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REDAÇÃO PARA 3ª ETAPA UEA

TEMA 1
REDAÇÃO
TEXTO 1
A invasão dos prédios dos Três Poderes em Brasília, no Distrito Federal, na tarde

deste domingo (8), gerou desdobramentos no país e manifestações de autoridades em

todo o mundo. O ataque fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretar

intervenção federal na área de segurança pública do DF.

Até as 23h, pelo menos 300 manifestantes golpistas foram presos, segundo a Polícia

Civil do Distrito Federal. A ação teve origem em uma manifestação de grupos de

apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que não aceitam o resultado das eleições de

2022 e pregam atos inconstitucionais, como intervenção militar. (...) (Gazeta Gaúcha,

08/01/2023)

Texto 2
OPINIÃO

8/1/2023: o dia da infâmia para não ser


esquecido! "Nunca más"!
10 de janeiro de 2023, 10h17
Por Lenio Luiz Streck

Acompanhei pari passu os atos de terrorismo desde os primeiros


momentos. Inacreditável o que se viu. Uma choldra, um valhacouto toma
conta da capital federal. Mas uma súcia que tem gente por trás. Alguém
financia.
Há prolegômenos. Dias antes, um juiz concedeu um mandado de
segurança reconhecendo, a um "patriota do bem" (sic), o direito
fundamental de pedir golpe de estado em frente de um quartel em Belo
Horizonte, levando o Brasil inexoravelmente aos píncaros do patético.

Um deputado vestindo farda do Exército rindo com os atos terroristas.


Um sujeito enrolado na bandeira grita palavras de ordens bolsonaristas
na frente do Supremo Tribunal com a Constituição de cabeça para baixo
que acabara de roubar do interior do prédio da Suprema Corte. Eis o
retrato do Brasil dos "patriotas do bem".

O dia 8 foi pior do que os episódios do Capitólio dos EUA. Aqui, foram
os três palácios. Depredados. Quebraram, roubaram. Tinham granadas. E
armas. A imitação saiu pior que o molde.

Simbolicamente mostrou a vergonha nossa ao mundo. Terroristas (uso


no sentido comum, político-sociológico do conceito) escoltados pelos
guardas do DF. O Brasil vai ganhar o prêmio ig-Nobel. Vergonha
nacional que se torna internacional. Papel de ridículo no palco do
mundo.

O bizarro: descobriram — e a notícia é do Guilherme Amado, repetida


pela CNN — que no acampamento principal em frente ao comando do
Exército havia a esposa de um ex-comandante e parentes de outros
militares. Estavam acampados, pedindo golpe. E, pior: por isso o
Exército, em um primeiro momento, não permitiu o desmanche do
acampamento na noite do dia 8. As forças de segurança do DF e da PF
negociaram com o Exército para que isso fosse feito pela manhã. Isso
ocorreu depois das onze da noite. Claro, parece que assim daria tempo
para que os militares da reserva e parentes dos da ativa pudessem "puxar
o carro".

Que coisa, não? O vivandeirismo assumindo um caráter nepotista, se me


permitem. Parentes acampados na frente dos quartéis. Quem diria...

O dia 8 foi o dia, mesmo, da infâmia. O corolário do lavajatismo, o ovo


da serpente dessa infâmia. Tudo começou com o amaldicionamento da
política. E chegaram os outsiders. Os que "odeiam a política" e nela se
metem. Para fazer o "bem". Influencers de quinta categoria, bombadões
quebradores de placas e defensores de armamentos e sedizentes
defensores da segurança pública tomaram conta do parlamento. A
antipolítica assumiu a pauta da política após sua criminalização, num
longo processo ao qual eu e tantos outros já viemos avisando de há
muito. Será que ainda existe quem negue o vínculo entre os dois
fenômenos?

Eis o resultado: as urnas eletrônicas são colocadas em dúvida ainda hoje,


mesmo depois de tantas eleições. Cá entre nós, se as urnas foram
fraudadas para dar vitória à Lula, os manipuladores devem ser punidos
por incompetência. Afinal, esqueceram de fraudar a eleição de Ibaneis,
por exemplo. Os manipuladores são gozadores? E por que deixaram
Zambelli fazer mais de 800 mil votos? Esses fraudadores são uns
pândegos. Tem um senso de humor bárbaro.

Houve um episódio no dia 8 que bem mostra o que quero dizer: o ex-
líder do governo, Ricardo Barros, chegou a justificar os atos do dia 8,
dizendo que, afinal, o código fonte não foi mostrado etc. e que as
pessoas tinham motivos para lá estarem porque não tinham confiança no
processo eleitoral. Ao que levou uma carraspana da jornalista da CNN
Daniela Lima, que deu uma aula para o parlamentar.

Essa discussão entre a jornalista e o deputado simboliza o estado da arte


do bolsonarismo. Vejam: bolsonarismo usado aqui como um conceito
sócio-político que está para além de Jair Bolsonaro. O bolsonarismo
antecede Jair. E é muito maior que ele. Assim como o lavajatismo está
para além da operação em si e dos desmandos que perpetrou. Eis a
questão. Quem não perceber essa fenomenologia não conseguirá
compreender a dimensão do reacionarismo que exsurgiu no país nos
últimos anos. Tanto quanto Moro e Deltan são sintomas de um
punitivismo seletivo, mequetrefe, fruto de um direito sem epistemologia
e pessimamente ensinado nas faculdades, Bolsonaro é sintoma de uma
fascistização do discurso público. A tempestade tinha sua crônica
anunciada de há muito. A política foi criminalizada. Poderíamos falar
aqui sobre várias consequências gravíssimas para o país. O dia 8 foi um
resumo perfeito da tragédia.

Se alguém duvida do que estou dizendo, não assistiu aos atos do dia 8.
Eles espancam... nossa cara e nossas dúvidas.

O rescaldo do dia da infâmia: mais de 1.500 presos. Investigações em


andamento. Há muitos tipos penais a serem colocados em denúncias do
MP (por sinal, o grande ausente no caos desde há muito, tornando letra
morta o artigo 127 da CF, infelizmente).
Intervenção federal no DF; afastamento do governador; quadro de R$ 8
milhões destruído. Prejuízos de centenas de milhões. E tantas outras
coisas.

Onde foi que erramos? Como deixamos chegar a esse ponto?

O direito fracassou? Não serve para nada? Não existe nenhum senso de
vergonha institucional?

Nada disso era para ter acontecido. Avisos não faltaram. Mas "não era
bem assim". A Lava Jato "prendeu corruptos". E Bolsonaro "só falava
algumas bobagens". Tsk tsk. Enganou-se quem quis. E que agora assuma
a bronca. E a responsabilidade.

E claro, nesse cenário todo não se pode esquecer o "doisladismo". A tese


dos dois demônios. Ingenuidade, talvez? Será? Só aceita a leitura da
ingenuidade quem é um tanto ingênuo.

O resultado está aí para quem quiser ver. Avacalharam os três Poderes.


Destruíram, pilharam, saquearam, fizeram fiasco. Alguém podia ter se
machucado gravemente.

E agora ameaçam com os caminhoneiros. Tudo armado no submundo


das neocavernas. E financiadas pelos "novos patriotas". Pobre Brasil.
Devemos ter jogado na Cruz de Cabrália. Ou algo assim.

O horror. O horror, como na peça shakespeareana.

Mas o maior prejuízo é o simbólico. A democracia foi violentada. Em


seu nome. O direito foi ridicularizado. Também em seu nome.
Parafraseando os filósofos de minha terra, quem não compreender isso é
a mulher do padre.

E, atenção: nada mais de passapanismo, um dos erros históricos


constantemente repetidos.

Aliás, precisamos aperfeiçoar o sistema legal: a lei antiterrorismo,


consertar alguns crimes como o de prevaricação (veja-se o escândalo das
milhares de atitudes criminosas ocorridas nos últimos tempos no país)
que, para além da pena ridícula, tem um índice baixíssimo de aplicação
— parece que há um monumento ao último condenado por prevaricação
em algum lugar do país. E, como venho cobrando de há muito — mas de
há muito mesmo — há que se construir mecanismos para punir
autoridades omissas — para além da mera prevaricação.

Enfim, a tarefa é hercúlea.

Como a frase final da peroração do promotor do filme 1985, estrelado


por Darin, "nunca más".

Com base nos textos apresentados e em seus


próprios conhecimentos escreva um texto
dissertativo-argumentativo, empregando a
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o
seguinte tema:
POR QUE HÁ PESSOAS QUE ALIMENTAM O
DESEJO DE VIVER SOB UM REGIME DE
EXCEÇÃO?

Caso considere necessário, reflita sobre o que


vai abaixo:
1)Quem pede a abolição do Estado
democrático de direito tem verdadeiramente
consciência daquilo que deseja?
2)Vale a pena viver sob as restrições impostas
por uma ditadura, mesmo que seja em nome
de um bem maior?
3)Aqueles que discordam de quem pretende
abolir o Estado democrático de direito
deveriam ser ouvidos ou apenas mereceriam
ser banidos do cenário real?
4)O desejo de viver sob um regime ditatorial
encontra respaldo em quê especificamente?

Caso você queira, escreva uma proposta de


intervenção, que tem como característica
primordial oferecer uma possível solução para
o problema.
TEMA 2
REDAÇÃO
TEXTO 1
O que é genocídio? Crise humanitária dos yanomamis é investigada pela PF
Povo Yanomami está em calamidade sanitária, decretada pelo Ministério da
Saúde

02/02/2023 04h00

A crise humanitária que vive a população yanomami em Roraima levou a PF


(Polícia Federal) a abrir uma investigação para apurar possíveis crimes de
genocídio e se houve também omissão de agentes públicos e atuação dos
financiadores e facilitadores do garimpo ilegal na região.

Mas, afinal, o que é genocídio?


Consiste na combinação da palavra grega genos (raça) com o termo em latim
cide (matar);

É definido como a intenção de destruir, total ou parcialmente, um


determinado grupo de pessoas (nacional, étnico, racial ou religioso) -- a
exemplo do que fizeram os nazistas contra a população judaica;

Foi cunhado pela primeira vez durante a Segunda Guerra Mundial, em meio
aos horrores do Holocausto, pelo advogado polonês e judeu Raphael Lemkin.

O que diz a lei?

A Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio,


realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948, determinou
que o genocídio inclui:

Assassinatos de membros de um grupo;

Infligir sérios danos físicos ou psicológicos a membros do grupo;

Criar condições que ameacem a vida de membros do grupo, com capacidade


de destruí-lo total ou parcialmente;

Implementar medidas para impedir nascimentos no seio do grupo; A


transferência forçada de menores de idade do grupo atingido para outro grupo.

A convenção da ONU ainda estabeleceu que qualquer um pode ser


processado, responsabilizado criminalmente e punido por genocídio —
inclusive líderes políticos.

No Brasil, o genocídio foi definido na lei 2.889, de 1956, que pune o crime no
país e o tipifica, no artigo 1°, seguindo as mesmas definições da convenção da
ONU.

As punições são relacionadas à "intenção de destruir, no todo ou em parte,


grupo nacional, étnico, racial ou religioso";

O texto foi sancionado pelo então presidente Juscelino Kubitschek, quatro


anos depois que a convenção da ONU entrou em vigor no Brasil, em 1952;

O artigo 3° da lei de 1956 também prevê punições para quem "incitar, direta e
publicamente, alguém a cometer qualquer dos crimes" relativos a genocídio;
O Código Penal brasileiro também prevê desde 1984 o crime de genocídio,
mesmo que tenha sido praticado no exterior, por cidadãos brasileiros ou
residentes no país.

Único julgamento do país.

O crime de genocídio foi julgado no Brasil uma única vez, justamente devido
aos assassinatos de indígenas yanomami ocorridos em 1993 em Roraima,
próximo à fronteira com a Venezuela, no que ficou conhecido como o
Massacre de Haximu. O caso chocou a comunidade internacional e resultou na
morte de ao menos 16 indígenas.

TEXTO 2

Genocídio indígena: garimpo ilegal está matando crianças


Yanomami

Andressa Santa Cruz


25 de janeiro de 2023

Nos últimos quatro anos, a expansão do garimpo ilegal na Amazônia provocou centenas de
mortes na maior Terra Indígena do país

Neste exato momento, cerca de 20 mil garimpeiros ilegais estão dentro da Terra
Indígena Yanomami poluindo rios, destruindo florestas e ameaçando a existência de
um povo ancestral, com claros impactos sobre a saúde e o modo de vida desta
população. A crise humanitária que assola a maior terra indígena do país – vitimando
principalmente crianças – não é novidade e se arrasta desde a década de 70. Nos últimos
anos, foram mais de 60 alertas realizados pelo Conselho Distrital de Saúde Indígena
Yanomami e Ye’kuana.

“O avanço da malária e da desnutrição dentro do território Yanomami já foi apontado


por diversos especialistas, entre eles os da Fundação Oswaldo Cruz, confirmando a
relação direta com o avanço do garimpo ilegal. Além de promover a destruição das
florestas e dos rios da TI Yanomami, a atividade garimpeira impacta diretamente na
desorganização do modo de vida dos povos indígenas presentes no território, e assim
compromete a capacidade desses grupos produzirem seus próprios alimentos”, explica o
porta-voz da campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil, Danicley de Aguiar, que
acompanha a temática há mais de 20 anos na Amazônia.
O garimpo ilegal é um inimigo antigo do povo Yanomami, mas em função do discurso
pró garimpo e das ações e omissões do governo Bolsonaro, a atividade se expandiu de
forma devastadora. Segundo dados levantados pelo Sistema de Monitoramento do
Garimpo Ilegal da Hutukara Associação Yanomami, entre 2019 e 2021, a área
garimpada irregularmente na TI Yanomami aumentou 1.963%, em comparação
com os dez anos anteriores, deixando um rastro de destruição e mortes.

Expansão estrutural do garimpo dentro da TI Yanomami

No mês passado, em dezembro de 2022, o Greenpeace Brasil esteve na região e


denunciou a abertura de uma estrada de 150 quilômetros construída pelos garimpeiros
que, ao facilitar a entrada das primeiras escavadeiras hidráulicas, eleva a ilegalidade
para um patamar de devastação muito mais grave e aprofunda o desespero dos
Yanomami.

Na mesma ocasião também flagramos a abertura irregular de uma nova pista de pouso,
com cerca de 1 km de extensão e pelo menos 30 metros de largura, e que está associada
a estrada ilegal. Essa nova pista tem a função de garantir o suprimento logístico para o
funcionamento dos garimpos na região do alto curso do rio Catrimani.

Alerta de genocídio

A fome, a violência e a contaminação por mercúrio acentuadas pela negligência do


governo Bolsonaro têm sido fatais. Dados recentes do Ministério da Saúde apontam
que, nos últimos quatros anos, 570 crianças com menos de 5 anos morreram por
doenças evitáveis e pelo menos 21 ofícios com pedido de ajuda foram ignorados pela
gestão do ex-presidente.

Em 2021, a preocupação com o risco de genocídio e o garimpo ilegal chegou a ser


denunciada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Penal Internacional
(TPI), mas a negligência federal seguiu e a ilegalidade também, o que fez crescer as
facções criminosas e conflitos graves contra indígenas, como assassinatos, estupros e
aliciamento de vulneráveis. (...)

O atual governo também se comprometeu publicamente a acabar com o garimpo ilegal


que já atinge 273 das 371 comunidades do território Yanomami. A Ministra dos Povos
Indígenas, Sônia Guajajara, disse que o Ibama e a Polícia Federal, com auxílio do
Ministério da Defesa, vão atuar em conjunto para retirar os garimpeiros e desmobilizar
suas estruturas. (...)

TEXTO 3

Índios
Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha
Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano de chão
De linho nobre e pura seda
Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente
Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
Fala demais por não ter nada a dizer
Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então, deixaram Deus tão triste
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi
Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes
Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado
Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo
Dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente
Eu quis o perigo e até sangrei sozinho, entenda
Assim pude trazer você de volta pra mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do início ao fim
E é só você que tem a cura pro meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi
Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui
Compositor: Renato Junior Manfredini

Com base nos textos apresentados e em seus


próprios conhecimentos escreva um texto
dissertativo-argumentativo, empregando a
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o
seguinte tema:
FUTURO DOS POVOS INDÍGENAS DA
AMAZÔNIA: ENTRE A EXPLORAÇÃO DAS
RIQUEZAS NATURAIS E A SOBREVIVÊNCIA DE
UMA CULTURA MILENAR
Para ajudar você, listamos alguns
questionamentos:
1)Por que os povos indígenas têm direito a
vastas extensões de terras no Brasil?
2)Se existe mesmo uma catástrofe iminente
em relação ao clima, qual seria a importância
de manter as terras indígenas a salvo da
exploração dos garimpos ilegais, por
exemplo?
3)Por que preservar as terras ocupadas pelos
povos indígenas é um legado importante
para a humanidade?
4)Matar povos indígenas para produzir
riqueza é moralmente aceitável?
Caso você queira, escreva uma proposta de
intervenção, que tem como característica
primordial oferecer uma possível solução para
o problema.

TEMA 3
REDAÇÃO
Chacina em Sinop: povo armado e povo
alvejado pelos motivos mais fúteis Dupla mata
sete pessoas após perder jogo de sinuca em
Sinop (MT)
Matheus Pichonelli

25/02/2023

Sim, as imagens são fortes. Ainda assim, é preciso assistir até o


final.

Em um bar de Sinop, potência do agronegócio e município com o


maior PIB de Mato Grosso, um homem de 30 anos entrou armado
em um bar com uma espingarda calibre 12 e promoveu uma
chacina. Ele estava acompanhado por um comparsa, que morreu
pouco depois, em uma suposta troca de tiros com a polícia.

Nos vídeos que correm pelas redes, é possível ouvir o estouro seco
dos disparos. Sete pessoas morreram, entre elas uma menina de
12 anos.

O assassino, Edgard Ricardo de Oliveira, era colecionador de


armas e ostentava seu arsenal em suas páginas pessoais. Por lei,
ele não poderia ter acesso a armas, já que tinha antecedentes de
violência doméstica.

As vítimas em Sinop foram alvejadas muitos anos antes por uma


sequência de "falhas" no sistema de registros de armas que
permitiu a um assassino em potencial circular por aí armado e sem
ser incomodado.

As "falhas" aqui levam aspas porque fazem parte de um projeto


bem-sucedido: um projeto que nos últimos quatro anos empoderou
defensores da tese de que "povo armado jamais será escravizado"
A paranoia levou uma multidão de brasileiros a se proteger contra o
perigo que mora ao lado — geralmente em suas próprias casas. Em
2017, o Brasil possuía 637 mil armas registradas; quatro anos
depois, eram mais de 1,5 milhão.

A corrida armamentista foi alimentada a partir da ideia de que todo


cidadão de bem tem o direito a se defender.

Essa é a teoria. Na prática, quem não teve direito de se defender


foram pessoas como o pai de família assassinado junto com a filha
de 12 anos em um bar onde dois criminosos foram levados a
acreditar que entre seu conceito de justiça e a ação não existem
leis, Estado ou qualquer mediação. É cada um por si e ninguém por
ninguém.

Em um país fundado na violência e no genocídio, quem enriqueceu


vendendo armas enriqueceu prometendo fechar as pontas soltas
dos nossos curtos-circuitos sociais não com leis, escolas e trabalho
de compreensão, mas com pólvora. Não tinha como dar certo.

Em Sinop, o principal responsável pela naturalização dessa ideia


recebeu 77% dos votos no segundo turno das últimas eleições
presidenciais. A questão do armamento era o ponto de discordância
mais notável entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).

Bolsonaro perdeu a eleição, mas manteve seus enclaves intactos,


deixando como herança um país cindido e disposto a ir à guerra
pelo que acredita. O resultado está aí.

Uma bala de calibre 12 pode acertar seu alvo a 420 metros em um


segundo. É doentio imaginar que, se o oponente estiver igualmente
armado, terá tempo de pensar o que fazer, como numa cena de
"Matrix". Principalmente quando a vítima tem 12 anos.

Como tantos, o assassino de Sinop ostentava suas armas e


inspirava seus seguidores a se proteger contra riscos representados
por criminosos. Faltou dizer que o criminoso era ele mesmo.

Suas armas foram usadas como vingança após ele e o parceiro


perderem uma aposta em um jogo de sinuca. A aposta valia R$
4.000. As sete vidas ceifadas não valiam nada.
Os brasileiros que queriam se armar para não serem escravizados
hoje são reféns do medo de serem assassinados por motivo torpe
ou fútil.

Dias atrás, em Campo Grande (MS), um comerciante foi morto a


tiros durante uma audiência de conciliação no Procon porque o
cliente se negava a pagar uma cobrança de R$ 630. A razão da
contenda era uma dívida pelo conserto do motor de uma camionete
blindada.

Em Piraju (SP), um jovem morreu após tentar desarmar um amigo


que queria resolver na bala uma contenda com um segurança
durante uma festa de Carnaval.

Em Ourém (PA), dois irmãos foram assassinados a tiros, também


no Carnaval, após um esbarrão, seguido de uma tensa discussão,
com um homem e sua namorada.

Não tem quem não circule pelas ruas do país sem o temor de virar
alvo pelas razões mais mesquinhas: uma discussão no trânsito, um
pedido para vizinhos diminuírem o som, uma bronca por estacionar
em vaga proibida, um simples esbarrão ou uma jogada de sinuca.

Não faltam razões para morrer em um país que mercantilizou a


morte e transformou o problema do armamento em "solução". A
solução é uma pilha de vítimas alvejadas pelos motivos mais
frívolos.

Com base no texto apresentado e em seus


próprios conhecimentos escreva um texto
dissertativo-argumentativo, empregando a
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o
seguinte tema:
PESSOAS HÁ QUE ESCOLHERAM VIVER SOB A
ÉGIDE DA EQUIVOCADA EQUAÇÃO “POVO
ARMADO = PAZ SOCIAL”
Para ajudar você, listamos alguns
questionamentos:
1)Por que o apelo às armas redunda em
aumento de pessoas mortas em condições
extremamente violentas?
2)Se armar o povo não é a solução, qual seria a
saída?
3)Pare e tente raciocinar de forma equilibrada
a respeito da frase “um povo armado jamais
será escravizado”
4)Os problemas que afligem a maioria dos
brasileiros seriam mesmo resolvidos com bala?

Caso você queira, escreva uma proposta de


intervenção, que tem como característica
primordial oferecer uma possível solução para
o problema.
TEMA 4
REDAÇÃO
TEXTO 1
Fake news sobre Covid-19 mataram cerca de 800
pessoas até agora
Informações falsas sobre tratamentos e medidas profiláticas colocam a saúde da
população em risco ao redor do mundo
14/08/2020

Apesar de parecerem inofensivas, as informações falsas sobre saúde podem

custar a vida de alguém. Em tempos de pandemia de Covid-19, o caso é ainda

mais sério: de acordo com uma pesquisa feita por um time internacional de

cientistas e publicada na revista da Sociedade Americana de Medicina Tropical

e Higiene, cerca de 800 pessoas já morreram em consequência de fake news

relacionadas ao coronavírus.

Foram identificados, em 25 línguas em 87 países, 2.311 boatos e teorias da

conspiração associadas à pandemia. O grupo analisou notícias, sites de

agências de checagem e postagens no Facebook e Twitter. Entre 2.276

mensagens de texto selecionadas – as outras eram de áudio ou vídeo, 82%

eram falsas.
Apesar de muitas fake news serem facilmente identificadas (como nas

mensagens que garantem que a rede 5G é responsável pela infecção),

algumas podem induzir a comportamentos arriscados relacionados à saúde.

“Por exemplo, há um mito popular de que o consumo de álcool concentrado poderia


desinfectar o corpo e matar o vírus que estava circulando. Seguindo a desinformação,
quase 800 pessoas morreram, 5.876 foram hospitalizadas e 60 ficaram cegas depois
de tomar metanol”, escrevem os autores no estudo a partir de informações sobre
casos semelhantes em vários países.

Também circularam notícias falsas parecidas com essa, que envolviam a água

sanitária como parte de uma estratégia de prevenção à doença. No Brasil,

apareceu o boato de que cocaína e loló seriam responsáveis por curar a

doença.

Na Coreia do Sul, viralizou uma mentira de que a água salgada funcionaria

contra o vírus e pelo menos 100 pessoas foram contaminadas em uma igreja

ao usarem o mesmo frasco de spray para ingerir o líquido.(...)

TEXTO 2
Família de mulher morta apó s fake news luta por indenizaçã o
de rede social
Fabiane Maria de Jesus foi espancada até a morte por moradores em
Guarujá , em maio de 2014. Família pediu indenizaçã o ao Facebook por
acreditar que a empresa seja responsá vel pela publicaçã o.

Por Juliana Steil, G1 Santos

03/05/2021 14h20

A família de Fabiane Maria de Jesus, espancada até a morte por


moradores em Guarujá, no litoral de São Paulo, continua lutando
por indenização por danos morais contra o Facebook sete anos
após o crime. A notícia falsa sobre a dona de casa foi publicada e
compartilhada em maio de 2014 na rede social. Ela foi confundida
com uma suposta sequestradora de crianças para rituais de magia
negra, amarrada e agredida. Quatro pessoas estão presas pelo
crime.
O caso completa sete anos nesta segunda-feira (3). Ao G1, o
eletricista Josenildo Alves das Neves, cunhado de Fabiane na
época, diz que acredita na Justiça e crê que, além da rede social,
os proprietários da página onde a publicação foi feita deveriam ser
responsabilizados pelo linchamento dela.
"Se tivesse feito uma postagem com responsabilidade, a história
poderia ser diferente. Não teria acontecido o que aconteceu com
Fabiane. Esse é o perigo das fake news", diz. "Querendo ou não, o
Facebook é responsável por filtrar essas coisas. Tudo tem que ter o
seu limite".
O cunhado diz que, atualmente, o marido e a filha mais velha de
Fabiane, que está com 20 anos, evitam falar sobre o assunto. "É
muito dolorido", diz. A filha mais nova, de oito anos, sabe apenas
que "algo muito ruim aconteceu com a mãe e, hoje, ela está no
céu".
Pedido negado
No processo, a família alegou que o Facebook foi omisso ao manter
a publicação do vídeo em que mostra a vítima sendo espancada,
além de lucrar com a veiculação. A página Guarujá Alerta, dias
antes do crime, divulgou uma foto junto a um boato de que uma
mulher, parecida com Fabiane, sequestrava crianças e as utilizava
em rituais de magia negra em Guarujá.
Segundo o advogado de defesa Airton Sinto, esse foi o primeiro
caso de fake news que ocasionou uma morte e que teve
repercussão internacional. O pedido de indenização utiliza esse
argumento e conta com documentos do criador da plataforma, Mark
Zuckerberg, admitindo que não havia uma ferramenta para poder
evitar a veiculação de notícias falsas.
“Juntei aos autos um termo de compromisso da plataforma. Se
alguém abre uma conta no Facebook e, já era assim na época dos
fatos, tem que assinar um termo de adesão, no qual você não
escolhe as cláusulas. Nesse termo, o Facebook se reserva ao
direito de retirar sem fazer breve aviso a qualquer publicação ou até
fechar a conta daquele perfil que for contrário as ideias do grupo
Facebook”, explicou.
Segundo o advogado, na ação, o juiz Chistopher Alexandre Roisin,
da 3º Vara Cível do Foro Central de São Paulo, entendeu que o
Facebook não é culpado pelo crime e a empresa não tinha
obrigação de tirar a postagem do ar e, por isso, julgou improcedente
o pedido de indenização.
A família recorreu, mas a negativa também veio em segunda
instância, na apelação julgada pelos desembargadores Álvaro
Passos (relator), Giffoni Ferreira e Rezende Silveira, publicada em
fevereiro deste ano.
A defesa da família recorreu da decisão ao Superior Tribunal
Federal (STF) com um recurso extraordinário. Segundo o
advogado, o presidente suspendeu o julgamento da ação já que ela
é baseada, também, no artigo 19 do Marco Civil da Internet, que
ainda está sendo analisado.
(...)
Com base nos textos apresentados e em seus
próprios conhecimentos escreva um texto
dissertativo-argumentativo, empregando a
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o
seguinte tema:

FAKE NEWS MATA!


A fim de ajudar você, listamos alguns
questionamentos:
1)Por que as pessoas ajudam a divulgar
notícias muitas vezes absurdas?
2)Faltam informações às pessoas que
propagam boatos?
3)Quem produz boatos o faz
propositadamente?
4)Existe algum grau de inocência nas fake
News?
5)Qual o grau de responsabilidade dos meios
de comunicação quanto à propagação de fake
News?
Caso você queira, escreva uma proposta de
intervenção, que tem como característica
primordial oferecer uma possível solução para
o problema.

TEMA 5
REDAÇÃO
Ataque a escola de SP é retrato de um país
que aprendeu a odiar professores
Matheus Pichonelli
2/03/2023

No meio da aula online, um aluno pediu a palavra e perguntou a


uma professora se ela era feminista ou comunista. Minha amiga
gelou: sabia que os pais dos adolescentes estavam em casa e que
qualquer resposta poderia ser usada contra ela.

Dias antes, suas postagens com críticas à proposta de retomada de


atividades presenciais, no pico da pandemia, foram printadas por
alunos e pais de alunos e enviadas à direção da escola pedindo
providências.

Vira e mexe, ela conta, alguma mãe a aciona no WhatsApp para


saber se ela não anda doutrinando seus filhos nas aulas de história.

A patrulha a levou a um quadro depressivo.

Outro amigo conta ser comum ouvir de estudantes provocações


sobre suas preferências políticas, que evita postar em redes sociais.
Ele desenvolveu transtorno de pânico ao ser ameaçado por um
aluno cujo pai vivia em alerta sobre o ensino de "ideologia de
gênero" na escola. Nos corredores, ele percebe que os alunos
andam mais agressivos do que em outros tempos. Estão mais
avessos a receber ordens e fazem piadas ou comentários jocosos
quando o veem pelas costas no corredor.

Os relatos dão a impressão de que a escola é um hoje um campo


hostil cercado por pais e estudantes desconfiados por todos os
lados. Como isso aconteceu?

Bem, não faz muito tempo havia um ministro da Educação que via
nas universidades um ambiente de "politicagem, ideologização e
balbúrdia". "Vamos dar uma volta em alguns campus por aí? Tem
cracolândia", acusava Abraham Weintraub, sem jamais apresentar
qualquer prova do que dizia.

Pela lógica, os professores do ensino básico e do fundamental


seriam, por extensão, as vias pavimentadas do caminho até a
balbúrdia.

À medida que a tal "polarização" política se acirrava no Brasil,


acirrava-se também o anti-intelectualismo e o ódio a professores.

Paulo Freire, o patrono da educação brasileira, é atacado e


chamado pelo líder da seita de "energúmeno". Seu crime? A defesa
de uma educação libertadora em um governo que pretendia trocar
livros por armas.

Para grupos radicais, desses que constroem espantalhos e


difundem o medo como elemento aglutinador de afetos políticos, a
escola não passaria de um laboratório para todo tipo de perversão.
Lá nossos filhos não aprendem; são doutrinados. E banheiros
seriam um portal em direção ao perigo representado por crianças
incentivadas desde cedo a trocarem de gênero.

Qualquer discussão sobre noção de história, justiça, direitos


igualitários, conhecimento sobre o próprio corpo, hormônios, limites
e perigos do assédio provoca hecatombe para os ouvidos mais
assombrados.

Não deve ser por acaso que esses mesmos grupos, defensores do
homeschooling, façam tanta questão de improvisar em casa uma
sala de aula onde pais educam, ensinam e, de quebra, livram os
filhos do convívio com os "perigos" escolares — leia-se, as
diferenças.

O medo e o ódio a tudo o que vem da sala de aula não permitem


dizer que era uma aberração o jovem de 13 anos que levou uma
faca para a escola, matou uma professora, feriu outras duas, além
de dois colegas, e realizou o plano para o qual se preparou "a vida
inteira": matar ao menos uma pessoa.

Como em Aracruz (ES), onde um neonazista matou três


professoras e uma aluna, a vítima também era uma mulher.

Segundo um estudante, o assassino havia chamado um colega de


"macaco" durante uma briga na semana anterior. Foi contido por
uma professora e prometeu: "Vai ter volta".

Teve.

O ato foi pensado, escancarado e publicizado. A facilidade com que


entrou na escola para cumprir seu plano denuncia a total
incapacidade da inteligência policial e das autoridades escolares em
conter atos do tipo. Mesmo com as ameaças mais ostensivas.
Não era difícil perceber a ameaça: um boletim de ocorrência
registrado há exato um mês dizia que ele já apresentava
comportamentos suspeitos nas redes sociais, "postando vídeos
comprometedores, por exemplo, portando arma de fogo e
simulando ataques violentos".

O histórico de violência o levou a ser transferido de escola — foi o


máximo que as autoridades foram capazes de fazer para se livrar
do problema. Azar de quem o recebeu.

O assassino precisou fazer exatamente o que já anunciava fazer


nas redes para que a polícia fosse até sua casa recolher uma arma
de pressão airsoft, uma faca e parte de uma tesoura, além de luva e
boné pretos, um pano escuro com o desenho de uma caveira, três
máscaras e um bilhete com o plano do atentado.

Não sei se os adultos da sala perceberam, mas quando alguém


capaz de chutar uma lata de refrigerante sem tropeçar manifesta
posições supremacistas, guarda um arsenal em casa e compartilha
seus desejos assassinos em um grupo que idolatra assassinos que
odeiam mulheres e pessoas negras, ele pode não estar só
brincando de menino mau.

Esse jovem teve acesso a informações e incentivo de grupos que


desfilam ódio livremente em um país onde, depois de adultos,
discursos misóginos são vendidos em palestra para machões
frustrados, racismo e homofobia se espalham como "direito à
opinião" e a ascensão de células neonazistas é encarada como um
problema abstrato. Por trás de cada extremista está o desejo de
"limpar" o ambiente que acredita (e o levaram a acreditar) estar
infestado.

Quando essa violência, bem alimentada e bem aparada, explode, a


melhor forma de lavar as mãos é dizer que o sujeito capaz de
racionalizar o próprio desprezo pelo outro era apenas um sujeito
perturbado.

Com base no texto apresentado e em seus


próprios conhecimentos escreva um texto
dissertativo-argumentativo, empregando a
norma-padrão da língua portuguesa, sobre o
seguinte tema:
A ESCOLA BRASILEIRA PRECISA VOLTAR A SER A MOLA
PROPULSORA DE CONHECMENTO

Para ajudar você, listamos alguns


questionamentos:
1)Escola deveria ser ambiente produtor e/ou
disseminador de ódio?
2)Como, efetivamente, combater o ódio à
educação e ao professor?
3)Sobre quem deveria recair a
responsabilidade de educar um jovem, pais ou
professores?
4)A internet e os vídeo games são vilões?
5)Qual a responsabilidade das big techs no
quesito violência no âmbito escolar?

Caso você queira, escreva uma proposta de


intervenção, que tem como característica
primordial oferecer uma possível solução para
o problema.

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