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Izabelle Valladares
Edição digital 2016
Associação Internacional de escritores e artistas - Literarte
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Literarte
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Sobre a Escritora
Elvis era refém de seu sucesso. Desde a morte de sua mãe, quando o
mesmo estava servindo no Exército americano, e não conseguiu ir a seu
funeral, Elvis sofria com transtornos pessoais, alcoolismo e vício em
medicamentos. Em seguida, após o retorno aos Estados Unidos, sua vida
familiar também começou a ruir ocasionando o divórcio com Priscila, mãe de
sua única filha. Elvis voltou à religião evangélica, que foi a sua iniciação
musical e que muito agradava sua mãe e voltou a fazer sucesso ganhando o
Grammy da música. Sua vida tinha se tornado um peso muito grande para
ele, com uma sucessão de turnês, entrevistas, contratos de gravações e outros
compromissos que passaram a incomodá-lo. Estes fatos foram relatados antes
de sua suposta morte por muitos de seus mais próximos conviventes.
As desconfianças vieram quando pereceberam que caixão de Elvis
estava lacrado, algo incomum para quem havia falecido por uma disfunção
cardiovascular e o nome do astro estava com a grafia errada, o que poderia
ser uma saída caso algo desse errado. O velório do astro, apesar de juntado
milhões de pessoas, foi um velório relâmpago, restando aos fãs de todo o
mundo que tentaram se aglomerar para uma última despedida o tempo de 4
horas. Além disso, há testemunhos de que ultimamente ele estava recebendo
ameaças de morte por um
As Aparições de Elvis após sua morte
Inúmeros são os relatos da aparição de Elvis durante algum tempo após
a sua morte. Não há como provar tais aparições. Pelo menos ninguém ainda o
fez. Além disso, Elvis é o artista mais imitado do mundo (os imitadores são
conhecidos como "Elvis Impersonators"), o que certamente concorreria para
confundir e mascarar tais aparições. O mais significante dos rumores ocorreu
exatamente um dia após a sua "morte". Um homem idêntico a Elvis foi visto
desembarcando na Base Aérea da Argentina. Segundo relatos, ele desceu
rapidamente de um avião e entrou em uma limosine que já o esperava. O
homem não foi visto novamente. De fato, Elvis Presley realmente possuía
uma casa na Argentina.
Getúlio Vargas
Quem era?
Getúlio foi presidente do Brasil, durante dois mandatos na época da
ditadura, líder da revolução de 1930, era amado por uns e odiado por outros,
por sua forma enérgica de comandar.
Foi chefe do governo provisório depois da Revolução de 1930,
presidente eleito pela Constituinte em 17 de julho de 1934, e ditador entre 10
de novembro de 1937 e 29 de outubro de 1945 quando foi deposto pelos
militares. Retornou ao poder eleito pelo voto popular em 31 de janeiro de
1951. Para finalmente se matar no dia 24 de agosto de 1954, escapando de ser
novamente deposto.
Foi Getúlio quem fez a Companhia Siderúrgica Nacional para produzir
aço, a Companhia do Vale do Rio Doce para extrair minério, a Petrobrás para
explorar petróleo e a Eletrobrás para gerar energia. Foi Getúlio quem criou o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e o Banco do Nordeste,
para financiarem investimentos públicos e privados.
Foi Getúlio quem deu às mulheres o direito de voto. Foi ele quem deu
aos trabalhadores a legislação que ainda hoje disciplina suas relações com os
patrões. E foi ele quem abriu as portas da administração pública para a
admissão de funcionários por meio de concurso e do sistema de mérito.
Finalmente, foi ele o arquiteto da estrutura política partidária nacional que
vigorou no país até o golpe militar de 1964.
De resto, foi Getúlio quem fez o Brasil rural e atrasado de 1930 evoluir
mais rapidamente para o Brasil industrial inaugurado, digamos assim, pelo
presidente Juscelino Kubitschek no final do seu mandato.
Getúlio fez tudo isso sem levantar a voz, sem dar murros na mesa e
negociando à direita e à esquerda – mais à direita. O aparelho de propaganda
do Estado fez o resto. Fez dele “o bom velhinho” e o “pai dos pobres”. E,
valendo-se da censura, escondeu o líder autoritário que governou como
ditador durante oito anos, avalizou o emprego da tortura contra seus desafetos
políticos, e permitiu que judias como Olga Benário Prestes, mulher do líder
comunista Luiz Carlos Prestes, fossem deportadas para a Alemanha de Hitler
e ali morressem. Olga morreu na câmara de gás de um campo de
concentração.
O que a mídia divulgou?
O suicídio do presidente Getúlio Vargas, precisamente às 8h30 da
manhã, foi precedido de momentos em que ele se mostrava absolutamente
tranquilo.
Nada fazia crer fosse o Presidente se matar – disseram-nos o general
Caiado de Castro e Jango Goulart, com os quais ele conversara minutos antes
de se recolher. O Sr. Getúlio Vargas se recolheu ao quarto, sem mais uma
palavra. Passados uns minutos, o tempo normal para a troca de roupa, ouvia-
se um disparo.
Acudiu, incontinenti, o Sr. N. Sarmanho, que se encontrava na janela da
sala contígua (a do elevador privativo do presidente). Já o Sr. Getúlio Vargas
agonizava.
Da janela, o Sr. Sarmanho fez um sinal para um oficial, pedindo fosse o
general Caiado avisado de que o Sr. Getúlio Vargas se havia matado.
Logo em seguida, o general Caiado chegava ao quarto, onde, não
resistindo ao impacto da tragédia, foi acometido de forte crise de nervos,
sofrendo uma síncope.
A seguir, correndo escada acima, o Sr. Benjamin Vargas gritava:
– Getúlio se matou!
O palácio ficou em pânico, a família do presidente acorreu, entre gritos e
lágrimas. Também o Sr. Osvaldo Aranha logo chegou. Chegou junto à cama
e, chorando, exclamou:
– Abusaram demais da bondade desse homem!" Diário Carioca, 25 de
agosto de 1954.
"Neste nefasto Dia de São Bartolomeu, precisamente às 8h35 horas,
praticou o suicídio o Presidente Getúlio Vargas, com um tiro de revólver no
coração, quando se encontrava em seu quarto particular, no 3º andar do
Palácio do Catete.
O general Caiado de Castro, Chefe do Gabinete Militar da Presidência
da República, correu para os aposentos presidenciais, ao ouvir o disparo, e
ainda encontrou o Presidente Vargas agonizante.
Chamou às pressas a assistência pública, que dentro de cinco minutos já
se encontrava no Palácio do Catete. Mas o grande Presidente Vargas já estava
morto.
Não pode ser descrito o ambiente no Palácio Presidencial. Tudo é
consternação. Membros da família do Presidente, serviçais, militares que
guarnecem o Palácio choram a morte do insine brasileiro.
O povo em massa acorre para o Palácio do Catete, estando repletas as
ruas que dão acesso à casa em que se matou, vítima da ignomínia e das
campanhas infamantes de adversários rasteiros, o maior estadista que o Brasil
teve, neste século.
Cenas de profunda dor estão sendo assistidas na rua. Lê-se o pesar no
rosto do povo.
O povo brasileiro chora a perda do seu Presidente, por ele escolhido, por
ele eleito e que – na crise gerada por seus inimigos – só saiu do Catete
morto." Última Hora, 24 de agosto de 1954.
Suposta conspiração: Getúlio Vargas teria sido assassinado?
Getúlio Vargas viveu num periodo muito tumultuado, cheio de inimigos,
pois ele era um ditador, época de grandes traições, ciladas e atentados. Ele
matou muitos políticos para poder chegar ao poder, por isso havia vingança
contra ele.
A vedete Virgínia Lanes, ainda viva, afirma veemente que estava na
cama com Getúlio Vargas, na noite em que ele foi supostamente morto, e
afirma que seu segurança a jogou da janela para poupá-la e na queda quebrou
as costelas, segundo a ex-vedete, entraram 4 homens encapuzados no quarto
de Getúlio, com quem mantinha um caso há 15 anos, e na manhã seguinte
recebeu a notícia do suicídio do mesmo.
Parte 1 – O primeiro assassinato da história.
Caro leitor, como foi dito em nossa apresentação, o primeiro assassino
da história foi Caim, que historicamente (livro cristão), mas não
comprovadamente, matou seu irmão Abel pelo motivo de ciúmes ou inveja.
Após o assassinato de Abel, muitos outros nomes apareceram para
ilustrar o submundo do crime com suas barbáries, os primeiros personagens
que fizeram história por sua brutalidade e incoerência social estão neste
primeiro capítulo do livro.
Calígula (12 Dc – 41 Dc)
Caio Júlio César Augusto Germânio, mais conhecido como Calígula, foi
um dos mais perversos imperadores romanos, além de ser responsável por
muitas mortes, inclusive a de membros da nobreza, Calígula teve um período
de grande prosperidade em seu império, mas, após ser acometido de grave
doença, resolveu literalmente como dizemos aqui no Brasil “chutar o balde”.
Então começou a matar quem tentava se impor contra seu domínio, e
promover verdadeiras orgias em seu palácio, tendo até mesmo relações
incestuosas com suas irmãs e relações homossexuais com alguns membros da
guarda.
Durante a sua infância (com apenas dois ou três anos), acompanhou o
seu pai nas Campanhas, que este liderou ao norte da Germânia; tornando-se o
mascote do exército. Aos soldados divertia-os o fato de ir vestido com um
uniforme militar em miniatura que incluía botas e armadura e por isso deram-
lhe o carinhoso apelido de Calígula que significava “Botinhas”.
Aparentemente, o futuro imperador odiava a sua alcunha. Calígula foi
assassinado por uma conspiração de governantes
Átila, o rei dos Hunos (406-453)
Átila tornou-se rei dos hunos aos 28 anos, e era apelidado como “Praga
de Deus”. Imaginem como uma pessoa pode fazer por onde, receber um
apelido desses, pois é, Átila o conseguiu...
Foi um dos homens mais poderosos de seu tempo, criando um
gigantesco império na Europa, suas técnicas eram dizimar aldeias e pelotões
inteiros, sem misericórdia e sempre com a astúcia de uma ave de rapina.
Seu legado não o adorava como aconteceu com Leônidas, rei de Esparta,
simplesmente o temia. Apesar de ter recebido o trono por nepotismo (poder
recebido por laços de parentesco), e já receber um reino unificado, decidiu
multiplicá-lo. Com isso, tornou-se o primeiro rei sanguinário da história.
Os historiadores contam que Átila conseguiu invadir e dizimar mais de
cem grandes cidades, matando homens, mulheres e crianças. Em todas por
que passava, deixava seu rastro de destruição e morte.
Sua morte tem duas versões: a primeira que ele havia morrido de uma
hemorragia nasal e a segunda, que sua esposa Honória havia lhe matado com
uma adaga enquanto dormia, que ainda obrigou os soldados a repetirem a
história, e se Honória, tinha conseguido assassinar, o todo poderoso Átila, rei
dos Hunos, não seriam os soldados que iriam contestar.
Vlad Tepes (1431-1476)
.
As irmãs Delfina e Maria de Jesus Gonzalez Valenzuela eram dirigentes
de um bordel em Guanajuato, México, Município de São Francisco, o
Rancho Loma Del Anjo. No ano de 1950, elas escolhiam prostitutas através
de anúncio de um jornal. Estas moças pobres, sem recursos, aceitavam a
ajuda das irmãs e serviam aos clientes, mas, quando não mais atendiam as
exigências de alguns deles, eram espancadas e muitas mortas. As irmãs
também assassinavam os clientes ricos, que frequentavam o local, para furtá-
los.
Eram diabólicas, tramavam e matavam com crueldade, além de maltratar
as garotas e os clientes. As mantinham presas, era como num campo de
concentração. Após uma fuga de uma das meninas, que comunicou a mãe os
horrores a que havia assistido ali. As autoridades ficaram sabendo da história,
a polícia vistoriou o local e lá foi concluído que o estado das jovens provava
que foram vítimas de maus-tratos e as condições de higiene do local eram
deploráveis, as condições de saúde das jovens eram péssimas e seus corpos
tinham sinal de espancamento.
Muitas denúncias foram confirmadas no local, principalmente as de
cárcere privado e agressões, as jovens acusavam as irmãs de sequestro e, no
rancho, elas eram agredidas e maltratadas frequentemente. Ninguém as
escutava por mais que gritassem, durante as agressões, por estarem trancadas
em um rancho distante da cidade. As que eram assassinadas eram enterradas,
de forma clandestina.
As irmãs tinham a proteção e a cumplicidade das autoridades, os
subornavam e corrompiam com troca de favores, já que eles eram
frequentadores dos bordéis.
Depois destas acusações foram encontrados os corpos, 11 homens e 80
mulheres e quantidade de fetos não determinada, por que elas matavam as
prostitutas quando estas estavam grávidas, também forçavam as moças a
abortar. O motorista das irmãs é que foi obrigado a cavar e descobrir os
corpos.
Foram condenadas a 40 anos de prisão, pena máxima no México. Esta
sentença ocorreu em 1964. Foram para a prisão carcerária de Irapuato, em
Guanajuato. Lá, Delfina sofreu um acidente e morreu após profunda agonia,
após haver caído, acidentalmente, um balde de cimento sobre sua cabeça.
As Gonzales tinham uma irmã chamada Carmem que morreu em 1950,
de cancro e que também matou algumas jovens.
Maria Luisa González Valenzuela morreu presa e louca, em
(19/11/1984), com medo que as pessoas a linchassem pelos crimes cometidos
As irmãs Delfina, Maria de Jesus, Carmem Gonzalez e Maria Luisa
Valenzuela nasceram em El Salto de Juanacatlán, Jalisco, em meio à imensa
pobreza. O pai Isidro, policial rural, era um homem grosseiro, autoritário e
violento. Em relação às filhas era muito severo. Elas se vestiam e se
comportavam como ele decidia.
Já maiores, se mudaram para San Francisco Del Rincón,
Guanajuato. Com medo da pobreza que viveram durante longos anos,
resolveram se prostituir. Inauguraram na cidade um Salão, como eram
chamados os bares da época. Depois começaram a possuir inúmeros Salões e
Gonzalez Valenzuela usava os atrativos sexuais da irmã mais nova para
conseguir o que queriam, e subornar a todos. Até formarem o Bar/bordel.
As jovens da cidade eram atraídas para estes locais, levadas pelo sonho
de ir para a cidade grande, já que eram pobres camponesas, para trabalhar e
ganhar dinheiro. Outras eram agarradas e levadas à força pelo amante de
Delfina, Hermenegildo Zuniga, e um Capitão do Exército.
Lá no rancho, as virgens eram guardadas e oferecidas para quem
pagasse um preço superior. Ao final da noite, as outras eram estupradas. As
irmãs levaram anos ganhando muito dinheiro, vendendo bebida e oferecendo
as garotas a soldados, vereadores, policiais e aldeões. Muitas famílias não
aceitavam mais as moças de volta em seus lares, depois dos estupros.
Nos dias atuais elas ainda são lembradas pelo escândalo causado, o
maior caso de assassinato e prostituição de todos os tempos. Onde jovens
inocentes foram torturadas, espancadas, seviciadas, maltratadas e
assassinadas e mantidas em cárcere. Um dos mais chocantes crimes da
história.
Em 2002, os trabalhadores limpando a terra para o desenvolvimento de
novas habitações em Puríssima Del Rincón, Guanajuato, no caminho do
famoso rancho Loma Del Angel, onde ocorreram tantas atrocidades,
encontraram os restos de cerca de 20 esqueletos, em um buraco. Autoridades
disseram que as vítimas foram provavelmente enterradas lá na década de
1950 ou 1960, vítimas de Las Poquanchis, como eram chamadas as irmãs
assassinas. As irmãs perversas.
ELIZABETH BATHORY
Ilse Koch era casada com Karl Koch, comandante dos Centros de
Concentração Nazistas: Buchenwald e Majdanek. Foram acusados de serem
sádicos e cruéis com seus prisioneiros, foram atribuídos ao casal desvio de
dinheiro e assassinatos de prisioneiros.
Ilse nasceu em Dresden, Alemanha. Conheceu Karl Otto Koche, em
1934. Começou a trabalhar em 1936 no Campo de
concentração de Sachesenhausen, como guarda e secretária. Casou-se em
1937.
Karl Otto Koch foi designado para construir um campo de concentração
em Buchenwald. Sobre a influência de seu marido Ilse começou a torturar os
presos. Agiam com sadismo e crueldade. Ela ainda usava um chicote para
acoitar suas vítimas.
Em 1940 construiu uma arena de esporte coberta, para equitação, custou
caro. Só que para homens-cavalos, estes seres humanos de verdade. Era agora
a Superintendente-chefe. Era como se estivessem no estábulo. Divertiam-se
fazendo os homens de cavalos, convidava as amigas e deixava que elas
contemplassem os homens sendo hostilizados. Então ela e suas amigas
montavam, na região lombar e colocava freios em sua boca e usava a espora e
o chicote, para humilhá-los. Colocava cinto de castidade para que eles não
pudessem ter prazer, nem ereção, se masturbando ou relacionando com os
outros presos. No campo ela era conhecida como “A bruxa de Buchenwald”,
pela crueldade e lascívia com que punia seus prisioneiros.
Em 1941, Karl Otto tornou-se comandante de Majdanek. Em 1943, foi
preso pela Gestapo, por desvio de fundos da SS e assassinato de presos. Ele
foi condenado e executado em 1945. Ilse foi absolvida, saiu e foi morar com
sua família. Mas foi presa no mesmo ano pela E.U.
Em 1947, Ilse foi condenada à prisão perpétua em Dachau. Cumpriu
dois anos e foi perdoada.
Em 1951, dia 15 de janeiro, foi condenada por um tribunal da Alemanha
Ocidental, por estelionato e incitação ao crime de mais de 135 pessoas. Uma
das acusações mais graves contra ela foi que usava a pele tatuada de seus
prisioneiros para forrar abajur e fazer alguns utensílios domésticos, forrava
livros e tinha luvas feitas de pele humana. Ficou conhecida por sua crueldade
bestial e comportamento sádico. Gostava de montar seu cavalo pelo campo e
acoitar qualquer prisioneiro que chamasse sua atenção no caminho. Forçar
prisioneiros ao estupro e pelas torturas físicas e psicológicas.
Ilse Koch cometeu suicídio enforcando-se na prisão feminina de
Aichach, em 1º de setembro de 1967.
Jane Toppan
Lucrécia Borgia nasceu em Roma. Mulher bonita, tipo fatal que atraía e
seduzia os homens. Graciosa, de andar elegante, tornou-se uma lenda. Filha
de Vanozza Cattanei e do Cardeal Rodrigo Bórgia, que mais tarde tornou-se o
Papa Alexandre VI. Era culta, poliglota, conhecia e recitava poesias, dançava,
cantava, tocava inúmeros instrumentos de corda. Seus irmãos Cesare Borgia,
Giovanni Borgia e Geofredo Borgia estavam sempre envolvidos em
corrupções políticas, planejaram casamentos para Lucrécia, arranjados para
tirar vantagem e avançar em suas ambições políticas.
Era uma mulher muito cruel. Esteve envolvida em todos os tipos de
episódios ao longo de sua vida: intrigas, assassinatos, envenenamentos,
luxúria, devassidão e incesto, simonia, fratricídios, perversão sexual.
Assassinatos, por ter sido acusada de envenenar seu marido com um pó
que guardava em um compartimento secreto, em seu anel. Praticava incesto,
seus irmãos a disputavam desde novos. Era uma batalha pela sua preferência.
E foi acusada de manter relações sexuais com seu pai.
Casou ainda com treze anos, com Giovanni Sforza, não pôde ter
relacionamento sexual, por causa da pouca idade. O que só aconteceu dois
anos depois. Mas não deixava de promover orgias dentro de seus aposentos,
com seu pai e irmãos. Os irmãos planejaram assassinar seu marido, para que
ela viúva casasse com um homem mais rico. Ela descobriu e ajudou Sforza a
fugir. Lucrécia então foi para um convento. Os irmãos para anular seu
casamento, alegaram que o casamento não tinha sido consumado, seu marido
era impotente. Enquanto o processo de anulação caminhava, Lucrécia
consumou o ato sexual. Só que ela engravidou, dentro do Convento, suspeita-
se que um de seus irmãos era o pai da criança, ou um criado; supõe-se que
Pedro Calderón, belo rapaz responsável de levar ao Convento cartas do pai de
Lucrecia. Lucrécia consegue se divorciar. Com medo do escândalo, esconde a
barriga por baixo de inúmeras saias. Nasce este filho, Giavanni, em segredo
em 1498.
Lucrécia tinha um irmão, seu preferido. Giovanni, este na ocasião de um
jantar na casa de sua mãe, aparece morto no rio. Depois, Pedro Calderón
também, ambos assassinados por César Bórgia, com ciúme de Lucrécia.
Em 1498, Lucrécia casa com Alfonso de Aragão, Bispo de Bisceglie.
Com este marido ela consegue viver um relacionamento feliz, ela o amava.
Cesare sofre com um surto de sífilis, que o deixa com muitas cicatrizes no
rosto, forçando-o a usar máscara para esconder-se, tomando consciência de
sua aparência e a irmã não cedendo mais aos seus encantos, enciumado ela
mata seu rival, o segundo marido de Lucrécia, e a culpa recaem sobre ela. O
satirista Filolia difama Lucrécia aos quatro ventos e sua polêmica família.
Lucrécia tinha apenas um filho de Alfonso, o Rodrigo.
Em 1501, o Papa Alexandre VI, seu pai, passou semanas em Nápoles e,
ao invés de deixar um Cardeal no Vaticano assumindo seu lugar, escolheu
Lucrécia como Papisa. Isto enfureceu e escandalizou a Europa.
Em 1501, Lucrécia casa pela terceira com Alfonso Deste, Conde de
Ferrara. Lucrécia desta vez fica doente de malária. Cesare interrompe sua
viagem e vem ameaçar seu cunhado, desconfia que ele a esta envenenando.
Fala que “O sangue de Lucrécia não será o único a ser derramado, se o pior
vier a acontecer”. Ela melhora e ele vai embora, é a ultima vez que Lucrécia
vê Cesare.
Com Alfonso Deste, Lucrécia mostra-se uma mulher respeitável e
responsável, tem muitos filhos com o Conde. Tenta com sua respeitabilidade
resgatar o prestígio do nome da família que foi perdido após a morte de seu
pai, envolvido em tantos escândalos de simonia. Só que ao parceiro não foi
fiel, teve um relacionamento com seu bicunhado, Francesco II Gonzaga,
Marquês de Mantua, o amor de Lucrécia por ele era mais sentimental que
carnal, trocaram inúmeras cartas apaixonadas. O relacionamento acabou
quando ele contraiu sífilis e tiveram que encerrar os contatos íntimos. Seu
outro romance foi com o poeta Pietro Bembo.
Em 1507, Césare foi morto em batalha pela França, vítima de
emboscada.
Os Borgia foram acusados de ter muito fascínio por domínio e poder,
por isso Lucrécia era encorajada a contrair matrimônio com homens
poderosos, assim eles mantinham-se sempre no poder. Casou-se três vezes
com homens escolhidos, em matrimônios planejados por seus irmãos.
Lucrécia nasceu em 18 de abril de 1480 e morreu dia 24 de junho 1519,
morreu de parto do seu oitavo filho, aos 39 anos. Foi enterrada no Convento
de Corpus Domini. Dizem que não existiam fotos da Lucrécia, só pinturas em
quadros, que retratavam uma mulher muito bonita. E a lenda, que tinha um
anel oco, onde dentro de um compartimento secreto continha veneno que
Lucrécia colocava nas bebidas das pessoas e as envenenava. Seu pai
ordenava que ela dormisse com Cardeais, para no dia seguinte assassiná-los
envenenados. Lucrécia, a mulher fatal usou todo seu poder e fascínio para
usufruir de todos os prazeres possíveis.
ALLIT BEVERLY
Aileen Carol Pittman foi uma prostituta assassina, serial killer, viveu na
América. Nasceu em 1957, em Rochester, Michigan. Filha de pais separados.
Foi abandonada pela mãe aos três anos, ela e Keith, seu irmão. Foram criados
pela avó. A face de Wuornos era cheia de cicatrizes porque na infância ela se
automutilava. Wuornos engravidou do irmão, aos 14 anos, e seu filho foi
dado para adoção, no mesmo internato onde ela ficou durante toda a sua
gravidez. Em 1971, saiu de casa e começou a se prostituir, em vários lugares
e cometeu pequenos delitos. Adotou vários nomes de guerra. Foi detida
dirigindo bêbada e atirando a esmo. Seu irmão, Keith, morreu de câncer, em
1976. Aileen herdou dez mil dólares de seguro de vida, rapidamente gastou
em carros e roupas luxuosas.
Casou em Miami com Lewis Fell, durou pouco o relacionamento.
Foi condenada por roubo na Flórida e cumpriu 13 anos de prisão. Em
seu boletim de ocorrência constavam outras apreensões e delitos: uso de
cheque sem fundo, roubar uma arma, dirigir sem licença, resistência à
autoridade, falsidade de informação, roubo de carro, excesso de velocidade,
intimidação, etc.
Passou a frequentar ambientes lésbicos. Conheceu Tyra Moore,
namoraram durante quatro anos. Moraram juntas, se sustentavam com uma
renda apertada vinda da prostituição de Aillen e outros crimes. A
cumplicidade entre as duas as conduziu ao crime, praticavam o vandalismo,
violência e o ódio. Chegaram ao extremo onde seus sentimentos ficaram
incontroláveis, já levavam uma arma na bolsa. Wuornos convenceu sua
companheira que deveria se vingar dos homens, eram eles os culpados de
tudo que elas haviam passado na vida.
Sua primeira vítima foi Richard Nallory, eletricista de 51 anos, morto
com três tiros. Ele já a havia machucado, a espancou, ameaçou e estuprou.
Esta morte foi por legítima defesa. Wuornos matou novamente outro homem
com seis tiros. Matou Charles Carskaddon, Peter Siems, Eugene Burress,
Dick Humphreys e Walter Antonio. Através de denúncia foram encontradas.
Confessaram os crimes. Tiveram um longo julgamento e fizeram exames
psiquiátricos.
Foram condenadas e executadas, por ordem de Job Busch, por meio de
injeção letal, dia 9 de outubro de 2002.
Em 1992, Aileen Wuornos foi diagnosticada com TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE BORDELINE. Wuornos tinha dificuldade de
administrar emoções, impulsividade, medo do abandono, instabilidade de
humor, comportamento autodestrutivo. Era acometida por esta doença
mental, geralmente pessoas expostas à longa exposição a traumas a adquirem.
Seus portadores cometem esforços frenéticos para evitar o abandono e são
bastante impulsivos.
Aileen Wuornos acusou os policiais, que a prenderam, falando que eles
sabiam onde encontrá-la, não fizeram isso antes, por que queriam que se
tornasse maior seu número de crimes, isto a tornaria uma Serial Killer. Assim
sua história renderia como enredo de livros e filmes. Os policiais acusados
foram investigados e nada foi provado. Também nenhum relato detalhado dos
depoimentos foi revelado.
Ela foi condenada em 1992. Apelou ao Supremo Tribunal, mas foi
negado. Em 9 de outubro de 2002, foi executada com injeção letal, depois
cremada.
Aileen Wuornos foi abandonada pela mãe e não teve o carinho do pai.
Teve que se prostituir e passou inúmeras humilhações na companhia de
homens com todo tipo de personalidade e também na prisão lidou com todas
as situações adversas.
Mary Anne Cotton
Mary Anne Cotton foi uma Serial Killer chamada de Viúva Negra,
envenenava suas vítimas. Nasceu em Murton, County Durham. Ela matou
seus quatro maridos, um amante e várias crianças, inclusive envenenou seus
próprios filhos. Relacionava-se com os homens e os matava por dinheiro,
interessada na apólice de seguro.
Desde nova, Mary Ann teve dificuldades em fazer amigos, seu pai era
um minerador muito religioso. Quando o pai morreu, não gostando de morar
com sua mãe e o padrasto, mudou-se. Foi ser enfermeira durante três anos.
Em uma cidade vizinha à aldeia South Hetton, tinha 16 anos.
Retornou à casa da mãe, anos depois e formou-se costureira. Conheceu
um trabalhador da mina, William Mowbray, casou-se com 20 anos. William
já tinha quatro filhos de um outro relacionamento. Tiveram mais cinco filhos
desta união e quatro morreram de febre gástrica. William e seus filhos
estavam segurados pela prudência.
William morreu a bordo de um navio de doença intestinal, em janeiro de
1865. Mary Ann recebeu um seguro, relativo a um ano de trabalho, da época.
Mudou-se para Porto Seaham, em Counth Durhan, relacionou-se com
Natrass Joseph. Natrass tinha outra. Ela casou-se com George Ward, ele
morreu em 1866, de problemas intestinais e ela recolheu seu seguro.
Ela então casou com James Robinson, um capataz de construção naval.
Quando ela teve filhos de James, gêmeos, morreram uma hora depois de
nascidos. Mary Anne perguntou se não podia ser assegurado, ele desconfiou
de sinistro e pensou em fazê-la pagar por seus crimes. Mas ela fugiu, deixou
para trás uma criança que se salvou. James não contou nada à polícia de suas
suspeitas.
As mortes não tiveram suspeitas por que ela matou em diferentes
lugares. Então não se fazia ligação entre uma morte e outra. Visitou sua mãe
e ela morreu subitamente, ela ficou com os mobiliários dela.
Anne foi viver nas ruas. Em 1870 ela conheceu Frederick Algodão, um
mineiro de carvão, foi apresentado por Margareth, sua amiga. Em pouco
tempo ficou grávida e casou-se com ele.
No North, começou a suspeita sobre Mary Anne, quando muitos animais
começaram a aparecer mortos misteriosamente. Dois meses depois Frederick
morre de febre gástrica. Mas uma morte atribuída a ela.
Envolveu-se com Quick Manning, mas ele só queria dividir a cama com
ela e não sua casa.
Envolveu-se Mary Ann na morte de Charles Edward, seu enteado. E
com a denúncia de Thomas Riley, Superintendente Adjunto da aldeia, que
suspeitou do seu envolvimento nesta morte e informou ao Sargento Tom
Hutchinson de Bishop Auckland Polícia. Informou também ao Dr. Kilburn,
que não quis emitir um atestado de óbito. Enquanto isso ela já reivindicava o
seguro pela morte do enteado. Decidiu Dr. Kilburn, retirar o estomago e
outros órgãos desta vítima e levá-los para casa. Os testes provaram
envenenamento por arsênico. Levaram as provas para a delegacia. Provada
sua culpa, algumas vítimas de Mary Ann foram exumadas e ficou provado
envenenamento.
Em 1872, ela foi condenada e estava grávida, nasceu sua filha Margareth
Edith Quick Manning Cotton e, em 1873, foi condenada à forca.
O mais impressionante desta assassina é que ela matava pessoas com
quem ela se relacionava intimamente, seus maridos e seus próprios filhos, é
difícil uma mãe não proteger sua cria. Ela era diferente, assassina fria e
interesseira, matava os seus por dinheiro.
GENENE JONES
Genene Ann Jones nasceu em 1950. Foi dada para adoção. Dick Jone e
Gladys, seus pais adotivos, já tinham três filhos adotados. Na infância Jones
era baixinha e gordinha, mentirosa e manipuladora. Fingia estar doente
sempre, era agressiva e dominadora.
Perdeu seu irmão Travis, em 1966. Ele construiu uma bomba e esta
explodiu em seu rosto, no enterro ela gritou muito e desmaiou. Perdeu
alguém de que mais gostava. Acreditam que este trauma alimentou sua
crueldade peculiar.
Logo depois seu pai, com 56 anos, desenvolve câncer e está em estado
terminal. Recusa o tratamento em 1967, vai passar o natal em casa, mas
morre antes. Genene ficou perdida e sentia-se abandonada. Às vezes, ela
fingia estar doente, a fim de levar as pessoas a preocupar-se com ela.
Na escola tornou-se dominadora. Seus colegas se afastavam e isso
acrescentou à sua solidão. Muitos amigos e conhecidos a chamavam de
agressiva e muitos a acusavam de tê-los traído. Ela era conhecida por mentir
e manipular as pessoas.
Depois de formada conhece e James "Jimmy" Harvey Delany Jr. Se
casam, ela finge estar grávida. Ele se alista na marinha e viaja. Genene
começa a traí-lo com muitos homens. Voraz sexualmente, intensa e dramática
procurava todos os tipos de homens, até mesmo os casados.
Seu marido retornou da marinha. Vivem mais quatro anos casados.
Quando ele adoece, se separaram. Desta união tem dois filhos. Genene deixa
seus filhos aos cuidados da mãe adotiva. Sua mãe preocupava-se com sua
carreira, queria que tivesse uma profissão, já que ela dependia da mãe.
Genene tinha reservado o seu ardor especial para os médicos, vendo-os tão
misterioso e poderoso. Ela queria ficar perto deles, então ela treinou por um
ano para se tornar uma enfermeira profissional, e LVN ou enfermeiro
profissional licenciado.
Gostou da profissão, adorava estudar diagnóstico. Depois de apenas oito
meses no seu primeiro emprego no Antonio's Methodist Hospital San, ela foi
demitida, em parte porque tentou tomar decisões em áreas onde ela não tinha
autoridade, em outra porque ela fez exigências rudes em um paciente que
posteriormente se queixou. Não foi difícil para ela encontrar outro emprego,
mas ela não ficava muito tempo em um lugar. Finalmente, ela foi contratada
na seção de cuidados intensivos de uma unidade pediátrica de Bexar County
Medical Center Hospital, em 1981. Foi aqui que ela deixaria sua marca
trágica.
Neste hospital ela queria cuidar dos pacientes a sua maneira e dizia
prever até a criança que iria morrer isto, incomodava os outros enfermeiros,
que ela estava treinando. Queixava-se sempre de sua saúde, deu entrada no
hospital por doença fictícia mais de 30 vezes. O médico atribuiu que ela tinha
problemas Psicossomáticos e Síndrome de Munchausen.
Pediu para ir para a ala de pacientes terminais. Ela gostava de preparar
os pacientes que morriam e até cantava ao vesti-los, também dar a notícia aos
parentes. Também foi vista correndo com o corpo de alguma criança que
morria, pelos corredores e chorando, como se fosse de sua família.
James Robotham, Diretor médico da unidade Terapia Intensiva
Pediátrica Bexar County Medical Center Hospital, que sempre protegia
Genene, começou a desconfiar dela, pelos frequentes acontecimentos com as
crianças da ala a que estava presente. Sempre e misteriosamente, porque as
crianças estavam bem e inesperadamente acontecia uma crise. A denunciou,
mas ninguém acreditava, apenas a transferiu de ala. James Robotham não
desistiu, e insistiu em uma investigação formal.
Finalmente mais um médico se adiantou a dizer para a administração do
hospital que Genene Jones, a enfermeira do turno da tarde, estava a matar
crianças. Ele tinha encontrado um manual em suas posses sobre como
administrar heparina por via subcutânea, sem deixar uma marca.
Sem querer problemas com a imprensa teve que tomar medidas.
Em 1982, a Dra. Kathleen Holanda abriu uma Clínica de Pediatria em
Kerrville, Texas. Precisando de ajuda, ela contratou Genene Jones. Ela tinha
trabalhado em Bexar County Hospital com ela e tinha testemunhado. Dr.
Holland a advertiu em tons velados para não contratar Genene, mesmo assim,
ela seguiu em frente e fê-lo. Vendo Genene como uma vítima do patriarcado
dominado pelos médicos do sexo masculino. Ela acreditava que Genene era
uma enfermeira competente, que só precisava de uma chance, e ela deu-lhe o
título de médico pediatra. De acordo com a Carol Anne Davis, Dr. Holland
ajudou na mudança de Genene para Kerrville e alugou quarto para ela e seus
dois filhos.
Chelsea, um bebê de oito meses, foi levado à Clínica da Dra. Kathleen
Holanda, pela mãe Petti Mcclellan. Foi atendida, enquanto a Doutora e a mãe
conversavam, a enfermeira Genene Jones levou a criança para outra ala do
hospital. Pouco tempo depois, Petti McClellan notou que seu bebê parou de
respirar. Foi colocada uma máscara de oxigênio e foram prestados os
primeiros socorros. Petti ficou agradecida à competente enfermeira, Genene
Jones.
Tempos depois Chelsea voltou ao hospital, com o mesmo problema. O
Doutor prescreveu duas inoculações padrão. Genene Jones aplicou a primeira
injeção e Shelsea teve dificuldade em respirar, a mãe já não queria que ela
aplicasse a segunda, parecia que estava tendo convulsão, Genene teimou e
aplicou a segunda e a criança parou de respirar. Foi levada às pressas para
outro hospital, na ambulância foi deitada no colo de Genene. Apesar de todos
os procedimentos, o bebê morreu. Foi constado que Shelsea morreu de SIDS
uma disfunção respiratória.
Tempos depois, Petti foi levar flores no túmulo de sua filha e encontrou
Genene Jones chorando e chamando o nome de sua filha. Tentou conversar
com ela, mas ela agiu como se não a conhecesse.
Por volta dessa época, um médico Sid Peterson descobriu o elevado
número de mortes de bebês no hospital onde Genene Jones havia trabalhado
anteriormente. Ele chamou a atenção de uma Comissão, e eles começaram a
perceber que ela estava fazendo algo para essas crianças. Suspeitava-se que
estava aplicando Succinilcolina, injeção de relaxante muscular.
Eles trouxeram o Dra. Holland e perguntou se ela estava usando
succinilcolina, um relaxante muscular poderoso. Ela disse que tinha algumas
em seu escritório, mas não usava. Sem contar a ela, alguém da comissão
notificou o Texas Ranger.
Dra. Hollanda deu por falta das garrafas de succinilcolina, logo depois,
descobriu que as garrafas cheias tinham suas rolhas perfuradas e o conteúdo
delas era uma solução salina, no dia 28 de setembro.
Temendo pela própria vida, Dra. Holanda ofereceu ajuda e denunciou
Genene. Que já tinha simulado uma overdose com doxepin, remédio contra
ansiedade. Ela tomou quatro comprimidos, mas fingiu ter tomado mais e
fingiu um semicoma.
O primeiro júri deliberou por apenas três horas. Em 15 de fevereiro
1984, Jones foi condenada por homicídio e foi dada a pena máxima de 99
anos. Mais tarde nesse ano, em outubro, foi considerada culpada da acusação
de ferir Rolando Santos por injeção.
As duas condenações totalizaram 159 anos, mas com a possibilidade de
Liberdade Condicional. Jones subiu à Liberdade Condicional depois de 10
anos, mas os parentes do Chelsea McClellan lutaram com sucesso para
mantê-la atrás das grades, onde permaneceria pelo menos até 2009, quando
estaria novamente elegível para Liberdade Condicional.
KRISTEN GILBERT
Kristen Gilbert nasceu em 1967. Uma americana assassina serial que foi
condenada por três assassinatos em primeiro grau, duas tentativas de
homicídio em segundo grau e duas tentativas de assassinato de pacientes
admitidos no VAMC (da Veteran Affairs Medical Center), em Northampton,
Massachusetts. Ela matou os pacientes injetando adrenalina, na época em que
o estoque de medicamentos em enfermaria era uma substância não-
controlada. Levava os pacientes a ter ataques cardíacos.
Graduou-se com dezesseis anos, no Greenfiel Community College,
recebeu certificado de enfermeira registrada. Naquele mesmo ano casou-se
com Glenn Gilbert.
Quando foi admitida na equipe do hospital na adolescência, para os
colegas de trabalho Kristen parecia competente e comprometida com a
profissão. Ela era o tipo de colega de trabalho muito amável e prestativa. Sua
habilidade na enfermagem era avaliada por seus superiores, como sendo
altamente habilidosa e notava-se como ela reagia durante emergências
médicas, era hábil, ágil e prestativa. Mas era mentirosa e propensa a neurose.
Embora outras enfermeiras notassem um elevado número de mortes nos
horários de Gilbert, ainda brincavam chamando-a de "Anjo da Morte". Em
1996, três enfermeiras relataram sua preocupação com um aumento nas
mortes por ataque cardíaco e uma diminuição na oferta de adrenalina. Foi
instaurado um inquérito.
Os motivos de Gilbert não estavam claros, mas estava sendo especulado
pela equipe do VAMC Northampton que sua intenção era demonstrar suas
habilidades de enfermagem, criando situações de emergência, uma vez que
havia um número incomum de casos de parada cardíaca durante o período em
questão, e muitos dos pacientes sobreviveram. Outro motivo, ela estava
usando estas situações de emergência para ganhar a atenção de James
Perrault, um policial VA (pelas regras do hospital era necessário que a polícia
hospital VA estivesse presente em qualquer emergência médica).
Mais tarde Gilbert teve um caso com Perrault. Não se sabe ao certo,
mas funcionários do hospital VA especulam que Gilbert pode ter sido
responsável pelas mortes de oitenta ou mais, e mais de três centenas de
emergências médicas.
Perrault terminou o relacionamento com Gilbert e testemunhou contra
ela, ao ponto de dizer que ela confessou, pelo menos, um assassinato a ele.
Kristen Gilbert, que tinha dois filhos e estava divorciada de Glenn
Gilbert. Apesar de em Massachussetts não ter pena de morte, seus crimes
foram cometidos na propriedade federal, portanto sujeita à pena de morte.
Condenada em 14 de março de 2001, no Tribunal Federal, à prisão perpétua,
sem a possibilidade de Liberdade Condicional por mais de 20 anos.
Lyda Catherine Ambrose
Bela Kiss, serial killer húngaro. Suas façanhas foram imortalizadas pelo
poeta surrealista Antonin Artaud. Em 1912, depois de mudar-se com sua
esposa para a vila de Cinkota, ela começou a ter um caso e logo ela e o
amante sumiram e Bela contou aos vizinhos que eles fugiram. Logo depois,
adquiriu 55 barris de metal. Falou para a polícia local que iria estocar
gasolina por causa da iminente guerra. Em 1914, foi recrutado pelo Exército e
mandado para o campo de batalha. Em julho de 1916, a polícia de Budapeste
recebeu um telefonema de um major em Cinkota que precisava de sete
tambores metálicos de gasolina de grandes dimensões. Quando soldados
passaram pela cidade à procura de gasolina, alguém se lembrou dos barris de
Bela. Ao abrirem na certeza de encontrar gasolina um odor suspeito foi
notado, o detetive chef Charles Nagy assumiu a investigação e abriu um dos
cilindros, contra os protestos da Sra. Jakubec (Governanta de Kiss). Lá eles
descobriram o corpo de uma mulher estrangulada. Os outros tambores
renderam outros conteúdos da mesma forma horripilante. A investigação
final resultou em 24 corpos. Nagy mandou que prendessem Bela Kiss
imediatamente, mas o mesmo havia partido para a guerra. Nagy prendeu a
empregada Jakubec e pediu o serviço postal de realizar todas as chamadas
possíveis para o caso Kiss. Nagy inicialmente suspeitou que Jakubec poderia
ter tido algo a ver com os assassinatos, especialmente porque Kiss tinha
deixado dinheiro para ela em seu testamento.
Jakubec assegurou à polícia que não sabia absolutamente nada sobre os
assassinatos. Mostrou-lhes um quarto secreto em que Kiss nunca lhe deixava
entrar. A sala estava cheia de estantes, mas também havia uma mesa com
uma série de cartas, Kiss se correspondia com 74 mulheres e tinha muitos
livros sobre envenenamentos e estrangulamento.
Das cartas Nagy pode discernir várias coisas. A mais antiga das cartas
era de 1903 e tornou-se claro que o Kiss estava roubando as mulheres que
tinham dotes para casamento. Ele colocou anúncios nas colunas do
casamento de vários jornais e tinha selecionado principalmente as mulheres
que não tinham parentes que morassem nas proximidades e sabia que
ninguém iria notar rapidamente o seu desaparecimento. Ele cortejou-as e as
convenceu a enviar-lhe dinheiro. As que ameaçavam algum problema para
ele, ele matava. A polícia também encontrou registros em um tribunal que
indicou que duas das vítimas haviam iniciado processos judiciais contra ele,
porque ele tinha tomado o dinheiro delas. Ambas as mulheres tinham
desaparecido e o processo foi julgado improcedente.
Aparentemente, Bela havia morrido na guerra.
Bela chamava a si próprio de Hoffman, colocava anúncios em jornais
locais descrevendo a si mesmo como solitário viúvo procurando companhia
feminina. Garroteava aquelas mulheres que respondiam ao anúncio, e as
colocava nos barris. Os corpos de sua mulher e do amante também foram
encontrados ali. Ao investigarem sua morte, constataram no hospital que ele
havia trocado de identidade com algum soldado ferido gravemente, e
escapara ileso da guerra. Nunca foi encontrado, apesar de falsos alarmes de
que teria sido visto em Budapeste ou Nova Iorque.
Alexander (Sasha) & Ludmila Spesivtsev
Fred West nasceu em uma área rural, em uma família humilde, era o
segundo filho de oito que viviam na mesma casa. Viviam em um lar
incestuoso, onde era comum o pai ter relações sexuais com os filhos.
Seu pai o incentivava a cometer os mesmos atos de forma evasiva,
aconselhava-o “Faça o que quiser, só evite ser pego fazendo isso”, sua mãe
também aceitava as práticas e iniciou-o sexualmente aos 12 anos.
Quinta-feira, 24 de fevereiro de 1994; marcou o dia que se tornou o
início de uma história de horror que chocou o mundo. Policiais estavam
escavando o jardim de 25 anos, Cromwell Street, Gloucester – a casa de Fred
e Rosemary West e, mais tarde, apelidado de “House of Horrors” (Casa dos
Horrores). A polícia anunciou que estava investigando o desaparecimento de
uma adolescente de 16 anos, Heather, enteada de Stephen West, filha de sua
primeira esposa, já falecida.
Na época, ninguém – incluindo os policiais – percebeu que a escavação
provocaria uma das maiores investigações que a polícia britânica já tinha
visto. Stephen West, filho mais velho, então com 20 anos, estava em casa
quando a polícia bateu na porta com o mandado de busca para Fred e
Rosemary.
Um ano mais tarde, Stephen e sua irmã Mae escreveram um livro, Inside
25 Cromwell Street – sua narrativa em primeira mão da vida com os
assassinos.No livro, Stephen – que alegou que ele havia sido convencido por
seu pai que Heather vivia na região de Midlands – disse: "Eu disse a um dos
detetives que estavam indo para acabar fazendo papel de bobos, e ele apenas
respondeu: Isso é comum para nós”.
Após ser detido e interrogado, no dia seguinte, Fred admitiu ter matado
Heather e concordou com o ponto onde ele havia enterrado outras duas
meninas no jardim – Shirley Rodrigues e Alison Chambers. Mas ele manteve
o silêncio sobre outros seis corpos enterrados embaixo da adega e do
banheiro da casa. Suas vítimas incluem Carol Cooper, 15 anos, de Worcester
e Hubbard Shirley, também 15, de Droitwich. Mais tarde West admitiu ter
enterrado mais uma vítima – uma menina de oito anos de idade, nascida de
sua primeira esposa, mas foi pai de outro homem em outra casa, em
Gloucester.
Ele também confessou ter jogado o corpo de sua primeira esposa, Rena,
25 anos, e um ex-amante, Ann McFall, de 18 anos, ambos na Escócia, em
campos perto de sua casa de infância em Marcle Much, Herefordshire.
Os detetives estão convencidos desde o início de que Rose West estava
envolvida desde os primeiros crimes, mas ela negou tudo. No início ela ficou
em casa, mas observada sob suspeita. Em outubro de 1995, Rosemary foi
julgada por 10 assassinatos e agora está cumprindo pena para cada um deles.
No Dia de Ano Novo de 1995, Fred West se enforcou na prisão onde ele
estava aguardando julgamento por 12 acusações de homicídio e Rosemary
continua presa, e sonha em um dia voltar para a Casa dos Horrores, embora
saiba que a casa foi demolida.
Ali Reza Khoshruy Kuran Kordiyeh
Curiosidades:
O cantor Morrissey, ex-vocalista do The Smiths, tinha uma idade muito
próxima à das vítimas de Myra e Ian, na época dos assassinatos e ficou
especialmente chocado com os crimes da dupla. Prova disso é que duas
canções da banda fazem referência aos fatos.
Uma delas é Suffer Little Children, a outra é Still.
Rory Enrique Conde (O ESTRANGULADOR DE
TAMIAMI)
Michael foi uma boa criança. Cantava com o coro da Igreja e era querido
entre os vizinhos.
Quando adulto, serviu em uma unidade do Exército de Elite na Itália,
país onde nasceu. Após a saída do Exército, assumiu sua homossexualidade e
abriu um salão de cabeleireiros.
Lupo mudou-se para Londres, quando começou a se interessar por
sadomasoquismo. Acumulou cerca de 4.000 amantes gays e construiu uma
moderna câmara de tortura sexual em sua casa. Até então, Lupo sentia-se
feliz, tinha dinheiro, os homens que queria se satisfaziam sexualmente como
gostava, até que descobriu que era portador do vírus da AIDS.
Após esta descoberta, começou um massacre sangrento contra a
sociedade gay de Londres. Durante um período de dois meses, ele matou
quatro homens, que ele pegou em bares gay e deixou seus corpos cortados e
untados com excrementos.
Dali em diante, Lupo não parou mais, fez várias vítimas e humilhava-as
despejando seu ódio contra sua doença neles.
Em maio de 1986, ele foi preso, se declarou culpado de todas as
acusações e foi condenado à prisão perpétua, que não durou muito, pois em
1996, Lupo morreu na prisão.
Cary Stayner (O Serial Killer de Yosemite)
Cary Stayner era o mais velho de 5 irmãos, dividia o quarto com seu
irmão Steven. Seu pai era um trabalhador da lavoura, trabalhava cerca de 18
horas por dia, seis dias por semana.
Kay, sua mãe, era católica na infância e chegou a viver em um internato,
onde chegou a declarar que sofria abusos sexuais, depois se tornou Mórmon,
como toda a família. Raramente conseguia exibir qualquer carinho com os
filhos, por conta desse motivo. Seu pai preocupava-se em alimentá-los e
vesti-los somente.
Aos 3 anos de idade, Cary foi diagnosticado com uma doença
compulsiva, tricotilomania, doença emocional, em que a pessoa arranca seus
próprios cabelos. Esta desordem emocional voltou, quando foi preso.
O irmão de Cary, Steven, foi sequestrado por um maníaco, chamado
Parnell, quando tinha 7 anos, este o manteve sequestrado por 7 anos. Isso
tornou Cary revoltado e preso a uma redoma de tristeza na infância. O irmão
foi uma vítima de uma personalidade doentia que logo atacaria Cary.
Quando Steven escapou de Parnell, seu sequestrador, voltou para casa,
no ano de 1980. Ele recebeu grande atenção da mídia, um livro (escrito por
Mike Echols), fizeram um filme para TV, ambos intitulados “I Know My
First Name is Steven”, feitos sobre seu sequestro. Steven morreu em um
acidente de motocicleta, enquanto voltava do trabalho para casa em 1989.
No ano seguinte, o tio de Cary, Jessé, "Jerry" Stayner, com quem ele
estava vivendo na época, foi assassinado. Stayner tentou suicídio em 1991 e
foi preso em 1997 por posse de maconha e meta-anfetaminas, mas as
acusações foram retiradas depois.
Em 1997, Stayner foi contratado como caseiro no motel Cedar Lodge,
em El Portal, na entrada para o Yosemite National Park. Entre fevereiro e
julho 1999, ele assassinou quatro mulheres: Carole Sund (uma corretora de
seguros conceituada da Califórnia), sua filha Julie Sund, sua companheira de
viagem, a estudante argentina de intercâmbio, Silvina Pelosso e a funcionária
do Yosemite National Institute (agora Naturebridge), Joie Armstrong. Os
corpos de Carole Sund e Silvina Pelosso foram encontrados carbonizados na
região da Stanislaus Forest, no porta-malas de um Pontiac, Grand Prix, que
Carole alugou para fazer uma viagem com a filha e a amiga. O corpo de Juli
Sund foi encontrado duas semanas depois perto do Lago Pedro, no Condado
de Tuolumme, a quilômetros de distância. O corpo em decomposição da
menina apresentava a garganta cortada. Ele foi inicialmente questionado
quando as três primeiras vítimas foram encontradas, mas não foi seriamente
considerado como um suspeito, devido principalmente às suas relações com
as vítimas e suas tentativas de despistar as autoridades.
Quando o quarto corpo foi encontrado em um manguezal, no Yosemite
National Park, em julho, ele foi interrogado novamente e preso pelos agentes
do FBI, John Boles e Jeff Rinek, em Laguna Del Sol Resort, nudista em
Wilton. No seu caminhão havia evidências que o ligavam às vítimas. Ele
acabou confessando os quatro assassinatos.
Stayner afirmou após sua prisão que fantasiava sobre assassinato de
mulheres desde os sete anos de idade, muito antes do rapto de seu irmão.
Stayner foi julgado, invocado não culpado devido à insanidade. Seus
advogados alegaram que a família de Stayner tinha um histórico de abuso
sexual e doença mental, manifestando-se não só nos homicídios, mas também
do pedido Stayner de pornografia infantil (em troca de sua confissão) e
transtorno obsessivo-compulsivo, a tricotilomania. Foi novamente julgado e
foi considerado são e acusado em quatro acusações de assassinato em
primeiro grau, por um júri em 2001.
Em 2002, durante a fase final do seu julgamento, ele foi condenado à
morte. Um recurso está em andamento. Stayner está preso no Centro de
Ajustamento no corredor da morte na Penitenciária de San Quentin, na
Califórnia.
Thomas Huskey, (THE ZOO MAN)
Rua do arvoredo
Filho de um português que lutou na guerra dos farrapos e em seguida
transportou sua agressividade para sua residência, que dividia com uma índia,
mãe de José Ramos.
Após assistir a muitas brigas, em que a mãe era surrada, José Ramos
interferiu em uma delas, que resultou na morte do pai e em sua expulsão do
convívio familiar.
Já morando em Porto Alegre, José Ramos foi empregar-se na polícia.
Aparentemente em função de sua enorme truculência – há registro de surras
medonhas que impunha a presos ou a simples suspeitos –, foi desligado do
serviço formal, mantendo, no entanto, um vínculo empregatício sólido, como
informante do Chefe de Polícia da Capital, Dario Callado, outro sujeito
conhecido por sua violência – contava coisas de arrepiar, como uma surra que
ele aplicou em um tenente, com quem disputou uma cantora de opereta de
passagem pela cidade, ou castigo em escravos que estavam apenas e
simplesmente caminhando por uma calçada do centro, quando o chefe de
polícia passava.
Um dos crimes que mais assustaram Porto Alegre, e porque não afirmar
o Brasil, foi o crime que ficou conhecido como o Crime da Rua do Arvoredo.
O primeiro sinal do crime apavorou os moradores, que foram puxando o fio
da meada, até que a polícia descobriu o mistério que acontecia no
desaparecimento de pessoas naquela pacata cidade.
Com menos de 20 mil habitantes a descoberta de dois assassinatos pôs
todo o povoado apavorado. Tratava-se de um comerciante português e um
caixeiro viajante jovem de apenas 16 anos. Os restos dos dois foram
encontrados num velho poço, no fundo do pátio de uma casa simples,
localizada em uma das ruas do centro da cidade, a uma quadra do palácio do
Governo Estadual. Ambos tinham a cabeça aberta por golpe de machado e
tinham sido degolados. Para completar o quadro de terror do crime, junto a
eles foi encontrado o cadáver de um cachorro, que os habitantes da cidade
sabiam ser do caixeiro assassinado.
Foram presos um homem de 26 anos, José Ramos, nascido em Santa
Catarina, e uma mulher que com ele morava, Catarina Palsen, húngara de
nascimento, alemã de língua e cultura. Ele é acusado de ser autor dos
assassinatos, ela de ser sua cúmplice. São levados a júri e condenados.
A história se passa no final do século XIX.
(1865-1870), no final da Guerra do Paraguai.
Neste período as cidades brasileiras não tinham gás ou iluminação
pública.
José Ramos degolava suas vítimas, inclusive o cachorrinho. Quando foi
preso, sua casa foi vasculhada. Descobriu-se uma outra ossada, enterrada no
porão, além de vários objetos que não pertenciam nem a ele nem a sua
companheira Catarina. Os exames cadavéricos conduziram a uma única
conclusão: aqueles eram os restos mortais de um alemão, Carl Gottlieb
Claussner, açougueiro sumido havia alguns meses. As coisas se complicavam
para o assassino.
José Ramos era amigo de Claussner e frequentava sua casa, e o
brasileiro havia dito a várias testemunhas que tinha comprado o açougue do
alemão e que ele, em seguida, havia voltado para sua terra, a Saxônia.
Mais pessoas são inquiridas, entre as quais dois outros alemães: um
certo Henrique Rittman, tratado nos autos pela alcunha de “o Corcunda”, e
Carlos Rathmann, já bem mais velho, na casa dos 60 anos, bêbado notório.
Com o aprofundamento das investigações, chegou-se ao horror maior: essa
pequena gangue, liderada por José Ramos, havia matado outras seis pessoas,
no ano de 1863, todas elas de ascendência germânica, algumas vindas das
colônias para comerciar em Porto Alegre, outras de passagem pela cidade. E
não apenas morreram essas pobres criaturas: da carne de seus corpos, José
Ramos, com apoio maior ou menor dos outros, havia feito linguiça. Linguiça
que o açougue de Claussner havia vendido, inclusive para as melhores
famílias da pequena cidade.
No processo, depois do assassinato do comerciante e seu caixeiro, a
posição de José Ramos foi estranha. O próprio Dario Callado
conduziu o inquérito (e um dos julgamentos também). Isso significa
que o acusado era, de certa forma, um funcionário privilegiado da autoridade
processante. Isenção nenhuma – e Décio demonstra, ao analisar a técnica de
interrogatório, que Dario amoleceu as coisas para José Ramos.
O resultado foi que da pena de Prisão Perpétua retrocedeu-se para uma
prisão por tempo limitado e, mesmo assim, dada a intimidade de Ramos com
os esquemas policiais da cidade, ele teve muitas regalias. Ele só morreu em
1893, internado na Santa Casa, leproso – dois anos depois da morte de sua
parceira Catarina, que durante o processo foi quem mais contou coisas dos
bastidores da atuação de Ramos. Este, por sinal, jamais admitiu ter cometido
qualquer dos crimes, pelos quais foi condenado.
A história do homem que fabricou linguiça com carne humana
permaneceu na memória da cidade. Contemporâneos do fato deixaram relatos
imprecisos, alguns francamente fantasiosos, sobre o estranho casal – ele,
formalmente um desocupado, que sabia ler e escrever e atipicamente falava
fluentemente alemão, ela uma prostituta que nem falava a língua local e que,
de repente, aparece como seguidora dos Muckers, aqueles cristãos singulares,
luteranos mas místicos, de comportamento sexual aparentemente muito
liberal, cuja expressão mais conhecida foi Jacobina Maurer, que vivia entre
os colonos do vale do Sinos.
O caldo de cultura desse horripilante episódio contribuiu para sua
permanência. Socialmente, a história aconteceu naquela faixa de gente pobre
das cidades, num ponto em que imigrantes, nativos, portugueses e escravos
de ganho conviviam de alguma maneira.
No detalhe de que os imigrantes de língua alemã pareciam estar
tomando os melhores postos de trabalho aos portugueses e brasileiros. Mais
ainda, os alemães eram vistos com reservas pela população em geral: além de
trabalharem tanto quanto os negros escravos, eram luteranos num país que na
prática não permitia nenhuma ascensão a quem não fosse católico. Isso sem
falar no fato de que as mulheres dessa etnia em geral sabiam ler e tinham um
desembaraço que as tornava, aos olhos luso-brasileiros, extraordinariamente
livres, a ponto de terem relações sexuais antes de casar!
Essa história aconteceu numa cidadezinha pacata, cujas ruas ainda se
chamavam por nomes docemente familiares – Rua do Poço, da Praia, do
Cotovelo, do Arvoredo.
E habitada por pessoas que cometeram o canibalismo involuntário, saído
da mente hostil e insana de um homem.
Preto Amaral
O assassino e a vítima
Daniela Perez era uma jovem atriz, de 22 anos, atuando no auge do
sucesso com o também ator global, Guilherme de Pádua, e assassino da atriz
com sua mulher Paula Thomás.
Na época, ela vivia a doce Yasmin em ‘De Corpo e Alma’, trama escrita
por sua mãe, Glória Perez. O mais espantoso foi a revelação da autoria do
crime. Daniella havia sido morta por Guilherme de Pádua e por Paula
Thomaz, sua mulher na época. Guilherme que vivia o Bira na novela,
apaixonado pela personagem Yasmin.
A atriz foi assassinada na noite do dia 28 de dezembro de 1992, por
volta das 21h30, logo após ter deixado os estúdios da Globo, depois de mais
um dia de gravação. Seu corpo foi encontrado em um matagal da Barra da
Tijuca. No dia seguinte, a notícia dividia a atenção dos brasileiros, que
assistiam também à renúncia do Presidente Fernando Collor.
Antes de confessar a autoria do crime, Guilherme de Pádua procurou
Glória Perez e o ator Raul Gazolla, marido de Daniella, para prestar
solidariedade. Raul, emocionado, teria dito para Guilherme que ele era um
"grande amigo".
Logo após a confissão dos assassinos, começaram a circular várias
versões que tentavam explicar o ocorrido. Entre elas, a de que Guilherme de
Pádua estaria confundindo a ficção com a vida real e que estaria apaixonado
por Daniella Perez. Foi cogitado, inclusive, que os dois estariam vivendo um
romance fora das telas, história totalmente negada por todos os colegas de
elenco.
Em janeiro de 1997, o juiz José Geraldo Antônio condenou Guilherme a
19 anos de prisão pela morte da atriz. No dia 16 de maio daquele ano, após
44 horas de julgamento, o mesmo juiz condenou também Paula a 18 anos e
meio, pela sua participação no assassinato. A decisão foi comemorada pelo
público presente, com uma salva de palmas.
Paula Thomaz e Guilherme de Pádua estavam presos desde o momento
da confissão. Na ocasião, ela estava grávida do primeiro filho do
casal, Felipe, que nasceu em 1993, na cadeia. Foi o filho, aliás, o responsável
pela redução da pena de Guilherme. Ele reivindicou a redução da pena,
baseado no Decreto Presidencial nº 3.226, de 29/10/1999, que concede
indulto da pena ao "condenado à pena privativa de liberdade superior a seis
anos, pai ou mãe de filho menor de doze anos de idade incompletos até 25 de
dezembro de 1999 e que, na mesma data, tenha cumprido um terço da pena,
se não reincidente, ou metade, se reincidente."
Os personagens desta história:
Daniella Perez - A única filha mulher da autora Glória Perez, sempre
quis ser artista. Começou como dançarina atividade que, aliás, exerceu extra-
profissionalmente até a sua morte prematura.
Quando morreu, aos 22 anos, Daniella estava casada com o ator Raul
Gazolla, que ela havia conhecido na novela “Kananga do Japão”, da
Manchete.
Glória Perez - Depois do assassinato da filha, Glória Perez passou a se
dedicar quase que integralmente à condenação dos culpados, buscando
provas através de uma investigação paralela feita com seu advogado, Arthur
Lavigne. Glória chegou a convencer três pessoas que trabalhavam em um
posto de gasolina, onde Daniela teria passado pouco antes de ser morta, a
prestarem depoimentos contra Paula e Guilherme.
Além disso, a autora liderou um Movimento Nacional para mudar a Lei
que garante a criminosos primários o cumprimento da pena em liberdade.
Recentemente, Glória tem dado várias declarações de que não acredita mais
na Justiça do Brasil.
Nascida em Rio Branco, no Acre, Glória Perez é formada em História e
começou a sua carreira como escritora de novelas colaborando com Janete
Clair. Depois da morte da "Mestra", foi Glória quem assumiu o comando da
novela “Eu Prometo”, de 1983. Sua carreira havia começado antes, em 1979,
quando ela escreveu um episódio para a série ‘Malu Mulher’, da Rede Globo.
O episódio, no entanto, nunca chegou a ser gravado, mas foi ele que
despertou em Janete Clair, o interesse pela nova autora.
Depois da morte de Daniella, Glória ficou quase três anos sem escrever,
só voltando às telas com ‘Explode Coração’, em 1995. Seu mais recente
sucesso foi ‘O Clone’.
Em novembro desse ano, Glória Perez viveu mais um drama pessoal,
perdendo seu filho Rafael Ferrante Perez, de 25 anos. Portador de Síndrome
de Down, Rafael morreu vítima de uma torção intestinal, em Brasília, onde
vivia com a avó. Agora Glória só tem um filho vivo, Rodrigo.
Guilherme de Pádua - O mineiro Guilherme de Pádua estreou na
televisão na novela ‘De Corpo e Alma’, a primeira e última da sua breve
carreira. Anos antes da estreia, ele chegou ao Rio de Janeiro para tentar a
carreira artística. Especula-se que ele chegou a realizar trabalhos como
michê, mas o fato sempre foi negado por ele.
Após cumprir um terço da pena (seis anos e quatro meses), Pádua
conseguiu a Liberdade Condicional em 1999, por bom comportamento. No
ano seguinte, a Vara de Execuções Criminais de Minas Gerais concedeu a ele
a redução de 25% da sua pena, que passou para 14 anos, dois meses e 26 dias.
Em 2001, ele entrou com o pedido de indulto, que o deu a liberdade esse ano.
Se nos próximos 5 anos, Guilherme mantiver um bom comportamento e não
se envolver em nenhum outro crime, passará a ser considerado réu primário.
Caso alguém o chame de assassino, ele pode, inclusive, entrar com um
processo por calúnia e difamação.
Atualmente, Guilherme de Pádua leva uma vida normal e cursa o 1º
período de Ciências da Computação na PUC Minas, em Belo Horizonte, e já
desenvolve trabalhos na área. Recentemente, ele foi pré-selecionado para
receber uma bolsa de estudos.
Paula Thomaz - Em liberdade condicional desde novembro de 1999,
Paula Nogueira de Almeida Thomaz, 28 anos, agora assinando apenas Paula
Nogueira, cursa Administração de Empresas desde 2000, na Faculdade
Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. O privilégio da condicional veio após
ela cumprir um sexto da pena, de 15 anos a que foi condenada.
Ao contrário dos seus colegas, Paula não prestou vestibular. Ela
conseguiu ingressar na faculdade através do Programa de Acesso Direto,
aprovado há dois anos pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).
Através dele, o aluno que tenha obtido média sete nos três anos do ensino
médio, pode ingressar na faculdade sem prestar vestibular.
Paula queria estudar Ciências Contábeis, mas como o curso é à noite, ela
não pode frequentar as aulas por determinação judicial. Outra determinação
exige que Paula Thomaz se apresente à Justiça, a cada três meses.
O casamento com Guilherme de Pádua acabou logo depois do crime. O
advogado de Paula Thomaz defendeu a tese de que sua cliente estaria em um
shopping, no momento do crime. O de Guilherme, por sua vez, alegou que a
autora das estocadas teria sido Paula. Seu cliente teria apenas imobilizado a
vítima.
Em 2001, foi anunciado o segundo casamento de Paula com Sérgio
Ricardo Rodrigues Peixoto.
Hoje em 2010, os dois estão livres, Guilherme como alguns outros
psicopatas encontraram no Evangelho sua saída para aceitação popular,
iludindo fiéis com sua mudança e encobrindo uma mente doentia e,
infelizmente, como tantas outras mal julgadas no Brasil, que se encontra em
liberdade.
O Caso Farah - Jorge Farah
João Roberto, um lindo menino de três anos, foi metralhado por dois
policiais militares na Zona Norte do Rio de Janeiro, após o carro de sua mãe
ter sido confundido com um carro em perseguição policial. O garoto foi
alvejado de balas pela Polícia Militar quando estava no carro dos pais, em
companhia de sua mãe e de um irmão de nove meses.
O ataque da polícia contra a família do garoto João Roberto Soares
aconteceu na Rua General Espírito Santo Cardoso, no bairro da Tijuca, Zona
Norte. Por volta das 19h40min, a mãe do garoto, a advogada Alessandra
Soares Amaral, que estava ao volante do carro, um Fiat Palio de cor grafite,
voltava de uma festa infantil com os dois filhos. Ela parou o carro após
perceber que a polícia estava perseguindo um outro carro, um Fiat Stilo de
cor preta, que passou por ela em alta velocidade. Ao estacionar o carro para
dar passagem para a polícia, foi surpreendida com uma saraivada de tiros.
Os policiais, em vez de seguirem a perseguição aos supostos bandidos
do outro carro, fecharam o veículo de Alessandra, onde estava com os dois
filhos. Sem nenhum aviso de prisão começaram a metralhar o carro de
maneira indiscriminada. Enquanto os policiais fuzilavam o carro onde
Alessandra, João Roberto de três anos e seu irmão Vinícius, um bebê de nove
meses, estavam, a mãe tentou alertar os policiais da existência de crianças no
carro jogando pela janela uma sacola de bebê, mas o aviso foi completamente
ignorado pelos assassinos que continuaram a metralhar o carro. Os policiais
tiveram ainda o desplante de perguntarem a Alessandra após o tiroteio: "Cadê
o bandido?". Foram mais de 30 tiros contra a mãe e as duas crianças, destes
pelo menos a metade atingiu o carro e um deles acertou a cabeça de João
Roberto.
A bala que atingiu o garoto entrou pela nuca e atravessou o cérebro até a
região frontal da cabeça, onde parou. Além desse tiro, a criança foi atingida
por um tiro nas nádegas e outro de raspão na orelha esquerda. João Roberto
foi levado ao Hospital do Andaraí e depois transferido para o Hospital Copa
D'Or, onde ficou internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Os médicos
diagnosticaram morte cerebral e deram menos de 5% de vida para o menino.
O projétil que atingiu a criança de três anos ficou alojado na quarta vértebra
cervical, causando a morte cerebral. Na noite do dia seguinte, o garoto João
Roberto teve os aparelhos que o mantinha vivo, desligados pelos médicos. A
mãe sofreu ferimentos de estilhaços das balas, mas passa bem. O bebê de
nove meses, irmão de João Roberto, não foi atingido.
O enterro do menino morto pelos PMs ocorreu, no Cemitério do Caju,
Zona Norte do Rio de Janeiro. O velório contou com cerca de 300 pessoas,
mas nenhuma autoridade esteve presente. O menino foi enterrado com uma
fantasia do homem aranha, segundo os pais era a que o garoto mais gostava.
A mãe de João Roberto, que estava sedada, e o pai, o taxista, Paulo Roberto
Amaral, de 45 anos, estavam profundamente abalados, tanto que saíram do
cemitério em uma ambulância.
Paulo Roberto desabafou dizendo, "O Estado não tem carta branca para
matar ninguém. Aqui não tem pena de morte. E se fossem bandidos?
Prendessem os bandidos".( Zero Hora, 9/7/2008).
A atuação da Polícia Militar neste caso só corrobora que toda a
campanha feita pelos Governos Municipais, Estaduais e principalmente o
Governo Federal de aumentar os gastos com segurança tem como único
objetivo aumentar a repressão contra a população. O que ocorreu com este
caso, atirar para depois perguntar, não é uma exceção na Polícia Militar, mas
a regra. O que aconteceu no Rio de Janeiro é um dos muitos exemplos da
ação assassina da polícia contra a população pobre, nas periferias, de todo o
Brasil onde centenas de pessoas morrem pelas mãos da polícia, com
execuções sumárias à queima roupa.
Os trabalhadores estão completamente reféns desta polícia assassina e
por isso devem combater este aparato repressivo sanguinário do Estado
burguês que tenta se apresentar como "democrático", mas que serve
unicamente para reprimir cada vez mais. É necessário exigir a dissolução
imediata da PM, como também o controle de MILÌCIAS populares, nas
comunidades que sejam eleitas pelo povo, para que assim haja uma
verdadeira segurança da população explorada das favelas.
Infelizmente, no Rio de janeiro e nas grandes cidades do Brasil a Polícia
Militar trabalha no dia a dia com armamentos de guerra, para atuar
juntamente com a população em um ambiente que se confunde entre a
fantasia de filmes hollywoodyanos e o cotidiano das famílias brasileiras.
Eliza Samúdio
O filme fala sobre a morte de Jean Charles e sua vida como imigrante
em Londres, na busca por viver legalmente em outro país, suas aflições e
desencantos e sua vontade de continuar ali. Mostra também a realidade de
outros imigrantes que deixam suas famílias, indo atrás da ilusão de ganhos
absurdos de dinheiro, que na maioria das vezes não chega a ocorrer.
Como milhares de brasileiros que emigram para a Europa e os Estados
Unidos em busca de melhores condições econômicas, Jean Charles partiu
para Londres em 2002. O brasileiro foi confundido pela polícia com um dos
extremistas islâmicos que teriam planejado um ataque frustrado ao sistema de
transportes da capital britânica, em 21 de julho de 2005.
No dia seguinte, Jean Charles foi seguido ao sair do apartamento em que
morava e, ao entrar no metrô, foi morto por um grupo especial da polícia
londrina. Além de mostrar a história pessoal de Charles, o filme também
esmiúça a relação entre os imigrantes brasileiros no país: as dificuldades, os
preconceitos, as conquistas e os desafios, semelhantes aos do protagonista,
servem para traçar um retrato da vida das pessoas que decidiram ir para lá e
se aventurar em busca de um futuro melhor. Segundo os criadores, o filme é
uma mistura de ficção e fatos reais.
"É quase como se, para contar a realidade de um jeito mais profundo, a
gente tivesse que inventar um pouco", diz Goldman. "Isso nós fizemos
despudoradamente."
Elenco
Além de atores experientes como Selton Mello e Vanessa Giácomo, o
elenco também é formado por não-atores, incluindo pessoas que conviveram
com Jean Charles, como a prima Patricia Armani, que interpreta o seu próprio
papel. "Nunca tinha me passado pela cabeça participar de um filme", conta
Patrícia. "Teve aquele lado triste também de ter que relembrar as coisas para
poder fazer as cenas. Cheguei a ter até uma certa depressão durante as
filmagens. Mas foi muito legal, foi uma experiência muito gratificante
mesmo.”
"De acordo com os produtores, os familiares de Jean Charles terão uma
participação na renda do filme. "Nós tivemos um trabalho sempre junto com
a família", afirma Marcelo Starobinas. "Nós lemos o roteiro para os primos
várias vezes, fomos a Gonzaga (cidade natal da família, em Minas Gerais),
lemos o roteiro para o irmão do Jean Charles, explicamos a história para os
pais do Jean, aceitamos sugestões, mudamos muitas coisas no filme que
desagradavam a família", acrescenta o roteirista.
A produção é estrelada pelo ator Selton Mello, que recentemente foi
premiado como o Melhor Ator de 2008, pela Academia Brasileira de Cinema,
por sua atuação no filme “Meu Nome Não é Johnny”.
Notas finais:
Escrever um livro sobre crimes é ao mesmo tempo estimulante e
angustiante.
Nunca havia escrito um documentário antes e confesso que em alguns
momentos fiquei um pouco paranóica, em pensar que não conhecia as
pessoas com quem convivia.
E é uma realidade, no fundo não sabemos do que as pessoas são capazes.
Os psicólogos admitem que qualquer ser humano é capaz de matar por
impulso, mas há casos, como vimos aqui neste livro que são
matematicamente calculados, e é neste espaço que mora a insanidade mental,
ou simplesmente o desejo incontrolável de mostrar o poder sobre a vida
alheia.
Certamente os portadores de distúrbios mentais em geral não são os
grupos mais violentos da sociedade. Quanto aos homicidas, eles podem ser
classificados em dois grupos. O primeiro diz respeito aqueles chamados
“anormais”, a denominação se refere às condições atípicas que levaram o
sujeito a cometer o crime.
Uma discussão mais acalorada, um choque violento ou uma grande
decepção podem desencadear o desejo instantâneo de matar. Não é difícil
ceder a este instinto. Qualquer animal selvagem, por menos desenvolvido que
seja seu cérebro, tem a percepção nítida da vida e da morte.
Mas o que nos difere dos animais é a capacidade de raciocínio acima das
emoções.
Monstro, aberração, pervertido, anomalia da natureza, calculista,
psicopata, doente... Esses são apenas alguns dos adjetivos usados para
designar os assassinos cruéis, chamá-los assim parece ter sobre nós o curioso
efeito de um pequeno alívio, um desabafo que os apresentadores de televisão,
os radialistas e os políticos sabem capitalizar como ninguém em seus
discursos sobre a violência. "Quanto mais execramos esses criminosos, mais
nos sentimos diferentes deles, como um exorcista que, diante do demônio,
fortalece a sua fé", diz o psicanalista William Cesar Castilho Pereira,
professor de Psicologia da PUC, de Minas Gerais. "É uma defesa natural para
negar o potencial de violência que existe em todos nós", afirma William.
Quem nunca teve vontade de esganar alguém? Por mais zen que uma pessoa
possa parecer, ninguém está livre do arrebatador impulso para a violência.
"Assim como em outros animais, a violência faz parte do ser humano", diz
Márcia Regina da Costa, professora de Antropologia da PUC de São Paulo.
Especialista em violência de gangues, Márcia diz que esse potencial pode
variar de um comportamento agressivo no trânsito, uma briga de torcidas
até um assassinato. "A violência é como uma espécie de arquivo de
computador não-executável", diz a antropóloga. "Dependendo do estímulo,
ele entra em ação e os resultados podem ser inesperados." Mas, se é verdade
que todos nós temos a capacidade para o mal, por que somente algumas
pessoas chegam às vias de fato?
"Assim como ocorre com os nossos desejos sexuais, a vida em
sociedade exige a repressão de alguns instintos", afirma o psicólogo paulista
Antônio Carlos Amador Pereira, especialista em desenvolvimento psíquico
de adolescentes e adultos. Ou seja: por mais vontade que tenha de agredir
alguém, você tem que renunciar a esse desejo para viver em grupo. "Essa é a
diferença entre a vida selvagem e a civilização", diz o psicólogo. "Mas a
renúncia a esses instintos nunca é fácil." No artigo "O mal-estar da
civilização", publicado em 1930, Sigmund Freud descreveu pela primeira vez
o conflito existente entre nossos impulsos animais e a repressão desses
impulsos pela vida em sociedade. A força resultante desse embate é a culpa –
aquele anjinho dos desenhos animados dizendo, no pé do ouvido, que você
deve se controlar. Ainda assim, num momento de ira, ninguém estaria livre
de cometer algum ato violento.
Se todos os crimes violentos fossem provocados por um momento de
descontrole, as explicações acima seriam bastante satisfatórias. Os crimes
passionais, portanto, são causados por uma onda incontrolável desse instinto
animal, que todos temos e que nos faz querer resolver nossos problemas pela
via mais simples, direta e distante do raciocínio. Mas como explicar os
crimes perversos que foram planejados com a tranquilidade de quem prepara
uma refeição? O que se passa na mente de um sequestrador que agiu
teoricamente em busca de dinheiro, mas que não se conteve e estuprou e
queimou sua refém?
"São atos que não podem ser simplificados como tendo origem na
pobreza, na ignorância ou num momento de descontrole", diz o psiquiatra
americano Jonathan Pincus, autor do livro Base Istincts - What Makes
Killers Kill ("Instintos básicos - O que faz matadores matarem", inédito no
Brasil). "Há algo diferente na mente dessas pessoas que as torna capazes de
cometer atrocidades sem sentir nenhum remorso." Lembra a figura do anjinho
tentando controlar seus atos para evitar que você cometa um crime e depois
se sinta culpado? Para essas pessoas, parece não existir nem o anjo nem a
culpa. Popularmente, elas são conhecidas como psicopatas.
Segundo a medicina, psicopatas são, na verdade, portadores do distúrbio
de personalidade antissocial, um transtorno catalogado desde 1968, cujos
principais sinais são o desrespeito dos desejos, dos direitos ou dos
sentimentos alheios e um padrão repetitivo de violação das normas. "A
prevalência desse distúrbio na população é estimada em 2,5%", afirma o
psiquiatra Marco Antônio Beltrão, diretor do Instituto de Medicina Social e
Criminológica do Estado de São Paulo (Imesc). Segundo essa proporção, o
Brasil teria nada menos que 4,5 milhões de pessoas nessa condição – o
equivalente à soma das populações do Estado de Mato Grosso e de Sergipe.
Muita gente, não?
Ainda bem que nem todos os psicopatas são criminosos cruéis. "Sofrer
desse distúrbio não significa necessariamente que a pessoa seja ou se torne
um assassino", diz o neurologista Henrique Del Nero, da Universidade de São
Paulo. Segundo ele, na maioria dos portadores desse transtorno, o
comportamento antissocial se manifesta por traços como egoísmo e falta de
escrúpulos. É aquele colega de trabalho que atropela os outros para subir na
vida ou o político que desvia dinheiro de um hospital para crianças órfãs com
câncer para sua conta bancária. "Boa parte dessas pessoas também são
psicopatas", diz Del Nero. "Mas menos de um 1% comete assassinatos
cruéis."
O motoboy Francisco de Assis Pereira é um dos que estão nessa lista.
Em 1998, ele confessou ter assassinado dez mulheres no Parque do Estado,
em São Paulo. A técnica do "Maníaco do Parque", como ficou conhecido, era
seduzir moças e depois estuprá-las e matá-las por estrangulamento. Ao
confessar seus crimes, Pereira estava com o olhar sereno. Não demonstrou
sinais de emoção ou de arrependimento e disse que, se retornasse às ruas,
voltaria a matar. Ao contrário do que muita gente imagina, ser diagnosticado
como um sociopata não ajuda em nada na diminuição da pena. O motoboy foi
condenado a 121 anos de prisão.
"Os psicopatas sabem que estão fazendo algo errado", afirma o
psiquiatra americano Jonathan Pincus. "Eles simplesmente não sentem que
estão fazendo algo errado." Confuso? Para entender melhor a diferença entre
saber e sentir, o psiquiatra conta a história de um paciente não-violento que,
após uma cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro, passa a urinar na
sala de jantar e em outros locais além do banheiro. "Você pergunta se ele
sabia que não devia fazer isso. Ele responde que sim, sabia. Aí você
pergunta: 'Por que você fez isso, então?', Ele responde: 'Não sei, eu fiz'." O
psiquiatra diz que, por mais que ele saiba que é errado, alguma mudança no
cérebro do paciente faz com que ele simplesmente não se incomode nem sinta
constrangimento em molhar o assoalho da casa.
Essa consciência do ato no momento do crime é, também, a principal
diferença entre os crimes cometidos por um psicopata e por um doente
mental. "O sociopata facilmente se entrega numa conversa, já que fala de
seus crimes sem demonstrar nenhuma emoção ou constrangimento", diz o
psiquiatra Marco Beltrão, que já fez o laudo de gente como o professor de
Matemática Leonardo de Castro, o homem acusado de ter detonado uma
bomba no avião da TAM, em 1997, matando um dos passageiros. (Leonardo
não foi considerado nem doente mental, nem sociopata.) "O assassinato
movido por uma alucinação provocada por doença mental, tem um perfil bem
diferente."
Foi o que aconteceu às 15h45 da tarde, do dia 31 de março de 1985, na
cidade de Itu, interior de São Paulo. O torneiro mecânico Sérgio Berloffa
assassinou a mãe, com uma faca de cozinha sem nenhum motivo aparente.
Berloffa era considerado um filho meigo e carinhoso. A investigação feita
mostrou que ele fora movido por alucinações. Como num filme de terror, o
assassino ouvira uma voz que o instruíra a matar a própria mãe. Segundo ele,
a tal voz demoníaca havia explicado que, ao matá-la, ela ressuscitaria e
viveria para sempre. Sérgio seguiu as instruções da voz, sua mãe não
ressuscitou e, desde então, ele está detido na Casa de Custódia de Franco da
Rocha, interior de São Paulo. É para lá que são enviados os chamados autores
de crimes inimputáveis – o palavrão significa que o juiz entendeu que o réu
não tinha consciência do que estava fazendo no momento do crime e, logo,
não pode ser julgado como um assassino comum.
Após ser examinado por psiquiatras, as alucinações de Sérgio mostraram
ser sintomas de esquizofrenia paranóide, uma doença mental comum, que
apenas em pouquíssimos casos torna sua vítima violenta. "Esse é um típico
caso de crime motivado por doença mental", diz o psiquiatra Carlos Eduardo
Garcia, que há 21 anos, acompanha e medica os pacientes da Casa de
Custódia.
"Mas esses assassinatos estatisticamente são raros", afirma. "A maioria
dos crimes considerados bárbaros são cometidos por pessoas com distúrbio
de personalidade antissocial, os chamados psicopatas."
Nos Estados Unidos, estima-se que nada menos que três quartos da
população carcerária tenha o transtorno de personalidade antissocial.
"Não temos dados desse tipo no Brasil", diz o psiquiatra Paulo Sérgio
Calvo, um dos encarregados de examinar os presos da Casa de Detenção do
Carandiru, em São Paulo. "Se eu tivesse que fazer uma estimativa, acredito
que essa proporção, no Brasil, não chegaria a um quarto dos presos", afirma.
Para ele, mesmo que a proporção de psicopatas nos presídios brasileiros seja
menor, são eles que encabeçam as rebeliões e convencem os outros presos a
participarem dos motins. "Ainda que o número deles não seja tão expressivo,
o estrago que eles provocam é enorme. Se conseguíssemos diagnosticar todos
esses casos e separá-los dos outros presos, muitas dessas rebeliões deixariam
de acontecer." Mas, afinal, qual a origem desse transtorno? O chamado
psicopata nasce assim ou é fruto do ambiente em que vive?
A resposta para essa pergunta vem gerando controvérsias desde o século
XVIII, quando o médico austríaco Franz Gall defendia a tese de que ninguém
se torna criminoso, já se nasce criminoso. Gall foi um dos mais importantes
representantes da frenologia, a teoria de que era possível identificar um
assassino frio por meio de algumas saliências no crânio. A ideia é que havia
no cérebro uma área específica para a violência. Se essa área fosse grande,
era melhor apressar o exame do paciente e sair logo da sala. Mas a realidade
não se encaixou na sua tese e as ideias de Gall e outras explicações biológicas
para a origem da agressividade caíram em descrédito, na mesma época em
que a psicanálise buscava modelos que não tivessem necessariamente uma
origem orgânica para explicar a violência.
Até hoje, os pesquisadores se dividem. De um lado estão os que
procuram encontrar no cérebro a origem da sociopatia. Uma pesquisa
realizada pelo neurologista Adrian Raine, da Universidade de Southern
California, em Los Angeles, analisou imagens computadorizadas de cérebros
de sociopatas e sugeriu que eles apresentam algumas alterações no córtex
frontal, a parte do cérebro que fica logo abaixo da testa e que é considerada
responsável por nossa capacidade de sentir emoções. Resta saber se essa
alteração é genética ou fruto de algum distúrbio psicológico adquirido.
Do outro lado estão os que acreditam que a insensibilidade dos
psicopatas é fruto de um trauma, como violência ou abuso sexual na infância.
Enfim, um problema de software e não de hardware. Mas todos parecem
concordar num ponto: não deve existir apenas um fator para que alguém se
torne um assassino frio. Problemas neurológicos, doenças mentais, abuso
sexual e violência infantil, todas essas causas são plausíveis para explicar o
que torna algumas pessoas mais vulneráveis a cometer esses crimes.
"É preciso reconhecer que existe uma série de outros problemas
psíquicos que podem levar alguém à violência, que não se enquadram nem na
doença mental nem na sociopatia", diz o psiquiatra José Cássio do
Nascimento Pitta. Ele foi o psiquiatra do estudante de medicina Mateus da
Costa Meira, preso após disparar, em 1999, cerca de 40 tiros de metralhadora,
na plateia de um cinema num shopping, em São Paulo, matando três pessoas
e ferindo outras cinco.
Mateus não foi considerado nem um sociopata nem um doente mental.
Qual o motivo dos disparos? Pitta se recusa a falar do seu paciente por
"questões éticas", mas afirma que há uma série de outros fatores ligados ao
desenvolvimento da personalidade que, aliados ao uso de drogas, podem
servir de estopim para um ato violento. No exame que a polícia fez para saber
se o estudante estava sob o efeito de tóxicos no dia da chacina, foram
encontrados vestígios de cocaína.
Há o que fazer para prever esse tipo de crueldade? Os especialistas
dizem que os esforços devem se concentrar no combate à violência e ao
abuso infantis, que são mais recorrentes em locais onde predomina a pobreza.
"É preciso coibir com rigor a violência contra crianças, porque quem é vítima
dela tende a deixar de ser a vítima e se transformar no violentador no futuro",
afirma o psicoterapeuta paulista Roberto Ziemer. "A formação de uma
criança não é um problema que só diz respeito aos pais dela, já que, no
futuro, todos pagamos pelos crimes que tiveram origem na violência e no
abuso sexual." Ziemer defende a tese de que todo assassino perverso sofreu
alguma forma de abuso na infância, seja o terrorista Bin Laden, Hitler ou o
"Maníaco do Parque".
O psiquiatra Paulo Sérgio Calvo, da Casa de Detenção do Carandiru, diz
que outra forma de evitar a formação de assassinos frios é fazer com que a
legislação aumente a parcela de responsabilidade dos pais sobre os atos
cometidos por seus filhos. "O engajamento deles tem que ser cobrado", diz o
psiquiatra. "As pessoas parecem esquecer que o ambiente em que essas
crianças vivem pode determinar se vão ou não se transformar em assassinos
frios no futuro."
Outro ponto polêmico que divide os especialistas é o papel da pobreza
na formação de assassinos frios. "Ela pode até não explicar todos os casos,
mas é claro que existe uma relação, mesmo que indireta", afirma o psiquiatra
do Imesc Marco Antônio Beltrão. "Em regiões pobres, há mais famílias
desestruturadas, mais abuso e violência infantil e, consequentemente, mais
assassinos frios." Para o psicólogo Antônio Carlos Amador Pereira, da PUC
de São Paulo, esse elo é mais direto: "Viver numa sociedade que celebra o
consumo e se sentir excluído dessa festa, é claro que torna uma pessoa muito
mais vulnerável ao ódio e à violência", diz. "Por que você acha que alguns
sequestradores vão direto a um shopping center depois que recebem o
resgate?"
Além do consumo, o psicólogo diz que a violência tem outro atrativo
para jovens excluídos: a sensação de poder. "Com uma arma na mão, uma
pessoa se sente uma espécie de Deus, com o poder sobre a vida e a morte de
outro ser humano", diz o psicólogo. "É preciso que a violência deixe de ser
encarada como a única forma, ainda que breve de viver intensamente."
Enfim, concluo esta obra com a ciência de que há muito ainda que
aprender sobre a mente humana
Izabelle Valladares
Bibliografia e fontes:
Barrett, Anthony (1989), Caligula: the corruption of power
Blockley, R.C.: The Fragmentary Classicising Historians of the Later Roman
Empire, vol. II (coleção de fragmentos de Prisco, Olimpiodoro e outros, com
o texto original e tradução ao inglés). ISBN 0-905205-15-4
↑ Vlad III (ruler of Walachia) - Encyclopaedia Britannica.
Cartas del Marques Don Francisco Pizarro (1533-1541)
Ferdinand Ossendowski, Bêtes, Hommes et Dieux,
O livro Vermelho- Lin Piau
UOL Educação
Jornal “O Globo”
Revista Veja
Revista Superinteressante
Revista Época
Revista História
Steigmann-Gall, Richard (2003), The Holy Reich: Nazi Conceptions of
Christianity, 1919–1945,*Cambridge; New York: Cambridge University
Press, doi:10.2277/0521823714, ISBN 0-521-82371-4.
Guyana Tragedy: The Story of Jim Jones e Jonestown: Paradise
Lost, telefilmes sobre a vida de Jim Jones (páginas no IMDB).
G1.globo.com
P.Montefiore, Simon O jovem Stalin. Companhia das Letras)
As imagens foram pesquisadas em diversas páginas da internet, não houve cópia de textos, qualquer
semelhança é mera coincidência.
Sobre a Literarte
A LITERARTE- Associação Internacional de escritores e artistas foi fundada em 10 de julho de
2010, mas começou suas atividades propriamente dita em outubro deste mesmo ano. Trata-se de uma
entidade cultural de tempo indeterminado, com foro jurídico na cidade de Cabo Frio, com sede na
Avenida Nilo Peçanha, nº 360, Lj 106, Centro, Cabo Frio, RJ. Sem fins lucrativos, tem por objetivo
principal associar, unir, promover e divulgar, a nível nacional e internacional, escritores e artistas
plásticos, residentes ou não no Brasil.