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Mônica Granuzzo

Mônica Granuzzo Lopes Pereira era uma adolescente de 14 anos. Ela conheceu o modelo Ricardo Peixoto Sampaio, de 21 anos,
na danceteria “Mamão com açúcar”, no Rio de Janeiro. No dia seguinte, a jovem aceitou o convite de Ricardo para sair. Com a
desculpa de que iria buscar um casaco no apartamento, ele convenceu Mônica a subir com ele até lá. Acreditando que o modelo
morava com os pais, a garota entrou no apartamento e ali foi surpreendida pela violência do rapaz. Ricardo tentou estuprar Mônica. Como ela
resistiu, ele a espancou. Ninguém sabe com precisão o que aconteceu depois disso. Ricardo alegou que a menina tinha se jogado da varanda.
Outra versão dizia que ela teria caído ao tentar fugir de seu agressor. A conclusão final foi a de que, ao ser agredida e verse diante do estupro que
estava prestes a ocorrer, Mônica tentou pular na varanda do apartamento vizinho e caiu do sétimo andar do prédio. Assim, no dia 16 de junho de
1985, Mônica Granuzzo entrava para a triste estatística de casos de mulheres e meninas mortas por homens em quem elas confiaram. Após a
queda da garota, Ricardo procurou dois amigos, Renato Orlando Costa e Alfredo Erasmo Patti do Amaral, e pediu ajuda para se livrar do
cadáver. O corpo de Mônica Granuzzo foi encontrado em uma ribanceira na Tijuca no dia 17 de junho. A mãe da garota falou sobre Ricardo com
a polícia e entregou o seu endereço. Assim, ele e seus amigos foram presos e o caso ganhou uma imensa repercussão na imprensa. A perícia
constatou as agressões sofridas pela jovem, mas Ricardo continuou dizendo que ela havia se jogado. Sua nova justificativa para o que aconteceu
foi dizer que ele tinha descoberto que Mônica era uma travesti. Em 1986, chegou-se à conclusão final de que a adolescente realmente tinha caído
ao tentar fugir do rapaz que a havia agredido e tentava violentá-la. Ricardo era, portanto, o responsável pela morte da jovem. Conforme o laudo
do legista, Mônica ainda era virgem, desse modo, a idéia de que o recato a teria levado a fugir do homem que tentava violentá-la sexualmente
tornou ainda maior a repercussão em torno do crime. Um ano e meio após a sua prisão, Ricardo conseguiu um habeas corpus, podendo responder
ao processo em liberdade. Em 1988, ele foi preso novamente e, em 1990, Ricardo, Alfredo e Renato foram a júri popular. Os dois cúmplices
foram condenados a um ano e meio por ocultação de cadáver, entretanto, conseguiram o direito de cumprir a pena em liberdade. Ricardo foi
condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de Mônica. Após cumprir 8 anos e três meses, ele conseguiu a liberdade condicional.

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