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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESI-

DENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Autos n. 1501984-28.2023.8.26.0619

JUAN CARLO DE SIQUEIRA, brasileiro, casado, advogado, inscrito nos quadros da

OAB/SP sob nº 392.962; e RENATO TEIXEIRA DA COSTA, brasileiro, solteiro, ad-

vogado, inscrito nos quadros da OAB/SP sob o n° 390.775, ambos com endereço

comercial na Rua Redentora, 2678, Vila Redentora, São José do Rio Preto/SP, CEP

15015-780, e contatos telefônico e correio eletrônico constantes do rodapé, vem, com

o devido acato e respeito, perante Vossa Excelência, fundamentados nos artigos 1º,

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inciso III; 5º, incisos XXXV e LXVIII; e artigo 93, inciso IX, da Constituição da

República, combinados com os artigos 647 e 648, I, do Código de Processo Penal,

impetrar ordem de

HABEAS CORPUS DE NATUREZA PREVENTIVA

(com pedido de liminar)

em favor do Paciente, RUDILEI JESUS FERREIRA, brasileiro, solteiro, soldador,

RG 41.245.611-11, CPF 226.993.278-16, residente e domiciliado à Rua 24 de Outubro,

n. 123, Vila Buscard, Taquaritinga – SP, apontando como autoridade judiciária coa-

tora Excelentíssima Doutora Juliana Barros Oliveira Otto, da 3ª Vara Criminal da

Comarca de Taquaritinga/SP, cuja decisão inicial foi confirmada, mesmo após mani-

festação contrária do “Parquet”, via despacho exarado pelo Excelentíssimo Doutor

Clóvis Humberto Lourenço Junior, o qual substituiu a eminente magistrada, pelas

razões fáticas e fundamentos jurídicos que passa a expor.

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I - OBJETO DESTE "WRIT"

O que se pretende demonstrar a esta Corte é o temor de uma

eventual prisão em face do Paciente, por conta de uma alegação falaciosa, prestada a

autoridade policial e homologada pela autoridade judiciária em decisão inidônea.

Por justo e fundado o temor do Paciente, como no caso o é, a

concessão do Habeas Corpus preventivo não é favor legal ou ato de generosidade da

Justiça, sim medida que se impõe, em obediência ao mandamento expresso no artigo

5º, inciso LXVIII, da Carta da República/88.

RUDILEI JESUS FERREIRA está na coagido ilegalmente, so-

frendo de forma angustiante, já com problemas de saúde relatados, como crises de

ansiedade e depressão, que descambaram para doenças de pele, por tamanha calúnia.

Cumpre informar que houve pedido de revogação das medidas

protetivas, postulado ao juízo “a quo”, às fls. 54 a 61 do processo em epigrafe, na es-

teira do parecer ministerial pela não concessão de medida protetiva de urgência,

contudo, a decisão atacada restou mantida em simples despacho de juiz substituto.

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Da doutrina consolidada: "(...) neste caso, ao invés da ordem ser

liberatória, será a ordem deferida no sentido de se evitar a prisão, e, conse-

quentemente, um constrangimento ilegal (...)" - (Do Habeas Corpus, João Roberto

Parizatto, Ed. AIDE, 1.991, pág. 162).

II – BREVE RELATO

O Paciente e a caluniadora, aqui como suposta vítima, viveram

romance de idas e vindas constantes, findo há mais de quatro anos. Nesse período

separados, vem discutindo em juízo, como é lícito, através da AÇÃO ANULATÓRIA

DE REGISTRO CIVIL CUMULADA COM INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE,

de nº 1003251-63.2021.8.26.0619, onde a caluniadora confessou que o filho não é do

Paciente, porém vem se negando a realizar o exame de DNA, a saber:

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A caluniadora e suposta vítima, inclusive, não executou

qualquer direito de alimentos em relação ao Paciente.

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Quando achou que restava superada a desavença, somente

aguardando a confirmação do quanto já confessado pela caluniadora, por determi-

nação daquele juízo, já em um novo relacionamento, o Paciente foi surpreendido com

narrativa teratológica, do Boletim de Ocorrência acostado aos autos da Medida Pro-

tetiva de Urgência, dando conta de que estivesse perseguindo a suposta vítima e que,

na data de 15/08/23, por volta das 17:10 horas, teria passado em frente a residência da

mesma e feito um sinal como quem cortaria o pescoço da algoz, a saber:

Ocorre que a narrativa mentirosa e teratológica da caluniadora

não pode prosperar, visto que a suposta vítima possui histórico errante e belicoso,

posteriormente veio a saber o Paciente como quem também atuasse com prostituição,

inclusive já tendo atentado contra o Paciente com uma facada nas costas, bem como

praticado perseguição em relação a outro rapaz a quem ela tentou imputar a


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paternidade do infante mencionado, o Sr. Augusto Mathias, residente naquela cidade

e comarca, o qual se dispôs ao exame de DNA, que deu negativo. E há notícias de que

o patrão da progenitora da caluniadora, Sr. José Carlos de tal, vulgo “Zequinha”, co-

nhecido empresário do ramo de vans escolares e transporte de pessoas naquela cidade,

supostamente fosse o progenitor da criança em comento, o que ainda não se confir-

mou, com todo cuidado e pedido de escusas destes causídicos, desde já, por envolver

terceiros citados pela própria, mas informações relevantíssimas, diante do grau a que

chegou o expediente da suposta vítma.

RUDILEI JESUS FERREIRA é exímio soldador, proletário

sim, porém que cultiva hábitos saudáveis, sem uso de bebidas alcóolicas e severa dis-

ciplina financeira, que permitiram que tivesse segurança e realizasse sonhos pessoais

mesmo considerado um homem jovem, de pouco menos de quarenta anos, como boa

casa própria, carro do ano e uma moto esportiva, compatíveis justamente com a pro-

palada disciplina financeira e hábitos simples.

Talvez isso “faça a cabeça” de moças imaturas, que fantasiam

com motos esportivas a sua porta quando lá já não passam há muito, notadamente

porque em horário comercial de dia útil o Paciente estava trabalhando, como de cos-

tume. E afora o trabalho como requisitado soldador de indústria, o Paciente ainda

assiste sua mãe, septuagenária, e acompanha o tratamento de seu irmão, “Claudinho”

Ferreira, conhecido trabalhador e empresário que tanto serve à comunidade local, mas

que tem passado por sérios problemas de saúde.

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III - DA REVOGAÇÃO DAS MEDIDAS PROTETIVAS

Muito embora a medida protetiva tenha sido deferida, em ca-

ráter liminar, entendem estes Defensores que não há nos autos qualquer indício de

autoria e materialidade delitiva a ensejar a aplicação desta cautelar de urgência de na-

tureza satisfativa, tampouco contemporaneidade quanto ao fato alegado de modo

unilateral pela vítima.

“In casu”, a suposta vítima e representante compareceu até a del-

egacia de polícia no dia 23 de agosto

de 2023 e declarou (fls. 04):

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Em síntese, a suposta vítima e representante, oito dias após a

suposta aparição do representado, procurou a delegacia de polícia e narrou, isolada-

mente, que seu ex-namorado teria feito um gesto pilotando uma motocicleta como se

simbolizasse que iria “cortar o seu pescoço”.

A autoria é tão somente apontada sem qualquer elemento con-

creto, senão a própria palavra da suposta vítima dissociada de outros elementos de

provas. O mesmo ocorre com a materialidade de um crime de violência psicológica.

Parece-nos que a suposta vítima e representante não teve

sucesso, em que pese o deferimento peremptório da medida protetiva, e provisório,

pois não concretiza uma narrativa minimamente verossímil.

Primeiro, entendemos que o pedido está afetado pela ausência

de contemporaneidade! O suposto fato narrado pela representante teria ocorrido há

oito dias da data em que compareceu espontaneamente na delegacia de polícia com a

intenção de requerer a cautela protetiva em seu favor.

Embora haja presunção relativa de veracidade o depoimento de

mulheres que se declaram vítimas de seus ex-companheiros, fato é que a medida ex-

tremada não pode ser deferida “automaticamente”, sendo imprescindível sopesar se a

declaração da vítima encontra verossimilhança. Se o ex-casal está há 4 anos separados,

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sem contato, por qual motivo o Paciente iria passar defronte a residência da suposta

vítima com intento de fazer um gesto em tom de ameaça, sem qualquer causa ante-

rior?

A representante não trouxe aos autos nenhum elemento in-

formativo suficiente para traçar uma incursão sobre o “iter criminis”, porque o delito

de ameaça significa que o autor deseja amedrontar a sua vítima, mas que motivos o

Paciente teria para ameaçar uma pessoa que ele já rompeu há quatro longos anos o

relacionamento e nem mesmo se comunicam por via de telefonemas, mensagens de

WhatsApp, Facebook, Instagram ou qualquer outra mídia digital de comunicação,

como é praxe em casos de homens possessivos que recém terminam um relaciona-

mento e passam a perseguir mulheres indefesas, principalmente pelas redes sociais,

característica do crime de stalking (art. 147-A, CP)?

Neste ponto, não bastasse a ausência de “periculum in mora”,

conquanto o pedido da representante não goza de atualidade, não nos parece crível

que o Paciente, homem probo, QUE HÁ DOIS ANOS JÁ ESTÁ EM UM NOVO REL-

ACIONAMENTO ESTÁVEL, DURADOURO E PÚBLICO, primário, de bons

antecedentes, sem nenhum registro pretérito de ocorrências policiais envolvendo con-

dutas antijurídicas no contexto de violência doméstica e há mais de 4 anos separado

da ex-namorada tenha praticado a conduta narrada unilateralmente pela pretensa

vítima.

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De outra análise típica, o crime de ameaça não deixa vestígios

como a lesão corporal. A pretensão da representante gira em torno de uma alegação

de possível violência psicológica, já que o alcance da norma do art. 147 do Código

Penal afetaria diretamente o seu estado de espírito. No entanto, a representante não

trouxe em sua declaração nenhum elemento minimamente indiciário da ocorrência

do fato por ela inventado! Não nos parece crível que uma pessoa pilotando uma mo-

tocicleta, empregando velocidade compatível com a via, por exemplo, tivesse a

destreza de fazer um sinal de levar uma de suas mãos ao pescoço, soltando a condução

do guidão do motociclo, a fim de fazer tal gesto relativo a “cortar o pescoço”.

Não podemos afirmar que é infantil a referida narrativa da rep-

resentante em respeito a dignidade do ser humano, mas é, no mínimo, inverossímil!

A representante não trouxe aos autos nenhum referencial do horário em que o suposto

crime de ameaça teria ocorrido, tampouco uma justificativa razoável, notadamente

porque se a representante estava em sua residência, como que ela poderia ter avistado

o Paciente passando defronte e fazendo qualquer gesto sobre a sua motocicleta? Hod-

iernamente não é costumeiro que pessoas fiquem defronte suas residências olhando o

movimento da rua, seja por questões de segurança pública ou por falta de tempo, haja

vista que pessoas normais dedicam a maior parte do seu dia fora de sua residência

empenhadas no trabalho, e quando regressam querem o repouso e o conforto do lar.

Sendo um ambiente público e residencial, será que não há

nenhuma residência que contenha câmeras de circuito de segurança ao redor da

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residência da pretensa vítima? – A própria residência da vítima não conta com este

sistema de monitoramento eletrônico, a fim de amparar a narrativa isolada e sem

provas?

Com todo respeito, mas entendemos que a ausência de in-

dicação de tempo na narrativa da vítima, aliado a falta de outros elementos de provas,

como a testemunhal ou imagens de circuito de segurança, torna totalmente precária

a medida protetiva pleiteada pela representante, que sobretudo é afetada, “ab initio”,

pela ausência de contemporaneidade. Neste sentido, do STJ:

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. LEI MARIA DA PENHA. ME-

DIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA. DESCUMPRIMENTO. PRISÃO

PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE ATUALIDADE E DE CONTEMPORANEIDADE

DOS FATOS. FALTA DO PERICULUM IN MORA. 1. Consoante dispõe a reiterada

jurisprudência desta Corte, o descumprimento de medida protetiva, estabelecida com

fundamento na Lei n. 11.340/2006, não configura o crime de desobediência, tipificado

no art. 330 do Código Penal, mas pode servir de fundamento para o decreto de prisão

preventiva do agente. 2. Mesmo que não haja prazo de duração para as medidas pro-

tetivas de urgência, diante do efetivo descumprimento de qualquer uma delas, a prisão

com base nessa motivação há de guardar atualidade e contemporaneidade com os fa-

tos justificadores da extrema cautela. 3. No caso, o recorrente foi intimado das

medidas protetivas em 12/8/2014, no dia seguinte houve o registro de ocorrência nar-

rando fatos consistentes em ameaça de morte a sua ex-companheira, mas a prisão foi

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decretada quase um ano depois, em 30/6/2015, sem nenhuma referência a outro

evento ocorrido nesse intervalo. Nesse contexto, o periculum in mora ficou total-

mente descaracterizado, desautorizando o decreto de prisão. 4. Recurso provido para

revogar a prisão preventiva do recorrente, se por outro motivo não estiver preso e com

a advertência de que ele deve observar as medidas protetivas já aplicadas e em vigor

em relação à sua ex-companheira. (STJ - RHC: 67534 RJ 2016/0022321-2, Relator:

Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, Data de Julgamento: 17/03/2016, T6 -

SEXTA TURMA, Data de Publicação: DJe 31/03/2016).

Outro critério importante a ser observado é sobre a NECES-

SIDADE do decreto das medidas protetivas de urgências. Isto porque da narrativa

isolada da suposta vítima, plenamente confrontada pela versão pontual apresentada

pelo representado, NÃO SE VÊ QUALQUER SITUAÇÃO REAL DE PERIGO À

SUPOSTA VÍTIMA, carecendo, portanto, do preenchimento do requisito da neces-

sidade para efetivação de um direito supostamente violado por prática criminosa de

quem se acusa. Neste sentido, do TJSP:

HABEAS CORPUS – REVOGAÇÃO DE MEDIDA PROTETIVA – POSSIBILIDADE

– Embora as medidas protetivas sob a égide da Lei Maria da Penha possuam caráter

autônomo e independam de superveniente instauração de inquérito policial ou

ajuizamento de ação penal para a apuração dos fatos utilizados para embasar seu de-

ferimento, mostra-se imprescindível a demonstração da necessidade da medida, a qual

somente poderá vigorar enquanto persistir a situação de perigo às ofendidas, o que

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não se verificou in casu. – Ordem concedida. (TJ-SP - HC: 21110731120218260000 SP

2111073-11.2021.8.26.0000, Relator: Luis Augusto de Sampaio Arruda, Data de Jul-

gamento: 12/08/2021, 8ª Câmara de Direito Criminal, Data de Publi- cação:

13/08/2021).

Em sendo autônomas as medidas protetivas de urgência, impre-

scindível, para o seu deferimento, a efetiva e real demonstração de sua real

necessidade!

Não há nenhuma “dor de ex-amor” entre o Paciente e a suposta

vítima. O fim do relacionamento ocorreu há mais de quatro anos e o Paciente já está

convivendo com outra mulher há dois anos e não possui nenhum tipo de vínculo com

a ex-namorada, exceto o filho que o Paciente assumiu a paternidade, mas já confessado

que não é seu!

O Paciente reside em região oposta do local de moradia da re-

presentante, de modo que nem mesmo “sem querer” teria motivos para passar de-

fronte a residência da ex-namorada, conforme se vê na imagem recortada via auxílio

de geolocalização do Google Maps:

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Outrossim, o Paciente tampouco sabe o endereço de local de

trabalho da representante, carecendo também de motivos para passar defronte a este

endereço desconhecido por qualquer finalidade declinada pela representante sem ra-

zoabilidade!

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À guisa de concluirmos, observamos que o Parecer do Ilus-

tríssimo representante do Ministério Público do Estado de São Paulo, que funciona

nestes autos como fiscal e garantidor da aplicação da lei ao caso concreto, teceu argu-

mento irretocável e técnico, opinando pelo INDEFERIMENTO (fls. 26/28) das

medidas cautelares de urgência.

IV - DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS

Diante de todo o exposto, comprovada a existência de cons-

trangimento ilegal, falta de contemporaneidade e narrativa viciada da suposta vítima

e representante, é o que se requer:

a) A concessão da ordem de Habeas Corpus, liminarmente, presentes os requisitos de

perigo na demora e verossimilhança das alegações, notadamente pelo claro “animus

litigatoris” da suposta vítima, que não tem poupado esforços em sua narrativa fala-

ciosa, para que seja revogado o decreto de medida protetiva de urgência;

b) Após, prestadas as informações pela autoridade coatora e ouviddo o representante

ministerial, requer a confirmação da ordem final em favor do Paciente, nos termos do

artigo 5º, inciso LXVIII, da Constituição Federal.

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Justo e Perfeito, por medida de Justiça requer o Deferimento!

São José do Rio Preto, 9 de janeiro de 2024.

JUAN CARLO DE SIQUEIRA

OAB/SP 392.962

RENATO TEIXEIRA DA COSTA

OAB/SP 390.775

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