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CENTRO UNIVERSITÁRIO CAMPO REAL


CURSO DE GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA

BIANCA RODRIGUES KOPHAL


JULIA DA ROCHA KINTOF
LETÍCIA REFFATTI
RAQUEL OLIVEIRA MOREIRA
MARIANE PACHECO DE LIMA

“SOBRE O AUTORITARISMO BRASILEIRO”: Uma reflexão do capítulo


“Violência”.

GUARAPUAVA
2023
BIANCA RODRIGUES KOPHAL
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JULIA DA ROCHA KINTOF


LETÍCIA REFFATTI
RAQUEL OLIVEIRA MOREIRA
MARIANE PACHECO DE LIMA

“SOBRE O AUTORITARISMO BRASILEIRO”: Uma reflexão do capítulo


“Violência”.

Trabalho avaliativo realizado no curso de


graduação em psicologia do Centro
Universitário Campo Real, como requisito
parcial para aprovação na disciplina de
Antropologia e Sociologia.

Orientador: Luis Eduardo Horst

GUARAPUAVA
2023
SUMÁRIO
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1. INTRODUÇÃO………………………………………………………………………3
2. VIOLÊNCIA URBANA E INSEGURANÇA………………………………………
3. VIOLENCIA NO CAMPO ….………………………………………………………

1. INTRODUÇÃO
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Baseando-se na leitura do capítulo do livro “Sobre o autoritarismo brasileiro”


de Lilia Moritz Schwarcz na matéria “Antropologia e Sociologia”, se espera refletir e
debater sobre o tema do parágrafo 6 do livro, chamado Violência. Nele é retratado
como é perceptível a violência no Brasil e os seus números com base em dados
estatísticos, qual os maiores motivos de tanta brutalidade no país, trazendo uma
reflexão do atual contexto de desigualdade socioeconômica que ocorre na
sociedade brasileira e suas consequências.
Através do capítulo, é iniciado com dados de assassinatos em massa de
adolescentes nas regiões, como mostra o seguinte trecho:
Notam-se, ainda, discrepâncias consideráveis no que se refere ao quesito
geração. A taxa de homicídios de jovens por 100 mil habitantes é pior do
que aquela que mencionamos acima: os 33590 jovens assassinados em
2016 representam um aumento de 7,4% em relação ao ano anterior. Se
levarmos em conta os “homens jovens”, de quinze a 29 anos, a taxa
nacional chega a 122,6 por 100 mil habitantes. Segundo dados do Atlas da
Violência, os homicídios respondem por 56,5% da causa de óbito de
homens entre quinze e dezenove anos. Em números absolutos, de 2006 a
2016, ou seja, no espaço de dez anos, 324967 jovens foram assassinados
no Brasil.
Baseando-se nisso, é possível notar a brutalidade que jovens sofrem
diariamente no país, demonstrando uma fragilidade na fiscalização e punição para
quem pratica tal ato de violência. Como uma breve apresentação trataremos sobre a
violência,
O que ela se trata?
A violência é um fenômeno complexo, que se refere à utilização da força, seja
de forma física,psicológica ou simbólica, com o intuito de causar danos, coagir ou
posicionar controle acima de outros indivíduos. Se manifesta de várias formas, como
a agressão física, abuso verbal, discriminaçao, intimidação e conflitos que envolvem
armas de fogo.
E infelizmente o Brasil é um país que é marcado por grandes fatos que se
tornaram memória em decorrência de ações de violência, tanto de agressões físicas,
quanto por agressões por arma de fogo. Alguns exemplos que temos foram os
acontecimentos que são lembrados como massacre.
Sendo eles o Massacre de Eldorado dos Carajás, que ocorreu em 17 de abril
de 1996, no qual 19 sem terras foram mortos e mais de 50 ficaram feridos em
decorrência de uma ação da polícia militar. E o massacre do Carandiru, que também
se caracteriza como chacina, foi uma ação da polícia que ocorreu em 2 de outubro
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de 1992, numa “tentativa” de “conter” uma rebelião de detentos na na penitenciária,


ação essa que resultou na morte 111 detentos.
Um ponto de fato importante no qual se deve concentrar nesses dois
exemplos, é o fator da forma com a qual a polícia tem a culpa por todos esses
homicídios, e todo o seu carácter violento que em maioria dos casos e contra
pessoas que têm as mais mínimas formas de defesa.
Para compreender e de certa forma combater a violência, é necessário a
análise das suas causas, fatores e seus efeitos, e é um tema que se faz relevante
para variadas áreas do conhecimento, como a sociologia, psicologia, criminologia e
a ciência política. Se faz necessário trazer à tona todas as formas de violência que
vemos, encontramos e muitas vezes vivenciamos em sociedade. Podemos citar, a
violência contra jovens, contra a mulher, contra a população LGBTQIA+, contra
pessoas negras, contra pessoas com deficiência,contra pessoas indígenas.Mas que
em nosso trabalho abordaremos de forma mais generalizada como a violência
urbana e inseguranças e a violência rural.

2. VIOLÊNCIA URBANA E INSEGURANÇA


O Brasil, possui em média, um grande número de mortes por assalto:
Segundo o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública,
Prisionais e sobre Drogas (Sinesp), a média anual de mortes em assaltos
com uso de arma de fogo chega a 1,7 mil. Já conforme o 11o Anuário do
Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o crime subiu 57,8% desde 2010.
São em média 2,5 mil registros ou sete casos por dia, resultando em 13,8
mil assassinatos praticados durante roubos. A mesma pesquisa mostrou
que, entre 2015 e 2017, os latrocínios aumentaram em dezenove estados
da União. Em 2014 um carro foi roubado a cada dois minutos e meio no
país, resultando num total de 213,4 mil carros roubados no ano.

Através desses dados, é possível compreender que há no país uma série de


mortes decorrente dos assaltos a mão armada, mas será que apenas isso resulta
em grandes índices de mortes no Brasil?
Seguindo o capítulo, tem o seguinte parágrafo:
Outro grande disparador das taxas de violência urbana é o narcotráfico.
Como mostra Sergio Fausto em artigo na revista piauí de janeiro de 2019, a
taxa de homicídios praticamente triplicou desde que começou a ser medida,
no ano de 1979. Em 1980 a média era de onze mortes por 100 mil
habitantes, tendo superado os trinta casos por 100 mil habitantes em 2017.
E boa parte desses registros, assim como a consequente deterioração da
segurança pública, é decorrência do crescimento do narcotráfico e de seu
controle por facções criminosas e milícias, as duas contando com a
conivência da banda podre da polícia. O Brasil converteu-se no principal
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corredor de passagem de drogas para a América do Norte e Europa Central,


segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).
Internamente o consumo é também elevado; o país é o segundo maior
consumidor de cocaína do mundo.

Ou seja, o país simplesmente é cercado de violência. Um dos motivos para


esses números, é decorrente da desigualdade socioeconômica que a população se
encontra, que para sobreviver na sociedade, acaba se submetendo a condições
“imorais” para ter o que comer em casa.

3. VIOLÊNCIA NO CAMPO

Neste capítulo o autor fala sobre a violência que o povo indígena sofreu com
a chegada dos portugueses no Brasil, ele começa falando da disputa pela posse de
terras, no campo é uma das maiores causas de morte no Brasil, e que as vítimas
são especialmente a população indígena. Cujos direitos constitucionais, os quais
lhes facultam a posse de terras que pertenceram a seus ancestrais, são
constantemente desrespeitados. Essa não é, entretanto, uma história dos tempos de
agora. Os registros da prática remontam ao período colonial, quando se chamou de
“descoberta” o que foi, na verdade, invasão de um território densamente povoado.
Os historiadores não diferem ao avaliar a magnitude da catástrofe; variam,
porém, nas proporções de perdas. Para alguns, de 1492 a 1650 a América perdeu
um quarto de sua população; para outros a queda foi da ordem de 95% a 96%. Em
ambos os casos, a certeza é que ocorreu um genocídio. No entanto, em que pesem
o elevado número de perdas humanas e o arbítrio praticado contra tais populações,
tanto na época da colonização como nos dias de hoje, uma atitude geral parece
prevalecer com relação aos indígenas: procura- se tornar sua presença basicamente
invisível no Brasil, tirando-se deles o direito à propriedade e à autoafirmação. Por
vezes tratados como “crianças” que não alcançaram a maioridade, por vezes
entendidos como sujeitos políticos predispostos à “extinção natural”, o efeito comum
é o de buscar negar a essas pessoas sua própria história, a prática de seus
costumes e a riqueza de suas cosmologias. Letal também para ativistas e
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defensores da Terra e do meio ambiente. Em seu terceiro relatório anual sobre as


lutas por direitos humanos ligados aos recursos naturais, e que abrange 22 países, o
texto intitulado “A que preço?” destaca o agronegócio como o setor mais violento,
responsável por 46 mortes no período estudado. Claro que não se pode generalizar
e dizer que todo agronegócio é violento, mas chama atenção como o setor
desbancou a mineração, que aparecia em primeiro lugar em anos anteriores.

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