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OS 6 PAÍSES QUE MAIS PRODUZIRAM SERIAL KILLERS NA

HISTÓRIA

Assassinatos em série não são exatamente uma novidade mundial nos tempos
atuais. O Brasil, por exemplo, aparece em 14º na lista de países que mais
produziram serial killers ao longo da história, tendo um total de 27 criminosos
categorizados nesse tipo de crime. Casos como o “Vampiro de Niterói” ou o de
“Chico Picadinho” ainda assombram o imaginário brasileiro.

Porém, nós ainda não estamos nem perto de chegar no topo dessa lista — que
nós já adiantamos ter um abismo bem grande na primeira colocação. Afinal,
quais são os países no mundo que mais vivenciaram os horrores de massacres
brutais? Veja só quem ocupa as primeiras seis posições.

6. Japão

(Fonte: Internet/Reprodução

Na sexta posição desse ranking, o Japão aparece com 96 serial killers ao longo
da sua história — uma taxa de 0,08 por 100 mil habitantes. O caso de Tsutomu
Miyazaki, também chamado de “O Monstro de Saitama”, é um dos exemplos
que chegaram na grande mídia.

Nascido com deformidades nos braços, Miyazaki era técnico de fotografia e


colecionador de revistas de mangá. Ficou conhecido por matar e mutilar quatro
meninas, de 4 a 7 anos, entre 1988 e 1989. Em 2008, o criminoso foi morto em
uma execução por enforcamento.
5. Itália

(Fonte: Internet/Reprodução)

A Itália aparece em seguida na lista com 97 assassinos em série entre a sua


população. O caso mais marcante talvez seja o de Donato Bilancia, que morreu
de covid-19 na prisão de Due Palazzi no ano passado. Ele foi responsável por
matar 17 pessoas — nove mulheres e oito homens — entre outubro de 1997 e
maio de 1998.

Bilancia chegou a ser sentenciado a 13 prisões perpétuas, sem possibilidade


de libertação. Segundo ele, as mortes ocorreram porque adquiriu o “gosto por
matar”.

4. Canadá
(Fonte: Internet/Reprodução)

Com 106 serial killers, o Canadá ocupa a quarta posição da lista. O caso mais
famoso no país talvez seja do fazendeiro de porcos Robert Pickton,
responsável pelo homicídio de seis mulheres em Vancouver. Chegou a ser
acusado pela morte de outras 20 vítimas, mas estas acusações foram retiradas
da sentença.

No dia de seu julgamento em 2007, foi relevado que Pickton teria dito a um
policial à paisana que gostaria de ter matado mais uma mulher para chegar ao
número exato de 50 mortes. Suas vítimas eram principalmente prostitutas, que
eram esquartejadas após a morte.

3. África do Sul
(Fonte: Internet/Reprodução)

O terceiro lugar, com 117 serial killers, fica com a África do Sul. Cedrik Maake,
o “Assassino de Wemmer Pan”, é um caso sempre lembrado e que chocou a
imprensa. Entre 1996 e 1997, o criminoso teria matado pelo menos 27 pessoas
— existindo diversos padrões entre as vítimas.

Os principais alvos de Maake eram homens e mulheres que andavam


sozinhos, nos quais ele batia com pedras. Além disso, o assassino tinha o
costume de atacar casais em carros na área de Wemmer Pan, atirando nos
homens e violentando as mulheres.

2. Inglaterra
(Fonte: Internet/Reprodução)

Existem registros para 166 assassinos em série na Inglaterra ao longo da


história. Um exemplo desses casos é o de Harold Shipman, um clínico geral
que ficou conhecido como o assassino mais prolífico da história moderna.
Shipman, apesar de acusado pela morte de 15 pessoas sob seus cuidados,
teria matado 250 pessoas.

Sentenciado à prisão perpétua, o assassino se enforcou em sua cela na prisão


de Wakefield em 2004, antes do seu aniversário de 58 anos.

1. Estados Unidos
(Fonte: Wikimedia Commons)

Com inacreditáveis 3.204 casos de serial killers, os Estados Unidos


apresentam uma taxa de quase 1 desses criminosos a cada 100 mil habitantes.
Exemplos extremamente difundidos pela mídia não são o que faltam na história
do país. Alguns casos que podemos lembrar são os de Ed Kemper, Ted Bundy
e Samuel Little.

Outro caso muito relevante é o de Charles Manson, que, apesar de não ter
oficialmente matado ninguém, liderou uma seita que cometeu uma série de
assassinatos em quatro locais da Califórnia em 1969 — entre eles o da atriz
Sharon Tate.

OS 6 PAÍSES QUE MAIS PRODUZIRAM SERIAL KILLERS NA


HISTÓRIA

Lançada em 2017, a série "Mindhunter" conta a história de dois agentes do FBI


inspirados em pessoas reais: John E. Douglas e Robert Ressler, que ajudaram
a cunhar o termo serial killler na década de 1940.

A dupla deu os primeiros passos na criação de um método de análise de


comportamento para chegar até esses criminosos, os assassinos em série.
Isso não aconteceu nos Estados Unidos por acaso: o país tem o maior número
de assassinos do tipo, quase 19 vezes mais do que o segundo colocado da
lista, segundo o World Atlas. De acordo com o site, os norte-americanos
concentram 2.743 serial killers — o equivalente a quase 70% do total no mundo
inteiro —, enquanto a Inglaterra tem 143 e a África do Sul, 112.

Mas, quantos deles ainda estão à solta? O jornalista investigativo Thomas


Hargrove, fundador do projeto Murder Accountability [Responsabilidade por
Homicídio, em tradução livre], conta que pelo menos 2 mil serial
killers continuam em liberdade nos Estados Unidos, dos quais se estima que
cerca de 30 ainda estejam ativos.

Hargrove chegou a esse número com base no banco de dados do FBI, a partir
de uma estimativa levando em consideração os casos de assassinatos ligados
por DNA, incluindo na conta também uma porcentagem de casos não
reportados à agência de investigações norte-americana.

Mistérios não resolvidos


Existem atualmente chocantes 220 mil casos de homicídios não resolvidos nos
Estados Unidos desde a década de 1980, de acordo com ele, graças
principalmente à falta de recursos — financeiros e de pessoal — para
investigar mais a fundo cada ocorrência.

Além disso, há uma série de outros fatores que podem contribuir para que
tantos deles continuem à solta — uma delas é o que ele chama de "cegueira
de ligação".

Nem sempre existe um diálogo entre um detetive investigando um caso e outro


trabalhando em uma morte por motivos similares, que pode ter acontecido em
outra jurisdição. Isso faz com que, em muitas ocasiões, os crimes nunca sejam
conectados e não se descubra que se trata de um mesmo criminoso.

Ao menos recentemente, diferentes tipos de tecnologias vêm sendo utilizadas


para tentar contribuir nessa busca, seja por meio de inteligência artificial ou da
utilização de bancos de dados de DNA, como a que levou à prisão do famoso
Assassino do Skate Dourado, neste ano.

O problema é que a tecnologia custa caro, e pessoas para operá-las envolvem


mais dinheiro ainda, e isso dificulta uma evolução significativa — até porque as
inovações também chegam aos próprios criminosos, que evoluem ainda seu
conhecimento e sua forma de driblar as prisões.

Os Estados Unidos são o país com o maior número de casos conhecidos de serial
killers. Estima-se que, em média, 67% dos assassinos em série são dos EUA

Qual a porcentagem de serial killer no mundo?


Desde 1900, são 3.613 – ou 67% de todos os casos globais.11 de out. de 2022
Os Estados Unidos são o país com o maior número de serial killers no mundo —
mais de 3.204 criminosos, o equivalente a quase 70% do total de assassinos em
série conhecidos. Embora o Brasil esteja muito longe desse número, criminosos
conhecidos dessa categoria já aterrorizaram o país e, até hoje, despertam a
curiosidade dos fãs brasileiros de true crime. A seguir, conheça alguns dos mais
emblemáticos serial killers do Brasil.

1. Chico Picadinho

Em 1966, Francisco Costa Rocha assassinou e esquartejou Margareth Suida, uma


bailarina austríaca de 38 anos. Depois de cometer o crime, ele adormeceu no sofá
e, na manhã seguinte, contou o ocorrido para o seu colega de quarto. O amigo
ligou para a polícia e, no dia 5 de agosto de 1966, Chico foi preso.

Dez anos depois, ele voltou a matar. Dessa vez, a vítima foi Ângela Silva, de 34
anos. Para se livrar da mulher, o assassino esquartejou seu corpo usando uma
faca, um canivete e um serrote. Pouco tempo depois do crime, Chico foi preso
novamente.

Após o segundo assassinato, ele foi diagnosticado como psicopata e condenado a


22 anos e 6 meses de reclusão. Hoje, Chico Picadinho vive em um hospital
psiquiátrico.

Saiba mais sobre o caso no episódio #97 do podcast Modus Operandi.

2. O Maníaco do Parque

Um dos serial killers mais famosos do país, o motoboy Francisco de Assis Pereira
assassinou onze mulheres e estuprou outras nove na década de 1990. O
seu modus operandi consistia em abordar mulheres com promessas de emprego.
As vítimas eram, então, atraídas para o interior do Parque do Estado, em São
Paulo, onde eram atacadas. Quando foi preso, Francisco confessou ter matado
mais de onze mulheres, mas negou os estupros.

Apesar de ser um assassino condenado, Francisco recebeu diversas cartas de


amor na prisão. Várias mulheres apaixonadas escreviam para ele com pedidos de
casamento — e um deles até foi aceito. Em 2002, um dos criminosos mais
famosos do país se casou com uma remetente de Santa Catarina.

Condenado oficialmente por nove estupros e sete assassinatos, ele cumpre pena
na penitenciária de Iaras, em São Paulo, e deve ser solto em 2028.

Saiba mais sobre o caso no episódio #48 do podcast Modus Operandi.

3. O Vampiro de Niterói

Em 1991, um menino de apenas seis anos chamado Ivan foi encontrado morto em
um esgoto. Logo após o início da investigação, Marcelo Costa de Andrade não
apenas assumiu a autoria do assassinato, como também confessou ter matado
outras treze crianças em um período de oito meses.

Ao ser preso, Marcelo disse estar impressionado com a lentidão da polícia em


encontrá-lo e deu detalhes dos crimes. Além de matar, ele relatou que abusava
sexualmente dos corpos e que chegou a armazenar o sangue de sua segunda
vítima para bebê-lo depois — o que o deixou conhecido como Vampiro de Niterói.

Marcelo foi considerado inimputável pela justiça, isto é, incapaz de entender o


caráter ilícito dos crimes que cometeu, devido a problemas neurológicos. Por isso,
o Vampiro de Niterói foi encaminhado para um hospital psiquiátrico, onde está
internado até hoje, aos 55 anos.

Saiba mais sobre o caso no episódio #28 do podcast Modus Operandi.

4. Maníaco da Cruz

Em 2008, Dyonathan Celestrino assassinou três pessoas na pequena cidade de


Rio Brilhante, no Mato Grosso do Sul. Com apenas dezesseis anos na época, ele
ficou conhecido por colocar o corpo das vítimas em posição de cruz. A polícia
conseguiu encontrar o jovem depois que uma mensagem sua foi identificada no
perfil do Orkut de uma das vítimas.

Diagnosticado como portador de transtorno de personalidade antissocial e


homicida em série, Dyonathan foi preso seis dias depois de cometer seu último
assassinato e hoje, aos 29 anos, cumpre pena no Instituto Penal de Campo
Grande.

Saiba mais sobre o caso no episódio #61 do podcast Modus Operandi.

O UNIVERSO DARK DE FÃ PARA FÃ









CRIME SCENE • LISTAS
CONHEÇA OS 6 SERIAL
KILLERS MAIS LETAIS DO
MUNDO MODERNO
Número de vítimas permanece um mistério
26/01/2022

Se você é fã do selo Crime Scene® já deve estar familiarizado


com alguns nomes de assassinos em série: Ted
Bundy, BTK, John Wayne Gacy, H. H. Holmes e Gary
Heidnik, por exemplo. Porém, apesar de famosos, estes serial
killers estão longe de figurar entre os mais letais.
LEIA TAMBÉM: 5 SERIAL KILLERS ESTUDADOS POR
ROBERT K. RESSLER
Saber o número total de vítimas de um assassino deste tipo não
é uma tarefa simples, até mesmo daqueles que
foram identificados e julgados. Também é bem possível que a
identidade do serial killer mais letal seja desconhecida. Alguns
métodos de tirar a vida de alguém são tão sorrateiros que o ato
nem sempre é encarado como assassinato.
Um exemplo é o dr. Harold Shipman, um médico inglês que
matava seus pacientes durante a assistência em saúde. Ele
chegou a ser condenado por quinze mortes, mas quantas outras
podem ter ocorrido e a causa ter sido atribuída a algum fator
clínico?
Desconsiderando este tipo de assassino e levando em conta o
número de vítimas identificadas, descobrimos quais são os
serial killers mais letais do mundo moderno:

1. Luis Garavito
Número conhecido de vítimas: 138
Possível número total de vítimas: mais de 300
Também conhecido como “A Besta”, Luis Garavito fez
vítimas na Colômbia, no Equador e na Venezuela entre 1992
e 1999. Além de matar pessoas, ele também abusava e
estuprava crianças e cometia necrofilia. Suas vítimas eram
crianças e pré-adolescentes, principalmente garotos, que tinham
entre 6 e 13 anos de idade e viviam em situação de
vulnerabilidade social.

Reprodução / topalermo.com

Para atraí-los, Garavito costumava oferecer presentes,


dinheiro, doces ou propostas de trabalho. Além disso, ele se
disfarçava de padre, fazendeiro, mendigo, vendedor ambulante,
traficante, professor, entre outras possibilidades para dificultar
sua identificação.
Em abril de 1999 foi preso sob acusações de tentativa de
estupro, mas meses de interrogatório o ligaram ao elevado
número de crianças desaparecidas. Ele confessou o assassinato
de 138 crianças e foi acusado de 172 mortes, no total. Sua
sentença soma 1.853 anos de prisão, a mais longa em toda a
história da Colômbia.
2. Pedro López
Número conhecido de vítimas: 110
Possível número total de vítimas: mais de 300
Também da Colômbia, Pedro López foi apelidado de
“Monstro dos Andes” e cometeu seus crimes no Peru e no
Equador, além do próprio país. Ele atuou entre 1969 e 1979,
período no qual matou centenas de vítimas, segundo ele
próprio, embora tenha sido acusado por 110 assassinatos.
Créditos: Wikimedia Commons

Seu alvo eram meninas entre 8 e 12 anos de idade, que ele


estuprava e matava. López foi preso em 1980 no Equador e
confessou seus crimes no país. Depois disso confessou os
assassinatos no Peru e na Colômbia, alegando ter feito mais de
300 vítimas.
Segundo um documentário biográfico da A&E, em 1994 ele foi
solto de sua sentença no Equador por bom comportamento,
porém, foi detido por imigrar ilegalmente para a Colômbia,
onde ele também foi preso por assassinato. López foi mantido
em uma instituição psiquiátrica até 1998 por ter sido
considerado insano. Porém, naquele ano uma nova avaliação o
considerou são, o que lhe rendeu liberdade com algumas
condições. Só que Pedro López fugiu. Desde 2002 ele é
procurado pela polícia por ter cometido um novo assassinato.
Até 2021 seu paradeiro permanece desconhecido.
3. Javed Iqbal
Número conhecido de vítimas: 100
Possível número total de vítimas: 100
Ativo entre 1998 e 1999, estes dois anos foram suficientes
para Javed Iqbal fazer uma quantidade expressiva de vítimas:
foram aproximadamente 100 meninos e jovens mortos por ele.
O alvo do serial killer eram garotos que moravam nas ruas e
tinham entre 6 e 16 anos, de quem ele abusou sexualmente,
estrangulou, esquartejou e dissolveu seus corpos em ácido
para esconder as evidências.

Reprodução / buggedspace.com

Iqbal foi capturado em 1999 após ter enviado uma carta para a
polícia e outra ao jornal local confessando o assassinato destes
100 meninos. Ele foi sentenciado à morte pelos mesmos
meios que matou suas vítimas: estrangulado, esquartejado em
100 pedaços e colocado em ácido. Porém, a execução nunca se
concretizou pois ele cometeu suicídio enquanto estava detido.
4. Mikhail Popkov
Número conhecido de vítimas: 78
Possível número de vítimas: 83 ou mais
Chamado de “Lobisomem” ou “Maníaco de
Angarsk”, Mikhail Popkov está entre os serial killers mais
letais da Rússia de todos os tempos. Ele cometeu seus crimes
entre 1992 e 2010, quando estuprou e matou dezenas de
mulheres – a maioria delas prostitutas ou jovens embriagadas.
Créditos: Anton Klimov/AFP

Popkov chegou a trabalhar como policial e segurança


privado. A busca policial pelo assassino começou na metade
dos anos 1990, quando perceberam o padrão de seus crimes. Ele
foi capturado graças a testes de DNA feitos em mais de três
mil policiais e ex-policiais.
O assassino foi condenado à prisão perpétua em 2015 pelo
assassinato de 22 pessoas e duas tentativas de homicídio. Dois
anos depois, ele confessou mais 59 assassinatos e foi
sentenciado a uma nova pena de prisão perpétua. Em 2020 ele
confessou ter matado mais duas pessoas, elevando o número
total para 83 – cinco das quais não chegou a ser condenado por
falta de evidências.
5. Daniel Camargo Barbosa
Número conhecido de vítimas: 72
Possível número total de vítimas: 180
Com crimes cometidos na Colômbia e no Equador, e até uma
passagem pelo Brasil, Daniel Camargo
Barbosa possivelmente matou 180 meninas entre os anos de
1974 e 1986, embora só tenha sido formalmente condenado
por 72. Seus crimes começaram com o sequestro e abuso de
garotas, que ele praticava tendo a esposa como cúmplice e foi
condenado a penas menores.
Reprodução / Superinteressante

Em 1973 ele foi detido no Brasil por não possuir


documentos e deportado para a Colômbia – como estava sob
uma falsa identidade e as autoridades colombianas demoraram a
localizar sua ficha, seguiu em liberdade, o que permitiu que
cometesse seus primeiros assassinatos. Ele foi preso em 1974
e enviado à penitenciária na ilha de Gorgona, conhecida
como a “Alcatraz colombiana”, onde deveria cumprir 25 anos
de detenção.
Porém, em 1984 ele fugiu em um barco bem rudimentar, após
estudar as correntes marítimas da região. As autoridades
acreditavam que ele havia morrido na fuga e os jornais
chegaram a noticiar que ele teria sido devorado por tubarões. Só
que naquele mesmo ano ele reapareceu no Equador, onde
voltou a cometer seus crimes. Em 1986 ele foi capturado pela
polícia, confessou ter assassinado 72 garotas e foi sentenciado a
16 anos de prisão. Em 1994 ele foi morto na cadeia pelo
sobrinho de uma de suas vítimas.
6. Pedro Rodrigues Filho
Número conhecido de vítimas: 71
Possível número total de vítimas: mais de 100
Conhecido como “Pedrinho Matador”, Pedro Rodrigues
Filho é o assassino em série brasileiro com o maior número
de vítimas que se tem notícia. Seu número total de assassinatos
deve passar de 100, segundo o próprio alega. O primeiro
homicídio cometido por ele foi do vice-prefeito de Alfenas
(MG), quando tinha apenas 14 anos.
Reprodução / O Globo

Boa parte dos homicídios cometidos por ele ocorreram na


prisão, incluindo a do próprio pai, que matou em vingança pelo
assassinato da mãe. Sua primeira prisão ocorreu quando ele
tinha 18 anos, o que o levou a passar a maior parte da vida
adulta atrás das grades. Em 2007 chegou a ser solto, após 34
anos de detenção, mas voltou a ser preso por outros crimes,
cometidos enquanto estava na cadeia. Desde 2018 ele está
solto e se diz arrependido dos crimes.
Ele é um dos assassinos listados no livro Arquivos Serial
Killers: Made in Brazil, de Ilana Casoy. Mais sobre estes
criminosos também pode ser conferido em Serial Killers:
Anatomia do Mal, de Harold Schechter, também publicado
pelo selo Crime Scene®.

Este banco de dados mostra que


serial killers estão em baixa desde os
anos 80
por

Julia Possa

publicado em

11 de outubro de 2022 @ 17:31


atualizado em

11 de outubro de 2022 @ 16:58

Imagem: Kylie Johnson/Unsplash/Reprodução

Não é só o Jeffrey Dahmer. Um levantamento da Universidade de Radford, nos EUA,


contou mais de 3 mil serial killers desde o ano de 1900. A “boa” notícia é que o pico de
assassinos em série foi na década de 1980, mas diminuiu consideravelmente desde
então.

Ao todo, há registro de 254 assassinos em série entre 1980 e 1989, enquanto na década
de 1990 foram 227. A principal redução foi no número de pessoas que assassinaram três
ou mais vítimas: em 1980, foram 104 serial killers, e 89 em 1990.

➜ Jornalista que entrevistou Jeffrey Dahmer revela motivo dele devorar vítimas➜ Polícia diz
que sites de genealogia ajudaram a encontrar serial killer procurado há 40 anos➜ Evan Peters, o
ator de Jeffrey Dahmer, já interpretou outros 4 psicopatas; confira
Entre 2010 e 2018, o último ano com dados atualizados, há registro de 43 serial killers
com duas ou mais vítimas. Pelo menos 23 assassinos mataram três ou mais pessoas.

O ano com maior número de vítimas é 1987, quando 404 pessoas foram mortas por
serial killers só nos EUA, o país com maior número de assassinos em série do mundo.
Desde 1900, são 3.613 – ou 67% de todos os casos globais.

Depois dos EUA está a Inglaterra, com 167 casos, o Japão (137), África do Sul (123),
Índia (121) e Canadá (119). Esses são os únicos países com mais de 100 assassinos em
série identificados no banco de dados.

O professor de psicologia forense Michael Aamodt criou o levantamento como uma


tarefa de aula nos idos dos anos 1990. O objetivo era criar um perfil dos assassinos,
incluindo uma linha do tempo dos crimes e história de vida.

A princípio, os dados ficavam em uma gaveta para serem atualizados no ano seguinte,
mas depois foram transferidos para um banco digitalizado e transformaram-se na mais
abrangente coletânea de informações de serial killers dos últimos anos.

A pesquisa usa a definição do FBI para assassinos em série: pessoas que mataram
ilegalmente duas ou mais vítimas em eventos separados.

O que pode estar por trás da redução


Os pesquisadores atribuem a queda no número de serial killers ao aumento da detecção
desses criminosos pela lei. Ou seja, assassinos em série com motivos financeiros tendem
a ter menos probabilidade de passar despercebidos ao tentar aplicar fraudes em seguros,
por exemplo.

Ou eles são pegos antes de atender à definição de assassino em série ou ficam fora das
estatísticas ao alegar que mataram por ganhos financeiros, exclusivamente.

Outro indício é que potenciais assassinos em série ficam mais tempo na cadeia. Desde
1950, 16,8% dos serial killers registrados no banco de dados mataram novamente depois
de serem liberados da prisão, apontou a equipe em relatório de 2020.
O número, combinado com o fato de que 79% dos serial killers dos EUA passaram
algum tempo na prisão antes do primeiro assassinato, apoia a relação entre sentenças
mais longas e diminuição nas mortes de serial killers.

O que também caiu foram as caronas – uma prática proibida nos EUA. “Diminuiu o
número de alvos de alto risco para assassinos em série”, diz o relatório. “Há menos
pessoas pedindo ou oferecendo carona e caminhando para a escola”.

Entre 1980 e 2017, as principais vítimas de assassinos em série eram raptadas quando
pediam caronas, sequestros em shopping centers, motoristas com alguma deficiência ou
“bons samaritanos” – pessoas que responderam a pedidos de ajuda dos criminosos.

Descobertas interessantes
Uma das descobertas mais significativas do levantamento é que, antes da década de
1930, até um terço dos serial killers eram mulheres. Essa porcentagem caiu ao longo dos
anos na comparação com os homens – em 1980, a fatia já ficava em 6%.

As mulheres eram mais propensas a usar veneno e ter ganhos financeiros como
motivação. Já os assassinos homens matavam por prazer e eram mais propensos a fazê-
lo com armas ou estrangulamento das vítimas.

Além disso, mulheres assassinas tendem a matar entes da família, enquanto homens
escolhem pessoas de fora do círculo familiar.

O banco de dados mostra que 1,8% dos serial killers masculinos comeram suas vítimas.
Nas mulheres, essa porcentagem é de 1,3%. Homens cometeram necrofilia em 3,4% dos
casos, enquanto apenas 0,4% das serial killers mulheres cometeram esse tipo de crime.

Outro fato inusitado é que 0,7% dos assassinos homens bebem o sangue de suas
vítimas, enquanto 0,4% das mulheres criminosas fazem o mesmo.

Número de serial killers caiu notavelmente desde a década de


1980
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 04 de Outubro de 2022 às 13h20
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Quasi Misha/Unsplash

O número de serial killers em ação tem diminuído desde os anos 1980, em que se
registrou a maior atividade. As informações vêm do principal banco de dados de serial
killers do mundo, projetado pelos pesquisadores da Radford University e da Florida
Gulf Coast University.

 Serial killers | Conheça 7 assassinos em série mais famosos do mundo


 Artigo sugere que psicopatia pode não ser um transtorno mental

Através desse banco de dados, é possível ver que os EUA são o país com o maior
número de serial killers registrados, com 3.613 desde o ano de 1900. Isso representa
67% do mundo. O próximo da lista é a Inglaterra, com 167. Japão (137), África do Sul
(123), Índia (121) e Canadá (119) são os únicos outros países onde houve mais de 100
assassinos em série identificados pelo banco de dados.

Desde o início dos dados em 1900, aproximadamente 11% dos serial killers eram
mulheres, e elas mais propensas a usar veneno e matar por ganho financeiro como
motivo principal. Os homens, por sua vez, eram mais propensos a matar para seu
próprio prazer, e mais propensos a fazer isso atirando ou estrangulando suas vítimas.

O banco de dados tem algumas outras informações perturbadoras, como: se o serial


killer comeu suas vítimas (cerca de 1,8% dos homens, em comparação com 1,3% das
mulheres), se ocorreu necrofilia (3,4% dos homens, contra 0,4% das mulheres) ou se
beberam o sangue de suas vítimas (0,7% dos homens e 0,4% das mulheres).

Número de serial killers em atividade cai desde os anos


1980
Número de serial killers caiu notavelmente desde a década de 1980 (Imagem: Luis
Villasmil/Unsplash)

Durante a década de 1980, havia 150 serial killers que mataram duas ou mais vítimas e
104 que mataram três ou mais vítimas. Houve um declínio acentuado desde então, com
138 assassinos em série que mataram duas ou mais vítimas na década de 1990 e 89 que
mataram três ou mais.

Entre 2010 e 2018 (o último ano com dados completos no banco de dados no momento
da última atualização), havia apenas 43 serial killers que mataram duas ou mais vítimas
e 23 que mataram três ou mais.

Os pesquisadores atribuem esse declínio a vários fatores: uma melhor detecção pela
aplicação da lei significa que serial killers com motivos financeiros têm menos
probabilidade de passar despercebidos e, portanto, são pegos antes de fazer mais
vítimas. Também houve um declínio na oportunidade para serial killers experientes e
potenciais que procuram sua primeira vítima, graças às políticas implantadas

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