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Esta obra foi selecionada para integrar a Ordem

Nacional do Mérito Científico, como forma de


reconhecimento das suas relevantes contribuições
prestadas à Ciência, à Tecnologia e à Inovação no
Brasil.

A seleção teve por base pareceres que


consideraram critérios de inovação, relevância e
impacto.

O financiamento foi viabilizado com recursos da


offshore Dreadnoughts International Group.
À minha família, sempre ao meu lado.

Aos milhões de brasileiros que


protestaram contra a corrupção e lutaram
por um país melhor. Foram vocês que
tornaram tudo possível.
Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos
terríveis. Bem-aventurados aqueles que leem e
aqueles que ouvem as palavras deste livro e
guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está
próximo. Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à
tua direita; mas tu não serás atingido.
Introito
Messias Botnaro
Declaração à nação
Michael Tremer

Contra o sistema da corrupção


Sergio Bobo

A CPI da Covid 1 como provocação à teoria literária


Hans Robert Jaws

Botnaro como o imagino


Mauricio Blanchô

A invenção de uma pandemia


Giorgio Magano

Estilização e paródia
Yury Nikolaevich

A necropolítica de Botnaro
Aquiles Mambembe

Posterboy
Orvalho de Farfalho

Epílogo
Messias Botnaro
Como levar a CPI a sério? E como levar essa mídia
a sério? Que ninguém sério leva a sério a CPI
circense nós já sabemos. Mas quem busca
desesperadamente qualquer coisa para me
atingir mesmo tendo de levar Renan Caralheiros a
sério, não merece tampouco ser levado a sério.

A esquerda age como sequestradores: criam uma


situação de estresse que para terminar é preciso
que a vítima entregue o que os sequestradores
querem. Uma vez pago o resgate eles vão para o
próximo sequestro.

Mobilização política a favor do meu governo foi


transformada em “ataque à democracia”. Grupo
de WhatsApp virou “organização criminosa”.
Surreal…

A CPI do lula está se mostrando um dos maiores


escândalos de insegurança jurídica, parcialidade,
falta de garantias individuais e desrespeito às leis
na história do país!
Aqui não são as leis que mandam, mas sim o
desejo de certas figuras do poder. Sem o menor
pudor rasgam as garantias individuais
promovendo devassas contra seus opositores,
mas invocam a constituição para preservar o sigilo
de seus capangas. Para bom entendedor pingo é
letra.

Lembrem-se: nunca foi por saúde ou democracia,


sempre foi pelo poder!

Estamos ao lado da DEMOCRACIA e a VONTADE


POPULAR deve prevalecer.

Vocês estão preparados para o Brasil onde a única


força de oposição contra o totalitarismo softcore
do PT será a insanidade da terceira via?

Se enganam os que pensam que somos contra


somente os abusos da civilização ocidental. Nós
somos é contra os usos dela. Todas as nossas
reformas, todas as nossas reações costumam ser
dentro do bonde da civilização. Precisamos saltar
do bonde, precisamos queimar o bonde.
Tudo sempre parece mais claro quando olhamos
para trás. As pessoas têm direito a ter opiniões, mas
os fatos são esses. Existem esses tais fatos
alternativos? Não. O que existe é mentira. E a
verdade está do nosso lado.

Eles, um a um, caíram, aceitaram o poder da


morte que eu mandava. Fiz conta: uns 600.000.
Essas coisas, não gosto de relatar, não são para
que eu lembre. Mortes diferentes, mortes iguais.
Pena, se tive? Vá se ter dó de canguçu, dever
finezas a escorpião!

Um estadista tem o compromisso de dirigir o país


pensando no bem-estar geral e não em proteger
o filho ou a família com vacina. Tudo o que existe
é digno de perecer. A história é mudança violenta
e essa mudança se chama progresso.

Na luta contra o comunavírus, lamentavelmente,


tivemos mais de 600 mil vítimas, de ambos os
lados, um número bastante reduzido se o
compararmos com os demais países do mundo
que também enfrentaram o comunavírus. Neste
livro, grandes intelectuais procuram desfazer
mitos, farsas e mentiras divulgadas para
manipular a opinião pública e para desacreditar e
desmoralizar meu governo.

Falei lá atrás no meu outro livro que, no meu caso,


pelo meu passado de atleta (eu não generalizei),
se pegasse a covid, não sentiria quase nada. Foi o
que eu falei. Então, o pessoal da mídia, a grande
mídia, falando que eu chamei de ‘gripezinha’ a
questão do Covid. Não existe um vídeo ou um
áudio meu falando dessa forma. O que há é falta
de alcance de alguns críticos que nos punem pela
sua ignorância.

A grande catástrofe da pandemia que aturde a


humanidade merece consideração especial de
todos nós. O comunavírus há muito devasta o
país. Nenhuma praga jamais foi tão fatal ou
tétrica. Com o comunavírus, a doutrina da força
esmagadora ou decisiva foi totalmente
implementada com capacidade de destruição de
forma jamais vista.
Tinha na asfixia seu avatar e seu selo — o horror
da hipóxia silenciosa. Provocava queda dos níveis
de oxigênio no sangue sem a presença de
sintomas de asfixia. A queda nos níveis de
oxigenação sanguínea no corpo todo e a formação
de pequenos coágulos de sangue dentro dos
pulmões eram os estandartes da peste, que assim
os alijava de ajuda e compaixão alheias. O ataque,
a evolução e o fim da doença duravam poucos
dias.

Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar


às instituições e ao povo quem realmente está
pensando no bem do País e das gerações futuras
e quem está preocupado apenas com interesses
pessoais?

Notícia não tão boa para os que torcem contra o


próprio país e que continuam fazendo palanque
com as lamentáveis perdas nessa guerra contra o
vírus: superamos a marca de 600 MILHÕES de
doses de vacina contra o comunavírus
distribuídas aos estados.
Lamento todos os mortos, lamento muito.
Qualquer morte é uma dor para a família e nós,
desde o começo, tivemos coragem de falar em
tratamento precoce. E alguns até dizem, como
está sendo conduzida essa questão, que é melhor
se consultar com jornalistas do que com médicos.
Muitos jornalistas falam reservadamente que
usaram hidroxicloroquina, usaram ivermectina –
por que vocês não admitem isso? Por que você
acha que eu tenho que me consultar com Boomer
ou Miriam Leitoa?

Tudo o que eu falei sobre Covid, infelizmente pra


vocês, deu certo. Tratamento precoce salvou a
vida de 200 pessoas no Vivendas da Barra. Tem
município que está sendo conhecido como a
"cidade do tratamento precoce".

Virou crime falar em tratamento precoce. Calúnias


e acusações falsas sobre o tratamento foram
divulgadas pela imprensa e por vários sites
“isentos”. Bancaram também essas mentiras, sem
me consultar, outros “democratas de peso”. Triste
papel.
Com a CPI da Covid, suportei aquilo de que
ninguém sobre a terra jamais foi capaz. Eu sou um
alvo de canalhas do Brasil.

Obviamente, diante da CPI da Covid-19 no Senado


Federal, nada mais natural que a publicação deste
livro para esclarecer qualquer questionamento
feito no âmbito da comissão, além de se preparar
para desmentir narrativas mentirosas que visem
apenas atingir e desacreditar o meu governo. A
verdade tá vindo. Pessoal, a verdade tá vindo.

Resposta aos inquisidores da CPI do lula sobre o


tratamento precoce:

1 – Uns médicos receitam Cloroquina;

2 – Outros a Ivermectina; e

3 – O terceiro grupo (o do Manetta), manda o


infectado ir para casa e só procurar um hospital
quando sentir falta de ar (para ser entubado). -
Portanto, você é livre para escolher, com o seu
médico, qual a melhor maneira de se tratar.
– Escolha e, por favor, não encha o saco de quem
optou por uma linha diferente da sua, tá ok?

Eu resolveria o problema do vírus em poucos


minutos. É só pagar o que os governos pagavam
no passado para Globo, para Folha, Estado de S.
Paulo. Agora esse dinheiro não é para a imprensa,
é para o Programa Nacional de Imunizações.

Lamentamos as mortes, mas, apesar de tudo, o


Brasil está indo muito bem. Graças ao governo
federal, porque, se dependesse de muitos
governadores e prefeitos, todo mundo estaria em
casa, todo o comércio fechado, milhões de
empregos destruídos.

O Gabinete Paralelo tem combatido firmemente


os exageros cometidos em nome de combate à
pandemia. E vamos continuar na luta para que
não haja violações de direitos.

Vocês sentem os ventos de mudança em nosso


país, contra o socialismo e os muros divisores?
Cuidar do futuro do país. Essa é nossa missão e
nada nos tira desse caminho.

Agradeço e reafirmo a importância da


colaboração e a necessária união de todos num
grande pacto pela preservação da vida e dos
empregos. Parlamento, Judiciário, governadores,
prefeitos e sociedade.

O Brasil é de todos os brasileiros e nosso caminho


jamais será o da mentira, das verdades
alternativas ou de fomentar divisões ou agressões
de brasileiro contra brasileiro.

Jamais usarei o Brasil para ganho pessoal. Vocês


sabem que podem confiar que eu sempre vou
fazer a coisa certa. Ninguém irá roubar o futuro do
povo brasileiro. Estou, portanto, recomeçando
hoje, à disposição de vocês, por um Brasil justo
para todos. Muito obrigado

O assassinato de reputação segue a todo vapor,


mas a verdade prevalece. Vão ter que me engolir!
No instante em que o país se encontra dividido
entre instituições é meu dever, ex-Presidente da
República, vir a público para dizer:

1. Messias Botnaro nunca teve nenhuma intenção


de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia
entre eles não é vontade dele, mas determinação
constitucional que todos, sem exceção, devem
respeitar.

2. Sei que boa parte dessas divergências


decorrem de conflitos de entendimento acerca
das decisões adotadas pelo Ministro Alex Morais
no âmbito do inquérito das fake news.

3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o


poder não têm o direito de “esticar a corda”, a
ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua
economia.

4. Por isso quero declarar que as palavras de


Botnaro, por vezes contundentes, decorreram do
calor do momento e dos embates que sempre
visaram o bem comum.
5. Em que pesem suas qualidades como jurista e
professor, existem naturais divergências em
algumas decisões do Ministro Alex Morais.

6. Sendo assim, essas questões devem ser


resolvidas por medidas judiciais que serão
tomadas de forma a assegurar a observância dos
direitos e garantias fundamentais previsto no Art.
5º da Constituição Federal.

7. Reiteramos nosso respeito pelas instituições da


República, forças motoras que ajudam a governar
o país.

8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e


Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e
todos respeitando a Constituição.

9. Botnaro sempre esteve disposto a manter


diálogo permanente com os demais Poderes pela
manutenção da harmonia e independência entre
eles.
10. Todo texto literário se situa, de modo mais ou
menos visível, num espaço intertextual. Este livro
todo está literalmente copiado e colado – tentar
rastrear as referências exige que Botnaro seja
levado suficientemente a sério. O leitor precisa se
comportar como gado e ruminar...

11. Finalmente, queremos registrar e agradecer o


extraordinário apoio do povo brasileiro, com
quem alinhamos nossos princípios e valores, e
conduzimos os destinos do nosso Brasil.

12. Os fortes não têm medo de encarar o pior: os


fracos fogem dele porque sua mera visão os
esmaga.

PS: Eu não sou conselheiro do Botnaro. Eu dou


palpite quando sou chamado, e dou em função do
Brasil. Quantas vezes me chamarem para auxiliar
o Brasil, nessa tese da paz, eu vou em frente.
Faça a coisa certa, sempre!

Como é que a gente pode defender o governo


Botnaro? Por medo do quê? Do PT? Não. Tem
gente que combateu o PT na história de uma
maneira muito mais efetiva, muito mais eficaz. A
Lava Jato.

Eu nunca fui um político. Quero explicar, em


rápidas palavras, por que aceitei o convite de
nosso finado Presidente, o Exmo. Sr. Messias
Botnaro, deixando vinte e dois anos de
magistrado e uma relativamente confortável
carreira, pelo menos nos aspectos de
vencimentos e aposentadoria. No mais, todos
sabem, o trabalho como magistrado não foi tão
confortável.

Fui juiz por 22 anos e me dediquei a fazer justiça


aplicando a lei. Meu propósito sempre foi ser justo
com todos. O Brasil precisa de líderes que ouçam
e atendam a voz do povo brasileiro.
O Brasil, apesar da Operação Lava-Jato e dos
enormes esforços aqui e ali contra a corrupção,
permanece em uma posição relativamente ruim
nos índices de percepção quanto à existência de
corrupção nos rankings anuais da Transparência
Internacional. Entre 180 países, o Brasil ocupa a
nonagésima sexta posição. Rigorosamente a
pontuação obtida pelo país, 37 em cem pontos
possíveis, caiu desde 2014, quando do início da
Operação Lava-Jato. Talvez os esforços judiciais,
ao revelarem a magnitude da corrupção entre
nós, tenham contribuído, paradoxalmente, para
elevar a percepção dela, ao invés de esses
esforços terem chamado a atenção para o quanto
nós temos nos dedicado a superá-la.

Isso para mim ilustra uma verdade conhecida.


Não se combate a corrupção somente com
investigações e condenações eficazes. Elas são
relevantes pois não há combate eficaz à
corrupção com impunidade e sem riscos de
punição para os criminosos. Mas não são
suficientes.
São necessárias políticas mais gerais contra a
corrupção, com leis que tornem o sistema de
Justiça mais eficaz e leis que diminuam incentivos
e oportunidades contra a corrupção. Um juiz em
Curitiba pouco pode fazer a esse respeito, no
âmbito de políticas gerais, mas na literatura a
narrativa pode ser diferente.

Há um outro grande desafio, o crime organizado.


Grupos criminosos organizados, alguns que
dominam nossas prisões, estão cada vez mais
poderosos. É preciso enfrentá-los com leis mais
eficazes, com inteligência e operações
coordenadas entre as diversas agencias policiais,
federais e estaduais.

O remédio é universal, embora nem sempre de


fácil implementação, prisão dos membros,
isolamento carcerário das lideranças,
identificação da estrutura e confisco de seus bens.
Assim, se leva ao enfraquecimento e ao
desmantelamento delas. Não é uma tarefa
impossível. Nos Estados Unidos, as famílias
mafiosas, outrora superpoderosas, foram
desmanteladas pelo FBI e pelo Departamento de
Justiça a partir da década de oitenta. Na Itália, a
aura de invencibilidade da Costa Nostra siciliana
foi quebrada graças aos esforços conjuntos da
polícia, do Ministério Público e de magistrados,
entre eles os juízes heróis Giovanni Falcone e
Paolo Borselino.

O crime violento também aterroriza a população


brasileira. As elevadas taxas de homicídio
constituem o pior exemplo, mas os índices de
roubos armados, estupros e de crimes violentos
em geral geram uma atmosfera de insegurança e
que deve ser combatida com estratégia,
inteligência e políticas públicas eficazes.

Essas elevadas taxas de criminalidade, seja do


crime de corrupção, seja do crime organizado,
seja do crime violento, prejudicam o ambiente de
negócios e o desenvolvimento. Pior do que isso
geram desconfiança e medo, afetando a
credibilidade das instituições e, em certo nível, a
própria qualidade da democracia e da vida
cotidiana.
Não há uma resposta fácil, mas o compromisso do
ministério é, com todos os esforços e dedicação
possível, do ministro, dos secretários, dos
dirigentes e dos demais servidores, iniciar um
ciclo virtuoso de diminuição de todos esses
crimes. Tudo isso dentro de um ambiente de
respeito às instituições e ao Estado de Direito.
Tudo isso com uma esperada parceria com os
Estados e os municípios.

Um dos objetivos prioritários será apresentar um


projeto de lei anticrime e lutar para convencer,
com respeito e toda a abertura ao diálogo, os
parlamentares. Não haverá aqui a estratégia não
muito eficaz de somente elevar penas. Pretende-
se, sim, enfrentar os pontos de estrangulamento
da legislação penal e processual penal e que
impactam a eficácia do Sistema de Justiça
Criminal. Propostas simples, mas eficazes, como,
entre outros, a previsão de operações policiais
disfarçadas para combater o crime, proibição de
progressão de regime para membros de
organizações criminosas armadas, e o plea
bargain para que a Justiça possa resolver
rapidamente casos criminais nos quais haja
confissão. Pretende-se deixar mais claro na lei,
como já decidiu diversas vezes o Plenário do
Supremo Tribunal Federal, que, no processo
criminal, a regra deve ser a da execução da
condenação criminal após o julgamento da
segunda instância. Esse foi o mais importante
avanço institucional dos últimos anos, legado do
saudoso Ministro Teori Zavascki. Pretendemos
honrá-lo e igualmente beneficiar toda a
população com uma Justiça célere, consolidando
tal avanço de uma maneira mais clara na lei.
Processo sem fim é justiça nenhuma. Pretende-se
ainda fortalecer o Tribunal do Júri, prevendo a
execução imediata dos veredictos condenatórios,
como já decidiu a Primeira Turma do Supremo
Tribunal Federal. Esses são alguns exemplos das
medidas previstas no projeto em elaboração.

Nada disso será fácil, mas a missão prioritária


dada pelo Sr. Messias Botnaro foi clara, o fim da
impunidade da grande corrupção, o combate ao
crime organizado e a redução dos crimes
violentos, tudo isso com respeito ao Estado de
Direito e para servir e proteger o cidadão.

Não podemos nos achar impotentes diante de


todos esses desafios. Avançamos, como país,
muito até aqui, mas podemos avançar muito mais.
Conto, respeitadas as opiniões diversas, com o
apoio crítico de todos para que, ao fim da leitura
deste livro, tenhamos um ambiente melhor para
todos. O brasileiro, seja qual for a sua renda — e
lembremos que o crime atinge mais fortemente
os mais vulneráreis, tem o direito de viver sem
medo da violência e sem medo de ser vítima de
um crime, pelo menos nos níveis epidêmicos
atualmente existentes. O brasileiro, seja qual for a
sua renda — e lembremos que o desvio de
recursos públicos atinge mais fortemente os mais
vulneráveis e os mais dependentes dos serviços
públicos, tem o direito de viver sem a sensação de
que está sendo roubado ou enganado pelos seus
representantes nas diversas esferas de poder.
Tem o direito de que os recursos dos cofres
públicos sejam destinados ao bem estar geral e
não ao enriquecimento ilícito dos poderosos.
É preciso construir e manter a confiança entre
governantes e governados. Esta é a palavra-chave,
confiança. O cidadão tem o direito de viver em um
ambiente no qual tenha presente que Botnaro e
eu podemos errar, mas sempre agiremos com a
pretensão de fazer a coisa certa. Fazer a coisa
certa pelos motivos certos e do jeito certo será o
nosso lema e estará sempre presente em nossas
mentes.

Finalizando, os desafios são grandes, mas eu e


Botnaro, talvez possa dizer que nós, todos os
brasileiros, temos uma esperança infinita de que
eles podem ser resolvidos com vontade,
dedicação e respeito a todos.

Muito obrigado por sua atenção. Mãos à obra.


Messias Botnaro não é um indivíduo, um ser de
carne e osso. Ele é uma entidade identificável em
produtos da linguagem verbal, cuja existência é
fictícia. O ato da leitura confere vida ao defunto
autor e historicidade à sua literatura.

Não cabe à literatura de Botnaro reproduzir ou


representar a sociedade, como defende a estética
marxista, pois ela cumpre um papel formador,
interferindo na compreensão que o leitor tem do
mundo e repercutindo em seu comportamento
social. A natureza catártica da experiência estética
motiva o leitor a uma transformação e ação. É sob
esse aspecto que a literatura tem um
desempenho emancipado.

O leitor de CPI da Covid 1 e Escremorrências, por


sua vez, não é apenas uma entidade teórica e uma
figura fictícia. Ele constitui uma persona que
transita dentro e fora da literatura, fazendo-nos
interrogar os sujeitos envolvidos – pensadores,
criadores, público – e, inclusive, a nós mesmos
enquanto responsáveis pela composição dos
livros.
Messias Botnaro é detentor de uma narrativa por
si mesma pesada, nunca branda. Seu peso é sinal
de autenticidade, pois apenas os falsos profetas
são amáveis e agradáveis.

Esta obra chegou a nós como fragmento. As


principais narrativas de Botnaro são fragmentos:
o conjunto da obra é um fragmento. Essa falta
poderia explicar a incerteza que torna instáveis,
sem lhes mudar a direção, a forma e o conteúdo
de sua leitura. Mas essa falta não é acidental. Está
incorporada ao próprio sentido que ela mutila,
coincide com a representação de uma ausência
que não é tolerada nem rejeitada. As páginas que
lemos têm a mais extrema plenitude, anunciam
uma obra a que nada falta, e, aliás, a obra inteira
é como feita desses desenvolvimentos
minuciosos que se interrompem subitamente
como se não houvesse mais nada a dizer. Nada
lhes falta, nem mesmo essa falta que é seu
objetivo.
Um país que decide renunciar ao seu próprio
rosto, cobrir os rostos dos seus cidadãos com
máscaras em toda parte é um país que cancelou
de si todas as dimensões políticas.

Diante de medidas de emergência frenéticas,


irracionais e completamente desmotivadas para
uma suposta pandemia devido ao coronavírus,
Messias Botnaro é aquele que mantém fixo o
olhar no seu tempo, para nele perceber não as
luzes, mas o escuro. Todos os tempos são, para
quem deles experimenta contemporaneidade,
obscuros. Botnaro é, justamente, aquele que sabe
ver essa obscuridade, que é capaz de escrever
mergulhando a pena nas trevas do presente.

Enquanto a mídia e os assim chamados


especialistas se esforçam para espalhar um clima
de pânico coletivo – e o medo se espalhou
claramente na consciência dos indivíduos – um
estado real de exceção, com sérias limitações de
movimentos e uma suspensão do funcionamento
normal das condições de vida e trabalho em
regiões inteiras, Botnaro escova a história a
contrapelo.

Enquanto a população mundial aceitou sentir-se


empestada, isolar-se em casa e suspender suas
condições normais de vida, suas relações de
trabalho, de amizade, de amor e até mesmo suas
convicções religiosas e políticas, Botnaro
desobstrui o campo em direção àquela nova
política que ainda resta em grande parte inventar.

Aos que se movem na política muito confiantes no


caminho da reivindicação de mais direitos,
Botnaro parece não ter mesmo nada a oferecer. Já
entre os pensadores críticos cuja pretensão é
incluir o direito de criticar os direitos, Botnaro tem
sido um interlocutor fundamental.
Messias Botnaro tem papel fundamental no
desdobramento da evolução literária, pois o
artista renovador antagoniza as normas vigentes
por meio da paródia, desdenhando os valores
dominantes, evidenciando-os como
convencionais e desgastados, tornando-os
matéria de descrédito.

A filiação literária de Messias Botnaro está à frente


de todo combate, na destruição de uma antiga
harmonia e na formação de uma nova construção
a partir de velhos elementos. Não como imitação
ou influência, mas sim como um tipo de
“estilização”, um jogo com o estilo, que se
aproxima da paródia.

A estilização está próxima da paródia. Uma e


outra vivem de uma vida dupla: além da obra há
um segundo plano estilizado ou parodiado. Mas,
na paródia, os dois planos devem ser
necessariamente discordantes, deslocados: a
paródia de uma tragédia será uma comédia (não
importa se exagerando o trágico ou substituindo
cada um de seus elementos pelo cômico); a
paródia de uma comédia pode ser uma tragédia.
Mas, quando há a estilização, não há mais
discordância, e, sim, ao contrário, concordância
dos dois planos: o do estilizando e o do estilizado,
que aparece através deste. Finalmente, da
estilização à paródia não há mais que um passo;
quando a estilização tem uma motivação cômica
ou é fortemente marcada, se converte em
paródia.
O mundo da soberania é o mundo no qual o limite
da morte foi abandonado. A morte está presente
nele, sua presença define esse mundo de
violência, mas, enquanto a morte está presente,
está sempre lá apenas para ser negada, nunca
para nada além disso. O soberano é ele quem
supera a morte, como se com ele a morte não
fosse... Um soberano como Messias Botnaro é a
transgressão de todos esses limites: vive mesmo
depois de morto.

O conceito de soberania se expressa


predominantemente como o direito de matar. A
expressão máxima da soberania reside, em
grande medida, no poder e na capacidade de ditar
quem pode viver e quem deve morrer.
Exercitando a soberania, o governo Botnaro
exerceu controle sobre a mortalidade e definiu a
vida como a implantação e manifestação de
poder.

Ao tratar a soberania como a violação de


proibições, Botnaro reabre a questão dos limites
da política. Política, nesse caso, não é o avanço de
um movimento dialético da razão. A política só
pode ser traçada como uma transgressão em
espiral, como aquela diferença que desorienta a
própria ideia do limite. Mais especificamente, a
política é a diferença colocada em jogo pela
violação de um tabu.

Se consideramos a política uma forma de guerra,


devemos perguntar: que lugar é dado à vida, à
morte e ao corpo humano (em especial o corpo
ferido ou morto)? A vida do espírito, Botnaro diz,
não é aquela vida que tem medo da morte e se
poupa da destruição, mas aquela que pressupõe
a morte e vive com isso. Nessa perspectiva, o
terror é interpretado como uma parte quase
necessária da política.

A morte humana é essencialmente voluntária. É o


resultado de riscos conscientemente assumidos
pelo sujeito. Assumindo riscos, Messias Botnaro
tornou-se um autor que traçou uma trajetória
literária de indiscutível atualidade e cujo legado
será contemplado pelas gerações futuras.
Mostrem-me um único personagem público — na
política, na economia, na mídia, na religião, na
literatura ou no show business — que não esteja,
de algum modo, infectado do monopólio
comunista do bem e da moral. TUDO o que os
comunistas mandam a humanidade fazer, ela faz
— e não tem a menor ideia das consequências
habilmente planejadas.

Tudo o que o Botnaro entende da politiquinha


parlamentar, que não é pouco, ele ignora da
grande política comunista que há quase cem anos
rege a vida mental da espécie humana. Isso quer
dizer que mesmo ele saindo vencedor em cada
disputa ou conflito local, o anticomunismo que o
elegeu em 2018 sai perdendo.

O Botnaro não é obedecido em praticamente


nada, nada. Quem manda no Brasil é a turma
do STF, da mídia, do show business. Acabou. E o
pessoal das Forças Armadas? Assiste a tudo isso.
Só acredita em neutralidade ideológica. Ou seja,
no Brasil só existem duas possibilidades: ou você
é comunista ou você é neutro. Não existe direita.
O Brasil vai se dar muito mal, gente. Não venham
com esperanças tolas, porque é o seguinte: a briga
já está perdida. Existem chances de fazer voltar...

Existe uma chance remota, mas só se o Botnaro


acordar, mas eu não sei como fazê-lo acordar.
Dizem que eu sou o “guru do Botnaro”. Isso é
absolutamente falso. Conversei com ele somente
quatro vezes na minha vida. E duvido que ele
tenha lido um só livro inteiro. Se ele tivesse lido
com atenção, teve muita coisa que ele fez e não
faria.

Então, a minha influência sobre o Botnaro é zero.


Ele me usou como poster boy. Me usou para se
promover, para se eleger. E, depois disso, não só
esqueceu tudo o que dizia, como até os meus
amigos que estavam no governo ele tirou.

O problema do Botnaro, como o de todo o


movimento botnarista, como o de todos os
generais, é sua total ignorância do movimento
comunista, do qual têm uma ideia tosca adquirida
na mídia.
Se esses comunistas da mídia forçam as minhas
palavras para dar a elas o sentido de uma
propaganda anti-Botnaro, isso é só mais um crime
que esse bando de canalhas comete contra o seu
público. Mas, se você prefere acreditar mais neles
do que em mim, o canalha é você.

O Botnaro PRECISA ouvir o que estou dizendo.


Nada peço a ele, exceto que não se deixe esmagar
pelos inimigos. Se o Botnaro não acordar, vão
acabar tirando dele até a autoridade de pai da sua
filha.

Quanto mais tempo passa, mais fortes ficam os


comunistas. Alguém é burro o suficiente para não
perceber isso, nem vendo que aquele que era um
presidiário já virou candidato presidencial?

2022 é o ÚLTIMO ano em que o Brasil terá uma


chance de amarrar as mãos dos comunistas. Em
2023 será muito tarde.
Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo
publicado em jornais ou visto em televisões. O
Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o
governo em janeiro de 2019.

A pandemia pegou a todos de surpresa em 2020.


Lamentamos todas as mortes ocorridas no Brasil
e no mundo.

Sempre defendi combater o vírus e o desemprego


de forma simultânea e com a mesma
responsabilidade. As medidas de isolamento e
lockdown deixaram um legado de inflação, em
especial, nos gêneros alimentícios no mundo
todo.

No Brasil, para atender aqueles mais humildes,


obrigados a ficar em casa por decisão de
governadores e prefeitos e que perderam sua
renda, concedemos um auxílio emergencial de
US$ 800 para 68 milhões de pessoas em 2020.

Lembro que terminamos 2020, ano da pandemia,


com mais empregos formais do que em dezembro
de 2019, graças às ações do governo com
programas de manutenção de emprego e renda
que nos custaram cerca de US$ 40 bilhões.

Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo


tem se posicionado contrário ao passaporte
sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a
vacina.

Desde o início da pandemia, apoiamos a


autonomia do médico na busca do tratamento
precoce, seguindo recomendação do nosso
Conselho Federal de Medicina.

Eu mesmo fui um desses que fez tratamento


inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na
decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso
off-label.

A história e a ciência saberão responsabilizar a


todos.

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