento tivesse mexido com algo
sensível demais. Ela cerrou os olhos por alguns instantes, só então
prosseguiu, mais baixo: — Você vai conseguir colocar aquele hijo de
puta atrás das grades e…
— Não quero falar sobre esse desgraçado, bruxinha…
Ela não retrucou, apenas aceitou meu pedido e me beijou,
sua língua veio ávida tocar a minha, seu gosto inundou minha boca
e fez a porra do meu corpo inteiro vibrar, cheio de saudade depois
de um dia inteiro sem beijá-la.
Enfiei uma das mãos em seus cabelos e agarrei sua bunda
com a outra, apertando a polpa macia, do jeito que lhe roubava a
força das pernas e nesse momento a fez também se esfregar em
mim.
— Você está sem calcinha, porra — grunhi, erguendo a
camisa que era tudo o que cobria seu corpo gostoso.
— Não estou, não — emitiu, sem abandonar meus lábios. Ela
sorriu, ambas as mãos alcançando minha nuca e se embrenhando
em meus cabelos. Deslizei a mão pelas suas nádegas grandes e
nuas, demorei a localizar o elástico fino no topo, enfiado entre elas.
Um som grave e rouco me escapou.
— Você vai me matar, bruxinha — declarei.
Sophia riu em minha boca.
— Acho que você vai gostar ainda mais da parte da frente —
instigou e minha primeira reação foi mergulhar minha mão entre
suas pernas.
— Caralho… — Meu pau latejou. Meus dedos escorregaram
entre a umidade viscosa da sua boceta e o anel de pérolas que
contornava sua entrada. — O que é…
Sophia arfou quando a esfreguei. O atrito das pérolas no seu
clitóris e lábios vaginais a fez gemer, separar as pernas um pouco
mais para mim.
— Calcinha tailandesa… e muito lubrificante.
Hefesto latiu, se agitando, provavelmente sem entender o
que acontecia e estranhando os sons que a bruxinha estava
emitindo, mas só me importei de verdade com isso quando ouvi a
porra do miado de alerta daquele gato maldito. Um olhar para a
direção do som e vi que ele estava de pé, numa posição de ataque
mesmo com todos os metros que nos distanciavam.
Mas que porra…
Interrompi a carícia e Sophia reclamou.
— Vamos pro nosso quarto. Quero ver isso melhor —
sussurrei.
Nem lhe dei tempo de responder, só a peguei em meu colo e
subi as escadas sem nem ver se éramos seguidos.
— Preparei uma surpresa, Caldwell — sussurrou, pertinho do
meu ouvido. Num tom manhoso que era só meu.
— Surpresa?
Sophia assentiu e mordeu o lóbulo da minha orelha.
— Você me pediu para trazer alguns vibradores, lembra?
Um grunhido abandonou meu peito e me apressei para
chegar à porta do nosso quarto. Um instante depois eu a empurrei
com o pé para fechá-la às nossas costas.
— No banheiro — Sophia pediu e a levei para lá.
O cheiro dos sais de banho me atingiu antes da visão das
velas acesas, que estavam bem-posicionadas para criar um
ambiente aconchegante e ao mesmo tempo sensual. Para
completar, a banheira estava cheia, com espuma quase
transbordando, e havia uma caixa preta misteriosa pousada sobre a
borda de mármore dela.
— Bruxinha… — emiti, ainda deslumbrado, sem na verdade
saber o que dizer.
Sophia beijou minha boca.
— Me coloca no chão.
Obedeci ao seu pedido e continuei observando tudo aquilo
enquanto ela se livrava das minhas roupas.
— Estamos comemorando alguma coisa? — indaguei, sem
entender o que tudo aquilo significava.
Ela meneou a cabeça em negativa.
Ajudei-a a tirar o que ainda restava das minhas roupas.
— Vá para a banheira — mandou, tão logo me viu nu e duro
como o inferno.
Não hesitei em seguir sua ordem, mas também não tirei
meus olhos de Sophia conforme o fazia. Ela prendeu os próprios
cabelos num rabo de cavalo longo, colocou uma música baixa e
sexy para tocar no seu celular e se aproximou desabotoando a
camisa branca que vestia, revelando aos poucos cada curva
deliciosa do seu corpo. Da pele sedosa que eu adorava beijar e
morder.
Eu já estava praticamente hipnotizado quando a calcinha
vermelha surgiu. O pedaço de renda transparente que me deixava
ver sua boceta me fez babar e latejar sob a água quente da
banheira. Meu pau chegou a inchar, porra.
Acompanhei sua aproximação como um animal sedento
prestes a avançar numa presa, a respiração pesada e as mãos
coçando para tocá-la. Mas em vez de vir até mim, ela se acomodou
sobre a borda de mármore da banheira, no lado oposto ao meu,
seus seios cheios e pesados subindo e descendo com o movimento
do seu peito a cada respiração. Eu quis afundar o rosto entre eles e
chupar os dois, prender a carne macia entre os lábios, então nos
dentes e…
— Bruxinha… — chamei, sem fôlego, ao vê-la separar as
coxas para me dar a visão do meu paraíso particular.
O anel de pérolas se esticou e friccionou sua boceta
molhada, pareceu tocar um ponto particularmente sensível, porque
Sophia deixou escapar um som baixinho de prazer.
— Você disse que queria saber o que meus vibradores
podem fazer por mim, lembra? — indagou.
Só consegui acenar em resposta, preso à imagem da sua
boceta, salivando para chupá-la. Nem me importava se Sophia
havia passado lubrificante em si mesma por causa das pérolas, eu
me certificaria de deixá-la molhada até ser capaz de sentir apenas o
seu gosto.
No entanto, um som me desviou do meu objetivo. Um zumbir
sutil e contínuo soou baixo, mas era característico. Eu sequer
precisei ver direito o que ela segurava para ter certeza de que era
um vibrador. Logo eu acompanhava ávido o percurso que Sophia
esboçava com ele, desde os seus mamilos durinhos até o vale entre
seios, numa descida lenta por sua barriga, passando pelo triângulo
de renda da calcinha até…
Um grunhido animalesco abandonou meu peito.
Sophia se apoiou sobre uma mão, no mármore às suas
costas, e ampliou ainda mais a abertura das pernas, seu corpo
inteiro deu um tranco suave no instante em que o vibrador tocou seu
clitóris, sua respiração se alterou, ela prendeu os lábios entre os
dentes e gemeu baixinho. Demorei a perceber que aquele não era
um simples vibrador, era um sugador de clitóris, um potente o
bastante para fazer Sophia se contrair em segundos.
E eu estava perto o suficiente para ver sua entrada úmida,
mas não para tocá-la.
— Me deixa chupar você — pedi.
— Não.
— Lamber?
Ela sorriu e acho que teria insistido numa negativa, mas a
tentativa se transformou num gemido que a fez proferir umas frases
incompreensíveis em espanhol.
— Bruxinha…
— Eu passei meses sem conseguir gozar por sua causa,
sabia? — provocou, bem baixinho, rouca pelo prazer. Olhos
embevecidos conectados aos meus. — Eu te odiava tanto por
isso… por me fazer gozar só quando sonhava com você, Caldwell.
— Porra, Sophia. — Agarrei meu próprio pau com força, ele
já estava endurecido e inchado de um jeito quase sufocante sob a
água ainda quente da banheira.
— Esse é o meu vibrador preferido, sempre gozo rápido com
ele, mas por sua causa, ele não me deixa mais satisfeita… porque
sempre quero seu pau.
Gemi só de ouvir isso e me remexi, ensaiando o movimento
que me permitiria me aproximar de Sophia, mas ela me impediu.
Meneou a cabeça em negativa, as pernas ameaçando se fechar
com a intensidade do que sentia.
— Deixei um presente pra você — avisou, indicando a caixa
preta na borda ao meu lado. — Coloca ele…
— Sophia…
— Coloca logo, Caldwell… eu preciso gozar…, mas quero o
seu pau em mim quando fizer isso.
Grunhi, também estava louco por isso. Abri a porra da caixa e
peguei o que havia dentro dela sem nem entender o que era.
Voltei meu olhar confuso para a bruxinha, que agora tinha um
sorriso nos lábios.
— É um anel peniano com vibrador — informou, seu corpo
gostoso começando a se contorcer com os espasmos que ela
tentava controlar. — É à prova d’água. Coloca pra mim…
— Sophia…
— Por favor… — choramingou, a cabeça pendendo para trás
com o movimento abrupto das suas pernas se fechando
involuntariamente. Água respingou em nosso entorno, mas ela não
afastou o vibrador, seguiu torturando a si mesma bem diante de
mim. A boceta pingando, encharcando as pérolas da calcinha, para
minha apreciação. Eu quis tanto chupá-la. Tanto. — Por favor…
Ela estava implorando, porra. Minha mulher estava
implorando.
— Vem me ajudar, bruxinha — pedi, louco para tê-la mais
perto.
E ela veio. Ofegante e derramando mais água banheira afora,
abandonou a merda do sugador de clitóris e veio até mim, trêmula,
mas com determinação para conseguir sentar em meu colo e tomar
o anel de mim.
— Puta merda — gemi. Meu mundo girou com a onda de
prazer que me engoliu no momento que Sophia agarrou meu pau e
colocou a porra do anel apertado nele, o deslizando até a base. A
peça pequena conectada a ele ficou voltada para cima, e apesar da
estranheza que havia em sentir aquele anel de silicone me
apertando, havia também um tipo novo e diferente de prazer
envolvido. Um que só aumentou quando minha mulher se ergueu
sobre os próprios joelhos e me encaixou em sua entrada. Sua
boceta se contraiu com força, tamanha a sua sensibilidade agora.
Mas ela não desistiu, nem calou os próprios gemidos conforme
descia sobre o meu pau.
O anel de pérolas também me envolveu e a pressão diferente
que ele exerceu sobre mim me cegou. O prazer que eu já sentia se
potencializou. Para completar, Sophia estava quente e molhada, tão
sensível que palpitava à minha volta e gemia a cada centímetro que
descia.
Ela precisou buscar apoio em meus ombros e choramingou
em meus lábios, nossas respirações tão alteradas que mal
conseguíamos emitir qualquer palavra.
Agarrei sua bunda com ambas as mãos e afundei os dedos
na carne macia ao guiá-la para rebolar. O anel me apertou forte, sua
boceta também e as pérolas friccionaram nossas peles de um jeito
que me deu certeza de que eu enlouqueceria.
Sophia se inclinou sobre mim e a mudança sutil foi suficiente
para ela esfregar o clitóris e a base do meu pau com duas pérolas.
Seu corpo teve um espasmo intenso, mas não a deixei parar, guiei
seus movimentos até ela conseguir assumir o controle sobre eles e
cavalgar com a habilidade que só ela tinha.
A água se agitou entre nós, ondulando e transbordando em
nosso entorno.
Aproveitei para agarrar seus cabelos e trazer sua boca para a
minha.
— Gostosa… — Mordi seus lábios, o cantinho deles, seu
queixo. — Minha…
— Sua.
A palavra me acertou como um golpe inesperado.
Reverberou em meu peito e foi mais do que suficiente para fazer
meu coração e mente colapsarem.
Paralisei.
— Bruxinha… — chamei, sem ter certeza de que ouvira bem,
desejando mais que tudo que ela confirmasse o que havia dito. — O
que você…
— Sua, Caldwell… — repetiu, mesmo ofegante. — Eu disse
que sou sua.
— Minha — rugi. Intensifiquei o aperto em seus cabelos e a
puxei para mais perto, seus seios pressionaram meu peito. — E
eu…
Ela parou de se mover e isso por si só foi suficiente para eu
calar a boca.
— Você é meu, Caldwell… — afirmou, mordiscando meu
lábio inferior e contraindo os músculos da boceta até me apertar
com força. Dor e prazer dispararam através do meu corpo e só se
intensificaram a cada palavra que Sophia disse em seguida. — Meu
cão raivoso… meu marido… meu homem.
Seus lábios encontraram os meus.
Foi minha vez de sorrir, como um idiota, completamente
arrebatado por essa mulher, sem nenhuma chance de volta.
— Seu, bruxinha… todo seu.
Ela me beijou. Me beijou como se quisesse me mostrar que
aquilo era sério, que sua entrega era real… assim como suas
palavras, o que ela queria e a chance que estava nos dando.
E eu me agarrei a ela, fiz isso como um desesperado. Um
náufrago com um bote salva-vidas.
Sophia era minha… e queria ser minha, porra.
Sem acabar com o beijo, a bruxinha voltou a se erguer sobre
os joelhos e enfiou uma das mãos entre nossos corpos para ligar o
vibrador do anel peniano. Gememos juntos com a onda de prazer
que percorreu nossos corpos e os sons foram abafados pelos
nossos beijos, pelo barulho da água se movendo a cada impulso
que fazíamos juntos para buscar mais conexão um com o outro.
A porra daquela vibração não demorou a nos levar ao limite
e, quando Sophia esfregou seu clitóris no vibrador, sua boceta se
perdeu em espasmos. Seu corpo se contraiu sobre o meu e meu
nome escapou dos seus lábios em um grito que ecoou nos quatro
cantos daquele cômodo.
Eu nem tentei me controlar, gozei duro, beijando a boca que
era minha. Segurando o corpo gostoso que era só meu.
A mulher incrível que era toda minha.
VINTE E NOVE
SOPHIA GARCÍA
— Fruta?!
A pergunta de Bradshaw ecoou na sala extensa do meu
apartamento, seguida pela gargalhada cética de Chuck, que
também observava Liz de pé diante de quatro Herdeiros de Nova
Iorque, com um dedo em riste e ostentando o barrigão de nove
meses que ela já dizia não aguentar mais.
— Filho da fruta? — Blake se certificou, também sem
acreditar.
— Sim! — foi Sophia a responder, abraçando Emy, que
estava sentada em seu colo. — Vocês cinco precisam aprender a
controlar suas bocas sujas perto da Emy e da Ji-Na. E quanto mais
rápido começarem a treinar, melhor.
Foi minha vez de rir. Pontadas de dor reverberaram pelas
costelas, por causa das fraturas que ainda estavam em processo de
cura, mas não consegui me conter.
— Vocês não estão falando sério — respondi, meneando a
cabeça em negativa. — Filho da fruta?
— Não é tão difícil — Bruce disse, então deu de ombros. —
Eu já me acostumei.
Bradshaw gargalhou e se ergueu para abraçar Liz pelas
costas. Depositou um beijo no topo de sua cabeça e sussurrou algo
no ouvido dela, que apenas sorriu e acenou em resposta. Dois
bobos apaixonados. Às vezes me irritava pensar que esse infeliz
estava com minha irmã, mas a maior parte do tempo, ao menos nos
últimos meses, eu me sentia aliviado. Ninguém cuidaria da Liz nem
a amaria mais do que esse filho da puta.
— Vocês vão nos dar uma lista com versões alternativas de
palavrões pra usarmos na frente das crianças? — Blake perguntou,
chamando minha atenção de volta para a conversa.
Liz, Sophia e Emma responderam com acenos simultâneos.
— E se não fizermos isso? — Chuck provocou, recostando-
se ao meu sofá, com seu habitual sorriso sarcástico. Apesar de essa
sua postura ser irritante, foi bom vê-lo assumi-la novamente. E sorrir
assim. Ele havia ficado dias puto, tenso e irritado com a busca por
Alexander, e acho que só agora, dias depois de entregá-lo à polícia,
é que voltava a ser ele mesmo.
Era um filho da puta implacável, mas leal. E acho que eu
estaria em dívida eterna com ele e Blake. Com todos os meus
amigos, na verdade. Eles tinham não apenas cuidado da minha
proteção e da minha família nos meus dias de recuperação, mas
tinham se mobilizado para garantir que a ameaça contra mim fosse
extinguida, que Alexander e o noivo de Sarah fossem expulsos do
Conselho e indiciados por seus crimes na administração do Grupo.
E a despeito da punição que eu havia recebido semanas atrás, e do
fato de que estava de licença para me recuperar, como vice-
presidente do Conselho, quem assumiria a cadeira da presidência
seria eu.
E eu devia isso a eles. Aos meus irmãos.
— Vão fazer, sim — nonna garantiu, se aproximando com
mamãe, ambas segurando bandejas com suco e pizzas. Sophia se
ergueu para ajudá-las. — Precisam começar a treinar para quando
tiverem seus filhos.
Chuck e Blake riram de suas palavras, Bruce se limitou a um
sorriso antes de levar Emma para seu colo e abraçá-la. Tudo o que
consegui fazer foi encarar Sophia distraída com mamãe. Há anos eu
não pensava na possibilidade de ser pai. Achei que não confiaria em
alguém de novo a ponto de me casar, que dirá para ter um filho.
Mas ali estava eu, casado, louco pela bruxinha que vinha em
minha direção nesse momento, trazendo suco para mim. Exibindo o
sorriso mais lindo do universo.
Sophia e eu ainda não havíamos conversado sobre ter filhos,
ainda estávamos nos acomodando ao casamento e à minha
recuperação. Ela nunca me disse se desejava ser mãe, mas se
quisesse, eu adoraria, porra. Adoraria ter filhos com essa mulher.
Seria o homem mais feliz e sortudo do mundo se isso um dia
acontecesse.
Peguei o suco que Sophia me ofereceu e a trouxe para se
sentar ao meu lado no sofá. Entrelacei nossas mãos e ela sorriu,
antes de se inclinar para beijar meus lábios e voltar sua atenção
para o centro da sala, onde nonna argumentava com Chuck.
— Concordem logo. Vocês vão precisar ser bons tios pra
minha filha — Bradshaw disse. — Isso incluirá tratá-la como uma
princesa, socar todos os infelizes que não o fizerem e não
envenenar a mente dela com as palavras sujas que têm nas suas.
Blake meneou a cabeça em negativa ao ouvir aquelas
palavras. Trocamos um olhar e não consegui evitar o sorriso.
— Okay. Vou aderir a essa mer… — interrompi minhas
próprias palavras e o palavrão pela metade só serviu para fazer
mamãe e Emy rirem. — Vou fazer isso.
Sophia voltou seu olhar para mim.
— Vou monitorar você, Caldwell — avisou, então diminuiu
sua voz alguns decibéis antes de sussurrar em meu ouvido: — E
descobrir uma boa punição para toda vez que você cometer um
deslize.
Sorri, meus olhos presos ao brilho travesso que havia nos
seus, à felicidade que me parecia tão presente neles desde que
voltamos para casa, ela era a mesma que eu via em seus orbes
negros todos os dias que acordava Sophia com beijos em seu
pescoço e ombros, a mesma que ficava estampada em seu
semblante quando me contava que havia alcançado alguma meta
em seu blog ou angariado algum novo benfeitor para a ONG.
Era a felicidade que Sophia não tinha reservas em
compartilhar comigo hoje.
Quando eu lembrava do medo que senti ao vê-la sangrando
naquele carro, do terror que sua ausência no quarto de hospital me
causou quando acordei nele e não a vi, eu entendia por que a mera
possibilidade de tê-la perdido naquele acidente tinha feito com que
minha mente preferisse me desligar de tudo.
Depois de ter Sophia, uma vida sem o seu sorriso e olhos
brilhantes seria insuportável demais para ser vivida.
Beijei sua boca suavemente e ergui sua mão entrelaçada à
minha para beijar a aliança em seu dedo. Aquela que eu esperava
que ela aceitasse trocar em breve.
Sophia se ergueu para ir mostrar Alfredo e Hefesto para Emy
e a acompanhei com o olhar enquanto o pensamento que não
desgrudava da minha mente há dias retornava. Não perdi o
momento que ela cutucou Emma e Liz para a seguirem escada
acima, tampouco as risadinhas cúmplices que elas trocaram quando
saíram juntas, mas ignorei isso para focar no que eu precisava
planejar.
— Tudo bem, querido? — mamãe perguntou, certamente
preocupada com o meu silêncio repentino. Ela se sentou ao meu
lado e se inclinou para observar a bota imobilizadora que tinha sido
colocada em meu pé antes de eu receber alta do hospital. — Está
sentindo alguma dor?
Acenei em negativa.
— Não, senhora Caldwell. — Envolvi-a com um braço e a
trouxe para perto, para conseguir depositar um beijo no topo de sua
cabeça. — Estou pensando numa coisa que quero fazer.
Ela me encarou com curiosidade.
— E eu posso saber que coisa seria essa?
Sorri.
— Só se estiver disposta a me ajudar.
Mamãe riu e aproveitei que estavam todos distraídos para
contar a ela o que estava planejando. Em algum momento, chamei
também nonna e Bruce e fiz o mesmo. O infeliz tinha doutorado em
fazer coisas bregas e românticas para sua mulher e nonna era
proprietária de um dos restaurantes românticos mais requisitados de
Nova Iorque. Era expert em proporcionar os melhores pedidos de
casamento nele.
E pelo jeito que os olhos daqueles dois brilharam quando
comecei a falar, tive certeza de que pedir sua ajuda fora a melhor
coisa que eu poderia ter feito.
Você já chegou?
Aviso:
Só leia se quiser saber mais sobre outros personagens desta
história. Este capítulo termina com um gancho.
LIAM CALDWELL
Você encontra: segunda chance, Found Family, romance com bilionário, grumpy &
sunshine, cicatrizes emocionais, hot de milhões.
Leia aqui!
[1]
Grupos musicais mexicanos que interpretam músicas populares do gênero também
conhecido como Mariachi.
[2]
Bairro de Manhattan conhecido por abrigar butiques de grifes nacionais e internacionais,
além de lojas luxuosas, galerias de arte e bares superbadalados.
[3]
Sim… eu amo você, meu babaca estúpido.
[4]
Eu amo você, bruxinha.