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Trabalho de

Língua
Portuguesa
Mulheres que inspiram – Biografia
Participantes
Fabíola da Silva Queiroga
Kallyne Lohany Ferreira dos Santos
Moab Erick de Oliveira
Mulheres que inspiram

No mundo da história, encontramos mulheres que nos inspiram como


pequenos faróis em meio a um vasto oceano. Seus feitos e conquistas
brilham como luzes de esperança, guiando e encorajando aqueles que
buscam trilhar caminhos de superação e sucesso. Em cada parte deste
livro de histórias incríveis, vemos o poder transformador das mulheres,
que desafiam limites, quebram paradigmas e inspiram mudanças em
nossas vidas e na sociedade.
Hoje, estamos honrados em apresentar a biografia de uma
mulher extraordinária, cuja vida e legado continuam a
inspirar pessoas ao redor do mundo.
Maria da Penha
ícone na luta contra a violência
doméstica no Brasil, cuja história de
resiliência e busca por justiça inspira
pessoas em todo o mundo
Quem é Maria da Penha?

Maria da Penha Maia Fernandes é farmacêutica bioquímica e se formou


na Faculdade de Farmácia e Bioquímica da Universidade Federal do
Ceará em 1966, concluindo o seu mestrado em Parasitologia em
Análises Clínicas na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da
Universidade de São Paulo em 1977.
O início

Maria da Penha conheceu na universidade o seu


parceiro Marco Antonio Heredia Viveros, um colombiano
radicado no Brasil, em 1974. Ainda nesse ano o casal
começou a namorar. Dois anos mais tarde, eles se
casaram. O casamento aconteceu em 1976. Após o
nascimento da primeira filha e da finalização do
mestrado de Maria da Penha, eles se mudaram para
Fortaleza, onde nasceram as outras duas filhas do casal.

Foi a partir desse momento que essa história mudou.


Verdadeira personalidade
O comportamento de seu parceiro começou a
“mudar” quando ele conseguiu a cidadania
brasileira e se estabilizou profissional e
economicamente. Agia sempre com
intolerância, exaltava-se com facilidade e tinha
comportamentos explosivos não só com a
esposa mas também com as próprias filhas.

O medo constante, a tensão diária e as atitudes


violentas tornaram-se cada vez mais
frequentes.
O crime

NO ANO DE 1983, Maria da Penha foi vítima de dupla tentativa de feminicídio por parte de seu
marido.

Primeiro, ele deu um tiro em suas costas enquanto ela dormia. Como resultado dessa agressão,
Maria da Penha ficou paraplégica devido a lesões irreversíveis, constam-se ainda outras
complicações físicas e traumas psicológicos.

No entanto, Marco Antonio declarou à polícia que tudo não havia passado de uma tentativa de
assalto, versão que foi posteriormente desmentida pela perícia. Quatro meses depois, quando
Maria da Penha voltou para casa – após duas cirurgias, internações e tratamentos –, ele a
manteve em cárcere privado durante 15 dias e tentou eletrocutá-la durante o banho.
Descobertas

Maria da Penha sobreviveu às manobras do ex-marido ao juntar os detalhes de


um plano elaborado: ele tentou evitar a investigação do assalto, coagiu Maria a
revisar uma procura, inventou histórias sobre a perda do carro do casal, possuía
cópias autenticadas dos documentos dela e mantinha uma amante. Com o apoio
jurídico da família e amigos, Maria conseguiu sair de casa sem abandoná-la,
evitando o risco de perder a guarda de suas filhas.
Falhas no poder

Após o crime cometido contra ela, Maria da Penha enfrentou uma


nova violência por parte do sistema judiciário. O primeiro
julgamento de Marco Antonio ocorreu em 1991, oito anos após o
crime, resultando em uma sentença de 15 anos de prisão. No entanto,
devido a recursos da defesa, ele permaneceu em liberdade. O
segundo julgamento aconteceu em 1996, condenando o ex-marido a
10 anos e 6 meses de prisão, mas novamente a sentença não foi
cumprida devido a alegações de irregularidades processuais pela
defesa.
Luta por justiça

- Em 1998, o caso de Maria da Penha ganhou dimensão internacional quando ela, junto
com o Centro para a Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino-
americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), denunciaram o
caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados
Americanos (CIDH/OEA).
Luta por justiça

Mesmo com a denúncia internacional, o Estado brasileiro permaneceu omisso e não se pronunciou
durante o processo, apesar das violações de direitos humanos e deveres protegidos por documentos
internacionais assinados pelo próprio Estado.

Em 2001, após receber quatro ofícios da CIDH/OEA entre 1998 e 2001 sem responder às
denúncias, o Estado brasileiro foi responsabilizado por negligência, omissão e tolerância em
relação à violência doméstica praticada contra as mulheres brasileiras.
A história de Maria da Penha significava mais do que um
caso isolado: era um exemplo do que acontecia no Brasil
sistematicamente sem que os agressores fossem punidos.
Surgimento da lei

Em 2002, diante da necessidade de abordar o caso de Maria da Penha como uma violência de
gênero, um consórcio de ONGs feministas, incluindo CFEMEA, ADVOCACI, AGENDE,
CEPIA, CLADEM/BR e THEMIS, juntamente com especialistas no tema, iniciou a elaboração de
uma lei para combater a violência doméstica e familiar contra a mulher.

Após extensos debates com o Legislativo, Executivo e sociedade, o Projeto de Lei nº 4.559/2004
da Câmara dos Deputados foi aprovado por unanimidade tanto na Câmara quanto no Senado,
culminando na sanção da Lei nº 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, em 7 de agosto de
2006, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Maria da Penha inspira pessoas ao redor do mundo por
sua coragem, determinação e persistência na luta
contra a violência doméstica e pela proteção dos
direitos das mulheres. Sua história é um testemunho
vivo do poder de transformação que uma pessoa pode
exercer ao enfrentar desafios e adversidades com
resiliência.
Obrigado pela
atenção.
Fontes

https://www.institutomariadapenha.org.br/quem-e-maria-da- penha.html
https://www.ebiografia.com/maria_da_penha/
https://warren.com.br/magazine/maria-da-penha/

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