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Literarte

OS MAIORES CRIMES DE TODOS OS


TEMPOS e Supostas Conspirações

Izabelle Valladares
Edição digital 2016
Associação Internacional de escritores e artistas - Literarte
Copyright © 2016 by Izabelle Valladares

Editora Geral: Izabelle Valadares


Diagramação Digital: Gustavo Gonçalves

Literarte

Cnpj: 143102010001-8

https://www.facebook.com/grupoliterarte?fref=ts

www.grupoliterarte.com.br
Sobre a Escritora

Izabelle Valladares Santos (Niterói, 13 de maio de 1975) é uma escritora e


apresentadora brasileira.
Autora de diversos livros, e atualmente é presidente da Literarte - Associação Internacional de
Escritores e Artistas e da delegação brasileira da ALAV - Academia de Letras y Artes
de Valparaíso (Chile).
Dentre as obras de sua autoria, o documentário "Os maiores crimes de todos os tempos" ganhou
o prêmio Interarte de melhor documentário criminal de 2011 da Academia de Letras de Goiás.
Por causa de suas funções como presidente da Literarte, Izabelle Valladares participa,
organizando e divulgando seus livros em eventos em diversos estados do país e também no exterior.
Em 2012, a escritora participou do Salão do Livro, em Paris.[1]
Em 2013, Izabelle Valladares participou da mostra "Saberes Criativos", Feira
de Exposição Intercultural de Literatura, Arte e Educação, realizada pela ABRASA em Viena (Áustria).
Neta do jornalista Antônio Andrade (Prêmio Esso de 1967), Izabelle também organiza antologias
e, residiu mais de 10 anos em Cabo Frio, e atualmente mora em Salvador- Bahia, onde fica a Sub-sede
da Literarte.
Sumario
Sobre a Escritora
Prólogo
Supostas conspirações
Abraham Lincoln
Bruce Lee e Brandon Lee
Brandon Lee
Elvis Presley
Motivos para Sumir
Getúlio Vargas
Parte 1 – O primeiro assassinato da história.
Calígula (12 Dc – 41 Dc)
Átila, o rei dos Hunos (406-453)
Vlad Tepes (1431-1476)
Francisco Pizzarro (1475-1541)
IVAN, O TERRÍVEL
Barão de Sternberg (1886-1921)
Parte 2 – Os maiores genocídios da História
Mao Tse tung
General alemão Lothar Von Throta
Stalin
MENGUELE (O Carrasco Nazista ou o primeiro Dr. Morte).
POL POT (O assassino dos professores)
Adolph Hitler (Führer)
JIM JHONES
Parte 3 - As maiores assassinas da história.
As irmãs Maria e Delfina Gonzales.
ELIZABETH BATHORY
ILSE KOCH
Jane Toppan
LUCRÉCIA BORGIA
ALLIT BEVERLY
BELLE GUNNESS
Aileen Wuornos
Mary Anne Cotton
GENENE JONES
KRISTEN GILBERT
Lyda Catherine Ambrose
MARIE NOE
MARY BELL
MARYBETH TINNINGS
Nancy Hazle Doss
THEREZA KNORR
Parte 4 – Os maiores Serial Killers de todos os tempos.
A Família Bender (Um dos pioneiros na loucura)
Pedro Alonzo (O monstro dos Andes)
Luiz Alfredo Garavito (A Besta)
Patrick W Kearney (O assassino do saco de lixo)
Denis Rader o BTK
JACK, O ESTRIPADOR
MARCEL PETIOT (MÉDICO OU MONSTRO?).
Lucian Staniac (O Aranha Vermelha)
Bela Kiss
Alexander (Sasha) & Ludmila Spesivtsev
Donato Bilancia (O monstro de Ligúria)
Robert Hansen (Projeto Verão)
Richard Ramirez (O invasor noturno)
José Antonio Rodríguez Veja (o matador de velhinhas)
Peter Sutclife (O estripador de York Shire)
Rosemary & Fred West (O crime da casa dos horrores)
Ali Reza Khoshruy Kuran Kordiyeh
Myra Hindley e Ian Brady
Rory Enrique Conde (O ESTRANGULADOR DE TAMIAMI)
Marc Dutroux
Karla Homolka e Paul
Arthur Bishop
Michael Lupo
Cary Stayner (O Serial Killer de Yosemite)
Thomas Huskey, (THE ZOO MAN)
Tsutomu Miyazaki (O assassino das ninfetas)
Antonis Daglis
Heriberto Seda (O assassino do zodíaco)
The Kobe School Killer.
Andrei Chikatilo
John Wayne Gacy Jr. ( O palhaço assassino)
Charles Manson
The lenfranc Family
Parte 5 - Assassinos em série que chocaram o Brasil
Chico Picadinho, O monstro do Morumbi
Pedrinho matador
O bandido da luz vermelha
José Ramos – O açougueiro
Preto Amaral
Febrônio Indio do Brasil
Fortunato Boton Neto (O maníaco do Trianon)
Francisco de Assis Pereira (O maníaco do parque)
Adriano – O monstro de passo fundo
O Vampiro de Niterói (Brasil)
Admar de Jesus Silva ( Pedreiro de Luziania)
Parte 6 - Crimes que chocaram o Brasil
O crime da mala
Doca Street e Ângela Diniz
O caso Daniella Perez
O Caso Farah - Jorge Farah
O Caso da Rua Cuba
O Crime do Circo – O maior incêndio Criminoso do Mundo
Caso Gil Rugai (Assassinato do pai e da madrasta)
O Assassinato de João Hélio
CASO PIMENTA NEVES E SANDRA GOMIDE
Tim Lopes
Ives OTa
Liana e Felipe café
Casal Richthofen
Caso Eloá
Caso Isabela Nardoni
Caso João Roberto
Eliza Samúdio
PARTE 7 – Crimes até o momento sem solução
Caso Priscila Belfort
Caso Madeline
Caso Carlinhos
O caso Ana Lídia
Caso PC Farias
PARTE 8 - Crimes de verdade que inspiraram filmes e séries de
verdade que inspiraram crimes
Sérgio Alexander Casadio
O fugitivo
O Zodíaco
CASO WALTER COLLINS
O caso Dalia Negra
Ônibus 174
Jean Charles
Notas finais:
Bibliografia e fontes:
Sobre a Literarte
Conheça mais Livros da Literarte
Prólogo
Em pleno século 21, onde a violência assola as ruas não só das grandes
cidades, mas também de bairros ermos e desfavorecidos socialmente. A
internet e os meios de comunicações se empenham em ajudar a resolver casos
e mistérios. Contudo, os anos podem passar, mas, por sua crueldade, certos
crimes continuam nos assustando ao serem relatados e alguns continuam
sendo um grande mistério, simplesmente, o crime sem solução.
Este livro é um mapeamento dos crimes mais antigos e um avivamento
das lembranças dos mais recentes.
Crimes de origem passional, esquizofrênica, sentimental, e de desvios de
conduta e moral.
Enfim, criamos um verdadeiro dicionário do crime.
Desde que o mundo é mundo, os crimes não só no Brasil, mas em
qualquer lugar, aguçam nossa curiosidade. A crueldade humana sempre foi
noticiada com alarido. Foi assim com Caim, o primeiro réu da humanidade,
segundo a Bíblia Sagrada, o livro mais vendido de todos os tempos. Ele foi o
pioneiro a fingir que não cometeu crime algum, pois, quando questionado
sobre o irmão que havia acabado de matar, apenas disse ao Todo-Poderoso:
– Não sei. Por acaso sou eu guardador do meu irmão?
E foi assim, quando cidadãos comuns indignados, tentavam linchar o
casal Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, quando entraram no Fórum
de Santana, e depois saíram condenados pela morte da menina Isabella
Nardoni de 6 anos de idade, respectivamente, pai e madrasta da menina.
O livro narra fatos com veracidade e informações sobre os Serial killers,
que podem ser pessoas absolutamente normais que vivem em convívio social.
Passaremos pelos maiores genocidas da história, e o seu ranking de
mortes.
Esperamos que os fatos aqui narrados tornem-se um meio de deixar o
cidadão em alerta, que reascenda a lembrança dos crimes que simplesmente
ficaram para segundo plano e que possa criar uma opinião sobre as leis
criminais do Brasil, ainda tão necessitadas de reformas.
Um abraço e boa leitura! Izabelle Valladares
Supostas conspirações
Abraham Lincoln
Quem foi:
Abrahann Lincoln foi um dos maiores nomes da história americana,
nascido em 1809 no Kentucky, EUA, trata do 16º presidente americano e um
dos grandes nomes na abolição da escravatura. Autodidata, aprendeu a ler na
idade adulta e tornou-se advogado. Em 1842 casou-se com Mary Todd,
mulher com uma sólida educação, pertencente a uma família distinta do
Kentucky, e cujos familiares em Springfield faziam parte da elite local. Do
casamento nasceram quatro filhos, tendo só o filho mais velho chegado à
idade adulta. Com o casamento Lincoln começou a frequentar a igreja
Presbiterana local. Sendo considerado um céptico em questões religiosas e
um livre-pensador, era um conhecedor profundo da Bíblia, tendo acabado por
defender que toda a história era obra de Deus. Durante o período em que
esteve à frente da Presidência declarou o bloqueio dos portos sulistas. A
estratégia de Lincoln era simples: baseava-se em organizar o maior número
possível de tropas e atacar em todos os lados ao mesmo tempo. O peso
demográfico e econômico dos estados do Norte far-se-ia sentir mais cedo ou
mais tarde sobre os estados do Sul, e a guerra terminaria. Mas a unidade de
comando, necessária para coordenar os esforços dos diferentes exércitos
federais, só foi conseguida em março de 1864, quando Lincoln nomeou o
general Grant, vencedor dos exércitos confederados no vale do Misissipi,
comandante-chefe das forças da União. A estratégia de 1861 pôde ser posta
em prática finalmente, e a rendição do estados do Sul não demorou.
No início Lincoln defendia a abolição somente nos estados que já
existiam, depois mudou suas ideias, tornando-se uma grande personalidade
abolicionista, fazendo com que houvesse um grande mover das bases sulistas
que desencadearam em sua morte.
Com o decreto presidencial de 1º de Janeiro de 1863, que pôs em prática
de acordo com o que considerava serem os poderes do Presidente em tempo
de Guerra, e que ficou conhecido como a Proclamação da Emancipação, os
escravos nos territórios do Sul, sob domínio confederado, eram libertos. A
medida só libertou 200.000 negros até o fim da guerra, mas mostrou
definitivamente que a abolição da escravatura se tinha tornado um dos
objectivos da guerra, para além da manutenção da unidade política. A
medida, de duvidosa legalidade, foi seguida por uma Emenda Constitucional,
a 13.ª, que proibiu a escravatura nos Estados Unidos da América. A emenda
tinha sido prevista no programa político do Partido Republicano, durante a
preparação das eleições de 1864.
Morte divulgada pela mídia:
Aos 56 anos de idade, enquanto assistia a uma peça teatral no Teatro
Ford, um lugar bem frequentado pela alta sociedade americana, por um
conhecido ator americano chamado John Wilkes Booth, que deu um tiro na
nuca do presidente e conseguiu fugir, agindo aparentemente sozinho, por
estar inconformado com a derrota sulista da Guerra Civil.
Suposta conspiração: Membros do mesmo partido mataram o presidente
John Booth, esquerdista assumido, armara um plano para derrubar o
presidente com apoio inclusive de pessoas do mesmo partido de Abrahan,
planejaram uma ação simultânea contra várias autoridades, mas seus
comparsas falharam.
Lewis Powell tinha a missão de matar o secretário de Estado William
Seward (1801-1872). Na luta entre os dois, Powell foi dominado. Morreu na
forca em 7 de julho, aos 21 anos, George Atzerodt, aos 30 anos, deveria
matar o vice-presidente Andrew Johnson (1808-1875), mas ficou nervoso e
nem tentou. Acabou enforcado com os comparsas David Herold, que tinha 23
anos e estava com Lewis Powell durante a tentativa frustrada de matar o
secretário Seward. Foi levado à forca no mesmo dia que o parceiro Mary
Surrat, proprietária de uma pensão em Washington. Mary guardou as armas
dos conspiradores. Também foi enforcada no dia 7 de julho, aos 42 anos.
Samuel Arnold participou dos planos iniciais, que previam apenas o
sequestro de Lincoln, e por isso pegou prisão perpétua. Morreu na cadeia em
1906, com 68 anos.
Bruce Lee e Brandon Lee
Quem eram?
Pai e filho, ambos atores, tiveram mortes misteriosas em situações
inesperadas.
Bruce Lee nasceu num hospital chinês em São Francisco, seus pais eram
Lee Hoi-Chuen e Grace Lee. Ele recebeu desde cedo educação e treinamento
em kung fu em Hong Kong. Devido à fama de seu pai como ator de Ópera
Chinesa, Lee teve a oportunidade de aparecer em diversos filmes chineses
quando criança. Ele estudou o estilo Wing Chun (Vin san) de artes marciais
ainda jovem.
Também aprendeu idiomas, como inglês e cantonês (dialeto chinês).
Em 1959, Bruce Lee foi a Seattle para completar seus estudos e
reinvidicar sua cidadania americana. Recebeu então diploma do Edison
Technical School e também foi formado pela Universidade de Washington
em filosofia. Foi na Universidade de Washington que ele conheceu sua futura
esposa, Linda Emery, com quem se casou em 1964. Lee teve uma filha,
Shannon, e um filho, Brandon.
O que a mídia divulgou:
Em 10 de maio de 1973, Lee desmaiou no estúdio Golden Harvest,
enquanto fazia o trabalho de dublagem para o filme Operação Dragão. Ele
sofreu convulsões e dores de cabeça e foi imediatamente levado para um
hospital de Hong Kong, onde os médicos diagnosticaram edema cerebral.
Eles foram capazes de reduzir o inchaço com a administração de manitol.
Esses mesmos sintomas que ocorreram em seu primeiro colapso depois foram
repetidos no dia da sua morte.
Em 20 de julho de 1973, Lee foi a Hong Kong para um jantar com o ex-
James Bond George Lazenby, com quem pretendia fazer um filme. Segundo
sua esposa, Linda Lee, Lee encontrou o produtor Raymond Chow às 2 da
tarde em casa, para discutir a realização do filme Jogo da Morte. Eles
trabalharam até as 4 da tarde e depois se dirigiram juntos para a casa da
colega Lee Betty Ting, uma atriz de Taiwan. Os três passaram o script em
casa e, em seguida, Chow se retirou.
Mais tarde, Lee se queixou de uma dor de cabeça, e Ting deu-lhe um
analgésico, Equagesic, que incluía aspirina e um relaxante muscular. Cerca
de 7h30 da noite, foi se deitar para dormir. Quando Lee não apareceu para
jantar, Chow chegou ao apartamento, mas não viu Lee acordado. Um médico
foi chamado, que passou dez minutos tentando reanimá-lo antes de enviá-lo
de ambulância ao hospital. Lee foi dado como morto no momento em que
chegou ao hospital.
Não houve lesão externa visível, porém, de acordo com relatórios da
autópsia, o seu cérebro tinha inchado consideravelmente, passando de 1.400 a
1.575 gramas (um aumento de 13%). Lee tinha 32 anos. A única substância
encontrada durante a autópsia foi Equagesic. Em 15 de outubro de 2005,
Chow declarou em uma entrevista que Lee morreu de Anafilaxia ao relaxante
muscular "Equagesic", que ele descreveu como um ingrediente comum em
analgésicos. Quando os médicos anunciaram a morte de Lee oficialmente, o
país considerou uma enorme "desgraça".
A controvérsia ocorreu quando o Dr. Don Langford, que foi médico
pessoal de Lee em Hong Kong e o havia tratado durante seu primeiro
colapso, acreditava que o "Equagesic não foi único remédio envolvido no
primeiro colapso de Bruce."
No entanto, o professor RD Teare, um cientista forense da Scotland
Yard que supervisionou mais de 1.000 autópsias, foi o perito superior
designado para o caso Lee. Sua conclusão foi que a morte foi causada por um
edema cerebral agudo devido a uma reação aos compostos presentes na
prescrição de remédios como o Equagesic.
Sua esposa Linda voltou para sua cidade natal, Seattle, e o corpo de Lee
foi enterrado no lote 276 do Cemitério Lakeview. Seu caixão foi carregado
no funeral em 31 de julho de 1973 por Taky Kimura, Steve McQueen, James
Coburn, Chuck Norris, George Lazenby, Dan Inosanto, Peter Chin, e seu
irmão Robert Lee.
A morte de Lee ainda é um tema de controvérsia.
Brandon Lee
Aos 8 anos de idade, Brandon Lee perdeu seu pai Bruce Lee. Desde os 2
anos de idade aprendia artes marciais com o pai, mas, depois da morte do pai,
seguiu-o tornando-se ator.
Desde pequeno, Brandon se interessava por teatro e sua mãe o
matriculou na High School of Dramaturgic. Ao contrário de seu pai, Brandon
queria ser conhecido por sua habilidade teatral e não pelos seus
conhecimentos marciais.
No ano de 1996 durante as filmagens do filme “O corvo”.
Brandon Lee, virtual herdeiro do filão dos filmes de arte marciais
popularizados por seu pai, Bruce Lee, morreu durante a filmagem do longa
de Alex Proyas, nos Estúdios Carolco, em Wilmington, Carolina do Norte. A
Ironia das ironias é que no filme, Brandon Lee interpretava um astro do rock
que volta da sepultura para vingar a sua morte e a da sua namorada.
Porém, desde o começo, ocorreram vários incidentes durante as
filmagens. Logo no início, um dos carpinteiros responsáveis por todo o
cenário sofreu queimaduras durante o trabalho. Um assessor de imprensa se
metera em acidente de carro e parte dos cenários havia destruído por um
trator fora de controle.
O trágico incidente de Brand acontecera enquanto filmava uma cena na
qual era baleado. A arma era para ser carregada com festim, porém o projétil
foi disparado em Lee e se instalara em sua espinha depois de perfurar o seu
abdômen.
Brandon Lee morreu aos 28 anos com três filmes no currículo (Legacy
of rage, Massacre no bairro japonês e Rajada de fogo). Lee iria se casar após
as filmagens e se preparava para tomar o lugar deixado por seu pai, tido como
o rei das artes marciais.
Suposta conspiração: A máfia chinesa matou pai e filho
Bruce Lee morreu em Hong Kong, e era o principal divulgador ocidental
da cultura chinesa, o que ocasionou a suspeita de conspiração, pois a máfia
chinesa conhecida na época como Tríade, uma organização criminosa como a
Yakusa, também era divulgada nos filmes. Alguns acham que Lee fora
envenenado e, para não ocasionar um grande choque entre Oriente e
Ocidente, o caso teria sido abafado.
Outra hipótese seria que um Cabal oriental secreto de grandes mestres
de artes marciais eliminara Lee, justamente por estar expondo a público
grandes segredos orientais. O mesmo aconteceu com seu filho, Brandon,
quando decidiu seguir os passos do pai, popularizando a cultura chinesa.
Elvis Presley
Quem foi?
Elvis Aaron Presley foi um famoso músico e ator nascido nos Estados
Unidos da América, sendo mundialmente denominado como Rei do Rock.
É também conhecido pela alcunha Elvis The Pelvis, apelido pelo qual ficou
conhecido na década de 1950 por sua maneira extravagante e ousada de
dançar. Uma de suas maiores virtudes era a sua voz, devido ao seu
alcance vocal, que atingia, segundo especialistas, notas musicais de difícil
alcance para um cantor popular. A crítica especializada reconhece seu
expressivo ganho, em extensão, com a maturidade; além de virtuoso senso
rítmico, força interpretativa e um timbre de voz que o destacava entre os
cantores populares, sendo avaliado como um dos maiores e por outros como
o melhor cantor popular do século XX
Notícia divulgada pela mídia?
Na noite de 15 de agosto Elvis vai ao dentista por volta das 11h da noite,
algo muito comum para ele. De madrugada ele volta a Graceland, joga um
pouco de tênis e toca algumas canções ao piano, indo dormir por volta das 4
ou 5 da madrugada do dia 16 de agosto. Por volta das 10 horas Elvis teria
levantado para ler no banheiro, o que aconteceu desse ponto até por volta das
duas horas da tarde é um mistério. O desenlace ocorreu, possivelmente, no
final da manhã, no banheiro de sua suite, na mansão Graceland, na cidade
de Memphis, no Tennessee. Os fatores predisponentes sistêmicos, os hábitos
cotidianos e as circunstâncias que culminaram com a morte de Elvis Presley
são dos pontos mais polêmicos e controvertidos entre seus biógrafos e fãs.
Elvis só foi encontrado morto no horário das duas horas da tarde por sua
namorada na época, Ginger Alden. Logo após, o seu corpo é levado ao
hospital "Memorial Batista" e sua morte confirmada.
A morte de Elvis Aaron Presley no dia de 16 de agosto de 1977, causada
por colapso fulminante associado à disfunção cardíaca, surpreendeu o mundo,
provocando comoção como poucas vezes fora vista em nossa cultura. Os fãs
se aglomeraram em maior número em frente a mansão. As linhas telefônicas
de Memphis estavam tão congestionadas que a companhia telefônica pediu
aos residentes para não usarem o telefone a não ser em caso de emergência.
As floriculturas venderam todas as flores em estoque. O velório aconteceu no
dia 17. Alguns dos milhares de fãs puderam ver o caixão por
aproximadamente 4 horas.
Por volta das 3 da tarde do dia 18 de agosto, a cerimônia para familiares
e amigos foi realizada, com canções gospel sendo cantadas pelos "Stamps"
(Grupo vocal gospel) e por Kathy Westmoreland (cantora), ambos fizeram
parte do grupo musical de Elvis na década de 1970. Após a cerimônia todos
foram levados até o cemitério em limusines, logo em seguida o corpo de
Elvis é enterrado. Mas para os fãs e apreciadores de artistas que viraram
ícones, a morte física de Elvis pouco importa. Para seus admiradores,
enquanto houver desejo e emoção, Elvis Presley viverá.
Suposta conspiração: Elvis não morreu?
Vendo o insusseso dos últimos discos, e a diminuição de biulheteria do
astro, que já não gostava do contato direto com o público, em comum acordo
com seus empresários, para que Elvis virasse um mito, simularam a morte do
astro, para que o mesmo vendesse ainda mais em morte que em vida, ideia
que teria dado certo, salvo que, alguns anos depois, várias pessoas afrimaram
ter visto Elvis em locais diferentes.
Motivos para Sumir

Elvis era refém de seu sucesso. Desde a morte de sua mãe, quando o
mesmo estava servindo no Exército americano, e não conseguiu ir a seu
funeral, Elvis sofria com transtornos pessoais, alcoolismo e vício em
medicamentos. Em seguida, após o retorno aos Estados Unidos, sua vida
familiar também começou a ruir ocasionando o divórcio com Priscila, mãe de
sua única filha. Elvis voltou à religião evangélica, que foi a sua iniciação
musical e que muito agradava sua mãe e voltou a fazer sucesso ganhando o
Grammy da música. Sua vida tinha se tornado um peso muito grande para
ele, com uma sucessão de turnês, entrevistas, contratos de gravações e outros
compromissos que passaram a incomodá-lo. Estes fatos foram relatados antes
de sua suposta morte por muitos de seus mais próximos conviventes.
As desconfianças vieram quando pereceberam que caixão de Elvis
estava lacrado, algo incomum para quem havia falecido por uma disfunção
cardiovascular e o nome do astro estava com a grafia errada, o que poderia
ser uma saída caso algo desse errado. O velório do astro, apesar de juntado
milhões de pessoas, foi um velório relâmpago, restando aos fãs de todo o
mundo que tentaram se aglomerar para uma última despedida o tempo de 4
horas. Além disso, há testemunhos de que ultimamente ele estava recebendo
ameaças de morte por um
As Aparições de Elvis após sua morte
Inúmeros são os relatos da aparição de Elvis durante algum tempo após
a sua morte. Não há como provar tais aparições. Pelo menos ninguém ainda o
fez. Além disso, Elvis é o artista mais imitado do mundo (os imitadores são
conhecidos como "Elvis Impersonators"), o que certamente concorreria para
confundir e mascarar tais aparições. O mais significante dos rumores ocorreu
exatamente um dia após a sua "morte". Um homem idêntico a Elvis foi visto
desembarcando na Base Aérea da Argentina. Segundo relatos, ele desceu
rapidamente de um avião e entrou em uma limosine que já o esperava. O
homem não foi visto novamente. De fato, Elvis Presley realmente possuía
uma casa na Argentina.
Getúlio Vargas
Quem era?
Getúlio foi presidente do Brasil, durante dois mandatos na época da
ditadura, líder da revolução de 1930, era amado por uns e odiado por outros,
por sua forma enérgica de comandar.
Foi chefe do governo provisório depois da Revolução de 1930,
presidente eleito pela Constituinte em 17 de julho de 1934, e ditador entre 10
de novembro de 1937 e 29 de outubro de 1945 quando foi deposto pelos
militares. Retornou ao poder eleito pelo voto popular em 31 de janeiro de
1951. Para finalmente se matar no dia 24 de agosto de 1954, escapando de ser
novamente deposto.
Foi Getúlio quem fez a Companhia Siderúrgica Nacional para produzir
aço, a Companhia do Vale do Rio Doce para extrair minério, a Petrobrás para
explorar petróleo e a Eletrobrás para gerar energia. Foi Getúlio quem criou o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e o Banco do Nordeste,
para financiarem investimentos públicos e privados.
Foi Getúlio quem deu às mulheres o direito de voto. Foi ele quem deu
aos trabalhadores a legislação que ainda hoje disciplina suas relações com os
patrões. E foi ele quem abriu as portas da administração pública para a
admissão de funcionários por meio de concurso e do sistema de mérito.
Finalmente, foi ele o arquiteto da estrutura política partidária nacional que
vigorou no país até o golpe militar de 1964.
De resto, foi Getúlio quem fez o Brasil rural e atrasado de 1930 evoluir
mais rapidamente para o Brasil industrial inaugurado, digamos assim, pelo
presidente Juscelino Kubitschek no final do seu mandato.
Getúlio fez tudo isso sem levantar a voz, sem dar murros na mesa e
negociando à direita e à esquerda – mais à direita. O aparelho de propaganda
do Estado fez o resto. Fez dele “o bom velhinho” e o “pai dos pobres”. E,
valendo-se da censura, escondeu o líder autoritário que governou como
ditador durante oito anos, avalizou o emprego da tortura contra seus desafetos
políticos, e permitiu que judias como Olga Benário Prestes, mulher do líder
comunista Luiz Carlos Prestes, fossem deportadas para a Alemanha de Hitler
e ali morressem. Olga morreu na câmara de gás de um campo de
concentração.
O que a mídia divulgou?
O suicídio do presidente Getúlio Vargas, precisamente às 8h30 da
manhã, foi precedido de momentos em que ele se mostrava absolutamente
tranquilo.
Nada fazia crer fosse o Presidente se matar – disseram-nos o general
Caiado de Castro e Jango Goulart, com os quais ele conversara minutos antes
de se recolher. O Sr. Getúlio Vargas se recolheu ao quarto, sem mais uma
palavra. Passados uns minutos, o tempo normal para a troca de roupa, ouvia-
se um disparo.
Acudiu, incontinenti, o Sr. N. Sarmanho, que se encontrava na janela da
sala contígua (a do elevador privativo do presidente). Já o Sr. Getúlio Vargas
agonizava.
Da janela, o Sr. Sarmanho fez um sinal para um oficial, pedindo fosse o
general Caiado avisado de que o Sr. Getúlio Vargas se havia matado.
Logo em seguida, o general Caiado chegava ao quarto, onde, não
resistindo ao impacto da tragédia, foi acometido de forte crise de nervos,
sofrendo uma síncope.
A seguir, correndo escada acima, o Sr. Benjamin Vargas gritava:
– Getúlio se matou!
O palácio ficou em pânico, a família do presidente acorreu, entre gritos e
lágrimas. Também o Sr. Osvaldo Aranha logo chegou. Chegou junto à cama
e, chorando, exclamou:
– Abusaram demais da bondade desse homem!" Diário Carioca, 25 de
agosto de 1954.
"Neste nefasto Dia de São Bartolomeu, precisamente às 8h35 horas,
praticou o suicídio o Presidente Getúlio Vargas, com um tiro de revólver no
coração, quando se encontrava em seu quarto particular, no 3º andar do
Palácio do Catete.
O general Caiado de Castro, Chefe do Gabinete Militar da Presidência
da República, correu para os aposentos presidenciais, ao ouvir o disparo, e
ainda encontrou o Presidente Vargas agonizante.
Chamou às pressas a assistência pública, que dentro de cinco minutos já
se encontrava no Palácio do Catete. Mas o grande Presidente Vargas já estava
morto.
Não pode ser descrito o ambiente no Palácio Presidencial. Tudo é
consternação. Membros da família do Presidente, serviçais, militares que
guarnecem o Palácio choram a morte do insine brasileiro.
O povo em massa acorre para o Palácio do Catete, estando repletas as
ruas que dão acesso à casa em que se matou, vítima da ignomínia e das
campanhas infamantes de adversários rasteiros, o maior estadista que o Brasil
teve, neste século.
Cenas de profunda dor estão sendo assistidas na rua. Lê-se o pesar no
rosto do povo.
O povo brasileiro chora a perda do seu Presidente, por ele escolhido, por
ele eleito e que – na crise gerada por seus inimigos – só saiu do Catete
morto." Última Hora, 24 de agosto de 1954.
Suposta conspiração: Getúlio Vargas teria sido assassinado?
Getúlio Vargas viveu num periodo muito tumultuado, cheio de inimigos,
pois ele era um ditador, época de grandes traições, ciladas e atentados. Ele
matou muitos políticos para poder chegar ao poder, por isso havia vingança
contra ele.
A vedete Virgínia Lanes, ainda viva, afirma veemente que estava na
cama com Getúlio Vargas, na noite em que ele foi supostamente morto, e
afirma que seu segurança a jogou da janela para poupá-la e na queda quebrou
as costelas, segundo a ex-vedete, entraram 4 homens encapuzados no quarto
de Getúlio, com quem mantinha um caso há 15 anos, e na manhã seguinte
recebeu a notícia do suicídio do mesmo.
Parte 1 – O primeiro assassinato da história.
Caro leitor, como foi dito em nossa apresentação, o primeiro assassino
da história foi Caim, que historicamente (livro cristão), mas não
comprovadamente, matou seu irmão Abel pelo motivo de ciúmes ou inveja.
Após o assassinato de Abel, muitos outros nomes apareceram para
ilustrar o submundo do crime com suas barbáries, os primeiros personagens
que fizeram história por sua brutalidade e incoerência social estão neste
primeiro capítulo do livro.
Calígula (12 Dc – 41 Dc)

Caio Júlio César Augusto Germânio, mais conhecido como Calígula, foi
um dos mais perversos imperadores romanos, além de ser responsável por
muitas mortes, inclusive a de membros da nobreza, Calígula teve um período
de grande prosperidade em seu império, mas, após ser acometido de grave
doença, resolveu literalmente como dizemos aqui no Brasil “chutar o balde”.
Então começou a matar quem tentava se impor contra seu domínio, e
promover verdadeiras orgias em seu palácio, tendo até mesmo relações
incestuosas com suas irmãs e relações homossexuais com alguns membros da
guarda.
Durante a sua infância (com apenas dois ou três anos), acompanhou o
seu pai nas Campanhas, que este liderou ao norte da Germânia; tornando-se o
mascote do exército. Aos soldados divertia-os o fato de ir vestido com um
uniforme militar em miniatura que incluía botas e armadura e por isso deram-
lhe o carinhoso apelido de Calígula que significava “Botinhas”.
Aparentemente, o futuro imperador odiava a sua alcunha. Calígula foi
assassinado por uma conspiração de governantes
Átila, o rei dos Hunos (406-453)

Átila tornou-se rei dos hunos aos 28 anos, e era apelidado como “Praga
de Deus”. Imaginem como uma pessoa pode fazer por onde, receber um
apelido desses, pois é, Átila o conseguiu...
Foi um dos homens mais poderosos de seu tempo, criando um
gigantesco império na Europa, suas técnicas eram dizimar aldeias e pelotões
inteiros, sem misericórdia e sempre com a astúcia de uma ave de rapina.
Seu legado não o adorava como aconteceu com Leônidas, rei de Esparta,
simplesmente o temia. Apesar de ter recebido o trono por nepotismo (poder
recebido por laços de parentesco), e já receber um reino unificado, decidiu
multiplicá-lo. Com isso, tornou-se o primeiro rei sanguinário da história.
Os historiadores contam que Átila conseguiu invadir e dizimar mais de
cem grandes cidades, matando homens, mulheres e crianças. Em todas por
que passava, deixava seu rastro de destruição e morte.
Sua morte tem duas versões: a primeira que ele havia morrido de uma
hemorragia nasal e a segunda, que sua esposa Honória havia lhe matado com
uma adaga enquanto dormia, que ainda obrigou os soldados a repetirem a
história, e se Honória, tinha conseguido assassinar, o todo poderoso Átila, rei
dos Hunos, não seriam os soldados que iriam contestar.
Vlad Tepes (1431-1476)

Vlad Tepes, popularmente conhecido como "Drácula", um dos mais


conhecidos e retratados monstros das histórias de terror; nasceu na
Transilvânia, na cidade de Sighiosara, Burgo Saxônico, entre 1430 e 1431.
Acompanhava seu pai em viagens de guerra, durante toda a adolescência,
vendo-o ser condecorado na ordem do dragão, todos os Dráculas, sob esse
estandarte, se dedicaram ao combate aos turcos e à busca do trono Valáquio.
Foi preso juntamente com o pai e o irmão pelos turcos. O pai, logo foi liberto
e os filhos ficaram. Logo em seguida, o irmão acabou simpatizando com a
causa turca, o que fez com que Vlad se sentisse traído, não mais confiando
em ninguém e deixando assim fortalecer sua natureza inóspita.
Em 1460, após ter saído de Sibiu, ataca com 20.000 soldados valáquios
matando e empalando. (Empalar era um método
de tortura e execução utilizada antigamente, que consistia na inserção de uma
estaca no ânus, vagina, ou umbigo até a morte do torturado. Algumas vezes
deixava-se um carvão em brasa na ponta da estaca para que, quando esta
atingisse a boca do supliciado, este não morresse até algumas horas depois,
de hemorragia. Usava-se também cravar a estaca no abdômen.) Nesse mesmo
ano, no Dia de São Bartolomeu, 24 de agosto, empalam cerca de trinta mil
pessoas na cidade de Almas. Matou cerca de 10.000 de seus antigos
concidadãos.
Exterminava vilas inteiras, em alguns casos, amarrava as vítimas com as
pernas abertas em cavalos e deixava que as estacas entrassem lentamente para
que as vítimas morressem devagar.
Dois aspectos distintos eram visíveis na personalidade de Vlad.
Um primeiro de torturador e inquisidor, outro o de nacionalista
prematuro e estadista, surpreendentemente moderno, que justifica seus atos
com razões de estado. Assim podemos considerá-lo como um dos artífices da
unidade Romena. O primeiro aspecto pode ser visualizado nos refinamentos
de crueldade apresentados por suas torturas.
A tradição alemã, russa e romena refere que Vlad Tepes praticava a
tortura principalmente por prazer, sentenciando e executando segundo seus
próprios impulsos, não respeitando nem a Igreja, nem o extermínio de
famílias ou crianças. Seu método favorito foi a empalação. As estacas tinham,
muitas vezes, sua ponta arredondada para que a tortura pudesse durar horas
ou, às vezes, dias. A empalação por ele praticada tinha várias características
de acordo com a idade, a posição social ou o sexo, sendo seu requinte
tamanho, que o tornou conhecido por Vlad Tepes – Vlad o empalador.
Usualmente suas vítimas eram arrumadas em círculos concêntricos, nas
cercanias das cidades para que pudessem ser vistas por todos. A empalação
podia ser realizada por cima – de cabeça para baixo – e por baixo – de cabeça
para cima, através do coração ou através do umbigo. Utilizava cravos na
cabeça, mutilação de membros, vazamento de olhos, estrangulamentos,
queimaduras, corte de nariz, orelhas, órgãos sexuais, escalpamento e
esfoladura, exposição aos elementos, aos animais selvagens e escaldadura.
Dessa maneira, ao se pensar em sua conduta, deve se levar em conta que
esses aspectos de crueldade refletiam não somente a perseguição implacável
de seus objetivos políticos e militares, mas também nela se confundiam
aspectos ligados ao prazer decorrentes da aniquilação e da humilhação do
outro. Ficou ainda mais sanguinário, quando sua noiva, Elisabetha, suicidou-
se, saltando de uma torre, por temer a reação dos turcos que se aproximavam
de Valáquia
Francisco Pizzarro (1475-1541)

Em fase não tão remota assim, surgia mais um sanguinário matador de


nossa história, Francisco Pizzarro, o assolador dos povos pré-colombianos.
Nascido na Espanha, filho bastardo de um valente e destemido Capitão
espanhol, fora abandonado nas escadarias de uma igreja e criou porcos
durante toda sua infância.
Foi responsável pelas esquadras de colonização dos incas, povo
primitivo da América, recém-descoberta e subjugada por Pizzarro.
Sofria de alcoolismo e alguns historiadores chegam a citar
esquizofrenia, pois Pizzarro era assombrado em sua imaginação por bestas
gigantes.
Chegou ao Peru, e cordialmente solicita um jantar com o imperador
Atahualpa, que assassina durante o jantar e domina os membros de sua
família; abrindo caminho para a conquista da capital, Cuzco, em 1533. Em
1535 funda a cidade de Lima. Lá, manda assassinar seu parceiro Diego de
Almagro, com quem se desentendera por causa da divisão dos saques, e é
morto por seguidores dele.
Ferozmente dizimou o povo Inca, saqueou seu império, e espalhou o
terror entre seu povo.
IVAN, O TERRÍVEL

Apelido mais que merecido, Ivan, o Terrível foi um dos fundadores da


Rússia. Além de ter ordenado a morte de mais de 60 mil pessoas,
enlouqueceu após a morte de sua esposa e também matou seu próprio filho
com suas mãos.
Entregou-se às bebidas e aos prazeres carnais, casou-se inúmeras vezes,
mas foi responsável por chacinas e pelo extermínio de várias aldeias em sua
gestão política. Andava pelo palácio perdido em seus devaneios.
Seu esqueleto repousa num sarcófago na Basílica de Archangel, no
Kremlin, Moscou.
Barão de Sternberg (1886-1921)

O Barão Roman Nickolai Maximilian Von Ungern-Sternberg, pertencia


a uma rica e aristocrata família alemã radicada no Báltico, foi uma das figuras
mais enigmáticas do século XX: militar do Exército imperial russo,
condecorado com a Cruz de São Jorge, lutou ao lado das forças 'brancas' na
guerra civil que se seguiu ao triunfo da Revolução Bolchevique.
É uma autêntica e sanguinária versão do racismo contido.
O barão liderava seu exército para acabar com os comunistas e
combatia-os, quando seu exército foi derrotado em uma batalha, em que os
ditos “vermelhos” conseguiram alguns aliados. O Império Russo se deu por
vencido e ordenou que o Barão retornasse à Rússia com seus homens, mas o
Barão estava vencido, mas não convencido. Esse inconformista essencial
dirigiu-se então para o Oriente, em direção à Mongólia, de que fez uma base
e onde começou a organizar um Exército Heteróclito, formado por tribos
mongóis, chineses, russos brancos e alguns voluntários ocidentais sob um
único lema: “Morte aos Vermelhos”.
Então, a espiritualidade começou a interferir na saúde mental do Barão,
que começou a criar um sincretismo imaginário entre o cristianismo, o
budismo e as crenças mongóis, acabou criando uma espécie de seita e Karma,
com o objetivo de acabar com a revolução vermelha que se formava: A
revolução Bolchevich. Seu exército recebia ordens de matar e esquartejar
suas vitimas, para que seu Karma original pudesse ser liberado.
A aventura terminou quando um ataque prematuro do seu exército foi
destroçado pela cavalaria comunista deixando depois o Barão nas mãos do
inimigo. O seu fuzilamento veio, tão só, coroar a sua vocação para o
combate, para o sofrimento e para a violência, que nele tinham já eliminado
qualquer traço de humanidade, de sentimento ou de racionalidade assumida.
E foi assim que pereceu o Barão da revolução comunista.
Parte 2 – Os maiores genocídios da História
O termo Genocídio foi criado a partir de 1944, para designar a
eliminação da existência física de grupos sociais, nacionais, étnicos, raciais e
ou religiosos.
A palavra vem da palavra grega Genos, que significa raça ou tribo, com
a palavra latina, cídio, que quer dizer matar.
Enfim, a palavra ficou definida e ganhou força com as atrocidades
assistidas contra os judeus, com o único e surreal objetivo de aniquilá-los,
sem qualquer motivo durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 9 de dezembro, de 1948, com o Holocausto vivo ainda na memória
de todos, principalmente dos europeus, e em grande parte pelos esforços
incansáveis de Raphael Lemkin (advogado judeu, que perdeu muitos
familiares no Holocausto), as Nações Unidas aprovaram a Convenção para a
Prevenção e Punição de Crimes de Genocídio. Esta Convenção estabeleceu o
"genocídio" como crime de caráter internacional, e as nações signatárias da
mesma comprometeram-se a "efetivar ações para evitá-lo”, definindo-o
assim:
Por genocídio entendem-se quaisquer dos atos abaixo-relacionados,
cometidos com a intenção de destruir, total ou parcialmente, um grupo
nacional, étnico, racial, ou religioso, tais como:
(a) Assassinato de membros do grupo;
(b) Causar danos à integridade física ou mental de membros do grupo;
(c) Impor deliberadamente ao grupo condições de vida que possam
causar sua destruição física total ou parcial;
(d) Impor medidas que impeçam a reprodução física dos membros do
grupo;
(e) Transferir à força crianças de um grupo para outro.
Apesar de todo este aparato, alguns genocídios ainda aconteceram na
nossa história, e apesar de este ser o mais marcante e ofensivo da história
moderna, alguns outros aconteceram até mesmo antes do holocausto. Vamos
começar este capítulo, enumerando os principais genocidas de nossa história.
Mao Tse tung

Fundador da República Popular da China e um dos mais proeminentes


teóricos do comunismo do século 20, Mao Tsé-Tung (ou Mao Zedong)
desenvolveu ideias sobre revolução e guerrilha que influenciaram marxistas
no mundo inteiro, inclusive no Brasil, onde o PC do B – então na
clandestinidade e ligado à China – desenvolveu ações guerrilheiras durante a
década de 1970. E acabou desencadeando um dos maiores genocídios
políticos da história.
Mão nasceu numa família de camponeses, mas recebeu uma educação
esmerada. Desde jovem, porém, revoltou-se com a situação social opressiva
de seu país; foi um dos fundadores do Partido Comunista Chinês. Durante os
anos 1920, conjuntamente com o Kuomitang – ou Partido Nacionalista
Chinês – organizou sindicatos e entidades de classe operárias e camponesas.
Em 1927, ocorreu o rompimento entre os dois partidos e teve início
o processo revolucionário chinês.
O desastre econômico e social provocado pelo “Grande Salto Para
Frente” (o projeto de desenvolvimento experimentado pela China entre os
anos de 1958 e 1960) gerou conflitos internos de grandes proporções no
PCCH, abrindo caminho para a perda de poder de Mao Tsé Tung.
Durante os três anos de vigência do “Grande Salto”, estima-se que cerca
de 16,5 milhões de chineses (em sua maioria, camponeses) tenham morrido
de fome e doenças causadas por desnutrição. Para recuperar a economia, os
novos dirigentes do Estado chinês reavivaram alguns princípios
característicos do sistema capitalista como, por exemplo, recompensas por
esforço no trabalho. Eles também desmontaram as comunidades rurais e
readaptaram o gerenciamento técnico na condução da produção econômica.
Começava uma era de contradições: por um lado, cantava-se a
Internacional, que prega não existir redentores. Por outro, Mao era aclamado
como o salvador da pátria, suas ideias comunistas eram veneradas como
graça divina, que substituía tudo o mais: moral, filosofia e política. Na
opinião de Zhao Fusan, teólogo chinês, essa ideia fracassou e, com ela, o
Partido Comunista, pouco após a morte do líder, em setembro de 1976,
quando acabou a Revolução Cultural.
Desde 1949, trinta milhões de chineses perderam a vida em Campanhas
Políticas. Chegado o fim da última Campanha Maoísta. Em 1976, a China
estava à beira do colapso total. O povo revogava o ideal de Mao, de
revolução contínua. Chegava à era das reformas, trazendo crescimento
econômico, mas também corrupção em massa e injustiça social.
Em 1953, quando Mao completou 60 anos, ficou estéril. À medida que
envelhecia, preferia mulheres cada vez mais jovens. Frequentemente dormia
com três, quatro ou cinco jovens e incentivava as amantes a apresentá-lo a
outras mulheres. Como resultado dessa intensa promiscuidade, em 1967
contraiu herpes genital.
A intensa atividade sexual de Mão fez-lhe contrair
também tricomoníase, doença assintomática no homem, mas desconfortável
para a mulher. Muitas de suas concubinas se orgulhavam de ter a doença
como prova de intimidade com o líder da revolução, contudo, com certeza,
sofriam com a situação. Calculam-se em centenas as infectadas com
a tricomoníase, entre as cerca de 3 mil mulheres com as quais ele se
relacionou.
Segundo o livro A Vida Privada do Camarada Mao (tradução de Gabriel
Zide Neto; Civilização Brasileira; 842 páginas), escrito por Li Zhisui; médico
pessoal de Mao de 1954 até sua morte em1976, ele teve várias concubinas.
Mao acreditava que fazer sexo prolongava a vida, ainda não escovava os
dentes, alegando que o tigre não precisa escová-los. Também não gostava de
tomar banho. Devido à sua falta de higiene com os dentes, fizeram-no perdê-
los todos na velhice.
E o agravamento de doenças sexuais acabou levando-o à morte.
Milhões de chineses foram às ruas para prestar a última homenagem ao
líder revolucionário. Entretanto, desde o primeiro instante, certo alívio se
misturava ao luto imposto por Pequim. Afinal de contas, os chineses do
século 20 não tinham “apenas” motivos para sentir gratidão pelo Patriarca da
República Popular da China.
General alemão Lothar Von Throta

Desde o início do século XX, a Alemanha se esforçava para exportar


seus monstrinhos para exterminação de raças, não pensem que o início da
segregação ariana começou com o austríaco naturalizado alemão, Adolph
Hitler, mas foi muito antes com a exterminação do povo que habitava a
Namíbia ao sudoeste da Alemanha, os Hererós e os Namaquas.
Adrian Dietrich Lothar Von Throtha foi um comandante
militar alemão que se destacou por sua conduta na antiga África do Sudoeste
Alemã, especialmente nos acontecimentos que conduziram à quase
exterminação do povo Hereró e povo Namaqua, no chamado Genocídio
Hereró e Namaqua (1904).
Vítimas: 65 mil Hererós e 10 mil Namaquas. Foi o primeiro genocídio
do século 20, na região onde hoje fica a Namíbia. Os poucos que não foram
expulsos para o deserto de Kalahari acabaram nos campos de concentração,
identificados por números e obrigados a trabalhar até a morte. Metade
dos Namaquas e 80% dos Hererós foram mortos (os judeus perderam cerca
de 35% de seu povo durante o massacre Nazista). Um século depois, os
alemães pediram desculpas, mas não ofereceram nenhuma compensação.
Os alemães ainda envenenavam os poços pelo deserto. Anos depois,
ossadas foram achadas em buracos que as pessoas cavavam com as próprias
mãos em busca de água.
Stalin

Ao contrário de Hitler ou Mussolini, Stalin era um homem


extremamente cordial e educado. Mas por trás da aparência fina e sutil, havia
um ditador nato com uma natureza brutal.
Durante quase trinta anos, de 1924 a 1953, o ditador Joseph Stalin
governou a ex-URSS com métodos brutais, desconhecidos mesmo para os
padrões da história russa. No começo dos anos trinta, ele foi entrevistado pelo
conhecido autor de biografias, o alemão Emil Ludwig, num momento em que
o seu regime ainda não havia demonstrado do que era capaz. Era modesto
quase tímido, que se apresentou como um mero discípulo de Lênin. Os
acontecimentos posteriores mostraram, porém, que aquele modo de ser
comum, quase banal, não impediu Stalin de tornar-se um homem implacável,
verdadeiro dono do destino do seu povo.
Responsável pelo genocídio ucraniano.
Vítimas: três milhões de ucranianos.
Decidido a transformar a Ucrânia e sua produção de trigo numa fortaleza
do comunismo, Stálin resolveu ‘limpar’ a região do que mais o incomodava:
os ucranianos. Eles não podiam falar seu idioma, foram perseguidos pelo
serviço secreto e deixados sem comida. Bandidos cobravam
preços abusivos no mercado negro, crianças eram abandonadas e até
canibalismo aconteceu no que ficou conhecido como Holomodor.
Stálin lançou a ‘lei das cinco espigas’. Quem fosse preso pegando comida
para si mesmo era acusado de roubar o Estado sob a seguinte pena: dez anos
de trabalhos forçados ou até a morte.
A morte de Stálin, ocorrida em 8 de março de 1953, provocou
consternação nacional e mundial. Em Moscou, milhares de pessoas, sob uma
temperatura calamitosa, marcharam até o velório dele. Embalsamado,
colocaram-no ao lado do corpo de Lênin. O novo grupo dirigente que
assumiu (Malenkov, Molotov, Bulganin e Krushev) tratou logo de dar um fim
em Laurenti Béria, o policial-chefe que posava como o lugar-tenente de
Stalin, ordenando a prisão e o pronto fuzilamento dele, o que ocorreu em
setembro de 1953. Uma época de assombro e sordidez acompanhou-os, a
Stalin e a Béria, à tumba.
Três anos depois, em fevereiro de 1956, Nikita Krushev lançaria sua
famosa denúncia contra Stálin no XX Congresso do PCUS. A nova sociedade
soviética, dos engenheiros, dos técnicos, dos intelectuais, dos trabalhadores
qualificados, do satélite e da bomba atômica, não podia mais conviver com as
práticas estigmatizadas que Stalin deixara como herança. Enfim, ao lado de
Mao-Tse-tung, Stalin foi considerado um dos maiores genocidas de todos os
tempos.
MENGUELE (O Carrasco Nazista ou o primeiro
Dr. Morte).

A sede por experiências na área médica, com cobaias vivas, foi a


motivação de que Menguele precisava para se associar ao nazismo.
Antes mesmo de a Segunda Guerra Mundial explodir com todas as
atrocidades aos judeus ricos, uma classe já sofria na mão dos nazistas, a dos
judeus pobres, e a dos sem-teto, chamados ciganos.
Menguele foi o médico alemão que mais atuou também durante o
regime nazista. O apelido de Mengele era Beppo, mas ele era conhecido
como Todesengel, "O Anjo da Morte”, no Campo de concentração.
Mengele foi oficial médico chefe da principal enfermaria do campo de
Birkenau, que era parte do complexo Auschwitz-Birkenau. No entanto, não
foi o oficial médico em chefe de Auschwitz; acima na hierarquia se
encontravam os médicos Eduard Wirths e Hilario Hubrichzeinen. No fim da
Segunda Guerra Josef Mengele fugiu da Alemanha passando por alguns
países, até encontrar acolhida na Argentina, onde permaneceu algum tempo.
As experiências com seres humanos em Auschwitz, ele injetou tinta azul
em olhos de crianças, uniu as veias de gêmeos, deixou pessoas em tanques de
água gelada para testar suas resistências, amputou membros de prisioneiros e
coletou milhares de órgãos em seu laboratório.
Em cooperação com outros médicos, Mengele tentou também encontrar
um método de esterilização em massa; muitas das vítimas foram mulheres em
quem injetava diversas substâncias, sucumbindo muitas delas ou ficando
estéreis noutros casos. Mengele fez experiências com ciganos e judeus que
tinham doenças hereditárias como nanismo, síndrome de Down, irmãos
siameses e outras afecções e dissecou vivas algumas pessoas mestiças,
submergindo depois os seus cadáveres numa tina com um líquido que
consumia as carnes, deixando livres os ossos. Os esqueletos eram enviados
para Berlim, como macabro mostruário da degeneração física dos Judeus ou
outros. A divulgação das atrocidades de Mengele levou à criação de um mito
popular em volta da sua figura semilendária.
Várias representações ficcionais de Mengele surgiram desde a Segunda
Guerra Mundial. Uma famosa versão literária ficcional de Mengele foi criada
por Ira Levin, em seu livro Os meninos do Brasil (The Boys from Brazil), em
que o médico consegue clonar Adolf Hitler. Em 1978, foi lançado o filme
baseado no livro com Gregory Peck, como Mengele.
Mengele foi base para uma série de médicos nazistas imaginários. Entre
eles o Dr. Khristian Szell (Laurence Olivier), do filme Maratona da morte
(Marathon Man, 1974), também um livro de William Goldman. Há vários
personagens baseados em Mengele nos quadrinhos e obras populares
infantojuvenis, e é a provável inspiração para o Doctor Schabbs, personagem
do jogo de computador Wolfenstein 3D, um cientista louco que criava
zumbis. Além disso, foi tema da música "Angel of Death" da banda de
Thrash Metal Slayer, lançada no Cd Reign in Blood em 1986 e também da
banda brasileira Dorsal Atlântica com a faixa "Joseph Mengele”.
Responsável pelo Porajmos, a caçada aos ciganos – 1945, Vítimas: 500
mil romanis (ciganos). Quando os nazistas chegavam aos acampamentos
ciganos, matavam sem dó. Muitas vezes, eles nem faziam a seleção na
chegada aos campos de concentração – acabavam com todos. Até hoje, os
500 mil ciganos mortos (a mesma proporção, um grupo tão grande quanto o
de judeus assassinados na Segunda Guerra) são pouco lembrados. Um dos
casos mais macabros do médico nazista Josef Mengele é o
dos gêmeos ciganos Guido e Inah, costurados um ao outro, pelas costas,
como siameses. A mãe matou os dois com morfina para terminar com o
sofrimento.
POL POT (O assassino dos professores)

No governo do Khmer Vermelho, liderado principalmente por Pol Pot,


as cidades foram evacuadas, e os cambojanos, levados ao campo para o
trabalho no cultivo de arroz. O partido é acusado de desrespeitar os direitos
humanos nesse período, promovendo o massacre de opositores, intelectuais e
pessoas suspeitas de se relacionar com o governo anterior.
Pol Pot foi acusado de exterminar os professores do Camboja, por
querer que os regimes políticos anteriores não fossem difundidos na educação
dos cambojanos.
Político cambojano (19/5/1928-15/4/1998) Saloth SAR, também
conhecido como Pol Pot, nasce na província de Kompong Thom e estuda
carpintaria na escola técnica da capital Phnom Penh. Ali, ingressa no
movimento de resistência ao domínio francês, liderada pelo vietnamita Ho
Chi Minh – os franceses controlavam todo o Sudeste Asiático, que
chamavam de Indochina.
Em 1975, o Khmer toma o poder por meio de um golpe e, no ano
seguinte, seu líder Pol Pot se torna primeiro-ministro. No governo, obriga
populações inteiras a abandonar as cidades e trabalhar no campo. Entre 2 e 4
milhões de pessoas (cerca de 20% da população) morrem em conseqüência
de trabalhos forçados, execuções, doenças ou tortura. É deposto em 1979,
quando tropas vietnamitas invadem o Camboja, dando início a uma ocupação
de onze anos, e os líderes do Khmer Vermelho se refugiam nas montanhas da
fronteira com a Tailândia.
Pol Pot abandona o comando do movimento em 1985, mas continua a
exercer influência. Morre de causas naturais, durante a prisão domiciliar a
que fora condenado pelo próprio Khmer Vermelho.
Responsável pelo derramamento de sangue no Camboja - 1975-1979.
Vítimas: 1,7 milhão de pessoas. Líder dos comunistas que tomaram o
poder no Camboja, resolveu ‘limpar’ o país não de uma etnia específica
(embora minorias chinesas e vietnamitas tenham sido dizimadas depois), mas
de todos os que pensassem de uma maneira anticomunista. Os intelectuais,
monges e qualquer pessoa com uma profissão foram considerados ‘maçãs
podres’. Quem não foi fuzilado na hora foi para campos de reeducação, onde
trabalhavam até a morte. É o mais famoso autogenocídio da História. O
desprezo pela vida marcava o lema do Khmer Vermelho: “Manter você vivo
não nos traz nenhum benefício. Destruir você não será nenhuma perda para
nós”.
Adolph Hitler (Führer)

Falar de genocídios vem logo em nossa mente Hitler e o massacre ao


povo judeu.
Mas o general perverso, friamente retratado em todos os livros sobre
antinazismo ou sobre assassinatos em massa, além de perverso, tinha dons
respeitáveis que o fizeram se tornar o líder militar e político mais respeitado
na Alemanha e porque não dizer no mundo e isso sem ser alemão.
Seu poder estava primeiramente na oratória, com uma capacidade
enorme de ser ouvido pelo povo e principalmente por seus superiores. Hitler,
um ex-músico frustrado por sua falta de talento, descobriu em seus discursos
que o método de promover uma verdadeira lavagem cerebral em seus
seguidores seria o mais viável para alcançar sua escala de poder, como
acontece com muitas entidades religiosas hoje em dia, que sobrepujam a
dignidade humana em troca de favores financeiros. Hitler, um racista e
antissemita nato, infligia nas pessoas respeito e maioridade intelectual,
fazendo com que suas teorias sobre existir uma raça pura fossem ouvidas e
impostas.
Foi responsável por 6 milhões de mortes, exterminando 35% dos judeus,
além de colocar em sua conta a morte de ciganos, antinazistas, muçulmanos e
membros de outros segmentos religiosos. Escapou de nada menos que 42
atentados contra sua vida, fazendo-o acreditar que havia uma providência
divina a favor de sua vida.
Enquanto isso, bem pertinho na Europa, a igreja católica fingia não
saber o que estava acontecendo com o povo Judeu.
Homem de poucas amantes, se casou na véspera de sua morte, para fazer
a vontade da noiva que prometera se suicidar com ele. Após a cerimônia, de
presente, a lua de mel, seria em outra dimensão espiritual.
Poucos dias depois de ter tomado a decisão definitiva, resolveu
formalizar sua união com Eva Braun, encomendando um casamento de
emergência dentro do abrigo. O casal decidira por fim à vida juntos. Hitler
tinha-se mantido solteiro, até então, em nome da mística que sua solitária
figura messiânica exercia sobre o povo alemão. O salvador não poderia ser
um homem comum, com esposa e filhos, nem ser envolvido pela
contabilidade doméstica e com a rotina matrimonial burguesa.
Depois do almoço, no dia 30 de abril, trancou-se com Eva Braun nos
seus aposentos. Ouviu-se apenas um tiro. Quando lá penetraram encontraram-
no com a cabeça estraçalhada à bala e com a pistola caída no colo. Em frente
a ele, em languidez de morta, estava Eva Braun, sem nenhum ferimento
visível. Ela ingerira cianureto, um poderosíssimo veneno. Eram 15h30min
horas! Rapidamente os dois corpos, envolvidos num encerado, foram
removidos para o pátio e, com o auxílio de 180 litros de gasolina que os
embeberam, formaram, incendiados, uma vigorosa pira. Ao redor deles, uma
silenciosa saudação fascista prestou-lhes a homenagem derradeira.
Responsável pelo Holocausto judeu.
1939–1945
Vítmas: acima de 600 mil.
Apesar do assustador número de seis milhões de Judeus, há controvérsia
sobre esta estimativa, pois na Alemanha viviam em média 600 mil judeus,
um número extremamente alto, para um país pequeno, mas, mesmo assim,
alguns pesquisadores dizem que quem conta a história aumenta um ponto, e
neste caso, aumentaram um zero, e acredita-se que a estimativa correta seria
de 600, 000.
O primeiro a começar a estimativa de morte do holocausto, Simon
Wiesenthal, admitiu depois que, ao tomar conhecimento das atrocidades,
queria chocar o mundo com os números.
Infelizmente mortos não falam e políticos usam esse silêncio. Simon
Wiesenthal espalhou que havia onze milhões de mortos no Holocausto.
Simon Wiesenthal contou a Yehuda Bauer onde foi buscar o número de 11
milhões de mortos do Holocausto. Wiesenthal contou-lhe que o tinha
inventado. Wiesenthal inventou-o, escreveu Bauer em 1989, "para fazer com
que os não-judeus se sentissem como se fizessem parte de nós". O que Simon
Wiesenthal sentia em 1948 era que o mundo não-judeu não se interessaria
pela tragédia judia a menos que percebessem que tinham também sido mortos
não-judeus. Desta forma chamou a atenção para eles. Na necessidade de
precisar um número, Wiesenthal inventou para cima de 5 milhões.
Foi esse o número caprichoso que apareceu na ordem executiva
(decreto) do Presidente Carter e que teve como resultado a primeira definição
oficial do Holocausto, reunindo os que foram mortos como parte de um único
genocídio industrial por motivos raciais e os que foram mortos em resultado
da brutalidade nazista.
Foi a forma peculiar, até mesmo bizarra como este número oficial e
infundado, e, pior ainda, esta combinação oficial de tragédias históricas, cujo
efeito foi privar-nos de um acontecimento único com qual o mundo inteiro
tem muito que aprender. Alguns dizem que o número final se baseia em que a
guerra foi mundial e que judeus foram massacrados pelo mundo e não só na
Alemanha, mas não há comparabilidade entre o terror vivido pelos mesmos
na Alemanha, ter sido repetido em outros países. Além da quantidade, o mais
assustador foi a forma quase industrial como os judeus foram massacrados.
No auge dos campos de concentração, as roupas, dentes, cabelos e até os
cadáveres eram reaproveitados pelos nazistas. Homens mais fortes
trabalhavam até a morte, os ‘improdutivos’ iam direto para as câmaras de gás
e outros eram simplesmente executados em operações de ‘limpeza’.
O massacre também se deu de outras formas. Cerca de 800 mil judeus
morreram de febre tifóide, desnutrição e outras doenças ao ficarem
confinados nos chamados Guetos.
JIM JHONES

James Warren, conhecido como "Jim" Jhones, um americano nascido


em 1931, na cidade de Crete, Indiana, foi o fundador do grupo Templo do
Povo, depois de fazer um curso de pastor por correspondência. É o maior
genocida religioso de todos os tempos. Em minha opinião o mais assustador.
Fanático, alcoólatra, viciado em drogas, conseguia seduzir fiéis com seu
poder de oratória. Desde criança era apaixonado por artes e religião. Chegou
a viver no Brasil, em Belo Horizonte, Minas Gerais, e era um vizinho
fechado e misterioso, até voltar para os Estados Unidos.
A grande maioria dos seus seguidores era de origem negra e humilde.
Na igreja ele oferecia tratamento antidrogas gratuito, o que atraía a população
mais carente e seus familiares.
Bom de conversa e carismático, rapidamente se envolveu com políticos,
e chegou a se tornar secretário de habitação, mas na igreja era dominador, e
se gabava de fazer sexo com homens e mulheres até mesmo no púlpito.
Após ver um anúncio em uma revista americana, que desmascarava as
coisas que aconteciam na seita, em uma noite, Jim decidiu tirar todos os
membros dos EUA, e levá-los para a floresta da Guiana.
Todo horror começou quando o deputado Ryan, um congressista
americano, foi até a Guiana, para visitar Jonestow, após receber a denúncia
de que americanos viviam ali em cárcere, como em um campo de
concentração, obrigados por Jim.
A cidade havia sido criada por Jim, como a terra prometida, que havia
sido escolhida por Deus, o paraíso na terra, onde todos eram iguais. A
primeira impressão da comitiva foi boa, pessoas felizes, brancos e negros
vivendo em harmonia, crianças brincando felizes, e creches bem
administradas.
Algumas horas depois, a comitiva começou a desconfiar que houvesse
algo errado naquele lugar, receberam vários bilhetes de um dos membros,
confirmando as denúncias.
Jim Jhones tentou contornar a situação, alegando que o homem era um
mentiroso, e convidou o deputado e outros membros da comitiva a se
retirarem de sua cidade, pois estavam atrapalhando a paz em Jonestow.
Quando se aproximaram do aeroporto, um dos membros da seita tentou
esfaquear o deputado.
Logo em seguida, o deputado, 3 jornalistas e uma adepta da seita que
estava deixando a seita, sofreram um atentado, e foram baleados.
Na verdade a primeira ordem era que o piloto fosse assassinado e o
membro da seita que seria o autor se suicidasse, caindo com o avião na selva,
mas desconfiado de incompetência ou deslealdade, alguns membros
decidiram atacar.
Logo em seguida, talvez, antes mesmo de saber do insucesso da
emboscada, Jim reuniu todos e mandou que bebessem um suco envenenado
rapidamente, para que não desse tempo da Guarda Nacional da Guiana
chegasse, alegando que sofreriam maus-tratos, como tortura e castração e
todos seriam mortos.
O suicídio coletivo se deu em 18 de novembro de 1978.
Foram encontrados mais de 900 corpos. Homens, mulheres e crianças.
Julgando-se encurralado, Jim viu no suicídio coletivo a sua saída, todas as
330 crianças tomaram a dose de veneno, muitas vezes dadas pelos pais.
Jim Jones foi um dos últimos vivos e no alto-falante dizia: – Não
cometemos um simples suicídio, cometemos um suicídio revolucionário
contra um mundo desumano.
Jim não tomou o veneno, morreu com um tiro na cabeça, dado por
alguém que não foi identificado.
Responsável pelo suicídio na Guiana
Vítimas: Mais de 900 mortos.
Organizou um envenenamento coletivo baseado em uma nova vida pós-
morte e impondo a política do medo. Ele mesmo não se matou.
Parte 3 - As maiores assassinas da história.
Algumas com carinha de anjo, outras com o poder nas mãos, outras com
a simples vontade de matar a todo custo, uma vontade incontrolável de fazer
o mal.
Assasinas cruéis, psicopatas sanguinárias.
As maiores assassinas da História.
Este capítulo teve o apoio de pesquisa da Escritora Janduí Macedo
As irmãs Maria e Delfina Gonzales.

.
As irmãs Delfina e Maria de Jesus Gonzalez Valenzuela eram dirigentes
de um bordel em Guanajuato, México, Município de São Francisco, o
Rancho Loma Del Anjo. No ano de 1950, elas escolhiam prostitutas através
de anúncio de um jornal. Estas moças pobres, sem recursos, aceitavam a
ajuda das irmãs e serviam aos clientes, mas, quando não mais atendiam as
exigências de alguns deles, eram espancadas e muitas mortas. As irmãs
também assassinavam os clientes ricos, que frequentavam o local, para furtá-
los.
Eram diabólicas, tramavam e matavam com crueldade, além de maltratar
as garotas e os clientes. As mantinham presas, era como num campo de
concentração. Após uma fuga de uma das meninas, que comunicou a mãe os
horrores a que havia assistido ali. As autoridades ficaram sabendo da história,
a polícia vistoriou o local e lá foi concluído que o estado das jovens provava
que foram vítimas de maus-tratos e as condições de higiene do local eram
deploráveis, as condições de saúde das jovens eram péssimas e seus corpos
tinham sinal de espancamento.
Muitas denúncias foram confirmadas no local, principalmente as de
cárcere privado e agressões, as jovens acusavam as irmãs de sequestro e, no
rancho, elas eram agredidas e maltratadas frequentemente. Ninguém as
escutava por mais que gritassem, durante as agressões, por estarem trancadas
em um rancho distante da cidade. As que eram assassinadas eram enterradas,
de forma clandestina.
As irmãs tinham a proteção e a cumplicidade das autoridades, os
subornavam e corrompiam com troca de favores, já que eles eram
frequentadores dos bordéis.
Depois destas acusações foram encontrados os corpos, 11 homens e 80
mulheres e quantidade de fetos não determinada, por que elas matavam as
prostitutas quando estas estavam grávidas, também forçavam as moças a
abortar. O motorista das irmãs é que foi obrigado a cavar e descobrir os
corpos.
Foram condenadas a 40 anos de prisão, pena máxima no México. Esta
sentença ocorreu em 1964. Foram para a prisão carcerária de Irapuato, em
Guanajuato. Lá, Delfina sofreu um acidente e morreu após profunda agonia,
após haver caído, acidentalmente, um balde de cimento sobre sua cabeça.
As Gonzales tinham uma irmã chamada Carmem que morreu em 1950,
de cancro e que também matou algumas jovens.
Maria Luisa González Valenzuela morreu presa e louca, em
(19/11/1984), com medo que as pessoas a linchassem pelos crimes cometidos
As irmãs Delfina, Maria de Jesus, Carmem Gonzalez e Maria Luisa
Valenzuela nasceram em El Salto de Juanacatlán, Jalisco, em meio à imensa
pobreza. O pai Isidro, policial rural, era um homem grosseiro, autoritário e
violento. Em relação às filhas era muito severo. Elas se vestiam e se
comportavam como ele decidia.
Já maiores, se mudaram para San Francisco Del Rincón,
Guanajuato. Com medo da pobreza que viveram durante longos anos,
resolveram se prostituir. Inauguraram na cidade um Salão, como eram
chamados os bares da época. Depois começaram a possuir inúmeros Salões e
Gonzalez Valenzuela usava os atrativos sexuais da irmã mais nova para
conseguir o que queriam, e subornar a todos. Até formarem o Bar/bordel.
As jovens da cidade eram atraídas para estes locais, levadas pelo sonho
de ir para a cidade grande, já que eram pobres camponesas, para trabalhar e
ganhar dinheiro. Outras eram agarradas e levadas à força pelo amante de
Delfina, Hermenegildo Zuniga, e um Capitão do Exército.
Lá no rancho, as virgens eram guardadas e oferecidas para quem
pagasse um preço superior. Ao final da noite, as outras eram estupradas. As
irmãs levaram anos ganhando muito dinheiro, vendendo bebida e oferecendo
as garotas a soldados, vereadores, policiais e aldeões. Muitas famílias não
aceitavam mais as moças de volta em seus lares, depois dos estupros.
Nos dias atuais elas ainda são lembradas pelo escândalo causado, o
maior caso de assassinato e prostituição de todos os tempos. Onde jovens
inocentes foram torturadas, espancadas, seviciadas, maltratadas e
assassinadas e mantidas em cárcere. Um dos mais chocantes crimes da
história.
Em 2002, os trabalhadores limpando a terra para o desenvolvimento de
novas habitações em Puríssima Del Rincón, Guanajuato, no caminho do
famoso rancho Loma Del Angel, onde ocorreram tantas atrocidades,
encontraram os restos de cerca de 20 esqueletos, em um buraco. Autoridades
disseram que as vítimas foram provavelmente enterradas lá na década de
1950 ou 1960, vítimas de Las Poquanchis, como eram chamadas as irmãs
assassinas. As irmãs perversas.
ELIZABETH BATHORY

Malvada, cruel, desumana, a Princesa Húngara Elizabeth Báthory sentia


prazer em maltratar e matar suas vítimas, além de banhar-se com seu sangue.
Tinha obsessão pela beleza, perseguia a juventude e vitalidade, buscava
saciar sua sede de sangue, drenando suas vítimas.
Por este motivo foi comparada ao Conde Vlad III, o Empalador, que
mais tarde inspirou o escritor Bram Stoker ao criar o conhecido personagem
fictício, Conde Drácula, baseado no ato de Elizabeth de ingerir sangue.
A Condessa Sangrenta achava que o sangue a remoçava e por isso
perfurava todo o corpo de suas vítimas para obter seu sangue.
Na infância sofreu convulsões e ataques de epilepsia, sofria de estranhas
doenças e tinha temperamento agressivo, sentia rancor das pessoas. Mais
velha, começou a demonstrar comportamentos psicóticos.
A Princesa Drácula nasceu em Níybárthor, no reino da Hungria. Passou
a mocidade no Castelo Cachtice.
Vaidosa e bela, Erzsébe foi prometida em casamento aos 11 anos. Antes
de casar-se ficou grávida de um camponês. Para não desfazer o compromisso
de casamento com o Conde, desapareceu algum tempo, até o nascimento do
filho. Não se sabe o que foi feito de sua criança.
Casou-se em 1575 com o Conde Ferencz Nádasdy. E começou a cuidar
do Castelo Nádasdy. Foi então que tendo tantos empregados para disciplinar,
ela começou a cometer suas atrocidades. Seu marido militar viajava por longo
tempo, ela que disciplinava suas criadas. Na época maltratar os empregados
era ato comum, só que ela os punia de forma perversa. Espetava alfinetes em
lugares dolorosos do corpo de suas vítimas. No tempo frio as deixava nuas,
como punição e as mesmas chegavam a morrer congeladas.
Os criados sofriam também na mão de seu marido que, além de
participar das crueldades, ainda lhe ensinava outras formas cruéis de aplicar
castigo e causar sofrimento aos criados.
O Conde morreu em 1604. Começou a fase mais escandalosa da vida da
Condessa, em sua propriedade de BECKOV e no Solar de CACHTICE. Lá
ela cometeu os piores crimes. Começou a envolver-se com homens jovens. Já
não conseguia mais contratar criadas pela sua fama de ser malvada. Uniu-se a
sua comparsa Anna Darvulia, sua amante, cometeu muitos crimes. Quando
ela adoeceu, aliou-se a Erzsi Majorova, que a induziu a matar uma nobre.
Elizabeth era mãe de seis filhos. Com seus filhos era uma mãe
carinhosa, afetuosa, os educava e disciplinava, de uma maneira amável. Ela
sempre foi uma mulher muito educada e fina, tinha instrução, boa educação,
falava quatro línguas.
Começou a achar que o sangue de virgens camponesas não surtia mais
efeito em seu banho de beleza, não estava a remoçando. Então sua comparsa
Anna Darvulia a encorajou a matar nobres, por achar que seu sangue era mais
puro. Com o passar do tempo, começaram a descuidar dos corpos de suas
vítimas. Tempos depois começaram a ser encontrados cadáveres em sua
propriedade e em suas proximidades.
Chegou a enxergar o sangue humano como um elixir da juventude,
depois de um acontecimento em seu castelo. Em seu aposento, uma criada
penteando seus cabelos, sem querer a machucou. Muito irritada, ela espancou
a criada que começou a sangrar, o sangue que respingou em sua pele, depois
de seco, fez com que esta parecesse mais viçosa, isto chamou sua atenção
para este líquido. Elizabeth teria motivo de tomar, daí em diante, muito banho
de sangue.
Outro fato que impulsionou e a encorajou ainda mais em sua vaidade e
vontade de ficar jovem foram seus relacionamentos com homens muito
jovens. Um dia, na companhia de um deles, lhe perguntou ao ver uma
senhora passar, o que ele faria se tivesse de beijar aquela boca. O jovem
respondeu que teria repulsa, mostrando aversão à idosa. Sabendo Elizabeth
que o tempo é impiedoso, que iria envelhecer, começou a se preocupar em
nunca ter aquela aparência da idosa.
Em 1610, por motivos políticos começou uma investigação a Elizabeth.
Mas para cobrar-lhe as dívidas do seu marido, que devia à Coroa, que pelas
mortes atribuídas a Elizabeth. Já que seria um escândalo, se revelados todos
os seus crimes, ela sendo uma nobre. Ela foi presa em 26 de dezembro de
1610. O julgamento foi conduzido pelo Conde Thurzo, seu primo. Foi
apresentada uma prova: a sua agenda encontrada em seu aposento. Nela, a
Condessa registrava o nome de todas as suas vítimas, com sua letra descrevia
cada uma delas, num total de 650 vítimas.
Seus cúmplices foram condenados à morte, sendo a execução de acordo
com o papel desempenhado, por cada um, na tortura das vítimas.
Erzsébet foi condenada à prisão perpétua, foi encarcerada em um
aposento do Castelo Cachtice, sem portas e janelas, com comunicação por
uma pequena abertura, que servia apenas para passar comida e água e entrada
de ar. Viveu ainda durante três anos nesta condição.
Faleceu em 21/08/1614. Foi sepultada em Báthory em Ecsed. Morreu
aos 54 anos.
Os documentos sobre seu julgamento foram lacrados, por que revelações
sobre seus crimes seria um escândalo para o povo húngaro.
A Condessa matava e isso se atribuía a ter participado de muitos
acontecimentos na infância, suas irmãs foram espancadas e estupradas por
rebeldes em sua presença. Entre suas modalidades de torturas estão
espancamento durante longos períodos, levando muitas vezes à morte.
Queima das mãos e dos órgãos genitais. Dizem que em sua fúria, ela mordia
a pele de sua vítima até dilacerar, no rosto, na perna e depois sugava o
sangue. Espetava-as com agulhas, abusava sexualmente. Fazia cirurgia em
suas vítimas, muitas vezes estas eram fatais. As matava de fome.
De todos os atos praticados por Elizabeth o único difícil de acreditar são
os banhos de sangue, já que o sangue coagula depois de algum tempo, fora do
corpo. Mas acredita-se que ela mordia e sugava o sangue de suas vítimas,
assim como um vampiro faz. Elizabeth era cruel e sangrenta.
ILSE KOCH

Ilse Koch era casada com Karl Koch, comandante dos Centros de
Concentração Nazistas: Buchenwald e Majdanek. Foram acusados de serem
sádicos e cruéis com seus prisioneiros, foram atribuídos ao casal desvio de
dinheiro e assassinatos de prisioneiros.
Ilse nasceu em Dresden, Alemanha. Conheceu Karl Otto Koche, em
1934. Começou a trabalhar em 1936 no Campo de
concentração de Sachesenhausen, como guarda e secretária. Casou-se em
1937.
Karl Otto Koch foi designado para construir um campo de concentração
em Buchenwald. Sobre a influência de seu marido Ilse começou a torturar os
presos. Agiam com sadismo e crueldade. Ela ainda usava um chicote para
acoitar suas vítimas.
Em 1940 construiu uma arena de esporte coberta, para equitação, custou
caro. Só que para homens-cavalos, estes seres humanos de verdade. Era agora
a Superintendente-chefe. Era como se estivessem no estábulo. Divertiam-se
fazendo os homens de cavalos, convidava as amigas e deixava que elas
contemplassem os homens sendo hostilizados. Então ela e suas amigas
montavam, na região lombar e colocava freios em sua boca e usava a espora e
o chicote, para humilhá-los. Colocava cinto de castidade para que eles não
pudessem ter prazer, nem ereção, se masturbando ou relacionando com os
outros presos. No campo ela era conhecida como “A bruxa de Buchenwald”,
pela crueldade e lascívia com que punia seus prisioneiros.
Em 1941, Karl Otto tornou-se comandante de Majdanek. Em 1943, foi
preso pela Gestapo, por desvio de fundos da SS e assassinato de presos. Ele
foi condenado e executado em 1945. Ilse foi absolvida, saiu e foi morar com
sua família. Mas foi presa no mesmo ano pela E.U.
Em 1947, Ilse foi condenada à prisão perpétua em Dachau. Cumpriu
dois anos e foi perdoada.
Em 1951, dia 15 de janeiro, foi condenada por um tribunal da Alemanha
Ocidental, por estelionato e incitação ao crime de mais de 135 pessoas. Uma
das acusações mais graves contra ela foi que usava a pele tatuada de seus
prisioneiros para forrar abajur e fazer alguns utensílios domésticos, forrava
livros e tinha luvas feitas de pele humana. Ficou conhecida por sua crueldade
bestial e comportamento sádico. Gostava de montar seu cavalo pelo campo e
acoitar qualquer prisioneiro que chamasse sua atenção no caminho. Forçar
prisioneiros ao estupro e pelas torturas físicas e psicológicas.
Ilse Koch cometeu suicídio enforcando-se na prisão feminina de
Aichach, em 1º de setembro de 1967.
Jane Toppan

Jane Toppan nasceu em Boston, no ano de 1854. Registrada como


Honora Kelly. Era pequena quando sua mãe morreu, foi criada pelo pai,
alfaiate. Ficou aos seus cuidados, até quando este foi internado por um ato
insano, tentou costurar os próprios olhos.
Ela foi levada para um orfanato, Boston Feminino Asilo. Quando foi
adotada pela família Toppan, família muito rica. Seu nome foi mudado para
Jane Toppan. Apesar de tê-la adotado para criá-la como um membro da
família, Ann Toppan a tratava como uma serva. Toppan Abner e sua esposa
Ann Toppan tinham outra filha, chamada Elizabeth.
Na adolescência, Jane sofreu uma rejeição do seu pretendente, o noivo,
com isso sofreu um colapso nervoso que a levou a tentar o suicídio, não
morreu, como pretendia.
Em 1885, no Hospital Cambridge, na escola de enfermagem, em sua
residência, chamava a atenção de seus professores pela inteligência e por uma
curiosidade mórbida por autópsias. Era chamada de “Jolly Jane” pelos
colegas, usou seus pacientes como cobaias, alterava a dose prescrita na
receita e administrava morfina e atropina, queria saber a reação que estes
medicamentos operava no sistema nervoso, quando associados. Como ficava
muito tempo a sós com os pacientes, alterava as receitas, administrava os
medicamentos e ficava com os pacientes sem e com consciência e ia para a
cama com eles. Quando foi presa disse que sentia emoção sexual em ver o
paciente quase morrer e depois voltar à vida. Disse gostar de abraçá-los e vê-
los morrer.
A paciente Sra. Amélia Phinney, que sobreviveu a esta administração
de medicamentos, contou a malícia de Jane. “Administrou um remédio de
gosto amargo, para aliviar sua dor, depois de uma operação e quando se
encontrava sonolenta, tentou a beijar na boca, só parando seu assédio quando
um médico entrou no quarto, pensou ser um sonho depois. ” Mas ao ver presa
a Jane Toppan, revelou o acontecido. Mesmo com estas mortes, Jane Toppan
foi recomendada para o prestigioso Massachussetts General Hospital, em
1889. Ficou lá durante um ano.
Foi demitida. Retornou ao Hospital Cambridge, mas também foi
demitida por prescrever opiaceo de forma imprudente, quando dois dos seus
pacientes morreram sem explicação.
Começou a trabalhar como enfermeira a domicílio. Sua forma educada e
seu jeito carinhoso de tratar os pacientes chamou a atenção das melhores
famílias de Boston, queriam que cuidasse de seus parentes. Cuidava dos
doentes e dos idosos. Mas a maioria morria misteriosamente. Atribuía-se a
sua “poção especial” que ingerida pelos pacientes causava sua morte.
Por duas décadas ela brilhou e agiu nas casas das pessoas mais ricas e
influentes da Nova Inglaterra com seus coquetéis de Morfina, que se estima
matou mais de 31 pessoas. Apesar de haver queixas de pequenos furtos dos
seus patrões, ela conseguiu empregar-se em inúmeras residências.
Ela começou a matar por intoxicação em 1889, assassinou seus
proprietários, com uma dose de estricnina.
Já em 1989, matou sua irmã adotiva Elizabeth, com uma dose de
estricnina. Sempre teve ciúme da irmã, desde a infância, por ser ela a herdeira
da família que a adotou, ainda ser muito bonita! Cresceu nutrindo ódio de sua
irmã que nunca a tratou mal. Também era gorda, não conseguia manter a
forma. Alimentou esta inveja durante anos e começou a odiá-la ainda mais,
pelo fato de sua irmã casar-se com Oramel Brigham. A matou em uma de
suas visitas ao casal.
Anos depois ao retornar à cidade, ainda tentou ficar com o marido da
irmã, Oramel Brigham, que só ficou vivo porque a expulsou de sua casa a
tempo.
O chamado Anjo da Morte americano terminou seu reinado de
assassinatos em 26 de outubro de 1901, quando quatro membros da família
Davis morreram. A esposa dele e duas filhas desconfiaram logo dela, o
marido de uma delas pediu à polícia que fosse feita a autópsia de sua esposa.
Foi confirmada dose letal de morfina e atropina. Ela fugiu, mas a polícia de
Massachusetts a encontrou.
Presa, confessou 31 assassinatos. Foi diagnosticado que Jane tinha
problemas mentais. No Tribunal ela confessou sua “vontade de matar o maior
número de pessoas possíveis a um ser humano matar”, se tivesse a
oportunidade.
Motivos que levaram Jane Toppan a matar não sabemos, ela ganhava a
confiança dos membros das famílias, para as quais trabalhava, cuidava de
seus entes queridos e os matava sem pena. Gostava de matar pessoas
indefesas. Acredita-se que ela matou de 70 a 100 pessoas. Foi considerada
demente e internada num asilo. Morreu aos 84 anos no Taunton Insane
Hospital. Ainda com fantasias assassinas.
LUCRÉCIA BORGIA

Lucrécia Borgia nasceu em Roma. Mulher bonita, tipo fatal que atraía e
seduzia os homens. Graciosa, de andar elegante, tornou-se uma lenda. Filha
de Vanozza Cattanei e do Cardeal Rodrigo Bórgia, que mais tarde tornou-se o
Papa Alexandre VI. Era culta, poliglota, conhecia e recitava poesias, dançava,
cantava, tocava inúmeros instrumentos de corda. Seus irmãos Cesare Borgia,
Giovanni Borgia e Geofredo Borgia estavam sempre envolvidos em
corrupções políticas, planejaram casamentos para Lucrécia, arranjados para
tirar vantagem e avançar em suas ambições políticas.
Era uma mulher muito cruel. Esteve envolvida em todos os tipos de
episódios ao longo de sua vida: intrigas, assassinatos, envenenamentos,
luxúria, devassidão e incesto, simonia, fratricídios, perversão sexual.
Assassinatos, por ter sido acusada de envenenar seu marido com um pó
que guardava em um compartimento secreto, em seu anel. Praticava incesto,
seus irmãos a disputavam desde novos. Era uma batalha pela sua preferência.
E foi acusada de manter relações sexuais com seu pai.
Casou ainda com treze anos, com Giovanni Sforza, não pôde ter
relacionamento sexual, por causa da pouca idade. O que só aconteceu dois
anos depois. Mas não deixava de promover orgias dentro de seus aposentos,
com seu pai e irmãos. Os irmãos planejaram assassinar seu marido, para que
ela viúva casasse com um homem mais rico. Ela descobriu e ajudou Sforza a
fugir. Lucrécia então foi para um convento. Os irmãos para anular seu
casamento, alegaram que o casamento não tinha sido consumado, seu marido
era impotente. Enquanto o processo de anulação caminhava, Lucrécia
consumou o ato sexual. Só que ela engravidou, dentro do Convento, suspeita-
se que um de seus irmãos era o pai da criança, ou um criado; supõe-se que
Pedro Calderón, belo rapaz responsável de levar ao Convento cartas do pai de
Lucrecia. Lucrécia consegue se divorciar. Com medo do escândalo, esconde a
barriga por baixo de inúmeras saias. Nasce este filho, Giavanni, em segredo
em 1498.
Lucrécia tinha um irmão, seu preferido. Giovanni, este na ocasião de um
jantar na casa de sua mãe, aparece morto no rio. Depois, Pedro Calderón
também, ambos assassinados por César Bórgia, com ciúme de Lucrécia.
Em 1498, Lucrécia casa com Alfonso de Aragão, Bispo de Bisceglie.
Com este marido ela consegue viver um relacionamento feliz, ela o amava.
Cesare sofre com um surto de sífilis, que o deixa com muitas cicatrizes no
rosto, forçando-o a usar máscara para esconder-se, tomando consciência de
sua aparência e a irmã não cedendo mais aos seus encantos, enciumado ela
mata seu rival, o segundo marido de Lucrécia, e a culpa recaem sobre ela. O
satirista Filolia difama Lucrécia aos quatro ventos e sua polêmica família.
Lucrécia tinha apenas um filho de Alfonso, o Rodrigo.
Em 1501, o Papa Alexandre VI, seu pai, passou semanas em Nápoles e,
ao invés de deixar um Cardeal no Vaticano assumindo seu lugar, escolheu
Lucrécia como Papisa. Isto enfureceu e escandalizou a Europa.
Em 1501, Lucrécia casa pela terceira com Alfonso Deste, Conde de
Ferrara. Lucrécia desta vez fica doente de malária. Cesare interrompe sua
viagem e vem ameaçar seu cunhado, desconfia que ele a esta envenenando.
Fala que “O sangue de Lucrécia não será o único a ser derramado, se o pior
vier a acontecer”. Ela melhora e ele vai embora, é a ultima vez que Lucrécia
vê Cesare.
Com Alfonso Deste, Lucrécia mostra-se uma mulher respeitável e
responsável, tem muitos filhos com o Conde. Tenta com sua respeitabilidade
resgatar o prestígio do nome da família que foi perdido após a morte de seu
pai, envolvido em tantos escândalos de simonia. Só que ao parceiro não foi
fiel, teve um relacionamento com seu bicunhado, Francesco II Gonzaga,
Marquês de Mantua, o amor de Lucrécia por ele era mais sentimental que
carnal, trocaram inúmeras cartas apaixonadas. O relacionamento acabou
quando ele contraiu sífilis e tiveram que encerrar os contatos íntimos. Seu
outro romance foi com o poeta Pietro Bembo.
Em 1507, Césare foi morto em batalha pela França, vítima de
emboscada.
Os Borgia foram acusados de ter muito fascínio por domínio e poder,
por isso Lucrécia era encorajada a contrair matrimônio com homens
poderosos, assim eles mantinham-se sempre no poder. Casou-se três vezes
com homens escolhidos, em matrimônios planejados por seus irmãos.
Lucrécia nasceu em 18 de abril de 1480 e morreu dia 24 de junho 1519,
morreu de parto do seu oitavo filho, aos 39 anos. Foi enterrada no Convento
de Corpus Domini. Dizem que não existiam fotos da Lucrécia, só pinturas em
quadros, que retratavam uma mulher muito bonita. E a lenda, que tinha um
anel oco, onde dentro de um compartimento secreto continha veneno que
Lucrécia colocava nas bebidas das pessoas e as envenenava. Seu pai
ordenava que ela dormisse com Cardeais, para no dia seguinte assassiná-los
envenenados. Lucrécia, a mulher fatal usou todo seu poder e fascínio para
usufruir de todos os prazeres possíveis.
ALLIT BEVERLY

Allit Beverly nasceu em 4 de outubro de 1968. Foi acusada de matar


crianças enquanto era auxiliar de enfermagem, quatro delas morreram e
várias tentativas de provocar danos corporais e sepultais. Ela era acometida
pela Síndrome de Munchausen por Procuração, que consiste em matar ou
ferir alguém para chamar a atenção para si. Seu método de matar era injetar
cloreto de potássio para provocar parada cardíaca ou com insulina para
induzir hipoglicemia.
Allit passou muito tempo em hospitais tentando chamar a atenção para
si, se queixou de doenças físicas, o que culminou com a retirada de seu
apêndice perfeitamente saudável.
Como enfermeira, ela tinha comportamentos estranhos, colocava fezes
nas paredes e em locais onde as pessoas pudessem ver, como na geladeira do
hospital.
Quando viu que sua doença não chamava a atenção, começou a abusar
de crianças.
Suas vitimas foram Liam Taylor, com sete semanas de vida, foi
internado com infecção no peito e foi assassinado, em 21 de fevereiro de
1991.
Timothy Hardwick, com onze anos, tinha paralisia cerebral, depois de
internado, teve uma crise epiléptica, aos cuidados de Allit, em 5 de março de
1991.
Kayley Desmond, um ano de idade, foi internado com infecção no peito,
Alitt tentou matá-lo, mas ele foi ressuscitado, transferido de hospital, logo se
recuperou. Aconteceu em 8 março de 1991.
Becky Phillips foi internado na unidade de gastreonterite, recebeu alta
dose de insulina, teve alta e morreu dois dias depois, em casa.
Paul Craptom cinco meses e Bradley Gibson de cinco anos, ambos com
problemas respiratórios sobreviveram ao seu ataque.
Todos os pacientes cuidados por Allit sofreram algum problema. Katie
Phillips, dois meses de vida, teve que ser reanimado duas vezes por apnéia
devido à overdose de insulina e potássio administrada por Allit. Após a
segunda vez, ele teve danos irreparáveis, ao parar de respirar; ela foi
transferida de hospital, mas já estava com dano cerebral permanente, paralisia
parcial, e cegueira parcial devido à privação de oxigênio no cerébro. Os pais
estavam tão agradecidos à enfermeira, pelos cuidados com sua filha, que a
convidaram para ser madrinha da menina.
Allit tentou matar 13 crianças no espaço de 15 dias. Só com a morte de
Claire Peck, que a polícia começou a suspeitar do número de paradas
cardíacas na ala de pediatria do hospital. A polícia foi chamada e foi constado
que Allit era a única enfermeira de plantão, nas ocasiões das mortes.
Em 1991, ela foi acusada de tentativa de homicídio e lesões corporais
graves, assassinato de quatro crianças. Por ser considerada um perigo para a
sociedade. Allitt foi acusada e condenara a 13 penas de Prisão Perpétua, por
tentativa de homicídio. Foi a sentença de período mais longo dada a uma
mulher. Durante seu julgamento, ela perdeu peso rapidamente e tornou-se
anoréxica. Durante seu tempo na prisão, se queimou com água fervida e
cortou-se com vidro.
Em 28 de maio de 1993, foi considerada culpada. Iria cumprir pena na
Ramptn Secure Hospital em Nottinghamshire.
Os motivos para Allitt matar e fazer sofrer tantas crianças nunca foram
totalmente explicados. A mulher chamada de ANJO DA MORTE. Segundo
uma teoria, a Síndrome de Munchausen por procuração explica suas ações.
Esse Transtorno Factício controverso é descrito como sendo um padrão de
abuso em que o autor falsifica doenças fisicamente em alguém, sob seus
cuidados, a fim de atrair a atenção.
BELLE GUNNESS

Belle Ginness Sorenson nasceu em 1859, em Selbu, Noruega. Era uma


mulher fisicamente forte. Ela matou dois de seus maridos e todos os seus
filhos. Também é acusada de matar a maioria de seus pretendentes,
namorados e suas filhas, Myrtle e Lucy. Seus motivos aparentes eram a
coleta de prestações de Seguro de Vida. Estima-se que ela matou mais de 40
pessoas, durante várias décadas.
Era a caçula de oito filhos. Em 1877, ela assistia a uma dança comum no
país, estava grávida e foi agredida por um homem, com um chute na barriga,
perdeu o bebê. O homem por ser de família rica não foi punido pelas
autoridades norueguesas.
Sua personalidade mudou visivelmente depois desta agressão. Trabalhou
muito para pagar passagem e foi para os Estados Unidos, indo ao encontro de
sua irmã que já morava lá. Assumiu um nome americano, em 1881.
Em 1884, casou-se com Gunness Mads Ditlev Anton Sorenson, em
Chicago. Abriram uma loja. Anos mais tarde, a loja foi incendiada
misteriosamente, o casal recebeu um seguro. Compraram uma bela casa, em
Austin. Em 1898, a casa também foi destruída por incêndio, novamente
receberam seguro.
O casal teve quatro filhos que morreram na infância de infecção aguda,
diarréia, febre, colite, náuseas, dores no baixo-ventre e cólicas, sintomas de
envenenamento. Dois filhos, Axel e Caroline, estavam segurados. Com o
censo de EUA, em Chicago, constatou-se que dois dos filhos de Belle
estavam mortos.
Sorenson morre por envenenamento por estricnina, mas o médico da
família foi lá para tratá-lo de coração dilatado, e pensa que morreu por
insuficiência cardíaca. Não foi necessária autópsia por não haver suspeita.
Um dia depois do funeral ela solicita o seguro, recebe $ 8500. Parentes
de Sorrenson afirmam que ela o envenenou, para receber o seguro. Um
inquérito foi encomendado. Gunness compra um barco e uma casa.
Belle Gunness conheceu Peter, norueguês, se casam em 1902. Uma
semana depois uma filha dele morre, enquanto está sozinha com Gunness.
Em dezembro do mesmo ano, Peter morre, uma máquina de moagem cai em
sua cabeça dividindo seu crânio. A morte do marido rende a Gunness $
3000. A população não acredita que um homem, açougueiro tão experiente,
pudesse ter sido tão descuidado. Ele tinha uma fazenda de porcos. O Juiz
Distrital, após analisar os fatos, acredita ter sido assassinato. Convocou um
júri para analisar a questão e julgar Gunness.
Em 1903, Gunness está grávida e isto influencia os jurados, ela é
libertada e nasce seu filho Felipe. Casa-se novamente com seu administrador.
Gunnes coloca anúncios em jornais de Chicago e outras grandes cidades
do meio-oeste falando que é uma rica fazendeira, e mora em um dos melhores
distritos e que deseja fazer amizades com cavalheiros bem de vida, para
juntarem suas fortunas.
Apareceu John Moe, 50 anos, tinha uma condição financeira boa, foi
apresentado a todos os seus conhecidos como seu primo, mas sumiu uma
semana depois de sua fazenda. Em seguida, George Anderson, Peter Gunnes
e Moe John. Todos os pretendentes iam ao rancho e desapareciam
misteriosamente. Com exceção de Ranchhand Ray Lamphere, que se tornou
seu amante, aliado, depois que muitos começaram a questionar o
desaparecimento de seus parentes, ele a ajudou.
A fazenda foi incendiada e nas cinzas foi encontrado um corpo de uma
mulher que a polícia acreditou ser o de Belle, embora estivesse decapitado.
Foram encontrados corpos e ossos, dentes e relógios e muitos pertences
pessoais, dos muitos homens que entraram na fazenda e desapareceram.
Ray Lamphere, acusado de incêndio e do assassinato de Gunness, foi
preso. Na cadeia confessou ao companheiro de cela seu amor por Gunness,
ao ponto de ter forjado sua morte. Ele morreu na cadeia.
Belle Gunness foi responsável por matar 49 pessoas em sua pequena
fazenda em La Porte, Indiana, nos arredores de Chicago. Suas vítimas
incluem os trabalhadores do rancho, mulheres errantes, filhos adotivos e os
seus muitos maridos.
As autoridades identificaram que a maioria das vítimas morreu por
envenenamento e coletivamente contribuiu para as finanças de Belle com US
$ 30.000.
Belle Gunness nunca foi presa pelos assassinatos, não se sabe seu
destino. O registro de sua morte, a última vez que foi vista com vida era abril
de 1908.
Depois de considerada morta, Belle Gunness foi vista e reconhecida em
cidades e vilas ao arredor dos EUA. Amigos, conhecidos, detetives a
identificaram. Relataram tempos depois, em 1931, que estava viva morando
em Mississipi, onde possuía uma propriedade e vivia isolada. Belle Gunesss
nunca pagou pelos seus crimes.
Aileen Wuornos

Aileen Carol Pittman foi uma prostituta assassina, serial killer, viveu na
América. Nasceu em 1957, em Rochester, Michigan. Filha de pais separados.
Foi abandonada pela mãe aos três anos, ela e Keith, seu irmão. Foram criados
pela avó. A face de Wuornos era cheia de cicatrizes porque na infância ela se
automutilava. Wuornos engravidou do irmão, aos 14 anos, e seu filho foi
dado para adoção, no mesmo internato onde ela ficou durante toda a sua
gravidez. Em 1971, saiu de casa e começou a se prostituir, em vários lugares
e cometeu pequenos delitos. Adotou vários nomes de guerra. Foi detida
dirigindo bêbada e atirando a esmo. Seu irmão, Keith, morreu de câncer, em
1976. Aileen herdou dez mil dólares de seguro de vida, rapidamente gastou
em carros e roupas luxuosas.
Casou em Miami com Lewis Fell, durou pouco o relacionamento.
Foi condenada por roubo na Flórida e cumpriu 13 anos de prisão. Em
seu boletim de ocorrência constavam outras apreensões e delitos: uso de
cheque sem fundo, roubar uma arma, dirigir sem licença, resistência à
autoridade, falsidade de informação, roubo de carro, excesso de velocidade,
intimidação, etc.
Passou a frequentar ambientes lésbicos. Conheceu Tyra Moore,
namoraram durante quatro anos. Moraram juntas, se sustentavam com uma
renda apertada vinda da prostituição de Aillen e outros crimes. A
cumplicidade entre as duas as conduziu ao crime, praticavam o vandalismo,
violência e o ódio. Chegaram ao extremo onde seus sentimentos ficaram
incontroláveis, já levavam uma arma na bolsa. Wuornos convenceu sua
companheira que deveria se vingar dos homens, eram eles os culpados de
tudo que elas haviam passado na vida.
Sua primeira vítima foi Richard Nallory, eletricista de 51 anos, morto
com três tiros. Ele já a havia machucado, a espancou, ameaçou e estuprou.
Esta morte foi por legítima defesa. Wuornos matou novamente outro homem
com seis tiros. Matou Charles Carskaddon, Peter Siems, Eugene Burress,
Dick Humphreys e Walter Antonio. Através de denúncia foram encontradas.
Confessaram os crimes. Tiveram um longo julgamento e fizeram exames
psiquiátricos.
Foram condenadas e executadas, por ordem de Job Busch, por meio de
injeção letal, dia 9 de outubro de 2002.
Em 1992, Aileen Wuornos foi diagnosticada com TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE BORDELINE. Wuornos tinha dificuldade de
administrar emoções, impulsividade, medo do abandono, instabilidade de
humor, comportamento autodestrutivo. Era acometida por esta doença
mental, geralmente pessoas expostas à longa exposição a traumas a adquirem.
Seus portadores cometem esforços frenéticos para evitar o abandono e são
bastante impulsivos.
Aileen Wuornos acusou os policiais, que a prenderam, falando que eles
sabiam onde encontrá-la, não fizeram isso antes, por que queriam que se
tornasse maior seu número de crimes, isto a tornaria uma Serial Killer. Assim
sua história renderia como enredo de livros e filmes. Os policiais acusados
foram investigados e nada foi provado. Também nenhum relato detalhado dos
depoimentos foi revelado.
Ela foi condenada em 1992. Apelou ao Supremo Tribunal, mas foi
negado. Em 9 de outubro de 2002, foi executada com injeção letal, depois
cremada.
Aileen Wuornos foi abandonada pela mãe e não teve o carinho do pai.
Teve que se prostituir e passou inúmeras humilhações na companhia de
homens com todo tipo de personalidade e também na prisão lidou com todas
as situações adversas.
Mary Anne Cotton

Mary Anne Cotton foi uma Serial Killer chamada de Viúva Negra,
envenenava suas vítimas. Nasceu em Murton, County Durham. Ela matou
seus quatro maridos, um amante e várias crianças, inclusive envenenou seus
próprios filhos. Relacionava-se com os homens e os matava por dinheiro,
interessada na apólice de seguro.
Desde nova, Mary Ann teve dificuldades em fazer amigos, seu pai era
um minerador muito religioso. Quando o pai morreu, não gostando de morar
com sua mãe e o padrasto, mudou-se. Foi ser enfermeira durante três anos.
Em uma cidade vizinha à aldeia South Hetton, tinha 16 anos.
Retornou à casa da mãe, anos depois e formou-se costureira. Conheceu
um trabalhador da mina, William Mowbray, casou-se com 20 anos. William
já tinha quatro filhos de um outro relacionamento. Tiveram mais cinco filhos
desta união e quatro morreram de febre gástrica. William e seus filhos
estavam segurados pela prudência.
William morreu a bordo de um navio de doença intestinal, em janeiro de
1865. Mary Ann recebeu um seguro, relativo a um ano de trabalho, da época.
Mudou-se para Porto Seaham, em Counth Durhan, relacionou-se com
Natrass Joseph. Natrass tinha outra. Ela casou-se com George Ward, ele
morreu em 1866, de problemas intestinais e ela recolheu seu seguro.
Ela então casou com James Robinson, um capataz de construção naval.
Quando ela teve filhos de James, gêmeos, morreram uma hora depois de
nascidos. Mary Anne perguntou se não podia ser assegurado, ele desconfiou
de sinistro e pensou em fazê-la pagar por seus crimes. Mas ela fugiu, deixou
para trás uma criança que se salvou. James não contou nada à polícia de suas
suspeitas.
As mortes não tiveram suspeitas por que ela matou em diferentes
lugares. Então não se fazia ligação entre uma morte e outra. Visitou sua mãe
e ela morreu subitamente, ela ficou com os mobiliários dela.
Anne foi viver nas ruas. Em 1870 ela conheceu Frederick Algodão, um
mineiro de carvão, foi apresentado por Margareth, sua amiga. Em pouco
tempo ficou grávida e casou-se com ele.
No North, começou a suspeita sobre Mary Anne, quando muitos animais
começaram a aparecer mortos misteriosamente. Dois meses depois Frederick
morre de febre gástrica. Mas uma morte atribuída a ela.
Envolveu-se com Quick Manning, mas ele só queria dividir a cama com
ela e não sua casa.
Envolveu-se Mary Ann na morte de Charles Edward, seu enteado. E
com a denúncia de Thomas Riley, Superintendente Adjunto da aldeia, que
suspeitou do seu envolvimento nesta morte e informou ao Sargento Tom
Hutchinson de Bishop Auckland Polícia. Informou também ao Dr. Kilburn,
que não quis emitir um atestado de óbito. Enquanto isso ela já reivindicava o
seguro pela morte do enteado. Decidiu Dr. Kilburn, retirar o estomago e
outros órgãos desta vítima e levá-los para casa. Os testes provaram
envenenamento por arsênico. Levaram as provas para a delegacia. Provada
sua culpa, algumas vítimas de Mary Ann foram exumadas e ficou provado
envenenamento.
Em 1872, ela foi condenada e estava grávida, nasceu sua filha Margareth
Edith Quick Manning Cotton e, em 1873, foi condenada à forca.
O mais impressionante desta assassina é que ela matava pessoas com
quem ela se relacionava intimamente, seus maridos e seus próprios filhos, é
difícil uma mãe não proteger sua cria. Ela era diferente, assassina fria e
interesseira, matava os seus por dinheiro.
GENENE JONES

Genene Ann Jones nasceu em 1950. Foi dada para adoção. Dick Jone e
Gladys, seus pais adotivos, já tinham três filhos adotados. Na infância Jones
era baixinha e gordinha, mentirosa e manipuladora. Fingia estar doente
sempre, era agressiva e dominadora.
Perdeu seu irmão Travis, em 1966. Ele construiu uma bomba e esta
explodiu em seu rosto, no enterro ela gritou muito e desmaiou. Perdeu
alguém de que mais gostava. Acreditam que este trauma alimentou sua
crueldade peculiar.
Logo depois seu pai, com 56 anos, desenvolve câncer e está em estado
terminal. Recusa o tratamento em 1967, vai passar o natal em casa, mas
morre antes. Genene ficou perdida e sentia-se abandonada. Às vezes, ela
fingia estar doente, a fim de levar as pessoas a preocupar-se com ela.
Na escola tornou-se dominadora. Seus colegas se afastavam e isso
acrescentou à sua solidão. Muitos amigos e conhecidos a chamavam de
agressiva e muitos a acusavam de tê-los traído. Ela era conhecida por mentir
e manipular as pessoas.
Depois de formada conhece e James "Jimmy" Harvey Delany Jr. Se
casam, ela finge estar grávida. Ele se alista na marinha e viaja. Genene
começa a traí-lo com muitos homens. Voraz sexualmente, intensa e dramática
procurava todos os tipos de homens, até mesmo os casados.
Seu marido retornou da marinha. Vivem mais quatro anos casados.
Quando ele adoece, se separaram. Desta união tem dois filhos. Genene deixa
seus filhos aos cuidados da mãe adotiva. Sua mãe preocupava-se com sua
carreira, queria que tivesse uma profissão, já que ela dependia da mãe.
Genene tinha reservado o seu ardor especial para os médicos, vendo-os tão
misterioso e poderoso. Ela queria ficar perto deles, então ela treinou por um
ano para se tornar uma enfermeira profissional, e LVN ou enfermeiro
profissional licenciado.
Gostou da profissão, adorava estudar diagnóstico. Depois de apenas oito
meses no seu primeiro emprego no Antonio's Methodist Hospital San, ela foi
demitida, em parte porque tentou tomar decisões em áreas onde ela não tinha
autoridade, em outra porque ela fez exigências rudes em um paciente que
posteriormente se queixou. Não foi difícil para ela encontrar outro emprego,
mas ela não ficava muito tempo em um lugar. Finalmente, ela foi contratada
na seção de cuidados intensivos de uma unidade pediátrica de Bexar County
Medical Center Hospital, em 1981. Foi aqui que ela deixaria sua marca
trágica.
Neste hospital ela queria cuidar dos pacientes a sua maneira e dizia
prever até a criança que iria morrer isto, incomodava os outros enfermeiros,
que ela estava treinando. Queixava-se sempre de sua saúde, deu entrada no
hospital por doença fictícia mais de 30 vezes. O médico atribuiu que ela tinha
problemas Psicossomáticos e Síndrome de Munchausen.
Pediu para ir para a ala de pacientes terminais. Ela gostava de preparar
os pacientes que morriam e até cantava ao vesti-los, também dar a notícia aos
parentes. Também foi vista correndo com o corpo de alguma criança que
morria, pelos corredores e chorando, como se fosse de sua família.
James Robotham, Diretor médico da unidade Terapia Intensiva
Pediátrica Bexar County Medical Center Hospital, que sempre protegia
Genene, começou a desconfiar dela, pelos frequentes acontecimentos com as
crianças da ala a que estava presente. Sempre e misteriosamente, porque as
crianças estavam bem e inesperadamente acontecia uma crise. A denunciou,
mas ninguém acreditava, apenas a transferiu de ala. James Robotham não
desistiu, e insistiu em uma investigação formal.
Finalmente mais um médico se adiantou a dizer para a administração do
hospital que Genene Jones, a enfermeira do turno da tarde, estava a matar
crianças. Ele tinha encontrado um manual em suas posses sobre como
administrar heparina por via subcutânea, sem deixar uma marca.
Sem querer problemas com a imprensa teve que tomar medidas.
Em 1982, a Dra. Kathleen Holanda abriu uma Clínica de Pediatria em
Kerrville, Texas. Precisando de ajuda, ela contratou Genene Jones. Ela tinha
trabalhado em Bexar County Hospital com ela e tinha testemunhado. Dr.
Holland a advertiu em tons velados para não contratar Genene, mesmo assim,
ela seguiu em frente e fê-lo. Vendo Genene como uma vítima do patriarcado
dominado pelos médicos do sexo masculino. Ela acreditava que Genene era
uma enfermeira competente, que só precisava de uma chance, e ela deu-lhe o
título de médico pediatra. De acordo com a Carol Anne Davis, Dr. Holland
ajudou na mudança de Genene para Kerrville e alugou quarto para ela e seus
dois filhos.
Chelsea, um bebê de oito meses, foi levado à Clínica da Dra. Kathleen
Holanda, pela mãe Petti Mcclellan. Foi atendida, enquanto a Doutora e a mãe
conversavam, a enfermeira Genene Jones levou a criança para outra ala do
hospital. Pouco tempo depois, Petti McClellan notou que seu bebê parou de
respirar. Foi colocada uma máscara de oxigênio e foram prestados os
primeiros socorros. Petti ficou agradecida à competente enfermeira, Genene
Jones.
Tempos depois Chelsea voltou ao hospital, com o mesmo problema. O
Doutor prescreveu duas inoculações padrão. Genene Jones aplicou a primeira
injeção e Shelsea teve dificuldade em respirar, a mãe já não queria que ela
aplicasse a segunda, parecia que estava tendo convulsão, Genene teimou e
aplicou a segunda e a criança parou de respirar. Foi levada às pressas para
outro hospital, na ambulância foi deitada no colo de Genene. Apesar de todos
os procedimentos, o bebê morreu. Foi constado que Shelsea morreu de SIDS
uma disfunção respiratória.
Tempos depois, Petti foi levar flores no túmulo de sua filha e encontrou
Genene Jones chorando e chamando o nome de sua filha. Tentou conversar
com ela, mas ela agiu como se não a conhecesse.
Por volta dessa época, um médico Sid Peterson descobriu o elevado
número de mortes de bebês no hospital onde Genene Jones havia trabalhado
anteriormente. Ele chamou a atenção de uma Comissão, e eles começaram a
perceber que ela estava fazendo algo para essas crianças. Suspeitava-se que
estava aplicando Succinilcolina, injeção de relaxante muscular.
Eles trouxeram o Dra. Holland e perguntou se ela estava usando
succinilcolina, um relaxante muscular poderoso. Ela disse que tinha algumas
em seu escritório, mas não usava. Sem contar a ela, alguém da comissão
notificou o Texas Ranger.
Dra. Hollanda deu por falta das garrafas de succinilcolina, logo depois,
descobriu que as garrafas cheias tinham suas rolhas perfuradas e o conteúdo
delas era uma solução salina, no dia 28 de setembro.
Temendo pela própria vida, Dra. Holanda ofereceu ajuda e denunciou
Genene. Que já tinha simulado uma overdose com doxepin, remédio contra
ansiedade. Ela tomou quatro comprimidos, mas fingiu ter tomado mais e
fingiu um semicoma.
O primeiro júri deliberou por apenas três horas. Em 15 de fevereiro
1984, Jones foi condenada por homicídio e foi dada a pena máxima de 99
anos. Mais tarde nesse ano, em outubro, foi considerada culpada da acusação
de ferir Rolando Santos por injeção.
As duas condenações totalizaram 159 anos, mas com a possibilidade de
Liberdade Condicional. Jones subiu à Liberdade Condicional depois de 10
anos, mas os parentes do Chelsea McClellan lutaram com sucesso para
mantê-la atrás das grades, onde permaneceria pelo menos até 2009, quando
estaria novamente elegível para Liberdade Condicional.
KRISTEN GILBERT

Kristen Gilbert nasceu em 1967. Uma americana assassina serial que foi
condenada por três assassinatos em primeiro grau, duas tentativas de
homicídio em segundo grau e duas tentativas de assassinato de pacientes
admitidos no VAMC (da Veteran Affairs Medical Center), em Northampton,
Massachusetts. Ela matou os pacientes injetando adrenalina, na época em que
o estoque de medicamentos em enfermaria era uma substância não-
controlada. Levava os pacientes a ter ataques cardíacos.
Graduou-se com dezesseis anos, no Greenfiel Community College,
recebeu certificado de enfermeira registrada. Naquele mesmo ano casou-se
com Glenn Gilbert.
Quando foi admitida na equipe do hospital na adolescência, para os
colegas de trabalho Kristen parecia competente e comprometida com a
profissão. Ela era o tipo de colega de trabalho muito amável e prestativa. Sua
habilidade na enfermagem era avaliada por seus superiores, como sendo
altamente habilidosa e notava-se como ela reagia durante emergências
médicas, era hábil, ágil e prestativa. Mas era mentirosa e propensa a neurose.
Embora outras enfermeiras notassem um elevado número de mortes nos
horários de Gilbert, ainda brincavam chamando-a de "Anjo da Morte". Em
1996, três enfermeiras relataram sua preocupação com um aumento nas
mortes por ataque cardíaco e uma diminuição na oferta de adrenalina. Foi
instaurado um inquérito.
Os motivos de Gilbert não estavam claros, mas estava sendo especulado
pela equipe do VAMC Northampton que sua intenção era demonstrar suas
habilidades de enfermagem, criando situações de emergência, uma vez que
havia um número incomum de casos de parada cardíaca durante o período em
questão, e muitos dos pacientes sobreviveram. Outro motivo, ela estava
usando estas situações de emergência para ganhar a atenção de James
Perrault, um policial VA (pelas regras do hospital era necessário que a polícia
hospital VA estivesse presente em qualquer emergência médica).
Mais tarde Gilbert teve um caso com Perrault. Não se sabe ao certo,
mas funcionários do hospital VA especulam que Gilbert pode ter sido
responsável pelas mortes de oitenta ou mais, e mais de três centenas de
emergências médicas.
Perrault terminou o relacionamento com Gilbert e testemunhou contra
ela, ao ponto de dizer que ela confessou, pelo menos, um assassinato a ele.
Kristen Gilbert, que tinha dois filhos e estava divorciada de Glenn
Gilbert. Apesar de em Massachussetts não ter pena de morte, seus crimes
foram cometidos na propriedade federal, portanto sujeita à pena de morte.
Condenada em 14 de março de 2001, no Tribunal Federal, à prisão perpétua,
sem a possibilidade de Liberdade Condicional por mais de 20 anos.
Lyda Catherine Ambrose

Lyda Catherine deixou um rastro de mortes de homens com quem se


relacionava, cinco maridos e vários namorados, em busca por retornos
financeiros, apólice de seguro. Em 1917 matou seu noivo, no Missouri, morto
com dores de estômago depois de fazer um seguro no valor de 2.500
favorecendo sua noiva. Ainda em luto, ela voltou seu olhar para o irmão do
ex-noivo e casou-se com ele. Dentro de três meses, ele morria com
complicações no estômago, ela recebeu o seguro também.
Mudou-se para Twin Falls, Idaho, casou-se com o proprietário de um
restaurante, onde era garçonete. O homem morreu de úlcera no estômago.
Infelizmente ela tinha se esquecido de assinar a apólice de seguro e não pôde
receber. Conseguiu casar mais duas vezes e o marido morreu.
Logo ela assassinou o quarto marido, matou em três meses, após o
casamento, desta vez ela recebeu 10.000 dólares pela morte prematura de seu
marido.
O quinto marido teve o mesmo destino dos outros. Ela recebeu 1.200 de
apólice de seguro.
Os policiais tiveram notícias da má sorte de Lyda Ambrose. Foram ao
seu sítio e lá encontraram uma grande quantidade de arsênico contaminada.
Fizeram testes de toxicologia nos restos mortais dos maridos de Lyda
Ambrosee, revelou altas doses de veneno. A polícia prendeu-a em Okland,
Califórnia, Idaho e voltou para onde ela havia matado sua vítima mais
recente.
Ela foi condenada em 1931 por assassinato em primeiro grau. Escapou
da prisão em 4 de maio de 1931. Mas foi capturada em 1932, em Kansas
City. Morreu na cadeia de velhice.
MARIE NOE

Mary Noe nasceu em 1928.


Foi condenada por assassinar seus oito filhos. Ela teve 10 crianças e oito
morreram de causas misteriosas que foram atribuídas à morte súbita. As
crianças eram saudáveis e se desenvolviam naturalmente. Noe declarou-se
culpada em 1999. Foi sentenciada a prisão preventiva e a estudo psiquiátrico.
Na infância tinha dificuldade de aprendizagem devido a ter contraído
escarlatina aos cinco anos. Abandonou a escola aos 12 anos, para e ajudar sua
irmã mais velha, cuidando de sua sobrinha.
Marie conheceu Arthur, seu namorado no bairro da Filadélfia num clube
privado. Teve um breve namoro e fugiram juntos. O casal teve dez filhos,
estes morreram entre duas semanas e 14 meses de vida.
Durante o parto de seu último filho, Noe sofre uma ruptura uterina e se
submeteu à histerectomia.
O interesse no processo foi renovado após a publicação do livro, em
1997, de título “A Morte de Inocentes”, relatando a vida de uma mulher de
Nova York, Waneta Hoyt.
Depois surgiu um artigo de investigação, em abril de 1998, questão da
revista Filadelphia. O autor virou a investigação para o Departamento de
Policia da Philadélfia. Depois de receber o material e, quando questionada,
Noe admitiu ter sufocado quatro filhos e não lembrar o que fez com os
outros. Foi acusada de assassinato em primeiro grau em agosto de 1998.
Foi feito um acordo fundamentado e ela confessou seu crime e foi
condenada a 20 anos de liberdade condicional, com os primeiros cinco anos
em prisão domiciliar; um dos fundamentos do acordo é que a Sra. Noe
admitiu oito acusações de assassinato em segundo grau. E foi em junho de
1999, condenada a 20 anos de liberdade condicional com os primeiros cinco
anos, em prisão domiciliar, como condição do seu acordo de confissão.
Concordou em estudar psiquiatria, na esperança de identificar o que a levou a
matar seus filhos. Em setembro de 2001, um estudo foi apresentado perante o
Tribunal que declarou que Marie Noe sofria de “TRANSTORNO DE
PERSONALIDADE”.
MARY BELL

Mary Flora Bell nasceu em 1957, Newcastle, Inglaterra. Foi condenada


por homicídio em 1968. Matou Martin Brown (com quatro anos de idade) e
Brian Howe (com três anos de idade). Mary Bell tinha dez anos de idade no
ano de um dos assassinatos, e onze no outro.
Sua mãe Bell era prostituta, e sempre se ausentava de casa para viajar e
se encontrar com os homens. Também forçava a menina com quatro anos de
idade a se relacionar com homens. Em 25 de maio de 1968, com 11 anos,
Maria Flora Bell estrangulou Martin Brown. Suspeita-se que sozinha.
Entre esse momento e o segundo assassinato, ela e sua amiga Norma
Bell Joyce (nenhum parentesco com ela), de treze anos, invadiram e
depredaram um viveiro na Scotswood. A polícia de Newcastle aceitou o
incidente como uma brincadeira.
Em 31 de julho de 1968, Mary e Norma Joyce participaram do
estrangulamento de Brian Howe, menino de três anos. A polícia concluiu que
Mary Bell tinha voltado depois de matá-lo para esculpir um "N" em seu
estômago com uma navalha, o que foi então alterado usando a navalha
mesmo, mas com um lado diferente de um "M", Mary Bell, Mary Bell
também teria usado uma tesoura para cortar pedaços de cabelo Brian Howe e
mutilar os órgãos genitais. Como as meninas eram tão jovens e seus
depoimentos contradiziam entre si, o que aconteceu nunca foi totalmente
esclarecido. A morte de Martin Brown foi inicialmente entendida como um
acidente, não havia nenhuma evidência de crime. Eventualmente, sua morte
estava ligada à morte de Brian Howe e, em agosto, as duas meninas foram
acusadas de homicídio culposo.
Bell foi libertada em 1980, tendo servido 12 anos, e foi concedido
anonimato para iniciar uma nova vida (com um novo nome). Com a filha que
nasceu em 1984. Sua filha não sabia de seu passado. Foi descoberto seu
endereço por repórteres e, com este assédio, teve que sair de casa com
cobertores na cabeça.
O anonimato da filha era originalmente protegido apenas até que ela
atingisse a idade de 18 anos. No entanto, em 21 de maio de 2003, Bell
ganhou no Supremo Tribunal a batalha para ter o seu próprio anonimato e de
sua filha estendida para toda a vida. Decisão Judicial definitiva de proteger a
identidade de alguém é, portanto, conhecida como Mary Bell Ordem.
MARYBETH TINNINGS

Marybeth nasceu em Duanesburg, 1942, Nova York. Trabalhou em


vários empregos por baixo salário. Tornou-se auxiliar de enfermagem, no
Ellis Hospital, em Schenectady. Em 1963, ela conheceu Joe Estanhagem,
casou-se em 1965. Tiveram dois filhos: Joseph e Bárbara. Em 1971,
Marybeth teve o terceiro filho, Jeniffer, um mês depois, morre de infecção,
com meningite.
Em 1972, Estanhagem levou Joseph, então com dois anos, ao pronto-
socorro do Hospital Ellis. A criança foi mantida sob observação por um
tempo, quando os médicos diagnosticaram que nada havia de errado com sua
saúde, foi dada alta. Já em casa, várias horas depois, o menino estava mal.
Estanhagem e seu filho retornaram ao ambulatório. Desta vez, porém, ele
estava morto.
Passadas seis semanas, Estanhagem estava na sala de emergência com
sua filha Bárbara, com convulsões. Os médicos queriam que a menina
pernoitasse, ela insistiu e a levou para casa. Várias horas depois, ela retornou
com Bárbara, que estava inconsciente, morreu de causas desconhecidas.
Todos os três filhos de Estanhagem haviam morrido dentro de um
espaço de 90 dias, uma das outras. Estanhagem ficou grávida do quarto filho,
no ano seguinte. Nasceu Timoteo em 1973, dia de Ação de Graças. Em 10 de
dezembro, apenas três semanas depois de seu nascimento, Timothy foi
trazido de volta para o mesmo hospital, morto. Sua morte foi oficialmente
diagnosticada como SIDS.
Em 1975, nasceu seu quinto filho, Nathan, Estanhagem apareceu no
Hospital Santa Clara com Nathan nos braços, morto. Relatou que dirigia o
carro com o bebê do lado, quando sentiu que ele não respirava mais.
Em 1978, Marybeth e seu marido Joe fizeram arranjos para adotar uma
criança. Só que Marybeth engravidou novamente. Não cancelaram a adoção e
veio Michel para morar com eles em 1978 e nasceu Mary Francês.
Em janeiro de 1979, deu entrada no hospital, que era do outro lado da
rua, com sua filha Mary, conseguiu os médicos reanimá-la. Em fevereiro,
Marybeth deu entrada no hospital com Mary Francês, com morte cerebral. A
mesma explicação que os outros filhos, encontrara a menina inconsciente.
Nasce Jonathan e morre da mesma forma, dá entrada no hospital morto.
Menos de um ano depois, algo estranho acontece ao filho adotivo
Michel, então com dois anos. Aparece com Marybeth no consultório do
pediatra, este enrolado em um cobertor e inconsciente, está morto, constata-se
que de pneumonia. Mas para chegar àquele estágio teve tempo, porque
Marybeth não cuidou dele antes. A hipótese que as mortes dos outros bebês
fossem por origem genética foi descartada.
Nasce Tami Lynne, em 1985, oitava filha. Tami morre. As pessoas
estranharam o comportamento de Marybeth. Quando Cyntia Walter,
enfermeira do hospital, foi visitá-la antes do velório, fora consolá-la, ela
almoçava. À noite voltou, pouco depois do sepultamento da criança, sua casa
estava cheia e ela conversava e lanchava conversando animadamente.
Mas a polícia suspeitava que algo estranho acontecia na residência dos
Estanhagem. Prestou esclarecimento ao Schenectady Police Investigator Bob
Imfeld. Questionada sobre a morte de Tami, nada foi esclarecido. Depois de
muitas investigações e interrogatórios, Marybeth acabou cedendo às pressões
e confessou ter matado sua filha Tamy Lynne. Ela a sufocou com o
travesseiro. Porque a menina chorava e não lhe deixava fazer seus afazeres
domésticos. Seu processo foi longo, os corpos de seus filhos foram
exumados.
O júri do condado de Schenectady deliberou quase 20 horas durante três
dias. Entretanto, uma vez que a incerteza foi esclarecida, o painel
rapidamente chegou a uma decisão. Na tarde de 17 de julho de 1987, Mary
Beth Estanhagem, 44 anos, foi considerada culpada de assassinato em
segundo grau na morte de Tami Lynne, mostrando "uma depravada
indiferença à vida humana". O júri não conseguiu chegar a um acordo sobre a
questão de saber se ela realmente pretendia matar o filho. Mas suas
declarações à polícia foram os fatores determinantes na decisão do júri.
Marybeth Estanhagem, detenta, está alojada no Bedford Hills, prisão
para mulheres em Nova York.
Nancy Hazle Doss

Nancy Hazle nasceu em Blue Mountain, Alabama, em 1906. Assassinou


do ano de 1920 a 1954 vários maridos.
Esta era a receita que ela usava para matar suas vitimas: ingredientes: 1
c. água, 1½ c. farinha, ½ c. manteiga, 3 ovos, uma pitada de açúcar, 4 maçãs
fatiadas, manteiga, 1 c ameixas secas, pitada de açúcar granulado, 5 colheres
de sopa de veneno de rato.
Chamada de Viúva Alegre. Sorriu ao ser presa e, durante todo o
interrogatório, não demonstrou arrependimento. Ela confessou seus crimes
depois da morte do seu quinto marido, Nannie Doss. Foi acusada porque
matou quatro dos seus maridos, um marido no Alabama, um na Carolina do
Norte, um no Kansas e um em Oklahoma e o último, Samuel Doss, por cujo
assassinato ela foi finalmente julgada e condenada. E há outras supostas
vítimas também. Nanie também é acusada de ter matado sua mãe, duas de
suas quatro filhas, de intoxicação alimentar, a sogra e outros membros da
família, quer pela sua forma preferida de homicídio, ameixas salgadas com
arsênico de rato, ou através de uma ou outra forma espontânea de
aniquilação.
Foi sentenciada à prisão perpétua em 1955. Ficou doente e sofreu muito
enquanto presa, morreu de leucemia no ano de 1965.
THEREZA KNORR

Thereza Cross Knorr nasceu em 1946. Ela era extremamente violenta e


extravasou seu ódio em seus filhos. Uma mulher americana condenada por
torturar e matar dois de seus filhos, enquanto usava os outros para facilitar e
encobrir seus crimes.
Aos 15 anos perdeu a mãe, este foi o início de sua depressão. Em 1962,
casou-se com 16 anos, um ano depois nasceu Howard. O casamento não deu
certo, Thereza era muito ciumenta, se envolvia em todos os assuntos do
marido. Quando em 1964, em uma discussão ocorrida por ela estar grávida de
Sheila, ela atirou em Clifford. O tribunal acredita que ela agiu em legítima
defesa.
Em 1966 Theresa casou com o veterano Robert Knorr, que tinham mais
filhos, uma filha Suesan, os filhos William e Robert. Em 1970, quando sua
filha nasceu, chamava-se Terry, Robert se separou de Theresa Knorr.
Nenhum dos filhos de Knorr foi poupado por ela física, verbal e
psicologicamente de abuso. No entanto, Knorr tinha um ódio especial com
suas filhas Suesan e Sheila, alimentava por elas inveja que crescia à medida
que as meninas foram crescendo e florescendo em mulheres jovens. Porém,
ela enfrentou a perspectiva de envelhecer e perder sua aparência, de acordo
com uma entrevista com a filha sobrevivente, Terry, em uma entrevista,
contou que levou anos sendo abusada e torturada por Knorr. Seus filhos
foram castigados de várias maneiras, incluindo queimá-los com cigarros,
espancá-los. Knorr focou sua ira principalmente em suas filhas e seus filhos
eram treinados para vencer, disciplinar e conter suas irmãs.
Depois de dois casamentos fracassados, ela começou a beber e acabava
sempre praticando castigos sádicos com seus filhos, até que Thereza atirou
em sua filha, Suesan, que milagrosamente sobreviveu sem tratamento
médico. A bala ficou presa nas costas. Susan queria ir embora. Thereza
aceitou com a condição que retirasse a bala das costas, pediu que seu filho
Robert a removesse, só que ele a retirou, sem nenhuma higiene, Suesan teve
icterícia e começou a delirar. Enquanto Suesan agonizava no chão e Thereza
atiçava os outros filhos, dizendo que ela estava possuída por satanás e que a
única forma de salvá-la era com fogo, e foi feito. Ela foi queimada viva na
floresta fora de casa.
Em 1985, aos 20 anos, Sheila Knorr é forçada a se prostituir. Quando a
mãe descobre que sua filha tinha sido infectada com uma doença venérea, ela
a tranca em um armário, onde morreu três dias depois. O corpo de Sheila
Knorr foi colocado em uma caixa enterrada no campo.
Knorr e seus filhos foram presos em 1993, quando sua filha Terry
contactou as autoridades depois de assistir a um episódio de Américas Most
Wanted, de acordo com entrevista Terry's Cold Case Files, em 15 de
novembro de 1993. Knorr foi acusada de dois crimes de homicídio, dois de
conspiração para cometer assassinato, e os encargos de circunstâncias
especiais: o assassinato múltiplo e assassinato por tortura. Knorr queria
declarar-se inocente, no entanto, quando soube que um de seus filhos
resolveu testemunhar contra ela, se declarou culpada de todas as acusações,
para evitar a pena capital.
Em 17 de outubro de 1995, foi condenada a duas prisões perpétuas
consecutivas. Ela será elegível para Liberdade Condicional em 2027.
Parte 4 – Os maiores Serial Killers de todos os
tempos.
Escrever sobre Serial Killers talvez seja a parte mais confusa do livro.
Os primeiros assassinos viviam em terras muitas vezes sem lei, ou que os
mesmos eram a lei, ou praticavam assassinatos com motivos que eles
consideravam justos, como política, religião ou cultura.
Os Serial Killers são seres humanos que, em sua falta de sanidade
disfarçada, praticam crimes dos mais altos níveis de perversidade, sem que
tenham arrependimento, pelo simples prazer de matar. Normalmente seguem
rituais e se preocupam em não deixar pistas, alguns com hábitos,
absolutamente normais, outros um pouco reservados, mas em sua maioria,
são pessoas que podem estar em um convívio social comum, sem despertar
qualquer sombra de dúvidas sobre sua personalidade doentia.
A maioria pratica os assassinatos por prazer, alguns por depravação
sexual, outros por insanidade mental. Esquizofrênicos ou não, alguns chegam
em seus devaneios a praticar o canibalismo.
O que mata várias vítimas em um mesmo local pode ser chamado de
assassino em massa, não pode ser chamado de Serial Killer, eles saem para
matar por uma razão qualquer, realizando uma espécie de chacina;
normalmente pessoas vítimas de opressão ou que se colocam em determinado
momento em uma condição inferior, diferentes dos grupos de extermínio,
matam quem está no momento.
Os Serial Killers cometem crimes em sequências parecidas, deixando
uma espécie de assinatura do fato, como se sua inteligência estivesse sendo
colocada à prova a todo momento. Até que seja descoberto ou preso. Alguns
levam anos praticando os crimes, muitas vezes em cidades diferentes, sem
levantar suspeitas, ou sem que a polícia associe um caso ao outro.
Normalmente associam suas vítimas a um mesmo perfil, mulheres jovens,
meninos, crianças, senhoras, mendigos, obedecem a certa ordem para
encontrar suas vítimas, mas não são seletivos, escolhem ao acaso, desde que
dentro do perfil. Normalmente são fetichistas e, dentro de suas fantasias,
encontram suas vítimas.
A Família Bender (Um dos pioneiros na loucura)

Viveram no Kansas, no ano de 1870, os pais eram imigrantes alemães, o


filho mais velho era do primeiro casamento do pai. Havia a linda e
encantadora Katie, chave de atração para os crimes.
Quando chegaram ao Kansas, começaram a espalhar boatos na cidade de
que estavam em busca de um relacionamento sério para os filhos. Abriram
logo um comércio, uma pequena mercearia, que servia refeições e alugava
um quarto para viajantes noturnos.
Katie encantava os viajantes com sua beleza, que logo se animavam em
ficar, mas eram assassinados durante a noite. Katie convencia-os a sentarem-
se para o jantar de costas para uma cortina que separava o grande cômodo,
onde os viajantes jantavam. John, o pai, deferia golpes de marreta no crânio
de suas vítimas.
A família jogava os corpos em um alçapão que ficava na parte de trás da
casa onde havia um poço abaixo. Quando não tinham visitas, levavam os
corpos para serem enterrados no pomar, nos fundos da propriedade.
Roubavam os pertences das vítimas e suas economias. Fizeram isso por
mais de um ano, sem levantarem suspeitas.
Até que eles mataram um homem chamado Willian York e fizeram com
o mesmo o ritual de desova de seu corpo. Poucas semanas depois, Am York
veio à procura de seu irmão desaparecido. Am York parou momentaneamente
na mercearia, e percebeu que algo parecia estranho. Ele enviou outro grupo
de busca para a pousada para checar as coisas, e ele não foi o único a
suspeitar da família.
Mas os Benders perceberam e, quando as autoridades chegaram para
averiguar as denuncias, um vizinho relatou que os Benders tinham
abandonado a casa, mesmo deixando um valioso grupo de animais para
trás. O grupo de investigação encontrou amostras de sangue encontradas no
poço atrás da casa, e decidiu olhar ainda mais nos fundos da residência. O
primeiro túmulo escavado era o corpo de William York. 8 corpos foram
recuperados ao todo. Sete dos corpos foram homens, e um deles foi um bebê,
que foi enterrado vivo. Os Benders nunca foram encontrados, mas as histórias
dizem que eles foram perseguidos e mortos antes que eles deixassem
Kansas. Outras histórias dizem que eles repetiram as atrocidades em
Michigan, há alguns que dizem que também no Texas. Mas a verdade é que
desapareceram sem deixar vestígios!
Pedro Alonzo (O monstro dos Andes)

Pedro Alonzo era um rapaz de personalidade inquietante, um dos mais


famosos Serial Killers. Ele nasceu na Colômbia, filho de mãe prostituta que o
expulsou de casa aos nove anos de idade, por ele ter acariciado sua irmã mais
nova. Foi recolhido por um pedófilo e sodomizado à força. Aos 18 anos, foi
espancado e estrupado na prisão por uma gangue e se vingou matando quatro
de seus algozes.
Ao ser solto, começou matando meninas com júbilo e impunidade. Em
1978, já havia assassinado mais de 100 meninas no Peru. Mudou-se para a
Colômbia, e viveu um período no Equador, onde matava em média de três
vezes por semana. Ele gostava mais de matar meninas equatorianas, pois,
segundo ele, eram mais gentis e confiáveis, mais inocentes. A polícia atribuiu
o grande número de desaparecimentos de meninas às atividades de
escravização e prostituição na área. Pedro gostava de encontrar suas vítimas
em festividades públicas, estuprava e estrangulava as vítimas até a morte.
Normalmente levava-as até uma mata próxima e enterrava-as em uma cova
aberta por ele mesmo.
Em 1980, um dilúvio de sangue revelou a primeira de suas vítimas.
Quando foi preso, contou aos investigadores as assustadoras histórias de sua
trilha de morte. No início, as autoridades não acreditavam no relatado, mas
todas as dúvidas desapareceram quando ele mostrou o local onde estavam
enterrados mais de 50 corpos. Acredita-se que 300 assassinatos ainda seja
uma baixa estimativa para este Serial killer.
Luiz Alfredo Garavito (A Besta)

Luis Alfredo Garavito Cubillos nasceu na Colômbia em janeiro de 1957.


Foi apelidado de “A Besta” pela mídia. Tinha sete irmãos, e sofria abusos e
maus-tratos do pai durante a infância. Em 1999, o Garavito confessou
estuprar, torturar e matar 140 crianças em cinco anos de matança. Foram
encontrados 114 esqueletos. Em seu bolso, o matador carregava um velho
caderno, onde em 140 linhas estavam simbolizadas cada uma de suas vítimas
que matou de 1992 até 1997. Os corpos mutilados, a maioria masculinos com
idade entre 8 e 16 anos, foram descobertos em 59 cidades espalhadas pela
Colômbia. Há indícios de que tenha matado, ainda, cinco adolescentes no
Equador, onde viveu quase um ano. Os corpos estavam decapitados e com
sinais de amarradura e mutilação.
A Caçada Nacional foi disparada depois que 36 corpos em
decomposição foram encontrados perto da cidade de Pereira, em 1997. Na
época da investigação, as suspeitas eram de que se tratava de casos
relacionados com rituais de magia negra. As autoridades também suspeitaram
de tráfico de órgãos e pedofilia. Depois de 18 meses de investigação,
Garavito foi preso sob acusação de estuprar uma criança, em Villa Vivencio.
Nascido na Colômbia, na região cafeeira, era o mais velho de sete
crianças. Foi repetidamente espancado pelo pai e estuprado por dois vizinhos,
várias vezes. Garavito também era alcoólatra grave, desde os 21 anos, além
de ter sido tratado por depressão e tendências suicidas. Declarou ter cometido
a maioria dos crimes enquanto bêbado.
Estudou somente por 5 anos, e saiu de casa aos 16 anos. Trabalhou
como caixeiro de loja e vendedor de rua de imagens religiosas e cartões de
oração. Os promotores do caso declararam que ele encontrava suas vítimas
nas ruas, ganhando sua confiança ao dar-lhes refrigerantes e dinheiro.
Aparentemente, cometeu o primeiro assassinato em 1992. A polícia só se deu
conta que havia um Serial killer à solta depois que 25 corpos foram
encontrados na cidade de Pereira. As vítimas foram encontradas com a
garganta cortada, e alguns traziam nos corpos sinais de tortura e estupro.
Eram crianças pobres que perambulavam pelas ruas do mercado ou moravam
na rua. Garavito era conhecido como Pateta, o Louco e o Padre. Ele se
apresentava como vendedor de rua, monge, indigente, doente ou
representante de Fundações fictícias para idosos e educação infantil. Dessa
maneira, conseguia entrada livre nas escolas como palestrante. Mudou-se
para diversas partes do país depois que começou a matar grande número de
vítimas, em 1994. A maioria dos assassinatos ocorreu no estado de Risaralda
e sua capital, Pereira. Quarenta e um corpos foram encontrados ali e 27 na
cidade vizinha de Valle de Cauca. Em maio de 2000, na cidade de Bogotá, foi
condenado a 1.853 anos de prisão. Suas vítimas tinham entre 5 e 16 anos, ele
gostava de assediá-las em parque infantis, quadras esportivas e mercados,
oferecia dinheiro, em troca de serviços, degolava-os, estuprava e sodomizava.
A frieza com que o assassino descreveu alguns dos crimes conseguiu chocar
uma opinião pública habitualmente amortecida pela violência diária. Em
guerra civil fazia três décadas, a Colômbia era campeã mundial em
homicídios (76 por 100 mil habitantes, o triplo da taxa brasileira). Garavito
contou que preferia armas brancas porque "não deixavam pistas". Explicou
como amarrava os meninos e, depois de torturá-los e sodomizá-los, os
degolava. "Ele não é um gênio do crime, mas alguém que não consegue parar
de matar", disse um dos policiais que o interrogaram. Segundo sua confissão,
em 1999, Luis Alfredo Cubillos estuprou e matou 140 rapazes, mas o número
real pode passar de 300. Em sua cela na prisão desenhou na parede inúmeros
esqueletos em mapas, o que pode ter sido uma forma de contabilizar seus
próprios crimes.
Ao ser preso assumiu os crimes e disse: “Prefiro viver como um
covarde, que morrer covardemente”.
Patrick W Kearney (O assassino do saco de lixo)

Quem via o organizado e arrumado Patrick Kearney, não imaginava que


se tratava de um frio Serial Killer. Juntamente com seu amante David D. Hill,
que como Patrick, era veterano do Exército americano, tingiu de medo e
sangue as estradas californianas, quando matava e desmembrava os corpos de
suas vítimas e colocava-os em sacos de lixo ao longo do caminho. Suas
vítimas preferidas eram os homossexuais.
Juntamente com David, Patrick estava sendo acusado de 28 assassinatos,
mas não havia rastros, todas as pistas eram meticulosamente apagadas.
A caçada a Hill e Kearney começou em 1º de julho de 1976, quando em
um local público apontaram para um cartaz de procurado com suas fotos
anunciando: "Nós somos eles". A maioria das informações sobre os
assassinatos começou a aparecer, muitas declarações à polícia de conhecidos
das vítimas apontavam a dupla como últimas pessoas a estarem em contato
com os desaparecidos. Corpos de muitas das vítimas foram encontrados em
sacos plásticos de lixo, nas estradas do sul de Los Angeles, até a fronteira do
México. Vários dos corpos tinham sido desmembrados após terem sido
baleados. Kearney foi indiciado pela chacina de três homens, com idades
entre 21, 24 e 17.
As primeiras vítimas Kearney fez sozinho, usando uma serra elétrica nos
fundos de sua própria casa, onde foram encontrados pedaços de pele, e
cabelos alguns anos depois. Patrick dizia escolher suas vítimas em locais
frequentados por gays. Kearney e Hill haviam fugido para o México, mas se
renderam quando convencidos por familiares.
Em 21 de dezembro de 1977, Kearney declara-se culpado de três
homicídios e é condenado à prisão perpétua pelo Superior Tribunal de
Justiça, o juiz John Hews. Em 21 de fevereiro de 1978, Hill denuncia seu
companheiro por mais dezoito assassinatos de homens e meninos em troca de
uma promessa de que ele não seria condenado à pena de morte. Kearney
também forneceu pormenores sobre as mortes relacionadas com outros onze
homens homosexuais, perfazendo um total de trinta e duas vítimas.
Kearney está cumprindo sua pena na Calipatria State Prison na
Califórnia.
A "Trash Bag Murders” (assassinos do saco de lixo), como eram conhecidos,
começaram seus crimes em 1975 e terminaram em 5 julho de 1977. Quando o
casal entrou na Sheriff's Information Center, em Riverside, viram um cartaz
de procurados e se renderam. Hill foi posteriormente libertado por falta de
provas. Kearney assumiu a culpa sozinho e assumiu que matar "o excitava e
dava-lhe um sentimento de dominação".
Denis Rader o BTK

Há 40 anos, o adolescente Charlie Otero, 15 anos, voltava para casa após


mais um dia na escola. Ao chegar em casa, estranhou o incomum silêncio.
"Tem alguém aí?", ele gritou. Nem mesmo o cachorro da família latiu.
Apreensivo, ele caminhou até o quarto dos pais. E o que Charlie viu lá
dentro, assim como em outros cômodos de sua casa, até hoje é mostrado e
estudado em aulas de cursos de criminologia e psicologia forense mundo
afora.
Seu pai, Joseph de 38 anos, estava deitado de bruços no chão, com os
pulsos e tornozelos amarrados. Sua mãe, Julie de 34 anos, estava deitada na
cama amarrada de forma semelhante. Seu irmão mais novo, Joseph II de 9
anos, estava deitado ao lado de sua cama; pulsos e tornozelos amarrados, e
com três capuzes cobrindo sua cabeça.
Mas o pior estava por vir.
Ao revistar a casa, a polícia encontrou no porão a irmã de Charlie,
Josephine, 11 anos, pendurada em um cano pelo pescoço (foto em destaque).
Ela estava parcialmente nua, vestindo apenas camiseta e meias.
Não é preciso dizer que a execução da família Otero causou repulsa e
assustou as autoridades locais. Ninguém naquela cidade havia visto algo
como aquilo. Os fios do telefone da casa estavam cortados. Os Otero não
possuíam cordas, portanto, as que foram encontradas nos corpos foram
levadas pelo assassino. Havia sêmen por todo local, o que fez os peritos
concluírem que o assassino se masturbou pela casa e em cima das vítimas.
Ninguém sabia, mas a família Otero eram as primeiras vítimas de um
dos mais notórios assassinos em série dos Estados Unidos. Aquele 15 de
janeiro de 1974 marcou para sempre a cidade de Wichita, Kansas. A partir
daquele dia, os moradores tiveram que conviver com a ideia de que entre eles
havia um serial killer, um serial killer metódico, organizado e que planejava
brilhantemente cada etapa dos seus assassinatos, num timing perfeito, sendo
capaz, como no caso da família Otero, de dominar um grupo de pessoas
jovens e com plena capacidade de defesa. Não à toa ele só seria pego 31 anos
depois.
"A forma como os membros da família foram mortos indica um fetiche
por parte do agressor." (Floyd Hannon, investigador chefe do caso, Wichita
Eagle, 1974)
Quão fetichista ele era? Este serial killer era um fetichista bondage e
gostava de usar as roupas íntimas de suas vítimas do sexo feminino. Ele
gostava de se amarrar de todas as formas possíveis e tirar fotos de si mesmo
em vários ambientes. Sim, selfies não são um fenômeno da geração
Facebook.
JACK, O ESTRIPADOR

O nome Jack, o Estripador é um dos nomes mais famosos entre os


assassinos, mas na verdade é um pseudônimo, pois a verdadeira identidade de
Jack nunca foi revelada.
Jack agiu em um pequeno e abandonado distrito da velha Londres de
1888.
Suas vítimas foram prostitutas que viviam no bairro de Whitechapel.
Além de matar suas vítimas, Jack mutilava-as. Na teoria, diz-se que as
vítimas primeiro eram estranguladas, para que não gritassem e depois seus
órgãos eram removidos.
No local do assassinato normamlmente não havia vestígios de sangue,
por isso a teoria do estrangulamento. Os oficiais da época acreditavam que
Jack tinha conhecimento de anatomia, pois os órgãos eram retirados inteiros,
mostrando ser um trabalho feito por profissionais.
Como nunca conseguiam pegar o assassino, muitas lendas percorreram a
Europa, ligando Jack a muitos assssinatos, tornando-o uma figura muito
folclórica.
Londres vivia um período em que a imigração era crescente e
desorganizada, e os bairros mais pobres ficavam apinhados de prostitutas,
bandidos, imigrantes ilegais e ciganos. Nesta fase, só no bairro de
Whitechapel havia cerca de 60 prostíbulos, nos quais havia vítimas à vontade
para a fúria de Jack.
Os jornais da época noticiavam com alarido as mortes e a procura pelo
assassino era grande. Além destes, escritores e historiadores conectaram pelo
menos sete outros assassinos e ataques violentos a Jack, o Estripador. Entre
as mortes incvestigadas ativamente pela polícia, chegou-se a um consenso de
que cinco foram praticadas por um único criminoso.
A principal dificuldade em definir quem foi ou não uma vítima do
Estripador era o fato de ocorrer um número espantoso de ataques contra
mulheres naquela mesma época. A maioria dos especialistas aponta o corte
profundo na garganta, a mutilação do abdômen e dos genitais, a remoção de
órgãos internos e a gradual intensidade das mutilações faciais sofridas pelas
vitimas com o modo operandi do assassino.
Os arquivos policiais sobre os assassinatos em Whitechapel fornecem
uma visão detalhada dos procedimentos investigativos da Era Vitoriana. Uma
ampla equipe de policiais conduziu investigações casa a casa, listas de
suspeitos foram formuladas e muitos interrogados, e matéria forense coletada
e examinada. Uma leitura detalhada da investigação demonstra o processo
básico de identificar suspeitos, rastreá-los e decidir a necessidade de
examinar seus passos ou riscá-los da lista. Este continua sendo o padrão da
maioria das investigações atualmente. Durante o curso dos assassanatos, a
polícia e os jornais receberam centenas de cartas sobre o caso, algumas eram
de pessoas bem-intencionadas, oferecendo informações para a captura do
criminoso; a maioria delas, entretanto, foi considerada inútel e posteriomente
ignorada.
Talvez o interesse fossem as diversas mensagens que conclamavam
terem sido escritas pelo assassino (o apelido “Jack, o Estripador” foi cunhado
a partir de uma dessas mensagens), mas a grande maioria na passava de
falsificações.
Alguns acreditavam que o apelido do assassino tinha sido inventado por
jornalistas, na esperança de que uma história mais interessante aumentasse
suas vendas. A prática torna-se-ia um costume ao redor do mundo, com
inúmeros criminosos apelidados e tornados famosos pela imprensa.
Mas os assassinatos do Estripador marcaram uma etapa importante na
vida moderna britânica.
Embora não tenha sido o primeiro assassino em série, Jack, o Estripador
foi o primeiro a criar um frenesi mundial da mídia em torno de seus crimes.
Os Miseráveis do East End RAM há muito gnorados pela influente
sociedade, mas a natureza dos crimes e de suas vítimas forçosamente chamou
a atenção para as condições em que viviam. Jack foi apresentado em diversas
obras de ficção e cultura popular, ou como personagem principal ou em
papéis secundários.
Calcula-se que tenha assassinado 18 prostitutas em um mesmo ano, com
intervalos de duas ou três semanas de um assassinato para outro. Jack nunca
foi descoberto.
A macabra lenda de “Jack, o Estripador” alimentou a fantasia de várias
gerações e se transformou até mesmo em uma atração turística para Londres,
que oferece tours guiados pelos locais da Inglaterra Vitoriana que serviram de
palco para os crimes.
MARCEL PETIOT (MÉDICO OU MONSTRO?).

Nascido em 1897, Marcel Petiot era uma criança astuta e agressiva. Na


adolescência foi diagnosticado como louco, mas seus pais preferiram não
acreditar na versão e levaram-no a seguir a carreira de médico, no sul da
França, onde nasceu.
Formou-se e começou as práticas médicas, tendo logo no início de sua
carreira uma fama duvidosa de caráter e conduta em práticas médicas ilegais,
tal como venda de entorpecentes e realização de abortos.
Sua primeira vítima teria sido Delaveau Louise, filha de um paciente
idoso, com quem teve um affaire em 1926. Delaveau desapareceu em maio e
mais tarde os vizinhos disseram que tinham visto Petiot carregando um
tronco em seu carro. A polícia investigou, mas acabou fixando ele como
fugitivo. Nesse mesmo ano, Petiot concorreu para prefeito da cidade,
contratou um cúmplice para interromper um debate político com o
adversário, e venceu. Uma vez no cargo, ele desviou fundos da cidade. Em
1927, casou-se com Georgette Lablais. Seu filho Gerhardt nasceu no ano
seguinte.
Como prefeito, foi acusado de diversas fraudes, inclusive de furtar
energia elétrica de cidades vizinhas.
Mudou-se para Paris, onde atraía os pacientes alegando ter poderes
sobrenaturais, logo em seguida começando suas práticas exclusas com
pacientes judeus, que voltavam da guerra, alegando ser contra a Gestapo e
cobrando uma rota de fuga para a América do Sul, matando-os e
amontoando-os no porão, sendo logo descoberto e perseguido pela polícia
francesa.
Petiot foi colocado no corredor da morte, mas continuou a afirmar que
ele era inocente e que ele só matou os inimigos da França. Ele alegou que
havia descoberto a pilha de corpos em sua casa, em fevereiro de 1944, e
assumiu que era um dos colaboradores da polícia francesa contra a Gestapo e
que os mortos eram nazistas e não judeus.
Mas não havia nenhuma prova de qualquer das façanhas que
afirmou. Os promotores o acusaram de, pelo menos, 27 assassinatos. Ele
admitiu ter matado apenas dezenove, das 27 vítimas encontradas em sua casa,
e alegou que eles eram alemães e seus colaboradores – parte de um total de
63 "inimigos" mortos. Floriot seu advogado, tentou retratar Petiot como um
herói da resistência, mas os juízes e os jurados não se impressionaram. Petiot
foi condenado por 26 acusações de assassinato e condenado à morte. Em 25
de maio Petiot foi decapitado.
Lucian Staniac (O Aranha Vermelha)

Lucjan Staniak, um Serial Killer da Polônia, foi condenado por


assassinar mulheres a partir de 1964, até a sua detenção em 1967. Ele
confessou um total de 20 assassinatos (este número, no entanto, é contestado
como sendo coagido por detetives). Ele foi apelidado de The Red Spider
(Aranha Vermelha) pela imprensa, um apelido derivado de sua
correspondência com a polícia e a mídia rabiscadas com tinta vermelha, nos
locais onde fazia suas vítimas.
Ele foi preso quando a polícia determinou que duas das vítimas que
eram irmãs, e ambas tinham trabalhado como modelo em um clube de arte, e
que o assassino tinha conhecido uma delas bem o suficiente para viajar com
ela. A polícia foi através de listas de patronos do clube e chegou a suspeitar
de Staniak, que tinha uma passagem de trem que lhe permitia viajar por todo
o país. Eles vasculharam seu armário, e encontraram a pintura representando
a morte e sangue coagulado. Após sua prisão, Staniak prontamente confessou
os seis assassinatos, bem como quatorzes adicionais.
Ele foi condenado à morte depois de sua condenação, mas foi
posteriormente revogada. Considerado insano, foi para um azilo onde pintou
até seus últimos dias.
Bela Kiss

Bela Kiss, serial killer húngaro. Suas façanhas foram imortalizadas pelo
poeta surrealista Antonin Artaud. Em 1912, depois de mudar-se com sua
esposa para a vila de Cinkota, ela começou a ter um caso e logo ela e o
amante sumiram e Bela contou aos vizinhos que eles fugiram. Logo depois,
adquiriu 55 barris de metal. Falou para a polícia local que iria estocar
gasolina por causa da iminente guerra. Em 1914, foi recrutado pelo Exército e
mandado para o campo de batalha. Em julho de 1916, a polícia de Budapeste
recebeu um telefonema de um major em Cinkota que precisava de sete
tambores metálicos de gasolina de grandes dimensões. Quando soldados
passaram pela cidade à procura de gasolina, alguém se lembrou dos barris de
Bela. Ao abrirem na certeza de encontrar gasolina um odor suspeito foi
notado, o detetive chef Charles Nagy assumiu a investigação e abriu um dos
cilindros, contra os protestos da Sra. Jakubec (Governanta de Kiss). Lá eles
descobriram o corpo de uma mulher estrangulada. Os outros tambores
renderam outros conteúdos da mesma forma horripilante. A investigação
final resultou em 24 corpos. Nagy mandou que prendessem Bela Kiss
imediatamente, mas o mesmo havia partido para a guerra. Nagy prendeu a
empregada Jakubec e pediu o serviço postal de realizar todas as chamadas
possíveis para o caso Kiss. Nagy inicialmente suspeitou que Jakubec poderia
ter tido algo a ver com os assassinatos, especialmente porque Kiss tinha
deixado dinheiro para ela em seu testamento.
Jakubec assegurou à polícia que não sabia absolutamente nada sobre os
assassinatos. Mostrou-lhes um quarto secreto em que Kiss nunca lhe deixava
entrar. A sala estava cheia de estantes, mas também havia uma mesa com
uma série de cartas, Kiss se correspondia com 74 mulheres e tinha muitos
livros sobre envenenamentos e estrangulamento.
Das cartas Nagy pode discernir várias coisas. A mais antiga das cartas
era de 1903 e tornou-se claro que o Kiss estava roubando as mulheres que
tinham dotes para casamento. Ele colocou anúncios nas colunas do
casamento de vários jornais e tinha selecionado principalmente as mulheres
que não tinham parentes que morassem nas proximidades e sabia que
ninguém iria notar rapidamente o seu desaparecimento. Ele cortejou-as e as
convenceu a enviar-lhe dinheiro. As que ameaçavam algum problema para
ele, ele matava. A polícia também encontrou registros em um tribunal que
indicou que duas das vítimas haviam iniciado processos judiciais contra ele,
porque ele tinha tomado o dinheiro delas. Ambas as mulheres tinham
desaparecido e o processo foi julgado improcedente.
Aparentemente, Bela havia morrido na guerra.
Bela chamava a si próprio de Hoffman, colocava anúncios em jornais
locais descrevendo a si mesmo como solitário viúvo procurando companhia
feminina. Garroteava aquelas mulheres que respondiam ao anúncio, e as
colocava nos barris. Os corpos de sua mulher e do amante também foram
encontrados ali. Ao investigarem sua morte, constataram no hospital que ele
havia trocado de identidade com algum soldado ferido gravemente, e
escapara ileso da guerra. Nunca foi encontrado, apesar de falsos alarmes de
que teria sido visto em Budapeste ou Nova Iorque.
Alexander (Sasha) & Ludmila Spesivtsev

Sasha Spevisetsev. Um homem desempregado, marqueteiro e ex-


paciente com problemas mentais. Atraía suas vítimas nas ruas, eram
geralmente sem-teto, encontrava-as em estações de trem local, na cidade
siberiana de Novokuznetsk, e as levava para sua casa. As suspeitas de um
serial killer atuando na área surgiu no verão de 1996, quando partes de um
corpo apareceram no rio Aba, perto de onde funcionava a escola da mãe de
Sasha, Ludmila.
No entanto, a investigação mudou de ritmo, devido à natureza das
vítimas – crianças pobres da subclasse esquecidas pela burocracia russa.
Durante as fases iniciais da investigação um dos vizinhos de Sasha,
repetidamente queixou à polícia do cheiro de comida estranha e música
ensurdecedora, vindos de seu apartamento.
Ninguém nunca chegou a investigar, embora, em 1991, um adolescente
foi encontrado morto em seu lixo.
Um ano depois, quando a polícia finalmente investigou a casa de Sasha,
encontraram Olga Galtseva de 15 anos semimorta no sofá com múltiplos
ferimentos a faca, em seu estômago. No banheiro, encontraram um corpo
decapitado e na sala havia uma caixa torácica, a música alta tomava o
ambiente.
Antes de morrer, Olga relatou à polícia que entrou junto com dois
amigos na casa de Sasha a pedidos de Ludmila, lá os amigos foram mortos,
cozidos e comidos. Olga ajudou a mamãe canibal a levar umas malas para o
apartamento, uma vez lá dentro, eles foram presos por Sasha e seu cão feroz.
Alexei Bugayets disse que os investigadores acreditam que agora poderiam
provar que os dois mataram 19 pessoas, e esperavam adicionar dúzias de
outros casos, informou o Tribune.
Bugayets disse que em uma pesquisa ao apartamento, Spesivtsev
revelou 80 peças de roupa manchadas de sangue. Ele disse que nos testes
estabelecidos que nenhum deles continha o sangue de alguém da família
Spesivtsev's. Sasha, descrito pelas autoridades como um "intelectual" que já
escreveu alguns livros sobre filosofia, já tinha sido liberado de um hospital
psiquiátrico.
Ele foi preso, depois de ser condenado pelo assassinato de sua
namorada. Na prisão, ele gasta todo o seu tempo com testes psiquiátricos e
escrevendo poemas sobre os males da democracia. Perguntado como ele
justifica seus crimes, ele retoricamente respondeu: "Quantas pessoas têm
destruído a nossa democracia? Se as pessoas pensassem sobre isso, não
haveria qualquer dessas porcarias. Mas o que podemos fazer?". Sua mãe, por
outro lado, se retirou em si mesma e não disse uma palavra desde sua prisão.
Sasha quer vender sua cabeça para algum instituto, para que eles possam
estudar seu cérebro, e receber o “pagamento", antecipadamente, em cigarros.
Donato Bilancia (O monstro de Ligúria)

Nascido em Potenza na Itália, mudou-se para Gênova na primeira


infância, cresceu com dificuldades financeiras, e muito cedo começou a
roubar. Foi preso em 1975 por roubo, mas em 1976 conseguiu fugir.
Em 1982, seu irmão se matou com seu filho, na estação ferroviária de
Gênova, o que segundo Donato, implicou em sua desordem mental.
Sofreu um grave acidente automobilístico que o deixou em coma por
vários dias. Quando saiu do hospital, começou a usar o nome Walter, a
apostar no jogo, que lhe rendia fortunas instantâneas e a se envolver com
prostitutas.
Começou a matar em 1997, quando asfixiou Giorgio Centanaro em sua
casa, com uma fita adesiva, apesar de estranharem o crime, arquivaram como
um suicídio, já que não encontraram nenhum vestígio de luta ou assassinato.
Bilancia confessou este crime quando foi detido meses depois, alegando que
Centanaro o havia roubado no jogo.
Mas após a primeira morte ter dado certo, uma semana depois, Bilancia
voltava a cometer outro crime, matando um casal, pela mesma razão que
havia matado Centanaro, e em sua casa, roubou cerca de 6, 500 Euros, e a
partir desta facilidade que encontrou em matar, Bilancia passou a ter sede de
sangue.
Após acabar com a vida de pessoas, sem um perfil determinado,
Bilancia passou a voltar-se para as prostitutas.
Fez uma sequência de 6 mortes de prostitutas, mas um transexual
confundido por ele conseguiu escapar e avisou a dois guardas que, ao
perseguirem Bilancia, foram mortos por ele.
A morte da nigeriana Tessy Adobo pôs sobreaviso as Forças Policiais,
que começaram a encontrar evidências e conexões entre o assassinato de
Stela Truya e das seguintes mulheres, graças aos estudos de balística da RIS
de Parma, que evidenciaram que todas as balas correspondiam a uma única
arma.
Aos poucos a cidade foi se alarmando, e o transexual, chamado Lorena,
deu detalhes, inclusive sobre a Mercedes preta conduzida pelo assassino, e
confeccionar um retrato falado.
A repercussão nos meios de comunicação fez com que Bilancia
repentinamente mudasse de hábitos. Passou a assassinar no banheiro dos
trens. O Monstro de Ligúria converteu-se no principal tema dos programas de
televisão e jornais, pelo que se redobrou a vigilância nos subúrbios e os
comboios. Alguns suspeitos foram detidos, mas, logo em seguida, Bilancia
assalta e mata um trabalhador de um posto de gasolina, evidenciando a arma
do crime.
O ponto decisivo das investigações chegou quando
os policiais conseguiram informações sobre uma Mercedes preta, que
coincidia perfeitamente com os dados proporcionados por Lorena. O temível
assassino foi preso em 6 de maio de 1998, em seu apartamento de Gênova,
onde se encontrou a Smith & Wesson do calibre 38, com que assassinava as
vítimas com 50 balas de munição.
Bilancia, com total frieza, relatou com detalhe como tinha matado a
todas e a cada uma de suas vítimas. Em 12 de abril do ano 2000, a Corte
Suprema condenou Bilancia à prisão perpétua pelas mortes de 14 pessoas e
pela tentativa de assassinato de Lorena.
Robert Hansen (Projeto Verão)

Hansen nasceu em Iowa, Estados Unidos, era uma criança benquista na


família, mas um adolescente solitário e introspectivo, e tinha temor do seu
pai, que era um homem autoritário e dominador, que o obrigava a trabalhar
longas horas na padaria que pertencia à família. Na escola era hostilizado
pelos amigos por ter acne e por sua gagueira. Entrou para o Exército
americano e, durante alguns anos, foi instrutor assistente na Academia de
Polícia de Pocahontas, Iowa. Nesse período Hansen começou um
relacionamento com uma menina adolescente e se casou no final do verão de
1960.
No mesmo ano em que se casou, Hansen esboçou seu primeiro ato de
insanidade e agressão, incendiando um ônibus na garagem de uma escola. Foi
preso e cumpriu 20 meses de pena, durante este período sua esposa pediu o
divórcio.
Nos anos seguintes, foi preso algumas vezes por pequenos furtos.
Em 1967, casou-se novamente e mudou-se para outra cidade com sua
esposa, onde era muito querido por todos, e tornou-se um famoso campeão de
caça na localidade.
Ele ainda quebrou vários recordes, documentados no Papa & Young do
livro de registros de caça do mundo, ganhou fama e fez fortuna. No entanto,
esses registros foram retirados após a condenação de Hansen.
Anos depois foi preso pelo roubo de uma motosserra e diagnosticado
com Transtorno Bipolar, mas nunca foi condenado a tomar qualquer tipo de
medicamento.
Nesta altura, já tinha dois filhos, e após cumprir a condenação, abriu
uma padaria, após a sua libertação.
Nesta fase, começou a se interessar por prostitutas, comprou um
pequeno avião, e levava-as para sua casa de campo, sequestrava-as e
estuprava-as. A característica mais marcante de seu ritual de morte era que as
libertava na floresta e depois as caçava com um rifle automático.
A desconfiança de que Robert Hansen cometia os crimes começou
quando uma dançarina de topless foi até a polícia ferida e disse que havia
sido sequestrada por um piloto de avião.
Depois de fazer uma declaração formal na Delegacia, os investigadores
levaram a jovem prostituta para Merrill Field, o aeroporto de onde tinha sido
levada. Eles estavam esperando que ela pudesse identificar o avião de seu
sequestrador. Como eles atravessaram o pequeno aeroporto, ela avistou um
azul e branco Piper Super Cub, a cauda número N3089Z e identificou o
avião. A seleção com a torre de voo revelou que o avião pertencia a Robert C.
Hansen.
Os policiais foram para a casa de Hansen, esse ficou indignado quando
confrontado com acusações da mulher jovem. Ele afirmou nunca ter
conhecido a menina e afirmou que ela, provavelmente, estava tentando tirar-
lhe dinheiro. Para ele, toda a história era absurda. "Você não pode estuprar
uma prostituta, pode?" disse ele. Hansen passou a afirmar que sua esposa e
dois filhos estavam de férias na Europa e disse que ele tinha passado a noite
inteira com dois amigos. Seu álibi e check-out e sem acusações formais
foram arquivados.
Assim como as coisas pareciam estar se acalmando mais uma vez, os
investigadores foram chamados para a cena de outra descoberta macabra. De
acordo com relatos de O Anchorage Daily News, em 2 de setembro de 1983,
apenas 10 dias depois da primeira denúncia, outro corpo foi encontrado junto
ao Knik Rio. Os restos mortais foram parcialmente decompostos e enterrados
em uma cova rasa. A vítima, identificada mais tarde como sendo Paula
Golding, era uma dançarina e prostituta, de 15 anos, de uma boate de topless
em Ancoragem. Ela havia desaparecido há cerca de cinco meses. Uma
autópsia revelou que ela tinha sido baleada com uma bala de calibre. 223.
Os investigadores estavam convencidos de que tinham um Serial Killer
em suas mãos e contatou o FBI para obter ajuda. Esta não foi a primeira vez
no Alasca que autoridades lidaram com um Serial Killer, mas a última
tentativa de prisão não foi bem-sucedida. Entre 1979 e 1981, o Serial Killer
Richard Thomas Bunday matou pelo menos cinco mulheres no Fairbanks
área. Quando a polícia finalmente descobriu quem era o assassino, ele já
estava em fuga. Apenas uma hora depois que seu mandado de prisão foi
emitido, ele cometeu suicídio jogando sua moto à frente de um caminhão.
O FBI ficou conhecido pela sua determinação obstinada nas
investigações de assassinatos em série e todos pareciam concordar em pedir
sua ajuda. Em resposta ao pedido de Anchorage para ajuda de investigação
do FBI à Unidade de Apoio, enviaram o Agente Especial John Douglas, uma
figura lendária na aplicação da lei, especialista em Seriais. Muitos
pesquisadores locais achavam que Robert Hansen ainda era um suspeito
viável e estavam ansiosos para compartilhar suas suspeitas com Douglas.
Em seu livro de 1996, Mind Hunter: Dentro de Elite Serial Crimes Unit
do FBI, John Douglas descreve seu perfil inicial de assassino serial. De
acordo com Douglas, o autor escolheu especificamente prostitutas e
dançarinas de topless, pois a maioria transitava na cidade e geralmente
passava despercebida. Após a insistência dos pesquisadores
locais, Douglas começou a estudar a fundo Robert Hansen. Ele tomou nota
do fato de Hansen ser de pequena estatura, muito tímido e sofrer de um grave
problema de fala. Devido à aparência desagradável de
Hansen, Douglas supôs que ele sofria de problemas graves na pele como um
adolescente e foi provavelmente provocado por seus amigos. Por sua vez,
teria baixa autoestima, o que o levou a viver em uma área
isolada. Douglas considerava o abuso de prostitutas a uma forma de
vingança às mulheres. Se Hansen foi o assassino, ele provavelmente estava
usando-as como uma forma de obter sua vingança. Vários investigadores
estavam familiarizados com Hansen e disseram que ele era conhecido na
região como um caçador profissional.
A única maneira para colocar Hansen como um suspeito seria para os
investigadores encontrar um buraco em seu álibi. Douglas suspeitava que
seus amigos estivessem mentindo e os investigadores foram incentivados a
ameaçá-los para descobrirem se estavam mentindo. O sargento da Polícia
Glenn Flothe decidiu trazer os homens para interrogatório. Como se
verificou, a estratégia deu certa e os dois homens confessaram e disseram que
não tinham estado com Robert Hansen na noite em que a jovem prostituta foi
raptada e levada para o aeroporto. Investigadores também descobriram com
os amigos de Hansen que ele estava cometendo fraude de seguros.
Aparentemente em um roubo, ele relatou à polícia que vários itens foram
roubados de sua casa, um crime que nunca aconteceu e Hansen estava
escondendo os itens em seu porão. Flothe foi perante o juiz Victor Carlsson
com um depoimento de 48 páginas e garantiu oito mandados de busca a
serem executados contra Robert Hanson e sua propriedade.
Hansen foi preso e acusado de assalto, fraude, sequestro, crimes de
armas. Depois alguns exames de balística confirmaram a ação de Hansen, que
fez um acordo de confissão de quatro crimes já descobertos, em troca de
cumprir sentença em uma Prisão Federal.
Ele mostrou aos investigadores 17 covas próximas ao rio, das quais doze
já eram conhecidas da polícia e 21 vítimas foram exumadas e os corpos
devolvidos às famílias. Hansen tinha anotado o nome verdadeiro de todas
elas. Ele foi condenado a 461 anos de prisão.
Hansen contou a polícia que chamava as prostitutas para um final de
semana na margem ensolarada do rio, dando o nome do passeio de “Projeto
Verão”.
Richard Ramirez (O invasor noturno)

Richard nasceu no Texas no último dia de fevereiro de um ano bissexto,


era o caçula de 5 irmãos. Era quieto; seus pais eram pobres trabalhadores
imigrantes, vindos do México. O pai às vezes batia nos filhos, especialmente
porque cometiam pequenos delitos. Richard tinha medo dele e às vezes ficava
fora de casa, ia passear no cemitério, ocasionalmente passava a noite lá.
Apesar disto, era uma família relativamente unida, e Ramirez era amado. A
mãe era católica e tentava educar os filhos nesta religião.
Ainda criança, começou a ter crises convulsivas, mas que cessaram
posteriormente. Por uma época, teve bom desempenho escolar. Depois,
passou a não ir muito à escola – preferia jogar em fliperamas.
Iniciou cedo o uso de maconha e os furtos, sendo capturado algumas
vezes.
Tinha um primo, “Mike” (Miguel Valles), que voltou da Guerra do
Vietnã e mostrava-lhe fotos dele torturando inimigos, ou de mulheres que
estuprou, ou mesmo de pessoas que matou, dizendo que isso o fazia como um
Deus. Mike também o ensinava a caçar. Psicólogos desconfiam que este
incentivo na adolescência despertou em Richard a vontade de matar. Um dia,
Richard tinha 13 anos, a esposa deste primo começou a reclamar dele,
dizendo ao marido que ele deveria arrumar um emprego, etc. Mike pegou sua
arma e deu um tiro nela, no rosto, e ela morreu. Richard disse, depois, ter
provado o sangue dela, e que sentiu uma conexão quase mística com esse
crime, logo depois, seu primo se suicidou.
Sua mãe o colocou no catecismo. Depois das aulas, ele ia pesquisar
sobre o Diabo. Desenhava o pentagrama no próprio corpo.
Aos 18 anos, Ramirez foi para a Califórnia, com seus dentes podres –
diz-se que deixou apodrecerem por provocação.
Lá, começou a roubar coisas maiores, foi preso duas vezes por roubo de
carros, outras por posse de maconha; também usava cocaína e bebia com
frequência.
O álbum “Highway to Hell”, da banda de rock australiana AC/DC, era o
seu favorito. A música “Night Prowler” fala de um invasor noturno que fica
na sombra. Seus crimes em Los Angeles começaram em 1984, quando
estuprou, degolou, espancou e assassinou Jenie Wincow, de 79 anos, além de
roubá-la.
A partir dali, Richard não parou mais. Suas vítimas preferidas eram
senhoras e crianças, mas não tinha um critério de seleção.
Em março de 1985, matou com um tiro à queima-roupa Dayle Okasaki,
Tsai-Lian Yu, uma criança de 8 anos e invadiu uma casa, atacando o casal
Zazzara que dormia, matando o homem na hora e torturando a mulher,
arrancou-lhe os olhos, no seu seio esquerdo fez um T com uma faca, abrindo
vários cortes em seu corpo, e assaltando-os.
Em 14 de maio Ramirez invadiu outra casa e matou o proprietário,
William Doi, com uma bala na cabeça. Foi capaz de fazê-lo dar um primeiro
telefonema, porém não permitindo tempo suficiente para a alertar, Ramirez
estuprou sua esposa.
Apenas duas semanas depois, em 29 de maio, Ramirez teve um pouco
de diversão com duas senhoras uma de 84 anos, Mabel Bell, outra com 81
anos, Florence Lang (inválida). Ramirez violentou-as, em seguida, riscou
símbolos satânicos sobre elas e sua casa. As duas foram encontradas em
junho. Bell morreu em 15 de julho, mas Lang sobreviveu ao ataque. Em 27
de junho Patty Higgins teve sua garganta cortada, morrendo, em outro ataque
em sua própria casa. Em 2 de julho, Maria Cannon, 77, foi morta em estilo
semelhante. Cannon foi encontrado a menos de dois quilômetros de Higgins.
Dia 27 de junho estuprou uma garota de seis anos. Nas semanas
seguintes, várias pessoas foram atacadas, muitas idosas. Com uma, tentou o
estupro e a sodomia, mas não teve ereção. Ficou nervoso, gritou, mas a
deixou viva.
As descrições dos sobreviventes destes ataques eram semelhantes: um
homem hispânico, alto, cabelo um pouco grande, vestido de preto.
Em agosto, deixou escrito, com batom, “Kack The Knife” em uma casa
(além do pentagrama). Descobriu-se posteriormente que a expressão veio de
uma música, “The Ripper”, da banda Judas Priest. A mulher, apesar do tiro
na cabeça, sobreviveu, ficou inválida. Seu marido, que tinha o curioso nome
Peter Pan, morreu.
Um homem, dono de hotel, foi à polícia dizendo que conhecia alguém
que correspondia às descrições. No último quarto que ele ficou tinha um
pentagrama desenhado.
Em 6 de agosto Ramirez deixou mais dois feridos. Christopher Peterson,
38, e sua esposa, Virginia, 27, onde possa dar uma descrição do seu atacante,
que igualou a todos os outros sobreviventes. 8 de agosto, Ramirez ataca
novamente, ele mata Elyas Abowath, 35, atirando nele em seguida, batendo
brutalmente em sua esposa. Após este ataque a polícia anuncia que estão atrás
de um assassino em série, ligando seis dos assassinatos. A imprensa define
Ramirez como "The Night Stalker". Em 17 de agosto Ramirez bateu em San
Francisco, seu primeiro ataque fora de Los Angeles, matando Peter Pan, 66,
depois atirando contra sua mulher. Ela sobreviveu de seus ferimentos e
identificou o Stalker a partir de esboços de polícia tomada dos sobreviventes
anterior.
Ele continuava a agir. Em um ataque, em 24 de agosto, estuprou duas
vezes a mulher, e ordenou que ela jurasse que amava Satã, várias vezes.
Depois, ainda a forçou a fazer sexo oral nele, coisa que ele vinha repetindo
nos últimos ataques. Foi embora e não atirou nela, ao contrário do que fez
com seu noivo. A placa do carro em que ele fugiu foi anotada. A polícia
descobriu ser roubado, e o localizou e passou a o vigiar. Mas o assassino não
voltou a utilizá-lo. Mas uma boa impressão digital foi encontrada no carro.
Descobriu-se que pertencia a Ricardo “Richard” Ramirez. Sua foto foi
publicada em jornais.
Finalmente Ramirez foi capturado no final do mês. Tentando roubar um
carro, o dono entrou em luta com ele. Ele tentou roubar outro, na mesma
vizinhança, e na confusão armada, vizinhos aparecendo, ele foi reconhecido e
a polícia foi chamada. Ramirez tenta fugir, correndo, mas os homens saem
atrás dele. Nisso, ele para. Eles também param perto dele. Ramirez mostra a
língua para eles. E sai correndo novamente…
No quarteirão seguinte, enfim eles o pegam. Pouco depois, a polícia
chega.
Foi acusado, inicialmente, de 15 mortes. Além de tantos outros crimes.
Muitos advogados públicos recusaram o caso. Sua família contratou dois
para defendê-lo. Logo no começo da preparação para o julgamento, em 87,
ele levanta sua mão em uma audiência e solta um “Hail, Satã! ”
Muitas mulheres compareciam e queriam vê-lo, achando-o bonito.
Muitas outras diziam acreditar na sua inocência. Os advogados faziam
inúmeras manobras legais para adiar o julgamento. Enquanto isso, Ramirez
ficava tamborilando na mesa e balançando a cabeça, como se ouvisse seus
rocks, ainda preferindo vestir-se de preto.
O juiz resolveu finalmente começar o julgamento, em julho de 88,
apesar dos apelos dos advogados. A previsão era de que o julgamento
pudesse durar mais de um ano! Para achar 12 jurados aptos a isto, centenas de
pessoas tiveram que ser entrevistadas, e isto levou mais um bom tempo.
Enquanto isto, Ramirez passou a usar óculos escuros, seu cabelo estava
maior.
Em janeiro de 1989, finalmente a acusação começa. Isso dura meses.
Descobre-se que Ramirez, na época dos crimes, talvez estivesse tentando
ficar mais bonito: esteve fazendo tratamento dentário. Garotas de preto
apareciam todos os dias na corte. Os jurados levaram dois meses deliberando.
Neste tempo, uma foi assassinada – pelo namorado, que se suicidou em
seguida. Quando foi anunciar-se a decisão, Ramirez saiu de sua cela, fez o
tradicional gesto com os dedos indicador e mínimo e disse: “Mal!”. E disse
não ter medo da morte. “Estarei no Inferno. Com Satã! ”. E, realmente, a
pena foi esta anunciada em novembro (19 condenações à morte).
Ele disse à corte: “Vocês não me entendem. E não espero que entendam.
Vocês não são capazes disto. Estou além das experiências de vocês. Estou
além do bem e do mal. “Legiões da noite, espécies da noite, não repitam os
erros do invasor da noite e não tenham misericórdia. Eu serei vingado.
Lúcifer esteja com vocês”.
E disse aos repórteres: “Encontro vocês na Disneylândia! ”
Ao chegar à prisão de San Quentin, perguntou onde estavam as
mulheres. Avistou uma, fez o sinal com a mão. Ela o chamou de assassino.
Ele sorriu…
Ramirez ainda está vivo.
Uma editora de uma revista, Doreen Lioy, começou a trocar cartas com
ele, e em 1996 casaram-se. Ela afirma que ele é uma pessoa encantadora,
maravilhosa, e diz que irá suicidar-se quando ele for executado.
Ramirez concedeu entrevistas e mais de 100 horas delas, concedidas a
Philip Carlo, deram origem a um livro sobre ele, “The Night Stalker”. O
assassino afirmou: “Nós todos temos em nossas mãos o poder para matar,
mas a maioria das pessoas tem medo de usá-lo. Os que não têm, controlam a
vida”.
José Antonio Rodríguez Veja (o matador de velhinhas)

Nasceu na Espanha, em Santander, Cantabria, tomou ódio de sua mãe,


quando a mesma expulsou de casa seu pai, que era um doente terminal.
Em vingança à mãe, Rodriguez desenvolveu uma espécie de fúria contra
as mulheres, e bem jovem começou a estuprá-las. Foi preso em 1978,
acusado de estupro, e condenado a uma pena de 27 anos de prisão. No
entanto, seu comportamento na prisão e sua capacidade de encanto para as
suas vítimas em perdoá-lo, o levaram a uma redução da sua pena para oito
anos.
Casou-se, mas seu casamento não deu muito certo, separou-se e logo em
seguida casou-se novamente com uma deficiente mental, que ele torturava e
humilhava.
Mas aparentava para a sociedade ter um casamento normal e sadio.
Ele foi considerado uma boa pessoa, um homem trabalhador e bom
marido para aqueles ao redor dele.
Em 6 de agosto de 1987, Rodríguez Vega entrou na casa de Margarita
González (82 anos), ela foi estuprada e sufocada. Ele forçou a mulher a
engolir sua própria dentadura. Algumas semanas depois, em 30 de setembro
de 1987, Carmen Fernández González (80 anos) foi encontrada morta em sua
casa. Rodríguez Vega foi acusado do assassinato. Logo depois, em outubro,
Rodríguez Vega matou Natividad Robledo Espinosa (66 anos), bateu nela, a
estuprou e sufocou.
Em 18 de abril de 1988 ele matou Julia Paz Fernández (66 anos), que
também foi estuprada e sufocada. Ela foi encontrada nua.
Seu julgamento começou em novembro de 1991, em Santander. No
momento da prisão, ele confessou o assassinato, mas no julgamento, negou
todas as acusações contra ele e disse que as mulheres haviam morrido
por causas naturais.
Rodríguez Vega foi diagnosticado como um psicopata.
Ele perseguia suas vítimas e se familiarizava com suas rotinas. Fazia
contato, ganhava confiança e se aproveitava da carência afetiva da terceira
idade. Dizia que iria fazer pequenos serviços domésticos e atacava suas
vítimas.
Em interrogatório, lembrou-se do nome e da aparência física de todas as
suas vítimas.
Guardava consigo em sua casa muitos objetos pessoais das vítimas,
algumas que haviam sido mortas e tinha suas mortes reconhecidas como
morte natural, foram descobertas quando uma emissora de TV mostrou
imagens do acervo de lembranças de cada vítima, onde seus pertences eram
identificados por parentes e ligados a Rodriguez.
Quando foi preso, a polícia encontrou uma sala vermelha onde mostrou
as lembranças. José Antonio Rodriguez Vega foi condenado a 440 anos de
prisão.
Em 24 de outubro de 2002, Rodríguez Vega estava andando na prisão de
uma base comum quando dois prisioneiros o atacaram e foi brutalmente
esfaqueado e lhe infligiu ferimentos fatais. Rodriguez Vega foi sepultado no
dia seguinte em um pobre caixão. O enterro foi assistido por apenas
dois coveiros.
Peter Sutclife (O estripador de York Shire)

Nascido em Bingley, Yorkshire, foi uma criança solitária na escola e de


poucos amigos.
Abandonou os estudos e, na idade de 15 anos, saiu da cidade e começou
a arrumar “bicos” incluindo duas passagens como coveiro durante a década
de 1960, serviço que ele amava e considerava divino. Sutcliffe trabalhou na
fábrica da Baird Television Ltd, na linha de embalagem, entre novembro de
1971 e abril de 1973. Ele saiu, quando foi convidado para ser vendedor de
rua. Depois de sair de Baird, trabalhou em turnos. Onde ficou até 1975, até
que conseguiu tirar sua habilitação e começou a dirigir para uma empresa de
pneus. No entanto, ele foi demitido por furto de pneus usados em 5 de março
de 1976. Ele estava desempregado até outubro de 1976, quando encontrou
outro emprego como motorista de veículos pesados para T & WH Clark
(Holdings Ltd.), na Estrada Canal.
Sutcliffe era frequentador de prostíbulos e, como um homem jovem,
tem-se especulado que uma má experiência com uma protituta (durante o
qual ele teria sido enganado por dinheiro) ajudou a alimentar o seu ódio
violento contra as mulheres.
Ele conheceu Sonia Szurma, de ascendência checa e ucraniana, no dia
de S. Valentim em 1967 e se casaram em 10 de agosto de 1974. Sua esposa
sofreu um número de abortos durante os poucos anos seguintes e,
eventualmente, o casal foi informado de que ela não seria capaz de ter
filhos. Pouco depois ela voltou para um curso de formação de professores.
O assassino mais temido da Inglaterra vivia escondido por detrás de um
véu de normalidade. O mais velho de seis irmãos, que na infância se agarrava
à sua mãe em busca de segurança. Viu na idade adulta frustrações, foi nesse
momento que começou a mudar.
Peter era casado e saía à noite, quando foi preso declarou que ele
considerava os assassinatos uma missão divina, era um funcionário de
necrotério, falava com Deus frequentemente. Deus ordenou a ele que caçasse
prostitutas e como um bom cristão ele obedeceu. Mas gostou demais do
trabalho santo, procurar prostitutas e assassiná-las, as esfaqueando e
martelando suas vítimas até a morte. Primeiro, golpeava-as com um martelo
para deixá-las inconscientes e depois as apunhalava com uma faca ou uma
ferramenta afiada ou outros instrumentos de tortura.
A polícia estava frustrada com as numerosas falsas confissões que
receberam durante as investigações. Em 2 de janeiro de 1981, Peter foi
finalmente preso num carro com uma prostituta. Foi preso num golpe de sorte
e fechado no Hospital Broadmoor, sem possibilidade de sair, depois de ser
declarado culpado de 13 assassinatos e de 7 tentativas de assassinato. Em
custódia, confessou tudo. Também foi suspeito de ter matado e mutilado
muitas outras mulheres na França e Suécia, durante viagens ao exterior. Em
março de 1997, foi esfaqueado (com carga de caneta) nos dois olhos por um
colega na penitenciária psiquiátrica, durante uma briga. Acredita-se que ele
estava em seu quarto quando foi atacado. Seu assassino disse que o matou
depois que ele falou que Deus mandou que matasse 13 mulheres. O mesmo
disse que se isso fosse verdade, o Diabo tinha mandado que o matasse. Em
março de 1996, Peter já tinha sido atacado por outro interno, numa tentativa
de garroteamento com um fone de ouvido. Ele ainda vive e, em 2010, foi
liberado em Condicional.
Rosemary & Fred West (O crime da casa dos
horrores)

Fred West nasceu em uma área rural, em uma família humilde, era o
segundo filho de oito que viviam na mesma casa. Viviam em um lar
incestuoso, onde era comum o pai ter relações sexuais com os filhos.
Seu pai o incentivava a cometer os mesmos atos de forma evasiva,
aconselhava-o “Faça o que quiser, só evite ser pego fazendo isso”, sua mãe
também aceitava as práticas e iniciou-o sexualmente aos 12 anos.
Quinta-feira, 24 de fevereiro de 1994; marcou o dia que se tornou o
início de uma história de horror que chocou o mundo. Policiais estavam
escavando o jardim de 25 anos, Cromwell Street, Gloucester – a casa de Fred
e Rosemary West e, mais tarde, apelidado de “House of Horrors” (Casa dos
Horrores). A polícia anunciou que estava investigando o desaparecimento de
uma adolescente de 16 anos, Heather, enteada de Stephen West, filha de sua
primeira esposa, já falecida.
Na época, ninguém – incluindo os policiais – percebeu que a escavação
provocaria uma das maiores investigações que a polícia britânica já tinha
visto. Stephen West, filho mais velho, então com 20 anos, estava em casa
quando a polícia bateu na porta com o mandado de busca para Fred e
Rosemary.
Um ano mais tarde, Stephen e sua irmã Mae escreveram um livro, Inside
25 Cromwell Street – sua narrativa em primeira mão da vida com os
assassinos.No livro, Stephen – que alegou que ele havia sido convencido por
seu pai que Heather vivia na região de Midlands – disse: "Eu disse a um dos
detetives que estavam indo para acabar fazendo papel de bobos, e ele apenas
respondeu: Isso é comum para nós”.
Após ser detido e interrogado, no dia seguinte, Fred admitiu ter matado
Heather e concordou com o ponto onde ele havia enterrado outras duas
meninas no jardim – Shirley Rodrigues e Alison Chambers. Mas ele manteve
o silêncio sobre outros seis corpos enterrados embaixo da adega e do
banheiro da casa. Suas vítimas incluem Carol Cooper, 15 anos, de Worcester
e Hubbard Shirley, também 15, de Droitwich. Mais tarde West admitiu ter
enterrado mais uma vítima – uma menina de oito anos de idade, nascida de
sua primeira esposa, mas foi pai de outro homem em outra casa, em
Gloucester.
Ele também confessou ter jogado o corpo de sua primeira esposa, Rena,
25 anos, e um ex-amante, Ann McFall, de 18 anos, ambos na Escócia, em
campos perto de sua casa de infância em Marcle Much, Herefordshire.
Os detetives estão convencidos desde o início de que Rose West estava
envolvida desde os primeiros crimes, mas ela negou tudo. No início ela ficou
em casa, mas observada sob suspeita. Em outubro de 1995, Rosemary foi
julgada por 10 assassinatos e agora está cumprindo pena para cada um deles.
No Dia de Ano Novo de 1995, Fred West se enforcou na prisão onde ele
estava aguardando julgamento por 12 acusações de homicídio e Rosemary
continua presa, e sonha em um dia voltar para a Casa dos Horrores, embora
saiba que a casa foi demolida.
Ali Reza Khoshruy Kuran Kordiyeh

Ali Reza Khoshruy Kuran Kordiyeh, conhecido como o "Terá Vampire"


(vampiro de Teerã), foi surrado mais de 200 vezes, com um cinto de couro
grosso e, em seguida, amarrado a um guindaste que o levantou, balançava as
pernas chutando alto no ar com uma corda no pescoço. A execução aconteceu
na frente de familiares das vítimas e uma multidão de 10.000 para 20.000
espectadores.
"Sangue inocente será sempre vingado.” Esta é a punição para os
criminosos, mas para nós testemunhas é uma lição a ser aprendida. “Somos
responsáveis por nossas ações", disse um clérigo vestido à multidão antes da
sentença ser executada.
Em agosto de 1997, o "vampiro de Teerã" foi enforcado diante de uma
multidão extasiada. Ele foi considerado culpado, aos 28 anos, por sequestro,
estupro e assassinato de pelo menos 9 mulheres.
Fingindo-se de motorista de táxi. Para esconder os corpos, enchia-os de
gasolina e ateava fogo. Alguns dos corpos não ficaram completamente
destruídos foram descobertos, com mais de 30 facadas em cada um.
Antes de ser enforcado, o vampiro recebeu 214 chibatadas de parentes
das vítimas. Como parte de sua punição, também foi açoitado pelas
autoridades da prisão. Foi preso pela primeira vez em 1993, por sequestro e
estupro, mas escapou durante seu transporte para a corte.
Foi preso novamente por comportamento suspeito num shopping, e
depois reconhecido através de um retrato falado da polícia que duas mulheres
que escaparam dele fizeram. Confrontado com as evidências, que incluíam
manchas de sangue em seu carro, ele confessou. Para o fascínio dos
iranianos, seu julgamento foi transmitido ao vivo, mas não puderam
televisionar sua execução. Apesar disso, um vídeo clandestino cruzou as
fronteiras e o mundo assistiu a seu castigo. Seu reinado de sangue aconteceu
entre fevereiro e junho de 1997.
Myra Hindley e Ian Brady

O casal se conheceu quando trabalhavam em uma indústria. Juntos


aterrorizaram Hattersley, uma cidade na área pantanosa da Inglaterra, na
década de 60. Ele foi seu gerente por muito tempo, era um intelectual, que lia
o MEIN Kampf em alemão, por muito tempo tratava-a simplesmente como
um superior no trabalho.
Até que um dia, às vésperas do Natal, ele a convidou para assistir a um
filme sobre os julgamentos nazistas de Nuremberg. Às vésperas do Natal
começaram um relacionamento.
Seus interesses eram parecidos, gostavam de armas de fogo, de caça, e
Myra chegou a comprar para si uma arma.
Entretanto, não demorou muito para essa parceria começar a render
péssimos frutos e dar origem a uma série de crimes que chocaram até os mais
antigos investigadores de homicídios.
O casal passou a morar na casa da avó de Myra. Naquela época, ela com
23 anos e ele com 28, passavam praticamente despercebidos da população
local que sequer imaginava do que os dois eram capazes.
Juntos, os dois assassinaram 11 crianças e adolescentes. Estes eram
torturados, abusados sexualmente e fotografados em poses pornográficas.
Entretanto, o sadismo não parava por aí. A dupla também tinha o costume de
gravar os gritos de suas vítimas enquanto as torturava.
Tudo corria bem e Myra e Ian, provavelmente, teriam matado muito
mais se não tivessem desejado transformar sua dupla em um trio. O escolhido
foi David Smith, cunhado de Hindley, que tinha um passado de alcoolismo e
violência que o tornava perfeito para os planos.
Para convencê-lo, convidaram-no para participar do assassinato de um
garoto de 17 anos, que recebeu 14 machadadas, além de ser estrangulado. Ele
os ajudou a preparar o corpo para o enterro e limpar os rastros deixados.
Mas o que Myra e Ian não contavam era que, na manhã seguinte, Smith
e sua esposa fossem à delegacia local entregá-los.
De posse das informações, a polícia prendeu o casal de assassinos que
sempre negou tudo. Entretanto, as fitas gravadas e as fotos contribuíram para
provar sua culpa.
Uma das fotos, inclusive, foi a maior pista para o local onde as vítimas
estavam enterradas, já que mostrava Myra no pântano olhando para um
buraco cheio de entulhos. Nesse local, foi encontrado o corpo de um garoto
de 12 anos, John Kilbride.
Myra e Ian eram extremamente frios e nunca demonstraram remorso
pelo que tinham feito. Pelo contrário, meses após assassinarem sua primeira
vítima, Paulínia Reade, de 16 anos, Myra continuava cumprimentando sua
mãe quando passava por ela. Seu corpo, aliás, foi encontrado quase duas
décadas depois com a garganta cortada.
Os dois foram condenados à prisão perpétua e Myra afirmava que só
participou dos crimes porque Ian abusava dela, além de ameaçar matar sua
família.
Myra morreu na cadeia, aos 60 anos, depois de tentar, sem sucesso, o
direito à condicional.
Ian continua preso e alega que Myra forjou as fotografias de maus-tratos
por parte dele. Myra ficou até a morte presa com Rosemary West, a outra
louca da casa dos horrores.

Curiosidades:
O cantor Morrissey, ex-vocalista do The Smiths, tinha uma idade muito
próxima à das vítimas de Myra e Ian, na época dos assassinatos e ficou
especialmente chocado com os crimes da dupla. Prova disso é que duas
canções da banda fazem referência aos fatos.
Uma delas é Suffer Little Children, a outra é Still.
Rory Enrique Conde (O ESTRANGULADOR DE
TAMIAMI)

Rory, nascido na Colômbia em 1965, segundo filho de seus pais, perdeu


sua mãe com tétano aos seis anos de idade. Órfão de mãe, foi criado pela
irmã e pela avó paterna. Seu pai já os havia deixado, quando ele tinha dois
anos e havia se mudado para os Estados Unidos.
Sofria abusos sexuais impostos pelo tio dos 6 aos 12 anos. Nessa idade,
mudou-se para Miami para morar com o pai, que o ignorava e cometia abusos
emocionais contra ele.
Rory se casou com Carla Bodden, em 1987. Espancava a esposa com
socos e chutes, arrastava ela pelos cabelos, até que seu couro cabeludo ficasse
completamente machucado, ameaçava ela com um revólver constantemente,
muitas vezes a agarrava pelo pescoço e uma vez tentou sufocá-la com um
travesseiro. Também urinava pelo buraco da fechadura quando amigos de
Carla, de visita, usavam seu banheiro. Era um maníaco por limpeza, e
maltratava a mulher cada vez que seu bebê derrubava uma migalha no chão,
se não tivesse sido recolhida por ela até a hora em que ele chegava em casa.
Tiveram seu primeiro filho, Rory Jr., no mesmo ano em que se casaram. Rory
também se relacionava com prostitutas, que trazia para casa a fim de
satisfazer seus desejos carnais. Ele as filmava vestidas com lingeries de sua
esposa e em atos de masturbação sobre sua cama. Quando Carla descobriu
uma destas fitas, confrontou Rory e a briga subsequente levou o marido para
a cadeia. O casal se separou e depois de certo tempo se reconciliou.
Em 1992, Carla estava grávida novamente. A família mudou-se para um
condomínio nas cercanias de "Tamiani Trail", ou Calle Ocho, como é
chamada em espanhol, onde adquiriu uma casa própria. Foi quando o
comportamento de Rory mudou drasticamente. Ele parou de fazer sexo com a
esposa, e desaparecia durante a noite. Rory dizia à mulher que ficava fora
pescando, apesar de nunca cheirar a peixe e jamais ter trazido para casa o
produto de sua pesca.
Desconfiada, Carla seguiu o marido e encontrou-o se masturbando ao
lado da janela da vizinha. Em julho de 1994, Carla esgotou sua paciência e
mudou-se para a casa de seus pais com suas duas crianças, Rory Jr. e Nydia.
Rory ficou muito deprimido. Disse a ela que se tivesse qualquer encontro
com algum homem ele a mataria.
Oito semanas depois, em setembro daquele ano, o Estrangulador de
Tamiani agiria pela primeira vez. Entre setembro de 1994 e janeiro de 1995,
em apenas quatro meses, Rory Conde assassinou seis prostitutas. Ele sempre
agiu seguindo o mesmo padrão. Ele pegava suas vítimas prostitutas na rua,
levava para sua casa e tinha relações sexuais. Então, quando surgia a
oportunidade e a prostituta se virava de costas, ele colocava o braço em volta
do pescoço dela e a sufocava até que ela estivesse morta. Entre os dias 15 e
16 de setembro de 1994, Conde fez sua primeira vítima. Lázaro Comesaña
era um travesti, mas parecia tanto com uma mulher que obviamente, Conde o
confundiu. Isso pode ter desencadeado em Conde certa homofobia e ter
gerado um sentimento de raiva em Conde fazendo com que ele matasse
Lázaro.
No dia 8 de outubro de 1994, na estrada de Tamiani Trail, assim como
no primeiro caso, Elisa "Daphne" Martinez foi assassinada. Caridade Fay
Nava foi morta no dia 18 de novembro de 2004. Conde deixou uma
mensagem escrita nas costas da vítima: "Em terceiro lugar, Dwight vai me
chamar no Canal 10 se você conseguir me pegar”! Wanda Cook Crawford foi
morta em 23 de novembro de 1994.
Necole Christina Schneider foi a última vítima de Conde, em 1994, mais
precisamente no dia 19 de dezembro, esse assassinato levaria futuramente
Conde à prisão perpétua. Rhonda Dunn esteve no dia 12 de janeiro de 1995
no apartamento de Conde duas vezes para ter sexo consensual com ele, então
ela foi ao banheiro. Quando voltou de costas para Conde, ele pôs o braço em
volta do pescoço dela e a sufocou. Ambos caíram no chão, mas Rhonda
morreu porque não conseguiu respirar. Com seu corpo a polícia tinha a sexta
vítima e nesta havia evidências do mesmo DNA, o de Conde.
No dia 19 de junho de 1995, Gloria Maestre, outra prostituta, foi
amordaça e presa com fita adesiva no próprio apartamento e deixada lá
enquanto ele foi fazer algumas compras. Gloria conseguiu chutar bastante
contra a parede do apartamento que os vizinhos escutaram e alertaram o
Corpo de Bombeiros. Eles quebraram a porta e libertaram Gloria. Gloria foi
capaz de identificar Conde a partir de fotografias em seu apartamento e uma
caça ao homem foi lançada.
Conde foi preso cinco dias depois. Em 7 de março de 2000, foi
condenado pelo assassinato de Rhonda, que tinha sido encontrada morta em
seu apartamento, nesse dia ele foi condenado à morte. Os traços de DNA e as
confissões que ele também tinha sido responsável pelos outros cinco
assassinatos não resolvidos foram aprovados no Tribunal. Ele recebeu uma
pena adicional de 5 prisões perpétuas. Ainda hoje ele aguarda na prisão da
Flórida por sua execução.
Marc Dutroux

Se tiver alguém que é odiado na Bélgica, esse alguém se chama Marc


Dutroux. Pedófilo, movimentou tanto a imprensa na época, que muitas
pensões não aceitavam hóspedes que estivessem à procura de notícias sobre
Dutroux.
Dutroux foi condenado por ter sequestrado, estuprado e torturado seis
meninas e adolescentes, de 6 a 19 anos, dentre estas 4 foram assassinadas.
Também foi acusado e condenado por matar um possível cúmplice,
Bernard Weinstein.
Sua condenação cheia de falhas acabou desencadeando uma reforma no
Sistema de Justiça belga, gerando descontentamento da sociedade e um
escândalo social.
Dutroux é o maior de cinco irmãos; seus pais eram professores,
emigraram para o Congo Belga e depois voltaram para a Bélgica em 1960.
Separaram-se em 1971 e Dutroux ficou com sua mãe. Deixou sua casa aos 16
anos e trabalhou por um curto período como gigolô. Casou-se com sua
primeira esposa quando tinha 19 anos; junto a ela teve dois filhos,
divorciaram-se e Dutroux já tinha um caso com Michelle Martin. Juntos,
Dutroux e Martin teriam três filhos; casaram-se em 1989, enquanto estavam
presos. Ele era um eletricista, mas sempre ficava desempregado, e se envolvia
em roubos, tráfico de drogas e prostituição. Dutroux e Martin estavam presos
acusados de molestar cinco meninas.
Depois de ser liberto, o diretor da prisão recebeu uma carta de
advertência da própria mãe de Dutroux.
Depois de sua libertação, Dutroux conseguiu convencer um psiquiatra
de que estava incapaz de trabalhar, conseguindo assim uma pensão do
governo. Também recebia remédios para dormir e sedativos, os quais
utilizaria depois para drogar as meninas, suas vítimas.
Duas meninas que estavam sequestradas, quando Dutroux e Michelle
foram presos, morreram de fome, por não serem alimentadas, o que
desencadeou a morte de um dos cúmplices de Dutroux
Sua carreira criminosa envolvia o comércio de autos roubados para
Checoslováquia e Hungria, os roubos o fizeram viver luxuosamente.
Comprou sete casas, a maioria delas vazia e usou três dessas casas para
torturar as meninas, que ele sequestrava. Em sua casa de Marcinelle chegou a
construir uma masmorra pra confinar as menores, com túneis subterrâneos e
sistema de entrada de ar. Suas primeiras vitímas tinham oito anos, Dutroux
abusou sexualmente das duas e chegou a montar vídeos pornográficos com
elas e vendê-los pela internet.
Desde que a masmorra construída estava em uso, Dutroux encadeava as
meninas a uma cama, em uma habitação de sua casa. Sua esposa estava
inteirada de todas essas atividades criminosas.
Em 1995, Dutroux começou a ser investigado pelo roubo de luxuosos
automóveis.
Em uma entrevista realizada, vários anos depois, Dardenne, uma das
vítimas, contaria que Dutroux lhe tinha contado que ela tinha sido
sequestrada por um gangster, que queria um pagamento de sua família, a qual
não queria lhe pagar e que, depois disso, o gangster planejava a matar.
Dutroux deixou a pobre menina escrever várias cartas a sua família, as quais
Dutroux leu, mas nunca enviou. Logo em seguida a polícia descobriu aos
arredores de uma das casas de Dutroux vários corpos de jovens que
aparentemente morreram por asfixia e de um homem que havia sido drogado
e enterrado vivo.
Centenas de vídeos pornográficos foram encontrados nas casas de
Dutroux, junto com uma considerável quantidade de material de pedofilia,
além de vídeos caseiros que Dutroux tinha feito de sua esposa Michelle
Martin.
As autoridades foram criticadas em vários aspectos da investigação. Pois
duas meninas estavam vivas, quando a polícia foi investigar a casa por roubo
de carros. A polícia alega que não suspeitava que Dutroux fosse um
sequestrador, torturador, violador e assassino, nunca investigaram a casa dele
com cães ou equipamentos especializados que pudessem ajudar a detectar a
presença das meninas.
Muitas intenções maliciosas de Dutroux não foram seguidas com
responsabilidade por parte da polícia, que tomava a Dutroux como um pobre
homem. Algo que também desatou a fúria social é que Dutroux tinha
comprado o silêncio de dois policiais e um informante da polícia para que
abafasse o caso de algumas meninas; além de não contar a respeito da
masmorra-cárcere que tinha construído na casa. Ademais, a mãe de Dutroux
tinha escrito uma segunda carta de advertência à polícia informando-lhes que
seu filho atraía as várias meninas a sua casa, nem assim, ninguém o foi
investigar.
A frustração da sociedade belga foi exatamente saber que Dutroux
continuou cometendo crimes embaixo do nariz da polícia e em liberdade. O
juiz encarregado foi destituído do cargo a pedido da família.
Sua destituição culminou em uma marcha onde participaram 300.000
pessoas chamada a "White March" na capital do país, Bruxelas, em outubro
de 1996, dois meses após a detenção de Dutroux, onde a multidão pediu em
protestos mudanças urgentes nos serviços de Polícia e Justiça do país.
Por outro lado, Jean-Marc Connerotte, o juiz original da causa, rompeu
em pranto ante os meios, quando descrevia os carros blindados e os guardas
armados que o protegiam de escuras e muito poderosas personalidades que
queriam deter que a verdade saía à luz, agregando que nunca dantes na
Bélgica um magistrado tinha sido posto abaixo de tanta pressão. Também
chorando descrevia como a polícia lhes tinha advertido a ele e a outros juízes
vinculados à causa, que vincularam a Dutroux com organizações sádico-
pederastas europeias, máfias muito poderosas, o que convertia a este homem
e a seus parceiros nas pessoas mais temidas da Bélgica sendo tratados como
monstros que tinham que encerrar em um castelo muito longínquo e atirar a
chave ao mar como descreviam os mesmos belgas.
Dutreaux ainda conseguiu escapar quando estava sendo conduzido por
dois policiais.
Martin foi julgada como cúmplice, igual a outros dois funcionários
Lelièvre e Nihoul. Para protegê-los, os quatro foram postos depois de um
vidro blindado na sala. Durante a primeira semana do julgamento, não foi
permitido publicar fotografias da cara de Dutroux em nenhum jornal ou meio
de comunicação belga, por razões de privacidade. Durante o julgamento,
Dutroux seguiu fazendo questão de que ele e seus cúmplices eram parte de
uma organização pedófila da Europa, da qual também faziam parte oficiais de
polícia, empresários, doutores e até alguns altos Servidores Públicos Políticos
da Bélgica.
O caso Dutroux foi tão conhecido, que mais de um terço de belgas com
o sobrenome Dutroux pediram a mudança deste sobrenome entre 1996 e o
julgamento.
Hoje em dia, Dutroux encontra-se encarcerado em confinamento
solitário em uma cela de máxima segurança onde uma luz se acende a cada 7
minutos para observarem se o mesmo se encontra lá e em bom estado,
manteve-se sem ataques comportamentais.
Karla Homolka e Paul

Em 17 de outubro de 1987 Karla Homolka, com 17 anos, vai para uma


convenção sobre veterinária em Toronto onde conhece Paul Bernardo em seu
hotel. Paul e Karla eram originais e selvagens na cama, ela o amava tanto que
se tornava codependente de Paul, fazendo absolutamente tudo para manter
seu amor. Porém o que realmente os diferenciava da maioria dos casais foram
os diversos anos em que Karla tornou-se submissa às situações ultrajantes
que seu amor lhe impunha.
Paul não perdoava o fato de Karla não ser virgem quando se
conheceram, deixando-o obsessivo pela virgindade de Tammy, irmã mais
nova de Karla, convencendo-a de que era sua responsabilidade “oferecê-la” a
Paul, sem o conhecimento ou consentimento da irmã, aceitando ainda a ideia
de registrar todo o evento como uma boa lembrança, uma prova de seu amor
por Paul. Karla trabalhava em uma clínica veterinária, o que facilitava a
disponibilidade dos sedativos de animais, como o alóctone (um anestésico
usado em cavalos antes de cirurgias), utilizado na irmã para facilitar o
estupro.
O objetivo jamais fora matar a irmã, mesmo com suas crises de ciúmes,
em uma vez que Paul e sua irmã demoraram 8 horas para chegar a casa, e as
frequentes sugestões de Paul sobre seus desejos por uma garota virgem. Mas
apenas dopá-la com um pano molhado de sedativo e dá-la de presente de
natal para Paul, permitindo que ela respirasse e com a segurança de uma
violação sem culpados e organizada.
Então, em 23 de dezembro de 1990, Paul utiliza sua filmadora nova para
fazer vídeos do Sr. e a Sra. Homolka, suas filhas, Karla, Tammy e Lori e as
decorações de natal da casa. Quando à noite, após os outros membros da casa
irem para cama, ambos puderam trabalhar em Tammy, a embebedando até
que ficasse fora de si, o que seria rápido com a mistura dos sedativos e do
álcool.
Tão logo a garota desmaiou o casal a levou até o porão e Paul a prendeu
na filmadora, começando a estuprá-la sobre o divã, enquanto Karla a
mantinha desacordada, até que foi requisitada a fazer avanços sexuais em
Tammy que dormia, foi quando Tammy deu um impulso para cima e eles se
lembraram de que a menina não havia comido e, com o excesso de álcool,
tenderia a vomitar caso sua cabeça não abaixasse facilitando a respiração.
O único problema é que o vômito já havia bloqueado sua respiração,
levando-a à morte, e qualquer tentativa de ressuscitá-la fora em vão. Então
Paul e Karla vestiram-na, esconderam as drogas e a câmera e chamaram a
ambulância. Com os pais da menina percebendo tudo apenas quando a garota
era levada para fora da casa, já morta. Porém, todos foram induzidos a pensar
que fora um acidente e que os dois nada sabiam sobre Tammy e atribuirão a
situação a Tammy ter bebido.
A morte da garota apenas aumentou a obsessão de Paul por ela,
mostrando desolado parte do vídeo para os amigos, assistindo-o
compulsivamente quando estava sozinho, sem Tammy para satisfazê-lo em
seu desejo, frustrado com a situação, costumava culpar Karla pela morte da
irmã.
Porém, apesar do belo presente de Karla, Paul com seus 26 anos tinha
outros planos, quanto a casar-se com aquela mulher que estava longe de ser
uma virgem para suas fantasias.
Em 1990, Karla une-se a Paul, que já era um contabilista profissional
considerável, sofisticado e com dinheiro. Seria o início de uma união que
seus familiares e amigos jamais esqueceriam.
Apesar de possuir outros interesses, Karla casou-se e deu-se
completamente ao seu homem, que não pouparia despesas em uma cerimônia
pródiga, em uma igreja histórica próxima a um lago no Niágara; com cavalos,
carruagens, champanhe e um jantar para cento e cinquenta pessoas. Paul
cuidaria detalhadamente do casamento, desde o vestido de U$2.000 que
Karla usaria, até os votos onde Karla deveria dizer “ama-o, honra-o e
obedece-lhe”, não permitindo que o ministro pronunciasse “marido e esposa”,
mas apenas “homem e esposa”.
O casamento seria para este homem apenas mais uma oportunidade de
negócio grande, onde poderia chegar a gastar U$ 50.000 visando obter
amigos influentes depois, como Scott Burnside & Cairns de Alan registrariam
em um vídeo, Inocência Mortal.
Após o casamento, mudaram-se para o quinto subúrbio de Dalhousie,
onde Karla conheceria quem realmente era Paul e onde a situação só tenderia
ao caos.
O casal mudou-se para uma casa em Bayview em Santa Catherines. Paul
que crescera no negócio de contrabando de cigarros começara a roubar placas
de carros e licenças, que justificassem suas frequentes passagens pela linha
Americano-Canadense, foi esta necessidade que o levou ao encontro de sua
primeira vítima.
Leslie Mahaffy era uma adolescente rebelde e de forte personalidade e
independência que ignorava seus horários, dedicando-se à promiscuidade e a
pequenos roubos de lojas, coisa que seus pais começaram a responder
severamente a seus atos. Foi em uma sexta-feira, dia 4 de junho de 1991,
quando Leslie saiu com seus amigos permanecendo fora, até depois de seus
horários. Ao chegar em sua casa às 2:00AM encontrou a porta fechada, não
podendo ir para a casa de uma de suas amigas, decidira dar a volta e acordar
seus pais pelos fundos, mas ao fazê-lo deparou-se com Paul que a forçou com
uma faca, a entrar em seu carro.
Enquanto Karla dormia, Paul examinara cuidadosamente a garota de
apenas quatorze anos e despido começou sua nova gravação. Ao acordar
Karla ficara irritada ao ver que seu marido havia usado seus melhores
champagnes, em sua nova diversão, mas sua raiva não durou muito, voltando
logo a ser uma esposa obediente e submissa.
Paul dera instruções detalhadas a Karla, de como fazer amor com Leslie,
tornando-se um diretor compenetrado de uma importante filmagem, com cada
detalhe perfeitamente produzido. Após o prelúdio de sua esposa, Paul dirigiu-
se à garota submetendo-a a uma brutal forma de sexo anal, que a levaria à
morte.
Na noite de 29 de junho de 1991, um casal que navegava no lago Gibson
encontrou blocos de concreto com estranhos pedaços de carne encerrados
nele, olhando melhor eles conseguiram identificar o que seria o pé de uma
jovem garota. Em pouco tempo o rio estava inundado de policiais que
encontrariam mais cinco blocos despejados em águas rasas, o que fez os
agentes acreditarem que a pessoa que jogara o corpo no local não conhecia a
área, pois ao contrário teria despejado o corpo em uma parte mais profunda.
Em pouco tempo o corpo seria reconhecido como pertencido a Leslie.
No dia 16 de abril de 1992, uma jovem garota intitulada “Kristen
French”, de 15 anos, foi sequestrada no estacionamento de uma igreja, a
bonita garota, parara sobre o carro de Paul para dar informações, a certa
mulher que não conseguia entender o mapa, foi quando Paul a força entrar no
carro.
Apesar de “Kristen” ser maior e mais forte que Karla, era o suficiente
esperta para saber que a cooperação era sua única chance de manter-se viva,
pois os tinha visto claramente, quanto mais a garota cooperava com os abusos
ultrajantes, pior e mais sádico Paul se tornava, sendo tudo gravado em vídeo
cassete.
Em um trecho do livro de Willian, ele descreve um momento que afirma
a obediência de “Kristen”:
PAUL: “Eu estou indo urinar em você, aprovado? Então eu estou indo
defecar em você”. Kristen não se moveu, nem mesmo quando Paul golpeava
sua cara com um pênis semi-ereto.
“Não me deixe louco, não vou feri-la”, dizia Paul começando a sorrir
enquanto friccionava sua virilha sobre sua cara.
“Não se preocupe, não vou urinar na sua cara.”
Willian descreve que após isso Paul avança sobre a garota e começa a
urinar sobre ela, girando as nádegas sobre a cara de “Kristen” e agachando-se
para tentar defecar sobre ela, sem sucesso.
No local onde “Kristen French” foi capturada ficou um pedaço do mapa,
usado como isca, um dos sapatos da garota e mechas de cabelo.
Apesar de toda a gravação, o sofrimento da jovem garota duraria mais
um dia até que o casal decidisse matá-la, pouco antes de ir a um jantar na
casa dos pais de Karla. Seu corpo seria encontrado despido em uma vala na
cidade de Burlington – Ontário no dia 30 de abril de 1992, com os
investigadores concluindo que não havia ligação entre seu assassinato e o de
Leslie.
Foi no verão de 1992 que Paul se tornara excessivamente violento não
só com as mulheres de quem abusava, com Karla também, levando-a ao
limite, não apenas ao magoá-la e humilhá-la tantas e tantas vezes, mas foi
neste verão que a série de agressões tornou-se demasiada e intensa.
Em janeiro de 1993, após ficar hospitalizada devido aos maus-tratos de
Paul, que deixara seus olhos completamente pretos, além de contusões pelo
corpo todo, finalmente seus pais conseguiram convencer Karla a refugiar-se
na casa de amigos da sua irmã Lori. A polícia do Niágara então foi chamada,
levando Karla ao hospital para exames.
Então, em 1987, Paul torna-se um estuprador, agarrando mulheres que
saíam de ônibus e arrastando-as para a terra, forçando-as ao sexo e o sexo
anal e deixando-as ir depois. Dois anos depois, com diversas violações, a
policia havia recolhido várias evidências físicas das mulheres violentadas,
mas continuavam sem suspeitos, até conseguirem um bom desenho do
homem que havia violado cerca de treze mulheres. Quando a polícia divulgou
o desenho, não houve por muito tempo dúvidas quanto a esta decisão, posto
que teoricamente Karla soubesse o que Paul estava fazendo e o incentivara,
com o depoimento de uma das vítimas que se recordava de ter visto, uma
mulher com uma câmera acompanhada do estuprador.
Os policiais logo perceberam o perigoso trabalho que Paul realizava
como o estuprador de Scarborough. O Comitê de Detetives da Polícia
Metropolitana tornou-se totalmente envolvido no caso, pela similaridade
entre as vítimas, tornando claro que era uma dupla. Diferentemente de outros
estupradores, este era um homem novo, bem apresentado que não as matava,
mas as violava querendo sempre ouvir coisas específicas, e tinham ocorrido
em lugares próximos um do outro, sendo todos na Vila de Guildwood,
Scarborogh.
Antes do natal de 1987, uma das vítimas dera uma descrição bem
específica de seu agressor, como ter cerca de seis pés de altura, limpo,
barbeado, sem artes no corpo, sua descrição fizera um retrato falado exato a
Paul Bernardo, porém a polícia não o divulgou. Uma das antigas namoradas
de Paul já havia ido à polícia diversas vezes, queixando-se das violações
brutais, agressões, abusos e ameaças constantes recebidas por Paul, mas
mesmo com as queixas e agressões similares à do estuprador de Scarborogh,
o fato de que este morava nas proximidades dos locais onde as vítimas foram
abusadas e de que as vítimas haviam reconhecido o carro do estuprador como
sendo um Capri branco (o mesmo de Paul), o caso foi arquivado.
Em 1990, praticamente quatro anos após o início do pesadelo em
Scarborogh, policiais resolveram publicar o retrato falado, juntamente com
uma recompensa de U$150.000, neste período Paul havia deixado seu
trabalho com Waterhouse e dedicava-se apenas ao contrabando de cigarros,
porém seus antigos colegas de trabalho maravilharam-se com a semelhança
de Paul e o retrato, porém com o grande número de telefonemas, os policiais
não deram realmente importância a Paul.
O Detetive Steve Irwin passou todas as evidências físicas para Kim
Johnston, do Laboratório Forense, então pelas amostras podia-se determinar
que o criminoso fosse um não secretor, de tipo sanguíneo similar ao de 12.8%
da população masculina. Porém ao ser chamado, Paul não apresentou
qualquer reação que o colocasse no perfil de um estuprador em série, sem
também se negar a ceder amostras de sangue, saliva e de seu cabelo. Suas
amostras, juntamente com mais 230 de outros suspeitos, foram entregues a
Kim, que após exames descartou a maioria, deixando apenas cinco como
similares ao tipo sanguíneo do criminoso. Paul estava entre um dos cinco
suspeitos, porém só iria para testes adicionais em 1992, pelo fato de o
criminoso haver parado com a onda de ataques e o caso não foi tratado com a
devida atenção.
Depois da morte de Leslie as investigações passaram a ser concentradas
em áreas próximas às cataratas do Niágara, fortalecendo o pessoal de
investigação com a Força Tarefa verde fita recomendado pelos peritos
forenses do FBI, e quando “Kristen” foi sequestrada, uma mulher lembrou-se
de que vira um esforço sobre um carro que ela definiria como sendo um
Camaro, fazendo o nome de Paul ressurgir, logo que o Superintendente Vince
Bevan, buscou o todos os possuidores de Camaros da região.
Novamente Paul é entrevistado pelos policiais sendo muito polido e
confessando que fora um dos suspeitos no caso de Scarborough, pela
similaridade com o retrato falado, os investigadores notaram que se tratava de
um homem inteligente, cooperativo e não dirigia um Camaro, e sim um
Nissan. Mesmo Paul ter se apresentado bem na entrevista, os dois policiais
entraram em contato com o Detetive de Scarborough para saber os resultados
do inquérito sobre o estuprador. Steve explicou-lhes que as amostras de
saliva de Paul não haviam sido feitas, sendo que ele fora cancelado como
suspeito, o depoimento de seus amigos descartados e os relatórios de queixas
da sua antiga namorada haviam sido arquivados.
Em 1º de fevereiro de 1993, as amostras foram enfim analisadas e
combinaram com as do estuprador de Scarborough, e Paul foi colocado sobre
vigilância 24 horas.
Em 9 de fevereiro de 1993, Karla foi entrevistada pela polícia,
enfatizando os abusos sofridos por Paul, a força tarefa de Toronto a chamou
para questionamentos sobre o assassinato de “Kristen”. Pelo nível das
perguntas, Karla percebeu que os policiais já haviam unido os estupros de
Scarborough com os de Sta. Catharines, seu nervosismo era compreensivo,
uma vez que Karla havia confidenciado a seu tio que Paul era o estuprador
que matara Leslie Mahaffy e “Kristen”.
Karla tratou logo de arrumar um advogado realmente bom, porém os
promotores mostraram em diversas entrevistas que Homolka não era
necessariamente a vítima inocente que ela tratara de se pintar. Estando de
acordo de que a cooperação apenas seria possível com algum tipo de
imunidade, por possuir um papel real nos crimes. Em 5 de maio de 1993, o
governo ofereceria um acordo que seria aceito em 14 de maio de 1993, onde
Homolka levaria uma sentença de 12 anos, com possibilidade de condicional
após três anos, podendo até ser que Karla cumprisse sua pena em um hospital
psiquiátrico.
No meio de fevereiro, Paul Bernardo seria finalmente preso pelos crimes
de Scaborough e os assassinatos de Mahaffy e “Kristen”. Karla chocada e
receosa segurava suas ansiedades com grandes quantidades de bebidas e
drogas.
No dia 19 de fevereiro de 1993, os policiais executam a busca para a
casa de Paul e Karla, encontrando um número surpreendente de evidências,
pois além das fitas de suas violações, Paul também fazia descrições escritas
sobre todas as suas violações, e possuía uma biblioteca extensa de livros e
vídeos de desvios sexuais e assassinatos em série. Em meio aos vídeos
caseiros, os investigadores encontraram um em especial que comprovava que
havia tido mais duas mulheres em cenas explícitas de lesbianismo com Karla.
Em março durante um pesado tratamento psiquiátrico, com fortes
drogas, Karla escreveria uma carta para seus pais.
CARTA DE KARLA HOMOLKA AOS PAIS:
Caros mamãe, papai e Lori: Esta é a carta mais dura que eu tive que
escrever, e provavelmente vocês terão todo ódio de mim, uma vez que a
lerem. Eu mantive isto dentro de mim. Paul e eu somos responsáveis pela
morte de Tammy. Paul estava apaixonado por ela, e queria fazer sexo com
ela. Quis ajudar-lhe. Ela dormiu pelo efeito da droga. (Paul) ameaçou-me e
abusou-me física e emocionalmente quando eu recusei. Nenhuma palavra que
eu possa dizer vai fazê-los entender o que se passou comigo. Assim, estúpida,
eu concordei fazer, como disse. Mas algo, talvez a combinação das drogas e
do alimento que comeu à noite fez com que vomitasse. Eu tentei duramente
reanimá-la. Eu estou pesarosa. Mas nenhuma palavra que eu possa dizer pode
trazê-la. Eu daria contente minha vida para ela. Eu não espero que me
perdoem, porque eu jamais me perdoarei.
O julgamento de Karla iniciado em 28 de junho de 1993 foi recheado de
um clima de espetáculo, onde Karla parecia “impassível com um vestido
esverdeado e largo para seus ombros e sapatos ligeiramente altos e pretos.
Muito diferente da aparição anterior, no Tribunal, desta vez Karla parecia
uma matrona, com cílios postiços, batom vermelho e a feição extremamente
endurecida”.
O relatório psiquiátrico de Karla afirmava que ela tinha plena
consciência do que estava acontecendo, mas que seu estado de obediência,
medo e servidão a tornaram incapaz de defender a si mesma ou a outros. Seus
advogados utilizavam a sua pouca idade, abusos sofridos pelo marido e a
falta de registros criminais para defender Karla, a fim de conseguir uma pena
branda, por assim dizer.
O julgamento do Paul demorou dois anos, após sua prisão. Já que Paul
colocará seu advogado em uma situação ética difícil, quando lhe entregou as
fitas cassetes em que se registravam suas aventuras sexuais, acreditando que
assim essas fitas não cairiam em mãos erradas, porém quando os promotores
souberam das fitas, pressionaram seu advogado, não restando-lhe alternativa,
a não ser entregá-las e retirar-se do caso.
Assim o julgamento de Paul Bernardo apenas começaria em 1995, tendo
os videocassetes como evidências de que o prejudicavam substancialmente.
Paul respondia então pela acusação de dois assassinatos de 1° grau, duas
acusações de atentado violento ao pudor, duas acusações de cárcere privado,
uma acusação de sequestro e uma acusação de “executar um indignity em um
corpo humano”.
Durante dois anos as informações sobre o caso haviam ficado em sigilo,
porém durante o julgamento, as histórias se confrontavam, ora mostrando o
agitado dia a dia de Karla como vitima de um sádico, ora apresentando fitas
onde Karla aparecia masturbando-se para a câmera, o que fora um choque
para todos no Tribunal. Pois por tanto tempo haviam sido feitas diversas
especulações sobre a relação entre Paul e Karla e como esta havia sido
submissa e dominada por seu marido, que os presentes não esperavam vê-la
em apresentações sexuais tão detalhadas. Cenas tais que foram explicadas
pelos Promotores, como uma amostra do modo que Paul dirigia, escrevia os
scripts dos vídeos cassetes, e como dominava as ações de Karla, ajudando
apenas para aumentar a imagem de Paul como um “depravado” sexual.
Quando Karla foi chamada para depor, ficou claro que o nível de
degradação sexual não se comparava, com a que ele havia começado com as
outras namoradas antes de Karla, chamando-a de cadela, forçando-a a usar
coleira de cachorro, introduzindo objetos em sua vagina e estrangulando-a,
para satisfazer suas fantasias sádicas.
Os advogados de Paul rebateram, ameaçando a credibilidade de Karla, a
fim de mostrar que ela não era uma vítima indefesa, mas sim uma
participante impulsiva, sem moral ou remorso e que estava disposta ao
assassinato em par.
A negociação entre Karla Homolka e o Governo Canadense foi
duramente criticada e colocada como um dos piores negócios do Governo do
Canadá com uma testemunha criminal. Em 1º de setembro de 1995, terminou
o julgamento de Paul Bernardo, enquanto Karla conseguira uma pena de doze
anos, Paul pegara uma pena de prisão perpétua com direito a condicional
após vinte e cinco anos de prisão, apesar de ser improvável que ele um dia
venha conseguir a condicional. Em 2000 as apelações de Paul Bernardo
foram negadas, assim como o pedido de condicional de Karla Homolka em
2001.
Durante o tempo em que esteve presa, Karla Homolka recebeu
avaliações psicológicas de pelo menos 7 psicólogos que constataram
depressão clínica severa, estresse pós-traumático e psicopatia, porém este não
foi diagnosticado por médico especializado e sim apenas sugerido diversas
vezes, dificultando seu pedido de condicional em 2001.
Em 2005, após seu pedido de condicional ser negado, o psiquiatra Louis
Morrisette diria que Karla, com 35 anos, já não representava um ameaça à
comunidade e que não era uma psicopata. Embora Karla não fosse psicopata,
aceitou fazer cursos para administração da raiva, e tratamento para vítimas de
trauma, conseguindo também seu “grau de celibatário na Universidade de
Psicologia”, com níveis bastante elevados.
Em 22 de setembro de 2000, a Gazeta de Montreal publicou um artigo
que sugeria que Karla estava tendo um relacionamento lésbico com outra
presidiária.
Homolka foi libertada em 4 de julho de 2005, planejando morar em
algum Distrito de Montreal, que não foi divulgado. A sua liberdade apenas
foi concedida com a obrigação de Karla de informar as autoridades sobre o
endereço de sua casa, trabalho e com quem moraria, notificando sempre que
houvesse mudanças nos itens acima ou em seu nome; informar com 72 horas
de antecedência sempre que planejasse deixar sua residência por mais de 24
horas; não poderia contatar Paul Bernardo, a família das vítimas ou outros
criminosos violentos; não deveria conviver com adolescentes menores de 16
ou com drogas; deveria continuar fazendo terapia e fornecer amostras do seu
DNA à polícia. Hoje está livre sob condicional.
Arthur Bishop

Em Hinckley, Utah. Lugar de pouco turismo, cercado pela seca, por


serpentes e escorpiões. Os 700 habitantes da cidade não imaginavam que, em
1951, nasceria ali um monstro. Ali nascia Arthur Bishop, um dos mais
famosos Serial Killers do mundo.
Arthur fora uma criança solitária e medrosa, mas nenhum documento
público valida esta afirmação. Na verdade, o que se tem em registros é que
era um filho exemplar que nunca se mostrara abusado com as pessoas com
quem convivia socialmente, e nunca se teve notícias de algum molestamento
sexual na infância. Criado entre os Mórmons, religião dos seus pais, andava
pelos caminhos da fé, era um estudante de honra e um orgulho Eagle Scout.
Mas o mundo não estava preparado para ele.
Houve um lado negro de Gary Bishop, lentamente revelado por graus,
que jamais seria imaginado a partir de seu histórico escolar, experiência de
trabalho precoce ou conversas com sua família e amigos. O filho perfeito
diria mais tarde que ele era viciado em pornografia e, mais especificamente,
"porn" kiddy. Se a maioria dos espectadores teria se revoltado, Bishop ficou
encantado. Nutria fantasias, elaborando sobre eles ao longo do tempo, até que
as fantasias só não eram suficientes.
Ninguém pode dizer com certeza quando Gary Bishop cruzou a linha de
fantasias mórbidas em pedofilia ativa. Anos mais tarde, dezenas de pais de
Utah se queixaram sobre Bishop molestar seus filhos, mas nenhum desses
casos veio a público no tempo. Eles ficaram em silêncio, alguns talvez
avisaram seus filhos para evitar companhia do desconhecido, nenhum
chegando à polícia enquanto ele ainda estava solto, o que poderia ter evitado
os crimes mais bárbaros.
O primeiro contato de Bishop com a Lei não tinha nada a ver com
crianças ou com sexo. Em fevereiro de 1978, ele foi acusado de desviar U$
8.714 a partir de uma revendedora de carros usados, onde havia trabalhado
como caixa, desde Julho de 1977. Seus amigos e familiares ficaram
chocados, mas Bishop parecia disposto a se consertar. Ele se declarou
culpado da acusação, recebendo uma pena de prisão de cinco anos, suspensa
em troca de uma promessa de restituição integral. Seu arrependimento
parecia sincero.
Até que ele saiu de cena.
Gary Bishop estava em fuga, um fugitivo improvável que iria passar os
próximos cinco anos vivendo sob pseudônimos, encontrar um trabalho onde
pudesse ter dinheiro, roubo, só quando lhe convinha.
A próxima vez que o Bishop foi preso seria por assassinato, e ele seria
mais notório assassino de Utah, no século XX.
Uma simples mudança de nome foi o suficiente para jogar a polícia fora
de seu rastro. Bishop permaneceu em Salt Lake City, renasceu como "Roger
W. Downs". Ele usou esse nome para participar do programa “Big Brother”,
colocando-se em estreita proximidade com os meninos, o desejo de uma
figura paterna simpática. O Autor Linedecker Clifford, em seu livro Thrill
The Killers, relata que os porta-vozes do Big Brother/Big Sister, a
organização depois que admitiu receber informações anônimas que Bishop
tinha molestado pelo menos dois meninos, enquanto inscrito no programa.
As acusações teriam sido relatadas à polícia, que não tomou nenhuma ação.
Sua igreja começou a desconfiar de atos libidinosos de Bishop e
expulsou-o.
Sua primeira vítima tinha 4 anos de idade, morava no mesmo complexo
residencial de Bishop, fora atraída por balas e doces. Sua mãe logo deu falta e
chamou a polícia, que chegou a interrogar Bishop, mas nada havia
encontrado que o associasse ao sumiço do menino. Mas Alonzo já estava
morto. Anos depois, Bishop disse ter levado o menino somente para acariciá-
lo, mas o menino começou a choramingar e ameaçar contar para a mãe, foi
quando Bishop o estuprou, depois o afogou em sua banheira, colocou-o em
uma grande caixa de papelão em seu carro, cruzando no pátio do condomínio
com a mãe de Alonzo, que o gritava desesperadamente.
Bishop levou-o a uma cidade a 20 km de distância e enterrou-o, hoje
esta cidade leva o nome do menino.
Voltando para casa, sentiu uma mistura de emoções. Repulsa ao seu
crime disputava com medo de prisão e excitação perversas. Dominando todas
as outras sensações, era uma certeza de que ele iria matar novamente, a
menos que ele encontrasse algum motivo que o fizesse parar.
Para saciar seu desejo, Bishop começou a pegar cães abandonados em
abrigos, 15 a 20 cães em média, os menores, ele estuprava até a morte. Mas
aquilo não era o bastante, gostava de vê-los choramingar, como fez Alonzo,
mas não conseguia estrangulá-los e afogá-los, pois não aguentavam,
confessou ele a um delegado.
A sede de vítimas humanas em Bishop voltou, quando conheceu um
garoto de 11 anos, patinador na cidade em que morava. Ofereceu-lhe 35
dólares pelos patins, o menino decidiu vendê-los; saiu de casa em um
domingo, pela manhã, com os patins nas mãos, dizendo aos pais que o
venderia, sem mencionar quem era o comprador.
Nunca mais voltou.
Algumas testemunhas que viram Kim conversando com Bishop na pista
fizeram o retrato falado e descreveram seu carro, mas em nada adiantou.
Bishop o matou da mesma forma e o enterrou ao lado de Alonzo, achou
muito fácil e sabia que não saciaria sua fome de matar. Como tudo estava
dando certo, se achava realizado com os assassinatos.
Onze meses depois, Bishop voltou a atacar em um supermercado; um
menino que estava acompanhado da avó. Bishop disse que ficou doido
quando viu o menino, achou-o lindo, o menino estava tentando pegar balas
em uma máquina. Bishop ofereceu os doces, mas ele não aceitou, mas mesmo
assim, Bishop o puxou até seu carro, sendo visto por algumas pessoas, que
mais tarde ao ver o desespero da avó, comentaram o fato, mas não
desconfiaram se tratar de um sequestrador.
Tudo em vão.
A busca por Danny Davis tornou-se rapidamente a busca mais intensa
em Salt Lake County. Folhetos foram impressos com a foto do menino
desaparecido, com cópias enviadas para as Agências de Aplicação da Lei em
todo o EUA. Recompensa de U$ 20.000 para a informação não trouxe
caçadores. Pede ajuda para o FBI, Child Find e o National Crime Information
Center, não produziu nenhum levante útil.
Quando a polícia visitou a sua casa alugada para a perguntar sobre o
menino, Danny Davis já estava morto. Após molestar Danny, ele o silenciou
manualmente, apertando suas narinas e cobrindo sua boca. No dia seguinte,
quarta-feira, o Bishop fez outra viagem a Cedar Fort, plantando a sua terceira
vítima, ao lado dos outros dois.
Parecia ser um plano infalível.
A polícia em Salt Lake City não tem a menor ideia.
Algumas semanas depois, sumiu da escola um menino de 3 anos de
idade. A população já estava alarmada, este desaparecimento causou pânico e
desespero. Os políticos locais criaram uma nova lei, o assassinato em
primeiro grau, já era um crime capital, em Utah, mas os legisladores
mostraram sua indignação com um novo estatuto no rapto de crianças,
classificadas entre as mais rigorosas do país.
Grupos cívicos aplaudiram o esforço, mas a lei não ajudou a encontrar o
assassino.
Seu cadáver foi encontrado estrangulado, alguns dias depois.
Bishop confundia a polícia, pois não seguia uma linhagem racial,
Alonzo era afroamericano, as outras vítimas loiras, Kim era adolescente, os
outros na primeira infância, uma avalanche de informações chegava o tempo
todo à polícia, que ficava cada vez mais sem rumo.
Sua próxima vítima foi sequestrada no dia do seu sexto aniversário, a
mãe permitira que o menino fosse a um parque para preparar uma festa
surpresa, e marcou com um amigo da família que o pegasse às 16:00. Bishop
o levou e, segundo testemunhas, os dois pareciam conversar animadamente,
quando deixaram o parque.
Bishop repetiu o mesmo ritual de sodomização, estupro e assassinato,
disse mais tarde que pensou em deixar Troy vivo, mas ficou tentado ao ver o
martelo e a banheira.
Sua quinta vítima era um conhecido da família e Bishop chegou a ajudar
em suas buscas, mas um delegado começou a desconfiar do aparecimento de
Bishop na região e associar ao desaparecimento das crianças, e começou a
interrogá-lo descobrindo sua verdadeira identidade.
A manhã, após sua confissão, Bishop levou a polícia aos restos de suas
vítimas, três conjuntos de restos esqueléticos perto de Cedar Fort, além de
dois cadáveres mais recentes perto de Big Cottonwood Creek. Ele era
ambíguo sobre o motivo de seu assassinato, em primeiro lugar, alegando que
ele matou apenas as vítimas de abuso sexual que ameaçou denunciá-lo,
depois de admitir que a emoção derivada do assassinato em si. Em ambos os
casos, os crimes foram compulsivos. "Estou feliz que eles me pegaram", disse
Bishop, "porque eu faria isso de novo".
Após o anúncio público da prisão de Bishop e a confissão, a polícia foi
inundada com chamadas de pais, que acusaram Bishop de molestar seus
filhos, ou filhos de conhecidos, na última década. Nenhum deles tinha dado
esse passo, enquanto Bishop ainda estava em liberdade, a continua caça e as
autoridades foram confundidas por seu longo silêncio. "O que eu gostaria de
saber", o detetive Jon Capitão Pollei disse ao “Salt Lake Tribune", “é em que
lugar estavam essas pessoas há três anos, quando não tínhamos nada."
Arthur Bishop foi acusado de cinco acusações de homicídio, cinco
crimes de sequestro, duas acusações de agressão sexual forçada, uma
acusação de abusar sexualmente de um menor. As acusações últimas
aplicadas apenas a suas vítimas mais recentes, em casos onde a evidência
forense de agressão sexual estava ainda disponível, assassinato e foi a
contagem que realmente importava. Se o Estado pudesse provar sua tese, que
a carga seria mandá-lo para sua morte.
Após a condenação sua sentença foi o fuzilamento ou uma injeção letal.
Bishop não pensou duas vezes, optando pela injeção.
Michael Lupo

Michael foi uma boa criança. Cantava com o coro da Igreja e era querido
entre os vizinhos.
Quando adulto, serviu em uma unidade do Exército de Elite na Itália,
país onde nasceu. Após a saída do Exército, assumiu sua homossexualidade e
abriu um salão de cabeleireiros.
Lupo mudou-se para Londres, quando começou a se interessar por
sadomasoquismo. Acumulou cerca de 4.000 amantes gays e construiu uma
moderna câmara de tortura sexual em sua casa. Até então, Lupo sentia-se
feliz, tinha dinheiro, os homens que queria se satisfaziam sexualmente como
gostava, até que descobriu que era portador do vírus da AIDS.
Após esta descoberta, começou um massacre sangrento contra a
sociedade gay de Londres. Durante um período de dois meses, ele matou
quatro homens, que ele pegou em bares gay e deixou seus corpos cortados e
untados com excrementos.
Dali em diante, Lupo não parou mais, fez várias vítimas e humilhava-as
despejando seu ódio contra sua doença neles.
Em maio de 1986, ele foi preso, se declarou culpado de todas as
acusações e foi condenado à prisão perpétua, que não durou muito, pois em
1996, Lupo morreu na prisão.
Cary Stayner (O Serial Killer de Yosemite)

Cary Stayner era o mais velho de 5 irmãos, dividia o quarto com seu
irmão Steven. Seu pai era um trabalhador da lavoura, trabalhava cerca de 18
horas por dia, seis dias por semana.
Kay, sua mãe, era católica na infância e chegou a viver em um internato,
onde chegou a declarar que sofria abusos sexuais, depois se tornou Mórmon,
como toda a família. Raramente conseguia exibir qualquer carinho com os
filhos, por conta desse motivo. Seu pai preocupava-se em alimentá-los e
vesti-los somente.
Aos 3 anos de idade, Cary foi diagnosticado com uma doença
compulsiva, tricotilomania, doença emocional, em que a pessoa arranca seus
próprios cabelos. Esta desordem emocional voltou, quando foi preso.
O irmão de Cary, Steven, foi sequestrado por um maníaco, chamado
Parnell, quando tinha 7 anos, este o manteve sequestrado por 7 anos. Isso
tornou Cary revoltado e preso a uma redoma de tristeza na infância. O irmão
foi uma vítima de uma personalidade doentia que logo atacaria Cary.
Quando Steven escapou de Parnell, seu sequestrador, voltou para casa,
no ano de 1980. Ele recebeu grande atenção da mídia, um livro (escrito por
Mike Echols), fizeram um filme para TV, ambos intitulados “I Know My
First Name is Steven”, feitos sobre seu sequestro. Steven morreu em um
acidente de motocicleta, enquanto voltava do trabalho para casa em 1989.
No ano seguinte, o tio de Cary, Jessé, "Jerry" Stayner, com quem ele
estava vivendo na época, foi assassinado. Stayner tentou suicídio em 1991 e
foi preso em 1997 por posse de maconha e meta-anfetaminas, mas as
acusações foram retiradas depois.
Em 1997, Stayner foi contratado como caseiro no motel Cedar Lodge,
em El Portal, na entrada para o Yosemite National Park. Entre fevereiro e
julho 1999, ele assassinou quatro mulheres: Carole Sund (uma corretora de
seguros conceituada da Califórnia), sua filha Julie Sund, sua companheira de
viagem, a estudante argentina de intercâmbio, Silvina Pelosso e a funcionária
do Yosemite National Institute (agora Naturebridge), Joie Armstrong. Os
corpos de Carole Sund e Silvina Pelosso foram encontrados carbonizados na
região da Stanislaus Forest, no porta-malas de um Pontiac, Grand Prix, que
Carole alugou para fazer uma viagem com a filha e a amiga. O corpo de Juli
Sund foi encontrado duas semanas depois perto do Lago Pedro, no Condado
de Tuolumme, a quilômetros de distância. O corpo em decomposição da
menina apresentava a garganta cortada. Ele foi inicialmente questionado
quando as três primeiras vítimas foram encontradas, mas não foi seriamente
considerado como um suspeito, devido principalmente às suas relações com
as vítimas e suas tentativas de despistar as autoridades.
Quando o quarto corpo foi encontrado em um manguezal, no Yosemite
National Park, em julho, ele foi interrogado novamente e preso pelos agentes
do FBI, John Boles e Jeff Rinek, em Laguna Del Sol Resort, nudista em
Wilton. No seu caminhão havia evidências que o ligavam às vítimas. Ele
acabou confessando os quatro assassinatos.
Stayner afirmou após sua prisão que fantasiava sobre assassinato de
mulheres desde os sete anos de idade, muito antes do rapto de seu irmão.
Stayner foi julgado, invocado não culpado devido à insanidade. Seus
advogados alegaram que a família de Stayner tinha um histórico de abuso
sexual e doença mental, manifestando-se não só nos homicídios, mas também
do pedido Stayner de pornografia infantil (em troca de sua confissão) e
transtorno obsessivo-compulsivo, a tricotilomania. Foi novamente julgado e
foi considerado são e acusado em quatro acusações de assassinato em
primeiro grau, por um júri em 2001.
Em 2002, durante a fase final do seu julgamento, ele foi condenado à
morte. Um recurso está em andamento. Stayner está preso no Centro de
Ajustamento no corredor da morte na Penitenciária de San Quentin, na
Califórnia.
Thomas Huskey, (THE ZOO MAN)

Assassino em série apelidado de "Zoo Man" por prostitutas locais,


porque ele gostava de ter sexo pela Zoo Knoxville, foi acusado de estuprar e
matar quatro mulheres em 1992.
Huskey trabalhava no jardim zoológico, onde seu pai treinava elefantes.
“Até ser demitido por abuso de animais”. A defesa de Huskey alega que ele
sofre de distúrbio de personalidade múltipla e diz que seu alter ego cometeu
os crimes. A promotoria diz que não. Diz estar apenas fingindo, mas pode ter
imitado os "personagens" da novela Days of Our Lives. Huskey seduzia suas
vítimas – Anderson Rosa Patricia, Patricia Ann Johnson, Darlene Smith e
Susan Oriente Stone – levava-as para uma área remota do leste do condado
de Knox. Todas, exceto Smith, eram prostitutas. Em 20 de outubro de 1992,
uma das vítimas foi encontrada enterrada em uma cova rasa, em uma área
arborizada de lixo espalhado, por um homem que tinha parado para ir ao
banheiro. Ao longo dos próximos dias, mais três vítimas foram encontradas
nas proximidades.
Huskey foi levado em custódia em 21 de outubro. No dia seguinte, foi
levado ao tribunal para responder a um mandado de solicitação. Ele se
declarou culpado e assinou a renúncia de "Kyle Huskey". Ninguém notou que
ele usava um nome diferente. Após sua prisão, a polícia deu Huskey quatro
declarações diferentes. Em três depoimentos, "Kyle Huskey", confessou o
assassinato.
Além disso, Kyle disse que havia estuprado três das quatro mulheres. (O
estupro não pode ser comprovado na autópsia e, portanto, não está incluído
nas taxas.) Numa quarta declaração, a polícia encontrou o Sul Africano, alter-
ego "Phillip Daxx", disse Kyle, que estava fora de ferir Thomas. Mas a
promotoria afirma que é tudo uma farsa. No mínimo, Huskey não cumprir a
norma para a loucura, porque ele pode apreciar a gravidade de seus atos,
dizem eles. A defesa vai chamar os peritos para provar que os assassinatos
aconteceram por esta outra personalidade de Kyle, que Thomas não deve ser
punido por crimes. Depois de muita deliberação, o júri não foi capaz de
chegar a uma decisão unânime. Cinco jurados acreditaram que Huskey era
culpado e são, enquanto quatro pensavam que ele não era culpado, por razões
de insanidade. Três jurados nunca chegaram a uma decisão final. Entrevistas
com alguns dos jurados divulgou o seu descontentamento com o Sistema. Um
jurado acreditava que se num argumento de culpado, mas louco foram
oferecidas, em seguida, por unanimidade teria sido alcançado. Uma pessoa
também disse que ela tinha ouvido sobre as práticas sexuais, Huskey e as
violações de que ele havia sido condenado, bem como uma tentativa de
homicídio, sua opinião sobre a sua culpa nos assassinatos teria mudado.
O juiz declarou a nulidade do julgamento, o que significava Huskey
teria que ser julgado novamente. Então, em 2002, devido a Huskey ter pedido
um advogado durante o curso de sua confissão, a confissão foi julgada
inadmissível.
Enquanto ele serve 44 anos por três estupros, o Ministério Público deve
decidir se vale a pena passar por outro julgamento, sem a evidência
chave. Em 2004, foi marcado um novo julgamento do estupro, cometido por
um Tribunal Superior, decidiu que estava errado para tentar a casos de
estupro em conjunto.
A história Huskey levanta muitas perguntas sobre a realidade de
múltiplas personalidades, o dilema que eles criam para os Tribunais, e a
possibilidade de que esse transtorno pode ser falsificado com sucesso.
Enquanto não é considerado culpado, não por razão de insanidade
fundamento no Tennessee, os jurados podem encontrar Huskey culpado,
inocente ou culpado por razões de insanidade. Se condenado por homicídio
em primeiro grau, Huskey enfrenta a pena de morte.
Tsutomu Miyazaki (O assassino das ninfetas)

Tsutomu nasceu com problemas em um dos braços, estudou em muitas


escolas e era um aluno brilhante, se destacando entre os amigos por suas
notas altas.
Era fã dos mangás na adolescência, comprava estas revistas para ler,
quando alcançou a escola superior, começou a ter um grave declínio em suas
notas, foi quando desistiu da faculdade de inglês para fazer fotografia.
A obsessão por fotografias e as histórias de mangás foram determinantes
para cometer os crimes mais tarde. Seus crimes começaram a acontecer em
1988, quando uma menina de 4 anos desaparece, sem deixar pistas.
Em outubro, na mesma cidade, ocorre outro crime, agora outra menina
de 7 anos.
Em dezembro, outra menina de 4 anos foi encontrada estrangulada na
área florestal, próxima do estacionamento de veículos.
Em 1989, ele começa a mostrar sua monstruosidade. Quando os pais da
primeira menina de 4 anos recebem uma caixa de papelão com ossos e várias
fotos dos membros da menina cortados, dos dentes, das roupas íntimas. A
polícia confirmou serem realmente da menina.
Pouco tempo depois outras evidências começam a aparecer. A polícia
percebe tratar-se de um maníaco que tinha preferência por meninas,
chamando-o de “O Assassino das Ninfetas”, ou ainda “O Assassino da
Menina Pequena” e “Drácula”.
Em junho, uma menina de 5 anos desaparece e, dias depois, são
encontradas corpos mutilados em partes nas áreas florestais de Saitama e
Tóquio.
Entre 1988 e 1989, antes de ser preso, Miyazaki mutilou e matou quatro
meninas, com idades de quatro para sete anos; ele então molestou
sexualmente os cadáveres. Ele bebeu o sangue de uma vítima e comeu-lhe a
mão. Os crimes que, antes da prisão de Miyazaki e julgamento, foram
classificadas de "O Assassino da Menina Pequena". Durante o dia, Miyazaki
foi um empregado de maneiras suaves. Em seu próprio tempo, ele selecionou
crianças para matar aleatoriamente. Ele aterrorizou as famílias de suas
vítimas, enviando-lhes cartas lembrando em detalhe gráfico, o que ele tinha
feito aos seus filhos. Para a família da vítima Erika Nanba, Miyazaki enviou
um cartão postal morbidamente montado com palavras, recortadas de
revistas, soletrando: "Erika. Fria tosse. Garganta. Resto. Morte".
Ele permitiu o cadáver de sua primeira vítima, Mari Konno, decompor-
se nas montanhas perto de sua casa, em seguida, cortou as mãos e pés, que
ele mantinha em seu armário, que foram recuperados após sua prisão. Ele
carbonizou os ossos restantes na sua fornalha, cultivou-os em pó e as enviou
para sua família em uma caixa, juntamente com várias fotos de seus dentes,
de suas roupas, e uma leitura de cartão postal: "Mari. Cremado. Ossos.
Investigue. Prove".
A polícia descobriu que as famílias das vítimas tinham algo em comum:
todos tinham sido incomodados por telefonemas e cartas estranhas.
O telefone tocava, mas quando respondiam a pessoa do outro lado
(presumivelmente Miyazaki) não dizia nada, por vezes, o telefone toca a cada
20 minutos.
Em 1989 Miyazaki agarrou outra menina de 5 anos, de uma escola
primária, no parque perto de casa e ao tentar inserir uma lente zoom na
vagina, foi atacado pelo pai da menina. Miyazaki fugiu a pé, mas retornou ao
parque para recuperar seu carro, quando foi preso pela polícia.
Uma busca policial no bangalô de dois quartos onde morava, a polícia
encontrou uma coleção de 5.763 fitas de vídeo VHS, contendo alguns animes
e filmes de terror. Intercaladas entre elas, era de vídeo filmagens e fotos de
suas vítimas. Também foi relatado por ele ser um fã de filmes de terror e
tinha uma extensa coleção do gênero. As centrais de sua coleção foram os
primeiros cinco filmes, ele teria usado o segundo filme da série,
intitulado Flor de Carne e Sangue, como um modelo para um de seus
assassinatos. Miyazaki, que manteve uma atitude calma e perpetuamente
coletados durante seu julgamento, parecia indiferente à sua captura.
Em 1989, ele passou a ser conhecido como "O Assassino Otaku". Seus
crimes bizarros alimentaram um pânico moral contra Otaku. Após a detenção
de seu filho, o pai de Miyazaki, que tinha se recusado a pagar a sua defesa
legal, cometeu suicídio em 1994.
Confessou os 4 assassinatos durante o interrogatório. Em sua casa foram
confiscados mais de 5.800 vídeos, dentre eles desenhos animados. Dentre
eles havia um com cenas com 5 minutos de duração de uma das mutilações
de uma vítima. Disse que não ficava confortável com mulheres, e por isso
escolhia crianças. Psicopata, também praticava necrofilia (tinha relações
sexuais com cadáveres).
Antonis Daglis

Antonis Daglis, nascido em 1974, é um Serial Killer grego. Foi


condenado em 23 de janeiro de 1997 pelo assassinato de três mulheres e
tentativa de assassinato de outros seis em Atenas.
Conhecido como o “Estripador de Atenas", ele foi condenado a treze
penas de prisão perpétua, e mais 25 anos. Era motorista de caminhão e matou
3 prostitutas de Atenas entre 1992 e 1995.
Ele era um criminoso reincidente juvenil desde os 14 anos. Primeiro ele
foi fichado em 1988 por tentar estuprar uma garota e, em 1989, foi preso por
agredir um grupo de homens no Zappeion, com uma faca.
No outono de 1995, o medo começou a rondar os prostíbulos de Atenas.
Em dois meses, oito mulheres foram atacadas por um jovem desconhecido,
que circulava em uma Van branca, que se apresentava como um cliente e se
tornava um estrangulador. O primeiro ataque ocorreu no início de setembro,
próximo a um ponto de táxi. Após manter relações sexuais com uma
prostituta, ele tentou esfaqueá-la e roubou 11.000 drachmas (moeda extinta
grega).
Em 7 de setembro, o mesmo homem tentou estrangular com uma corda,
perto do Estádio da Paz e da Amizade, uma prostituta de 38 anos e roubou
49.000 drachmas. Poucos dias depois, em um estacionamento, outra
prostituta de 29 anos foi atacada, ele tentou a estrangular e roubou 10.000
drachmas. Em meados de setembro, o desconhecido atacou novamente, desta
vez uma mulher de 31 anos. O homem tentou novamente estrangular e
roubou 100.000 drachmas. Poucos dias depois, uma mulher inglesa chamada
Ann Hamson, de 30 anos, fora a vítima. Segundo relatos da própria vítima,
ele a levou para perto do deserto, colocou uma corda em volta do seu pescoço
e a forçou a fazer sexo oral. Ele disse a ela que todas as prostitutas deviam
morrer. Ela então explicou a ele que não era uma prostituta e que estava
fazendo este trabalho porque queria arrecadar dinheiro para comprar a
passagem de volta para seu país. Então ele disse a ela para ir embora, mas
tomar cuidado.
No início de outubro, outra prostituta de 33 anos, foi a nova vítima do
homem desconhecido. O bandido levou a prostituta para uma área desértica e
tentou a estrangular e mais uma vez roubou 10.000 drachmas. Cerca de uma
semana depois, em um estacionamento, mais uma jovem foi atacada. Ela
disse que ele deu um soco nela e levou 30.000 drachmas e jogou num saco, e
que ele ameaçou a matar, se a visse de novo.
Em 18 de outubro, o mesmo homem tentou estrangular uma jovem, de
29 anos, no meio de um deserto, localizado próximo a uma avenida central de
Atenas. Estes ataques a prostitutas estavam apavorando a todos em Atenas,
mas a polícia pouco se mobilizou porque não havia ainda uma prova formal.
Mas, em 29 de outubro, a situação mudou quando nas proximidades de
um pedágio na Estrada Nacional de Atenas foi descoberto acidentalmente o
cadáver da prostituta Eleni Panagiotopoulous, de 29 anos. Os membros
estavam espalhados em várias partes da região, o assassino tinha removido as
entranhas e tinha cortado os bicos dos seios da vítima. A causa da morte foi
determinada por estrangulamento. O Médico Legista falou de canibalismo
“extremo”.
Quase dois meses depois, ao meio-dia de 25 de dezembro, em um beco
estreito, pedestres descobriram o cadáver de uma jovem. Seminua, vestindo
apenas cueca calcinha e encontrada deitada ao lado de suas roupas e com um
saco de artigos pessoais. Rapidamente descobriram que sua morte era
resultado de estrangulamento. Tratava-se da prostituta Lazarou Athina, de 26
anos. A descoberta de dois corpos gerou pânico entre as prostitutas e
mobilizou a polícia e, imediatamente após a descoberta do segundo cadáver,
chegaram às denúncias de duas mulheres que escaparam. Essas mulheres
descreveram as características do suspeito e afirmaram que ele dirigia uma
Van branca.
Os policiais mostraram fotos para as mulheres e, lá entre outros rostos,
reconheceram o homem que as atacava. Este era Antonis Daglis, um jovem
loiro de olhos azuis que trabalhava como motorista numa fábrica e vivia com
sua mãe em um apartamento.
Aos 14 anos, ele foi acusado de tentar estuprar uma criança e teve prisão
preventiva de seis meses de detenção juvenil, embora mais tarde tenha sido
absolvido. Pouco depois de sua libertação, ele foi preso novamente,
carregando ilegalmente uma faca no jardim do Zappeion. Imediatamente, o
suspeito foi colocado sob vigilância. Policiais viram a Van branca, em 21 de
janeiro de 1996 e viram Daglis negociar com algumas prostitutas. A polícia
tentou prendê-lo no ato, mas como não foi fácil e temendo o perder de vista,
decidiram esperar mais um pouco para avançar com a prisão. Assim, em 24
de janeiro, ele foi preso. Dentro da van encontraram uma pequena cruz
esculpida, que a polícia descobriu que pertencia a Eleni Panagiotopoulous.
A polícia se sentiu aliviada. Agora eles tinham certeza de que tinham
pegado o infrator. Após a sua detenção, Daglis confessou o estupro,
estrangulamento e desmembramento de duas mulheres e tentativa de
assassinato de mais seis, e de ter roubado de todas as oito mulheres. Os
detalhes dos assassinatos e a confissão chocaram até mesmo os policiais mais
experientes.
Na sequência das investigações, a polícia pegou o arquivo de um caso
anterior, quando em outubro de 1992, foram descobertos membros cortados
do corpo de uma mulher, já que havia muitas semelhanças na maneira como
o assassinato de Panayotopoulos. Quatro dias depois de sua prisão, ele
confessou que era o responsável por esse crime.
Em 26 de outubro de 1992, em um táxi roubado, ele deu carona a uma
mulher estrangeira, cerca de 35 anos que disse se chamar Katie. Durante o
contato sexual, ela a estrangulou com as mãos. Então ele a levou morta para a
sua casa e a desmembrou, cortando o corpo em mais de 30 partes. Ele jogou
um saco com partes da vítima dentro do rio Kifissós. A descoberta do crime
ocorreu em 27 de outubro, quando um jardineiro encontrou, em estado de
decomposição, uma perna da vítima. Dois dias depois, o cheiro terrível
aumentava no lixo de uma praça pública atraindo a atenção de uma mulher
que passava por lá, que em seguida informou a polícia.
Daglis morava com a mãe e o irmão. Seu pai morreu em 1986, quando
ele tinha 12 anos, o irmão mais velho estava na prisão, por se recusar a servir
o Serviço Militar e se converteu em Testemunha de Jeová. Seu pai era um
bêbado violento e, muitas vezes, batia e xingava os próprios filhos. Após sua
morte, foi o declínio de toda a família. Ele deixou a família com uma dívida
infinita. Confiscaram tudo.
Em entrevista, após a prisão, a noiva de Daglis disse que amava ele e
que ele não tinha feito aquilo e que ele não fazia nada de ruim com ela, após
as relações sexuais. O julgamento foi marcado por muitos problemas: o dia
que estava previsto para começar o julgamento, Daglis tentou amputar a
própria perna esquerda e teve que levar 122 pontos e ficar um dia internado
no hospital. Das vítimas, apenas uma compareceu (Hamson), enquanto sua
mãe, que era a única testemunha de defesa, não conseguiu concluir o seu
próprio testemunho, pois durante esse dia ela sofreu um estresse emocional e
teve um acidente vascular cerebral leve e foi levado às pressas para o
hospital, ficando paralisada do lado direito.
Ao longo da audiência, Daglis permaneceu quieto e só reagiu quando
sua mãe desmaiou descrevendo a infância difícil de seu filho e que tinha
vivido com o marido, e nos anos seguintes. Durante a audiência, a defesa
tentou argumentar que ele era doente. Daglis tinha perversão sexual e sofria
de doença mental. Mais tarde, ele admitiu que desmembrou os corpos de
Eleni Panagiotopoulou, 29 anos, e Lazarou Athina, 26 anos, com um serrote e
os eliminou em várias partes de Atenas. Durante seu julgamento, Daglis disse
ao tribunal: "Eu odiava todas as prostitutas e continuo odiando. Eu fui ao
encontro delas por sexo, mas de repente imagens vinham em minha cabeça.
Ouvia vozes que me mandavam matar. Eu pensei em estrangular minha
noiva, mas me contive”. A ação de Antonis Daglis, preso em janeiro de 1996,
estarreceu a população. Os assassinatos das três prostitutas, o
esquartejamento dos cadáveres, as tentativas de homicídio, os roubos, etc.
geraram várias discussões sobre a personalidade do delinquente. A pena
imposta a ele foi a maior em décadas na Grécia.
Heriberto Seda (O assassino do zodíaco)

Um exemplo de fanatismo religioso. Seda era frequentador assíduo de


igrejas evangélicas, impunha a Bíblia como lei, fanático, matava suas vítimas
porque eram más, demoníacas. Aterrorizou Nova Iorque entre 1990 e 1993.
Deixou 3 mortos e cinco feridos. Também mandava cartas para a polícia
gabando-se de um plano demente para massacrar pessoas que seriam
escolhidas pelo seu signo, uma vítima para cada signo do Zodíaco. No início,
a polícia pensou que era um trote. Em março reconheceu que não era. Usando
uma máscara de esqui matou Mario Orosco, escorpiano, atirando em suas
costas e deixando-o à morte; 21 dias depois atacou German Montenedero,
gêmeos, que sobreviveu. Em 31 de maio 90 atacou Joseph Proce, taurino, que
morreu no hospital semanas depois. Uma nota encontrada perto dele tinha a
forma de uma torta com símbolos dos signos de suas 3 vítimas e uma
mensagem escrita: Zodíaco-Tempo de morrer. A quarta vítima, Larry
Parham, sem teto, foi ferida a tiro enquanto dormia num banco do Central
Park. Depois falou para a polícia que um estranho tinha perguntado seu signo
alguns dias antes de ser atingido.
Perto da cena do crime também foi encontrada outra nota, com o signo
de Larry Parhan. Nesta nota havia uma única impressão digital que depois foi
usada para identificar Heriberto como assassino. Depois de algumas cartas
para a mídia, nada mais sobre o Zodíaco foi ouvido até agosto de 1992,
quando esfaqueou Patrícia Fonte, Leonina, por 100 vezes, matando-a. Em 4
de junho de 93 atirou em James Weber, libriano, na perna enquanto ele
caminhava. Em 20 de julho ele atirou em John DiAcone, sem teto
virginiano. Em 2 de outubro atirou em Diane Ballard, taurina, e a deixou
parcialmente paralisada.
Em agosto de 1994, mandou uma carta para o New York Post, e só aí os
ataques foram relacionados ao Zodíaco de 1990. No começo as autoridades
tiveram dúvidas se a carta provinha do mesmo indivíduo. Através da saliva
usada para grudar o selo e o adesivo “AMOR” nas cartas, identificaram
Seda. Autoridades disseram que Seda, homem profundamente religioso
obcecado por armamentos e lições da Bíblia, estava zangado com a irmã de
17 anos por ela andar com tipos de má reputação. Sem razão, atirou em suas
costas. Seda abominava traficantes de drogas e delatava todos como
informante da polícia.
Em 1996, foi preso depois de intenso tiroteio com a polícia.
Quando se rendeu, a polícia apreendeu 13 armas de ar comprimido feitas em
casa, no forro da casa. Vários armamentos, bombas, livros diabólicos, arco e
flecha, facas e manuais de como fazer bombas foram encontrados em seu
apartamento. Durante os ataques, Seda usava o que parecia ser um capacete
ou caçarola, na cabeça. Ao escrever sua confissão no incidente com a irmã,
um sargento reconheceu sua caligrafia e símbolos que usava. Checaram as
impressões digitais pelo computador da polícia e bateu com aquela
encontrada em 1990, no Central Park, e outra encontrada numa carta para o
jornal em 1994.
Em junho de 1998, foi condenado por matar 3 pessoas e ferir uma à
prisão perpétua.
Sua história inspirou o filme Zodíac.
The Kobe School Killer.
(Por ser menor de idade, suas imagens não foram divulgadas)
Um dos casos mais intrigantes é este.
Durante a primavera e o verão de 1997, o Japão foi abalado por um
crime hediondo. Em 27 de maio, várias pessoas avistaram o que parecia ser
uma cabeça de manequim em frente ao portão de uma das high schools
locais, na cidade portuária de Kobe. Uma vez que alguém examinou a cena
mais de perto, perceberam que a cabeça não era falsa. Ela pertence a Jun
Hase, um de menino de 11 anos de idade com problemas mentais que estava
desaparecido há vários dias. No lado da boca, havia um bilhete que dizia:
"Bem, vamos começar um jogo. Polícia, você pode me parar? Eu
desesperadamente quero ver as pessoas morrerem. Eu acho que é divertido
matar pessoas. A sentença sangrenta é necessária para os meus anos de
grande amargura".
Uma série de crimes tinha acontecido nessa área recentemente. Em
março uma menina de 10 anos havia sido espancada até a morte, com um
cano de aço e uma menina de 9 anos foi esfaqueada no mesmo dia. Antes
disso, outras duas meninas da escola foram atacadas por alguém com um
martelo. Junto com vítimas humanas, dois animais mortos foram
encontrados, perto da escola. Um deles era um pássaro, que foi decapitado e
outro de um gatinho que tinha as patas cortadas.
Sabendo que tinha um Serial killer em suas mãos, a polícia procurava a
última pessoa vista com os jovens. Ele tinha sido um homem de 30 anos. No
mês de junho, o assassino começou a enviar cartas aos jornais locais. Nessas
cartas, ele alegou que matar lhe dava uma paz interior. Ele escreveu para
dizer que iria matar três crianças por semana.
Finalmente, no final de junho, o assassino foi capturado. Em vez de
alegria, houve choque. O assassino acabou por ser um garoto de 14 anos de
idade. Como muitos assassinos em série, antes, ele começou a mostrar
sinais. Ele gostava de torturar animais, brincou com facas de caça. Uma vez
que alinhou rãs na rua e passou por cima, com sua bicicleta. Ele manteve um
diário detalhado de seus crimes e rituais. Depois de atrair o menino de 11
anos para uma colina arborizada, ele o estrangulou e retirou-lhe a cabeça,
com uma serra. Depois, ele retomou a casa onde ele lavou a cabeça em uma
cerimônia de purificação, antes de deixá-la na porta da escola.
Sob a lei japonesa, o assassino não poderia ser preso por causa de sua
idade. De uma forma ou outra, ele deverá estar de volta às ruas. Com base
nessa informação, em 2001 ele teria 18 anos. O nome dele não pôde ser
revelado por ser menor de idade na época.
Logo depois da descoberta dos crimes, seu diário mostrava uma mente
perturbada desde os seis anos quando o menino falava nos livros que ficava
feliz quando segurava facas e tesouras e que o poder de um ser humano sobre
o outro estava na morte.
Narrou como assassinou a menina com o martelo e que queria muito ter
colocado outras cabeças juntas com a do menino de 11 anos.
Fica a nota de como devemos observar os sinais de violência, mesmo
nas crianças, do meio em que vivemos.
Andrei Chikatilo

Nascido na Ucrânia em 16 de outubro de 1936, tornou-se o primeiro


Serial Killer conhecido da Rússia no século XX. Quando criança era,
juntamente com seus irmãos, atormentado pela história do sequestro e
assassinato de seu irmão mais velho, Stepan, que teria sido canibalizado
durante a grande fome que assolou a Ucrânia na década de trinta.
Apesar da veemência de sua mãe ao contar a história, nunca foi
encontrado nada que comprovasse a existência de algum Stepan Chikatilo,
não há registros de seu nascimento, nem de sua morte. Durante a juventude,
Andrei sofreu muito com uma disfunção sexual que o tornou
temporariamente impotente, causando-lhe certo abalo psicológico. Apesar do
casamento, na década de sessenta, do qual nasceram seus dois filhos, Andrei
sempre acreditou que havia sido cegado e castrado ao nascimento, o que o
levou a ter comportamentos mórbidos de violência e vingança. Formado,
Andrei começou a trabalhar em uma escola para rapazes, situada em Rostov-
on-Don, onde tornou-se alvo das brincadeiras dos alunos, que inicialmente o
chamavam de “ganso” (devido a seu pescoço comprido e estranha postura),
mas depois passaram a chamá-lo de “maricas”, uma vez que passou a
molestar estudantes no dormitório. Apesar de sua idade e tamanho, Andrei
sentia-se intimidado pelos alunos, por isso passou a levar sempre consigo
uma faca.
Sua verdadeira face foi descoberta, quando seus crimes vieram à tona:
durante anos Andrei Chikatilo matou e canibalizou dezenas de vítimas, na
sua maioria crianças, que ele encontrava em estações de ônibus ou trens. A
inaptidão das autoridades russas, associada à sua recusa em aceitar o fato de
que existia um Serial-killer agindo em sua sociedade perfeita, permitiu que
Andrei agisse por vinte anos. Detido certa vez para averiguações, foi
libertado logo depois, quando ficou comprovada a incompatibilidade entre
seu sangue e o sêmen encontrado nas vítimas (algo raro, mas possível de
ocorrer). Isso só fez com que Andrei passasse a agir com mais
despreocupação. Sua prisão só foi possível graças à determinação de dois
investigadores, envolvidos com sua primeira detenção, que se lembraram de
seu nome depois que ele foi visto saindo de um bosque próximo a uma
estação de trens, algo compatível com os locais onde as vítimas eram
escolhidas e depois abandonadas.
Em seu julgamento, Andrei definiu-se como um “aborto da natureza,
uma besta louca”, ao qual “só restava a condenação à pena de morte, o que
seria até pouco para ele”, nas palavras do próprio. Seu desejo foi atendido,
com sua execução ocorrendo na prisão, em 14 de fevereiro de 1994, pelo
pelotão de fuzilamento.
Mas, antes disso, Chikatilo ainda pôde chocar toda a sociedade
soviética, com as descrições sangrentas de seus crimes e de como fervia e
arrancava testículos e mamilos de suas vítimas. Andrei, certa vez, afirmou o
seguinte sobre sua sexualidade: “Olhe que coisa mais inútil. Você pensa que
se eu pudesse fazer alguma coisa eu não faria?… Eu não sou um
homossexual… Eu tenho leite em meus peitos; eu vou dar à luz!”.
John Wayne Gacy Jr. ( O palhaço assassino)

Nascido em Chicago, Ilinóis, era o filho do meio de uma família de 3


irmãos. Seu pai era maquinista e sua mão cuidava da casa.
Passou pela obesidade na infância, era descendente de Poloneses e
Dinamarquês. Sua mãe o chamava carinhosamente de Jhony. Apanhava
regularmente do seu pai, que era alcoólatra, e nos momentos de embriaguês
tornava-se agressivo com todos da casa.
Gacy continuamente se esforçou para agradar ao pai, mas raramente
recebeu a sua aprovação: ele foi muitas vezes menosprezado por seu pai, e foi
regularmente chamado de Maricas ou bichinha.
Na idade de nove anos, Gacy foi molestado por um amigo da família;
quando ele tinha 11 anos, foi atingido na testa por um boomerang, o trauma
causou um coágulo que passou despercebido até que ele tinha 16 anos,
quando começou a sofrer apagões. O pai suspeitava dos episódios, para ele
era um esforço para ganhar a sua simpatia, e acusava seu filho de falso.
Gacy estudou em quatro diferentes escolas de ensino médio, mas
desistiu em cada uma. Nunca se formou. Em 20 anos de idade, após uma
discussão com seu pai severo, Gacy saiu de casa e se mudou para Las Vegas,
onde trabalhou em um necrotério por três meses, antes de retornar a Chicago.
Em 1964, Gacy foi transferido para Springfiels Illinois para trabalhar
como vendedor. Lá ele conheceu a colega Marlynn Myers, e eles se casaram
em setembro de 1964.
Depois de completar seu aprendizado, Gacy foi promovido e tornou-se
gerente de seu Departamento. Tornou-se ativo em Springfield em
organizações locais, rapidamente sendo promovido.
John Wayne Gacy foi acusado de torturar, sodomizar e assassinar 33
homens com idade, entre nove e vinte anos.
Ainda que à primeira vista John Wayne Gacy se mostrasse uma pessoa
cordial e educada, em seu interior se escondia uma alma impiedosa, capaz de
cometer os crimes mais atrozes e inimagináveis. Os psicólogos apontaram
como possível causa de seu transtorno uma artéria cerebral estourada,
produto do coágulo formado pelo acidente na infância.
Ao final de 1975, Gacy criou um personagem, um palhaço, em que ele
mesmo fez o figurino, além de criar uma maquiagem mais arredondada para
que as crianças não ficassem com medo.
Seu "modus operandi" seguia alguns parâmetros muito claros. John
costumava dirigir seu carro pelos arredores da cidade em busca de jovens
pedindo carona, garotos solitários ou prostitutos homossexuais.
Seguidamente oferecia para levá-los para alguma zona de bares próxima.
Uma vez dentro do carro atacava-os com clorofórmio ou apontava uma
pistola e levava-os para sua casa para sodomizá-los e agredi-los sexualmente.
Quando o corpo da vítima já não mais respondia, enterrava no jardim de sua
casa que, depois de 23 cadáveres, ficou pequeno.
A partir daí começou a atirar os corpos das vítimas no rio. Em 22 de
maio, o homem que conquistou o cargo de vereador (também postulado por
John), Jeffrey Rignall, saiu para tomar uns drinques. Um carro cortou-lhe o
caminho e se ofereceu para levá-lo até a região dos barzinhos... Rignall
aceitou o convite sem suspeitar o que aconteceria em seguida. John Wayne
Gacy atacou-lhe com clorofórmio e a seguinte imagem que Rignall viu foi
John nu em sua frente exibindo uma impressionante coleção de objetos de
tortura sexual. Rignall passou toda a noite aprendendo na própria carne a
dolorosa teoria que seu sequestrador ia explicando-lhe em pormenores. À
manhã seguinte, o jovem torturado e traumatizado apareceu cheio de feridas e
com o fígado destroçado pelo clorofórmio diante da estátua de Lincoln Park,
em Chicago. Teve a sorte de ainda estar vivo.
Em apenas seis anos, 33 jovens como ele viveram a mesma experiência.
O surpreendente de tudo isto é que, uma vez cumprido seu ritual, enterrava os
corpos no mesmo jardim de sua casa, onde organizava as festas mais
conhecidas do bairro. Numa ocasião chegaram a festejar ali mais de trezentas
pessoas. As pessoas saiam de sua casa comentando duas coisas: como era
agradável aquele homem e o mau cheiro que exalava de seu jardim.
Sua segunda esposa estava convencida de que embaixo dos
encanamentos de sua casa tinha um ninho de ratos mortos. Ele assegurava
que o cheiro era de uma rede de esgoto próxima dali.
Em dezembro de 1978, a mãe de um jovem de 15 anos, Robert Piest,
começou a impacientar-se ao ver que ele não regressava do trabalho. O
garoto ganhava um dinheiro como ajudante numa farmácia e tinha uma
entrevista de emprego com John Wayne Gacy naquele dia. O
desaparecimento foi comunicado urgentemente à polícia, que intimou Gacy,
que se apresentou às autoridades e negou qualquer relação com o garoto.
Depois de uma árdua luta burocrática, a polícia conseguiu uma ordem de
busca e uma vez que entraram em sua casa, encontraram o mais completo
arsenal de instrumentos de tortura jamais visto. Não precisou muito para que
Gacy confessasse e entregasse à polícia um completo mapa, onde jaziam 23
dos 33 cadáveres.
Em fevereiro de 1980, começou o julgamento pelos crimes cometidos.
Em 1988, foi condenado a 21 prisões perpétuas e a 12 penas de morte.
Durante os anos que esteve na prisão, se dedicou à pintura cujos quadros
chegaram a ter um valor de mais de 300 mil dólares. Ademais concedeu
diversas entrevistas, nas quais chamava as suas vítimas de "viadões" e escória
da humanidade. Em nove de maio de 1994, depois de ter ingerido camarão,
frango, batatas e morangos, foi executado com uma injeção letal. Suas
últimas palavras foram: "Beijem meu cu! Nunca saberão onde estão
enterrados os demais".
Charles Manson

Charles Milles Manson, nascido em novembro de 1934, no Estado


americano de Ohio, entrou para a história como líder de um grupo que
cometeu assassinatos bárbaros em duas noites na Califórnia, em 1969.
A vítima mais célebre do bando de Manson foi Sharon Tate, então
mulher do cineasta Roman Polanski. Em 9 de agosto, ela e mais cinco
pessoas foram assassinados na residência do casal. Na noite seguinte, o grupo
invadiu a casa de Rosemary e Leno LaBianca e matou ambos.
Os macabros crimes de Charles Manson, que escandalizaram o mundo
na era "paz e amor" dos anos 60, aterrorizaram Hollywood e foram manchete
em jornais do mundo inteiro, continuam gerando espanto e fascinação,
passados 50 anos.
Vários dos assassinatos executados pela "Família" fundada por Manson,
nos dias 9 e 10 de agosto de 1969, têm seu próprio site. Além disso, livros
sobre o assunto têm sido reeditados, e um Tour em Hollywood dedicado aos
crimes faz cada vez mais sucesso.
Terror na vida real Scott Michaels, que oferece o tour "Helter Skelter",
dedicado aos crimes de Manson, afirma que os assassinatos adquiriram um
status quase icônico.
"Foi uma história de terror na vida real", disse Michaels à AFP.
"Envolveu pessoas brilhantes, jovens e glamourosas. Foi o primeiro grande
caso criminoso com os quais as pessoas se tornaram obcecadas".
Os detalhes dos assassinatos não perderam sua capacidade de chocar
com a passagem do tempo.
Manson, apresentado no julgamento como um homem solitário que
enlouqueceu com as drogas, além de ser dono de um cativante poder de
persuasão, ordenou que seus devotos matassem pessoas, em bairros brancos
ricos de Los Angeles, num esforço para desencadear uma guerra racial
apocalíptica.
Embora a "Família Manson" tenha sido responsável por pelo menos
nove assassinatos, ela é associada principalmente aos ataques em Los
Angeles de 9 e 10 de agosto de 1969.
Entre as vítimas estava a atriz Sharon Tate, de 26 anos, mulher do
diretor de cinema Roman Polanski. Tate, que estava grávida de oito meses e
meio, foi morta a facadas, enquanto implorava pela vida de seu bebê.
A atriz morreu junto com outras quatro pessoas em sua casa, no bairro
de Hollywood Hills. O ataque foi realizado por quatro discípulos de Manson:
Charles "Tex" Watson, Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Linda Kasabian.
Com uma toalha encharcada com o sangue da atriz, Atkins escreveu a
palavra "pig" (porco, em inglês), na porta da casa. Na noite seguinte, Manson
e outros seis adeptos da seita macabra atacaram a casa do empresário Leno
LaBianca, matando-o junto com a mulher, Rosemary.
"O dia em que morreram os anos 60." O jornalista britânico Ivor Davis,
cujo livro “Five to die” foi reeditado para coincidir com o aniversário dos
crimes, acredita que os assassinatos de Manson tenham representado "o dia
em que morreram os anos 60".
"Foi a época de Haight-Ashbury, Woodstock, paz e amor, abrace seu
vizinho, deite-se com seu vizinho, transe com seu vizinho", disse Davis
à AFP. "Em seguida veio Manson e isso se transformou em 'assassine seu
vizinho'".
"O que aconteceu não apenas matou todas essas pessoas, matou na
verdade uma geração, toda uma atmosfera", estimou Davis.
O ex-procurador de Los Angeles Vincent Bugliosi, que acusou a
"Família Manson" e foi coautor de Helter Skelter, uma exaustiva descrição
dos crimes que se tornou best-seller, afirma que a ferocidade dos assassinatos
alimentou o pânico.
"As mortes foram terrivelmente brutais e selvagens: 169 facadas, sete
tiros. Pareciam ser aleatórios e sem nenhum motivo convencional discernível.
Provocou muito medo na cidade", indicou.
Manson e quatro de seus seguidores – Atkins, Watson, Krenwinkel e
Leslie Van Houten – foram considerados culpados de assassinato e
condenados à morte. Kasabian, que estava na casa de Tate, aceitou ser a
principal testemunha do crime e ganhou a imunidade.
Pouco depois, as sentenças foram transformadas em prisão perpétua,
devido à abolição da pena de morte pelo estado da Califórnia. Desde então,
Manson, que está com 74 anos, e seus companheiros já solicitaram diversas
vezes a liberdade condicional, mas a justiça negou todos os pedidos.
The lenfranc Family
Em maio de 1998, uma família do norte da França foi acusada de
enterrar inúmeros bebês, resultado de relacionamento incestuoso entre irmã
(26 anos) e seus 3 irmãos. A polícia foi chamada um mês antes por um
médico que atendeu aos ferimentos no chefe da família, Paul Lefranc, 76
anos, ferimentos que sugeriam mau tratamento contínuo.
A polícia descobriu que o pai era escravizado, dormia num viveiro de
coelhos do lado de fora da casa e era obrigado a comer numa tigela de
cachorro. O cachorro da casa era treinado para atacá-lo, e ele também
apanhava da mulher e dos filhos regularmente.
Parte 5 - Assassinos em série que chocaram o Brasil
O Brasil é um país de Proporção Continental, visto no exterior muitas
vezes como um país violento justamente por exibir inúmeros casos de
assassinatos, muitos deles não resolvidos em décadas. Vamos citar neste livro
os mais conhecidos, principalmente os que se enquadram em caso de
psicopatia.
É uma dura realidade de nosso país, mas infelizmente também precisa
ser mostrada.
Chico Picadinho, O monstro do Morumbi

A simples leitura de um livro foi o que incentivou Chico Picadinho a


começar a espalhar seu rastro de morte. Crime e castigo, um clássico de
Dostoievski, escritor polêmico, muito admirado por sua forma de narrar com
perfeição os declives da personalidade humana.
No final da década de 60, sete mulheres foram brutalmente atacadas e
assassinadas em um dos bairros mais bem frequentados da cidade de São
Paulo, o Morumbi.
Chico Picadinho teve uma infância pobre e sofrida. Seu pai era
hansênico, tinha a doença popularmente conhecida como lepra e Chico, desde
os seis anos de idade, era obrigado a cuidar do pai, dar banho e ter a
responsabilidade de alimentá-lo. A mãe era prostituta, e quando o pai faleceu,
levava-o para acompanhá-la nos programas que fazia.
Começou a ser frequentador da boemia paulista, drogas, mulheres,
bebidas, sexo faziam parte do seu dia a dia.
O primeiro assassinato que Chico cometeu foi em sua própria residência,
aonde levou sua vítima, após rodar em alguns bares e locais conhecidos, para
ter relações sexuais com ela. Em um ímpeto durante o ato, começou a
estrangulá-la. Chico dividia seu apartamento com um cirurgião. Após matá-
la, levou-a até o banheiro e começou a cortá-la para que pudesse sumir com o
corpo, começou pelos seios, arrancando músculos e tudo mais, para que fosse
fácil tirá-la do apartamento.
Quando seu amigo voltou, o corpo ainda estava lá, e Chico pediu-o que
não chamasse a polícia, que ele entraria em contato com sua mãe, para que
lhe arrumasse um advogado.
Mas Chico viajou e não falou nada com a mãe, seu amigo o denunciou.
Quando voltou, Chico foi preso, sendo liberado pouco tempo depois, por bom
comportamento.
Quando foi liberado, os crimes no Morumbi começaram a acontecer
frequentemente.
A polícia não tinha pistas do criminoso. Suas vítimas foram encontradas
do mesmo jeito: nuas ou seminuas, pés e mãos amarrados com uma corda
improvisada com pedaços de suas proprias roupas (meias de náilon, sutiãs,
calcinhas, lenços, blusas, saias), boca, nariz e ouvidos tampados com pedaços
de jornal e papel amassados, e uma tira de tecido que servia como mordaça e
como enforcador, ao mesmo tempo. De cada uma das vítimas, o assassino
levava o dinheiro, as joias e uma peça de roupa, que dava de presente à
companheira.
Foi ela que, cansada de pular de emprego em emprego por conta do
marido, acabou denunciando-o à polícia. Quando matou outras três mulheres
no Pará foi, finalmente, capturado. Ao ser preso, José Guerra Leitão, o
"Monstro do Morumbi", confessou os crimes.
O modo como escolhia a vítima era sempre o mesmo – com as mesmas
características físicas que, mas tarde, viria a se saber que eram as da sua mãe.
Para ganhar a confiança das mulheres que matava, José Guerra Leitão criava
um vínculo com elas, convidando-as para sair ou pedindo-as em namoro.
Quando elas caíam em sua lábia, ele as levava para um matagal na região do
Morumbi e as matava. Segundo especialistas, o motivo que o levou a cometer
os crimes pode estar ligado à sua infância traumática. Passou a nutrir ódio
compulsivo pelas mulheres, o que o teria levado a praticar os crimes.
Estudante de Direito na época dos crimes, Chico Picadinho é um
homem muito culto. Até hoje passa seus dias na prisão praticando a pintura.
Leitão dizia com naturalidade ter matado mais de 24 mulheres, mas a
polícia não conseguiu provas para acusá-lo de todos os crimes. Foi
condenado pelo assassinato de quatro vítimas. Cumpriu a pena máxima de 30
anos e foi libertado em 2001. Sua localização é desconhecida.
Pedrinho matador

Nascido em uma fazenda no interior de Minas Gerais, desde a infância


mostrava-se agressivo.
A primeira vez que tentou assassinar alguém foi aos 13 anos, quando em
uma pequena briga após uma brincadeira, tentou jogar o primo na moenda de
cana. Quase conseguindo o feito.
Um ano mais tarde, fez sua primeira vítima fatal, o vice-prefeito da
cidade de Alfenas, por ter demitido seu pai, um guarda escolar, na época
acusado de roubar merenda escolar. Depois matou outro vigia que supunha
ser o verdadeiro ladrão. Fugiu para Mogi das Cruzes, SP, onde começou a
roubar bocas de fumo e a matar traficantes. Conheceu a viúva de um líder do
tráfico, apelidada de Botinha, e foram viver juntos. Assumiu as tarefas do
falecido e logo foi obrigado a eliminar alguns rivais, matando três ex-
comparsas. Morou ali até que Botinha foi executada pela polícia. Pedrinho
escapou, mas não deixou a venda de drogas. Arregimentou soldados e
montou o próprio negócio.
Em busca de vingança pelo assassinato da companheira, matou e
torturou várias pessoas, tentando descobrir os responsáveis. O mandante, um
antigo rival, foi delatado por sua ex-mulher. Pedrinho e quatro amigos o
visitaram durante uma festa de casamento. Deixaram um rastro de sete
mortos e dezesseis feridos. Pedrinho ainda não tinha 18 anos.
Nesta época, seu pai assassinou sua mãe com 21 golpes de facão e,
quando foi preso na mesma cadeia, assassinou o próprio pai, vingando a mãe.
E mostrou sinais de canibalismo, pois arrancou o coração do pai e
comeu um pedaço.
Pedrinho foi definitivamente preso em 1973, e ali viveu toda fase adulta.
Matou 47 pessoas no período em que esteve preso.
Jurado de morte por companheiros de prisão, Pedrinho é um fenômeno
de sobrevivência no duro regime carcerário. Dificilmente um encarcerado
dura tanto tempo. Matou e feriu dezenas de companheiros para não morrer.
Certa vez, atacado por cinco presidiários, matou três e botou a correr os
outros dois. Matou um colega de cela porque 'roncava demais' e outro porque
‘não ia com a cara dele’. Para não deixar dúvidas sobre sua disposição de
matar, tatuou no braço esquerdo: “Mato por prazer”.
Pedrinho é a descrição perfeita do que a medicina chama de psicopata –
alguém sem nenhum remorso e nenhuma compaixão pelo semelhante
Está solto desde 2007, e o último rastreamento dele foi que estava em
Fortaleza, Ceará.
Porém seu paradeiro na capital cearense é desconhecido desde então.
Segundo as Leis Penais Brasileiras, uma pessoa deve ser colocada em
liberdade após cumprir 30 anos de prisão.
O bandido da luz vermelha

Nasceu João Acácio, e ninguém imaginava que se tornaria um dos mais


famosos Serial Killers do país, mais conhecido como o Bandido da Luz
Vermelha.
Órfão de pai e mãe desde os quatro anos de idade, João, ainda na
infância passou a viver na rua e se iniciou no mundo do crime.
Na adolescência mudou-se pra São Paulo, fugindo da polícia de Santa
Catarina, que o procurava por pequenos furtos.
Instalou-se na cidade litorânea de Santos, onde se dizia ser um rapaz de
família tradicional e filho de fazendeiro.
Saía de Santos para praticar seus crimes em São Paulo, assim não
despertava suspeitas em sua cidade. Em Santos levava uma vida
absolutamente normal, não se metia em confusões e saía pouco.
O estilo que desenvolveu para cometer seus crimes foi invadir mansões
nas últimas horas da madrugada, voltando para Santos durante o dia, sem
chamar atenção. Cortava a energia das casas, cobria o rosto com um lenço, e
carregava uma lanterna com o bocal vermelho, ganhou seu apelido a partir
desta característica que se assemelhava ao Caryl Chessman, um bandido
americano que tinha o mesmo apelido.
Gastava o dinheiro dos roubos em boates com mulheres e bebidas.
A polícia levou muitos anos para capturá-lo, conseguindo após deixar
sua impressão digital nos vidros de uma dessas mansões.
João Acácio foi acusado de quatro assassinatos, sete tentativas de
homicídio e 77 assaltos, foi condenado a 351 anos de prisão, roubava e
estuprava suas vítimas.
Foi liberto com 30 anos de prisão, como ordena a Lei Brasileira. Quando
saiu da prisão era tratado como ídolo, por muitos que incontáveis vezes o
pediam autógrafos, e o mesmo escrevia no papel: “autógrafo”.
Ao sair da penitenciária, ficou com obsessão pela cor vermelha, mas foi
assassinado quatro meses depois de liberto com um tiro de espingarda em
uma briga com um vizinho.
A história de vida de João Acácio virou filme, mas teve um final fictício,
onde o criminoso se suicidava no final.
José Ramos – O açougueiro

Rua do arvoredo
Filho de um português que lutou na guerra dos farrapos e em seguida
transportou sua agressividade para sua residência, que dividia com uma índia,
mãe de José Ramos.
Após assistir a muitas brigas, em que a mãe era surrada, José Ramos
interferiu em uma delas, que resultou na morte do pai e em sua expulsão do
convívio familiar.
Já morando em Porto Alegre, José Ramos foi empregar-se na polícia.
Aparentemente em função de sua enorme truculência – há registro de surras
medonhas que impunha a presos ou a simples suspeitos –, foi desligado do
serviço formal, mantendo, no entanto, um vínculo empregatício sólido, como
informante do Chefe de Polícia da Capital, Dario Callado, outro sujeito
conhecido por sua violência – contava coisas de arrepiar, como uma surra que
ele aplicou em um tenente, com quem disputou uma cantora de opereta de
passagem pela cidade, ou castigo em escravos que estavam apenas e
simplesmente caminhando por uma calçada do centro, quando o chefe de
polícia passava.
Um dos crimes que mais assustaram Porto Alegre, e porque não afirmar
o Brasil, foi o crime que ficou conhecido como o Crime da Rua do Arvoredo.
O primeiro sinal do crime apavorou os moradores, que foram puxando o fio
da meada, até que a polícia descobriu o mistério que acontecia no
desaparecimento de pessoas naquela pacata cidade.
Com menos de 20 mil habitantes a descoberta de dois assassinatos pôs
todo o povoado apavorado. Tratava-se de um comerciante português e um
caixeiro viajante jovem de apenas 16 anos. Os restos dos dois foram
encontrados num velho poço, no fundo do pátio de uma casa simples,
localizada em uma das ruas do centro da cidade, a uma quadra do palácio do
Governo Estadual. Ambos tinham a cabeça aberta por golpe de machado e
tinham sido degolados. Para completar o quadro de terror do crime, junto a
eles foi encontrado o cadáver de um cachorro, que os habitantes da cidade
sabiam ser do caixeiro assassinado.
Foram presos um homem de 26 anos, José Ramos, nascido em Santa
Catarina, e uma mulher que com ele morava, Catarina Palsen, húngara de
nascimento, alemã de língua e cultura. Ele é acusado de ser autor dos
assassinatos, ela de ser sua cúmplice. São levados a júri e condenados.
A história se passa no final do século XIX.
(1865-1870), no final da Guerra do Paraguai.
Neste período as cidades brasileiras não tinham gás ou iluminação
pública.
José Ramos degolava suas vítimas, inclusive o cachorrinho. Quando foi
preso, sua casa foi vasculhada. Descobriu-se uma outra ossada, enterrada no
porão, além de vários objetos que não pertenciam nem a ele nem a sua
companheira Catarina. Os exames cadavéricos conduziram a uma única
conclusão: aqueles eram os restos mortais de um alemão, Carl Gottlieb
Claussner, açougueiro sumido havia alguns meses. As coisas se complicavam
para o assassino.
José Ramos era amigo de Claussner e frequentava sua casa, e o
brasileiro havia dito a várias testemunhas que tinha comprado o açougue do
alemão e que ele, em seguida, havia voltado para sua terra, a Saxônia.
Mais pessoas são inquiridas, entre as quais dois outros alemães: um
certo Henrique Rittman, tratado nos autos pela alcunha de “o Corcunda”, e
Carlos Rathmann, já bem mais velho, na casa dos 60 anos, bêbado notório.
Com o aprofundamento das investigações, chegou-se ao horror maior: essa
pequena gangue, liderada por José Ramos, havia matado outras seis pessoas,
no ano de 1863, todas elas de ascendência germânica, algumas vindas das
colônias para comerciar em Porto Alegre, outras de passagem pela cidade. E
não apenas morreram essas pobres criaturas: da carne de seus corpos, José
Ramos, com apoio maior ou menor dos outros, havia feito linguiça. Linguiça
que o açougue de Claussner havia vendido, inclusive para as melhores
famílias da pequena cidade.
No processo, depois do assassinato do comerciante e seu caixeiro, a
posição de José Ramos foi estranha. O próprio Dario Callado
conduziu o inquérito (e um dos julgamentos também). Isso significa
que o acusado era, de certa forma, um funcionário privilegiado da autoridade
processante. Isenção nenhuma – e Décio demonstra, ao analisar a técnica de
interrogatório, que Dario amoleceu as coisas para José Ramos.
O resultado foi que da pena de Prisão Perpétua retrocedeu-se para uma
prisão por tempo limitado e, mesmo assim, dada a intimidade de Ramos com
os esquemas policiais da cidade, ele teve muitas regalias. Ele só morreu em
1893, internado na Santa Casa, leproso – dois anos depois da morte de sua
parceira Catarina, que durante o processo foi quem mais contou coisas dos
bastidores da atuação de Ramos. Este, por sinal, jamais admitiu ter cometido
qualquer dos crimes, pelos quais foi condenado.
A história do homem que fabricou linguiça com carne humana
permaneceu na memória da cidade. Contemporâneos do fato deixaram relatos
imprecisos, alguns francamente fantasiosos, sobre o estranho casal – ele,
formalmente um desocupado, que sabia ler e escrever e atipicamente falava
fluentemente alemão, ela uma prostituta que nem falava a língua local e que,
de repente, aparece como seguidora dos Muckers, aqueles cristãos singulares,
luteranos mas místicos, de comportamento sexual aparentemente muito
liberal, cuja expressão mais conhecida foi Jacobina Maurer, que vivia entre
os colonos do vale do Sinos.
O caldo de cultura desse horripilante episódio contribuiu para sua
permanência. Socialmente, a história aconteceu naquela faixa de gente pobre
das cidades, num ponto em que imigrantes, nativos, portugueses e escravos
de ganho conviviam de alguma maneira.
No detalhe de que os imigrantes de língua alemã pareciam estar
tomando os melhores postos de trabalho aos portugueses e brasileiros. Mais
ainda, os alemães eram vistos com reservas pela população em geral: além de
trabalharem tanto quanto os negros escravos, eram luteranos num país que na
prática não permitia nenhuma ascensão a quem não fosse católico. Isso sem
falar no fato de que as mulheres dessa etnia em geral sabiam ler e tinham um
desembaraço que as tornava, aos olhos luso-brasileiros, extraordinariamente
livres, a ponto de terem relações sexuais antes de casar!
Essa história aconteceu numa cidadezinha pacata, cujas ruas ainda se
chamavam por nomes docemente familiares – Rua do Poço, da Praia, do
Cotovelo, do Arvoredo.
E habitada por pessoas que cometeram o canibalismo involuntário, saído
da mente hostil e insana de um homem.
Preto Amaral

Nasceu em Minas Gerais, foi um dos primeiros assassinos em série do


Brasil.
Era filho de escravos do Congo e de Moçambique.
Foi liberto aos 17 anos, beneficiado pela Lei Áurea.
Ingressou no Exército Brasileiro participando até mesmo da Guerra dos
Canudos, mas em muitas batalhas ele desertava, e começou assim a ser
procurado e fichado pela polícia.
Aos 55 anos vivia como andarilho, sem moradia fixa e realizando
pequenos bicos nas cidades por onde passava.
Foi em uma dessas cidades que cometeu o primeiro de seus assassinatos,
quando atacou violentamente um homem de 27 anos, estrangulou, sodomizou
e o estuprou.
Quando o corpo foi encontrado havia indícios de necrofilia, pois Preto
Amaral havia feito sexo com o rapaz já morto.
Após mais dois ataques, um destes foi frustrado, com a fuga do menino,
que comunicou a polícia e fez seu retrato falado, já tão conhecido no meio
policial, devido as suas deserções.
O pânico se instalou em São Paulo, Preto Amaral era conhecido como o
monstro Negro, ou como o Diabo Preto.
Preto foi preso em seguida e, após tortura, confessou os assassinatos.
Em seu depoimento, Amaral contava que seduzia e depois asfixiava as
vítimas, estuprando-as depois de mortas. A primeira vítima tinha 27 anos e
conheceu Amaral na Praça Tiradentes, depois de pedir-lhe fósforos. Conversa
vai, conversa vem, foram para um botequim tomar café, onde Amaral o
convidou para assistir a um jogo de futebol. O corpo de Antônio Sanchez foi
encontrado próximo ao Campo de Marte, na zona norte de São Paulo.
A segunda vítima tinha apenas 10 anos e foi atraída por Amaral com
balões, que ele vendia na região do Canindé, também na zona norte. O corpo
de José Felippe Carvalho foi encontrado 13 dias depois sem os membros
superiores. Antônio Lemos tinha 15 anos quando foi abordado por Amaral
nos arredores do Mercado Municipal, na região central da cidade. Amaral
ofereceu almoço à vítima e partiu com ela num bonde, rumo à Lapa. Foi só
quando o corpo de Lemos foi encontrado que a polícia percebeu estar diante
de um assassino incomum. Mas não havia nenhuma pista do assassino, até
que Roque Piccili, um engraxate de 9 anos conseguiu escapar de Amaral. O
assassino levou o menino para debaixo de uma ponte e já o estrangulava
quando se assustou ao ouvir vozes e fugiu. O menino contou à polícia e
Amaral foi preso e torturado. Na cadeia, confessou os crimes, contando em
detalhes como matou suas vítimas.
Ao passar por análise psicológica, alegou matar devido ao seu insucesso
com as mulheres, que ao verem o tamanho do seu pênis, recusavam-se a ter
relações sexuais com ele. Preto alegou também que este tamanho do membro
e esta sexualidade descontrolada vinham desde a infância, quando foi
oferecido em um ritual satânico em uma seção de magia negra, em um grupo
na qual sua mãe participava, e desde então seu pênis não parava de crescer.
A população queria entrar na cadeia para linchá-lo, sendo contida pela
polícia.
Alguns outros assassinatos aconteceram enquanto Preto estava preso, e a
lenda que corria a cidade era que a noite ele transformava-se em morcego
através de magia negra e continuava cometendo seus crimes.
Mas Preto não chegou a ser julgado, morreu cinco meses depois de sua
prisão, e muitos outros crimes foram colocados em sua conta.
Febrônio Indio do Brasil

Antes da prisão e julgamento de Febrônio, o termo imputável não existia


na condenação brasileira, ou seja, um criminoso que se abstém de
responsabilidades por ser considerado insano.
Mal Preto Amaral foi preso, e outro assassino serial apareceu para
aterrorizar a população em 1927 – Febrônio Índio do Brasil. Os corpos de
suas vítimas foram encontrados na Ilha do Ribeiro, no Rio de Janeiro, nus,
tatuados com as letras: DCVXVI, e com marcas de estupro e
estrangulamento. Autointitulado "Filho da Luz" (por estar em uma luta contra
o demônio), ele abordava as vítimas com a promessa de um emprego que
complementaria a parca renda familiar. Depois as levava para a isolada ilha
do Ribeiro, onde as tatuava, estuprava e matava. O Serial killer ainda tentou
matar outros rapazes – todos com idades entre 8 e 14 anos –que conseguiram
escapar depois de sessões de tortura e estupro.
Quando foi preso, depois de ser reconhecido por familiares das vítimas,
negou a autoria dos crimes. Mas acabou confessando ter estrangulado, em 13
de agosto de 1927, o menor Almiro José Ribeiro e jogado o corpo da vítima
num matagal.
Depois, assumiu a autoria do assassinato e estupro de Jonjoca, um
menino de 10 anos.
Ao levantar a ficha de Febrônio, os policiais viram que ele já havia sido
preso 29 vezes, por fraude, pederastia e tendências homossexuais, tentativa
de atentado violento ao pudor e exercício ilegal da odontologia e da
medicina. O Filho da Luz dizia ter visões que ordenavam que ele tatuasse dez
rapazes para seguir sua missão contra o demônio. As letras tatuadas nas
vítimas e em seu próprio tórax, segundo ele, significavam "Deus Vivo" ou
"Imana Viva".
Com uma religiosidade aflorada, Febrônio chegou a mandar publicar o
seu próprio evangelho, intitulado "As revelações do príncipe do fogo". Todas
as cópias foram queimadas pela polícia quando Febrônio, considerado
inimputável, foi para o manicômio,
Seu livro era uma espécie de visão apocalíptica e chegou a conseguir
seguidores, mas era tumultuado e confuso, chegou a inspirar Mário Quintana.
Depois de assassinar e tatuar quase uma dezena de jovens, Febrônio foi
para um manicômio. No hospício, inicialmente Febrônio tentou reduzir sua
pena, reivindicar a soltura em petições a juízes ou obter transferência para a
Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá. Tinha como objetivo fugir, o que
conseguiu em 1935, mas sua sorte durou pouco, sendo recapturado após
somente um dia de liberdade. Após isso, entrou em processo de demência. O
médico Heitor Carrilho (que hoje empresta o nome ao hospício), ficou de
dezembro de 1927 a janeiro de 1929, examinando o "louco moral e
homossexual com impulsões sádicas", solicitando depois sua "segragação ad
vitam” (enquanto vivo). Num laudo de trinta e quatro folhas, determinou o
sepultamento em vida do homem que, a partir de 1936, foi esquecido,
passando longos períodos na solitária. Em junho de 1984, foi lançado o curta-
metragem "O Príncipe do Fogo", de Sílvio Da-Rin, tendo Febrônio como
tema.
Dois meses depois, aos 89 anos e completamente senil, o preso mais
antigo do Brasil, interno número 000001 do Manicômio Judiciário, morreu de
edema pulmonar agudo, aos 89 anos. Haviam passado 57 anos no hospício.
Fortunato Boton Neto (O maníaco do Trianon)

Fortunato Botton era um garoto de programa, que frequentava o


Trianon, reduto gay na década de 80.
No dia 17 de agosto de 1987, a empregada do psiquiatra Antonio Carlos
Di Giacomo chegou para trabalhar e encontrou um cenário de horror.
Debruçado sobre uma poça de sangue, com pés e mãos amarrados e uma
meia na boca, estava o médico formado pela Escola Paulista de Medicina.
Quando a polícia chegou ao local, percebeu se tratar de mais uma vítima do
Maníaco do Trianon, um Serial Killer que atuava nas imediações do Parque
Tenente Siqueira Campos, conhecido ponto de prostituição masculina na
região da Avenida Paulista. Suas vítimas eram profissionais bem-sucedidos
que moravam sozinhos e eram homossexuais. Os crimes aterrorizaram a
comunidade gay da época, já assustada com a escalada de violência contra os
homossexuais por conta da disseminação do vírus da Aids. Fortunato além de
atrair as vítimas por sua boa aparência, mantinha relações sexuais com os
mesmos por dinheiro, depois o nojo que sentia de suas próprias atitudes
acabavam em gerar no seu íntimo uma raiva incontrolável, que explodia em
mortes violentas.
Os delegados encarregados da investigação atribuíram a Botton a autoria
de 13 homicídios. E foi assim que ele passou a ser conhecido – como um
típico Serial Killer, frio, cruel e incontrolável em seu desejo e prazer de
matar. O jornalista Roldão Arruda reconstituiu cada um dos crimes
imputados a Botton, que ficou também conhecido como “maníaco do
Trianon”.
Francisco de Assis Pereira (O maníaco do parque)

Como na maioria dos casos de Serial Killers, Francisco de Assis Pereira


alega também ter sido molestado sexualmente na infância, por uma tia,
desenvolvendo assim verdadeiro fascínio por seios, tanto que em seus
depoimentos após prisão em todos os casos, era o primeiro órgão que ele
mutilava e degustava.
Já na adolescência, um patrão o iniciou nas práticas homossexuais, e um
relacionamento com uma gótica o feriu em uma mordida ao ponto de quase
perder seu pênis.
Após este ferimento grave, apesar de ter ereção, Francisco de Assis
Pereira não conseguia chegar ao ápice do prazer sexual, e passou a se tornar
agressivo.
Viveu durante 1 ano com um travesti e o mesmo disse depois em
depoimento que apanhava constantemente de Francisco.
Francisco na época dos crimes trabalhava como motoboy e chegou a ser
detido pela polícia uma vez, mas liberado. Ao ver seu retrato falado
estampado nos jornais, fugiu para o Sul do Brasil, chegando a ir para a
Argentina também.
O patrão de Francisco de Assis foi a peça crucial na descoberta dos
crimes, após tentar inutilmente, desentupir o vaso sanitário da empresa,
decidiu tirar a privada para achar a causa do entupimento e descobriu um
bolo de papéis queimados e no meio desses papéis a identidade de uma
mulher de nome Selma, uma das vítimas do maníaco.
Assim comunicou a polícia e logo a identidade do assassino foi
descoberta.
Após ser capturado pela polícia, o que mais impressionou as autoridades
foi como alguém sem muitos atributos físicos, pobre, sem muita instrução, e
sem armas, conseguia convencer as mulheres a subir na garupa de uma moto
e ir para o meio do mato com um homem que tinham acabado de conhecer.
Francisco alegou falar exatamente o que elas queriam ouvir, cobria-as de
elogios, e dizia ser um caça-talentos disfarçado, em busca de uma revelação
para uma revista de modelos fotográficos. Convencia-as de que era uma
oportunidade única, coisa de destino e que não podiam desperdiçar.
A seguir convidava-as para fazer um teste fotográfico, em um ambiente
ecológico.
E assim convencia as mulheres.
Francisco foi acusado e condenado por 6 mortes e mais 9 tentativas de
assassinatos.
O mais curioso da história de Francisco de Assis é que, depois de preso,
arrumou um legado de fãs, que escrevem para ele e lhe enchem de esperanças
de um relacionamento pós-prisão.
Francisco casou-se enquanto preso com uma destas correspondentes, da
qual o mesmo fala com muito orgulho por ser uma professora de História e
Geografia.
Trechos de cartas:
"Eu não sei o que fazer para te distrair. Mas eu tenho uma ideia:
primeiro quero dizer que te desejo todas as noites. É muito bom. Te acho
gostoso, meu fogoso. Você está juntinho comigo, dentro do meu coração.
Depois que chego em casa, queria você de corpo e alma, te amando. Te quero
de qualquer jeito. Eu te amo do fundo do meu coração. Não perca a
esperança, acredite em Deus, porque algum dia a gente vai se encontrar. Sei
de seu comportamento doentio, por isso quero que fique calmo..."
"Por enquanto, nossos beijos são assim. Mas quero te beijar de verdade.
Acho que tens saudades. Eu te amo, te amo, te amo etc., te desejo, te quero de
corpo e alma. E me perdoe por tudo que estou sofrendo. Sabe, Francis, eu não
me conformo, e choro. E eu preciso ser forte (...)" (Rita, 27 anos)
"Quero te dizer que estou morrendo de saudade, querendo você... Ah,
meu Deus! Como te desejo todas as noites. Eu durmo sozinha e querendo
você aqui. Mas sei que é impossível. O certo é eu ir te ver. E como posso
sentir. Que é meu?"
"Francisco, não deixe a tristeza tomar conta de você e acabar com o
brilho do seu olhar. Acredite em Deus, você não está e nunca ficará
sozinho. Jesus te ama, sua mãe e seu pai também e, principalmente, eu..."
(Adriana, 22 anos)
"Depois que tudo aconteceu, tentei dar um fim a minha vida, mais uma
coisa super interessante teve que acontecer, eu pensei muito e tive
esperanças, acredite o mundo dá voltas, quando a gente menos espera algo de
bom sempre acontece." (Márcia 18 anos – suposta ex)
O jornalista e roteirista Gilmar Rodrigues publicou em 2009, o livro
“Loucas de Amor – mulheres que amam Serial Killers e criminosos sexuais”,
onde tenta entender o porquê o maníaco foi desejado por tantas mulheres. Ele
ficou impressionado com as cerca de mil cartas de amor que o criminoso
recebeu, um mês após ter sido preso, em 1998.
Inspiração para concorrentes.
Por incrível e absurdo que pareça, Francisco de Assis tinha um seguidor,
ou porque não chamar, um concorrente.
Ao longo dos 80 quilômetros da mais extensa praia do mundo, só existe
iluminação pública em um pequeno trecho ao redor da estátua de Iemanjá.
Casais enamorados aproveitam o escurinho, o embalo romântico do som das
ondas do mar e o clima de balneário e fazem da orla da Praia do Cassino, na
cidade do Rio Grande, a quatro horas de Porto Alegre, um comprido motel a
céu aberto. Em períodos de férias, forma-se uma fila de carros, vidros
fechados e embaçados pela respiração excitada dos ocupantes. No verão deste
ano, o sossego dos amantes acabou. Entre dezembro e março, cinco casais
foram atacados por um homem armado de pistola. Apenas um escapou ileso.
Ao todo, sete pessoas morreram. Uma estudante de 14 anos, baleada na nuca
e estuprada, sobreviveu, mas corre o risco de ficar tetraplégica.
A polícia ouviu a confissão do homem responsável pela série de
assassinatos. Preso, o pescador Paulo Sérgio Guimarães da Silva deixou os
policiais estarrecidos com o relato dos crimes. Seu objetivo, segundo contou,
era superar, em número de mortes, Francisco de Assis Pereira, o maníaco que
estuprou e matou dez mulheres no Parque do Estado, em São Paulo, no ano
passado. Só não atingiu a meta porque foi preso antes. "O Sul precisava de
um motoboy", afirmou, com uma frieza surpreendente. "Eu sou o motoboy do
Sul, quero ser mais famoso do que o motoboy paulista." Paulo Sérgio
começou a matar inspirado nas notícias a respeito do maníaco do parque,
mas, diferentemente de seu ídolo, não violentava as vítimas. A única
exceção parece ser a menor B.N.G., a estudante sobrevivente, que contou ter
sido estuprada. "Eu ouvia uma voz me mandando matar", conta o rapaz de 29
anos, nascido num vilarejo de praia vizinho a Rio Grande.
Um dos crimes que o maníaco gaúcho relatou à polícia foi o assassinato
do vendedor Silvio Luiz Kleinberg, de 36 anos, e da professora Adriana
Nogueira Simões, de 28. Silvio era casado e estava viajando a trabalho.
Conheceu Adriana no dia 25 de março na cidade de Rio Grande. À noite
foram para beira-mar no Corsa bordô do rapaz. Enquanto faziam sexo, o
maníaco apareceu por sobre as dunas de vegetação rasteira que rodeiam a
praia. Pelo vidro embaçado, apontou uma pistola Taurus 7.65. Identificou-se
como policial e mandou o casal colocar as roupas. Em seguida, entrou no
carro e sentou no banco de trás com a arma apontada para a cabeça do
vendedor. Ao perceber que Silvio o observava pelo retrovisor, irritou-se e
quebrou o espelho. Depois ordenou que ele dirigisse até uma estrada de terra.
Ali, amarrou as mãos do vendedor com o cadarço do sapato e o colocou no
porta-malas. Retornou com o carro à praia e, novamente, fez os dois descer e
se deitar na areia. "Pelo amor de Deus, não nos mate", gritavam Adriana e
Silvio, segundo o depoimento do assassino à polícia. Foi em vão. Silvio levou
três tiros. Adriana, dois.
Foi assim, baleados e estirados com o rosto virado para a areia, que a
polícia os encontrou, na manhã seguinte. Quando os policiais chegaram, um
grupo de curiosos se reuniu em volta para acompanhar o trabalho de perícia.
Entre eles estava o matador, Paulo Sérgio. Esse é o aspecto mais
surpreendente no comportamento do maníaco gaúcho: ele matava
basicamente para saborear as notícias e os comentários a respeito de seus
crimes. Naquele dia, depois de liquidar Silvio e Adriana, ele chegou à
pequena casa de madeira bege que dividia com o irmão e a cunhada ao
amanhecer. Tomou banho, lavou as roupas sujas de sangue e ligou o rádio
para ouvir as notícias policiais. Soube que a polícia investigava a morte de
mais um casal na praia e decidiu ir ao local do crime. Ou melhor, voltar. Ali,
incógnito entre os curiosos, acompanhou o trabalho da perícia. Quando os
policiais cobriram os cadáveres com sacos de plástico preto, ele chegou a
comentar: "Vai ver que o assassino ainda está por aqui". Tudo isso ele
próprio contou depois de preso.
Paulo Sérgio, o "motoboy do Sul", teve infância e adolescência
marcadas por maus-tratos e uma família desestruturada. "Certa vez, a mãe
bateu tanto nele com uma tábua que o menino ficou todo roxo, de molho em
uma bacia com água quente", conta a avó Marina Maria Jesus da Silva, 79
anos. A mãe, Neuza Maria Guimarães da Silva, hoje com 51 anos, abandonou
a família quando Paulo Sérgio tinha 5 anos. Seu pai, que morreria de câncer,
dois anos mais tarde, colocou os quatro filhos num internato.
O mais novo Paulo Sérgio ficou na instituição por dois anos, mas não
conseguia estudar. Até hoje não sabe nem assinar o nome. Havia alguns
traços estranhos no seu comportamento. Fazia exercícios para aumentar os
músculos e, quando não estava com os pescadores, passava horas ouvindo
rádio e assistindo à TV. Adorava um filme da série Rambo em que o
protagonista resgata presos de guerra no Vietnã. Durante algum tempo Paulo
Sérgio chegou a usar uma fita na cabeça, calças camufladas e faca amarrada
na perna. Uma de suas duas tatuagens mostra um dragão e a palavra
"Vietinã", com a grafia incorreta. Ainda assim, a revelação de sua identidade,
na semana passada, surpreendeu os moradores de Rio Grande. Paulo Sérgio
não bebia, não usava drogas e visitava a mãe e a avó regularmente. Às vezes,
distribuía balas às crianças.
Paulo Sérgio começou a cometer seus delitos ainda adolescente, época
em que trabalhava como engraxate e pescador. Roubava objetos de pouco
valor e andava armado. Certa vez, foi flagrado furtando um rádio e uma
bússola de um barco por Manoel Jovita Vieira, morador da vila. Denunciado,
Paulo Sérgio vingou-se atirando na barriga de Vieira. Foi condenado por
tentativa de homicídio e ficou preso sete anos. Saiu em novembro do ano
passado, quando retomou a vida criminosa, agora como o Maníaco da Praia
do Cassino. Na polícia, na semana passada, em vez de mostrar
arrependimento, vangloriou-se de seus crimes. Contou que, ao assassinar o
último casal, tinha uma única preocupação: restavam-lhe apenas nove balas.
Era pouca munição para a lista de mais trinta pessoas que pretendia matar nos
meses seguintes. A lista incluía o prefeito de Rio Grande, Wilson Branco,
B.N.G., sobrevivente de seus ataques na praia, e o radialista Charles Saraiva,
que cobre assuntos policiais na cidade e fazia reportagens sobre os crimes na
Praia do Cassino. "Gastei algumas balas atirando em leões-marinhos na
praia", disse aos policiais.
Para cometer a série de assassinatos na Praia do Cassino, Paulo Sérgio
elegeu um tipo específico de vítimas: casais em pleno ato sexual. "São mais
fáceis de matar", explicou. "A mulher é mais fraca e a tendência do homem é
de não reagir para protegê-la." Em cada crime, o ritual era sempre parecido.
Ele saía à noite para passear pela praia. Observava os casais dentro do carro e
escolhia os automóveis mais bonitos para abordar. "Eu atacava os mais
boyzinhos", diz. Identificada a vítima, aproximava-se rastejando. Na hora de
matar, retirava as meias de uma das vítimas e as usava como luvas para não
deixar impressões digitais. No primeiro ataque, em dezembro, matou os
estudantes Felipe Martins dos Santos, 21 anos, e Bárbara de Oliveira da
Silva, 22. "A primeira vez é sempre mais difícil", conta o maníaco. "Depois,
é como uma partida de futebol: após fazer um gol, a gente faz dois, faz três..."
No segundo, na madrugada de 4 de março, milagrosamente o casal escapou
vivo. Eram uma menina de 15 anos e um rapaz de 23, que hoje são
testemunhas e cujos nomes a polícia não revela. "Não matei porque não
reagiram", explicou Paulo Sérgio. No mesmo mês, ele assassinou ainda
Adriana e Silvio (o casal do Corsa bordô), Anamaria Xavier Soares, 31 anos,
e Márcio Rodrigues Olinto, 30, e Petrick Castro de Almeida, de 18 anos.
Petrick estava com a estudante sobrevivente. Foram as únicas vítimas que
não tinham carro. "Eu estava passando por ali, vi eles deitados sem roupa na
areia e decidi matá-los", resumiu o assassino.
Adriano – O monstro de passo fundo

Em janeiro de 2004, na polícia e em juízo, Adriano, também conhecido como


monstro de passo fundo, revelou detalhes sobre as mortes dos meninos,
revelando – sem demonstrar nenhuma emoção – como imobilizava suas
vítimas.
Garantiu também que só abusava sexualmente dos meninos depois de
matá-Los. Nunca, segundo o depoimento de Adriano, levava nada das
crianças, nem roupas ou objetos. Adriano já tinha sido condenado por
latrocínio, roubo seguido de morte, formação de quadrilha e ocultação de
cadáver. No Paraná, Adriano Silva era procurado desde 2001 quando teria
escapado da cadeia no Paraná, onde Cumpria pena de 27 Anos pela morte de
um taxista. Desde então, circulou pelo interior gaúcho sob nomes falsos e
vivendo de bicos, interrogado pelos policiais, Silva confessou os crimes. Dos
27 anos de detenção que tinha para cumprir, fugiu depois de seis meses.
Durante as investigações feitas pela polícia gaúcha do RS chegou a ser preso,
mas foi solto por falta de provas. O assassino carregava luvas e um lenço,
para não deixar impressões digitais. Questionado sobre tamanha brutalidade,
Silva falou de “uma vontade íntima, de um vício”. Um detalhe espantoso
nesse caos é que, nos últimos meses, antes de ser definitivamente acusado e
confessar oito mortes, o presidiário chegou a ser detido três vezes – uma por
furto, outra por estar armado com uma faca e a terceira quando o avô de um
dos meninos suspeitou dele, mas acabou solto em todas as ocasiões porque a
polícia não sabia estar diante de um foragido. Adriano disse aos policiais que
havia perdido seus documentos e se identificou como Gabriel, nome do seu
irmão. A desculpa foi suficiente para enganar a polícia, mas já se sabe que
nada teria acontecido, ainda que Adriano da Silva fosse identificado.
Durante muitos meses, a Secretaria de Segurança do Paraná, estado de
onde ele fugiu, deixou de alimentar o Sistema Nacional de Informações sobre
foragidos, ou seja, não tinham como saber que se tratava de um bandido
foragido.
A polícia o capturou com a ajuda de uma testemunha, que o identificou
como o assassino dos meninos.
O Vampiro de Niterói (Brasil)

Em um sábado pela manhã apareceu uma criança em uma delegacia de


Niterói, acompanhada de um comerciante, e a criança alegava que seu irmão
havia desaparecido.
A mãe e a criança se mostravam desesperadas e, até então, a mãe não
achava que a criança já estivesse morta.
Um dos investigadores percebeu a semelhança da criança com a de uma
outra que havia aparecido assassinada em um valão em Niterói.
O menino disse que um homem abordou-os na rua, oferecendo dinheiro
aos dois para ajudarem-no a acender algumas velas e levou ele e o irmão com
ele, mantendo relações sexuais com o mais novo e alegando ao mais velho,
que ele estava dormindo e que no dia seguinte voltariam para buscá-lo.
No dia seguinte levou o menino até seu trabalho, pegando um ônibus, e
atravessando a ponte até o centro do RJ, onde entregava prospectos.
A informação foi crucial para a captura do maníaco.
Como Altair não lembrava onde era o trabalho, eles pegaram o menino e
acompanharam-no por vários bairros da cidade, a única lembrança de Altair
era que o ônibus era vermelho.
Os policiais fecharam o cerco e chegaram até Copacabana.
E conseguiram prender o suspeito. Marcelo Costa de Andrade, de 23
anos.
Ele não negou ter matado o irmão de Altair, nem ter estuprado Altair,
ele alegava fazer amor com os meninos, não dizia assassiná-los ou fazer sexo.
Quando os investigadores o entrevistavam, ele ria sem controle.
Esboçava sua insanidade.
Quando era perguntado sobre o motivo dos crimes, ele dizia
simplesmente que as crianças eram lindas e que na igreja que frequentava
disseram que as crianças não morrem, simplesmente é delas o reino dos céus.
Marcelo havia cometido 14 assassinatos durante alguns meses, entre
1991 e 1992. Além de violentar e assassinar os meninos, ele confessou ter
bebido o sangue de algumas de suas vítimas.
Outros corpos foram encontrados decapitados ou sem o coração. Sua
primeira pergunta ao ser preso foi se existia algum assassino similar no
mundo?
Marcelo Costa de Andrade cresceu entre a Rocinha, a maior favela do
Rio de Janeiro, e a casa de seus avós, no Ceará. Marcelo Andrade já
apresentava um distúrbio mental evidente quando, aos 10 anos, sofreu abuso
sexual de um vizinho da favela.
Aos 14, fugiu da casa de sua mãe e começou a se prostituir nas ruas do
Rio de Janeiro. Aos 16, quando voltou para casa, tentou abusar de seu irmão
menor. Depois desta saga de episódios berrantes, a vida de Andrade parecia
ter encontrado um rumo. Sua família se mudou para a região de Itaboraí, em
Niterói.
Ele conseguiu emprego como entregador de panfletos e começou a
frequentar os cultos evangélicos da Igreja Universal do Reino de Deus. Mas o
desejo de matar fervilhava em seu cérebro. Ao escutar os sermões dos
pastores, sua mente desequilibrada entendeu que, se um menino morresse
antes dos 13 anos, iria diretamente para o paraíso por ser completamente puro
de espírito. Esta mesma conclusão o fez beber o sangue de alguns dos
meninos que matou, para incorporar uma parte de sua pureza.
Os agentes capturaram Marcelo Costa de Andrade na frente de seu local
de trabalho, no bairro de Copacabana. No início, o assassino confessou
apenas a morte de Ivan Abreu, mas o depoimento de sua mãe, Sonia
Andrade, foi essencial para provocar uma confissão espantosa. A mulher
apresentou um facão ensanguentado que Marcelo escondia em sua casa.
Diante da arma do crime, ele confessou 14 assassinatos e guiou a polícia até
as cenas dos crimes.
Marcelo levou a polícia em uma pedreira onde guardava alguns corpos
e, inclusive, mostrou que levava biscoitos e balas para as crianças mortas, e
que algumas vezes se masturbava com o esqueleto da mão de uma dessas
vítimas. Em custódia, conseguiu fugir do hospital psiquiátrico Heitor
Carrillo, em janeiro de 1997. Depois de 12 dias, foi recapturado em
Guaraciaba do Norte, no Ceará, onde passou parte de sua infância. Andrade
foi declarado inimputável e vive em reclusão no hospital psiquiátrico
Henrique Roxo, Manicômio Judicial da cidade do Rio de Janeiro.
Admar de Jesus Silva ( Pedreiro de Luziania)

Pouco se sabe sobre a vida de Admar de Jesus Silva, o pedreiro, acusado


de violentar e matar 6 meninos na cidade de Luziânia Goiás. Era ex-
condenado, por pedofilia, por ter abusado de dois meninos, havia apenas uma
semana que estava livre.
No final de 2009, começaram os desaparecimentos na pequena cidade.
A Polícia Federal já estava monitorando Admar, há dez dias, pois o mesmo
estava usando o celular de um parente, de uma das vítimas.
Os corpos dos meninos estavam em uma fazenda, bem próximos um dos
outros, o primeiro caso aconteceu em 30 de dezembro de 2009.
Ele oferecia dinheiro aos meninos para ajudarem-no a executar
pequenos serviços.
Admar havia saído da prisão beneficiado pela progressão de pena.
E muito antes dele deixar a prisão, três psicólogos afirmavam que
Admar não deveria ser liberto, porque apresentava sinais de psicopatias,
doenças mentais e de transtornos sexuais, inclusive sadismo.
A recomendação deles era que Admar fosse submetido a tratamentos
mentais, mas ele não recebeu tratamentos mentais.
Admar assassinava as vítimas com pauladas.
Após sua prisão, foi encontrado morto na cela que ocupava. A família
acredita que o mesmo faleceu por queima de arquivo.
Parte 6 - Crimes que chocaram o Brasil
Alguns crimes resistem ao tempo e às gerações, mesmo que os
esqueçamos por algum tempo, sempre voltam à memória, chocando-nos com
a mesma crueldade que quando no dia que ocorreu.
O capítulo a seguir mostra crimes que aconteceram no início do século
passado, também crimes que aconteceram recentemente, tão hediondos que
serão lembrados para sempre.
O crime da mala

1928 Giusepe Pristano conheceu sua esposa Maria Mercedes Féa a


bordo de um navio que partira da Itália, sua terra natal, em direção à
Argentina.
Giusepe tinha 31 anos e estava interessado em viver na Argentina, em
busca de melhores condições de vida, e Maria Féa, interessada em visitar sua
mãe que há alguns anos havia se mudado para lá.
Os dois começaram a namorar e, quando Maria completou 21 anos,
decidiram casar-se e mudar-se para o Brasil.
Giusepe logo arrumou emprego na loja de frios de seu primo, na cidade
de São Paulo.
Mostrando-se um bom negociante, recebeu a proposta de sociedade.
Sem ter o capital necessário, pede ajuda à sua mãe através de uma carta,
pedindo parte da herança deixada pelo pai, logo negada pela mãe. Mesmo
assim, decide entrar na sociedade, alegando que com o dinheiro que
conseguisse fraudar o primo, pagaria tranquilamente a sociedade.
Maria, temendo o envolvimento de Giuseppe com a polícia, escreve à
sogra, explicando o motivo do pedido do dinheiro.
Giuseppe não gosta da atitude de Maria e, durante uma briga, a sufoca
com um travesseiro até a morte.
Como em quase todos os crimes desse tipo, o assassino deixa o local e
tenta falar com alguém de confiança, procurando uma solução imediata ou
uma forma de se livrar do cadáver. Foi assim que Pistone relatou a um
companheiro de trabalho (talvez até ao patrão, não se sabe ao certo), o que
tinha feito. Entre eles não chegaram a qualquer conclusão. Estava apavorado.
Assim ficou pelo menos dois dias.
Foi nesse desespero que Pistone comprou uma mala na Av. São João e
mandou que fosse entregue em sua casa, para onde se dirigiu e pôs em prática
seu plano. Ao chegar sua encomenda, recebeu-a na porta. A seguir, tentou
colocar o corpo dentro.
Não coube. Então ele seccionou as pernas da morta na altura dos joelhos
com uma navalha, até partir-se em meia lua na lâmina. Fechada e com o
corpo bem acondicionado para seus propósitos, a mala foi logo levada por um
caminhão para a estação da Luz e colocada num trem que ia para Santos. Ele
foi junto.
No porto, alugou um caminhão Fiat 818 e transportou seu precioso
volume até o cais, e lá providenciou o despacho para a França, com a
inscrição: "Francisco Ferrero" (nome fictício, provavelmente, apenas para
justificar a remessa). Antes disso, envolveu a caixa com muitos metros de
uma forte corda. Durante todo esse tempo, vivia com os olhos pregados na
mala, embora isso lhe custasse náuseas e ameaças de vômito, pois o cadáver
entrava em decomposição e cheirava mal. Essa vigília e também o odor do
volume despertaram as atenções.
Quando a mala era erguida para bordo do Massilia, Pistone retirou-se.
Contratou um carro na praça José Bonifácio para levá-lo para São Paulo, no
dia seguinte, por 150 mil réis. Depois, pagaria 200 mil ("os cinquenta mil são
para a gasolina", como diria ele ao motorista Gil da Glória, o "Leão").
Quando passavam por São Bernardo, pararam para um lanche no então
Recreio e Café Expresso S. Bernardo. Nesse lugar, ele ficou sabendo que a
polícia descobrira tudo e mudou de cor, deixando seu chofer preocupado, mas
este jamais desconfiaria de sua pessoa, mesmo o tendo conhecido há poucas
horas (hoje não seria nada disso, de jeito nenhum!). O criminoso pagou
imediatamente a conta dos sanduíches e cerveja (17 mil réis), e tocaram a
viagem. Já em São Paulo, o estranho passageiro de botinas amarelas, roupa
azul-marinho, chapéu cinzento e gravata borboleta no pescoço, ficou perto do
Hotel D'Oeste, no largo São Bento. No dia seguinte, seria preso.
Achado numa pensão. Ia se jogar no Tietê. Descoberta a loja que
vendera a mala e também a identificação da mulher, a polícia caminhou a
passos largos para a localização e consequente prisão do autor do segundo
crime da mala no país. Ele foi achado na Pensão Grasso, que existia na Rua
Ypiranga (hoje avenida), de onde pretendia pagar um automóvel e seguir até
o Bom Retiro e de lá se jogar no rio Tietê, uma vez que para se afogar no
mar, em Santos, não tivera coragem suficiente. Sem reagir, o italiano magro e
alto, de olhos azuis e tido como doente tuberculoso quando trabalhava na
Casa Canelli, também da Rua da Conceição, foi levado para o "Gabinete de
Investigações", onde tentou justificar seu gesto.
Sobre a possibilidade de adultério praticado por "Mariucha", como era
chamada sua esposa na colônia italiana, ele não esclareceu muito, apenas
garantiu que ao chegar em casa no dia do crime, um homem pulou de sua
cama e fugiu na sua frente.
No entanto, pelo que disse aos policiais em 1928, o assassinato poderia
também estar ligado a dinheiro. As 15 mil liras que ele trouxera quando veio
para o Brasil, teria dado para Maria Féa depositar numa casa bancária. Depois
ele soube que lá só havia 12 mil, gerando daí séria discussão e o crime. (Féa
Mercedes mandara 3 mil liras para seus parentes na Itália, em pagamento dos
débitos contraídos pelo marido, quando de seu casamento em Sandria,
naquele país.)
No dia 1º de novembro, isto é, quase um mês depois do homicídio,
Pistone deu entrada na Penitenciária do Estado, que era na Av. Tiradentes.
Saiu não se sabe para onde, para voltar dia 19 de março de 1938 e, em
definitivo, a 10 de junho do mesmo ano. Ele morreu em 1969, em Taubaté,
onde teria se casado pela segunda vez. Seu corpo está sepultado no cemitério
da cadeia dessa cidade.
Irmãos de Mariucha falam do criminoso. Mesmo depois de preso, a
família de Mariucha preocupou-se de certa forma em manter contato com as
autoridades policiais brasileiras. Esther Féa e José Féa vieram da Argentina
para traçar a personalidade do criminoso, que já na Itália mostrava seu caráter
não muito respeitável.
Conforme ambos disseram aqui, depois de providenciarem um túmulo
em mármore simples na sepultura de Mercedes no Saboó (mais tarde seus
ossos seriam levados para a Argentina, onde estavam quase todos seus
parentes), Pistone era um fascista e queria que todos o fossem em seu credo
político; chegou a ser preso e condenado na província de Santa Fé, por
vigarices. Ele passou bom tempo em Buenos Aires, onde não firmou o pé de
jeito nenhum.
Giuseppe foi condenado a 20 anos de prisão, mas 8 meses depois já
estava em Regime Condicional. Conseguiu um emprego de porteiro em
Taubaté e voltou a casar-se.
Maria Féa foi enterrada no Brasil, e seu túmulo é constantemente
visitado em peregrinações religiosas que atestam ter recebidos milagres de
Féa.
A mala encontra-se no museu do crime de São Paulo.
Doca Street e Ângela Diniz

Um dos crimes passionais de maior repercussão em nosso país foi, sem


dúvida alguma, o ocorrido no final da década de 70 e que ficou conhecido
como “Caso Doca Street”.
Àngela Diniz saiu de Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1971. Separava-
se de um casamento de dez anos com o Engenheiro Milton Villas Boas.
Linda e amante da badalação social, ela queria mais do que a vida que
levava. Mais festas, mais jantares, mais reuniões sociais. Com dinheiro
suficiente para manter o alto padrão de vida, Ângela, “A Pantera de Minas”,
como era conhecida, começou a aparecer cada vez mais nas colunas sociais.
Tornou-se amiga da já famosa Leila Diniz, outra mulher polêmica na época.
Separada, se tornou amante do empreiteiro Tuca Mendes. Em junho de
73, um crime expôs o relacionamento clandestino: o caseiro de Ângela foi
morto com três tiros e Tuca Mendes assumiu a autoria do crime, embora
Ângela tenha se apresentado inicialmente como autora do disparo. Segundo
ele, o caseiro, armado com uma faca, teria tentado assediar Ângela. Depois
do escândalo, ela decidiu deixar Belo Horizonte e se mudou para o Rio de
Janeiro. Nessa mesma época, se envolveu ainda em outros dois crimes.
Primeiro tentou sequestrar os filhos, que estavam sob a guarda do ex-marido.
Depois, foi flagrada no Aeroporto Internacional do Rio, com maconha.
Morando no Rio de janeiro, foi em uma festa na casa de Adelita Scarpa,
na época esposa de Doca que conheceu Raul Fernando do Amaral Street, o
Doca, filho bonitão de um industrial paulista, Doca dificilmente se segurava
num emprego e exibia uma notória preferência por mulheres ricas.
Após alguns meses de relacionamento amoroso, Ângela Diniz e Doca
Street começavam a se afastar e serem vistos em meio a tumultuadas
discussões. Em uma destas discussões, o crime aconteceu.
Segundo empregados da casa de praia da socialite, em Búzios, os
disparos ocorreram depois de mais uma das discussões que pontuaram a
paixão do casal. “Você não presta. Vá embora, gritou Ângela.” Ele falou: “
Eu te amo!”, emendava Doca, que disse ter ouvido dos lábios da pantera que
teria de dividi-la na cama com os homens e mulheres que ela escolhesse.
Não sendo favorecida pela sociedade machista da época, Ângela Diniz,
além de assassinada por Doca, ficou à mercê de comentários maldosos sobre
sua conduta.
O assassino teve como advogado de defesa o conceituado criminalista
brasileiro Evandro Lins e Silva, que publicou o livro “A Defesa tem a
Palavra”, contando como defendeu o réu confesso em seu primeiro
julgamento. Doca se beneficiou com a tese do excesso culposo no estado de
legítima defesa e o juiz fixou a pena de dois anos de detenção ao réu,
concedendo-lhe o direito ao sursis.
No livro, Lins e Silva conta que sua principal estratégia foi desqualificar
a vítima, mulher de vida desregrada que já havia inclusive tido vários
problemas com a Lei, tais como suspeita de homicídio (na época seu amante
assumira a autoria do crime), porte de substâncias entorpecentes, e até mesmo
havia tentado sequestrar seus filhos, de quem não detinha mais a guarda, da
casa dos avós.
O advogado não poupou esforços para mostrar que seu cliente era
homem honesto e de bons antecedentes e que aquele crime havia sido um
episódio isolado da vida do indivíduo, que agira mediante injusta provocação
da vítima, verdadeira causadora do delito. Doca, um passional, é claramente
diferenciado do delinquente habitual, sendo o primeiro um criminoso de
ocasião, que age motivado pela emoção, portanto não representa
periculosidade social e merece a liberdade. Evandro conseguiu que várias
pessoas de projeção em todos os segmentos sociais, em sua maioria
empresários e políticos, mandassem cartas com recomendação de Doca,
atestando sua boa conduta profissional e pessoal.
Certo de que esta seria sua última defesa, já que naquele dia se despediu
publicamente da tribuna, devido a sua idade avançada e problemas de saúde,
Evandro Lins e Silva se disse espantado com a repercussão do crime e de sua
defesa em nível nacional. Ele teve como oponente auxiliando a promotoria na
acusação o não menos conceituado Evaristo de Moraes, com quem travou
uma das mais históricas batalhas judiciais.
Ângela Diniz foi assassinada aos 32 anos, com quatro tiros disparados à
queima-roupa por seu amante, Raul Fernando do Amaral Street, em 30 de
dezembro de 1976. Doca foi absolvido em 1979 e saiu do fórum sob
aplausos.
Em 1981, foi levado a novo júri. Desta vez, feministas invadiram as ruas
protestando, contra a tese da defesa. Foi condenado a 15 anos de prisão num
julgamento que acirrou a discussão sobre os valores machistas que
predominavam até mesmo na interpretação das Leis, O movimento feminista,
que aquela época não contava com militantes tão organizadas como hoje, se
uniu a outras mulheres indignadas e foram às ruas protestando contra a tese
de defesa, reunidas em torno do lema “Quem ama não mata”.
Doca Street, levado a novo Júri, desta vez defendido pelo advogado
Humberto Telles, foi condenado a 15 anos de reclusão por homicídio.
Tentaram apelar, em vão. Em 1987, Doca Street obteve Liberdade
Condicional e, após o ocorrido, trabalhou em algumas agências de
automóveis e também no mercado financeiro.
Atualmente, ele se encontra casado com uma corretora de imóveis,
amiga de infância com quem se envolveu logo após o julgamento, tem filhos,
netos e ainda reside em São Paulo.
Doca durante quase 30 anos não falou mais sobre o assunto, se recusava
a dar entrevistas e não gostava de ver nada relacionado a seu passado na
mídia. A Rede Globo produziu uma série de episódios para o seu programa
Linha Direta, em que mostrava a simulação de vários crimes de repercussão
nacional, incluindo o Caso Doca Street. Ele tentou de todas as formas, através
de seus advogados fazer com que o programa não fosse ao ar, obtendo
liminar para tal. Contudo, a emissora recorreu da decisão, e a produção do
especial sobre Doca Street não foi suspensa. Como a Globo não considerou a
liminar e levou o programa ao ar, foi condenada a pagar uma indenização.
Uma produtora de filmes chegou a elaborar em 2004 um roteiro sobre o
caso, mas o projeto não obteve sucesso. Em 1º de setembro de 2006, quase 30
anos depois, Doca Street surpreendeu todos ao lançar o livro “Mea Culpa”,
onde pela primeira vez contou sua versão do crime, narrando como era sua
vida com Ângela, o relacionamento com companheiros de prisão, alem de
proporcionar uma visão geral sobre como se comportava a alta sociedade da
época. No dia 3 de setembro do mesmo ano, afirmou em entrevista para o
fantástico que se arrepende todos os dias de ter matado Ângela, e ainda, se
disse interessado em participar de movimentos em defesa da mulher. Crimes
como este reacendem a discussão acerca dos valores machistas que ainda
predominam na sociedade.
A Legislação Penal tem evoluído muito no tocante à defesa e proteção
dos Direitos da Mulher, incluindo no Código Penal previsão específica para
crimes de lesão física praticados na esfera familiar. Outro avanço foi a Lei
11.340/06, também conhecida como ‘Lei Maria da Penha’, que trata
exclusivamente da violência doméstica contra a mulher. Contudo, muito mais
do que previsão em dispositivos legais, crimes de grande repercussão que
envolvem valores emocionais e sociais profundos merecem estudo e reflexão;
apenas assim poderíamos estabelecer opinião lúcida e imparcial sobre cada
caso concreto.
Mas, depois de três décadas praticamente calada, é Cristiana Villas
Boas, 41 anos, quem solta a voz para defender a mãe, e define Doca Street
como aproveitador e oportunista. Ela é filha da socialite mineira Ângela
Diniz, morta aos 32 anos em Búzios, no litoral fluminense, pelo namorado. O
episódio ganhou jornais, televisão, versão para o cinema e, agora, está nas
472 páginas de “Mea Culpa”, espécie de autobiografia lançada por Doca – o
homem que atirou cinco vezes em Ângela. Oportunismo disfarçado de pedido
de desculpas, diz Cristiana. “Pedir perdão é fácil. É uma palavrinha só. E eu,
que não pude contar, milhares de vezes, com a presença da mãe ao meu
lado?”, diz a herdeira da Pantera de Minas. Cristiana é administradora de
empresas e vive em Belo Horizonte, com os três filhos, de 20, 16 e 13 anos.
Exceto para amigos e pessoas próximas, que sabem de sua história, é uma
pessoa anônima.
E, por isso, preferiu não tirar fotos para a reportagem. Isto a torna, neste
ponto, bem diferente da mãe. Ângela Diniz era nacionalmente famosa. Além
da beleza, ficou conhecida pelo comportamento, tido como “fora dos
padrões” em um Brasil, que vivia os anos 1960 e 1970. “Ela se casou aos 17
anos, era uma menina. Depois, se separou do meu pai e viveu todas as
histórias que quis. Foi uma mulher de vanguarda, que só queria ser amada,
viver bem, ser feliz. Hoje, seria uma mulher como qualquer outra. Mas teve a
infelicidade de cair nas mãos desse monstro.” Cristiana pretende ler o livro
assinado por Doca. Mas acreditar nas palavras dele, a filha de Ângela Diniz
diz que não vai. “Ele está contando sua versão, mais uma vez. E minha mãe
não está aqui para se defender.” Quando Ângela morreu, Cristiana tinha 12
anos. E guarda na memória a imagem de uma mulher “linda, generosa,
amorosa e meiga, mas que viveu em um mundo que não valeu a pena para
ela”.
A administradora nega que Ângela usasse drogas e álcool, como está no
livro. “Se fez isso, provavelmente foi por intermédio dele”, diz, referindo-se a
Doca. Cristiana também contesta a versão de que a mãe fosse bissexual – o
que teria sido o estopim do crime na Praia dos Ossos, em Búzios. Segundo
Doca Street, a namorada queria romper o relacionamento. E, diante da
negativa dele, teria dito “se quiser me dividir com homens e mulheres, pode
ficar, corno”, provocando a reação do playboy. O resultado foram tiros que
desfiguraram Ângela e levaram Doca Street para trás das grades. Ele cumpriu
três dos 15 anos de cadeia em regime fechado. Depois, foi beneficiado pela
progressão de pena.
Para a jornalista Miriam Chrystus, que participou dos primeiros
movimentos feministas de Minas Gerais, o caso Ângela Diniz trouxe à tona a
questão da violência contra a mulher. “Antes dele, nós discutíamos a
igualdade de direitos, a questão do prazer, a contracepção.” Miriam acha
possível um homem se arrepender de ter matado a companheira, mas alega
que o livro não traz fatos novos ao crime. “Em 30 anos, a única versão
sempre foi a de Doca”, diz ela – para quem Ângela morre, mais uma vez, ao
ser lembrada como promíscua e viciada. Já a feminista Jô Moraes,
Presidente-fundadora da União Brasileira da Mulher, desconfia da boa
intenção de Doca Street ao escrever a obra. O ex-condenado afirma que esta é
sua chance de pedir perdão. “Mas o que tira a credibilidade é que o gesto de
arrependimento e solidariedade veio junto à jogada comercial para
lançamento de um livro.” Apesar do discurso das feministas, Cristiana Villas
Boas não vê a tragédia da mãe como um marco na história da luta em defesa
das mulheres. “É hipocrisia dizer que este não é um país machista.”
O caso Daniella Perez

O assassino e a vítima
Daniela Perez era uma jovem atriz, de 22 anos, atuando no auge do
sucesso com o também ator global, Guilherme de Pádua, e assassino da atriz
com sua mulher Paula Thomás.
Na época, ela vivia a doce Yasmin em ‘De Corpo e Alma’, trama escrita
por sua mãe, Glória Perez. O mais espantoso foi a revelação da autoria do
crime. Daniella havia sido morta por Guilherme de Pádua e por Paula
Thomaz, sua mulher na época. Guilherme que vivia o Bira na novela,
apaixonado pela personagem Yasmin.
A atriz foi assassinada na noite do dia 28 de dezembro de 1992, por
volta das 21h30, logo após ter deixado os estúdios da Globo, depois de mais
um dia de gravação. Seu corpo foi encontrado em um matagal da Barra da
Tijuca. No dia seguinte, a notícia dividia a atenção dos brasileiros, que
assistiam também à renúncia do Presidente Fernando Collor.
Antes de confessar a autoria do crime, Guilherme de Pádua procurou
Glória Perez e o ator Raul Gazolla, marido de Daniella, para prestar
solidariedade. Raul, emocionado, teria dito para Guilherme que ele era um
"grande amigo".
Logo após a confissão dos assassinos, começaram a circular várias
versões que tentavam explicar o ocorrido. Entre elas, a de que Guilherme de
Pádua estaria confundindo a ficção com a vida real e que estaria apaixonado
por Daniella Perez. Foi cogitado, inclusive, que os dois estariam vivendo um
romance fora das telas, história totalmente negada por todos os colegas de
elenco.
Em janeiro de 1997, o juiz José Geraldo Antônio condenou Guilherme a
19 anos de prisão pela morte da atriz. No dia 16 de maio daquele ano, após
44 horas de julgamento, o mesmo juiz condenou também Paula a 18 anos e
meio, pela sua participação no assassinato. A decisão foi comemorada pelo
público presente, com uma salva de palmas.
Paula Thomaz e Guilherme de Pádua estavam presos desde o momento
da confissão. Na ocasião, ela estava grávida do primeiro filho do
casal, Felipe, que nasceu em 1993, na cadeia. Foi o filho, aliás, o responsável
pela redução da pena de Guilherme. Ele reivindicou a redução da pena,
baseado no Decreto Presidencial nº 3.226, de 29/10/1999, que concede
indulto da pena ao "condenado à pena privativa de liberdade superior a seis
anos, pai ou mãe de filho menor de doze anos de idade incompletos até 25 de
dezembro de 1999 e que, na mesma data, tenha cumprido um terço da pena,
se não reincidente, ou metade, se reincidente."
Os personagens desta história:
Daniella Perez - A única filha mulher da autora Glória Perez, sempre
quis ser artista. Começou como dançarina atividade que, aliás, exerceu extra-
profissionalmente até a sua morte prematura.
Quando morreu, aos 22 anos, Daniella estava casada com o ator Raul
Gazolla, que ela havia conhecido na novela “Kananga do Japão”, da
Manchete.
Glória Perez - Depois do assassinato da filha, Glória Perez passou a se
dedicar quase que integralmente à condenação dos culpados, buscando
provas através de uma investigação paralela feita com seu advogado, Arthur
Lavigne. Glória chegou a convencer três pessoas que trabalhavam em um
posto de gasolina, onde Daniela teria passado pouco antes de ser morta, a
prestarem depoimentos contra Paula e Guilherme.
Além disso, a autora liderou um Movimento Nacional para mudar a Lei
que garante a criminosos primários o cumprimento da pena em liberdade.
Recentemente, Glória tem dado várias declarações de que não acredita mais
na Justiça do Brasil.
Nascida em Rio Branco, no Acre, Glória Perez é formada em História e
começou a sua carreira como escritora de novelas colaborando com Janete
Clair. Depois da morte da "Mestra", foi Glória quem assumiu o comando da
novela “Eu Prometo”, de 1983. Sua carreira havia começado antes, em 1979,
quando ela escreveu um episódio para a série ‘Malu Mulher’, da Rede Globo.
O episódio, no entanto, nunca chegou a ser gravado, mas foi ele que
despertou em Janete Clair, o interesse pela nova autora.
Depois da morte de Daniella, Glória ficou quase três anos sem escrever,
só voltando às telas com ‘Explode Coração’, em 1995. Seu mais recente
sucesso foi ‘O Clone’.
Em novembro desse ano, Glória Perez viveu mais um drama pessoal,
perdendo seu filho Rafael Ferrante Perez, de 25 anos. Portador de Síndrome
de Down, Rafael morreu vítima de uma torção intestinal, em Brasília, onde
vivia com a avó. Agora Glória só tem um filho vivo, Rodrigo.
Guilherme de Pádua - O mineiro Guilherme de Pádua estreou na
televisão na novela ‘De Corpo e Alma’, a primeira e última da sua breve
carreira. Anos antes da estreia, ele chegou ao Rio de Janeiro para tentar a
carreira artística. Especula-se que ele chegou a realizar trabalhos como
michê, mas o fato sempre foi negado por ele.
Após cumprir um terço da pena (seis anos e quatro meses), Pádua
conseguiu a Liberdade Condicional em 1999, por bom comportamento. No
ano seguinte, a Vara de Execuções Criminais de Minas Gerais concedeu a ele
a redução de 25% da sua pena, que passou para 14 anos, dois meses e 26 dias.
Em 2001, ele entrou com o pedido de indulto, que o deu a liberdade esse ano.
Se nos próximos 5 anos, Guilherme mantiver um bom comportamento e não
se envolver em nenhum outro crime, passará a ser considerado réu primário.
Caso alguém o chame de assassino, ele pode, inclusive, entrar com um
processo por calúnia e difamação.
Atualmente, Guilherme de Pádua leva uma vida normal e cursa o 1º
período de Ciências da Computação na PUC Minas, em Belo Horizonte, e já
desenvolve trabalhos na área. Recentemente, ele foi pré-selecionado para
receber uma bolsa de estudos.
Paula Thomaz - Em liberdade condicional desde novembro de 1999,
Paula Nogueira de Almeida Thomaz, 28 anos, agora assinando apenas Paula
Nogueira, cursa Administração de Empresas desde 2000, na Faculdade
Cândido Mendes, no Rio de Janeiro. O privilégio da condicional veio após
ela cumprir um sexto da pena, de 15 anos a que foi condenada.
Ao contrário dos seus colegas, Paula não prestou vestibular. Ela
conseguiu ingressar na faculdade através do Programa de Acesso Direto,
aprovado há dois anos pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC).
Através dele, o aluno que tenha obtido média sete nos três anos do ensino
médio, pode ingressar na faculdade sem prestar vestibular.
Paula queria estudar Ciências Contábeis, mas como o curso é à noite, ela
não pode frequentar as aulas por determinação judicial. Outra determinação
exige que Paula Thomaz se apresente à Justiça, a cada três meses.
O casamento com Guilherme de Pádua acabou logo depois do crime. O
advogado de Paula Thomaz defendeu a tese de que sua cliente estaria em um
shopping, no momento do crime. O de Guilherme, por sua vez, alegou que a
autora das estocadas teria sido Paula. Seu cliente teria apenas imobilizado a
vítima.
Em 2001, foi anunciado o segundo casamento de Paula com Sérgio
Ricardo Rodrigues Peixoto.
Hoje em 2010, os dois estão livres, Guilherme como alguns outros
psicopatas encontraram no Evangelho sua saída para aceitação popular,
iludindo fiéis com sua mudança e encobrindo uma mente doentia e,
infelizmente, como tantas outras mal julgadas no Brasil, que se encontra em
liberdade.
O Caso Farah - Jorge Farah

O cirurgião plástico Farah Jorge Farah, de 53 anos, era um homem


educado, religioso, discreto, que vivia aconselhando os vizinhos, amigos e
pacientes a frequentar, como ele, a Igreja Adventista do 7.º Dia, para fugir da
violência. Mas, no fim da tarde de domingo, num quarto de uma Clínica
Psiquiátrica, Farah mostrou um outro lado de sua vida. Um lado assustador,
assassino que deixou impressionados policiais experientes.
Ele contou para a sobrinha Tânia Maria Homsi, de 35 anos, que dopara,
matara e esquartejara Maria do Carmo Alves, de 46, uma dona de casa que
fora sua paciente e com quem mantinha um tumultuado romance. Falando
com dificuldade, por ter tomado dose excessiva do calmante Tofrenil, Farah
entregou as chaves de seu Daewoo 94, para a sobrinha. "O carro está no meu
prédio. Olhe no porta-malas a loucura que eu fiz", disse.
Tânia foi ao edifício da Rua Salete, 320, em Santana, onde o tio ocupava
a cobertura. O carro estava na garagem do 1.º subsolo. Como o cheiro de
formol e água sanitária no porta-malas era forte, ela decidiu procurar o 13.º
Distrito Policial. Lá, contou a história e levou uma equipe de investigadores
ao prédio.
Em cinco sacos pretos, os policiais viram o corpo esquartejado de Maria
do Carmo. Os peritos abriram os sacos e se impressionaram. Faltavam as
mãos e as vísceras. "Além de esquartejar, Farah tirou a pele do tórax, dos
seios e do lado esquerdo do rosto", disse o delegado Ítalo Miranda Júnior, do
13.º DP, que autuou o médico por homicídio, ocultação de cadáver e
vilipendio.
Farah teria levado dez horas para matar Maria do Carmo, com quem
teria um relacionamento amoroso há cerca de 20 anos. Farah usou bisturi e
pinças para dissecar o corpo e retirar a pele de parte do rosto, do tórax e das
pontas dos dedos das mãos e dos pés. As vísceras da vítima não foram
encontradas. Elas poderiam apontar se Maria do Carmo foi dopada antes de
ser morta.
Ele passou a noite em seu consultório e, no sábado de manhã, chamou
seus pais e retirou os pedaços do corpo, guardados em sacos plásticos, e os
colocou no porta-malas de seu carro. Logo após, ele se internou na Clínica
Psiquiátrica Parque Julieta, a mesma em que o jornalista Antonio Pimenta
Neves ficou, após matar sua ex-namorada e também jornalista Sandra
Gomide em 2000.
Farah teria confessado o crime a sua sobrinha Tânia Maria Homsi, que
foi o visitar no domingo. Ela o denunciou no mesmo dia. O corpo
esquartejado foi encontrado pela polícia na madrugada de segunda-feira,
dentro do porta-malas do carro do médico, que estava na garagem do prédio
onde Farah mora, também na zona norte de São Paulo. Na segunda à noite,
ele foi preso no 13° Distrito Policial (Casa Verde), em uma cela especial com
mais cinco detentos, entre eles o pediatra Eugenio Chipkevitch, acusado
dopar e abusar de seus pacientes. Na terça-feira, em depoimento à polícia, o
médico confessou o assassinato, mas afirmou ter sofrido um "lapso de
memória" em relação aos detalhes do assassinato. Ele disse que se lembrava
apenas da chegada da dona de casa à clínica, na última sexta-feira (24). Ela
estaria armada com uma faca e teria tentado agredi-lo. O Cremesp (Conselho
Regional de Medicina do Estado de São Paulo) decidiu suspender,
cautelarmente, o exercício profissional do cirurgião plástico. O Conselho
também decidiu, por unanimidade, instaurar um procedimento administrativo
para verificar a incapacidade do médico para o exercício da profissão. Uma
Junta Médica – composta por psiquiatras – foi nomeada e caracterizou a ação
do colega de profissão como um surto. Condenado a 13 anos de prisão em
regime fechado, a possibilidade de o cirurgião plástico Farah Jorge Farah, de
59 anos, cumprir a pena, preso em regime fechado, é praticamente nula. Ele
foi condenado no 2º Tribunal do Júri de São Paulo. O Ministério Público e a
defesa dele recorrem da sentença. De acordo com o Presidente da Associação
Paulista de Magistrados (Apamagis), o Desembargador do Tribunal de
Justiça de São Paulo, Henrique Nelson Calandra, caso a sentença seja
confirmada, Farah já teria direito a pedir o regime semiaberto.
Ou seja, ele poderia ficar livre durante o dia e retornar à prisão, apenas
para dormir.
Farah ficou preso do dia 26 de janeiro de 2003 até 29 de maio de 2007,
quando conseguiu um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal, até que o
caso fosse definitivamente julgado. Como ele ainda recorre da condenação,
pode ficar solto até se esgotarem as possibilidades de recurso.
Em 2010, Farah Jorge Farah é um dos aprovados no vestibular 2010 da
Fuvest. Ele poderá se matricular no curso de graduação de Gerontologia da
Universidade de São Paulo (USP), que investiga os fenômenos fisiológicos,
psicológicos, sociais e culturais relacionados ao envelhecimento do ser
humano.
Seus advogados pretendem garantir o direito de Jorge, mesmo
aguardando a sentença final, ao ingresso na Universidade.
O Caso da Rua Cuba

Na véspera de natal de 1988, em um elegante bairro de São Paulo,


precisamente no número 109, da Rua Cuba, o advogado Jorge Toufic
Bouchabki e sua mulher, Maria Cecília, foram assassinados.
Os pais de uma família de três filhos, encontrados mortos no quarto do
casal. Havia um despertador regulado para tocar às sete e meia da manhã,
mas ninguém se levantou. O quarto foi aberto pela polícia à uma hora da
tarde: o casal imóvel, coberto por um lençol, sinais de sangue em seus rostos,
marcas de tiros de revólver na cabeça.
O principal suspeito do crime, nunca foi sequer indiciado, o filho do
casal. Ele tinha 19 anos quando o crime ocorreu. De acordo com o Código
Penal, quem é acusado de um crime com menos de 21 anos de idade, tem
reduzidos de metade, os prazos de prescrição. No caso de Jorginho, sua
responsabilidade criminal foi extinta.
A empregada doméstica Olinda Oliveira da Silva, em depoimento
colhido por Promotores e pelo Delegado Luiz Carlos Ferreira Sato, em 1998,
contou que, na véspera do assassinato, Jorginho discutiu com a mãe. Ela não
aceitava o namoro do filho com a estudante Flávia Soares. De acordo com a
empregada, o bate-boca terminou quando Maria Cecília quebrou um taco de
sinuca nas costas de Jorginho. Aos gritos, ele teria dito que a mãe se
arrependeria por ter-lhe batido. Essa versão contradiz o depoimento de
Olinda dado na ocasião dos fatos, quando afirmou que o relacionamento
familiar era harmonioso.
O delegado perguntou por que Olinda omitiu estes detalhes, quando
ouvida pelo delegado José Augusto Veloso Sampaio e pelo promotor Luiz
Antônio Guimarães Marrey, responsáveis pela investigação. Ela informou
que a família “pediu para não dizer nada…” Ela jamais explicou por que
mudou de opinião. O inquérito sobre o crime da Rua Cuba entrou para a
crônica policial paulistana por causa da suspeição que recaiu sobre o filho das
vítimas.
Foi arquivado em 1991, quando o juiz Linneu de Carvalho Sobrinho
alegou falta de provas contra Jorginho. O rapaz chegou a se mudar para
Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, em busca do anonimato. Cursou
Direito numa Universidade da cidade. Foi expulso duas semanas antes da
formatura, acusado de pagar a Faculdade com cheques furtados de Enia
Luciane da Silva, funcionária da instituição de ensino. Jorginho voltou à
capital e conseguiu colar grau em outra Universidade.
O Crime do Circo – O maior incêndio Criminoso do
Mundo
Conversando há poucos dias com a escritora Zezé Pedrosa, abordei o
assunto de suas queimaduras no braço, e ouvi uma história que sempre
acompanhou minha infância, motivo pela qual nenhum circo vingou mais na
cidade de Niterói, onde nasci, o famoso e absurdo Incêndio do Circo.
– Cinquenta anos passaram e ainda sinto o cheiro de carne queimada –
relatou a escritora.
Tristeza, surpresa, desencanto. Esses sentimentos ainda estão presentes
na memória dos que viveram aqueles dias. A chegada do circo da família
Stevanovich a Niterói foi um evento fascinante. “Era dos circos mais ricos
que havia na América do Sul. Chegava, fazia passeata, botava banda em cima
de uma carreta que ele tinha e entrava na cidade com alto-falante, corneta –
‘Está chegando o Norte-Americano! ’Tinha três ou quatro elefantes, tinha uns
vinte cavalos, tinha dromedário, camelo, hipopótamo. Nossa! Tinha lhama,
bicho que nunca ninguém viu por aqui (...) Ah, tinha um dos melhores
trapezistas do mundo... Não era banda, era orquestra o que tinha”, descreve
Doracy Campos, o palhaço Treme-Treme, que já havia estrelado o
espetáculo.
Para comportar tantas atrações, as dimensões do circo eram também
grandiosas. A lona podia abrigar 2.500 pessoas, e estava lotada na sessão
vespertina do dia 17 de dezembro de 1961. Às 15h45, quando se aproximava
o fim do último número – o salto tríplice dos trapezistas – teve início o maior
incêndio de circo de todos os tempos. E a maior tragédia da história do país.
Marlene Denise de Oliveira Serrano estava lá: “Espetáculo não pôde acabar.
Só faltava o salto da morte”, estampou a Tribuna da Imprensa no dia
seguinte. O jornal narrou assim o acontecido: “Em menos de 20 minutos o
circo ficou completamente destruído, com um montão de corpos
carbonizados na porta principal e outros espalhados pelas cadeiras e debaixo
das arquibancadas. Um pouco longe do circo, era este o espetáculo: uns se
arrastando quase em frente à estação [de trem] da Leopoldina, outros
rasgando suas roupas (em chamas) aos gritos. Os que conseguiram sair sem
ferimento gritavam por socorro. Dois minutos depois, chegava o Corpo de
Bombeiros, que teve só um trabalho: juntar os mortos nos caminhões dos
particulares e mandá-los para o necrotério. Praticamente não havia mais
fogo”.
Consumada em poucos minutos, a tragédia estava apenas começando. O
sofrimento e a comoção vivenciados por parentes, moradores e autoridades
foram acompanhados passo a passo pela imprensa. Cada notícia divulgada
aumentava a perplexidade coletiva.
No estádio esportivo Caio Martins foram enfileirados os corpos
carbonizados, cobertos com panos brancos doados pelo povo. Uma vez
reconhecidos, eram colocados, ali mesmo, nos caixões para o sepultamento.
A necessidade de disponibilizar grande número de esquifes de diferentes
tamanhos transformou o campo de futebol na “maior e mais triste carpintaria
do mundo”, segundo a revista Fatos & Fotos. O governador Celso Peçanha
convocou todos os marceneiros e carpinteiros de Niterói para a fabricação
dos caixões em regime de urgência. Chamava atenção o número de urnas
para crianças. Durante vários dias, a cidade foi envolvida pelo clima dos
velórios e enterros. Enquanto ocorriam os sepultamentos, novas covas eram
abertas para os próximos. Carros circulavam com fitas pretas de luto.
Outra imagem marcante foi a quantidade de sapatos amontoados no
local do desastre. Nélia Siqueira Dupuy, mãe de um menino de 5 anos de
idade que sobreviveu, recorda o que chamou sua atenção no picadeiro
incendiado: “Quando nós chegamos lá, eu vi que a coisa tinha sido realmente
muito feia, porque o que tinha de sapato...”. Quase um eco do que diz o
palhaço Treme-Treme: “O que eu via de sapato, de gente – Deus me livre –
morta”.
Não escaparam à imprensa reações individuais de desespero. Diante da
perda da mulher e dos filhos, um dono de botequim destruiu seu
estabelecimento. Outro homem “enlouqueceu”, acusando a vizinha por ter
levado seus filhos ao circo. O caso mais difundindo foi o do Profeta
Gentileza. Como suas primeiras pregações aconteceram no local do incêndio
assim que soube do acidente, até hoje persiste o boato de que ele teria perdido
a família na tragédia, versão que não se confirma. O personagem ganharia
fama no Rio de Janeiro, pintando suas mensagens em grandes painéis.
O apoio às vítimas envolveu grande mobilização social. Em Niterói, a
maioria dos atendimentos foi feita pelo Hospital Antônio Pedro, que estava
fechado havia cerca de 20 dias por causa de uma greve. A carência da
instituição era total, e seu funcionamento só foi possível graças ao empenho
de órgãos públicos e particulares, e pelo grande número de doadores de
sangue. Medicamentos, roupas, camas, comida – em pouco tempo o hospital
recebeu mais doações do que era necessário. Comércio e indústria ficaram de
portas abertas noite adentro para garantir medicamentos e materiais, atender
feridos e realizar sepultamentos. A diretoria do Flamengo anunciou que
colocava sua equipe à disposição para organizar um jogo em benefício das
vítimas. Senhoras da sociedade criaram um fundo de assistência às vítimas.
Ações de solidariedade se espalharam por todo o Brasil e também no
exterior. A embaixada dos Estados Unidos doou um estoque de antibióticos,
ataduras e soro, e seu governo, em colaboração com a Cruz Vermelha, enviou
500 frascos de plasma sanguíneo. Da Argentina veio uma equipe de seis
cirurgiões plásticos e oito enfermeiras do Instituto Nacional de Queimados,
além de uma tonelada de medicamentos e material cirúrgico.
“Vi o espetáculo mais triste de minha vida”, disse o presidente da
República, João Goulart, em visita ao hospital, acompanhado pelo primeiro-
ministro Tancredo Neves. Até o papa João XXIII rezou missa pelos mortos.
O chefe da equipe responsável pelo tratamento das vítimas de
queimaduras se tornaria o mais conhecido cirurgião plástico brasileiro: Ivo
Pitanguy. O trabalho foi tão intenso que abriu um grande campo de
investigação dessa especialidade médica no país, contribuindo para tornar o
Brasil a principal referência em cirurgia plástica no mundo. Hoje médico
conhecido em Niterói, Carlos Caldas começou sua carreira ali. Ele acabava
de voltar de seu baile de formatura, em Petrópolis:
Foi o meu batismo de fogo como médico. Na acepção da palavra (...) Me
disseram: pegou fogo no circo de Niterói. Eu fiquei desesperado, porque a
minha mãe não foi ao baile. Evidentemente, não foi ao baile porque ficou
com meu irmão menor, caçula, e eles iriam ao circo. Então, já começou meu
drama. Aí, começamos logo a trabalhar. Sofri logo um impacto terrível
porque o primeiro paciente que eu fui atender, um minuto ou dois depois ele
morreu.
Centenas de mortos, milhares de vidas afetadas, uma cidade inteira de
luto, um país unido na dor e na solidariedade. Menos de 50 anos depois, um
episódio tão marcante parece ter se apagado da história. Mas não da memória.
Foram mais de 300 mortos, a maioria crianças.
Caso Gil Rugai (Assassinato do pai e da madrasta)

Aos 20 anos de idade, Gil Rugai era considerado um rapaz pacífico e


muito religioso. Trabalhava há algum tempo na Produtora de vídeos do pai.
Filho de Luíz Carlos Rugai, Gil era benquisto pela família e
principalmente na Produtora do pai.
Estudou Teologia, e repetia constantemente que se tornaria um padre.
Morava com o pai e a madrasta, Alessandra de Fátima Trotino, 33, com
quem seu pai estava casado há pelo menos 10 anos.
Gil tinha temperamento pacífico, frequentava as missas desde criança, e
gostava de se vestir como os padres, com golas altas e mangas compridas,
bem abotoadas.
No domingo, 28 de março de 2004, por volta das 21:00 horas, Luíz
Carlos e Alessandra foram brutalmente assassinados, no interior da luxuosa
residência em que viviam em Perdizes e onde funcionava a produtora de
vídeos do casal.
Após investigações, a polícia descobre que Gil Rugai havia fraudado o
pai 5 dias antes na produtora, em um valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais),
o que havia ocasionado uma discussão entre os dois e o convite do pai de Gil
para que o mesmo saísse da residência.
Gil já havia montado há alguns meses uma produtora independente para
ele e um amigo.
Gil era o único herdeiro de Luíz Carlos, de uma fortuna avaliada em
R$15.000,000,00 (quinze milhões de reais)
Ao começarem a investigação na residência, descobriram um outro lado
de Gil.
Um quarto que vivia trancado a sete chaves possuía imagens de
suásticas e de gárgulas. Além de xérox do próprio rosto de Gil.
Na casa de Perdizes, porém, foram encontrados nota fiscal da compra de
uma arma, certificado de curso de tiro – todos em nome de Gil – e estojo
deflagrado de uma pistola 380, o mesmo calibre que alvejou três vezes Luiz
Carlos e quatro, Alessandra. “A 380 não é arma de defesa, mas de ataque. Por
que ele faria um curso de tiro, se é pacífico? Quais influências fariam Gil
cometer um crime?”, questionou na época um investigador do caso.
Alessandra morreu primeiro, próxima da porta dos fundos. Recebeu um
tiro tangencial no braço esquerdo, próprio de quem se defende. Sua camiseta
estava chamuscada, o que indica que o matador estava bem próximo. Ao
ouvir os tiros, Luiz Carlos se trancou na sala de vídeo, que foi arrombada, a
pegadas – na porta, restou a pegada de um sapato social. Luiz Carlos morreu
no corredor. Na secretária eletrônica, depois do crime, Gil gravou uma
mensagem ao pai: queria passar em casa para retirar os pertences. No dia
seguinte, foi até a igreja Nossa Senhora de Fátima e marcou, para o sábado 3,
a missa de sétimo dia. Só não compareceu porque teve a prisão preventiva
decretada um dia antes.
Gil Rugai chegou a ficar preso entre 2004 e 2006, mas foi colocado em
liberdade pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A data do Júri Popular
ainda não foi marcada.
21 de agosto de 2009 - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) ordena que
Gil Rugai seja preso. Em seguida, a defesa pede ao STF um habeas
corpus, para que ele continue solto.
O Assassinato de João Hélio

O que seria mais um assalto a carro no subúrbio da cidade, do Rio de


Janeiro, transformou-se em uma tragédia, que abalou o país. Naquela noite,
do dia 7 de fevereiro, por volta das 21h30min, de uma quarta-feira. Rosa
Cristina Fernandes voltava para casa com os filhos Aline Fernandes (de 13
anos) e João Hélio (de 6 anos). Eventualmente ela parou no semáforo,
quando três homens armados, fazendo uso de duas armas, a abordaram dando
ordem para que eles saíssem do veículo.
O assalto ocorreu na Rua João Vicente, próximo à Praça do Patriarca,
em Oswaldo Cruz, Zona Norte. A mãe do menino, Rosa Fernandes, foi
rendida ao volante do Corsa Sedan, placa KUN 6481. No interior do veículo
estavam uma amiga da família e o filho João Hélio, no banco traseiro e a filha
adolescente viajava ao lado da mãe, no banco dianteiro direito, que no
momento do assalto conseguiram abandonar o carro, porém, Rosa havia
avisado aos assaltantes que João Hélio não havia conseguido se soltar do
cinto de segurança. Presa ao cinto de segurança, a criança não conseguiu sair.
Um dos assaltantes bateu a porta e os bandidos arrancaram com o veículo em
alta velocidade. Com o menino preso pelo lado de fora do veículo, os
assaltantes o arrastaram por sete quilômetros, passando pelos bairros de
Oswaldo Cruz, Madureira, Campinho e Cascadura.
Motoristas e um motoqueiro que passavam no momento sinalizaram
com os faróis. Os ladrões ironizaram dizendo que "o que estava sendo
arrastado não era uma criança, mas um mero boneco de Judas", e
continuaram a fuga arrastando o corpo do menino pelo asfalto.
Segundo testemunhas, moradores gritavam desesperados ao ver a
criança sendo arrastada pelas ruas. Os criminosos abandonaram o carro com
o corpo do menino pendurado do lado de fora, com o crânio esfacelado, na
rua Caiari, uma via sem saída, no bairro de Cascadura, Zona Norte, e
fugiram. O corpo do garoto ficou totalmente irreconhecível. Durante o
trajeto, ele perdeu vários dedos e as pontas dos mesmos, além da cabeça, que
não foi totalmente localizada.
A falta de policiais do 9º BPM (Rocha Miranda), nas ruas facilitou a
fuga. Nesse percurso, os bandidos trafegaram pelas ruas João Vicente,
Agostinho Barbalho, Dona Klara, Domingos Lopes, Avenida Ernani
Cardoso, Cerqueira Daltro, Florentina, entre outras. No trajeto, passaram em
frente ao Quartel de Bombeiros de Campinho, por um quartel do Exército e
pelo Fórum de Cascadura, mas não cruzaram com nenhuma viatura da
polícia. Os criminosos passaram também, diante de dois bares, um na esquina
das ruas Cândido Bastos com a Silva Gomes e outro na Rua Barbosa, com a
Florentina. As pessoas que ali estavam apavoraram-se com a cena e
começaram a gritar.
Um Bacharel em Direito, Diógenes Alexandre, 24 anos, morador das
proximidades, estava no bar da esquina das Ruas Cândido Bastos com a Silva
Gomes, e viu quando os bandidos passaram arrastando o corpo do menino.
Segundo ele, os bandidos chegaram a parar o carro. Neste momento, a
princípio, algumas pessoas pensaram que eles arrastavam um boneco. Mas
ele e o dono do bar viram que era uma criança, pois perceberam o sangue na
lataria do carro. "Eram três homens que estavam no carro, tinha um sentado
no banco traseiro, que ainda olhou para trás quando nós gritamos, mas eles
aceleraram e passaram por um quebra-mola em alta velocidade e o corpo foi
batendo no asfalto", contou.
Demonstrando serem conhecedores da área, os assaltantes abandonaram
o carro ao final da Rua Caiari, próximo à escadaria que dá acesso à Praça
Três Lagoas. Certos de que não seriam presos, estacionaram e fecharam o
carro antes da fuga. Segundo testemunhas, os bandidos desceram as escadas
calmamente. O Bacharel em Direito disse que, ao se aproximar do carro, teve
certeza de que era o corpo de uma criança. Ele e dois amigos seguiram o
carro. "O barulho parecia ser de um papelão sendo arrastado", afirmou. Após
assistir a cena, Diógenes ficou 10 minutos em estado de choque. "Não tive
nenhuma ação, só depois é que lembrei de ligar para a polícia e já era 21h40.
Aí ouvi as pessoas falando, que havia partes do crânio do menino na rua
Cerqueira Daltro e que eles pararam em um sinal, pouco antes do viaduto de
Cascadura, onde várias pessoas correram para avisar, chegaram a bater no
carro, mas eles continuaram o trajeto, piscando os faróis", disse. Pelo celular
avisou à polícia. Pouco depois, a rua foi tomada por policiais.
Durante parte do trajeto, os bandidos foram seguidos por um
motociclista que presenciou o momento do roubo. Ele levou os policiais até a
Rua Cerqueira Daltro, próximo a um supermercado. Ali estavam parte da
cabeça da vítima e massa encefálica, que foram recolhidas e colocadas em
um saco plástico.
O crime mobilizou policiais de três Delegacias e do 9º Batalhão da PM
(Rocha Miranda, no subúrbio). O delegado do 30º DP (Marechal Hermes)
Hércules Pires do Nascimento pediu ajuda à população para localizar os
bandidos. O Disque-Denúncia começou a receber telefonemas e ofereceu, de
início, uma recompensa de 2 mil reais, que posteriormente subiu para 4 mil
reais, por informações que identificassem os envolvidos.
Dezoito horas após o assalto, e diante da forte repercussão nos
noticiários que o caso teve na opinião pública, a Polícia Militar começou as
prisões dos envolvidos, prendendo o primeiro: Diego. Este reconhecido pelo
pai, o porteiro Kuelginaldo, que foi localizado por meio de denúncia anônima
e se comprometeu a colaborar indo à Delegacia e um menor com a idade de
16 anos. Eles confessaram o crime, segundo a polícia. De acordo com as
investigações, Diego Nascimento da Silva, de 18 anos, ocupou o banco do
carona na fuga; Carlos Eduardo Toledo Lima, de 23 anos, foi o condutor do
automóvel; e o menor de 16 anos, que foi o responsável por render a mãe de
João Hélio e ocupar o banco de trás do veículo Corsa prata roubado, de Rosa
Cristina Fernandes. Um outro homem, Tiago, chegou a ser preso, mas foi
liberado em seguida, por não ter sido comprovada a sua ligação com o caso.
No dia seguinte, a polícia pediu a prisão de mais dois suspeitos da morte
do menino arrastado. Um dos suspeitos, o condutor do veículo, Carlos
Eduardo, é irmão do menor de idade, já detido. À noite, a polícia prendeu
novamente Tiago de Abreu Mattos, de 19 anos, o quarto suspeito de ter
participado da tentativa de assalto. Segundo a polícia, ele juntamente com
mais um quinto elemento, Carlos Roberto da Silva, de 21 anos, levaram os
bandidos até o local do assalto, ambos estariam no táxi, que pertencia ao pai
de Tiago, utilizado para levar a quadrilha até o local e dar cobertura à fuga.
Carlos Eduardo Toledo Lima ainda estava foragido, mas foi preso horas
depois. Os cinco acusados tiveram a prisão temporária decretada até 10 de
março de 2007.
Testemunhas afirmaram que o carro trafegava em ziguezague e passava
perto dos postes na tentativa de se livrar do corpo do menino, informou o
Delegado. O menor envolvido confessou, ter utilizado revólver de plástico
(falso) para realizar o assalto, versão esta, discordada por Rosa Fernandes ao
relatar que os bandidos, ao baterem no vidro do automóvel com as armas,
produziu um ruído característico de metal em vidro.
Diego Nascimento da Silva, Carlos Eduardo Toledo Lima, Carlos
Roberto da Silva e Tiago de Abreu Mattos foram ouvidos na 1ª Vara
Criminal de Madureira, no subúrbio do Rio.
O Comandante-Geral da PM, Coronel Ubiratan Ângelo, confirmou, em
entrevista à Rádio CBN, que não havia policiais no local do assalto. Ele
reconheceu a necessidade de reforço do policiamento. Ubiratan classificou o
crime como trágico e contou que o Agente que foi ao local começou a chorar
e não conseguiu passar a ocorrência.
Após a missa de sétimo dia, cerca de 500 pessoas fizeram uma passeata
pelas ruas do centro do Rio de Janeiro pedindo paz. No decurso da missa, os
pais do menino, haviam pedido à população que fossem às ruas para exigir
um Estado menos violento. E foram prontamente atendidos. Assim que
acabou a Cerimônia, famílias de vítimas de outras tragédias e dezenas de
pessoas que se chocaram com a brutalidade cometida pelos criminosos,
iniciaram caminhada de protesto pela Avenida Rio Branco, que só terminou
duas horas depois, na Assembléia Legislativa. Os manifestantes seguravam
faixas e cartazes e vestiam camisetas com fotos de parentes e amigos vítimas
de crimes. Os participantes do protesto pediam Justiça, mudanças nas Leis e
mais oportunidades para os jovens. O vocalista da banda Detonautas Roque
Clube, Tico Santa Cruz, compareceu ao protesto. O guitarrista da banda,
Rodrigo Netto, foi morto aos 29 anos em Junho de 2006, após uma tentativa
de assalto no Rio. "Se querem abaixar a maioridade penal, abaixa. Mas
ofereçam também educação", disse Tico Santa Cruz. Jovita Belfort, cuja filha
Priscila havia desaparecido há três anos (ela teria sido morta por traficantes),
foi uma das organizadoras do protesto. "Quando não estou em depressão,
participo de todas as manifestações, faço parte de uma família da dor", disse.
A estudante Tatiana Taveira, de 20 anos, que participa de uma comunidade
no Orkut intitulada "Justiça a João Hélio", contou que, apesar de não ser
parente ou amiga de qualquer vítima, acha importante prestar solidariedade
e "lutar para que isso não aconteça mais".
Liderados pelos integrantes da banda Detonautas e pelo ator Igor Cotrin,
os manifestantes deixaram a Igreja da Candelária e seguiram em passeata
pela Avenida Rio Branco, até a Cinelândia. De acordo com Policiais
Militares do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran),
aproximadamente 600 pessoas iniciaram a marcha. Pelo caminho, outras
aderiram ao protesto, chegando a formar um grupo com cerca de 1500
manifestantes. Uma das pessoas que participou do ato foi a Advogada Nara
Vieira, 50 anos, que levou os filhos Henrique, 7, e Guilherme, 2 — o menor
num carrinho de bebê, usando um gorro com a palavra "Paz". — "Nunca fui
vítima de violência, mas estou aqui antes que aconteça. Precisamos lutar",
disse.
Para conseguir mais adeptos, manifestantes gritavam: "Você, aí parado,
também é assaltado" e "Você, aí parado, pode ser assassinado". Da
Cinelândia, o grupo seguiu para a Alerj, onde ocupou a escadaria do Palácio
Tiradentes. Seguranças fecharam as portas e chegou a haver princípio de
tumulto. Representantes de parentes de vítimas da violência foram recebidos
pelo Presidente da Casa, Jorge Picciani, e pelos Presidentes das Comissões de
Segurança Pública, Wagner Montes, e de Direitos Humanos, Alessandro
Molon. Ficou acertado que as famílias passarão a acompanhar o dia-a-dia dos
trabalhos na Alerj. Aos Deputados, parentes pediram mais rigor na apuração
dos crimes e maior acompanhamento do Legislativo aos Órgãos Públicos
Em 30 de janeiro de 2008, a oito dias de completar um ano da morte de
João Hélio, quatro dos cinco acusados pelo crime que abalou o país foram
condenados por latrocínio, combinado com o artigo 9º da Lei dos Crimes
Hediondos, a penas que variam de 39 a 45 anos de prisão. Somadas, as penas
totalizam 167 anos de reclusão.
Na sentença, a juíza Marcela Assad Caram, da 1ª Vara Criminal de
Madureira, afirmou que, "seria muita inocência" acreditar que os três jovens
que estavam no interior do carro "trafegando com os vidros dianteiros do
veículo roubado abertos, não ouviam o barulho alto produzido pelo constante
atrito, do corpo da pequena vítima contra o solo e a lataria do automóvel".
Carlos Eduardo Toledo Lima foi condenado a 45 anos de prisão, Diego
Nascimento da Silva a 44 anos e três meses, Carlos Roberto da Silva e Tiago
de Abreu Mattos foram sentenciados cada um com 39 anos de prisão. Apesar
da decisão da Juíza, mesmo com penas entre 39 e 45 anos,
Constitucionalmente, o cumprimento das penas dos réus não excederá o
tempo máximo de 30 anos. A decisão é em primeira instância e, portanto,
ainda cabe recurso.
CASO PIMENTA NEVES E SANDRA GOMIDE

Mais um caso de amor que ilustrou as páginas policiais no Brasil, o caso


Pimenta Neves e Sandra Gomide.
O relacionamento dos dois começou quando Pimenta foi trabalhar no
mesmo jornal em que Sandra trabalhava, em 1997.
Em 98, Pimenta trocou de jornal, e levou Sandra com ele, colocando-a à
frente do Caderno de Economia por dois anos.
No ano 2000, com a crise no relacionamento começando, Pimenta
demite Sandra, alegando falta de ética no trabalho, mas logo em seguida,
Pimenta pede demissão do cargo, alegando descontrole emocional. O diretor
do jornal aconselha Pimenta a fazer um tratamento psicológico.
Alguns dias depois da saída do jornal, Sandra faz uma queixa policial,
alegando que Pimenta havia invadido seu apartamento armado e
descontrolado.
Segundo João Gomide, pai da vítima, Sandra e Pimenta Neves
namoraram às escondidas por cerca de 2 anos. Quando João descobriu o
relacionamento da filha, consentiu no namoro, embora o jornalista tivesse
idade para ser pai dela. Ao fim de quase 4 anos de namoro, Sandra encerrou o
relacionamento. Pimenta Neves a teria agredido brutalmente, conforme
queixa registrada pela vítima. A agressão foi constatada pelo Instituto Médico
Legal, local. Poucos dias depois, o agressor teria pedido perdão. João Gomide
diz que pedia sempre a Pimenta Neves para deixar sua filha em paz.
Na véspera do crime, 29 de agosto de 2000, o jornalista apareceu na
chácara da família Gomide para almoçar. "Ele dissimulava muito bem",
segundo palavras do próprio João Gomide. Mas ele parecia já ter tudo
planejado. No dia seguinte, 20 de agosto, o jornalista voltou ao haras da
família de Sandra para tentar a reconciliação, que ela recusou. Pimenta
Neves, então, respondeu sacando do bolso da calça uma arma, com a qual
atingiu em Sandra dois tiros, sendo um pelas costas e outro no ouvido (este
último possivelmente para tentar levantar hipótese de falso suicídio).
Ele ficou preso durante sete meses até 2001, quando conseguiu
Liberdade Provisória para aguardar o julgamento.
Em 16 de dezembro de 2006, o Superior Tribunal de Justiça (STJ)
concedeu liminar suspendendo a ordem de prisão. E em setembro de 2008, o
ex-jornalista pediu o registro de advogado à Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), de São Paulo, 35 anos depois de ter recebido o Diploma da Faculdade
de Direito. Reside atualmente na cidade de Batatais, no interior Paulista. E
continua livre.
Tim Lopes

Aos 51 anos de idade, Tim Lopes era um conceituado jornalista da Rede


Globo.
Durante a realização de uma reportagem sobre abuso de menores e
tráfico de drogas em bailes funks na Vila Cruzeiro, bairro da Penha, em 2002,
o jornalista Tim Lopes, da Rede Globo, foi descoberto, sequestrado e morto
por traficantes liderados por Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco. Tim foi
visto pela última vez no dia 2 de junho. O crime chocou o país e foi encarado
como um cerceamento à liberdade de imprensa.
O jornalista foi levado para o topo da Favela da Grota, no Complexo do
Alemão. Lá, foi torturado e morto por traficantes. Seu corpo foi queimado e
encontrado dez dias depois na Pedra do Sapo, localidade controlada por
Maluco e pelo Comando Vermelho, do qual faz parte. Conforme depoimento
de traficantes ligados a Elias Maluco, o traficante teria matado Tim Lopes
pessoalmente com uma espada do tipo usado por NINJAS.
Elias Maluco foi preso no dia 19 de setembro, em uma Operação
Policial no Complexo do Alemão. A caça ao traficante durou cerca de três
meses e foi liderada pela Cúpula da Segurança do Rio de Janeiro, então
composta, entre outros, pelo Secretário de Segurança, Roberto Aguiar, pelo
Chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Zaqueu Teixeira, pelo Comandante
da Polícia Militar, Coronel Francisco Braz, e pela Governadora do Rio,
Benedita da Silva.
Elias Maluco está preso no Presídio de Segurança Máxima Bangu I,
juntamente com traficantes como Marcinho VP e Marquinhos Niterói e de
onde Beira-Mar foi transferido. Maluco é arrolado em dois processos: um por
associação para o tráfico de drogas e outro por tentativa de homicídio de
quatro Policiais Civis durante uma ação no Complexo do Alemão em 2001.
Outras vinte pessoas estão envolvidas no processo, incluindo o cantor
Marcelo Pires Vieira, o Belo. Além disso, Maluco é acusado de ter matado
mais de 60 pessoas.
Ives OTa

No dia 29 de agosto de 1997, Ives Yossiaki Ota, de oito anos, foi


sequestrado por três homens em sua própria casa, na Vila Carrão, Zona Leste
de São Paulo, onde brincava, na sala, com seu primo, sob os cuidados da
babá. Na madrugada do dia 30 de agosto, já estava morto, com dois tiros no
rosto, porque reconheceu um de seus sequestradores.
O motoboy Adelino Donizete Esteves, inicialmente identificado como
Silvio da Costa Batista, teria tocado a campainha da casa e dito que tinha uma
encomenda e flores para entregar.
A moça que cuidava das crianças abriu o portão, e Adelino teria
apontado uma arma, anunciando um assalto. O motoboy teria entrado na casa
e, como havia mais de uma criança na residência, perguntou quem era o filho
de Massataka Ota, comerciante que seria extorquido pelo grupo, mediante o
sequestro de Ives.
Dantas trabalhava como Segurança em uma das lojas do pai de Ives. O
motoboy, depois de tirar Ives de casa, teria sido protegido por Dantas.
Segundo a sentença, os sequestradores pretendiam extorquir U$ 800 mil da
família Ota.
O motoboy teria oferecido ao garoto um copo de leite com chocolate
contendo calmante. Entorpecido, o menino adormeceu.
Depois de colocar o menino na cova, cavada em seu quarto, o motoboy
teria feito dois disparos contra o rosto de Ives. O motoboy é o único dos
condenados que confessa o crime.
A família do menino assassinado participa de todos os movimentos, em
prol da Paz e da Justiça, principalmente em ações contra crimes contra a
criança.
Liana e Felipe café

Em 2003, uma aventura de adolescentes acabou em um crime cruel e


absurdo.
Liana e Felipe namoravam há alguns meses e decidiram acampar sem
autorização dos pais, Liana havia dito que iria para Ilhabela (litoral de São
Paulo), com um grupo de jovens da comunidade israelita. A família de Felipe
disse que sabia que o rapaz iria acampar, mas acreditava que ele estaria com
amigos. Decidiram se aventurar em um sitio abandonado, na região de Embu-
guaçu, grande São Paulo.
Passaram em uma cidade próxima, compraram macarrão instantâneo,
biscoitos, leite, e caminharam cerca de 4,5 kms, seguindo em direção ao sítio.
Abrigaram-se em uma casa abandonada, com o telhado condenado.
Durante o dia, um homem e um adolescente chamado Champinha,
moradores da região viram o casal enquanto praticavam caça, nas
proximidades, e decidiram assaltá-los, percebendo a falta de dinheiro do
casal, optaram por sequestrá-los.
Os adolescentes foram levados para um sítio da região, que serviria
como cativeiro. Sem a presença do caseiro, os criminosos decidiram levar os
estudantes para a casa de um amigo, na mesma região, que também estava
vazia.
Liana disse pertencer a uma família rica e propôs a solicitação de um
resgate em troca da libertação do casal. À noite, Pernambuco violentou Liana,
enquanto Felipe permaneceu em outro quarto. No mesmo dia, o adolescente
decidiu matar o estudante. Os estudantes foram obrigados a caminhar por
uma trilha.
Enquanto Felipe seguiu com Pernambuco, o adolescente ficou com
Liana na mata. Felipe foi assassinado nas proximidades de um barranco, com
um tiro na nuca. Liana, segundo o adolescente, não viu o namorado ser
morto, mas ouviu o tiro. Ela perguntou pelo namorado, mas Pernambuco
disse que ele havia sido libertado. Pernambuco fugiu após o crime. Liana
permaneceu em poder do Champinha por 5 dias, mas nenhum pedido de
resgate foi feito à família.
O pai de Liana descobriu que ela havia viajado com Felipe. A primeira
suspeita foi que o casal havia se perdido na mata, e logo que as buscas
começaram, acharam os documentos de Liana, as roupas do casal e o celular
de Liana. As buscas na região foram acompanhadas por distribuição de
panfletos com fotos do casal. Antônio Caetan – Agnaldo Pires. O adolescente
apresentou Liana como sua namorada e ofereceu a menina para os colegas.
Ela foi violentada por Agnaldo Pires, diz a polícia. Silva, Pires, o
adolescente e Liana seguiram para a casa de Antonio Matias de Barros –
dono da primeira casa que serviria de cativeiro – e foram pescar.
No fim da tarde, um irmão do adolescente foi até a casa de Barros. Ele
procurava o irmão porque a mãe estava preocupada com seu desaparecimento
e comentou que muitos policiais estavam na região. Liana foi, mais uma vez,
apresentada como namorada do adolescente. Com a aproximação da polícia,
o adolescente decidiu matar Liana. No entanto, ele disse aos amigos que
levaria a garota até a rodoviária. Durante a madrugada, levou Liana até a
mata e esfaqueou-a. O mais revoltante é que após ser preso o adolescente
Champinha, ficava em uma unidade com mordomias, como TV, e vídeo
game, passando o dia inteiro deitado, sem fazer nada.
Infelizmente esta é a Lei do nosso país.
Casal Richthofen

Na manhã de 1º de novembro de 2002, o bairro do Brooklyn, bairro de


classe alta, em São Paulo, acordou assustado com a notícia do assassinato
violento do engenheiro Manfred Von Richthofen e sua mulher, a psiquiatra
Marísia, ocorrido durante a madrugada. O casal tinha dois filhos Suzane, e
Adrian, que se mostravam transtornados com o assassinato dos pais. O mais
assustador foi o que se descobriu dias depois, a mentora do assassinato era a
própria filha do casal Suzane Richtophen. O caso chocou a opinião pública,
pois a família não tinha problemas financeiros, a filha estudou em um dos
melhores colégios da cidade, falava 3 idiomas, era estudante de direito numa
boa faculdade, e seus pais, pelo que se sabe, eram preocupados com o futuro
dos filhos e procuravam estar presentes no dia a dia deles (há um filho mais
novo, Andreas). O motivo alegado foi a proibição do namoro com Daniel
Cravinhos.
A trama foi totalmente armada pelo casal que recebeu a ajuda do irmão
de Daniel, Cristian Cravinhos. A frieza de Suzane foi tanta, que a mesma
chegou a testar uma arma de fogo na véspera do crime, descartando a arma
por conta do barulho.
No dia 31/10/2002 arquitetaram todo o plano, conversaram com
Christian, que morava na casa da avó, e Christian, ainda relutante, não deu a
certeza de que participaria nos eventos que se seguiriam à noite. Daniel pediu
que o irmão pensasse a respeito e, se resolvesse ajudá-los, que os esperasse
em uma dada rua, próxima a um Cyber Café, aonde levariam Andreas Von
Richthofen. O casal de namorados levou o irmão da garota, Andreas, para se
divertir em um Cyber Café, com o intento de deixar o caminho livre para o
assassinato dos pais.
Posteriormente, pegaram Cristian Cravinhos, que os esperava em uma
rua próxima como combinado e, juntos, foram à casa dos Von Richthofen.
Passava de meia-noite de 31/10/2002, quando o trio chegou à casa da família
Richthofen. Dias antes da fatídica noite, Suzane havia meticulosamente
desligado o alarme e as câmeras de vigilância da casa, de modo que nenhuma
imagem do trio chegando fosse capturada. Os três afirmavam que Suzane não
participou do assassinato em si, mas não há consenso sobre sua posição na
casa enquanto o crime ocorria, e nem se, findo o ato, ela subiu ao quarto e viu
os corpos dos pais (é importante notar que, caso Suzane tenha visto os
cadáveres, isto diz muito sobre sua personalidade, considerando seu calmo
estado de espírito, após o assassinato).
O primeiro a ser atingido foi Manfred, que morreu quase imediatamente
por trauma crânio-encefálico, segundo dados da perícia. Marísia sofreu mais:
foi golpeada impiedosamente na cabeça por Cristian, sofreu vazamento de
massa encefálica, todavia, não morreu na hora. Para apressar a morte da mãe
de Suzane, Cristian a estrangulou. A casa foi mais tarde revirada e alguns
dólares foram levados, para forjar um latrocínio (roubo seguido de morte).
Os dólares e euros foram repassados para Cristian, como recompensa
pela sua participação. Após o brutal assassinato, Cristian foi deixado perto do
apartamento onde mora com a avó e o casal de namorados tratou de forjar o
álibi para aquela noite. Entraram no Motel Colonial, na Zona Sul da capital, e
escolheram a melhor suíte. Suzane fez questão de guardar a nota fiscal.
Pagaram R$ 380 pelo conforto do quarto e por um lanche. Saíram do motel às
2h56 da madrugada e foram ao encontro de Andréas, que os aguardava no
Cyber Café. Após algumas voltas pela cidade, Suzane deixou o namorado em
casa e foi com o irmão para a sua. Pouco depois, conforme o plano original
começou a segunda etapa da simulação.
Às 4h09, Daniel ligou para a polícia. Disse que estava em frente à casa
da namorada, que suspeitava de um assalto no lugar e pediu a presença de
uma viatura. O comportamento do jovem chamou logo a atenção de um dos
oficiais, um dos primeiros homens a atender o caso na madrugada: Daniel
perguntou ao oficial: "Você sabe se levaram alguma coisa de dentro da casa?
Parece que a família guardava todo o dinheiro em uma caixinha" e Daniel em
seguida deu os valores exatos das quantias guardadas. O comportamento
levantou fortes suspeitas. Quando a polícia chegou entraram todos na casa e
encontraram o casal Richthofen morto na cama. A cena do crime já
apresentava elementos que levaram a polícia a suspeitar de pessoas próximas
ao casal. Os rostos cobertos apontam um sinal de que os agressores são
conhecidos das vítimas. Também causou dúvidas o fato de o alarme da casa
não ter funcionado. Se tivesse sido um latrocínio, acreditavam os policiais,
deveria haver sinais de arrombamento. 'Percebemos várias coisas estranhas
no local do crime. Isso fez com que desde o início suspeitássemos de que não
se tratava de latrocínio', diz o delegado Daniel Cohen, um dos primeiros
policiais a entrar na residência. Entre outras coisas, a disposição dos papéis
no chão da biblioteca sugeria que a papelada tinha sido colocada
propositadamente ali.
Passado dois dias do crime, as suspeitas para com Suzane e o namorado
adquiriram consistência mais forte, quando investigadores do DHPP,
apareceram para uma vistoria e surpreenderam Suzane, Daniel, Andréas e um
casal de amigos celebrando alegremente à beira da piscina, ao som de música
alta. Pouco depois de exibir lágrimas comovidas no enterro dos Richthofen,
todos festejavam, tomavam cerveja e ouviam música na beira da piscina. No
dia seguinte, um domingo, o casal de namorados foi até o sítio da família no
interior de São Paulo, onde comemoraram o aniversário de 19 anos de
Suzane. Os colegas de faculdade da garota contam que lhes chamou atenção
o comportamento de Suzane. Mesmo dispensada de assistir às aulas, ela não
chegou a faltar um único dia. Chegou a apresentar um seminário na quinta-
feira – horas antes de confessar o crime. “Ela se mostrava tranquila demais.
Nos preocupamos tanto com o assaltante da esquina, que nem imaginamos
que havia uma criminosa na cadeira ao lado”, diz Ana Carolina Caires,
estudante da mesma faculdade. Suzane era abordada por colegas querendo
confortá-la, mas sempre respondia de forma lacônica. Apenas no enterro,
acompanhado pela imprensa, ela demonstrou emoção. “Só nesse momento
ela fez o papel de órfã”, diz o delegado Armando Oliveira, do DHPP.
Os telefones da casa foram grampeados, campanas foram montadas nos
arredores das casas dos principais suspeitos, e finalmente um equívoco de
Christian forneceu aos investigadores o fio da meada para desvendar o crime:
Apenas dez horas após o crime ele comprou uma moto Suzuki 1.100
cilindradas por US$ 3,6 mil, com 36 notas de US$ 100. Estava tão convicto
de que jamais seria apanhado que nem se preocupou em escondê-la. Dias
depois do crime uma equipe de investigadores do 27º Distrito Policial
passava em frente à casa de Daniel e a motocicleta lhes chamou a atenção.
Desconfiados, descobriram que acabara de ser comprada por Cristian, quando
era de amplo conhecimento na rua que o rapaz até poucos dias atrás não tinha
dinheiro algum para uma compra de tamanho valor. Segundo o vendedor,
Cristian ainda pediu que a moto não fosse registrada em seu nome, pois
estaria com o 'nome sujo'.
Na quinta-feira, a polícia procurou Cristian em casa, dizendo que
precisavam de sua ajuda para o reconhecimento de um suspeito. O rapaz foi
até a Delegacia, quando lhe foi revelada a verdadeira razão de ele ali se
encontrar. Passou cerca de seis horas dando respostas contraditórias e
confusas, às perguntas dos delegados, cada vez mais se enrolando em suas
mentiras. Chegou a dar três versões sobre a compra da moto até admitir que
era dele o dinheiro. Nessa hora, seu pai, Astrogildo Cravinhos de Paula e
Silva, saiu da sala, bastante nervoso, sentindo que o filho havia sido
apanhado. Em outra sala, já se encontravam Daniel e Suzane, que, segundo a
polícia, confessaram depois de Cristian.
As armas usadas no assassinato foram cunhadas e construídas por
Daniel Cravinhos. O rapaz pegou uma barra de ferro oca e preencheu-a com
madeira, de modo que as pauladas com o objeto fossem fulminantes.
Conforme relatos de moradores da vila onde residiam a família Cravinhos, os
irmãos eram considerados delinqüentes e aproveitadores.Moravam em uma
vila com dez casas iguais numa travessa estreita e sem saída, onde todos se
conhecem há muito tempo. Há alguns anos Daniel e Cristian tocavam bateria,
cantavam alto, gritavam palavrões e fumavam maconha com freqüência,
segundo os vizinhos. Suzane, Daniel e Cristian tiveram a prisão temporária
decretada e foram indiciados por homicídio qualificado e roubo.
Durante a reconstituição, a frieza de Suzane começou a desabar. Foi no
momento em que ela teve que explicar como se comportou enquanto os pais
eram mortos no andar de cima da casa.
Ela alegou tampar os ouvidos, pois não queria ouvir nada.
Perguntou ao namorado apenas:
– Já acabou?
O cinismo de Suzane assusta até hoje, os especialistas e psicólogos.
Especialistas em desvendar a mente humana, tentam encontrar respostas.
Suzane se mostra arrependida, com a grande desgraça que se abateu em
sua vida, Suzane já cumpriu um sexto da pena, o que lhe daria direito de
cumprir o restante em regime semiaberto.
Suzane tem 27 anos hoje, trabalha na ala de costuras, e tem um bom
comportamento, hoje Suzana se acha recuperada, mas os psiquiatras acham
que ela é dissimulada e manipuladora. A Presa é adorada pelas companheiras
de prisão, que a mimam e a presenteiam, além de sempre escolher
presidiárias para protegerem-na dentro da cadeia, e ao observá-la os
psicólogos acham que seus discursos são prontos e forjados, mas os
psiquiatras acham que ele não sofre de doenças mentais.
Enquanto não decidem, Suzane continua presa.
Caso Eloá

O mais longo caso de sequestro de cárcere privado que se tem registrado


no Brasil. Mais um caso de amor, com um desfecho trágico, uma jovem
assassinada e uma baleada.
Eloá tinha 12 anos, quando começou a namorar Lindberg.
Um namoro tumultuado cheio de idas e vindas.
Aos 15 anos de idade decidiu romper de vez o romance. O rapaz não
aceitou o fim, em uma tarde, enquanto Eloá fazia um trabalho escolar em sua
residência na companhia de 4 amigos, Lindberg entrou na residência e a fez
de refém, liberando dois rapazes, que se encontravam no interior do
apartamento e deixando Eloá e a amiga de classe Nayara sob a mira da arma.
No segundo dia do seqüestro, após muitas horas de negociação,
Lindberg aceita que Nayara seja libertada, a mesma sai do apartamento, mas
como conseguia manter um diálogo com o sequestrador, aconselhada pelo
Grupo Tático que acompanhava a operação, Nayara volta ao apartamento
para seguir as negociações.
Após mais de 100 horas de cárcere privado, policiais do (GATE) e da
Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo explodiram a porta –
alegando, posteriormente, ter ouvido um disparo de arma de fogo no interior
do apartamento – e entraram em luta corporal com Lindemberg, que teve
tempo de atirar em direção às reféns. A adolescente Nayara deixou o
apartamento andando, ferida com um tiro no rosto, enquanto Eloá, carregada
em uma maca, foi levada inconsciente para o Centro Hospitalar de Santo
André.
Lindberg sem ferimentos foi levado para a Delegacia e, depois, para a
cadeia pública da cidade. Posteriormente foi encaminhado ao Centro de
Detenção Provisória na cidade de São Paulo.
Eloá Pimentel, baleada na cabeça e na virilha, faleceu horas depois por
morte cerebral.
O caso teve repercussão internacional e a ação policial até hoje é
fortemente questionada e citada por suas falhas.
Caso Isabela Nardoni

Um dos crimes ocorridos no Brasil mais repercutidos


internacionalmente.
Um dos crimes hediondos mais chocantes, vistos em terras brasileiras.
Isabela Nardoni tinha apenas cinco anos de idade, quando foi jogada
pela janela do apartamento local que passava o final de semana com o pai e a
madrasta.
Na noite de 29 de março de 2008, Isabela Nardoni foi encontrada
desacordada, no jardim do Edifício London, em Vila Guilherme, São Paulo,
depois de ter sido jogada da janela do sexto andar do apartamento do pai
Alexandre Nardoni, em que moravam a madrasta Ana Carolina Jatobá e mais
dois filhos do casal.
O pai de Isabella teria afirmado em depoimento que o prédio onde mora
fora assaltado e a menina teria sido jogada por um dos bandidos. Segundo
divulgado pela imprensa, ele teria dito que deixou sua mulher e os dois filhos
do casal no carro e subiu para colocar Isabella, que já dormia, na cama. O pai
da vítima teria descido para ajudar a carregar as outras duas crianças,
respectivamente de 3 anos e 11 meses e, ao voltar ao apartamento, viu a tela
cortada e a filha caída no gramado em frente ao prédio. Entre o momento de
colocar a filha na cama e a volta ao quarto teriam passado de 5 a 10 minutos,
de acordo com o depoimento do pai.
Alguns dias depois, a perícia constatou que havia marcas de sangue no
quarto da menina e que a tela da janela havia sido cortada.
O caso começou a repercutir quando informações contrárias de tempo e
ação começaram a ser postas em dúvida pela polícia.
O tio da Isabella declarou à imprensa que os pais dela tinham uma
"excelente relação" entre a mãe da menina e a família do pai. "Ela (a criança)
amava passar os fins de semana com o pai e a madrasta." No entanto, os
vizinhos afirmam o contrário, pois as brigas entre Alexandre e Anna eram
constantes na presença da Isabella, nos fins de semana no apartamento.
O pai começou a cair em contradições quando alegou que havia um
bandido no prédio, mas não havia qualquer indício de arrombamento.
A perícia encontrou vestígios de sangue de Isabela desde a entrada do
apartamento, confirmando o fato que a menina já entrara no apartamento
ferida.
A primeira pessoa que viu a criança no gramado foi o porteiro. Ele teria
relatado que escutou um forte barulho e, quando olhou, a menina já estava no
chão. Um morador do primeiro andar também teria escutado um estrondo e
visto Isabella da sacada. Ele teria sido o primeiro a acionar o resgate, que
demorou cerca de 13 minutos. Este mesmo morador disse, durante a
reconstituição do crime, no domingo dia 27 de abril, que Alexandre ficou de
joelhos e encostou o ouvido direito no coração da menina. Também disse que
falou para Alexandre não tocar na menina para não prejudicar o estado dela
O rascunho do laudo 1.081, que será feito pelo médico Laércio de
Oliveira César, com o auxílio de dois colegas, reforça a tese que a menina
Isabella, de 5 anos, foi asfixiada por esganadura ou sufocamento e teve um
osso da mão esquerda quebrado, provavelmente por meio de uma torção, e
havia sinais de que essa fratura ocorreu quando a garota estava viva. Além
disso, foi encontrada pequena hemorragia no cérebro. “Isso é comum nos
casos do que chamamos de síndrome de criança espancada”, disse um legista.
No corpo, havia um machucado no antebraço direito, como se ele tivesse
enganchado na tela de proteção da janela ou como se ela tivesse tentado se
agarrar. Por fim, havia um corte na cabeça, provavelmente também anterior à
queda.
Por causa dos depoimentos contraditórios, foram declarados como
principais suspeitos da morte o pai e a madrasta. Segundo depoimentos do
pai, Isabella teria sido jogada através da janela do dormitório de seu
apartamento no sexto andar, cuja tela de proteção teria sido recortada; no
ínterim em que tivera retornado à garagem para ajudar sua esposa e dois
filhos menores.
Provas testemunhais dão conta de que na noite da morte da garota
Isabella Nardoni, houve severa discussão entre o casal e que aos gritos, a
criança expressou "Para… pai. Para... pai", como se estivesse chamando-o
para defendê-la.
No dia 18 de abri o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá são
indiciados pela Polícia Civil no 9º DP, pelo assassinato da Isabella de
Oliveira Nardoni, por homicídio, no dia em que a Isabella completaria seis
anos de idade,
Após serem presos, os dois foram postos a julgamento no início de
2009.
Os cinco dias do julgamento da morte de Isabella Nardoni foram
marcados por momentos de emoção e tensão, o choro da mãe da menina
comoveu os jurados, ao contrário dos da madrasta.
No primeiro depoimento, a mãe da menina Isabella, Ana Carolina de
Oliveira, chorou pelo menos quatro vezes, ao falar da morte da filha.
O juiz chegou a interromper o advogado quando o mesmo se referiu ao
pai da menina como vítima, alegando que a vítima naquele momento, era a
que estava morta.
A tentativa voraz do advogado em defender os acusados, ridicularizando
as provas chegou a irritar o juiz.
O caso ganhou força popular, e o advogado chegou a ser vaiado na
entrada do fórum.
Por duas vezes, Anna Carolina Jatobá entrou em contradição com o
depoimento do marido na quinta-feira. Alexandre havia dito que não
conseguiu passar a cabeça pelo buraco da tela de proteção porque o espaço
era muito pequeno. Anna Jatobá disse que ele passou a cabeça pela tela.
Mais tarde, questionada sobre os primeiros passos do casal após ver o
corpo de Isabella no jardim do edifício, a madrasta também se contradisse.
Primeiro, ela disse que a menina já tinha sido socorrida, enquanto conversava
com Alexandre e um policial. Mais tarde, Jatobá disse que recusou o pedido
do marido, para checar se roubaram algo do apartamento, porque Isabella
precisava de socorro. Ao perceber as lacunas em sua explicação, Anna disse
que se enganou. "O corpinho dela ainda estava na grama", afirmou.
Provas técnicas
No último dia de julgamento, o promotor Cembranelli usou provas
técnicas para acusar o casal Nardoni. Ele montou uma cronologia de horários
baseado no GPS do carro de Alexandre Nardoni e telefonemas realizados
pelo casal na noite do crime.
A partir dos dados, o promotor concluiu que o pai não consegueria, em
menos de 1 minuto, entrar no apartamento, andar pelos quartos e ver pela
janela que a filha estava caída, sem esbarrar com o possível ladrão. "Isso é
ciência, não é crença. Contra fatos, não há argumentos. Eles estavam no
apartamento quando Isabella foi jogada", afirmou o promotor.
O Julgamento Popular de Alexandre e Anna Jatobá durou cinco dias, de
22 a 27 de março, quando foi lida a sentença. A pena foi agravada pelo crime
ter sido cometido contra menor de 14 anos, triplamente qualificado por meio
cruel (asfixia mecânica e sofrimento intenso), utilização de recurso que
impossibilitou a defesa da vítima (surpresa na esganadura e lançamento
inconsciente pela janela) e com o objetivo de ocultar crime cometido
anteriormente (esganadura e ferimentos praticados anteriormente contra a
mesma vítima). Nardoni pegou pena maior por ter matado a própria filha.
Caso João Roberto

João Roberto, um lindo menino de três anos, foi metralhado por dois
policiais militares na Zona Norte do Rio de Janeiro, após o carro de sua mãe
ter sido confundido com um carro em perseguição policial. O garoto foi
alvejado de balas pela Polícia Militar quando estava no carro dos pais, em
companhia de sua mãe e de um irmão de nove meses.
O ataque da polícia contra a família do garoto João Roberto Soares
aconteceu na Rua General Espírito Santo Cardoso, no bairro da Tijuca, Zona
Norte. Por volta das 19h40min, a mãe do garoto, a advogada Alessandra
Soares Amaral, que estava ao volante do carro, um Fiat Palio de cor grafite,
voltava de uma festa infantil com os dois filhos. Ela parou o carro após
perceber que a polícia estava perseguindo um outro carro, um Fiat Stilo de
cor preta, que passou por ela em alta velocidade. Ao estacionar o carro para
dar passagem para a polícia, foi surpreendida com uma saraivada de tiros.
Os policiais, em vez de seguirem a perseguição aos supostos bandidos
do outro carro, fecharam o veículo de Alessandra, onde estava com os dois
filhos. Sem nenhum aviso de prisão começaram a metralhar o carro de
maneira indiscriminada. Enquanto os policiais fuzilavam o carro onde
Alessandra, João Roberto de três anos e seu irmão Vinícius, um bebê de nove
meses, estavam, a mãe tentou alertar os policiais da existência de crianças no
carro jogando pela janela uma sacola de bebê, mas o aviso foi completamente
ignorado pelos assassinos que continuaram a metralhar o carro. Os policiais
tiveram ainda o desplante de perguntarem a Alessandra após o tiroteio: "Cadê
o bandido?". Foram mais de 30 tiros contra a mãe e as duas crianças, destes
pelo menos a metade atingiu o carro e um deles acertou a cabeça de João
Roberto.
A bala que atingiu o garoto entrou pela nuca e atravessou o cérebro até a
região frontal da cabeça, onde parou. Além desse tiro, a criança foi atingida
por um tiro nas nádegas e outro de raspão na orelha esquerda. João Roberto
foi levado ao Hospital do Andaraí e depois transferido para o Hospital Copa
D'Or, onde ficou internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI). Os médicos
diagnosticaram morte cerebral e deram menos de 5% de vida para o menino.
O projétil que atingiu a criança de três anos ficou alojado na quarta vértebra
cervical, causando a morte cerebral. Na noite do dia seguinte, o garoto João
Roberto teve os aparelhos que o mantinha vivo, desligados pelos médicos. A
mãe sofreu ferimentos de estilhaços das balas, mas passa bem. O bebê de
nove meses, irmão de João Roberto, não foi atingido.
O enterro do menino morto pelos PMs ocorreu, no Cemitério do Caju,
Zona Norte do Rio de Janeiro. O velório contou com cerca de 300 pessoas,
mas nenhuma autoridade esteve presente. O menino foi enterrado com uma
fantasia do homem aranha, segundo os pais era a que o garoto mais gostava.
A mãe de João Roberto, que estava sedada, e o pai, o taxista, Paulo Roberto
Amaral, de 45 anos, estavam profundamente abalados, tanto que saíram do
cemitério em uma ambulância.
Paulo Roberto desabafou dizendo, "O Estado não tem carta branca para
matar ninguém. Aqui não tem pena de morte. E se fossem bandidos?
Prendessem os bandidos".( Zero Hora, 9/7/2008).
A atuação da Polícia Militar neste caso só corrobora que toda a
campanha feita pelos Governos Municipais, Estaduais e principalmente o
Governo Federal de aumentar os gastos com segurança tem como único
objetivo aumentar a repressão contra a população. O que ocorreu com este
caso, atirar para depois perguntar, não é uma exceção na Polícia Militar, mas
a regra. O que aconteceu no Rio de Janeiro é um dos muitos exemplos da
ação assassina da polícia contra a população pobre, nas periferias, de todo o
Brasil onde centenas de pessoas morrem pelas mãos da polícia, com
execuções sumárias à queima roupa.
Os trabalhadores estão completamente reféns desta polícia assassina e
por isso devem combater este aparato repressivo sanguinário do Estado
burguês que tenta se apresentar como "democrático", mas que serve
unicamente para reprimir cada vez mais. É necessário exigir a dissolução
imediata da PM, como também o controle de MILÌCIAS populares, nas
comunidades que sejam eleitas pelo povo, para que assim haja uma
verdadeira segurança da população explorada das favelas.
Infelizmente, no Rio de janeiro e nas grandes cidades do Brasil a Polícia
Militar trabalha no dia a dia com armamentos de guerra, para atuar
juntamente com a população em um ambiente que se confunde entre a
fantasia de filmes hollywoodyanos e o cotidiano das famílias brasileiras.
Eliza Samúdio

O caso Eliza Samúdio passaria despercebido como tantos outros casos


de desaparecimento de jovens no Brasil, se não fosse por um motivo, Eliza
era amante do goleiro do Clube de Regatas do Flamengo, Bruno.
Após seu desaparecimento por trinta dias, o caso ganhou grande
repercussão nos noticiários brasileiros. Eliza, uma jovem estudante,
paranaense, que ganhava a vida como modelo e como atriz pornô no Rio de
Janeiro, e tentava na Justiça reconhecer a paternidade do filho, que
supostamente havia tido com o goleiro.
O caso complicava-se, porque não encontravam o corpo de Eliza.
Durante muitos dias a polícia mineira fez buscas nos lugares próximos
ao sítio do ex-jogador, além de perícias em seu carro.
A história começou a apontar para Bruno como mandante do crime, a
partir do momento em que o filho da modelo foi encontrado em sua
residência.
Mas o fio da meada começou a se desenrolar quando o primo do ex-
jogador resolveu contar à polícia que Eliza Samudio havia sido estrangulada,
assassinada, esquartejada e seus restos haviam sido jogados em um canil com
quatro cães da raça hottweiller, e seus ossos concretados.
No dia 26 de junho de 2010, Bruno Fernandes, foi oficialmente
declarado suspeito de ser responsável pelo desaparecimento da ex-amante, na
época o filho de Eliza estava com 4 meses de idade. Eliza afirmou em
depoimento que vinha sendo ameaçada pelo goleiro, depois que contou que
estava grávida em 2009, e que foi forçada a tomar remédios abortivos, foi
sequestrada, espancada e teve uma arma apontada em sua cabeça, pelo
próprio Bruno. Bruno é casado com Dayanne Rodrigues do Carmo Souza e
com ela tem dois filhos, Daiane também foi indiciada por não entregar a
criança aos avós e enquadrada no crime de subtração de incapaz.
Em 6 de julho de 2010, um jovem de 17 anos, primo do goleiro, e
principal testemunha do crime foi encontrado na residência de Bruno
na Barra da Tijuca e afirmou ter dado uma coronhada em Eliza, que,
desacordada, teria sido levada para Minas Gerais, e lá esquartejada por
traficantes a mando do goleiro e dada a cachorros.
Até a presente data, 10/07/2010, os restos de Eliza não foram
encontrados, 7 pessoas foram detidas acusadas de participação no caso, e o
goleiro e ex-jogador está preso, em regime fechado, aguardando a solução do
caso.
Ordem Cronológica Caso Eliza Samudio
20 de julho de 2010
Ércio Quaresma, advogado que representa a maior parte dos suspeitos
do caso Eliza Samudio, entre eles o goleiro Bruno Fernandes, disse que a
suposta vítima está viva.
A declaração foi dada dia 20.07.2010 à rádio CBN. – Eu apresentei dia
19 a defesa de um processo de sequestro aí no Rio de Janeiro. A primeira
testemunha de defesa é Eliza Samudio. Até agora, e enquanto eu não verificar
um exame de óbito, ela está viva.
O advogado mencionou a hipótese de ela estar tentando fazer uma
vingança contra Fernandes. Segundo Quaresma, “A maior vingança que uma
mulher pode fazer contra um homem" é "fazer ele ir para a cadeia
inocentemente". No final da entrevista, Quaresma disse que estava cansado e
pediu desculpas por qualquer erro na sua construção argumentativa.
A estudante Fernanda, suposta amante de Bruno, confirma que esteve
em motel com jogador, mas nega contato com Eliza Fernanda Gomes Castro
(31 anos), suposta amante do goleiro suspenso do Flamengo, Bruno
Fernandes, confirmou que esteve em um motel em Contagem com o jogador,
mas negou ter estado com Eliza Samudio. A informação foi dada pelo
advogado de Fernanda, Ércio Quaresma. Conforme as investigações da
Polícia que preside o caso, Fernanda teria viajado com Bruno do Rio de
Janeiro para o sítio dele, em Esmeraldas (MG), onde Eliza foi vista pela
última vez.
21 de Julho de 2010
O suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio, Luiz
Henrique Romão, o Macarrão, foi submetido ao exame de corpo de delito,
depois que seu Advogado, Ércio Quaresma, afirmou que seu cliente teria sido
agredido com um tapa no peito, dado pelo delegado Júlio Wilke, da
Delegacia de Homicídios Leste, de Belo Horizonte. A agressão teria ocorrido
durante o interrogatório em que Macarrão foi submetido no dia 19.07.2010.
Porém, o Laudo efetuado e expedido pelo IML de Belo Horizonte. Deu
negativo para agressão.
22 de julho de 2010
Pouco antes da chegada dos suspeitos à vara, o Advogado do
adolescente de 17 anos, primo do goleiro suspenso do Flamengo Bruno
Fernandes, Doutor Eliezer Jonatan de Almeida, disse que seu cliente mentiu
sobre ter visto a mão de Eliza Samudio ser atirada para cachorros comerem. -
"A questão da mão jogada pelo cachorro não existe. Isso foi imaginado diante
da pressão que ele teve.” Bruno, Goleiro suspenso do Flamengo, ao sair da
sede da Vara da Infância e Juventude de Contagem, na região metropolitana
de Belo Horizonte (MG), sob gritos de "assassino", olhou para a multidão que
se concentrava em frente ao prédio e deu risada. O advogado dos acusados,
Dr. Ércio Quaresma, quando inquirido pela imprensa, sobre o motivo que
levou Bruno Fernandes a ter dado uma risada ao deixar o prédio, o Advogado
apenas afirmou "É a certeza [que Bruno tem] de que a Justiça prevalecerá”. O
Advogado deixou o local sob os gritos da multidão, que bradavam entre
outros. O chamava de Vacilão.
23 de Julho de 2010
Em coletiva concedida á imprensa, Doutor Edson Moreira, Delegado
que preside o inquérito em Belo Horizonte, confirmou que sangue encontrado
no colchão do sítio de Bruno Fernandes, não era de Eliza Samudio. Conforme
informou, o Delegado disse acreditar em prova plantada no local, para
tumultuar e confundir as investigações.
No início da manhã (23.07.2010), a Polícia Civil de Minas Gerais
confirmou que os exames nos cachorros do ex-policial civil Marcos
Aparecido dos Santos, o Bola, foram feitos em 22 de julho de 2010. Peritos
do I.C. (Instituto de Criminalística) realizaram a análise no Centro de
Zoonoses de Belo Horizonte, na região norte da cidade, mais ainda não há
data para a conclusão e resultados.
Ainda no dia 23. A polícia investiga se os animais comeram partes do
corpo de Eliza Samudio. Há a suspeita de que Bola tenha matado,
esquartejado e dado partes do corpo da ex-amante de Bruno para os cães. De
acordo com o veterinário Fernando Pinheiros, consultado pela polícia sobre
os exames que poderiam ser feitos nos animais, foi feita uma raspagem nos
pelos do focinho e das patas dos cães para aplicar o luminol, material que
identifica manchas de sangue.
O veterinário afirmou que essas partes dos cães foram escolhidas
porque são onde o cachorro mais se lambuza com sangue quando come carne.
Dois filhotes da raça rotweiller que pertenciam ao (ex-policial civil Marcos
Aparecido dos Santos), {vulgo Bola}, morreram e outros dois foram
sacrificados com autorização de filha e mulher de "Bola". Os animais foram
sacrificados, porque estavam com Leishmaniose.
24 de Julho de 2010
Doutor Ércio Quaresma, advogado de Bruno Fernandes, informou que
irá pedir aos dirigentes do Flamengo, os salários atrasados de Bruno e os
direitos de imagem, o que Quaresma "a grosso modo" atesta que o valor final,
pode totalizar R$ 1 milhão.
25 de Julho de 2010
O arquiteto Luiz Carlos Samudio, pai da modelo Eliza Samudio, ex de
Bruno Fernandes, que está desaparecida desde o dia 9 de junho, informou que
a família de Eliza vai ingressar, com uma ação contra a Justiça e a Polícia
Civil do Estado do Rio de Janeiro pedindo reparações legais. A alegação é
que tudo o que está acontecendo seria evitado se os pedidos de proteção,
feitos após as agressões e ameaças feitas pelo jogador suspenso do Flamengo,
tivessem sido atendidos.
Os suspeitos de envolvimento em seu desaparecimento e morte estão
presos – entre eles o goleiro.
26 de Julho de 2010
Um mês de Investigação do Caso Eliza Samudio. Bruno é considerado
pela polícia, responsável pelo sumiço da ex-amante. Ele nega participação no
crime. Doutor Edson Moreira, Delegado que preside o Inquérito, informou
que pode terminar o inquérito em aproximadamente duas semanas, tudo vai
depender dos resultados de alguns exames fundamentais e que ainda não
foram concluídos. Com a conclusão de alguns laudos (como o exame feito
nos cachorros de Bola, que teriam comido partes do corpo de Eliza), que são
fundamentais para a realização do relatório policial. Os exames efetuados nos
cachorros poderão corroborar se, os restos de Eliza, depois de ela ser
estrangulada e esquartejada pelo o ex-policial civil, teriam sido mesmo
devorados pelos animais.
27 de Julho de 2010
Embora o goleiro Bruno, negue completamente sua participação no
crime, ele continua sendo considerado pela polícia como o responsável pelo
sumiço da modelo Eliza Samudio.
O Advogado Eliézer Jônatas Almeida Lima, que defende o *adolescente
de 17 anos, primo de Bruno, afirmou que o jovem desmentiu que Eliza Silva
Samudio, tivesse sido esquartejada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido
dos Santos, o Bola.
O desmentido foi feito em acareação entre o menor e Sérgio Rosa Sales,
também primo de Bruno, na sede do Departamento de Investigações de
Homicídios e Proteção à pessoa, em Belo Horizonte. "Ele desmentiu toda a
cena dantesca narrada antes sobre o esquartejamento e as mãos de Eliza
sendo jogadas para cães. Isso não existe."
Enfatizou Almeida Lima.
28 de Julho de 2010
Ércio Quaresma, advogado de Bruno Fernandes, disse em entrevista
exclusiva ao programa Balanço Geral no Rio de Janeiro, que o goleiro sorriu
após sair da delegacia porque é inocente e é defendido pelo maior
profissional do país.
"Ele sorriu porque o advogado dele é Deus, o maior de todos"...
Quaresma, disse ainda, que Eliza Samudio será uma das testemunhas de
defesa do jogador. Segundo o advogado, Eliza está viva e por isso vai poder
testemunhar a favor de Bruno.
29 de Julho de 2010
O pai de Eliza Samudio, o arquiteto Luiz Carlos Samudio, viajou de Foz
do Iguaçu (PR) para acompanhar de perto o trabalho da Polícia Civil sobre o
desaparecimento da filha.
Eliza Samudio esta desaparecida desde o início do mês de Junho de
2010. Conforme apurou a Polícia, através de depoimentos de testemunhas,
ficou evidente que Eliza esteve no sítio de Bruno, em Esmeraldas (MG),
justamente na época de seu sumiço. A polícia informou ainda, que teria sido a
última vez que Eliza Samudio foi vista.
O goleiro Bruno raspou os cabelos no Complexo Penitenciário Nelson
Hungria, de acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Minas
Gerais.
Os cabelos cortados teriam sido queimados por agentes penitenciários
dentro da cela, na frente de Bruno, para que não fossem possivelmente
utilizados como provas de exames de DNA, segundo a polícia. Tal
procedimento se deu, a fim de mostrar para o acusado, que o material não
seria usado posteriormente, sem seu consentimento.
O advogado Frederico Franco, que trabalha na equipe de Ércio
Quaresma, classificou o inquérito como "natimorto". Em declaração o
advogado comentou: "O inquérito não tem provas vai nascer e vai morrer e
todos irão para a rua". Finalizou.
Acusados
O goleiro, a ex-mulher dele, o melhor amigo e outras cinco pessoas
estão presas como suspeitas de seqüestro e morte. Um menor de 17 anos, que
é primo de Bruno, revelou detalhes do crime, mas mudou de versão quatro
vezes. Ele está detido na capital mineira. Todos alegam inocência. Bruno
Fernandes e Luiz Henrique Ferreira Romão chegam ao Departamento de
Investigações da Polícia Civil na Lagoinha, de Belo Horizonte com a cabeça
raspada.
30 de Julho de 2010
Polícia pediu a prisão preventiva da estudante Fernanda Gomes Castro
(31) namorada do goleiro Bruno Fernandes. Doutor Edson Moreira, delegado
Chefe do Departamento de Investigações de Belo Horizonte (MG), informou
que Fernanda Gomes Castro, foi indiciada pela polícia por homicídio,
sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e
corrupção de menores. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de
Minas Gerais informou que o inquérito policial do Caso Eliza Samudio, de
aproximadamente 1.600 páginas que se compõe em oito volumes e três
anexos, já foi entregue pelos Delegados que presidiram as investigações, para
o respectivo Juízo. Diante disso, os volumes, devem seguir ao representante
do Ministério Público, para que o Promotor decida se irá apresentar denuncia
dos acusados e assim, qualificá-los, ou não. Caso seja vislumbrada a ação
penal, pelo representante do Ministério Público, o Promotor então oferece a
Denuncia, dando-se início, a Ação Penal, (Processo).
Após deferimento do Douto Juízo.
31 de Julho de 2010
O advogado Ércio Quaresma informou neste último dia 31 (31.07.2010 -
sábado), que Fernanda Gomes de Castro não vai se apresentar a Polícia, e se
tiver que aparecer, aparecera, será para buscar Bruno Fernandes, na
Penitenciária, assim que for solto pela Justiça.
Bruno Fernandes encontra-se detido no Complexo Penitenciário Nelson
Hungria, em Contagem (MG).
Os suspeitos do Caso Eliza Samudio, que foram indiciados na Polícia,
em cinco Crimes
Crimes
*Homicídio.
*Sequestro e cárcere privado.
*Ocultação de cadáver.
*Formação de quadrilha e
*Corrupção de menores.
Indiciados
*Bruno Fernandes - Goleiro Bruno
*Wemerson Marques de Souza - Alcunha: Coxinha,
*Luiz Henrique Ferreira Romão - Alcunha: Macarrão,
*Flávio Caetano de Araújo - Alcunha: Flavinho,
*Sérgio Rosa Sales - Alcunha: Camelo
*Elenilson Vitor da Silva,
*Dayanne Rodriques do Carmo Souza,
*Fernanda Gomes de Castro.
*Adolescente de 17 anos, primo do goleiro Bruno.
O menor não foi incluído não foi indiciado pela polícia porque vai
responder no juizado de menores. Entre as provas apresentadas no inquérito
estão transcrições telefônicas, exames periciais nos locais por onde a vítima
esteve com os envolvidos no caso e resultados de exames de DNA feitos a
partir de vestígios de sangue.
01 de Agosto de 2010
Os suspeitos acusados no Caso Eliza Samudio, recebem visitas de
parentes no Presídio do Complexo Penitenciário Nelson Hungria. Conforme
informações de funcionários da unidade Prisional aonde se encontram detidos
os acusados, Bruno Fernandes, teria recebido a visita da avó e de uma tia. As
visitas ocorreram por volta das 13h30, na presença de Agentes Prisionais.
Macarrão foi visitado pelo avô, na parte da manhã e no começo da tarde, os
pais. Bola recebeu visitas dos dois filhos, por volta do meio dia.
02 de Agosto de 2010
Ércio Quaresma, advogado de Bruno, afirma que vai pedir revogação da
Prisão Preventiva de seu cliente, junto à Jstiça do Rio de Janeiro. De acordo
com as declarações de Quaresma, a Prisão Preventiva que mantém Bruno
Fernandes em cárcere, é relativa ao Inquérito que investiga um suposto
sequestro denunciado por Eliza Samudio em outubro de 2009, quando então,
ela teria sido obrigada a tomar medicamentos abortivos.
Até o momento, não foram encontrados vestígios de Eliza.
Mas, conforme afirmam os delegados do caso, eles consideram que
Eliza esteja de fato morta, no entanto, as buscas continuam.
Bruno está preso até o presente momento (11/01/2016)
PARTE 7 – Crimes até o momento sem solução
Uma das piores coisas que existe é você não ter pistas sobre um crime.
A família da vítima vive uma eterna busca por soluções e respostas que se
confundem com pistas falsas, e comportamentos que são atípicos,
principalmente nos casos de desaparecimentos.
Eu já vivi esta experiência de um familiar desaparecido e garanto que a
sensação que temos é eterna, de que em qualquer momento a pessoa vai
entrar por sua porta como se tivesse tido um surto de amnésia.
Mas na maioria dos casos, o desaparecimento nada mais é que a morte
presumida.
Caso Priscila Belfort

Priscila Belfort tinha 29 anos quando desapareceu no Rio de Janeiro, em


9 de janeiro de 2004.
Irmã do lutador Vitor Belfort – e cunhada da modelo Joana Prado, a
Feiticeira –, Priscila trabalhava na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer,
no centro do Rio.
No dia do seu desaparecimento, Priscila acordou indisposta e resolveu
pegar uma carona com a mãe, Jovita Belfort, até o trabalho. A jovem entrou
no trabalho e saiu horas mais tarde, sozinha, dizendo aos colegas que ia
almoçar. Foi a última vez que Priscila foi vista.
Não houve nenhum pedido de resgate. Nos meses seguintes, os parentes
levantaram várias possibilidades para o sumiço, inclusive algum tipo de
confusão mental. Segundo a família, ela já havia sofrido lapsos de memória
no passado, mas nunca a ponto de perder o contato com os parentes.
Em junho, numa edição do programa "Linha Direta", da TV Globo,
dedicada ao caso, o namorado de Priscila disse acreditar que ela teria fugido.
"Eu acho que ela foi para algum lugar com as próprias pernas", afirmou. A
mãe, Jovita, afirma que não crê na possibilidade de fuga.
No ano de 2007, Elaine Paiva procurou a polícia alegando ter feito parte
de um grupo que havia sequestrado Priscila, e a mantido em cativeiro por três
meses e depois tê-la assassinado.
A polícia seguiu a investigação, fazendo escavações no local onde
Elaine alegava que o corpo de Priscila esta enterrado, em uma fazenda em
São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, mas sem sucesso nas
buscas.
Campanha
Vítor e Joana aproveitaram sua exposição na mídia para divulgar
amplamente o caso e tentar conseguir pistas do paradeiro de Priscila.
A família criou uma campanha que estampou camisetas com retratos de
Priscila e espalhou 30 fotos gigantes da jovem pela cidade, sempre pedindo
que as pessoas repassassem qualquer informação sobre a jovem para os
telefones do Disque-Denúncia. O apelo continua até hoje nas páginas iniciais
dos sites de Joana e Vítor.
A campanha fez a polícia receber milhares de telefonemas com
denúncias, mas nenhuma produziu uma pista concreta que levasse a Priscila.
Caso Madeline

No dia 3 de maio de 2007, a menina Madelline Macainn, que passava


férias com sua família na praia da Luz em Portugal, desapareceu
misteriosamente.
Seus pais saíram para um jantar, e deixaram no quarto do hotel a menina
de 3 anos com os irmãos gêmeos de dois anos de idade.
A polícia começa as investigações em busca de um suposto
sequestrador, e descobre que bem próximo ao hotel vive um pedófilo inglês
que já havia cumprido pena.
O caso comove não só Portugal como também a imprensa e empresários
europeus, artistas e atletas como David Beckham. Afinal, como uma criança
desaparece sem deixar pistas?
Um empresário chega a oferecer uma recompensa de 1 milhão de
dólares para quem pudesse indicar o paradeiro da menina.
A polícia chegou a deter Robert Murat, o pedófilo que vivia em um
chalé próximo ao hotel e que tem uma filha da mesma idade de Madelline,
mas libertou-o por falta de provas.
Depois da prisão equivocada de Murat, nada mais plausível se soube
sobre o caso, os pais chegaram a ser acusados pelo desaparecimento, mas
nada conseguiu ser provado, muitas denúncias chegam e fotos de meninas,
que se parecem com Madelline, mas, desde o ocorrido, Madelline está
desaparecida e não há qualquer pista sobre o seu desaparecimento.
O casal McCann continua com esperanças de encontrar a menina e
mantém uma campanha para localizá-la, inclusive com a divulgação de
retratos falados de seus possíveis sequestradores.
Caso Carlinhos

O caso Carlinhos aconteceu na época da Ditadura Militar no Brasil, em


1973.
Em uma noite chuvosa, em sua residência na Rua Alice, no Rio de
janeiro, o menino Carlinhos foi sequestrado,
O caso, repleto de hipóteses, suspeitos e informações controversas,
gerou grande repercussão nacional. Carlinhos era um dos sete filhos da dona
de casa Maria da Conceição Ramires da Costa e do industrial João Mello da
Costa, proprietário de uma indústria farmacêutica.
Antes da fuga, o sequestrador deixou um bilhete, redigido com erros
de português e em letra de forma num pedaço de papel de caderno comum,
no qual pedia um resgate no valor de CR$ 100 mil, os quais deveriam ser
pagos até o dia 4 de agosto. Juntamente com um de seus funcionários, Abel
Alves da Silva, o pai de Carlinhos teria perseguido o sequestrador, que
entrara com o garoto em um matagal, após pular um muro na Rua Alice.
Ambos comunicaram o sequestro a policiais militares.
O maior mistério da história é que nunca mais Carlinhos foi encontrado
ou o sequestrador, alguns jornalistas da época informaram as autoridades que
a mãe de Carlinhos agia com muita calma, na noite do crime e estava sentada
assistindo à TV com os filhos, quando a polícia chegou, enquanto o pai,
desolado, chorava na calçada embaixo da chuva.
Muitas informações falsas levaram e levam até hoje a supostos
Carlinhos, inclusive alguns já fizeram exames de DNA, mas até hoje o caso
continua sem solução.
Hoje Carlinhos estaria com 47 anos de idade.
O caso da máscara de Chumbo – Uma experiência ufológica?

O dia 20 de agosto de 1966 marca uma data de mortes e mistério,


possivelmente com participação de OVNI em seu desfecho.
Jorge da Costa Alves (18) subiu o Morro do Vintém para soltar pipa.
Encontrou dois homens mortos. Aterrorizado, voltou para sua casa e, em
poucos minutos, já estavam no local o Corpo de Bombeiros, Policiais,
Perícias e Imprensa.
Os dois corpos estavam próximos um do outro e já cheiravam mal.
Vestiam ternos e estavam deitados de costas, ligeiramente encobertos pelo
mato. Sobre os corpos, capas impermeáveis. Nenhum sinal visível de
violência, nem no local, nem nos corpos. Ao lado, uma garrafa de água
mineral vazia e um pacote com duas pequenas toalhas. No rosto dos
cadáveres: MÁSCARAS DE CHUMBO.
A polícia identificou-os pelos documentos encontrados: Manoel Pereira
da Cruz e Miguel José Viana. Ambos Técnicos em Eletrônica residentes em
Campos. Além das máscaras de chumbo foram encontrados indícios que
complicavam ainda mais as circunstâncias. Uma agenda com sinais e
números ao estilo de mensagens cifradas. Bilhetes, entre os quais um que
dizia: "16:30, estar no local determinado. 18:30 ingerir cápsulas, após efeito
proteger metais, aguardar sinal máscara". Saíram de Campos, no dia 17,
dizendo que iriam comprar material de trabalho. Um carro também estava em
seus planos de compras e traziam Cr$N 2.300,00 (dois e trezentos cruzeiros
novos), segundo testemunhas posteriores. O dinheiro não foi encontrado.
Todos os seus passos foram levantados pelos detetives fluminenses.
Tomaram o ônibus às 9h e chegaram em Niterói, às 14:30h. Compraram num
armarinho as capas impermeáveis e num bar a água mineral (Casa Brasília,
na Rua Cel. Gomes Machado e Bar São Jorge, à Rua Marquês do Paraná). A
moça que os atendeu neste último estabelecimento disse que Miguel parecia
muito nervoso e toda hora olhava para o relógio. O tempo estava chuvoso e
escurecia rapidamente. Dali foram direto para o local onde foram mortos. Isto
no dia 17 de agosto de 66. Seus corpos só foram encontrados no dia 20.
Inicialmente a polícia pensava que eles vieram encontrar um terceiro
personagem. Um dos bilhetes e o desaparecimento do dinheiro reforçavam
esta hipótese, mas as máscaras de chumbo não combinavam com nada
daquilo... Quando encontrados, os corpos apresentavam uma coloração
rosada. Um dos bilhetes falava em "proteger metais e aguardar sinais
máscara". As máscaras estavam lá. Típicas para proteger os olhos contra
luminosidade intensa, talvez calor exagerado ou mesmo irradiação. Isto tudo
autorizava os detetives a pensarem, inclusive, em alguma atividade
extraterrena.
Estavam os técnicos pensando em contatos com extraterrestres?
Declarações de dona Gracinda Barbosa Cortino de Souza, e de seus filhos,
que são moradores da região, afirmam que viram no dia 17 um disco voador
sobrevoando o Morro do Vintém e que este permanecera ali por algum
tempo, exatamente na hora prevista pelos peritos para a morte dos dois
homens.
Que os rapazes viviam tentando contato com seres extraterrestres ou
coisas de outro mundo disto não se tem dúvidas. Eram dados a práticas
místicas, faziam experiências estranhas e perigosas. Uma delas foi realizada
na praia de Atafona, perto de Campos. Os dois falecidos mais outros dois
companheiros de nomes Élcio Gomes e Valdir provocaram um fenômeno que
resultou numa tremenda explosão. Várias casas das redondezas ficaram
ligeiramente danificadas e, durante algum tempo, não se falava em outra
coisa na região.
Surgiu até uma história de que um disco voador teria caído na praia.
Esta história e outras de igual calibre constam de depoimentos de várias
testemunhas intimamente ligadas aos dois. Neste famoso caso das
MÁSCARAS DE CHUMBO, as hipóteses surgidas findam na não
determinação da causa mortis. Autópsia e exames em geral não detectaram
nenhum elemento tóxico ou estranho nos cadáveres. Afinal, o que eram
aquelas cápsulas? Quem as forneceu? Quem as manipulou? São perguntas
que, se respondidas, poderiam trazer muita luz ao caso. Mas até hoje o caso
permanece um mistério.
Foram feitas outras diligências, exumação dos cadáveres, novos exames,
inclusive de radiação, ouvidas novas testemunhas em Campos e Macaé,
outros levantamentos do local, mais minuciosos e cuidadosos. Contudo, nada
mais foi encontrado. Nada que pudesse esclarecer aquelas mortes misteriosas
do caso das MÁSCARAS DE CHUMBO...
Recentemente, diversas emissoras de televisão voltaram a tratar do tema
em reportagens. 40 anos depois do ocorrido, não houve qualquer pista
esclarecedora. Embora envolto em mistério, as evidências apontam para uma
ligação com discos voadores. Mas o mistério continua até hoje...
O caso Ana Lídia

Ana Lídia Braga tinha sete anos quando a sequestraram na escola, o


mais suspeito deste caso foi que ninguém viu a menina ser sequestrada.
Os funcionários da escola Madre Carmen Sallés não perceberam que a
menina havia estado na escola naquele dia.
Os pais deixaram a menina na porta da escola como faziam diariamente,
e se encaminharam para a rodoviária para levar o filho mais velho e a
namorada que estavam presentes no carro no momento, em que Ana Lídia foi
deixada na escola.
A menina foi retirada da escola e posteriormente, torturada, estuprada e
morta por asfixia.
Seu corpo foi encontrado por policiais, na madrugada do dia seguinte,
em um terreno baldio. O corpo estava semienterrado em uma vala e, nas
proximidades, havia marcas de pneus de motocicletas e duas camisinhas,
provas que poderiam mesmo na época ter levado os investigadores até o
culpado.
A menina tinha os cabelos cortados e marcas de violência pelo corpo.
Os suspeitos do crime foram o seu próprio irmão Álvaro Henrique Braga
(que, juntamente com a namorada, Gilma Varela de Albuquerque, teria
vendido a menina para traficantes) e alguns filhos de políticos e importantes
membros da sociedade brasiliense. Mas os culpados nunca foram apontados e
o caso Ana Lídia se tornou mais um símbolo da impunidade em Brasília.
Vários nomes famosos foram apontados, na época, pois tiraram a
menina da escola e ninguém viu, e como a escola era frequentada só pela nata
da sociedade brasiliense.
Entre os suspeitos estava também o futuro Presidente da
República Fernando Collor de Mello, que, na época, tinha 24 anos de idade.
Não há evidência que Collor esteja envolvido no crime, mas mesmo assim,
durante a campanha eleitoral de 1989, Collor foi acusado de ter participado
do crime.
Em um momento da história nacional em que a Ditadura
Militar controlava as investigações que lhe diziam respeito, como era de se
esperar, não houve muito rigor nas investigações. Digitais não foram
procuradas no corpo da menina, as marcas de pneus foram esquecidas e
sequer se efetuou análises comparativas do esperma encontrado nas
camisinhas com o dos suspeitos. E o que era mais estranho: houve uma
grande passividade por parte dos próprios familiares de Ana Lídia.
O caso ganhou ainda mais sentido de abafo político do Departamento de
Polícia Federal: "De ordem superior, fica terminantemente proibida a
divulgação através dos meios de comunicação social escrito, falado,
televisado, comentários, transcrição, referências e outras matérias sobre caso
Ana Lídia e Rosana". Rosana Pandim foi outra garota desaparecida, com 11
anos de idade em Goiânia, no mesmo ano da morte de Ana Lídia. Mas, ao
contrário do que aconteceu com a menina de Brasília, o corpo de Rosana
jamais foi encontrado.
Depois que se passaram treze anos da execução do crime, o processo foi
reaberto porque surgiram novidades sobre o assassinato. A repórter Mônica
Teixeira, da Vídeo Abril, garantiu ter testemunhas que poderiam provar que o
autor do crime era mesmo o filho do ex-ministro da Justiça, Alfredo Buzaid,
e que, apesar de a imprensa ter noticiado que ele havia morrido em um
acidente, dois anos depois do crime, Mônica garantiu que ele ainda estava
bem vivo, no ano de 1985. Mais uma vez fatos estranhos aconteceram:
algumas das testemunhas simplesmente morreram, após serem intimadas para
depor e não foi permitida a exumação do corpo, sendo o processo novamente
fechado, por suposta falta de provas.
Até hoje não houve um desfecho para o caso e ninguém foi punido pelos
crimes cometidos. Em homenagem à menina, uma região do chamado Parque
da Cidade próximo à entrada do Setor Hoteleiro Sul, em que estão instalados
diversos brinquedos para crianças, passou a ser denominado Parque Ana
Lídia. Pelas circunstâncias de seu martírio, seu túmulo é um dos mais
visitados no cemitério da cidade, sendo cultuada por devotos, que acreditam
em milagres feitos pela menina, agora considerada uma santa.
Caso PC Farias

Já que acabamos de falar da impunidade nas redondezas de Brasília,


vamos seguir falando de um caso, até mais falado mundialmente que o caso
Ana Lídia e que também até hoje, não teve solução. Trata-se do caso PC
Farias e de sua namorada Suzana Marcolino.
PC Farias foi uma das figuras mais sombrias da História do Brasil. Paulo
César Farias, seu nome de batismo, foi tesoureiro da campanha que levou
Fernando Collor à Presidência do país. Nessa posição ele foi o operador de
um dos mais escandalosos casos de corrupção no Brasil, o chamado esquema
PC, que teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão, segundo as investigações.
Com esse histórico, PC era uma eminência parda, um arquivo vivo, com
muitos inimigos. Em 23 de junho de 1996, PC e sua namorada, Suzana
Marcolino, morreram na casa de praia dele em Alagoas em circunstâncias
misteriosas. A versão logo divulgada pela polícia local falava em crime
passional, no qual Suzana teria matado PC e cometido suicídio a seguir. No
entanto, as evidências colocam muitas dúvidas sobre essa possibilidade. Nem
os cinco seguranças, nem o caseiro teriam ouvido os disparos, a cena do
crime não foi preservada e a trajetória das balas punha em xeque a tese de
crime passional. O irmão de PC, o empresário e então deputado Augusto
Farias, chegou a ser indiciado, mas o caso permanece sem solução.
A última montagem da cena da morte dos dois remonta desde o último
jantar:
22h - O último jantar
PC passou o fim da tarde em casa acertando a candidatura de seu irmão,
Augusto Farias (que hoje controla sua fortuna), que se lançaria a prefeito de
Maceió. Por volta das 22h, PC, a namorada, os irmãos Augusto e Cláudio,
além de duas amigas, jantam espetinhos de camarão e uma garrafa de uísque
trazida da Suíça pela filha de PC. À 1h, Augusto Farias, que era o último
convidado, vai embora.
23 de junho, 3h30 - Quebra-pau
Segundo os garçons e os seguranças da casa disseram em seus
depoimentos à polícia, PC e Suzana beberam e discutiram muito depois do
jantar. Por volta das 3h30, o empresário disse a seu mordomo que queria ser
acordado às 10h30. Os seguranças da casa haviam sido dispensados. Os
outros funcionários da mansão estavam dormindo na residência dos
empregados, a 50 metros dali.
3h48 - Vozes na madrugada
Numa ligação para o dentista Fernando Colleoni, Suzana deixa o recado:
“Eu liguei para você para dizer que nunca vou esquecer você e tenho certeza
que eu vou lhe encontrar. Beijos”. Ao fundo, uma voz de homem: “O que
você está fazendo? Te arruma, te arruma...”.
Horário incerto - A primeira morte
Exames dos resíduos de alimentos que havia no corpo de PC FARIAS
indicaram que ele teria morrido às 3h – fato que não bate com o relato
fornecido pelos funcionários. A tese da polícia de Alagoas é que Suzana
estava em pé quando atirou nele. PC estaria deitado de lado na cama e, com o
impacto da bala no peito, teria ficado com a barriga para cima.
4h57 - Silêncio na mansão
Os funcionários da casa dormem, segundo eles, sem notar os tiros
disparados durante a madrugada. Suzana liga mais duas vezes para o dentista
Fernando Colleoni, em São Paulo, com quem tinha trocado beijos na semana
anterior ao crime. Na segunda vez, às 5h01, deixa mais um recado no celular
dele: “Espero um dia encontrar você, nem que seja na eternidade”.
Horário incerto - A segunda morte
Para a polícia alagoana, Suzana se matou logo após fazer o último
telefonema para o dentista. A arma do crime – um revólver calibre 38 – havia
sido comprada por ela dias antes. Suzana teria segurado o revólver com as
duas mãos e dado um tiro no próprio peito, à queima-roupa. Outras versões
contestam o suicídio e afirmam que ela foi assassinada pelos seguranças de
manhã.
8h - Cadáver no rádio
Em Itabuna, na Bahia, o técnico em radiotransmissão Madson Costa
intercepta uma mensagem de radioamador. Segundo ele, uma voz afirmava
repetidamente que tinha visto PC Farias morto na praia. “PC morreu na
praia”, dizia a voz. A perícia da polícia de Alagoas, porém, não encontrou
vestígios de areia nos corpos que comprovassem essa versão.
10h30 - Sem resposta
De acordo com a versão dos seguranças, na manhã de domingo eles
teriam ido ao quarto acordar o patrão, conforme ele havia pedido. O
segurança Reinaldo Correia de Lima Filho vê uma marca de tiro na parede.
Como ninguém no quarto responde, o grupo decide espiar pela janela, vendo
os dois deitados. Sem saber o que fazer, eles ligam para Augusto Farias, que
volta à mansão.
11h - Pijamas e sutiã
Augusto Farias e os seguranças afirmam ter decidido arrombar a janela
do quarto do casal. O grupo teria encontrado PC e Suzana já mortos na cama.
PC estava de pijama. A namorada vestia camisola e sutiã. Segundo sua
família, porém, ela nunca dormia de sutiã. Uma análise posterior mostrou que
a arma encontrada no local não tinha as impressões digitais da namorada de
PC.
Até hoje nada mais foi esclarecido sobre a morte de PC e Suzana.
PARTE 8 - Crimes de verdade que inspiraram
filmes e séries de verdade que inspiraram crimes
(Por Izabelle Valladares).
Hoje em dia, a violência é fator determinante na audiência de filmes,
seriados e até dos noticiários da TV.
Muitas das vezes o que inspira os filmes são crimes reais e muitas outras
o contrário também se aplica ao fato, crimes dos filmes inspiram pessoas na
vida real, dando a entender que muitas mentes não sabem onde termina a
ficção e começa a realidade.
Alguns psicólogos e psiquiatras acham que este tipo de programação,
principalmente das séries policiais, expõe muito o proceder do raciocínio da
polícia aos bandidos, que facilmente manipulam provas e seguem o passo a
passo dos bandidos em alguns casos.
Aqui estão crimes reais que inspiraram filmes e séries, também filmes
que inspiraram crimes
Sérgio Alexander Casadio
A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu um homem acusado de
assassinar três pessoas, incluindo sua namorada, inspirado em séries policiais
de televisão. Sérgio Alexander Dias Casadio, 35 anos, disse à polícia que
aprendeu nos seriados americanos Dexter e CSI as formas de cometer
homicídios e de destruir provas.
Casadio teria sequestrado as vítimas e as manteve em cativeiro antes de
assassiná-las. A primeira delas foi Orly Barbosa de Alencar. Ele teria sido
abordado pelo suspeito no dia 26 de novembro de 2008, próximo ao Alameda
Shopping, em Taguatinga, e levado a um cativeiro, no bairro Vicente Pires. A
namorada de Casadio, Rizia Rejane de Oliveira Alves, teria auxiliado no
transporte da vítima. Segundo a polícia, após tentativas frustradas de pedido
de resgate, Orly foi levado a Edilândia, em Goiás, onde foi morto. O corpo da
vítima teria sido queimado.
De acordo com as investigações, poucos dias depois, em 3 de dezembro,
Casadio sequestrou Carlito Campinho Santos Sobrinho, 21 anos. Um Policial
Militar, que também foi detido, teria auxiliado o suspeito. Eles teriam
simulado uma colisão contra o veículo que a vítima dirigia e, ao sair do carro
para verificar os danos, a sequestraram. A polícia disse que o pedido de
resgate de R$ 5 mil foi pago pela família, mas Carlito foi morto em 4 de
dezembro, enforcado com um fio de eletricidade. Casadio teria lançado o
corpo no rio Corumbá, próximo à cidade de Cocalzinho.
A última vítima de Casadio teria sido sua namorada e cúmplice nos
crimes, Rizia Rejane. Segundo a polícia, ela foi agredida com um pedaço de
granito e um vaso de cerâmica, em casa, no dia 2 de janeiro deste ano, por
causa de uma divergência por conta de R$ 28 mil provenientes da venda de
um terreno. O corpo dela teria sido queimado em Edilândia, onde foi
encontrado o corpo da primeira vítima.
Ao ser preso, Casadio agradeceu à polícia e disse que não pararia de
cometer crimes até ser pego e pediu “apenas” um canal de TV, para assistir
sua série preferida.
O fugitivo

Em julho de 1954, um crime chocou os Estados Unidos. O


neurocirurgião Sam Sheppard teria assassinado sua esposa Marilyn, de 31
anos, que estava grávida, enquanto o filho de sete anos do casal dormia no
quarto ao lado. Sheppard alegou inocência e afirmou que um homem teria
invadido sua casa, o atacado, deixando-o inconsciente, e então assassinado
Marilyn. O médico foi julgado e condenado à prisão perpétua. O caso
recebeu uma enorme cobertura midiática, com muitos veículos pressionando
pela prisão de Sheppard. Em seu apelo à Suprema Corte, ele alegou que essa
publicidade teria influenciado o julgamento. Após dez anos preso, Sheppard
teve um novo julgamento, no qual foi absolvido.
Desde então ele e sua família empreenderam um esforço para encontrar
aquele que seria o verdadeiro assassino de sua esposa. A história de Sheppard
inspirou uma série televisiva nos anos 60 e depois o filme “O Fugitivo”
(1993), dirigido por Andrew Davis, com Harrison Ford no papel do
neurocirurgião. Apesar de todas as reviravoltas, o assassinato de Marilyn
Sheppard continua um mistério.
O Zodíaco

A morte de um casal de adolescentes, enquanto namoravam no carro


estacionado em uma área rural na Califórnia (EUA), em dezembro de 1968,
anunciava o horror que se instalaria na região. O medo crescia com uma série
de cartas com pistas codificadas, que o assassino endereçava aos jornais de
San Francisco. Com conteúdos provocadores em relação à polícia elas foram
a marca registrada de um Serial Killer que ficou conhecido como o Zodíaco.
Entre 7 e 12 pessoas teriam sido vítimas dele, principalmente no período que
se estendeu até outubro de 1969. Nos anos seguintes alguns crimes e cartas
codificadas e provocativas chegaram a ser atribuídas a ele.
CASO WALTER COLLINS

Walter Collins tinha nove anos de idade quando desapareceu em Los


Angeles (EUA), em março de 1928. Uma campanha nacional para localizar o
garoto iniciou-se e cinco meses depois um menino apresentou-se à polícia de
Illinois dizendo ser ele. Mas tratava-se de um impostor logo desmascarado
por Cristina Collins, a mãe de Walter. No entanto, a Polícia de Los Angeles
ávida por encerrar o caso acusou Cristina de desequilibrada e ela acabou
passando alguns dias internada à força em uma Instituição Psiquiátrica,
enquanto o impostorzinho confessava a farsa à polícia.
As investigações levavam a crer que Walter poderia ter sido vítima do
Serial Killer, Gordon Stewart Northcott, que havia sido recentemente preso
pelos crimes que ficaram conhecidos como “Assassinatos do Glinheiro de
Wineville”. No rancho em que Northcot morava, foram encontrados corpos
de três dos 20 meninos, que haviam desaparecido na região. Northcot
assumiu o assassinato de todas as crianças, inclusive Walter, mas voltou atrás
neste caso. Anos mais tarde um dos garotos desaparecidos, e que Northcot
teria confessado o assassinato, apareceu vivo e isso aumentou as esperanças
de Cristina Collins na busca por seu filho.
Walter nunca foi encontrado e a história do seu desaparecimento
inspirou o filme “A Troca” (2008), dirigido por Clint Eastwood, com
Angelina Jolie no papel de Cristina Collins.
O caso Dalia Negra

A vida de Elizabeth Short e sua paixão pelo cinema foram marginais,


mais um sonho não realizado do que qualquer outra coisa. Até a morte da
moça. Aos 22 anos de idade, a garota que saiu de Massachusetts para
"conquistar Hollywood" foi brutalmente assassinada, num caso jamais
esclarecido pela polícia. Quando uma menina que ia para escola ao lado da
mãe, às 7h45m, do dia 15 de janeiro de 1947, afirmou ter visto num terreno
baldio uma boneca, nascia o Caso Dália Negra. Em um de seus mais
surpreendentes relatos a respeito dos bastidores de Hollywood, o escritor
Kenneth Anger descreve no livro de fofocas cinematográficas "Hollywood
Babylon II", o que depois de quase 50 anos permanece sendo um dos maiores
mistérios de Hollywood. Caso que serviu de inspiração indireta para dois
filmes, "True Confessions" (1981, com Robert Duvall e Robert De Niro) e
"Dália Negra", de Brian De Palma, a história de Elisabeth também é contada
na série de filmes Babillon 2.
Mas "Babylon II" conta ainda mais detalhadamente a tragédia e mostra
porque, além de notório pela barbaridade, o crime acabou revelando mais da
crueldade que se supõe, imperante no mundinho do cinema nos EUA. Por
exemplo: sabe-se, pelo livro, que mais de 50 homens "assumiram" a autoria
do crime. Que estranho interesse pela prática de um ato tão escabroso, não? O
livro revela ainda outros inimagináveis requintes: o assassino torturou a moça
por três dias e pintou o cabelo dela com henna, para, depois, lavá-lo,
possivelmente com a intenção de despistar a polícia. Ideia, aliás, digna de
tramas cinematográficas, o que faz aumentar a suspeita, disseram
investigadores na época, de que o assassino poderia estar entre os supostos
clientes da moça, alguns altos funcionários de grandes estúdios.
A série de livros "Babylon" é um sucesso underground, odiado pelos
artistas e seus descendentes, mas adorado pelo público. Foi publicado
originalmente em 1959, mas ganhou novas versões a partir de 1984. Entre os
sórdidos escândalos que relata estão a carreira deslizante do ex-presidente
Ronald Reagan e relatos de sua mudança de personalidade após se casar com
Nancy, a paixão de Elizabeth Taylor pelo álcool – com as respectivas e
chocantes fotos da atriz muitos quilos mais gorda do que jamais se viu – e os
muitos supostos envolvimentos de astros com drogas. Sobra até para Carmen
Miranda, quem, segundo Anger, guardava cocaína no salto do sapato. Brian
De Palma pega um bem mais leve.
Elisabeth pretendia ser artista de cinema, com traços marcantes e olhos
verdes expressivos, usava sempre uma dália negra, enfeitando seus cabelos.
Quando conheceu um médico que tratava dos artistas de Hollywood, e
começou a se relacionar com ele. Este médico cirurgião, também jornalista,
interessava-se desde pequeno por notícias de violência, pela arte surreal, por
fotografia e queria ser reconhecido pela sua genialidade. Mas ele se
apaixonou por ela e, num determinado momento, seu ciúme foi tão
incontrolável que fez da sua amada seu crime mais famoso.
Ela foi encontrada num terreno baldio, totalmente nua, com uma dália
negra enfeitando o cabelo, cortada ao meio, na altura da segunda e terceira
vértebra lombar, com os braços cuidadosamente colocados em forma de
chifres, com marcas brutais de tortura. Enquanto a polícia tentava desvendar
o caso, que ficou conhecido como "O Caso Dália Negra", o médico e
jornalista enviava, anonimamente, cartas feitas com letras recortadas de
revistas para a polícia encarregada do caso, dizendo que eles não tinham
capacidade intelectual para resolver este caso. Na verdade, ele queria ser
reconhecido por sua "obra de arte". A polícia sabia que se tratava de alguém
que sabia as técnicas cirúrgicas, pela forma exata como a vitima foi cortada
ao meio; sabia que a forma pela qual ela tinha sido cuidadosamente deixada
naquela posição, tinha uma significação. Mas, depois de muito tempo de
investigação, a polícia abandonou o caso por falta de suspeitos e provas que
identificassem o criminoso. O caso ficou famoso pela brutalidade e
inteligência de quem o cometeu.
Anos mais tarde, esse mesmo médico se casou e teve um filho, o menino
cresceu e se tornou investigador policial, enquanto que o pai veio a falecer
depois. O filho do médico que havia cometido o crime mais misterioso da
história policial ficou interessado em saber sobre este caso. E quando olhou a
foto da vítima, o rosto marcante daquela mulher, lembrou-se que já havia
visto o rosto dela em algum lugar. Pensou: – Esta atriz é do tempo do meu
pai... E começou a procurar nos pertences deixados pelo seu pai, se
encontrava algo sobre ela. Quando curiosamente encontrou a foto dela,
dentro da carteira de anotações do seu pai. Era uma foto íntima dela. Então
ele começou a investigar que ligação poderia ter tido o pai dele com a vítima,
do Caso Dália Negra.
Aos poucos o filho do médico foi descobrindo os passos do seu pai, as
pessoas que tiveram contato com ele como médico, jornalista e fotógrafo. E,
de fato, ele teria conhecido a vítima numa das festas proporcionadas por
artistas de Hollywood, pois o médico tinha prestigio entre os artistas que
tratavam com ele. Descobriu também que seu pai tinha amizade com um
artista surreal da época, que tirava fotos surreais e dentre tantas fotografias,
encontrou uma que lhe chamou a atenção: um corpo nu de mulher, cortado ao
meio, com os braços abertos em posição de chifre, numa alusão surreal do
Minotauro (*é uma figura da mitologia Grega, com cabeça e cauda de touro
num corpo de homem, esta criatura habitava um labirinto na Ilha de Creta,
levando medo e terror aos moradores, pois devorava as moças virgens, que
eram deixadas no labirinto, com o propósito de acalmar a ira do monstro).
Exatamente como a vítima foi encontrada no terreno baldio.
O filho do médico não tinha mais dúvidas, seu pai era o assassino que
todos procuravam e, por força do seu ímpeto de investigador, havia
encontrado todas as evidências.
Como profissional, levou todas as provas que tinha em mãos, ao
conhecimento da Justiça Americana, de forma sigilosa para não comprometer
a figura do seu pai, pois ele já tinha falecido e não poderia mais ser
processado ou confessar o crime. Diante de tantas provas que levavam para o
criminoso, a documentação foi toda guardada pela Justiça. E, depois de
alguns meses, o investigador vendo que não tinha nenhuma resposta da
Justiça, procurou pela documentação do caso e constatou que todos os
documentos que ele havia entregado, desapareceram misteriosamente. E o
Caso Dália Negra continua até hoje arquivado, sem provas o suficiente, sem
identificar o verdadeiro assassino.
Ônibus 174

O documentário Ônibus 174, o diretor José Padilha (o mesmo de Tropa


de Elite), é um mix de emoções fortes: raiva, medo, angústia, compaixão e
alívio são sentimentos que nos ocorrem durante o documentário.
E o mais triste é que são fatos reais.
As diversas passagens dessa obra nos mostram uma mídia
sensacionalista, uma televisão que quer mostrar muito de perto tudo o que
acontece. Isso provoca até uma certa dificuldade entre a polícia e o bandido,
o Sandro. Menino de rua sofrido, sem base familiar nenhuma, que em uma
loucura pegou uma arma e “tocou terror” nas pessoas que estavam no ônibus.
Esse “menino crescido” se torna poderoso em meio aos holofotes e câmeras
de TV.
A polícia, despreparada para uma situação de perigo como esta, não
possui profissionais treinados, equipamentos adequados, armamentos
suficientes, numa ridícula falha do Estado. Sem contar na pressão psicológica
que esses homens sofrem e sofreram na ocasião, e que não foram orientados
para isso e em saber que a sociedade estava acompanhando tudo ao vivo e
que suas ações ali estavam sendo julgadas. As reféns, pois a sua maioria era
do sexo feminino, choram, escrevem no vidro, fingem a pedido de Sandro,
conversam com ele.
Alguém precisava fazer alguma coisa, acabar com aquela situação. A
polícia, o BOPE seria o mais indicado para isso. Em questões de segundos
um policial toma a iniciativa e atira. Depois de horas ele atira, e acerta uma
das reféns que Sandro segurava ao sair do ônibus.
A mídia à procura de sangue estava lá, filmando e mostrando tudo: o
tiro, o alvo errado, o Sandro poderoso. Era tudo o que ele queria, pessoas
olhando para ele e se preocupando com ele. Policiais deitam sob o corpo de
Sandro que está no chão, vivo. A refém quase morta. Sandro por instinto
dispara sua arma, quando os policiais caem sob ele. A refém recebe mais
tiros, agora dele.
O povo ali, antes estático, corre para fazer justiça com as próprias mãos
e a polícia não consegue conter. Sandro ainda vivo é quase linchado pela
multidão, que acompanhou durante horas o seu show. Sandro é levado, mas
morre asfixiado, pelos policiais, seja por raiva, seja por desespero, do
descontrole da situação.
No enterro da refém milhares de pessoas, até quem não era parente
esteve presente.
No enterro de Sandro, sua mãe de coração, apenas. Sua mãe de verdade
fora assassinada quando ele ainda era criança, na sua frente. Todo esse
cenário de uma realidade social brasileira é “amarrado” por comentários
magníficos de profissionais “sociólogos”, psiquiatras, moradores de rua,
enfim, pessoas de diversas áreas e camadas sociais. Pessoas que
acompanharam a vida de Sandro, o bandido, e também dos policiais.
Há os depoimentos das mulheres que estiveram presentes no ônibus e
sob a mira de Sandro. Cenas da vida dura de Sandro são mostradas e
comentadas, assim como toda a sua trajetória até o dia da sua morte dentro do
camburão da polícia, o rapaz que já havia escapado da morte na Chacina da
Candelária, e agora no lugar de vítima, era o criminoso.
No final da obra ficamos na dúvida se o Sandro era mesmo o principal
culpado do caso, ou se era a Polícia, ou a Imprensa ou o Estado. Este último
que não oferece condições para que as pessoas tenham oportunidades na vida
e se recuperem e para que a polícia receba treinamento adequado.
Jean Charles

O filme fala sobre a morte de Jean Charles e sua vida como imigrante
em Londres, na busca por viver legalmente em outro país, suas aflições e
desencantos e sua vontade de continuar ali. Mostra também a realidade de
outros imigrantes que deixam suas famílias, indo atrás da ilusão de ganhos
absurdos de dinheiro, que na maioria das vezes não chega a ocorrer.
Como milhares de brasileiros que emigram para a Europa e os Estados
Unidos em busca de melhores condições econômicas, Jean Charles partiu
para Londres em 2002. O brasileiro foi confundido pela polícia com um dos
extremistas islâmicos que teriam planejado um ataque frustrado ao sistema de
transportes da capital britânica, em 21 de julho de 2005.
No dia seguinte, Jean Charles foi seguido ao sair do apartamento em que
morava e, ao entrar no metrô, foi morto por um grupo especial da polícia
londrina. Além de mostrar a história pessoal de Charles, o filme também
esmiúça a relação entre os imigrantes brasileiros no país: as dificuldades, os
preconceitos, as conquistas e os desafios, semelhantes aos do protagonista,
servem para traçar um retrato da vida das pessoas que decidiram ir para lá e
se aventurar em busca de um futuro melhor. Segundo os criadores, o filme é
uma mistura de ficção e fatos reais.
"É quase como se, para contar a realidade de um jeito mais profundo, a
gente tivesse que inventar um pouco", diz Goldman. "Isso nós fizemos
despudoradamente."
Elenco
Além de atores experientes como Selton Mello e Vanessa Giácomo, o
elenco também é formado por não-atores, incluindo pessoas que conviveram
com Jean Charles, como a prima Patricia Armani, que interpreta o seu próprio
papel. "Nunca tinha me passado pela cabeça participar de um filme", conta
Patrícia. "Teve aquele lado triste também de ter que relembrar as coisas para
poder fazer as cenas. Cheguei a ter até uma certa depressão durante as
filmagens. Mas foi muito legal, foi uma experiência muito gratificante
mesmo.”
"De acordo com os produtores, os familiares de Jean Charles terão uma
participação na renda do filme. "Nós tivemos um trabalho sempre junto com
a família", afirma Marcelo Starobinas. "Nós lemos o roteiro para os primos
várias vezes, fomos a Gonzaga (cidade natal da família, em Minas Gerais),
lemos o roteiro para o irmão do Jean Charles, explicamos a história para os
pais do Jean, aceitamos sugestões, mudamos muitas coisas no filme que
desagradavam a família", acrescenta o roteirista.
A produção é estrelada pelo ator Selton Mello, que recentemente foi
premiado como o Melhor Ator de 2008, pela Academia Brasileira de Cinema,
por sua atuação no filme “Meu Nome Não é Johnny”.
Notas finais:
Escrever um livro sobre crimes é ao mesmo tempo estimulante e
angustiante.
Nunca havia escrito um documentário antes e confesso que em alguns
momentos fiquei um pouco paranóica, em pensar que não conhecia as
pessoas com quem convivia.
E é uma realidade, no fundo não sabemos do que as pessoas são capazes.
Os psicólogos admitem que qualquer ser humano é capaz de matar por
impulso, mas há casos, como vimos aqui neste livro que são
matematicamente calculados, e é neste espaço que mora a insanidade mental,
ou simplesmente o desejo incontrolável de mostrar o poder sobre a vida
alheia.
Certamente os portadores de distúrbios mentais em geral não são os
grupos mais violentos da sociedade. Quanto aos homicidas, eles podem ser
classificados em dois grupos. O primeiro diz respeito aqueles chamados
“anormais”, a denominação se refere às condições atípicas que levaram o
sujeito a cometer o crime.
Uma discussão mais acalorada, um choque violento ou uma grande
decepção podem desencadear o desejo instantâneo de matar. Não é difícil
ceder a este instinto. Qualquer animal selvagem, por menos desenvolvido que
seja seu cérebro, tem a percepção nítida da vida e da morte.
Mas o que nos difere dos animais é a capacidade de raciocínio acima das
emoções.
Monstro, aberração, pervertido, anomalia da natureza, calculista,
psicopata, doente... Esses são apenas alguns dos adjetivos usados para
designar os assassinos cruéis, chamá-los assim parece ter sobre nós o curioso
efeito de um pequeno alívio, um desabafo que os apresentadores de televisão,
os radialistas e os políticos sabem capitalizar como ninguém em seus
discursos sobre a violência. "Quanto mais execramos esses criminosos, mais
nos sentimos diferentes deles, como um exorcista que, diante do demônio,
fortalece a sua fé", diz o psicanalista William Cesar Castilho Pereira,
professor de Psicologia da PUC, de Minas Gerais. "É uma defesa natural para
negar o potencial de violência que existe em todos nós", afirma William.
Quem nunca teve vontade de esganar alguém? Por mais zen que uma pessoa
possa parecer, ninguém está livre do arrebatador impulso para a violência.
"Assim como em outros animais, a violência faz parte do ser humano", diz
Márcia Regina da Costa, professora de Antropologia da PUC de São Paulo.
Especialista em violência de gangues, Márcia diz que esse potencial pode
variar de um comportamento agressivo no trânsito, uma briga de torcidas
até um assassinato. "A violência é como uma espécie de arquivo de
computador não-executável", diz a antropóloga. "Dependendo do estímulo,
ele entra em ação e os resultados podem ser inesperados." Mas, se é verdade
que todos nós temos a capacidade para o mal, por que somente algumas
pessoas chegam às vias de fato?
"Assim como ocorre com os nossos desejos sexuais, a vida em
sociedade exige a repressão de alguns instintos", afirma o psicólogo paulista
Antônio Carlos Amador Pereira, especialista em desenvolvimento psíquico
de adolescentes e adultos. Ou seja: por mais vontade que tenha de agredir
alguém, você tem que renunciar a esse desejo para viver em grupo. "Essa é a
diferença entre a vida selvagem e a civilização", diz o psicólogo. "Mas a
renúncia a esses instintos nunca é fácil." No artigo "O mal-estar da
civilização", publicado em 1930, Sigmund Freud descreveu pela primeira vez
o conflito existente entre nossos impulsos animais e a repressão desses
impulsos pela vida em sociedade. A força resultante desse embate é a culpa –
aquele anjinho dos desenhos animados dizendo, no pé do ouvido, que você
deve se controlar. Ainda assim, num momento de ira, ninguém estaria livre
de cometer algum ato violento.
Se todos os crimes violentos fossem provocados por um momento de
descontrole, as explicações acima seriam bastante satisfatórias. Os crimes
passionais, portanto, são causados por uma onda incontrolável desse instinto
animal, que todos temos e que nos faz querer resolver nossos problemas pela
via mais simples, direta e distante do raciocínio. Mas como explicar os
crimes perversos que foram planejados com a tranquilidade de quem prepara
uma refeição? O que se passa na mente de um sequestrador que agiu
teoricamente em busca de dinheiro, mas que não se conteve e estuprou e
queimou sua refém?
"São atos que não podem ser simplificados como tendo origem na
pobreza, na ignorância ou num momento de descontrole", diz o psiquiatra
americano Jonathan Pincus, autor do livro Base Istincts - What Makes
Killers Kill ("Instintos básicos - O que faz matadores matarem", inédito no
Brasil). "Há algo diferente na mente dessas pessoas que as torna capazes de
cometer atrocidades sem sentir nenhum remorso." Lembra a figura do anjinho
tentando controlar seus atos para evitar que você cometa um crime e depois
se sinta culpado? Para essas pessoas, parece não existir nem o anjo nem a
culpa. Popularmente, elas são conhecidas como psicopatas.
Segundo a medicina, psicopatas são, na verdade, portadores do distúrbio
de personalidade antissocial, um transtorno catalogado desde 1968, cujos
principais sinais são o desrespeito dos desejos, dos direitos ou dos
sentimentos alheios e um padrão repetitivo de violação das normas. "A
prevalência desse distúrbio na população é estimada em 2,5%", afirma o
psiquiatra Marco Antônio Beltrão, diretor do Instituto de Medicina Social e
Criminológica do Estado de São Paulo (Imesc). Segundo essa proporção, o
Brasil teria nada menos que 4,5 milhões de pessoas nessa condição – o
equivalente à soma das populações do Estado de Mato Grosso e de Sergipe.
Muita gente, não?
Ainda bem que nem todos os psicopatas são criminosos cruéis. "Sofrer
desse distúrbio não significa necessariamente que a pessoa seja ou se torne
um assassino", diz o neurologista Henrique Del Nero, da Universidade de São
Paulo. Segundo ele, na maioria dos portadores desse transtorno, o
comportamento antissocial se manifesta por traços como egoísmo e falta de
escrúpulos. É aquele colega de trabalho que atropela os outros para subir na
vida ou o político que desvia dinheiro de um hospital para crianças órfãs com
câncer para sua conta bancária. "Boa parte dessas pessoas também são
psicopatas", diz Del Nero. "Mas menos de um 1% comete assassinatos
cruéis."
O motoboy Francisco de Assis Pereira é um dos que estão nessa lista.
Em 1998, ele confessou ter assassinado dez mulheres no Parque do Estado,
em São Paulo. A técnica do "Maníaco do Parque", como ficou conhecido, era
seduzir moças e depois estuprá-las e matá-las por estrangulamento. Ao
confessar seus crimes, Pereira estava com o olhar sereno. Não demonstrou
sinais de emoção ou de arrependimento e disse que, se retornasse às ruas,
voltaria a matar. Ao contrário do que muita gente imagina, ser diagnosticado
como um sociopata não ajuda em nada na diminuição da pena. O motoboy foi
condenado a 121 anos de prisão.
"Os psicopatas sabem que estão fazendo algo errado", afirma o
psiquiatra americano Jonathan Pincus. "Eles simplesmente não sentem que
estão fazendo algo errado." Confuso? Para entender melhor a diferença entre
saber e sentir, o psiquiatra conta a história de um paciente não-violento que,
após uma cirurgia para a retirada de um tumor no cérebro, passa a urinar na
sala de jantar e em outros locais além do banheiro. "Você pergunta se ele
sabia que não devia fazer isso. Ele responde que sim, sabia. Aí você
pergunta: 'Por que você fez isso, então?', Ele responde: 'Não sei, eu fiz'." O
psiquiatra diz que, por mais que ele saiba que é errado, alguma mudança no
cérebro do paciente faz com que ele simplesmente não se incomode nem sinta
constrangimento em molhar o assoalho da casa.
Essa consciência do ato no momento do crime é, também, a principal
diferença entre os crimes cometidos por um psicopata e por um doente
mental. "O sociopata facilmente se entrega numa conversa, já que fala de
seus crimes sem demonstrar nenhuma emoção ou constrangimento", diz o
psiquiatra Marco Beltrão, que já fez o laudo de gente como o professor de
Matemática Leonardo de Castro, o homem acusado de ter detonado uma
bomba no avião da TAM, em 1997, matando um dos passageiros. (Leonardo
não foi considerado nem doente mental, nem sociopata.) "O assassinato
movido por uma alucinação provocada por doença mental, tem um perfil bem
diferente."
Foi o que aconteceu às 15h45 da tarde, do dia 31 de março de 1985, na
cidade de Itu, interior de São Paulo. O torneiro mecânico Sérgio Berloffa
assassinou a mãe, com uma faca de cozinha sem nenhum motivo aparente.
Berloffa era considerado um filho meigo e carinhoso. A investigação feita
mostrou que ele fora movido por alucinações. Como num filme de terror, o
assassino ouvira uma voz que o instruíra a matar a própria mãe. Segundo ele,
a tal voz demoníaca havia explicado que, ao matá-la, ela ressuscitaria e
viveria para sempre. Sérgio seguiu as instruções da voz, sua mãe não
ressuscitou e, desde então, ele está detido na Casa de Custódia de Franco da
Rocha, interior de São Paulo. É para lá que são enviados os chamados autores
de crimes inimputáveis – o palavrão significa que o juiz entendeu que o réu
não tinha consciência do que estava fazendo no momento do crime e, logo,
não pode ser julgado como um assassino comum.
Após ser examinado por psiquiatras, as alucinações de Sérgio mostraram
ser sintomas de esquizofrenia paranóide, uma doença mental comum, que
apenas em pouquíssimos casos torna sua vítima violenta. "Esse é um típico
caso de crime motivado por doença mental", diz o psiquiatra Carlos Eduardo
Garcia, que há 21 anos, acompanha e medica os pacientes da Casa de
Custódia.
"Mas esses assassinatos estatisticamente são raros", afirma. "A maioria
dos crimes considerados bárbaros são cometidos por pessoas com distúrbio
de personalidade antissocial, os chamados psicopatas."
Nos Estados Unidos, estima-se que nada menos que três quartos da
população carcerária tenha o transtorno de personalidade antissocial.
"Não temos dados desse tipo no Brasil", diz o psiquiatra Paulo Sérgio
Calvo, um dos encarregados de examinar os presos da Casa de Detenção do
Carandiru, em São Paulo. "Se eu tivesse que fazer uma estimativa, acredito
que essa proporção, no Brasil, não chegaria a um quarto dos presos", afirma.
Para ele, mesmo que a proporção de psicopatas nos presídios brasileiros seja
menor, são eles que encabeçam as rebeliões e convencem os outros presos a
participarem dos motins. "Ainda que o número deles não seja tão expressivo,
o estrago que eles provocam é enorme. Se conseguíssemos diagnosticar todos
esses casos e separá-los dos outros presos, muitas dessas rebeliões deixariam
de acontecer." Mas, afinal, qual a origem desse transtorno? O chamado
psicopata nasce assim ou é fruto do ambiente em que vive?
A resposta para essa pergunta vem gerando controvérsias desde o século
XVIII, quando o médico austríaco Franz Gall defendia a tese de que ninguém
se torna criminoso, já se nasce criminoso. Gall foi um dos mais importantes
representantes da frenologia, a teoria de que era possível identificar um
assassino frio por meio de algumas saliências no crânio. A ideia é que havia
no cérebro uma área específica para a violência. Se essa área fosse grande,
era melhor apressar o exame do paciente e sair logo da sala. Mas a realidade
não se encaixou na sua tese e as ideias de Gall e outras explicações biológicas
para a origem da agressividade caíram em descrédito, na mesma época em
que a psicanálise buscava modelos que não tivessem necessariamente uma
origem orgânica para explicar a violência.
Até hoje, os pesquisadores se dividem. De um lado estão os que
procuram encontrar no cérebro a origem da sociopatia. Uma pesquisa
realizada pelo neurologista Adrian Raine, da Universidade de Southern
California, em Los Angeles, analisou imagens computadorizadas de cérebros
de sociopatas e sugeriu que eles apresentam algumas alterações no córtex
frontal, a parte do cérebro que fica logo abaixo da testa e que é considerada
responsável por nossa capacidade de sentir emoções. Resta saber se essa
alteração é genética ou fruto de algum distúrbio psicológico adquirido.
Do outro lado estão os que acreditam que a insensibilidade dos
psicopatas é fruto de um trauma, como violência ou abuso sexual na infância.
Enfim, um problema de software e não de hardware. Mas todos parecem
concordar num ponto: não deve existir apenas um fator para que alguém se
torne um assassino frio. Problemas neurológicos, doenças mentais, abuso
sexual e violência infantil, todas essas causas são plausíveis para explicar o
que torna algumas pessoas mais vulneráveis a cometer esses crimes.
"É preciso reconhecer que existe uma série de outros problemas
psíquicos que podem levar alguém à violência, que não se enquadram nem na
doença mental nem na sociopatia", diz o psiquiatra José Cássio do
Nascimento Pitta. Ele foi o psiquiatra do estudante de medicina Mateus da
Costa Meira, preso após disparar, em 1999, cerca de 40 tiros de metralhadora,
na plateia de um cinema num shopping, em São Paulo, matando três pessoas
e ferindo outras cinco.
Mateus não foi considerado nem um sociopata nem um doente mental.
Qual o motivo dos disparos? Pitta se recusa a falar do seu paciente por
"questões éticas", mas afirma que há uma série de outros fatores ligados ao
desenvolvimento da personalidade que, aliados ao uso de drogas, podem
servir de estopim para um ato violento. No exame que a polícia fez para saber
se o estudante estava sob o efeito de tóxicos no dia da chacina, foram
encontrados vestígios de cocaína.
Há o que fazer para prever esse tipo de crueldade? Os especialistas
dizem que os esforços devem se concentrar no combate à violência e ao
abuso infantis, que são mais recorrentes em locais onde predomina a pobreza.
"É preciso coibir com rigor a violência contra crianças, porque quem é vítima
dela tende a deixar de ser a vítima e se transformar no violentador no futuro",
afirma o psicoterapeuta paulista Roberto Ziemer. "A formação de uma
criança não é um problema que só diz respeito aos pais dela, já que, no
futuro, todos pagamos pelos crimes que tiveram origem na violência e no
abuso sexual." Ziemer defende a tese de que todo assassino perverso sofreu
alguma forma de abuso na infância, seja o terrorista Bin Laden, Hitler ou o
"Maníaco do Parque".
O psiquiatra Paulo Sérgio Calvo, da Casa de Detenção do Carandiru, diz
que outra forma de evitar a formação de assassinos frios é fazer com que a
legislação aumente a parcela de responsabilidade dos pais sobre os atos
cometidos por seus filhos. "O engajamento deles tem que ser cobrado", diz o
psiquiatra. "As pessoas parecem esquecer que o ambiente em que essas
crianças vivem pode determinar se vão ou não se transformar em assassinos
frios no futuro."
Outro ponto polêmico que divide os especialistas é o papel da pobreza
na formação de assassinos frios. "Ela pode até não explicar todos os casos,
mas é claro que existe uma relação, mesmo que indireta", afirma o psiquiatra
do Imesc Marco Antônio Beltrão. "Em regiões pobres, há mais famílias
desestruturadas, mais abuso e violência infantil e, consequentemente, mais
assassinos frios." Para o psicólogo Antônio Carlos Amador Pereira, da PUC
de São Paulo, esse elo é mais direto: "Viver numa sociedade que celebra o
consumo e se sentir excluído dessa festa, é claro que torna uma pessoa muito
mais vulnerável ao ódio e à violência", diz. "Por que você acha que alguns
sequestradores vão direto a um shopping center depois que recebem o
resgate?"
Além do consumo, o psicólogo diz que a violência tem outro atrativo
para jovens excluídos: a sensação de poder. "Com uma arma na mão, uma
pessoa se sente uma espécie de Deus, com o poder sobre a vida e a morte de
outro ser humano", diz o psicólogo. "É preciso que a violência deixe de ser
encarada como a única forma, ainda que breve de viver intensamente."

Enfim, concluo esta obra com a ciência de que há muito ainda que
aprender sobre a mente humana
Izabelle Valladares
Bibliografia e fontes:
Barrett, Anthony (1989), Caligula: the corruption of power
Blockley, R.C.: The Fragmentary Classicising Historians of the Later Roman
Empire, vol. II (coleção de fragmentos de Prisco, Olimpiodoro e outros, com
o texto original e tradução ao inglés). ISBN 0-905205-15-4
↑ Vlad III (ruler of Walachia) - Encyclopaedia Britannica.
Cartas del Marques Don Francisco Pizarro (1533-1541)
Ferdinand Ossendowski, Bêtes, Hommes et Dieux,
O livro Vermelho- Lin Piau
UOL Educação
Jornal “O Globo”
Revista Veja
Revista Superinteressante
Revista Época
Revista História
Steigmann-Gall, Richard (2003), The Holy Reich: Nazi Conceptions of
Christianity, 1919–1945,*Cambridge; New York: Cambridge University
Press, doi:10.2277/0521823714, ISBN 0-521-82371-4.
Guyana Tragedy: The Story of Jim Jones e Jonestown: Paradise
Lost, telefilmes sobre a vida de Jim Jones (páginas no IMDB).
G1.globo.com
P.Montefiore, Simon O jovem Stalin. Companhia das Letras)
As imagens foram pesquisadas em diversas páginas da internet, não houve cópia de textos, qualquer
semelhança é mera coincidência.
Sobre a Literarte
A LITERARTE- Associação Internacional de escritores e artistas foi fundada em 10 de julho de
2010, mas começou suas atividades propriamente dita em outubro deste mesmo ano. Trata-se de uma
entidade cultural de tempo indeterminado, com foro jurídico na cidade de Cabo Frio, com sede na
Avenida Nilo Peçanha, nº 360, Lj 106, Centro, Cabo Frio, RJ. Sem fins lucrativos, tem por objetivo
principal associar, unir, promover e divulgar, a nível nacional e internacional, escritores e artistas
plásticos, residentes ou não no Brasil.

Fundada e idealizada pela Comendadora Izabelle Valladares a LITERARTE


nasceu da necessidade dos escritores e artistas apresentarem suas criações ao
público alvo e de propragar sua produção ao mundo. Diante dessa dificuldade
identificada dos criadores mostrarem suas produções e após inúmeras
reuniões para a criação de uma entidade que realmente fizesse a diferença,
com ações reais e dinâmicas para desenvolver e propagar a cultura literária e
artística de maneira eficaz, a LITERARTE nasce com a energia de seus
fundadores e com a expectativa de fazer grande diferença no mundo cultural
para seus associados.
Saiba mais em: http://www.grupoliterarte.com.br/
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