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J. J.

Gremmelmaier

Imuhagh
Primeira Edição

Curitiba / Paraná
Edição do Autor
2015

1
Autor; J. J. Gremmelmaier
Edição do Autor
Nome da Obra: Imuhagh
ISBN
2015
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte
Gremmelmaier, João Jose
Imuhagh, Romance de Ficção, 560 pg./ J. J.
Gremmelmaier / Curitiba, Pr. / Edição do Autor / 2015
1. Literatura Brasileira – Romance – I – Título
2. Literatura Fantástica – Romance – I - Título
85 – 0000 CDD – 978.000

As opiniões contidas no livro, são dos personagens, em nada assemelham


as opiniões do autor, esta é uma obra de ficção, sendo os nomes e fatos fictícios.
É vedada a reprodução total ou parcial desta obra.
Sobre o Autor:
João Jose Gremmelmaier nasceu em Curitiba, estado do Paraná, no Brasil,
formação em Economia, empresário por mais de 15 anos, já teve de confecção a
empresa de informática, escreve em suas
horas de folga, alguns jogam, outros
viajam, ele faz tudo isto, a frente de seu
computador, viajando em historias, e nos
levando a viajar juntos.
Autor de Obras como a série
Fanes, Guerra e Paz, Mundo de Peter, os
livros Magog, João Ninguém, Heloise e
Anacrônicos, cria em historias que
começam aparentemente normais,
mundos imaginários, interligando historias
aparentemente sem ligação nenhuma,
gerando curiosidade sobre outros textos
escritos.

©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier

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J. J. Gremmelmaier

Imuhagh
A ideia é simples, um grupo de sobreviventes, em uma espécie
de capsula lançada ao espaço, com 9 mil adultos, mais as
crianças ronda o espaço atrás de uma nova casa para viver.

Um acidente os jogara em uma guerra interna, descobrirão


parte de suas historias ocultas graças a isto, e vão ao encontro
de um planeta próximo, distante suficiente para parecer bom,
ao chegar próximo descobrem ser seu planeta de origem, e o
principal, descobrem que não estão sozinhos no universo.

Bem vindos a aventura dos Hons, procurando uma casa, e


descobrindo parte de sua historia. O destino deles, é a Nova
Hons, nós conhecemos este planeta como Terra.

3
4
Eon é um menino, ele olha
para aquele corredor comprido
que está a sua frente, tem idade
de criança, a frente dele, um
corredor de uns 6 mil palmos, a
largura do mesmo não tinha mais
que 30 palmos, a cada 40 palmos uma porta, estranho que este era
seu mundo, olha para alguns jovens como ele, sentados as suas
portas, seu pai disse que não era para avançar no corredor sem um
maior ao lado.
Eon entra na peça de vivencia, onde viviam seu pai, sua mãe,
e agora viria ao seu espaço, uma irmã, seu pai explicava a existência
de uma ordem, que tudo era programado por uma combinação
perfeita, e quando fosse a sua vez, teria uma companheira, geraria
dois filhos, e continuaria naquele caminho.
Olha pela pequena peça de vidro, que dava para fora, três
camadas de vidros e um pequeno brilho, que atrapalhava ver as
estrelas ao longe.
Olha para o barulho a porta e vê sua mãe entrar, ela estava
entrando em tempo de geração, e logo teria uma irmã.
— Só me deixa quieta um pouco Eon, está pesado levar sua
pequena Mary por ai.
— Parece cansada mãe.
— Tenho de manter minhas obrigações até Mary vir ao
mundo, dai por alguns Tlacs1, terei direito de cuidar dela, até ter
tamanho para poder ficar na área de cuidados.
O pequeno Eon olha para a mãe e fala.
— Não vejo a hora de ter minha função.
— Cada coisa a seu tempo, uma vez na função, é por uma
vida, então espere estar pronto, sei que quando temos sua idade,

1
Espaço referente a uma volta da nave que estavam em torno de seu eixo.
5
queremos apressar as coisas, mas elas não mudam, acelerando elas,
apenas se antecipam.
Eon olha para a mãe, o nome dela era Sil, e pergunta.
— Mas se precisar de algo pede mãe.
— Apenas um pouco de descanso.
Eon volta ao corredor e vê seu pai chegando, passa por ele
lhe bagunçando os cabelos negros, cortados retos, e olha para sua
mãe e fala.
— Como está Sil?
— Cansada, algum problema?
— Não sei, o chefe da minha leva de cultivo, me alertou que
tinha se recolhido, e pediu para verificar se estava tudo bem.
— Estou bem, nada acontece no comando desde que
passamos a ultima estrela.
— Foi uma decepção.
— Ninguém sabe se seremos os escolhidos Mac, quantos
antes de nós, quantos depois de nós, até o lugar prometido.
— Os campos estão florindo, mas os nic2, são cada dia menos,
alguns temem que um dia eles não resistam, e tenhamos de fazer a
polinização manual.
— Muitos já anunciaram o fim dos nic antes de nós Mac, e
provavelmente alguns após nós.
O rapaz sai pela porta, ele andava leve sobre aquele local,
quase como se não precisasse de força para levar o corpo a frente.

2
Uma espécie de abelha.
6
Eon entra e deita na peça
ao canto, onde sempre dormia,
adormece. Estava sonhando com
os contos de Fres, os contos que
contavam sobre o planeta Vida,
um lugar onde tudo a volta seria
vida, um lugar onde existiriam
coisas que ele tentava descrever, como cheiro, como agua em
abundancia, campos, lembra da descrição do livro do conto,
milhares de corredores de campos, para onde olhar, em todas as
direções.
Eon estava sonhando quando sente o grande impacto e cai ao
chão.
Olha para sua mãe olhar assustada pela portinhola que dava
para fora e falar.
— Fica na peça de vivencia, assim que sair, fecha a porta filho.
— O que aconteceu?
— Já saberei, mas tem de entender, a muito não sentia um
impacto destes, então isola-se.
A moça saiu pela porta, a barriga parecia bem saliente para
frente, o que lhe atrapalhava o andar, mas teria de ir a frente.
Eon olha para as demais pessoas se recolhendo, as crianças
sendo colocadas para dentro e as portas se fechando, vai a
comporta que se via pouco para fora, e estranha a falta de brilho, se
via as estrelas vivas ao longe.
Olha para uma lateral externa a frente, e parece torto, tenta
ver melhor, mas não consegue.
Sil chega a uma grande sala, e olha para o susto de todos,
olha a correria e seu superior a olha e fala.
— Me isola a área 6.
— Mas tem gente lá.
— Ou eles ou todos Sil, agora.

7
Os alertas no setor 6 começam a tocar, mas as portas fecham
junto com os alarmes, Mary olha para o seu corredor, seria o
próximo, torce que Eon tivesse atendo as mudanças.
— Agora fecha o 7, 8 e 9 Sil.
A moça aciona o liberar de portas, o sugar do oxigênio e o
abrir das comportas, o fogo que estava vindo do setor 6 que parecia
ter sido acertado por algo, some dos corredores, o frio externo
entra pressionando as portas dos alojamentos dos setores 7, 8 e 9,
se vê alguns ao corredor congelar, os que não se protegeram, ela
lembra que passou por aquele corredor momentos antes.
Olha em volta, a regra era sempre a sobrevivência do todo
em prol de uma ou outra morte.
Sil olha para as câmeras externas e fala.
— Senhor Bris, precisamos de uma conversa.
O senhor Bris olha para Sil, sabia da competência dela, mas a
considerava alguém em queda social interna, os demais a olham e
uma ao fundo cochicha.
— A engenheira achando que sabe de algo.
— Sabemos que fomos atingidos Sil, não precisamos de uma
conversa, se tivesse a meia hora no seu posto, não teríamos este
problema.
A forma fria e tentando se impôs de Bris, comandante
daquela leva de metal e carbono indo ao espaço.
— Se acha que não, quando a 4 estourar, espero que tenha
recolhido o futuro comandante. – Sil olhando o senhor, falando do
filho dele, que estava no setor 4, ele forçara a pressão para o 7 para
não ir no sentido do comandante, e todos entendiam isto, poderiam
viver sem um ou outro agricultor, não sem um comandante.
A que havia cochichado olha serio, algo estava errado.
— O que quer dizer Sil?
Sil olha para o senhor, ela não falaria, uma coisa era sabido de
qualquer pessoa ali dentro, as decisões eram do todo, se todos
errassem, não teriam quem culpar, então toda vez que era algo
grave, era a nível do que chamavam de conversa, onde todos da
nave optavam.
— Preciso saber. – Bris.

8
A frieza da moça mesmo com o bater da mão forte a sua
frente, o fez pegar no pescoço dela e a erguer.
— Está passando do ponto Sil.
Sil sente a garganta, sabe que não falaria, sente a falta de ar,
sente o senhor olhar em volta e olha para os demais olhando a
moça ficar rocha, em suas mãos.
A solta e fala.
— Pede uma conversa geral.
Sil olha o senhor, respira com dificuldade, se encosta com
dificuldade, por um minuto quase pensou que não resistiria, seu
peso estava todo apoiado na mão do senhor, sua barriga mesmo na
pouca gravidade, a puxava para baixo.
Sil não olhou o senhor, os demais tinham medo dele, ela tinha
medo da incompetência dele. Sabia as divisões do local, duas
sociedades em paralelo, a dos comandos, e a dos agricultores, um
provinha a tecnologia, e outro o sustento.
Todos vão as áreas de conversa, em toda aquela nave, olham
para o comandante olhar para Sil e falar.
— Qual o problema?
— Estamos andando de lado, e não fomos atingidos senhor, a
estrutura do sistema 6 parece ter tido uma saída de ar, o congelar
dos sistemas de aquecimento, fez a calefação explodir para fora,
mas ai temos dois ou três problemas, e temos de saber qual a
escolha de toda a tripulação.
— Quais os problemas. – Fres, o segundo no comando.
— A nave esta andando de lado, temos de a por para frente,
antes que ela rache, mas para isto, perderemos parte dos nossos
senhor, pois os comandos 8 e 9 não conseguem se manter. – Fres
olha a moça, ela era parte da tripulação da 8 então valeria para ela
se decidissem andar para frente a deixar para trás. – Segundo, o
sistema, mesmo desacoplado, perde dois sistemas de cultivo,
ninguém mora lá, mas a comida cairia, teriam de escolher um local
próximo, pelo menos para girar em torno e concertar os problemas
e adaptar a sobrevivência, e por ultimo, mesmo indo para frente,
mesmo perdendo parte, o sistema aponta que a carenagem do 2 ao
9 estão com as mesmas infiltrações, nos pareciam normais pois elas
estão ali desde que eu assumi este comando e nunca aconteceu
9
nada, mas se estamos numa fadiga capaz de gerar uma explosão, os
que ficarem, terão de concertar o sistema da carenagem.
Bris olha para Mary e fala.
— E esta achando que terá regalias?
— Nunca pedi regalias senhor, não sou comandante, me
casaram com um agricultor, pois é estabelecido nisto que os meus
descendentes, embora minha formação seja engenharia, vão ser
agricultores, nunca pedi e não pretendo pedir regalias.
Os demais achavam ela arrogante, mas castas internas tidas
como melhores, iam a engenharia, e por algum motivo, a dela foi
perdendo influencia, e uma vez ido para o lado dos Agricultores,
não tinha mais volta.
Bris olha para as câmeras internas e explica o triplo problema,
Mac olha para dois rapazes e estes começam sair da região e um
pergunta.
— O que vão fazer Mac.
— Nos isolar e ir sem nosso peso, Dil, passa em todas as
portas de nossos filhos e trava elas por fora, pois eles não vão fazer
isto pelo automático, são capazes de deixar sem pressão e um dos
nossos por engano abrir uma das portas.
— E eu? – Kil.
— Enquanto eles decidem, põem todos os nossos sistemas de
sobrevivência para carregar o oxigênio, todos, até os frontais.
— Por quê?
— Não ouviu, qualquer deles pode vir a estourar.
— Aqueles uniformes estão a muito tempo sem uso. – Kil.
— Sei disto, mas podemos as precisar.
Os dois saem e Mac olha para o fim da decisão, algo frio, mas
era obvio, que não teriam alternativa, alguns ficariam no caminho,
enquanto outros continuariam, tinham perdido o setor 6, tinham
uma fenda ali, sem ter como concertar, quando acelerassem para
parar de andar de lado, teriam de desconectar a 6 e tudo para trás
desta linha ficaria.
Uma nave de 9 partes, continuaria sua caminhada com 5 das
partes.
A decisão estava tomada, Sil não ficou nem para uma
despedida, ela sai dali, tentando chegar a parte 8, pois sabia que
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eles assim que pudessem se desconectariam, o rosto de assustados,
os rostos de perdidos, as crianças sem entender, a compressão no
setor 7, a reabre e se depara com varias crianças nas portas,
congeladas, ela acelera o passo e chega a parte do oitavo, olha os
demais chegando lentamente e fala.
— Querem morrer no corredor?
Os demais aceleram, entendem que todos no caminho
morreriam, e começam a acelerar, Sil trava o sistema e passa para o
sistema de comando a ordem.
“Setores 7,8 e 9, já prontos para desconexão.”
Fres olha para Bris e fala.
— Ex-engenheira da ponte passa recado que já podemos
desconectar senhor, sem perigo.
A moça que cochichara tenta parecer normal abandonar
aquela parte viva da população, mas mesmo Bris olha para os
demais e fala.
— Perdemos uma boa engenheira hoje, teimosa como todos
engenheiros, mas vamos precisar nos esforçar para controlar todo o
sistema que ela controlava.
Olha para Fres e fala frio.
— Desconecte e coloque o pessoal em trajes de trabalho
externo, para fazerem os reparos.
O sistema desconecta, a nave acelera afastando-se e Sil olha
para os corredores, abre o corredor que dava a seu filho, acelera o
passo, estava pesado, abre a porta, fecha ela e olha para o filho,
estava tensa, olha para Mac, sente ele fechar a porta e a
descompressão forçar a porta.
Ela olha para o filho e sente a bolsa estourar, encharcando o
chão.
Mac olha para ela assustado e a senta, com tudo desandando,
Mary vem a vida em meio a ficarem para trás, os demais chegariam
ao local dos escolhidos, eles ficaram, ajudaram, mas não teriam a
gloria de criar seus filhos em um mundo vivo.
Mac olha sua filha a lavando, e o olhar de assustado de Eon,
dizia que teriam de falar com ele.
— Tenta entender filho, nem tudo no mundo é feito de
caminhos retos, vamos tentar sobreviver. – Mac.
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Sil estava cansada, acabara de passar pelas dores do parto, e
olha para o marido que não escolhera, alguém que dividia o quarto,
mas que tinham uma relação quase de irmãos, inferior a irmãos,
dentro das regras internas, tiveram duas relações, programadas, de
onde vieram os dois filhos, se evitava qualquer risco neste sentido,
pois sabiam que as crianças não programadas, eram mortas, ou
forçavam a mãe abortar, não tinham espaço para mais gente.
Uma sociedade capaz de deixar os velhos para trás,
registrando apenas suas historias, e capaz de controlar severamente
os nascimentos, não era uma sociedade baseada em amor, era
apenas uma nave de sobrevivência, muitas saíram do planeta Vida,
com destino, um outro mundo vivo, não tiveram tempo para
escolher, então muitos saíram, mas sem a mínima ideia se alguém
chegaria a algum lugar.
Mac senta-se e olha Eon.
— Tem de ser forte e apoiar sua mãe, ela precisa cuidar da
Mary, podemos ter problemas, então por alguns Tlacs, ficaremos
isolados.
— O que eles podem fazer pai?
— Lideres surgem estas horas, pessoas que vão querer lançar
o que eles consideram peso fora, e não vamos deixar Mary no
caminho, entendeu?
— Certo, mas eles podem arrombar a porta.
— Sim, eles podem querer arrombar a porta, mas ainda não
estamos custando nada a eles, então eles vão primeiro se apoderar
do que podem, depois alguns vão saltar para o espaço, e por fim,
quando acalmar, vamos ver como podemos ligar os compressores
de comida, e os transformar em um motor, vamos lentamente,
vamos escolher um grupo próximo, não teremos duas chances, acho
que a mais próxima é sempre maior chance, eles ficam escolhendo
estrelas como a nossa, e talvez nossa vida, não precise de tanto, já
que nenhum de nós filho, sabe o que é pisar em um planeta.
— Acha que conseguimos Mac? – Sil.
— Descansa, você controlava aquelas válvulas a quanto
tempo, 28 Parks, sempre dizendo, temos de manter as pressões
baixas, você precisava de um afastamento de poucos Tlacs, e um

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descanso a mais, custava olharem os níveis de pressão e não deixar
estourar. – Mac pareceu decepcionado.
— Estouraria de qualquer forma, talvez amanha quando não
estivesse lá, mas como se diz, se estivesse na enfermaria, e
decidissem o que decidiram agora, seria apenas ejetada para fora,
talvez Mary tenha sua função no futuro.
Eon olha a pequena menina sorrir, ele não costumava sorrir,
mas aquele sorriso o pegou na alma, e sorriu.
Ele a pega no colo e fala.
— Maninha, vamos a uma aventura nunca antes
experimentada, dirigir uma sucata espacial, rumo à terra prometida.
Mac pega uma coberta escura e coloca a janela da porta,
dando a sensação de que estava vazio, que tinha sofrido
descompressão e ali não tinha mais nada, ele põem protetores para
não sair luz por lugar nenhum, e olha para a pequena Mary.
— Espero que saiba filha, tem de fazer silencio.
A família se reúne em um canto, e ouve os passos o corredor,
ouvem gritos, gente pedindo para não fazerem aquilo, não
poderiam olhar, e ao mesmo tempo, precisavam saber, mas a
tensão de gritos, principalmente de crianças que paravam de um
momento para outro de gritar, fazia Mac abraçar os filhos.
A tensão era grande, a fome também, pois eles estavam
racionando o pouco, e sabiam que não teriam como ficar ali muito
mais tempo.
No meio de uma discussão, em meio ao corredor, Mac
reconhece as vozes, sentem a nave se mexer, os retardados,
tentando se livrar do que era o futuro, não o peso, forçam alguns no
pânico a se lançarem no espaço, a nave começa a girar.
Giro descontrolado, giro que poderia jogar sobre eles algo
que os rasgasse.
Os que estavam tentando se livrar do peso, parecem entrar
em uma das peças.

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A tensão estava grande,
quando a pequena Mary chora, de
um momento para outro, o que
era uma porta quieta, começa a
sentir gente batendo nela.
Estavam ali quando Mac
ouve Kil falar a porta.
— Melhor abrir Mac, não deixaremos pesos a nossa
sobrevivência dentro deste espaço.
Mac tira o cobertor e olha nos olhos pela escotilha e fala.
— Me deixa morrer com os meus, se forçar, eu ejeto e todos
no corredor morrem, melhor recuar Kil.
— Não entende as ordens Mac, precisamos de pessoas como
você, mas não de seus filhos.
— Matou os seus?
— Logico, Iuni está lá cultivando o solo, primeiro a
sobrevivência, depois temos novos filhos.
— Terá de arrombar, depois, se matar meus filhos Kil, terá de
me matar, pois não vou trabalhar para um outro se dizer
comandante e nos largar quando achar que pode chegar a algum
lugar.
— Vamos arrombar.
Mac olha para Sil, pequena Mary parecia com medo, e
chorava, talvez sentido a tensão.
— Eles estão mortos mesmo Mac, todos estamos, sabe disto,
eu sempre cumpri ordens, para que alguns dos nossos chegassem a
terra prometida, mas ele tem razão.
Os olhos de Sil foram para a pequena Mary, Eon não poderia
ver isto, puxa para ele a pequena que chora e grita para a mulher
que dizia ser sua mãe.
— Você não é mãe, assim como este Kil, vocês são animais,
vocês falam em terra prometida, mas ... – Eon quase a chamou de

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mãe ...mas a senhora nos mataria para ter 10 dias a mais de vida,
você não é minha mãe, você é um bicho.
Aquele menino a olhando com a sua menina lhe olhando e
falando aquilo, a fez olhar o menino, talvez pela primeira vez ela viu
quem ela estava se tornando, ela se recolhe e Mac olha para Kil.
— Some animal, não queremos a sua comida, pois não falei
para isolar a área para matar seus filhos e os demais, e sim para que
sobrevivêssemos, mas se os amigos são animais, a companheira é
um animal, para que sobreviver?
Kil olha para o rapaz, sabia que ele entendia da plantações,
eles não conseguiam se entender lá.
Mac abraça o filho e sentam-se ele, o filho e a pequena Mary
na cama de Eon.
Mary chorava e Sil falou.
— Ela está com fome, tenho de dar de alimentar a ela.
— Desculpa, mas falou como se a fosse matar, se vai morrer,
que seja como ser, de fome, se sede, de frio, não pelas mãos de
quem deveria a salvar.
A cara de susto da criança fez a moça se recolher e falar
áspero.
— Se não vai a dar de comer, deixa ela morrer de uma vez,
assim eu durmo.
Eon olha para o pai, ele raramente ficava com o pai,
raramente aquele senhor estava ali, trabalhava o tempo inteiro.

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Sil dormiu, Mac olha para
Eon e faz sinal para ele ficar o
mais quieto possível, chega ao
canto, pega um pano e põem na
boca de Sil, a amarra.
Sil acorda e tenta se mexer,
não consegue, estava virada para
a parede, não via o que Mac fazia e não conseguia falar nada.
Mac abre uma comporta de comunicação e naquele canto,
coloca os dois filhos, e fala.
— Este corredor é apertado Eon, mas você consegue chegar
ao fim dele, se ouvir barulho não saia.
— O que vai fazer Mac?
— Sobreviver, isto que tinha em mente, pena não poder ser
como pensei, então vamos sós.
Mac olha para Sil se virar com dificuldade.
Os olhos dela perguntavam o que ele faria, ele estava
pensando em sair dali, o que ele pretendia?
Eon entra naquele tubo, com uma coberta e caminha bem
agachado, indo de encontro a uma ventilação.
Mac chega a Sil e a ergue e fala.
— Espero que esteja bem o suficiente para sobreviver.
Ela tenta falar, mas ele só ouviu um resmungo.
Mac abre uma parede que era dos armários, começa a dispor
tudo na peça central, como se tivesse escolhido o que era útil, e
duas paredes desparafusando, com a coberta no vidro ainda, ele
põem Sil ali naquele buraco, e fala.
— Você que escolhe Sil, se quer sobreviver ou morrer, eles
vão se matar, eles deixaram de ser racionais, estão seguindo as
regras que não nos são mais parte, pois não temos os motores,
deveríamos estar montando um motor e fechando os tubos
danificados, eles estão indo a área de cultivo, que sem motores para

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girar, morre tudo, as plantas sem o mínimo de gravidade, não
nascem, trabalho jogado fora.
Mac tira o pano da boca dela e ouve.
— Mas porque deixar as crianças vivas?
— São meus filhos, se não os quer, problema seu.
— São um peso.
— Você é mais peso que eles, ou acha que eles vão lhe deixar
se recuperar do parto?
Sil olha para Mac, ele estava pensando nela, mas porque a
salvar, e ouve algo que não conseguia.
— Mas se é para a sobrevivência dos demais, é o certo.
— Já lhe expliquei, não se faça de ignorante, o ignorante aqui
sou eu Sil, sem um motor de giro, eles podem plantar o que quiser,
pois os nic não conseguem voar sem um mínimo de gravidade, não
polinizam as plantas, não tem como saber para onde subir, elas se
perdem e não produzem, mas eles não a vão deixar viva, pois eles
teriam de lhe dar de comer por um tempo sem ter a certeza de que
resolveria o problema.
Sil olha para Mac e fala.
— Mas se você explicar?
— Eles não vão me ouvir, eles não vão matar meus filhos
porque querem, e sim porque já mataram os seus, então os meus
são por regra lembrança de que eles o fizeram, e a justiça nestas
hora, diz que nossos filhos tem de ser mortos. A nave está girando,
não sei quanto tempo este extremo aguenta, queria ficar ali mais
um tempo, mas começo achar que esta parte não estará ai daqui a
pouco.
— Mas como sabe, você não é engenheiro.
— Sei disto, mas a única engenheira que conheço, por um
desentendimento de seus pais, foi oferecida a meu pai como esposa
de seu filho agricultor, esta moça, embora seja inteligente, foi
programada para desistir se for preciso, eu como agricultor, fui
programado a nunca desistir, pois minha desistência em si
significava que alguém morreria de fome.
— Sabe que nunca fui feliz ao seu lado.
— Então quer morrer por isto?

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Sil olha aquele rapaz, mãos de agricultor, ombro de quem fez
força a vida inteira, mesmo na pouca gravidade, tinha ombros mais
vistosos que os demais.
— E como pretende sobreviver?
— Sair das partes externas e ir as internas, da estrutura, ela
esta girando, mas como não sei o que isto fará com os destroços da
divisão 6, e somente lá tem uniformes de exploração externa, um
caminho para tentar estar vivo dentro de alguns Tlacs.
Sil olha para o rapaz, talvez pela primeira vez tenha ouvido o
que ele falava, ela nunca lhe dava atenção, entendera, ele colocara
os filhos no caminho, mas perguntou.
— Como vai passar por eles?
— Como um teimoso passa por alguns lugares, no braço.
Sil vê ele por a mordaça na boca dela e colocar a placa de
metal a sua frente, e a parafusar.
Mac deita na cama, e deixa destravada a porta, ele as vezes
teria de usar a sorte, mas odiava a sorte.
Deita e deixa o corpo relaxar, não era alguém muito forte,
talvez aquela gravidade fosse em parte o problema, mas estava
dormindo quando alguém o chuta.
KIl olha para ele e fala.
— Onde estão os outros?
Mac abre os olhos e olha em volta, talvez trazido do sono a
realidade o fez pensar onde estava, dois rapazes a sua frente e um
fala.
— Vazio, não tem ninguém?
Mac pega um copo de plástico azulado no canto e cheira ele,
como se procurando algo, Kil olha para os demais e fala.
— Procurem, não podem estar longe.
Kil olha para Mac e fala.
— Ou trabalha ou não come, sabe disto.
— Não como a um tempo, não preciso disto, se vou morrer,
deixa vocês comerem e morrerem de barriga cheia.
— Porque ela escapou? Parecia entender nossa parte.
— Ela demorou para entender Kil, que quando vocês vissem
que ela não teria forças por um tempo, ela também seria
sacrificada.
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Kil olha para a porta e fala.
— Revira toda esta ala, devem estar por perto, e manda ele
para o campo de cultivo, parece que tudo tá murchando.
Dois rapazes veem Mac se levantar, eles poderiam ser dois,
mas se ele foi por bem, não forçariam, sabiam que era alguém que
dedicara cada segundo por aquelas plantas.
Mac estava indo, sente a região balançar e segurasse, os
demais demoram para entender, que tudo estava fora do sentido
que estavam indo, e parecem ficar tontos.
Mac continua até a região da plantação, viu uma montanha
de corpos, crianças, olha para os rapazes e para uma moça olhando
as crianças, e fala.
— Calma, logo estaremos todos junto a eles, mortos.
A moça abre os olhos e pergunta.
— Por quê?
— Parece que estamos rachando, eles no lugar de tentar
entender o problema, começaram as mortes antes, ninguém iria
fugir, não precisava pressa para fazer isto.
— E sua companheira?
— Não sei, ela fugiu.
— Por quê?
— Quem mata crianças, mata qualquer um que não possa
trabalhar, mais cedo ou mais tarde.
Os rapazes chegam rápido, pensando que Mac estava
tentando escapar, mas ele estava caminhando para a região das
plantações da região 8.
Mac chega a região de controle e Dil olha para ele.
— Resolveu parar de se esconder Mac?
Mac olha os comandos e pergunta.
— Porque não nos desconectou Dil, estamos levando o peso
das mortes da ala 6, estamos levando preguiçosos da 7, e os da 9
que comam terra.
Dil sorriu e falou.
— Este é o Mac.
Mac chega ao controle, confirma a pressão e desconecta o
grupo 9, lacrando os caminhos, eles que achassem uma forma de

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sobreviver, teriam mais áreas cultivadas que eles, desconecta a 7 e
parece estabilizar, pelo menos mais do que estava.
— Temos algum motor Dil?
— Kil mandou os desligar, para não permitir a fuga dos
demais.
— Juro que não entendo vocês Dil, matam seus filhos, para se
livrar dos pesos, e desligam os motores, sem os quais, não existe
giro em torno do eixo, e não temos gravidade nenhuma, então as
plantas não nascem, os fungos não conseguem, de que adianta
matar algo que poderia ser mão de obra nos campos, e acabar com
toda a produção e decretar a morte dos nic.
O rapaz ao fundo ouve Mac e fala.
— Mas assim algumas capsulas vão fugir.
— Um salto voluntario a morte, o que vocês estão achando,
que se eu quisesse não teria pulado já, mesmo sem sistema e
pressão?
Kil chega ao lugar e olha a estabilidade e pergunta.
— O que fez que parou de tremer?
— Deixamos os demais no caminho Kil, agora somos apenas a
divisão oito, com seus campos de cultivo, um terço da tripulação,
mas para que me quer aqui, já que desligou os motores, então não
temos gravidade artificial, não precisam de agricultores se não vai
nos dar gravidade para cultivo.
— Sei que está aprontando Mac, sei que escondeu seus filhos
em algum lugar, mas vou achar, e sabe que os matarei.
— Como digo sempre Kil, ainda estou ajudando, uma hora
terão de me matar, se vai ser após meus filhos, que seja.
— Eles são peso nesta viagem.
— Garanto que meu filho vale mais que metade dos que
estão ali no campo, pois eu o ensinei a cultivar, gente de
manutenção no cultivo para mim é nada.
— Eu sou da manutenção. – Kil.
— Como disse, quem mais iria matar todas as plantas, para
que um bando de pessoas não pulem para a morte, e não sejam
mais peso para nós.

20
Mac sai para campo, alguns agricultores pareciam
revoltados, tiveram seus filhos mortos, a forma que olhavam para
Mac não era boa.
— O que faz aqui Mac?
— Eu não sei oque vocês fazem aqui, pensei que não
deixariam eles tomarem as rédeas, e já estão acabando com meu
trabalho.
— Eles mataram Hine.
— Des, vou falar uma vez, não duas, ou escapamos deles, ou
todos morremos, mas não posso falar alto, entendeu.
— Sim, pensei que não viria?
— No meu caso, ganhei uma menina, em meio ao desacoplar,
então sabe que para mim, as coisas estão difíceis.
— O que faremos?
— Vamos trabalhar os Tlacs que eles nos permitirem, quando
for ao seu alojamento, fala com Nina, e cada um, esteja preparado,
algo me diz que teremos problemas estruturais, prefiram os
alojamentos centrais.
— Por quê?
— Eles vão tentar nos proibir de ir aos externos, para não
pularmos fora.
— Não respondeu. – Des.
Mac olha em volta, e sente a pouca gravidade, do começar a
girar da parte da plantação, e as plantas começam a se erguer.
Mac olha serio para Des e fala.
— Não vou explicar o que todos deveriam saber Des.
Mac olha para o grande campo, que lhe cercava, estava
dentro dos campos centrais, parte interna de uma nave, onde cada
subdivisão foi planejada para abrigar mil pessoas, Mil adultos e Mil
sucessores, então toda aquela plantação se perderia, e obvio, isto
crescia em ódio dentro de Mac.
Mac olha o cronograma e olha para os campos, iria percorre-
los quando sente alguém lhe segurar o ombro.
— Vai onde? – Kil.
Mac pensa, realmente, não teria porque verificar as
comportas, elas já estavam lacradas, e fala.

21
— Vícios de quem cuidava do andamento de 9 setores, o que
faz aqui Kil?
— Vou falar a todos, e o que decidirmos será regra.
— Para mim, não existe mais isto, ninguém lhe estabeleceu
neste cargo, e na hora de perguntar, não perguntaram, mataram,
então, podem fazer o que querem. – Mac olha para os que
considerava companheiros de uma empreitada para a vida – Mas sei
que assim que acharem que podem se livrar de mim, sei que estou
morto, este campo covarde, daria de comer a seus filhos, mas vi que
não os matou por isto, e sim, para ficar velho, então, se a missão vai
parar agora ou quando todos as costas morrerem, não me interessa.
— Coloquem ele na detenção. – Kil.
Os demais desviam os olhos como se não tivessem prestando
atenção, Des pediu uma moradia externa, lhe foi negado, e lhe foi
posto numa interna, assim como todo agricultor.

22
Eon chega a uma grade,
olha para dentro, a pequena Mary
parecia quieta demais, mas ela
sorriu quando ele a abraçou a
esquentando, parecia assustada,
mas ele estava, olha para fora e
entende onde estava.
Eon destrava a tela de proteção, entra na peça, olha para o
corredor, todo desligado, como se nem quisessem pessoas por ali,
estava no sistema central de giro, olha para um comando a frente e
para uma pequena área que tinha telas, não sabia o que fazer, mas
olhou as imagens da desacoplagem, de seu pai, na parte da colheita,
via as plantas caídas.
Arromba um dos estoques de agua, pega uma pequena
garrafinha e molha o pano que seu pai lhe dera, e faz a pequena
Mary chupar.
Ele tomou um gole, escolheu um canto e ficou ali escondido,
tentando disfarçar o medo, ali não era um lugar que as pessoas
passassem, lembra da frase, que no grupo, só tinha sua mãe de
engenheira, ele não tivera formação para engenheiro indicado a ele,
ele e sua irmã seriam agricultores, o que dominava era as regras
básicas, tudo que aprendeu com seu pai e trocou ideia com sua
mãe, que sempre lhe olhara estranha, ela parecia querer estar longe
deles o tempo todo, seu pai ficava pouco na peça de vivencia, mas
sempre conversava e ensinava.
Eon olhava tudo em volta, quando sente alguém segurar seu
ombro, olha para trás e viu um senhor com cara de poucos amigos
que grita para outro.
— Duas crianças aqui.
— Joga no buraco de uma vez.
Eon recuou, e olha em volta, estava com a pequena Mary no
braço quando olha para o segundo chegando, olha para o buraco,

23
olha para o motor parado e pula para trás, o senhor sorriu, viu o
menino cair lentamente, naquele buraco escuro.
Eon lembra que seu pai não mandou sair do buraco, ele se
precipitara, ele some no escuro do buraco, sem gravidade, foi fácil
se agarrar com uma mão, quase que Mary escapa, ele olha um
canto e se esconde nele, e vê o senhor olhando para o buraco com
uma lanterna.
— Já afundaram.
— Devem ter fugido quando alguém as tentava defender,
mas estes devem ter sido os últimos.
Eon olha para a irmã, ela estava agarrada a ele, o lugar
parecia deixar parte do frio entrar, ele pensa e fala para ele mesmo.
— Não, estamos no centro do complexo 8.
A menina olha para ele, iria abrir o berreiro e ele encosta em
seu ouvido e fala.
— Não chora maninha.
O menino acha uma escada interna e começa a voltar, prende
sua irmã a frente do corpo, e vai por aquela escada, voltando para a
peça que estava, olha para a grade, olha para os rapazes se
afastarem.
Volta ao local com grade, deixa sua irmã, pega alguma agua,
alguma proteína vegetal, e duas mantas, ajeita a pequena em uma
manta e começa a dar a proteína vegetal aos poucos, quando ela
arrotou, ele sorriu, os dois se abraçam naquele buraco e
adormecem.

24
Sil olha o escuro da peça
que ficou presa, sabia que estava
onde ninguém a enxergava,
entendeu que Mac não queria
perder todos, demorou a
entender que a logica dele, de
sobrevivência, a Nave avançara
sem eles, então ali não era mais regido pela regra da Nave de
Vivencia, muitas vezes apenas chamada de Vivencia, agora estavam
sozinhos no espaço, ela olha para a parede, com calma solta as
mãos e sente a mesma, sente que tem algo, presta a atenção no
que tinha ali, era uma barra de proteínas, baseada em colônias de
fungos, ricos em proteína, sorri.
Come a barra com calma, olha para o quanto era apertado,
ouve alguém entrar na peça e falar alto.
— As duas crianças parecem ser as que narraram na parte
central, agora só falta Sil. – Rose.
Sil reconheceu a voz, ficou na duvida se falava, estava quase
pedindo para lhe tirarem dali quando com o ouvido na placa ouve.
— Ela recém deu a luz, não nos é útil, apenas temos de isolar
nossas reservas, não queremos alimentar peso morto. – Rose.
Sil engoliu seco, ouve os passo saindo e alguém voltou rápido,
Sil ouviu os movimentos, e falou.
— Me ajuda aqui, pode ser que ela esteja aqui.
Sil gelou, ouviu mexerem em algumas coisas e Rose falou.
— Não, ai somente as crianças passariam, mas estes já eram,
Kil não confia em Mac, vão o forçar a nos alimentar, mas sabemos
que ele não está feliz com isto.
— Se livrou daquela nariz empinado, deveria estar feliz.
— Homens não são tão racionais quanto as mulheres. – Rose.
— Mas pressionados fazem milagres.

25
— Sim, mas vamos olhar cada cubículo, tem gente querendo
saber como sobreviveremos, não sabemos ainda, Kil deve falar com
todos.
Sil ouve elas saírem e travarem as portas, olha para suas
mãos, sente um escorrer de liquido pela perna, não via o que era,
mas leva ao nariz, estava com um sangramento vaginal, e não tinha
como ficar ali.
Sil olha em volta e se depara com um pouco de agua, tudo
pendurado naquela parede, a cede foi segura, ela não sabia quanto
tempo teria de ficar ali, tateia a parede, e acha uma lanterna,
acende ela, e a sua frente, vê uma pequena mensagem, estava a
altura dos olhos, era apenas para ela ler.
“Mantem a calma Sil, sei que não confia em mim, mas espero
que seu raciocínio de engenheira seja mais logico que seu raciocínio
suicida.
Se acabar a comida, e não voltar, me mataram, então abaixo
de seus pés, tem uma chave, desparafusa calmamente o chão, e
tenta sobreviver.”
Ela tenta uma posição naquela parede, não tinha uma boa
posição, teria de ficar ali de pé, mas estar ali, viva, a fez pensar, o
que Mac faria, ele encararia a morte dos filhos com que
naturalidade.

26
Mac é trancado na
detenção, sorriu de ouvir seu
estomago reclamando, a parte
externa não tinha gravidade,
então estava sentindo o corpo
leve, eles ligaram apenas uma
parte dos motores, eles apenas
priorizaram a comida, olha pela escotilha externa, e olha para a
grande nave a se afastar, ainda a vista, deveriam estar pensando
para onde avançar, Mac imaginou eles concertando os problemas,
antes de avançar de vez, olha em volta e vê a estrutura da divisão 9,
parecia iluminada, como se dentro viesse luz, aquilo não era bom,
alguém fez algo errado.
Mac olha para a porta, lacrada, sorri, pensou em como seria
seu fim, e ainda tinha de ter esperança.
Pensou em seu filho, será que ele sobreviveria sem ele, será
que eles lhe falariam se o matassem?
Mac olha para a detenção, pensou que poderiam ter colocado
ele na detenção próxima dos campos, então algo estava errado,
algo que não falariam.
Ele sente a estrutura balançar, a parte externa desligada,
criava uma grande carga elétrica no sistema entre a parte que
girava e a que estava inerte, eletricidade correndo e eletrificando
tudo, sente o pequeno choque da porta metálica.
Mac deita, teria de manter a calma, tenta desligar a cabeça,
mas estava pensando em Sil, se ela estaria bem.
Seus pensamentos não relaxaram vendo aquela camada de
brilho azulado que corria pela estrutura do exterior, olha para
aquilo, encantado, com receio de gente simples, não da engenharia.

27
Kil pede uma Conversa, mas
ele não estava com os demais em
posição de resposta, e sim, apenas
de ditador.
— Escolhidos, estamos em
um caso de sobrevivência,
estamos precisando de
participação e ideias, sei que alguns podem não ter gostado das
primeiras medidas, mas seguimos a linha de sobrevivência.
— Os campos estão começando a se erguer, mas para não
existir mais deserção, estamos deixando o giro externo da nave
desligada.
— Como sabem, não temos nesta subdivisão engenheiros,
então estamos à deriva, precisamos de toda ajuda, estamos indo
lentamente para o nada, provavelmente não chegaremos a nada,
mas precisamos de ordem nesta hora.
Kil desliga e olha para as plantas começarem a murchar e olha
para um dos agricultores e pergunta serio.
— O que está acontecendo?
— Não sabemos senhor, estamos verificando, mas a terra
está esquentando, não sabemos oque na estrutura externa a este
campo, do lado externo, está gerando calor, a terra está muito
quente.
O grupo começa a sair para a parte externa, saindo dos
campos, para a parte metálica da nave, um dos rapazes passa pelo
corredor e se vê ele levar uma imensa descarga elétrica.
A estrutura estava gerando choques imensos, o rapaz se bate
ao chão e todos o veem morrer.
— O que está acontecendo? – Kil gritando.
— Não sei senhor, algo está gerando uma carga muito grande
de energia, não sabemos, temos de verificar.

28
Kil vai a parte interna, pega uma roupa de serviço externo, e a
coloca, com aquela roupa protegida, atravessa o corredor sem tocar
as paredes, chega a parte de comando e vê os circuitos queimando.
Kil olha como se descrente daquilo e fala.
— Como podemos não morrer Dil, o que está acontecendo.
— Disse para manter a calma Kil, você se colocou contra Mac
de cara, antes dele nem ter motivos para parar, manda o prender,
ele entende destas coisas, nem que por ter vivido pouco com uma
engenheira, nós nada.
— Em que detenção ele está?
— Na 2 externa.
— Porque lá?
— Você que disse para não deixar ele perto dos demais
agricultores, separar para vencer.
Kil caminha e chega a um corredor, viu Rose morta ao
corredor, parecia ainda tremer, o piso metálico, em meio a uma
revolta eletromagnética da nave. Os apoiadores de Kil saem das
áreas de plantio, os agricultores chegam a sala de comando e
iniciam o fechar do sistema interno, como se tivessem de proteger
aquilo. Des olha a esposa e fala.
— O que fazemos?
— Ele não tem noção do que fazer, precisamos de um líder,
mas este Kil parece querer matar todos.
Os seguranças chegam a Kil e falam.
— O sistema está isolando as áreas produtivas, parece
automático, o sistema não responde.
— A nave está prestes a se desfazer, mas ainda não sei como
vencer a nave. – A frase vazia parecia não ter sentido.
Caminham no sentida da detenção.

29
Sil pega o papel, sente que a
parede lhe dá um pequeno
choque, olha o papel a frente,
olha para a estrutura, com
dificuldade se abaixa, não sentia-
se bem, mas não era hora de
desistir, na sua cabeça, eles
haviam ligado um dos sistemas de gravidade, e deixado o outro
desligado, aquele choque só poderia ser isto, mas isto geraria o
dilatar da nave e a morte de todos se não fizesse nada.
Com dificuldades, sente o chão e com uma chave, começa a
desparafusar, começa a sentir a placa solta, sente o choque, fica
atenta, levanta a placa e vê a luz entrar na peça, olha para baixo,
uma outra peça de vivencia.
Segura-se e deixa o corpo cair, cai lentamente, não havia
gravidade, segura na haste superior e olha para dentro do quarto,
olha para alguém ao canto olhando com medo.
Sil olha a criança, isolada, olha para a peça e fala.
— Está se escondendo de quem?
— Meus pais, eles querem me matar. – Uma menina, deveria
ser um pouco mais nova que Eon.
— Fica quieta, estamos em que setor?
— 87!
— Melhor se esconder, pois eles vão tentar ainda.
— Não vai me entregar?
— Não, hora de tomar uma divisão da Vivencia, e não de
matar alguém.
Sil olha uma roupa isolante ao armário, a veste e a menina
fala.
— Está sangrando.
— Sim, mas se não fizer agora, não vai ter depois, evita
contato com a porta e com os metais, e quando passar o clarão lá
de fora, atrás – aponta uma comporta de ar, - daquela comporta,
30
tem um corredor estreito, que lhe levará ao centro da nave, esta
parte não será seguro por muito tempo.
Sil olha para seu rosto, branco, olha para o armário de
medicamentos que tinha em todas as peças de vivencias, pega algo
para dor e para pressão, coloca no bolso, olha para o corredor e sai
pela porta.
Olha o corredor e começa a andar no sentido do que seria a
frente da nave se estivessem conectados, olha as portas para o
setor 7, que não estava mais ali, lacradas, olha para o comando de
rotação, olha a energia e ativa o giro.
O grande solavanco sentiu-se e começou a girar lentamente,
a diferença de carga, acelera uma sobre a outra, e emparelha o girar
interno com o externo.
A gravidade volta, e Sil sabia que teria problema por isto.
Olha a sala de comando alternativo, entra nele e olha os fios
todos arrancados, alguém além de querer o poder, parecia ser
suicida, embora Sil soubesse que a ausência de cultura em certos
níveis favorecem alguns serviços, mas em caso de calamidade,
perdia-se mais do que ganhava, mas Sil sabia que poderia ser algo
bem mais sujo que isto, que gerava aquelas mortes.
Trava a porta e começa a ligar os equipamentos principais,
não os de medição, não os teria como controlar, e isto era
importante para a central, não para ela, o primeiro painel pisca e ela
olha os dados estruturais, consegue ligar as câmeras internas, vê
que na detenção externa, estava Mac, olha pelas câmeras, e viu um
movimento quase desapercebido na refrigeração que Eon deveria
estar, poderiam ter pego outras crianças, não ser Eon.
Olha para a parte interna se isolando e compreende a ideia,
eles não teriam como manter a estabilidade da nave.
A gravidade interna favorecia a ausência de energia nas
partes metálicas, mas precisaria de um movimento no sentido
frontal, para não se desfazer.
O grupo de apoio a Kil falava em arrobar a parte de cultivo e
matar todos lá dentro, que eles estavam querendo sobreviver sem
ele, olha para as reservas de oxigênio, olha para a região das
alimentações e reservas ao fundo, algo estava esquentando lá, abre
as câmeras e vê gás tomando forma e queimando tudo.
31
Sil olha a distancia da detenção, que Mac se cuidasse, ela
destrava as portas externas do fundo, a pressão fez o resto, e a
grande força abriu no sentido do fogo, aquilo perdeu pressão e o
que era uma reserva de gás expande e explode, a nave inteira sentiu
o empurrão, o fogo avança pelos corredores, Sil calcula quantos
estavam fora e dentro da área de cultivo, e abre os corredores, e o
oxigênio sai, o frio espacial pega o grupo que falava em arrombar a
porta, os matando quase que instantaneamente.
Sil olha para a menina saindo da região das peças de vivencia,
olha quantos estavam por ali, vazias, as dispara ao espaço, deixando
apenas as estruturas sem peso externas para sobrevivência.
Senta-se, sua pressão estava caindo, ela olha os
instrumentos, as coordenadas, olha os flats de voo, todos travados,
olha o sentido que foram lançados, e olha os dados do espaço a
volta, olha para um escolha, planeta rochoso com agua, olha o sol,
não tão claro quanto o de seu mundo natal, gravidade 40% maior,
teriam de se adaptar, mas primeiro, chegar.
Começa a aumentar a pressão sobre 6 tanques de hélio, não
precisavam mais deles e não tinham motores, olha para os lacres
internos e fecha totalmente.
Assim que termina de ajustar as explosões, começa a ver se
conseguiriam, isola a área de naves de restauração, talvez
pudessem descer com elas, ou tentar pelo menos.
Sil pega o transmissor e grava uma pequena mensagem, para
transmissão externa e interna.
Senta, toma o remédio, a sua pressão estava descendo muito
rápido.

32
A menina se arrasta, fechou
a comporta as costas, e viu tudo
que estava antes da comporta se
soltar, indo ao espaço, olha para a
próxima comporta e acelera para
ela.
Estava quase saindo quando
sente uma mão a segurar.
A menina olha assustado, iria falar algo e viu o menino a
olhando, com a mão a boca da recém nascida ao braço.
Ela olha pela comporta e olha as pessoas correndo
desesperadas, tentando se safar.
Ela olha assustada vendo o pânico.
Os demais se afastam e Eon fala.
— Bem vindo ao nosso esconderijo.
— Mas é seguro aqui?
— Meu pai mandou esperar aqui.
— Quem é seu pai?
— Agricultor Mac.
— Ele não tentou lhe matar?
Eon levanta os olhos e fala.
— Não, não entendi, eles mataram os de nossa idade.
— Uma moça mandou eu entrar neste buraco, ela estava
sangrando, mas onde era minha peça de vivencia, não tem mais
nada.
— Acho que ninguém sabe o que está acontecendo, meu
nome é Eon.
— O meu é Liz.
Eon viu mais gente e ficou quieto, ele esticou uma manta
para a menina, que se cobre, estava ficando frio ali dentro.
Na parte baixa, alguns começam a se reunir e pensar,
nitidamente algo estava fora do contesto, todos viram as TVs

33
começarem a piscar, todas elas em contagem regressiva de
transmissão.
As pessoas começam a chegar a frente das mesmas, isto
acontecia quando se tinha uma Conversa geral, estavam todos
tensos, então algo a mais era importante.

34
Na nave Vivencia o
comandante Bris estava a
confirmar o concerto dos
encanamentos e olha para Fres.
— Problemas?
— Transmissão aberta a
todos os demais, vinda do setor 8,
que ficou para trás senhor, selo de ultima transmissão antes de
reposicionamento estelar.
O senhor olha os comandos, não sabia o que viria, mas saber
o que os demais fariam, era sempre importante.
Fres abre a transmissão, enquanto a mesma surgia em todas
as telas do setor 8.
A mesma mostrava Sil numa área toda destruída e com os
controles as costas ligados apenas no básico.
“Escolhidos do complexo 8, estou fazendo a ultima
transmissão aberta, pois fomos sabotados por alguns que não
querem nossa sobrevivência e quebraram todos os sistemas de
transmissão direta, recomendo a todos que vão a suas peças de
vivencia, pois estaremos acelerando no sentido de uma estrela
branca a pouco mais de 72000 Tlacs3, destino, terceiro planeta,
rochoso, mares rasos, atmosfera a 18% de oxigênio, não temos
escolha, ou chegamos lá, ou morremos tentando, acabo de travar
nossos comandos neste endereço.
A todas as demais, estou transmitindo nossa rota, e
velocidade, para não virem a nos acertar por engano, estou também
alertando que soltamos todas as capsulas externas, pois elas
estavam gerando eletricidade estática no girar da parte externa,
sem o controle de velocidade, não tínhamos como não sermos
eletrocutados por estre sistema, e como alguém o destruiu, ficamos
sem opção.

3
Quase 6 meses.
35
Aos que escolheram por tomar o setor 8, lhes desejo sorte,
pois todos vamos precisar, mas vocês mais que nós, pois todos os
demais, terão minha calma, vocês não.
Por ultimo, Eon, se tiver me ouvindo, desculpa, não quis lhe
assustar, estava assustada, devo estar sangrando a 17 tlacs, então
não devo sobreviver ao dobro disto, se cuida filho.”
Bris olha os cálculos de Sil e olha para Fres.
— Este planeta que ela mirou, tem possibilidade de vida?
Fres olha os dados, põem no sistema a procura, mira os
medidores e as lentes para o objetivo e fala.
— Sim, aparentemente, os dados ainda estão chegando, ela
não tem opção, mas podemos passar perto e verificar senhor.
— Muda o curso.
Na subdivisão 8, os demais viram a ex-engenheira falar e pela
primeira vez alguns pensaram ter um destino, alguns correram para
as peças de vivencia, sabiam que algo iria acontecer.

36
Kil chega a cela, os rapazes
a destravam, ao canto Mac estava
deitado, olha para Kil que fala.
— O que sua companheira
quis dizer?
Mac olha em volta, talvez o
único lugar que não tinha um
monitor de transmissão, Mac reparou que o sistema já lhe dava
peso, já tinha gravidade, então algo mudara.
— Sabe que não sei Kil, o que quer?
— Pelo jeito vim ver se poderia me alertar como parar os
choques, mas sua companheira o fez, mesmo sem saber que vai
morrer.
— Ela sabe Kil, ela pensa como muitos, ela vai a morte pela
sobrevivência dos demais, você não tem a coragem dela, a
diferença é esta.
— Pelo jeito quer morrer.
— O que mudou Kil, você está matando todos que poderiam
mostrar o quão idiota é, mas tenho pena destes que lhe seguem,
pois se um dia você perceber que eles são mais inteligentes que
você, os matam.
Kil olha com raiva e começa a sair.
Mac olha para os demais, hora de lhe deixar morrer, mas
sente a explosão, viu todos serem jogados para frente, Mac olha em
volta, viu uma arma lhe ser apontada por alguém caindo, se mexeu
rápido, se projeta a porta, passa sobre os que caiam, e empurra a
porta da cela quando passa por ela, a mesma sente a energia da
arma de choque, sua mão que ainda estava na porta parece
adormecer.
Mac olha para uma perna travando a porta, a empurra para
dentro, usando as costas, que sentem outro choque, pois estava
encostado a porta metálica.

37
Trava a porta e se afasta tentando sentir o braço que
amortecera, chega a uma aglomeração e pergunta olhando para a
TV.
— O que ela disse?
— Para irmos para as peças de vivencia.
— E o que estão esperando?
— Existe um grupo no corredor que não nos quer deixar
passar.
Mac olha para um rapaz e fala.
— Se não podemos ir as peças de vivencia, vamos para a
frente, pois a parte de trás estará mais frágil.
— E estes que nos barram.
— Não sei, não sei, pensei que éramos uma equipe, e todos
parecem perdidos.
A moça que estava com o grupo, olha para Mac.
— Não era o companheiro da engenheira?
Mac a olha e balança a cabeça afirmativamente.
— Ela disse que estava sangrando e morrendo.
— Sabe onde?
— Nos painéis de controle de passagem.
Mac indicou as partes frontais, e mudou de caminho.

38
Eon olha a imagem no
corredor de passagem e fala
baixo.
— Ajuda ela pai.
Uma lagrima corre no rosto
do menino e a menina fala.
— Tens pais especiais, a
maioria nem duvidou de matar os seus filhos.
— Muitos duvidaram, saltaram ao espaço, ouvimos muitos
tentando defender os filhos e sendo espancados e terem de ver a
morte dos filhos, deve ter ouvido isto.
— Pensei que fossemos o futuro.
— A lei deixou de valer, quando desacoplados, somos mortos,
e não existe lei aos mortos, a nossa natureza humanoide, tenta
sobreviver, mas se meu pai me defendeu, ele via isto diferente.
— E sua mãe nos jogará em um mundo.
— Ela me assustou, ela antes de desligar, me deixou claro
isto, pior, deixou claro a todos que estou vivo, temos de se cuidar.
Os dois se recolhem mais ainda no sistema de ar.
— Acha que eles vem?
— Somente quando for seguro.
— E sua irmã, ela está quieta?
— Ela fez coco, ela vai assar e não tenho como a trocar, ela as
vezes abre o berreiro, mas ela é uma guerreira.
A menina sorriu.

39
Os grupos que foram
afastados das peças de vivencia,
caminham no sentido do campo
de passagem, uma área ampla,
antes das passagens lacradas,
passagens que foram lacrando-se
após o desacoplar, portas tão
grandes e isolantes, que não eram feitas para se abrir, e não teriam
como fechar completamente com a nave ainda conectada.
Eles por segurança, foram aos trajes de passagem, muitos
olhavam quase sem saber o que fazer, em meio a um abandono,
ainda não lhes parecia real a informação que foram deixados para
trás.
Mac passa em um dos postos de atendimento, olha como
estavam, olha as informações, pega pouca coisa e caminha para a
parte lateral, frontal, onde ficavam os comandos.
Ele entra na peça vendo tudo revirado, olha em volta, não viu
onde Sil estava, olha a mancha de sangue no chão e vira-se rápido,
segurando a mão de Sil, que lhe acertaria.
Sil olha para Mac, ela estava fraca, pareceu tentar sorrir, mas
foi uma reação fria, e sem força.
Mac a pega no colo e começa a voltar pelo corredor.
Entra na enfermaria, trava a porta e a deita em uma maca, viu
que ela sangrava muito.
Baixa sobre ela o analisador de problemas, o equipamento a
analisa, passando uma espécie de luz, sobre ela, Mac nunca
entendeu o funcionamento daquilo, mas sabia operar, o
equipamento informa que ela estava com uma hemorragia vaginal,
mostra a instrução do que ele deveria fazer, ele pega um dos
equipamentos, ele não sabia se daria certo, mas com calma, insere
o equipamento e cauteriza onde o equipamento mostrava um
sangramento forte, retira o equipamento e a cobre, aplica um

40
regulador de pressão, e um antitérmico, ela parecia queimando de
febre.
Ele olha para ela frágil, nunca a viu frágil, sempre achou ela
mais forte que ele, mas sabia que ela passara por seus limites, o
remédio faz efeito e o equipamento começa a mostrar a pressão
dela subir um pouco.
Mac olha para o sistema de câmeras e repara que ela deixou
ativo, mas era obvio, ela esperava os demais lá, já que atrairia para
lá Kil e os demais.
Mac olha para ela, teria de a ver abrir os olhos antes de sair,
sabia que as coisas do lado de fora eram uma guerra, que nem ele
sabia como seria travada.
Ele sentiu a decima explosão desde que começaram a se
mexer, Sil achara uma forma de os fazer se mexer, e os acelerar,
estavam perdendo parte da estrutura, mas estavam andando.

41
Kil batia a porta quando
uma moça abre, ele olha para ela,
não conhecia, mas agradece, e
fala para os demais.
— Alguém me descobre o
que está acontecendo.
— Estamos acelerando,
pelo jeito a engenheira deixou acertado o curso, para quem iria
morrer aqui Kil.
— Me garantam que ela ainda está viva, pensei que era uma
inútil, mas parece saber mais que todos nós desta nave.
Os rapazes sabiam disto, mas como eles deram fim nas
crianças, e depois em alguns que se puseram no caminho, parecia
logico se livrar da moça agora.
Eles caminham e chegam a região da direção, Kil lembra de
ter puxado todos aqueles fios, alguns poucos ela ligou, apenas 3
controles, olha em volta, apenas velocidade, e curso, tempo de
chegada, tempo regressivo em tlacs, parecia uma boa chance, ou
uma única chance, olha o mostrador em 71988, mas girando e
diminuindo a cada momento.
Olha um dos rapazes e fala.
— A imagem do planeta é bonito, se tiver terra, com certeza
uma nova casa para todos nós.
Kil olha pela janela frontal, pega o visor e olha ao longe, vê a
grande nave de Bris fazendo a manobra longa, e fala.
— Merda, sempre tem gente querendo o que é para ser
nosso.
O rapaz olha pela janela e fala.
— O comandante deve ter visto a manobra e está copiando a
engenheira.
— Como vencemos eles Kil?

42
— Vamos encontrar esta engenheira, pelo jeito até este Bris,
não a dava o devido valor, e ela pode estar apontando ao acaso,
para um lugar porque tivemos problemas.
Os dois saem a seguir a mancha de sangue, olha a enfermaria
e olham para dentro, a moça estava na maquina de recuperação,
ela conseguira chegar ali sozinha, ele se admira e fala.
— Mac pelo jeito casou com uma guerreira.
— Este é outro problema Kil.
— Sim, um casal que domina as reservas de comida e outro a
estrutura para nos levar a algum lugar, temos de os persuadir.
— O que faremos?
— Achem as crianças.
— E se já mataram elas?
— Achem outras, as colocamos de costas numa sala e não
falamos nada, apenas induzimos.
— Acha que sobrou alguém?
— Sempre sobra, sabe disto.
Kil viu que estava travada, mas olha para dentro e fala.
— Mino, fica na guarda aqui, não deixa ninguém entrar, e
quando ela sair, quero falar com ela.
— Sim, vai fazer oque Kil?
— Achar alguém para trocar pela ajuda.
Mac eles não viam, mas estava encostado a porta, e ouviu a
conversa, olha para Sil, e fala.
— Tenho de achar nosso filho.
— Espero que estejam vivos.
— Kil disse para os procurar para ter uma moeda de troca,
não entendi isto.
— Ele vai querer algo, e pelo jeito, dormi, você não estava
aqui, quer dizer, onde estou?
— Enfermaria.
Sil sente uma queimação e pergunta.
— O que fez?
— Estanquei a hemorragia, e lhe dei algo para febre, estava
muito quente.
Ela encara Mac e fala.
— Obrigada, não precisava.
43
— Você nunca entendeu isto né Sil, não estamos aqui para
sermos felizes, na verdade esta caminhada está tão longa, que
foram 29 gerações para nós chegarmos aqui, não é questão de
gostar, e sim de aceitar, que se ninguém chegar a lugar nenhum,
nós, humanoides de Hons, do planeta Vida deixamos de existir com
espécime.
— Nunca pareceu se preocupar com isto?
— Acho que ambos nos dedicamos tanto aos nossos afazeres
Sil, que não parávamos para ficar bajulando um ao outro, somos de
mundos e profissões diferentes, como sempre disse, gostaria de que
nossa filha soubesse algo de engenharia, mesmo que fosse levada a
ser uma agricultora como o pai, acredito que manter a estrutura é
mais importante do que uma leva de batatas e fungos, pois se a
água escapar, não duramos 5 dias, já se tivermos água, que a
engenharia filtrou, armazenou e nos dispôs, podemos passar fome
alguns dias.
— E mesmo assim se dedicou a algo que não acredita?
— Temos estoques que bem controlados, nos levariam a
quase 90.000 Tlacs, sem uma colheita, minha função é garantir que
tenhamos duas colheitas neste intervalo, o que nos garante sempre
a possibilidade de um erro, e sobrevivermos.
— Sabe que eles vão pegar pesado.
— Sei, mas tenta os convencer de algo sensato, Kil não é
burro, mas sensatez nunca foi seu forte.
Mac abre uma grade de ar, estava de pé sobre uma mesa ao
canto, ergue seu corpo e sai por cima, caminha naquele túnel, olha
em volta afastando uma segunda grade, andar superior, sabia que
teria de chegar a região dos motores de rotação interna, local onde
estavam os grandes filtros de ar, e tudo mais.
Sil olha em volta, com uma determinação que lhe era clássica,
sobe na mesa, ajeita a grade no lugar, sente sua pressão ainda
estranha, estava toda estranha, desce da mesa, que não se via pela
escotilha, olha para a porta e a destrava.
O rapaz a olha e fala.
— Kil quer falar com você.
— Não pretendo ir a lugar nenhum.
O rapaz olha todo aquele sangue e fala.
44
— Está bem, sangrou demais.
— Acontece, mas apenas vou ao caminho do centro da nave,
Kil deve estar indo para lá também.
— Vai fazer oque?
— Garantir que Kil não perca esta nave por teimosia, não sei
como vocês seguem um teimoso, quando precisam de um líder.
O rapaz olha serio, mas sabia que a moça estava branca,
parecia doente, não duraria, sabia que muitos achavam que pessoas
assim tinham de ser mortos, mas parecia neste instante, a única
pessoa que ainda estava tentando os salvar.

45
Kil olha para o rapaz dos
registros e pergunta.
— Como é o nome do
menino de Mac?
— Eon.
— Deveria o ter acalmado,
acho que começamos errado, e
Mac não é alguém que volte a ideias anteriores, ele sempre vai a
frente, ele sabia que nos isolaria mesmo antes da Conversa, alguém
que vê a frente, mas não temos como concertar o problema
anterior, apenas o posterior.
Kil olha os projetos de distribuição de ar, e fala.
— Não sei qual, mas o menino deve estar com medo em um
dos encanamentos, se não morreu, está em um deles, mas todos
dão na região dos motores internos, área ultima a gerar
descompressão, ele mandou o filho a um lugar seguro, mas deve
estar com fome, deve estar sozinho, precisamos acha-lo e o
convencer a nos ajudar.
Eon estava deitado, olha para uma porção de pessoas,
chegando na parte baixa, olha elas olhando para os encanamentos,
olha para a menina e faz sinal para ela recuar um pouco mais, pega
a manta e cobre a região, e fala baixo.
— Eles nos procuram.
— Como tem certeza?
— Isto não é um bom sinal – Eon olha em volta e sabia que
logo tudo seria atravessado pelo som, olha pela escotilha as costas,
não tinha como sair, olha em volta e força com um pé a lateral, fez
barulho, que por sorte ecoou pelo lugar, as pessoas olham as
estruturas ecoarem e Kil chegava a região.
Ele olha os demais e um rapaz olha para as entradas e fala.
— O problema é que temos 500 entradas, e nem todas são
retas, duzentas delas para a parte interna, e 250 para a externa.
— Olhem com calma, não queremos que a criança se assuste.
46
Kil pega uma espécie de amplificador manual de voz e fala.
— Eon, não tenha medo, viemos ajudar, só precisamos saber
onde você está.
A menina olha para Eon e fala baixo.
— O que eles querem?
— Se minha mãe morreu, eles querem algo para segurar meu
pai, apenas isto.
— Mas podem ser amigos.
— Podem, mas quando meu pai me chamar, ai sim, saio.
Ele fazia força com a perna, para cima, olha para a placa
soltar, afasta ela lentamente, as pessoas começavam a olhar túnel
por túnel, olha a menina e fala.
— Eu passo primeiro, vamos para a direita, sobre o
encanamento e nos encostamos a parede, mas eu passo, me
alcança a pequena Mary, lhe espero encostado lá.
Eon sai, a menina lhe alcança a pequena Mary e parece ter
duvida se deveria ir, olha para o buraco acima, sai, ela passara
medo, sabia que as pessoas ali mataram seus filhos, sai, passa sobre
a placa e começa a ir no sentido que o menino falava, não o via, era
um canto escuro, quando apoiou o pé, a placa parece tender para o
lado, ela olha assustada, a placa começa a escorrer para baixo, ela
apura o passo encosta em algo e ouve a placa cair batendo em tudo,
Kil olha no sentido, não sabia onde, mas obvio, o menino ou algo
estava ali.
— Olhem direito, ele está por aqui.
Kil pega o comunicador e pergunta.
— Fala Mino.
— A moça está indo para ai, quer lhe falar.
— Já está andando?
— Não sei se ela está bem Kil, parece frágil demais, não pediu
nada, apenas falou que precisa evitar que perca a nave por
teimosia.
Kil sorriu e olha para outro rapaz.
— Vou ao corredor, me achem ele.
Sil caminhava firme, mas estava branca, ela passou por alguns
mortos no caminho, olhava a estrutura, pensava no que iria fazer,

47
olha em volta, não sabia o que Mac faria, mas estava na hora de
juntar forças, para sobreviver até o destino.
Kil olha aquela moça caminhando, ela não sangrava mais, mas
estava branca, e a mancha no uniforme estava ainda ali.
— Kil precisamos conversar.
— Fala.
— Onde decidamos e depois comunicamos. – Sil olhando os
demais a volta.
Kil olha a moça, a visão era de alguém frágil, não teria medo
dela neste estado, faz sinal e senta em uma cadeira em uma sala de
espera.
Sil olha para ele e fecha a porta.
— Quer sobreviver Kil?
— Todos queremos.
— Talvez eu não esteja entre os que sobreviverão Kil, então
estou dividindo com quem está no comando.
— Certo, esqueço que foi educada a garantir a sobrevivência.
— Sim, e se não trabalhar em conjunto com os demais,
ninguém sobrevive.
— Motivos?
— Quando vi a região que iriamos, precisava comunicar aos
demais, pensei que Mac não iria lá para me ajudar, se estou de pé é
que ele estancou a hemorragia, que já teria me matado, mas para
falar para os demais que tínhamos um destino, por infelicidade, as
demais divisões, entre elas a nave de Bris ouviu.
— Ele já manobra para ir para lá.
— Previsível, mas o problema é chegar, pois o planeta é duas
vezes Vida, tem espaço para muitos, mas conhecendo Bris, ele não
nos deixará pousar, ele nos tentará abater.
— Certo, quer que sobrevivamos, mas como podemos
sobreviver, ele tem sistemas de guerra, nós não.
— Primeiro segura o seu pessoal e para com as matanças,
temos comida estocada para 90.000 tlacs, e chegamos em menos
de 72 tlacs lá.
— Temos os estoques, quem lhe falou?
— Mac, mas tem de o fazer cair na real, você começou a
guerra, daria para chegar com todos vivos lá Kil, antes de falar com
48
ele começou a matança, que nos atrasara muito tempo, quando lá
chegarmos.
— Estava pensando em sobreviver, esqueci que tínhamos
saída ainda.
— Se Mac lhe alertou, e duvido que não o tenha feito, ele
tinha um plano, ele não fala Kil, ele induz a fazer.
— Certo, mas como sobrevivemos?
— Não falaremos que temos a comida, não queremos
preguiça e nem que os Agricultores parem para pensar, se eles
tiverem trabalhando, cabeças ocupadas não pensam besteira,
segundo, temos de reunir todo pessoal na parte central, mas sem os
matar Kil, seu pessoal daqui a pouco lhe mata, pois estão fora de
controle.
— Certo, os seguro.
— O comando das 3 partes desacopladas estão ainda
conectados por sistema, preciso de ajuda no comando, e paz para
conseguir nas próximas horas, conseguir ajustar as demais para o
destino.
— Não entendi.
— Kil, alguém dentro da divisão 9 começou o mesmo que
você, mas lá eles giraram a parte externa lacrando as capsulas de
ejeção, mas não giraram a interna, gerou a mesma grande carga
elétrica mas na parte central, eles queimaram de dentro para fora,
pois no centro está o oxigênio, e ele com eletricidade, explode Kil.
— E o que quer com isto?
— Vamos por os três no sentido do planeta, e quando
chegarmos próximos, Bris vai estar nos esperando, freamos
estourando algo frontal, e deixamos passar em rota de colisão com
eles a 7 e a 9.
— Ele vai nos tentar abalroar da mesma forma.
— Kil, se não estiver lá, pois não sei se terei este tempo de
vida, blefa, inventa, mas se eles nos atacarem, sinal que o planeta é
vivo, se chegarmos lá e eles tiverem partido, será um grande sinal
para não descer.
— Certo, se ele estiver lá, sinal que teremos uma casa, eles
são mais rápidos que nós, pensei que tinha morrido.

49
— Quase, e sei que teria me matado se não tivesse motivos
para me ouvir Kil, e sei que não quero vantagens, sei que eu chamar
Eon ali, o fará se esconder, pois eu pensei como você em pânico,
apenas Mac enxergou a possibilidade, que hoje se mostra real.
— Você o mataria?
— Sim, mas estava seguindo a regra de quem nos esperara,
para nos abalroar, mesmo tendo um planeta inteiro para povoar.
Kil olha para a porta, e ouve por fim.
— Tenta não fazer burrada, Mac é mais teimoso que você Kil,
deveria ter conversado, mas sabe que ainda está tentando algo que
não vai conseguir, se tivemos um filho, que ele treinou a ser um
agricultor e a mãe ensinou as bases da engenharia, um menino de
19 park4, ele mais 3 Park, teria sua companheira escolhida, outros 3
park, começariam a iniciar a substituição dos pais, se ele tiver a
mente da mãe e a teimosia do pai, não tem como o subestimar, e
colocar ele nisto, nesta hora, pode o fazer perder Kil.
— Não está dando muito valor a Mac?
— Ele não ficou lá para me cuidar Kil, ele acha que devo ser
mais importante que ele nisto, mas ele é teimoso.
Kil sai pela porta e fala.
— Detêm ela ai Mino.
O rapaz lacra a porta e olha para dentro, a moça talvez tivesse
razão, mas Kil foi aos seus e falou.
— Temos de conversar.
O grupo se reúne e Kil fala.
— Temos de segurar os dedos meninos, podemos querer paz,
mas precisamos de gente lá quando chegarmos. – Kil olha para trás,
como se querendo ver se os demais estavam ali, ouvindo, como se
fosse algo para os demais acreditarem, mas não faria.
— Sabe para onde estamos indo Kil?
— Sim, e alguém consegue algo para a engenheira, pois ela
tem um plano para nós pousarmos, já que Bris chegará lá antes de
nós, e ela parece querer ajudar que cheguemos, acho que a
perderemos no caminho, 72.000 tlacs é muito tempo.

4
1 park = 108.000 tlacs, tempo de gestação, aproximado dos Hons
19 park = Pouco mais de 14 anos terrestres.
50
— Certo, mas o planeta é habitável? – Das.
— Se for, Bris estará lá para nos derrubar, ela aposta que sim,
e sabe bem Dil, eles estão seguindo a regra que seguíamos até
pouco tempo.
— E como podemos enfrentar Kil?
— Por isto falei Dil, para manter ela viva, se ela conseguir
fazer o que falou, pode ser que sejamos os únicos a pousar.
— Me assusta assim Kil. – Dil.
— Dil, se Bris vencer, nós morremos, se nós vencermos, eles
morrem, quem vencer, povoará um planeta.
— Eles provavelmente já terão mandado levas para baixo
quando chegarmos.
— Menos mal, não seremos nós a matar os últimos de Hons.
O pessoal saiu e Kil olha para Mino.
— Consegue algo para ela comer, depois que ela comer, leva
ela aos controles, consegue um grupo para ajudar naquela bagunça,
vamos precisar de gente para ajudar.

51
Mac chega a parte superior,
olha para as naves de intercessão
lacradas, olha para os sistemas de
transporte de comida, agora sem
utilidade, pois já estavam
sozinhos.
Olhando sobre a nave,
daquela redoma cristalina, olha em volta, olha ao fundo o setor 9,
que eles chamavam de Deus 9 brilhar, olha em volta e olha para a
divisão 6 ao fundo, despedaçada, e a 7, aparentemente quieta, cada
uma com uma historia.
Mac olha o sistema e coloca na correspondência de Sil, o que
faria, ele usava isto para lhe dizer que hora estaria na peça de
vivencia, os dois evitavam se encontrar lá, cada um vivia sua vida,
cada um se dedicava aos filhos de uma forma, os sistemas de ejeção
eram bem específicos, ele liga os sistemas e vê que a 7 tem as
pessoas em estado de inercia, em suas peças, parecem esperar algo,
ninguém assumiu o caminho ainda, a 6, ainda existia as capsulas de
proteção, alguns choros, alguns no desespero, o que fazer?
A 9 pegava fogo, mas parecia que teria de encarar o destino,
olha para os sistemas externos funcionando, e os sistemas de
proteção funcionando.
Estavam se afastando da linha 7, e 9, a 6 estava bem distante,
olha a frente e olha a grande Vivência, a acelerar, sentido, algo que
teve de pegar um amplificador de visão, e viu aquele planeta azul,
com partes continentais, será que tudo aconteceu para eles virem a
aquele lugar?
Mac vê que existiam pessoas forçando a entrada, sai pelo
sistema de ar, descendo no sentido da nave. Pega o visor noturno, e
começa a sair.
Dil olha para os comandos ativos e olha para as naves de
interação inteiras, uma boa dica. Mas não tinha acesso, estava

52
pensando em como entrar ali sem arrombar, pois poderia perder
tudo.
Mac olha para o caminho e começa a descer, agora com o
visor, olha para baixo e olha seu filho, uma menina, não via a
pequena Mary, pois ela estava abraçada a frente do corpo de Eon,
que a esquentava com seu calor.
Ao chão, muita gente procurando, Mac olha para o lugar e
começa a andar pela sombra, Eon se assusta quando sente alguém
lhe tocar o braço.
— Calma filho.
A menina olha assustada aquele senhor que não conhecia e
Eon fala.
— Veio pai, a mãe precisa de ajuda.
— Sei disto, mas temos de sair daqui. – Mac alcança um visor
de escuro a cada um, pega a pequena Mary que reclama, e
começam a sair dali.
Entram em uma peça dois pisos acima, Mac troca a filha, lhe
dá de comer e ouve Eon o abraçar e falar.
— Obrigado pai.
— Achou alguém neste caminho?
— Pelo que entendi, a mãe mandou ela no meu sentido.
— Sua mãe sempre nos surpreendendo. – Mac.
Todos comeram pouco, mas com a pequena Mary trocada,
alimentada, começam a subir novamente, para a parte das naves de
interação.
Mac olha para o pessoal numa entrada, andam pelas sombras
e chegam ao cargueiro de comida.
— Vamos deixar a mãe? – Eon.
— Todos vamos ao planeta a frente, mas temos de chegar
vivos.
Eon olha para fora e olha aproximando a imagem pelo visor e
olha aquele planeta azulado, parecia um bom destino.
— Mas a mãe.
— Filho, primeiro a segurança, depois a guerra.
— O senhor falando em Guerra?
— Sobreviver é uma guerra, posso estar sendo a primeira
geração desde que saímos de Vida, que poderá viver seus 54 Parks.
53
— Uma guerra contra o próprio corpo. – Eon.
— Sim, mas lá teremos gravidade natural, não sabemos como
nos adaptaremos a isto.
Entram em um corredor de carga, e entram na grande nave
que corria sobre a estrutura, mas ali, depois de uns metros, não
existia mais a estrutura, seria espaço.
Mac aciona os comandos, aquele cargueiro acelera e vai ao
espaço, parecia querer voltar, pois estava indo no sentido oposto ao
do planeta.
Mac olha em volta, varias peças de vivencia ao longe, soltas,
ele olha os comandos e aperta os sistemas de ar para avançar,
passam ao longe da 7 e olha para a 6.
— O que vamos fazer pai?
— Sei que parece fora do padrão filho, mas para mim, a
missão é chegarmos a algum lugar, se meus filhos chegarem, todo
resto não importa.
— Certo, mas porque na que sofreu descompressão?
— Respostas rápidas, aqui tem comida, aqui tem
sobreviventes, aqui tem oxigênio, e não está no comando que sua
mãe tem acesso.
— Mas pensei que a ajudaria?
— Filho, para descermos, teremos sacrifícios, e espero não
ser nós a nos sacrificarmos.
A menina olha o senhor e fala.
— Eu sou a Liz.
Mac sorriu e falou.
— Vamos tentar nos comportar como sobreviventes, então
vamos ficar próximos, e não dispersar, consegue Liz?
— Tento, não sei se vamos sobrevier.
— Ainda estamos vivos.
Mac se aproxima, aciona o ar frontal, freando, com o
controle, começa a aproximar lentamente, olha aquele trilho surgir
a frente, lentamente põem o cargueiro sobre os trilhos e o sistema
interno não respondeu, estava sem energia, o cargueiro parou e
Mac apontou as roupas de sobrevivência, olha a pequena Mary e
fala.
— Consegue a por na parte interna filho?
54
— Sim. – Eon abraça a irmã, e coloca a roupa sobre ele,
aciona o sistema de ar, sente a veste inchar, e olha seu pai abrindo a
comporta, ele não sabia se tinha oxigênio na parte externa, então o
sistema antes sugou o ar, e quando ele abriu sem pressão, sinal que
não tinha ar.
Chegam a área das naves, Mac olha os comandos, olha para o
sistema, pouca energia, mas ainda conseguia desviar ela para ali,
coloca os sistemas de ar na região e olha para fora.
— Filho, o que vamos fazer, não está nos manuais, preciso de
toda ajuda precisa.
A voz metalizada do capacete fez ele apenas balançar a
cabeça.
A menina vendo o senhor a olhar concorda com a cabeça.
A luz acende, e o sistema começa a passar ali o que vira no
sistema da divisão 8, olha para a estrutura e fala.
— Ar em 4 minutos crianças.
O sistema começa a girar a parte interna, depois a externa, as
partes que estouraram começam a se lacrar, os corredores centrais
estavam todos ok, Mac somente nesta hora olhou para o filho, abre
a viseira e fala.
— Sua mãe foi uma guerreira, pois ela saiu da base sobre a
divisão 2, onde fica o comando, e atravessou até a divisão 8,
sabendo que iriam desconectar, mesmo antes de lacrar, pois não
tem como se lacrar antes de desconectar.
Mac começa a lacrar a parte frontal, e olha os comandos que
Sil fez, olha o sentido, olha para longe e aciona o primeiro filtro de
hélio, isola a região e a explosão os coloca a andar lentamente,
põem no sistema o calculo de Sil, e torce que servisse para aquela
parte também. Sente a grande estrutura começar inverter a
estrutura.
Mac olha para o controle e aciona o sistema de conversa,
para todo o grupo 6, queria saber se alguém ainda estava vivo.
Eon sorri quando surge mais de 70 confirmações, e inicia a
conversa.
— Sou Mac, do grupo de agricultores, estamos invertendo o
sistema de navegação para um planeta próximo, a comunicação
esta retida a parte interna, pois não sabemos qual a resistência de
55
outras divisões referente à nossa sobrevivência, temos comida para
90.000 tlacs, e nosso destino esta a pouco mais de 72.000 tlacs, mas
precisamos estar vivos para chegar lá.
— Estou ejetando todas as peças de vivencias que piscarem
na tela, se está dentro de uma dela, venha para o centro da nave,
para outra peça de vivencia, com seus familiares, todos,
precisaremos de todas as vidas para recomeçar no planeta a frente.
Um senhor olha para Mac e fala.
— Porque nos alerta, não é da divisão 8?
— Viemos ajudar, demoramos para entender os sistemas,
não somos engenheiros, mas a divisão 9 queimou de dentro para
fora, matando os sobreviventes, antes de chegarmos lá.
— Mas não temos motores.
— Pode ter certeza senhor, estamos andando, e a cada 12
tlacs, estaremos com uma explosão que nos gerara a velocidade
necessária para chegarmos lá.
— Mas porque soltar as peças de vivencia?
— Porque existem peças com pessoas vivas que estão em
pleno funcionamento, e peças que nos podem gerar uma nova
explosão, não adianta ir ao caminho da sobrevivência e morrer ao
caminho senhor?
— Agradeço a ajuda senhor Mac.
— Estamos em alerta vermelho, e sairemos dele apenas em
72.000 tlacs, então todos em alerta, agradeço ajuda, os sistemas
estão selecionando as reservas, não sobramos muitos, mas
podemos chegar a um destino e tentar uma leva de sobrevivência.
— Estou falando por mim senhor, vamos travar no planeta,
recomendo todos pegarem a leva de sobrevivência para 72.000
tlacs e se isolarem em suas peças de vivencia, quando o sistema
chegar a área de lhes soltar, serão ejetados, está tudo no
automático, não temos mais o que fazer pela nave, se vier alguém
após, ignorem, hora de sobreviver, hora de montar uma nova casa,
em um mundo distante, hora de termos uma terra para viver.
Mac desliga e Eon olha o pai com orgulho.
— Está salvando pessoas, pensei que estávamos indo a
morte.

56
Liz olha o senhor e fala.
— Lá éramos caçados, aqui ainda tem jovens em idade
criança como eu e seu filho. – Liz.
Mac olha o sistema e vê a mensagem vinda de Sil, que parece
não acreditar no que ele falou.

57
Sil caminhava escoltada,
estranhou lhe darem de comer,
estranhou muita coisa, pois ela
ameaçara bem os que lhe
conduziam ao controle local,
chega ao lugar e olha para os
cabos, olha um rapaz e fala.
— Todo aquele painel, arranca e põem na área de recicláveis.
— Mas o que eram estes comandos?
— O que permitiriam eles controlar nossos sistemas de lá.
— Acertamos neste ponto? – Kil entrando.
— Nem tudo consegue conspirar contra a sobrevivência.
— Queria dizer que estou de olho, não achei ainda Mac, mas
dizem que algo saiu ao espaço, não sei se ele seria maluco a este
ponto.
— Se ele saiu ao espaço Kil, é um peso e um problema a
menos, tem algo contra isto?
— Os agricultores ainda estão isolados.
— Sabe como eu Kil, que eles estão lá porque queremos eles
ocupados, deixa eles.
Kil sorriu, os demais se olham, sem entender.
Sil olha as coordenadas e olha para uma mensagem na sua
caixa de mensagens, ele não seria tão irracional assim, pois todos
veriam isto.
Sil abre o comunicado e olha para Kil.
— Como falava, ele é imprevisível Kil.
— Ele está onde?
— Chegando a subdivisão 6.
— Ele acha que consegue oque lá?
— Você o colocou medo, um ponto a você, isto nunca
consegui com ele, sinal que ele viu mais do que eu, isto não é bom.
— E deixou seus filhos aqui?

58
— Não fala sobre isto, mas ele tirou os comandos do 6 do
nosso controle.
— Ele pretende oque?
— Não sei, mas ele já está lá, acaba de pousar.
— O que ele pretende lá?
— Lá ele tem a mesma quantia de comida que aqui Kil,
sobreviver.
Sil vê Kil se afastar, Mac ter saído não era uma boa dica, sabia
que Kil veria aquilo, resolveu abrir não por opção, apenas para
parecer estar no jogo, passa uma mensagem com instruções de
segurança, e olha para outros dois.
— Vamos precisar de alguém cuidando das naves, precisamos
de um grupo lá, colocando as naves nos abrigos, para se formos
atacados não perdermos elas. – Sil olhando Kil.
— Acha que podem nos atacar?
— A qualquer hora, mas evitamos também que mais alguém
queira pular fora ou voltar sem sabermos Kil.
— E como os demais estão?
— Estou montando um sistema que vai dar a posição da
divisão 7 como sendo a nossa para Bris.
— E Bris não a segurou lá?
— KIl, em uma crise, pode não entender isto, mas confio mais
em pessoas como você, Mac, do que em Bris, e todos aqueles
comandados, eles são a elite, os escolhidos, a cada geração
mandam umas famílias a mais para as plantações, para tentar
chegar num futuro com uma única família, como sendo um novo
império, sabe disto, todos sabem.
— Confia e me ameaça?
— Bris poderia estar ouvindo.
— Certo, mas porque me ameaçou.
— Se Mac não me tirasse de lá, e me estancasse o sangue, eu
estaria morta, e Bris teria de temer quem estava aqui Kil, você
pensa no ontem, acho que nisto Mac e eu temos a única coisa em
comum além de duas crianças, pensar no futuro dos que nos
cercam, não nos que ficaram para trás.
— E porque pensando a frente, Mac iria a outra nave.

59
Sil olha o sistema, pensa, não lhe havia passado esta ideia
antes, mas fazia sentido.
— Uma nave tida como vazia, destruída, inerte, isolada, e que
cabe todos os daqui, passando para lá, e esperando todas as
burradas de Bris.
— Acha que ele está pensando na frente?
— Ele passou a mensagem, o que diz ela Kil?
Kil olha para a mensagem, e fala.
“Avisa Kil que temos a retaguarda, mas para ele parar de
matar quem é nosso recomeço.”
— Mas porque ele defende tanto seus filhos?
— Você não é retardado Kil, você só teve um filho, nós
estávamos prestes ao nascimento do segundo, então pelo sistema,
ele já passou pela nulotificação, ele não deixará outros herdeiros,
isto é covardia sua, se nulotifique e depois mate as demais crianças,
se tiver coragem.
Muitos a volta olham a moça, ela não era de meias palavras,
mas ele entendeu o motivo, se eles matariam todos as crianças,
acabariam no futuro matando todos que não pudessem gerar a
nova geração.
— Ele não parou para argumentar.
— Vocês não ouviram esta argumentação, sabe disto Kil, você
pessoalmente matou quantas gerações, que se extinguiram, pois
eles não gerarão novos, eles simplesmente transformarão nossas
descendências tendendo a um problema de genoma futuro.
— E mesmo assim acha que ele vai nos abrir uma porta?
— Ele a está abrindo, o que você está fazendo Kil?
— Como ele lhe aguentou tanto tempo?
— Horários diferentes para evitarmos brigas desgastantes.
— E ouvi gente dizendo que ele teve sorte em ter uma
companheira engenheira, entendo ele querer ficar longe de você.
Sil olha para Kil, falar o que se quer, gera isto, se ouve o que
não se quer.
Ela começa a dar as coordenadas e o conjunto 7 e o 9
começam a se mexer no sentido do planeta, Kil olha os demais ao
longe e fala.
— Você pelo jeito sabia o que fazia lá.
60
— Como disse, levamos sorte, e odeio Sorte.
— Por quê?
— Eu controlava aqueles índices, de pressão desde que
assumi o cargo, pensei que Uine, tivesse aprendido, pois já tive que
me afastar a primeira vez, então era manter os níveis, pelo jeito
ficaram falando mal de mim e esqueceram dos números, mas se
tivesse acontecido depois, eu já teria sido morta, Mac não sei se
enfrentaria isto sozinho, precisa de muito calculo isto.
— Eles pelo jeito vão ao planeta por não confiar nos números
e nos demais.
— Minha semente seria tirada de lá Kil, o meu posto, seria
tocado por alguém que nunca entendeu o que aconteceu, pois não
estava olhando o básico, talvez a insistência de Mac em educar Eon
em parte na engenharia devesse ter sido seguido por todo que se
afastou do comando.
— Educaram aquela criança a ser oque?
— Mac sempre o chamou de Sobrevivente.
— Mac sempre foi a união que não estamos conseguindo.
— Tentou o passar para trás Kil, deveria estar pronto para
isto. – Sil olhando o sistema, dando coordenadas.
Os sistemas internos começam a pegar instruções da Vivencia
e olha para Kil.
— Depois teremos de nos preocupar.
— Fala.
— Os sistemas de Bris acabam de confirmar, planeta
habitável, com 40% de terras firmes, os dados preliminares
apontam para mais espécimes do que tínhamos no Vida nativo, de
bilhões de Parks do passado.
— E porque teremos de nos preocupar?
— Começa a guerra Kil, começa a guerra, eles são os
escolhidos.
— E o que faremos?
— Não sei ainda, estão pedindo uma Conversa, para
posicionarem-se, Bris vai convencer os demais que devem nos tirar
do ar.
— Você descobre o lugar e ele vai lhe matar?

61
— Acha mesmo que em algum sistema vai constar que eu
achei algo, que eles que roubaram nossas coordenadas Kil?
— Não, mas o que faremos?
— Me deixa trabalhar, vou ter de acelerar os demais.
Sil coordena a instalação frontal, na parte central de um
sistema de gases, e Kil sentiu a explosão, a redução da velocidade.
— O que está fazendo? – Kil.
— Deixando os demais tomarem a frente.
— Quem vai chegar antes?
— A divisão 9, que todos estão mortos.
— Mas o que ganhamos com isto?
— Calma, tenho de pensar, imaginei que Bris nos esperaria lá,
ele é mais ambicioso, ou temeroso, quer nos matar aqui e avançar
com calma.

62
Mac estava dentro de uma
das naves de proteção, ao lado
dele no comando estava Mary
dormindo em uma espécie de
cadeira para recém nascidos, olha
para os comandos e fala pela tela.
— Como está a posição
piloto Eon?
Eon olha a nave que está e fala.
— Não sei pai, os comandos de ligar funcionaram, mas não
sei se voar é fácil?
— Na Duvida desliga.
— Certo.
— Como está a posição piloto Liz?
A menina olha os comandos, estava assustada, encantada,
estava em uma nave, e fala.
— Ligada e pronta para arranque.
— Os tuneis vão abrir a frente, acelerem com calma, a
entrada é mais complicada do que a saída.
— Tem certeza pai?
— O meu sobrevivente está com medo?
— Sim.
— Bom sinal, medo mostra os perigos, vamos com calma.
O túnel a frente se abre, Eon olha para o motor, leva a
alavanca a sua frente e desliza rapidamente.
Eon sai desviando algumas peças de vivencia que pareciam
seguir no mesmo sentido, mesmo tendo sido ejetadas.
— Comandando, peças de vivencia a toda volta da nave.
— Vai com calma e as contorna, vai com calma Liz.
A menina vê o sistema se abrir e segundos depois estava a
desviar algumas peças de vivencia também, Mac salta por ultimo e
fala ao comando.
— Coordenada 26 no sistema.
63
Os demais olham e colocam as coordenadas e começam a ir
no sentido da nave bem distante a frente, estavam no espaço a
acelerar quando Sil olha para Kil e fala.
— Mac com 3 naves está indo no sentido da subdivisão 9.
— 3 naves, quem mais está lá?
Sil coloca as imagens dos pilotos e Kil olha desconfiado.
— Seu filho sabe pilotar?
— Acredito que os três estão aprendendo.
— O que ele vai fazer?
Sil olha a mensagem e a abre.
“Estou indo no sentido da que estiver a frente, armaremos as
defesas, para que quem chegar perto, tenha resistência, mesmo
que automática.”
Sil apenas olha para Kil e pergunta.
— Eu treinava alguns pilotos, pois podemos precisar colocar
naves no ar Kil.
— Não entendi.
Sil coloca a imagem de fundo e pergunta.
— O que vê?
— Nada.
— A divisão 6 avança com os sistemas isolados, as luzes
apagadas, e os sistemas afirmando, todos mortos.
— E se preciso acha que devemos recuar e esperar a guerra?
— Podemos os convencer que morremos Kil, o que seria
quase uma carta de credito a chegar após e pousar.
Kil sai dali com alguns e Sil olha para os sistemas, não teriam
como aterrissar na divisão 6, Mac fez pela região de carga, pois era
possível abrir a mão o caminho.
Ela olha os sistemas e olha os rapazes subindo a área de
lançamento das naves, Kil os abandonaria, seria uma sorte, mas
achava que não.
O rapaz ao lado dela fala.
— Eles vão nos abandonar? – Mino.
— Todos querem sobreviver, mas calma Mino, estamos longe
das brigas, perto e longe, fisicamente longe, temporalmente, para
quem já passou um grande espaço de tempo no espaço, muito
perto de um fim, ou um recomeço.
64
Kil olha para os demais e olha Dil e fala.
— Vão lá, não façam como aqui, apenas assumam o
comando, se tiver alguém vivo, estarão isolados, pois parte do
sistema deles estourou, então vamos usar como esconderijo, e
preciso saber se é seguro antes de mandar mais gente para lá.
— Vai mesmo os mandar para lá?
— Adianta chegar meia dúzia de homens no planeta Dil?
— Não, mas vamos ter problemas de ordem lá?
— A ordem é que tentará cair sobre nós.
Dil e um grupo de 10 naves decolam no sentido da divisão 6.

65
Mac aproximasse
lentamente da área superior da
divisão 9, olha em volta, muitas
peças de vivencia, deveriam existir
sobreviventes assustados e com
fome ali.
Desce lentamente, vê que
alguém tentara arrombar a parte superior e passa ao filho.
— Me de cobertura Sobrevivente, deve existir gente no ar.
Mac abre o radio e fala.
— Mac para sobreviventes do setor 9, estamos indo de
encontro a vocês, para os ajudar, se tiver como se comunicar e abrir
uma conversa, aguardamos para saber como ajudar.
Mac olha a sombra sobre ele, uma nave de carga, ele usara
uma, abre o comando para o filho e Eon no radio fala.
— Recuando 1 e 2, comandante, sobre você, parece uma
nave de carga comandante.
Liz olha para Eon, pelo espaço e vê ele falar.
— Comando 3.
Ela clica e sente a nave diminuir e veem a grande nave sair de
suas cabeças, ficando sobre a de Mac, a frente.
— Mac para nave de carga, como podemos ajudar?
Mac não recebia resposta, e sente que algo estava muito
errado.
Eon olha para a manobra, seu pai começa a contornar e
começa a girar em volta da nave, ela era umas 200 vezes maior que
a pequena nave.
Eon sorri para Liz e faz um sinal para cima, e começam
lentamente a subir, passam sobre a nave, rostos olhavam
assustados para aquelas naves.
— Sobreviventes sem comunicação comandante. – Eon.
— Quem pilota Sobrevivente?

66
— Os motores estão desligados Comandante, eles ejetaram e
estão a deriva, andando junto com a composição por inercia.
Mac pensa, e passa uma ordem a Eon.
— Sobrevivente, acha que consegue pousar?
Eon olha para Liz que fala.
— Tentamos, devemos estar tão assustados quanto eles.
Eon aproxima-se da cúpula estourada, por onde saiu a nave,
ela disparou contra a estrutura, não tinha sistema de ejeção, ou se
tinha ninguém sabia o ligar, aproxima e os jatos de ar abaixo da
nave, a estabilizam e pousa, com calma auxilia nos comandos Liz
chegar a eles.
A área não tinha ar, então estava vazia, Eon olha para o
comando e fala para seu pai.
— Comandante, pousamos.
Os dois veem a nave do pai chegar e pousar, o olhar daquela
nave imensa, deveria estar lotada de gente, que vendo o fogo
correu para onde parecia uma saída, mas sem pilotos, sem nada,
ejetaram ao espaço e as paredes queimadas, dava a sensação de
quem ficou morreu.
Mac põem o uniforme, coloca a pequena Mary junto ao seu
corpo, põem o uniforme e sai para a parte externa, olha para o filho
e o mesmo olha para fora, parecia tenso.
Mac olha para outras naves no ar, não pareciam amistosos,
eles viram eles chegarem, não abriram comunicação, Mac olha para
o filho e para a menina e fala pelo sistema interno.
— Saiam das naves, é mais seguro.
As duas crianças começam a sair da nave, talvez o tamanho
deles tenha deixado alguns ao ar na duvida, mas Mac fez sinal para
andarem, e caminham até um sistema queimado ao canto, olha
para a estrutura, abre a porta e se tivessem fora dos uniformes,
teriam sentido o ar passar por eles com um cheiro de queimado,
olham para dentro, corpos carbonizados.
— Onde comandante? – Eon.
— Temos um sistema respondendo, se eles acham que
podem ficar ali, não entendem o que está acontecendo.
— E as naves?

67
— Filho, tem uma coisa que os Hons tem de entender, como
animais, não nos adianta chegar a um novo mundo.
Liz olha o senhor, não sabia o que fariam, estavam ali por
algum motivo, mas o que fariam não sabiam.
Mac abre uma comporta e começa a descer, ar saiu e o frio
espacial entra por onde eles entraram esfriando tudo, encolhendo o
que havia dilatado.
O sistema interno estava intacto, olham para os sistemas
internos e o sistema de armas de defesa começam a ficar a vista, se
as naves ao ar achavam que iriam os atacar, começam a recuar.
O sistema de comida, todo perdido, as células internas de
vivencia estavam com pessoas mortas, cozinharam na parte interna,
os sistemas funcionavam, o frio entra apagando tudo, esfriando, o
sistema explode mais uma reserva e aceleram mais um pouco.
— O que está acontecendo pai?
— Sua mãe, achando que todos estavam mortos, acelerou
eles para serem os primeiros a chegar.
— Mas porque ela priorizaria os mortos? – Liz.
— Ela conhece como ninguém o comandante Bris, ela deve
achar que ele vai os atacar, então se ela falou com Kil, esta hora
alguns chegam na divisão 6, e acelerando a 9, será a primeira linha a
ser atacada.
— Quer dizer que ele nos quer mortos também? – Liz.
— O que disse lá atrás vale Liz, se vamos chegar a um mundo
como animais, não precisamos da tecnologia que levamos com nós,
mas se alguém quer garantir que estejamos mortos, temos como
sobreviventes, a obrigação de sobreviver.
Mac aciona o sistema da nave que estava ao ar, e traça o
curso no sentido da nave 6, um ponto no negro espaço indo a outro
ponto negro no espaço.
As naves no ar veem que a nave grande começa a se afastar,
talvez não entendendo o que estava acontecendo, as pessoas olham
a nave se afastar, não entendiam, mas teriam de aguentar um
pouco mais, talvez nem todos sobrevivessem.
Mac abre o comunicado interno e fala.
— Estão sendo conduzidos para uma nave habitável,
mantenham a calma, temos de sobrevier antes, guerrear depois.
68
Os nas naves ouvem aquilo e um pergunta.
— Mas vamos para onde?
— Para a nave que avança no sentido do planeta, que não
vemos daqui, mas Bris deve chegar lá antes de nós.
Mac fecha a comunicação e olha para o filho.
— Vamos esperar eles saírem, e vamos blefar.
— O que faremos pai?
Mac sorri, os sistemas externos, após esfriarem começam a
gerar a proteção contra abalroamento, a nave brilha no escuro, os
cargueiros começam a se posicionar nos hangares de lançamento,
Mac olhava para a sua tela esperando a resposta de Sil.
Eon olha para Liz e fala.
— Vamos começar a voltar.
Mac concordou com a cabeça, e os dois começam a subir.
Mac vê a filha acordar e chorar, estava com fome, teria de
chegar a nave antes de qualquer coisa.
“Parte foi para a divisão 6, temo pelos demais”
“ O que faço Sil, para defender o todo?”
“Não os quer matar, é isto?”
“Éramos 9 mil, tínhamos a chance de gerar uma continuidade,
a cada mil a menos, reduzimos em 20% a chance, pois 3 mil não
gerariam descendentes saudáveis Sil”.
“Eles talvez não concordem com você.”
“Eu votei por não nos separarmos, sabe disto!”
“Um idealista, e não me apresentou este ser antes”
“Odeio falar com quem me olha com nojo”
Sil olha para os demais, estava em meio aos que não gostava,
talvez tenha tido sorte, e não os demais.
“Mas perdemos mais de 2 mil.”
“Trezentos estão indo no sentido do setor 6, lá outros 70
ainda vivem”
“Quantos quer salvar Mac?”
“Todos que conseguir Sil! Mas preciso de ajuda.”
“Existe um sistema de agrupar das salas de vivencia, se tiver
alguém vivo dentro, pode os conduzir.”
“Me passa os comandos.”
Sil passa os comandos e olha para Kil entrando e desliga.
69
— Pensei que fugiria. – Sil.
— O que tanto falava ai?
— Me inteirando do que Mac pensa, já que não o conheço
direito, embora tenhamos dois herdeiros genéticos.
— O que ele acha?
— Que se menos de 4 mil chegarem ao planeta, nem adianta
chegar, nos extinguiremos da mesma forma, ele quer ajuda a salvar
a espécie Kil, não ele.
— E como ele quer fazer isto?
— Uma pergunta que ele me fez, como posso o ajudar com
isto, ele acaba de resgatar 300 sobreviventes no setor 9, os
mandando para o setor 6, onde apenas 70 sobreviveram, então com
nossos novecentos e trinta, temos apenas mil e trezentos
sobreviventes, como podemos sobreviver Kil?
— Pelo jeito terei de pensar em como manter vocês dos
vivos, pois um desafia o outro a pensar, estão reunindo
sobreviventes, mas quer dizer que os 5 mil que vão lá, estão muito
próximos de um numero perigoso.
— Sim, não esquece que a formação agronômica de Mac é
genealogia, ele quer a sobrevivência da espécime Hons no universo,
ele não sabe se mais alguém sobreviverá, ele pensa com o que tem
a mão, não com os demais.
— E acha que devemos montar um grupo na 6 da mesma
forma?
— Sim, pois Mac pode não gostar do fim da espécime, mas
ele quer muito menos morrer antes de seus 52 Parks.
— E o que podemos fazer para salvar a “espécime Hons”? –
Com ar de deboche.
— Começa parando de matar Hons, não sabemos ainda quem
pode ser a peça chave genética que nos salvará da extinção.
— E o que ele vai fazer?
— Procurar mais sobreviventes, provavelmente armar as
defesas da divisão 9, ela já brilha e ele está colocando os cargueiros
todos em espera para saltarem ao espaço.
— Não entendi.

70
— Mortos não tentam fugir Kil, somente vivos tentam fugir,
se sair uma leva de cargueiros disparando ao espaço, mesmo com
tudo desligado, as naves os vão seguir até estourar tudo.
— E como vamos salvar os demais, não sei se concordo com
isto.
— A divisão 6 é bem para quem quer se esconder Kil.
— Não sou um covarde.
— Mas sabe, das poucas coisa que sobraram da nossa
historia, é que dos covardes, muitas vezes se fez o futuro, todos os
que ficaram para enfrentar o fim do planeta, provavelmente estão
mortos, os covardes fujões podem sobrevier, e espalhar os Hons no
espaço.
— E o que fará?
— Não sei, provavelmente quando for livre, pois ainda estou
presa, posso pensar em como sobreviver.
— Não sabe conter a língua na boca?
— Talvez encarando a possibilidade da morte, a covardia da
morte, acreditei que os demais votariam pela nossa vida, mas os 5
mil de lá, voltaram contra nossa vida, você votou pela nossa morte
Kil, uma votação simples que poderia gerar o concerto, sabia que as
chances eram pequenas de ficar lá, mas forcei uma conversa, para
expor o problema, e dar a todos a chance de fazer o certo, um
agricultor, que estava ao meu lado e nunca olhei, se mostrou mais
pronto a enfrentar e a defender a continuidade, que os dirigentes
no comando, eles terem nos ouvido, nos estabelece uma chance Kil,
se eles fossem para outro lugar, e chegássemos com perto de mil e
quinhentos sobreviventes ao planeta, teríamos muito pouca chance
de sobrevivência.
— Fez de proposito?
— Não pensei nisto Kil, quem me falou isto foi Mac a pouco,
por mensagem, pedindo uma ideia, ele não quer a sua vida, quer
que a espécie continue.
— Detenham ela.
Mino olha desconfiado e fala.
— Kil, ela tem razão, temos de nos unir nesta hora.
— Vai me desafiar Mino, agora?
— Não foi um desafio, mas tem de entender.
71
— Prendam os dois.
Mino viu que os demais o desarmaram e os prenderam, Sil
sorriu quando os prenderam.

72
Mac dá os comandos e as
peças de vivencia começam a se
agrupar, lembra de uma imagem
histórica, que mostrava elas sendo
agrupadas no espaço para que
fossem colocadas nas Vivencias,
estava em uma delas, mas não
sabia se alguém chegara a algum lugar, não tinha ideia se
sobreviveria, dá os comandos, trava a segurança e começa a subir
novamente, chega na parte das naves, olha para as duas naves
externas, e passa uma mensagem ao filho.
— Se afasta um pouco Sobrevivente.
As duas naves se afastam, Mac aciona uma grande nave de
carga, ela abre a lateral, ele entra na nave de proteção, a pilota para
dentro da de Carga, fecha as comportas e vai a direção do cargueiro
e sai ao espaço, lentamente, o sistema olha o agrupar das peças de
vivencia, não teriam mais que 1000 tlacs de tempo de ar, deveriam
estar a uns 500 tlacs naquele espaço.
O sistema externo do cargueiro liga os cabos magnéticos,
uma espécie de corda magnética, capaz de puxar muita coisa, Eon
olha para o trabalho, olha que havia pessoas olhando aquilo nas
peças, alguns sorrisos, mas ainda estavam longe de um local
saudável a vida.
O Cargueiro começa a andar no sentido da área 6, sabia que
teria resistência na chegada, esperava que os demais se
contivessem, suas esperanças estavam na espécime racional,
embora em crise, geralmente o louco que sobrevive, o ser capaz de
coisas terríveis.

73
Dil desce no hangar da
divisão 6 pela área de Carga e olha
em volta, estava inteiro como a da
8, olha o sistema, não entendia
muito, mas parecia tudo normal,
um rapaz olha para ele e alcança o
comunicador.
— Fala Kil.
— Não sei como vamos aguentar esta engenheira, ela é
insuportável Dil.
— Mantem a calma Kil, aqui parece ter sistema, esta tudo
pronto, mas porque me liga.
— Mac mandou para ai uma leva de sobreviventes da nave 9.
— Quer dar fim neles?
— Dil, me confirma com alguém que entenda, Mac
convenceu a esposa que com menos de 3 mil não sobreviveremos,
como espécime, ela parece concordar com ele, mas dai teríamos de
não matar estes que nos são peso.
— Eles estão querendo viver Kil.
— E se não for isto Dil, sabe bem que Mac é teimoso, mas
pelo jeito, casaram ele com alguém que tem nojo dele.
— E quer que faça oque Kil, não viemos aqui para verificar a
possibilidade de nos escondermos aqui?
— Sim, é possível?
— Sim, reservas de oxigênio, de agua, comida, todas
disponíveis.
— Sobreviventes?
— Mac não deixou estes dados disponíveis Kil.
— Ele sabe como pensamos, mas o que faremos Dil?
— Mantemos os planos.
Kil estava no comando quando viu Mac, que tentava uma
resposta por mensagem com Sil, tenta o contato visual.
— Vivo ainda amigo? – Kil respondendo.
74
Mac olha em volta e olha para o rapaz.
— Onde esta Sil?
— A mandei prender, não gostamos de inúteis.
— Se mata então Kil, tenho pena destes que lhe seguem, e
sabe disto, mas não é um Hons para falar para eles que lhe seguindo
estão mortos.
— Acha que acredito no que disse?
— Não sei oque ela lhe contou, precisava de uma resposta
dela, mas se não está ai, vou ter de encarar que ela está morta, pois
todos que estiverem na nave que você está, estão mortos, mesmo
não sabendo estar, mas se não tenho com quem trocar uma ideia
Kil, me deixa fazer a parte suja.
Mac desliga e põem o filho em uma linha e fala.
— Se mantem no ar, estou deixando o cargueiro indo, mas
preciso que não esteja lá quando eu chegar lá filho.
— O que vai fazer?
— Filho, se eu um dia me for, seja forte, sobreviva, estou
deixando no cargueiro a Mary, ela conta com você filho.
— Não faz besteira pai.
— Seja forte, mas sabe que não desisto fácil.
Mac sai do controle, deixa ali a pequena Mary, na sua cadeira
berço, ele a beija a face, fecha sua roupa, sai pra a parte externa,
abre a comporta externa, entra na nave, e sai no sentido da divisão
6.
Mac olha para os comandos e aciona pela nave a abertura de
todas as comportas externas, os senhores na parte do hangar,
olham assustados, o ar sai zumbindo, o som some, o frio entra
junto, Dil olha os demais, que tentavam se armar, caírem mortos,
Mac esperava sempre que não tivesse ele extinguindo a espécime
humanoide Hons.
Mac sabia que havia duas naves ao ar, esperando os demais
chegarem, covardes diria ele, abre comunicação com todos os
rádios abertos, todos ouviriam o fim, sua morte se fosse o caso.
— Mac para naves a volta da divisão 6, qual a ordem, posso
me aproximar?

75
Os dois pilotos não viam de onde ele vinha, o escuro total,
dizia que vinha de um lado, mas todos estavam aprendendo a se
entender com os controles.
— Não é bem vindo Agricultor Mac.
— Pode me chamar de Sobrevivente Mac, então posso os
tirar do ar?
— Acha que deixaremos estes que vem ai comer nossa
comida?
— Sempre digo que é escolha de cada um ser um Hons, ou
um nic.
Mac olha as naves que passara o acompanharem e uma abrir
contato.
— O que esta acontecendo Mac? – Um dos pilotos da nave de
proteção do cargueiro da divisão 9.
— Gente querendo se apoderar da comida que teriam como
dividir, apenas para nos deixar morrer. – Mac.
Mac se surpreende, pois viu uma leva de naves decolarem de
cima do grande cargueiro e em formação ir de encontro as duas
naves, que nem viram quem os atingiu.

76
Sil olha para Mino e
pergunta.
— Porque falou daquela
forma com Kil?
— Todos sabiam que ele era
do grupo de pessoas ligadas a
sobrevivência, Mac era outro, mas
parece que a divergência foi grave, pois quando chamaram a
conversa, lembro de Mac falar com ele e com Dil, depois com Fron,
que não vejo, deve ter isolado o pessoal do setor 9, mas quando Dil
e Kil se posicionaram todos pensaram ser realmente o processo
correto, pois eles eram a ordem da sobrevivência, mas depois viram
que Mac não estava entre eles, e Fron não era citado, mas a maioria
vai seguir Kil e Dil as cegas.
— Eles nunca entenderam, se nem eu entendi o quanto Mac
é frio e calculista quando quer, cuidadoso quando quer, e na
maioria das vezes, inclinado a grandes sacrifícios por uma ideia.
Sil chega ao canto e fala.
— Me ajuda aqui.
Mino olha para ela e pergunta.
— O que quer fazer?
— Não deixar Kil fazer burrada.
— Ele parece querer matar todos.
— Ele deve ser o grande problema de Mac, ele considerava
Dil e Kil amigos, mas obvio, amigos no sentido me de agua terá
agua, me de sede, terá sede.
Sil solta a placa e se espreme por ela, olha para Mino que
fala.
— Eu fico, não adianta eu lhe seguir moça, eu sou um peso.
Sil olha o rapaz, não sabia o que falar, sai dali e pega um
corredor, entra na divisão estrutural, ali poucos entravam, caminhos
de atalho, mas apertados, para manutenção, olha para a escada,
ainda não estava bem, mas sentia-se um pouco melhor, sobe com
77
calma por longos 50 metros, não se via a altura, pois era muito
estreito, e de tempos em tempos, a cada andar, havia uma saída.
Ela sobe até a ultima saída, olha para o canto, pega uma veste
externa, não sabia como estava ali, sai dali e chega a central de
comunicação alta, grava uma mensagem, trava para passar em
poucos tlacs, olha em volta e aciona o travar do sistema de defesa,
o sistema de decolagem e pouso fica livre, e o conjunto de naves
começa a desce as suas bases de recolhimento, lança um cargueiro,
entendeu o que Mac faria, o sistema de peças de vivencia dali
deveriam estar perto do fim do oxigênio, então o cargueiro dispara
ao espaço, enquanto o conjunto de peças de vivencia começam a
ser atraídas por ele, as viu se afastando, mas a verdade a nave
continuava a acelerar, sente uma explosão, que os colocava a cada
momento mais próximo do destino, ou do fim.
Sil sobe na única nave no hangar, ela decola, os sistemas
abrem deixando a área toda desprovida de oxigênio, e na
temperatura externa, decola aprendendo os comandos, dando uns
trancos.
Sil estava no ar quando abre comunicação com Mac.
— Sil chamando Mac.
Mac ouve e parece não acreditar, pois via o pequeno Eon
pousando o grande cargueiro, as naves entrando e as grandes
proteções fechando.
— Mac para Sil, fale.
— Kil enlouqueceu, sei que você confiava nos loucos, mas ele
está a fim de matar todos.
— Sabe onde estamos Sil?
— Sim.
— A esperamos aqui.

78
Na divisão 8, as telas
internas as peças de vivencia,
assim como as dos corredores
mostravam a contagem
regressiva, Kil tentou impedir
aquilo, pois tinha quase certeza
ser Mac, e não o queria dar voz.
Kil tentava deter a ida ao ar quando vê Sil a tela.
— Sobreviventes do setor 8, não tenho boas noticias, Kil que
escolheram como líder, está maluco, eu não destravava suas peças
de vivencia, ele esta os lançando sobre a nave de Bris, não sei a
ideia dele, mas ele mandou-me prender para evitar isto, escapei
apenas para lhes alertar, quando ouvirem um choque, segurem-se,
se preparem, as peças de vivencia são feitas para aguentar
reentradas, então podem resistir, mas tudo que estiver a volta,
estará destruído.
Sil olha para os dados do computador.
— Que tenhamos sorte, desejo a todos os companheiros de
viajem que sobrevivam, sabem que eu não tenho peça de vivencia
mais, então se a sorte os proteger, pode ser que me proteja, mas
todos fiquem alerta, estamos todos em alerta vermelho, e como
sabem, acelerando.
Ela aproxima-se da câmera e termina.
— Boa sorte a todos.
Kil olha tudo se lacrando, todos olham para ele assustados e
um pergunta.
— O que ela quer dizer com isto?
— Ela acredita que queremos matar todos os outros, e que
não devemos fazer isto, ela vai nos matar para que não façamos.
— Mas ela não está certa?
Kil olha para o rapaz, sim, ele queria matar a todos, mas
parecia que ele não entendia da ideia, ele e alguns correm para os

79
corredores, sobem para o hangar, olham a região toda isolada,
vazia, sem sistema, e ouvem a explosão.
Kil olha os comandos ao longe do hangar estourarem, e
começa recuar, ele não sabia o que ela havia feito, mas esquecera
que ela coordenara tudo, ela podia já ter como plano os matar a
todos, ela queria a sobrevivência da espécie, se uma batalha tinha a
chance de liquidar a espécime, o acabar com a batalha, parecia
fazer sentido.

80
Fres olha para Bris e passa a
transmissão para a tela interna e o
comandante olha pra ele e
pergunta.
— Isto é real?
— Existe uma nave
acelerando desesperada para cá,
não sei oque ou qual é, mas é uma
que tem sistema de proteção ativa, e acelera através de algum tipo
de empuxo, aos saltos, nossos motores são por aceleração
constante, não aos socos, eles tem acelerado senhor.
— Vão nos atingir.
— Estou calculando senhor, nos falta alguém para estes
cálculos, mas parece que tem uma chance de nos acertar, eles vem
por trás senhor, podemos ter de os desviar.
— Coloca naves no ar, quero saber o que esta acontecendo.
— Pelo jeito Sil sobreviveu, algo aconteceu, pois temos radio
bem fraco, como se fosse algo se afastando de nós, e a nave vindo
com força.
— As demais?
— Sumiram senhor, devem estar estáticas ao espaço.
— Me confirma.
— Sabe a dificuldade disto senhor.
— Sei, mas prepara todos, se vamos estar em meio a um
maluco, melhor nos preparar para os destruir.
— Eles estão apenas antecipando as coisas senhor.
— Eles não votaram pela destruição, mas podem vir a mudar
de ideia, com este ataque infundado.
— Eles não achavam possível que eles chegassem antes
senhor. – Fres.
— Verdade. Mas alerte os seguranças, para se posicionarem,
as naves, vamos ver, eles pediram um tempo para pensar, para não
sentirem-se mais culpados, mas agora pode ser que tenham um
motivo a nos apoiar.
81
Mac coordena o reanexar
das peças de vivencia, o que assim
que se conectavam, começavam a
ter oxigênio novamente.
As pessoas começavam a ir
a suas funções, pessoas em
corredores isoladas estranham o
movimento, a divisão 6, a que fora abandonada a sorte estava
voltando a vida.
Mac olha para Fron saindo de uma das naves e lhe olhar.
— Fron, como estão as coisas?
— Tentando entender, não era para ficarmos e morrermos?
— Quer morrer? – Mac.
— Não, mas quando Kil falou em matar meus filhos, isolamos
a 9, estávamos ainda pensando em como fazer, quando algo nos
desconectou da 8, o que foi um alivio.
— E o que aconteceu depois?
— Alguém errou no calculo de giro, as pessoas foram ficando
tontas, tentamos as por em cargueiros, um decolou, o segundo
vimos queimar no hangar.
— Oxigênio com eletricidade, quase aconteceu na 8 também.
— O que pretende aqui Mac?
— O sistema de Vivencia, estabelece uma confirmação, o
planeta a frente tem vida, tem terras firmes, mas logo a seguir, ele
pediu uma conversa sobre como defenderiam a Nova Hons, como
eles denominaram, dos excluídos que iam para lá.
— Como eles saberiam que vocês iriam para lá?
— Sil calculou um trajeto para nos chocar com o planeta, Bris
deve ter calculado para onde estávamos indo e olhado.
— E onde está Sil?
— Vindo ai.
— Então estamos indo para um planeta vivo, e Bris não nos
deixará descer.
82
— Pensei que ele nos esperaria lá, dai ele teria de nos caçar,
pois as peças de vivencia saltariam na reentrada, e nos
espalharíamos.
— E porque foi a divisão 9?
— Verificar, vimos o fogo, acho que todo céu escuro viu,
pensamos em lhes lançar a frente, para Bris nos abalroar.
— Estão se escondendo então?
— Quem vai olhar para a divisão 6 Fron?
— Ninguém, mas foi triste, pensei que morreríamos no
cargueiro, ninguém nem olhou para nós.
— Sabe que somos educados para que alguém sobreviva,
mesmo que dando nossas vidas por isto.
— Sei, mas acha que escapamos?
— A divisão 9 vai direto ao planeta, a 8 numa espiral pela
direita e a 6 por uma espiral a esquerda, mas temos de ainda
verificar a 7.
— Acha que eles sobreviveram?
— Tem muita gente lá, só não sei quantos Fron.
Mac olha a nave se aproximando, o imenso cargueiro, com
uma imensa leva de peças de vivencia, que entra na lateral ao
fundo, que se abre e se fecha, todos veem as peças com pessoas
olhando para fora, como se tentassem entender o que estava
acontecendo.
Sil desliga a nave e olha para fora, abre as comportas laterais,
respira fundo, sai pela porta e erguer as mãos quando saia da nave,
pois alguns a apontavam a arma, tudo cortado pelo olhar de Eon
para ela, desconfiado.
— Não vai me abraçar filho?
Eon caminha, estava com Mary a mão e a abraça.
— Bom ver que estão se dando bem?
— Esta é Liz, dizem que você a mandou na minha direção.
A menina olha Sil e sorri.
— Sim, esqueço que vocês são pegajosos, não nos largam. –
Sil falando referente a forma mais informal que os Agricultores se
abraçavam e se cumprimentavam.
Sil caminha até Mac e fala.
— Temos de conversar.
83
— Assim que reconectar todos, estão próximos de morrerem
sem oxigênio.
— Sempre pensando nos outros, mas precisamos conversar.
Mac fez sinal para ela entrar e ela olha para a peça e olha
para ele desconfiada.
— O que quer Sil?
— Saber se entendi o que pensou, pois nós dois estamos
jogando, cada um seu jogo, e podemos uma hora um matar o outro.
— Sil, eu não sei o que estou fazendo, estou reagindo de
acordo com seus atos, você se mostrou perdida, tinha de agir antes,
não poderia ficar lá discutindo com alguém que nem me olhava.
— Certo, demorei a entender que éramos pra quem mata
crianças, todos descartáveis, mas o que estamos fazendo, falou que
quer a sobrevivência da espécie e está jogando uma nave sobre a
Vivência?
— Se tivesse acabado, tudo bem, mas ainda temos Kil no
comando lá na 8, temos ainda o pessoal da 7 abandonado a sorte, e
ao medo, temos um comandantes que é capaz de escolher quem vai
descer, e quem pode morrer na nave.
— Teme mesmo isto.
— Sabe que sempre estranhei as naves de ejeção automática
externa na parte central e frontal ser apenas as externas, e lá não
conter um agricultor sequer.
— Teme por algo que não tem como interferir.
— Sil, eu posso não ter como interferir, mas se os puder
resgatar e salvar, o farei.
— E que papo é este de por nosso filho em uma nave a
pilotar?
— Melhor que morto, não acha?
— Ele é valente, inteligente, se puxou a teimosia da mãe, vai
só se meter em encrenca. – Sil.
— Pelo menos pegou as coisas boas da mãe também, mas o
que quer falar de urgente?
— Temo pelo pessoal dentro das estruturas internas do setor
8, as explosões para fazer acelerar, tendem a deixar a parte interna
maior, que é a região de cultivo, mas frágil.
— E isto vai acontecer em todos os setores?
84
— Sim, pois são estruturas feitas para serem um conjunto
puxado, não empurrado.
— E o que podemos fazer neste sentido?
— Não sei, precisaria trocar uma ideia, com quem faz
cálculos, mas eles não me dariam os dados. – Sil se referindo ao
pessoal da nave Vivência.
Mac a olha e fala.
— Então continuamos como estamos, agindo cada um num
sentido, tem dado certo.
— Sim, sabe bem o que sinto.
— Nunca soube, e não tentei lhe explicar nunca o que sentia,
deixar claro Sil, sei que não era a sua escolha, sei que não sou a
escolha de ninguém, ter as mãos de um agricultor, não é algo para
qualquer um, mas como falo, nossa aliança é até pousar, dai você
pode seguir a vida que bem entender.
Sil olha para Mac, ele desvia o olhar e sai, ela fica a olhar os
demais o darem passagem e pensa o quanto aquele rapaz nunca lhe
fez sentir, ou mesmo a forçou a nada, estava ali, mas ainda longe, se
ela o queria longe, ele ficaria, ele não estava ali para viver, parecia
saber que corria os riscos.
Eon olha a forma firme que seu pai saiu da sala lateral, olha
para Liz e pergunta.
— Nunca os entendi.
— Eles são lideres, impostos em postos inferiores, ambos
tendem a avançar, mas é difícil terminarem juntos Eon. – Liz.
— Não sei o que eles sentem, mas quem sabe o que é sentir?
Liz sorri.

85
Mac decola no sentido do
setor 7, outras 3 naves o
acompanham, chegam a entrada
superior, toda apagada, descem,
Mac fala para os demais
aguardarem, mas naves, o sistema
fecha as costas, o sistema começa
a os isolar, e o ar toma o lugar, os demais descem vendo as luzes
surgirem.
— O que faremos? – Fron.
— Ver se estão seguros, verificar os sobreviventes, e como
maior grupo, deve ser o ultimo a avançar. – Mac.
— Brigou com Sil? – Fron.
— Nunca fomos um casal, mas acho que estou próximo de a
lhe dar liberdade, apenas precisamos chegar lá.
— Ouvi que ela que achou o caminho, a saída, estávamos
todos achando que morreríamos.
— Ela sabia onde estávamos no espaço Fron, imagino quantos
mundos passamos próximo, e nem pensamos em chegar perto, pois
isto é uma determinação do comando, que parece querer se manter
no comando.
— Mas ela olhava.
— Ela parece alguém especial, mas ela não vê em mim um
companheiro, o problema não é ela, sou eu Fron.
— Num mundo sem opção, lhe deram uma parceira, mas a
vida a dois, é muita vez evitada, mas isto não é o normal?
— Talvez, para que sentir, para que pensar, para que ser um
Hons, não gostei de ver centenas de crianças mortas, isto ainda dói
Fron, e sei que o errado nisto sou eu, dizem ser a morte a coisa mais
natural aos Hons, mais natural do que a própria vida.
Ele faz as programações e os sistemas de giro e distribuição
interna de oxigênio parecem se normalizar, os sistemas de comida

86
estava protegidos, os sistemas de purificação da agua começa a
funcionar, e Fron olha.
— Estudou tudo para estar neste lugar.
— Tinha 12 Parks quando me disseram que me uniria a uma
engenheira, tentei aprender o básico, mas nunca consegui nem que
ela me olhasse como gente, imagina como alguém inteligente.
— Parece magoado.
— Sempre falei, mas ninguém me ouvia, pois sempre
achavam que estava reclamando demais, pois tinha uma
companheira engenheira.
— E o que faremos?
— Vamos ver como estão os sobreviventes. – Ele ativa as
telas de conversa e espera as confirmações, sendo que as
confirmações nunca incluíam as crianças, pois elas não votavam, o
numero de 997 confirmações fez Mac sorrir e Fron falar.
— E todos os deixariam morrer?
— Sabe que a regra é alguns se sacrificarem pela
sobrevivência, não sei quem os isolou, mas quem o fez, lhes
garantiu a vida, vejo que houve mortes de jovens em corredores
quando do rompimento do setor 6, que deve ter congelado os
corredores, onde as crianças observam o dia.
— Pensar que eles que estavam mais próximos do risco da 6,
vão ser o grupo de maior sobrevivência.
— O grupo que já sabia pelas mortes, que iriam os isolar.
— E mesmo sem gravidade, sem pressa dos agricultores,
estão vivos.
O fechar da condição deles aos demais, gera uma sensação de
morte aos demais, mas foi a ideia que Fron e Mac passaram, como
se fosse uma área a não iriem, o grupo iria no silencio, agora com
oxigênio e comida.
Mac olha para o sistema e olha para o sistema.
— O que podemos deixar pré programado, já está, agora
vamos a guerra.
— Vai onde?
— Volta com o pessoal, minha parte suicida é para agora
Fron, cuida dos demais, você tentou, sei que levaram azar, mas você
e a 7 estão quase na mesma velocidade, vão chegar o destino por
87
ângulos diferentes, quase 12.000 Tlacs depois da Vivencia, cuida dos
demais.
— Vai onde?
— Tentar uma trégua com o amigo mais teimoso.
— Quer mesmo salvar todos.
— Sim, quero.

88
Kil estava ao comando
quando vê um pedido de contato
e olha para a nave chegando.
— Mac para Kil, pedindo
permissão para descer na divisão
8.
Kil olha para a imagem
surgir, ele estava em uma nave simples, sozinho, e pensa no que
estava acontecendo.
— Deve saber que estamos sem sistema de pouso Mac.
— O hangar está aberto ou fechado Kil?
— Aberto.
— Está no comando frontal?
— Sim.
— Chego ai, precisamos conversar.
— Vai querer conversar?
— Quer mesmo atravessar uma nave maior com todo seu
pessoal.
— Acreditou mesmo nesta maluquice?
— Não sei, mas onde eu fui, constatei mortes, deveríamos
durar 90.000 Tlacs, estamos morrendo em menos de 600 Tlacs.
— E acha que consegue entrar?
— Eu morro tentando Kil, não sou um covarde.
A nave descia no hangar, silencioso, ele desce em sua veste,
no lugar de ir a primeira comporta, olha para o corredor de serviço,
desce a primeira leva de escadas, passa pela porta de
descompressão, deixa ali sua roupa espacial e desce para o andar do
meio.
Passa pela porta de serviço e caminha no sentido dos
controles, viam portas arrobadas e pessoas mortas, olha aquele
grupo e fala.
— E querem que tenha pena de vocês?
Maic, um rapaz do grupo olha para Mac e fala.
89
— Eram trastes.
Mac olha o rapaz morto com a companheira e a filha, e fala.
— Igor era um bom técnico de agricultura, e você Maic, o que
é, quem são os burros que vão carregar os arados agora na mão,
quando os arados mecânicos travarem e não tiverem técnicos?
— Pensa que vai viver.
— Quero alguém me tirando a dor, de ter criado este grupo,
para sobrevivência, sabe que isto que estão fazendo não tem nada
haver com o que falávamos, não são burros, e como alguns falam,
talvez o melhor caminho seja os matar a todos, acho que entendi a
posição de Sil somente agora.
— Aquela engenheira damos um jeito.
— Não duvido, ela se lançou daqui, deu o aviso e pulou no
sentido da Vivencia, ela fez seu trabalho, alertando eles e deve ter
conseguido um local para viver.
Ao fundo um grupo chegava a eles, Kil olha para os mortos,
olha para Maic e fala.
— Não falei para pararem?
— Vai querer parar agora Kil?
KIl olha para Mac e fala.
— O que veio fazer aqui?
— Alertar, mas parece que não merecem o alerta.
— Porque não mereceríamos?
— Morte de pessoas uteis, estupro de crianças antes de as
matares, estupro de mulheres de bem, para diversão antes de as
matar, e pelo ritmo, todos mortos antes de chegar a grande batida
de suas vidas.
— Não tenho pena de animais, eles são peso.
Mac pega a arma as costas e encosta em sua cabeça, e fala.
— Vim ajudar, mas realmente, não merecem ajuda.
— Não vai ajudar seus filhos?
— Estão todos na Vivencia nesta hora Kil, um acordo de Sil,
com eles, um preço pelo que eles não sabem.
— E veio assim mesmo?
Mac olha o corpo de Igor e a esposa ao chão e fala.

90
— Igor era mais útil que eu, olha o que estão fazendo Kil, não
é burro, esta matando a todos, o que esta fazendo, isto é covardia,
não era para você sobreviver e todos morrerem o acordo.
— Não entendeu, nós temos como sair agora.
— Tem?
— Acha que podem evitar que eu saia daqui e coordene o
mesmo na 6?
— Acho que não é um Hons, para encarar Fron, pois Dil
morreu tentando lá.
— Pensei que este estava morto.
— Porque Kil, isto que queria entender antes de puxar o
gatilho e acabar com meu sofrimento.
— Você não vai se matar.
— Eu sou um Nulo, sabe que não somos mais uteis, só queria
saber por que Kil?
— Acha mesmo que Bris vai deixar sua amada viva? – Kil
pensa – Verdade, ela é útil, mas acha que ele não sabia do grupo, eu
e alguns aqui somos infiltrados, temos nosso lugar lá, e vamos
matar todos antes de voltar para lá.
Mac sorriu, afasta a arma a frente, parecia olhando ao longe
estar em sua cabeça, mas estava afrente da cabeça, ele puxa o
gatilho, os demais olham descrente e veem o corpo cair, a bala
atingir uma comporta externa, uma janela externa e começar a
descompressão.
Mac segura no chão, pega na porta segurando a respiração,
entra na peça ao lado e a lacra.
Kil olhava Mac, viu ele puxar o gatilho, o corpo cair, não
entendeu, quando viu o ar saindo, os demais olham assustados, o
frio entra pela comporta que primeiro deixou ar empurrar a bala,
depois a descompressão puxou a porta, e tudo no corredor foi
sendo puxado.
Mac olha os demais segurando-se e congelando ao local, olha
para o corredor de subida, sobe novamente, põem a sua veste.
Com calma ele entra em cada peça, foi verificando onde cada
um estava e chega a região do comando e olha para dois rapazes o
apontar a arma.

91
— Espero serem gente de Bris, como eu? – A frase os fez
olhar incrédulos.
— E Kil?
— Chegando ai, agora peguem suas vestes externas, pois
quem não estiver nas vestes vai morrer. – Mac.
Os rapazes sorriram, foram a peça ao fundo e colocaram suas
vestes, estavam ali quando Mac fecha a porta, eles não entenderam
até a outra abrir e eles serem puxados para fora, e ficarem lá
flutuando.
Mac estava perdendo gente, mas o ver Igor morto com a
esposa, lhe veio uma culpa, não fez o suficiente para os defender.
Por um momento pensou se Sil não era um deles.
Mac não queria acreditar nisto, mas a ação dela, o nojo por
ele, o fez pensar se no fim, não era alguém infiltrada, olha para ele
ao reflexo externo e respira fundo.
Mac assume o comando e olha para os dados e cria uma linha
para Vivencia.
— Mac do setor 8 para Vivencia, acabamos de tomar o
controle, mas não temos como sem ajuda desviar da Vivencia,
precisamos de ajuda.
O comunicado se repete, Sil na estrutura da 6 ouvia aquilo e
olha para Fron.
— O que ele falou?
— Porque quer saber?
— Ele parece desligado, suicida mesmo.
— Ele tem duvida de sua utilidade, ele acha que não é mais
útil, que tem de dar liberdade a você e seus filhos.
— Porque ele pensaria isto? – Eon com Mary ao colo, sem
saber o que estava acontecendo.
Fron olha as crianças e fala.
— Ele se achava essencial, mas se temos um destino com
comida, deixa de o ser, ele já deixou seus herdeiros Eon, vocês para
ele são a importância, não ele.
Eon fecha a cara e sai, ele parecia triste, Sil sai olhando para
Fron, mas esta era a forma de educação interna, sem mentiras, sem
poupar nada, e Sil abraça o filho e fala.
— Fala filho, sei que precisa falar.
92
— Ele não pode se ir mãe, ele não me ensinou nem o básico.
— Pensei que fosse o melhor em cultivo?
— Ele nem me ensinou a purificar agua ainda mãe, não me
ensinou os sistemas de descompressão, nem a estrutura das
bombas de funcionamento de agua.
Sil olha o filho, ela nem sabia aquilo, Mac queria criar um filho
para todos os problemas, o abraça e fala.
— Calma, ele acredita que precisa de mais sobreviventes, ele
não está lá pelo que Fron falou e sim pela duvida se conseguimos
chegar filho.
— Ele tinha medo de que no fim, você nos matasse mãe,
porque ele tinha este medo, mesmo quando embarcou?
Sil olha o filho e fala.
— Temos de conversar filho. – Ela senta-se e ele senta-se a
sua frente.
— O que precisa falar mãe?
— Quando fomos educados, fui preparada para ser uma anti-
resistência, quem me colocou nisto foi meu pai, mas na estrutura da
Vivencia a uma geração, era dividida em dois grupos, o pró
Sobrevivência, e o pró Vivencia, eu fui criada no pró Vivencia, seu
pai no pró Sobrevivência, quando me colocaram no sistema de
casamento com um agricultor, sabia que seria uma estrutura da
Vivencia de espionagem, onde deveria passar os dados para os
demais, para que a Vivencia sobrevivesse como estrutura.
— Não entendi.
— Seu pai era tido como um revolucionário anti-império?
— Que mal tem nisto?
— Na visão de seu pai, nada, na visão da Vivencia, tudo, ele
sabe que sou pro Vivencia, mas ele nunca falou, ele queria apenas
viver, ele não era o que eles acharam, mas somos educados a
entregar nossa vida pela Vivencia, eu não sou como seu pai, eu
acredito na serventia, ele na liberdade.
— Mas porque nos mataria?
— Kil age como um infiltrado da Vivencia, mas nenhum sabe
do outro, se não nos declararmos, eu não me coloquei como
alguém da Vivencia, mas Kil me analisa como alguém da Vivencia,

93
pois fui educada lá, mas todo resto, eles vão tentar matar, seu pai
está lá, pois ele tem amigos lá, e Kil os quer todos mortos.
— Mas porque mãe?
— Quando soltei o alerta, não pensei que Kil era um deles,
mas como eu o dei, considerarão a ameaça, mas se Kil disse não ser
ele a causa, eles podem mandar reforço para nos matar filho.
— Mas nos mataria?
— Eu fui criada no nojo filho, não tenho como explicar para
você o que sinto por seu pai.
— Não respondeu.
— Eu criei nojo de vocês filho, sabe disto, porque tem de
ouvir isto de mim?
— Sempre me neguei a acreditar, Mac nos querendo fazer
engenheiros para lhe agradar e você nos tendo nojo mãe?
— Ele nem me falou de sua formação filho.
— Adiantaria?
Sil olha o filho, ela balança a cabeça negativamente, ela não
ouviria ele, ela tinha nojo do que lhe fora imposto, e não da pessoa,
ela olhava as pessoas ali tentando não ter nojo, mas tinha, mesmo
quando via a posição de Kil, que era a dela, não conseguia não ter
nojo, ela olha o filho e fala, ela estende as mãos.
— Me ajuda a mudar filho, talvez tenha perdido seu pai por
esta criação.
— Como pode não gostar de quem a dedica cada dia da vida
mãe, alguém que se dedica a entender toda estrutura de uma
divisão, pois aos 12 Packs, lhe informam que seria companheiro de
uma engenheira, como consegue ignorar que ele é o melhor
geneticista de toda a Vivencia?
Eon a abraça e fala.
— Como mãe?
Sil não sabia, a visão dela ainda era referente a Mac de
alguém a ser odiado, alguém que se mostrou para ela apenas agora,
ela tenta ver algo diferente, mas ela nunca reparou.
Os dois voltam ao comando e a mensagem repetida passava e
sentam-se ali a ouvir.
Mac estava sentado, olhando em volta, havia perdido quase
300 membros daquele grupo, considerando que Sil havia resgatado
94
76 deles, com 92 crianças, em suas peças de vivencia sorri, talvez
ele precisasse deste pensamento, ele liga para o setor 6;
— Mac para Sil, Preciso uma posição.
Eon olha a mãe e ela atende.
— Sil para Mac, sabe que eles podem ouvir.
— Sei Sil, estou aberto para eles ouvirem, mas queria dizer
uma coisa.
— Fala.
— Se eu não voltar, cuida e os ensina a ser bons engenheiros,
pois talvez sejam mais uteis que os agricultores que um candidato a
rei não valoriza, até passar fome e morrer.
— Tenta voltar Mac, eu não fui sincera.
— Sei que és pró Vivencia, não entrei nesta existência para ir
contra eles, sabe disto Sil, não fui eu que provoquei um estouro
quando você estava descansando, não fui eu que lhe ergui pelo
pescoço para dizer-se candidato a rei, eu apenas queria lhe mostrar
que os agricultores eram importantes, mas também menti para
você, querendo mostrar que achava vocês importante, mas aqui
encima, são, lá embaixo, eles serão mais importante.
— Bobo, um dia teríamos que conversar, mas não em canal
aberto Mac. Sabe que toda a sobrevivência Hons, está em jogo, mas
o único capaz de ergue a sobrevivência acima de uma posição social
foi você, mas tem um menino a minha frente, pedindo para que
fale, que precisa de você aqui.
— Somente ele? – Mac.
— Eu ainda tenho de aprender a não ter nojo dele, esta
conversa é difícil Mac, ele me olha estranhando, mas fomos
educados para isto, os demais nunca terão acesso a esta gravação,
mas não existe democracia, se em um grupo de 9 mil, mais de 6 mil
são educados a ter nojo dos 3 mil que trabalham nos cultivos,
comem o que vocês produzem, e tem nojo de suas mãos grossas e
seus cheiros de mato.
— Fica a dica Sil, se não estiver lá, posso apostar, mas tenho
quase certeza, o mundo cheirara mais forte que eu, a mato.
Sil sorriu, se tivesse vida, seria uma grande chance, o que
seria do cheiro a este estado, uma geração e tudo mudaria.
— Se for isto Mac, em uma geração, terá vencido a guerra.
95
— Não quero guerra, sabe disto, nem entendo esta palavra,
acho que tudo a nossa volta é sobrevivência, mas não no sentido
que eles pregam, nojo a quem defende a vida deles, acho que
mesmo eu fui enganado por este grupo, eles mataram o grupo na 9
girando o sistema cada um em um sentido, eles mataram pessoas
como Igor e sua esposa, violentando a moça antes de a matar, as
cenas são horripilantes aqui, sei que o santo do Bris, apoiou
algumas, sei que a engenharia deles teria como se posicionar para
nos liberar aos poucos, covarde matou crianças aos corredores por
um crime, que antes da votação seria hediondo, e não muda por
terem decidido nos largar, ninguém escolheu nos matar todos, eles
tentam, mas se eles insistirem Sil, em descer sem os agricultores,
que eles tem nojo, eu serei o que passarei na nave deles, ligarei e
iremos a um mundo distante, enquanto os reis e escolhidos, terão
de cultivar o solo até descobrirem o que é seguro comer.
— E não os vai ajudar?
— Os chamo a mais de 20 Tlacs, e não me respondem, quer
saber, vou esperar mais dois Tlacs, eu não vou me preocupar com
esta nave, Kil e os seus estão mortos, não terei porque segurar isto,
se eles querem morrer, para não nos ajudar, sabe Sil que sou
sistemático, capaz de ter dois filhos, com alguém que tem nojo de
mim, sem me impor a uma relação falsa, desculpa, tentei nos
primeiros meses lhe impressionar, mas depois do quarto mês, eu
me afastei, esperando apenas os dias programados para
continuação da espécie, odeio seu olhar de nojo.
Mac olha o sistema e desliga.

96
Bris olha para Fres e fala.
— Abre a comunicação. –
Depois de ouvir tudo.
— Não estão mais lá
senhor, eles desligaram.
— O que vão fazer?
— Pelo que entendi, ele
acha que mesmo Sil é uma infiltrada, que matou Kil, que sei ser um
dos nossos, e todos os nossos lá, ele tentou por mais de 20 tlacs o
contato, e desligou.
Fres olha o senhor que fala.
— Acha que está falando com quem?
— Com alguém que – Fres olha para os seguranças – Prendam
o comandante. – Ele encara Bris. – Alguém que não esta procurando
um lar, nos passaríamos direto, é capaz de os matar e depois dizer
que não é um bom mundo e nos lançar a uma busca sem destino,
não sei suas ideias Bris, mas se confirmarem as desconfianças de
Mac, estará com sua posição, sua descendência arrancada da vida
dos Hons, mesmo tendo de ver uma irmã triste.
Uma moça olha como se fosse discordar, mas olha para a
firmeza de Fres e fica quieta.

97
Sil olha um chamado, olha
para Fron e fala.
— Estão pedindo contato,
mas espero que Mac não veja.
— Por quê? – Fres.
— Este é um pedido de
ondas curtas, eles estão tentando
identificar onde estamos.
— E o que fazemos?
— Estou saindo Fres, cuida das crianças, vou ao setor 8. – Sil.
— Não entendo vocês dois.
Sil sorriu, algo que não era característico dela, e sai, chega a
região das naves, entra em um, Fres que vinha as costas faz sinal
para liberarem e grita o rapaz no comando.
— Silencio total no radio, vamos silenciar até os sinais
internos, vamos tentar passar ao silencio.
Sil acelera no espaço, as naves estavam a cada momento mais
distante, estava saindo no sentido da 8, mas fez afastando a rota,
tenta um contato com o sistema 9, este não responde, mas fala.
— Sil para Mac, me ouve, não responde, eles querem saber a
posição exata do setor 8, para nos tirar do ar, voltando do setor 9,
confirmado morte de todos.
Mac que olhava para a tela, pensando em os fazer pensar,
olha a mensagem aberta.
— E está indo para onde Sil?
— Voltando ao setor 8.
Mac olha para a região do som, o sistema traça o rumo dela,
deixa tudo no automático, desliga os rádios da 8 e sobe a região das
naves, olha para a nave, entra nela e sai lentamente, olha para o
setor 8, não sabia se voltaria ali, algo lhe dizia que não.
Mac dispara no sentido do Setor 9 abrindo a comunicação.
— O que não falou Sil?
— O que todo adepto da Sobrevivência deveria saber.
98
— Oque?
— A família candidata a rei, com apoio dos demais, é a Fres,
não a Bris.
— E porque está avançando no sentido deles?
— Estamos, quer dizer? – Sil.
— Tento lhe acompanhar, mas você só foge de mim por nojo,
o que posso fazer, sou um agricultor, posso ter formação
diferenciada, mas sou um agricultor.
— Deveria saber que não se envolve com a concorrência Mac,
eles o queriam como líder.
— Não sou um líder, Sobrevivente no máximo, e de que
adianta, se os Viventes não entendem que vida e reino não tem
uma coisa a ver com a outra.
— Eles vivem um luxo que nunca viu Mac.
— Duvido que este luxo se mantenha na queda, no terreno
hostil, como disse, vocês foram ensinados a ter nojo do cheiro de
Terra, como eles acham que é o cheiro de um planeta, vivo?
— Eles não vão acreditar nisto, sabe disto Mac.
— Sil, o que está fazendo?
— Vai ficar para trás mesmo?
Mac olha para o sistema e pergunta ao sistema.
— Quem nos segue?
— Interceptores do Setor 9, a serviço de Mac.
— O que acham estar fazendo? – Sil.
Mac sorri e fala.
— Vamos a batalha da nossas vidas Sil, o que nós fazemos,
defendemos os demais, da morte por fome, somos teimosos, o que
garante aos da Vivencia comida, duvido que o topo da Vivencia
tenha engenheiros Sil, pois se tivessem, não estariam jogando
pessoas como você, como o falecido Igor, para o plantio.
— Mas o que seriam eles?
— Geralmente cargos eletivos, de pouco trabalho manual,
muito trabalho intelectual, mas como engenheira sabe, que pensar
não é fazer, saber na teoria não é fazer na pratica.
Sil olha para o radio, não estava ali, mas lembra das demais
tirando sarro dela, uma engenheira pratica, que não precisavam de
tanto esforço, de tanta pratica, que ela se desvirtuava da Vivencia,
99
talvez ela tenha demorado para entender, ela pensa na ideia e fala
pelo radio.
— Sabe que pode existir gente infiltrada em todo lugar Mac?
— Sim, como você falou, 6 mil contra 3 mil, mais de mil são
pro morte dos demais, como podemos vencer, se apenas nós
pensamos em salvar o todo?
— Eles acreditam ter uma solução, mas esqueceram de algo
Mac. – Sil.
— O que eles esqueceram?
— Que sem um geneticista, eles não vão conseguir.
Mac olha para os demais emparelhando na nave dele e olha
para o radio, olha para a nave 9 a frente e fala.
— Se aproximando do destino. – Mac.
Sil vendo que ele realmente ia no sentido da 9, os segue, e
descem no hangar brilhoso pela proteção externa.
Os rapazes se apresentam e Mac fala.
— Veio escoltada?
— Temos de ter uma solução Mac, algo que possa fazer todos
pensarem, pois o que fazia de Kil mais forte, era eles serem mais
fieis a uma ideias forte que todos a sua ideia.
Mac olha em volta e fala.
— Acredita mesmo que existe este grupo Sobrevivência?
— Você quer sobreviver.
— Posição pessoal, dentro de uma educação que me forçava
pensar nos demais, mas nunca pensei que todos a minha volta
fossem apenas infiltrados da Vivencia para casos assim.
— E vamos fazer oque?
Eles descem ao comando onde a comunicação ainda falava;
“Vivencia pedindo contato com Mac, do setor 8”
— Setor 8 respondendo.
— Um momento, vou chamar o novo comandante.
Fres olha para o rapaz e fala antes de ligar o comunicador;
— Descobre onde eles estão.
— Algo brilhoso vindo no nosso sentido senhor, esta cada vez
maior na tela, parece uma divisão, qual não temos como saber.
— Porque da duvida?
— Eles estão no sinal do setor 9.
100
— Kil não havia destruído os rádios da 8?
— Pode ser isto, podem ter ido ao setor 9 bem para isto
senhor, não havia pensado nisto.
— Consegue verificar o sistema interno?
— Isolado senhor, parece travado e isolado.
— Imagens?
— Nem controles, nem imagens, estão nos isolando, para não
sabermos algo, não sei oque?
— Me chama um estrategista, preciso saber o que eles vão
fazer.
— O sistema está travado sobre nós, não sei se nos acertam
ou passam raspando senhor.
— Porque eles não nos abalroariam?
— Passariam a frente e poderiam lançar as milhares de peças
de vivencia no sentido do planeta senhor, antes de nós, seria
impossível caçar no escuro mais de 500 peças de vivencia.
Fres olha o sistema e responde;
— Comandante Fres, podemos conversar Mac?
— Estou tentando conversar Rei, como podemos entrar em
uma acordo? – Mac.
— Não sou rei Mac?
— Deixar claro uma coisa Fres, não tenho nada contra
impérios, desde que este império pense, como falava para Sil a
alguns tlacs atrás, estão arriscando a sobrevivência dos Hons pois
sem a fatia certa de genes, no mínimo 6 mil sobreviventes, dos
quais mil deles deixaram para trás por preguiça e inercia, arriscam a
morte de toda a espécie.
— Quer salvar sua vida?
— Fres, eu já sou um Nulo, não estou em jogo, acho que no
fundo vocês acreditam na própria propaganda, vocês inventaram a
resistência, para justificar o que Kil fazia aqui, matava pessoas como
Igor, que valia mais que eu e o senhor juntos, assim como mataria
todos aqui, pois receberam ordem de os matar, e a ordem não foi
dada por Bris, foi pela sociedade Vivencia, que parece mesmo
querer morrer no caminho, pois não é teoria, o planeta é úmido e
vivo, tem cheiro de Agricultores senhor, vai nos matar e seguir atrás
de um mundo sem cheiro, boa sorte, pois não vai achar.
101
— E porque entrou em contato?
— Eu vou passar rente a vocês, estamos travados neste rumo,
queria alertar, um desvio de 2% e não acertamos nada, podem até
nos atacar, mas vamos passar, e se nos atacarem, responderemos,
achava que poderíamos sobreviver, descer em harmonia, mas se já
tomou o lugar de Bris, sinal que todos a sua volta, acham que estão
quase na Nova Vida.
— A chamamos de Nova Terra, mas não me deu motivos para
não lhes matar?
— Não vou dar, vamos passar, e se nos atacar, vamos morrer,
alguns aqui, alguns ai, uma guerra de 70.000 Tlacs, espero que
sobre alguém para ver a Nova Terra.
— Estão em menor numero, acabamos com vocês. – Fres.
— Alerto Fres, pode decidir nos deixar passar, sabe que o
planeta é duas vezes o tamanho de Hons, pequeno, mas vivo, Hons
comportava 5 bilhões de Hons antes das guerras, somos poucos,
não nos veremos por Parks quando cada um cair num canto do
planeta.
— Acha que vamos os deixar passar, não entendeu nada.
— Acho que não entendeu Fres, estou blefando, chama os
seus estrategistas de salões nobres, é hora deles trabalharem, pois
pode não entender, mas a escolha é sua, pode ter um reino ali a
frente ou morrer no caminho.
Mac desliga e olha para Sil.
— Não sabe fazer um acordo?
— Uma pergunta Sil, está de que lado da guerra? Pois sabe
como eu, que qualquer acordo, não teria valor algum, ele o
descumpriria, então que pareça o que é, eles vão tentar nos matar.
— Ele vai nos atacar.
— Tinha duvida?
— Não, mas estou com os deixados para trás Mac, talvez
tenha razão, mas não pedi a escolta.
Mac olha para um dos pilotos e pergunta.
— O que vieram fazer aqui?
— Fres mandou os vigiar e apoiar de perto.
— Vigiar? – Mac.
— Ele não confia em Sil, ela tem de entender isto.
102
— Ela entende, mas como sobreviveremos, já que em
momentos estaremos entrando numa proximidade perigosa da
nave de Vivencia.
— Quem dá as ideias são vocês dois, nós estávamos
esperando o oxigênio acabar. – Piloto.
Mac olha para Sil e pergunta.
— Tem como algo parecer maior do que é ao sistema?
— Qual a ideia?
— Tem ou não?
— Tem.
— E se surgissem no espaço, 4 trechos imensos acelerando no
sentido deles.
— Eles não acreditariam.
— Mas teria como aparentar isto?
— Sim, qual a ideia?
— Acelerar o setor 6, e o passar ao fundo, enquanto eles
olham para nós, nem sei o que é um Fondante5, mas deveria ser um
animal grande de nosso planeta Hons, mas usar algo do
ensinamento nosso, que se chamamos uma atenção sobre pontos
brilhosos, podemos passar um Fondante ao lado e não sermos visto.
Sil começa a acelerar o setor 6, olha para Mac.
— Precisaríamos de bateiras fortes, para que desce certo.
Mac olha os dois e fala.
— Me ajudam?
— Sim.
Mac começa caminhar não tinha certeza do que restou,
caminham até a área central, as baterias de luz da parte interna,
ficavam enterradas, pois não ocupava espaço, e não atrapalhava,
Mac sobe no canteiro todo seco, pega uma espécie de enxada, puxa
a terra para o corredor, olha para as baterias e fala.
— Levem a primeira.
— Quantas vamos precisar?
— Não sei, mas vou desenterrando as demais.

5
Fondante, um quadrupede réptil de Hons de aproximadamente 5
toneladas.
103
Os dois com dificuldade começam a retornar, a escada Sil
pediu para por em um cargueiro, e testa o sinal forte, o sinal que
um cargueiro não emitiria.
Sil começa a trabalhar, os rapazes trouxeram mais duas
baterias e ela lança a primeira e começa a posicionar ao longe,
demoraria para lhes dar a posição.
Eles lançam mais duas, desligam todos os processos e no
escuro do espaço, voltam as suas naves e vão ao ar.

104
Guel, assumira os radares e
as imagens, quando a nave some
do radar, ele tenta achar um sinal,
olha em volta, e os olhos sobre
Fres lhe informaram que tinha
algo errado.
— O que aconteceu?
— Eles desligaram tudo, até a proteção externa, para tentar
sumir no radar, mas nisto acho que entendi a manobra deles
senhor.
— Manobra?
O rapaz coloca o sinal, que era antes emitido e mostra ao
senhor.
— Tínhamos este sinal forte, o que não nos fazia olhando o
vazio escuro notar mais nada, até comunicações menores, parte se
perdia, mas quando eles reduziram para se esconder, nos confundir,
surge isto senhor.
Fres olha sem entender e pergunta.
— Não entendi, como uma nave pode ter 4 pontos de
interferência?
— Não sabemos qual é a 8 senhor, lembra que falamos que
era estranho o sinal vir como sendo transmitido como da 9?
— Eles estão jogando sobre nós a 9 e vão tentar passar
desapercebidos, seria isto?
— Três estão travadas em nós senhor, provavelmente esta
que não está sobre nós é a 8.
Fres olha a mais atrasada, como se esperasse e fala.
— Eles para sobreviver vão tentar nos matar a todos?
— Parece que sim, então aquela conversa de quantidade, era
apenas um disfarce, eles querem nos distrair, mas sinal que eles
tem alguém lá que calculou isto senhor.
— E tem gente que ainda confia nestes engenheiros.

105
— Esta eu confiaria minha vida Fres, ela sabia o que fazia, era
alguém a não deixarmos tender para o lado de lá.
— E a ordem de Bris para Kil de a matar, deve a ter forçado a
posição, mas ela sabia a posição que deveria ter.
— O que fazemos senhor?
— Manda tudo que temos sobre esta 8.
Sil olha a ordem e olha para o sistema e passa uma
mensagem para Mac.
— Voltando para a Nave.
Mac vê ela começar a voltar para o setor 9 e se direciona para
lá.
A aposta era perigosa, e se todos chegassem ao cargueiro,
veriam que não tem nada lá.
Mac passa uma mensagem para os demais, para irem no
sentido do cargueiro marcado como 8.
Desce e olha para Sil ligando a base e fala, quando Mac chega
perto.
— Eles querem nos matar?
— Sim. Estamos indo contra nossa criação Sil, pois fomos
criados para dar a vida pela continuação.
— E porque não parece preocupado?
— Números, genética, teimosia.
— O que quer dizer com isto?
— Na divisão 7, somando crianças e adultos, temos 1803
pessoas vivas, nós não somamos as crianças, lembra.
— Certo, mas elas somam no calculo genético, e somando
todos teríamos quantos?
— O problema é que nas 5 naves, que vão a frente, não
existem 5 mil variantes genéticas, vão mais de 8.500 seres com as
crianças.
— Mentiu para mim?
— Pode ter nojo de mim Sil, mas eu gostaria que os nossos
filhos fossem ao futuro, uma linha bem real do que é ser um Hons.
— Por isto eles não estão preocupados em nos matar.
— Por isto Fres tomou as rédeas, pois eles tem esta
quantidade hoje, mas se deixarem eles matam os velhos e

106
esterilizam parte dos que tiverem 2 filhos, reduziria muito, ele
precisava parar isto.
— Entendi, você falou aquilo sabendo que Bras não era rei,
mas para alertar que ele no comando, imporia a continuação e em
pouco tempo estariam novamente em números bem perigosos.
— Sim, mas o que pensou?
— Os ataques deles foram para os cargueiros, hora de jogar
tudo ao espaço Mac, e ver se eles mesmo inventam uma historia
boa, pois sabe, que em 400 tlacs estaremos em guerra.
Sil para o núcleo da divisão 9 e acelera a parte externa, os
dois saem e veem a nave 9 começar a acelerar e girar
descompassada, Mac olha sem entender, no fundo uma leva de 40
cargueiros se unia, e começava a avançar calmamente,
silenciosamente, os sistemas de proteção levantadas.
Mac olha o setor 9 girando desesperadamente e olha para a
nave de Mac que chama os rapazes de novo, e começam todos ir
em uma curva silenciosa para o núcleo de cargueiros.
Guel olha para os dados e Fres olhava e pergunta.
— As naves de interceptação estão quase chegando lá
senhor.
— As demais?
— Teremos de desviar senhor, se formos atravessadas por
elas, teremos problemas.
— E não desviou porque?
— Não tenho ainda o calculo senhor, se desviar muito uma
acerto a outra, eles lançaram 3 para nos pegar, desvio de uma me
põem em cheio em outra.
— E se segurarmos nossa velocidade.
— Arriscamos perder parte dos motores senhor, Bris pareceu
acelerar eles quando viu que a engenheira tinha um caminho exato
a seguir, ele queria chegar bem antes.
— Mas segura com calma.
Fres olha para o espaço e pergunta.
— O que é esta sombra ao fundo?
O rapaz não sabia, olha a formação, tamanho, e não sabia,
mas estranha.
— Não sei senhor, parecem cargueiros, vários deles.
107
— Onde estão as naves que saíram do que sabemos ser a
divisão 9?
O rapaz faz um monitoramento e olha o sinal e fala;
— Fizeram que iam para o que achamos ser a 8, e parecem
estar chegando a este grupo de cargueiros.
— E os estrategistas?
— Nem levaram a serio senhor, estão ainda a debater a teoria
de podermos um dia ser atacados por nós mesmos.
— Inúteis, você que conhecia Sil, o que ela pode estar
fazendo para nos distrair.
— A analise me fez pensar em o que aquele Agricultor falou.
— Não entendi.
O rapaz põem o som de Mac falando.
“Acho que não entendeu Fres, estou blefando, chama os seus
estrategistas de salões nobres, é hora deles trabalharem, pois pode
não entender, mas a escolha é sua, pode ter um reino ali a frente ou
morrer no caminho.”
Fres olha os demais, era uma ameaça direta, ou nos deixa
passar ou os matamos.
— O que ele quis dizer com isto?
— Ou o deixamos passar ou ele nos mata senhor, isto está
bem claro.
A imagem do setor 9 ressurge e o rapaz olha para aquilo
girando descontrolado e fala.
— La vem a primeira ofensiva senhor.
— É só uma nave sem ninguém como me induziu.
— Senhor, é o setor 9, com todos os seus mortos, girando e
se despedaçando sobre a região que estamos em 400 tlacs, por mais
que paremos agora, ou mandemos tudo sobre ela, ela vai jogar
trechos sobre nós, sobre toda a estrutura frágil que concertamos a
pouco.
Fres olha para a porta e olha dois seguranças.
— Trás o Rob aqui, estamos falando serio, é risco de
perdermos parte do pessoal, urgente.
Rob era um estrategista militar, mas eles nunca tiveram uma
batalha espacial, então era um teórico de batalhas militares.
— O que recomenda Guel?
108
— Dava o alerta de ataque, e colocava todos em suas
capsulas, freava, arriscando o motor, pois do jeito que está, o setor
9 está pegando velocidade e vai atingir tudo no caminho, não é uma
divisão, é um míssil, que lançará todos os mortos sobre nós, com
suas capsulas, com seus cargueiros, com seus tanques de hidrogênio
liquido senhor.
— Um tanque nesta velocidade faria oque?
— Se atravessar os motores, morremos senhor.
Fres senta-se, assumira num momento critico.

109
Pousaram em um dos
cargueiros, que ia mais ao fundo,
distante do complexo maior.
Descem olhando as naves,
Sil pega uma escada portátil no
canto, a parede, e coloca na altura
do numero da nave.
Sil olha para a nave e sobre a escada e retira o numero 8 da
lataria e olha para Mac.
— Me ajuda.
— Qual a ideia?
— Transformar os 8 da nave que estamos em 3.
— Pretende oque?
— Quando estivermos lá, não tire o uniforme antes de ser
seguro Mac.
— Lá onde?
Sil sorriu e falou.
— Me ajuda.
Os dois mudaram as inscrições, olha a estrutura, ela arranca
duas curvas superiores, distinção a distancia de modelos, Mac
olhava intrigado.
Os dois decolam na mesma nave, regras de combate espacial
da Vivencia, sempre piloto e copiloto.
Os dois esperam as naves chegarem a região dos cargueiros, e
se colocam entre elas, em formação.
O silencio no radio é cortado pelo líder que fala.
— Senhor, é um chamariz, é apenas um cargueiro sem nada.
— Se afastem, se puderem acompanhar o andar do setor 9,
ele vai se despedaçar, temos de tirar o máximo dele do nosso
caminho.
Os motores da Vivencia reduzem a velocidade, e o líder da
nave fala.
— O que fazemos comando?
110
— Observa, tem de ter algo errado.
— Esta começando a se despedaçar senhor.
— Consegue ter acesso ao controle?
— Não, gira muito rápido, não conseguiremos pousar e nem
chegar muito perto.
Uma das naves estava próxima quando a carenagem solta
uma das pontas e a rasga ao meio, o piloto nem teve tempo de
reagir.
A velocidade foi aumentando, as estruturas foram sendo
torcidas, capsulas jogadas longe, Sil olha para um nome no
comando e abre o radio.
— Líder e se tentássemos gerar uma explosão frontal, poderia
mudar de rumo.
O líder olha para a comunicação, olha para a nave e pergunta.
— Mas como poderíamos?
— Aquilo flutuando ao fundo parece um tubo de nitrogênio
senhor, ele está indo por inercia para a Vivencia, se o colocarmos a
frente da nave, ela passa por ele, mas temos de nos afastar rápido.
Mac não estava entendendo, mas parecia que estavam
mesmo tentando evitar o pior, ele gosta da ideia de evitar o pior,
mas sabia que ela que acelerara tudo para isto.
— E como o pegaremos?
— Se me permitir tentar Líder.
— Autorizado, mas sai de lá rápido.
Sil olha os comandos, as naves ao longe estavam afastando-
se, pois alguém iria tentar uma manobra arriscada, eles veem o raio
magnético abraçar o tubo e a nave se afastar, como se tivesse
fazendo uma manobra longa, eles entenderam, ela estava
desviando os destroços.
Sil olha para Mac e fala.
— Quando eu largar o comando, o mantem firme, não sei
quanto conseguimos chegar perto.
Mac concorda e ela vai para a parte de comandos da nave,
olha para fora e fala. Estavam a frente daquele monstro brilhoso,
que vinha se despedaçando.
— Reduz 10%. – Mac olha frio para os comandos, os acerta e
reduz os 10%, a nave cresce as costas.
111
Sil olha para Mac e fala.
— Quando eu largar, acelera tudo.
Sil olha o tubo, o canal central frontal, que se abria com o
despedaçar do setor, e grita.
— Agora.
Sil solta e Mac acelera a nave, a nave desvia alguns destroços
frontais, a frente a Vivencia, estavam bem próximos agora, a
aceleração deles parecia prejudicada pela nave, mas estavam
tentando escapar quando se vê a explosão as costas, o impacto
frontal, parece soltar a parte central, a empurrando para trás e
depois andar lateralmente.
Sil estava a sentar quando ouve no radio.
— Desviou, desviou, muito bem.
O líder do esquadrão olha para a nave desviando, e os restos
passando perto de 2 mil palmos a frente da nave que freava,
enquanto os destroços do setor nove passavam.
— Líder para Vivencia, uma manobra de desvio parece ter
mudado a direção do setor 9.
— Alguém por perto?
— Não senhor, apenas cargueiros abandonados senhor, será
que eles vão mesmo para este planeta?
— Não sabemos, mas parabéns pelo trabalho líder, salvou
toda uma existência hoje.
O rapaz sorri, mas não sabia qual das naves que havia lhe
passado a ideia e a executado, olha para o copiloto e pergunta.
— Qual dos nossos se arriscou?
— Não se identificou senhor, apenas fez o trabalho.
— As vezes esquecemos que existem pessoas que arriscam
suas vidas pela continuidade.
— Tentei ver quem o fez, mas ninguém assumiu a autoria
senhor, mas perdemos 8 naves no acompanhar da operação, restos
as atravessaram.
— Pesos de algo assim.
As naves foram voltando, o aterrissar na base elevada da 3,
foi tranquilo, a maioria tinha saído da 5, então as poucas da 3 nem
ficaram muito na superfície, Sil aterrissa, e olha para Mac.
— Setor te manutenção, sabe onde é?
112
— Sim.
Os dois deixam a nave, e vão no sentido da manutenção, era
uma boa dica sempre, pois ao lado ficavam os sanitários padrões,
um outro ao comando até tirou sarro da reação dos dois.
Entram no corredor e se deparam com a luz vermelha,
estavam todos em suas peças de vivencia, o que deu aos dois o
caminho a tomar.
Mac chega a direção de campos de energia, e Sil olha para
ele.
— Nos vamos negociar o passar do restante, e sabe que
precisa ser firme.
— Como eles vão nos temer Sil?
— Vamos programar alguns desastres, nada mortal, mas que
pode colocar medo em alguns.
— Temo por onde isto pode acabar, geralmente na morte de
inocentes.
— Por isto não pode facilitar, sabe dos riscos, e sabe que eles
tem numero até para se desfazer de parte dos agricultores.
— E quando vamos entrar em contato?
— Assim que eles pararem de comemorar no hangar 5.
Os dois combinam o que vão fazer.

113
Fron olha para o comando
piscar e o radio falar alto.
— Mac para Fron, não é
para responder, mas sim,
conseguimos infiltrar Pro
Sobrevivência na Vivencia,
estamos lhe comunicando que
estamos bem, e que os planos estão conforme combinado.
Fron olha os dois pilotos e pergunta.
— O que eles fizeram?
— Se misturaram ao grupo que foi verificar a divisão 8, na
volta, o setor 9 estava se despedaçando na região e eles
aproveitaram a confusão e foram a uma das divisões.
— Estes dois nasceram um para o outro, mas só os dois não
veem isto.
Eon ouve aquilo e sorri.
Fres olha para Guel e pergunta.
— O que agora?
— Transmissão de dentro da Vivencia para o espaço senhor,
ninguém respondeu, mas nela diz que no meio da confusão, Mac
veio a bordo, segue os planos conforme combinado.
Fres olha para ele incrédulo.
— Quer dizer que tudo aquilo, não era para nos abalroar
apenas?
— Se considerar que levamos sorte, pois um dos pilotos
arriscou a vida para desviar a parte frontal, e gerar todo o desvio da
estrutura, pode ser que fosse um plano paralelo.
— Dai você os colocaria mais organizados que nós. – Fres.
— O que o grupo de especialistas em estratégias fez quando
se deparou com as informações?
— Pediu para desconectarem todas as partes para tentar uma
chegar ao planeta.
— Era a melhor saída senhor?
114
Fres olha para o rapaz e fala.
— Um piloto mostrou que não, mas o que quer dizer com
isto?
— Quer ouvir? – Guel.
Fres não entendeu, e Guel colocou a voz da moça no sistema
e Fres ouve, conhecia aquela voz.
— Esta dizendo que Sil que estava naquela nave?
— O líder perguntou a todos quem o fez e ninguém se
manifestou senhor, eles estavam em disfarces de pilotos, o plano
deles em momento algum foi nos abalroar, mas ela aqui dentro é
algo muito mais perigoso que lá fora.
— E não temos sinal das demais divisões.
— As pegamos por ondas curtas, estão distantes senhor,
devem estar estáticas, pode ser um grupo muito pequeno de
pessoas querendo sobreviver senhor.
— E todos aqueles cargueiros?
— Todos sem piloto, todos no automático, a engenheira Sil
faria isto facilmente.
— Acha que temos um problema simples, mas que nunca
ouviríamos eles pois são poucos, seria isto?
— Uma das possibilidades.
— E porque do radio?
— Nos informar que estão aqui dentro senhor, e blefar, como
o senhor Mac disse, estou blefando.
— Temos de ter certeza que os isolaremos internamente,
alerta gente competente, que pode achar eles.
— Estou passando o alerta senhor.
As áreas de pouso foram avisadas e aquela nave sem recolher
no hangar do setor 3 fez todos olharem para lá.
— Hangar 3 para comando.
— Fale hangar 3.
— Podemos em meio a comemoração ter deixado entrar
alguém não desejado.
— Baseado em que a afirmação.
— Nave abandonada na posição que desceu no hangar, os
pilotos fizeram como muitos, foram direto ao banheiro quando
desceram, mas olhando agora, pois ela foi abandonada, a
115
numeração foi adulterada senhor, eles cortaram o 8 para se tornar
um 3, e a numeração de serie confiram, nave do hangar do setor 8.
— Me revirem a região, alerta para qualquer um, pode ser
homem ou mulher, desconfiamos que podemos ter internamente
Agricultor Mac e Engenheira Sil.
A informação foi sendo passada, em uma sala de passagem,
Sil olha as imagens e fala.
— Temos de nos esconder um pouco.
— Onde? – Mac.
Sil aponta para o sistema de ar, os dois sobem lateralmente, e
entram naquele tubo bem estreito, e Sil olha para Mac.
— E não se aproveite.
— Se não me conhecesse responderia.

116
Pessoas nas naves 7 e 8,
começam a passar recados
fechados por sistema que estavam
andando, mas não sabiam para
onde, que estavam no automático
e sem sistema, alguns afirmando
estar na estrutura recuperada da
6, o comando começa a receber cada um dos informativos, mas
nada que desse para traçar um plano.
Sil olha o agito e olha para Mac.
— Por que nunca me fez lhe enxergar Mac?
— Ódio e nojo não se vence com inteligência, e não tinha
como ser de outra forma, sabe disto.
— Sabe que podemos ser mortos?
— Sei, qual a novidade, já fomos deixados para trás para
morrer.
— Você pelo jeito não tinha amigos.
— Conhecidos no máximo, eles quando se falava em
agricultor, somente os de dentro das cúpulas de terra me
entendiam, os demais, pareciam como você, ter nojo da terra, do
cheiro de vida, não entendo isto, vocês tem nojo de um cheiro que
me parece naturais ao campo.
— Os cheiros são fortes lá dentro, não pode negar.
— Isto é questão de costume, mas vamos falar mais baixo.
Um grupo chega a parte baixa dos dutos de ar e um fala.
— Confirmaram ser Mac e Sil, alguém na divisão 5 passou o
serviço.
— Acha que eles estão aqui para que?
— Sobreviver, o que mais, todos os demais, podem estar
passando o serviço, mas estão mortos, todos sabemos disto.
— Dizem que ela arriscou a vida para tirar a divisão 9 do
caminho, não entendi, porque ela iria fazer isto?

117
— Não entendemos de engenharia, mas pela primeira vez
tivemos de nos recolher, isto parece coisa de destino, estamos
quase chegando ao planeta e parece que todos resolvem
enlouquecer.
— Eu enlouqueceria se ficasse para trás. – O rapaz.
— Que a morte deles seja rápida, para que não sofram.
Os dois foram olhando os cantos e saem da região.
— Já estão falando de nós. – Sil.
Os dois ficaram ali um bom tempo, toda nave, quando em
rota normal, tinha o horário de descanso, os dois saem dali e voltam
a sala de comando que estiveram e Sil começa a por uma lista no
papel e abre comunicação, Mac assume o microfone.
— Mac para Fron, estou passando por mensagem, o nome de
332 pessoas, que em cada uma das divisões deu serviço ao
comando da Vivencia, os detenham antes que tenhamos outro Kil
maluco por ai.
Os dois sobem pela escada de serviço, os elevadores existiam,
mas Mac nunca os usava, ou raramente, não gostava da cara de
nojo dos demais, referente a ele.
Chegam a região do hangar, olham o cargueiro que ia no
sentido frontal do setor 1, e que se direcionava a divisão 5.
— O que faremos? – Mac.
— Vamos para frente, temos algumas coisas a fazer, eles
estão em uma boa velocidade, não precisam de empuxo mais.
— Eles vão nos xingar.
— Não vamos dar chance deles dizerem que este mundo não
é bom Mac, vi mundos de longe, que poderiam ser melhores que
este, e que evitaram chegar perto pois não queriam aquele mundo.
— E decidiu que é este.
— Decidi, algo contra.
Mac sacode negativamente a cabeça.
Sil programa uma serie de partidas dos cargueiros pelo
corredor, sem parada no setor 5, eles passariam reto. Entram em
um no sentido a frente da grande nave e saem calmamente.
Chegam a frente da grande nave, sobre as cabeças, as
estruturas do que era o comando dos motores, no silencio de todos
em seu horário de descanso, poucos mantinham o básico, não
118
tinham tanta coisa a fazer, e mesmo em meio a crise, não se
esgotavam, a falta de gravidade tirou nas ultimas gerações muito da
locomoção deles.
Sil chega aos estoques frontais e olha para Mac, terminando
de fechar as válvulas manualmente, da pressão e soltando os cabos
de controle e de monitoramento da central.
— Teremos perto de 30 tlacs para estar fora daqui, depois
eles nos caçam e nos condenam.
Mac olha para o corredor, parecia que algo vinha naquele
sentido e fala.
— Termina rápido, que vamos ter companhia.
Sil termina de fechar e olha para um grupo de comandado vir
naquele sentido.
Sil via que traziam um agricultor amarrado, não sabia o que
fariam, mas era obvio que não seria algo bom.
Mac se afasta e arrasta Sil dali.
— O que eles vão fazer?
— O que sempre fazem, para que alguém desça uma função,
alguma família de Agricultor tem de sofrer perda parcial ou total.
— Acha normal?
— Não, mas sinal que eles realmente não estão pensando em
parar no planeta Sil.
— Eles nos matariam e não parariam?
— Tem duvida por quê?
O grupo estava lá quando o primeiro cilindro explodiu, se não
tivessem onde não deveriam, ninguém teria morrido.
Guel é acordado pela companheira, ele parecia cansado.
— Estão lhe chamando.
Ele olha o filho ao canto dormindo, e sente o estremecer da
nave, algo estava acontecendo.
Veste-se rápido e ruma ao comando, algo estava
acontecendo e não tinha ninguém de engenharia lá no comando.
Guel chega ao lugar junto com outros que pareciam nem ter
descansado, até Fres surge rápido e pergunta para todos.
— Posição, o que está acontecendo.

119
Guel estava sem a posição dos motores, parecia que eles
estavam desligados, mas não tinha certeza, olha para um rapaz a
porta e fala.
— Um grupo rápido a região dos motores, alguém os
desconectou da gente, alguém está nos tirando força de ação.
Fres viu que Guel não estava feliz, ele foi se recolher por
ultimo e fala olhando o comando.
— Temos pelas câmeras um rombo no motor um, não tenho
a imagem do 2 e 3, tenho a imagem do 4 e 5 destruídos e não tenho
a imagem do 6, 7 e 8.
— Eu mato esta engenheira. – Fres.
— Senhor, eles passaram uma mensagem enquanto
descansávamos, eles esperaram o dia passar, para ter dados nossos,
entre estes dados, está o nome dos 332 adeptos da Vivencia que
estão nas 3 subdivisões.
— Eles vieram para saber quem eram os inimigos internos,
eles estão sacrificando dois seres, para nos tirar os motores e saber
o que faríamos?
— Parece a logica senhor, estamos avançando ainda rápido
senhor, mas sem motores.
— Como?
— Estamos mantendo a velocidade, mas sem motores não
temos alternativa senhor, se o planeta não for bom teremos de o
transformar em bom.
— Eles por acaso estão indo para outro lugar?
— Não sabemos senhor.
— Não entendo a logica.
— Nem sempre psicopatas usam logica senhor, eles adaptam
a logica aos acontecimentos.
— Ela salva nossa nave e agora está nos mandando para o
planeta, sem chance de concerto?
Sente-se o ultimo estouro e Guel fala.
— Não sei senhor, mas começo a ter duvidas se a engenheira
não havia falado sobre este planeta com Bris, pois pense senhor, as
explosões são por pressão em sistemas que não podem ser
fechados, a primeira explosão aconteceu quando Sil estava
descansando, quem me garante este informação.
120
— Eles perderam muito se foi isto.
— Eles se depararam com um grupo da Vivencia os matando
lá, ela estabelece o curso, e nos comunica, que o faria, antes mesmo
de nós olharmos o planeta, acha isto possível senhor?
— Não, eu olhei o planeta porque Bris pediu. – Fres.
— O que mais eles farão senhor?
Fres olha para Guel, não sabia, olha os demais, todos
tentando entender dados que não tinham, olha para fora e fala.
— Acha que eles seriam capazes de nos tomar a nave?
— Eles não parecem preocupados com ela senhor, mas os
radares foram desligados manualmente, eles passaram em toda a
parte técnica que precisavam, para poder sair da Vivencia sem
ninguém ver.
— Manda naves atrás deles Guel.
Guel não sabia se era uma boa ideia, mas aciona as naves, os
pilotos ainda dormindo vão aos comandos e começam a decolar.
Mac e Sil esperam dois deles passarem por eles, os dominam
e amarram, pegam suas credenciais e vão as naves.
A decolagem foi tranquila, e o grupo circunda os setores, Mac
pega o comando engrossando mais a voz e fala, olhava ao comando
o nome do piloto.
— Simon para líder, algo está errado nos comandos.
— Descreva.
Mac afasta e aproxima a boca do microfone e fala.
— Estou perdendo potencia, autorização para voltar.
— Autorizado.
Os pilotos veem a nave começar a retornar, ela se aproxima
muito da nave, e os demais veem uma explosão, e não veem Mac
fixar com o cabo magnético a nave ao casco.
— Lidere 3 para comando, acabo de perder uma das naves
por falhas de motor, alertando, podem ter sabotado algumas.
O medo nestas horas faz os demais começarem a desconfiar
dos motores e dois deles pedem para voltar.
O líder 3 olha para os rapazes, não teria como negar e
autoriza, Guel olha as manobras e fala.
— Sabotaram os motores de algumas naves senhor, eu os
recolhia.
121
— Perdemos quantas até agora?
— 3.
— Onde eles estão então?
— Não sabemos senhor, mas estamos analisando, nada se
afastou da nave, aparentemente, antes de ligar o radar não terei
certeza, mas podem já ter ido senhor.
— Algo não faz sentido.
— Eles não parecem nos atacar senhor, mas nos danificar,
poderíamos ter perdido ontem mais da metade, Sil fez a manobra
para salvar o pessoal da Vivencia, será que não é mais alguém
senhor, ela sabe que não a ouviremos e a prenderemos, então ela
não vai nos falar nada, será que este Mac era mais do que todos os
relatórios diziam sobre ele.
— As desconfianças sobre ele se reforçaram quando ele aos
12 Parks, uma criança, começa a se interessar por engenharia,
motores, e sistemas eletrônicos.
— Ele tem formação então senhor, porque isto não está no
sistema?
— A Vivencia acreditava que nem Sil sabia disto, mas pode
ser que eles tenham conversado mais do que eles imaginaram.
— Eles não perecem estar brigando, ao mesmo tempo,
parecem defender propósitos diferentes.
— Ou estamos em meio a uma briga de casal, dai seria pior
do que pensamos Guel, brigas de sentimento não são fáceis de
acompanhar.
Sil aperta um comando e as cúpulas 1, 2 e 3 começam a se
abrir, muitos correm para as áreas protegidas, outros olham
assustados segurando-se, e um cargueiro dispara no sentido da
linha do setor 4 e Guel recebe uma pergunta que não sabia
responder.
Guel pega as imagens e olha os hangares dos cargueiros
vaziu, olha para os corredores e um cargueiro ultimo a se mexer, dá
a ordem de o deter, mas como, era um imenso cargueiro, e nada
tirava ele fácil do trilho, olha para Fres e fala.
— Não sei quem, mas pode ter mais gente nisto senhor.
— Motivo?
— Todos os cargueiros de transporte entre setores, sumiu.
122
— Como sumiu?
— Não estão lá e não temos os radares ainda para dizer se os
lançaram ao ar, e para onde.
— E onde estão eles.
Sil aciona o ultimo comando e aos pés do radar, um pequeno
artefato explosivo detona, quebrando o eixo dos 6 radares, que no
silencio do espaço se soltam, e ficando ao espeço flutuando.
Mac olha para Sil e decola lentamente e começa a ir ao negro
espaço, sem radar, sem naves no ar, se afastam lentamente para
uma grande volta.
Mac sabia que Sil estava com febre, mas somente quando se
afastaram levanta-se, vai ao fundo, pega um remédio e agua e a faz
tomar.
— Acha que vai me conquistar?
— Quando era um homem inteiro, não se interessou, agora,
não sou mais do que um braço para trabalho Sil, se antes não me
queria, agora não é mais opção.
Mac mantinha-se longe, ele sabia que ela toda vez que ele
chegava perto, mudava, então teriam mais uma ida longa no
sentido do setor 6.

123
10.000 Tlacs passaram.
O ir ao fundo, sem
aparecer, parecia uma boa ideia,
mas deixava Mac tenso sempre,
assim como não via eles, eles não
viam muita coisa, estavam
tentando manter os rádios
silenciosos, mas sempre um ou outro sinal saia, Mac não entendia o
que estes seres queriam.
Mac olha para Sil, ela parecia as vezes perdida, não era o seu
mundo aquele, talvez ela fosse uma bomba relógio, mas o se
manter longe de Mac, tinha seus motivos físicos, e os sentimentais,
ela mesmo para não se envolver, cada agrado foi retribuído com um
pontapé, Eon chega ao pai e fala.
— Parece tenso pai?
— Eu sempre trabalhei filho, eu pareço deslocado, eu e sua
mãe estamos vendo o tempo passar, e parece não passar, pois
estávamos sempre correndo.
— Mas o que faz ai?
— Revisando as linhas de cultivo, e de genética que temos
congeladas, sistemas que se o planeta não for muito produtivo,
podemos implantar, sistemas de semeadura via sobrevoo, para
áreas pobres em sistemas a base de fluor carbono, não sabemos
como reagirão a este sol, mas podemos tentar, estamos mantendo
e recuperando cada canto danificado do setor 6, sabemos que a
nave 8 será a primeira a chegar, pela curva que a colocamos,
chegarão em 60.000 tlacs, nós chegaremos 2.000 tlacs depois. Mas
o complexo Vivencia terá chegado a mais de 1.000 tlacs quando
chegarmos, esperamos que eles desçam, não fiquem observando ao
longe, não os demos muitas alternativas, mas sabemos que assim
como nós podemos forçar a estrutura e ir um pouco mais longe,
eles por teimosia também poderiam.
— O planeta é vivo mesmo pai?
124
— Estava observando alguns dados preocupantes, mas se não
temos alternativa, o que podemos fazer.
— Preocupantes?
— Sua mãe que está verificando isto filho, esta parte
tecnológica não entendo.
— O que não entende pai?
— Quanto mais chegamos perto, mais vemos objetos
aparentemente artificiais em rotas elípticas a volta do planeta,
parecem em rotas que terminarão no planeta, mas isto induz a
existência de alguma vida evolutiva no planeta filho.
— Humanoides?
— Ainda não sabemos, estamos recebendo ondas de radio,
mas não conseguimos as traduzir ainda.
— Traduzir?
— Ruídos ainda filho, ruídos.
O menino vê seu pai falar dos sistemas de motores que
mantem as sementes congeladas e intactas, em capsulas que as
mantem no vácuo, mas não as deixam no frio absoluto e sim a
temperatura certa que as permite quando chegar ao planeta
brotarem.
Eles estavam desmontando um motor de irrigação quando Sil
entra na peça e olha os dois, ela parecia estranhar aquilo, olha Mac
e fala.
— Podemos conversar?
Mac sabia que Sil não conversava, algo estava errado.
— Qual o problema?
— O sistema é bem mais complexo, do que pensamos, mas
preciso trocar uma ideia, antes de falar com os demais.
— Fale?
Sil olha para o pequeno Eon.
— Eles são parte Sil, eles mais cedo ou mais tarde, saberão do
problema, mas o que lhe fez pensar.
— Queria lhe mostrar algo.
Mac lava as mãos ao fundo, passa uma espécie de solvente
reciclável, o menino também, pegam a pequena Mary que
descansava em uma pequena cama ao fundo e seguem Sil.

125
Sil olha para fora, fecha a porta da sala que ajeitaram para ela
verificar aquilo e ela fala.
— Mac, o que verá são imagens vindas do planeta, foi difícil
no começo, pois não sabiam a frequência e o que elas significavam.
A moça liga mais de 10 telas a frente e Mac olha as
transmissões, cidades, violência, seres animas, florestas, mais seres,
conversas estranhas.
— Eles tem tecnologia?
Sil coloca as imagens de guerras, de bombas com altíssimo
poder de destruição, guerras, doenças, o menino olha aquilo e
pergunta.
— E vamos para lá mesmo assim?
— Não temos opção. – Sil.
Mac olha e pergunta.
— O que recomenda engenheira? – Mac.
— Falar com todos, não sabemos como será a recepção, mas
pelo que indicou a reentrada da imagem, a descida vai ser pesada,
muito atrito.
— Entendi, temos de mudar a programação dos sistemas de
reentrada, vai dar trabalho, mas damos um jeito. – Mac.
— Não entendeu Mac? – Fala Sil quase gritando – Eu escolhi
errado, eles vão nos matar, eu que escolhi o planeta.
— Tem uma coisa Sil, nos não temos opção, você não tinha
opção, induzimos os demais a descerem ali, mas ainda existe a
chance de sobreviver, apenas temos de manter a meta.
— Não viu as imagens?
— Sil, mantem a logica, não o pânico, pois os cultivadores,
agricultores, sem cultura, normal entrar em pânico, mas de
engenheiros não esperamos o pânico, e sim as ideias.
Sil parece ficar mais nervosa, e chega perto, olha serio e fala
gritado.
— Você nunca entende as coisas mesmo.
A pequena Mary se assusta e começa a chorar, e Mac olha o
filho e fala.
— Acalma sua irmã, temos de terminar a conversa filho.
Eon pega a pequena Mary no colo, ele a embala e sai falando
baixo com ela que parece acalmar um pouco.
126
— Sil, o que esta a colocando medo?
— Você não me entende, não está mais conversando Mac,
você parece as vezes preparando nosso filho para cair fora, mas não
é hora de fugir.
— Não estou fugindo Sil, me afastando para lhe dar espaço,
sei que sempre desejou este espaço, mas não estou fugindo, mas
não respondeu, o que a colocou medo.
— Eles parecem animais, e vamos no sentido deles.
— Sim, mas não vamos lá porque pretendemos, e sim por não
existir alternativa.
— Eles parecem ter umas 4 subdivisões de humanoides, uns
quase albinos e uns quase azulados, uns com cabeças mais
arredondadas, e uns com os rostos bem semelhantes aos nossos.
— Explicaria as guerras, mas existe algo a mais?
— Não entendi, existem partes bem radioativas, índices
altíssimos, e regiões que parecem ser como os Vales Negros dos
relatos históricos.
— Não entendi?
— É um ecossistema bem complexo, estava analisando os
índices de Albedo, eles tem dois polos, bem distintos, onde deve ser
puro gelo, pois a penetração de calor do sol deles é muito baixa, e
existem áreas ao equador, onde isto chega perto de 30%, deve
existir em alguns pontos seres vegetais imensos, nossos vegetais
nunca superavam 13 palmos Mac.
— Estimativa?
— Pontos que devem ter estruturas com mais de 130 palmos,
ou mais.
— Temos de cuidar para não cai em locais assim.
— Não entendeu, eles tem sistemas de controle, não sei para
que eles usam, mas estes sistemas giram em torno do planeta, eles
devem detectar nossa aproximação, se já não detectaram.
— Quer ir a outro lugar? É isto Sil?
— Não, não temos como ir a outro lugar. – Sil desvia o olhar,
e olha para o chão.
— O que quer dizer?
— Vamos entrar em guerras reais, e não temos como nos
defender, não sei o que fazer Mac.
127
— E precisava trocar uma ideia sobre oque?
— Nós destruímos os motores da Vivencia, eles teriam
chance de ir a frente, mas mesmo eles, não podem mais ir, nós
travamos todos neste destino Mac, você acreditou mais em mim do
que todo resto, e fez, não duvidou, mas se eles desconfiarem do
que está lá, podem nos culpar, sabe disto.
— Sil, uma coisa é eles decidirem me culpar, eu sempre
encarei a verdade, sou um agricultor, mas você é essencial a eles,
eles não tem ideia da importância que isto terá lá no planeta.
— E como contar a eles sem que me mandem a morte Mac?
— Contando.
— Eles não vão entender.
— Sil, quando desacoplamos, estávamos mortos, quando
deram as ordens para nos danificar e matar, estávamos mortos,
quando enfrentamos o acelerar sem motores, estávamos mortos,
mesmo quando destruímos os motores deles, estávamos mortos,
pois não existe vida para nós, pois nosso caminho não acabaria ali,
acabaria a anos luz daqui, umas 30 gerações a mais, mas nós já
fomos largados, então para todos, estamos mortos, e desculpa, se
eles me condenarem a morte, eu pego uma nave, coloco meus
filhos, você se quiser ir é bem vinda e vamos a morte, não temos
mais alternativas, você não travou ali porque queria, e sim, era onde
dava para chegar Sil, e sabe disto.
Sil estava tensa, olha para Mac, respira fundo e fala.
— E como podemos descer em um planeta que já tem
habitantes, somos um peso a eles.
— Seremos peso aqui ou lá, podemos decidir nos matar aqui,
mas isto é apenas o normal, sabe disto, foi educada a isto.
— Não tem medo da morte?
— Nunca temi o inevitável Sil, temo o que desconheço, mas a
morte é uma certeza, tinha até data marcada, então nunca me
preocupei com ela.
— Certo, mas como podemos ir a um planeta habitado, com
humanoides violentos.
— Indo, não sabemos o que vai acontecer, mas com certeza,
hora de usar tudo o que fizemos Sil.
— Não entendi.
128
Na nave Vivencia, Fres
chega ao comando e Guel olha
para ele.
— Problema, que cara é
esta?
— Um comunicado vindo da
divisão 6, aberto, não sabemos
onde, mas eles estão em algum lugar neste escuro senhor.
— Comunicado?
Os demais olham Gues que põem a gravação no ar. Em todas
as divisões que ainda tinham comunicação, a imagem começa a
surgir, aparece Sil, ao fundo, um grupo de pessoas, o lacre e símbolo
do setor 6 estava visível na imagem ao fundo.
“Amigos de Hons, estamos indo a um planeta, a imagem é de
um planeta vivo, mas temos um problema, estávamos observando,
não temos alternativa, pois não temos motores, mas precisamos
nos unir como irmãos agora, o planeta tem uma linha humanoide
desenvolvida, nos deparamos com ondas de som e imagem, que
eles transmitem, e o que vemos é um povo em fase de evolução,
nada muito a nível cientifico, mas a nível bélico, bem avançados,
pois parecem ser divididos em mais de duzentas nações, em
algumas subdivisões de humanoides, mas todos gerando seres
férteis em relações, então no fundo não são ainda mais do que um
tipo de espécie de humanoides.”
Sil respira fundo e olha para a câmera novamente, olha ao
fundo, quem a filmava era Mac, e continua.
“Estamos alertando todos, a gravidade de reentrada é
grande, acionar sistema em modo 3, que entra com a parte da
barriga da capsula de vivencia para baixo, que vai absorver melhor o
calor da reentrada. Estamos recomendando regiões
predeterminadas por serem mais desertas, ou menos populosas, o
que era apenas um planeta a recomeçar, se mostra hostil, mas
hostil num bom sentido. Eles pelo jeito guerrearam muito nos
129
últimos anos, mas o planeta comporta mais de 8 bilhões de
humanoides e ainda existem áreas verdes e desertos intactos.”
Sil aciona uma holografia ao lado e Mac muda a câmera para
a holografia e Sil continua a explanar.
“Os polos temos temperaturas baixas, e bem elevadas na
região central, ao equador, eles contem oceanos rasos, máximo 47
mil palmos, mas parecem mares vivos, as imagens mostram uma
grande variedade de vida, mas amigos de Hons, é uma casa a se
conquistar, não será apenas olhar e tomar conta, teremos de nos
cuidar e sobreviver.”
Sil foi explanando e no fim falou.
“Recomendo quem chegar antes esperar um pouco, mas sei
que estamos em rotas de colisão, não teremos alternativas, mas se
cuidem, vamos deixar um sinalizador alerta, quando chegarmos ao
planeta, para que os que vierem a chegar, saibam onde nos achar,
estamos colocando em uma frequência que eles não usam.”
Sil vê a câmera voltar a ela e fala.
“Sei que escolhi o planeta sem opção, não temos motores,
mas um planeta que comporta 8 bilhões, damos um jeito de tomar
uma parte, boa aventura a todos!”
Fres olha Guel e pergunta;
— Ela transmitiu isto aberto, por quê?
— Ela passou via sistema para todos as linhas de
comunicação dos seres senhor.
— Linhas?
Guel coloca as telas a volta e fala.
— Muitas línguas e costumes senhor. – Cada tela com uma
imagem, uma espécie diferente, ou um detalhe diferente, muita
informação, muitas imagens de natureza, de vida, de comida, que
para eles era o importante, Fres olha o planeta e fala.
— Não posso negar que a escolha é bem boa, só temos de
cuidar com estes seres.
— Nunca entendi, como eles vieram e saíram senhor, mas
quando achamos que estamos novamente sozinhos, surge a ligação,
e a antiga engenheira continua a observar dados, pois agora com as
frequências fica fácil entender as imagens, sem isto seria apenas
ruídos senhor.
130
— Sil nunca foi fácil Guel, sabe disto, ela sempre pareceu
querer sumir, ou assumir, ela sempre enfrentava, ela não me
passaria esta informação que passou sem pensar em uma Conversa
aberta a todos, ela sempre acreditou que a informação aberta nos
levaria ao futuro, mas tem muito de auto extermínio nestes que
comandam este planeta.
— E vamos fazer oque?
— O que temos de informação Guel?
— Estamos começando a receber informação deles, mas
teremos de separar, pois parte parece entretenimento e parte
parece informação, temos tempo para os estudar, mas assim já
iniciamos os treinos dos pilotos, e acertamos os dados de reentrada
das capsulas. – Guel para em uma imagem em uma das telas,
animais imensos, sorri, nunca vira um animal na vida, saber que
existiu em um planeta distante, não era ver um, sorri, olha em volta,
todos olhavam encantados.
Fres olha para os comandados, e entende, mesmo que
tivessem uma guerra, a recompensa estava lá, animais, plantas,
animais aquáticos.

131
Mac vê Fron chegar a frente
e falar.
— Sabe que não vão deixar
barato para ela.
— Qual a decisão de todos
Fron? – Mac olhando para o filho
ao fundo.
— Eles querem ela fora da nave, ela esta nos mandando a
uma guerra, ela não tem como se defender disto, e não posso os
culpar, são agricultores.
Mac faz sinal para seu filho chegar perto e fala.
— Então amigo, se cuida. – Mac apertando a mão de Fron, ele
olha incrédulo, pois Mac não esperaria o julgamento. Mac olha para
Liz e pergunta.
— Vai ficar ou vai com a gente?
Liz não falou nada, caminha no sentido de Eon.
Mac pega a pequena Mary e chegam ao lado de Sil e fala.
— Hora de mudar de plano Sil. – Mac.
— O que faremos?
— Sair antes que eles resolvam nos expulsar.
— Mas...
— Sil, se eles nos expulsarem, não poderão pedir nossa ajuda,
seremos excluídos, uma segunda vez, mas quer ser lançada ao
espaço ou sair voando?
Sil olha os demais, tudo que fizeram era por eles, e no fim,
estavam os excluindo.
— Sempre fui pelo enfrentar das consequências Mac, mas
entendo sua posição, não defende apenas sua vida, e sim de seus
herdeiros, mas o que podemos fazer?
Mac olha para a nave ao fundo e caminham a ela, um rapaz
chega ao lado de Fron e pergunta.
— Onde eles vão?

132
— Os Agricultores estão pedindo o condenar da engenheira
que os porá em guerra, eles estão saindo antes deles saberem que
estão saindo.
— Mas o que faremos sem a engenheira.
— Eles sabiam disto, o comportamento dos dois mostra que
falaram sobre esta possibilidade, mas obvio, falar e constatar é
diferente, mas perdemos dois grandes guerreiros hoje.
Mac liga os propulsores, o rapaz no controle estranha o
pedido de autorização de saída, os demais veem a parte externa se
fechar, a nave avançar para a região, isolar de uma área, abrir de
outra e a nave vai ao espaço.
Sil olha para os filhos, ela nunca os sentira seus filhos, ela não
parecia ligar para eles as vezes, mas seu filho a olhava, ele estava
intrigado, sabia que seu pai poderia os deixar lá, poderia ter deixado
o julgamento andar sobre Sil e eles continuariam lá.

133
Sil olha Mac ao comando,
olha para ele sem entender, ele
olha o filho e fala.
— Eon, chega aqui.
— O que quer pai?
Liz olha a família, estranha
família, mas sabia que estava viva
pois eles a deram cobertura, então observava sua nova família.
— Assume o comando, vamos conversar.
— Mas para onde?
— Lixo espacial ao longe tem muito, ele continua indo na
direção que formos, pois ele mesmo ejetado, já tinha velocidade pré
determinada.
— Mas onde? – Eon.
— Teste filho, ache um cargueiro do setor 3, identifique,
aproxime-se e nos coloque dentro dele.
Eon olha incrédulo, começa a buscar os dados, estava
confuso, Liz olhava para o menino, ele estava olhando os sinais
quando acha um e muda o rumo, indo no sentido do cargueiro, que
aos poucos ficava para traz, mas em aceleração constante, ia junto,
ao longe da Vivencia.
O aproximar da nave, foi pelos restos, tinham no espaço mais
de 120 cargueiros, ele olha um ao fundo e começa a aproximar-se,
olha o sistema, olhava uma a uma até avistar uma com a comporta
lateral aberta, e lentamente entra naquela divisão.
Sil olhava aquilo, não estava entendendo.
— O que vamos fazer Mac, sei que não colocamos isto aqui
para usar, mas o que pretende?
Mac olha para o filho e para Liz, a nave deles para na divisão
de carga, Eon olha o pai virando a cadeira para eles.
— O que vamos fazer pai?
Liz também olhava para o senhor e fala.
— Sem mistério, não viemos até aqui para desistir.
134
— Eu não sei tudo pessoal, mas nesta região estão os 123
cargueiros que soltamos da Vivencia, tem comida, parte de
equipamentos, e mesmo lentos, uma soma de motores.
— Certo, mas vamos ir em paralelo? Seria isto? – Sil.
— Sil, o que você viu que a deu medo naquelas imagens?
— A violência deles.
— O que me deu medo, foi a quantidade deles, eles estão ali
com bilhões de seres, nos com poucos mil.
— E no que podemos mudar isto?
— Sil, o que viu de tecnologia que não temos como fazer nas
imagens?
— Eles ainda usam energias baseadas em Fricção Atômica,
isto é assustador, radiação é algo que gera morte lenta, sabe disto
Mac?
— Sim, nossas naves nos protegem da radiação solar, e de
todas as demais ondas radioativas, mas isto nossa proteção nos
defenderia, nossos uniformes leves defendem disto.
— Vendo por ai, mas o que faremos?
— Vamos trabalhar, vamos unir partes, e vamos avançar,
vamos definir uma estratégia de chegada Sil, o que vejo que me dá
mais medo, é cair no meio daquele oceano, e afundar nele.
— Certo, este é um risco real, mas as capsulas boiariam.
— Mas seriam alvos fáceis, não quero facilitar para estes
humanoides.
— Certo, mas os cursos estão traçados.
— Sei disto, por isto teremos de os ajudar, pois se uma leva
inteira cair sobre um ponto, seja ele onde for, seremos inimigos,
não adianta dizer que tenho medo de algo, e desejar estar lá, em
meio ao mar, flutuamos, mas temos tempo para reagir, sobre uma
cidade, daquelas imensas que tem na imagem, estaríamos cercados
antes de nos recuperarmos da queda.
— Certo, pensando no todo, mas como podemos fazer isto.
— Vamos assumir o comando dos cargueiros, vamos os
juntar, e vamos assumir a dianteira. – Mac.
— Você não para mesmo pai?
— Disse que estava muito calmo, quero agito.

135
Sil sorriu, todos foram as vestes, a parte dos fundos da nave
se abre, e Mac caminha até a comporta externa e a fecha, as luzes
começam a piscar, e assim que fecha, aos poucos começam a ouvir
sons internos, sinal que o oxigênio entrava.
Caminham até o comando do grande cargueiro, Mac olha
para Eon e Liz e fala.
— Estes são maiores, mas os comandos são os mesmos.
— O que precisa pai?
— Liga os motores, vê a quantidade de energia, verifica os
sistemas de magnetismo, e se as cordas magnéticas estão
funcionando, se estiverem, vamos juntar tudo isto em um grande
quebra cabeça.
— Porque disto senhor Mac? – Liz.
— Porque um motor não nos dará velocidade, 120 deles, um
pouco de energia a mais.
— Mas o que faremos? – Sil que parecia não entender nada,
ignorava que Mac estava tentando manter o astral alto, pois não
tinha ainda um plano, mas não poderia ficar lá a olhar matarem
mais um, Mac tentava se convencer ainda que era uma boa ideia.
— Não sei, vamos improvisando.
— Não sabe? – Sil brava.
— Sil, o que nós fizermos que seja passível de tanta raiva a
ponto de pensarem em lhe por para fora, e sei que todas as
subdivisões fariam o mesmo, mas o que fizermos, não os deixamos
morrer estáticos ao espaço e os miramos em um destino, que pode
vir a ser um lar, eles entre morrer e guerrear, preferem a morte, me
explique que tipo de Hons estamos nos tornando?
— Não desejava isto, e agora está apenas improvisando?
— Sabe bem Sil que temos aqui reservas de oxigênio, comida
e motores, se vamos improvisar, que seja onde consigamos
sobreviver a improvisação.
— Mas porque unir os 120 cargueiros?
— Pois quem nos olha, não vai saber em qual estamos, não
esquece que tem gente na Vivencia que nos odeia.
— Certo, reduz a menos de um por cento a chance de nos
acharem nesta confusão, está ainda se defendendo enquanto
pensa.
136
— Sim, e aqui temos radares, o que o complexo da Vivencia
deve estar colocando a funcionar somente agora novamente.
— E vamos para onde?
— Vamos chegar antes dos demais, o que posso dizer?
— E vamos fazer oque lá, antes?
— Sil, não sei, como posso saber, eu olho uma ilha no meio
deste planeta, pequena, abandonada lá, e penso, é maior que a
nave que estamos, mas lá ainda não tem ninguém.
— Certo, quer achar algo, mas eles vão nos atacar.
— Tem duvida?
— Não, você é suicida, ouvi estes dias um relato da vivencia
nos chamando de psicopatas.
— Eles não tem psicólogos lá, sabe que estes seres foram
proibidos ainda em Hons, não entendo porque, mas algo referente a
irem contra o reinado.
— Sei, tive de pesquisar para saber o que era, e você, um
agricultor, sabe o que eram os Psicólogos.
— Não sei o que eram Sil, sei que eram proibidos, que
analisavam pessoas através de uma regra que os reis não
concordavam, que todos somos errados nas atitudes, não entendo
nada disto, posso estar falando algo errado. – Mac sem jeito.
Eon olha o pai e fala.
— Tem um comunicado na tela.
— Abre apenas para leitura.
O menino coloca na tela e surge a imagem de um senhor do
setor 6.
“Estamos comunicando a todos a volta, o setor 6 está
votando pelo não descer no planeta que vamos, não sabemos ainda
como vamos desviar, mas não chegamos aqui para guerrear,
consideramos o Casal Sil e Mac, pessoas não bem vindas a esta
divisão.”
Mac olha para Sil e fala.
— Eles realmente não pensam. – Mac.
— Eles não tem como desviar, é gente querendo se dar bem,
mas eles não tem opção Mac, eles vão abalroar o planeta, quando
chegarem lá, o sistema automático ou os ejeta ou eles caem todos
juntos, dai é morte certa.
137
— Tem algum relato genético deste povo Sil?
— Qual o interesse?
— Eles tem muitas características do nosso povo, orelhas,
nariz, posição dos olhos, apenas querendo constatar.
— O que pensou? – Sil.
— Estamos no sistema após Alfa, como chamamos este
sistema mesmo?
— Sistema Terra.
— Algum motivo para este nome Sil?
— Não, mas porque quer saber.
— O sistema interno, está tentando estabelecer um padrão
de linguagem, e eles tem algo evolutivo de uma língua antiga, mas
eles tem uma palavra muito parecida a Terra, como nome do
planeta.
— Mas o nome seria dado ao sistema solar.
— Sei disto, o nome é da estrela, mas me diz, porque se dá
um nome de Terra a uma estrela, só pode ser referente a algo do
sistema dela, não a ela em si.
— Faz sentido, acha que colonizamos isto, mas não está em
nossa historia.
— Sabe como eu Sil, que a historia interna na Vivencia, foi
excluída na quarta geração pelo comandante da nave, tudo que
ficou lá foram dados técnicos e teóricos, sejam eles biológicos ou
mecânicos, mas a historia em si foi apagada.
— Diziam não ter mais espaço.
— Acho que não queriam deixar os registros de onde fica o
planeta que saímos, para nunca mais voltarmos.
— Mas o que faremos?
— Quando pergunto referente aos seres, é que se formos
compatíveis geneticamente, nos misturamos fácil a eles Sil, mesmo
não sendo o que queríamos quando saímos, mas alguns deixariam
suas sementes ao futuro.
— Não seriamos mais um povo, se nos misturarmos.
— Sei disto, mas também poderíamos criar uma sociedade
evolutiva em uma nação, discretamente, eles parecem ter muitas,
não apenas um reinado.
— O sistema aponta para mais de 200 nações.
138
— Isto que disse, se criarmos uma e eles não souberem de
onde viemos, podemos ser algo a parte, reunir os nossos e ir ao
futuro.
— Muito vaga esta ideia.
Mac sorriu, Sil nunca concordara com ele antes, porque
mudaria agora.
Mac olha o esquema de aproximação que seu filho fazia com
os cargueiros, ele estava bom nesta coisa de quebra cabeça, fica a
observar enquanto Sil olhava os dados, ligando o sistema e
acertando as frequências de comunicação do planeta.
Liz chega ao lado de Eon, assumindo um outro comando
eletromagnético e começa a aproximar outros cargueiros.

139
Guel olha a transmissão e
fala girando a cadeira no sentido
de Fres.
— Como disse, a engenheira
Sil, não é fácil, pelo jeito foram
postos a correr, mas ela como
você disse Fres, comunicou a
todos, mesmo que colhendo as consequências.
— Ela desafiou Bris, para que todos soubessem, lembra disto,
e isto os deixou para trás, as coisas com ela na engenharia de ponte,
sempre foram calmas demais.
— Mas me pergunto onde eles vão senhor.
— Acha que eles vão a outra nave?
— Não sei, mas algo eles vão fazer senhor, e não sei oque.
— Os radares voltaram?
— Ainda em conserto.
— Fica de olho, mas sinal que a calma vai ser cortada por este
casal que todos falam.
— Eles foram a uma nave destruída, levam todos os
sobreviventes a uma nave abandonada, os dá impulso a chegar a
algum lugar, e como previsto senhor, eles os expulsam por os salvar,
pois aqueles da divisão 6, o senhor da gravação, é gente da divisão
9, que quase se chocou com nós.
— Como disse, previsível, mas se eles saíram antes, não sei o
que vão fazer, mas retira as imagens do sistema interno, tem muita
gente distraída Guel.
O senhor muda as entradas e apenas em duas mesas a frente
ficam as imagens apenas para estudos internos da direção.

140
Sil vai a subdivisão dos
motores, instala um sistema de
controle, os sistemas de proteção
se erguem, com a energia dos
motores, Sil sabia que ficariam
visíveis, mas se era guerra, que
fosse.
Sil pega o comunicador e fala.
— Sil para comandante Eon?
Eon no comando sorri e fala sorrindo para Liz.
— Comandante Eon para engenheira Sil, comunique?
— Sistema de proteção ativo, motores das 120 divisões com
sistema interligado, tenta um pequeno salto a frente comandante.
Eon acionou os motores, e o salto a frente o fez grudar na
cadeira, Sil segura-se e sorri ao ir a pequena nave que a levaria a
que estava os demais.
Mac olha a velocidade e fala.
— Aguarda Sil, para ela dar o trajeto correto filho.
— Sim, mas agora com a proteção ligada, vamos ficar visíveis.
— Sabemos filho, mas a proteção é bem para eles não nos
atingirem, estranho algo que para proteger nos entrega a posição,
mas tecnologia geralmente tem prós e contras.
Sil decola e olha para a Vivencia a frente, e acelera para a
divisão pegando o comunicador.
— Comandante Eon, põem o comando a 30 graus da
esquerda, se acelerar reto vai entrar na atração da Vivencia, e não
queremos os atingir.
Eon sorri, pois Sil nem chegara ao comando e já lhe passava
as coordenadas, ele muda a direção, estavam longe, mas quanto
mais distante da Vivencia, maiores as chances de sobreviver.
Sil pousa e as comportas ao fundo fecham no automático, sai
em seu uniforme e olha para o sentido da Vivencia, vinha gente
sobre eles.
141
Sil chega a ponte e fala para Eon.
— Dá mais 4 pulos, intervalos de 2 tlacs entre cada salto.
— Problemas?
— Eles estão vindo verificar.
— Perigos mãe?
— Sempre, mas eles devem se aproximar e olhar ao longe,
eles não arriscarão contra as barreiras.
— Mas com certeza a testarão. – Mac.
— Com certeza. – Sil sentando-se e colocando um sinto que a
prende totalmente a cadeira.
Liz entendeu, pois o sinto também, Eon já estava preso a
cadeira, ao fundo Mac olha eles, coloca o sinto e sente o primeiro
abalroar da energia externa, tudo treme, mas dá o segundo salto.
120 motores os impulsionando fez um salto grande de
velocidade e as naves ficaram a olhar o afastar daquele complexo
lento, meio sem entender que eles sozinhos eram lentos, com 120
deles empurrando para frente, era um senhor empuxo.
— Nave de observação para Vivencia.
— Fala comandante.
— Estamos contando, mas são mais de 100 cargueiros, presos
eletromagneticamente senhor, saltando a frente.
— Saltando?
— A cada acelerar dos motores, eles se afastam, temos
dificuldades de os acompanhar.
— Eles atacaram ou só estão passando?
— Somente passando, mas chegarão lá rápido senhor.
Fres olha Guel e pergunta.
— Qual a proteção deles?
— Comandante, me confirma qual o nível de proteção deles?
— As dez naves atiraram no mesmo momento e somente um
pequeno tremor, resiste bem, senhor.
— Consegue calcular o rumo deles comandante?
— Parece ir no sentido do planeta bem ao fundo senhor.
Fres olha para Guel e pergunta.
— Eles vão querer chegar antes de nós, mas por quê?
— Eles não são bem vindos, o que eles podem fazer senhor,
eles não tem reservas imensas, eles estão em cargueiros que eles
142
mesmo colocaram lá fora, sabemos agora onde estavam, pois
ficamos muito tempo sem radares.
— Será que eles pensaram nisto? – Fres.
— Acho que eles deixaram possibilidades de fuga senhor, está
falando de duas pessoas que estão virando lenda, estão nas
conversas informais da Vivencia, então muitos deixam de olhar eles
como problema e sim como especiais.
— E dai, deixamos eles passarem, ou fazemos oque? – Fres
olhando os demais.
— Eles não conseguirão acompanhar senhor, e mesmo que
conseguirem, eles os alcançariam quando já não tivessem energia
para voltar senhor.
— Os chama de volta, vamos precisar de todos quando
chegarmos ao planeta.

143
Eon foi descansar, Liz foi
junto e Mac senta-se ao comando
e olha para Sil.
— O que está pensando?
— Como não reparei em
você antes.
— O que quer dizer com
isto Sil?
— Eu me deixei levar pela propaganda, pelo preconceito, pela
falha sensação que estávamos sendo conduzidos a um caminho
correto, e o que você fez, distorceu tudo isto, e vejo que mesmo os
que você confiava, não lhe apoiarão se a vida deles estiver em risco,
alguém que sabe o que procurar, sabe montar motores, sabe
ensinar a pilotar, entende de genética, e mesmo assim, não lhe
olhei. – Sil olhava para Mac que desvia o olhar do comando para ela
– Sei que não entende o que sinto Mac, sei hoje que levei sorte, mas
se você queria ser melhor para impressionar quem seria sua
companheira, eu me esforcei para ser melhor, para ver se eles não
mudariam isto, se não veriam aquilo como um erro.
— Sil, o que não entendo, é porque falar disto agora?
— Vejo você ensinando a menina, acho que nunca tinha
prestado atenção, você parece tentar entender o que ela não sabia,
e a explicar.
Mac olha ainda sem entender.
— Você tem de entender Mac, estou tentando dizer que não
fui legal com você, e me olha como se agora não adiantasse mais,
mas não estamos falando de filhos, estamos falando de futuro,
neste planeta a frente.
— Sil, sabe que o que passou, ficou para trás como a
subdivisão 8 de Vivencia, não é isto que estou perguntando, nós
dois nunca nos demos o trabalho de nos conhecer, e mesmo assim
temos dois filhos incrivelmente saudáveis, inteligentes, mas isto foi

144
passado, imagino como deve ter sido ruim para você, ir para cama
com alguém que tinha nojo, entendo isto Sil.
— E desistiu?
— Sil, ainda vamos conversar sobre isto, mas quero conversar
já em terra firme, naquele planeta, pois tudo que falar, será apenas
sonho, se não chegarmos bem lá.
— Focou nesta fuga de mim?
— Não me viu fugindo, eu poderia ter ficado lá atrás, com Eon
e a menina, eles não me condenariam, eles lhe condenaram, mas
como sai junto, fomos todos condenados, quando olho para os Hons
nas subdivisões da Vivencia, parecem todas crianças birrentas,
crianças que não sabem ouvir um não.
— E veio por quê?
— Sil, somos uma família torta, mas somos uma família.
— E vai me abandonar quando chegar naquele planeta?
— Abandonar? Não parece que estou lhe abandonando Sil,
mas obvio, antes de chegar lá, vou focado, alerta, e daqui a pouco
vamos passar pelos restos do que acho um problema.
— Do que está falando?
— A rota dos destroços da subdivisão 9 continuam indo ao
planeta, mesmo com o desvio, e se queremos chegar
silenciosamente, não podemos ter algo imenso assim caindo antes
de nós.
Sil sorriu, Mac continuava a pensar racionalmente, ela as
vezes tinha medo desta forma que mesmo ela tinha, mas obvio, os
dois mal se conheciam, e tinha dois filhos.
Sil ouviu o choro de Mary e foi no sentido que fizeram locais
para descansar.
Mac olha o comando e olha os estragos, pensa no que
poderia fazer, a inercia arrastava em mesma velocidade, muito do
que estava ali.
O olhar dele estava em uma das estruturas, sabia que aquilo
foi projetado para cair inteiro, e tinha um tamanho incrível, os
demais pontos se deteriorando e aquele lugar estava quase que
inteiro.
Eles estavam com uma nave acoplada a muitas, então
estavam grande demais para manobras de evasão, então ele se
145
aproximou pouco, apenas o que lhe dava a posição da mesma,
observa como se procurando algo.
Os olhos de Mac estava sobre a parte de cultivo central, ele
aproxima a nave desviando com seu campo os pequenos pedaços,
sente o encostar na parte alta, olha em volta e liga o sistema de
acoplagem, inverte a força e a grande área de plantio começa a
subir, a se desligar dos demais destroços, Mac olha pelas câmeras o
sistema de câmeras e ergue aquele trecho o afastando.
Mac após mudar a posição, aciona os jatos frontais reduzindo
a velocidade e os restos continuam indo a frente.
Mac trava os sistemas no curso, e sai do comando, olha para
a veste espacial, chega a parte onde estava a nave.
Sil volta ao comando e olha para o sistema e olha que estava
no automático, olha para as câmeras Mac saindo, ela não via a
grande estrutura presa abaixo deles, mas viu a nave descer,
estavam reduzindo a velocidade.
Sil olha a câmera da nave e não entende, Mac agrupou parte
do sistema 9 e parecia estar indo para lá.
— O que pretende Mac? – Sil no transmissor.
— Verificar, já que está no comando novamente, verifica após
eu ligar, se a informação e sistema da região de plantio está intacta.
— Para que quer isto?
— Apenas verifica quando eu ligar.
Sil não entendeu, mas Mac estava pensando em algo, e não
parecia feliz referente ao que procurava.
Mac olha para a parte da capsula inteiriça central da divisão
9, tudo morto, mas a nave aciona o sistema de atração
eletromagnética e aproxima-se da entrada, Mac abre a comporta
aos fundos e em seu uniforme caminha no sentido daquele
complexo, olha em volta, sem baterias, luzes, apenas destruição, a
pressão dos tubos explodiu para dentro e para fora, olha para os
sistema, pega seu comunicador, coloca ele ligado a um sistema de
informação, nada, sem energia, olha em volta, olha para a estrutura
ao fundo, e caminha até ela, deixando ali aquele sinalizador.
Mac chega ao comando de plantas, ao canto uma caixa
isolada, a solta, e olha em volta, 3 delas, o peso que sempre achara

146
naquelas caixas, mesmo com uma gravidade pequena, estava no
zero, as ergue e começa a sair.
Com calma, fecha a parte de trás da nave e volta ao complexo
que estava, Sil olha para ele pela câmera, ele trouxe algo, ele estava
pensativo, algo parecia errado.
Mac aciona o sistema de informação, coloca um cabo de
energia e de dados e volta a cabine.
Sil liga o sistema e olha os dados, sim, intactos, olha para Mac
ajeitar todas as três capsulas com aqueles sistemas de
armazenamento, eram dados agrícolas, ela não estava entendendo.
Mac pelo comunicador pergunta.
— Algo se salvou Sil?
— Dois deles estão respondendo bem, mas não entendi.
— Já chego ai.
Mac prendeu bem para não perderem com algum chacoalhar
aquilo, parecia pensativo.
Sil vê ele abrir a viseira, olhar para o sistema e olhar para ela.
— Preciso trocar uma ideia Sil.
— Esta preocupado.
— Sim, mas preciso falar com alguém que saiba calcular isto.
— Isto?
— Quando fomos lançados ao espaço, cada nave, cada uma
das 60 Vivencias, fomos lançados a que velocidade?
— Isto é teórico, mas os dados afirmam que eles tinham um
sistema de catapulta espacial, não sei como funcionaria isto, mas
algo ia acelerando em um corredor de perto de 60 mil palmos, algo
imenso, no sentido gravitacional do sol, até perto de 74% da
velocidade da luz.
— Estamos no espaço a quanto tempo exatamente?
— 1472 Parks, mas não entendi o que quer dizer.
— Quanto tempo se passou em Hons, desde que saímos?
— Não sei, mas porque da pergunta?
— Pode ser maluquice de um Hons sem cultura Sil, mas – Mac
acessa o sistema de informações que vinham do planeta, e pega
uma sequencia de plantas comestíveis, e depois coloca o que
tinham no sistema e fala.

147
— Sil, o que está acontecendo, eles tem as mesmas espécies
de plantas que nós cultivamos, as mesmas espécies que estão
congeladas para se conseguir uma plantação em um mundo
distante, os dados que chegam do genoma deles, talvez no máximo
230 gerações após a nossa.
Sil olha para a imagem, olha para Mac, entendeu o que ele
queria na outra nave, os dados da genética das plantas, ela olha e
sem saber o que falar fala.
— Mas como eles chegaram ai antes?
— Não sei, vivíamos em um planeta que não temos imagens,
que por algum motivo tiraram nossas informações, era para não
voltarmos ou para não sabermos de algo?
— Porque perguntou quanto tempo teria se passado em
Hons?
— Eu não sei quanto tempo, mas com certeza baseado nas
leis de Duot, quanto mais rápido, mais lento o tempo passa, mas
não sei calcular isto, nunca me pareceu real, mas olhando as
espécies, podemos... – Mac para na frase, ele não pensara nesta
possibilidade, ele estava pensando que alguém saíra antes, e como
à velocidade era imensa, eles chegariam muito antes deles, pois o
pouco tempo que demoraram entre um lançamento e outro, vira
uma eternidade no destino - ...existem algumas possibilidades Sil,
primeira, alguém que se lançou antes, chegou muito antes, cada por
cento a mais na velocidade pode no fim determinar uma imensa
distancia, segundo, este pode ser Hons, terceiro, Hons ter sido
colonizado por alguém que saiu deste planeta.
— Mas que absurdo.
Mac sorriu, Sil odiava isto, mas olha os dados, começa a olhar
outras plantas, e olha serio.
— Eles tem todas as que temos?
— Parecem ter uma variante de 10 a doze espécimes
variantes para cada espécie que temos.
— Acha mesmo que somos a mesma espécie? – Sil olhando
uma comparação genética no comando de Mac referente as duas
espécies.

148
— Não tenho um espécime deles Sil, mas pelo que está no
sistema, sim, somos a mesma espécime, geraríamos seres férteis na
relação das duas espécies.
— E faremos oque?
— Bris tem formação em mundos? – Mac pergunta.
— Acha que ele sabe?
— Acho que pode ser uma interpretação errônea do pouco
que sei Sil.
— Certo, está trocando uma ideia, foi lá para verificar se os
dados batiam, mas se for Hons, o que aconteceu?
— Não temos as especificações de Hons, mas diziam ter
mares mais rasos que estes, imensas calotas polares, 6 ou 7 vezes
maiores que estas, os polos seriam maiores, o planeta poderia ser
um pouco mais ovalado.
— Com polos maiores, mares mais rasos, com uma
temperatura mais baixa, uma faixa menor de sobrevivência? – Sil
olhando para Mac.
— Entendeu onde foi meu pensamento, mas como disse,
posso estar errado, por isto estamos trocando uma ideia.
Sil olha os dados, vai ao calculo, não sabia o fazer, nunca
precisou pensar naquela forma, o sistema não sabia confirmar a
formula, pois ela era tida como algo sem necessidade a viagem.

149
Sil olha o sistema e aciona o
comunicador, olha a tela e liga as
câmeras.
“Engenheira Sil, para
Vivencia, gostaria trocar uma
ideia.”
O radio tocava aquilo, e
Guel olha para Fres.
— O que vem agora?
— Não sei senhor, não esquece, dentro daquela nave estão
dois seres que resolveram sobreviver, não sei.
— Me dá tela e áudio. – Fres.
Fres olha para a câmera e olha Sil ao comando.
— Comando Fres para Engenheira, o que pretende?
— Trocar uma ideia, e não sei quem poderia me tirar as
duvidas que me vieram, e resolvi trocar com quem tem o mesmo
destino que nós.
— Esta fazendo em uma linha aberta, porque disto? – Fres.
— Bris sempre dizia que eu era insuportável, com a minha
ideia de passar o que sabia a todos, mesmo que minha vida me
fosse tirada por isto.
— Qual a duvida que lhe veio a mente?
— Eu só tenho formação para um calculo simples senhor, mas
os dados, que estamos recebendo deste planeta a frente me
deixaram tensa.
— Por quê?
— Por alguns motivos, primeiro Bris falava para evitar este
sistema, que tínhamos de ir além, segundo, os seres que estão lá no
planeta, são geneticamente nós, com uma diferença, eles viveram
depois de nossa saída, mais de 200 gerações, e não 29 gerações,
terceiro, todas as amostras que temos de plantas cultiváveis, eles
tem nas informações que estão vindas ao ar, pelo menos a que nós
temos e mais 9 exemplares evolutivos da planta, e quarto, saímos
150
de Hons a 29 gerações a velocidade de 74% da velocidade da luz,
então o tempo para nós passaria mais lento, o que quer dizer, se
fizemos um grande circulo no espaço, podemos estar diante de
Hons novamente comandante. Mas não tenho dados para afirmar
isto, mesmo as quatro indagações anteriores me levem a esta
conclusão.
— Esta doente, não faz sentido. – Fres.
— Senhor, se eles viveram 200 gerações como o genoma que
transmitem ao espaço indica, a nossa velocidade vivemos 1472
Parks, e eles 10400 Parks, mas como estávamos trocando uma ideia,
pode ser uma interpretação errônea.
— Quer nos distrair com isto?
— Desculpa, esqueci com que falava, desligando.
Mac olha para Sil olhar com raiva e fala.
— Acalma.
— Mas ele não me ouviu.
— Ele ouviu, pode ignorar agora, mas ele tem como recuperar
mais dados que nós, mas vamos acelerar então.
— Vamos onde?
— Chegar lá 5.000 Tlacs antes.
— Porque quer chegar lá?
— Vamos estudando, estamos afastando deles, e vamos
dentro de 3.000 tlacs, começar a emitir um pedido de socorro,
ainda não entendi a linguagem, mas vamos anunciar a nossa
chegada.
— Eles vão nos matar.
Mac sorri e fala.
— Tudo que vemos nas transmissões são sons deles
chegarem ao espeço Sil, eles tem satélites, eles tem comunicação,
mas nem na lua próxima eles tem algo.
— Lua próxima? – Sil lembrando da lenda do Dragão Dramis,
um dragão que tinha uma força incrível e atraia de um planeta
irmão ao lado, os mares para o seu lado e olha Mac.
— Não é um planeta, mas é grande, e realmente, eles tem
marés puxadas pela ação gravitacional daquela lua. – Mac
apontando a lua, que naquele ângulo, parecia uma fruta cortada.

151
— Será que giramos o universo e voltamos para casa, mas
para uma casa superpovoada?
— Pode ser, mas se for, quando chegarmos próximo, teremos
como confirmar isto, mas apenas temos de manter as ideias atentas
a algo que não percebemos.
— Que as viroses no planeta desenvolveram-se 10.000 Packs.
— Também.
O conjunto de naves estava a cada momento mais rápido e os
dois se dedicam a olhar os dados.

152
Fres sai da direção e vai
para a região das detenções, olha
para Bris e fala.
— Podemos fazer as pazes
Bris?
— Tomou o posto de mim,
quer oque agora?
— Entender a genialidade ou loucura daquela sua engenheira
Sil, que parece alguém acima da media.
— Ela se dedicou para não ser condenada a ir ao grupo de
cultivo, e mesmo assim, a colocaram lá, vocês que mandam Fres, eu
apenas pilotava.
— Mas ela me alertou uma coisa, e preciso saber se tem
chance de ser real.
— O que ela alertou que lhe deixou com uma voz de quem
precisa de algo Fres?
— A possibilidade do planeta a frente não ser um planeta
qualquer, termos feito uma grande curva e o planeta a frente ter
sido a 10.400 Parks, Hons.
Bris olha para fora da cela, ele não pensara nisto, mas olha
para Fres.
— Que dados a fez pensar nisto?
— Eles transmitem ao espaço Bris, eles tem nossa genética,
como se tivessem avançado no tempo 200 gerações, as plantas
deles, são as que temos nos nossos cultivos, e o fato de estarmos
viajando a 74% da velocidade da luz.
— Ela não entende de genética.
— Sei disto, mas a casaram com um agricultor com formação
em genética, era o melhor geneticista que tínhamos, não esquece
disto Bris.
— Mas o que tenho haver com isto, estou preso mesmo.
— Preciso de você lá Bris, ela afirmou que você deveria saber,
pois disse para evitar o sistema.
153
Bris olha para o senhor, o sistema dizia para não se aproximar
de um sistema como aquele, com imensos planetas gasosos e
estáveis.
— Então vai me soltar para que entendamos isto?
— Eu duvidei dela, mas ela transmitiu para todos isto.
— Fres, você a viu naquela ponte, ela prestes a dar a luz
colocava Guel, e as 4 auxiliares como principiantes e lentos.
— Mas como voltaríamos ao mesmo ponto, e como eles
sobreviveram?
— Não tenho os dados ainda Fres.
Fres faz sinal para o rapaz abrir a cela, e Bris olha o rapaz, era
seu subalterno, agora o piloto, o candidato a rei, sorri da ideia de
que era o planeta inicial e não Hons, mas apenas sorriu da ideia.
Os dois caminham até a direção e Bris olha para Fres.
— Vai me deixar obter dados ou vamos as cegas?
— As duas telas ao fundo estão analisando os dados, mas não
tenho ninguém com experiência em genética, e não tenho um
engenheiro aeronáutico.
— O terá em 12 parks, quando o próximo estiver formado.
Fres olha o senhor chegar a uma das moças e pedir para usar
seu equipamento, olha os dados, aproxima o planeta e olha para os
dados e fala.
— Não me falou tudo Fres?
— O que não falei?
Bris puxa o calculo do sistema do satélite natural do planeta e
Fres olha aquela imensa lua a girar e fala.
— Dramis? – Fres olhando incrédulo.
— Pode ser.
Bris abre comunicação e fala.
— Bris da Ponte da Vivencia para Engenheira Sil, aguardando
contato.
Bris não pediu, abriu comunicação, não iria discutir com o
senhor e ouve.
— Engenheira Sil para Vivencia, no que posso ajudar.
— Me confirmar alguns dados engenheira, se não for muito.
— Quais Bris?
— Semelhança genética dos seres nós?
154
— Filhos saudáveis Bris.
— Tem certeza deste dado Sil?
— Eu não, mas o geneticista Mac o tem, e afirma que para
cada planta que temos nas nossas naves, eles tem no mínimo 9
outras variantes no planeta, existe uma que eles tem a atual, a
evolução e uma transgênica desenvolvida por eles. Me responderia
uma coisa Bris?
— O que gostaria de saber?
— Porque o sistema tinha uma ordem a não olhar para os
planetas internos deste sistema?
Bris olha para Fres, ele não pensara nisto.
— Acha que pode ser Hons?
— Não, acho que pode ser Gaia.
Fres ao fundo olha assustado.
— O planeta origem, que dizem ter sido destruído?
— Sim, eles chamam aquele planeta de Terra Bris, nós
chamamos este sistema de Terra.
— Acha que não é Hons?
— Não tenho certeza, com uma lua imensa daquelas pode ser
Hons, mas como os dados históricos foram tirados do sistema, não
tenho como comparar, o povo ali a frente, tem pouco mais de 7 mil
giros em torno do sol, de algum tipo de documentação, mas isto
chega a pré existência deles no planeta, eles estão evoluindo a
menos do que saímos de Hons Bris.
— E o que vão fazer?
— Os distrair, e obter informação, vamos descer 5.000 tlacs
antes de vocês.
— Qual o motivo? – Fres as costas.
— Podemos estar entrando em guerra senhor, mas se formos
compatíveis geneticamente, podemos nos misturar a eles, e criar
nossos espaços a parte.
— Mas os dados dizem tem bilhões de seres.
— Sim, mas eles tem um deserto imenso, onde podemos nos
fixar e gerar uma nação. – Sil olhando Mac.
— Vão tentar antecipar um lugar para nós? – Fres.
— Um pequeno grupo pode se misturar, e preparar as coisas,
pois o mundo parece mais vivo que Hons, seus mares mais fundos,
155
sua área cultivável bem maior, mas preciso saber por que
mandavam nós não olharmos?
— O sistema mostrava o risco de entrarmos em um dos
planetas, sermos atraídos para eles.
— Só isto?
— Sim.
— Em que cálculos eles baseavam esta ameaça Bris?
Bris digita os dados, e Sil os recebe, sabia que não eram dados
para serem falados, mas ouve a resposta.
— Dados que tem a dimensão, a quantidade de satélites
naturais, e massa?
— Sim, estranhamente sim. – Bris – Mas não esquece, se eles
consideravam que era Hons, eles deveriam considerar um mundo
morto.
— Verdade, mas acho que é Gaia Bris, a lenda de Dramis diz
que ele foi mandado para Hons, pois ele era grande demais para
girar em torno da Terra, pois as mares variariam em muitos palmos,
e Gaia não queria o mal dos Hons.
— Se for Gaia, não temos nada de informação deles?
— O sistema deles diz que a 93 mil Parks, eles chamam 70 mil
anos, um ano deles é equivalente a 1,33 Parks, eles passaram por
uma micro era glacial, tudo que eles tem, é a evolução de um povo
após isto, se eu diminuir 10 mil Parks, seria aproximadamente
quando abandonamos Gaia, e não Hons, mas para mim isto é lenda,
pois não está como fato, e sim como lenda nos nossos escritos Bris,
e fugimos bem do congelar do planeta, após um supervulcão
explodir, parece as narrativas deles contando o feito de 93 mil
Parks.
— E não teríamos os dados.
— Não, mas alguém teria sobrevivido, alguém sobreviveu, se
arrastou por muitos parks, e voltou a evolução, mas se por um lado
a historia aponta Gaia, a evolução genética indica Hons.
— Fres falou em 200 gerações?
— Sim, mas estamos acertando isto, pode ser que o problema
esteja na nossa interpretação.
— Por quê?

156
— Gerações iniciais de menos de 57 Parks, e finais, com uma
população com vida final de 120Parks.
— Esta falando em 120 Parks, eles chegaram a isto? – Bris.
— Sim, e pelo jeito o que não evoluíram espacialmente,
evoluíram medicinalmente, mas Mac me alertou que as viroses
podem ter evoluído também 200 gerações, então vamos precisar
estudar as vacinas deles, e vacinar os nossos Bris.
— Por isto vão a frente? – Fres.
— Vamos verificar as possibilidades, mas se fosse um planeta
vivo, já teríamos o problema das viroses, mas vejo que eles
extinguiram algumas doenças, e parecem para isto vacinar os novos
seres com poucos dias de vida.
— E quando terá esta posição.
— A partir de agora Bris, vamos no silencio, não quero alertar
eles que vocês estão chegando, então vamos avançar qualquer
coisa que fale nos transmissores é para eles, não para vocês.
— Entendido, vamos verificar os dados, e vamos em caso de
emergência passar no sistema, agradecemos se puder nos manter
informados engenheira Sil.
Sil desliga e olha para Mac.
— Eles parecem começar a pensar.
— Pensei que não se dava com Bris?
— Ele não me olha como engenheira Mac.
Mac olha para Sil, quantas vezes ela tentou falar algo, mas se
conteve, ela não dividia problemas técnicos e nem sentimentos com
Mac, então era uma conversa num rumo que nunca haviam tido.
— E como ele lhe olhava? – Mac.
— Quando pequenos estudamos juntos Mac, muitos
apostavam que seriamos um casal, mas ele foi designado como os
seus para comando, mas mesmo me indicando a engenharia, me
indicaram um casamento, seria a ultima engenheira da minha
família.
— E gostava dele?
— Não me entende mesmo.
— Não perguntei por mal Sil, nunca falamos disto.
— Eu o admirava como comandante, mas ele como muitos,
quando souberam de minha indicação de união, pareceram não me
157
ver mais como antes, amigos virando as costas, gente que
conversava comigo me evitava até os olhos, gente que levanta-se de
refeitório, quando sentava, eu estava lá, mas eles já me
consideravam uma agricultora.
— Eles realmente devem ter lhe feito mal, pois nunca teve
coragem nem de citar isto.
— Como disse, nunca falamos de sentimentos, de engenharia,
de coisas praticas, eu sei que você se mantem em um plano, e
parece anos a frente de mim em algumas coisas, pois eu nem
desconfiei do que acabo de alertar, eles estão me dando os méritos,
mas sabe que nem desconfiava.
— Sil, talvez tudo seja um acaso, talvez tudo seja um projeto
maior, pois Gaia nos remete aos Deuses, que foram substituídos
pelos governos, e depois pela inteligência e predestinação dos Reis,
ninguém contesta isto lá, mas ali a frente, existe mais de 200
nações, algumas nem entendo o tamanho, e outras parecem
imensas.
— E como saberemos se é Gaia?
— Estou estudando as imagens, mas tenho quase certeza que
é Gaia.
— Por quê?
Mac aproxima uma formação de cima parecia um quadrado,
teve de aproximar muito para o ver, mas ele fala.
— Este quadrado, está nos indicando Norte/Sul/Leste/Oeste,
e está no meio de todas as Terras, dividindo sul e norte, Leste e
Oeste.
— A pirâmide de Gaia?
— Eles chamam de Giza.
— E nem devem ter a historia ao certo.
— O que entendi, as vezes estas línguas são difíceis, mas
falam em algo como 5 mil anos deles, sabemos se for a pirâmide de
Gaia, está ali a mais de 93 mil Parks.
— E se for Gaia, o que faremos?
Mac aproxima um deserto imenso e fala.
— Vamos fazer dois tipos de avanço.
— Dois?

158
— Sim – Ele aproxima um deserto e fala – Este deserto não
estava ai quando saímos se for Gaia, se for ele, teremos agua a 3 mil
palmos de profundidade, e vamos nos instalar, existem Nações ali,
mas não vou perguntar, e não vamos querer conversar com eles
antes de ser nosso, não o que eles querem, e sim o que nós
precisamos.
— Mas e o segundo ponto?
— O complexo vai cair no Pacifico, próximo deste ponto. – Ele
aponta um atol – e vamos deixar ali as atenções, o sistema vai se
desprender e gerar uma proteção local, mas ainda é tudo teórico Sil,
a chave aqui, é mudarmos e ampliarmos, sempre, não duvidar, não
deu certo, mudamos.
— Certo, chamará atenção para lá e vamos começar a
preparar um lugar para viver.
— Sim.
— Eles podem desconfiar.
— Sei que podem, sei que podemos precisar nos esconder e
nos preparar melhor, mas vamos começar por este plano simples, e
vamos ampliando.
— Porque acha que vamos conseguir? – Sil.
— Sil, eu não sei se vamos conseguir, mas vamos tentar com
tudo que temos de raça e disposição, não temos uma segunda
chance, e se por acaso achamos Gaia, é como se procurássemos
uma Dramis6 e achássemos um Priso7.
— Certo, seria um mundo a se instalar e progredir.
Os dois sorriram e Eon entra pela porta.
— Dormi demais?
— Não, mas como estão as coisas?
— Não sei, Liz me olha estranho, e Mary está calma.
Os dois sorriem, e Eon estranha, nenhum dos dois era de
sorrisos naturais.

6
Uma espécie de coco de Hons, baixo, que contem água.
7
Palavra para Oasis dos habitantes de Hons.
159
Fres marca uma reunião na
ponte e olha para Bris.
— Seja bem vindo.
— Olho que pouca coisa
mudou.
— Quase nada, passamos
problemas e estávamos pensando
porque de algumas coisas.
— Oque? – Bris.
— Tem muito acaso nesta historia, e estes acasos estão nos
lançando em um mundo que pode ser Gaia.
— Se for o mundo de Gaia, seria o Planeta Terra a frente, o
planeta que nossos ancestrais chamavam de Gaia, sinônimo de vida
para eles, mas quais acasos lhe perturbam Fres? – Bris.
— O estouro, que não foi anunciado, mas aconteceu e gerou
o separar do grupo, o sabotar dos motores por quem nos faz pensar
que aquele planeta pode ser Gaia, e eles terem danificado os
antigos radares, que nos dariam a visão mais a fundo do problema.
— Como disse Fres, vocês decidem em salões chiques, quem
vai deixar de ser da parte engenharia e os lançam como futuros
agricultores, sendo que mais na politica que na capacidade, eu
sempre tive meus atritos com a engenheira Sil, pois ela sempre foi a
favor do que aconteceu quando ela se foi, que os da Vivencia
decidissem, e garanto, esta reunião não estaria acontecendo se ela
estivesse ali, na engenharia, seria algo aberto a todos, sabe disto
Fres, o problema não é o acaso, e sim a comodidade.
— Não entendi. – Guel.
— Vocês ainda tinham motores, arrogância e um grupo que
poderia ir a frente, sem nem olhar para o lado, pois estamos indo
sem destino, não entramos para os sistemas, fomos lançados Fres,
mas para continuarmos no espaço, não sei a ideia de quem projetou
isto, mas pensa, a ordem era não olhar os planetas internos de

160
nenhum dos sistemas que passamos, e faríamos isto neste também,
e se não o estamos fazendo, é apenas porque tivemos problemas.
— E não contesta ordens do sistema?
— Fres, o sistema foi colocado ali por quem comanda a
Vivencia, pelo menos acredito que foi, e se quem comanda a
Vivencia, que são mentes procurando chegar a um mundo, porque
vamos duvidar da ordem? – Bris.
— O que ela quis dizer com sabíamos a massa e os satélites.
— Fres, temos o registro destes planetas como se o sistema
não nos quisesse dizer, sei quem é, mas dizendo, era nossa função
olhar mais a fundo, mas o sistema nunca mandava olhar, e quando
chegamos perto, parece que algo programado se livra quase
automaticamente de um terço dos cultivadores, pode ser que
fomos programados, para que desse problema bem aqui.
— E passaria direto?
— Fres, eu era o capitão, quem deve me passar as ordens, era
meu auxiliar direto, você, e a engenharia, sabe disto.
— Acha que levamos sorte então?
— Não, alguém que avança ali fora, pensou na possibilidade
de que pudesse ser posta para fora do sistema que deve vir bem
lentamente as nossas costas, e não veio aqui para danificar os
radares, mas para garantir que chegaríamos, desviando de nós os
restos do sistema 9, e conseguindo com isto chegar dentro de nossa
nave, de onde colocou todos os cargueiros para o espaço, deixando
ali como algo a ter no caso de precisar chegar ao planeta, em meio a
isto, tiveram tempo de estudar os dados que vinham do planeta, e
compararam ao que temos no sistema, comparando plantas,
genoma, e com algo que não é uma nave, é um amontoado de
destroços ela junta estes pedaços e dispara para o planeta, como
ela está leve, tem muitos motores, e não tem comida para ir
lentamente, está disparando no sentido do planeta, isto não tem
nada de acaso, é uma engenheira e um geneticista agindo em
conjunto para sobreviverem.
— Mas ela dividiu com os demais, ela que forçou a decisão de
separarmo-nos. – Fres.
— Fres, Sil sempre acreditou na sobrevivência, nem que em
200 gerações, ela queria outra coisa, mas eu fiz as perguntas do
161
sistema, e obvio, a maioria de inertes, sem pensar como equipe, e
sim como se fossemos diferentes, pensou que não teríamos grandes
perdas, e votaram pelo deixar para trás, poderíamos ter decidido
pelo frear e concertar, mas para que se preocupar com cultivadores,
eu nunca fui educado para isto senhor.
— Parece a respeitar e quase a matou neste lugar.
— Eu fiz minha parte Fres, mas não acho que houve acaso
nisto, existem seres querendo sobreviver e chegar lá, ela que
transmitiu isto, sabe disto, passaríamos reto, ela não disse aquilo
para nós, e sim para que os demais olhassem, e tentassem a seguir,
não para nós que iriamos passar direto.
— Mas ela veio a nós. – Fres.
— Sim, desviamos o caminho, e nos posicionamos como
quem iria chegar lá antes deles, e sabe que a ordem do seu grupo,
pois eu apenas piloto, foi matar todos lá, ação gerando reação.
— E ela nos detona os motores para chegar antes?
— Eles são malucos suficiente para pensar nisto Fres, pelo
que vi, ela pessoalmente veio pilotando uma nave, ela não é piloto
senhor, e se propôs a tirar do nosso caminho algo que poderia ter
matado muitos aqui.
— Não sei o que ela ganhou com isto.
— Esta é a diferença Fres, ela quer todos lá, não um pequeno
grupo, esta é a diferença.
— Acha que os demais grupos estão no escuro do espaço
vindo para o planeta?
— Pelo que entendi, sim, os que nos comunicavam algo lá, ou
estão mortos ou presos, pois eles também vieram saber quem os
queria mortos lá.
— E o que eles estão fazendo agora?
— Analisando os dados vindos do planeta, ainda estamos
longe dele, quando chegarmos perto, teremos de desacelerar, os
conjuntos desaceleraram naturalmente, nós vamos ter de
desacelerar, pois se entrarmos a esta velocidade na parte interna do
sistema, podemos colidir com o planeta.
— O que faria?
— Vamos nos dedicar aos motores senhor, pois vamos
precisar os inverter.
162
— Certo, acha que eles vão ter como inverter?
— Não sei Fres, lá dentro está nossa melhor engenheira, não
deveríamos deixar gente assim para trás, ela teria de ter passado
tudo que sabe para a dispensarmos, mas sabe que se tudo fosse
como deveria ser, o que ela sabe, já estaria perdido mesmo.
— E quais as ordens senhor. – Guel olhado Fres.
— Analise dos dados, vamos restaurar os motores, e os
sistemas de inversão deles, como Bris falou, se entrarmos a esta
velocidade lá, morremos todos.

163
O tempo voava, e naquele
acumulo de cargueiros que
formava a naves, avançando
muito rápido, Eon olha para o pai.
— O que vamos fazer pai?
— Tentar não morrer.
— Certo, mas tem chance
de morrermos?
— Se tivéssemos os dados de Gaia, seria tranquilo, mas
teremos de adivinhar, e isto nunca dá certo, temos dados vindos,
mas eles não são medidos em nossos equipamentos, e sim no deles,
não temos relação, não sabemos ao certo.
— E como podemos ter mais chances então pai.
— Filho, estamos desacelerando, vamos entrar com todo este
peso na atmosfera do planeta a frente, mas temos algumas naves,
que estamos invertendo o sentido delas, colocando os motores
deles, para frente, vamos desacelerar com elas.
— Isto parece arriscado. – Liz.
— Sim, mas em poucos tlats estaremos lá.
Sil vem da parte interna e olha para Mac.
— Os sistemas estão prontos, mas não sei quanto tempo o
sistema eletromagnético os mantem unidos.
— Mantem a calma, temos de ter os dados Sil, pois mesmo as
capsulas de reentrada tem de ter o calculo de entrada.
— Acha que eles são mais importantes que nós?
— Acho que teremos problemas, mas sabe que só
transmitiremos os dados, se estivermos vivos, então para bem
deles, que nós consigamos os dados Sil.
— Certo, vamos nos preparar.
O grupo sai daquela parte frontal, pegam uma nave interna e
vão para um dos cargueiros, invertido, e que estava na parte dos
fundos, onde as naves formavam um grande aglomerado, como
uma concha, estavam no centro desta concha, todos se prendem
164
bem aos seus trajes, a pequena Mary foi colocada junto ao peito de
Mac e começam a transmitir para o planeta, e sentem os primeiros
motores no sentido oposto, sentindo seus corpos presos aos cintos
de segurança.
Os solavancos aumentam, a dor no rosto da pequena Mary
geram um choro, que somente Mac ouvia, mas não teriam
alternativa.
Os rostos de assustados de Eon e Liz, e a calma de Sil, olhando
os comandos mesmo sentido o corpo preso ao cinto.
Eon olha para a mãe que fala.
— Calma, nem entramos no sistema ainda, estamos
desacelerando para chegar ao planeta em uma velocidade que não
nos desmanche, ainda nem é o forte.
— Vamos aguentar mãe? – Os olhos em pânico.
— Não temos alternativa Eon, não temos alternativa.
A nave dá outro solavanco, estavam reduzindo a velocidade,
mas se aproximando do planeta muito rápido.

165
Um observatório
astronômico na Austrália, pega o
objeto, e passa as coordenadas,
olha para o auxiliar e fala.
— Parece um objeto
pequeno, pela composição, metal
e muitos espaços oco, deve
queimar na atmosfera.
— Alerta o sistema de radio.
Os grandes sistemas de ouvidos da Austrália são focados
naquele objeto que parecia não ter grande consistência, mas
parecia grande no radar, e muito veloz.
Os sistemas começam a focar neles e um alerta vem do
sistema e os dois técnicos põem para gravar, algo estranho, um
sistema de transmissão que parecia dentro da logica vindo do
objeto.
— Tempo de impacto John?
— 6 horas.
— Passa para todos focarem no objeto, ele vai entrar em
ângulo, pode ser que passe direto, mas pode cair, mas confirmado,
está transmitindo senhor.
— O que é aquilo?
O sistema de satélites e de observatório olham para o céu,
algo cruzaria o espaço, em uma velocidade assustadora, sabiam que
não era um cometa, pois não tinha calda, parecia oco, e alguém em
CERN olha os dados e olha para os olhos do mundo sobre aquilo.
— O que está acontecendo Pierre?
— Um objeto, surgiu nos radares, vindo direto, não sabem
ainda a consistência, mas tem algo errado.
— Como errado?
O senhor coloca o sistema de informação que vinha do objeto
e um rapaz coloca no analisador e se vê aquela moça, a transmitir

166
para dentro, ela falava algo, não se entendia o que falava, mas os
olhos dos cientistas foram ao dado.
A inteligência mundial olha os dados, seriam 6 horas, e não
tinham ideia de quem era, mas parecia humana, viam apenas
aquela moça na tela, e o girar do planeta chega com informações
em todos os sistemas de captação de informação, tinha de Vaticano
a Russo, de Indiano a Chinês olhando aquilo. Quando Silver, o
comandante do Cabo Canaveral olha para os dados e fala.
— O que temos ao certo?
— Algo vindo de fora senhor, parece uma moça, transmite de
um objeto na forma de uma concha, feito de um metal que não
determinamos e está entrando na atmosfera em 4 horas.
— Quem esta vendo isto?
— O objeto está a aproximadamente 40% da velocidade da
luz e desacelerando, o objeto está entrando a 30 graus, ela vai dar
nestas 4 horas senhor, 3 voltas ao planeta, parece estar
desacelerando ainda, mas não entendemos o que ela está falando,
não sabemos o que está acontecendo senhor.
— Segura a informação.
— Então coloca todos no sistema de proteção de dados
senhor, o objeto, ou coisa, vai cair Pacifico, mas como está
desacelerando, pode cair em qualquer lugar, teremos de observar,
mas quando aquilo entrar na atmosfera em 1 hora, e der mais de
uma volta, o planeta inteiro verá aquilo senhor.
— Mas como pode ter alguém, aparentemente humana lá
fora?
O rapaz não sabia.
Os sistemas de misseis de alguns países foram acionados, pois
se fosse cair em meio a regiões habitadas, eles a abalroariam antes
de cair.
Silver olha para a transmissão vindo da França e pega o
celular.
— Fala Jean, o que não entendi?
— Dizem ser um dialeto descendente do Copta, o tradutor
esta tentando, mas a moça transmite algo como.
“Concha para Terra, mensageiros voltando a Gaza!”
— Tem certeza disto?
167
— Não senhor, não temos, mas aquilo está vindo e
desacelerando, quando a identificamos no espaço, estava a 65% da
velocidade da Luz, está a 30%, e reduzindo senhor. O tempo de
impacto subiu de 6 horas para 17 horas.
— Alguma explicação?
— Não senhor, e tudo que temos é cálculos preliminares,
estão entrando inclinados, vão usar as voltas para desacelerar,
usando nossa gravidade para os dar tempo, mas se algo assim
entrasse sobre uma cidade, o barulho ensurdecedor traria cidades
inteiras ao chão senhor.
— Ela só transmite isto?
— Tem mais coisas, é como uma comunicação em todas as
frequências que temos, não tem como não pegarmos, quem está
naquilo, parece querer que ouçamos, mas teremos problemas com
3 satélites, e o pessoal da estação espacial olha para aquilo
assustado senhor.
— O que recomenda amigo?
— Não sei senhor, teremos de observar, e segurar a
informação, mas eu daria o alerta que um asteroide pequeno
queimará na atmosfera, pois o planeta inteiro verá isto senhor, o
calculo de uma volta é nesta velocidade, a 5% disto, seriam três
voltas para o objeto chegar ao chão, ou algo chegar ao chão.
O rapaz do controle fala colocando um gráfico ao fundo onde
se via a desaceleração, somente isto já os fariam olhar o objeto,
pois os objetos não desaceleram, e termina no celular.
— Jean, estamos abrindo os cálculos, o tempo de impacto
está crescendo, como disse, mas só saberemos do local exato
quando eles estabilizarem a velocidade.
— Sim, mas o que temos Silver?
— Está em 18 horas, e subindo, se eles descerem a 5%, acho
que eles vão querer menos que isto de velocidade, aquilo vai girar o
planeta umas 10 vezes, tenta entender o que a moça fala.
— Estamos tentando, tem especialista no mundo inteiro
senhor, aquilo parece uma mistura linguística, mas quem vem a nós
transmite a radio senhor, em todas as frequências, isto já muda a
historia.
— Sabemos disto.
168
Um comunicado ia a TV que um objeto iria raspar a Terra e
que seria visto por 4 dias antes de terminar de queimar na
atmosfera.

169
Sil olha para Mac e fala.
— Se não der certo, pelo
menos tentamos.
— Porque da duvida?
— Nada, tentando ser um
pouco menos fria, sei que me
eduquei a não deixar os
sentimentos aflorarem, sei que vamos a um impacto, mas... – Ela
sente o ultimo desacelerar e fala - ...agora vamos a reentrada,
vamos manter a calma, mas para não chamar a atenção, temos de
nos desligar somente na hora certa. – Sil aciona o sistema e
pequenos objetos partem ao espaço, fixando suas rotas, ela
confirma o obter de dados e silencio no radio.
Aquele conjunto de cargueiros começa a fazer a reentrada,
estavam a dar a segunda volta, quando Sil solta a parte que
estavam, a temperatura externa estava imensa, sentem o motor os
desacoplar, e o conjunto inclinar um pouco mais, enquanto eles
desaceleram muito mais e sentem o cargueiro forçar a entrada na
atmosfera, viam o planeta próximo, tão próximo e tão distante.
O grupo estava dentro da nave de transferência, dentro do
cargueiro, quando o mesmo começa a se desmanchar, Sil olha para
Mac, olha o filho e a menina, não via Mary pois estava no uniforme
de Mac, e aciona os motores da nave, e esta sai pela porta dos
fundos da nave, se via o cargueiro queimando, a aceleração os
grudam nos acentos, e Sil viu a nave começar a girar, parecia
descontrolada, estava olhando apenas o sistema, olha para os dados
e para o comando, e aciona imensos paraquedas, e todos sentem a
velocidade parar, e viram o chão se aproximando rápido.

170
O mundo fica olhando o
objeto, uma volta, duas, três
voltas, e de uma hora para outra
some do espaço, caindo próximo
de um atol no pacifico, após
passar queimando sobre o
México, o som foi aterrador na
cidade do México, muitos olhavam aquilo como sendo uma noticia
mal explicada, objetos não entram na atmosfera e giram o planeta,
elas simplesmente caem.
Um grupo da marinha americana documenta o acontecido e
dá alerta de Tsunami para todo pacifico.
Os navios chegam ao local, e nada, o que caíra afundara,
teriam de ter equipamentos.
Um senhor chega ao comando da Marinha em San Diego e
um almirante o recebe.
— Qual a situação Almirante?
— Senhor Cal, precisamos de sua especialidade, mas tem de
entender que nada do que falarmos aqui pode ir ao publico.
Cal Robert, era conhecido por seus escândalos levados a TV
por um canal a cabo, que falava sobre Extraterrestres.
— Não entendi ainda o que escondem Almirante, mas porque
esconder dos demais?
— Uma coisa é dizer, existem seres inteligentes lá fora Cal, a
outra, ter certeza.
Cal olha para o Almirante, pois a marinha não admitia nada
assim facilmente.
— Certo, concordo em não sair fazendo escândalos e não
trazendo a publico. – Cal nunca fora alguém confiável, mas se iriam
o mostrar algo, ele precisava saber oque antes de dizer não.
Um outro rapaz chega e bate continência ao almirante e fala.
— Tenente Breno me apresentando.

171
— Bem vindo ao barco Tenente, mas estou esperando chegar
os outros 2 integrantes desta aventura Tenente, como estão os
submarinos de observação profunda?
— Prontos senhor.
— Ótimo.
— Quem esperamos? – Cal.
— Dois engenheiros aeroespaciais da NASA.
Cal olha para o almirante, o que estava acontecendo.
Dois senhores saem de um carro ao fundo e todos entraram
em uma sala onde ao fundo tinha uma projeção, e o almirante olha
para Silver, não era qualquer coisa que estava acontecendo, ele
nem tinha os dados, mandaram preparar as coisas, lhe deram dados
superficiais, e agora vendo o comandante em chefe da NASA ao
lado de um senhor que parecia um engenheiro, pelas vestes, sabia
que algo grande estava acontecendo.
O Almirante olha para Silver lhe esticando a mão.
— O que lhe tira de casa Silver?
— Almirante Bronson, estamos em um caso que não
podemos ainda abrir a muitos, estamos com pessoas de varias
divisões em 4 pontos do planeta, pois o que entrou na atmosfera, se
dividiu, caindo em 3 pontos, e um quarto ponto que parece ser
apenas um destroço no meio do Saara, mas estamos verificando e
isolando tudo.
O almirante fez sinal para o rapaz a porta a fechar, saiu e o
olhar de Silver foi ao de Cal.
— Senhor Robert, espero que pense antes de divulgar algo,
mas... – o senhor colocou uma imagem ao projetor e todos olham
aquela moça a transmitir sequencialmente – ...o que veem, é
alguém que estava dentro daquela pedra que entrou no nosso
espaço, e chegou desacelerando, não sabemos o que ela fala, os
especialistas estão apontando para um dialeto derivado do Copta,
só que sabemos que ninguém no planeta fala esta língua, ou se fala,
quem falaria, pois ela está transmitindo para baixo, como se
soubesse que receberíamos.
Cal olha para aquilo, uma moça, olha o Almirante, o senhor a
frente e fala.
— Estão dizendo que não foi um cometa?
172
— Robert, sabe como eu que cometas entram direto, ele teria
queimado direto, pois não desvia rota, mas o assustador disto, é
que o que for que veio e caiu no pacifico, entrou nas telas a 65% da
velocidade da luz, desacelerou e ela entrou em nossa atmosfera, a
0,5% da velocidade da luz em inclinação de 23%, o que lhe deu
ângulo para ser pego pela gravidade, e dá 3 voltas, e desaba no
Pacífico, se não tivesse a transmissão, teríamos os dados da
desaceleração e já desconfiaríamos, mas quem estava ali não queria
a duvida, deixou claro, estou chegando, mas a linguagem nos
remete ao nosso passado, isto que está intrigando muitos.
— E o que faremos senhor? – Breno.
— Temos o ponto de impacto, parece que o que caiu ali
afundou, então temos de pensar que se despedaçou, mas está a mil
metros de profundidade, e queremos ter acesso a isto, seja o que
for que esteja ali.
— Acha que é uma nave? – Cal.
— Estamos resgatando algo no Saara, não sobrou muito, mas
abriu uma imensa cratera, o que caiu lá, é uma nave com base em
uma liga de plutônio, mas sobrou muito pouco.
— Tem certeza de que é uma nave?
— Sim, a resistência é incrível daquele material, mas estão
retirando de lá, deve entender que o povo primeiro se afasta,
depois quer ver o estrago.
— Radioatividade? – Breno.
— De algo que ficou exposto a radiação espacial, mas ainda
não temos estes dados, mas nada de radiação perigosa. – Silver.
— Saímos quando? – Breno.
— Assim que estiverem prontos, estamos em meio ao
primeiro acontecimento espacial de alta tecnologia realmente
documentado.
— Vai querer me convencer que o resto não aconteceu? –
Cal.
— Não perco tempo com coisas impossíveis Cal, estamos
diante de algo que pode mudar a historia humana, lhe indicaram
pois entende algo em Copta, e tem a mente aberta a coisas
diferentes, não porque tem um programa de TV. – Silver.

173
Sil parece despertar,
perdera a consciência, olha para
os locais, e olha que Liz estava ali.
— Onde os demais estão?
— Mac está lá fora, a
pequena Mary não aguentou.
Sil viu que estavam ainda
cobertos pelos paraquedas, olha para a porta, solta o cinto, sente o
peito, todos deveriam estar com o os pontos do cinto doido, olha
para Liz e pergunta.
— Como você está?
— Uma dor no peito.
— Liz, se vier a tossir sangue me fala, certo?
— Acha que podemos estar doentes?
— A queda foi forte, podemos ter hemorragia interna e não
sentirmos.
— Certo, fico de olho.
Sil sai e olha para um pequeno acumulo de terra, ao lado
estava Mac, olha para o rosto de triste de Eon, a pequena não
aguentou, sabia da possibilidade, se eles estavam doidos, a pequena
Mary era a mais frágil dali.
Sil olha ao fundo, entra e pega uma espécie de visor
tridimensional e olha para veículos aéreos bem ao fundo.
Olha a poeira ao ar, e olha para Mac.
— Temos de nos mexer.
Mac olha para o lado que ela olhava, mas parecia longe.
— Temos, mas como estão?
— Doída.
— Se sentir gosto de sangue... – Mac olha os demais, até o
filho e fala – ... falem, caímos muito rápido, os paraquedas
amorteceram, mas estávamos muito rápido, qualquer coisa avisem.
Mac olha para o filho e fala.
— Entra na dispensa e pega o removedor de sujeira.
174
— Pra que vamos o usar? – Sil.
— Vamos prender as pontas do paraquedas, e vamos jogar
areia sobre ele, cobrindo com uma pequena camada.
Sil entendeu, esconderiam a nave, poderia ser um local a
passar um tempo.
Sil vê Mac olhar para ela e falar.
— Descobre que língua falam, e as palavras chaves,
precisamos não parecer tão estranhos.
Sil entra enquanto o pequeno Eon leva para fora o
equipamento e começam a jogar areia, não sabiam que uma noite
era suficiente para aquilo estar coberto naturalmente, mas
enquanto Eon fazia isto, Mac pegou um sistema de broca, e
analisando a região fez buraco em um local mais ao fundo, e viram a
água brotar.
Mac testou a agua e falou.
— Temos de a filtrar e ferver.
— Problemas? – Liz.
— Muitos parasitas locais.
A nave começa a desaparecer, e o grupo viu um grupo de
animais chegar perto, Mac olha para a pequena Liz e fala para Sil
pisando em um animal que parecia ter um rabo em posição de
ataque.
— Temos como ter proteção eletromagnética? – Mac.
— Problemas?
— Animais peçonhentos, temos de nos cuidar.
— Podemos chamar atenção Mac.
— Então precisamos de outra saída.
Sil olha para o fundo e vê um grupo de animais grandes,
chegar a agua e a tomar.
— Eles gostaram da água. – Sil.
— Sim, mas eles tem as resistências ao local, nós ainda não.
Sil olhava para os dados, e depois voltou a parte externa, olha
em volta com o visor tridimensional, e fala.
— Estamos em uma área seca, mas estamos a uma boa
distancia do agrupamento que está removendo o cargueiro que
caímos.
— Acha que eles vão olhar muito?
175
— Naquele cargueiro está a gravação que transmitíamos Mac,
por mais que não tivéssemos caído junto, eles olhariam aquilo.
— Não entendi a ideia de transmitir?
— Não sei, me veio ideias meio insanas ultimamente, pois
estamos em um planeta que por cima parece vivo, mas parece que
escolhemos um lugar seco.
— Disse que cairíamos aqui, mudou de ideia?
— Não foi opção Mac, tínhamos de ter um espaço grande
para cair que não fosse água, e que não estivéssemos cercados
antes mesmo de recobrarmos a consciência.
— Acha que não nos viram cair?
— Esta dia agora Mac, mas era fim da noite quando caímos,
mas eles estarem recolhendo os restos, mostra que eles ouviram a
gravação, o que quer dizer que eles olham para as estrelas, eles
saberão da aproximação dos demais.
— Nunca consigo acompanhar estes seus pensamentos, mas
em nada parece insano.
— Uma hora teremos de transmitir, mas ainda não é hora.
— Se soubéssemos disto, antes, teríamos agido diferente! –
Mac.
— Sim, eles não teriam como nos esperar lá acima, eles
teriam de decidir de cara, para onde iriam e partir.
— Anunciariam nossa chegada. – Mac.
— Sim.
Eon olha para Liz ao fundo e fala.
— Põem a veste espacial, e qualquer coisa que for vestir, vê
se não tem nada dentro.
— O que era aquilo?
— Os sistemas diziam existir seres peçonhentos em nosso
planeta natal, eles não foram levados a Hons, mas o uniforme é
resistente, a picada não lhe atingiria.
— O que vamos fazer? – Liz.
— Tem uma formação no sentido que o sol se pôs, teremos
de evitar o tomar direto, é muito quente, mas a formação ali ao
fundo, parece ser boa para proteger-nos.
Mac olha o filho e fala.
— Vão com calma, podem existir nativos por aqui.
176
— Sabemos pai.
Os dois começam a caminhar, era fim do dia, se via o
movimento ao longe, as crianças iam no sentido oposto.
— O que faremos? – Sil.
— Vamos pegar o transporte de noite, e com tudo aqui
isolado vamos observar eles de perto.
— Acha seguro? – Sil.
— Não podemos ficar isolados, coloca o sistema de línguas,
para interpretar o que vermos.
— Certo, temos de aprender e rápido, para não morrermos.
Os dois foram para dentro, Mac havia colocado algumas
caixas de coisas uteis dentro da nave, e um deles era um
transmissor, mas um era o veiculo espacial ao fundo, eles usavam
ele para andar sobre as estruturas das naves para concerto, ali seria
diferente, lá não precisava de muita força para andar.
Colocam o veiculo para fora e Mac olha o filho e a menina
chegando a formação ao fundo.

177
Um grupo de militares
estava recolhendo o que caíra e
um rapaz ao fundo fala.
— Achamos algo. – Em
árabe.
Os senhores acham uma
capsula isolada, e olham o
transmissor, parecia que tinha sofrido com o impacto.
— Isola melhor a área sargento. – Fala um general que se lia
no peito Gen. Dalton.
O senhor pega o transmissor e fala.
— O que temos até agora?
— Radioatividade quase normal senhor, veio do espaço,
temos destroços em alguns quilômetros, pois o que caiu entrou e
se despedaçando senhor.
— Parece que este entrou estranho, pois a frente parece
inteira, ou ele tinha mais de uma frente?
— Não sabemos senhor, mas o que era isto?
O general olha o militar que perguntara e fala.
— Oficialmente não falamos disto, mas era parte da estação
espacial. – Mente o general.
— E não sabe a forma? – Outro general.
— Sei apenas o que me comunicam, mandaram varrer a
região, tirar tudo que tivesse como ser identificado, e como não sei
o que é identificável, vamos recolher tudo.
— E porque da dificuldade General? – O segundo general que
era conhecido por Phill.
— Se olhar ao sul, depois das formações, Mali, um pouco a
oeste, Níger, e estamos em território da Argélia, dizem ter
pequenos pedaços que caíram ainda mais a oeste na Mauritânia e
um pouco mais da leste na Líbia, então temos uma área imensa a
olhar, mas o maciço está bem neste buraco senhor.
— Qual a área de abrangência general Dalton.
178
— 3 mil milhas, muito ampla.
— Quer dizer que vai ficar algo ai?
— Sim, não temos como verificar tudo, preciso de um
tradutor, eu não entendo árabe Phill, e temos de saber se nas
narrativas tem algo de estranho.
— O que acharam ali?
— Parece uma espécie de caixa preta, não sei o que ela
guarda, mas parece ter dados, mas sofreu calor e o impacto, é
daquela caixa que ainda sai uma transmissão fraca.
Phill olha para o general e fala.
— Então deve ser esta caixa que me mandaram recolher e
levar a NASA.
— Vamos por mais de um mês neste trabalho general.

179
Sil deitada a areia ao fundo,
olha para uma serpente que a dá
o bote, que para no uniforme, lhe
chuta e olha para Mac.
— Sabe que estes seres nos
indicam para Gaia.
— Sei, mas o que eles estão
recolhendo? – Mac.
— Os restos, mas acabam de pegar o transmissor que os
alertava que estávamos chegando, eles acompanharam o radio, eles
acompanham transmissões externas Mac.
— O que fazemos aqui?
Sil pega um transmissor e aperta e no interior da caixa do
transmissor que começa uma reação química e o gerar de pressão,
gera uma explosão, os militares jogados ao chão, dois mortos, e ao
fundo, o cargueiro começa a explodir, e Mac pergunta.
— Não os queria alertar?
— Isto é nossa tecnologia Mac, eles a usarão para nos
enfrentar.
— E acha que eles desistem?
— Não, mas – se ouviu mais uma explosão – eles tem de
entender que mexer nisto é perigoso.
Mac sorriu e olha ao fundo.
— Eles estão começando a ser cercados.
— Estamos pelo que entendi, entre 3 nações, e aqueles que
vieram, não devem ser de nenhuma delas.
Sil ouve um barulho e olha para traz, os olhos de assustada
dela, fez ela levantar a mão.
— Calma. – Sil olhando Mac que olha que estavam cercados,
eram seres com vestes que cobriam o corpo inteiro, pareciam
enrolados naquilo.
O ser fala algo e o transmissor de Sil, ouve a frase.
— Ele está falando para nos levantar.
180
Os rapazes bem armados apontam para os dois, eles estavam
em vestes estranhas para aquele grupo, pareciam nômades, olham
para o fundo e veem veículos estranhos, o ser olha para o que os
trouxera ali e fala.
— O que é isto?
Com dificuldade Sil fala em Árabe.
— Não falamos sua língua.
— São Americanos?
— O que são Americanos? – Sil.
Os seres riram, como alguém não saberia quem eram os
americanos.
— Os seres ali atrás.
— Aquilo é Americano? – Ela olha para o rapaz serio e fala –
Pensei que eram mortos. – O rapaz olha assustado, Sil aperta o
botão a mão e os demais ouviram as explosões ao fundo, não
sabiam o que estava acontecendo, mas o rapaz olha para a moça.
— De onde vem?
— Complicado de explicar.
— Tente.
Mac não entendia nada da conversa.
— Cai naquilo.
O rapaz aponta a arma e fala.
— Andem.
Sil olha para Mac e fala.
— Eles estão pedindo para os acompanhar.
— O que falou?
— Que caímos naquilo.
— Tá maluca?
— Eles falavam ao fundo em nos matar Mac.
O rapaz pega o que estava a mão de Sil e olha no sentido do
acampamento ao fundo, olha que era um binóculos de aproximação
e que lhes dava distancia, mas não entendia o escrito, mas viu tudo
destruído, passa o parelho para o rapaz ao lado, e passa um radio.
— Prendemos invasores, voltando a base.
— Sabe as ordens Aledam.
— Eles afirmam ter caído naquilo senhor.

181
Aledam olha para a moça, para o rapaz, jovens ainda,
pareciam muito brancos para estarem em meio a um deserto, e
ouve o radio.
— Quantos?
— 2.
— Uma moça entre eles?
— Sim, porque senhor?
— Eles procuravam por restos que indicassem um
sobrevivente ou um morto naquela queda Aledem, mas todos os
substantivos eram no feminino.
— Ela fala estranho senhor.
— Os tragam aqui, mas cuidem que estão bem na divisa,
todos estão querendo parte daquilo.
— Aquilo explodiu All Haran.
— Explodiu?
— Sim, tinha algo bem mortal lá, aqueles americanos não vão
mais nos perturbar senhor.
— Não sobrando para nós.
— Eles vão correr para lá senhor, mas acho que não sobrou
muito, e pior, a moça que vai a frente sabia que iria explodir,
pensamos que eles estavam observando, mas poderiam estar se
protegendo da explosão.

182
Eon olha o movimento e
olha para Liz.
— Prenderam meus pais.
— E faremos oque?
— Não sei, mas vamos
voltar a base, e precisamos os
resgatar, antes que os afastem de
nós.
— Eles podem nos matar.
— Liz, sozinhos não vamos conseguir, temos de ajudar eles
agora, pois senão vamos morrer aqui.
Eon pega o comunicador dele, e deixa em um buraco ao
fundo, começa a caminhar e em meio ao campo olha para a
destruição e entra na proteção, olha os dados da língua, põem a
programação em seu comunicador, sente o cair da temperatura, os
dois colocam uniformes e saem a sul, seguindo ao longe os seres.
Eon olha a aldeia ao fundo, se eles chegassem lá, teriam
problemas, lembrou de uma brincadeira na nave, e olha para os
campos, sentia dor de andar, estava pesado, ele sentia as vezes que
o planeta não queria os deixar andar.
— Estou cansada Eon.
— Sei disto, está difícil caminhar, eles estão levando o veiculo
de transporte, então vamos chamar a atenção deles.
— Não entendi.
Eon colocou uma bomba de reação, era usado para
purificação da agua, mas sobre pressão explodia, aprendiam como
não a fazer explodir, como uma brincadeira, ali usaria ao contrario.
Os dois se escondem, o grupo ia ao sul quando ouvem a
explosão, Aledem olha para o local e pensa no que era e recebe
uma ordem.
— Verifica quem está ali Aledem, muito próximo da base.
O rapaz olha para os demais e fala.
— Amarrem bem estes dois, e vamos verificar.
183
Eon olha para a manobra e começa a dar a volta, ele queria
chegar a estrada, olha bem a frente, e olha para uma curva, olha as
pedras soltas, e com uma alavanca, provocada por um pequeno
sistema de contração e dilatação, uma grande pedra atravessa a
estrada, deixando toneladas de pedras ali.
Aledem olha a poeira ao fundo, pega o visualizador da moça e
passa ao longe, tentando ver algo, não via nada, olha para o buraco
provocado ali, mas nada além de um buraco.
Sil sente algo a mão, ia reclamar e ouve;
— Quieta. – Eon bem baixo.
Ele a desamarra, Mac também e se afastam, Mac olha o filho
se afastar, seus músculos também estavam doidos.
Sil liga o transporte e os demais que estavam na parte
externa olham o veiculo sair correndo no sentido da estrada, depois
pulando para fora da estrada, o sistema de rodas não deixava ele
parar e continua avançando no sentido do deserto, um dos rapazes
olha para dento do veiculo e não vendo ninguém, olha o veiculo e
grita.
— Reféns fugindo.
Alguns atiraram no sentido do veiculo, sem ver muita coisa na
noite, mas ouviam ele avançando.
Aledem pega o comunicador e fala.
— All Haran, devemos ter mais deles por perto, alguém os
resgatou e usou a explosão como distração.
— Não gosto de traições Aleden.
— Vamos os achar All Haran.
— Mate eles, depois vemos o que fazemos.
Sil olha para Eon ao canto, e faz sinal para os dois ficarem ao
canto, enquanto os demais subiam nos dois veículos e voltavam ao
deserto.
Um grupo passa um radio para All Haran.
— Comando, a estrada está interrompida, vamos ter de dar a
volta.
— Olhem em volta, podemos ter Americanos por perto.
Mais grupos começam a sair para o deserto, enquanto Mac
olha para Sil e pergunta.
— O que faremos?
184
— Manter a calma. Mas se eles pela reação não gostavam dos
que recolhiam as coisas, vamos usar isto.
Sil pega os dados, olha para Eon e pergunta.
— Deixou o transmissor lá?
— Sim.
Sil aciona a transmissão para fora, informação, eles
monitoram os rádios, e coloca as variantes que deveriam evitar,
alerta que tinham armas, os dados da reentrada, e o quão era difícil
pequenas caminhadas ali.

185
Em Washington um grupo
de militares e cientistas estavam
recebendo a informação de que o
que estava ao deserto explodiu,
estavam mostrando os dados que
chegaram antes, quando um rapaz
olha o general da porta.
— O que aconteceu?
— A Oeste da queda, temos uma transmissão para fora, não
sabemos os dados, mas parece que quem veio, está alertando algo
externo senhor.
— Como alertando?
— Senhor, não sabemos, alguns estão analisando o espaço,
mas naves do tamanho que caíram, se não soubermos a posição e
eles não transmitirem, fica difícil saber.
— Verifica se alguém responde.
— O que mais general?
— Manda reforço para lá, quero este transmissor, me vieram
com a informação que o transmissor havia explodido, mas pode não
ter sido isto que aconteceu.
— A região está enchendo de rebeldes senhor.
— Imaginei, mas manda reforço, vamos pressionar duas ou
três nações locais.
Os exercitor começam a se mexer no Mediterrâneo sobre 3
porta aviões decolam indo no sentido do deserto uma leva de 50
helicópteros.

186
O grupo de cientistas
começa a descer num submarino
observador no sentido dos
destroços em meio ao Pacífico, as
câmeras começam a dar o
resultado dos destroços, Cal
olhava assustado, não parecia
uma pequena nave, a noção de tamanho daqueles grandes
cargueiros era incrível, ali tinha dividido em vários trechos, todos
afundados, mais de 100 partes.
— Consegue filmar aquela inscrição no casco?
— Sim, acha que isto vem de fora mesmo? – Breno.
Cal não respondeu, era muito estupida a pergunta, aquilo
todo o planeta viu cair, e se era aquilo que caiu, obvio, veio de fora,
e não era uma rocha, era tecnologia alienígena, entendeu quando
falaram em manter o sigilo, uma coisa era falar em existem extra
terrestres, outra que eles andam em naves a 65% da velocidade da
luz por ai.
O submarino que estavam, tinha um pequeno orifício
superior, e um inferior, ali se espremiam vendo as imagens, o
pequeno submarino começa a entrar nos restos de um dos locais,
era imenso, as imagens mostravam para cima e Cal falou.
— Cal para comando.
— Fala Cal?
— Isto está desgastado por fora, mas não por dentro, mas
olha a parte superior?
O comandante olha para os dados e fala.
— O que quer dizer Cal?
— Está inteiro, e parece que tudo que caiu está assim, eu
tiraria isto rápido daqui senhor.
— Como?
— Balsas infláveis, elas iria forçar par cima, nem todos vão
sair do buraco, mas estas mais ao fundo parecem não ter sofrido o
187
impacto frontal com a agua, mas estavam todas abertas para
afundar senhor.
O general olha para o auxiliar e olha para a imagem.
— Acha que podemos fazer flutuar, seria isto?
— Sim, flutuaríamos e escoltaríamos para nossas aguas
senhor.
Começam uma operação de mandar para baixo sistemas de
oxigênio e grandes balões resistentes.
Pelo submarino, com uma garra, começam a acertar as boias,
e o submarino começa a sair, com a garra frontal parece afastar do
frontal a nave e ela aos poucos começa a subir, passa-se o radio
para cima e os barcos se afastam, o submergir daquilo, imenso do
fundo, metal, com marcas laterais, uma evidente nave, fez todos os
militares sorrirem, mas ficarem tensos.
Quando a segunda flutuou, a primeira já estava sendo
rebocada, eram imensas.
O Almirante olha para aquilo, o radar falava que eram mais
de 100 daquelas, algo imenso, olha para o transmissor e pede para
falar com o comando em Washington.
O Almirante olha para Silver e fala.
— Se tinha algo que nos pode ser mortal, já está na agua
senhor, temos de isolar a área.
— O que pensou Almirante?
— Que alguém disparou isto para cá, não parece ter nada
além de carenagem, um objeto de mesmo tamanho se fosse solido,
teria causado muita destruição, mas estranho parecerem partes de
algo, desconectadas e lançadas para cá.
— Em alta velocidade.
— Sim, e sabemos que isto desacelerou na atmosfera, isto
não é apenas carenagem senhor, tem de ter um sistema de
informação e controle.
O almirante olha para a tela que pedira contato com o
pentágono e vem a informação que o que estava no deserto
explodiu.
Silver olha para a grande estrutura e fala.
— Algum sinal de algo perigoso?

188
— Não temos como rastrear tudo, é imenso cada uma das
partes, caberia milhares de coisas ai dentro senhor.
Silver olha para o almirante e fala.
— O problema Almirante, é que não temos tecnologia para
termos um deste tamanho no espaço, e de repente caem mais de
100 deles aparentemente unidos sobre nós, isto é maior que tudo
que temos no espaço até hoje Almirante, e estamos olhando uma
das partes, as 100 partes devem ser imensas, mas estou
recomendando os rebocadores irem pela parte rasa levando isto,
pois não sabemos se algo vai explodir, mas... – Silver olha para o
rapaz a porta, ninguém de seu grupo vinha até ali a toa. – Fala
Peter.
— Uma transmissão em Radio, não entendi, mas um grupo de
rebeldes passa um sinal para a base deles, que pegaram um rapaz e
uma moça, que disseram cair no deserto, vindos no que explodiu, e
este grupo parece ter sido emboscado.
— Uma moça?
— Sim, mas algo está transmitindo para fora de lá, estão
tentando identificar o sinal, estão chegando lá novamente pois
todos que estavam ao chão, algo explodiu e matou senhor.
— E o exercito?
— Ordens de capturar e trazer para cá qualquer ser que saiu
de lá, mas se o que caiu lá tinha o tamanho de um destes, explica o
tamanho do buraco senhor.
O almirante olha para o segundo pedaço flutuar e olha para
os rapazes.
— Tomem cuidado, algo está errado.
O almirante pede um helicóptero e volta à base ao sul de San
Diego, quase divisa do México.
O almirante olha outros chegando e fala.
— Vamos nos preparar, não temos base para tudo que vem
de lá, mas vamos trazer e encostar a praia, então precisamos de
atenção redobrada na divisa.
— Porque disto Almirante? – Um general entrando na base.
— Cada uma das divisões que vamos tirar do fundo do mar, é
maior que esta base General, não teremos como esconder, mas não
podemos deixar lá.
189
O senhor olha assustado.
— Pensei em destroços.
— Parte daqueles destroços estão inteiros senhor, e vamos os
trazer para cá, não vamos deixar lá para outros se apoderarem
disto.
O almirante olha em volta, anda até sua sala, e liga para o
pentágono.

190
Bras pega a transmissão e a
traduz no sistema, estava com
encriptação, para não ser
entendida, olha os dados e Fres
pergunta.
— O que tem ai?
— Um aviso, estes
humanoides monitoram o espaço, então eles ouvem transmissões
de radio, está recomendando silencio total nos rádios, e
comunicação via sistema, passa todas as frequências que eles
transmitem e analisam, e dados da densidade da atmosfera, e
estragos a nave na reentrada.
— Algo a mais?
— Não fala quem, mas afirma ter tido uma perda na descida,
e que todos estão doidos pela pressão de reentrada, e que estão em
um planeta com espécimes peçonhentas.
— Gaia?
— Pelos dados sim, eles avistaram uma construção que ainda
está lá, pirâmide de Gaia.
— Ela passou os dados de reentrada?
— Estão chegando ainda, ela está fazendo o trabalho dela
senhor, podemos a achar uma es integrante, mas ela está fazendo
mais coisas que os nossos engenheiros e aeronautas, então vamos
começar a reforçar as capsulas de reentrada.
Fron pega a transmissão na divisão 5 e olha para os demais,
ninguém levaria a informação a sério, mas ele começa a reforçar a
sua capsula de reentrada, se os demais não queriam ouvir, eles que
morressem.

191
Os ouvidos dos desertos da
Austrália, grande sequencia de
ouvidos que analisavam o espaço
por sinais, conseguem pegar um
sinal fraco, e todo o ouvido se
volta a ele.
Aquele sinal fraco,
passando ao longe, é passado a frente e uma leva de radares,
satélites, observatórios tentam ver algo naquele sentido.
Um observatório no Chile, olha as imagens e passa os dados a
frente, que chegam ao comando em Washington.
Os generais olham as imagens, nada que desse definição,
olham os dados de radio, que analisavam os dados.
— O que é aquilo?
— Não sabemos senhor, mas parece congelado, a
temperatura dali é muito baixa senhor.
— Me expliquem? – Um general de alta patente.
— Talvez algo tenha dado errado, e eles lançaram os últimos
sobreviventes neste sentido senhor, parece que o que tinha ali, vai
passar perto, mas está congelado.
— E transmite ainda?
— Mesma transmissão, vem constante, como um radio
deixado ligado, que vai transmitir enquanto tiver carga.
— E o rumo?
— Isto que temos de verificar senhor, o que está ali vem
direto, e se cair, vai ser muita destruição.
— Motivo? – General.
— Vem rápido senhor e sem nada para desacelerar, tiramos
uma carcaça imensa do oceano, estamos analisando, aquilo ali seria
um milhão de vezes maior do que o que caiu.
— Qual o tamanho disto?
— Estamos verificando senhor.

192
Os sistemas de observação no mundo focam na estrutura,
ignorando que era a divisão 9, e que ela vinha, independente de
qualquer coisa, mas estava totalmente vazia.
— Mas alguém respondeu o sinal ou apenas é a mesma
transmissão vindo de lá?
— Apenas transmite.

193
Sil estava olhando o grupo
os procurar ao longe, ainda
estavam quietos e escondidos,
todos estavam cansados, a noite
avançava quando viram a região
se encher de helicópteros, vendo
que eles vinham para o lado deles,
Sil falou.
— Devem ter identificador de calor Mac.
— Não duvido, e visão noturna, mas se nos mexermos será
confirmação que somos inimigos, eles devem esperar para atirar em
quem se mexe, não apenas em seres que dormem.
— E se não esperarem?
— Morremos. – Mac.
Sil sorriu, o senhor estava drástico, mas via que Eon estava
com uma tosse pesada, e aquele lugar não dava para cuidar dele.
Estavam parados, tensos vendo o helicóptero vir sobre eles
quando ouviram um estrondo, e viram algo ir ao ar e acertar o
helicóptero que vinha direto, a explosão, e outros helicópteros
surgirem ao ar, os rebeldes ao fundo sentem as metralhadoras, Sil
faz sinal para andarem lateralmente e começam a andar no deserto.
Chegam a um bando de camelos, no começo assustados,
estavam amarrados, Sil olha para as espaçonaves ao fundo a atirar
no sentido oposto, solta as cordas, e ajuda o filho subir em um, Mac
ajuda a menina subir em outro, Sil segura no camelo e bate ne seu
pescoço e o mesmo começa a andar, outros vieram junto, quando
se ouve uma explosão, os mesmos parecem acelerar no sentido
oposto a explosão.
Sil olha para Eon cair mais ao fundo e pula, Liz cai e parece se
machucar e Mac parece apenas descer do seu, que sem peso
dispara a frente.
Mac chega a menina e pergunta.
— Está bem?
194
— Acho que desloquei o pé.
Mac ajuda ela chegar onde Sil olhava o filho com um corte a
testa da queda.
— Somos péssimos desbravadores. – Sil.
— Somos seres que estão flácidos, que não estamos
acostumados a esta gravidade, e que não conhecemos onde
estamos, mas aprenderemos rápido. – Mac olhando o pé da menina
e o colocando no lugar. A menina sentiu dor no começo e depois
pareceu que o pé começou desinchar.
O grupo se encosta ao fundo, vendo a guerra entre os
veículos aéreos e os rapazes a terra, não sabiam quem era quem,
mas viram naves mais rápidas atravessar o céu, começarem atacar
os helicópteros, e depois viram outras naves atacarem as naves,
estavam em uma fronteira e parecia que algo estava acontecendo
ali, que era de total ignorância deles.
Sil olha o comunicador dela a fala.
— Alguém acaba de pegar o comunicador nosso, e este
parece ter parado de transmitir.
— Acha que ouviram?
— Fizemos nossa parte Mac, não podemos fazer mais que
isto, mas vamos tentar chegar ao acampamento.
— Acha que conseguimos? – Eon.
— Eon, teremos de ser fortes, sei que arriscamos andando
nestes seres, mas tínhamos de sair de lá, sem chamar a atenção de
sistemas de visão por calor, não sei se engoliram, mas pelo menos
saímos de lá. – Sil.
O grupo chega aquele amontoado de areia, entram por uma
lateral e olham os equipamentos, Sil desligou as telas, e o sistema
de calor, pega cobertores na dispensa, isolantes de calor e olha para
Mac.
— Faço a vigia, pois alguém terá de fazer. – Mac.
Eon não entendeu.
— Porque vigiar mãe?
— Alguém tem de nos alertar a ficarmos mais quietos se eles
chegarem ao lado, e fechar as entradas.
— Estamos em perigo? – Liz.

195
— Sim, estávamos olhando os seres lá ao fundo quando
fomos cercados, mas vamos começar a nos mexer amanha, e vamos
fazer uma linha de comunicação.
— Não entendi mãe?
— Vamos ter de analisar a região, vi que eles se locomovem
pelas planícies, evitam os pontos altos, é a logica, mas como não
sabíamos os sistemas usados, poderiam ter algo local que estivesse
nos topos, tem uma linha de passagem alta, pelo que vi, as divisas
estão nas montanhas, mas estamos em meio a uma planície, eles
nos enxergam de bem longe se estiverem olhando.
— Mas como então sobreviveremos?
— Filho, não viemos ser bonzinhos, estamos nos
acostumando, ainda com dores, como está a tosse.
— Parece estar doendo o peito.
Sil foi na parte interna e aplicou uma espécie de vacina, no
braço do menino, na menina também, e os dois dormiram.
Mac estava do lado de fora, e começa a olhar aqueles seres
chegarem para tomar agua, pegou uma corda elástica, viu quando
estava ao longe que os locais usavam eles como método de
transporte, seres que aguentavam o calor.
Ele amarra alguns, dando espaço para eles chegarem a agua,
olha para um tecido ao longe, e monta uma espécie de lona, como
se tivesse uma cabana, estava tentando imitar os próximos, e junta
ao longe um conjunto de gravetos, e fez fogo, colocou uma agua a
esquentar, enquanto aquele lago aumentava.
Mac se afasta da entrada da nave, que parecia uma rocha ao
canto, coberta com uma saída lateral que não se via entrando
naquele canto.
Sobe um pouco e ficou olhando em volta.
Olhava para o estrago ao fundo da queda de uma das
divisões, pela luz havia um acampamento na região que o filho fora,
a transmissão os chamou, olha para a região que tinha explodido,
via-se o grupo de sobrevoo, pega aquele material de cobertura e
começa a costurar uma manta, para jogar sobre o corpo, fez 4
vestes, olhava em volta, quando vê pequenos mamíferos surgirem
na parte baixa para tomar agua, orelhas grandes, dentes salientes,

196
viu eles saírem rápido, olha no sentido oposto, viu eles se
enterrarem e uma espécie aparentemente carnívora vir a agua.
Os olhares se cruzaram, o ser sabia que os humanos eram os
dominantes ali, pois não tirou os olhos de Mac, enquanto os seus
tomavam agua.
Mac olha Sil chegar ao lado e perguntar.
— Como estão as dores?
— Fortes, mas se relaxar agora, podemos ser capturados.
— O que olhava?
— Os seres, o pouco de agua que nosso buraco fornece, atrai
muitas espécies, de insetos a seres maiores, eles parecem sentir o
cheiro da agua ao ar.
— O pouco de vida lhe encanta.
— Sim, o pouco de vida que já vi me encanta, mas vimos que
este planeta tem vida, pois demos quase 3 voltas nele.
— Um planeta que no meio do deserto, manteria nosso povo,
pois tem seres resistente ao calor e frio, estou puxando o que
consigo das línguas, vamos ter de praticar elas.
— Queria trocar uma ideia Sil.
— O que pretende?
— Posso estar enganado, mas parecemos estar em uma divisa
destes seres, os ventos vem de oeste, e sul, mas as montanhas
estão ao norte, tem coisa alta ali.
— Altas?
— Mais de 17 mil palmos a mais alta.
— Acha que devemos ir por ali?
— Não, vamos ter de nos locomover como aquele grupo bem
ao fundo.
Mac alcança o visor para Sil que olha um conjunto de famílias
a andar no deserto, como um grupo, animais, pelo menos 4 tipos,
adultos e crianças, em espécies de carros rústicos.
— Eles vão para onde?
— Sei lá, mas não é isto que interessa a nós, temos de achar
uma terra, pretendo andar na direção de nascença do sol, parecem
ter terras altas e desérticas Sil.
— O que faremos lá?

197
— Faremos nossa pequena residência, vamos a cercar, vamos
nos instalar, vamos aprender a língua deles, e com calma
transformar aquilo em fértil.
— Qual a ideia?
— Eles vão estar nos procurando Sil, os seres ali que nos
prenderam vão passar a frente que viram 2 seres mais brancos que
eles, que falaram que saíram do que caiu, e eles estão com dois dos
nossos visores tridimensionais, não sei se eles sabem usar, mas com
certeza, vão ligar isto a nós.
— E estamos calmos?
— Estamos observando, onde nosso filho foi e deixou o
transmissor, tem um grupo, no buraco tem outro, na vila que nos
levariam, tem fumaça e outros, ainda tem 3 grupos nômades como
aquelas famílias, e 6 observadores ao longe, estão nos olhando
como nós os olhamos.
— Não respondeu.
— Se sairmos rápido, vão achar que nós somos os fugitivos.
Mac alcança uma veste para Sil e fala.
— Eles cobrem quase o corpo inteiro com isto.
Ela joga sobre o corpo e pergunta.
— Fez isto com o que?
— Cobertor térmico, vai nos deixar quentes no frio e frios no
calor, um bom começo, mas ainda estou pensando como vamos
avançar.
— Acha que eles desconfiam de algo.
— Sim, mas parece que todos os agrupamentos tem alguém
que fica de olho a noite, sinal que existem ladrões, mas o principal,
existem aqueles seres ali em baixo, que parecem carnívoros, e
andam em grupos.
— Isolei a entrada com um protetor eletromagnético, pois já
tinha uma daqueles seres rastejantes lá dentro, vi que elas tem um
veneno poderoso nos dentes frontais.
— Um mundo onde todos tem de ser fortes, acho que isto
para mim me encanta mais que apenas a vida Sil, eles se
desenvolveram para viver neste lugar.
— E parecem se matar sem culpa.

198
— Matar para comer, mas se olhar ao fundo, quanto mais
noite, mais as estrelas ao céu brilham, acho que nunca na nave vi
algo assim.
Sil olha as estrelas e fala.
— Nossa galáxia toda ao alcance da vista, realmente algo
lindo.
Os dois ficam a observar e Mac pergunta;
— Consegue me explicar aquela língua que tentou falar com
os rapazes?
Os dois começam a trocar experiências verbais da língua
local, e como o ser falou.

Ao fundo um senhor olhava para os grupos e fala.


— Tem um grupo pequeno a frente, parece ter uma nascente
a frente, onde se vê apenas o segurança noturno, e alguns camelos,
mas se vê os camelos bebendo água, bem no fundo, parece que o
exercito está remontando as barracas do acampamento destruído, a
norte, tem uma caravana maior, deve ter umas 50 pessoas, e bem
no fundo, parece que os soldados ainda estão invadindo a vila.
— O que lhes levam a invadir aquela vila, são apenas
moradores? – Um senhor barba branca perguntando em árabe para
o senhor com o binóculos.
— Este visor que dá distancia, dá muitas coisas, foi
encontrado com um destes grupos, mas pode ser que os seres nem
estejam aqui.
— Acha mesmo que desceu algo naquilo?
— Não sei, mas aquela caravana mais a leste, falou que viu
um grande paraquedas no céu logo depois do barulho
ensurdecedor, muitos viram o paraquedas, mas como os animais
fugiram eles não se prestaram a ir ver, eles tinham os animais para
recolher.
— E o que tanto olha?
— Aquele senhor com os camelos, parece olhar em volta, não
consigo muita aproximação, ou não sei usar este negocio, mas ele
parece vigiar todos os lados, e não sei, aquela tenda parece apenas
um chamariz.

199
— Mas se ele não queria ser visto, porque ele acenderia a
fogueira?
— Pode estar imitando todos a volta, mas ao amanhecer
estaremos lá e veremos isto de perto.
— E como seriam estes seres que posaram ali, se forem
mesmo seres, não tiver sido uma alucinação.
— O rapaz que pegaram este visor, disse que os dois eram
muito brancos, davam a sensação de nunca terem tomado sol na
vida, que ela falava um árabe difícil de entender.
— Eles já falam nossa língua?
— Ele fala que perguntou se ela era americana e ela
perguntou o que era uma americana?
— E quem não saberia o que vocês são?
— Segundo o rapaz, ela perguntou se estava falando dos
mortos, e depois daquilo tudo explodiu as costas dos seres.
— Eles detonaram, é o que esta falando?
— Sim, mas eles transmitiram para fora, se transmitiram,
alguém vem ai, o problema é quando e quantos?
— Acho que não é o senhor ali, embora não saiba de um
árabe com uma barca tão lisa como este ali, mas pode ser que seja
outra coisa, inglês, francês, sei lá? – Fala o senhor árabe.
O americano olha para o rapaz, realmente, uma barba muito
bem feita.

Mac olha para Sil e fala.


— O rapaz ao fundo nos está olhando de mais, entra e ativa
as proteções da nave.
— Ela não voa ainda.
— Sei disto, mas como estão as crianças?
— Dormiram a pouco, estavam com dor e dei um anti-
inflamatório, o fim da dor os fez dormir.
— Vamos ver o que conseguimos, pois não poderemos estar
aqui ao amanhecer.
— E vamos fazer oque?
— Provocar e sumir, mas coloca as crianças na capsula de
proteção, tem camas lá, e aciona o sistema de levitação, vamos ter
de improvisar e vamos o fazer com tecnologia e sem medo de
200
sermos vistos, eles não sabem ainda quem somos, tem seu rosto,
mas isto com pouco tempo estará tudo mudado.
— Por quê?
— Olha a cor deles Sil, este planeta da cor a quem está ao
deserto, nos destacamos por peles que nunca pegaram sol, temos
de o evitar diretamente.
— Vi aquele ser na vila, ele era muito mais escuro.
— Pigmentação da pele, mas são da mesma espécie, apenas
uns mais adaptados que outros, mas todos ainda os mesmos seres.
— Certo, mas qual a ideia?
— Coloca eles lá que vou começar a montar outra barraca, e
vou pegar um camelo e andar no sentido deles, você me dará
proteção.
— Vai os atacar?
— Vou ver quem está ali, pois ele está com um dos nossos
visores, ele sabe que caímos aqui, então eles são parte do nosso
problema.
Sil entrou, Mac pegou outra tenda e a montou, olhando para
os animais, afastou os lobos e colocou um tecido em um dos
camelos, estava doido, olha para o local e olha para Sil lhe trazer um
óculos de visão noturna e uma arma de choque, que colocou abaixo
da roupa.

O senhor olhava para Mac e viu ele montar no camelo com


dificuldade e fazer com que o mesmo andasse no sentido deles,
olha para o árabe e fala.
— Ele vem ai.
— Acha que são eles?
— Podem ser de outra inteligência, um outro ficou na vigia lá,
parece a mesma capa, como se fosse algo padrão, não esta das
caravanas onde cada um tem uma diferente.
Sil olha ao longe, e olha para os lobos, olha para a fogueira,
pega mais gravetos e o fogo aumenta, ela dá as costas e entra na
parte protegida, sai com um perfurador de poço, era usado para
outra coisa, mas ele varria a parte baixa vendo fendas onde pudesse
haver agua, e quando achava, dava um sinal, ela ativa em um ponto,

201
e o sonar atravessa a areia, a deixando bem fina, e a pressão da
agua começa a subir, Sil dá um passo atrás e aquela agua jorra ali.
Ela faz isto em mais um ponto a frente, sempre afastada do
pequeno lago, e um pouco mais alto, faz um segundo e um terceiro
buraco e a agua corria para o primeiro buraco cheio de agua, ela
guarda o equipamento e olha para Mac, os seres estava olhando
para ela, sem entender, pois eles não viam a agua, parecia um
demarcador de terreno.
Sil olha para o sistema interno, e ativa a proteção, a cobertura
deixava isto invisível aos olhos, mas lhes daria uma proteção contra
ataques de qualquer tipo, os filtros já estavam ativos e os
recipientes de oxigênio cheios.
Sil estava com o comunicador quando ouve ele tocar.
— Fala Mac.
— Se algo acontecer, sai na direção oeste.
— Vai se entregar?
— Vou conversar, mas não sei se eles sabem pensar ainda Sil,
se nós não conseguimos trocar ideias sem nos atacar, será que eles
passaram deste ponto?
— Se cuida.
Sil ativa o protetor e o flutuador. Sem ver a areia começa a
escorrer pela lateral, ainda imperceptível.

Mac chega a frente do senhor e fala.


— Fala minha língua? – Em um árabe estranho.
O senhor ao lado olhou o americano e falou.
— Ele pergunta se entende a língua dele?
— Com você traduzindo sim. – Sorri o americano.
— Ele não entende muito senhor.
Mac olha o senhor, barba era algo que não usavam nas naves,
sistema de retirada dos pelos faciais via laser deixava eles sempre
com mais tempo ao trabalho.
— O que aconteceu ali a frente, não existia aquele buraco a
alguns dias. – Pergunta Mac.
O senhor olha o americano e pergunta.
— Ele quer saber se sabe o que aconteceu ali a frente, que
não existia aquele buraco ali a alguns dias.
202
— Ele não sabe? – O americano.
O senhor respondeu com uma pergunta, e Mac olha para o
senhor e fala.
— Achei isto naquela colina, não sei o que é, mas parece bom
para observar os vizinhos, mas deixa eu voltar lá, estrangeiros que
respondem perguntas com perguntas, não me interessam.
Mac sobe no camelo e começa a voltar, olha o senhor e vê o
senhor que não lhe entendia esticar uma arma para ele.
— Melhor descer do camelo.
Mac ouviu o senhor repetir o que o americano falou e sorri.
Desce do animal e bate na traseira do mesmo, que sai a
andar. Olha par o americano e fala.
— Valente.
O senhor apontava a arma e fala.
— Vire-se.
O rapaz repetiu em Árabe e Mac falou.
— Não, se vai me matar, que seja olhando em meus olhos
covarde.
O árabe olha sem saber se fala o que ele falou, e o americano
aponta a arma para o senhor e fala ríspido.
— O que ele falou?
Mac não estava bom ainda, mas deu 3 passos rápido e
encostou na arma que o senhor esticou para ele a arma de choque e
o senhor puxa o gatilho, enquanto é jogado para traz, muitos
olharam para Mac que olha para aquele senhor, e um grupo se
armar as costas.
Mac nem sabe quem lhe deu o primeiro tiro, e sente o corpo
caindo para trás, Sil sente o movimento e se o senhor estava
confiante, achando que matara o rapaz, olhou aquele brilho a leste
e viu aquele instrumento se erguer ao fundo, como se virasse para
eles, e começa a avançar rápido, todos olharam para aquilo
deixando a cobertura de lona e areia para trás e vir no sentido que
Mac havia caído, a proteção chegar até eles empurrando todos a
exceção de Mac, Sil desce olhando Mac caído, olha os olhos do
senhor encostado a parede, via os seres atirando, olha para os
helicópteros ao sul começarem a se erguer, e olha com uma lagrima
nos olhos para Mac.
203
Mac sente ela colocar ele numa maca, a mesma flutuar, o
colocar no sistema de detecção medica e começar a fazer as
incisões de retirada das balas, os sistemas de cura e os helicópteros
chegavam perto, Sil olha para a montanha bem ao fundo, espera os
helicópteros chegarem, firma Mac na maca, entra e prende as
crianças em cintos de segurança, mesmo dormindo, e olha para
fora, fecha a comporta, a proteção estava encostando muitos a
parede, outros atiravam e os helicópteros chegavam rápido.
Sil ativa o sistema de eletromagnetismo e todas as armas
foram atraídas para a proteção, assim como os carros, as coisas
metálicas, traça o caminho tridimensional no sistema, e um
pequeno impulso, e se vê aquela capsula correu sobre o deserto,
atravessando com suas proteções os três helicópteros que
estouraram ao ar, e acelera no deserto, o árabe olha assustado para
aquilo sumir, e olha para o americano morto prensado a parede,
outros olhando assustados, os restos dos helicópteros, aquele
veiculo com forma de uma capsula sumir a leste.
Os relatórios e imagens passados a base a frente faz que mais
helicópteros fossem no sentido que viram aquela luz sumir rápido.
O senhor árabe olha um grupo armado começar a sair, e olha
para tudo a volta, olha para onde estava o senhor antes, e se fazia
um pequeno lago, todos os grupos olhavam para aquele lugar, e
mesmo tentando entender, não entendeu.

O senhor olha um rapaz chegar a ele e perguntar.


— Ala seja louvado, como estão as coisa All Haran?
— Separa os bons, acho que podemos ter feito algo errado,
não sei quem são, mas são aparentemente humanos, e pode ser um
sinal de Ala, pois olha o que sobrou dos helicópteros deles.
— Do que está falando All Haran.
— Estes seres, podem nos prover proteção contra estes
americanos, e isto não precisa nem ser declarado, o ser fala árabe e
não fala Inglês.
— O viu?
— Um ser alvo, alto, os senhores deram tiros no ser, espero
que seja forte e resista.

204
A informação corre por caravanas, e mais a frente, Sil desce a
nave e vê um grupo se aproximar, ela olha ainda na duvida e os vê
cobrirem a nave com uma lona, não sabia o que era, mas viu eles
usando a nave como piso, como se fosse apenas uma pedra de
apoio.
Um senhor chega a frente da nave e fala em árabe.
— Sejam bem vindos, desculpa estes americanos.
— Obrigada.
O ser olha o senhor levantar-se na maquina, todos sabiam
que ele recebera tiros, Mac olha em volta, não sabia onde estava,
mas pelas câmeras via a tenta acima deles, na entrada ao fundo um
grupo de pessoas parecidas com o senhor que vira antes de ser
atingido.
Olha para Sil e pergunta.
— O que está acontecendo?
— Não sei ainda, mas levou tiros, está bem?
— Doido mais do que antes, vou precisar descansar um
pouco.
— As proteções estão ativas, deita e descansa.
Mac deita, e Sil fica a cuidar dele, estava olhando aquele ser a
cama, nem com buracos parecia frágil, alguém que enfrentava,
soube que os seres os perseguiriam, mas ele seguia as cegas.

205
As imagens do ser na base,
as mortes, o disparar daquela
nave rasante a terra, no sentido
Leste a alta velocidade chegam a
Washington.
Um general de nome
Francis, olha os demais e fala.
— O que aconteceu ao certo lá senhores?
— Não sabemos, os soldados estavam observando, parece
que um dos seres foi até a base que montávamos onde deixaram o
comunicador e tentou falar com eles, mas alguém desconfiando
atirou no ser, o que vemos é a moça das imagens, socorrendo o que
havia levado tiro, e disparando pelo deserto, como se fosse uma
estrada.
— Mas como alguém pode andar assim?
— Eles tem um sistema eletromagnético de proteção, este
sistema além de atrair toda arma e metal, procura um metal a
frente e o usa como empuxo, parece que foi isto que vimos senhor,
e quando está já em movimento, como não tem atrito ao chão,
consegue alta velocidade. – Fala Cal Robert a porta.
General Francis olha para Cal a porta e grita.
— O que este vigarista faz aqui?
Silver entra e olha para o general.
— Não era para os trazer vivos General?
O general olha para Silver, as ordens foram dadas, mas sem
especificação para vivo, e sim trazer de qualquer forma.
— Tem de entender.
— Entendi que o ser reagiu a uma ameaça, por sinal alguém
tão bem treinado como os nossos, pois os movimentos foram
precisos e não para matar o seu agente lá, mas os demais pelo jeito
tinham autorização para matar o ser.
— Parecia um humano.

206
— General, eles são humanoides, podem ter saído deste
planeta a muito tempo, a língua deles não é falada a mais de 5 mil
anos no planeta, mas se vamos os matar, pelo menos deixa nós
descobrirmos qual a ameaça antes.
O general olha para Silver, algo ele não havia entendido.
— Acha que estes não são a ameaça?
— Senhor, se não tivesse alguém lá em cima, eles não se
dariam ao trabalho de transmitir, temos de saber o tamanho do
problema senhor, mas pelo jeito, vieram apenas seres
observadores, talvez testando a reentrada e verificando se quem os
conhecia ainda estavam por aqui.
— Acha que acredito nisto?
— Senhor, eles caíram no deserto do Saara, eles podem
caminhar no sentido da antiga civilização do Egito, que é a
civilização que falou o dialeto que eles usam na comunicação com
nós, não sabemos o que eles são, mas podem ser humanos como
nós, mas com uma tecnologia que se perdeu aqui.
— Está ouvindo muito este ser ai as suas costas. – Fala Francis
apontando para Robert.
— General, ou agimos em conjunto, ou podemos estar dando
sorte ao azar, pois quem caiu no deserto, fez para que olhássemos
para o pacifico e não para o deserto, parece proposital, eles não
caíram no mar, e sim em terra, e com equipamento que mesmo não
parecendo nada conhecido, pois o que vemos na imagem parece
uma pedra com asas derretidas que dispara pelo deserto, a uma
velocidade superior a de um caça senhor.
— O que tiraram do pacifico?
— Parecem pedaços de algo, mas os dados mostram que um
sinal é transmitido para nós do espaço, deve ser para nos distrair
senhor, eles parecem em um plano de invasão.
— Mas onde eles estão?
— Senhor, se eles vem da distancia e a velocidade que estes
chegaram a nós, eles ainda estão no limite esterno do sistema solar,
mas quando entrarem, eles vão chegar rápido demais.
— Não entendi.
— O sistema corre ao espaço, eles tem de acompanhar a
velocidade do sistema, mas a 60% da velocidade da luz, eles devem
207
estar próximo da distancia desta nave que transmite, ainda estamos
a observando, parece muito gelada, mas pode ser um disfarce para
passar a despercebido senhor.
— Quer dizer que eles veem acompanhando o sol e quando
chegarem estarão sobre nós rapidamente? – General.
— Sim, mas não achamos eles ainda senhor, mas se
transmitiram para fora, algo eles pretendem.
— E como vamos pegar isto vivo, viu a reação deles?
— Vi apenas a ação e a reação nossa a tiro senhor, eles não
haviam matado ninguém ainda, mas segura a informação, não
queremos que os locais saibam que eles podem ser aliados contra
nós senhor.
— Eles não são malucos.
— Estamos falando de Alcaida, Bocoharan, Hamas senhor!
— Certo, seguro os dados, mas preciso de informações
confiáveis?
— Senhor, estamos trabalhando, nos de calma, pois estamos
diante de um avista mento real de seres de outro planeta, mas não
sabemos ainda o que eles pretendem.

208
Mac olha para fora e olha
para Sil.
— Mantem as crianças
dentro, mantem tudo sempre em
alerta, e as proteções internas
ligadas.
— Desconfia de todos?
— Sim, ainda não temos um acordo e sabemos que estamos
mais a Leste, mas ainda no deserto.
— A montanha a frente é mais úmida, tem alguma vida por
perto.
— Vamos ter de ligar o nosso sistema Sil e ver o que temos.
— Sei disto, mas deixa eles obterem informação sem nada de
retaliação.
— Certo, vou ver se eles são amigos ou inimigos. – Mac.
— Se cuida, não gosto de ver você frágil a cama Mac.
— Ainda nem sabemos se vamos sobreviver, mas vi que
conseguiu apoio, não entendi como.
— Nem eu, eles nos cobriram, algo aconteceu, temos de
descobrir oque.
Mac sai para fora e fala com um dos rapazes.
— Posso falar com seu líder?
Mac olha a grande montanha ao fundo, e olha o senhor que
vira no dia anterior chegar a frente e falar.
— Que ala seja louvado, o que os trazem ao nosso planeta.
O sistema traduz, entendeu Mac que era uma saudação
religiosa e repete.
— Ala seja louvado, viemos em paz, mas pelo jeito chegamos
em meio a uma guerra, desculpa o intervir de ontem senhor. – Mac.
— Pensei que tinham lhe matado.
— Fui atendido rapidamente, e não levei um tiro mortal, mas
não entendi o problema senhor.

209
— Somos forçados a acordos pois não temos força para nos
manter independentes, e pela primeira vez vimos alguém capaz de
nos dar condição de encarar nossos inimigos como inimigos de
nossa fé, sem o medo de represália.
— Sabe que ainda não somos muitos.
— Imagino que vieram olhar antes, mas estamos dispostos a
lhes dar proteção para que possam no futuro nos dar proteção.
— Um acordo de paz então?
— De qual nação vocês são?
— A de Ala, eles dividiram as terras, mas isto é um deserto, os
governos separam as boas nascentes de agua para eles, as riquezas,
e nós ficamos com os trocados e com nossa fé.
— Mas estamos em que nação local?
— Estas montanhas separam ao norte, Argélia e Líbia, e ao sul
Niger.
— E quer nosso apoio para que senhor? – Mac.
— Não sei o que pretendem?
— Uma terra para viver em paz, apenas isto, não precisamos
de muitas terras, mas corremos atrás da paz senhor, mas sabemos
guerrear para ter a paz.
— Sabe que para guerrear teremos de sair do deserto.
— Ou os atrair para cá. – Mac.
— Não entendi.
— Como é seu nome senhor?
— All Haran.
— Senhor All Haran, se separarmos um pedaço deste deserto
e o considerarmos nosso, acha que eles viriam a nós?
— Com certeza, embora ninguém se preocupe com estas
terras, sempre tem medo de perder terras e ter invasões.
— Podemos começara apenas no papel senhor Haran, colocar
o que vamos fazer, e irmos anexando os irmãos e quando as nações
vizinhas perceberem, já teremos um terreno.
— Mas sabe que estas terras são pobres?
— Sei, mas se tivermos um acordo, começamos a mudar isto.
— Temos um acordo.
Mac faz sinal para o senhor entrar, o rapaz as costas olha
desconfiado, mas o senhor viu a moça sem proteção a face, as duas
210
crianças, não eram guerreiros, era uma família, tinha visto a moça
no dia anterior, sentam-se e Sil chega ao local, ela havia lido um
relato e cobre a cabeça e o corpo e senta-se a mesa olhando para
Mac que estranhou.
— O que podemos faze senhor Haran, é dar estrutura para as
vilas próximas, depois começamos a transformar o deserto em
fértil, e por fim, explorando a natureza local, os produtos locais
erguer as famílias.
— Acha que eles nos darão espaço?
— Preciso de uma terra, mas não somos muitos Haran,
estamos voltando para casa, pode não entender, mas saímos deste
lugar, mais a leste a mais de 70 mil anos locais, e estamos vindo ver
se os irmãos estão bem, mas vimos que não nos querem bem.
— São bem vindos, mas quantos virão?
— Sua gente a volta é mais do que os que virão Haran.
— Veem apenas ver?
— Ajudar a erguer os locais.
Sil entendia a conversa, via que Mac estava pegando o
vocabulário, Mac viu o filho chegar perto e o apresentou.
— Uma linda família, é bom ver que os seus priorizam a
família a guerra, viajam com famílias, esperava guerreiros, mas pelo
jeito sua companheira sabe o curar.
— Sim, ela sabe me curar.
— Vou conversar com os meus, e voltamos a falar. – Haran
olha para o menino e o que mais chamava a atenção era a falta de
cor das peles.
Sil vê o senhor sair e fala.
— Temos de conversar.
— Problemas?
— Eles tem um sistema religioso onde as mulheres não
podem mostrar o corpo, então entrei no jogo, mas isto vai nos por
em pé de guerra quando os nossos chegarem.
— Sei disto, mas vamos ter de achar aliados.
— Sei disto, mas alertando.
— O que sobrou para usarmos Sil?
— Apenas o básico.
— Algo que de para monitorar ainda?
211
— Descobri que eles tem um sistema de informação via cabo.
— Mas o que tem de moderno nisto? – Mac.
Sil sorriu, ela pensou o mesmo.
— Eles desenvolveram um sistema de fibras óticas, que
permitem troca de informação entre nações a uma velocidade
altíssima, mas com sistema de identificação que lhes dá o local onde
cada ser entrou no sistema.
— E como usamos isto?
— Olhe aqui.
Mac chega perto e vê Sil acessar um dos satélites e olhar os
dados, através deste conectar em uma universidade que não tinha
ideia de onde era e vê a informação do flutuar de 4 das estruturas.
— Estão ativas?
— Estão em espera, mas teremos de fazer algo.
— Certo, mas o que pretende?
— Eles estarão entrando na noite lá, quando estivermos
quase no dia aqui, estou tentando comunicação, mas ainda não
tenho, é que quando entrar em contato com o primeiro, saberão
que entrei em contato.
— Sabe que eles vão atacar onde estiverem aquelas bases?
— Sei, mas o mesmo sistema me permite por endereços
novos de comunicação, e estou colocando os dados dos nossos
vigias, eles não sabem que são nossos, divertido usar estrutura que
não é nossa para termos acesso ao que eles sabem.
— E acha que os dados nos mostram oque?
— Algumas nações tem poderio militar altíssimo, outras como
as que estamos, baixíssimos, eles ainda exploram reservas de
combustível fóssil.
— Isto que gerou os desertos?
— Não, ainda não tenho esta informação.
— Mas o que pretende?
— Começamos a mostrar ao planeta que descemos, pois as
noticias deles, falam em um cometa Mac, eles nos matam e
ninguém nem sabe que viemos.
— Governos que concentram a informação?
— Eles concentram a desinformação, eles jogam um dado e
depois escondem a verdade sobre o dado criado.
212
— Reis com outros nomes.
Sil sorriu. Eon chega a eles e pergunta.
— O que aconteceu pai, estávamos no meio do deserto
quando dormimos?
— Como os dois estão sentindo-se?
— As pernas cansam, os braços parecem mais pesados,
parece que tudo é difícil no fim do dia.
— Exercícios para desenvolver os músculos filho, isto se
chama gravidade, com o tempo recuperamos as atividades normais
filho, mas temos de nos dedicar a uma carga diária de exercícios,
para que os músculos comecem a se desenvolver por completo.
— E o que vamos fazer pai, se achávamos que os desertos
eram vazios, nem isto.
— Sua mãe esta falando que existe lugares que existem
milhares de pessoas, aqui só tem uns poucos.
— E vamos fazer oque?
— Descansa filho, pois vamos trabalhar uma noite inteira.
— Uma noite inteira?
— Sim.
Mac olha para Sil e ela fala.
— As 300 esferas de comunicação que deixamos na
estratosfera na reentrada, vão gerar ruído, o que deve atrapalhar
muito a comunicação via satélite.
Sil deixa um corredor de informação aberto via satélite, e do
outro lado do planeta, na costa Oeste dos Estados Unidos, uma das
naves que estava sendo rebocada lentamente, começa a fechar as
comportas, expelindo a agua.
O sistema comunica-se com os demais sistemas ativos, e uma
leva de 70 cargueiros começam a fechar suas comportas internas,
começam a bombear a agua para fora e começam a flutuar.
As pessoas nos navios de pesquisa que estavam na região,
olham o navio ser erguido e tombar sobre as varias estruturas que
flutuavam, tentam comunicação e nada, parecia existir uma estática
nos rádios, sentem algumas naves ligarem, os generais viram os
sistemas que pareciam desligados ligarem e o navio deles chegar ao
mar de lado, balançou e voltou a posição, mas enquanto eles

213
sacudiam, as imensas naves começam a andar sobre o mar,
pareciam flutuar sobre o mar, na direção do pacifico.
Quando uma delas brilha e dispara, atravessa o navio de
pesquisa que começa a afundar ao mar.
Outros pequenos barcos também começam a afundar, assim
como dois rebocadores junto a costa.
E no silencio da noite atravessam o pacifico, deixando
milhares de embarcações no caminho a afundar, atravessam o
Indico e com a carga do sol, refletindo em suas carenagens
começam a decolar.
Era começo da manha, quando em meio ao deserto, cada
uma das naves foi pousando em fila, duas a duas, em meio ao
deserto, os jatos jogavam o pó para cima, e foram descendo
gerando uma imensa coluna de poeira, e afundando ao deserto.
As naves fazem uma linha que se estendia por mais de 45
quilômetros por 400 metros de largura, ao norte de Níger, em meio
ao deserto.
Os sistemas ativados, as proteções em alta, o povo do deserto
se afasta, não viram as naves, viram a poeira vindo como uma
grande formação, mas poeira fina e eletrificada começa a gerar
descargas elétricas, e depois pequenas chuvas de areia.
Mac olha para fora, as pessoas ignorando o perigo daquelas
nuvens pesadas, mas sai para fora, olha para a muralha de areia que
vinha do sul, e sorri.
Um senhor chega ao lado de Mac e pergunta.
— O que está acontecendo?
— Não conheço esta manifestação ainda senhor, sou novo
aqui, mas parece uma tempestade de areia.
Os demais começam a se proteger, a montanha daria
cobertura, o pessoal começa a passar a norte da montanha, se via
aquela imensa coluna de areia vir sobre eles.
Sil olha aquilo e fala.
— Sabe o risco disto Mac?
— Precisamos cobrir tudo, mas os daqui já viram coisas assim,
nós não ainda.
Eon olha aquilo, assustador, parecia uma parede de areia até
o céu.
214
— Vamos entrar pai?
— Vamos.
Sil aumentou o nível de proteção, e os senhores que estavam
em suas cabanas com suas famílias viram que a proteção se ergueu
e a areia e vento não chegavam mais a eles.
Olham para a moça sair, colocar um pequeno veiculo na parte
externa, os demais entraram e foram no sentido da formação, se via
a proteção deles ao longe quando entraram na formação.
O céu ficou negro, e mais a frente Sil viu o sistema de
proteção das naves e acionou uma das entradas, e entram num dos
cargueiros.
As luzes acenderam, saem do veiculo e Sil olha em volta.
— Precisamos de fonte de energia.
— Sim, mas aqui é nosso primeiro esconderijo Sil.
— Concordo.
Eon olha para a mãe e pergunta.
— O que é isto?
— Uma base abaixo do deserto, que nos está cobrindo, 70
cargueiros alinhados abaixo da areia, teremos de abrir os
corredores, tirar a areia, e gerar nosso primeiro sistema lar.
Sil olha que o menino apontava algo e olha para o local, o
lugar estava cheio de peixes, que devem ter se batido quando
tiraram a agua, mas estavam ali.
— Peixes, seres que vivem nos mares e rios locais, e pelo jeito
as bases fizeram sua primeira coleta.
Mac olha para o canto, pega um recipiente que usava para
cozinhar e congelar as raízes, para não se perder produções, e
começa com ajuda de Eon a recolher aqueles seres, escorregadiços.
O menino sorria de tentar pegar eles, estava se divertindo,
deu uma leva de trabalho, mas tinham a composição dos seres, e o
sistema interno afirmou que eram saudáveis e sem organismos que
os pudessem fazer mal.
Liz acompanha Sil ao comando e olha para as estruturas,
todas conectadas, o eletromagnetismo isolando para cima, e os
corredores entre naves começavam a se encaixar.
A menina olha aquilo intrigada.
— Quando os dois pensaram nisto? – Liz.
215
— O problemas aqui Liz, é que eu faço os meus planos e Mac
faz os dele, levamos sorte de um não passar o outro para trás em
nada, mas a região acima, vamos financiar o senhor Haran para
comprar, e vamos ver o que podemos fazer.
Eles começam a ajeitar as coisas e no fim do dia, depois de
muito trabalho, voltam pelo caminho, chegam à proteção, e uma
cúpula de areia se via ao longe.
Sentiam seus músculos cansados com tanto exercício,
estavam a sofrer a adaptação sem poder parar para pensar nela.
Entram na cúpula formada pela proteção, ali dentro apenas a
iluminação da proteção, pois a areia cobria tudo.
Entram e o senhor Haran olha para aquela família.
— Já passeando?
Mac fez sinal para entrar e olha para o senhor Haran. Pega
um tecido, ele parecia mostrar imagens, Haran olhava ele, não sabia
o que era, mas estavam querendo acelerar.
Mac olha para Haran e pergunta.
— Haran, queremos saber o que os governos querem de valor
por algumas terras, e vamos as comprar, precisamos saber o que
eles querem, lembrando que não pode ser dinheiro, mas pode ser
reservas de petróleo, tecnologia, promessa de cultivo e
recuperação, pedras preciosas, metal precioso, mas preciso saber o
que eles querem e quantidade.
— Não entendi.
— Haran, no começo vamos comprar as terras, todos os
governos vizinhos nos verão como seus aliados e parte de seus
povos, mas vamos primeiro. – Mac toca no tecido e ele mostra um
mapa.

216
— As áreas em amarelo é que vamos comprar e recuperar
Haran, com o tempo vamos unindo estas partes, mas vamos gerar
terras cultivadas e úmidas, para não acontecer estas tempestades
de areia.
— Quer mesmo transformar isto em uma super nação?
— Sim, mas este é o começo, seu povo terá terras, mas o
principal, um local mais bonito para viver.
— E o que foram fazer?
— Estamos pensando em começar com o norte do Niger, e
vamos ampliando, mas para isto precisamos de apoio Haran.
O senhor sorriu, viu a cúpula tremer e a areia correr pelas
laterais e o céu azul surgir ao céu.

217
Algumas empresas de
tecnologia se deparavam com
uma imensa estática, e a
comunicação não chegava direito,
não conseguiam ver de onde vinha
o problema, e alguns especialistas
no Alasca são acionados.
O senhor Peterson toca o que muitos chamam de ouvidos do
espaço, e recebe a informação das transferências via telefone, pois
via sistema algo estava entrando e perturbando.
Ele olha a formação e tenta conseguir pontos, estava vindo do
espaço, mas não sabiam oque.
— O que temos de diferente a volta do planeta? – Peterson
para um rapaz da técnica, chamado Johnson.
— Parecem pequenos satélites, mas não temos sinal de
lançamento deles em lugar nenhum.
— Algo referente à queda dos objeto? – Peterson olhando
para Johnson.
— Não entendo o que foi aquela queda, e não tenho
prioridade para ter acesso Peter.
O senhor olha os dados e fala.
— Conseguiu determinar o sinal de radio que vem do espaço
o que diz?
— Na mesma frequência da moça de outro dia, mas o que diz
não sei, mas o que está acontecendo Peter? – Johnson sabendo que
algo estava prestes a estourar, mas não conseguia analisar os dados,
pois não tinha permissão de acesso do sistema.
Peterson olha para a secretaria e faz sinal para ela dar um
tempo e fala.
— John, o que aconteceu é que algo caiu na terra, o que caiu,
foi quem fez aquela transmissão, mas aquele pessoal transmitiu
para fora, e agora, parece que algo no espaço está nos tirando a

218
comunicação, o que tenho de saber, é onde estes seres estão, pois
eles estão em algum lugar, mas não sabemos onde.
— Esta falando serio senhor?
— Sim, tem algum dado?
A cara de Johnson foi de que queria falar algo, mas não sabia
como.
— O que aconteceu Johnson?
Ele chega a sua mesa e fala.
— Peter, o problema é que quando analisávamos as emissões
de radio da moça, esta transmissão já vinha, então resolvi ver de
onde ela vinha, e me deparei com o sinal dela, este que vem fixo, e
mais 3 sinais, silenciosos, como se não fosse para chamar atenção,
mas cada um vem em uma espiral diferente, mas pode ser
retransmissão do mesmo sinal batendo em alguma rocha, mas se
fosse apostar em algo, colocava em uma destas 4 coordenadas.
Peterson olha os dados, 4 sinais, um vinha direto, e se
anunciando, o primeiro a passar, e que não pegaria em nada, um
segundo ao fundo, muito ralo os sinais, parecia apenas comunicação
interna, ou algo que não entendiam, coordenadas programadas,
olha os outros dados e pega o telefone.
— Por gentileza, o senhor Silver?
— Quem gostaria?
— Peterson do CERN.
Silver ouve o auxiliar e atende o telefone.
— Pode me explicar os problemas Peter?
— Não ainda, mas temos sinal de radio vindo tentando
manter o silencio em 4 rotas, uma delas é a do sinal, outras 3 que
tentam não chamar atenção.
— Tem os dados?
— 4 rotas senhor, todas como fim na Terra, cada um
chegando em um momento, temos duas muito próximas, devem
chegar a nós em 4 meses.
— E este ruído?
— Algo está gerando isto de cima para baixo, algo que
quando o objeto deu as duas voltas, foi deixando lá, mas temos
rotas e temos um ponto no meio do deserto do Saara que

219
conseguiu acesso prioritário dos satélites, alguém está usando
nossa tecnologia para obter dados senhor.
— Algo mais?
— Não consigo confirmar, mas olha os dados aparentes de
emissão de som ao norte do Níger na África.
— O que teria lá?
— Não sei, mas temos terroristas isolando a área, caravanas
indo a região como se fossem apenas peregrinos, mas peregrinando
para um lugar que não é normal.
— Acha que já estavam aqui?
— Não, acho que estão fazendo aliados senhor, se eles
jogarem nós contra nós, fica mais fácil.
— E quando os satélites voltam.
— Estou tentando desviar senhor, põem todos a tentar algo,
se eles estão usando nossos satélites, eles terão nossas posições
antes de nós.
— Um sistema que usa nossa tecnologia, mas quem são?
— Os rumores do deserto me assustam senhor.
— Rumores?
— Alla mandou um segundo anjo, e ele falou com All Haran.
— Malucos, eles vão usar a religião deles contra nós?
— Dois lados querendo apoio, gera isto senhor, temos de nos
preparar, mas ainda não tenho a situação.

220
Via telefone os senhores
ajustam alguns satélites e
conseguem a comunicação com a
estação espacial, e esta lhes
manda imagens de pequenos
objetos compridos, simples, que
mantinham-se em orbita, vários
pontos daquilo.
Silver chega a base em Cabo Canaveral e olha as imagens e
fala.
— Temos como tirar eles de lá?
— Não senhor, mas o que é isto?
— O que chegou do CERN vai por todos em pânico, existem 3
naves vindo para cá ainda, além da que transmite, todas silenciosas,
estamos passando os dados para os observatórios, por telefone
mesmo, mas vamos tentar monitorar eles, e ver o que vem, isto ai
mostra que não vieram por bem, não vieram sozinhos, e algo está
me indicando algo que parece mais filme de ficção, seres espaciais
que sabem de nós, e voltaram ao planeta.
— E como vamos enfrentar isto?
— Não sei, Washington quer ideias, mas não sabemos ainda o
que fazer.
— O que está acontecendo com as comunicações senhor? –
Uma senhora ao fundo.
— Acredito que estes pequenos objetos, estão se
aproximando de satélites e interferindo nas frequências, mas
porque eles estão fazendo isto que precisamos saber.
Silver termina de falar e um rapaz ao fundo fala.
— Linha 4 senhor.
— Quem?
— Almirante Bronson.
Silver soube que era bem onde não deveria ter manifestação
e atende o telefone.
221
— Me informe Almirante?
— Não entendemos, alguém assumiu o comando de uma
parte daqueles trechos que caíram no pacifico, eles flutuaram a
oeste, temos mortes aos montes senhor, aquilo atravessou os
navios de pesquisa quando parte do pessoal descansava, os
rebocadores não sei onde estão, existe relatos via radio de mais de
30 navios afundados no pacifico, mais de 12 no Indico, não sei para
onde eles foram.
— Esta dizendo que o que caiu ainda voa?
— Flutua, não temos os dados senhor.
— Me manda tudo que puder, não sei ainda o que fazer, de
alguma forma estão interferindo na nossa comunicação.
— Vou verificar senhor, vou verificar.
Silver sentou-se e quando o telefone tocou ele sabia que
vinha mais alguma coisa.
— Me informa onde estas naves foram parar General? –
Silver pegando o senhor pela surpresa.
— Sabe das naves?
— Ainda não entendi o feito, mas me confirma o número e
onde elas estão?
— Relatos na Somália, Etiópia e Sudão, de imensas naves, um
militar falou em 70 delas.
— Consegue me passar o caminho, general, eles estão
fazendo uma base em meio ao deserto do Saara, e tenho de saber
onde e porque.
— Eles quem?
— Alienígenas que pelo que vi das imagens, com um pouco
de maquiagem se passam por nós senhor.
— Está falando serio?
— Passa os dados para Peterson do CERN, ele vai tentar nos
apontar exatamente onde estão.
As imagens do deserto ao norte do Níger estava como uma
imensa poeira alta de areia.
Silver pede algo para beber e olha para todos, precisava falar
e por todos atentos a pequenos dados.
— Pessoal, me deem atenção um pouco.
Silver olha todos olhando para ele e fala.
222
— Estamos em meio a uma crise nunca passada, e espero de
todos a mente aberta, quem está atacando nosso sistema tem
estrutura maior que nós, um daqueles pedaços que caíram no
Pacifico, soma em metal mais que todos os satélites que lançamos
ao espaço, eles lançaram ao mar e de alguma forma, eles usando
nosso sistema tiraram de lá 70 estruturas daquelas, eles
coordenaram a ida para algum lugar na África, deserto do Saara, ao
mesmo tempo, quando davam as voltas, deixaram pequenas
estruturas ao espaço, que nos gera esta interferência, mas a
interferência é sobre o nosso sistema, segundo o CERN, alguém está
usando e tendo acesso aos nossos dados, em algum lugar a divisa
norte do Níger, nem sei onde fica isto, mas vamos tentar ver onde
eles colocaram as naves, estamos falando até agora em dois seres
extra terrestres na Terra, os dados do CERN apontam para outros 3
grupos vindo, estes devem estar arrumando a chegada, temos de
pensar, de nos organizar, achar uma forma de driblar esta
interferência e descobrir o que estes seres pretendem.
Silver passa a mão no rosto, não dormira mais de 4 horas nos
últimos 2 dias, e este dormir foi retornando de avião para a costa
Leste.
— Está pesado senhores, senhoras, perdemos bons
engenheiros, técnicos, especialistas que estavam tirando as naves
do fundo do mar, eles foram atravessados por aquelas naves.
O senhor toma um gole de agua.
— Preciso do melhor de cada um, sei que estou pedindo
muito, mas preciso do melhor de vocês, e vamos fazer uma escala
de descanso para todos, pois quero pessoas pensando, não apenas
dormindo nos controles.
Silver agradece e volta a sua mesa e olha para os dados, algo
estava errado, mas não sabia oque.
Estavam ali quando a interferência some e os satélites voltam
a funcionar, Silver olha os dados do deserto, nada de diferente fora
aquela tempestade de areia, imensa.
— Onde eles se esconderam?
— Estamos varrendo a região senhor, ainda não conseguimos
na região da tempestade, mas fora dali não temos ainda vestígios
de calor.
223
— A pergunta que faço, se eles usam energia a base de
eletromagnetismo, qual seria a temperatura de algo assim?
O engenheiro olha os dados chegando e fala.
— Depende do material condutivo que eles usam?
— Tenta verificar, pois se eles não estiverem usando calor
para fazer isto, temos de os achar por algum outo detalhe.
— Ideia?
— Eles foram para um deserto, onde a diferença de solo pode
variar depois de tempestades de areia, mas temos de saber onde
eles podem ter se escondido, mesmo que não tenhamos certeza,
temos de partir de algum lugar e fazer outras medições.
— Faremos senhor.
Silver olha os dados, o que não fazia sentido.

224
Mac sai da pequena nave e
olha para os nômades com suas
famílias inteiras, vida sofrida, mas
pareciam sorrir, mesmo com
dentes faltando, tortos, peles
judias pelo morar no deserto,
estava a observar quando ouve
Eon ao seu lado.
— Quando jovens são até bonitos, mas depois parece que o
meio os vai desgastando.
— Eles vivem filho, nós apenas sobrevivíamos, teremos de
aprender muito com eles, e espero que você e Liz se dediquem a
linguagem, tem 4 línguas fortes, a local, este tal de Inglês, vi que
alguns falam Frances, e uns uma língua nativa deles que tem
algumas palavras que me parecem familiares.
— Estamos estudando, mas acha que estamos indo bem?
— Não esquece, corpo coberto sempre, tanto você quanto
Liz, não sabemos se alguém de fora vai se infiltrar no grupo.
— Pensar que estávamos condenados pai, e fomos os
primeiros a pisar no planeta.
— Mantem a atenção filho, não sabemos ainda o que está
acontecendo.
— Vamos estudar um pouco, vai fazer oque pai?
— Não sei ainda, não gosto de esperar as coisas acontecerem.
— E a mãe?
— Esta verificando as coisas via sistema de satélites, mas não
quer dizer que não nos identifiquem, mas por isto fica para dentro.
Eon concorda e entra.

225
Um grupo chega de avião a
um porta aviões e um senhor olha
para os rapazes trazendo um
pequeno involucro fechado e
falar.
— Tem de mandar a
Washington rápido Almirante.
— O que tem ai?
— Não tenho autorização de falar, mas tudo indica que um
caminho que vai nos dar outros.
— O que estão fazendo no deserto?
— Varrendo centímetro a centímetro, vamos achar tudo que
eles deixaram para trás e vamos tentar achar uma forma de os
enfrentar.
Um avião decola com sentido estados unidos,
reabastecimento no ar e desce na base ao lado de Washington, e
uma leva de seres olham aquele involucro e o levam para dentro.
Silver voa para Washington e entra na sala ao lado.
— O que temos?
— Uma criança, recém nascida, não resistiu a reentrada, pele
bem branca, ossos fracos, de quem foi gerado em uma nave com
gravidade artificial.
— Se parece com o que? – Silver.
— É um humano senhor, não sei o que falar.
— Tem certeza de ser um dos seres?
— Temos, a criança não tem nada de vestígios de micróbios
ou vacinas, não tem índice de alguns alimentos, mas fora isto, o
DNA confirma senhor, humano.
O general olha para Silver e fala.
— Isto não se fala.
— Sabemos agora senhor o que eles pretendem, mas a
pergunta, porque eles estão vindo?
— Acha que eles pretendem se misturar?
226
— Sim, e vão passar as dicas para os demais de como se
misturar.
— Eles vem de onde?
— Não sabemos senhor, mas geralmente se sai com famílias,
pois isto é sinal que é um casal, quando se vem habitar, não apenas
pesquisar e voltar.
— Acha que eles vem tomar o planeta? – O general.
— Temos de pensar nisto, eles estão em meio ao deserto,
mas com certeza não vão ficar lá, acho que toda a operação de
ontem foi para olharmos para lá, o sistema de transmissão deles
continua na região de um deserto, mas será que ainda estão lá, ou
estão nos forçando ir para lá para eles se misturarem, ou melhor, se
recuperarem, tomarem um disfarce e se misturarem?
— Temos como identificar fracos?
— Senhor, é uma criança sem nenhuma vacina básica dos
humanos atuais.
— Certo, eles estão em meio a uma região seca, algum
motivo para isto?
— Se eles vem do espaço senhor, vem com sistema de
reciclagem de tudo, então eles não precisam das coisas a volta,
então eles vão se adaptando, mas podem sucumbir a uma simples
gripe.
— Seria muita sorte.
— Verdade, seria muito sorte.

227
Mac estava a porta da
tenda que cobria seu transporte
quando o senhor All Haran chega
a Mac e fala.
— Temos de conversar.
— Entre.
Haran chega dentro e fala.
— Senhor, sei que querem apenas viver, mas estão fazendo
uma operação num mar por trás das montanhas a oeste, para vir
sobre nós.
— Retira seu pessoal Haran, não arrisca.
— Tem uma coisa, alguns médicos que conheço falaram que
vocês deveriam tomar as vacinas básicas dos humanos.
— Não entendi.
— Temos hoje em dia, vacinas reguladoras de algumas
doenças básicas, como sarampo, varíola, varicela, paralisia infantil,
gripe A1, doenças que não desenvolvemos, pois tomamos estas
vacinas, mas vocês vieram de onde não existe estas doenças, mas
todos nos, por ter sidos vacinados, assim como somos imunes,
podemos transportar estas doenças.
— E como seria estas vacinas?
— Algumas são oral, e algumas via injeção.
Haran viu que o senhor não sabia o que era uma injeção, e
falou tirando colocando uma caixa sobre a mesa.
— Tem poucas doses, mas dá para os 4.
— Me preocupo também com estas serpentes. – Mac.
— Isto sempre temos vacina, pois as crianças sempre acabam
se arriscando.
— Agradeço.
O senhor saiu, Mac jogou no laboratório que tinha ali, analisa
e faz um relatório, vacina as crianças, vacina Sil, que pareceu meio
temerosa, mas teriam de se defender.

228
Somente depois de 12 horas de Sil ter tomado as vacinas ele
aplica nele mesmo, através de um aplicador automático, sente a
pontada no braço, liga as proteções e olha para Sil.
— Pode ser uma arapuca, mas se for, teremos de reagir
mesmo doentes.
— E não duvidou?
— São vírus e bactérias, inócuas, para nossos corpos criarem
anticorpos a isto, vou analisar meu sangue antes e depois, temos
depois de entender como eles fazem as vacinas, mas o que quer
dizer.
— Encerrei as transmissões, temos dados, mas o que
faremos?
— Temos de esperar eles agirem, estamos aqui para isto, mas
Haran vai tirar o pessoal dele, vamos assim que eles saírem isolar a
região, e vãos por todos nossos em uniformes.
— Acha que eles podem nos atacar com oque?
— Gazes, não sei, mas não vamos arriscar, estamos em meio
a um deserto, mas não sei ainda.
— Alguém deles detectou a vinda dos demais, eles estão
estudando o que podem fazer.
— Avisamos eles quando chegarem mais perto.
— Teremos de nos posicionar, e não sei qual a reação destes
a volta quando verem os nossos, e nem os nossos quando os verem.
— Algo mais?
— Esquecemos de um detalhe, e eles agora devem estar
estudando nossos fracos.
— O que esquecemos?
— Eles recolheram o corpo de Mary no deserto que
estávamos, e agora devem saber algo que nos pode atingir.
— Sil, o que fico pensando, é que se eles não podem com dois
anacrônicos como eu e você, como eles vão poder com todo um
grupo de pessoas como nós.
— Como disse, somos anacrônicos, então não existe uma
logica de ação, eles devem achar que podem achar um método, mas
não temos ainda.
— Ainda bem então que somos assim.
Mac sorriu olhando as reações e fala.
229
— Eles vão ter algumas reações alérgicas, mas existe uma
segunda e uma terceira dose de algumas vacinas, estou marcando
as datas no sistema.
— Achamos um aliado, mas ele nos olha desconfiado.
— Somos estranho aos olhos deles, devem nos tratar como os
tratamos, como desconfiança.
Mac olha eles desmancharem as ultimas barracas ao longe, e
todos saírem, entra e fala.
— Vamos nos esconder um pouco.
— Onde?
O eletromagnetismo começa a eletrificar a areia ao fundo e a
nave deles começa a afundar um pouco, como se entrando na areia,
começam a afundar e quando com mais de 3 metros de areia sobre
eles, a nave estaciona, e Eon fala.
— Esta coçando.
— Vou lhe passar uma pomada filho, sei que é incomodo, mas
pode nos poupar algumas doenças.
— Porque da coceira pai?
— Nossa alimentação não gera algo que gera nos corpos
deles, chamam de vitamina A, isto é gerado pela frequência do sol
deles e de alguns alimentos, o que gera uma pele mais resistente,
não temos peles resistentes, vivíamos isolados filho, agora vamos
ter de nos acostumar.
— Mas vai passar?
— Sim, vai passar.
Sil desliga os equipamentos de comunicação e olha para os
radares internos, olha para o sistema e os desliga, poderiam
identificar os mesmos.
Haran olha ao longe com cada grupo indo em um sentido, ele
estava indo no sentido de Níger, com uma proposta de compra, o
senhor não sabia como levantariam os recursos, mas gostava da
ideia de ter uma nação ali, nem que a nação fosse teórica, não
pratica.

230
Os aviões sobrevoam a
região, o que o satélite mostrava
como uma aglomeração, viram
que existia barracas erguidas, mas
não existia sinal de calor, além da
areia quente do deserto.
A informação gera um cargueiro com paraquedistas
decolando de Israel, e quando sobre a região, solta uma leva de
soldados que chegam a toda região.
Um sargento chega as tendas e fala.
— Sargento Hamann para central.
— Fala Sargento.
— Vazio, apenas tendas, é um chamariz senhor.
— Movimento por perto?
— Caravanas de nômades, mas nada de moderno central.
— Temos uma leitura de metal na região que estas?
— Só se estiver enterrado senhor, pois não existe nada de
entrada, apenas deserto para todo lado.
O rapaz sai da tenda e olha em volta, olha ao sul, ao norte a
montanha, olha para Oeste e fala.
— Uma região alta que poderia ter uma base senhor, mas não
parece ter mais nada.
— O que vè ao sul Sargento?
— Nada de mais senhor, deserto interminável.
— Se locomovam ao sul, tem registro de grande quantidade
de metal ao sul.
— Estamos indo. – O sargento faz sinal para outros dois e eles
derrubam as barracas, e começam a andar ao sul. — Cuidado que é
área da Allcaida.
— Estamos verificando senhor.
O grupo começa a andar ao sul.

231
Em Washington uma
senhora olha a criança e fala.
— Como pode um humano
cair do céu?
— Senhora, estamos
fazendo uma analise genética, eles
tiveram um crescimento paralelo
aos nosso.
— Paralelo? – A senhora olhando o auxiliar.
— Sem apêndice, corda vocal mais fina, cabelos e peles como
se tivessem em um planeta mais húmido, maior, mas desgastados
por uma viagem.
— E quando nossa genética cruzaria com a deles? – A
senhora.
O rapaz coloca no computador e aponta par 70 mil anos, e ele
vira para a senhora, falando.
— Genoma que é evolutivo dos povos da região das
nascentes do Rio Nilo, a mais de 70 mil anos.
— Daqui a pouco vão dizer que falam uma língua antiga.
— Não lhe mostraram senhora?
Ela olha desconfiada e pergunta.
— Mostraram oque?
O rapaz coloca a imagem da moça se aproximando e
transmitindo e a moça olha para a pele branca, cabelos ralos, olhos
escuros, e fala.
— Isto é maluquice.
O rapaz sorriu e ouviu o rapaz falar.
— Não atrasa amanha Mary.
A moça sai para fora, pega o celular e disca, fica olhando o
rapaz chegar e fala no celular.
— Phill, temos de conversar.
— Problemas?
— O que caiu não foi um asteroide.
232
— E quem foi?
— Não disseram que os Hons não voltariam?
O senhor engasgou e pareceu gaguejar.
— Tetem cecerteza?
— Sim, temos de conversar, estou indo para ai.
A moça entra no carro, ajeita o nariz e sai no sentido da
região leste da cidade, entra em uma casa simples e olha para um
rapaz.
— Milk, vou precisar do veiculo.
— Mas Phill não autoriza ninguém usar.
— Hons Milk, Hons estão vindo, temos de nos mexer agora.
— Mas vem de onde?
— Ainda não sei, mas mandaram alguém a frente para
anunciar, devem saber que estamos aqui e estão falando, sumam.
— Mas garantiram que eles nunca viriam para cá?
— Eles estão vindo, não sei qual das vivencias, mas
mandaram alguém a frente, nem sei que planeta é este no sistema
deles, mas sabe que geramos o problema que os tirou do planeta
deles, devem estar vindo nos por para correr.
— E porque acha disto?
— Não acho, apenas acabo de ouvir uma membro da
Vivencia, falar em Honset, a língua deles, “Vivencia para Terra,
mensageiros voltando a Gaia!”
— Esta dizendo que estamos em Gaia, por isto estes seres são
tão parecidos, mas não sabem de sua origem?
— Sempre falamos que algo este planeta havia sido no
passado dos Hons, mas Gaia é algo que não esperava.
A moça tira a mascara, e entra na peça ao fundo, desce por
um elevador e olha com aqueles olhos grandes, com aquela pele
lisa, e cabelos ralos, para Phill.
— O que está acontecendo Mary?
— Os órgão de inteligência pegaram uma transmissão do
objeto que caiu, agora entendo a correria, o mesmo transmitia para
baixo anunciando sua chegada, falando ser da Vivencia, voltando
para Gaia.
— Ouviu certo?
— Sim.
233
— Acabamos em um dos destinos então, deve ser por isto
que não obedeceram o sistema os colocando longe dos planetas
internos.
— Nunca entendi esta historia? Parece maluquice Phill.
— Nossos ancestrais chegaram a Hons, o planeta Vida, e
como não tinha alternativa, desceram, mas os lideres nossos
quiseram tomar o planeta, e começam uma guerra, desta guerra,
algo foi feito que desiquilibrou a lua deles, e esta começou a se
aproximar do planeta, todos começam seus planos para sair, a
gravidade alterada, os mares, a pressão sobre a população e as
guerras fizeram os dois grupos mandarem ao espaço sobreviventes,
estes são a Vivencia, muito trabalho sem precedente para saírem do
planeta.
— Mas o que aconteceu com o planeta deles?
— Não sabemos, teríamos de voltar para olhar, mas quando
achamos este planeta há 300 anos locais, eles eram quase nada,
hoje chegam a uma tecnologia assustadora, mas ainda estão longe
de uma viajem espacial.
— Acha que eles vão os ouvir? – Mary
— Se oferece a traduzir aquela língua, diz que é uma língua
derivada do Tamaxeque, que normalmente usam os símbolos
parecidos com os tifinagh, dos povos Tuaregues.
— Tem relação?
— Sim, eles sempre tendem a aquela parte, não sei oque tem
lá, mas dizem que eles sempre vão atrás de suas origens.
A moça olha para Phill e fala serio.
— Avisa o grupo, temos de observar eles Phill.
— Temos de cuidar para não nos deixarmos visíveis, eles
terão problemas com o povo local.
— Cuidamos, mas acha que eles não vieram atrás de nós?
— Não, estou tentando manter a logica Mary, eles chegaram
300 anos depois.
— Verdade, pensei que nunca ouviria alguém falando aquela
língua, mas parece que errei.
Os dois saíram do subsolo mais quente, colocam suas
mascaras e Mary sai a rua, e Phill olha para Milk.
— Prepara um veiculo, nem sei se eles voam ainda.
234
— Sabe que sim Phill. – Milk sorrindo.
Mary volta para o lugar e olha para o seus superior e pede
para falar com ele.
— Fala Mary?
— O Paul me mostrou aquela gravação.
— Depois puxo a orelha dele.
— Senhor, tenho parentes no sul da Líbia, e aquilo que a
moça falou, parece uma variante do Tamaxeque8, uma língua
praticada entre os povos nômades da região, os Tuaregues.
— Sabe falar aquela língua.
— Me entendo entre as 4 variantes da língua deles, pois
tenho parentes em toda região entre Sudão, Chade, Líbia, Niger,
Argélia, Mali e Mauritânia.
— Dai que vem seu sangue tipo A?
— Sim, dai vem meu sangue do tipo A.
— E está se pondo a disposição, seria isto?
— Sim, pois as vezes entender o que falam é mais importante
que apenas achar.
— Ouviu a transmissão?
— Uma frase apenas.
— O que diz a frase?
— “Vivencia para Terra, mensageiros voltando a Gaia!”
O senhor olha a tradução no papel e pergunta.
— Existem divergências na sua tradução.
— Tudo bem senhor, apenas oferecendo minha ajuda, aquela
criança passou um choque imenso, não sei o que a matou, mas está
com marcas no corpo como se algo a apertasse com muita força e
não conseguisse respirar.
— Não vai insistir?
— Senhor, posso ter entendido errado, mas referente a
criança, vai querer um laudo oficial, não sei quem o matou, parecia
alguém preso em um lugar.
— Não, mas precisamos das respostas do sistema respondido.
— Tranquilo senhor.

8
Língua dos Tuaregues, nômades do Saara, que possuem 4 sub divisões
internas.
235
O senhor entra e Mary sai, não estava em seu horário, mas o
senhor Francis entra e olha para os senhores e passa uma pergunta
para os entendidos, se a tradução não poderia ser aquela.

236
Os soldados atravessam o
deserto em meio ao norte de
Níger, a direção que o radar dava,
pois o vento estava muito forte,
estavam indo no sentido de
Madama, uma base militar em
conjunto do Níger e da França.
Os soldados estavam em meio a aquela tempestade, o líder
deles olha para a bússola totalmente perdida, parram em uma
rocha a norte de Madama, esperando o parar um pouco do vento.
O Sargento Hamann passa um radio para a base que afirma
para ficarem ali, que estavam com mais problemas que eles.
Aquela tempestade de poeira parecia não acabar, se via os
raios ao céu, sentiam no rosto e nos braços o roçar daquilo, o pano
na boca evitava de respirar aquilo, mas estava difícil.
Hamann estava encostado ao paredão vendo o vento varrer
ao norte toneladas de areia, deram graças quando chegaram ali,
pois o vento vindo do sul parecia querer varrer a areia dali.
Hamann faz sinal para o rapaz ao lado se prender a rocha e o
mesmo vê que os poucos metros que os trouxeram até ali, estavam
se tornando muitos metros de rocha.
O olhar em volta era de susto e admiração, a comunicação
estava muito ruim, mas viram o vento depois de algumas horas
parar, com dificuldade, prenderam uma corda e começam a descer,
os soldados olham para a formação e olham para a lateral sul da
montanha, parecia estar uns 100 metros mais alta, olham para
restos de uma cidade rustica de barro e terra que deve ter existido
ali, e olham começar a brotar da agua.
Um dos rapazes olha para Hamann e fala.
— Vamos antes que vente no sentido contrario.
Hamann olha para o norte e parecia ter surgido imensas
dunas de areias, dunas de mais de 300 metros, assustadoras dunas.

237
Eles registram e começam a caminhar, chegam na região de
Madama e começam a correr, pois tinham muita gente machucada,
todas as instalações pareciam estar aos pedaços, a estrutura do
antigo forte estava toda no chão, as coisas arrancadas e espalhadas,
foram organizando e ajudando as pessoas, sem mexer muito nelas,
e depois de um tempo, quando o céu abre, pedem ajuda urgente.
De um porta aviões no Mar Vermelho dois helicópteros
Americanos se direcionam para a região, com paramédicos, olhando
para a região ao norte, se via aquela formação que ficara visível, os
soldados souberam que levaram sorte, ventou naquele sentido com
tudo, Madama estava no meio do vento, e não tinha uma formação
suficientemente alta para se esconderem ou dar proteção a eles.
Um comandante Frances agradece a prontidão, estava ferido
na perna quando fica de pé olhando em volta e olha para a
formação ao norte visível, e olha para toda a região, raspada, como
se tivessem tirado toneladas de areia de um lugar e colocado no
outro.
— Nunca viu algo desta fúria aqui rapazes, estou aqui a 6
anos treinando novatos, e nunca vi algo assim.
— Viemos verificar como os grupos estavam, mas parece que
teríamos de ter desconfiado quando os Tuaregues foram a Leste.
— Eles entendem mais deste deserto que nós, mas temos
gente da região que também foi bem afetada, a diferença é que eles
são um povo que se denomina de livre, então para eles, isto é
mostra que Deus apoia sua liberdade.
— E o que seria ele ser contra a liberdade?
— Não sei, nem vou perguntar. – O comandante.
— Senhor, estávamos na formação ali a frente, mas depois
dela, a uns 10 quilômetros, toda areia que saiu daqui, se aglutinou
ali em dunas de mais de 300 metros.
— E o que procuravam na região?
— Restos do que caiu a poucos dias.
— Nunca entendi o que procuram, mas parece ser segredo do
grande, pois vejo israelenses e Americanos, colaborando com Líbios
e Argelinos.
— Se tinha algo ali, agora está a 300 metros de areia.

238
— E mandaram verificar em meio a uma tempestade de
areia?
— Alguém manda e nós obedecemos.
Os soldados agruparam, um helicóptero Americano tira todos
dali, socorrendo um grupo os levando mais ao sul, até Agadez9, tudo
a Nordeste de Agadez, estava em ruinas, ou soterrado.
All Haran chega a cede de uma empresa Inglesa na região que
detinha uma parte daquele deserto, e colocou a proposta de tentar
melhorar aquilo, dividindo com a empresa até o limite do valor das
terras o que conseguissem.
O senhor estava dizendo que a proposta era ruim, All Haran
deixa seu contato, e sai dali, o senhor logo após sabe que tudo a
nordeste estava arrasado.
Na saída da cidade, uma caravana estava acampada e veem
aquele senhor chegar de carro até All Haran.
— O que tem lá que querem?
— Se alguém tivesse visto algo senhor, já teriam feito um
buraco, uma vala, sabe disto, mas estamos propondo em lhe pagar
com nosso serviço, e receberá cada centavo que sobrar naquele
lugar por um tempo, mas queremos as terras após.
— Acham que conseguem pagar quanto?
— Faça a proposta senhor, não sei se posso, mas se der um
valor, uma objetivo, vou a região, verificamos se é possível e
assinamos isto ainda esta semana.
— Um contrato de serviço, meio a meio, por cinquenta anos,
de tudo que extraírem dali, é minha proposta.
— 40/60? – All Haran.
O inglês olha para o senhor e fala.
— Feito, vamos fechar isto, não vejo a hora de me mandar
para Londres.
O senhor sorriu, All Haran soube que teriam de conseguir
outras terras, e descobriu que parte das terras eram da nação, e
ligou para um parente distante, pedindo autorização para intervir
nas terras a Nordeste, esforços para transformar um deserto em
área fértil.

9
Segunda maior cidade de Niger
239
Um dos rapazes do grupo dele olha para All Haran e pergunta.
— O que está fazendo Imajeren10?
— Hora de voltarmos a ser respeitados Asuf.
— Mas o que está combinando com estes assassinos?
— Um trato de produtividade, mas eles não sabem bem o
que têm, existem documentos que transformariam toda região ao
norte de Bilma e a Leste dela como sendo deles.
— E vamos a tomar?
— Um acordo de produtividade, onde o acesso seja
controlado por nós. Mas num segundo documento eles tem as
terras até as divisas norte acima de Greboun11.
— Vamos tomar toda a região?
— Não Asuf, vamos tornar aquele o nossa Targa, mesmo
ninguém acreditando nisto.
— Acha que aquele ser estranho que parece falar uma língua
muito semelhante da nossa entre eles, vai nos ajudar.
— Eu não entendi oque filho, mas sabemos que saímos com
as caravanas, fomos poupados, mas quem estiver lá, vai estar
comendo poeira hoje.
— E vamos ter bem aquelas terras?
— As que Alla nos der para cultivar e os Kel Asuf12 nos deem
suas proteções.
O senhor estava falando quando um rapaz veio a ele e falou.
— O seu primo se comunicou All Haran.
— O que ele falou?
— Que teria de conseguir pelo menos apoio de um dos
grandes donos de terra local para eles lhe darem este apoio.
— Diz para ele que os Ingleses nos gerarão terras ao norte de
Bilma até a fronteira.
— Conseguiu já isto, ele ficará feliz em ajudar.
— Manda segurar os rapazes, não quero que confundam o
que vamos fazer aqui com a nossa guerra.
— Vai usar isto para que então?

10
Casta mais antiga e respeitada
11
Montanha do Niger de 1944 metros de altitude.
12
Espíritos antepassados, crenças pré-islâmicas dos Tuaregues.
240
— É o começo, mas em meses quero poder ter nossos
acampamentos de treino e nem os Franceses e nem os militares
locais desconfiarem.
— E tem como?
— Sim, mas para isto preciso da permissão, e pode ter
certeza, a estrada ao norte estará fechada a turistas.
O senhor sorriu.

241
Mac olha os dados, olha os
prospectos e começa a elevar a
sua capsula de transporte e
vivencia.
Olha os dados e olha para
Sil.
— O que parece errado Sil?
— O que desconfia?
— Que estes seres vão nos usar e vão nos por para correr, ou
tentar nos matar.
— Porque acha isto?
— Eles tem uma língua que estão evitando usar conosco, e
que tem uma semelhança muito próxima da nossa, eles entendem o
que falamos, mas para ter acesso ao que falamos, eles falam Árabe
conosco.
— E vai os apoiar da mesma forma?
— Estas terras são produtivas, e estão secas, abandonadas,
desgastadas.
— E faremos oque?
— Não tivemos ninguém ainda tentando falar com a gente,
talvez a primeira impressão não foi boa, pensei em conversar e o
senhor pensou em me matar.
— As vezes seguimos o caminho mais difícil.
— Sabe que estou tentando pensar, mas estar neste planeta
já me parece um sonho, as vezes me perco observando, tenho de
conseguir me centrar mais. – Mac.
— E o que faremos?
— Vamos os apoiar, vamos os dar estrutura, e vamos deixar
algo em aberto, em segredo.
— O que pretende?
— Vamos basear o que temos no que trouxemos, estou com
as sementes que peguei no complexo 9, assim como os dados, elas

242
foram adaptadas para locais bem mais hostis que este deserto,
vamos começar a plantar estruturas, e vamos ver o que eles acham.
— Acha que eles estão querendo nos trapacear?
— Apresentei uma ideia grande, o senhor pareceu gostar,
mas observando eles, são divididos em castas, como se tivesse uma
casta maior e algumas quase escravas, ou serviçais, sei a logica de
algo assim, mas teremos de nos forçar para cima, eles podem
querer que os forneçamos armas, e não temos estas coisas rusticas
que eles usam.
— E vamos por que sentido?
— Vamos estabelecer metas, temos pouco tempo, então
vamos ter de parar de chamar a atenção, vamos ter de dar estrutura
sem aparecer.
— Não vai dividir nosso problema com eles?
— Somente se forem sinceros Sil, eles parecem ainda nos
olhar com muita desconfiança, e este senhor foi o que nos mandou
matar, lá quando estávamos observando, pelo radio.
— Ou alguém com o mesmo nome?
— Talvez, mas tudo me indica um líder que está com
problemas, e o problema dele é armas e terras, não o povo em si.
— E vamos fazer oque?
— Não sei a confiança deste sistema de satélites, mas
precisamos o acessar novamente, e nos posicionar, mas vamos um
pouco a norte.
— Como?
— A areia magnetizada com os exaustores, podem aparentar
uma tempestade de areia, vamos um pouco a norte, até chegar
próximo a algo que nos dê estrutura.
— Não poderemos usar isto sempre.
— Vamos locar um veiculo, estou vendo as regras, vamos ter
de obter documentos em algum lugar, mas vamos tentar entender
algo neste planeta, no máximo, nos deparamos com mais
problemas.
— Certo, vamos encarar.
O veiculo começa a gerar eletromagnetismo, a areia começa a
subir a volta e o deslocar ao norte agora sobre território da Líbia,
em meio ao deserto, com as pessoas evitando a tempestade de
243
areia fina, eles avançam enquanto tinham areia, param em uma
guarda militar em uma estrada secundaria na região de Al Fuqahá,
os soldados, 8 deles estavam atordoados quando foram amarrados
por Mac, colocados em uma sala pouco isolada, enquanto Sil fazia a
capsula afundar na areia.
Pegam um veiculo simples e se direcionam a norte, a estrada
estava ruim, alguns olhavam aquela família já nem tão branca
estranho, eles chegam a cidade de Zilah, tinham algo em dinheiro
das carteiras dos soldados, no veiculo havia armas, rádios, mas
estavam pensando em mudar de carro.
Não conheciam muito, ouviam a língua a rua, era um pouco
mais rápido do que falavam no deserto, chegam a uma região para
comidas, falam que são de fora, que não sabiam quanto era a
comida, comem, extorquidos, mas Mac olhava em volta, viu que
havia uma hora que parte das pessoas paravam para orar, viu que
os homens horavam separados das mulheres, estavam aprendendo.
Pegam uma condução para Benghazi, viram uma cidade pela
primeira vez, ali tinha mais gente do que viram na vida inteira na
Vivencia, viram os mercados de animais, os mercados de tecidos,
estavam olhando em volta, obvio que observados por outros, Mac
ia atento, entram em uma Casa de Rede, Sil assume a maquina e
Mac fica a porta, obvio que o atendente olhou a moça, elas não
acessavam a internet, mas viu que a moça acessou algumas coisas
bem longe dali, ela não salvou nada ali, mas pareceu encarar o
computador, estava diante de uma tecnologia que não entendia, as
teclas primeiro lhe foram estranhas, depois de puxar os dados para
a sua linguagem, não olhou os teclados, e começa a olhar dados e
chega a um endereço. Mac pergunta quando custava um aparelho
celular, se tinha créditos e linha, o rapaz foi atencioso, até registrou
o aparelho.
O grupo foi a uma casa no centro daquela cidade, sentam-se
em uma sala, um senhor com um terno impecável os recebeu, Mac
descobre o rosto e o senhor pareceu sorrir de ver um ser branco,
olha as crianças e fala.
— Falam inglês? – All Quasir Tilf.
— Um pouco, mas gostaríamos de fazer uma proposta
senhor.
244
— Proposta?
— Das mais malucas que já recebeu senhor.
— Não reconheço este sotaque, mas fala bem para um
estranho.
— Digamos que somos novos aqui, mas gostaríamos de ter
negócios nesta nação.
— Negócios?
— Sabemos que tens terras sem muito valor, em Rabyanah,
Tibasti e Idhan Murzuq, e temos uma proposta em as tornar
atrativas senhor.
— Atrativas?
Mac desenrolou o tecido, o senhor pensou ser nova
tecnologia, pois viu o tecido lhe mostrar o mapa da região, e as
estradas, mostrou os desertos, e a ideia de usar uma base de
dessalinização e irrigação na região dos 3 desertos.
O senhor tocou o tecido, parecia algo estranho.
— Tecnologia nova?
Mac sacudiu a cabeça, a palavra tecnologia lhe parecia ser
outra coisa.
— E querem investir nos desertos, mas quanto pretendem
tirar dali.
— Queremos lhe pagar com a produtividade senhor, 30% de
tudo que tirarmos dali, por... – Mac para a frase, iria falar Parks, e
falou – 50 anos, dai compramos as terras.
— E vão produzir oque ali?
— Muita coisa senhor.
— Tens garantias para este empreendimentos?
— Vou investir em suas terras senhor, desertas, se não quiser,
fazemos a proposta na parte desértica da Argélia, pois os riscos são
nossos senhor.
— E como podemos fechar isto?
— Quer meus documentos senhor? Os Líbios servem?
O senhor estranhou e falou.
— Servem, vão investir mesmo no deserto?
— Se em anos as pessoas quiserem morar lá, dai vemos como
podemos fazer senhor.

245
Neste instante Mac passa a ser, All Hani Imuhagh, e o senhor
olha os documentos, anota os dados, e fala.
— E querem ir a qual região?
— Se topar os projetos senhor, assim que tivermos
autorização de mexer, e gostaríamos de uma ajuda para uma
permissão, me disseram que o senhor conseguiria.
— Permissão?
— Para termos uma entrada no mar de um aqueduto, no mar
de Sidra, que se estenderá inicialmente até Tabasti, onde teremos
uma usina de dessalinização.
— Pelo jeito já tem parte dos equipamentos e estruturas?
— Sim, mas precisamos de terras senhor.
— Sabe que existem os Tuaregues nesta região, que parecem
não gostar muito quando fechamos parte de seus caminhos.
— Senhor Al Sidres, se nos dermos bem nesta região, será
nosso contato para abrir terras a mais na Líbia, Argélia, Chad, Sudão
e Egito.
— Vou providenciar os papeis, tem pressa?
— Sempre senhor.
— Se quiser ir olhando a região, deixo avisado para os
administradores que vamos ter uma parceria.
— Se não for incomodo senhor.
— Estou querendo dar um jeito naquilo mesmo.
— Quando terá os papeis senhor?
— Depois de amanha, fim do dia?
— Quer marcar aqui ou em Waw an Namus?
— Quer dar uma olhada lá?
— Sim, é bom saber se a ideia é muito boa ou muito maluca
senhor.
— Acha que pode ter problemas lá, sabe que estamos
próximos da divisa, e a própria nação mantem todos meio
afastados? Por sinal, onde na proximidade de Waw Na Namus vão
estar?
— Um quilometro a frente, acho que de lá vai ser fácil nos
ver. – Mac avia pedido para o rapaz anotar o numero do telefone e
passou para o senhor.
— E qual a pretensão?
246
— Quero puxar a agua do mar para não ter problemas
senhor, posso furar um buraco, e não termos autorização ainda
para exploração de petróleo e nem gás natural.
O senhor sorriu e falou.
— Entendo a preocupação, mas dizem que ali não tem nada.
— Dizem muita coisa daquela região senhor.
Os dois se cumprimentam, e a família sai pela porta, evitando
passar perto da casa de Rede que acessaram ao sistema, pegam
uma condução e retornam a Zilah.
Sil olha para Mac e fala.
— Vamos sempre nos arriscar?
— Quanto mais aqui mais vamos interagir, chegaremos a ter
nomes de locais, se reparar quanto maior a cidade, menos vão nos
olhar, mas o que conseguiu naquela casa de acesso?
— O aparelho deles me deu a frequência de acesso, a senha
foi mais complicado de quebrar, mas porque?
— Preciso saber como estão as naves que caíram?
— Outras 20 estão vindo por baixo da agua, a volta é maior.
— Há quanto tempo?
— Há 4 horas, mas amanha estará na região.
— Tenho dificuldade de confiar nestes seres Sil.
— Sei disto, eles tratam as coisas sem palavra, parecem
dispostos a mudar no momento seguinte.
— Eles tem grandes terrenos na área da divisa sul, a área que
estávamos era divisa com o pais ao sul, mas estávamos sobre terras
dele.
— E vamos para onde?
— Consegue programar para eles estarem no mar próximo
amanha?
— Sim.
— O que vamos fazer pai?
— Escavação e irrigação, temos nos cargueiros sistemas de
dessalinização, temos uma bacia que precisa ser umedecida, vamos
começar a criar na base subterrânea sistemas de plantio, e de
mudas, e testar algumas coisas.

247
O grupo chega a região do carro e vê que existia um
movimento estranho, Sil aciona a nave que estava distante dali, e
eles começam a se afastar, tentando passar desapercebidos.
Os militares não tinham visto quem os prendeu, mas estavam
verificando todos os que passavam por ali.
O grupo estava olhando tudo quando aquela formação de
tempestade começa a chegar perto da cidade.
Os militares olham descrentes, as pessoas começam a se
abrigar em suas casas, e Mac começa a andar no sentido da
tempestade, talvez somente nesta hora aquela família ficou visível,
pois viram a proteção eletromagnética a sua volta, todos se
afastavam e o grupo some em meio a tempestade, que começa a se
afastar.
Mac olha para dos dados e começam a retornar, muitos se
perguntavam quem eram aqueles malucos, se estariam vivos ainda.
Dois cargueiros espaciais se erguem em meio ao deserto no
Níger, e começam a atravessar a fronteira, pouco antes de Waw an
Namus, param diante da capsula que estava Mac e família.
O grupo passa para o cargueiro, e enquanto um ficava visível,
outro afunda a frente, deixando apenas uma parte de não mais de
10 metros para fora da areia, enquanto uma estava em sua
grandiosidade encostada ao chão, apenas com 30 dos seus 160
metros afundados na areia, visível de toda a região.
— O que faremos pai?
— Temos sistemas eletromagnéticos de compactação, temos
encanamentos Internos que não são necessários, vamos gerar um
buraco no sentido do mar, a mais de 30 metros de profundidade, e
vamos começar a colocar cano a cano, um cano de agua, um de
observação e um de emergência.
— E como posso ajudar pai? – Eon.
Sil sorriu, isto que Mac queria, gente com a mão no serviço
para não pensar besteira. Ela foi a parte da segunda nave, e começa
a prender frontal e traseira, grandes lonas de proteção de carga,
usavam para as proteger do frio intenso na parte externa das naves,
ali iria cobrir a parte frontal e traseira da nave, evitando que as
pessoas olhasse, além da estrutura, nada além disto.

248
Liz estava com as parafusadeiras soltando os canos, e
colocando no caminho, o buraco foi sendo aberto, quando chegou
muito próximo, eles começam colocar os canos, e os prender, por as
divisões de pressão, os caminhos que ela entraria na região de
dessalinização, um túnel interminável, mas que levou quase um dia
inteiro longe dos olhos dos demais para ficar pronto, juntando
tecnologia e disposição para fazer.
Todos estavam muito cansados quando foram descansar,
enterrados novamente na areia.

249
O dormir foi agitado, mas
sabiam que as duas naves, uma
estava muito visível, e outra,
mesmo o pouco visível, via satélite
seria um quadrado superior de
dois milhões e cem mil palmos
quadrados.
Estavam dormindo quando ouviram um agito, não teriam
como olhar, mas obvio, alguém estava ali para verificar.
Mac queria dar uma olhada, quando o celular tocou.
Mac sorriu de sua trapalhada para atender o celular.
— Bom dia.
— Senhor All Hani Imuhagh?
— Ele mesmo.
— O senhor All Quasir Tilf mandou verificar a região e nos
deparamos com algo grande, o exercito quer arrombar.
— Pede para não arrombar, isto é uma dessalinizadora,
destruir ela vai me dar trabalho senhor.
— Algo tão grande?
— Esta vendo o prédio baixo ao norte?
— Sim.
— Tem o mesmo tamanho, apena está enterrado, quando
terminarmos de enterrar, não vai parecer nada rapaz.
— Podemos conversar?
— Exercito amigo?
— Sim, vou falar com eles.
— Já chego ai.
Sil olha para Mac e fala.
— Se cuida.
— Sei que arrisco, mas vou tentar manter a calma.
— E vai subir como?

250
— Vou subir pela escotilha, estamos a pouco mais de dois
palmos da superfície, vou subir, você liga o sistema, eles vão se
esconder um pouco, eu ando até a construção no fundo e saio de lá.
Mac foi a escotilha, aquele redemoinho de areia se formou a
poucos metros, e ele saiu, anda calmamente até a estrutura aos
fundos e sai dela com o celular na mão.
O rapaz olha para a porta abrindo e não acredita que o
senhor estava ali, e chega até ele.
— Alá seja louvado, sou Hasan Adail.
— Ala seja louvado, All Has, os militares estão assustados?
— Sim.
— Os convida para entrar que explico o funcionamento da
ideia inicial.
O rapaz olha para os militares fazendo sinal para chegarem
perto e o mesmo chega desconfiado.
— Como isto veio parar aqui?
— Se os Americanos desconfiarem que está aqui vão querer
ela senhores, mas gostaria de lhes mostrar a ideia em si, a inicial.
Os rapazes entraram na estrutura e viram um painel, era algo
desabilitado, mas que parecia moderno, olham para Mac que fala.
— Vamos descer duas divisões que explico.
Eles descem e pegam um elevador, que se abre e os soldados
olham aquele imenso reservatório, e Mac fala.
— Vamos bombear agua do mediterrâneo, de saliniza e
guardar em reservatórios que vão irrigar a região através de canais
de irrigação, acredito que terei problemas com parte dos Tuaregues
locais, pois canais de irrigação interrompem caminhos desconectos,
os forçam as estradas.
— Sabe que terá de ter permissão para isto? – O militar.
— Sim, por isto o equipamento esta ai a céu aberto, pois
comecei e não posso continuar, sem os devidos papeis.
— Aquilo é imenso lá fora, mas estar dentro de algo assim é
assustador. – Um dos militares.
— Pretendemos ter no curso de 10 desertos, perto de 20
destas instaladas, os canais vão ser mais demorados, e quando
estivermos com eles prontos, vamos cultivar toda a região.

251
— Acha que vale o esforço, algo assim é caríssimo. – O
soldado.
— Sei que hoje parece caro, mas quando estes desertos
estiverem verdes e as pessoas vierem ver apenas o Waw an Namus,
vamos ver quem apostou caro e quanto os demais vão pagar para
estar aqui.
— Não é Libanês.
— Tenho documentos Libios, mas não me sinto ainda, nasci
aqui e fui criado do outro lado do oceano.
— O senhor Hasan Adail pediu escolta para vir a esta região,
ele não acha seguro e lhe encontramos diante de um equipamento
imenso em meio ao deserto.
— Ainda não tenho autorização para continuar.
Os militares começam a sair e se deparam com um conjunto
de pessoas armadas, apontando as armas para eles, Mac olha para
o rapaz que vira junto com All Haran e fala.
— Algum problema All Asuf?
O rapaz as costas recuava, os soldados tensos quando All Asuf
fez sinal para baixarem as armas.
— Perdido aqui?
— Conseguindo permissão para me situar na região, mas pelo
jeito terei de acertar isto com vocês?
— Sabe que embora não confie em você, All Haran confia,
estamos em trégua ainda, e pelo jeito vai os forçar evoluírem neste
deserto.
— Sim, gosto de ter agua onde eu estiver.
— Estamos de olho, mas vai deixar isto ai visível?
— Sim, não tem nada que não possa ser visto.
O rapaz se retira e o militar olha para Mac, se estavam dando
segurança ao rapaz ao fundo, viram que tinha alguém ali que estava
mais informado e preparado que os próprios donos das terras.
— Se queria me impressionar, conseguiu senhor, mas se eles
vão lhe deixar trabalhar, e não vão nos atacar, passa a ser um
aliado.
— Qualquer um sabe soldado, que All Haran é amigo
enquanto ele quiser ser amigo, então vamos com calma e vamos
tomando os espaços deles sem eles verem.
252
— Eles vão odiar;
— Não sei quem os comanda senhores, mas digam que
vamos fornecer aquele ponto – Fala apontando o topo da nave –
para vocês colocarem uma guarnição bem armada. Acho que os
veremos 3 dias antes.
— Eles são rápidos, mas sabíamos que eles estavam
acampados bem na divisa, evitamos problemas com eles, mas se
eles estão calmos hoje, vamos retornar, quer uma carona? – O
militar.
— Não, estou esperando algo aqui hoje, pode ser que fique
esperando e só apareçam amanha, mas agradeço a proteção.
— Se cuida. – O rapaz.
— Diz que espero o senhor All Quasir Tilf para acertarmos isto
e verificar se continuamos ou paramos.
— Acredito que ele vai querer continuar, principalmente
sabendo que o senhor vai investir alto na região, pois ele tinha
duvida se terias recursos.
— Ele me viu em um dia família ontem e deve ter estranhado.
— Sim, mas pelo jeito uma bomba destas é mais do que todo
valor destes desertos.
— Não duvido, pelo valor de hoje sim, pelo valor de 50 anos,
trocado.
O rapaz se afastou e o militar olha para Hasan.
— Não sei quem seu patrão pegou como sócio nisto, mas o
senhor encarou o rapaz firme, já vi gente morrer demais para estes
rapazes que se fazem de Tuaregues para ter acesso, mas são tudo
All Kaida.
— Pelo jeito ele fez um acordo com eles antes de ir falar com
o senhor Quasir, viram que um dos recipientes já esta colocado,
aquilo uma vez enterrado não se diz o tamanho que tem.
— O negocio já tem energia, nem sei qual, mas elevadores
chiques e funcionando em pleno deserto, o senhor ali acredita na
ideia, seja ela absurda ou não.
A capsula surgiu ao meio do caminho e Sil e as crianças
chegam a região da primeira base.
— O que faremos hoje? – Sil.

253
— Vou começar a mostrar o que quero, para ver o que eles
autorizam ou não – Mac olha para Eon e fala – Acha que consegue
terminar o buraco no sentido do mar?
— Pelos cálculos falta metade, pode ser que não fique pronto
hoje, mas vamos avançando com segurança.
— Verdade, segurança. – Sil.
— Eu ajudo. – Liz.
Mac olha para Sil e fala.
— Quer um trabalho monumental?
— Fala.
— Tem óleo de lubrificar dos motores, óleo que iria para a
reciclagem do que afundamos, podemos misturar com areia e
borrifar em toda esta nave a volta.
— Quer ela menos visível.
— Com cara de algo feito de terra, não de metal.
— Eu faço, o que vai fazer?
— Selecionar com um dos veículos de transporte, vou ajeitar
3 deles para funcionamento externo, para podermos coletar terra e
fazer uma boa terra para começar a cultivar.
— Não falou o que vamos cultivar.
— Vi eles comendo ontem, eles chamam de tâmaras, uma
arvore baixa, que dá frutos saborosos nesse deserto.
— Só isto?
— Estamos estudando isto ainda Sil, pinta a nave que vou
começar a por os veículos para coletar terra, aquela próxima aquela
formação que chamam de Waw, parece ter uma boa cor, vou fazer
os canteiros internos nesta nave e começar a cultivar.
— Saudades de por a mão na terra?
— Sim, arreia não é a mesma coisa.
Sil foi preparar a mistura, um sistema de pressão e uma
mangueira e ela estava jorrando aquilo em uma nas laterais da
nave, começou pela oposta a que Mac colocava para funcionar as
maquinas.
Mac saiu varias vezes buscar alguma terra, ele colocou a mais
arenosa por baixo e depois foi colocando algumas coisas acima,
humedeceu as terra e plantou as primeiras sementes, não de
tâmaras, pois viu que elas demoravam mais de 70 anos locais para
254
dar frutos, olhando agora não se dizia que teriam produção e
quando.
Ele pega uma das carregadeiras e começa a abrir uma vala,
esta se tornou um buraco, era um lago, ele olhou para o fundo,
muito arenoso, pega mais uma lona no cargueiro e estende no
fundo e nas laterais daquele buraco, o preparando para receber
alguma agua.
Começa a por o encanamento que ligaria a parte interna do
primeiro cargueiro com aquele primeiro lago, olha para a saída da
bomba, ainda desligada, por falta de agua, e olha para o
encanamento o ajeitando para pegar a agua bem do fundo daquele
reservatório.
Sobe na parte superior da nave, o que ficaria visível aos
demais e começa a colocar placas de captação de energia solar, ele
queria que as bombas funcionassem independente de alguém
carrega-las.
Volta para fora e faz uma linha um pouco mais rasa e bem
mais estreita saindo naquele deserto a Oeste.
Sil olhava de cima, eles sonhavam um dia fazer das terras
produtivas, mas aquele senhor sabia faze-lo, fica a olhar para ele e
vê ao fundo chegar mais uma leva de militares.
O rapaz veio com o senhor Quasir. Ela se omitiu naquela base
entrando na nave pela parte alta, não queria parecer que eram
apenas duas pessoas fazendo tudo aquilo.
O senhor olha para a imensa estrutura ao fundo, e fala
chegando a Mac.
— Veio mesmo instalar isto aqui?
— Delimitando apenas a ideia, ela é boa, mas precisa de
muita mão de obra, mas hoje, apenas a delimitando.
Os dois se apertam as mãos, Mac estranhava isto, mas estava
querendo chegar a algo.
O pequeno Eon aciona o ultimo sistema de canos, ele sabia
que a primeira leva de agua viria com um pouco de areia, não teria
como sair ao mar e não trazer para dentro o fim do caminho, mas
após recuar, instalar os filtros, e colocar o sistema de avanço, viu
agua vindo pelo cano, e com Liz caminhou até a bomba inicial, ela
começa a funcionar, a agua começa a vir lentamente pelo cano e
255
passar pelo sistema de dessalinização, a agua começa a surgir limpa
as gotas no sistema interno.
Mac olha para o barulho da bomba e fala.
— Só um momento senhor.
Os militares as costas viram que o senhor não estava
esperando muito, estava começando a delimitar, eles olharam o
buraco a frente e pensaram que era para a segunda bomba.
Mac foi acompanhado pelos senhores e chega a região e olha
para o sistema, e olha o sistema de reciclagem de líquidos, agora
com outra função começar a apontar liquido puro, e olha por uma
comporta para baixo e vê o começo do trabalho, pois encher tudo
aquilo daria trabalho.
O senhor All Quasir Tilf olha para Mac, e pergunta.
— Problemas?
— Não, acho que estou pronto a assinar a proposta se o
senhor quiser uma parceria para transformar estas terras.
O senhor sorriu e perguntou.
— Isto tudo para trazer água?
— Senhor, eu sou alguém que gosta de agua, mas qual seria a
proposta.
— Estou aqui com o secretario de Obras do governo Líbio, e
ele me perguntou porque fazer algo assim.
Mac dá a mão ao senhor e fala.
— Ala seja louvado, meu nome é All Hani Imuhagh.
— O que pretende aqui senhor? – O senhor foi mais enfático.
— Vamos a sala de reuniões e lhe mostro.
Os três subiram e numa sala ampla, os três sentaram, os
militares olhavam para baixo por uma janela vendo a agua cair onde
antes eles estiveram.
— Senhor, a ideia, produzir e estabelecer as terras da Líbia,
como estão eu atravesso algo do tamanho do que está vendo ali
fora do Chad para cá e ninguém vê.
— Certo, mas como pretende fazer isto?
— Depende. – O olhar foi para Quasir – Que terras tem
pretensão de termos uma parceria.

256
— Pretendia ver se iria mesmo fazer algo lhe oferecendo algo
mais próximo da cidade, mas vi que não tem medo de Tuaregues,
soube que pôs alguns para correr.
— Acho que um dia eles foram milhares, hoje eles nem
sabem mais o que são, mas não gosto de pessoas que lhe dizem
uma coisa e fazem outra.
— Acha que eles vão aceitar calmamente isto?
— Não sei senhor, mas como disse, minha pretensão é
grande e não é apenas uma linha de produtividade, e sim varias,
como esta estrutura vai me gerar agua apenas a partir da semana
que vem, tenho de estruturar, mas quando pergunto onde Quasir, é
que se eu for instalar 20 destes sistemas, cada um demora uma
semana para encher, se vai me fazer ir lentamente, terei de pensar
em outra forma de produção.
— 20 destas? – O secretario que pareceu olhar com um
pouco menos de receio.
— Senhores, o que veem aqui, estamos em algo do tamanho
do que está ali fora, mas aqui, ficara apenas uma linha de obtenção
de energia do sol, e a agua vindo constantemente do mar e com o
tempo nos fazendo produzir na região.
— Qual a ideia? – O secretario.
Mac estica aquele tecido, parecia uma tecnologia normal a
Mac, nem imaginava que não existisse isto no planeta, mas o senhor
olha a imagem da região e viu o rapaz colocar com relevo e viu
algumas montanhas se destacarem.
— A ideia, colocar canais de irrigação nestas regiões, canais
que terão sempre seu volume controlado, estes canais nos servirão
para irrigar aqui na Líbia, algo perto de 32 vezes a área do delta do
Nilo, algo que se estende da fronteira da Argélia a Fronteira do
Egito, de Oeste para Leste, até as fronteiras sul da Líbia.
O secretario olha aquilo, mesmo sem querer debocha.
— Sabe que nunca ouvi um plano mais maluco.
Mac aperta um botão à ponta e o tecido parece ficar branco,
e o enrola.
— Desculpa a descrença.
— Não pedi para crer na proposta, pedi apoio e permissão
para faze-lo, os canais vão correr lateralmente aos terrenos que
257
pedi permissão para Quasir, mas se vão querer cultivar do lado, não
me é parte senhor.
— Imagina o trabalho que isto vai dar?
— Senhor, eu sei o trabalho que vai dar, quando procurei
Quasir foi pensando em um grande pedaço do deserto, mas obvio,
que se não me permitirem aqui, em algum lugar vão me permitir.
— Muitos vão rir do senhor. – O secretario.
Mac olha para os dois, não sabia o que eles estavam fazendo
ali, mas se estavam eles queriam alguma coisa.
Sil olha pelo sistema interno na nave vizinha, pensa no
desperdício de tempo se não desse certo, mas aciona os sistemas de
segurança e de carga dos motores do cargueiro que estava.
Olha para os tecidos, sorri da ideia daquilo caindo.
Sil passa uma mensagem para o comando do segundo
cargueiro vendo que Eon estava lá.
Eles começam a pensar em como sair dali, embora estivessem
com o exercito acima deles.
Mac olha para os dois pensando em o que queriam, ele
apresentou a ideia, Quasir não falou nada, então ele não sabia
como se portar.
— Senhor Quasir, vejo que pelo jeito não me levou a serio, ou
quer algo que provavelmente não tenho como o prover neste
momento, mas sem problemas, recomeço o projeto em outro lugar.
— Tem que entender que não estou ganhando nada com isto
hoje.
— Lembre disto senhor, quando estivermos ganhando
dinheiro e o senhor olhar para nós e lembrar, eu os enxotei daqui,
mas paciência, não sou de brigar por brigar, não querem, vou
dispender energia em algo que me dê retorno.
— Sabe que não deixarei você tirar isto daqui.
— Quando lhe cortarem as mãos senhor Quasir, não me
culpe.
Mac levanta-se estica a mão para o secretario e começa a
sair, o sistema começa a parar e saem pela porta.
Quasir achava que estava ficando com uma imensa bomba,
estava ouvindo a agua vindo, não sabia de onde, havia helicóptero
ao ar, quando Mac sai pela porta, soldados colocados e postados.
258
— Me informe Cabo. – O secretario.
— O general está chegando, ele quer ver isto de perto
senhor.
— Prendam o senhor ali, não queremos problemas antes de
saber o que temos aqui.
O sistema eletromagnético da nave de transporte, onde eles
estavam vivendo, é acionado por controle por Sil, aquele
redemoinho de energia e areia começa a subir, e o veiculo a subir a
superfície, Eon no comando olhava incrédulo, mal dormira, fizera
tudo certinho, e pareciam prestes a desmontar tudo.
Quasir olha para Mac, não o conhecia, e estava já querendo
lhe passar a perna, ouve o estrondo e vê os tecidos caírem, com o
erguer da grande nave, os helicópteros assustados olham aquela
cobertura brilhante a volta do cargueiro, disparam e as balas
paravam tudo antes de chegar ao casco.
A nave imensa passa sobre eles e começa a ir a fronteira Sul,
mas obvio, levantando muita poeira.
Quasir olha para Mac novamente, algo eles não entenderam,
o olhar foi cortado por alguém empurrando o senhor, a proteção da
nave que estava abaixo deles, Mac sente a proteção passar por ele,
afastando os demais.
Começa a andar para a porta e o secretario gritava algo, mas
vendo que o chão começava a se mexer, começa a correr no sentido
oposto, mas não tinham noção de para onde correr.
A energia dos dois cargueiros começa a atrair muita areia e
uma tempestade se forma, os helicópteros que atiravam na
primeira, são jogados ao lado pelo erguer da segunda, que deixava
um buraco ali de 130 metros de profundidade, mais de um
quilometro de comprimento, por uns 300 de largura.
Os senhores corriam assustados, sem ver mais nada,
helicópteros atravessados pela proteção são jogados contra o chão,
e com calma a terceira peça se desenterra e caminha ao chão,
oculta pela tempestade, dos dois imensos cargueiros indo a sul.
Os militares não entenderam, ordem de tomar o lugar, mas
quem eram estes, o que eles queriam ali, o que ninguém
entendera?

259
Os imensos cargueiros passam a divisa com o Níger, e logo
após um se enterra e o outro fica visível, Níger, os militares
saberiam mais tarde onde eles foram parar, agora olhavam
assustados, para o desastre daquela operação.
Quasir olha para o secretario e falou.
— Não disse que era seguro?
— Não me alertaram o tamanho das coisas Quasir, mas não
entendi, eles flutuaram aquilo, como se fosse leve.
Os soldados assustados, veem a leva de helicópteros
chegarem a região, o general vinha em um deles, mas não havia
mais o que ver ali, além de um buraco e uma tentativa de cultivo.

260
Mac olha para a região,
desliga o sistema eletromagnético
geral de proteção e começa a
focar ele na parte baixa do
cargueiro que começa afundar, o
outro fica ao fundo.
Mac olha os rapazes de All
Asuf ao fundo e sai do cargueiro.
— Problemas lá? – Asuf.
— Não entendi, eles falam uma coisa e não cumprem o que
falam, não me acostumo com isto não.
— Mas o que esperava deles?
— Ter uma desculpa para nos instalar ali.
— E vão deixar isto visível?
— Um deles sim, e vamos precisar proteger a região.
— Pensei que iriam se instalar lá, e teríamos acesso.
— Até bem pouco tempo, eu também. – Mac.
Ele sai da região e os rapazes viram a mesma se enterrar, e a
segundo pousar a uns metros dali.
— Haran mandou dar proteção a você, mas parece não
precisar de muita.
— Odeio os dar motivos para me atacar All Asuf, mas o sair de
nós de lá, gerou algumas mortes, eles não vão gostar disto, e obvio,
vão tentar reagir a isto.
— E não tem armas nisto ai?
— As armas estão ainda fora de campo, tem de entender, se
fosse para matar todos não estávamos conversando.
— Estas maquinas provocam uma senhora tempestade.
— Sei disto, mas vamos mudar de projeto.
— Mudar de projeto? – Sil chegando ao local.
— Tem a localização da linha salina que está sobre os pés?
— Sim.
— E a de gás natural?
261
— Também uma linha de agua doce profunda, e de césio.
— Falou césio? - All Asuf.
— Sim, mas a ideia, é gerar ganhos, e vamos primeiro gerar
terras produtivas, depois, gerar sistemas de refinamento de gas
natural, depois vamos explorar os minérios. – Sil.
— Vamos? – O rapaz.
— Pode nos por para correr também, dai quem sabe
voltemos ao espaço, e em 300 anos voltemos e alguém nos ouça.
— E só querem ajudar?
— Não, queremos ver se vocês estão prontos para o universo,
mas vejo que não estão prontos para atravessar divisas, como
poderão atravessar sistemas solares.
— Não entendi ainda o que vocês fazem aqui, mas esta nave
daqui a pouco vai gerar problemas entre Niger e Líbia.
— Eles gostaríamos que ficássemos na divisa do Chad, então
ficamos aqui.
— Mas como podemos ajudar?
— Tem um tecido que cobria a nave ao fundo, não deveria ter
ficado lá, mas parece que tivemos de sair correndo.
— Gente que fala outras línguas em nossas terras, são os
menos confiáveis, pois eles tem acordos com gente de fora.
— Bom saber.
Sil começa a cobrir a frente do cargueiro com outra lona, olha
para Mac.
— Afunda ela, não vale a discussão.
Os rapazes viram a nave começar a fundar, e ficar apenas
uma parte superior a vista.
Eon olha para o pai e pergunta.
— O que faremos?
— Buraco para baixo, Sil lhe mostra onde, e vamos por os
canos para baixo e vamos começar a acelerar as coisas.
— Acelerar? – Asuf.
— Asuf, precisamos de mudas de tâmaras e de plantas
resistentes que sejam cultiváveis no deserto. – Mac.
— Vou falar com Haran, mas ele esperava algo menos
trabalhoso.

262
— Se o povo estiver feliz nas casas, tiver segurança, e ver um
futuro melhor, eles geralmente precisam apenas de uma desculpa
pequena para se manter no caminho, mas se não tiverem nada,
qualquer coisa os desvia para o outro lado.
— Certo, consigo, mas vão fazer oque?
— Vou tentar programar algo, e vou por 4 sistemas de
perfuração de agua, vamos fazer lagos para a agua, e vamos
começar a cultivar, mas precisamos de mudas e sementes.
Os rapazes saíram e Sil chega ao lado e pergunta.
— O que faremos?
— Não sei se é possível, mas vamos usar os sistemas de
interferência, que deixamos no espaço, e vamos focar no terreno, e
vamos usar o sistema eletromagnético do sistema do transporte
como uma forma de abrir uma vala de 30 metros por dois de
profundidade, via satélite, nas coordenadas, enquanto isto
colocamos fixados em pontos pré-determinados 5 naves para
obtenção de agua subterrânea, vamos começar com a salobra, pois
a potável podemos usar para beber, e outras 5 para
desenvolvimento de mudas.
— Acha que devemos acelerar?
— Vou tentar abrir o jogo um pouco, mas aquela ação ali
atrás pode nos custar caro Sil.
— Não o queria perder ali. – Sil olhando para Mac.
— O que está acontecendo Sil?
— Vejo alguém capaz de encarar perigos e projetar coisas
longe da logica normal, vi a reação que eles tiveram ao projeto,
você estava pensando em abrir isto em dias, eles falando em
impossível.
Mac sorri e coloca o tecido sobre a mesa e aproxima os locais
que Sil poderia programar.

263
Sil olha o mapa e fala.
— Vamos fazer o impossível dos demais.
— Vamos criar um lugar para os nossos viverem, mesmo que
tenhamos de batalhar por estas terras, sabe disto.
— Isto evito até falar Mac.
— Sei disto, mas vamos fazer lagos imensos e quero verificar
se conseguimos algo a mais neste projeto.
— Algo a mais?
Sil viu Mac mexer no programa e começam a surgir manchas
verde no papel.

264
— O que seria estes pontos verdes?
— Florestas iniciais com três tipos de plantações de Tâmaras,
primeiro para deixar o solo mais fértil, em 10 tlaks, quem sabe
outros vegetais de maior porte possamos por nesta região.
— Vai transformar toda a região do lado de cá da divisa.
— Sim, mas alguns não vão gostar disto.
— Então vamos por isto em pratica.
Os dois foram ao trabalho, enquanto Sil programava para 8
cargueiros mudarem de lugar, depois para o sistema magnético ir
fazendo o primeiro local para o lago, e depois de aprofundado,
começar a abrir os canais, toda vez que mudava de inclinação, se
projetava uma comporta e se colocava a necessidade de uma boia
de pressão, ou de uma bomba, foram definindo o primeiro lugar.
O pequeno Eon ensinava para Liz o que aprendera, e os dois
começavam a se dar bem, quando o menino sente a pressão da
agua quando fura o lugar certo, Liz o puxa de lado e os dois isolam a

265
área e a agua começa a brotar na parte alta, onde a bomba começa
a jogar no filtro para tirar o sal, e no purificador, e começa a encher
a parte interna da primeira nave, Eon sai e olha para o lago e ajuda
o pai a por o sistema de canos para o lago, a pressão estava boa, e
Eon perguntou.
— Porque não fizemos assim lá?
— Teríamos perfurado um tubo de gás natural.
— O que é gás natural pai?
— Uma forma de fosseis de carbono que pressionados
viraram ou gás ou um liquido que se consegue fazer combustível ou
alguns materiais.
— Acho que amanha começa a encher.
— Filho, assim que tiver aberto os corredores, pega o
transporte e vai ao segundo ponto, vamos tentar instalar em 5 dias,
5 bases de cultivo, com seus lagos, este é o menor, o terceiro será o
maior deles, e mais complicado.
— E o que fara pai?
— Vou tentar pensar em algo, perdemos dois dias de
trabalho, por ganancia de alguns.
— E vai onde pai?
— Tenho de pensar filho alguém deve narrar aquela coisa ali
na nação ao lado, e isto não é bom.
Os dois vão para dentro ver como o sistema estava separando
o sal, e sorriram, pois o sal estava saindo em blocos, e começam a
separar aquilo.

266
Em Washington um grupo
estabelece que deveriam tentar
uma ação conjunta na Líbia, mas
sabiam que ali não eram bem
vistos, e foi bem onde ouve
informação que os deixava
preocupados.
— Como eles narraram o acontecimento Cal?
— Que um senhor de cor branca, que fala razoavelmente o
Árabe, com uma pronuncia forte de Tuaregue, propôs algo para um
dono de terras ao sul da Líbia, algo aconteceu, 10 militares mortos,
e narrativas referente a uma nave imensa, que flutuou sobre eles,
que as balas dos helicópteros nem a aranharam, e que estas saíram
ao sul.
— Ao sul para onde?
— Divisa do Niger, ou do Shad, estão falando de deserto
senhor, para todos os lados.
— Temos imagens do que eles narraram?
— A região parece estar sobre fortes ventos, pois temos
tempestades históricas no norte do Níger, Chad e Mali.
— Algo que pudesse ser causado? – O senhor.
— Falamos de Extraterrestres senhor, não de deuses.
— As vezes acho que algo está nos passando desapercebido,
algo mais sobre quem vem no nosso sentido?
— Não senhor, eles vem em silencio.
— Calor?
— Sim, sinal de carbono em todas as naves senhor.
— E estes que estão na Líbia?
— Estamos infiltrando gente senhor, não sabemos.
— E as naves que sumiram?
— Estão em mares profundos do Indico, como se
aguardassem algo.
— Conseguimos os sinalizar?
267
— Sim, mas eles ainda não usaram estas, parecem esperar
algo, ou eles podem ser seres aquáticos, mas não me parecem isto,
mas que já ouvi isto hoje, ouvi.
O senhor sorriu e terminou.
— Alguém que fale a língua deles?
— Estamos verificando uma moça, ela parece que achou um
ponto de convergência, como se fosse uma língua que a mais
parecida na Terra é bem a da região que eles caíram.
— Como estes seres sabem tanto de nós?
— Eles parecem se preparar para algo, estamos começando a
sinalizar no sistema onde existe cada um daqueles objetos de
interferência no espaço.
— Bom, temos de ter algo.

268
Sil programa o segundo
cargueiro que sai do chão na
região que se afundaram, e desce
quase na fronteira da Líbia e Chad,
olha para o equipamento afundar,
foi ao interior do mesmo e
começa a olhar os equipamentos,
estava a por no ar um pequeno aparelho de vigilância quando vê os
soldados vindo do sul.
A nave estava apenas com aquele barracão imenso visível,
mas nada comparado a nave em si.
— Parada moça.
Ela sorri e ergue as mãos, os rapazes veem o veiculo de
vigilância cair a frente e perguntam.
— O que é aquilo?
Sil identificou que era Frances, estava estudando as línguas, e
fala.
— Não falo Frances.
O rapaz fala em Árabe.
— O que é aquilo?
— O senhor All Haran conseguiu uma permissão para tentar
tornar esta região em melhor para viverem, mas primeiro estamos
estabelecendo as coordenadas e os pontos de absorção e
distribuição de agua.
— Do que está falando?
— Da construção de 5 barracões de pesquisa por quem vai
administrar estas terras.
— Mas oque é aquilo?
— Veiculo guiado de filmagem e medição.
Sil estava com as mãos erguidas e o rapaz ao fundo fala.
— Estão assustando a moça.
— Pouca coisa me assusta. – Sil.

269
— Sozinha neste fim de mundo? – Um soldado olhando
maliciosamente.
— Obvio que não.
Os rapazes olham em volta, algo eles não viram, mas estavam
vindo da base destruída, passaram pelas dunas, e agora se deparam
com um imenso barracão que não existia ali.
Sil não sabia o que era pior, os soldados ou o cheiro dos
Tuaregues escondidos ao fundo.
Os soldados estavam apontando as armas ainda em volta
quando viram um rapaz vir com a arma solta ao corpo e olhar para a
moça, todos estavam com caras de poucos amigos.
— O que estão fazendo perdidos por aqui Ygor? – Pergunta
um rapaz com as vestes típicas dos Tuaregues, até o turbante azul,
que alguns usavam por superstição.
— Vendo o que esta moça faz aqui sozinha.
— Ela em nada tem de moça Ygor, eu não gosto destes seres.
— Como assim não é uma moça? – Ygor sorrindo.
— Deve ter visto uma operação de americanos e israelenses
por aqui a uns dois dias.
— Sim.
— Ela é uma das pessoas que eles procuram.
Sil estava ainda com as mãos erguidas, os rapazes passam os
olhos no corpo da moça e um fala.
— E se a entregarmos a eles, quanto vale?
— Não sei, todos que os viram, ou estão longe daqui ou
mortos, pois eles não querem que saibam deles, mas tem de ver
que acreditar que isto ai é um ET é difícil para mim Ygor.
Sil não sabia o que era um ET, mas sem eles perceberem ligou
o sistema eletromagnético, se olhassem para o chão veriam o
veiculo de exploração sendo puxado para o lugar.
— E acha que eles pagam por algo assim? – Ygor.
— Tem de ver que nem Haran e nem Asuf podem desconfiar
Ygor, pois parecem aliados agora.
— Haran está doente?
— Não sei, mas se pensar que eles estão nos facilitando,
porque não ganhar um dinheiro.

270
O rapaz sorriu, as armas estavam apontadas para Sil, e para o
rapaz, mas um barulho vinha ao fundo, uma nuvem de areia, com
raios e trovões, Sil olha aquilo e olha para o rapaz.
— Não sei seu nome rapaz, mas se fosse você, começava a
correr, e melhor ser bem para longe da região dos Tuaregues, pois
duvido que eles vão lhe querer bem depois disto.
— Acha que temos medo de você?
— Para ter medo tem de ter cérebro.
O militar sente o eletromagnetismo aumentar, a arma estava
na mão dele uma hora, estava grudado na proteção no outro.
Os soldados se assustam e um que estava quieto pergunta.
— Quem é você, o que fez?
— Como disse, cumpro ordens de All Haran, este ai, alguém
que quer vender uma escrava branca, nada além disto, e vocês, ou
se acostumam com a gente ou mudam de lugar.
— Porque?
— Vamos plantar em todo este vale, para muito além de
Madama.
— Mas nossa armas.
— Soldados não deveriam estar pensando no que estavam,
melhor voltarem, vamos lá conversar com seus superiores.
Os soldados veem aquele veiculo vir flutuando de Oeste para
Leste e parar as costas da moça e o rapaz ao fundo olha para um
grupo de Tuaregues surgir do nada.
Eles olham o rapaz e um olha para Sil.
— Tudo bem moça?
— Sim, problemas?
— Não sabemos ainda, mas parece que existe um grupo de
militares da Líbia querendo atravessar a fronteira.
— Previsíveis, mas o que mais está acontecendo?
— All Haran vem falar com vocês.
— Mais problemas?
— Ele não acha que é problema, mas ele é velho e de uma
casta superior a minha.
— Esperamos ele. – Fala Mac saindo do veiculo, pegando
umas armas e as colocando para dentro.
— Não pode reter nossas armas.
271
— Verdade, não podemos.
Os soldados viram os grupos as costas bem armados, olhou
para o senhor e falou.
— Mas eles vão nos matar?
— Não vieram aqui para morrer? – Sil.
Eon entra com Liz na base e desce a parte de encanamentos,
começam a ajeitar os sistemas de filtro, começa a fazer o buraco,
olha o sistema, olha onde está, enquanto Sil e Mac sobem no
veiculo e no lugar de começar fazer os canais, vão a norte, estavam
quase na divisa mesmo, e veem a leva de tanques vindo pela
estrada, param a frente na divisa, do lado do Níger, os tanques se
armam e um senhor vem a frente.
— Se entreguem e não vamos invadir nada.
Mac olha o sistema de energia e sai para fora e olha para o
senhor.
— Me entregar por quê?
Mac olha aquele tanque lhe mirar com aquele imenso
canhão, ficou pensando se a proteção aguentaria.
— Você matou militares da Líbia.
— Com quem falo senhor? – Mac.
— General All Demus.
— Senhor All Demus, como podemos ter matado militares na
Líbia, se não tínhamos armas?
— Atravessando helicópteros com naves espaciais.
— Acreditou mesmo nisto senhor?
— Acha que pode me enganar rapaz?
— Meu nome é Mac, venho de um planeta que vocês não
conhecem chamado Vida, ou na nossa língua, Hons, viemos dividir
tecnologia, nos propomos a tornar todo este deserto as suas costas
cultivável, para não dizer que queriam apenas nossas naves, eles
disseram que não queriam a ajuda, mas desculpa, quem a própria
palavra não vale nada, para mim não é alguém a ser respeitado, e
não deixaria equipamento que lhes permitiria se usado de forma
certa membros de uma nação melhor, ou da forma errada, pesadelo
dos vizinhos.
— E acha que não vai por bem?

272
— Senhor, preciso ajudar, mas pelo jeito vocês não pensam,
querem guerra, entendo o senhor que vive disto, mas eles, idiotas,
mas vim ver quem pretende invadir a nação vizinha, pois senhor,
quer mesmo mortes por que aqueles senhores queriam uma nave
que nunca seria deles?
— Sabe que não nos deteremos em nossa missão.
— Então Ala os tenha em suas mãos.
O general olha para o senhor, estava com um canhão do
tanque mirado nele, e parecia não temer, mas se atirassem não
teriam o senhor, teriam apenas uma afirmativa que o mataram, pois
não iria parecer com ele.
— Não vai se entregar mesmo?
— Não fiz nada além de oferecer a alguém uma forma de
viver bem e transformar a vida na Líbia, ele não me falou com
palavras, mas duvidou de mim, agora põem o exercito nisto, mas
sabe senhor que seu exercito já estava lá, e não era para meu bem,
então para de hipocrisia.
— Acho que não entendeu nada rapaz.
Mac olha para dentro, o índice eletromagnético começa a
atrair areia de todos os lados, e o senhor vê sobre eles formar um
redemoinho de areia, violento, se recolheu e falou.
— Atira.
O tanque carregou e atirou contra a proteção, enquanto Mac
corria para a lateral do transporte.
A onda de choque de um tiro dado a queima roupa, pega Mac
agarrado a porta de entrada, sente seus pés serem tirados do chão,
segura com força e vê o tanque girar com o efeito contrario do
mesmo impacto, agarrado abre a mesma e entra e fala.
— Passa por eles, ao lado, quero eles com baterias
queimadas, e sistemas de ignição, acho que entendi como eles
funcionam, se entendi, o sistema do motor vai parar.
— E o que faremos?
— Passa por eles, e quando passar pelo ultimo, para.
O veiculo foi passando ao lado dos tanques, rápido, as
baterias fervem com o excesso de eletromagnetismo e os sistemas
de ignição queimam.

273
A temperatura interna naquela nuvem começa a ficar
insuportável.
Os soldados que deram tiros, sentiram o tanque girar e sentir
o impacto, como se tivessem sentido o parar do míssil ao ar, e o
explodir do mesmo.
Os 100 tanques parados veem guerreiros do Taliban abrirem
as comportas e apontarem armas para dentro, e os tirar dos
tanques.
Os soldados foram colocados na estrada de areia, a caminhar
de volta, não sabiam se alguém os viria socorrer, se não viessem,
não resistiriam, mas Mac tentou conversar, os tanques ficaram a
beira da estrada abandonados e Mac olha o rapaz ao fundo e
pergunta.
— Com quem falo?
— Soube que quer mudar a vida de muitos neste deserto,
mas queremos saber, é um aliado ou um inimigo.
— Eu vou ajudar enquanto me deixarem ajudar, quando não
quiserem mais, eu me afasto, não sou aliado ou inimigo, apenas
uma ajuda enquanto pedirem ajuda.
— E que arma usou contra eles?
— Não temos armas, apenas um campo de proteção, mas
obrigado pela colaboração.
— Este general já nos atacou no Chad a alguns anos, agora
vem sobre vocês porque pelo jeito tentou algo.
— Sempre.
Sil viu Mac entrar e pergunta.
— E se definíssemos a região como algo que motores como
os que usam não funcionassem.
— Não entendi. – Mac.
— Os geradores de campos eletromagnéticos, os das naves
que vamos enterrar não vamos precisar, elas alinhadas, podem
gerar um muro de 1200 quilômetros.
— Alguma ideia?
— Sim. – Fala Sil sorrindo – Vamos trabalhar a noite também.
Os dois começam a retornar, entram na nave de extração e os
demais viram a nave que eles estavam começar a abrir um canal,
quando ela abria o canal em meio a dunas imensas, sabia-se que
274
teriam de refazer trechos, ou teriam um assoreamento em certos
pontos, mas a ideia era inicial.
Os dois vão a região próxima e entram na sequencia de naves
submersas, retiram um conjunto de 24 da naves de sistemas
eletromagnéticos, eles estavam pensando em avançar em alguns
sentidos.
Mac sai e olha para All Asuf e fala.
— Isto é para instalar na entrada das estradas no inicio da
região onde estamos.
— Qual a importância?
— Carros a ignição, ou tanques, não passam por isto, e fica ali
sem nem chamar atenção.
— Evitando mudanças de opinião?
— Sim, em 4 meses ninguém vai se opor, mas agora, eles tem
medo de mudanças drásticas.
— Precisa dos 12?
— Não, um para cada estrada, mas acho que três deles é
suficiente, mas podemos precisar em outros pontos.
— E vão fazer oque com estes outros?
— Algo que não sabemos se dará certo, mas vai ter muita
gente reclamando.
— Imagino.
Os dois foram ajeitando os projetos e Mac fala.
— Depois temos de ter mais destas naves, elas nos servem
para algo que nunca pensei. – Mac olhando a mesma flutuar no
sentido do Líbia, um pouco a frente, passando ao longe dos
soldados caminhando ainda.
— Como faremos? – Sil.
— Tem mostrado muita insegurança Sil, o que está
acontecendo?
— Dividindo meus pensamentos, sempre os fiz, você que não
está acostumado em me ouvir perguntar.

275
— Marquei os pontos para usarmos os 12 isolando a área
central de qualquer interferência, aviões altos passam sobre a
proteção, mas carros e helicópteros não.
— Já pensando ao futuro pelo jeito? – Sil olhando o demarcar
de sistemas de irrigação, e de controle, olhando os dados em verde,
sabendo que pouco daquilo era verde.
Os dois deixam aqueles protótipos soltos, em pontos diante
do deserto, algo tão insignificante, que ao mesmo tempo com um
poder incrível de proteção.
Embora queriam avançar, Mac fez o projeto mas não avançou
sobre o projeto chamado Líbia, ele queria calma, e finalmente
pensava que poderia vir a dar certo, em espaço ele já tinha isolado
mais do que precisavam, mas ele queria estar em 4 meses, com
sistema e estrutura para receber os seus.

276
Mary é chamada em uma
reunião naquele laboratório
especial num prédio
aparentemente normal de
Washington, olha para os
senhores e um pergunta.
— Tem noção do risco
moça?
— Risco? – Mary.
— Estaremos em território hostil e sem apoio rápido.
— Para vocês hostis, mas o que quer falar senhor? – Mary
que não tinha uma posição oficial.
— Acabamos de detectar um grande sistema de proteção na
região da Líbia, algo está acontecendo lá.
— E vamos quando?
— Partem hoje, e devem estar lá amanha, queremos você se
inteirando do problema e se conseguir manter contato, nos avise e
sinalize o ser, precisamos a posição dele.
— A retirada será por onde? – O militar que estava lá
também.
— Níger, tem algumas bases Francesas lá, eles estão em meio
a tempestades de areia, mas não são inimigos.
— Ordens especificas? – O militar.
— Destruir a ameaça, com tudo que tiverem, não existe esta
ordem direta em Washington, pois não existe oficialmente um casal
de alienígenas quase humanos em meio ao deserto do Saara, mas a
ordem, é destruir a ameaça. – Fala o senhor olhando a senhora, pois
queria ver a reação, ele teve impressão que ela não sabia do risco,
pois ela não se manifestou em nada.
Os dois foram conduzidos a base ao sul da cidade, e
embarcaram em um avião do exercito, Mary viu que lhe passaram
equipamentos, ela olhou os militares, o rapaz deveria ser o

277
comandante daquele grupo de mais 12 rapazes, iriam descer de
paraquedas na região.
Mary não gostava da ideia, mas sabia que tinha de ir lá, não
sabia se os seres no espaço tinham algum poder mental, os em
Hons tinham isto mais desenvolvido, mas estes ficaram anos
isolados, poderiam nem ser uma ameaça.
O comandante daquela operação olha para a moça e fala.
— Não sei qual sua função neste grupo, mas cumpro ordens.
— Se nos depararmos com os seres, e não estivermos em
condição de elimina-los diretamente, sou a sua tradutora, se
conseguirmos, os sinalizar, e através disto, provável bombardeio na
região que estivermos, então quando eu demarcar, saiba que
teremos de nos afastar dos seres.
— Certo, acha que entende eles.
Mary sorriu e falou.
— Se não acreditasse não estaria indo para o meio de um dos
piores desertos do planeta.
Os rapazes sorriram ao fundo, não levavam a serio Mary que
ainda estava em um disfarce de frágil.

278
O General General All
Demus vê um veiculo chegando a
eles e os soldados sorriem ao
fundo.
Um comandante vindo da
cidade mais próxima bate
continência e fala.
— Como estão general, mandaram verificar porque não
voltaram.
— Não entendi a ameaça, mas o que aconteceu depois que
ficamos neste deserto a caminhar?
— Algo está gerando uma interferência e por terra não
conseguimos chegar a capital.
— Interferência? - General All Demus.
— A bateria ferve e o sistema eletrônico queima.
— Bem o que aconteceu com todos os nossos tanques, mas
como estão se virando?
— Aviões altos passam.
— Não podemos ficar isolados.
— O comando geral quer explicações sobre a operação em
Waw an Namus.
— O que o secretario de Obras falou?
— Ele parece não falar nada com nada.
— Ele manda fazer uma operação sobre um senhor, e não nos
explica quem é o senhor, sabe que ouvi maluquices deste ser.
— Maluquices?
— Ele afirma ser um extraterrestre que veio ajudar, ele
ofereceu ajuda, mas eles viram um imenso sistema de tratamento
de água, dois na verdade, e pensaram em se apropriar delas pelo
que entendi, mas ignorando quem era o senhor.
— Não vai querer que acreditemos nisto?
— Acho que temos de nos inteirar do que está acontecendo
na redondeza Tenente, pois isto começou após aquela queda de um
279
pseudo meteoro, que os Americanos tentaram isolar a região,
lembra?
— Acha que não era um asteroide?
— Lembra de algo incomum como esta interferência mesmo
quando fomos atacados por Franceses, Americanos e Ingleses?
— Não.
— Tenta perguntar para o secretario e aquele empresário que
estava com ele, o que era a proposta que eles não dividiram com
nós que faz alguém nos isolar agora.
Os rapazes sobem nos caminhões, viram quando um carro
estava atravessado a estrada e desviaram pelo deserto, o general
entendeu que algo estava tomando as rédeas locais e não sabiam o
que exatamente era, viu a frieza do rapaz, pensou em vencer, e viu
que não tinha como vencer o que desconhecia.
Chegam em Al Qatrün, o general olha os helicópteros
parados, e olha ao fundo outros carros chegando do Aeroporto.
Entra num prédio de 3 pisos, onde o tenente a porta indicou
o auditório.
Faziam poucos anos que tiveram intervenção para derrubar
mais um ditador, estavam se reerguendo, o general olha para um
sargento e faz sinal para se afastarem.
— Relate Sargento.
O sargento olha em volta como se querendo ver se alguém
estava olhando, o general reparava em cada ato.
— Estão pedindo o afastamento do senhor, e estão querendo
decretar uma guerra contra o Niger.
— Afirmando oque?
— Roubo de equipamento estrutural.
— Então vou para casa.
O sargento não entendeu, mas viu o general olhar em volta,
toda a pompa do secretario de Obras, e aquele empresário a ponta,
diziam que eram apoio do presidente, o senhor foi as pessoas que
mandavam, mas acreditou nelas.
“Deveria ser mesmo um alienígena para confiar naquele seres
ali”, o general entendeu que toda a culpa viria sobre ele que nem
vira o acontecimento, olha para os demais entrando na sala, espera
todos entrarem, normalmente ele estaria a frente, mas ele não se
280
colocou lá, algo que os demais estranharam antes, ele senta-se ao
fundo e olha para o presidente entrar pela porta.
O presidente olha em volta e olha bem ao fundo o general,
que caminhara e estava exausto, estava tenso, estava com raiva, e
não era uma boa hora para aquilo.
O secretario estava ali, se era para falarem, que falassem, o
general estava em campo, caminhando, pois ninguém nem se deu o
trabalho de ir o buscar, então chegara quase que na hora da
reunião, então obvio, ele não fora convidado.
O secretario de Defesa pega o microfone e olha os presentes.
— Estamos com um problema serio senhores, e alguns estão
falando que facilitamos a entrada de pessoas de outro país, para
que tomassem o sul da Líbia.
O general no ultimo banco, viu que alguns olharam para ele,
estava mesmo cansado, mas era nítido que não o queriam ali.
— Senhor presidente, existe uma representação contra o
general All Demus como mandante disto tudo, como ele se atreve a
estar presente?
O general olha o presidente e o secretario de obras levanta-se
olhando para os militares a porta e fala alto.
— Tirem este traidor daqui.
O general olha para o senhor e sorri, talvez eles não
esperassem esta reação, o militar a porta foi tocar no general e um
outro abriu caminho e falou.
— Lhe escoltamos senhor. – Um dos soldados que estavam
acabados, mas que estavam ali apostos para uma ação que não
sabiam qual seria.
— Podem apenas me deixar na entrada da base local, e
voltem para casa, eles querem complicar todos os que sabem que
não somos culpados.
— Mas vai aceitar assim? – Um dos Tenentes.
— O problema é que para entrar em uma guerra, temos de
saber quem são nossas armas, e principalmente, quem são nossos
inimigos, e não sei ainda se meu inimigo, é um estrangeiro, um
politico, um secretario, ou todos juntos.

281
Os rapazes deixaram o general na entrada da base militar
local e foram no sentido da capital, sabiam que teriam problemas
com os carros.

282
Mac volta com Sil a sede
que montaram ao norte de Níger,
olham o agito e viram o senhor All
Haran e Asuf a porta do complexo
fechado, não entendiam o que
faziam ali, mas era obvio, nem
sempre as pessoas ajudam de
cara, e o olhar para uma das janelas por Mac, viu o pequeno Eon
olhando ao longe, Mac olha ao longe e vê Liz afastada, e olhada com
desejo por dois rapazes.
— Problemas All Haran?
— Vejo que não combinou com nós o que vai faze e já está
fazendo, não iriamos conversar?
— Que saiba as terras estarão em seus nomes All Haran,
qualquer benfeitoria é sua assim que estiver ai, mas o que fazem
com a menina ao fundo?
— Um acordo de paz, oferecemos as filha dos lideres locais a
seu filho e você oferece a sua a alguém.
— Isto não está em acordo ainda All Haran.
— Quer brigar?
Sil liga o sistema eletromagnético e as armas e metais correm
no sentido da nave ao fundo, ela ligou forte, até metais distante
vieram, e Mac olha para All Haran.
— Pelo jeito entendi tudo errado All Haran, podemos
recomeçar a conversa do zero, ou vamos ao que chamamos de
Conversa aberta.
Mac encara o rapaz, Sil liga sua proteção, as pessoas iam se
afastando dela, que chega ao lado dos dois senhores e estica a mão
para Liz.
— Tudo bem?
— Eles queriam algo que não entendi.
— Vamos voltar. – Sil evitou falar algo a mais, mas viu o rapaz
ao fundo, o que parecia disposto a lhe vender, olha em volta e bem
283
ao longe via os militares sobre a formação rochosa, olhando para
eles, tinham algo ali, parecia uma nave voadora.
Liz chega a porta, Eon a destrava e entra.
O impasse ainda estava ali, e Liz entra também, a nave ganha
carga e flutua até ficar sobre a parte visível da nave.
Sil olha para os sinais ao sul e não estavam ativos, sorri e
distante dali, uma nave começa a se erguer, se olhassem bem ao
fundo se veria a tempestade gerada por este subir da nave em meio
a areai.
A mesma passa a flutuar ao sul, os soldados na formação
olham para aquela nave surgindo em meio a tempestade e passam
um radio para acompanharem aquilo.
Mac olhava para All Haran, ele queria uma posição para falar,
não entendera o acontecido até aquele ponto.
— Somos um povo de desertos, não pode acabar com o
deserto senhor, por mais que a ideia seja genial, somos um povo do
deserto, de rotas livres, isto nos prenderia na terra.
— Não quer as terras que caminha férteis, é isto?
— Não disse isto?
— Estou lhe oferecendo a maior nação Africana em 10 anos,
com terras suas, que possa ir e vir, culturas naturais, e não
industriais, para poder ver seu povo ficar melhor, os não mais de
dois milhões de Tuaregues que existem, e mais duas ou três divisões
que o senhor faz parte, não mais de 3 milhões de pessoas, para
pouco mais de 2 milhões de quilômetros quadrados, mas se não
quer, cruzo meus braços senhor All Haran.
Os rapazes no fundo pela primeira vez ouviram a pretensão,
uma nação imensa, All Haran olha os rapazes ao fundo, não haviam
pensado em algo tão grande.
— Mas está conseguindo guerra com os vizinho.
— Sim, mas não gosto de gente de duas palavras All Haran, e
por isto estou conversando, qual a sua palavra referente a isto, quer
uma terra para os seus, poderem crescer, viver, amar, serem mais
do que são hoje, ou paramos agora.
— Mas a Líbia está quase decidindo guerrear com o Niger.
— Sim, mas o que os Tuaregues tem haver com isto All Haran,
que saiba, nada, a guerra é contra um ser branco, que alguns dizem
284
ser Líbio, alguns dizem outras maluquices, mas o que estes seres
estão querendo não é uma guerra com vocês agora, mas parecem
querer se meter nisto bem quando não é hora de se meter.
— Dei minha palavra que o apoiava, mas não em acabar com
o deserto.
— Deixo como está, mas não terá uma nação assim, terá
apenas guerras intermináveis, pois os povos locais sempre se
reunirão longe dali e tentarão voltar.
— Mas não são Tuaregues?
— All Haran, eu não vou ensinar politica a você, pois ouvi esta
palavra poucas vezes e ainda não entendo o contesto total, mas
acredito que pode ter formas de ganhos baseado nestes, além da
mão de obra para tocar as terras, já que como disse, seu povo é
nômade.
— Tem de entender que os lideres locais querem uma
garantia de sangue, de fazer parte de sua família.
— Eles a terão na hora certa senhor, mas não a força quando
estou segurando um exercito na divisa norte.
— São as tradições locais.
— Não entendo vocês, mas ainda vou entender, justificam
tudo com palavras, mas na nossa terra tem um ditado que diz, “Está
na Lei, e deixa de ser Ético, deixa de ser lei.”
— Vou conversar com os lideres, mas nos falamos daqui a
pouco.
Mac entra no barracão e Liz lhe abraça e fala.
— Obrigado por terem voltado.
— Sei que Eon daria um jeito de a tirar de lá a noite, mas
melhor ser declarado que não gostamos.
— Sabe o que eles querem? – Sil.
— Sil, lembra que falei que iria abrir o jogo com eles?
— Sim.
— Esquece, eles não entenderiam.
— O que pretende?
— Vamos isolar a área, existem militares nos observando ao
longe, observa eles, e vamos precisar de parte das coisas que estão
no setor 9, nem que tenhamos de o trazer a baixo Sil.
— O que precisa?
285
— Das naves, uma faz milagres aqui, uma frota, nos agilizaria
o trabalho e daria a eles a sensação que somos mais.
— Eles vão nos atacar com o que tem.
— Sei disto, mas ainda não temos entradas, ainda não sei
como me tornar um ser com poder de comprar algo, de reivindicar
algo, de me legalizar nesta terra.
— Tem um documento Líbio. – Eon.
— Um documento que não é meu, e quando estivesse tudo
pronto, eles me poriam para correr.
— Mas nunca usamos documentos. – Liz.
— A verdade é que éramos números genéticos, em busca de
uma casa para viver, chegamos a ela, mas temos de nos adaptar ou
gerar nossas regras.
— E como podemos nos apoderar de parte do sistema de
naves da divisão 9?
— Não sei, mas aqui nos faz falta coisas que lá tem em
quantidades imensas, e ao mesmo tempo, não quero voltar par lá.
Eon sorri, corriam perigo, mas não pensava em abandonar
aquele planeta.
Os Tuaregues veem um grupo de militares entrando na região
e um bate a porta, Sil coloca a mão na cabeça e fala.
— Estranho.
— Nunca nos dedicamos a bloquear a mente. – Mac segura
Liz que se assusta, estava andando para a porta.
— O que é esta vontade de sair pai.
— Isto se chama interferência mental dos Taief. – Mac pega
um capacete e alcança para cada um deles e Mac sai pela porta, as
armas apontadas foram rápidas para a nave ao lado quando Mac
ligou o campo eletromagnético sobre sua cabeça.
A moça olha o susto dos rapazes e olhou para Mac e falou.
— Viemos em paz, para conversar?
— Com quem falo?
— Agente Americana em campo de nome Mary.
— Mary não me parece um bom nome Taief.
Os soldados as costas não entendiam a conversa, mas viram a
moça olhar para o senhor assustada.
— Sabe quem sou.
286
— Se não se tentasse em saber quantos estavam presentes,
não saberíamos, mas o que quer moça.
— Saber o que vieram fazer aqui.
— Eu cai aqui, um projeto mal estabelecido de Vivencia, que
estourou e se dividiu, minha subdivisão, a 9, deve cair por aqui
qualquer dia, mas estar lá era arriscar não chegar, a cada dia se
deformava mais.
— Vem sozinho?
— Não, mas não sou nada além de um condenado dos demais
Hons, então não me preocupo se os demais vão chegar.
— E está fazendo oque aqui?
— Ia plantar, mas soube que eles não gostam de plantas.
— Não gostam?
— Preferem areia, não entendi, a areia para eles representa
liberdade, e os campos cultivados, uma prisão.
— E vão ficar quanto tempo?
— Eu não tenho para onde ir, mas se estão aqui, vão atacar,
mas como digo, cada um arca com o que pode, eu arco com o peso
de mortes, e você Mary?
— Eles acham que acabando com vocês acabam com o
problema.
— Eu gerei algum problema?
— Os mortos naquela operação, vi você levar os tiros, eles me
mostraram, mas parece bem.
— Sim, mas eles não falam?
— Estou aqui como interprete.
— Bom saber que aqui tem Taief, melhor procurarmos outro
lugar para viver.
— Acha que escapa.
— Moça, vocês nunca ganharam, pois os Hons se sacrificam
por sua espécie, a sua, nem lutavam pelo Taief ao lado.
— Este planeta parece pensar como nós.
— Não duvido, mas coitado deles, quando vocês já tiverem
quantidade para mandar.
— Pena de quem os vai matar?
— Eles vão tentar moça, é o que está dizendo.

287
Mac olha a proteção eletromagnética subir, sinal que Sil
pegara algo vindo a eles e Mac olha para o rapaz ao lado e
pergunta.
— Fala Árabe?
— Sim.
— O que vai nos atacar já decolou no Mar Vermelho, se
querem começar a correr, é a hora.
Os Tuaregues estavam olhando para os militares, quando os
mesmos começaram a se afastar e Asuf chega rápido.
— O que vão fazer?
— Nos atacar, o que mais.
— Tem muitas famílias aqui. – Asuf.
— Sei disto.
Sil faz outros 4 cargueiros se erguerem e ligarem a proteção
eletromagnética, chegando a região.
Sil olha a posição do porta aviões no sistema e uma das naves
começa a andar no sentido do mar Vermelho, por baixo da agua.
A proteção se ergue, as colunas de areia muito acima de suas
cabeças iam ao espaço, o núcleo da proteção se ergueu, e a mais de
20 quilômetros dali, 6 caças entram na proteção, perdendo motor,
começam a girar no ar, e os pilotos ejetam.
O porta aviões perde os aviões do radar e manda mais 4 para
a missão, não sabiam a condição dos primeiros.
Os aviões somem novamente no ar e o Almirante pergunta
que era aquela formação, parecia uma coluna de areia, que se via
nas imagens de satélite.
Estavam olhando para os dados, pensando se mandariam
mais pilotos a operação quando sentem o abalroar de algo no casco,
algo pesado, viram o porta aviões com todo aquele metal começar a
dar choque e começar a se desmanchar, o cargueiro se erguia do
fundo, e o porta aviões estava sobre ele, tende para o lado, ficando
deitado, e o Almirante olha assustado.
— Quem nos ataca?
Duas fragatas que estavam no caminho olham assustadas, um
Almirante determina que abram fogo, as balas pegavam na nave e
subiam, atingindo o porta aviões, estavam tentando atingir o objeto
quando sentem a energia do objeto atravessar a embarcação e as
288
juntas pareceram se desfazer, e as Fragatas se desmancham no ar,
os soldados a cima, viam o porta aviões se desmanchar, com se
juntas de solda se desfizessem, como se os aviões estivessem em
pedaços, tentavam não tocar em nada, mas era impossível em um
porta aviões deitado, então recebiam choques.
Estavam a mais de 30 metros da agua, quando a nave
acelerou para sair do mar vermelho, e o porta aviões que estava
sobre a proteção, cai de lado, se desfazendo ao meio do mar.
Como surgiu sumiu.
Os militares ao longe estavam olhando as outras naves
protegerem a região e um senhor pergunta.
— O que estava conversando com o senhor lá.
— A língua é difícil, mas ele parecia saber que o atacaríamos,
estranho, alguém vazou isto?
— Eles vão verificar, mas viu o tamanho destas naves, são
imensas, e estavam todas escondidas, surgiram apenas porque eles
precisaram de proteção.
— Acho que se duvidar, existe mais deles por ai. – Mary.
— Acha que o rapaz ali é apenas o chamariz.
— Ninguém os viu chegar, mas pensa rapaz, não sei a
estrutura que eles estão instalando aqui, mas parece que eles tem
muita estrutura para ser apenas quem estava ali.
— E quem estava ali. – O rapaz ao fundo – Pois só vimos o
senhor, o barracão é imenso, quantos poderiam estar lá dentro?
Mary sorriu, e começam a voltar, não teriam comunicação, a
tempestade a cabeça estava forte.

289
O general All Demus olha
para os dados e um segundo
senhor entra pela porta.
— O que está acontecendo
General, sabe que eles estão
pedindo sua cabeça.
— Imagino, mas ainda não
entendi o inimigo.
— Dizem ser você.
— General, se eu fosse o problema não estaria aqui, eles me
deixaram a caminhar no deserto, estou morto, não tenho mais
idade para isto, mas da fronteira do Niger até aqui, que estamos
caminhando a mais de 10 horas quando nos resgataram, mas o que
vi não é um exercito ali a frente, é um senhor, branco, parece meio
avermelhado do sol, mas com uma tecnologia que ignoro existir.
— Como assim?
— Eu ordenei atirarem no senhor, ele estava a pouco mais de
8 metros do cano do canhão do tanque, uma proteção protegia a
espécie de veiculo que ele estava, mas o tiro que deveria o ter
atravessado e morto, bateu na proteção deles, ele segurou-se, e o
tanque foi jogado de lado, tamanho o refluxo do tiro naquela
proteção, mas eles ativaram algo, e todos os tanques estão lá,
inertes, queimados.
— E não narrou isto lá?
— Eles nem me convocaram General, eles me colocaram para
fora para não ouvir a condenação e não desmascarar os mentirosos,
mas ainda tento entender quem é o inimigo.
— Não havia o visto no evento que narram em Waw an
Namus?
— Não, quando eu cheguei, já tinham ido embora, tinham os
mortos, e estava levantando o que aconteceu ainda, quando algo
muda, pois resolveram me atacar.
— Acredita que o inimigo seja quem?
290
— O ser não me atacou General, ele se defendeu, mas não
entendi parte da historia dele, mas como não vou por maluquices
nos relatórios, que provavelmente, me farão fazer para me afastar,
fico apenas pensando no que realmente aconteceu.
— E o que está acontecendo, não conseguimos ter controle
sobre o sul da Líbia.
— Eles vão reclamar, mas se a proteção deles for assim vão
usar.
Viu um rapaz ao fundo olhar para ele e perguntou;
— O que aconteceu.
— Ondas curtas, 8 aviões decolaram de um porta aviões no
Mar Vermelho, e os 8 sumiram do radar senhor, sobre o Chad.
— Iam para onde?
— Direção do Norte de Níger.
— Americanos? – O segundo General.
— Sim, mas não entendi, primeiro veio a noticia das naves
sumidas, para procurarem na região, depois conversas estranhas
sobre estarem sobre ataque.
— Quem estaria sobre ataque, os aviões?
— Não general, o porta aviões.
— E tem algo a mais?
— Sim, isto que é estranho, as fragatas que estavam em Suez
estão sendo mandados ao local para recolher os sobreviventes de
um porta aviões e duas fragatas afundadas.
All Demus sorriu e o outro olhou ele estranho.
— Que graça tem isto.
— General, eles estão lá, me culpando de tudo isto, pois eu
sou o traidor que estou dando estrutura aos rebeldes, quem dera eu
tivesse estrutura para afundar um porta aviões americano, teria o
feito há anos, não agora.
— E não vão lhe ouvir.
— Eu não entendi a ideia do senhor, mas se olhar ao sul da
formação de Waw, verá que ele estava fazendo canais de irrigação,
e tinha algo grande lá, algo que quando tiraram do chão, ficou um
imenso buraco, mas obvio, o que tinha no buraco é oque eles
querem se apoderar, nem que declarando guerra ao vizinho.
— Ele deve ter falado algo a mais.
291
— Com certeza, mas oque nem desconfio.
Um soldado chega a porta e fala ao segundo general.
— Temos ordens de prender o general All Demus.
— Ele está detido nesta base até ser julgado, comandante.
— O secretario de segurança o quer em Trípoli.
— Quando houver a condenação final rapaz, ele vai ser
conduzido ao local. – O segundo General.
— Ninguém naquela sala é do comando militar, nem o
Secretario, nosso julgamento é mais serio que um bando de politico
que nem sabem o que está acontecendo.
O soldado sai com mais 4 rapazes, e All Demus fala.
— Não se queima, não vale o fosforo.
— Algo está errado, e não sei oque.
Não deu meia hora o secretario de segurança entra pela porta
e olha par All Demus e olha para o general Abdelmáleque.
— Ele está condenado General, porque está solto.
— Se me explicar a acusação, que ele não teve direito nem de
presenciar, em um tribunal civil, pois lá não tinha ninguém dos
militares maiores respondo.
— Ele é acusado de ter desviado para o Níger, bombas da
secretaria de obras, em valores astronômicos para ganhos pessoais.
— Desculpa senhor, vai contar esta historia para o presidente,
quero saber a verdade, não este conto de Ali Babá.
— Mas...
— O secretario chamou o general para cá, sei pois eu também
fui chamado, para uma operação, cancelamos uma reunião em
Trípoli para isto, algo referente a Tuaregues, a All Haran, Taliban e
Alcaida estarem dando apoio a uma operação Norte Americana, e
quando respondemos o chamado de vocês, somos os culpados por
algo que desculpa, vou querer ver a nota de compra, vou querer
todas as acusações por escrito, e se não apresentar secretario, pode
por seu cargo a disposição. – General Abdelmáleque.
— Mas temos as imagens da grande bomba.
— Bomba?
— Uma desalinizadora imensa que iria puxar agua para a
parte interna da nação.
— Posso ver a foto, ou também é segredo?
292
— Porque está o defendendo?
— Somos quem não vai fugir se eles vierem senhor, mas o
que o presidente, você e aquele empresário de Banghazi, querem
com isto, o que está em jogo? Ou pior, o que perderam por não
negociarem, e agora querem culpar alguém para não dizer a
verdade do que aconteceu ali, não assumirem parte da
responsabilidade pelas mortes.
— Não sei do que está falando.
— Militares Líbios, mortos em uma operação, chamados lá
pelo secretario de obras para dar segurança, o que não entendi,
quem estava do outro lado, pois o general não era.
— Não sei do que está falando.
— Não sabe de nada para alguém que quer condenar um
general apenas pela palavra de 3 pessoas, das quais ninguém é
militar.
— Mas temos esta interferência no ar.
— E oque isto tem haver com a acusação bem chula contra o
general, que pelo jeito, o queriam ainda caminhando da divisa para
cá, pois ninguém lhe forneceu estrutura, o que eles queriam que
não deu certo, porque da raiva de quem nem estava ali?
— Eles afirmam que o general foi lá acertar quando iriam
invadir a parte interior do pais.
— Uma pergunta secretario, ele faria isto como, a pé em um
deserto?
— Ele tem apoios no exercito mesmo com todas as
acusações.
— Acusações ridículas senhor, a pergunta, o que eles fizeram
que não se pode voltar atrás, e que o general pode levantar, pois
algo foi feito, ou planejado.
— Não sei o que estão falando. – Secretario.
All Demus sorriu e falou.
— Pode nem ser algo que saiba, mas algo que posso vir a
questionar, tivemos uma operação que gerou mortes, eles queriam
algo de uma empresa que tem as bombas que o secretario falou,
mas como vão falar que mudaram de ideia, que querem o acordo
agora, se agora eles colocaram o exercito nisto?
— E porque mudariam de ideia? – Secretario.
293
— Senhor, onde se viu a afirmação que a secretaria de obras
vai investir em bombas de irrigação, em terras que tem donos, mas
terras que não valem nada, e sim, são terras contestadas pelos
Tuaregues, mas se alguém se propor a transformar as mesmas
terras em produtivas, quanto valeria as terras? - All Demus.
O general Abdelmáleque olha para All Demus e pergunta:
— Lhe falaram que área eles queriam investir?
— General, eles não tem os documentos oficiais destas
terras, existem pessoas que afirmam ser suas, mas que toda vez que
veem para cá, tem medo, mas ouvi alguém falar, acho que aquele
empresário que uma área 30 vezes maior que o delta do Nilo.
O secretario olha para o general e pergunta.
— E não vai se defender?
— Não preciso, duvido que coloquem estas acusações no
papel, pois teriam de afirmar onde compraram, mas o principal,
como tiramos de lá, algo que eu não vi.
— Mas alguns militares viram. – Secretario.
— Secretario, eu estou em prisão militar, não posso lhe
ajudar, vocês me tiraram disto, para dar cobertura a uma guerra,
que posso estar errado, não tem como vencer.
— Porque não temos como vencer? - General Abdelmáleque.
— Quem tem estrutura para enfrentar porta aviões
Americanos, transforma nossos exércitos em Crianças ao campo, vi
um deles de frente, e como falei general, eu atirei nele com um
tanque a menos de 8 metros, e o senhor ainda está vivo.
O secretario não entendeu, mas saiu pela porta, era evidente
que algo estava errado, e o soldado que controlava o radio falou.
— Qual o tamanho do que eles dizem que tiraram daqui?
— Por quê?
— Um grupo de Americanos que parece ter entrado em
contato com a ameaça, afirmam que existem imensas naves que
flutuam sobre a areia, mais de 160 metros de altura, mais de 500 de
comprimento e mais de 100 metros de largura, falam que viram
sobre o deserto no Níger, pelo menos 5 destas.
— Deve ser isto que os soldados relataram na primeira
abordagem que teve mortes General. - All Demus.

294
— Pela dimensão, o que estava no buraco tinha este tamanho
All Demus, eles estavam com duas aqui, e pelo jeito em um
desentendimento, foram ao sul. Mas quem são eles.
— Esta é a parte que transforma tudo em fantástico, e quem
falar em maluco general.
— Tenta?
— Eles são o que caiu com aquilo que os Cientistas chamaram
de asteroide há alguns dias.
— Quer dizer que isto que caiu?
— É o que parece general.
O general olha para fora e pergunta.
— Por isto não vai se defender?
— Passaria por maluco, é bem o que eles querem. – All
Demus olha o soldado. – Qual o comunicado do exercito para os
que estão ali.
— Não entendi, mas esperarem reforços.
— E quem vão por em campo?
— Senhor, não sei o que colocarão em campo, mas não
gostaria de estar lá, pois agora veremos aquele lado que todos
temem dos Americanos, eles matam e nem olham para quem caiu.
— Defendem os seus, e matam os demais sem remorso, mas
acha que vão mandar oque?
— Quando eles não tem como mandar bombas nucleares,
vem aqueles bombardeiros derrubando toneladas de explosivos,
sabemos o que gera isto general.
— Acha que os seres vão revisar?
O rapaz não responde, na tela começa a piscar uma
transmissão da região em varias frequências.

295
Em muitos locais ao redor
do mundo, procuravam os sons
vindos do espaço, os sons de fora,
estava ouvindo a chegada e
pegam uma saída, pegam o som
vindo da região que tiveram
problemas.
Uma mensagem repetida, mas que tinha um objetivo.
Generais em Washington, na França, na Inglaterra, em
Moscou, em Taiwan, em Pequim, na Austrália, e os ouvidos do rapaz
no deserto da Líbia, ouvem Sil em uma mensagem, surgia o rosto
dela, aos fundos dela apareciam as duas crianças e Mac, todos em
seus uniformes, e Sil fala.
“Engenheira Sil para Vivencia, continua a instrução de não
responderem, mas estamos alertando, este planeta tem Taief
infiltrados entre os humanos, não sabemos ainda o quanto eles se
infiltraram, mas sim, eles estão aqui também, o povo é dividido em
muitas nações, mas não tem grande poder de revide, começamos a
nos instalar agora, começamos pelo maior deserto deles, não sei se
terminaremos de instalar um sistema de recolhimento para as
novas naves que veem, mas eles já sabem de vocês, então o silencio
de radio não deu certo.”
Sil olha para Mac, e depois fala.
“O planeta é rico, mas não existe mais nada que nos relatem
os dados de Gaia, os nossos contatos estão mortos a mais de 92 mil
Parks, 70 mil anos locais.”
“Comandante da Vivencia, demais comandantes, confirmado,
estamos em Gaia, as maiores armas deles são as nucleares, não
chegaram ainda a fusão a frio, nem a camadas de proteção
eletromagnéticas, como estamos precisando de matéria prima e
armas, estamos acelerando a divisão 9, para se chocar com o
planeta.”

296
“Estamos passando os dados locais, conseguidos até agora, e
continuamos no plano traçado, recomendamos proteção mental
contra interferência dos Taief, mas sejam vem vindos.”
Os generais se olham, não entendiam o que tinham falado,
mas era obvio, teriam problemas, um tenente entra pela porta e
passa ao general que olhava o repetir da mensagem, olha serio para
o papel com a transcrição e fala.
— O que são Taief?
— Não sei senhor, mas parece ser outros alienígenas.
— E porque isto parece uma provocação? – General.
— Os atacamos, estamos armando a próxima ação senhor,
mas o que quer dizer com isto?
— Eles parecem querer que os ataquemos, e se quem morrer
for os povos locais, e eles quiserem bem isto.
— Aquilo é um deserto senhor.
— Para nós aquilo é um deserto, mas comparado a um
terreno em Marte, aquilo é terra saudável a vida, se comparado a
muitos lugares lá fora, é algo a se recuperar, nós não damos bola
para isto, mas obvio, eles escolheram um lugar longe dos olhos.
— E parecem ser uma família.
— Ou querem aparentar isto senhores, pois se for isto que
enfrentamos, se tiver apenas estes 4 seres ali, quantos ainda virão,
e em que problema entraremos?
O rapaz na Líbia, olha para o general e fala;
— Isto é um misto da língua dos Tuaranes senhor.
— O que ela falou?
— Disse que existem neste planetas um grupo de Taief, não
sei o que são, mas misturado aos humanos, que a tecnologia nossa
é rudimentar, que os demais já sabem que eles vem vindo, que o
silencio nos rádios não deu certo, confirmaram que estão em Gaia,
eles nos chamaram de Gaia, e que os contatos deles aqui já são
mortos a mais de 70 mil anos, que vai descer parte da estrutura que
está precisando, e desejou boas vindas aos demais.
O General Abdelmáleque olha para All Demus e pergunta.
— E vai ficar no silencio?
— Daqui a pouco este indicado pelas nações Europeias volta a
Trípoli, e dai vemos o que fazemos.
297
— São alienígenas. - General Abdelmáleque.
All Demus olha para o rapaz da comunicação e pergunta.
— O que temos de diferente, o que está acontecendo que
não vemos?
— Porque?
— Eles isolaram a nossa área general, um campo areia, e se
eles não estiverem pensando em plantar e sim, fazer um grande
campo de pouso?
— Seria o maior campo do planeta.
— Sim, mas eu encarei aquele senhor ao fundo na imagem, o
senhor apenas tentou conversar, e quando atacamos, ele reagiu nos
tirando os motores, mas existia gente do Taliban ali, mas ninguém o
atacou, eles estão com apoios pesados senhor, a base do Taliban, da
Alcaida e dos Tuaregues, em poucos dias, eles isolaram nossa
região, a pergunta que tenho de terminar de responder, quem são
os inimigos general.
— Eles são alienígenas, tem de ser o inimigo.
— Eles são inimigos dos nossos inimigos, ou como dizem,
temporariamente defendemos a mesma ideia, a de por estes
Americanos e este controle da União Europeia para correr.
— E o que fazemos agora? - General Abdelmáleque.
— Eu isolava a base, e passava o transcrever das conversas a
todos os comandantes locais, não como nossa informação, e sim
dos Americanos, passando a informação que o inimigo comum,
afundou um porta aviões Americano.
— Acha que eles vão ouvir.
— Está fazendo seu serviço general, não podem o condenar
por passar a eles a transcrição dos Americanos.
Em varias partes do mundo se falava sobre aquela conversa
passada para fora, mas algo estava errado, e eles não sabiam o que
fazer.
O conjunto de naves que estavam ao fundo do oceano Indico,
começam a avançar pelo estreito do Cabo para o oceano Atlântico,
subindo-o.

298
Mac sai da base e olha
outras 5 naves se afundarem na
areia da região, o céu se via a
proteção eletromagnética, e
caminha no sentido da tenda de
All Haran, enquanto Sil olha para
Eon e fala.
— Acompanha cada passo filho, tem de aprender rápido.
— O que faremos?
Sil abre uma estrutura nas duas pontas do topo da nave, que
estava visível, e nos 4 pontos, saem antenas de comunicação, ela
fixa duas em sinais de satélites para ter comunicação com a rede
local, e outros dois foca nos sinais da divisão 9.
— Filho, o que estamos pretendendo, é estabelecer contato
com as estruturas ainda vivas na vivencia 9.
— Mas não disseram que está tudo destruído? – Liz.
— Sim, mas o que queremos vai sair de alguns lugares, e não
vou perguntar se posso filho, Liz, pois por eles não estaríamos aqui,
estaríamos lá esperando para morrer.
— Certo, o que faremos? – Eon.
— Você vai invadir o sistema da divisão 8, verificar como eles
estão, se estão nas peças de vivência, e vai pedir para o computador
calcular um rasante baixo, que de para escapar, e neste rasante,
vamos programar o girar progressivo e lançamento de todas as
peças as ejetando em condição de sobrevivência.
— Ainda pensando neles, não sei de onde tiraram você e
Mac, mas vocês são incríveis. – Liz.
— Muitos foram como nós Liz, mas nós é que chegamos, eles
nos fizeram como somos, para que nosso povo pudesse sobreviver,
acabamos em Gaia, mas em um numero pequeno, mas num planeta
vivo.
— E o que vai fazer mãe?

299
— Mudar a gravação da divisão 9, colocar uma gravação na 6,
7 e 8 a transmitir, e tentar nos apoderar de material que não nos é
autorizado obter se pedirmos permissão.
— Oque? – Liz.
— Sistemas de defesa avançado, temos parte da divisão 8, e
parte na 4, mas a 4 pode precisar dele, então vamos nos apoderar
do que nos era parte manter.
— E como isto vai chegar aqui?
— Como nós, mas agora com os cálculos de reentrada filho,
que você vai estabelecer, agora com valor de gravidade, de
aceleração e de possibilidades de frenagem.
— E o que traremos?
— Controla as naves de comando duplo, e as de abordagem,
as coloca dentro dos cargueiros e começa os disparar ao espaço, faz
um sistema de para cada nave com motores traseiros, põem um no
sentido oposto, assim que estiver pronto, põem as coordenadas do
planeta e dispara, o sistema vai calcular a aceleração, e vai lhe dar o
tempo de chegada.
— Acha que consigo mãe?
— Tenta antes de duvidar de ti, depois vemos os detalhes que
não conseguiu, e acertamos.
— E vai fazer oque mãe neste instante?
— Enquanto Mac vai ao grupo conversar, vou tentar trazer a
estrutura da 9 para baixo.
— A vai destruir? – Liz.
— La temos ligas que não conseguimos aqui, temos os
remodeladores, mas não temos os materiais, mas vou tentar não
destruir tudo.
— E como não destruiria tudo?
— Para isto, chegue com os cargueiros antes do setor 9 filho.
— Uma missão?
— Sim, uma missão.
Mac chega a mesa onde All Haran estava sentado, olha os
demais olhando para ele assustado.
— Vão dizer que querem nós fora daqui?
— Eles estão assustados rapaz, sei que me esconde algo, eles
tem medo do que você esconde.
300
— Números, isto que escondo, é obvio para a inteligência
Americana que nos olha ao longe, que não somos apenas 4 pessoas,
é obvio que ninguém atravessa um espaço imenso, se tivesse um lar
lá fora, mas se eles tem medo de mim, eu tenho medo dos medos
deles, eu tenho medo de rapazes que parecem gente de bem
quando estamos por perto, e venderiam minha companheira para
um grupo estrangeiro como carne, temo gente que justifica o abuso
de uma criança com palavras como garantia de pertencermos a
família, temo gente que diz que quer um acordo financeiro, mas
quando vê uma supermáquina, a quer roubar, tenho muitos medos
All Haran, e sei que eu sou o invasor, sei que eu sou minoria, sei que
posso ter vontade de fazer, mas sozinho, não me interessa fazer,
mas tem de saber se quer ou não nós aqui.
— Eles tem medo de vocês saírem e nos bombardearem, eles
tem medo de lhes deixarem e estourarem sobre nós bombas
mortíferas.
— Desculpa por minhas ações então All Haran, eu tendo a os
analisar por minha cultura, mas somos criados não temendo a única
coisa inevitável a todos que nascem, a morte, e vejo que o que
vocês mais temem, é a morte.
— Mas não teme a morte?
— Como posso eu temer algo que não está no meu controle
senhor, sei que vai acontecer, e mesmo que estivesse, seria um dia
marcado para isto, não existe temer o fim da dor, das dificuldades,
dos desgostos.
— Não acredita em Ala?
— Ala é uma crença local de mil e quinhentos anos seus,
estamos fora deste planeta a 70 mil anos, não temos esta cultura,
respeitávamos tudo a volta, o Deus visível a volta, mas este, nos
mostra que nascer e morrer, é o natural, o viver eternamente
nestas terras, não, se Ala nos dará um paraíso, isto é para depois
desta vida, mais um motivo para não temer a morte.
— E não teme o julgamento de Ala?
— Como temer a estrutura que me dá vida All Haran, como
temer o que me mandou para cá, como temer o que não se tem
como temer, pois se nossa vida pertence a tudo que nos cerca, não
temos como temer quem nos deu tudo isto.
301
— Alguns nos Mulçumanos nos chamam de tawariq13, isto
nos chateia as vezes.
— Um ano no espaço All Haran, os fariam mudar de ideia,
mas mesmo lá, muitos duvidavam da utilidade dos que tinham a
missão de lhes produzir a comida, mas garanto All Haran, caminhar
neste deserto, com uma bota obvio, gera mais comida e agua, do
que numa espaçonave que recicla tudo, pois não podemos perder
nada. Seu Ala os deu um planeta vivo, mostrando a todos que o
espaço, é apenas para casos de emergência.
— E tiveram emergência.
— Vê aquela soldado com os militares ao fundo All Haran?
— Sim.
Mac pega o visor dele e alcança para All Haran.
— Olhe como ela realmente é All Haran.
O senhor olha pelo visor que mostrava o calor dos seres e
olha a senhora, fria, como se não tivesse calor, um pequeno calor a
cabeça, mas o resto, nada.
— O que quer dizer com isto?
— Aquele ser é muito menos Humano que eu senhor, e se
disfarça e vive entre vocês, eles destruíram nosso planeta, por isto
estamos aqui.
— Não entendi.
— Não vamos deixar eles fazerem isto com Gaia All Haran. –
Mac mentiu, mas o senhor olha novamente a moça.
— E são muitos?
— Senhor, aqueles seres tem controles mentais incríveis, eles
conseguem passar desapercebido, pois eles interferem em suas
mentes, tem de saber se o seu medo é seu ou dos seres.
— E não vai falar isto aos demais?
— Nem chegamos ainda, como podemos querer enfrentar ou
querer que eles nos ouçam.
— Estão mesmo em poucos?
— Nosso total de seres em missão, não são 1% dos seus All
Haran.
— E não se preocupam com quantias?

13
Palavra Tuaregue que significa “Abandonados por Deus”.
302
— Senhor, eu sou do universo, mas entendo o quanto
planetas como este, que chamamos de Gaia, são especiais.
— E como eles destruíram seu mundo?
— A guerra foi de séculos, e em uma delas, um grupo dos
nossos fugiu para o planeta irmão, lá não éramos um planeta,
éramos dois andando em paralelo no espaço, um girando em torno
do outro, ao redor de seus núcleos, e do sol, eles explodiram o
núcleo do planeta ao lado, seria como eles explodirem o núcleo da
lua ao lado, um grande pedaço seria atraído ao planeta e tudo que
conhecem deixaria de existir.
— Mas eles morrem assim também.
— Por isto All Haran, sempre espero que vocês pensem, pois
não é passível de ganhar uma guerra apenas com armas, tem de se
usar a cabeça, para não se matar tentando atacar alguém.
— E porque da interferência, os demais devem estar
assustados.
— Esta interferência eletromagnética, em si, também protege
sua mente da ação longínqua da moça, mas ela a sua frente,
conseguiria lhe dominar apenas com a mente.
— E a vai deixar lá?
— Se mandar alguém lá este ser volta com ordens de nos
matar All Haran, e ele vai tentar, porque nos matar?
O senhor olhava alguns a volta e pergunta.
— E podem ter mais deles por ai?
— Sim, mas com calma os enfrentamos, deixa eles
começarem a temer, pois enquanto nosso povo é unido, o deles, é
cada um por si e Deus por todos.
All Haran olha para All Asuf e fala;
— Cuida para deixar aqueles militares longe, mas não manda
ninguém lá.
— Problemas?
All Haran olha com o visor que Mac deixara com ele para
dentro do grupo, sorri de estarem isolados ainda.
— Isto fica entre nós Asuf.
— O que o preocupou?
— Olhe aquela moça que nos olha.
O rapaz olha que ela não emitia calor e pergunta.
303
— O que é aquilo?
— Pelo que entendi, a missão dos que vão vir, é dar fim
naqueles seres, eles pelo jeito estão em uma guerra, pois parece
que estes seres destroem todos os humanos se passando por eles,
mas eles tem poderes mentais, não entendi isto, mas lembro de
antes da proteção nos atingir, estava com muito mais medo que
agora, pode ser algo vindo daquele ser e de outros que devem
aparecer na região.
— Isto é maluquice Haran.
— Sei disto, mas se me explicar como alguém não tem calor
corpóreo, e se diz humano, acredito que seja maluquice.
Asuf faz o mesmo que Haran fez antes, passa o visor em
todos a volta e sorri.
— Este é o inimigo deles?
— Sim, este é o inimigo deles.
Asuf foi se reunir com outros, mas Haran tentava não olhar
para a moça, mas vira e volta olhava.

304
Fres olha para a
transmissão e olha para Bris.
— Temos de acreditar
nisto?
— Eu acreditaria senhor, e
eles devem estar chamando a
atenção sobre eles, mas obvio,
precisava avisar algumas coisas, mas parece que o aviso é para nós,
e para eles.
— Porque acha isto?
— Ela está falando, coloquem os capacetes, evitem reações
impensadas, pensem sobre seus medos e temores, armas que os
Taief usaram contra nos, por séculos, segundo que eles não tem
sistemas de proteção modernos, apenas os antigos, de antes das
viagens espaciais, e confirmaram, é Gaia.
— E que aviso é para eles?
— Que ela vai jogar sobre alguém lá em baixo uma nave
destruída Fres.
— Ela encara isto como uma missão, mas o que mais estão
fazendo.
— Ela tirou todos da invisibilidade, ela colocou transmissores
na 6, 7 e 8, que agora sabemos onde estão, são transmissões entre
elas, como se estivessem se comunicando, gerando um problema
de interpretação, e no sentido do planeta, antenas de interferência
nos sinais.
— Ela faz isto de lá e não conseguimos o mesmo daqui. –
Guel.
— Esta é uma pergunta interessante para os engenheiros do
comando responderem por quê? – Fres.
— Fres, o problema é que ela conhece esta nave, ela conhece
cada canto desta estrutura, acredito hoje que ela entraria e sairia
daqui e não a veríamos sair, mas se ela vai nos informar, melhor que
chegarmos sem a informação. – Bris.
305
— Concordo, acha que ela fara mais oque?
— Algo disparou da linha 8 aos espaço e esta aglutinando,
não sei se apoio pessoal ou apenas estrutural.
— Ela vai obter apoio antes de descermos? – Fres.
— Não tinha reparado no poder de comando dela Fres, pois
ela está se mostrando uma comandante de Vivencia melhor do que
eu fui, mas sabe que ela nunca chegaria ao posto.
Fres olha para Bris, vira muitas brigas da moça e de Bris,
talvez este ponto tenha os levado a aquele ponto, mas realmente a
moça estava em um planeta, poderia estar quieta, mas estava
querendo atenção, e nitidamente, querendo complicação.
Fres estava olhando para Bris quando Guel fala.
— Estrutura 6 transmitindo para o planeta senhores.
— Coloca na tela.
Os demais olham a imagem de Fron surgir na tela em uma
transmissão.
“Fron para Sil, gostaria de saber se precisa de apoio de
pessoal, estou cansado de me aproximar lentamente. Disposto a
disparar para destino.”
Sil olha para Mac entrando, vê a transmissão, olha a
transmissão dela e fala pegando o comando.
“Mac para amigo Fron, qual a ideia?”
“Chegar antes de brigar por migalhas na divisão 6!”
“Tem acesso ao projeto divisão 8?”
“Sim!”
“Estão com os cálculos de reentrada, mas não recomendo
para crianças com menos de 3 Parks, Mary não resistiu.”
“Mas temos muitas crianças.”
“Não recomendo para a forma que chegamos amigo, sabe
disto.”
“Verifico os dados da 8, vou sair daqui antes que mate
alguém Mac.”
“Se está ruim, vem de uma vez.”
Sil olha para Mac e fala.
— Sabe que todos pegaram isto.

306
— Sim, sei que todos pegaram isto, põem o sistema de
entrada com proteção eletromagnética, vai diminuir o calor frontal
e vai os proteger de ataques vindos da Terra.
Bris olha para Fres e fala.
— O que quer Bris?
— O comando é seu senhor.
— Mas me olhou como se falasse, faça algo.
— Senhor, estamos prestes a ter grupos indo do 8 e da 6 para
o planeta, e não teremos ninguém lá? – Bris.
Fres olha para Guel e pergunta.
— O que eles estão fazendo?
— Unindo cargueiros, não os temos senhor, e lançando no
sentido do planeta.
Fres olha para Bris que sorri, realmente a moça era mais
piloto, mais comandante e mais rainha que o ser a sua frente, olha
para os dados e fala.
— Eles começam a se estruturar, algo começou a se mexer no
conjunto 7 também. – Bris.
— Comunicação? – Fres olhando Guel.
— Apenas por sistema. – Guel.
— Tente descobrir o que está acontecendo. – Fres.
— Autorização para ir a minha peça Comandante. – Fala Bris
que estava tentando parecer normal, ter de responder a Fres, como
um subalterno sem cargo.

307
Eon olha para a mãe e fala.
— Grupo do conjunto 7
perguntam se podem acelerar
também, com parte do pessoal.
— Teria de coordenar as
coisas Eon, as velocidades de
reentrada e o colocar lá do que
precisamos.
— Acha uma boa ideia os trazer para baixo?
— Eles querem vir, não pensei que eles se propusessem,
sempre quero uma ação assim filho, mas eles nunca a tomam. – Sil
olhando os sistemas que seu filho estava montando, sistemas
menores, mas com poder de aceleração e com espaço para muita
coisa, ela coloca os adendos para as pessoas trazerem certas coisas,
e uma correria se faz nas naves.
— Vamos trazer quantos para baixo? – Liz.
— Não mais de 40 no total, 10 vezes o que temos hoje. – Mac
— E o que faremos? – Sil olhando para Mac.
— Vamos ver se podemos ter paz ou guerra neste planeta,
mas parece que eles gostam de guerrear entre eles, ainda falta uma
consciência de preservação entre eles, parecem acreditar que por
mais que se matem, sempre terá muitos deles. – Mac.
— Não respondeu. – Sil.
Mac olha o filho e pergunta.
— Conseguem se manter isolados?
— Sim, qual o medo?
— Interferência mental sobre estes que estão ao longe.
— Nos isolamos, mas o que podemos fazer ate voltarem?
— Mantenham a calma, vou tentar um acordo, mas nem
sempre somos bem aceitos.
Eon se levanta e pega dois capacetes e alcança um para Liz e
fala sorrindo.
— Fica bem de capacete.
308
Ela sorriu e Mac olha para Sil.
— Vamos?
— Não sei onde.
— Responder a um sinal de paz, em ondas curtas, mas que
não podemos responder por radio, que todos perceberiam.
— E vamos fazer oque, sei que pediu para acertar os campos
de proteção por nação, mas está difícil nesta área ampla na Líbia.
— Quais pontos facilitavam?
Sil aproxima-se, toca no comando sobre a mão de Mac,
olhando ele, ela tentava se aproximar, mas ele mantinha a distancia,
ele não queria se perder, a olha aos olhos e fala.
— Quais pontos?
Ela não desviou os olhos e fala.
— Sabe que fazemos um casal e tanto?
— Fazemos?
— Sim, estranho, pois nunca alguém me deixou insegura
referente as minhas ideias, você consegue as superar, mas ainda
teremos de conversar.
— Quando tivermos alguém protegendo as nossas costas,
ainda tenho a sensação de que posso levar um tiro pelas costas Sil.
— Por isto pediu aquele equipamento da 8?
— Ainda bem que pedi, pois não sei quem é mais perigoso, os
locais que nos temem, ou iguais a nós que se acham superiores a
nós, e não acredito nisto.
Sil olha o mapa e fala.
— Estes três pontos dariam um centro ao sistema, definir
cantos e recantos é fácil, mas com os três pontos, vamos conseguir
fazer o que queremos.
Mac olha os pontos, aciona mais três naves que levantam no
deserto, e sobrevoam a região se fixando em 3 pontos, a volta de 3
das naves.
— O que pretende? – Sil.
— Vou colocar 12 naves que estavam no mar nesta região,
elas vão sobrevoar toda a região, todos as verão, 12 delas, pretendo
usar o sistema eletromagnético acima de nos para definir onde a
areia vai se fixar, gerando os campos de cultivo e os canais de
irrigação, e usaremos as 12 naves como sistemas de bombas, mas
309
não como armazenamento, vamos colocar na terra a agua de uma
vez, estamos adiando isto a muito.
— E como ficaria a região? – Sil.
Mac coloca um projeto e fala.

— Irei aplainar o maior trecho um dia já aplainado do planeta


Sil, com este sistema, e rochas que saírem ao sul, vão alisar 3 pistas
paralelas capazes de comportar um cargueiro em descida.
— Mas e a reentrada?
— Eles viriam em descida do oeste, e o sistema os controlaria
na descida, preciso dos cálculos finais, mas acredito que a proteção
pode os desacelerar e os colocar na pista como faziam nos trilhos no
espaço.
— Não tinha pensado em usar o campo eletromagnético para
gerar um desacelerar seguro, digo que você pensa a frente Mac, e
estava lá sempre com as plantas.
— Melhor que ver você me olhando com nojo, sabe que não
tinha permissão para entrar onde você ia, você conhece aquela

310
Vivencia mais que eu, pois você tinha livre acesso, eu apenas nas
regiões de plantio.
— As vezes parece o magoar ainda o passado.
— Desculpa, não queria a culpar, desculpa. – Mac sem jeito,
ele não era de pedir desculpas.
As naves se enterram, ligam as antenas de comunicação e
toda a área interna ao campo tem os carros com suas baterias
fervendo, e os motores queimando.
— Acha que conseguimos programar para a areia ir para onde
queremos que vá?
— Quer controlar o chão como controla o espaço? – Sil.
— Sim.
— Os projetos de plantio estão no sistema, 16 sistemas de
plantio, melhorei o projeto inicial.
Sil olha as grades áreas plantadas, todo o sistema de floresta
abrangendo as regiões mais íngremes, mas sabia que o projeto de
florestas era de plantas baixas, não conheciam ainda a famosas
arvores de Gaia.
—E quer isto para quando?
— Para quando tivermos as primeiras naves chegando.
— Vai ampliar o campo?
— Sim, quero um campo bem mais abrangente, quem sabe
consigamos fazer a Vivencia aterrissar, seria um senhor ganho de
tecnologia Sil.
— Eles ai sim nos temeriam.
— E eles temem coisas que não entendo, não consigo
entender eles no todo.
— Mas qual o grau de campo que pretende abranger.
— Unificado o campo requer menos naves, se entendi? – Mac
perguntando.
— Sim, economizamos energia, e dispomos de uma proteção
mais firme, pois muitas geram contradições de campo.
— Disto não entendo.
Sil sorriu e falou.
— Algo pelo menos para que eu faça.
Mac sorriu colocando a imagem de sua ideia audaciosa.

311
— Sil, eu não entendo do todo, mas se entendi, o que temos
de naves, e estrutura, antes da chegada dos reforços, dá para cobrir
esta parte, um deserto que vai de um oceano a outro, mas que
teríamos como girar a Vivencia e a segurar na reentrada, assim
como os trechos do sistema 9 e os trechos dos sistemas que vão
chegar, mas para isto, temos muito trabalho a fazer.
Sil olha o mapa e fala.
— E tudo acelerado.
— O campo sobre nossas cabeças, pode vir a segurar o
pedaço da estrutura 9, se a conseguirmos girar em torno do planeta
como fizemos, mas quando penso em ampliar, é que a Vivencia tem
um tamanho 5 vezes maior.
— E eles nem imaginam isto.
— Não vou prometer algo que pode não acontecer Sil, eu
posso ter ideias, mas nem todas são praticáveis, preciso de você me
dizendo se estou maluco, se estou pensando como um senhor do
cultivo, pois meu nível de calculo, nunca chega ao ponto de
reentrada, sei o que o sistema me fala, mas tenho de confiar no
sistema, não em minha mente.

312
Sil sorri e fala após ver o sistema os cobrir e mesmo assim os
sistemas eletromagnéticos funcionarem.
— Onde?
Mac coloca a programação de onde eles iriam.

313
Uma reunião em
Washington coloca na sala de
reunião estrategistas e generais,
tentando entender o que estava
acontecendo, e um fala.
— Temos um inimigo novo
pessoal, e ele não teve medo de
nos atacar no mar Vermelho, não sabemos ainda como ele nos
atacou, mas perdemos um porta aviões, que desmanchou ao mar
como se fosse metal sem solda, mas ainda temos de verificar a
versão oficial do acontecido.
— Quem é o inimigo? – O secretario de segurança entrando
pela porta.
Um estrategista de nome Wiliam coloca a imagem daquela
família aparentemente inofensiva e fala.
— O problema maior senhores, é que não levamos a serio o
primeiro alerta que era um grupo pequeno e que era altamente
perigoso e detinha uma tecnologia avançada, o senhor ao fundo, o
senhor que foi atingido pelos fuzileiros numa ação no Mali, a moça,
a que transmitiu para o planeta que estava chegando, e agora
transmite para fora, dizendo, eles já sabem que estamos vendo, e o
que era um grupo externo ao sistema, chegando rápido, começa a
se agitar, temos comunicação constante entre 3 dos sistemas que se
aproximam rápido, o que era um grupo pequeno, se mostra um
imenso grupo.
— Acha que vão fazer oque Wiliam? – General Walter.
— De uma hora para outra, embora todos falavam que
estavam no Níger, e eles defenderam uma posição que nosso grupo
avistou estes seres no Níger, algumas coisas aconteceram que não
entendi, os Tuaregues começam a isolar os militares nossos, como
se afastando deles, forçando até os Franceses se afastar deles,
segundo toda a região sul da Líbia, está com interferência
magnética, ou eletromagnética, potente, os carros não funcionam,
314
equipamentos sem aterramento queimam, devem estar achando
que fizemos alguma burrada, pois parece a quem olha ao fundo que
foi algo que gera uma imensa linha de isolamento eletromagnético,
como uma bomba nuclear.
— Me garante que não fizemos? – Secretario de Segurança.
— Perdemos 8 caças na região, mas uma imagem me deixou
intrigado senhor.
— Uma imagem?
— Senhor, mandamos uma civil ao local, pois ela se
apresentou como uma interprete da língua dos seres, que é
realmente uma derivação de uma língua local, mas os pilotos se
ejetaram dos aviões, começam a nos transmitir por ondas curtas ou
via satélite suas posições e imagens da região.
— O que tem que impressionou?
— Imagem das imensas naves que estão lá, não sabemos
quantas, mas acreditamos que as 70 naves que sumiram do pacifico
estão lá, mas quando observando os Tuaregues, viram que eles
observavam ao longe a moça e os soldados, e estranharam, pois
eles estavam isolando eles, até de outros militares da região, e
estranharam.
— Seja claro.
— Os rapazes repararam que os Tuaregues tinham um
daqueles equipamentos de visão dos seres, e olhavam para os
militares, e os soldados quando olhavam as naves, fixaram no
infravermelho para entender o funcionamento das naves, e se
deparam com esta imagem dos soldados.
O senhor aproxima a imagem e olha para a moça parecer não
ter calor, e falou.
— Mandei deter 12 pessoas em Washington, e todas as
pessoas que foram executar esta operação não conseguiram
senhores, e estávamos seguindo para prender os parentes desta
Mary, que são como ela, não emitem calor corpóreo, eles não são
humanos senhores, provavelmente quando a moça transmitiu para
fora falando de Taief era referente a estes seres, e eles tem algo
que faz as pessoas voltarem justificando não ter encontrado, não
serem risco, entra bem na definição deles de interferência mental,
se reparar, os seres quando falam com a moça, eles usam
315
capacetes, que não usam normalmente, e não entendo porque não
temos o áudio disto, porque todos os soldados e a moça desligaram
os transmissores de som.
— Acha que temos outro tipo de alienígenas, seria isto? – O
secretario de segurança.
— Eles não tinham se comunicado para fora com afirmações
tão pesadas antes de detectarem os seres, e senhor, para não ter
calor corpóreo, eles são uma evolução mais próxima dos repteis que
de nós.
— E passam desapercebidos desde quando?
— Não sabemos ainda senhor, mas podem existir grupos
imensos em nossa nação, os seres se afastaram, mas uma
transmissão de radio feita por um grupo da Alcaida, manda olhar
pelo infravermelho para nós, e se não tiver calor, atirar ao longe,
pois todos que chegaram perto, voltaram como ameaça, não como
aliados.
— Eles nos acham a ameaça?
— Eles estão alertando de nós, mas é contra todos, vemos
eles olhando o próprio povo, como se os analisassem, mas pode ser
que os que veem ai, não venham nos atacar, mas obvio, eles
revidam com força quem os atacam.
— Acho que devemos os atacar Willian, não gosto de gente
que mata dos nossos, afunda nossos porta aviões.
— Senhores, eu estou relatando, sou estrutura, não decisão,
mas eles aceleraram aquele imenso complexo congelado
novamente contra nós, não sei o que vão fazer, mas estão jogando
aquilo sobre o planeta, se cair no pacifico, uma onda no máximo,
mas temos de pensar na alternativa deles lançarem aquilo sobre
uma cidade nossa, se os atacarmos.
— Acha que tem o risco?
— Temos de pensar sobre isto senhores, sabemos o estrago
que um destes fez no deserto, o tamanho do buraco, pela massa, o
que atingiu o deserto foi uma destas que parece que eles
comandam a distancia, e tem mais de 70 delas por lá, mas se
tiverem mais no espaço e começarem a jogar sobre cidades, não
sobre desertos ou oceanos.

316
— Seria um caos, então temos de pensar se afirmaremos que
são destroços espaciais ou asteroides, pois pelo jeito vem mais
destroços por ai. – General Walter.
— Temos de armar nossos sistemas de misseis contra eles. –
O secretario.
— Temos de estudar todas as possibilidades, estamos em
uma crise real, e se a moça continuar a conversar, uma hora escapa
a imagem, mas a ultima transmissão teve resposta vindo de um dos
pontos pelo menos, a segunda não confirmamos ainda, mas a
conversa parecia acelerar a vinda, não o contrario.
— Então confirmado, eles vem para nós, sem duvida? – O
secretario.
— Acho que não havia duvida, mas a transmissão fala,
instalando uma base no maior deserto deles, estavam falando do
Saara senhor.
— E como podemos os tirar de lá?
— Este é o problema, não conseguimos por terra, e não sei
qual seria o efeito da algo assim, pensaram em submarinos
nucleares?
— Vamos segurar isto ainda, e me verifiquem estes seres, não
quero deter um e alguém infiltrado ganhar, pois não estávamos
olhando.
As reuniões se arrastaram, enquanto um grupo de pessoas
aparentemente normal, pegava a estrada no sentido norte, New
York, grandes cidades sempre fica mais fácil de esconder-se.
— Como eles desconfiaram?
— Não sabemos, ninguém que foi lá sabia o porquê, estavam
cumprindo ordens.
— Que Mary se cuide.
— Ela sabe se defender Milk, e ela que se ofereceu em ir para
lá, mas pelo jeito alguém já sabia de nós.
— Mas como?
O grupo de 25 carros, seguia como pessoas normais, sem
nem parecer um grupo, todos tensos.

317
Eon confirma as acoplagem,
verifica que teriam pelo menos
mais 10 famílias ali, o olhar de Liz
foi de quem não estava feliz.
— O que lhe deixa triste Liz?
— Eles vão querer mandar
em mim, estabelecer com quem
tenho de me unir, eles no planeta é exatamente isto.
— Calma, isto não aconteceu ainda.
— Mas se acontecer.
— Liz, no espaço, não tínhamos alternativa, o fugir, era para o
setor ao lado, eles nos achariam, aqui, fugimos e ninguém nos acha.
— Fugiria comigo? – Liz ficou vermelha.
— Logico. – Eon a olhando sério.
Liz sorriu e Eon olha para os militares chegando perto, Eon faz
sinal para o capacete, e olha em volta, os Tuaregues se afastavam,
não queriam influencia, vê eles atirarem na câmera do lado de fora,
e ativa o sistema eletromagnético, Eon olha para as armas serem
atraídas, olha pela câmera invertida, ao longe, e olha que é uma
bomba, olha para o povo bem ao fundo, olha para os militares e
aciona o inverso, teria segundos, esperava que a porta aguentasse,
inverte o campo e a bomba e as armas foram jogadas longe.
Eon olha para Liz, pisca e conta até três e reverte o campo, a
bomba nem tinha se afastado e começa a se aproximar, os soldados
que forçavam a porta pensando ter dado certo, olhavam para a
porta, Mary sente algo, olha para a bomba e a vê explodir, Eon
gravava a reação da moça, que sente o corpo queimar, e os
soldados também, queimados a porta por uma bomba que ainda
chegava, os Tuaregues em volta olham os corpos, olham a moça se
desmanchar ao chão, parecia não ter ossos, não como humanos,
parecia uma cartilagem resistente e leve.
Eon olha para Liz e faz sinal para ficar no comando, pega uma
maca e a arrasta para fora, pede para uns rapazes ajudarem a
318
colocar a moça na maca, pega os comunicadores dos rapazes, pega
as armas e alcança aos rapazes, e All Haran pergunta.
— O que vai fazer?
— Congelar para que meu pai avalie como podemos vencer
estes que aqui estão?
— Não tem os registros deles?
— Ter registro, ter viajado um espaço imenso e os encontrar
aqui, não quer dizer, entender como vence-los senhor.
O senhor viu o menino entrar e fechar a porta, eles não
confiavam neles, então o menino não demonstraria confiar, embora
não lhe interessava as armas.
Liz olha o corpo da moça e vê Eon tirar a mascara da moça e a
cara de nojo de Liz fez ele sorrir.
— Vamos a congelar, diz o sistema que eles se recuperam ao
calor, precisam de calor para estabelecer a regeneração, mas que
conseguem ser congelados e reanimados.
— Uma vantagem imensa no espaço. – Liz.
— Sim, seres que vão a criogenia e voltam facilmente é algo
que dizem possível aos Hons, mas nunca soube de um caso
eficiente.
Eon volta ao comando e passa a mensagem para o pai, que
tinham a Taief sobre criogenia bem danificada.
Liz travou a porta da sala mesmo assim e olha para Eon.
— Seus pais lhe criaram para ser um grande Fazendeiro.
— Meu pai sempre me quis na liderança dos Fazendeiros, se
tinha de aceitar o lugar, sem reclamar, que fosse o melhor lugar.
— Pelo jeito não haviam oferecido você a ninguém ainda.
— Acho que se ofereceram Liz, isto foi lá em cima, não aqui
em baixo, aqui vãos precisar de mais do que apenas agricultores e
meia dúzia de profissões, vamos precisar de muitas profissões.
— Acha que sua companheira está viva?
— Liz... – Eon olha serio para ela – ...já querendo me jogar nos
braços de outra?
Liz sorriu e falou.
— Não, estava vendo que estes homens a volta, tem mais de
uma mulher, estranho isto.

319
— Eu não entendo eles Liz, parece que alguns estão sempre
na boa, sem fazer nada, e uma soma de pessoas que trabalham o
tempo inteiro.
Liz olha os rapazes se afastando e fala.
— Eles vão enterrar estes ai?
— Vão, mesmo não gostando deles, vão, pois não querem
deixar rastros deles.
Eon olha em volta e fala.
— Tem outros 3 grupos a volta, mas nenhum Taief a vista.
Eon pega o comunicador dos soldados, abre ele, pega os
sistemas de identificação, um sistema mostra os dois fios que saiam
informação, o do som, e liga no sistema.
— Entende disto? – Liz.
— Tem uma logica básica, mas o que precisamos é a
informação de quem está em contato com eles, e como vamos nos
defender deles.
— Não entendi?
— Eles devem ter um sistema de códigos, devem transmitir
em uma frequência, assim que tivermos isto, colocamos os sistemas
de captação nesta frequência e tentamos decodificar isto, se
conseguirmos uma mensagem, conseguimos tudo.

320
Os militares viram aquela
tempestade de areia se aproximar
da base, o general olha para All
Demus e pergunta.
— Acha uma boa ideia?
— General Abdelmáleque,
não entendi a ideia deles, mas
obvio, tudo a volta parou, não mais apenas a divisa, eles querem
algo, e desconfio que não saberemos se não conversarmos.
— Mas são alienígenas.
— Mais humanos que muitos que vi por ai general, eles são
apenas mais brancos, mas até isto neste deserto com o tempo se
perde, então ainda são visíveis, daqui a pouco, gente como qualquer
uma.
O general sai para fora e olha os soldados.
— Mascaras de oxigênio pessoal.
— O que vem lá?
— Alguém para conversar, estamos em meio a uma crise e
não sabemos com o que lidamos.
O general olha ao fundo um imenso corredor de areia se
abrir, como se fosse um buraco achatado, com paredes que
pareciam de areia, de uns 20 metros de largura, se estendendo em
uma linha reta ao norte, ele pega o binóculos e olha ao fundo, outra
vala, não era apenas falta de energia, estavam vendo todas as
estradas e caminhos sendo atravessados por aquilo.
Liz acerta o sistema de instalação da nave que voltara a se
enterrar em Waw an Namus, e começa a jorrar a água já sem sal em
uma vala a frente.
Liz passa o comando de outras naves para Eon que começa ao
longe ativar os sistemas de perfuração por eletromagnetismo, por
sistema de aglutinação das paredes, gerando a partir de um raio ao
fundo, o alargar do mesmo e materializar de paredes compactas de
areia, Eon estava conseguindo o primeiro sistema de água, e na
321
região de Al Qatrün e o general olha aquela agua vindo por um dos
lados daquela vala, penetrando na terra, e gerando aquele correr de
agua, depois de um tempo, os soldados olham em volta e um fala.
— O que estão fazendo?
— O que os demais disseram que era impossível, transformar
um deserto em fértil em dias, não anos.
— Que Deuses são estes? – O soldado.
— Ala tenha pena de sua alma sem fé.
O soldado vê a nave começar a se desfazer da coluna de
tempestade, vinha correndo no chão, como se flutuasse, não
ligando se havia um canal, ela apenas sobrevoou como se não
tivesse ali, e param a frente do quartel.
Os soldados estavam tensos quando Mac olha para Sil e
pergunta.
— Quer arriscar ou encarar?
— Acho que lhe falta um pouco de calma para negociar Mac.
— Sempre tomei a frente, por medo de sua calma Sil.
— Eu sei que nunca fui calma, mas vamos lá.
Os dois saem pela comporta traseira, o ver de soldados
armados, lhes fez sorrir, tinham de passar firmeza, olham um
senhor aparamentado e Mac fala.
— O senhor que pediu paz?
O general olha o casal, realmente algo que não lhe parecia
alienígena e falou.
— Não entendo o que estão fazendo ainda para sabe se sou
contra ou a favor?
— Podemos conversar em um lugar menos visível?
— Medo? - General Abdelmáleque.
— Precaução, tomei tiros este dia, dói senhor.
Os militares olham a comporta se fechar e o casal entrar, na
cidade militar ao lado muitos olhavam aquilo, chegam ao comando
e Mac olha o general que atirou nele e fala.
— Conseguiu chegar?
— Se me avisassem quem atacava, teria pensado.
— Não pode reclamar de não ter lhe alertado senhor.
O General Abdelmáleque olha o clima tenso e pergunta.

322
— Os senhores estão tomando minha nação, como podemos
ter paz e aceitar isto.
— Senhores, seu deserto tem duas alternativa, não nos deixar
agir e em questão de dias, ele se encher de destroços de naves
vindas do espaço, elas estão programadas para cair em seu deserto,
ou nos deixar montar algo que segure este lixo no espaço, mas
aproveitamos e remodelamos o solo para plantio.
— E vão nos invadir?
— Senhor, viemos ajudar, como falei, somos poucos, viemos
ajudar e talvez sair, talvez impor, mas depende, não sabemos ainda
o que será o enfrentamento, então estamos apenas conversando.
— Acha que devemos nos aliar, ou os enfrentar?
— Estamos em uma guerra maior senhor, temos um inimigo
em comum, eles estão fazendo em seu mundo o que fizeram no
nosso, se infiltrando, quando eles viram quantidade eles assumem
suas formas normais e tentam nos escravizar.
— Algo os escravizou?
— Sim, temos um ser aprisionado que nos observava na
nação ao lado senhor, mas estes seres, destruíram nosso mundo
quando não os servimos.
— E vieram os caçar?
— Na verdade este mundo era narrado como um mundo
amigo, nosso sistema o chama de Gaia, mas os últimos nossos que
passaram por aqui, foi a mais de 70 mil anos senhor. – Mac.
— E vieram passar por aqui?
— Senhor, viemos de um mundo destruído, estamos de
passagem, mas obvio, podemos apenas olhar, identificar estes
inimigos e os afastar, ou apenas passar, o que preferem?
— E vão plantar um deserto enquanto isto?
— Sim, se depois quiserem desfazer tudo, tudo bem, mas no
momento ainda estamos em paz.
— Sabe que muitos desconfiam de vocês? – All Demus.
— Senhores, eu desconfiaria de alguém de fora, mas não
recusaria uma ajuda, não estamos perguntando mais, pois vocês
falam algo e depois mudam de ideia.
— E oque estão fazendo ali fora?

323
— Linhas em paralelo nesta parte de mais de... – Mac pensa
no projeto e na medida que eles entendiam – 300 quilômetros,
canais de não mais de 20 metros, para permitir instalar pontes
baratas, mas que vão de 10 em dez quilômetros uma linha paralela
ao sul, até perto da divisa.
— E vão mesmo colocar agua ai?
— São milhóes de palmos cúbicos de agua, parte desta agua
vai se tornar salobra pois passa em um deserto que evapora a agua,
mas por isto é um trabalha árduo, que estamos apenas começando
senhor.
— E vai fazer independente de ter as terras?
— Acho que não entendo como um humano pode ter uma
terra em detrimento de outro não ter, mas ainda acostumando com
os costumes locais.
— E vai fazer oque depois?
Mac estende o mapa na mesa do senhor que olha toda a
região amarelada e as linhas estabelecidas no mapa, e fala.
— Estamos começando a fazer o que está neste mapa senhor,
mas viemos saber se estão dispostos a paz, ou a guerra.
— Porque disto, vai os ameaçar? – Al Demus.
— Eu não sou capaz de olhar nos olhos de alguém senhor, e
mandar atirar nele com um tanque de guerra.
— Sabe que isto é um defeito em campo. – Al Demus.
— Senhores, se quiserem, ensinamos como usar a energia
acima da cabeça como energia para se locomover nestas terras,
podemos dividir estrutura e tecnologia, mas não somos de atirar
covardemente, podemos morrer por isto.
— Existe como fazer os carros darem partida?
Mac pensa no termo, não lhe fez sentido.
— Temos como os fazer se mexer, não sei o que é Dar
Partida.
O senhor sorriu e falou para Al Demus.
— Porque da agressividade?
— Ele trouxe uma mulher para a discussão de homens.
Mac sorri para Sil que apenas começa a sair, entra na nave e
Mac internamente fala.
— Se não querem a tecnologia, tudo bem.
324
— Não disse que não quero? – Al Demus.
— Sil é a melhor engenheira que temos neste quadrante de
espaço entre Hons e aqui, mas se não sabe discutir com uma mulher
presente, não tenho de a manter e fazer lhes ajudar senhor.
— Mas é uma mulher.
— Como disse senhor, não entendo de sua cultura, mas vi
muitas mulheres darem a luz a humanos, e os homens geralmente
não resistem nem as ver passar a dor, a encarar, como elas, não
conseguem, e se não sabe que veio de um ventre de mulher, não
entende nem de onde veio.
— Elas são criação de Deus para nos agradar.
— Se fosse para isto, ela não engravidaria, ele as criou para
que fossemos uma espécie, e não um ser eterno e sozinho, elas nos
tornam espécie, antes delas, éramos representados apensa por um
ser, eterno, e você não existiria.
— Elas nos forçam ao pecado.
— Se Ala a criou para lhes testar e os fazer evoluir, eu não o
condeno, encaro como missão, mas não estávamos discutindo isto.
— Mas disse que não iria nos ajudar.
— Minha parte não é transporte senhores.
— Mas como podemos ter paz com quem nos tira as pernas.
— Deus lhes deu as mulheres, as culpam, mas não a Deus,
então é questão de querer a paz, não de frases vazias.
— E se o prendermos?
— E se no lugar de os tirar os carros, talvez tenham de nadar
no ar para se locomover, levando choques para aprender a respeitar
senhor? – Mac.
Al Demus estava agressivo, e o General Abdelmáleque olha
para Mac e pergunta.
— Mas teríamos como ter paz e veículos?
— Sim, teria de a convencer a ajudar, mas posso fazer algo
mais drástico, os ter de impor a ajuda de uma menina que para
vocês tem uns 13 anos, e entende mais de transporte que eu.
— E porque uma sociedade evolutiva escolheria mulheres
para a parte inteligente?

325
— Porque quem acha que ciência se faz com força, não
entende de ciência, elas tem tudo que precisamos para desenvolver
o melhor que as sirva, e adaptamos aos nossos tamanhos.
— Sua sociedade e Matriarcal?
— Não, mas não somos patriarcais, somos apenas o povo de
Hons, onde homens e mulheres convivem bem, em harmonia, e
com muita briga referente a esta igualdade.
— O que é Hons? – Al Demus sempre meio agressivo.
— Vida, na sua língua, mas não consigo falar o nome de meu
mundo o traduzindo.
— E vamos ter paz ou guerra? - General Abdelmáleque.
— A escolha é de vocês senhores.
— Se tivermos paz, o que seria paz.
— Senhor, vamos mudar seus desertos, vamos instalar algo
para descer os restos, não os desabar neste deserto, isto não está
em negociação, vamos gerar campos cultiváveis, vamos por gente a
cultivar, mas nossa paz, quer dizer, eu não lhe agrido, você não me
agride, podemos conversar sobre todos os demais problemas, mas
não sobre coisas que não tem como ser diferente.
— Mas estão tomando mais da metade de nossa nação.
— Vocês querem dizer, estamos tomando a parte desértica,
nem toda ela, e a preparando para vocês, sem perguntar se
querem, mas tomar uma nação não é de meu interesse.
— E porque fazem isto?
— Somos um povo trabalhador, somos amigos para os
amigos, e inimigos para os inimigos, senhores.
— Mas é serio que tem um alienígena que capturaram?
— Alienígena?
— Seres de fora do planeta, diferentes de nós.
— Sim, os Taief tem como força, a mental, esta camada de
energia sobre suas cabeças, que para seus carros, também para
parte importante da influencia deles sobre humanos.
— Então estamos em paz.
— Sei senhor, que estou tratando com o senhor, mas se o
tirarem do comando, não esquece, eu tratei com você a paz, não
com eles, então vou me relatar ao senhor, não a um outro.

326
O general sorriu e viu Mac sair, ele entrou por uma porta
pequena ao lado, que nem vira, e todos viram aquele quadrado com
frente e traseira, com estruturas que pareciam tubos laterais,
flutuar e inverter no chão e sair.
— Odeio esta ideia de me discriminarem por ser mulher.
— Eles perderam a chance de ter veículos funcionando Sil,
pois eu não saberia explicar a um técnico deles como fazer.
Sil sorriu.
— E se tivermos de os ensinar.
— Explica para Liz como fazer, e eles terão de a entender se
vão querer ter veículos.
— Não vai facilitar?
Mac olha os dados e olha para um em si e fala.
— Estamos começando, mas vamos passar nos postos de
exploração de água, temos um problema no poço a leste.
— Problema?
— Brotou petróleo.
— E faremos oque?
— Vamos tampar, extrair pouco, que nos dê uma moeda de
troca, precisamos de recursos.
— Eles brigam por estes poços.
— Sei disto.
Os dois saem a leste enquanto os militares olhavam aquele
veiculo imenso ir flutuando a toda volta.
General Abdelmáleque olha para os canais começando a ter
agua, não sabiam nem de onde vinha a agua, mas olha para o rapaz
do radio e pergunta.
— Temos radio?
— Sim, reforçamos os filtros contra interferência, mas
recebemos radio da região em volta?
— Quem está narrando isto?
— Toda a região que viu no mapa senhor.
— O que seria isto a nível de área de plantio? – Al Demus.
— 30 vezes o Delta do Nilo general. – O rapaz.
—Algo que não saibamos?

327
— Que num enfrentamento de um menino que está
administrando um ponto destes no norte do Níger, dizem que 12
rapazes e uma moça do exercito americano foram mortos.
— Um menino é muito vago? – General.
— Um menino de uns 14 anos, fala o comunicado senhor.
— Eles são criados para enfrentar e fazer, mas o que mais
está acontecendo?
— Começamos a ter reclamação de interferência no
funcionamento de carros e rádios, em todo norte do Níger, e toda
região sul da Argélia.
— Quanto da Argélia?
— Logo ao sul de Ouargla, até a divisa com o Marrocos.
— A pergunta que sempre me faço Tenente, quantos deles já
estão aqui, quantos estão fazendo isto, o senhor estava aqui, mas
ele não está parando o projeto aqui, e se eles vão fazer isto aqui, no
Niger, na Argélia, eles vão estar sobre o comando de toda esta
parte, mais do que nossa nação em terras.
O tenente no radio olha para o general.
— Onde mais?
— Sinais caindo no Mali inteiro e no norte do Chad.
Os generais se olham e Al Demus olha para Abdelmáleque.
— Em outras palavras, quem quiser guerrear com eles, estará
enfrentando um exercito invisível, pois o que vemos é um projeto
que vai realmente tentar transformar toda a região.
— Somente a umidade disto, se eles tentarem manter isto
por mais de um ano, muda o deserto General.
— Sei disto, eles estariam dispondo aqui estrutura que
nenhum país do planeta se propôs a ajudar.
— Mas general, como eles estão fazendo isto, sei apenas o
que vi com os olhos, o sistema eletromagnético deles parece
pressionar o piso em retas impossíveis de fazer a mão, e as definir.
— Sim, eles estão fazendo aqui uma obra que temos de ver
até quando seremos a favor, mas se em 15 dias isto estiver com
agua ainda, sabem que teremos gente tomando coragem de
plantar.
— Manda todos ficarem de olho, pois sei de uma coisa que
vai acontecer e não gosto, mas tende a acontecer.
328
— Oque?
— Serpentes e escorpiões se afastando da agua, e tentando
locais mais secos, como a cidade.
— Vamos por todo o exercito a postos, só não sabemos
como?
— Chama a divisão de Dromedários, a Cavalaria, algo que
possamos usar general. – O tenente.
Os dois generais sorriram, estavam voltando a época dos
cavalos em campo, ambos não se viam montando em um.

329
Em Washington um grupo
chega a sala que estavam se
reunindo, tudo que tinha de
novidade passava por ali, e eles
transmitiam para outras 20 bases
os dados, assim tentando fechar o
circulo em torno do problema.
Wiliam olha os dados e se assusta.
O general olha o susto do rapaz e chega perto, ele tinha um
gráfico somando uma porção de lugares e o general olha para ele
pegar dados, não pareciam possíveis, mas os revisa.
— Qual o problema Wiliam, algo o tirou a forma de olhar
como dominasse o problema.
— Dados demais senhor, ignoramos um dado, quantos
desceram a terra. No inicio da tarde, as imensas naves saíram do
Atlântico sobre a região da Mauritânia, a vista de todos, flutuaram
sobre a região e foram se posicionando, sobre Saara Ocidental,
Mauritânia, Mali, Argélia, e muitos lugares, elas ainda estão se
posicionando, mas elas em si, acionaram um sistema
eletromagnético na região, não temos aviões no ar na região, não
temos carros ou bombas simples funcionando, isto é o que os dados
falam, mas para mim é impossível algo a este nível general.
— Impossível como?
— Uma área com o tamanho da metade dos Estados Unidos
está sobre interferência eletromagnética senhor, é o que os dados
estão dando, estou tentando ver onde está o erro, ou o que não
entendi, pois seria não um pequeno espaço, ali caberia um bilhão
de seres se o que os dados estão mostrando forem confirmados.
— Que dados?
— Áreas de interferência magnética na região continuam a
ampliar-se senhor.

330
— Cada inteligência local ou internacional está nos mandando
um dado, Inteligência Francesa, da Israelense, de gente nossa, e
começam a aparecer linhas de interferência eletromagnéticas
gerando canais, e lagos onde não existiam, linhas de 300, 600
quilômetros retas, com sistemas em pedras compactadas, gerando
sistemas de comportas e está aos poucos enchendo de agua.
— Não entendi.
O rapaz pegar dados e os imprimir, olha mais um pouco,
estava confuso, parecia muita coisa estranha, chega a mesa, abre
espaço entre um copo de refrigerante e um meio sanduiche, que
não conseguira comer, olha para os dados e coloca um dos mapas
impressos sobre a mesa, ainda olhando os canais.
Era algo encantador pensar que se aquilo fosse real, estaria
acontecendo e milhares de pessoas vendo na região.
— Os traços negros são regiões de interferência já
destacadas, que isolam a área senhor.

331
— Líbia

— Mali.

332
— Mauritânia

— Argélia.

333
— Chad

— Níger.
334
— Saara Ocidental.

— Egito

335
— Tunísia.

— Sudão.

336
— Está dizendo que estão surgindo retas perfeitas que estão
usando como canais de agua em toda a região?
— Sim, o que era há um dia era uma tempestade de areia,
está formando uma imensa nuvem sobre a região, que está em
reação com a areia no ar, e vamos ter uma chuva violenta em algum
ponto da região.
— E estas listas no deserto da Líbia?
— Não sabemos senhor, mas parece uma pista de
aterrisagem de mais de mil quilômetros.
— E tudo isto depois daquela transmissão.
— Sim, e sabemos que perdemos o grupo que aquela senhora
estava, eles cumprindo a ordem de não sei quem, tentaram invadir
a base deles, um menino de 14 anos, usando a inversão de
eletromagnetismo, estourou sobre os nossos militares as bombas
que eles mesmos instalaram.
— E os governos locais?
— Perdidos, imagina saber que está acontecendo algo assim e
não conseguir nem tirar um avião do chão, não conseguir um carro,
um general no interior da Líbia pediu para reativar os grupos de
cavalos e dromedários da região.
— Alguém consegue se colocar na região?
— Não, ainda estamos tendo de segurar as imagens do
sobrevoo de Nouakchott14 por mais de 20 daquelas naves senhor,
todos viram, não foi uma alucinação, os governos de alguns países
foram deixados com ação e outros sem nenhuma ação.
— Como enfrentamos algo assim Wiliam?
— Eu narro senhor, pois eu não sou pelo enfrentar, podemos
colher consequências pesadas se o fizermos, pelo que entendi, o
que veio sobre nós, é uma fração do que está no espaço, o que veio
sobre nós é o que estava naquela parte congelada, e eles geram
este problema, sabemos que temos outros 4 grupos vindo, a
pergunta que me faço general, os desafiamos, podendo ter
represália, ou os estudamos e deixamos eles se instalarem lá, pois
não vejo como conseguiríamos os parar.

14
Capital de Mauritânia.
337
— Não teríamos como os tirar do ar, os detonar antes de
chegar aqui?
— Eles tem proteções que aguentam os desafios do espaço
senhor, não temos nada comparado a um asteroide a 70% da
velocidade da luz, algo assim atravessaria nosso planeta, eles tem
uma proteção que resiste a isto.
— E estão gerando esta proteção em toda a região.
— Sim.

338
Mac e Sil voltam a base no
norte do Níger, olham o agito ao
longe e viram All Haran vir a
frente e falar.
— Existem governantes
querendo lhe falar.
— Haran, talvez não tenha
entendido, mas você que vai assumir esta coordenação, marca aqui,
posso estar no lugar, mas quem toca isto são vocês.
— Mas dizem que você isolou uma área imensa.
— Sim, amanha vamos por todos os soldados americanos,
franceses, ingleses da região para fora daqui, mas isolei uma
pequena área que abrange algumas nações, então imagino que
alguns querem falar.
— Algumas nações?
— Haran, o espaço isolado começa no Saara Ocidental, lá no
Atlântico, tem parte a Argélia, parte da Mauritânia, Mali inteiro, Sul
da Líbia, quase o Níger inteiro, metade do Chad, um quarto do
Egito, Sudão Inteiro, então neste instante estamos esticados do
Atlântico ao Mar Vermelho.
— Então ampliou os planos?
— Fechei trechos, mas Haran, você que tem de saber como
quer fazer parte disto, pois pode assumir, ou os fazer trabalhar, uma
união sobre uma bandeira, chamada Saara, por sinal um nome
excelente para unir estas terras, mas tem de ver o como fazer.
— Algo a mais?
— Chama o governante do Egito, temos ainda uma grande
coisa a fazer ali.
— Grande?
— Estava analisando os dados, hora de fazer ali uma usina de
energia, que pode facilitar algo, e temos um problema na Líbia.
— Problema?
— Furamos dois poços de agua, e o que jorrou foi petróleo.
339
— Ouro Negro, o que quer com isto?
— Recursos Haran, ou acha que nos mantemos sem estes
recursos, mas podemos nos propor a gerar uma usina de energia no
Egito, ganhando importância em todo o deserto da Líbia.
— O que mais?
— Marca aqui, fazemos o ajeitar daquela base ali na frente,
erguemos as naves como sendo um complexo de 4 imensos prédios,
com um salão de reuniões que vai chamar a atenção.
— Atenção?
— Verá antes deles, mas os chama a conversar Haran, terá de
crescer como politico, pois vai precisar assumir esta nação.
— E como eles chegam aqui.
— De cavalo, ou carroça, devem estar aqui entre dois e cinco
dias.
Haran sorriu e falou.
— Sabe que alguns se assustaram da frieza de seu filho e
filha.
— Ainda bem que eles começam a entender como se
defender, mas deixa eu falar com eles, o dia foi corrido, mas começa
a se organizar, e a imperar sobre eles.
— Vou falar com os lideres, as vezes me assusto do tamanho
do que montou senhor Mac.
— Eles tem de entender All Haran, toda a força, sem um
projeto maior, não adianta em nada.
Mac entra e olha para Sil, entram na região da criogenia, era
usado para alimentos, congelar sem agua, no vácuo, para os manter
o mais seco e natural possível, olham aquela senhora e Mac olha
para o filho.
— Liz vem aqui também.
— Não gosto de olhar isto ai.
— Mas tem de aprender a não ter medo deles, isto é uma
espécie de réptil, eles se reproduzem sexualmente, mas através de
ovos, eles geralmente controlam os nascimentos quando em crise,
mas vamos determinar o ramo genético deles, e saber de onde
vieram e a quanto tempo estão aqui.
— Como saberíamos isto?

340
— O sistema de reprodução deles, e a forma de espalhar os
seres pelo mundo, devem os ter trazido para cá bem antes de nós,
pois eles mandam apenas um casal por nave, naves pequenas e
rápidas, e eles em criogenia, sendo que o calor os desperta por si,
pelo relatos que temos de Hons, as fêmeas já partiram com os
óvulos fecundados, para apenas vir a ter os ovos nos mundos que
viessem a pousar.
— Dizem que eles podem se recuperar facilmente. – Eon – Li
no sistema hoje, nunca havia olhado aqueles arquivos antes.
— No caso este ser, se deixarmos volta a se recuperar, mas
este não seria problema para nós, pois ela perdeu o cérebro na
explosão, eles repõem braços, membros, dedos, mas nunca o
cérebro deles.
— E mesmo assim o corpo se recuperaria?
— Sim, mas hoje vamos aprender anatomia de Taiefs.
— É preciso pai?
— Sim, pois sabendo seus fracos, vocês perdem o medo, e a
única coisa que os torna perigosos a nós é o poder mental, e tem de
entender que as vezes não precisamos tirar a cabeça deles para
livrar nossas mentes.
— Não? – Liz.
— Não, a força mental deles, vem do cérebro e do conjunto
vertebral deles, nunca tive acesso aos estudaos deles tão a fundo,
mas uma pancada na nuca os desacorda, enquanto um tiro na
cabeça, os deixa de pé.
— Estranho.
— O sistema nervoso para estes seres é mais importante do
que o cérebro em si, então lembrem, arrancar a cabeça os tira o
pensamento, mas se não tiverem como o fazer – Mac indica o local
onde eles deveriam bater.
Liz olha sempre desconfiada para o ser.
— Não sei porque parece que mentalmente ainda está ativa.
Mac lembra que não tinha os estudos destes seres, caminha
até a sala ao lado, pega 4 capacetes e coloca o seu, e fala.
— Tem razão Liz, deve ser algo referente a recuperação e ao
sistema nervoso.

341
Mac pega um pequeno aparelho de corte e desconecta o
sistema nervoso da cabeça e tira o capacete, sorri e fala.
— Estamos aprendendo todos, não esquece, estes seres são
teóricos para nós, pois nunca os vimos antes daqui.
— Algo capaz de interferir na mente mesmo nós achando que
estão mortos? – Sil.
— Sim, ela estava inerte, mas ainda pensando, capacidade
pequena de interferência, ainda mais em um campo
eletromagnético, mas é bom deixar no registro que isto é possível,
os Hons precisam saber disto.
Mesmo com a cara de desgosto de Eon e Liz, ele explicou para
que era cada parte daquele corpo, para que servia, e o foi
dissecando, Sil viu que Mac não estava querendo criar pessoas
normais, estava criando um guerreiro e uma guerreira, não uma
família, mas uma união forte.
Sil via o encanto que Liz olhava para Eon, queria ter podido
olhar para alguém com aquele olhar e ter reciprocidade, um ciúmes
bobo a tomou e ela mesmo o repreendeu, seu filho teria alguém
que o amaria pelo que ele era, não por uma imposição.
Mac quando acabou, incinerou os restos, não deixando uma
célula viva, usaria como adubo para as plantas.
Depois disto, Mac olhou para Sil e perguntou.
— E o que aprenderemos de engenharia hoje?
Sil sorriu e falou.
— Tenho de ensinar uma menina a ensinar como transformar
um sistema de ignição, com alguns materiais nossos, em um carro
que flutua ao chão, não caminha sobre rodas.
— Porque disto? – Liz.
— Eles não aceitaram a ajuda hoje, por que Sil era uma moça,
então não ajudamos, mas se eles implorarem, temos de ter alguém
para ajudar, mas se eles queriam humilhar com este
comportamento, temos de responder a altura Liz.
— E vão me formar uma engenheira?
— Engenheira, Biogeneticista, e se quiser lhe ensino a plantar
Liz, mas o ensino é para que escolha o que quer fazer, não por isto
ser melhor ou pior. – Mac.
Sil olha a menina e fala.
342
— Pretendemos fazer uma formação aos dois, mas temos de
estabelecer regras?
Liz olha desconfiada.
— Regras.
— Relaxa Liz, apenas não quero gente no mundo antes da
hora, e não quero gente me repreendendo por vocês dois, sei que
podemos ter de achar um lugar para viver, quando todos estiverem
por aqui, pois posso estar enganada Liz, Eon, Mac, mas continuamos
amados de longe, odiados de perto.
— Pensei que ficaria. – Mac.
— Ainda não conversamos sobre isto, mas com calma nos
entendemos, mas vamos as aulas, fim da folga.
Sil olha uma das telas e começa a ensinar calculo.

343
Um líder da Alcaida, um do
Estado Islâmico. Um do Bocaharan
e um do Taliban se reúnem na
tenda de All Haran.
— Ala seja louvado All
Haran.
— Ala seja louvado, amigos,
sejam bem vindos.
— O que quer nos dizer amigo, soube que entrou em uma
guerra de gigantes, e nem nos falou dos seus planos.
All Haran estica o tecido que Mac deixara com ele, e fala.
— Esta é a área que neste momento não temos além de
cavalos e animais funcionando como transporte, e todos me
perguntam por que disto, e só tenho uma resposta a isto.
— Qual? – Ali Kasan, da Alcaida.
— Temos de equiparar as forças, é fácil eles dizerem que
somos independentes e nos impor tanques de controle, divisões
que eles forçaram, hoje somos 4 grupos não por divergência de Ala,
e sim por politicas de nossos lideres no passado.
— Quer por uma pedra nisto? – Tuaseg, do Estado Islâmico.
— Queremos fazer surgir onde éramos tidos como os
esquecidos de Deus, um paraíso para os adoradores de Ala, não
vamos priorizar quantidade de coisas, e sim, variedade para
sobrevivência, vai sobrar, mas não é atrás disto que corremos, não é
atrás de novos lideres que corremos, e sim, da unificação através de
uma ideia, o poder de Ala de refazer uma terra abandonada, a
trazendo vida, mostrando a nossa força quando juntos, e obvio, com
o tempo, ser um símbolo de união de todos os Mulçumanos do
mundo, horamos em Meca, nos sentimos uma nação em meio ao
Saara.
O rapaz do Taliban olha para All Haran e pergunta.
— O estrangeiro está de acordo?

344
— Ele me indicou falar com todos os governantes locais,
temos uma área que será de uso dos nossos, e uma que liberaremos
para controle dos estados vizinhos, pois amigos, não pretendemos
ser uma nação, ser uma divisão, custei para entender a ideia, pois
era grande, mas estamos tentando criar um paraíso aos
mulçumanos, um local que eles possam ser eles, pregar suas
culturas, suas diferenças, mas sabendo que logo ali, depois das
diferenças, tem nós, tem uma nação por direito, e não por papel.
— A inteligência mundial diz que eles estão vindo com mais
deles All Hasan.
— Pessoal, uma coisa não podemos negar, todos falavam que
este deserto nunca voltaria a vida, pois a cada ano estava
avançando, ganhando força, ouvi gente olhando ao céu e
agradecendo a chuva, mas o projeto, estabelece que teremos
chuvas constantes na região, obvio, existira ainda regiões mais
secas, mas estamos estabelecendo o começo, referente a virem
outros, vimos coisas estranhas neste deserto, seres que não são
humanos, passei a todos isto, e devem tomar cuidado com estes
seres.
— Reparamos, mas tivemos problemas em New York, mas
parece que estes seres se regeneram.
— E como enfrentaram? – Tuaseg.
— Incineramos os mortos, eles ficam inertes, e antes de os
incinerarmos, me narraram uma dificuldade de os incinerar, como
se fosse algo para não fazer, e somente depois de feito sentiram as
mentes livres.
— Mas qual o perigo destes seres? – Tuaseg.
— Pelo que entendi, em uma guerra longe daqui entre estes
seres e humanos que saíram daqui a 70 mil anos, os seres
destruíram o planeta para matar os humanos.
— E eles vieram os caçar?
— Eles são estranhos, tem de relevar que na cultura deles as
mulheres estão nos cargos de trabalho mental, e os rapazes nos
trabalhos mais físicos, mas mesmo o senhor que se denomina de
Mac, é de uma inteligência que admiro, ele a cada dia aprende mais
palavras em nossa língua, e quando pensei que ele falava em
começar a fazer isto, ele já estabelecia o feito, ele pensou em algo
345
menos traumático aos estados, mas parece que a recusa de uns, o
fez mudar de ideia.
Os rapazes ouvem o trovão e depois de minutos começa a
chover do lado de fora, o sorriso dos demais deu o clima, via-se
gente saindo e tomando banho de chuva, era algo incomum na
região.
Mac olha para fora e sai para parte alta, ele nunca havia visto
uma chuva, saber como deveria ser, não era ter visto uma, sentido
uma, todos a baixo pareciam alegres, pois aquilo era sinal de vida, e
a chuva com canais tendia a correr, formar lagos nas partes baixas,
forçar o surgir de rios, tudo num cenário em constante mudança.

346
Por dois dias os
estrategistas fizeram contatos
para infiltrar pessoas na reunião
que se formaria. Mandando um
grupo inicial ao Egito.
Enquanto isto Mac chega a
base na Líbia e olha para o general
olhando o pessoal em dromedários.
— Ainda não pediram ajuda general. – Mac.
— Veio rir de nós?
— Não, preciso de ajuda, mas em dromedários não vai dar
certo.
— E como fazemos então? – General Abdelmáleque.
Liz desce do veiculo e fala com um comando eletrônico na
mão olhando o senhor.
— Se me autorizar, podemos os por em veículos para
começarmos a instalar as pontes nos locais que tivemos de as
atravessar.
O senhor olha a criança, não era uma mulher, era uma
menina de vez, e falou.
— Terei de aceitar, mas serei gozação.
— Terá veículos senhor, eles não.
— Certo, mas com quem quer falar menina?
— Deve ter um mecânico responsável?
— Sim, mas ele vai estranhar.
Liz sorriu e foram a uma base, onde o senhor tentava desviar
os eletrônicos do sistema, mas sempre queimava, olha o general
chegando com uma criança e pergunta.
— Sua neta?
— Não, esta é Liz, a mais jovem do grupo de estrangeiros.
— Os ETs? – O rapaz.
— Porque todos chamam-nos de ET.
— Vem da abreviação de Extra Terrestre.
347
— Então sim, sou um ET, mas tem de saber se quer ajuda
senhor, para por estes veículos para funcionar.
O senhor olha para o general que interrompe.
— É esta ou nada Almir.
— E daqui a pouco vão dizer que estes são os que nos
tomaram todo espaço aéreo.
— Ainda bem que não preciso dizer Almir, mas a mãe da
menina foi destratada por nós e sabe por que, então ou é ela ou
nada.
O senhor olha para a menina e pergunta.
— Sabe do problema?
— O problema é que o índice de eletromagnetismo no ar está
gerando em sistemas de acumulo, como baterias a sal sobrecarga e
queima, além de defender entrada de sistemas de energia sem
permissão.
— Como sem permissão? – Almir.
Liz tira uma mochila das costas e olha para o senhor.
— Tudo se baseia em mudar a forma que se encara um meio
de transporte, vocês priorizam motores baseados na queima, na
explosão para gerar energia, e esta energia, repetitiva, gera
movimento.
— Sim.
Liz olha o senhor e fala.
— Consegue enrolar a bateria neste plástico e deixar apenas
dois fios de saída?
O senhor olha desconfiado, mas estava fazendo algo, até
então estava tentando entender o acontecido.
O senhor chega ao veiculo as costas, desprende a bateria, de
um veiculo militar que estava sobre um sistema pneumático que o
erguia.
Liz entra por baixo do carro, olha os quatro estremos, tira da
mochila 4 sistemas parecidos com círculos, coloca em 4 pontos
extremos, acionando eles, que grudam na lataria do veiculo.
Liz deixa 4 fios em cada um dos sistemas para fora e o senhor
olha para ela.
— O que estamos fazendo?

348
— Ajeitando o primeiro veiculo senhor, mas consegue um fio
para unir a bateria aos 4 pontos que estou prendendo, lingando o
positivo no azul e o negativo no fio preto, verá que tem mais dois
fios, se conseguir os unir e jogar no painel do veículos, lhe mostro a
diferença.
O general olhava a menina, estavam instalando algo em um
veiculo, mostrando para o senhor como fazer, mas ainda não havia
entendido a ideia, a menina coloca no painel um aparelho que
parece apenas uma caixa de liga e desliga e três botões, pouco mais
de 8 centímetros de espessura, a fixa no painel através de um
sistema de sucção, olha para o senhor passando os cabos e aciona o
sistema de cada um dos extremos do veiculo.
O senhor ligou e a menina falou.
— Agora pode ligar o cabo da bateria no resto do sistema
senhor.
Almir estava costumado a perder baterias neste instante, o
faz e vê que nada aconteceu, aparentemente nada estava
funcionando além daquele aparelho no interior do veiculo.
— Mas como?
— Desce o veiculo senhor, que temos de terminar de ajustar
o sistema.
Almir olha a menina, não entendera o que estava
acontecendo ate descer o veiculo, e ver que ele não tocou no chão,
ele estava flutuando, ele olha para a menina que fala.
— Entra no comando que lhe explico o que tem de fazer
senhor.
Almir entrou, o general via que o veiculo não estava ainda
pronto a andar.
— Primeiro testa se está tudo bem com o motor.
O senhor da a partida, acelera, e fala.
— Sim, funcionando.
— Senhor Almir, temos aqui um sistema simples, com os 4
pontos, geramos uma bolha eletromagnética dentro de outra bolha
eletromagnética, o que temos aqui, no comando, é distancia do
chão em palmos, não usamos sua medida, tenho de saber quantos
palmos aproximados do chão as rodas precisam para toca-lo.
— Quanto é um palmo?
349
A menina toca na mão do senhor que sorri.
Ele olha para baixo, olha que estavam a uns 20 centímetros
do chão.
— Menos de um palmo.
A menina girou um botão e o veiculo estacionou no chão.
— Senhor, o que este sistema permite, só andando no veiculo
para entender. – A menina olha para o General e fala – Vamos dar
uma volta que explicamos o que pode acontecer.
Mac olhava ao longe, não interferira, não queria mostrar que
entendia daquilo.
— Vai com a gente Mac? – Liz olhando ele.
— Observo ao longe.
O senhor ligou e saiu da oficina, os militares olham para o
veiculo e sorriem, teriam veículos motorizados, voltavam a
modernidade.
— Senhor, a diferença, é que temos no comando, o que você
conhece, o sistema de sempre e o novo sistema, poderia desligar o
veiculo um pouco?
— O que quer mostrar?
— Senhor, quando se estabelece distancias, tem o botão do
meio que controla todo o veiculo, mas temos ainda um botão
frontal e um traseiro, se eu ergo a traseira um pouco mais, e a
frente um pouco menos – Liz fez com calma – Quando gero
diferença de tensão eletromagnética, ou de carga, entre a parte
traseira e frontal, eu consigo andar em linha reta para frente. – O
veiculo que havia se erguido um metro do chão, começa a andar
para frente – Obvio que um sistema não nos serve se for apenas
para frente e para traz. – Liz toca um botão lateral e uma espécie de
cilindro, que parecia flutuar sobre um sistema de controles, surge
vindo da parte interna do comando e fala olhando para o senhor,
andavam lentamente – coloca a mão sobre o cilindro e gira ele
lentamente no sentido que quer ir.
O senhor coloca a mão e vê que o sistema era bem sensível,
ele gira o comando e o veiculo faz o giro, quando ele indicava para
frente, acelerava, e quando ele indicava para traz ele freava, dão
uma volta na estrada e sobre o deserto, e voltam ao ponto de
partida e o senhor olha para o general.
350
— Se vamos ter este tipo de transporte até as estradas
deixam de ser necessárias general.
O general sorriu e voltam ao barracão.
Mac olha para o general e fala.
— Agora vamos conversar General.
— Vamos entrar.
O general entra em sua sala e pergunta.
— Aquilo é passível para qualquer veiculo.
— Dentro da proteção funcionarão de uma forma, fora de
outra, mas sim.
— O que quer falar?
— Um grupo de Tuaregues, está entrando em contato com os
presidentes de todas as nações envolvidas, e ele quer fazer uma
reunião com eles em meio ao antigo deserto ao norte do Níger, mas
não temos como os levar lá de avião, e não temos como forçar uma
viajem de cavalo, demorariam talvez meses para alguns chegarem,
então estamos pensando em lhes prover de veículos que
permitissem essa reunião, todos os grupos seriam convidados e
conversariam sobre o que está acontecendo.
— Não entendi.
— General, nós não estamos tirando o seu governo, estamos
gerando uma região que permite os senhores com o tempo terem
ligação com outros mundos, mas o principal, terras cultiváveis,
tecnologia diferenciada, e os Tuaregues querem o assinar de um
tratado de paz entre todas estas nações, para que se possa ter a
região como um livre comercio das nações envolvidas.
— E eles vão propor isto?
— Senhor, existem príncipes Sauditas querendo comprar a
tecnologia de transformar desertos em áreas cultiváveis, temos o
problema gerado na região 6 de seu país que ainda estamos
controlando, mas precisamos desenrolar isto.
— Região 6?
— A que perfurávamos agua e brotou petróleo.
— Certo, e vai nos dar condição de termos uma frota de
carros e tanques para isto.
— Indicava os carros inicialmente, os presidentes ficarão
menos desconfortáveis.
351
— Certo, e quando vão nos permitir fazer isto?
— A menina explicou como fazer, agora vamos a uma base
aqui perto e pegamos o suficiente para por uns mil veículos para
funcionar inicialmente.
— Só mil.
— Nosso sistema de entrega de mais equipamento devem
chegar em 15 dias, eles estão atrasados.
— E vão os esborrachar no chão?
— Não, vamos tentar descer o sistema, mas para isto estamos
trabalhando ainda.
Pegam o veiculo e vão a uns 100 quilômetros do ponto que
estavam, o mecânico olha para o barracão, para os campos,
começavam a ficar úmidos, e olha para Mac.
— Vão mesmo plantar toda a região?
— Sim, ainda não temos tudo pronto para funcionar, mas
pretendemos plantar toda a região.
Entram no barracão, que era apenas um pequeno trecho do
que era a nave, e num sistema de estoques, o senhor viu que
tinham ali perto de 4 mil peças daquelas, entendeu que teria de ter
4 delas para cada veiculo, e começam a carregar, teria de ir algumas
vezes ali para obter todos, mas o ter um veiculo funcionando já
deixava o grupo diferenciado aos demais.

352
O pequeno Eon olha para os
sistemas de abertura de buracos,
eles compactavam através do
eletromagnetismo de cada célula
transformando paredes de areia
em rochas muito duras, ele olhava
no sistema e olha que ele podia
inverter o sistema e olha para a mãe. — Acho que podemos erguer
símbolo desta união aqui mãe, eles tem de ter algo que encante.
— O que pretende?
— Vou erguer uma pirâmide estrutural.
— Não entendi.
— As 4 naves estão no topo de uma colina solida, se a toda
volta da colina tivermos uma escada para cada lado, elas ao topo, e
numa forma de mostrar que os seres aqui estão organizados e são
parte de algo maior.
— Não entendi a ideia filho.
Eon pega uma espécie de lápis, muda a cor da ponta, olha em
volta, olhando para fora, risca alguns poucos traços e mostra para a
mãe.
— Algo simples assim mãe.

— Está pensando em estabelecer um templo de união, seria


isto?
353
— Um local onde eles pudessem se reunir, e todo o resto do
mundo não poder dizer que são contra, algo que mesmo que um
americano for atacar, fique marcado, que é contra as nações, não
contra nós.
— Sabe que não entendi o projeto de seu pai ainda.
— Mãe, este deserto cabe um bilhão de seres se for preciso,
mas o que temos a toda volta, não soma 20 milhões, e nós, no todo
somos quantos?
— Poucos, mas não entendi.
— O pai fala um termo que não entendo, dalac sul, não sei o
que significa o termo, mas sei que é o que ele está fazendo.
— Esta dizendo que estamos chamando atenção sobre dalac,
e vamos no sentido oposto, Dalac dizem que era uma cidade nossa
ao norte, e quando dizíamos que iriamos para lá e não iriamos, eles
chamavam de Dalac Sul, como se fosse um termo para dizer, vamos
fazer o oposto do que aparentamos fazer.
— Isto mãe.
— E como estão as terras filho?
— O povo fala de uma chuva que veio do sul, parou sobre o
deserto e caiu, alguns canais que nem tínhamos ainda estruturas de
captação começaram a encher de agua antes de chegarmos lá.
— E Liz?
— Virando lenda, ela acaba de mostrar para eles como fazer
um carro funcionar, eles nem tem ideia de que assim estamos no
comando dos veículos.
— Eles não precisam saber filho, é para uma urgência, não
para se tudo der certo,
— Eles ainda parecem desconfiados.
— E daqui para frente não vai melhorar filho.
— Acha que vai ficar pior?
— Serão mais dos nossos aparecendo, serão mais naves
chegando, será um choque e uma constatação que parece que a
cultura deles não aceita, a existência de gente fora do planeta.
— Eles sabem que tem, mas a fé deles tem de os estabelecer
melhores que os demais, para o dito paraíso ser deles, não dos
demais, não entendo porque se matar em vida para algo a frente, a

354
proposta do pai é criar um sistema de sobrevivência, mas não sei
como vão descer o sistema 9 mãe.
— Não sabemos se vai dar certo filho.
— E se não der?
— Teremos de refazer parte dos sistemas internos, vamos ter
de esperar os demais chegarem para termos parte da estrutura,
teremos falhado diante dos olhos dos demais, e isto pode os custar
caro filho.
— E vão tentar mesmo assim?
— Como seu pai fala, Dalac Sul.
Eon sorriu.
O menino olha para fora e caminha no sentido de onde ele
começaria a fazer a mudança, era uma montanha de areia, que
estava sobre dois caminhos de agua ainda se enchendo, ele olha
para as naves, All Haran olhava o menino ao longe, alguns olhos de
vigias os olhavam ao longe também, ele aciona o sistema e aquela
areia vai tomando forma, um degrau inferior, de 48 metros surge a
sua frente, a toda volta, num quadrado perfeito, que se erguia entre
os dois canais de agua, a montanha de areia se compacta em mais
dois degraus, e o menino olha para a montanha de areia ao fundo, a
tempestade parece ter vindo sobre eles do sentido que não tinha
nada, ainda não haviam plantado, as naves ao topo somem cobertas
por uma montanha de areia, Eon completa o sistema de
compactação dos demais degraus, somando 10 degraus de 48
metros, no topo, as naves, em um chão plano, e uma rampa de
degraus pequenos, que subia os 480 metros para aquele platô onde
agora estariam as 4 naves, que estavam com as frentes cobertas, os
sistemas internos preparados para ser um símbolo, o menino viu
que All Haran parou ao seu lado, na parte baixa e pergunta.
— O que é isto menino?
O menino olha para o senhor e fala.
— Vamos lá e lhe mostro senhor.
— O que tem lá em cima?
— A estrutura que unirá um povo, se eles souberem
conversar senhor.

355
Eon foi a entrada e pegou um pequeno veiculo de transporte
interno, fez sinal para o senhor, e os dois sobem aquele sistema
inclinado, com o veiculo planando sobre a escada.
Eon para na parte alta ao lado de um dos cargueiros, agora
não lembravam muito os cargueiros, mas o senhor olha em volta,
estavam num planalto alto, feito em minutos, por tecnologia, e olha
para baixo e fala.
— Esta dizendo que vamos ter um local de representação?
— Vamos fazer os canteiros, plantar as mudas, e transformar
tudo isto ainda em mais 4 dias, mas as quatro são iguais, a ideia é
reunir grandes grupos, e sobre um sistema de câmeras e controles,
participarem de uma grande reunião.
— Mas daqui a 4 dias não vai ser isto.
— Sei disto senhor, mas lhe mostro o primeiro.
O senhor entra pela porta lateral do grande cargueiro, uma
porta que deixava uma nave espacial entrar, era imensa, olha para a
parte interna, olha para cima, mais de 100 metros de pé direito, um
retângulo sem símbolos, onde ainda estava vazio.
— A ideia senhor, é instalar ali no centro, as mesas de
conversa, a toda volta, cadeiras para os assessores, teremos a área
ao fundo para os que quiserem documenta isto.
— As 4 são assim?
— Exatamente iguais.
— Isto impressiona pelo tamanho.
— Não é um monumento senhor, é um local, não é algo para
ser adorado, é um local para vir e conversar.
— Com transporte para subir.
— Sim, isto nos faz poder controlar já no acesso todos os
presentes, sem deixar perto o controle.
— E isto vai ficar aqui impondo a união.
— Senhor, a ideia é tentarem conversar, sei das diferenças,
sei dos problemas, mas a ideia é solução, não guerra.
— Uma família mostrando que o mundo é forte quando
unidos em família, seu pai nos mostra o valor da família, não nos
impõem nova cultura, mas sabe que isto assusta os demais.
— Senhor All Haran, espero que esteja ciente, que em 4 dias,
vai reunir os seus vindos de 10 nações atingidas, 10 interesses
356
diferentes dos seus, dos nossos, mas que podemos ajudar, não
pedimos nada em troca, e sabemos que estamos com isto os
colocando as vezes em campos perigosos, mas espero que esteja
ciente que não será fácil.
— O que seu pai foi fazer?
— Temos de ter sistemas de transportes que tragam os
lideres de cada país, então estão colocando alguns veículos para
funcionar, para que os mesmos não tenham de demorar dias, para
chegar.
— As vezes temo deixar tantos lideres próximos, mas vi que
existe outros querendo entrar nesta união.
— Senhor, primeiro temos de unir estes, pelo menos em um
tratado de paz, depois verificamos os demais.
— Certo, as vezes esqueço que quem queria a coisa pequena
era eu, e agora vejo que me pressionam para ampliar antes de
fechar algo que nem eu vi ainda no total.
— Sei disto senhor, mas meu pai deve lhe chamar a conversar
antes de estar diante dos demais, ele sempre quer apoiar, mas nem
sempre vocês entendem, sempre desconfiam dos projetos dele, até
minha mãe o faz, então apenas tenta ouvir ele.
Os dois voltam a parte baixa, o senhor pensou em o que seria
subir aquelas escadas com os pés, entendeu o quanto aquilo era
isolado, mesmo estando ali, visível.
All Haran ficou olhando aquilo encantado e um senhor chega
ao seu lado e pergunta.
— Um templo?
— Não, um platô para conversarmos e controlarmos o acesso
de pessoas infiltradas.
— O que tem lá acima?
— Uma sequencia de 4 destas instalações deles, precisamos
as preparar para uma reunião.
— Os demais ficam desconfortáveis com templos.
— Acho que não entendeu, se eles quisessem isto seria um
templo, mas não, eles usaram para controlar o excesso de areia,
ainda não entendo o que eles querem, mas vejo que o grande
problema que teremos, é a inercia, e tenho de pensar em minha
inercia, pois vamos ter problemas com isto.
357
Um grupo de militares
chega a região de Aswan15 a beira
do Rio Nilo, olham um senhor que
os conduz até uma região onde
pegam uma leva de camelos,
colocaram sobre outros uma leva
de equipamentos, e começam a
caminhar a Oeste.
Faziam 60 horas de trilhas e desvios no deserto quando se
deparam com o primeiro canal, estava vazio ainda, e resolvem
caminhar por ele, vendo que era firme, avançaram nas 20 horas
seguintes mais do que nas primeiras 60, saem do canal quando a
agua já estava aos joelhos dos camelos.
Os rapazes olham a frente e viram um imenso lago e o olhar
de surpreso do guia mostrava aos militares que aquilo era recente.
Param a beira do lago, quase na fronteira da Líbia.
— Pessoal, estamos por conta, estamos tentando descobrir o
risco desta investida, estão nos mandando não para a região da
reunião, Washington acredita que estão desviando os olhos com os
políticos, para fazer algo em meio ao deserto.
Um dos rapazes olhava em volta e fala.
— Eles fizeram uma grande instalação a frente, deve ser o
que está extraindo a agua Tenente Abderman.
O tenente olha o rapaz, como se pedisse atenção e continua.
— Soldados, é sério, o que veem a volta, foi feito por algo que
Washington quer saber quem e como foi feito, isto há uma semana
não era assim, era deserto, dunas, nada além de poucos pontos de
sobrevivência, e é obvio que eles estão instalando algo grande,
viram que o solo que pisamos naquele canal, parece ter sido feito,
não sei como, mas liso e resistente, com pontos de saída, isto é um
projeto para séculos de implementação e foi feito em semanas.

15
Cidade Egípcia a beira do Rio Nilo.
358
— E vamos até onde?
— Estamos seguindo aproximadamente na latitude 25° Norte,
estamos indo para ver o que tem após a divisa, dizem ter um campo
de aterrisagem, de algo grande.
— Grande?
— Algo visto via satélite, o que quer dizer, algo como estes
lagos, algo imenso que se estende por mais de mil quilômetros.
— Não estão exagerando?
— Olhem o lago, ele deve ter mais de 50 quilômetros por
cerca de 100 quilômetros, de agua doce, quando saímos de
Washington nos indicaram o caminho para travessar este lago seco,
mas teremos de o desviar, pois ele parece ter mais de 6 metros de
profundidade, não sabemos a profundidade ainda, e mais de 30
bilhões de metros cúbicos de agua, em pleno deserto.
— Mas o que nos espera do outro lado Tenente, me falaram
em uma missão de reconhecimento. – Fala um Sargento olhando o
lago imenso.
— Se soubessem o que protege esta região estaríamos vindo
de avião, mas os mesmos nos jogariam neste ponto no máximo pois
eles não conseguem avançar muito, sobre esta proteção que
montaram aqui, mas o que vamos enfrentar, uma invasão, e não
pensem que antes de ver este lago em meio ao deserto acreditava
no que me falaram.
— Uma invasão, do que está falando.
— ETs é o que estou falando, ou acha que temos tecnologia
para gerar este caminho de 20 metros no deserto em uma semana,
este que viemos?
— Não, mas não parece feito a tão pouco tempo.
— Parece inteiro, e foi feito a pouco tempo, e paralelo a isto,
eles fizeram canais invisíveis via satélite, mas que são visíveis aqui
em baixo, lingando estes caminhos, lingando um contingente de
terras desérticas com agua, somente um lago destes, já muda toda
a biodiversidade da região em anos, pois os animais tendem a
procurar agua, a terra tende a florescer, não sabemos bem o que vai
acontecer, mas obvio, estamos aqui para verificar.
— E vamos por onde?

359
— Vamos ter de desviar o lago, devemos estar a 50
quilômetros da divisa, pois é quanto o satélite aponta para a largura
destes lagos.
— E o que temos depois da divisa?
— Nesta altura devemos ter deserto, por outros 50
quilômetros, e dai teremos de achar o que viemos achar.
— Certo, acha que achamos?
— Se eles dizem ser visível do satélite, devemos ver.
— Qual o tamanho do que queremos ver?
— Não me deram a medida certa, mas amanha descobrimos.
— Quando vamos transmitir?
— Quando acharmos o que procuramos.
— E se não encontrarmos?
— Sinal que tudo o que vemos aqui é apenas uma distração,
eles vão ficar tensos.
O dormir foi com uma garoa leve, não normal a região, o
senhor que os acompanhava agradecia a Ala a pequena chuva,
quando amanhecem começam a caminhar a beira do lago, não era
mais um terreno plano, pois era o deserto com todas as suas
dificuldades, isto deixava eles mais tensos, pois ao lado tinham um
lago evidentemente escavado, chegam depois de 5 horas em um
canal estava alagado, olham para o lago, cheio naquele ponto, o
tenente chega a beira e com um leitor laser de profundidade do
canal e fala.
— 3 metros de profundidade.
O rapaz do binóculos olha ao sul e fala.
— Parece ter uma passagem ao sul.
Começam a caminhar, do outro lado do canal, parecia um
deserto simples, com todas as suas dificuldades.
Chegam ao que parecia a travessia, olham que existe uma
grande diferença de nível, até ali o canal vinha em uma altura, e
continuava a uns 8 metros abaixo, depois de um declive de terreno,
mas ali tinha uma comporta que deixava passar agua apenas após
passar de uma altura, aquela agua escorria por uma rocha que
parecia barrar a agua, por buracos para o canal lá abaixo, que
parecia começar a encher e se via a agua correr ao sul, dali se via o
vale a sudeste abrindo em descida, e subindo a sudoeste.
360
O Tenente olha para o senhor que comandava os camelos, ele
atravessa aquele trecho de pouco mais de um metro de largura,
firme, pula nele para ver se era mesmo firme, olha para o canal de
um lado e para a queda de oito metros do outro lado.
— Teremos de passar um a um, com calma, parece firme, mas
qualquer agito entre eles nesta hora, pode ser uma queda que
teremos de sacrificar um animal.
— Atravessamos com calma, pelo menos não temos de os
fazer nadar.
— Este sistema de irrigação é altamente tecnológico, como
disse, não sei quem o fez, mas assim que estivermos ali a frente,
estamos em território Líbio.
— Como sabe? – O militar.
— Fora do canal, tudo é igual a antes, parecem ainda estar se
instalando.
Atravessam os camelos e começam a subir a norte, eles
desviaram ao sul para passar o canal, o tenente ia a frente em um
camelo e o senhor ao lado, o sistema o deu a direção que tinha de ir
e começam a andar a Oeste novamente, caminham por mais de 20
horas, o Tenente olha para o fim da grande subida, olha em volta,
parecia um platô, não se via nada além de um platô, olha ao sul com
o binóculos e vê os canais, olha ao norte, só via o platô, como se
estivesse em uma ponta alta do deserto, reto, o platô se estendia a
oeste, o deserto ainda dava as ordens ali, parecia que tudo estava
quente, o deserto curvando a vista do que estava a Oeste.
Estavam caminhando a quase dois dias sem parar, quando
resolvem dar uma parada a mais, o lugar parecia um lugar seguro,
alto.
O rapaz que os conduzia, caminha sem entender onde estava,
o tenente olha para o sargento e fala.
— Fica de olho nele.
— Problema?
— Ele disse que esta formação que subimos ate aqui, ele não
lembra, que podemos estar no lugar errado, ele diz que aqui não
tinha esta formação.
— Tem de ver que é uma formação estranha Tenente.
— Estranha?
361
— Olha a oeste Tenente, o que vê? – O Sargento olhando com
binóculos.
O Tenente olha e fala.
— Nada, como se isto fosse interminável, uma grande
miragem.
— Ou algo com mil quilômetros de comprimento, pelo que
vejo, uns 10 quilômetros de largura, isto que o senhor está olhando,
não vemos para baixo desta ponta pois é muito distante o outro
extremo.
— Acha que estamos sobre o que eles veem via satélite?
— Sim, mas o que é isto, um campo de pouso para algo
grande ou oque, continua não tendo estrutura.
O tenente começa a olhar em volta, vê luzes ralas a Sudoeste
e fala.
— Se estamos no lugar certo, aquela é Al Kufrah16.
O senhor ao longe, olha para eles e volta, olha para onde eles
olhavam e olha para o tenente.
— Só informando, este platô não existia.
— Senhor, sabemos disto, mas como se ergue algo assim, nas
pontas parece areia, deserto, a parte alta parece rocha, plana,
estranhamente disposta em um platô de 10 quilômetros de largura
por mais de mil quilômetros de comprimento.

16
Cidade Líbia.
362
A reunião levava os
representantes a parte alta, por
veículos que flutuavam ao ar, All
Haran olha o grupo formado e
olha para Mac, ele parecia
perdido e pergunta.
— Não sei como me
colocou aqui.
— Primeiro mantem a calma, segundo, estabelece-se, não dá
espaço, impõem o que está fazendo, e no fim, pergunta o que cada
pais está precisando.
— Porque disto? – All Haran.
— Sabe que a Líbia vai passar a ser área restrita, estamos
esperando esta reunião para poder continuar Haran, que os sinais
no céu vão revelar que não estamos sós.
— Esta segurando as coisas?
— Ganhando tempo que as plantas precisam para crescer.
All Haran assume a reunião, os integrantes que vieram
prontos para uma reunião em cabanas se deparam com aquele
grande platô, o olhar deles vendo as primeiras fileiras a toda volta
de plantações, os fez pensar que a região era boa, ignorando como
ela era antes da intervenção, eles nunca a viram antes.
A reunião começa com a apresentação de todos os presentes,
e depois com um breve discurso de cada um All Haran estava os
analisando, e vê Mac sair pela porta.

363
Mac chega ao barracão que
moravam e olha para Liz ao canto.
— O que a mordeu? – Mac.
— Ela tem medo de ter de
voltar a lei anterior Mac. – Sil.
— Lei anterior?
— Ser forçada a casar pelos
pais que a matariam.
— Estes nem devem estar entre os que vem ai, mas pelo jeito
teremos problemas com estes dois.
— Ela leva sorte Mac, ela está conhecendo seu companheiro
fora da regra de obrigatoriedade, de compromisso que um dia é
solteiro e com função, no outro, casado e com função, e tem fugido
desta conversa, com nosso filho.
— Sei disto, mas acalma ela, hoje deve começar a gerar
problemas, e não teremos como recuar.
— O que pretende?
— Vamos controlar, não sei como, mas vamos tentar os
trazer inteiros para o chão.
Eon olha para o pai que vai até Liz e fala.
— Podemos conversar menina?
— Não quero ser empecilho e não quero voltar a minha
antiga família, senhor Mac.
— Liz, é nova pra pensar nisto, mas estamos em novas regras,
quando fiz aquela reunião ali fora, é que queria que eles
estabelecessem regras, eles são muito demorados, o mundo não
sabe o que está acontecendo, e sabemos que as coisas não serão
fácil, mas peço apenas que confie, esta entre pessoas que priorizam
a família a muitas outras coisas.
— Os devo a vida, mas temo o que chega a nós.
— Todos tememos Liz, nos saímos de uma certeza em poucos
dias, tínhamos a certeza que morreríamos no espaço e nossos filhos

364
assumiriam nossa função e um dia, num futuro chegaríamos a uma
nova terra, e já estamos aqui.
— O que quer dizer?
— Estamos vivendo nestes dias, mais do que tudo que
vivemos, pois lá era repetição, aqui, aventuras que não viveríamos
lá, pois lá é repetição de atos onde seu erro não é admissível, seu
acerto, ignorado.
— Mas soube que meus pais vão vir.
— Tem de ser forte, apenas isto, eles nem sabem que você
está viva, ou você falou para eles estar viva?
— Eles decidiram vir depois da transmissão que mostrou nos
todos na tela ao fundo.
— Tens uma casa Liz, nos abandonara se quiser, de nenhuma
outra forma.
— Me promete?
— Não, sei que as vezes magoamos por promessas não
cumpridas, mas vou fazer de tudo para que seja assim.
Liz abraça Mac e fala.
— Vou tentar ajudar.
O olhar de Mac para Sil estabeleceu que viriam com novas
regras, e os dois sabiam que poderia acontecer.
Mac para ao lado do filho e fala.
— Consegue controlar eles?
— Sim, três sistemas de misseis estão mirados neles pai.
— Para mim isto é declaração de guerra, mas apenas
aumenta a resistência eletromagnética, eles vão ter de entrar em
curva para 3 voltas e meio, pois eles tem de perder altitude.
— Tem um grupo de militares que chegou bem hoje a ponta
da formação.
— Estão em qual delas?
— Na que se estende mais a leste.
— Monitora eles.
— Sei disto, mas o que vamos fazer?
— Não adianta ir lá hoje, pois teria de esperar 3 dias, para
saber qual a reação deles.
— Certo, algo mais pai?
— Vou descansar, não sei, estou ficando velho.
365
Sil olha para o filho e para Liz e pergunta.
— Conseguem controlar isto?
— Sim.

366
No cabo Canaveral um dos
auxiliares fala.
— Os três objetos, menores
que o anterior se aproximam
senhor.
— O que estão fazendo?
— Reduzindo como o
primeiro, parecem acertar o ângulo de reentrada.
— Vão fazer como os primeiros?
— Sim.
— O que o sistema fala.
— Vão tentar abalroar eles na China, no Havaí, e no México,
não sabemos como eles vão reagir a isto senhor, é declaração de
guerra.
— Eles nem parecem preocupados com isto, e nosso
problema maior.
— 6 dias senhor, mas este não parece desacelerar.
— Desconfio que não tem ninguém lá dentro, este sim é um
problema, alguém conseguiu calcular onde ele vai cair?
— No Mar Indico senhor.
— E o que eles estão fazendo lá?
— Nada além daquela reunião, os militares chegaram ao
platô, estão instalando explosivos no pequeno trecho que estão
daquela pista, que as imagens mostram como um platô, liso, sem
nada, apenas uma pista.
— Manda eles porem o máximo de explosivos.
— Eles estarão por conta, alguém falou isto para eles?
— Todos os nossos olhos lá foram tirados da região a camelo
por integrantes de uma nova ordem local chamada Saara.
— Não sei o que faremos após?
— Os rapazes estão indo em parte a uma cidade próxima, eles
estão procurando o que gera esta proteção.
— Derrubar ela seria um grande avanço.
367
O senhor passa as coordenadas enquanto no espaço, Fron
olha a esposa e fala.
— Põem as crianças nos acentos, serão 3 voltas para a queda.
— Os coloco, e os demais?
— Manda manterem a calma, estamos quase lá.
— Vamos bater no planeta?
— Não, mas Mac deixou as coordenadas e sabemos que é
bem pesado o nível de aceleração para entrar na atmosfera, eles
estão calculando uma rota de entrada, mas tem alerta de que
podemos ser abalroados.
— Abalroados? – A filha mais jovem apertando o cinto.
— Sim, mas vamos com calma, se estamos freando até entrar
na atmosfera, dai será a gravidade que vai nos jogar violentamente
para baixo.
Os grupos estavam afastados, o primeiro a entrar seria o
sistema de naves vindas do setor 8, que era para vir sem ninguém e
tinha gente lá, depois o 6 e por ultimo alguém que vinha do 7, mas
que não haviam aberto comunicação.

368
Mac estava em sua sessão
de limpeza, eles continuavam no
rígido cuidado que tinham antes
de estar no planeta, Sil entra e
olha para ele.
— Temos de conversar
Mac.
— Fale.
— Não me dará espaço mesmo em sua vida?
Mac olha serio, ele nunca teve vergonha, pois isto era algo
não pregado entre eles, estava nu, se limpando, e fala pegando um
tecido úmido de limpeza.
— Sabe que não sei passar por uma barreira que criamos, e
não consigo acreditar que você o queira realmente passar.
— E porque acha isto?
— Sil, não sei ainda o que quer, sei que me olha diferente,
bem diferente de quando estávamos lá encima, mas eu talvez esteja
como Liz, esperando a hora que este sonho acaba.
— Acha que volto a eles.
— Eles precisam de você, você gosta de estar lá, parece
perdida aqui, e não quero tomar uma posição antes disto, posso me
enganar, enganar nosso filho, e isto não será bom.
— Por isto se mantem longe?
— Sim, por isto me mantenho longe, focado, tentando
mostrar que posso ser alguém legal, diferente, mas ainda sinto sua
repulsa em alguns momentos, desculpa se não confio que vai estar
nesta família quando em dois meses locais todos estiverem aqui.
— E se estiver?
— Ai vamos conversar a serio, bem serio. – Sorri Mac.
— Me esconde algo?
— Sabe como eu, que estamos improvisando, em minutos
começa uma aventura espacial diferente a quem desce.
— Acha que os pais de Liz vão querer a aproximar?
369
— Sim, o menino deles está morto, ela é uma chance de ter
uma linha evolutiva.
— Sempre pensa friamente assim?
— Queria mesmo ser frio Sil, não o sei ser, mas evitei
prometer algo que não sei se conseguirei manter, vi a menina
prestes a sair pela porta, querendo encarar ser objeto ali fora a
encarar os pais, ela está assustada.
— Ela confia em nós, sei que eu trouxe ela ao grupo, mas não
pensei em estarmos em Gaia, estávamos em outra aventura.
— Sim, não estou fugindo da conversa Sil – Mac colocando
uma camisa limpa – estou apenas evitando antecipar algo que
depois de um mal estar a você se posicionar.
— Acha que algo muda?
— Para quem esperou tanto tempo, o que é mais dois meses
locais, ainda mais correndo como estamos.
— Verdade.
Mac não gostou do “Verdade”, ele achava que ela queria
mesmo algo, mas recuou muito rápido, na cabeça de Mac passavam
duvidas que se resolveriam em breve, mas ele estava tentando não
pensar nelas.

370
Os militares terminam de
colocar os explosivos, e se
posicionam no intervalo de dois
dos platôs, uma região que
começava a ficar úmida por si, já
que tinham uma pequena garoa,
ao amanhecer.
— Quando vamos detonar? – Um dos rapazes.
— Assim que recebermos a ordem.
Os demais preparam o acampamento e agora teriam de
esperar.
Eram vigiados ao longe por alguns rapazes armados, da
Alcaida, agora convertidos ao grupo Saara, que ligam para All Asuf
que olha para o general ao fundo e fala.
— Tem gente tentando explodir os grandes platôs que eles
fizeram em suas terras, acha que deixamos ou proibimos?
— Não sei, você que está mais perto deles, acha que eles vão
se importar?
— Vão, mas não sei se quero mais deles por ai.
— Faz de conta que não viu então. – General.
Asuf sorriu e deu as instruções para os rapazes se afastarem,
não se meteriam naquela briga.
Asuf olha para a reunião, All Haran virava lenda naqueles dias,
pois todos olhavam aquele lugar encantados.

371
Eon acompanha as ligações,
passa para o pai, que sai do quarto
e olha para ele.
— Faz de conta que não
sabemos filho.
— Mas...
— Aquelas pistas, são para
a descida de 5 dias.
— E como podemos vencer se eles não nos querem aqui.
— Filho, nossa função, acaba quando todos estiverem em
terra, somos do cultivo, e olhe em volta?
— Não gosto de ser apenas do cultivo. – Eon.
— Nem eu. – Liz.
— Sei disto, mas nossa função, é cultivo, estamos começando
a estabelecer o cultivo, a função defesa, estrutura, comunicação
não será nossa, então vocês tem de ter calma, tudo que temos é
apenas temporário, e sei que o pouco que deixarem para nós é
muito mais do que tínhamos lá encima.
— E se eles quiserem nos manter nos campos? – Liz, ela olha
para Eon – Nos separar?
— Liz, somente nós sabemos o que fizemos, todos a volta
acham que entenderam algo, mas se eles nos mandarem embora,
vamos, qual o problema?
— Tem coisa ai... – Sil.
— E ai sim vou perguntar se vai com a gente. – Mac.
O primeiro conjunto entra na atmosfera, uma visão para
muitos no planeta, o abalroar deles sobre a China, fez Sil ter de
recalcular a reentrada, a proteção os protegeu, mas mudou a
trajetória, o conjunto de representantes em meio ao deserto, veem
o rastro no céu, enquanto o segundo grupo entrava no espaço sobre
o Mar Indico, indo de encontro ao Pacifico, estes estavam sobre o
meio do Pacifico quando o terceiro grupo entra na atmosfera, se a
visão do primeiro era algo maior, desta vez, o planeta olha aquelas
372
três bolas de fogo queimar ao céu, em uma reentrada que os
cientistas não declaravam o que era, o tentar abalroar do segundo
na China passa ao espaço sem atingir nada, pois ele entrou mais
rápido.
O grupo em terra recebe o sinal para explodir o grande platô,
por mais que fossem grandes as bombas, quando visto os estragos,
quase nada, os satélites viram as explosões, ficou visível, mas o que
não se via, era que mesmo assim, sobrou uma pista de mais de 100
quilômetros para eles aterrissarem.
Eon olha os estragos e aciona o sistema de remodelação, os
soldados ao chão, veem aquela tempestade de areia tomar os
intervalos em busca de areia, os soldados foram sugados e
misturados na areia, não se viu as mortes, mas se viu o grande
conjunto de pistas se restaurar, em questão de uma hora.
Um dia de noticias sobre aqueles meteoros, e na noite no
norte do Níger, se vê as três bolas de fogo a dar a segunda volta.
Sil vê que dariam a terceira volta completa, e olha para o
sistema, passariam mais alto que pretendiam, mas não teria como
deixar darem mais uma volta, era inicio da madrugada, primeiros
raios do Sol quando aquela coluna de energia atinge uma altura
incrível, e o primeiro grupo de naves sente o desacelerar, e descer
calmamente.
O segundo grupo entra e quase escapa, estavam muito
rápidos, o sistema os desacelera, usando o grande campo de
energia para os desacelerar.
O terceiro veio calmo, cada qual com uma resposta, um
cálculo de reentrada, mas o vindo da linha, Mac sai e pega um dos
veículos, que eles mesmo ajeitaram e saiu com destino ao norte, os
demais políticos nem viram isto, All Asuf olha para ele pensando se
tinha algo errado.
Os três complexos de 60 naves estavam em terra, e Fron olha
em volta, a proteção eletromagnética continuava erguida, ele sai
pela porta, olha em volta, um deserto, olha em volta e sente outros
saindo das naves, olha ao fundo e estranha, pois quem ele viu sair
da linha 7 foi alguém que não deveria estar ali.

373
Os demais olhavam o planeta, estavam em terra, viram
aquele veiculo vindo ao longe, flutuando, e Fron olha as naves e
fala.
— Todos para fora, estamos ainda em fase de conquista,
temos de ser precavidos.
— Já mandando? – Bris que se descera com o grupo da nave
7, estranho ele vir sozinho, talvez algo estivesse errado, mas todos
sabiam que o filho mais novo de Bris tinha poucos tlacs.
— Não, mas está perdido aqui comandante?
— A Vivencia tinha de mandar alguém para verificar antes de
tudo, ou acha que eles deixariam apenas a coordenação a vocês?
— Pensei que passariam reto, o que posso fazer referente a
isto comandante, aqui era o destino dos abandonados, não de
vocês.
— Mas parece que acertaram o destino, melhor que eu.
— Mas temos de recolher as naves, não podemos ficar
esperando os locais nos acharem. – Fron.
Pela lateral ao lado Mac chegava ao platô, vendo os
cargueiros sorri, pois a primeira descida foi bem mais traumática.
Mac passa um recado para Eon e o mesmo responde.
— Quer deixar visível pai?
— Sim, e começa o transferir dos limitadores ao norte, vamos
fechar o espaço aéreo da Líbia também.
— Eles vão reclamar?
— Filho, por acaso eles não reclamaram de algo?
— Não, reclamaram de tudo.
Sil as costas de Eon pergunta.
— O que ele vai deixar visível?
— Ele estacionou um sistema de implantação com o que
tínhamos, sobre a Líbia, onde ele parece ter gostado mais do povo,
não entendi porque, mas ele estava testando o sistema de
construção com o pouco que tínhamos.
— E o que ele vai deixar visível?
Eon toca no sistema e os satélites veem surgir mais três
trechos dentro da Líbia.

374
— Estes.
Sil olha que eles tinham narrado como Hons três núcleos e
olha para o filho.
— Porque disto filho?
Eon mostra a imagem da câmera do capacete de seu pai
chegando a região e Sil olha Bris postado a frente deles, não
entendera, ele viera, pensou que ele estaria com a companheira e
os filhos novos, mas estava ali.
Sil olha a imagem e olha para o filho, como se perdesse as
palavras e ouve.
— Não precisa omitir o que é evidente mãe, apenas não
queira que meu pai se posicione antes de você se colocar ao lado,
ele sabe que tudo começa a mudar agora.
Mac desce do veiculo e olha para Bris e fala.
— Bem vindo comandante.
— Parece que me esperava.

375
— Temos as câmeras senhor, sabemos quem veio e quem
não veio, faz parte de saber quantos lugares iremos preparar para
cada grupo, mas estamos com uma base a nordeste daqui, que lhes
servira inicialmente.
— Vamos todos para lá? – Fron.
— Bem vindo amigo, conseguiram bem, o campo ajudou, não
imagina o que foi cair sem ter um campo de proteção.
— Sentimos quando o campo nos segurou, não entendi a
ideia? – Bris.
— Sil fez um campo para segurar naves maiores senhor, por
isto um campo de proteção tão grande, é para segurar uma colônia
como o sistema Vivencia.
Bris olha o campo plano e fala.
— Estão pensando em trazer tudo para baixo?
— O que deixarmos lá, pode nos faltar aqui senhor, mas
depende da Vivencia, não mandamos, apenas abrindo o caminho.
Mac indicou as naves para irem, e após isto ligou para o filho
e fala.
— Desacopla e manda para Hons 2 e 3, eles vão ficar na Hons.
— Certo pai, a mãe quer lhe falar.
— Imagino, mas pensei que tinha falado para ela quem viria
filho.
— Ela não perguntou.
Os cargueiros começam decolar e se direcionar a pontos já
preparados para os conjuntos, estava invisível aos olhos, pois
ninguém estava olhando.
Mac sai dali com o veiculo e vai a nordeste e olha para os
demais olhando as plantações, os sistemas e as instalações em
sistemas de cargueiros alterados e Bris fala olhando para Mac.
— Sabe que teremos de conversar Mac.
— Sei, mas se instalem e descansem, pode parecer normal,
mas hoje com adrenalina estão aguentando a diferença de
gravidade, amanha parecera um peso e tanto, e ao acordarem,
todos vão passar por vacinação.
— Vacinação? – Fron.
— Eles tem doenças que podem nos matar, então tomamos
vacinas quando chegamos, fomos as cobaias.
376
— Andou plantando?
— Nem tive tempo para isto, mas agora teremos mais mãos
de obras para isto.
Um casal olha para Mac e fala alto.
— Onde está nossa filha? – A senhora.
— Em outro lugar.
— Exigimos que nos leve lá.
— Senhores, descansem, ela vira quando estiverem bem e ela
quiser, não mando nas crianças, já me é difícil comandar meus atos.
— Mas ela nos deve obediência.
Mac viu que Bris olhou querendo uma posição e ouve ele
falar.
— As leis não mudaram por estarmos em terra Mac.
— Compreendo a posição da Vivencia, mas foi difícil segurar
ela até hoje, talvez amanha ela fuja. – Mac olhando Bris.
— E ela fugiria do que? – Bris.
— De ser morta, como o menino deles, que não tinha ciência
de que seria morto, mas morreu.
— Regras na Vivencia, sabe disto. – Bris.
Mac olha para eles e fala.
— Se quiserem, terminamos nosso serviço e ajudamos a
descer os demais, se não querem, lavamos as mãos, ex-
comandante, já que o senhor também não é mais comandante, e
conhecendo a regra da Vivencia, seus herdeiros vão ao cultivo. E
quando o próximo comandante chegar, a representação da
Vivencia, vou a meu julgamento, mas não me venham falar de
regras, todos sabemos, senhor, senhora, que a regra deixava de
valer assim que fomos desconectados, vocês agiram como animais
querendo viver mais 15 dias de comida, então querem ver a filha de
vocês, tenham calma, ela vira, quando ela quiser.
Mac olha os demais, os cumprimenta, vê que teria problema,
Eon via que os demais não os deixariam e olha para Liz.
— Vamos caminhar um pouco?
Liz estranhou, mas o pegar na mão da menina, e saírem pela
porta, deixou ali Sil vendo a reação dos demais, continuavam iguais,
talvez o único grupo que pensou em sobreviver foram eles, todo
resto estava feliz naquele caminho.
377
Caminham de mãos dadas até a tenda de All Haran.
— Podemos falar senhor? – Eon.
— Entre menino, problemas, não vimos o passar do objeto
pela terceira vez, deve ter caído longe.
Eon olha em volta e fala.
— Senhor, o que vou falar, é ainda entre nós.
— Esta com problemas?
— Primeiro nós dois não somos irmãos, digamos que eu
roubei Liz dos pais dela, que devem estar chegando por ai.
— E seus pais apoiaram?
— Eles estão com um problema, eles sabem suas missões,
mas queria apenas dividir algumas coisas.
— Fala.
— Meu pai não vai falar disto, mas espera sempre o melhor
das pessoas, mas sabe que quando todos estiverem ao planeta, ele
será tratado como um subalterno, então embora ele precise de
ajuda, ele nunca vai prometer algo para o senhor, que possam
depois vir a tirar, ele não fez estes campos para os nossos, pois não
somamos mais de 16 mil ao todo, e a maioria nem sabe se vira ao
planeta, mas quanto mais vierem, mais nos distanciaremos deles,
pois nossa promessa é para vocês, não para eles, que tem outra
missão e acham que a missão deles é sempre maior.
— Acha que eles vão desautorizar seu pai?
— Quem comanda o sistema de proteção sou eu senhor, meu
pai colocou a senha em minha responsabilidade, podemos ser um
povo sistemático demais, mas que acredita no melhor das pessoas.
— Não esta sendo claro.
— Senhor, sabe o que é batalhar por uma ideia?
— Sim, sei.
— Meu pai vai batalhar por sua ideia, mas chegará uma hora
que ele se encontrará sozinho, eu terei de me afastar para não ser
obrigado a manter as proteções, mas se já tiverem assinado o
tratado de paz, vocês podem até se unir contra nós, mas estarão
melhor do que quando chegamos, mas temo por meu pai, na
verdade não sei o que falar, estou falando para conseguir pensar,
pois acho que entendi tudo errado.
— O que entendeu errado? – Liz.
378
— Eu sempre pensei que meus pais iriam voltar a se
entender, ele criou uma barreira que sei ser falsa, mas se Sil não
notou, não o está olhando como um companheiro, e sim como meio
para chegar a algo.
— Por quê?
— Mulos são fáceis de reconhecer Liz, e meu pai não chegou
a isto, ele disse que fez, ela não tinha acesso a estes dados, pois era
separado o grupo do Comando e do Cultivo.
— E porque acha que entendeu errado. – Liz.
— A forma que ela olhou para Bris. – Eon.
— Acha que ela não o ama? – Liz,
— Isto ela sempre deixou claro, relações por indicação o
senhor All Haran entende, não tem haver com amor, e sim
crescimento ou decrescimento social.
— Estão dizendo que vocês também indicam os casamentos
dos filhos, e os dois não foram indicados?
— É bem mais complexo senhor, Liz deveria estar morta,
como parte dos que morreram na parte que caíra em dias ali no
deserto.
— E mesmo assim não mudam as regras, entendo, a escolha
não é das crianças, mas quer mudar isto.
— Meu pai quer nos dar a chance de sermos o que
escolhermos, e quando o comando chegar ao planeta, nos
mandarão aos campos de cultivo, somos como seus escravos All
Haran, presos a uma tradição, e não sabemos como fugir dela.
— E seu pai o queria alguém maior.
— Ele sabe que se me derem oportunidade tenho a
genialidade de minha mãe e a falta de medo do meu pai, alguns
acham isto uma bomba relógio, meu pai acha que sou alguém que
será especial.
All Haran olha para All Asuf chegando.
— Temos de conversar senhor.
— Me dá um tempo, preciso saber o que está acontecendo.
— Problemas?
— Podemos ter entendido errado, e isto não vai ser legal.
— O que está acontecendo?
— Já falamos.
379
All Haran olha para o menino e pergunta.
— E porque fizeram tudo isto então, se são serviçais de um
grupo maior, não deveriam ter autorização para o fazer.
— Senhor, quando a vida lhe mostra um planeta, que você
achava que não chegaria, e vê pessoas a ajudar, que teria como as
ajudar, independente do que acontecesse, fizemos, não usamos
nenhuma força ou equipamento que não nos fosse permitido de
usar, mas vi que é como meus lideres, só entende o que quer
senhor.
— Não me tenha mal menino, mas seu pai nos colocou numa
guerra contra todos os que vem de fora.
— Não, ele alertou todos os demais, que estavam chegando,
ele queria vocês mobilizados senhor, meu pai acha que o
movimento em si vence a inercia, mas o alertar de vocês, dos
demais, realmente não era plano de nossos lideres, mas vi que vim
falar com a pessoa errada.
Eon pega na mão de Liz e começam a voltar, All Haran olha
para o menino, o que ele tentou falar e não conseguiu, All Asuf
chega perto e fala.
— O senhor ali criou um lugar isolado para os que chegaram.
— E?
— Pensei que eles viriam apoiar o senhor.
— Apoiar o senhor, é nos tomar as terras All Asuf, talvez isto
que o menino queira dizer, eles não estão a favor de seu povo, mas
de uma sobrevivência, vimos que eles tem tecnologia, mas agora
deve ter chego mais coisas.
— Eles desceram direto e flutuaram sobre o platô, os
americanos detonaram o platô, mas parece que este se refez por si.
— Arma o pessoal All Asuf, podemos estar entrando em
guerra, e nem sabemos contra oque.
— Não entendi o que mudou?
— Como os Americanos chegaram ao platô All Asuf?
— Só olhamos, não teríamos como intervir antes de saber o
que eles queriam fazer.
— E sabia disto a 3 dias?
— Sim, mas estes não vão mais nos perturbar.

380
— Asuf, o que o menino quer falar? Ele afirmou ser como
meus escravos, presos a uma tradição.
— Não entendi.
— Eles são serviçais dos que vieram, isto que o menino falou,
eles nos forçaram se unir, pois os que vem ai parecem não se
preocupar com nós, e este Mac como gente de cultivo, se
preocupou com os da terra, dos campos, coisa que os que vão
chegar não se preocuparão.
— E ele apoia o vir da mesma forma?
— O menino em uma conversa que parecia precisar ter abriu
que eles não são mais do que 16 mil, eles veem para uma missão,
mas parece que o menino não confia nestes que veem, nem na
própria mãe, não entendi parte da conversa, mas parecem
realmente presos a uma missão, e o menino falou que talvez este
Mac venha a precisar de ajuda, mas nunca pedira.
Os dois olham o menino entrar na base.

381
Eon olha para a mãe e fala.
— Vamos fechar os campos
de proteção como o passo 4 e
vamos nos preparar para dentro
de 3 dias mãe.
— Começa a vir o peso?
— Acho que o peso
começou a chegar hoje, chega a nós o que nos tirou lá de cima, uma
sociedade que servia para andar reto, sem destino, mas que não
serve para um planeta destes.
— O que foi falar lá fora?
— Não sei, mas eles tinham de saber que somos serviçais
como os escravos deles, que cumprem ordens, que os que chegam
agora, podem não respeitar nada do que tratamos.
— E vai fechar os campos mesmo assim?
— Sim, teremos mais 5 passos determinante, e somente após
isto vamos poder escolher ou nos ater aos campos mãe.
— Não quer ir aos campos, entendo sua posição.
— Mãe, o que nós fizemos, era função da Vivencia fazer,
perdemos Mary por isto, pois não ninguém naqueles cargueiros
passou o que passamos, ser lançados em queda no sentido oposto
do movimento com força para nos lançar novamente ao espaço
antes da queda e abrir os paraquedas, isto não era função nossa,
fizemos, mas quando eles chegarem, isto não será lembrado, nem
eu, nem meu pai, talvez tenha os méritos mãe, mas sabe que
mesmo assim, eu, o pai, e espero conseguir tirar Liz disto, não
estaremos lá.
— Não gostou do que ouviu hoje.
— Eles não vieram ajudar mãe, precisamos de ajuda, e não de
gente dizendo, eu mando, comessem a baixar a cabeça, ou onde
está minha filha, porque não procuram onde tentaram a matar?
— E vai ampliar a proteção?

382
— Sim, mudando a frequência, agora é para grandes pesos,
vindos diretos, os humanos terão problemas com os satélites que
passam acima de nós.
Sil olha o menino ampliar os campos mudando de cor.

— Tem de manter a calma filho.


— Sou calmo, apenas as vezes falo demais, isto é um
problema que terei de mudar na minha personalidade.
— E o que vai acontecer com a camada de proteção?
— Ela tinha 4300 palmos de altura, e vai para 21 mil e 700
palmos de altitude.
— 5 vezes mais? – Sil.
— Sim, quero tentar fazer o que fizemos em 12 milhões de
palmos, em ângulo de 15 graus, fazer em 21700 em ângulo reto,
não sei se vai aguentar mãe.
— Esta assumindo a posição de seu pai, me orgulha.
— Mãe, sabe que tudo isto nos será tirado e nos posto nos
campos assim que tivermos os administradores no planeta.
— Tem de segurar a língua.
— Mãe, eu não tenho de segurar a língua, não com a senhora,
mas se não entende isto, talvez realmente tenha nos enganado
mãe, mais do que pensamos.
— Eles são a ordem, e a organização da sobrevivência dos
Hons, sabe disto.
383
— Sei?
— Está afiado hoje, tem de tentar pensar filho, não digo não
falar, mas escolher as palavras, lideres pensam nas palavras que
falam, acho que seu pai tem muito de líder, mas ele não assume
isto.
— Pelo que ouvi mãe, de que adianta ele assumir isto, eles o
consideram como o Geneticista de campos cultiváveis, cargo que
eles não precisam nem conversar com ele, apenas mandar as
ordens do que querem que plantem.
— Eles pensarem assim, não obriga a você pensar assim.
— O senhor ali fora mãe, nos trata bem, mas venderia a
senhora e Liz como mulheres para alguém solteiro ou com menos
mulheres, por que são mulheres, eles tem serviçais, divididos em
castas, que chegam a beira da escravidão, sociedades separadas por
anos luz, e que em si, parecem muito idênticas.
— Vocês não são escravos.
— Mãe, uma sociedade onde um grupo estabelece que você
tem de fazer apenas o que eles querem, e lhe condenam a morte se
não o fizer, é escravidão, não tinha noção do que era ser escravo
antes de me deparar com o que vi neste planeta, mas não muda o
fato, o sistema que temos não é um reino, e sim, donos dos demais,
sem opção nem de falar, pois não lhes é dado nem o direito a
defesa.
— Sempre defendemos as coisas em conjunto filho.
— Desculpa mãe, hoje não estou bom para discutir isto,
talvez tenha razão, estou nervoso, e talvez somente quando vi eles
no platô, que montamos para eles pousarem, me toquei que
voltaríamos ao que éramos, que terei de sentar em um corredor e
ficar ali a olhar os vizinhos comportado, esperando as aulas ou os
pais, mas presos ao corredor e as ordens que vão vir.
Eon levanta-se e vai a seu quarto, Liz estava quieta, vira que o
menino e o pai dele, entenderam algo que ela não captou, mas era
algo grave.
Mac volta a região norte de Niger e Sil falou.
— Tem de falar com Eon, ele falou demais para All Haran, no
lugar de ficar mais calmo, ficou mais nervoso, não sei como o
acalmar, você que sempre consegue.
384
— Ele ergueu as proteções?
— Sim.
Mac passa os olhos no sistema e fala.
— Amanha vou a uma reunião que não sei o que vai dar, e
acho que não vai dar coisa boa, preciso que fique de olho nas coisas,
posso precisar ser resgatado.
— Problemas?
— Sim, problemas.
Mac entra e bate a porta do filho, que abre e abraça o filho,
Mac olha a menina olhando do quarto ao lado e faz sinal para
chegar ali, entram e Mac senta-se a cama enquanto os dois
puxaram duas cadeiras.
— O que o tirou a calma.
— A certeza de que as coisas mesmo aqui no planeta não
mudaram nada. Que as regras que serviam lá encima vão querer
impor aos grupos, mesmo tendo muita terra a volta.
— Eles não sabem ainda ser diferentes filho, não esquece que
a inercia escolhe o caminho ditado por outros, a mesmice, não
temos como encarar ela novamente.
— Porque acha isto? – Liz.
— Não nos entregamos a morte, não deixamos nossos filhos
morrerem, embora acabei enterrando a pequena Mary, sua mãe foi
genial filho quando nos jogou para cá, eles estão isolados mas com
chance de sobreviver, para quem estava condenado a morte,
mesmo a escravidão é uma dadiva. Mas nós não nos contentamos
em ficar, em aceitar julgamentos, pulamos fora novamente, mas eu
tracei meus planos, sua mãe os dela, mas não somos um casal, mas
temos um filho genial.
— Acha que ela vai nos abandonar?
— Eles precisam dela como engenheira, eu sou apenas mais
um braço nestas terras filho.
— Acho que isto que me deixou nervoso, vocês dois juntos
nos trouxeram a este mundo, pensei que iriam formar um casal e
seriamos uma família.
— Ela não me olha como um companheiro filho.

385
— Entendi isto também, você provocou isto com a
dissecação, mostrando a diferença e o que se fazia, e mesmo assim
ela não percebeu pai, talvez seja mais forte que ela.
— Talvez, mas como disse filho, não tenho mais espaço
naquele lugar, estamos longe deles, temos bases espalhadas, mas o
principal, estamos em meio aos humanos.
— Falei demais pai.
— O que falou que acha que foi demais?
— Disse para All Haran que éramos como os serviçais deles,
presos a uma tradição, mas nada além de serviçais.
— Tem uma coisa que tem de entender filho, você pode falar
o que acha certo, desde que não minta, você mentiu?
— Não.
— A culpa foi minha, eu menti para eles, então não é sua
verdade que é o problema, é a minha mentira.
— E o que faremos?
— Eu vou me posicionar de acordo com o todo, tudo que
temos de fazer, é salvar os nossos filho, uma vez salvos, eu
escolherei o caminho.
— Obrigado por conversar pai.
— Sei que você é especial filho, Liz não entendeu o que fez
hoje, mas eu entendi.
Liz olha para Mac e pergunta.
— O que quer dizer?
— O senhor ali fora, nos considerando escravos ou serviçais
dos seres que estão chegando, não o vão oferecer as filhas, ele
estava tentando fugir a cada dia mais desta conversa.
Liz beija a face de Eon que fica vermelho.
— Isto é outra coisa que me chateia pai, entendi que o senhor
deu valor a quem fica aos campos, tentando melhorar a vida deles,
os senhores ficam pensando apenas no acumulo de recursos, e o
senhor pensando em mudar eles socialmente, mas eles como nós
estamos presos a tradições.
— Deveria pensar em estudos e não em salvar o mundo. –
Fala Mac olhando o filho.
A chuva começa do lado de fora, o menino olhou para o pai e
falou.
386
— Mudamos o mundo deles, e eles ainda não nos veem como
aliados, e nos cobram apoio.
— Eles tem medo filho, nos apoiar, é contra a cultura deles.
— Pede desculpas para a mãe, eu fiquei nervoso demais, as
vezes é difícil de entender o que estou pensando.
Mac despede-se dos dois e fala.
— E se comportem.
Liz fica vermelha, mas o senhor sai sorrindo.

387
Um grupo de generais,
secretários e especialistas se
encontra no Pentágono e um dos
general olha para os demais.
— O que temos de posição
referente aos objetos senhores?
— Não temos, eles quando
estavam no inicio da terceira volta, desabaram em algum lugar, mas
não sabemos onde, uma hora estavam nos radares e na outra,
sumiram.
— Sumiram onde?
— Sobre o começo daquele campo que eles montaram.
— Não temos a informação dos rapazes em terra?
— Não temos senhor, pelo jeito algo aconteceu, pois o grupo
lá subiu a proteção.
— Como subiu?
— Tinha pouco mais de mil metros de abrangência, tinha
pontos altos nas montanhas que ficavam de fora da proteção, agora
a proteção está a 5 mil metros de altitude.
— Algo a mais?
— Os três objetos foram acertados, todos os três tiveram
mudança de rumo, todos eles tiveram recalculo, então eram
pilotados, mas da vez anterior, caíram em agua e provocaram uma
onda, não temos onda e não temos destroços, já que não temos
mais acesso a região que caíram.
— E a reunião daqueles países?
— Chegaram a um acordo de paz, depois de mais de 50 anos
de guerras entre eles.
— E quem assinou a paz?
— Os dez países, e temos ainda adendos de estados que
querem entrar no acordo de não agressão e divisão tecnológica.
— Quais?

388
— Marrocos, Senegal, Gambia, Guine, Burquina Faso, Nigéria,
Camarões, Republica Centro Africana, Sudão do Sul, Eritreia, Etiópia,
Somália, Arábia Saudita e Iêmen.
— Quantos países aderiram a esta ideia, o que eles
pretendem?
— Um acordo de paz e terras onde se respeite a diferença de
religiões e de credos. Se antes eles tinham 10 nações atingidas por
aquilo que não abrangemos, eles tem agora 24 países unidos em
uma ideia de paz ao norte da África e Oriente Médio.
— E não temos como intervir? – O secretario de segurança.
— Não podemos nos por contra a paz na região, teremos de
ver como provocar um desentendimento, mas eles deram
realmente um passo grande, repórteres do mundo inteiro narram
que o dia de ontem foi histórico no norte da África.
— E temos alguém que possa nos apoiar na região?
— Eles estão ainda em reunião, não podemos tentar um
ataque que nos ligue a isto secretario, eles falando de paz e nós os
atacando, ainda mais que tem jornalistas do mundo inteiro lá.
— Não conseguimos infiltrar um homem bomba?
— A região é de difícil acesso e não entendi, mas somente
depois de passado por uma analise minuciosa são liberados para
irem a região da reunião, nem todos tiveram acesso.
— E como nos posicionamos, sempre ganhamos com a
instabilidade na região? – Secretario.
— Senhor, eles podem nos gerar recursos de outras formas,
talvez tenhamos de tentar uma acordo comercial com este grupo,
abrindo um novo mercado, eles sempre precisam mais coisas do
que conseguem vender.
— Acham que surge um novo mercado?
Todos olham para Wiliam ao canto, ele estava quieto, não
falou nada, mas agora todos olharam para ele.
— Porque me olham?
— Você que defendia que não deveríamos os atacar, não os
atacamos, e olha no que deu.
— Secretario, se isto foi não atacar, espero mesmo que sua
casa nunca seja não atacada assim, mas perdemos contato com
alguns rapazes na região, dizem que o exercito da Líbia, está
389
servindo de condutor dos presidentes a região, ninguém consegue
andar lá e os Líbios já conseguem, na região da Líbia, surgiu mais
três pontos sobre alteração de solo e canais, isto antes de
perdermos 3 satélites na região, eles podem estar lá, mas não
conseguem transmitir, quando passam, o que dá no mesmo. –
Wiliam.
— Mas acha que eles vão realmente respeitar esta paz?
— Estava a mesa as divisões de 20 grupos emancipacionistas,
de varias vertentes, eles em si sentaram lá pois viram lideres dos
quatro maiores grupos terroristas sentados, queria poder atacar o
lugar, mas não vejo com bons olhos senhores, não como faríamos,
pois vimos bombas nucleares atingir os conjuntos caindo, e
simplesmente explodirem e desviarem as rotas, mas não as
danificamos, apenas as mudamos de curso. – Wilian.
— Acha que mais países vão aderir? – Secretario.
— Não sei o que propuseram, mas todos que foram lá
aceitaram, até países que foram apenas como observadores
voltaram com seus lideres falando em paz, temos gente que não
aderiu não porque não queria, mas porque não mandaram
representantes, ou o representante não tinha poder para aceitar a
paz, mas pode somar nesta lista, em 15 dias, Guiné Bissau, Gana,
Togo, Benin, Serra Leoa, Libéria, pelo que entendi, Darfur que foi
reconhecida como nação, pelo Sudão, Djibuti , Quênia e Uganda vão
se juntar a eles. – Wiliam.
— E como eles conseguiram?
— Eles sabem que algo está mudando, e mesmo falando em
paz, os informantes falam de pessoas bem armadas presentes.
— Estão falando que 35 nações Africanas vão assinar uma
tratado de paz e respeito mutuo, e quem chamou isto, foi um
alienígena? – Fala o secretario – E vamos ter de aceitar porque ele
está propondo paz?
— Sim secretario, não sabemos o que está acontecendo, mas
tudo indica isto, mas quem tomou a frente, foi um senhor que
sempre foi para alguns aqui alguém fraco, que não tinha
participação ativa, que era apenas um informante, o senhor que o
ser defendeu na ação que deixou claro que eles não deixariam se
matar facilmente.
390
— Estão falando de quem? – General Francis,
— All Haran. – Wiliam.
Os senhores se olham e o secretario olha para Wiliam e
pergunta.
— Mas ele sempre nos vendeu informação, porque se
bandeou para o outro lado?
— Digamos que ele não se bandeou senhor, ele sempre foi
um Tuaregue, ele sempre defendeu os seus, viu seus pai e mãe
morrerem na invasão Francesa a região, ele tem contatos em quase
todas aquelas nações, pois todos o respeitam como um
descendente da dinastia de Tin Hinan, a maior das dinastias
Tuaregues, descendente da guerreira.
— Não entendo esta lenda local.
— Eles não acham lenda, mas ontem, eles denominaram
como acordo de paz com o nome provocador a todos os que os
desprezavam, pois chamaram de Tratado Imuhagh, que quer dizer
Tratado do Homem Livre, para os locais é como se um líder local,
respeitado, com apoio de uma força descomunal, estivesse
chamando os descendentes da região, a serem homens livres.
— Livres do que?
— Dos exércitos Europeus, nossos, Russos, que criaram entre
povos irmãos, a noção de divisas, de nações, que eles não tinham, e
eram irmãos, dai por metros de terras de um deserto, eles
guerreiam e se matam para que nós tenhamos lucro. – Wiliam.
— Parece os apoiar.
— Estou narrando senhor, eles pensam assim, somos nós que
vendemos as armas, ou acha que eles se matam a pedra?
— Certo, vendemos armas, mas eles são principiantes se
acham que vamos parar de intervir.
— Senhor, Generais, eles conseguiram realmente algo incrível
ontem na região, apoio de 20 grupos terroristas, compromisso
destes grupos não provocarem mortes ou atentados na região que
eles determinaram em paz, não pensem que é fácil você conseguir
ver sentado a mesa, lideres do Estado Islâmico, que são Sunitas,
com Alcaida, que são Radicais Antissunitas.
— Eles ainda estão na região?

391
— Não mais, eles não ficam muito em regiões, e mesmo que
estivessem, não justificaria um ataque onde tem repórteres, e
presidentes de mais de 20 nações, senhores.
— E o objeto que vem a nós?
— Este é diferente dos demais, pois ele vai se aproximar a
uma velocidade imensa, em dois dias veremos ela se esborrachar
em algum ponto do Indico, ou da África, mas ainda não temos como
calcular isto, pois ele vem direto, então não temos os dados exatos
da velocidade, que na redução dos pequenos objetos nos permitiu
calcular as velocidades.
— E como veremos em terra?
— Veremos algo que queimará quanto mais perto, e quando
chegar perto será uma bola vindo de encontro a terra, não veremos
ela passar no céu, pois nós giramos, mas ela vem direto ao planeta,
poucos vão ver, e querer ver isto, é se arriscar a morrer senhores.
— Sem chance de desvio?
— Tentamos, mas a velocidade é muito grande.
— Riscos a que países?
— Vamos passar os alertas, mas são muitas possibilidades,
temos de pensar na faixa que pode ser atingida, e estas nações
estão bem numa das possibilidades de ser atingidas, se não
disserem que fomos nós, para se unirem mais ainda. – Wiliam.
— Acha que eles vão falar isto?
— Se eles começarem a dar apoio lá e tirar os seres
importantes, mas temos um plano em ação secretario, mas sem
mais mortos, pois não vi ninguém que foi para lá fora os pilotos que
não tinham armas, todos parecem mortos, e nem temos os corpos,
para os familiares.
— E ainda não quer os atacar?
— Como disse secretario, nós atacamos, eles apenas se
defenderam, ninguém relatou o afundar do porta aviões, não vamos
querer malucos achando que podem afundar toda nossa marinha
apenas por terem vistos na TV um porta aviões afundar. General
Francis.
— Certo, isto também não é positivo, mas me consigam algo.

392
Mac sai e olha Sil que fala.
— Queria falar Mac.
— Fala.
— Você parece ainda
distante.
— Sil, ainda lhe admiro, mas
se não entende que fechei meus
sentimentos até você falar algo, não me entendeu, sei que existem
coisas que tem de resolver antes de qualquer coisa.
— Sei que tenho medo de lhe magoar mais do que já o fiz,
mas como fica evidente, tenho de lhe falar.
Mac senta-se e olha para ela fazendo sinal para ela sentar a
frente, de pé as vezes fica difícil prestar atenção.
— Queria ser sincera, mas não quero lhe magoar Mac.
— Não sei se conseguiria me magoar, acho que tem de falar,
mas não sei o que quer falar.
— Abrir o jogo sobre tudo que aconteceu.
— Tudo não é muito?
— Talvez, mas quando era jovem, tinha a idade de Liz, me
apaixonei, esta paixão foi apoiada por meus pais, mas os pais do
rapaz não o apoiaram, e isto gerou dois casais, um onde tem Bris e a
esposa, e outro, que a influencia dos pais de Bris, forçaram a família
ser rebaixada, pois não sabia seu lugar na Vivencia, é determinada
que iria casar com um jovem do cultivo.
— Este foi o motivo do excluir de sua família?
— Sim, cada um tomou sua vida, cada um se dedicou, mas
nada muda na Vivencia quando eles não querem, hoje Bris é casado
com a irmã mais jovem de Fres, o que na ausência de Fres, todos
sabem que ele seria, ou a sua raiz, candidata a reis.
— Isto é passado Sil.
— Mas a uns 2 parks, voltamos a nos encontrar, achei que ele
ainda sentia algo, mas eu nunca tive certeza se Mary era sua filha ou
dele.
393
— Era dele, mas isto para mim nunca foi importante Sil.
— Você já sabia?
— Sempre tiraram sarro de mim, mas somente quem vivia ao
seu lado, sabia que raramente sorria, quando a uns dois Parks, você
passou uns tlacs sorrindo, sabia que algo fora da relação tinha a
encantado, mas isto também é passado.
— Nós estávamos nos entendendo, mas dai engravidei e ele
disse que o trai e começou a me tratar pior que os demais.
— Ele não poderia ter um terceiro filho, sabe da regra Sil, ele
deveria ter se esterilizado, e se não o fez, ele não teria como
assumir a filha.
— Mas não se importa?
— Sil, quando lhe apoiei, é que pensei que estávamos
condenados, não foi para lhe encantar ou me aproximar, pensei
mesmo que tudo lhe daria liberdade quando chegássemos ao novo
mundo, mas talvez Eon esteja certo, eles não darão espaço para
mudanças, pois isto tiraria o conforto de alguns, que agora somente
sobre uma imposição de nova ordem e novo comando, onde eles
sejam os donos e nós os servos, pode os manter no topo.
— Sabe que me aproximarei deles.
— Sei, vim preparado para isto, mas estes campos não serão
como os da nave, estava errado, a terra úmida tem cheiro, mas
nunca chegará a ser forte como nas áreas de cultivo, pois lá era
terra adubada com tudo que tínhamos, passei num lixo destes
humanos estes dias, o cheiro dos campos de cultivo cheiram muito
próximo daquilo, mas para nós que vivíamos lá dentro, parecíamos
não mais nos importar com o cheiro.
— E se não der certo lá?
— Sil, tens um filho que pode precisar de você, sabe disto,
tudo que fizemos foi para que ele fosse especial, mas eu tendo a o
afastar de você, e afastaria a pequena Mary também, mesmo
sabendo que não era minha filha, pois acredito que a vida fora deste
complexo, é uma aventura muito maior.
— E vai os trazer para baixo mesmo discordando disto?
— Lá em cima, é morte uma hora ou outra Sil, sabe que os
equipamentos que os a volta acham ser modernos, são
equipamentos muito usados, com muitos defeitos, com muita coisa
394
a ser consertada, mas que lá encima não conseguiríamos nunca
concertar. Uma hora aconteceria uma tragédia, você induziu a uma
tragédia menor, não entendi que estava fugindo daquilo, não
entendi que tinha medo que Mary não fosse minha filha, mas
parece que nunca me entendeu Sil, as coisa a volta são apenas
temporárias, eu tracei a meta trazer os nossos a uma terra, logo
após você estabelecer que esta terra tinha possibilidades de ser um
terreno fértil. O pior deserto deles, não passa de um desafio
controlado para a tecnologia desgastada que temos, mas teremos
de a reerguer, mas não vejo os que estão a frente disto querendo
isto, se quisessem isto não teriam se desfeito de todos os arquivos
históricos, não precisaríamos dissecar Taiefs, se tivéssemos estes
dados, que por algum motivo eles deram fim.
— E imagina por quê?
— Logico, mas para que falar disto.
— O que pode ser logico?
— Não fomos a primeira Vivencia a ser lançada, e sim a sexta,
devem ter lançado muitas depois, mas acha mesmo que os Reis e
Rainhas, se é que eles existiam como forma politica no planeta,
iriam esperar 6 Vivencias para fugir?
— Não, quer dizer que o tirar dos dados é pois ali tinha a
verdade sobre a ausência de um ser real, e mais formas de
sociedade, mas porque se importariam?
— Provavelmente alguém consultou, fez perguntas, e para
não saírem de seus planos, mataram quem perguntou e deram
sumiço na verdade, os que lá estão nem devem saber, ou se
preocupar em pensar na farsa, porque pensar em algo que mudaria
suas posições sociais.
— E vai aceitar eu procurar Bris?
— Você que sabe o que vai fazer Sil, como disse, somente
quando todos estiverem no planeta, vou projetar meu futuro, não
esquece que somos procurados na vivencia por sabotagem, na oito
por sobrevivermos, na 6 por apontarmos uma saída.
— Demos motivos.
— Sim, motivos que nos trouxeram para cá.
— E viveria bem num planeta destes?

395
— Está é nossa origem, quando o planeta Vida foi colonizado,
apenas uma pequena quantidade de vida daqui foi levada para lá,
por isto não temos costumes alimentares baseados na proteína,
pois não levamos animais, eles não resistiriam, levamos sementes e
historias, agora todos os seres da historia, estão aqui, toda a
biodiversidade que nos fez produtivos lá, estão aqui em
quantidades que nunca vi, este mundo é uma experiência de
laboratório de milhões de anos, que não preciso faze-las e sim as
observar, registrar, mas o principal, nos dará uma forma de
sobreviver.
— Mas os seres parecem querer se impor uns sobre outros.
— Sil, um dos campos que separamos neste deserto ao norte,
somente um deles, produzira mais que toda a Vivencia junta, com
variedades que nunca tivemos, se for para viver como antes, com
controle sobre tudo, já preparamos quase tudo para isto.
— Mas quer mais?
— Quero viver, dividir, evoluir, me sentir vivo Sil, me encantar
com pequenas coisas, como a chuva do primeiro dia, ter estudado o
que era chuva, não é o mesmo que a sentir ao rosto, ver aqueles
seres que eles chamam de borboletas, lindas, em pleno deserto,
aprender que aquele ser pode ser um lagarto uma parte da vida, e
se transformar em uma borboleta, quantos insetos, quantos tipos
de bichos peçonhentos, falar de bichos peçonhentos não é o mesmo
de os ver dar o bote na sua bota.
— E acha que não vão nos permitir isto.
— Verá Sil, eles precisam de você, mas espero estar
enganado, eles acharão que não precisam mais, imporão grande
formação aos seus, e a básica, cada vez mais básica ao campo, pois
lá encima precisávamos entender de bombas e controle de pressão,
acho que eles não vão querer esta formação básica para os novos
ao campo.
— Eu queria dizer que esta enganado Mac, sempre esperei
que eles me recebessem de volta, mas sabia que a irmã do
candidato a rei nunca diria, dá espaço para ela novamente.
— Eles acham que somos deles Sil, acho que esta
constatação, que magoou Eon, ele tinha ainda a parte romântica da
aventura espacial e foi trazido a realidade muito rápido.
396
— Ele me dá orgulho Mac, ele parece querer ser alguém
especial, e sabe que os pais da menina vão pressionar.
— Sei que teremos problema, oque não imagino, pois ainda
existem milhares de possibilidades.
— E vai fazer oque agora?
— Ver o que aconteceu, os estados que precisam de
cobertura, estabelecer uma divisão de recursos, e o principal,
começar o projeto Terra.
— Projeto Terra?
— Eles chamam de Nova Vida, ou Nova Hons, mas os
habitantes chamam o planeta de Terra, então, projeto Terra.
— E do que consiste este projeto?
— Está com sono?
— Não, mas sabe que me aproximarei deles.
— Sil, segue o caminho que acha melhor, sempre nos demos
bem cada uma avançando e evitando o outro, então continuamos
assim.
— Vamos onde?
— Primeiro falar com All Haran, depois, ver se os demais
estão no acordo, vamos anotar os nomes, por no sistema vamos
avançar em dias para outros pontos, mas isto é meu projeto, sei que
vão me julgar um traidor, e sim, sou um traidor dos novos reis, mas
não me preocupo em morrer por uma ideia.
Os dois saem, ao longe se via as pessoas armadas, Mac sorriu,
eles entenderam errado as coisas, mas obvio, quando cada um
caminha por seu rumo, os demais tomam suas conclusões.
All Haran olha Mac aproximando-se e fez sinal para dois
rapazes ficarem próximos e para All Asuf ficar ali.
Mac viu que o senhor iria se posicionar, mas para ele não
fazia diferença, e isto as vezes chateava as pessoas.
— Veio dizer que o que seu filho falou não é verdade?
— Não sou de desmentir meu filho, mas parece chateado.
— Vocês são servos, e veio apenas falar que ele estava
falando a verdade.
— All Haran, o que lhe chateou mais?
— Pensei que falava com um rei.

397
— Como falava com minha companheira, nenhum ali é Rei,
mesmo os que se disserem, são usurpadores da ideia, mas vim
apenas me informar dos países que aderiram e querem fazer parte?
— Não vai desmentir?
— All Haran, o que quer, hoje toda a inteligência mundial fala
de você, não de mim, um senhor herdeiro da dinastia de Tin Hinan
juntou os irmão sobre o deserto do Saara e proclamou a paz, todas
as inteligências de seu mundo falam de você, e sempre disse, eu
não era o importante, ou não disse.
— Mas nos enganou, estamos prestes a entrar em guerra
com os americanos, e vem a mim.
— Vim apenas deixar claro All Haran, que se for fazer alguma
besteira, apenas não deixa os americanos falarem que foi você, pois
eu ser entregue a eles é inevitável, mas se você o fizer, todos a volta
o olharão como está olhando para mim nesta hora, e tudo o que
conquistou ali na tarde de hoje, se perde.
Mac olha para Sil e fala.
— Hora de ir ver Bris.
— Vai se entregar a morte?
— Eles não sabem o que querem de mim para me matar
ainda, mas pode ser que passe uns maus bocados, mas não será All
Haran que fará este trabalho sujo.
Os dois caminham no sentido da base e All Asuf olha para
Haran.
— Ele tem razão nisto All Haran.
— Não entendi a ideia dele?
— Como você disse, ele é um servo, e como servo, obedece
seus lideres, mas ele não veio dizer, não faça isto, apenas disse, não
perca tudo o que fez, com uma ação impensada.
— E como faríamos?
— Verifico, mas descansa, nem passou para ele os dados, ele
não parece preocupado ainda com os americanos.
Mac olha para Sil e fala.
— Lhe deixou lá, dai vou falar com um General.
— O que vai fazer?
— Segura nosso filho, apenas estou ampliando a abrangência
da ideia, mas mantem a calma.
398
— Mas e a divisão 9?
— Ele já sabe o que fazer Sil, não adianta ter mais um
olhando para cima, eles não sabem ainda o que aconteceu aqui,
mas logo saberão, e isto não quer dizer que volte rápido, mas tenha
certeza, vou tentar voltar.
Sil entra no veiculo alterado e os dois voltam ao que Mac
chamou de Hons, a primeira cidade, deixa Sil lá e com calma,
acelera sobre aquela linha eletromagnética que lhe dava sempre
muita velocidade de interação.
Mac para a frente da sede do Exercito, um militar estica a
arma para ele e fala.
— Área restrita.
— Como faço para falar com o general Abdelmáleque.
— Quem o quer perturbar.
— Mac de Hons.
Todos sabiam quem era o senhor, estavam em paz, mas
aquele senhor ali sempre deixava os demais tensos.
Um tenente sai pela porta e fala.
— Deixa ele entrar soldado Abbas.
O soldado faz sinal para o senhor entrar, em muito
diferenciava o ser que caira no deserto, mas suas roupas sempre
limpas e daquela cor indefinida, que não se parecia com tecido, e
sim com um plástico, sempre os deixava tenso.
— O que precisa senhor? – Tenente.
— Falar com seu general, estabelecer um acordo.
— Um acordo?
— Somente se ele concordar poderei falar muitos sobre isto
rapaz, mas se vim numa hora ruim, volto outra hora.
— O general Abdelmáleque está voltando de Telavive, onde
foi receber uma comenda do presidente.
— Posso esperar?
— Pelo jeito é urgente?
— Na verdade não é urgente, é uma ideia a trocar, que tem
de ser hoje, evitando que outro se suje para fazer algo que é função
de seu general.

399
Mac senta-se, estava a mais de uma hora sentado, quase
estático, quando o general entra pela porta, parecendo já ter sido
avisado que o senhor estava ali.
— Boa noite, não dorme? – O general.
— General, poderíamos conversar sobre uma ideia simples,
mas que precisa ser efetuada?
O general olha para o senhor e pergunta.
— Algo que o deixa mais serio do que o normal.
— Sim. Mas primeiro na divisão acima de Hün, está isolada, e
este é o comando que dá acesso, nela tem alguns cargueiros, lá tem
equipamento para por todo o seu exercito em funcionamento, mas
espero que respeitem a paz, para que os demais não nos tenham de
ver como inimigos general.
— O que mais tem lá?
— Um conjunto de tanques de antigos cargueiros, que estão
dispostos, o óleo que saiu do poço 6 está sendo bombeado para lá.
— Mas deve ter mais coisas?
— Sim, tem 20 cargueiros lotados de coisas, mas isto não é o
que me interessa neste momento general.
— E o que lhe interessa?
— Alguém tem de chamar os americanos a paz, seu
presidente foi indicado pelo grupo Europeu, depois de muitas
guerras, então queria um acordo.
— Não entendi.
— Uma proposta de paz com os Americanos, se propondo a
entregar um dos Alienígenas a eles, vivo, amarado, eu.
— Mas porque disto? – O general pego se surpresa.
— Senhor, eles precisam de um gesto de amizade, não quer
eles como inimigos mandando malucos de seu exercito todo dia
para cá.
— Mas o que afirmaremos?
— Nada, apenas que não querem mal entendido, e como
prova, entregarão a eles o tal do Mac, o ser que todos os lideres
políticos falam, mas que teria de parecer uma ação do exercito
deles, pois seu presidente não pode parecer prestes a quebrar o
acordo.
— Terei de falar com ele.
400
— Espero, sei que não vou voltar lá mesmo, pois não quero
ter de explicar o que sei preciso.
Mac encosta na cadeira e o Tenente olha o general.
— O que ele está fazendo?
— Terminando de nos passar as cartas, para que decidamos o
que fazer, mas ele está em uma caçada, ouvi isto de alguns lideres,
que eles tem inimigos, que os próximos eles destruíram, mas que
eles iriam ampliar o leque.
— Mas o que ele ganha com isto?
— Atrai os demais sobre ele, ele será a isca, sabemos que
agora tem outros por ai.
— Me parece maluquice.
— Eles não me parecem malucos Tenente, eles me parecem
determinados.
O general liga para Telavive, e alguém de lá liga par a
Washington e pouco mais de duas horas depois, estavam o levando
algemado para Telavive.

401
All Haran estava deitado
com uma de suas esposas quando
ouve a batida de palmas de All
Asuf na frente da cabana.
All Haran se arruma e sai
para fora.
— Quem colocaremos
nisto?
— Ele induziu o governo da Líbia, o entregar senhor, para não
ser nenhum dos ligados diretamente a nós envolvidos.
— Tem certeza?
— Sim, alguns não gostaram da ação do governo da Líbia e
estão pedindo satisfação para eles.
— E vamos pedir a mesma coisas All Asuf.
— Vamos entrar na encenação?
— Sim, pedimos esclarecimentos, mas em momento algum
vamos pedir o afastamento da Líbia, segura as coisas com este
assunto Asuf.
— Entendi, pedir esclarecimento, mas não falar em tirar
ninguém, mas vendo o quanto os demais estão me ligando falando
horrores do presidente da Líbia, lembro do senhor falando para não
colocarmos tudo a perder.
— Este senhor pode ser um servo, mas ele nunca nos deixa
ficar na duvida do que pretende, e não passei os dados para eles, e
terei de passar para a companheira dele.
— Passa para o menino.
— Talvez isto tenha feito o menino falar, lembro do menino
falar, que o pai dele iria precisar de ajuda, mas nunca pediria.
— Eles sabem o que vão fazer Haran, as vezes esquecemos
que eles tem uma estrutura pequena, mas fazem milagres, não sei
oque eles pretendem, mas terei de falar com aquele general Líbio
que ajudou no transporte.
— Acha que ele pediu mesmo para ser detido?
402
— Ele sabe que isto não resolve o problema, mas obvio, eles
nunca dividiram tudo com a gente.
O senhor olha em volta, sabia que as coisas iam a sua mão
com uma força que até a prisão do senhor, sempre estipulavam
dupla elaboração, teria de pensar no que fazer e fala.
— Entra em contato com o general da Libia e se informa, não
sei ainda qual a ideia deles, mas algo não entendi ainda.

403
Sil estava a falar com Fron e
a esposa, que se instalaram em
uma parte que dava para olhar os
campos, na ponta ao sul, quando
ouve a pergunta.
— Mas o que ele pretende
Sil?
— Ele tenta nos tirar do foco, como ele disse, chegamos em 4
ao planeta, e ajeitamos as coisas, agora tem mais de 10 vezes isto,
mas muitos grupos estão olhando demais para cá.
— Mas o que ele pretende com isto?
— Nos tirar parte do peso, mas teremos de continuar no
plano, pois os demais ainda estão chegando.
— O que vão fazer com a estrutura 9?
— Testar a proteção ao máximo, pois é um teste sem mortes
se conseguirmos a segurar, estaremos prontos a receber o primeiro
conjunto sem precisar o desconectar, apenas o descer.
— Entendi, vão terminar de fazer os cálculos com algo que
não tenham vidas dentro, para não arriscar com as vidas.
— Sim, mas como foi no setor 6 depois que saímos?
— Eles parecem querer dizer que mandam algo, mas logo
estarão novamente sobre a regra da Vivencia.
— Acho que os da Vivencia terão problema com isto, mas eles
também logo estarão ai.
Bris entra na região e olha para Sil.
— Onde Mac se escondeu?
— Ele não tem ainda função aqui Bris, mas precisamos saber,
a Vivencia aceitaria ser trazida para baixo inteira? – Sil.
— Acha que conseguiriam?
— Em três dias teremos o teste definitivo de como a trazer
inteira para baixo, mas a pergunta, eles querem vir ou não para
baixo, pois tudo que estamos fazendo é para que possam chegar
aqui inteiros.
404
— Eles a tem como uma terrorista.
— Fizemos o que tinha de ser feito, como Mac fala, não nos
negamos ao que fomos designados a fazer.
— Se acertou com ele?
— Continuo na posição que o destino me colocou, mas veio
sozinho, pensei que traria a família?
— Eu me infiltrei no grupo da 7, não dava para infiltrar todos.
— Algum motivo nobre nisto ou apenas foi lá sabotar e não
viu como o fazer? – Sil.
— Acho que as vezes até eu acordo Sil, mas poderíamos
conversar?
Fron viu que Sil foi aos corredores principais, e Bris a seguiu.
— E acordou do que Bris?
— Que você é mais rainha que aqueles lá em cima, que quase
a perdi duas vezes, não estou disposto a lhe perder uma terceira
vez.
— E o que o fez acordar Bris?
— Ser preso, e minha companheira não ir lá me ver, meus
filhos não aparecerem, eles são o que conseguem, um bando de
hipócritas que presam a posição social acima de tudo.
— Somos educados assim Bris, sabe disto.
— Mas você reagiu bem, se uniu a um derrotado e chegou
aqui antes de todos.
— Como Mac falava, não tínhamos opção, ou nos
mandávamos para cá ou morríamos lá, mas foi uma aventura que
perdemos a pequena Mary.
— Um estorvo a menos para nossa relação.
— Era sua filha Bris, não de Mac.
— Como tem certeza?
— Ele tinha certeza, ele sabe diferenciar estas coisas, mas
Mary não resistiu a primeira descida, que foi bem mais violenta que
esta que vocês fizeram?
— Mais que esta?
— Sim, esta tínhamos os dados, era aceleração e
desaceleração calculada e controlada, nós tivemos a nossa nave de
vivencia ejetada a umas 40 Gravidades locais do cargueiro pouco

405
antes dele se chocar ao chão, se eu desacordei, imagino uma
criança de alguns Tlacs.
— Mas parecem bem.
— Estou, mas o que quis dizer em não me perder de novo
Bris, pois sei que assim que a vivencia estiver ai você muda de ideia.
— Fres e o grupo dele usou a crise para jogar a própria irmã
para o grupo de pessoas que irão para os campos.
Sil sorriu, e falou.
— E o que entende de campo Bris?
— Não deve ser pior do que fazer tudo no comando.
Sil chega próxima e beija Bris, não sabia se era o que ela
queria, mas ela sempre sonhara com ele, desde criança, então
estava indo no sentido do que seu coração mandava.
— Mas vai largar ele por mim Sil?
— Acho que você nunca me entendeu Bris, mas agora
teremos tempo, tenho de voltar ainda hoje.
— Correr para o companheiro?
— Ele não está lá, mas Eon é capaz de fazer algo impensado
quando souber o que o pai dele fez.
— O que Mac fez?
— Se entregou a um grupo de militares locais, que tentavam
o pegar, ele quer sair do caminho Bris, mas Eon o idolatra.
— Ele com tempo se acostuma com o seu novo companheiro.
— Nos vemos amanha.

406
Sil entra no comando e olha
para o filho.
— Onde ele está mãe?
— Ele achava que teria de
fazer o que fez filho, tem de
entender e apoiar isto.
— Onde?
— Sendo conduzido para um veiculo marinho que anda por
baixo da agua, afrente da cidade de Trípoli.
— E já colocou outro no lugar dele?
— Eu tenho de saber o que sinto filho.
— Saiba que amanha cedo, nem eu e nem Liz estaremos aqui,
pois sabemos que quando souberem que o pai foi preso, eles vão vir
com suas leis sobre nós.
— Mas vão onde filho?
— Não sei ainda mãe. – Mente Eon.
— Mentindo para mim?
— Você e o pai mentiram para mim, agora é minha vez de
retribuir mentira com mentira.
— E o que está fazendo ai?
— Preparando a cobertura de proteção sobre as nações que
deram algum sinal que querer um acordo, esta não é uma cobertura
que imobiliza como aqui, ali eles tem veículos, comunicação, mas
terão uma proteção menor, é como um destes instrumentos que
eles usam para se proteger da chuva, sempre tem uma camada
lateral a mais, está é uma camada protetora.
— E estes campos depois do mar?
— Agora temos sementes mãe, mas este é um projeto para
dentro de 3 meses.
— Está preparando tudo para pular fora, vai me deixar
sozinha filho?

407
— Tem de saber o que sente mãe, não quero ser um
empecilho, sei que atrapalho, falo muito do pai, isto não vai ajudar
em nada.
— Pensei que o entenderia.
— Entender eu entendo mãe, mas me preocupo, ele foi sem
pensar que pode morrer e nunca mais nos ver, ele não se despediu
para não perguntarmos isto, ele temia ter de mudar de ideia.
— Ele é importante aos Hons.
— Ele acha que você é mais importante, mas que não será
aceita mãe, então isto aqui, fica para você ter onde se esconder, ou
viver, mesmo que com seu novo amor.
— Novo velho amor.
— Eu não sei o que é amar assim mãe, estou encantado com
quem você colocou no meu caminho, mas além de a admirar, acho
que tenho de a manter segura, e sei que a segurança que vocês
ofereceriam a ela, me afastaria dela.

— E vai para esta plantação?


— Mãe, onde acharem que eu estarei, será onde não estarei.
— Se cuida filho.
— Vou tentar ser menos suicida que meu pai.
Sil abraça o filho, quantos sentimentos mudando e
desabrochando deixava a engenheira com um rosto perdido.
Ela foi deitar e Liz aparece ao comando e pergunta.
408
— Vamos mesmo fugir?
— Quero lhe defender Liz, e sei que não quer ficar, não a
quero ver perdida por ai, sem estar aos meus olhos.
— E quando vamos?
— Quer ver o que é um milagre real?
— Milagre Real?
Eon coloca a imagem de 25 naves que vieram junto abrindo
os corredores no deserto da Arábia Saudita, em outra imagem se via
os sistemas de 5 cargueiros desembarcarem estrutura, e instalarem
bombas reais de extração de agua, e começar a correm pelos
corredores aquela agua, o sistema giratório que usavam nas
Vivencias para irrigar as plantas, eram instalados em cada conjunto
interno, uma maquina passava revirando a areia, colocando sais
minerais, e depois começava a irrigação, e por sinal, um grupo de
outras naves, começava a semear aquela areia unida, lembrava que
seu pai falava que na nave aquilo era algo que encantava entre o
dormir e o amanhecer, mas ali, talvez com uma gravidade maior
demorasse mais para brotar.
— Vamos para este lugar?
— Vamos passar a ideia que estamos ali Liz.
— Não quer ir ali?
— Terra de príncipes Liz, eles são donos da terra, todos são
servos, então não quero ir ali antes de saber se é seguro, mas
teremos movimento ali constante, programando, muitos pensarão
que estamos ali.
— E quando saímos?
— Em poucas parcelas de Tlacs.
— E não vai me falar onde?
— Temos algumas opções, mas vamos onde acho que
teremos como ficar, sem muitos olhos.
— Muitos?
— Sim, meu pai abriu muitos caminhos, estou dando
proteção, os locais não entenderam, não sei se é seguro para a mãe,
mas a conhecendo, ficara na Hons 1 até os demais chegarem.
— Ela gosta do comandante?
— Eles se tivessem a chance que teremos Liz, teriam fugido,
mas sabe que lá não existia fuga possível.
409
— Isto sempre a afastou de seu pai?
— Os dois são uma equipe assim Liz, não sei se seriam tão
eficientes se um não tivesse de estar sempre onde o outro não está.
Liz abraça Eon que sorri.

410
Mac olha para os soldados
armados o olharem apontando as
armas, e um fala em Inglês.
— Ele entende o que
falamos?
— Dizem que aprende
rápido, mas este dai vai virar
cobaia.
Mac sorriu, e os rapazes pensaram que ele os entendeu.
Um Almirante do submarino olha para o senhor e fala aos
soldados.
— Vamos a noite inteira rumo a costa Americana, devemos
chegar lá pela manha, quando entregamos a encomenda.
— Ele não parece perigoso.
— Se ele parecesse um alienígena eu não estaria tão
preocupado rapazes, eles tem de confirmar que nos entregaram a
encomenda certa.
— Ele parece entender.
— Sei que o presidente da Líbia está sofrendo pressões, por
todos os lados por ter entregue o senhor ai.
— E porque ele o fez?
— Ele foi indicado ao cargo com apoio dos Ingleses, Franceses
e nos, ele nos deve o cargo.
— E porque não se posicionou antes?
— Entendo ele, antes não tinha nada a dar, seria a palavra
dele contra pedidos, agora eles tem de o dar apoio, quando ele
pedir.
— Ele acredita mesmo que o apoiarão?
O Almirante sorriu.
Mac não entendia a conversa, mas estava tentando
demonstrar calma, ele queria afastar os demais dali, mas sabia que
poderia acontecer o inverso, mas isto não era para um problema
para ele, talvez parte dele fosse mesmo suicida e sem sentimentos,
411
ele entendera somente quando no planeta, o quanto seu cheiro
antes era forte, pois pegou uma roupa não limpa da época da nave,
ele sentira nojo do cheiro, ele sentira nojo dele, fazia parte de um
trecho de sua vida que lhe perturbava.
Mac pensava se o filho se viraria, não sabia o que ele poderia
fazer, lhe deixara um recado, mas não sabia se ele a seguiria.
Mac sente quando no fim de uma noite o levam para cima,
ele olha para o céu, era inevitável, e viu aquela bola incandescente
chegando ao planeta, 2 dias ainda.
Os militares olham para onde o senhor olhava, se tinham
certezas, aquela bola no céu os tirou as certezas.
Uma lancha pega o senhor, um senhor imenso, o senta na
lancha, com uma metralhadora a frente do corpo.
Param rio acima, em um porto pequeno, depois colocado em
um carro que sumiu no sentido de um aeroporto, Mac via agora
uma sociedade diferente a volta, uma organizada, com tecnologias
que não entendia, mas que os davam locomoção rápida,
comunicação, casas boas as costas, mas o medo nos olhos e cheiros
o deixava sempre tenso.
O descer em um campo isolado, sem saber onde estava, o
deixa na duvida se fora uma boa ideia, olha em volta, um deserto
novamente, sua roupa mudou de cor, havia radioatividade na
região, tiram uma amostra de sangue e pele, e é colocado em uma
sala, branca para todos os lados, espaçosa, existia uma porta visível,
o resto, paredes Brancas, ele perderia a noção de tempo ali, pois
tlacs pareceriam parks por pura falta de ponto de referencia e pelo
deixar da mente executar o tempo. Mac se inclina a frente, sentia a
algema presa a cadeira, esta parecia firme, fecha os olhos, e relaxa
os músculos.
Um senhor olhava para ele por um espelho, que parecia
apenas uma parede branca olhando de dentro, vê o ser relaxar e
olha para o general.
— O que ele sabe que não sabemos, ou o que ele faz ai
general?
— Porque da pergunta?
— Porque ele está calmo, ele reclamou de algo?
— Mesmo que o fizesse não entenderíamos a língua dele.
412
— E aquela tradutora?
— Morta em campo.
— Ele a matou?
— Nossas bombas instaladas pela própria moça a mataram e
aos rapazes.
— O que querem com ele general, pois não me adianta uma
cobaia, que o sangue que tiraram a pouco, me diz humano, pior
humano de sangue A negativo.
— O que tem haver?
— Se eu fizer uma regressão genética General, este ser a
nossa frente, seria o ancestral do primeiro homo sapiens
encontrado na África a mais de 140 mil anos.
— Mas como senhor Mayer?
— Não sei, pode mesmo ser um retorno a casa, mas obvio,
eles seriam a cadeia perdida que alguns religiosos adorariam, seria o
fechar do inicio genético para outros, mas o que eles fazem lá?
— Estão transformando desertos em áreas cultiváveis, como
se fossem precisar de comida.
— Se fosse só isto general, aquela bola de fogo não estaria no
céu.
— E vai falar com ele?
— Quando alguém do Exercito me disser o que querem falar
com ele, já que ele está ali a 12 horas quieto, e ninguém veio, se
queriam apenas o matar, sem saber nada, o tivessem feito.
— Dizem que vocês são a divisão que descobre os segredos
ocultos nestes seres.
— Sim, descobrimos graças a estes seres, que temos um
nome para os semi-repteis que andam por ai, eles os denominaram,
sinal que sobre isto poderia trocar uma ideia com o ser, mas preciso
de um tradutor, de uma autorização, os exames dele estão a cada
momento mais completos, mas o senhor ali, não é apenas um ser
qualquer general.
— Por quê?
— Ele tem vestígio de 12 vacinas prioritárias em seu sangue,
eles se precaveram, o sistema muscular dele, parece estar se
adaptando, talvez isto o deixe mais cansado, mas preciso saber
senhor, o que querem com o senhor ali.
413
Um rapaz entrava pela porta e o general olha e fala.
— Senhor Mayer, este é nosso estrategista, Wiliam, do
pentágono, ele deve lhe dar respostas, ou autorizações referente ao
ser.
Wiliam olha para Mac sentado a sala pelo vidro e olha para o
senhor.
— Sei que não entendemos isto ao todo senhor, mas as
perguntas são primeiro básicas, deve estar chegando um tradutor
de Árabe, dizem que eles estão se dando bem nesta língua para
falar com o senhor.
— O que quer saber?
— Ele pode ser considerado um humano?
— Sim.
— Temos como saber se ele veio de fora do planeta mesmo?
— Temos como provar senhor Wiliam.
— Ele tem alguma doença que pode nos afetar?
— Aparentemente se defendeu contra as nossas, pois ele
parece ter um sangue com menos resistência que a nossa, como se
não tivesse de enfrentar tantas ameaças.
— Senhor, temos uma bola de fogo no ar, temos pouco mais
de 36 horas para ela cair em algum lugar, mas a pergunta inicial, o
que vem lá, porque ele não parece preocupado em sair de lá?
— O que mais precisam saber?
— Qual tecnologia eles ensinaram aos militares da Líbia, eles
conseguem que seus carros andem, e nada que colocamos lá que
não seja a base de baterias secas, funciona.
— Para isto não teriam trazido ele até nós?
— Seu relatório afirma que sabe referente a quem eles
denominam de Taief?
— Detectamos a mais de 50 anos uma nave, abandonada, em
meio ao deserto no Novo México, dentro dela haviam seres em
tentativa de recuperação celular.
— Recuperação celular?
— Eles caíram muito rápido, e foram projetados dentro da
nave, devem ter quebrado tudo que tinham de cartilagens, mas os
corpos, tentavam se recuperar.
— E o que fizeram?
414
— Dissecamos, o que mais fazemos, eles estavam mortos
mesmo.
— Estes seres ainda estão por ai, sinal que mais de um grupo
chegou ao país, identificamos um grupo deles mortos em um prédio
em New York, isolamos a área, mas quem o fez, cortou suas
cabeças, e ateou fogo nos corpos, encontramos quase tudo
carbonizado senhor.
— E quem os está caçando?
— Não sabemos ainda, mas é obvio, estes seres parecem ter
inimigos mortais, e nós somos a imagem dos inimigos mortais
destes seres, isto sempre me preocupa. – Wiliam.

Dois tradutores chegaram a porta e um soldado trouxe as


identificações, um rapaz foi sentado ao comando de tradução, e os
demais colocaram um dispositivo para saberem o que estava se
falando, o grupo de três pessoas entram na peça, Mac ergue a
cabeça como se estivesse doido, olha os seres, o rapaz olha as
perguntas e senta-se.
— Qual o seu nome?
Mac olha os demais e fala.
— Mac?
— De onde você veio?
— Um conjunto de dois planetas, que chamávamos o maior
de Hons, que é sinônimo de Vida.
— Os senhores querem saber, o que veem fazer em nosso
mundo?
— O dia que os humanos entenderem que o planeta não é
deles, e sim, eles do planeta, talvez seja tarde como aos de Hons.
— Não respondeu.
— Estava pensando em que mentira contar, que fosse mais
convincente, mas não escolhi uma ainda.
— Acha que eles aceitarão a mentira?
— Rapaz, se eu falar para eles que você é um agente de Taief,
eles nem verificariam se era, morreria antes de sair da porta, então
estou esperando quando eles vão me matar.
— E não tem medo de morrer?

415
— Como ter medo da única coisa que quando nasci, tinha
certeza que iria acontecer?
— E porque quer morrer?
— Eu não quero, eu estou aqui entregue por um humano que
acreditava querer que o ajudasse, mas se estou aqui, e morrer, os
reis de Hons, terão a justificativa, para afirmar que os humanos no
planeta Gaia, que é como eles chamam este planeta, Gaia em nossa
língua é sinônimo de Vida da Terra, então Gaia é um sinônimo de
Terra com Vida, mas eles vão vir e nem vão conversar, e realmente
alguém que manda matar outro povo, no próprio planeta, por
dinheiro, não é um povo inteligente.
— Acha que eles vão vir lhe buscar?
— Vocês não entenderam, eu sou a cobaia, vocês os mortos
por estarem onde a cobaia está, mas vocês só entenderão isto
quando estiverem mortos.
— Cobaia para que?
— Meus ditados não funcionam para seu planeta, mas
quando em nosso mundo, queremos atrair algo, as vezes um dos
nossos se sacrifica pela vitória da maioria, o sacrificado fui eu.
— E porque alguém viria lhe salvar?
— Os Taief não virão me salvar, eles virão me matar, todos os
que estiverem entre eu e eles, mortos, não sei onde estou, então
não vou me preocupar com vocês.
Wiliam recebia a tradução automática, olha o rapaz, tira um
pequeno teclado, digita a pergunta para o rapaz fora, que faz a
pergunta no ponto do rapaz, que fala.
— Estamos preparados para eles, sabemos como os
identificar.
—Este foi o primeiro erro dos em Hons, estes seres são
desconectos, mas tem um senso de vingança maior do que de
raciocínio, perguntar para mim sobre Taief, é ter apenas o que está
no sistema, pois saímos a 29 gerações de Hons, até os vermos, não
imaginávamos que eles estivessem neste planeta, então se ouvir
alguém dizer que viemos caça-los em seu mundo, este ser está
inventando.
— Vieram por quê?

416
— Porque como disse, tínhamos um sistema de 2 planetas,
que giravam um em torno do outro, e girávamos em torno do sol, os
Hons fugiram ao planeta ao lado, e os Taief, desenvolveram uma
arma para destruir o centro do planeta, sempre digo que existem
guerras que ninguém ganha, os dois grupos vão a beira da extinção,
enquanto um planeta se despedaça e pedaços imensos atingem o
segundo, partimos na Vivencia 6, existiam em construção mais 54
destas, e nestas, os últimos Hons daquele lugar, pois os dois
planetas iriam se tornar um só, mas isto vai demorar milhões de
Parks, então viemos, pois não temos casa.
— E veem em muitos?
— Não sei por que pergunta isto, sabe que se disser que
viemos em poucos, você entenderá o sentido oposto, e se disser
que viemos em muitos, que somos os únicos, pergunta que não lhe
dará a posição, pois uma criança de Hons, uma vez adaptada a esta
terra, tem uma formação básica comparada aos seus engenheiros,
então um nosso determinado, pode fazer um estrago e tanto.
— Está dizendo que das ditas Vivencias, 5 estão chegando ai?
— Não, mas não teria como explicar o que é blefe.
— Tente.
— Não quero tentar.
— E porque acha que sobrevive?
— Senhores, o dia que eu morrer, morrerei, não preciso
pensar em sobreviver, acho que o que mais me transforma em
morto, é o fato que quem ganharia com minha permanência lá ter
me entregue a quem não precisa de mim, pois para vocês não sou
útil, para vocês, sou apenas um corpo a enterrar.
— E porque lá seria útil?
— Sou um Hons, geneticamente vocês me chamariam de
Humano, aproximadamente algumas gerações mais novas que a
sua, mas sem a tecnologia que lá tenho, sou apenas um humano,
que com as mãos, não vai longe, não portamos armas mortais, mas
não quer dizer que não saiba matar, não saiba dizer como dissecar
um Taief, um Humano, nesta aventura, nada me foi ganho, então o
peso da minha morte é nenhum.
— Parece querer morrer?

417
— Senhores, eu tenho a impressão que não perguntaram o
que querem, estão ganhando tempo para que algo aconteça, mas
como não sei oque? Isto me dá sono.
— O que vai cair sobre o planeta em algumas horas?
— Horas?
— Uma unidade de tempo nossa.
— O que parece uma bola de fogo no céu?
— Sim.
— Não viríamos a Gaia, iriamos passar reto, mas tivemos um
problema numa das divisões que acabou explodindo.
— E este objeto vem em nossa direção?
— Sim.
— Tamanho?
— Grande, tudo que caiu até agora, saiu de lá, e parte das
coisas que explodiram junto vão entrar junto na atmosfera, sendo
pequenos objetos cruzando o céu direto ao solo.
— E veio a frente ajeitar as coisas? – Wiliam, a pergunta foi
feita ao rapaz que não teve tempo de fazer a pergunta, e Mac
respondeu.
— Sim.
— Entende inglês?
— Pouco, afirmativas e negativas são fáceis, falar, difícil. –
Mac em árabe.
— Mas entende parte?
— Sim.
— Qual o risco desta queda?
Mac sorriu e falou.
— Nenhuma direta.
— Como assim, nenhuma direta.
— O campo vai tentar diminuir ao máximo o impacto, não
viemos destruir o local onde pretendemos morar, mas o segurar do
campo, vai fazer aquelas pressões que não sente-se, mas que as
vezes gera vulcões explodindo do outro lado do planeta.
— E porque não detém a queda?
— Eles precisam dos cálculos, com o calculo, eles conseguem
o que querem, descer em qualquer lugar as naves da vivencia.
— Por isto estão lançando coisas para baixo?
418
— Digamos que da primeira vez, vieram 5 pessoas, minha
filha morreu na queda, ela era muito jovem e não resistiu, agora
chegaram os comandos, não mais de 40 pessoas, agora vão começar
a executar a vinda, minha parte está feita.
— Sua parte?
— Acompanhar as coisas até eles estarem no planeta.
— E acha que 40 pessoas nos detêm?
— Obvio que não, 4 detiveram, 40, sei lá, dominam este seu
planeta se não os deixarem em paz.
— Se achando muita coisa?
— Achando?
— Es muito convencido de seu povo ser melhor.
— Senhor, eu livre não tive ninguém a minha frente, que me
detivesse, eu devo ter levado mais de 10 tiros dos militares seus,
antes de começar a fazer algo, mas para vocês, não preciso de 40
pessoas, meu filho de 19 Parks, aqui teria 14 anos, dá conta.
Um general por trás do vidro olha para a conversa transcrita e
olha para o tradutor.
— Esta é a ameaça?
— Sim senhor.

419
Chegam a porta do barracão
ao norte do Níger, Bris, o casal de
pais, de Liz, e dois rapazes que
vieram da Vivencia, e o senhor
olha para Sil e fala gritado.
— Arromba Bris, esta
senhora está escondendo nossa
filha.
Sil olha fazendo que não com a cabeça, Bris olha para ela e
fala.
— Sabe que as leis não podem ser mudadas Sil.
— Duvido que esteja ai, eles ontem já não estavam.
— Mas porque não abre? – A senhora gritado.
Bris olha para Sil, olha os rapazes e fala.
— Arromba.
Os dois põem um sistema de baterias potentes encostadas na
porta, colocam fios de contatos, ligam aquilo e a porta desativa,
mas o curto fez Sil olhar para cima, a cobertura se desfez, ao longe
muitos olhavam para o local.
— O que aconteceu? – Bris.
— Acabam de desligar o sistema de proteção eletromagnética
que iria segurar a divisão 9. – Sil.
Bris olha para Sil como se não acreditasse, e fala.
— Achem as crianças, elas tem de entender que a regra se
manterá sobre todos os Hons.
Sil olha o senhor, olha os rapazes e chega ao conjunto de
sistemas, tudo sobrecarregou com a descarga para destravar a
porta, Sil olha o trabalho jogado fora, olha os senhores esperando,
Sil sai para fora e olha para All Asuf.
O rapaz viu que ela estava descontente e chega perto.
— Problemas?
— Tira seu povo dos desertos, estes inconsequentes
reduziram a zero a proteção que seguraria os destroços.
420
— E Mac não está ai?
— Não, nem sei onde ele está.
— E o menino?
— Eles queriam bem deter o menino, então ele fugiu, avisa os
seus, este deserto vai ser acetado por algo em menos de 30 voltas
deste ponteiro que tem no braço.
— 30 horas?
— Sim, horas, avisa todos.
— Eles não vão faze nada?
— Acho que vocês só ouviram o que queriam, mas eles não
são Mac, e se eu interferir agora, não poderei ajudar depois, serei
presa.
— Aviso.
O rapaz sai, Sil vira-se e vê Bris a olhando.
— O que falava para ele?
— Que o deserto vai voltar a ser deserto, quando os restos da
9 atingirem a terra.
— Não vai consertar?
— Vocês para não usar a força, reduziram aquilo a pó, não
tenho como o refazer em menos de 60 horas, e não quero estar
aqui em 30 horas.
— O que são horas.
Sil olha o senhor decepcionada e fala.
— Espero que ache o meu filho, já que fui acusada de
esconder a menina.
— Eles vão pedir uma sindicância.
— Que peçam, que me prendam, pensei que tivesse
entendido a ideia Bris, mas parece não estar nem ai para isto?
Bris achava que era birra, mas Sil estava brava.

421
Eon olha para Liz e fala.
— Fizeram burrada, e terei
de ir lá, mas vou precisar de ajuda.
— O que aconteceu?
— Pelo jeito seus pais
pressionaram para nos achar, não
acreditaram em minha mãe que
não estávamos lá, e desceram as proteções, estamos a poucas tlacs
do impacto, e não temos proteção.
— E vai fazer oque?
— Isolar algumas coisas, e usar o que não sei usar. – Fala Eon
apontando o celular, que seu pai comprara, sabia que ele
programara com dificuldade 3 números, mas teria de voltar a
superfície, virar alvo, para ajudar.
Em meio ao Atlântico, um cargueiro começa a surgir na agua,
estava a poucos pés da praia, não mais de 400, pega o celular e liga
para o general Abdelmáleque.
O senhor viu o numero, pensou em como Mac estava o
ligando, mas atende.
— General Abdelmáleque, com quem falo?
— General, me ouve, é o filho de Mac, Eon.
— Fala menino?
— Alguém fez alguma burrada no deserto hoje, e desfez a
proteção, estava indo a América ajudar meu pai e estou voltando,
mas aproveitando que o sistema caiu, alerta todos, o porquê
daquilo, era para evitar o choque do que todos veem ao ar com o
deserto, e destruir tudo, mas preciso que me de cobertura numa
operação no norte do Niger.
— O que fizeram?
— Tenho de erguer isto rápido, foram dias para ter carga, se
perder a carga teremos problemas quando os restos chegarem ao
chão general.
— Problemas?
422
— Vamos ter de evacuar uma área do deserto, pois algo
assim não para, ele anda e destrói uma distancia imensa.
— Está onde?
— Surgindo na praia em Saara Oriental e começando a flutuar
sobre as estruturas, mas liga para All Haran, detem quem fez a
burrada, pois eles podem prender minha mãe e preciso dela nesta
hora.
— Certo, vamos ligar e vamos para o lugar.
— Nos encontramos lá.
Eon liga para All Haran e fala.
— All Haran, é Eon?
— O que está acontecendo menino?
— Está onde?
— De frente ao barracão, um grupo que está com sua mãe
está lá, mas a proteção caiu.
— All Haran, detêm eles.
— Mas...
— Eles tem de entender que se fizerem coisas erradas, na
terra dos outros, terão reação.
— Eles parecem ter armas.
— O general Abdelmáleque deve ter lhes entregue os bastões
de energia.
— Sim.
— Só não os mata Haran, eles são poucos.
— Certo, estamos indo para lá.
All Haran olha para All Asuf e cercam o local e um rapaz grita
para os que saiam.
— Estão cercados, encostem na parede.
Bris ficou furioso, olha para o rapaz de longe e fala.
— Acha que está falando com quem?
— Um morto, se não encostar na parede.
Sil iria falar algo e Asuf gritou.
— As senhoras também.
A senhora que veio com o marido toda impávida, olha
assustada, Asuf chega perto, os desarmam e fala.
— Quem está no comando?
Bris falou olhando ele.
423
— Eu.
— Toda a destruição que o setor 9 provocar, será cobrado de
você senhor, e se ouver mortes, responderá com sua vida, pois
inimigos tratamos como inimigos.
Os rapazes foram levando todos para uma cabana mais a
baixo deixando ali apenas Sil.
Deixam todos no centro de uma cabana, colocam capuzes em
suas cabaças, e Sil olha para All Haran.
— O que estão fazendo?
— O general Abdelmáleque está chegando ai, deve chegar
pouco antes de seu filho, que estava indo a América defender o pai
e vendo o campo cair, está voltando.
— Mas eles vão querer retalhar.
— Senhora, em respeito a Mac, pois se já esqueceu o que ele
fez por nosso povo, mesmo eu não entendendo, nós não
esquecemos.
Sil olha ao longe alguns carros virem sobre o deserto
flutuando, e bem mais longe a grande estrutura de um cargueiro
flutuar sobre tudo.
Liz não saiu do veiculo, apenas Eon que olha para Sil e
pergunta.
— O que fizeram?
— Detonaram a porta com um sistema de energia
concentrada.
— Quanta recarga, pois aterrei para abrir aporta e mais todas
elas e não queimar.
Sil aponta a porta e ele perguntou.
— Não os deteve mãe?
Sil sacode a cabeça negativamente, um gerador para derrubar
uma porta que um bastão abriria, ele entra e olha para o general
chegando.
— O que precisa menino?
— Vou passar uma lista, preciso de gente indo a reserva e
pegar mais, preciso de ajuda mãe, para tirar os contatos queimados,
os sistemas que retém a informação, tirar os cabos enquanto eles
vão pegar novos cabos.
Eon olha para All Asuf e fala.
424
— Se puder dar cobertura, pois não sei se eles não vão tentar
alguma coisa.
— Precisa de quanto tempo?
— Não sei, realmente não sei.
O general sai no sentido da Líbia, All Asuf faz sinal para o
pessoal voltar a proteger a região, e em meio a isto, o menino deita
por baixo daquela mesa de comando e começa a tirar o sistema de
energia, deveria ter queimado tudo.
Eon estava a remover as coisas quando um militar entra, eles
nunca haviam visto aquele comando, sabiam que era ali, que a
proteção teria de ser em algo visível, mas era complexo, Eon
trabalhou a noite inteira, aquele objeto ao céu, a noite dava o
tamanho do problema.
Sil olha o filho cansado, ligar, verificar cada um dos fios,
ampliar a descarga, agora resistiria a dois geradores, ele não
pensara em algo tão desmedido, ele abria aquela porta com um
cartão de sinalização metalizado do uniforme, sem nem precisar de
um bastão, os senhores para abrir usam um gerador mil vezes mais
potente que um bastão.
Era noite quando a proteção começa a se reerguer.
Eon olha para a mãe e fala.
— Agora volta ao grupo, põem o capuz e fica lá quieta que já
chego lá.
All Haran olha o menino, olha o general e fala.
— Obrigado menino, está arriscando a vida de seu pai para
nos ajudar.
— Haran, tudo que vê a volta, ele fez, o que não falamos, os
que estão ali, não sabem que este deserto não era assim, meu pai
separou uma micro região para eles, mas a região que eles
precisam, não da um decimo da Líbia, imagina deste deserto. Isto é
uma obra de meu pai, talvez vocês não entendam, mas um dia,
todos nós vamos morrer, e nossas obras que sobram, estou
defendendo as memorias de meu pai.
— E aqueles?
— Vamos lá, quero ver este comandante de frente.
— Vai gerar problema?

425
— Eu prefiro ser excluído a ser aceito em algo que muda de
ideia sempre em favor do controle total, nunca em favor da logica.
O menino caminha, All Asuf olha aquele menino, uma lenda,
agora mostrando seu tamanho, seu poder de pedir, de agir, de
refazer, Liz sai do cargueiro e dá a mão para ele e caminham até a
tenda.
Eon olha para Asuf que faz sinal para tirarem os capuzes, Bris
olha para trás vendo que Sil também estava ali, olha para frente,
estavam ajoelhados no meio da peça, com as mãos presas.
Bris olha para frente e ouve.
— O que fazemos com eles Asuf?
— Eles parecem nem ai para o que está acontecendo.
Eon olha para Bris e fala.
— O que faziam detonando a proteção sobre os campos, o
que pretendia com isto senhor?
— Tem de nos soltar.
— Não perguntei o que acha que devo, sou um morto, pois é
a regra de vocês, matam os jovens em crise, e quando não
morremos ainda querem falar alto, mas o que pretendia com aquilo.
— Pensamos que estavam escondidos lá.
Eon tira a proteção do uniforme que usava, e olha para o
senhor, e fala serio.
— Se eu, uma criança abro aquela porta com um cartão,
porque um gerador, vocês não foram ali para nos achar, pode falar
para mim, para minha mãe que fez por isto, mas não é idiota senhor
Bris, o que queria com isto?
— Acha que sabe com quem está falando?
— Quer somar no adubo desta terra senhor? Você não sabe
nem onde está, tudo que sabe é o que eu e meu pai, e parte minha
mãe falamos para a Vivencia acreditar e vir para cá, e se está
pensando que estou preocupado com os Rei, um impostor, com
aquela leva de especialistas em nada, não, estou pensando nas
pessoas como eu, que ainda vivem lá, se desse para os trazer para
baixo os deixando lá, pode ter certeza Bris, faria, e você estar aqui
mostra que eles temem isto, mas a pergunta, porque um gerador
para abrir uma porta?
— Filha, não pode nos abandonar.
426
Eon olha para Liz, que fala.
— Uma pergunta senhora, que se diz minha mãe, se quando
o candidato a rei, descer em alguns dias, olhar a todos e falar, todos
os menores de 20 parks morrerão e povoaremos com os filhos do
rei estas terras, o que fara?
—Ele não vai fazer isto.
— Não foi a pergunta senhora, o que fara se ele decidir isto,
já que vi que eles nem estão ai para quem não for da elite podre
deles, elite mentirosa, pois demorei a entender que ali não tem
nenhum rei, pois os reis, saíram na Vivencia 1, mas quer saber o que
fará, o que fez com o pobre Mico, que lhe olhava assustado, morreu
sufocado por suas mãos, porque queria viver como dizem, 15 dias a
mais, então senhora, me esquece, e da próxima vez que pressionar
alguém gerando uma desculpa para estes retardado da Vivencia
justificarem os demais não descerem, pois acho que entendi o que
eles querem.
— Não sabe nada menina, vai acabar obedecendo por bem
ou mal. – Bris.
— O que acha que eles pretendem? – Eon.
— Sabe que a ultima a chegar será a Vivencia, eles
derrubando a proteção, não terá como segurar as estruturas 8, 7 e 6
que não tem motores, ainda estão naquela ideia, nós morremos,
porque se preocupar com mortos, porque dividir um planeta que
cabe milhões, diria bilhões, com meia dúzia a mais de Hons.
Bris olha a menina.
— Tem de ver que vocês são agricultores.
Eon olha para All Haran e fala.
— Invade a base deles, tira tudo que eles podem usar como
arma, e toda a provisão que trouxeram, que plantem se quiserem
comer, se quiserem agua, que tratem, se quiserem ajuda, vão ter de
implorar.
Liz dá a mão para Eon e os dois caminham até o cargueiro,
sobem e todos veem eles decolarem, os rapazes colocaram o capuz
nas cabeças novamente e os entregam a base montada por Mac,
que agora sim estava vazia, quando os rapazes tiram os capuzes e
saem pela estrada, alguns os soltaram e Sil olha serio para Bris.
— Vai acreditar neles?
427
— Faz sentido, espero que não seja verdade, pois Bris, eu
morreria ali, então, espero mesmo que não seja verdade.
— Onde seu filho foi?
— Onde aquele marginal do seu filho foi. – A senhora.
— Talvez não entendam, mas ele, assumiu uma liderança
entre os locais, eu não tenho a inserção que ele tem, mas vi que o
que não sei fazer, que é unir inimigos contra nós, ele fez, All Haran a
menos de um dia, falava que Mac o havia traído, vejo meu filho
quase mandando no senhor.
— E quem é aquele senhor? – Bris.
— Quem comanda as 20 nações que estão a nossa volta.
Sil foi a parte de agricultores, os olhos de Fron foram a Sil.
— Quem foram estes que nos invadiram?
— Locais, Bris e os dois que vieram junto, derrubaram a
proteção que nos permitira segurar a estrutura das divisões 6,7 e 8,
e meu filho foi lá por eles no lugar, mas teria de tirar dos daqui tudo
que os permitissem tentar de novo.
— Então por isto que eles vieram?
— Sim, Bris quase me enganou.
— Pensei que estava com ele.
— Ele não me vê além de uma aventura, e o meio para chegar
onde quer, ele não saberia chegar lá, me forçam com aquela ideia
dos pais de Liz, mas ele não estava nem ai para isto, ele queria é
derrubar a proteção.
— E o que faremos?
— Teremos de plantar para comer, melhor poupar as forças
nos primeiros dias.
— Certo, vamos a uma consequência, mas onde está seu
filho?
— Pelo que entendi, alguém entregou Mac, ele estava
seguindo os seres, quando viu a proteção cair, voltou.
— Mas como?
— Nem eu sei como ele está fazendo, mas deve ter visto que
os senhores já se apoderaram dos nossos chicotes de choque.
— Sim, todos tememos aquele chicote.
— Espero que Eon saiba o que está fazendo.

428
Sil entra em uma peça, olha para Bris lá dentro, pega suas
coisas e ele fala.
— Vai acreditar nele?
— Você concordou, eu pensando que estava aqui por um
motivo, me usou e estes pais malucos, para que 3 grupos de Hons,
morram, mais de 3 mil mortos, e vem com esta cara de pau querer
algo a mais.
— Vai acabar obedecendo, ou vai a julgamento, sabe disto Sil.
— Vou, e peço a condenação dos da vivencia por isto, pois
todos foram a favor.
— Eles não sabem ainda.
— Então pedimos a morte do rei, em uma conversa aberta, e
pode ter certeza, pensei que falava serio, me enganou direitinho de
novo Bris, acho que no fundo, apenas eu lhe amava.
— Eu falo serio que és mais rainha que aquele Fres, mas
rainhas tem de assumir seu posto, não ficar com a ralé.
— Eu sou ralé, lembro dos seus pais me chamando de ralé,
acho que no fundo, levei sorte, pois as vezes estar com alguém
cheiroso por fora, parece bom, mas você começa me parecer fedido
por dentro Bris, e a diferença, é que o fedor interno, não se tem
como lavar.
Sil sai pela porta, Bris tentou pegar seu braço, mas ela apenas
se desviou, ela já tinha suas forças físicas, Bris ainda se adaptava
aquela gravidade.
Sil no fim daquele dia, volta para o deserto, para a base agora
vazia, que tinha somente aquele comando, ela sente-se sozinha e
chora a olhar para a proteção dando seus números e voltando a
potencia, mais algumas horas de sol e estariam prontos a receber os
restos da divisão 9.

429
Mac estava em uma cela,
olha a agua e a comida, ele não
pensa se poderia ter alguma droga
ali, ele apenas come e toma
aquela agua.
Mac olha para o corredor,
parecia uma prisão isolada, só
tinha um buraco na porta, que mal dava para ver o corredor que
estava, sente sua mente e fica tenso.
O lugar estava escuro, tira sua camisa, e enrola na cabeça,
olha para a cama, e com a proteção na cabeça sente os
pensamentos normais.
Olha para a cama, tira o estrado, entra por baixo dele e
coloca o colchão no lugar.
Deita-se, ouve os tiros, ouve o agito, sente algo estourar a
porta, alguém olha para dentro e fala.
— Deve ser outra cela.
— Eles tem muitos buracos neste deserto.
— Vamos ao próximo.
O senhor olha para dentro, olha para fora pelo corredor e
fala.
— Eles não tem gente suficiente aqui para ele estar aqui, o
rapaz pensava que ele estava aqui, mas não quer dizer que ele
soubesse onde ele estava.
— Ou o que ele pensou foi algo que não entendemos, esta
coisa de buraco A é bem complexo.
— Vamos, perdemos um grupo de 35 em New York a alguns
dias, temos de saber quem nos persegue, ontem foi um grupo de 40
em Los Angeles, alguém está nos caçando, este senhor nos parecia
ser a causa, mas pode nem ser, pode ser apenas um servo.
— Sim, mas vamos de uma vez.
Mac ouve eles saírem, espera um pouco e começa a sair,
mortos no corredor, mortos numa sala que parecia de reunião,
430
senta-se a tentar entender aquele lugar, olha os dados e dois botões
e uma transmissão falando que a camada falhou por 6 horas, mas
voltou a região do Saara quando pensaram que conseguiriam uma
ação.
Mac estava sentado com sua cor branca, camisa enrolada na
cabeça quando um soldado entra pela porta e aponta para ele, que
levanta as mãos.
— Parado.
— Um sobrevivente senhor.
Um tenente olha para o senhor e fala.
— O que aconteceu?
— Não sei, senti como se tivesse sono, depois acordei com
gente dando tiros, juraria que algo nos desligou a mente, mas isto
parece loucura. – Mac olhando o senhor que pareceu não entender.
Tira a camisa da cabeça e coloca ela.
— Quem é você?
— A cobaia, quem mais? – Em árabe.
Os rapazes entram com visores noturnos e um fala.
— Humano senhor.
— Onde eles foram?
— Dois mortos na entrada. Avisa as demais bases.
— E como os detectamos senhor, noite, sem visão noturna
eles chegam a nos quase invisíveis.
— Tem um tradutor? – Fala Mac com dificuldade.
— Língua?
— Árabe.
O senhor passa um radio e fala.
— Alguém que fale árabe.
Um rapaz entra e olha o senhor.
— Servi no Iraque senhor.
O senhor apontou Mac.
— O que quer falar senhor.
— O que saiu daqui, interfere na mente das pessoas, eles vão
estar onde a mente deles disser para não olhar.
— Como sabe?

431
— Explica para o seu comandante, que o objetivo deles era
me pegarem, mas eu sei me esconder deles, mesmo estando em
uma cela que explodiram a porta.
— E quem é você?
— Me tiraram da Líbia, a não sei quanto tempo, Mac para
quem está por dentro do problema.
O soldado fala o que o senhor falou e viu o senhor apontar a
arma para Mac.
— Prendam ele, pelo jeito ele é tão inútil que nem morrer
morre, pois nem sabe que poderia fugir.
O soldado olha para Mac e pergunta.
— Porque não fugiu?
— Não sei onde estou, fugir sem saber para onde, acabo
morto.
Os soldados começam a atirar em algo, e o senhor sai para
fora, recua vendo aquele imenso objeto vir a eles.
Mac ouve o barulho e olha para o rapaz e fala.
— Mantem a calma, apenas isto.
— O que é isto?
— Um cargueiro de Hons. – Fala Mac, a simplicidade da frase,
que para o soldado não dizia nada, o fez olhar para fora.
Um som começa a sair e o comandante pergunta.
— O que estão falando?
— Que se entregarmos o Hons, de nome Mac, não morremos.
— E temos alternativa?
— Morrer.
— Leva ele para fora, mas mantem um mira na cabeça dele,
ele não vai escapar de nos.
Mac não entendeu, mas sabia do risco, sai para fora, olha o
grande cargueiro, estavam em meio ao deserto, a porta do fundo
começa a se abrir, mas a proteção estava erguida, Mac olha para o
filho e fala.
— Sabe que eles tem uma arma apontada para a minha e
para a sua cabeça.
— Sei, mas quem é o comandante de vocês? – Eon, olhando
no senhor a frente, que para na imagem, era uma criança, e o
soldado fala.
432
— O menino está perguntando quem está no comando.
— Porque ele quer saber?
— Temos um capacete que protege da ação mental dos seres,
podemos pelo menos nos ajudar contra estes seres.
O soldado traduziu e o senhor falou.
— Acha que sai vivo se não quisermos?
— Esta me analisando pelo tamanho senhor, sou filho de Mac
de Hons, não tenho medo de um general. – Mac sente a proteção o
cercar e começa a andar para dentro, todos ouvem o tiro, e Mac
olha a proteção e estica a mão para a bala parada nela e a pega.
— Liz, joga para mim um capacete.
— Só um?
— Como se diz, um deles com um capacete, vence todos os
inimigos, que os demais morram.
Mac joga para o tradutor e fala.
— Isto protege sua mente da interferência deles.
A porta começa a fechar a frente deles e Mac abraça o filho.
— O que faz aqui filho.
— Não o quero ver morto?
— O que aconteceu com a proteção ontem?
— Bris estourou a porta de entrada do controle com um
gerador, imagina o trabalho que deu para refazer.
— Ele é um imbecil?
— Não pai, eles queriam que não tivéssemos proteção para
segurar as divisões que não tem motor.
— Acha que devemos os ajudar filho?
Eon inverte a nave e começa a ir no sentido que sentia a
mente alterada, ele chega perto e fala nos comunicadores externos.
— Estão me procurando?
Os Taief olham aquela nave, a base ao fundo olhava
assustada aquilo, mas o surgir da nave, deixa os seres visíveis e os
soldados olham para os seres e um grita para o outro.
— Mais de 30 deles.
— A ordem é não os deixar chegar perto.
Os soldados pareciam na duvida se atiravam, ninguém sabia
se era influencia mental ou sono mesmo, quando o campo

433
eletromagnético passa pelos seres, e Mac sai pela porta se abrindo,
os vendo tontos, e olha para o militar a porta.
— Vamos prender estas anomalias.
— Eles são?
Mac bate na nuca do primeiro ser que desmaia, ele tira a
mascara, passa uma lamina na coluna vertebral e o rapaz na guarita
passa um radio para dentro, outros surgem, Mac passa pelos seres
atordoados, um golpe na nunca e eles desabam, mais um corte
rápido.
Mac olha para o soldados, passa por todos e verifica com a
lamina entre a cabeça e a medula se estava cortado, os seres
estavam desacordados, e não teriam mais controle mental, mas
teriam controle físico.
Os soldados os foram prendendo, os soldados chegavam da
outra base, armados, e Eon decolava o cargueiro.
O comandante olha os seres caídos, olha para o soldado, e
fala.
— Porque não tira este capacete?
— Coloca ele e tira que vai entender comandante.
O senhor olha sem entender, mas sente a mente leve com o
capacete, o tira e fica com pena dos seres ao chão.
— Mesmo quase mortos?
— Teremos de relatar senhor.
— E onde aquela nave vai? – O comandante apontando para
o cargueiro se afastando.

434
Eon estava no cargueiro
quando ouve um recado de sua
mãe.
— Filho, precisava falar, me
sinto um bicho hoje, acho que eu
me deixei levar por algo que é só
meu sentimento, eles querem
ainda derrubar todos para terem apenas os do comando mandando.
Mac olha para Eon e este liga a câmera e fala.
— Mãe, hora de reagir como Sil, a engenheira, e não como Sil
a apaixonada.
Sil olha a imagem, ao fundo estava Mac, ela sorri, o menino
foi resgatar o pai, e estava lhe chamando a atenção.
— Mas como?
— Transmite para todos o acontecimento, informa eles que
os da Vivencia tentaram os matar uma segunda vez, e isto não foi
passado pela conversa, então esta ordem, nos faz poder pedir a
condenação do comandante da Vivencia.
— Eles não vão decidir pela morte dele.
— Mãe, acha que eles colocariam isto em votação, eles
podem achar que não seriam condenados, mas a mínima chance de
perder, os faria nunca chamar esta conversa.
Sil olha no sentido de Mac e fala.
— Bem vindo de volta.
Mac não sorri, estava ainda meio estranho.
— Está bem pai?
— Acho que eles me doparam.
Eon vai a parte do fundo, aciona o controle de saúde e faz seu
pai deitar nele.
O sistema começa a analisar o corpo, o sangue, e pisca uma
linha de micro chips no sangue.
— Eles lhe marcaram pai, colocaram um sistema que
transmite para fora, uma forma de saber onde o senhor está, e tem
435
uma espécie de droga, não sei o que faz, mas parece ser um
relaxante muscular, mas pode ter outro efeito, o sistema vai nos
dizer o que é, para podermos pesquisar.
— Para que eles querem saber onde estou?
— Fica fácil proibir que fuja assim, eles neste momento,
sabem onde estamos através deste sistema.
— E o que faremos?
Mac querendo se levantar.
Eon aperta um comando ao painel e aquele sistema prende
seu pai a mesa, e fala olhando para Liz.
— Quando chegarmos ao mar, vamos ao fundo.
— O que vamos fazer Eon?
— Tentar alguém que converse, eles ainda não sofreram
nada, então estão achando que somos inofensivos.
O sistema começa a rastrear onde os sinalizadores
sanguíneos estavam, e retira o primeiro, o colocando em um liquido
ao lado.
— Tirou de mim? – Mac.
— Acalma pai, precisa manter a calma agora, o que
precisamos é confundir eles.
Aquele cargueiro imenso, flutuando no sentido do golfo do
México Atravessando o Arizona no sentido do Novo México, ainda
longe do Golfo do México, pois ainda nem haviam chego a Texas.
Liz olha para Eon levantando as proteções e fala.
— Não sei o nome destas coisas deles, que vem no nosso
sentido.
— Sei lá, vi algumas rápidas, parecem aves rígidas de metal. –
Eon olhando Liz.
— Eles vão nos atacar.
— Sabemos disto, mas vamos a Sudeste, devemos em menos
de hora estar sobre o Mar, dai começamos a afundar, mas dai serão
aqueles objetos marítimos deles.
— E vamos para onde filho?
— Quero estar por perto pai, temos 14 horas para o impacto,
e não dá para prever tudo, se não aguentar teremos de recalcular, e
ajudar a recolher as coisas.
— Obrigado filho, não deveria ter vindo.
436
— Eles não sabem o que somos pai, ou sabem e não tem
como esticar a mão e dizer, bem vindos, como o senhor diz, o
movimento vence a inercia, mas para isto, temos de os colocar em
movimento.
O sistema acha mais três sistemas de transmissão no sangue
e com incisões de laser as desativa, o sistema de satélites humanos
começava a perder o sinal de Mac, e já sentiam o impacto de dois
misseis, barrados na proteção.
— Pai, o grupo de Taief na região é bem organizado, viu
quantos tinham ali.
— Sim, odeio dizer que levei sorte, mesmo não querendo que
viesse filho, quando o vi ali, fiquei feliz.
— Eles nos matariam sem pensar, mas ai só mostram que são
como nós. – Liz.
Eon via que Liz não gostava de falar, ela ficara tensa, duas
crianças a desafiar os demais em vários lugares.
Os ataques batiam na proteção, estremeciam o cargueiro,
mas ainda avançavam sobre o Texas, no sentido do Golfo do
México.

437
Uma transmissão é
disparada ao espaço, da região do
Saara.
As subdivisões da Vivencia
começam a receber a transmissão
e a repetir no ar, onde tinham a
imagem de Sil.
“Amigos, estamos nos esforçando para continuar a manter a
proteção ativa para os receber, a testaremos em sua capacidade
máxima, tentando segurar os restos do complexo 9, se der certo,
poderemos mudar a tática interna de aproximação, e recebe-los
inteiros ao solo, não precisando os recolher a volta do globo.
Queria agradecer a Vivencia por mandar infiltrados no grupo
do setor 7 que chegaram ao planeta, nos mostrando os pontos
fracos do campo, quando o tentaram sabotar para que os demais se
esborrachassem no planeta, as vezes queria olhar nos olhos de
alguém que respeitei no comando da Vivencia e ver um Rei, mas
vejo um covarde.
Os demais grupos, assim que tivermos os cálculos, vamos
começar a instruir o recalculo, para os trazer estáveis e inteiros para
o solo do planeta, Vivencia, se querem descer, que usem os seus
especialistas, estou cheio de trabalhar sozinha e ainda no lugar de
receber ajuda, receber sabotadores.”
Sil desliga e olha aquela bola cada vez mais visível ao céu,
vindo no sentido deles.

438
O cargueiro começa a
flutuar sobre a região plana a leste
do Texas, começa a ver o mar a
frente, Mac olha a maquina
apontar 100% e fala.
— Vai me deixar preso aqui?
— Agora não pai.
Mac olha a tensão do filho, que parecia olhar vidrado a
frente, estica os dedos, com toda a dificuldade e destrava a
maquina, a levantando, olha para o filho erguendo a proteção, olha
em volta, aviões grandes, a frente vinha algo grande, ele não sabia o
que era, mas aquilo não parecia dos humanos, escuro, vinha no
sentido deles como se fosse os abalroar.
Mac senta-se na cadeira do fundo e olha para Liz.
— Prende o cinto.
A menina olhava assustada, prende o sinto e Eon no lugar de
reduzir, acelera, levantando a proteção.
Aquela nave ficava maior, a tensão estava imensa, olhando
para baixo, milhares de animais confinados, assustados.
— O que deve ser isto pai?
— Uma das naves que trouxe os Taief para o planeta.
— Eles vão bater, qual a reação de algo assim.
Mac olha para os dados, acessa o sistema de segurança da
nave, olha para os sistemas e oxigênio, olha para os sistemas de
emergência, olha que havia armas ali e pergunta.
— Onde conseguiu estas armas?
— Um general Líbio emprestou para lhe tirar dali.
Mac olha serio para Eon e ajeita o sistema e fala. Assumindo
um dos campos de defesa, que pega com a corda magnética a
bomba e a tira lentamente para fora.
— Quando eu falar sobe filho, tenta subir o mais rápido
possível.

439
As naves avançavam, pareciam em um choque inevitável,
quando o senhor fala.
— Sobe.
Eon empurra o controle e começa a subir, a inclinação estava
forte, e Mac com a corda magnética, deixa pendurada uma bomba
na ponta, os caças americanos sumiram do ar.
A nave estava subindo, quando as duas naves tocam suas
proteções, a nave dos Taief, toca a parte baixa da proteção do
cargueiro, eles estavam tentando desviar também quando olham
aquela bomba frontal, que explode, o sistema de proteção da nave
parece sumir.
Eon olhando a nave adversaria perder o brilho, inverte a
manobra e joga sobre ela toda a carga eletromagnética, o sistema
começa a tirar parafusos e os atrair, e a nave começa a se
desmanchar no ar. E cai em um campo de bois fugindo.
A nave Taief cai ao fundo, os caças ao longe parecem voltar a
se aproximar, a nave parecia desmanchar-se quando Mac fala.
— Inverte a polaridade filho.
— Mas...
— Vamos arrastar isto e estudar esta nave, algo está errado
neste planeta.
Eon olha para o sistema magnético e seu pai laçar e abraça a
nave, totalmente, e continuam a ir no sentido do Golfo do México,
os caças olham assustados pois aquela nave não os atacou mas
desmanchou a nave que iria contra eles, e um piloto passa para
base a pergunta.
— Falcon 22 para base, me confirma o que era aquela nave
negra?
— Não sabemos, pensamos que era mais uma nave deles.
— Eles basicamente quase a desintegraram, existe gente
dentro da nave presa por uma espécie de corda azulada que parece
ser de energia.
— Sentido da nave?
— Deve estar sobre vocês em minutos, saindo do continente
agora senhores.
Mac vê Eon ligar a proteção e olhar para o pai.
— O que faremos com aqueles ali?
440
— Porque filho?
— No ar somos um alvos maior que abaixo da agua.
— Mergulha então, mas tem um navio grande deles ali na
frente.
Eon sorriu e começa a mergulhar, o porta-aviões com seus
lança misseis preparados, repara que teriam de ser o torpedos, mas
a manobra fez o cargueiro passar poucos metros abaixo do porta
aviões, o levantando quando chegou a metade do cargueiro, e
todos seguram-se sentido o porta aviões deitar, a proteção para as
hélices e os motores estouram internamente, vazamentos e
correria, aviões que iriam partir caem ao mar, com os pilotos
acionando os ejetores, para se livrarem do avião antes deles
afundarem.
Outros dois navios são jogados de lado, e o cargueiro afunda
no Golfo do México.
Amanhecia no Golfo do México enquanto o cargueiro descia
as aguas escuras e profundas do Golfo.
Eon põem no automático e vira-se para o pai.
— Porque fugiu pai?
— Acho que não queria ver sua mãe com aquele Bris.
— Sabe que as vezes vocês me assustam com esta ideia
suicida de vocês.
Mac olha para o chão e Liz sorri.
— Senhor, tem de entender uma coisa, a primeira coisa que
Eon me falou quando os pegaram a primeira vez no deserto, eu e
ele não vamos conseguir fazer isto sozinho.
Mac sorriu, os dois estavam lhe dando bronca.

441
Bris faz sinal para os dois
rapazes trancarem a porta e
começa uma transmissão, não
havia visto a transmissão de Sil.
“Bris para Vivencia, abrindo
conversa protegida.”
Bris olha a resposta.
“O que aconteceu com o plano Bris, porque Sil está
declarando a todos os demais que a vivencia é inimiga.”
“Mac se entregou aos povos locais, mas o pequeno Eon, filho
de Sil e Mac, parece ter assumido um papel de liderança dos povos
locais, não sei como está a proteção senhor, pois mesmo eles
consertando, eles perderam potencia, vamos tentar executar
novamente o plano, mas agora mais próximo do pouso.”
“Disse que você convenceria Sil a nos ajudar, o que
aconteceu?”
“Acho que subestimei a inteligência dela senhor.”
“Bris, tem de se esforçar mais para não ser condenado aos
campos.”
“O senhor não tem noção do que são campos de cultivo neste
planeta, então vou relevar a ameaça senhor.”
Fres olha para Guel, não entendera, mas fala.
“Nos mantenha informado Bris, e faça algo.”
Bris desliga e olha para a porta.
— O que os demais estão fazendo?
— Preparando os campos senhor, se programando para
exercícios constantes, para conseguir reagir ao lugar.
— E entregaram as vacinas?
— Não, sinal que quem comandaria isto era o menino senhor,
nunca vi aquele menino, mas vi que os locais quase o idolatravam,
também imagino gente com estes animais, vendo um cargueiro ao
campo.

442
— Aquele é o filho de Mac, o líder dos Agricultores, o que
dizem que era líder da Sobrevivência.
— Ele criou um líder pelo jeito.
— Este é outro que temos de dar um jeito de isolar rapazes.

443
Sil olha os dados de Hons 1,
e olha a conversa de Bris, olha
para as câmeras ocultas e pensa
em quanto Mac saberia, porque
ele saiu, achava que ele fugiu dela,
entendeu ele, ela falava que
poderiam se resolver, e estava
ainda ligada a essência da Vivencia
Olha para a imagem das câmeras do cargueiro e olha para
aquela sequencia de arvores a baixo, viu quando o cargueiro que
Mac e o filho ficam rente a um rio, olhando a margem, imensas
árvores, aquilo sim era um vegetal grande, mas viu que o cargueiro
era visto, mas o lugar parecia também pouco habitado, ele estava
seguindo o rumo do Rio, e viu que começa a subir uma cordilheira, e
quando bem no alto, Mac para o cargueiro, no céu existia aviões
que não sabia se atacariam ou não, olham aquele lago ao fundo e
Eon pergunta.
— Onde estamos pai?
— Uma nação do outro lado daquele oceano, o que vê é o
lago mais alto deste planeta, navegável.
— E estamos aqui por quê?
— Filho, o que vamos fazer, é gerar um local onde possamos
habitar, este lugar pode ser aqui, naquela nação que saímos, ou no
meio de um imenso oceano, mas temos de saber, o que queremos,
eu não perguntei para ninguém o que queriam, acho que o chegar
aqui, o fazer o lugar para os demais chegarem, parece encerrar
minha função, eu tinha no que me agarrar, mas agora o que tenho,
acho que mesmo eu as vezes me sinto perdido, mas aqui, estarei
perdido em um mundo, lá no espaço, toda vez que me sentia
perdido, acabava cuidando das plantas, pois ninguém me ouviria
mesmo.
— Estamos aqui pai, sei que fez o melhor, mas porque aqui?

444
— Vamos instalar aqui uma base e esperar filho, se os Taief
estão neste planeta e tem um sistema de transporte oculto, esta
nave ai presa, vai nos dar respostas.
Mac levanta a proteção eletromagnética, pousando ao sul do
Lago Titicaca, olha para as construções simples ao fundo, sai da
nave com o capacete, olha os seres tentando se desprender, eles
haviam recebido muito tempo de choque, da corda eletromagnética
que segurou a nave e a trouxe junto, entram nos restos daquela
nave, que estava destroçada, pela corda magnética, chega perto e
amarra os seres, olha para o filho e Liz com seus capacetes e fala.
— Cuidado com eles é sempre o mais indicado.
— Não os vai dissecar como os primeiros? – Liz.
— Vamos ver se eles tem algo que nos dê motivo de os
poupar Liz, algo que nos interesse.
Os seres queimados começam a mudar suas feições, as
recuperando, e um olha para Mac.
— Quem é você que nos desafia?
— Não fui eu que surgiu a sua frente senhor, eu apenas
estava preso em algum lugar e vocês me cercaram, não inverte.
O ser pareceu pensar.
— Mas nos arrastou até aqui.
— O que queriam batendo em nossa nave frontalmente?
— Destruir o líder de vocês, sei que é quem os comanda.
Liz sorriu e Eon olha o pai.
— Isto que viemos tentar ajudar pai?
Mac olha o filho, não entendera, o menino estava jogando.
— Eles nem sabem quem somos, e nos atacam, tem certeza
que são os que deveríamos ajudar pai?
— Devemos ter entendido errado a missão filho, pois nos
alertaram que eles seriam caçados neste planeta, para não fazerem
a burrada que fizeram em Hons, onde nós e eles acabamos brigando
e abrindo espaço para outros, que nos queriam extintos, mas pelo
jeito eles ainda estão na briga de Hons, e nem entenderam que os
dois foram usados.
O ser olha para Mac.
— O que quer dizer com isto?

445
— Não somos suicidas, vocês não são suicidas, alguém nos
coordena, alguém coloca ordens e sistemas, que nos mandam a
pontos para continuarmos uma caça, que nos levará a extinção, mas
rapaz, quem ganha com isto, pois os Hons não ganharam nada,
perderam um planeta, vocês, perderam muitos que estavam lá, mas
a pergunta, vão pensar ou continuar neste caminho suicida.
— Mas vocês transmitiram avisando para tomarem cuidado
que estávamos aqui.
— Sim, acha mesmo que estamos sós no espaço rapaz?
— Desconfia de algo?
— Eu sou um cultivador de campos senhor, sabe o que é isto?
— Um servo?
— Sim, mas a pergunta, vamos ter um acordo de paz, ou
vamos nesta briga que nenhuma das espécimes ganha, pois lá
vamos nós para mais 10 mil anos de historia, que pode acabar bem
como em Hons.
— Não que a destruição deste mundo, entendo sua ideia, mas
porque tenho de ouvir um servo.
— Digamos que tenho um defeito rapaz, eu não sou um servo
obediente a meu rei, na verdade ele nem se denomina um rei ainda,
mas podemos ter paz, ou vamos continuar nesta ideia infantil de
nos matar?
— Não tem como garantir que seus lideres nos respeitem.
— Não, mas estou mostrando um caminho, o outro, vai ser a
destruição deste mundo, e quando nem eu nem você estiverem
aqui, os dois povos prestes a partir de novo, pode ser que seja tarde
para conversar.
— Vocês mataram dos meus.
— E desde quando os Hons, não matam tudo a volta, até os
seus, somos imperfeitos rapaz, mas a pergunta não é se eu quero,
se um candidato a rei quer, a pergunta é se querem ter o direito de
ser uma espécie, ter seu espaço, e seus direitos, não estou
perguntando a um candidato ao rei, a pergunta é de um Hons para
um Taief.
O rapaz ao lado, que se recuperava tira a mascara e olha para
Mac e fala.
— Mas onde está nossa mensageira que foi ao deserto?
446
— Mary? – Mac.
— Sim, Mary.
— Morta, pois se aliaram a exércitos para nos matar, como
digo rapaz, não sou inocente, se me atacar com ordem de me
matar, não espere que não defenda minha vida. – Eon olhando o
rapaz, não foi o mais velho que falou, o olhar assustado do rapaz
deu o clima.
— Mas...
— A incinerei, não tinha saída rapaz, eu e minha companheira
estávamos lá, duas crianças sim, e a ordem era nos matar, sabe
disto, então não foi por não querer conversar, mas não tivemos
chance disto. – Eon, Liz segurou a mão dele, ele a chamou de
companheira, ela sorria por dentro desta ideia.
— Ela era minha mãe menino, como posso olhar para alguém
que a matou como aliado.
— Não falamos em aliados, falamos em respeito, está
confundindo as coisas rapaz, pode escolher viver, ser algo,
conversar, ter direito a ser você, ser uma espécie ou continuar nesta
guerra. — Mac.
— E vão nos deixar ir embora?
— Estamos conversando, mas sempre digo que perco tempo
conversando depois me traem, como os que me entregaram a
aquele pessoal, mas é o risco de querer algo complexo.
Mac olha para o filho e fala.
— Vamos, não temos mais o que fazer aqui.
Eon olha para o pai, saem dali, os rapazes que estavam ao ar
iriam ali os soltar, o grupo entram na nave e decola.
Ao ar existiam caças, existia outras duas naves negras, e
viram a mesma ir no sentido Oeste, ele iria ao Pacifico, não ao
Atlântico.
O exercito olhava aquelas naves chegarem perto, um grupo
desce e o olhar dos dois presos, mas conscientes, as vezes tinham
de recolher e dar tempo de recuperação, mas ali estava dois apenas
amarrados.

447
Sil olha para o céu, a nave
estava começando a entrar na
atmosfera, ela olhava para cima
aquela bola chegar direto, e ativa
a resistência total, em toda a Asia
e África, os aviões estavam no
chão, não sabiam onde cairia
exatamente, se viria direto, os pequenos pedaços que entram
primeiro, apenas queimam na atmosfera, os objetos aceleravam,
quando ao chão sente-se aquele som seco de uma batida, toda a
região sente a onda de choque, tendas ao fundo foram jogadas ao
chão, casas de pouca resistência em todo norte da África sentem
aquela batida seca sobre suas casas, alguns telhados sedem, alguns
carros amassam, as pessoas se escondem.
Sil olha para os restos do setor 9 vir lentamente, o comanda
pelo controle e o deita ao deserto, ao lado da pista, olha em volta,
olha o susto aos olhos, eles não viam mais a nave, mas todos
sentiram a força daquilo, e quando a nave toca o chão, Eon olha o
sistema e fala.
— Temos problemas em todo norte daquele continente pai.
— Onda de impacto?
— Sim, o conter da queda, gera a onda, mas ainda acho que
são problemas administráveis, comparado a um buraco que nem
sabemos o tamanho que teria, pois teríamos de ter um estudo de
solo aprofundado para isto.
Sil abre a comunicação com as naves e fala.
“Amigos da divisão 6, 7 e 8, temos os cálculos, podemos os
trazer inteiros para baixo. Recomendo a partir de agora fecharem as
entradas, e nos vemos aqui, estamos assumindo o controle e vamos
os trazer para baixo.”

448
Um Taief de nome Paul
entra e olha para Milk e pergunta.
— O que aconteceu aqui
Milk?
— Pede uma reunião, não
sei, mas algo muito errado está
neste historia, só me desamarra e
vamos tirar estes restos de nave e os esconder.
— Sabe que com a morte de Phill estão esperando sua mãe
entrar em contato para saber o que fazer.
— Reúne o pessoal no Arizona, vamos eleger nova direção
Paul.
— Não entendi?
— Mary atacou as duas crianças que estavam aqui, e eles a
incineraram.
— Mas então porque não os mataram?
— Isto que quero entender, quem estava aqui, era Mac, o
filho e a companheira do filho, mas ele não é um comandante Paul,
ele é um cultivador.
— Um servo?
— Ele se denominou de um servo que não é obediente ao rei,
não entendi, mas o que ele falou, quero dividir com os demais.
— Como? – Paul.
“Eles tem como ler minhas memorias Paul!”
Os dois no comando saem, entram na nave ao lado e duas
delas parecem grudar na lataria, e a erguer.

449
Uma reunião em Nevada,
olha aqueles seres tentando se
recuperar, e um general chega ao
local.
— O que é isto?
— Estes são os Taief, que os
seres que parecem ter conseguido
segurar o objeto que vinha do espaço e o descer calmamente,
dizem ser seus inimigos.
— Eles estão se batendo, o que fizeram com eles?
— Não fomos nós senhor, foi aquele senhor que prendemos
na base em Indian Springs, toda a base está morta senhor.
— Este o senhor os matou?
— Não, os seres invadiram lá, não o acharam, não sei como
ele se escondeu, mas na saída jogou este capacete para o tradutor e
disse que isto protege a mente da interferência dos seres.
O senhor olhava com pena dos seres, e olha para o general.
— Porque estão nos colocando no meio da briga?
— Descobrimos uma base estranha, a quilômetros daqui, não
conseguimos chegar perto, mas 8 naves estranhas decolaram do
lugar, nada comparado as dos seres que caíram no Saara, mas
grandes mesmo assim.
— Grande quanto?
O senhor coloca a imagem que tiraram da aproximação das
naves em Indian Springs e o senhor fala.

450
— A imagem é falha pois é uma foto noturna recuperada
senhor, mas ao fundo é a base de Indian Springs elas estão sobre a
base, não sabemos a altura, mas imensas.
O senhor olha a foto do satélite e fala.
— E onde elas foram?
— Deixaram o pessoal deles ali, e foram a uma ameaça que
vinha do oceano, sobre o sul do Texas uma destas encarou de frente
uma das naves destes que invadiram o Saara, ela foi despedaçada, e
os restos duas delas recuperaram sobre o sul do lago Titicaca lá na
Bolívia.
— Eles tem naves sobre nosso pais, por caso estes seres nos
estão colocando em guerra com os rapazes do Saara?
— Parece.
— E onde está aquele especialista do pentágono, Wiliam se
não me engano?
— Morto em Indian Springs senhor.
— Porque sinto pena destes seres, mesmo eles tendo matado
os nossos.
O senhor o estica o capacete e ele olha com raiva os seres,
olha o soldado ao fundo e fala.
— O que mata estes seres?
— Não sabemos senhor, tiro na cabeça não os mata, mas eles
interferem em nossa mente, mesmo assim ao chão, parecendo
quase mortos senhor.
— O que indica?
— Vamos congelar um e incinerar os demais.
— Faça.
Os seres foram sendo tirados dali e um cientista aos fundos
fala.
— É bom ter os próprios pensamentos livres senhor.
O general concordou, saindo do local, iria a Washington
narrar aquilo.

451
A nave que Eon comandava,
afunda ao Pacífico, Mac olha o
filho olha-lo e fala.
— Pai, algo me passou a
mente, e preciso trocar uma
ideia?
— Fala.
— Qual foi a reação dos ditos especialistas da vivencia,
quando eles estavam em crise?
— Nenhuma, mas o que quer dizer?
— Quem nos comanda desde que saímos de Hons?
— Uma programação que nos levaria para um novo mundo.
— Não pai.
— Como não?
— Caminhamos no espaço, sem destino, não temos um local
a chegar, o que não me parece logico, pois não miramos em um
lugar, estamos indo ao espaço, para morrer, não para chegar a um
lugar.
— E o que pensou?
— Já os Taief são disparados em direção a mundos que tem
Hons, eles se denominam Humanos, mas o que fiz ali atrás, foi lhe
induzir pai, pois tudo que fomos programados a fazer na Vivencia,
foi aceitarmos que matar e morrer, no caminho são coisas
justificáveis, mas não estamos mais no caminho e continuamos
agindo como fomos programados, e desculpa, eu não vivi o que está
no sistema de informação, não me parece logico.
— O que quer dizer?
— Pai, mesmo estes seres, quando chegou a um grande risco
nuclear, os dois lados recuaram, pois os dois sabiam que se o
fizessem, estariam mortos, autopreservação sempre em crises
estremas impera mais que ódio, mas na historia que temos de nossa
origem, isto não aconteceu, é como se um cientista tivesse
explodido a bomba sabendo que morreria, para matar o outro.
452
— Certo, e o que quer dizer?
— Quero ter mais informação sobre o que aconteceu pai,
antes de condenar um povo a morte, outra coisa que não me parece
real, é que muitas Vivencias se lançara ao espaço, todos os sistemas
dizem que somos a Vivencia de numero 6, mas em nenhum dos
pedaços, símbolos, tem o 6, temos nos relatos, apenas neles.
— Acha que somos um joguete?
— Porque nos era proibido de entrar bem onde acharíamos
vida em todos os sistemas pai, eles não nos querem em uma terra
viva, pois sabemos que é nos planetas próximos que temos sol em
força suficiente para manter agua em forma liquida, é esta agua que
é parte de nossa composição orgânica, 80% de nossos corpos, mas a
ordem da Vivência era nem olhar para cá.
— Não terminou o pensamento.
— Pai, não sei tudo, mas tem de ter alguém a mais nisto, algo
nos lançou, algo fez o sistema, algo trás os Taief bem para onde tem
Hons, sabendo que isto vai gerar a destruição de um dos dois, como
os Taief não saberiam onde estão?
— Do que está falando?
— A comunicação deles, a afirmativa mais repetida no grupo
deles, é que estavam em Gaia, como se antes de nós falarmos eles
não sabiam, como eles vieram de Hons, para cá, e não sabiam que
estavam em Gaia?
— Nós não sabíamos.
— Sim, nós temos os contos, mas pai, temos todas as
informações do sistema solar, e só não temos a afirmativa, é Terra
com Vida, Gaia, como?
— Realmente não faz sinal, termos todos os dados e
passarmos ao longe, acha que existem grupos de Taief infiltrados?
— Não pai, é outra coisa.
— Desconfia de algo?
— Sim, vamos apenas ver se sobrou algo da primeira queda, e
depois vamos voltar ao Deserto.
A nave se aproxima dos restos afundados, os mergulhadores
se assustam com o aproximar daquela nave, acendendo luzes ao
fundo.

453
Sil ouvia a discussão ao
longe e acessa o sistema de
informação que viera para baixo,
e sai dali, olha para as pessoas
remontando as barracas, pega um
veiculo e vai a região do pouso do
grande complexo do setor 9.
Ao longe alguns militares olhavam, parecia muito quente
ainda, Sil chega e olha para os estragos, a frente toda derretida, a
parte do fundo com bolhas, como se o liquido interno do interior
das células frontais fossem para trás e fizessem grandes bolhas, que
depois explodiam deixando pontas afiadas para todos os lados.
O general Abdelmáleque chega ao lado de Sil e pergunta.
— Isto que vinha de encontro a nós e amassou até tetos de
carros?
— O impacto disto na terra seria terrível general, mas temos
de isolar e esperar esfriar, amanha cedo deve estar mais fácil de
olhar.
— O que quer olhar?
— Pensei em uma coisa, mas pode ser demência.
— Demência?
— Estou precisando pensar, mas acho que as vezes as
pessoas colocam duvidas que não conseguimos responder, e
ficamos tentando olhar para o lado.
Sil viu que teria de ter calma, não conseguiria nem olhar
dentro ainda, e talvez não tenha sobrado nada, e se a ideia de não
trazer os demais inteiros não estivesse no matar, e sim, no não os
deixar olha algo que estava em todas as subdivisões.
Sobe no veiculo e se manda para Hons 2, entra e olha os
cargueiros carregados, sorri, Mac era de uma eficiente que lhe
deixava insegura, ele admitira tudo que ela nunca conseguira, mas a
desconfiança de seu filho lhe leva a sua criação, as grandes salas,
onde na infância se educava todos quase juntos.
454
Lembra das seleções, dos escolhidos em uma ponta depois de
7 Park, o separar dos cultivadores e da elite, ela sempre olhava
como se a elite ao seu lado, fosse especiais como ela, mas fica
tentando achar eles em cargos, e não os acha, tenta lembrar o que
eles realmente faziam? Não existia cargo real, apenas cargos que
denominavam de inteligência e futuro, os que determinavam o
futuro, o caminho, mas tentava encontrar eles em suas memorias,
somente ali, será que um dia eles estiveram ali, ela sacode a cabeça
e olha em volta, os candidatos a reis, não estavam entre os
especiais, quem eles eram? O que eram? Será que isto era uma
recordação, ou algo imposto, pois não estava ali.
Quantas duvidas, sua mente tenta achar alguém que faltava,
não faltava, quem eram aqueles que estiveram com eles apenas
antes dos 7 Parks, será que era apenas um erro de lembrança?
Senta-se ao sistema, tenta acesso a Vivencia, os sistemas
programados, sempre tinham crianças em quase todas as idades,
mas se ateu aos com menos de 7 Parks, olha os números, por um
segundo ficou pensando no que estava errado, e fosse o que fosse,
não teria como segurar, olha os números, e olha para fora, eles não
estariam na divisão 9?
Sil passa para Mac um recado para conversarem, e olha para
alguns dados, não entendia aquilo, mas sim, existia uma subespécie,
uma espécie, e um hibrido, o que era aquilo?
Os pensamentos de Sil, parecem se ativar, ela entra na parte
interior, liga todas as proteções da cidade Hons 2, entra na
programação do sistema de recuperação corpórea do equipamento
medico e sorri.
Deita no sistema e começa uma analise, fica ali, deitada,
sentido o que estava mudando em seu corpo, sabia que demoraria,
mas teria de o fazer.

455
Os mergulhadores
assustados olham a nave, medo,
pois viram amigos mortos por
aquelas naves.
Eon começa a fazer flutuar
a nave, os navios a volta se
assustam, abre a comporta
superior e sai, fazendo sinal para Liz vir junto.
Mac vê o filho ir a parte alta, e olhar para os navios, ele olha
em volta e fala num inglês puxado.
— Quem está no comando?
Os navios a volta olham aquele menino, todos pensando em
um guerreiro e se deparam com duas crianças.
Um almirante ao fundo olha para eles e pega um megafone,
indo de encontro da beirada do navio.
— O que querem crianças?
— Paz, é o que queremos, mas podemos precisar de ajuda,
mas não quer dizer que gostemos disto, mas se esta paz, nos
permitira viver, quem sabe aderimos a ela.
— E porque não gostariam de ter paz?
— Senhor, pelo que entendi, podemos ter sido usados para
chegar a este planeta, meus sentimentos estão contraditórios, mas
sei o que aparenta, não o que é verdade.
— Fala difícil menino.
— Tentamos nos comunicar senhor, mas quem falava
exatamente nossa língua, está fora deste planeta a mais de 70 mil
ciclos solares seus.
— Certo, mas o que quer dizer.
— Que entendemos tudo errado, e precisamos falar com
alguém disposto a batalhar, mas uma batalha que vai ser difícil
vencer, se unirmos todos que podem batalhar, com todos será
difícil.
— Por quê?
456
— Porque não deveria estar aqui senhor, e estou, não deveria
ter chego a lugar nenhum, e cheguei.
— E porque não gostaria de chegar a nenhum lugar?
— Índice de Oxidação, mas vamos estar a frente de uma
cidade grande de vocês ao norte daqui, neste oceano, em dois dias,
se quiserem conversar, conversamos, se não, vamos a guerra
sozinhos.
O almirante olha para o menino, não parecia algo serio, mas
eles estavam diante de uma nave que não tinham, e ouve o menino
falar.
— Flutuem.
As naves ainda inteiras, afundadas naquele trecho, 6 delas
ainda estavam ali, começam a fechar as comportas e enquanto o
menino voltava para dentro, e a nave se afastava, as 6 naves
erguem os navios, flutuando na região.

457
Ao Sul do Arizona, em meio
ao Deserto de Sonoran um grupo
de carros com tração nas 4 rodas
se reúnem em um acampamento,
a temperatura altíssima do local,
parecia não perturbar os
presentes, eles se dão as mãos e
Milk sem falar nada, olha para os irmãos, seu rosto por baixo da
mascara ainda se recuperava.
Todos se dão as mãos e as memorias de Milk são
compartilhadas, e um rapaz mais ao fundo pergunta.
— Não temos mais lideres, como nos vingaremos deles.
Milk olha o rapaz e fala.
— Pelo pouco que entendi, o menino é um ser que passou a
desapercebido dos Draus, e pelo jeito, a influencia dele sobre o pai,
os trouxe para o planeta antes de qualquer um, mas pela primeira
vez, senti uma mente livre dos Draus, mas se os Draus estiverem
nas naves, temos de pensar como deixaremos este planeta e para
onde vamos, sabemos que eles são sistemas de colheita de
conhecimento, mas que não a usam para nada além de conversas
entre eles intermináveis, parece para eles mais importante a
discussão que a vida, e não quero ser escrevo de ninguém. – Milk.
Um senhor ao fundo olha para Milk e fala.
— Sabe que não deixaremos barato a morte de sua mãe.
— Sei disto, mas não me preocupo com mortos senhor Haus,
estou preocupado com os vivos, somos poucos, não chegamos a um
milhão de seres, mas que os Draus identificam muito mais
facilmente que os Hons, mas se vocês vão se preocupar apenas em
vingança, talvez eu me afaste do grupo.
— Não entende que temos de mostrar que somos mais Milk.
— Somos? Um menino de sei lá, parece ter uns 14 anos,
matou minha mãe, ele nem sabia pelo jeito quem ela era, pois vocês
não a deram apoio lá, estava em meio aos Americanos, agora vocês
458
que se esconderam querem vingança para começar uma briga
novamente, é isto?
— Porque não. – O rapaz que interviu primeiro.
— Primeiro quero saber quem nos mandou para cá Peter,
pois não faz sentido nos mandarem a Gaia e não saberem que era
gaia, 12 casais lançados a Gaia, como não sabiam?
— Informações se perdem. – Haus.
— Para nós sim, para os Draus nunca, então a pergunta, nós e
uma Vivencia, que para mim era conto para dormir em um universo
imenso, vem parar na terra inicial dos Hons por acaso?
— Acha que fomos mandados?
— Acho que algo não foi contado, e novamente vem sobre
nós escravos que não sabem que são escravos, os Hons, para
escravizar mais gente.
— E pretende fazer oque Milk? – Uma moça.
— Talvez o que vocês não fariam, mas como querem guerra,
querem vingança contra uma criança que apenas se defendeu, boa
sorte, aquele menino passou desapercebido, mas obvio, se os Draus
estão lá em cima, eles estão se perguntando sobre o menino, e ele
será o alvo.
— E vai fazer oque?
— Decidam quem vai ser o próximo líder, pois eu sou contra
vinganças, não sirvo para este cargo, então, estou me afastando
neste instante, e boa sorte a todos.
— Não pode trair o grupo? – Peter.
Milk olha para Peter e se estava com a voz calma até aquele
momento, levanta a voz, e as interferências mentais e fala.
— Eu perdi meus pais Peter, e não vi ninguém aqui os
defender, não vi nem o sistema de defesa de vocês funcionarem,
fala alto como um covarde, quer mais mortes e vai se esconder e
sobreviver, quer vingança, vai a frente, não se esconde na barra da
capa de seu pai, e como disse, eu tenho direito a vingança e estou
pensando, vocês não querem vingança, querem é sangue,
assumam, não me venham com hipocrisia.
Milk levanta-se e sai.

459
Sil sai da maquina, para nos
resultados e olha para os rapazes
de Bris tentando ter acesso ao
local, vinham sobre um veiculo
improvisado, olha para eles
levarem choque na porta, e
colocarem o sistema de carga, ela
tira o sistema da alimentação, desencosta da parede e olha para o
senhor entrar no sistema interno.
Bris olha para o local, parecia vazio, ele tinha entrado na
entrada leste, a que todo caminho indicava, estava a entrar quando
o rapaz ao lado fala.
— Tem alguém no comando senhor.
— Mas não era para estar vazio?
— Tem alguém não sei ainda quem. – Fala o rapaz colocando
a mão na cabeça, como se sentisse alguém.
Sil ouvia aquilo pela janela, encoberta por uma coluna, pega o
capacete, sente as pernas fracas, senta-se, lembra que isto estava
no sistema da nave, e sorri.
Ela tenta se mexer, sente as pernas não obedecerem, olha
para os comandos, com dificuldades, como se lutasse contra os
próprios músculos, chega ao interruptor, e coloca na tomada,
aperta com dificuldades o ligar e a proteção volta a toda volta, sente
sua mente normal, e ouve, pelo sistema.
— É a engenheira Sil senhor.
Sil olha o comando ao canto, olha para a mão, bate no
sistema e ele começa a desligar, lembra que sobre eles tinha outro
sistema, sua mente foi porque eles tentaram se desfazer daquilo, e
porque eles queriam este ligado, obvio que ela não entendera tudo,
mas com a dificuldade que parecia não entender porque seu corpo
não obedecia, se arrasta até uma porta ao canto, e entra na saída
de ar, se arrasta, os braços funcionavam, então escolheu um
caminho para seus braços, a força ali era maior que na nave, mas
460
começa a subir uma escada puxando seu corpo, olha para uma
entrada a mais e sente a mente pesada novamente, sorri.
Bris chega a peça e olha em volta, e fala.
— Não disse que ela estava aqui?
O rapaz olha em volta, ele jurava que sim, olha o sistema,
sente em volta e sente que Sil estava acima daquele lugar, e fala.
— Talvez ela esteja na peça acima.
— Certo, mas o que é este sistema?
— Sei lá senhor, não entendo de sistemas de comando. –
Coloca a mão a cabeça como se tentando sentir algo, mas não
conseguia e olha em volta, algo estava errado.
O rapaz olha o capacete de interferência ao lado do comando
e fala.
— Ela esperava que fosse um Taief.
— Como disse Ceon, ela não sabe de nada, eles acham que
entendem a superioridade nossa, mas não tem ideia de como
somos melhores. – Bris.
— Quer dizer nós somos, você é um hibrido Bris, quase gera
um ser que não sabemos o que seria, pois se a filha de Sil era sua,
era algo que não deveria existir, sabe disto.
— Sempre me disseram que esta relação não gerava
ninguém.
— Esta relação nunca chegou a ser testada, as regras nossas
as proíbem, então não ser permitido não quer dizer, não gera seres.
Os três sobem e se deparam com a peça vazia.
O sistema de emergência começa a ser acionado e os três se
olham, as portas começam a se fechar e o sistema de oxigênio
começa a ser sugado e colocado para fora, Sil se arrasta e pega um
tubo de oxigênio no canto superior daquele corredor, respira com
calma, estranha quando de um momento para outro, sente os
músculos voltarem todos, como se algo os soltassem.
Sil pega o tubo, prende as costas, caminha até a área dos
uniformes, não havia passado perto daquilo naquele lugar.
O olhar perdido dela vendo os 3 corpos ao chão, entre eles
Bris, só foi cortado pelo ruído do lado de fora, ela com seu uniforme
liga o sistema de proteção, e olha para fora, olha as câmeras e vê

461
uma soma de naves negras no ar, sorri, os Taief estavam esperando
aquilo, e bem nesta hora resolvem atacar.
Sil com calma, vendo a proteção afastar as naves dos Taief,
pega uma maca rola um dos seres para ela, a liga, esta flutua, coloca
na área de proteção, sente sua mente sendo invadida, uma vontade
imensa de não o fazer, o inverte e faz uma incisão na coluna e sente
sua mente voltar ao normal.
Liga o aparelho e pede identificação.
O sistema foi categórico em piscar que ela não tinha
autorização para esta operação.
Então ela apenas clicou no morto, era um sistema que
despedaçava os restos e num sistema de secagem para reciclar a
agua, e depois triturava para virar adubo, se não poderia mexer,
pois a maquina não lhe dava autorização, que o destruísse.
A maquina parece também não obedecer a ordem, e
estabelece uma ordem de perguntas, Sil estranha pois nunca vira
aquilo, mas somente quando ela colocou que sem cura, indicava a
morte o sistema destrava e lhe dá informações.
Espécime: Subdivisão serviçal dos Draus. Idade: 12 mil Parks,
como o reanimar, sistema de guelras pulmonares, teria de as
reanimar, sistema de controle mental, muito baixo, quase sumindo,
recomendava ligar ao aparelho para não perderem a informação. Sil
desliga a maquina e olha para Bris, enquanto colocava os dois seres
na parte de congelamento de comida, ali não tinha controle, e em
vácuo total, congela os seres, pega a maca e coloca Bris, o coloca na
maca e o ergue.
A maquina analisa o ser e estabelece.
Morto, corpo perfeito, pulmões parados e cérebro em fim de
atitude cerebral, espécime semi-draus, estranha, a maquina não
falou que era um Hons, como sempre os identificava, lembra que
quando colocou seu filho no sistema para analise do pulmão, a
maquina não deu posição, pensou que não estava funcionando, e
nem induziu Liz ao aparelho.
Eram tantas duvidas que Sil ficou ali olhando o ser morto a
maca, olhava para ele, o tempo passa, ela não sentiu, se assusta
quando sente alguém lhe tocar o ombro.
O olhar assustado vê Mac olhando ela.
462
— Me assustou.
— O que aconteceu, o que a fez pensar e se perder Sil.
Sil o abraça, ela parecia frágil. Olha-o, as vezes a frieza de Mac
a assustava, mas ela parecia perdida, Mac põem a mão no pescoço
e olha para os dados e pergunta.
— O que é um Draus?
Sil parece voltar aos seus pensamentos e caminha até o
sistema de congelamento e o ser veio de dentro.
— Você que entende disto, o que é este ser?
— A maquina não falou?
— Ela não nos dá autorização de pesquisa referente a este
ser.
Eon entra com Liz, estavam sorrindo quando veem Bris
morto, e puxarem mais aquele corpo e colocar na mesa.
— O que seria este ser ao seu entender Sil?
— Os seres que comandam a vivencia, os seres que se dizem
os especiais, mas nunca os vemos, nunca estão em funções de
trabalho, apenas nos corredores de luxo.
— Então vamos ver o que estes seres são, chega ai filho,
talvez isto responda parte de suas duvidas.
Eon olha o ser, olha que tinha uma sensação estanha, pegou
o capacete e teve uma pior.
Sil pega o capacete e sente como se devesse o queimar, o
transformar em nada, não fazer o que iriam fazer.
Tira o capacete e fala.
— Para eles, o capacete parece mais vivo.
— Eles provavelmente usam isto para dois efeitos, ou
usaram, mas vamos ver o que são.
A aparência de humano, era uma transmutação de genes,
Mac joga o DNA dele no sistema e olha para os dados e fala.
— Estes seres não identificam cheiros Sil, eles são de origem
marítima que foi ao continente, eles são um hibrido, pois eles tem a
forma humana, tem o genoma nosso na parte estrutural, mas
respiração dupla, respirariam por – Ele afasta as orelhas, mostrando
um sistema de guelras – este sistema que parece filtras oxigênio no
liquido, e o pulmonar, um sistema bem mais complexo que o dos
Hons, eles foram produzidos, isto que não entendo.
463
— Como produzidos? – Eon.
— Lembra do sistema cerebral dos Taief, eles tem na parte
corporal a nossa aparência, o sistema de controle mental evoluído
dos Taief, e este sistema que deve ser dos seres de origem, pois são
de humanos ou Teiefs, mas podem ser de outra espécie, o próprio
sistema médico estabelece como serviçal, mas assusta a idade
celular deles, estes seres vieram de Hons, temos de desenvolver
uma forma de identificar os seres em meio aos demais.
— Porque pai?
— Lembro de que quando fomos a nave da Vivencia, vimos
uma pratica que alguns dizem ser normal, famílias inteiras deixarem
de existir para que outras surjam, sempre pensei que era para
ascensão ou declínio de alguma família, mas pode ser outra coisa.
— Acha que eles teríamos como nos substituir aos poucos?
— Acho que não sei, mas vamos ter de manter o raciocínio
aberto e em alta.
Eon olha para a forma que sua mãe olhou-o e pergunta.
— Problemas mãe?
— Não, apenas preocupada, acho que isto tudo me pegou de
jeito, e temos de pensar em algo.
— Acha que temos mais ali na Hons?
— Acho, mas o que. – Fala Mac colocando a imagem das
naves pousando e nas que não teria nada, que foram colocadas ali,
um grupo de seres mais estranhos ainda saírem e olharem em volta,
o olhar de Mac foi para onde eles estariam, olha para a forma que
olhavam para os sistemas, pareciam ter uma membrana nos olhos,
aproxima a mão do ser quando abre a porta, ele parecia procurar
algo, parecia cheirar o ar, olha para fora e vê os canais de agua, um
grupo parece sair junto, mais de 40 seres ali, o ser pula na agua e
um grupo o segue.
— Onde foram?
— Não sei, a leste daqui está um daqueles imensos lagos.
— Mas oque é aquilo?
— Aquilo deve ser os Draus. – Mac.
Mac olha para as naves dos Taief ao ar e olha para Liz e Eon.
— Conseguem ficar aqui um momento?
—O que vai fazer pai?
464
— Tentar entender, mas preciso que vocês dois, acessem o
sistema e fechem as comportas do lago a leste daqui, e por furos
menores deixem a agua sair no sentido norte, onde é mais baixo.
— Mas vai fazer oque?
— Filho, não sei ainda, eu entendi tudo errado, muito mais
errado do que pensei inicialmente, mas existe uma chance de
pararmos agora, e esta chance depende de, que consiga que
identifiquemos os seres que estão em Hons e são estes híbridos, e
que entendamos quem é quem nesta historia.
— E vai onde?
— Tentar um acordo, nem sei como o fazer.
Sil olha para Mac e fala.
— Vou junto.
— Sei disto, mas pega dois capacetes daqueles.
— Estranho ter de usar o capacete para um e não poder usar
para outro.
Sil segue Mac e Eon olha para Liz.
— O que faremos?
— Verifica nas imagens de Hons 1 quem não fala quase nada,
tenta identificar, se existe comunicação mental, eles tendem a não
falar muito, acho eu.
— Teríamos de ter algo mais especifico. – Eon pega um
capacete e olha que eles intensificavam a estática eletromagnética
em suas mentes.
Mac entra no cargueiro e olha para Sil.
— Algumas coisas ficaram em minha mente, sobre tudo isto.
— Oque?
— Nós tínhamos um plano quando fomos a Vivencia, e
saímos de lá com outro.
— Acha que fomos influenciados?
— Se os seres querem parar aqui, mas sempre mandaram lá,
algo não entendi ainda, eles não precisariam nos usar.
— Uma distração mental de um dos comandados da ponte e
aquela base explode.
— Continuo achando que aquilo foi acaso, mas logo após não,
e cada ponto parece acelerar nossos atos, mas tenho de saber se
viemos ao acaso ou não.
465
— E o que vamos fazer?
— Carga inversa, o que faz os veículos andarem, quando
chegarmos sobre o lago, vamos fixar esta carga para baixo.
— Estaremos cercados.
— Sei disto.
Mac sai com o grande cargueiro no sentido do lago lateral,
acompanhado de mais de 6 naves negras, eles pareceram seguir a
nave, eles queriam algo.
Mac para sobre o lago e olha para Sil.
— Liga o sistema inverso de carga.
— Eles vão atirar em nós.
— Sei disto, mas vamos as capsulas de ejeção, se for o caso,
ejetamos.
— Sempre improvisa?
— A vida é um improviso, quando se vê os canteiros todos
certinhos, parece que as plantas nasceram todas no mesmo
tamanho, mas não, separamos, adubamos, tratamos delas
diferenciadamente, para quando florescerem, parecerem todas
iguais, mas não nasceram com a mesma disposição.
Eon olha para as naves se afastarem e fala para Liz.
— Varre os sistemas e as imagens, procura mais daqueles
seres, precisamos saber se vieram todos para cá ou tem mais por lá.
— Estes seres me põem medo.
— Eles são o motivo por estarmos aqui, mas ainda não
entendo o que são.
Eon baixa as proteções superiores, se os Taief estavam
pensando que estavam tentando os isolar, estranham, e veem a
nave começar a desligar sua proteção, invertendo ela, parecia
suicídio, os seres surgem na agua olhando para cima, pareciam
querer interferir na nave, mas esta estava a mais de 50 metros do
lago.
A agua começa a escorrer, e em meio a subir dos seres, um
dos Taief passa a mensagem, para o outro.
— Olhem, na agua.
Os Taief olham assustados, os seres pareciam perdidos, como
se quisessem que eles os derrubassem, aquela interferência estava
os desagradando, os perturbando.
466
O lago esvaziou, e Mac viu o exercito chegar a beira do lago e
abrir fogo contra os seres, os Taief que estavam nas naves, olham
aquilo sem entender, viram os seres mortos no lago agora com
pouca agua, com aquela cor de liquido sanguíneo quase rosada
espalhar pela agua.
Mac não fala nada, isola a área e começa a descer no lago,
liga as proteções e sai pela porta, os Taief nunca viram alguém
matar um Draus, mas viram Mac com uma serie de sacos plásticos
amarrar no pescoço dos seres, que pareceram parar de espernear,
ainda pareciam se mexer por reações musculares, Sil trouxe um
carro de colheita e colocaram todos os 40 seres no transporte e
subiram.
Sil chega a nave e olha para Eon.
— O que ouve?
— Preciso falar mãe.
— Fala. – Sil sempre pensando no pior.
— Acho que posso não ser um Hons, vai me matar?
— Você é um Hons filho, você saiu de mim.
— Mas se for um hibrido.
Mac entra e fala olhando para o filho.
— Relaxa filho, ter os instintos apurados não o transforma em
um deles, e pode ter certeza, eu avaliei você geneticamente quando
nasceu, é um Hons, estranho que Mary era uma Hons, mesmo numa
mistura de Bris com Sil, mas você tem minha linha genética filho,
acalma suas duvidas.
— Mas aquele som invertido me perturba.
— Até a mim, mas isto não nos torna eles filho. – Mac.
Sil sorriu e falou.
— E o que faremos?
Mac sorriu e depois de uma tarde de trabalhos Sil transmite
para o espaço.

467
Guel olha para o
comandante Fres e fala.
— Engenheira Sil
transmitindo senhor.
— O que ela vai falar agora?
— Não sei senhor.
— Abre a transmissão.
A imagem mostrava Sil tentando reanimar um ser, o sistema
dava como morto e o olhar de assustado dela contratava com os
corpos todos em macas ao fundo.
“Sil para o espaço, não sei quem me ouve ainda, mas os
mestres morreram, não sei o que os atingiu, mas algo no ar deste
planeta os matou, não sei oque, mas eles estavam bem pela manha,
agora estão mortos.”
Sil mostra as macas a toda volta, em uma parecia que tinham
duas crianças mortas, Mac deitado bem ao fundo.
“Sei que muitos não vão entender, mas esta transmissão é
para quem me ouve, não venham, não venham, não sei até quando
estarei de pé, mas algo aqui não está certo.”
Sil tosse num pano e um catarro rosa parece nele, e fala.
“Provavelmente é minha ultima transmissão, boa sorte.”
Um rapaz sai ao fundo e olha para Guel.
— Vou comunicar os especiais.
— Algo está errado, comunique, eles insistiram em ir ao
planeta, ver como era, mas... – Guel olha os demais olhando ele
estranho, põem a mão na cabeça – ...durmam... – quase todos
adormecem, Fres olhava assustado para Guel – ...como falar isto
para a rainha, não sei, mas temos de a comunicar agora e fazer de
tudo para consertar os motores.
— Não vai me explicar Guel?
— Sabe que será rei entre os Hons Fres, mas não nos
perturbe nesta hora, não será ali que vamos parar.

468
Guel sai e Fres fica olhando os demais dormindo, olha para os
comandos e não teria o que fazer, enquanto um grupo chega a uma
parte tida como isolada da nave, se entrava em um campo de força
e dentro deste campo, agua, já não era uma agua limpa, mas com as
proteínas e substancias corretas ela era respirável e alimentava os
seres, Guel chega a frente da rainha, seus imensos olhos laterais o
encaram, ele abaixa a cabeça como um serviçal diante do patrão e
pensa.
“Não temos boas noticias nossa rainha.”
“O que aconteceu servo?”
Guel abre sua mente e a senhora olha o que ele viu e olha os
demais a volta, todos assustados, e pergunta.
“Quem é a moça?”
“Não sei senhora, uma engenheira genial, mas que nunca
soube ser uma Draus, mas aquele sangue que ela cuspiu é nosso
senhora, não dos Hons.”
“Nos afaste do perigo Guel, hora de iniciar um novo
treinamento destes Hons, e uma nova leva de seres.”
“Um dos mortos era nosso melhor geneticista entre os Hons,
teremos de formar um antes senhora”
“Está esperando oque Guel?”
Guel faz reverencia e começa a sair, sem dar as costas a
senhora, passa pela proteção, sente o corpo sair da agua, e muda
sua respiração, olha em volta e grita a um dos rapazes.
— Prepara o inicio de uma nova leva de seres.
— Não temos crianças suficiente.
— Deem um jeito, é uma ordem da Rainha.
Guel troca de roupa, volta ao seu posto, estala o dedo e todos
abrem os olhos como se não lembrassem que tinham dormido.

469
Uma segunda leva de Draus
é encontrada em um lago mais
fundo, ao norte de Hons 1, a
mesma operação, acompanhada
ao longe por alguns Taief, que
viram as transmissões, só
entenderam a encenação quando
viram que eles identificaram os demais e começaram a segunda
operação.
Mac não gostava de matar, mas aqueles seres, não teria
alternativa, ficou na imagem dos seres, e chega a conclusão que
provavelmente os Hons e Taief ainda vivessem no planeta Hons.
O trabalho era pesado e não parecia ter outra alternativa, as
vezes os próprios Taief afastavam caças, pois o controle sobre a
região que estavam fora desligado e lá surgiam os caças.
Peter abre uma comunicação com seu pai.
— Sabe que não é segura a transmissão filho.
— Sei, mas apoia Milk pai, ele tem razão.
— Está maluco filho.
— Ele tem razão pai, mas como disse, esta ligação não é
segura.
O senhor olha para a esposa e pergunta mentalmente onde
Milk estaria, o rapaz estava andando no deserto, estava atordoado
ainda, não tinha absorvido o perder de sua mãe e pai, sabia que
seus irmãos, mais de 300 deles, estavam precisando de ajuda, de
apoio e não tinha como o fazer, antes de se encontrar, estava a
caminhar quando viu a caminhonete chegar a ele.
— Não estou legal para conversar Haus.
— Só queria lhe dizer uma coisa Milk, não estamos contra
você, e algo mudou enquanto tenta achar o caminho.
— O que aconteceu?
— Meu filho pediu para lhe apoiar, que você tinha razão, algo
aconteceu, pois aquela Sil transmitiu para fora, dizendo para eles
470
não virem, ela estava encenando o reanimar de um Draus, mas
tinha na cena, uma leva de mais de 40 Draus mortos, sei que nunca
vi um morto, pois nasci depois das guerras, mas dizem que eles
vivem milhares de anos, e não são fáceis de matar.
— Mas quem os matou?
— Meu filho não falou, ele tem medo de que isto seja ouvido
de fora do planeta.
— Porque ele temeria isto?
— A moça induziu que algo no ar era mortal a eles, mas tudo
indica que eles os mataram, e se isto vazar, eles virão com tudo.
— Acha que vaza?
— Acho, mas pela primeira vez talvez, como disse meu filho,
tenha razão, hora de passar por cima do passado e irmos ao futuro,
em uma guerra contra estes seres.
Milk entrou no carro e voltou a base.

471
Em Washington um rapaz
novo olha a transmissão e olha
para os especialistas a mesa.
— O que ela falou?
— Não sabemos, ela usou
um dialeto especifico, algo bem
menos as línguas locais, como se
dissesse algo que não entendemos, mas entendemos o não
venham.
— Mas que seres são aqueles, pois não são os que eles se
colocaram como inimigos.
— Pelo jeito eles vieram ver algo, e acharam mais gente aqui
do que nós vemos senhor, não entendi, mas e os que estavam no
Arizona?
— Não tem nada lá, sobrevoaram e filmaram e não tem mais
nada lá, esvaziaram.
— Não viram para onde?
— Temos a saída deles de lá, mas eles voam muito alto e não
fica no radar.
— E o que faremos?
— Dizem que um menino, surgiu no Pacifico, fez os sistemas
flutuarem e avisou que vai estar em San Francisco em dois dias.
— Lá vem problemas.
— Com certeza.
— Avisa todos, não sei o que está acontecendo, temos de ter
reação mais rápida, estamos parecendo crianças diante de
especialistas, e desculpa, este pessoal não pode ser melhor que os
nossos, mas quando os vejo agir parece que são.

472
Eon vê seu pai entrar e olha
para ele, Liz estava deitada, e fala.
— Temos de conversar pai.
— Fala filho.
— Mentiu para mim?
— Não lembro de ter
mentido, quando?
— Hoje.
— Não, no que acha que menti?
— Disse que sou como você, e o equipamento diz que não.
— Filho, vamos por as coisas em pratos limpos.
— Vai dizer que não é meu pai, mas quem seria?
Sil entra na porta e fala.
— Ele é seu pai, não sei o que o deixa preocupado.
Sil vê o menino sentar na maquina e pedir uma analise, como
ele o pediu, a maquina não contestou e lá aparecia, Draus
subdivisão Serviçal.
Os olhos de Sil foram a Mac e este sorri.
— Acho que todos vocês não entendem disto, mas se querem
algo diferente disto, é só pedir que ela afirma ser outra coisa.
— Mas...
Mac olha para Sil e fala.
— Já pediu uma analise pessoal do sistema?
— Não, mas você já pediu para me curar, quando estava
sangrando.
— Pedir cura não é fazer uma analise, mas filho, os Draus são
seres sexuados de reprodução via óvulos, não por relação a dois,
não se nasce em um parto, você nasceria em um lago, onde os
óvulos seriam fecundados por espermas também na agua, se
desenvolveriam, e chegariam ao tamanho adulto ainda na agua,
nunca em um parto.
— E porque a maquina diz que sou um Draus.

473
— Interação mental, não sei em que parte da nossa curva
genética em Hons, fomos somados a uma linha com maior controle
mental, alguns poucos começam a desenvolver o que você
desenvolveu agora, mas eles desenvolvem antes dos 7 Parks, dai
estes são induzidos a uma mudança genética, e se transformam nos
servos, não antes, apenas depois, mas por algum motivo, nunca um
filho da terra tinha sentido o que você sente, como soube a ação de
sua mãe referente a Mary, somente a olhando, e puxando para
você, o saber onde se esconder, o conseguir se isolar destes seres,
mas você não é um Draus, você teria uma tendência que eles
transformam em seres dependentes deles, com alterações
genéticas, para dependerem deles, como o nascer das guelras, e o
desenvolver mais do sistema mental, mas eu mesmo ainda estou
descobrindo isto, não esquece que todos estamos aprendendo.
— Esta dizendo que se ele tivesse desenvolvido isto ele
estaria lá na Vivencia? – Sil.
— Sim, e poderíamos ter subido na sociedade, mas nunca
eles olham os filhos do campo, então Eon não passou pela maquina,
senão eles teriam o afastado de nós Sil.
— E quando descobriu isto?
— Enquanto você fazia a preparação da transmissão, eu
estudava o sistema genético, para ver quando foi instaurado a
mudança, mas sinal que na Vivencia tem muito mais gente que
pensamos Sil.
— Acha que tem um grupo de quantos deles?
— Sei que nenhum dos 86 mortos, fazia parte da nossa
sociedade Sil.
— Verdade, nem sabia que eles existiam, e vieram de lá, e
vieram apenas nas vindas da divisão 7.
— Sim, mas isto quer dizer que não saberemos como está o
pessoal da sete, que não sabemos de nada do que se passa de
verdade na Vivencia.
— Mas tem certeza que sou normal pai?
— Sim, acalma filho, e melhor eles não saberem disto, você
vai virar alvo sem eles saberem que podem lhe atrair, mas vamos
tentar nos defender.
Eon foi se limpar e Sil olha para Mac.
474
— Parece que sabia disto?
— Estou tentando lembrar de tudo que vivi Sil, eu sei que
parte do cheiro das terras podem ser por usarmos agua que vem de
uma região que não temos acesso, eles falavam que era uma região
que temperavam a agua com adubos naturais.
— E não sabia disto?
— Se você que andava por lá não sabia, como eu que não
tinha acesso, saberia.
— Mas onde seria isto, pois não tem área diferente a outras
subdivisões.
— Sil, o que nunca desconfiei, eu sempre perguntei se
poderia ajudar, mas nunca me davam acesso as culturas da divisão
da 1 a 3, que era algo especial para o grupo especial, então pensa,
se não existir o pessoal da produção das linhas de 1 a 3, o que teria
naquele lugar?
— O que acha que tem ali?
— 3 grandes aquários, explica como os filtros dos setores
conseguem filtrar tamanha quantidade de agua, mas se for isto, eles
não tem muita alternativa, teriam duas produções para cinco
subdivisões, mas não sabemos quantos tem lá, e nem o que eles
comem Sil.
— Mas porque disto?
— Sil, toda historia que temos, é a que nos contam, pode ser
que Hons ainda esteja lá, e que seja um planeta escravo destes
seres, que parecem ter poderes mentais, mas bem estranhos, e
acabamos lá ao acaso pelo que dá para entender, saímos daqui, e
talvez eles não entendessem algo, pois é obvio, temos os dados do
sistema, mas iriamos passar direto, e alguém olhou o planeta e o
acidente aconteceu.
— Eu olhei o planeta Mac, mas Bris nunca ouvia o que eu
falava, mas nunca sabotaria para pararmos.
— Mas e se quando você olhou, não esquece, estávamos a
alguns tlacs dias luz alguém pode ter olhado mais atento e se
deparado que tínhamos os cálculos daquele sistema e chego a
conclusão que era onde queriam chegar.
— E provocarem o acidente?

475
— Se eles interferem na mente, todos poderiam dormir lá, ou
estar olhando e não ver, e aconteceria.
— E lá me sentia muito mais forçada ao enfrentamento que
fora de lá, mas é difícil aceitar que alguém influenciava-me.
— Você sempre foi especial Sil, apenas deixou de acreditar
nas suas escolhas, tem de recobrar sua confiança, vamos discutir
mais, mas pode ser que venhamos a nos entender.
Sil sorriu e falou.
— Uma abertura de comporta?
Mac não responde, apenas dá de ombros.
Mac olha o calculo das interferências que estava provocando
externamente aos alojamentos da cidade Hons 1 e olha as câmeras
e vê todos do lado de fora, como se estivessem incomodados.
— Já pensou Sil, se todos que me cercavam não fossem
vivencia, e sim Draus?
Sil olha os seres todos para fora e fala.
— Será que os trazer para baixo, foi planejado pelos seres?
— Se foi, eles estão tentando contato, e se prepara, vamos a
guerra das guerras.
— Porque?
— Eles não vão acreditar na encenação, e tudo que fizemos
não vai importar, vão vir, e teremos de pensar se queremos viver, e
ver o planeta vivo, ou priorizar os Hons?
— Derrubaria um sistema?
— Eles vão tentar derrubar o sistema de controle novamente,
mas vamos observar e nos preparar na surdina, como se não
soubéssemos.
— Acha que eles se convencem que não sabemos?
— Vamos observar e ver o que acontece, pois se eles
derrubarem a proteção, é para o sistema 6 desabar, se isto
acontecer, será que tem gente viva lá?
— Acha que Fron é um deles?
Mac não falou, mostrou ele e a esposa, a criança deles
reclama do lugar, e a senhora apenas toca a cabaça da criança e ela
para de reclamar.
— Nos induziram sair de lá.

476
— Eles pensaram que iriamos a qualquer outro lugar Sil,
menos o planeta.
— Tem certeza que não fomos induzidos?
— Não, mas tenho que pensar que não sou uma maquina
programável por eles, você estava isolada no sistema de
informação, e eu estava tentando não entrar em discussão.
— Verdade, mas eles não tinham os dados, dai eles
precisariam que nós conseguíssemos isto.
— Sim, lembra que tinha uma lista como se fossem os Fieis a
Vivencia?
— Que mandamos prender.
— E tinha um que dizia, Divergência.
— Estava lá o nome de Fron.
— E se a lista era o inverso do que pensamos?
— Teríamos prendido as pessoas erradas, mas elas estariam
apenas presas lá.
— Não temos como saber Sil, mas se temos dados, e não
entendemos, imagina sem os ter, avançamos, evoluímos, mas
teremos de fazer de conta, são quase dois meses, para o conjunto 6
chegar.
— E se o que eles não querem é mostrar que todo o grupo da
6 está morta?
— Sei lá, não podemos fazer tudo Sil, mas estamos em terras
estranhas, e todos a volta querem nos matar, e agora sabemos
parte do problema.

477
Guel estava no controle,
olhando para Fres quando ouve
uma transmissão em ondas curtas,
dizendo que estavam bem, que
parte da estrutura estava de pé,
que algo estava estranho, como o
afastamento de Mac e outros, o
sumiço de Bris, mas fora isto, tudo normal.
Guel olha a noticia, olha o vídeo e fala.
— Esta engenheira é pior do que pensamos Fres.
— Ela quase nos enganou com esta.
— Devem ter montado o vídeo para parecer muitos, mas
arma o pessoal, embora acho que ela não entendeu nada.
— Não duvido Guel, o grupo 6 e 7 ninguém mais responde, e
o grupo 8 parece em operação de limpeza, terminando o que Kil
falhou em fazer.
— E ela colocou o radio a funcionar, ela nos deu a cobertura a
operação Fres, ela pode ser genial por um lado, mas nunca vai
entender a verdade.
— Acho que nem eu Guel, você a viveu, eu somente sei o que
me falaram, e duvido que um de cada cem relatos seja real.
— Esperto de sua parte não discutir isto fora do grupo, pode
vir a ser um líder, viver bem, mas sabe, o silencio é importante.
— Onde foram os demais? – Fres.
— Vamos os treinar em arte de guerra, acha que gostamos de
deixar os Taief livres?
— Entendi, vão os tentar dominar.
— Eles como sistemas de controle são melhores que como
sistemas escondidos, deve já ter perto de um milhão de seres deles
no planeta.
— Eles são parte de seus planos?
— O medo é parte de nosso plano, eles temem Hons, e vocês
a eles, mas eles temem mais a nós que vocês.
478
Fres evitou olhar o rapaz, olha o sistema e tenta se situar da
velocidade que estavam, desviando os próprios pensamentos.
Olha para o sistema e pergunta.
— Vocês que induziram eles a soltar os cargueiros?
— Não, assim como não os induzimos a ir a frente, nisto a
engenheira de sistemas era genial, não entendi porque todos
decidiram que ela desceria de posição, mas para mim Fres, mostra
que isto é pré programado, pois eles não a analisaram, eles apenas
a colocaram para fora, e mesmo o romance dela com Bris, que era
um hibrido, não era justificativa para a descer de escala social,
pessoas como ela nos facilitariam a vida, vi a gravação de Mac,
quando Kil matou um senhor na divisão 8, e Mac estava certo, o
senhor morto era mais útil que Kil, mas não sou eu que dou as
ordens, e como bom servo, obedeço, não contesto, mas sei que
algumas decisões nos deixam mais difícil o caminho. – Guel.
— O sistema de Sil, parece ter desligado, parece que ela
acredita que não vamos ao planeta.
— Ela jogou certo, ela apenas não desconfia de todos, isto
que a faz perder, ela faz nosso trabalho por não saber quem somos,
o que queremos e o que faremos.
Fres olha para o rapaz e sorri.
Guel olha o sorriso e fala.
— O que não entendi?
— Algo que talvez explique o que eles são.
— Não entendi.
— O grupo no planeta afirma que o sistema de detecção de
futuros Draus, aponta que o menino deles, ao ter de usar um dos
equipamentos médicos, surge a afirmação que ele é alguém que
vocês deixaram passar, um candidato a Draus, não escravo, não
servo, como você Guel.
— Não acredito nisto.
Fres mostra a transmissão e Guel olha perdido para aquela
afirmação, como se aquilo explicasse o inexplicável.
— Isto explica a capacidade de reerguer o campo, a
capacidade de juntar adversários, o passar desapercebido, o
conseguir pilotar uma nave sem nunca ter entrado em uma, explica
muitas das coisas que me perguntavam como ele fez.
479
Fres olha Guel ficar olhando a imagem do menino, algo estava
errado e Fres soube pela forma que ele olhou para ele.
Os pensamentos de Guel foram passados a frente, a
informação trocada entre eles sem ninguém ver, fazia uma grande
diferença, o sentir sentimentos, medos. Os dados de Guel foram ao
de Mac e vê que ele nunca em terra havia sido posto em uma
maquina de controle, ele nunca desenvolvera uma doença, nunca
tivera um desequilíbrio e chega ao sistema de retorno de uma nave
já em terra o piscar. “Candidato Perdido a Draus”, Guel fecha a cara
e Fres pergunta.
— O que está acontecendo Guel.
— Algo errado em nosso sistema de levantamento de
controle, algo que temos de descobrir a falha.
— Não entendi.
— Fres, Mac deveria ter sido encaminhado, para ser um
Draus, talvez a confusão de Bris e Sil distraiu estes seres que não
conhece, nem deveria ter visto, que estavam as macas, mortos, e
Mac passou desapercebido, o passar de Mac, gerou o passar de Eon,
pois o pai o isolou, sabia que ele não poderia ser induzido a
qualquer cura, então não temos nem os exames normais de sangue,
todos obtidos por Mac, ninguém desconfiou, ele era o Geneticista.
— E como Mac saberia?
— Vocês quando chegam a estagio de adulto, se não
alterados, controlam seus sentimentos, mas o principal, fazem algo
que os Draus Reais não conseguem, sentem os pensamentos, como
sendo seus, ai o motivo de Mac se aproximar de Kil, Fron e Dil, eles
como Draus servis, não tem pensamentos de interação, somos
vazios nisto, e esta ausência de pensamentos contrários, aproximou
Mac, que sentiu-se seguro, não sentia medo, não sentia repudio, já
que todos os demais tem repudio do cheiro dos agricultores.

480
Mac acorda e olha que Sil
não estava por perto, olha em
volta e vê o filho a porta.
— Fala filho.
— Me explica uma coisa.
— Oque filho?
— Porque sinto o amor de
Liz, porque sinto o medo da mãe, aquele que me põem na defesa,
mas do senhor, não sinto isto?
— Não sei filho, sei que sou diferente, sei para onde estão
suas duvidas, mas não entendo isto, e quem me explicaria isto, me
tirariam isto.
— Quer dizer que o que eles fazem é tirar parte disto de nós?
— Eles tiram a independência disto, e estabelecem,
geneticamente que algum pensamentos lhe tiram a respiração, os
movimentos, lhe dão raiva.
— Mas senti raiva.
— Filho, uma dica, não deveria ter entrado naquela maquina,
eu nunca o coloquei em uma, pois não sei se isto não transmite aos
seres o que pode vir a ser.
— Mas todos passam por controles, sei que era regra.
— Filho, eu não obedeci as regras, senão teria sido tirado de
nós e seria um escravo que se pedissem que me matasse, mataria, e
não saberia me defender de você.
— E porque eles fazem isto?
— Se soubesse, não estávamos avançando no escuro, eu não
dividi com Sil que estávamos pulando para o planeta, antes de
estarmos a caminho.
— Não confia na mãe?
— Ela lá tinha um comportamento mais determinado, acho
que alguém na ponte era um Draus, e reforçava a valentia e
coragem dela enfrentar, gerando conflitos bem com Bris, eles
deveriam se divertir vendo um antigo casal brigarem, mostra que
481
eles tem ciúmes desta relação a dois, parecem não aceitar também
termos filhos a dois, mas não conseguiram um controle melhor,
estou avançando quando todos falam para recuar, estou indicando
caminhos quando todos querem interromper caminhos.
— E não falaria disto pai?
— Ainda não passou da idade que não tem volta, não
tínhamos como falar e não ser controlado, eu não tive esta conversa
com meu pai, ele apenas olhou para mim e falou, “Você é a
resistência a vida filho, mas nunca entre nas maquinas deles”.
— E descobriu tudo sozinho?
— Sentindo os seres que matamos hoje, sei o que me
aproximou dos que considerava amigos, entendo a ideia deles de
que existia um grupo chamado antivivência, ou pró Vida, pois eu me
aproximei deles, talvez isto tenha os levado a linha 8, ninguém sabe
o que Fron fez na linha 9, que matou mais que tudo, eu gerei o
grupo que em crise gerou as mortes filho, eu me culpo por isto.
— E oque a mãe está fazendo lá?
— Não sei, estou aqui.
— Ela está pensando em achar vivos, você pensava nisto
quando saímos do setor 6.
— Sei que deve me achar um maluco filho, mas tentei fazer o
melhor.
— Eu me admirei com a força de vocês dois, talvez quando
senti que os dois não se dariam bem, mesmo sentindo o que os dois
sentem, achei que inventei tudo na minha cabeça.
— Isto não se faz filho? – Mac sorrindo.
Eon levanta os ombros ficando vermelho.

482
A calma do pessoal ao
mundo, só via aquela cobertura
eletromagnética, e o crescimento
do grupo de apoio da região de
paz, quando os árabes souberam
que Meca foi abraçada pela região
de paz, naquele ano, milhares de
peregrinos vão comportadamente a Meca
A fé por um lado forçando compromissos com a paz, e novos
grupos extremistas surgindo em pontos afastados dali, incentivados
por estados totalitários que falam de Democracia, de vontade da
maioria, e bombardeiam quem não concorda com suas ideias fora
de sua nação.
Mac surge no acampamento de All Haran e olha para o
mesmo, que o abraça e sorri.
— Ala seja louvado senhor Mac.
— Ala seja louvado, podemos conversar?
— Onde?
— Um desafio as pernas.
— Porque as pernas? – All Haran apontando o carro.
— Para conversarmos All Haran.
O senhor olha serio e levanta-se, era um desafio subir aquelas
escadas, All Haran sabia que seria um grande desafio, ou imaginava
ser.
Os dois caminham a escada, a maioria usava o veiculo para a
subir, e todos olham os dois subindo, a pé, e muitos olhos vão
aqueles dois na região. Haviam subido a primeira leva e Mac senta-
se e fala.
— Temos de conversar All Haran, lhe prometi uma coisa, mas
não sei ficar em paz.
— Um pacifista que não sabe viver em paz?
— All Haram, uma coisa, sei ler intenções, e isto me magoa
mais, as vezes saio para não guerrear, mas não gosto disto.
483
— Certo, evita discussões que lhe poriam em guerras que não
quer travar, mas o que fazemos aqui.
— Temos tempo para chegar ao topo.
— Não entendi?
— Tentei convencer os que veem ai a não vir, e mesmo assim,
eles vem, eles acham que não sabemos que estão vindo, e preciso
aparentar que não sei, que tudo deu certo para eles, e nisto, tenho
de ficar quieto, e sou péssimo nesta coisa de fazer de conta.
— E me faz caminhar por isto?
— All Haran, posso estar errado, mas acho que você
terminará a semana, com os Israelenses querendo um acordo de
Paz com você, de não agressão.
— Seria cômico.
— Sim, e em 2 semanas, a união europeia vai lhe propor o
mesmo.
— Isto é mais que tudo que sonhamos senhor Mac.
— E na mesma semana, Rússia e Tratado do Atlântico Norte,
vão propor paz ao grupo, mas tem de manter a calma e os por nos
contratos de paz.
— O que quer dizer com manter a calma.
— Eles financiam dissidentes em países como Angola,
Moçambique, Omã e Irã, e se fazem de aliados.
— Certo, os fazer assinar a paz antes de qualquer coisa, mas o
que ganhamos com isto?
— Eles como aliados, são forçados como aliados a no caso de
qualquer dos grupos lhes atacar, defender seu grupo.
— O presidente o Irã é um aliado.
— All Haran, aliado que fica sobre o muro nesta hora, não é
aliado, deveria estar estendendo isto até o Afeganistão e está
parado na divisa do Iraque.
— Certo, chamo o Estado Islâmico e o presidente do Irã,
entendi a ideia, eles querem nos forçar a quebrar o pacto da religião
em meio a semana do Ramadã.
— Vamos subir mais um pouco.
— Não entendi a ideia?
— All Haran, a maioria ali a baixo, tem medo de mim, e não
subiria sozinho ao meu lado trocando ideia esta rampa.
484
Os dois chegam a dois degraus a mais e sentam-se e All Haran
olha para baixo e já tinha uma visão e tanto.
Enquanto subiam quase não falavam, mas quando sentavam
era a hora de por a cabeça oxigenada a pensar.
All Haran toma o folego e fala.
— Acha preciso chegar ao topo.
— All Haran, você era minha aposta mesmo quando no
telefone mandou nos matar, e não sabe disto, mas eu confio em
pessoas que não tem medo do futuro, e você não o tem.
— Como sabe disto?
— Complicado de explicar.
— Tenta? – All Haran olha para Mac pensando em como ele
lhe explicaria, quem lhe traíra, quem era o que teria traído o grupo
e ouve.
— Haran, tem de entender, que matar alguém por que acha
que ele lhe traiu, gera grupos de resistência as suas ideias, hora de
ser símbolo, mas símbolo vivo, não morto ou ameaçado.
— E quem disse que mandaria matar alguém?
— Seus pensamentos All Haran, o que não entende, é que o
que me difere dos que vem ai, é que minha semente, saber em
quem confiar, pois interpreto pensamentos, isto que eles não
querem que se misture ao grupo de Gaia.
“Como pode ser real” – Pensa All Haran que abre a boca para
falar e ouve.
— Não é questão de ser real All Haran, é questão de ser
passado a frente, todos os que tiveram este dom foram controlados
e tirados do caminho, e por isto eles vem tentar matar a mim e meu
filho.
“Como pode?”
Mac olha ele e fala.
— Tem coisas que não é questão de como, e sim, o que Ala
quer para seus filhos All Haran, viemos em uma boa hora, e talvez,
precise pedir ajuda, e sou péssimo em pedir ajuda.
All Haran estava testando as próprias duvidas e pensa, não
fala, “Ajuda, no que nós, simples humanos podem ajudar?”.
— A verdade é difícil, mas vocês tem a fé, algo que foi
proibido em meu mundo, me colocaram como algo terrível, e vejo
485
que os matem no caminho, lhes põem medo até de seus atos com
seres que os a volta chamam de inferiores, mas no interior de vocês
ficam pensando se o são de verdade ou não deveriam os tratar
diferente, mas o mundo que vim, deve ter sido tomado por estes
que nos querem controlar, e num futuro, tenho de tentar os ajudar,
não hoje, é isto que eles não querem.
— E os mandaria embora mesmo assim?
— Se não os mandasse embora, eles não viriam confiantes,
eles acham mesmo que o que viram é uma montagem.
— E o que eles viram?
— 84 dos deles mortos.
— Você os matou?
— Sim, longe de muitos olhos, mas o exercito da Líbia, nos
apoiou a matar aquilo que vem junto, que se esconde de nós, e diz
que somos independentes.
— Quer dizer que tentaram os usar?
— Sabe que todos a volta tentam All Haran, acha mesmo que
existem inocentes no campo?
— Não, uma vez no campo, ou se vira guerreiro ou morre,
não existem inocentes, mesmo que aparentem santos no campo de
batalha.
— Vamos subir mais um pouco.
— Quer me matar hoje?
— All Haran, tem de acreditar em teu corpo, e não em mim,
você aguenta, e somente quando ele diz vamos, eu recomeço a
caminhar.
— Você é um mistério para mim, se apresenta como um
servo, e me dá um reino.
— Servos geram reinos, queria algo mais duradouro senhor,
pois reis caem, imperadores caem, mas mitos, se mantem.
— Não entendi.
— Alguém tem coragem neste deserto de levantar a voz e
falar mal de Mohamed?
— Não, mas isto é sacrilégio.
— Foi um exemplo, não o quero como um Deus, mas All
Haran, não condene os seus quando em 100 anos o fizerem.
— Mas...
486
— Sei, Alla que é importante, mas o povo se apega a pessoas
vivas, pois eles tem de ter o exemplo vivo, não o exemplo que
nunca viram, para crer, seja o que seu povo precisa All Haran.
O senhor viu Mac levantar-se, iriam caminhar mais um pouco,
sem entender que o esforço do rapaz era muito maior que o dele,
pois fora criado naquela gravidade, enquanto Mac ainda
desenvolvia seus músculos.
— As vezes olho as ideias a volta All Haran, e me pergunto se
precisávamos de tanto, e a maioria diz que não, e o que você vê a
toda volta, é apenas o começo para alguém como eu.
— Quer mudar a região, as vezes me dá medo de ser o que
me indicou ser, mas a muito os irmãos não me olhavam com
respeito, sem que tivesse de ter uma arma na cintura, acredito que
eles vieram na duvida do que aconteceria, e se depararam com um
lugar grande mas simples, algo que mesmo os mais temidos deles
não teriam como lutar, um símbolo, sei que lhe destratei senhor
Mac, eu duvidei da sua capacidade de como servo gerir algo assim,
e vejo que tens um filho que não vejo meus servos criarem, alguém
que levantaria tudo a volta para defender a honra, a imagem do pai,
mesmo que muitos achem que a imagem de um servo não deveria
ser erguida.
— Somos todos de alguma forma servos All Haran, nem que
seja deste planeta, as ideias que impôs ali acima são ideias de um
grande líder, fico feliz que o tenha conseguido ser, eu não sou um
líder de multidões All Haran, eu sou apenas um pai, tentando dar
um lar a um filho, tendo de enfrentar tudo que vier a acontecer, sei
que muitos ainda falarão mal de mim, mas lembre senhor, quando
for falar mal, eu cai neste deserto, sem nada, além do que os
demais jogaram fora, me recusei a morrer e tracei um objetivo, o
que vê a volta, é parte do objetivo, mas o ter de um objetivo me fez
avançar, e nem sempre terei certeza dos objetivos, mas hoje, estou
testando meus músculos, o senhor está cansado, mas temos o
ultimo trecho ainda a subir.
All Haran acompanha Mac e chegam a parte alta, os dois
sentam-se tomando folego e All Haran desabafa.
— Que Ala seja louvado, e que tenhas forças rapaz, para
mostrar aos seus seu valor.
487
Eon chega a mãe no
controle e fala.
— O que a chateia?
— Eles mataram quase
todos na vivencia 6 antes de
virem, eles mataram muitos na 7 e
8 e não tenho como os ajudar
daqui, eu não desconfiava da verdade Eon.
— Acho que nem eles mãe.
— Do que está falando?
— De algo que preciso falar, o pai confirmou, mas acho que
sou algo a mais, e temo isto, fiz besteira, mas quando entrei na
maquina ontem, senti que ouve transmissão para fora, eles virão,
nem que para me separar de vocês.
— Acha que deve fazer oque?
— Me esconder.
— Mantem a calma filho, pois tudo que fizermos, foi
improvisando, sem saber da verdade, sei que parte do que foi
aparente improviso de seu pai, foi afastar-se do que lhe tentava
interceder na mente, mas ele sentiu-se seguro na Vivencia, e como
alguém que opera ao inverso, nos forçou para fora.
— E vocês dois?
— Eu o decepcionei filho, quando tudo parecia ir por outro
caminho.
— Mãe, para de ser turrona, os dois recuando nunca vão
saber se isto vai dar certo ou não.
— Não sei ser diferente, mas espere fogos de artificio no céu
Eon.
— O que vai fazer?
— Eu mudei a frequência, confirmei as coisas no complexo 6,
e se a Vivencia quer guerra, terá guerra.
— Não entendi.

488
— Filho, oficialmente, não fazemos nada, oficialmente tendo
contato com o grupo 6, tentando os alertar, e eles não me
respondem.
— Alertar do que?
— Do risco de virem para cá.
— Mas eles não tem saída.
— Sei disto, mas os seres que vieram, estavam escondidos
nos sistemas de refrigeração, que encheram de líquidos, e
estranhamente, os sistemas da 6 estão se enchendo de líquidos, e
preparando suas peças de vivencia para serem ejetadas.
— Só na 6?
— Estou olhando quem vai chegar antes, depois olho cada
uma delas, mas a ideia deles parece ser lançarem-se no mar, nunca
os acharíamos.
— Certo, e vai fazer oque?
— Nada.
— Nada?
Sil sorriu e não respondeu.
Ela olha o grupo de soldados pararem a parte de fora saiu, o
olhar de Liz ao longe a fez falar.
— Queria que soubesse Liz, o que vai ver hoje não vai ser
bom, mas tem de ver.
— O que vão fazer?
— Já está feito, apenas vamos lá verificar.
O General Abdelmáleque olha para Sil cobrindo a cabeça e Liz
faz o mesmo, olha para o menino que pega um turbante azulado e
enrola a cabeça, e entram em um veiculo alterado e seguem o
grupo de militares.
O chegar a base de Hons 1, se via as crianças isoladas, que
não tinham 7 Parks, e os demais ou mortos ou esticados ao chão
numa peça central do grande complexo.
— O que está acontecendo Eon? – Liz.
— Eles não são mais Hons, eles são o que o sistema indica
como Draus Serviçais, somente estes vieram a terra.
— Tem certeza?
O general olha para o menino olhar para a mãe e aproximar-
se e falar.
489
— General, o que acharam aqui?
— Os rapazes primeiro disseram que não acharam nada, que
não viram nem que tinham pessoas aqui.
— E este pessoal?
— Estava tranquilo, como se não pudéssemos os ver, até
invertermos a proteção sobre o local, eles pareceram se assustar, e
tentar achar quem gerava aquilo, temos as imagens, mas foi algo
estranho mesmo de olhar.
Eon olha para alguns senhores, pareciam não saber o que
estava acontecendo, e fala apontando um.
— Levanta aquele e encosta a parede.
Os militares ergueram o ser, Eon pega um pequeno objeto
sobre uma mesa, e apenas bate na altura das costas, em um nódulo
que eles tinham ali e o ser desaba no chão.
Lis olha assustada, pois olha para as costas dos pais, sempre
viu aqueles nódulos, mas nunca os teve, e fala.
— Mas o que eles são?
— Terceira linha de servos, os com função e ainda humanos.
— Porque eles teriam isto filho?
— A promessa para a família que quer ser rei e rainha, algo
para manter um nível de ligação com a família imperial, que daria
estrutura de controle, chamando toda a atenção para eles e não
para os seres, mas o que me preocupa mãe, é que esta mudança,
não é genética, é de controle, eles são humanos, mas com poder de
interferência mental e sobre controle de algo.
O general olha em volta, e fala.
— Acha que tem algo?
— Secamos os canais, espero que não tenham fugido antes,
mas tudo indica pela calma e pela comunicação para fora, que um
deles sobreviveu, pelo menos um, que não sabe do que aconteceu
com os demais.
Eon faz sinal para que levantem mais dois, e os bate na
mesma altura, e os dois desabam acordados, ele estava tentando
provocar algo, ele começa a fazer sistematicamente, quando no de
numero 8 se ouve um agito na parte alta, Eon faz sinal para os
soldados ficarem mais distantes, as paredes e todos veem aquele
ser de perto de dois metros entrar pela porta.
490
Eon coloca a mão a cabeça, sentindo uma dor, o ser parece
confiante, aproxima-se, os seres no chão desviam até o olhar do ser,
e Sil olha mais um ser entrar pela porta, olha o general que mirava
em um, mas faz sinal para tirar o capacete.
O senhor tira e o ser que entrava olha para Sil, o som que saiu
pela boca do ser foi estranho, pareceu um misto de som e
pensamento, pois o som não disse o que todos ouviram.
— Nosso problema no planeta, hoje nos livramos de você.
Liz ficou as costas de Sil, o ser olhava para a moça serio, e um
terceiro entra na peça e Sil ouve em sua mente.
“Mantem a calma mãe!”
Ela olha o filho, ele parecia ter dor, estava olhando o chão,
estranha, um dos seres estava quase nele, quando entra pela porta
Mac e olha para os 3 seres.
— Pensei que fossem mais espertos?
O terceiro olha para Mac que sente dor a cabeça, olha para o
ser com uma lagrima lhe correr o rosto de dor, e ouve aquele som.
— Acha que pode conosco ser insignificante?
Eon olhava para o chão, mas o general Abdelmáleque ouve
em sua mente.
“O que está a porta general, aquele que não entrou na peça,
uma pancada na saliência as costas.”
O general olha o ser, não o havia percebido, recua no
corredor e olha que existem mais 3 deles ali, olha para o soldado e
fala.
— Estes.
O rapaz atira no sentido dos seres, viu os seres olharem o
rapaz, e ele sem controlar os músculos, mirar na cabeça e atirar, se
matando, o general tenta não pensar, chega e bate na saliência do
primeiro, os demais olham assustados, um rapaz que estava vendo
o amigo cair, chega ao segundo e bate na saliência, os dois caem e o
terceiro entra de costas na peça, Mac viu que os militares davam
dois tiros naquela saliência, o que estava a sua frente parecia
confiante, mas o abrir dos olhos de Eon, o olhar para a mãe, e
depois para o pai, fez o ser que olhava o menino temer, Eon sentiu
o medo, puxa um saco as costas enquanto o ser virava-se para o
que entrava, coloca em sua cabeça e puxa com força fechando o
491
saco, com um nó as costas, o ser tenta se livrar, Eon pega o
pequeno objeto e lhe acerta a saliência, e o ser cai, tentava
controlar as mãos para tirar o saco, e cai, tentando respirar, os
demais olham o menino, que fala.
— Alguém vai conversar ou vamos ter de matar todos.
— Não falamos com servos.
O ser olha para aquele ser estranho entrar pela porta, os
militares se assustaram.
— Eles acham que os tememos Milk. – Eon.
Milk chega ao que recuava e olha ele nos olhos, o medo do
ser aumentou, Milk olha para o ser ao chão parar de se mexer, os
outros dois olhavam o Taief de frente ao seu líder, e sentem a
batida de Mac e Sil em suas saliências, eles perdem o comando do
corpo e caem, Mac coloca o saco na cabeça de um e Sil na outra e
Milk fala.
— Acho que não entenderam ser, agora sabemos como os
matar, estanho o que vocês geraram, mas perdemos o medo de
vocês, como Sil transmitiu, disse, não venham, mas temos certeza
que teremos prazer em os caçar.
O Taief interfere na mente do ser a sua frente, que parece lhe
dar as costas, ele pega um saco e lhe coloca na cabeça e fala.
— Algo tão simples, porque eles nos dominam?
— Porque eles usam dos nossos e dos seus, um contra o
outro, para nos controlar. – Eon.
— E os seus alterados? – Milk.
Eon passa por Liz e fala a puxando pela mão.
— General, pode matar todos.
Liz olha assustada, Milk viu que ali não existia meio termo, o
menino não perdoava, não deixava testemunhas e para a frente de
Eon.
— Não poupa nem os seus?
— Eles já não são Hons, temo por todos os que estão lá, mas
não existe vitória, se estes seres estiverem aqui a transmitir para o
espaço nossos fracos.
— Temos de conversar.
Eon faz sinal para o ser sair e o general olha para Mac e
pergunta.
492
— Eles não eram o inimigo?
— General Abdelmáleque, estamos juntando forças para
vencer quem vem sobre nós, e se o que eles querem é nos
transformar em servos, a todos, vamos nos unir, nem que
momentaneamente, para vencer quem nos quer tirar a liberdade.
Eon vê que Liz queria voltar, mas fala.
— Se eles não queriam sua liberdade antes Liz, agora com
sistema de controle de vontades, eles não são nem mais os seres
que a gerou.
— Eu...
— Sei que fui duro, sei que pode me odiar Liz, mas ainda
estou fazendo o que acho melhor para nós.
Milk olha para Eon e pergunta.
— O que pretende menino?
— Uma duvida me veio a mente rapaz, e está duvida me
motivara ir a frente, com toda a força.
— O que o motiva?
— A pergunta, vejo entre os Hons, nem todos sucumbem ao
controle dos Draus, na nossa historia temos o relato da destruição
do planeta Hons, assim como estava lá a destruição do planeta Gaia,
mas e se eles forem escravos lá, a pergunta que me faço, como
posso fazer para ajudar quem lá ficou.
— Acha que as historias da destruição foram implantadas?
— Eles não falariam com nós sobre isto, mas não existe logica
em um ser destruir o próprio planeta para destruir outro ser, é um
conto para não voltarmos.
— E como ficamos, somos espécies inimigas.
— Somos espécies que geneticamente, são muito distantes
umas das outras, mas ambas formos alteradas, ambas foram
dominadas, e ambas tem vestígios genéticos de mistura com estes
seres, que devem ter nos estudado, mas usaram uns contra os
outros para dominarem, eles ficaram na sombra da batalha
enquanto nos matávamos.
— Não respondeu.
— Milk, eu estou disposto a conquistar meu espaço, eles
podem me achar um deles, mas sei que sou um pouco menos, e um
pouco mais, estou 200 gerações antes, e ao mesmo tempo, mais de
493
600 após, e não sei ainda o que faremos, mas sei que perdemos
quase toda a população que antes eram de Hons, no espaço, pois os
serviçais os mataram.
— Nos falamos depois pois vejo que alguns nos olham com
desconfiança.
“Todos que não entendem-nos, nos olham com desconfiança
Milk.”
MIlk olha para o menino intrigado, caminha para sua nave e
decola.
Liz abraça Eon e fala.
— Não querer voltar não queria dizer os queria mortos.
— Liz, vamos ter de conversar, teremos de ser sinceros, e
diante disto, estou pronto aos meus 19 parks, para definir quem
será minha companheira.
Liz olha para Eon seria.
— Mas o que vamos conversar?
— O que seremos.
— Não entendi, não seria sua companheira.
— O que faremos da vida Liz, pois posso até cuidar de um
campo, mas não serei isto, posso me divertir com sistemas, mas não
serei isto, posso até aprender a pescar, mas também não serei isto.
Liz ouve um tiro a mais vindo de dentro e mesmo tensa
acompanha Eon, se afastando daquele lugar.

494
MIlk chega a uma nova
base, agora no Novo México e
desce de sua nave, olha em volta
e vê Peter chegar a ele.
— Temos que conversar
Milk.
— O que o fez mudar de
ideia?
— Ver estes seres matarem algo que para mim era imortal?
— Sei que a sensação era esta, mas senti o medo neles Peter,
e tive um nas minhas mãos, odeio matar, mas matar aquilo me deu
prazer.
— Isto que tenho de saber, como os matamos?
— Eles tem a mesma fragilidade no nódulo ao pescoço que
nós, mas eles sufocam em morrem sem oxigênio ou agua, nós ao
cairmos temos algo a mais que tenta nos forçar a volta, eles não
tem isto.
— Acha que estes Hons vão nos ajudar?
— Os que chegaram a terra, todos estavam adulterados,
alguns com adulterações tão recentes que nem controlavam seus
pensamentos, mas o medo do menino, que os acompanha, é que
todos os que estão ao espaço estejam mortos.
— Eles tem milhares neste planeta.
— MIlk, vi que eles mesmo não gostando, vão limpar o lugar,
não interessa se eram Hons, eles não vão poupar, se quer se vingar
referente a mortes dos nossos, eles tem mais mortos entre os deles
que entre os nossos.
— Como confiar em gente assim Milk?
— O menino é uma evolução, ele e o pai, ele é uma segunda
geração de Hons com poderes mentais, sem sistema o sistema de
controle que os Draus instalam neles, para os gerar dor.
— Como pode ter certeza?
“Ele me falou mentalmente, e entre os dele!”
495
— Sabe que nos batemos em comunicação direta.
— Sei, mas ele me alertou de uma coisa Peter e gostaria que
você falasse com os mais velhos sobre isto, e me dissesse se a ideia
deste menino é falha.
— Qual ideia?
— Ele acha que a historia de Hons ter sido destruída foi
implantada para nos lançar neste mundo, para dominarmos mais
um mundo, que tudo não passa de uma ideia sórdida deles de
dominarem mais um mundo de Hons, usando os Taief para isto.
— Ele acha que eles colocaram isto em nossas historias?
— Ele desconfia disto, pois eles não trazem com eles muito da
historia, então verificamos, pois ele tem razão em uma coisa, se
temos um povo Taeif escravo em Hons, escravizado pelos Draus,
temos de os ajudar.
O rapaz sorriu, era uma ideia muito maluca.

496
Sil entra nas peças e viu o
grande aquário, não sabia como
eles montaram aquilo, mas
existiam pequenos girinos na
agua, que eles esvaziaram e viram
eles se batendo ao piso do
aquário.
— Temos de cuidar com a agua. – Mac vendo que haviam
esvaziado.
— Vai tudo a reciclagem Mac, mas aquele sistema ali a
parede, é um sistema de comunicação para o espaço, eles
transmitiram e quero saber oque.
— Tem duvida do que transmitiram?
— Não sei, temos de verificar os tubos, tudo, para ver se não
estão semeando um planeta, e depois um bando de seres surge a
toda a volta, já com grupos controlados.
— E o que vamos fazer.
— Sei lá, quer dizer, eu sei o que eu vou fazer, mas você tem
de decidir o que você vai fazer.
— Uma coisa tem razão, quando nos livramos deste cheiro de
Draus, ele nos irrita as narinas.
Sil sorriu.
Ela começa a olhar as transmissões e olha o general a porta.
— Tem um grupo de seres que querem falar com os dois.
— Seres?
— Deste grupo que vieram a vocês.
— Pensei que tinham matado todos.
— Existem crianças entre eles senhor Mac.
— Certo, deixa eles amarrados lá e some general.
— Não somos animais, é difícil matar eles olhando-os aos
olhos.
— Sei disto general, mas tira o seu pessoal e mantem o
perímetro.
497
Sil sai ao lado de Mac que olha dois adultos, olha a ausência
de nódulo neles e olha as 6 crianças.
— Nomes e funções?
— Vocês mataram todos.
— Nomes e funções? – Sil reforçando o que Mac havia
perguntado.
— Ços, sistemas de reciclagem.
— Mil, sistema de distribuição.
Mac olha as crianças e as analisa e fala.
— Uma a uma de pé.
— O que vai fazer?
— Todos os demais estão mortos, a pergunta, querem viver
ou morrer?
— Você matou nossos mestres.
— Mestres? – Sil lembrando que muitos que eram afastados,
para o que agora acreditava ser os futuros servos 2, eram isolados
de suas famílias, lembra que quando não foi selecionada, seu pai
soube que eles desceriam de função, olha para Mac e pergunta.
— O que quer com isto Mac?
— Entender – Ele olha um dos meninos e pergunta – Qual seu
nome e função?
— Serei do comando, iria inicia treinamento de engenharia
para ponte de comando.
Mac olha atrás das orelhas do menino, e tinha guelras e
pergunta.
— Não é muito jovem, não deve ter 300 parks?
Sil estranha a pergunta, mas o menino sorri e fala.
— Somos todos jovens, mas porque matou nossos mestres?
— Porque preciso que vocês assumam a nova liderança.
— Mas a rainha vai aceitar isto?
— Acho que ela não vira para baixo, e precisamos de lideres
destes seres, e não pode ser nem eu e nem Sil.
— Sabe que os mataremos na primeira chance? – Um outro
menino, parecia convencido que não morreriam, Sil sentia a
interferência mental, eles estavam tomando forças, os dois
senhores olhavam assustados para Mac, e veem ele sacar a arma e
atirar na cabeça dos dois.
498
Os meninos pareceram olhar como se não se perdesse nada,
e um sorri.
— Ele está sobre nosso comando, porque os demais não
fizeram isto?
O que falou, sente uma dor na altura da nuca, põem a mão e
olha para o lugar sangrar, olha o outro sem entender, e ouve o
estampido, os demais veem a criança cair morta, e um olha para a
porta e vê Eon de mãos dadas com Liz, mas ele não tinha uma arma,
olham para Mac e este também não tinha uma arma, mas Sil
segurava uma, Mac pega a arma e aponta para ela, ela olha serio
para ele, sente ele segurar o dedo, um dedo tentava puxar o gatilho
quando o outro trava a arma, Mac pega a arma e dá com força na
nuca do menino, não tinham nódulos ainda, mas tinham
sensibilidade no lugar, os demais pareceram ficar inertes, como se
tudo fosse comandado por este, mas sentem as mentes invadidas,
uma forte dor, e Mac olha para a porta e vê um dos seres entrar, os
militares já haviam saído, as crianças inertes, e o olhar atento do ser
para Mac.
“Você que destruiu minha família?”
Eon sorriu, o ser olha para o menino, quem era ele, que
achava graça na morte deles.
“E quem pensa que é para rir da morte dos meus?”
Eon sente dor, se encolhe e se vê sangue sair de seu nariz, Liz
olha para ele e o abraça.
Eon sente aquela proteção, aquilo que sabia existir naquela
menina, o que provavelmente a defendeu dos pais, ela era uma das
crianças que desenvolveriam poderes, ele não queria a deixar, mas
ouve o ser pensar.
“Não tem de o proteger, tem de o matar.”
Mac olha Liz, os olhos dela mudam, ela olhava para Eon e este
pensa com dor.
“A escolha é sua Liz, a escolha é sua.”
O ser olha para o menino, quem era aquele Hons que se
atrevia a tentar desfazer sua ordem.
Eon sente a menina pegar uma faca, sente ela passar em sua
barriga e a dor foi insuportável.

499
Mac sente a dor do filho, estava estático, parecia que seus
músculos não o obedeciam, mas ouve Eon pensar.
“Te perdoo Liz, pois lhe amo”
— Não entendeu nada mesmo Eon?
“Eu entendi tudo, mas lhe perdoo da mesma foram, para que
não fique com o peso de minha morte nas mãos.”
Eon se encolhe, o lugar estava vazio, aquela família estava
prestes a morrer, mas morreria junto.
A dor pareceu aumentar para Eon, mas o ser olhava intrigado
para o menino, parecia sentir sua dor, Mac olha o filho e fala.
— Seja forte filho.
O corte da barriga de Eon se fechava enquanto Liz andava no
sentido das crianças mortas, e um caído inconsciente, Eon encolhido
sente a mente da mãe, sente a do pai, solta seus músculos, levanta
o rosto e olha para o ser.
— Posso saber o nome de quem matarei?
O ser que se aproximava de Mac, olha o menino, olha para o
corte, tenta dominar seus músculos mas os controles não pareciam
funcionar.
“Não pode resistir a mim.”
— Quem é você que não posso resistir, para mim, apenas
mais um Draus que vai morrer neste planeta.
“Não sabe o que fala.”
— Não sei mesmo, pois quantos matamos, nem sei, deve ter
sido mais de 100 dos seus, mas os sistemas de filtragens da agua
estão eliminando os girinos, mas pode mesmo ter passado algo
desapercebido.
“Mate ele!” – O ser para Liz. Os olhos dela pareciam negros,
pareciam sem vida, parecia totalmente controlada.
Liz olha as crianças ao chão, e dois se erguem, e olham para
ela, como se a comunicação estivesse fechada, ou fosse por uma
forma que eles não ouviam, e viu um olhar o ser e concordar com a
mente.
As crianças estavam andando quando o grande ser, sente a
batida na altura da saliência, olha para Sil segurando algo e sorri,
este tinha uma proteção óssea sobre o local, a segura pelo pescoço
e atira até a parede mais próxima, Sil sente os músculos doerem as
500
costas, olha para a arma caída bem longe, e olha o ser chegar e
segurar a cabeça de Mac, a dor se via na feição e ouve o ser em sua
mente.
“Não tem como resistir senhor!”
Liz e dois meninos, vinham no sentido de Eon, os olhos dele
estavam em Liz, lembra de seu pai falando que se eles o
transformassem venceriam, pois ele nunca teria coragem de o
matar, olha para a menina, para os meninos, abaixa-se como
sentindo-se dor, sente o lugar e fala na mente do pai.
“Sabe pai os fracos deles, mantem a fé.”
Mac olha para o filho, ele estava encolhido, pega impulso, e
vai de encontro a faca que estava a mão de Liz, ela parece se
assustar, mas estica a faca, Eon as mãos, e segura a faca, a torce, e
esta vem a sua mão, ele olha os meninos vindo e passa em suas
costas, na altura do pescoço, e os dois sentem dor, Liz veio no
sentido, Eon estava passando na nuca do segundo, quando Liz
segurou a faca, e lhe força contra a parede, ele tenta se defender,
ela o ataca, invertendo a faca, e vindo com força, ele empurra ela de
lado, e ela se desiquilibra, a vê cair, e ficar quieta, chega rápido a
tirando de cima da faca, os olhos dela voltavam ao normal, a dor, e
ele fala.
— Desculpa.
Ela tenta falar algo, pareceu sentir dor e olhar em volta, Eon
olha para o pai, iria falar algo, e sente a faca lhe acertar pelas costas
e ouvir.
— Desculpo. – Liz enfiando a faca as costas de Eon.
Eon cai de joelhos, a menina parecia perder sangue, e cai para
o lado, enquanto Eon olha o ser e fala.
— Como algo que não ama nem os seus, pode se achar
grande coisa, como um hibrido infértil pode querer comandar o
mundo, prefiro matar todos os meus, a lhe ver vencer. – Eon tende
para frente.
Sil olha o filho, pega novamente o objeto e o ser sente
novamente ela acertar ele, parece sentir parte do corpo
estremecer, Mac inverte a cabeça afastando do ser e puxa seu
pescoço o torcendo com as mãos.

501
Sil sente o movimento, e bate novamente na região e sente
um liquido mal cheiroso sair do lugar, e o ser cair, Sil corre ao filho,
enquanto Mac pega a faca ao chão e passa no pescoço do ser,
tirando a cabeça e arrancando a parte inferior da medula óssea.
Mac olha Liz, põem a mão em seu pescoço, morta, olha as
crianças, mortas, e ajuda Sil levar o menino ao equipamento.
Mac olha para o corte se fechar e olha o filho.
— Como faz isto filho?
Eon olha para o pai, para a mãe e parece não entender a
pergunta, estava olhando para o salão, onde via Liz morta, ele
queria a proteger e acabou quando se protegeu dela a matando.
Lagrimas lhe correram o rosto, Sil olha para onde o filho olhava,
entendeu que ele gostara da menina, mas o que mais ele entendera
que eles não, ele estava se recuperando, e o sistema afirma.
Hons curado.
Eon olha o sistema e com dificuldade levanta-se e vai até o
corpo de Liz e a abraça.
Mac e Sil olham o filho abraçado o corpo da menina, eles não
queriam aquela morte, mas parecia que estavam fadados a ser os
únicos Hons de origem naquele planeta.
Mac senta-se e olha para as mãos e fala.
— Odeio perder o controle de meus músculos.
— Pensei que me mataria, mas foi forte.
— Forte são os que não sofrem interferência destes seres,
odeio sentir que todos a volta, foram manipulados por um único
ser, o general Abdelmáleque nos deixou e foi embora como se
tivesse feito a parte dele, os soldados se foram, tudo porque alguém
estava querendo nós aqui.
— Nós fomos influenciados pai. – Eon erguendo a menina e
colocando no sistema de reciclagem, colocaram os demais, e o
ativaram, costumes de quem não desperdiçava nada, reciclava tudo.
— O que quis dizer com seres inférteis.
— Ele queria os meninos vivos, pois precisava do esperma
deles para num futuro fecundar os óvulos da rainha, ele pensou isto
pai, somos todos interligados, e ao mesmo tempo, todos
misturados, estes seres controlavam todos.

502
Eon se isola nos dias
seguintes e olha para os dados,
sabia que seu coração estava
detonado, estava vazio, ele que
sentira-se amado, sentira-se
indefeso, ele não a mataria, mas
ela veio sobre ele, ela lhe
esfaqueou pelas costas, mas ele tentava estudar genética, ele olha a
sua, e olha para os exames, estava triste, ninguém soube do
acontecido, os soldados olhavam para eles como animais que
matavam crianças, e no fim era verdade, eles matariam qualquer
um que estivesse no caminho.
Eon estava no controle quando veio um recado do espaço.
— Fres para engenheira Sil, precisamos conversar.
Eon olha para Sil a porta e faz sinal para ela recuar.
Eon estava com uma cara boa para aquela transmissão,
parecia pegajoso de tão oleosa sua pele, cabelos desajeitados, e
olha a transmissão.
— Eon para Fres, o que quer senhor?
— Sua mãe está por ai?
— Ela não pode atender Fres, o que precisa.
— Negociar uma descida, ela tem como nos recolher.
— Ela não está em condição de falar Fres, se quando ela
estava disponível ninguém falou com ela, porque agora?
— Parece mal, algum problema?
— Meus problemas não lhe interessam senhor Fres, algo que
possa ajudar?
— Sabemos que vocês tem um sistema de energia que pode
nos levar inteiros a terra, não vamos fugir, vamos enfrentar,
precisamos chegar a terra inteiros.
— Fres, põem aqueles desgraçados que acertaram minha
mãe e meu pai e apequena Liz, nos tubos de agua, como fizeram
antes, para de encenação, você quer comandar não Hons, e sim,
503
escravos Draus, você é uma animal maior que eles, pois vê seu povo
deixar de ser Hons para um cargo, que desculpa, nunca foi ou será
seu, e se não tem um engenheiro ai, a culpa não é minha, aqui
também não tem mais. – Eon bate no sistema e desliga a
transmissão desconectando tudo.
Fres ia responder e ouve Guel falar.
— Ele desligou a transmissão Fres.
— Insolente.
— Ele parecia perdido Fres, talvez os que não conseguem se
comunicar estejam lá, lembra dos planos, esperar as datas de
chegada para entrar em ação.
— Acha que...
— Não acho nada, mas o menino parece estar sem banho,
sem higiene básica, o lugar está uma bagunça aos fundos, e
sabemos que duas coisas que Mac e Sil sempre foram foi
sistemáticos, algo aconteceu, e este algo envolve até a pequena Liz,
quando ela parou de transmitir achamos que algo tinha acontecido,
mas pelo jeito, algo deixou o menino sozinho lá.
— Então teremos de por coordenadas para acertarmos o
sistema giro em torno do planeta enquanto alguns descem.
— Ele sabia que colocamos alguns nos tubos de agua, eles
chegaram vivos, bom sinal.
— Do que está falando Guel.
— Nada que lhe interesse.
Fres olha o comando e olha para o grupo da ponte vir com
aquela pequena alteração na altura da medula as costas, estavam
transformando todos em controláveis, logo seria sua vez, ele temia
isto, começava a sentir a verdade das palavras do menino.

504
Sil abraça o filho e fala.
— Tem de reagir filho.
— Já conversaram mãe?
— Ele tem medo de que
mude quando eles chegarem.
— Eu acho que todos
chegarão como seres alterados,
todos sem exceção, até o rei, como podemos os vencer mãe.
— O que quer fazer?
— Se resolve com o que sente mãe, pois para eles, vocês dois
não estão mais entre os vivos.
— E como vamos vencer assim?
— Vou blefar, o que mais?
— Vai assumir a sua sina?
— Deveria estar namorando, e estou querendo esquecer um
sentimento mãe, mas não posso deixar que seres como aqueles
cheguem a este planeta.
— Não temos como garantir que alguns não estão nas aguas
deste planeta filho.
— Sei disto, mas tenta falar com ele, ou o toma para você e
ele que reclame, mas preciso pensar mãe.
— Tem de tomar um banho filho.
— Não quero me limpar ainda, e some daqui mãe.
Sil viu que o filho estava a cada dia mais agressivo.
Ela sai e o menino faz uma gravação e lança ao espaço, nesta
gravação, estabelecia o que entendera dos acontecimentos da
Vivencia, quem era quem, Hons, seres que eram incompatíveis com
o sistema de controle, morriam rápido demais, Hons Servos 2, seres
que os Draus, controlavam mentalmente, Draus Serviçais, antigos
Hons, que com uma adulteração genética, viviam muito, mas não
tinham controle de seus atos, seus pensamentos eram partilhados
com os Draus próximos, e os Draus, seres que necessitavam dos
Hons, pois eles em si, eram híbridos, não sabia onde eles foram
505
criados, mas os Draus Machos eram todos estéreis, e precisavam
dos machos Hons, para fecundar os óvulos da rainha, então sem os
Hons todos morreriam, e que ele, Eon de Mac, sobrenome que
assumira, estava disposto a matar todos os Hons, para que estes
Draus não tivessem herdeiros genéticos e morressem todos.
A transmissão ao espaço, foi feita em 3 línguas, para os das
naves entenderem, na transmissão as imagens mostravam onde
estavam cada tipo de seres e suas funções.
A transmissão em inglês, pega os especialistas em
Washington surpresos, e o grupo de Taiefs também, o menino não
parecia bem, algo acontecera, todos os meios de inteligência
falavam disto no fim daquele dia.

506
Fres olha a transmissão e
Guel olha para ele.
— O que me olha.
— Vocês não tem noção do
que estão fazendo, e acabam de
determinar a morte dos Hons, em
o que, 3 meses, estaremos sobre o
planeta em 2, estão pensando em usar os locais, mas não tem nem
a certeza de que dará resultado com eles, idiotas, acham que vão
ganhar uma guerra que perderam, pior, perderam para um menino
de 19 Parks.
— Acha que está falando com quem Fres, que é oque?
— Um rei adulterado, que acaba saber que não será além de
um escravo, quer pilotar Guel, chama os seus.
Fres sente a dor na cabeça e cai de joelhos e ouve.
— Não perguntei se quer, vai fazer Fres.
Fres olha os ser e fala.
— Covarde, idiota, morto.
O rapaz olha para Fres, não entendera o que ele estava
falando, até ouvir uma grande explosão e olhar para fora, não sabia
dali oque estava acontecendo, mas se viu o rapaz sair rápido, Fres
olha para os demais, eles viam o pequeno Eon na tela, enquanto um
sistema de pressão abriu um rombo no tubo central da área 3, e o
grande aquário abre para fora, o frio entra pelo rombo e congela a
agua, matando os seres daquele aquário do setor 3, Fres olha para
os demais, todos agora no controle que ele abrira caminho para
acontecer, embora soubesse que nunca tivera o controle, mas
ajudara a liquidar os demais Hons de outras subdivisões.
Fres foi ao sistema medico, e quando os Draus Servos
perceberam, ele já tinha se tornado um nulo, ele não deixaria
semente a frente, se os seus morreriam, ele estava tentando fazer
algo, mas talvez tarde demais.

507
Mac olha para Sil e fala.
— O que quer falar?
— Saber porque foge de
mim ainda.
— Eu tenho medo de você,
e não entende isto, sempre tive
respeito e medo, mas isto cresce a
cada dia, você é especial Sil, e na minha forma torta, lhe acho o
futuro a ser defendido.
— E me joga fora para isto?
— Não sabia de nada naquele momento, eu matei Taiefs
pensando serem eles os inimigos, eu fiz muito das coisas de forma
errada, pois não sabia da verdade, achava uma coisa e era algo
totalmente diferente.
— O que achava?
— Que nosso filho era muito especial, e que teria de defender
ele dos sistemas de controle, mas nunca pensei nos sistemas de
controle como eles se mostram hoje a nós.
— Por isto o planeta?
— Sil, deve ter reparado que tanto eu com nosso filho somos
passiveis de controle mental.
— Estranhei isto.
— Uma vez aberto o caminho, dá para sentir eles entrando
em nossas mentes, mas ainda não controlamos isto, mas você
parece ser imune a isto.
— Lembra que me afastaram, primeiro pensei que era pelo
romance, mas e se for porque não desenvolvia o que eles achavam
padrão dos especiais.
— Sil, eles são idiotas com poderes mentais, mas o problema
maior é que nitidamente, em Hons, fizeram experiências genéticas
com vários seres, e somos um resultado do humano que corre neste
planeta, como uma sequencia de genes dos Taiefs.
— Somos?
508
— Eu sou, nosso filho é, ele começa a controlar as próprias
células Sil, conseguindo o que fez com o corte, o fechar.
— Mas isto é motivo para fugir de mim?
— Sabe que...
— Não vem com aquele papo furado de Nulo.
— Já sabia?
— Mac, não somos crianças, mas parece querer fugir de mim,
sei que devo me ater a me precaver e me poupar, pois meu parto é
muito recente, mas um dia podemos tentar um novo Eon, ou uma
nova Mary, mas não sei porque foge de mim.
— Acho que medo de ter seu rosto de nojo novamente.
— Acho que está sendo bobo.
Sil chega perto e beija Mac, ele primeiro a beija de olhos
abertos, ela abre seus olhos e fala.
— Relaxa.
Mac parecia ainda meio sem saber como quebrar aquela
barreira, mas beija Sil como desejou ainda jovem, nos alojamentos
da Vivencia subdivisão 8.

509
Guel chega a ponte, e vê
que Fres não estava ali, olha para
os demais, talvez quando ouviram
entenderam, eles não eram mais
Hons, eles morreriam, então
todos estavam estáticos, ele olha
uma moça e fala.
— Me dê as imagens externas.
— Vá olhar. – A moça olhando o ser, ela sentiu dor, mas ele
ficou com raiva, pois ela sentou-se e puxou os cabos, e derruba tudo
da mesa, estava com dor e como Hons fora de controle, desmonta
tudo, o ser se assusta, pois a moça com a dor que ele provocou cai
morta, e os demais olham como um inimigo.
— Quem será o próximo a desobedecer.
A tela da nave se abre a frente de Guel e o rapaz olha aquela
criança olhando ele e ouve.
— Eu, pois você não é um ser Guel, você não tem vontade
própria, eles podem morrer, você se arrasta por ai a milhares de
parks, mas já é um morto, pode fazer cara de revoltado, mas sabe
que é verdade, e diz para esta rainha que vê por seus olhos, que os
olhos dela, eu furarei pessoalmente.
— Porque da raiva? – Guel.
— Manda nos matar, mata dos meus, e quer saber por que,
mas melhor começarem a sair dos tanques, pois estes, vão explodir,
quem não sair de lá, morre congelado Guel, pois não quero aqueles
óvulos neste planeta, então, que sejam fortes, pois vão precisar.
Os da ponte olham para Guel, ele sai e Fres entra pela peça e
olha para a gravação, e olha para a moça ao chão.
— Deixa ai, não vamos mais reciclar nada.
Eon olha para Fres, talvez ele tenha acordado tarde demais,
mas não confiava nele.

510
Um grupo de Taief olha
para as naves e Milk fala.
— Vou ver o que aconteceu,
sei que eles se isolaram, algo os
atingiu depois daquilo, a menina
que sempre parecia ao lado do
menino, não está mais lá.
— Toma cuidado Milk.
— Acho que estamos em perigo, e não tenho como priorizar
minha segurança a vida dos Taief, perdemos seres atacando estes
que agora estabelecem um novo inimigo, um novo caminho.
Era fim da Tarde ao norte do Níger, quando Milk estaciona
aquela imensa nave, o menino olha ele ali, não sabia se estava bom
para falar, mas odiava ter de desistir.
Eon destrava a porta e Milk olha o menino sozinho, a bagunça
e pergunta.
— O que houve?
— Perdi um amor para estes seres, perdi a confiança em
meus próprios pensamentos, como posso querer salvar meu povo
Milk se o estado deles neste momento, é todos induzidos a um
controle mental, desculpa, os preparar para a guerra que
enfrentarão aqui.
Milk olha as imagens vindo da Vivencia, através de uma
invasão de sistema e fala.
— Eles determinaram o fim dos seus, tudo que fizeram, tudo
que prepararam não lhes serve para nada?
— Não sei como vocês sobreviveram ao inicio, mas estamos
muito próximos de sermos colocados para correr, tudo que
pensamos, foi em prover a sobrevivência dos nossos, agora entendo
as ordens, eles não estavam nem ai para a espécie ao lado, e os
nossos lá não reagiram, eles não foram feitos para duvidar, então
não me sobra alternativa.
— Os vai derrubar?
511
— Não sei ainda, queria ir lá, mas descemos com cargueiros,
não com naves, queria ter a certeza que o que parecem Hons
escondidos no setor 6 e 8, são humanos, não tenho a certeza, eu
tinha uma menina ao meu lado Milk, que aparentava alguém
normal, mas quando sobre um ambiente dos seres, vira-se contra
quem os salvou e me apunhalou pelas costas.
— Ela tinha sido preparada e tentou lhe matar, por isto está
este caco de gente?
— Eu tenho medo dos meus pensamentos, eu tenho medo de
sobreviver sozinho, eu já pretendia me afastar quando eles
chegassem. – Eon olha para o controle, olha-se e termina – o que
não entendi Milk?
— Que eles tem como controlar os seres, mas não tem
domínio sobre os pensamentos dos seres, você parece ouvir
pensamentos, mas não os controla, mas porque acha que tem algo
ai?
— Não, tem algo que não encaixa e não consigo ver, é como
as historias do nosso passado, não podem ter sido como eles
contam e como não temos outras, não duvidamos, tem algo ai que
não entendemos.
— Mas oque?
— Eles iam ao ar, estavam pensando em parar por falta de
opção, mas foi quando transmitimos que havia Taiefs aqui é que
parecem acelerar, obvio, mas nós ficamos quietos, e quando
transmiti a horas para o espaço, é porque vi que eles passaram
todos por operação de controle, se estivesse lá, estaria entre os
controlados Milk, não sei como estariam minha mente, mas como
fala o sistema deles, Hons normais, não suportam a mudança mais
do que 3 meses, eles acham que eles já não são necessários.
— Acha que algo passou desapercebido?
— Sim, mas oque?
— E precisa do que?
— Tenho de esperar, estou preso aqui, salvo enquanto eles
não chegarem, mas eles devem estar olhando estes milhares de
seres e pensando, não precisamos mais destes, mas não me parece
isto.
— E se tivesse como ir lá e olhar?
512
— Tem como ir? – Eon erguendo os olhos, vendo Mac
entrando pela peça.
— É maluquice filho, voltar é muita maluquice.
— Mas tenho de tentar pai, se ficarmos apenas olhando, eles
vão chegar e tomar o planeta.
— Acha que entendeu algo? – Sil entrando.
— Não, sei que tem algo a mais, mas não entendo oque?
— Talvez seja algo que está no sistema da Vivencia, em uma
língua que demorei a traduzir filho.
— Língua? – Milk.
Sil chega a tela e coloca uma imagem, para ela por muito
tempo pareceram traços e linhas.

Milk olha para os traços e fala.


— Isto é dialeto numérico.
— Dialeto numérico? – Eon.
— Onde cada símbolo representa um numero e uma palavra,
o circulo é algo sem ângulo, então é a ausência, seria nada na
língua, seria zero nos números.
— Isto entendi, mas ai diz em uma língua difícil, que os
primeiros Draus vem de Gaia, seres que foram transformados e
eram serviçais dos Hons quando deixam Gaia. – Sil.
— Este é o planeta natural deles?
— Eles querem saber se alguém da espécie deles sobreviveu,
provavelmente isto que os trará ao planeta de qualquer forma.
Eon olha para Sil e fala.
— Os fizemos estéreis?
— Sim, é o que diz ai, eles nos odeiam por nossas historias,
uma que nem quem está lá encima sabe.
Eon olha para Milk e fala.
— Teria como irmos a Vivencia?
— Não vai deixar barato por isto?
— Eu não vivo de passado Milk, para mim, uma espécie
estéril não é uma espécie, nós a fizemos, responderemos por isto,
mas como falo, sou um Hons, e entre um Hons e um Draus, sempre
serei a favor de uns Hons.
513
— Vou verificar como fazemos, mas tem de ser quando? –
Milk.
— No máximo em 3 dias, depois disto, não teremos tempo,
pois se tiver seres vivos no sistema 6, temos de ter tempo de
desacelerar.
— E se não tiver? – Sil.
— Uso a gravidade do planeta para a nave ganhar velocidade
e a lanço sobre a Lua.
Sil olha para o filho, ele não se preocupava em destruir uma
nave numa rocha, mas entendeu a ideia simples, pois não teria
grandes cálculos para fazer isto, era algo bem menos complexo que
o desacelerar.

514
Na base no Cabo Canaveral
o comandante geral olha para a
imagem do menino surgir na sua
tela.
— Bom dia, sei que não me
conhece, alguns dizem que sou
humano, mas me denomino de
Hons, um menino, de 19 Parks, um parks é o tempo de gestação de
nossas Hons, eu preciso de ajuda, pois descobri parte de minha
historia quando fugia dos meus, enquanto enfrentava os seus,
enquanto provia perdas onde não precisava de perdas, e gerava
ganhos para quem deveria ter provido perdas, por pura ignorância
da minha própria historia, vocês devem ter visto o vídeo que
disparei ao espaço, aqueles seres que chamamos de Draus, são
provenientes deste planeta a mais de 90 mil parks, ou mais ainda,
mas como todo Hons, tivemos nossa parte triste da historia, e nela
aprisionamos os Draus e os fizemos escravos, provavelmente,
quando saímos daqui, nos deparamos como os Taief em outro
mundo, os Draus locais não tinham controle mental, mas
provavelmente pela evolução genética, geramos este ganho a eles,
e por algum erro de calculo, os Draus, tomaram as rédeas em nosso
mundo, e hoje, quem era escravo, comanda os Hons.
O menino olha para a câmera pensando e termina.
— Este é um pedido de paz momentânea, enquanto
determinamos se conseguimos os parar ou deter no espaço, se
conseguirmos, provavelmente vocês vivos e nós mortos, se não der
certo, vou dividindo em cada avanço o que vamos fazer, se
perguntam-se porque eu?
Eon respira fundo e fala.
— Eu agora sou um menino só, não tenho motivos neste
planeta para ser feliz, não tenho motivos para querer viver, mas
estou partindo em 1 dia, no sentido do primeiro complexo, se vou
achar algo lá, não sei, provavelmente inimigos, mas saibam, vou lá
515
pois sei como os enfrentar, vou lá pois sou um Hons, vou lá, pois
acho que existem seres que não entendem o valor da espécie que
pertencem, e talvez um menino seja suficiente, se não for, vou
transmitir como uma bomba ludibriar os sistemas eletromagnéticos
das naves, e por favor, estourem tudo que vier.
Eon olha para o espelho, desliga a câmera, olha para o pai e
fala.
— Tenho de fazer isto pai.
— Por quê?
— Digamos que aprendi com um pai e com uma mãe, que o
movimento é mais importante que a inercia, e que um ser em
movimento, mesmo que no caminho errado, chega a um lugar, já na
inercia, morre sem ninguém nem saber que morreram.
Sil o abraça e fala.
— Quando me acostumei com os dois, quer nos largar filho?
— Vou tentar voltar, e mãe, vale o que fazemos sempre, cada
um nos seus planos, mas pensando no que se faz.
— Certo, vamos verificar as coisas e ficarmos atentos.
Eon pega uma pasta, sorri e sai pela porta, olha aquela nave
negra a entrada, sobe pela rampa aberta e olha Milk e um rapaz que
não conhecia, sente seus sentimentos, sorri, eles não tinham noção
do que fariam.
Eon olha para Milk e fala.
— Disfarces por gentileza, não querem morrer por lhes
confundirem com inimigos, pois inimigo já chega eu.
— Certo, mas acha que tem seres lá?
— Saberemos em breve.
A nave começa a decolar.

516
Sil olha os Tuaregues todos
a volta, algo os estava agitando, e
temia que fosse um dos seres em
terra, mas o olhar ao longe viu um
grupo se erguendo, sabia o que
eram, as lendas mais antigas, as
que sempre temera, olha para a
nave e olha para Mac.
— Eles lançaram como nós as capsulas antes Sil.
— Acho que não foi isto, eles sabiam para onde vinham, mas
como Eon falou Mac, hora de cada um seguir por um caminho, e um
enfrentamento, e todos nos encontramos no fim, torcendo que um
esteja vivo.
Mac sai pela porta e olha para All Haran ao longe e fala alto.
— Todos que me veem como um aliado, saibam, esta batalha
não é pelo seu deserto, é pelo direito a sua alma, a seu mundo, ao
seu modo de vida, está é uma batalha para sermos Imuhagh.
Os senhores ao longe chegam e All Asuf olha para All Haran e
fala.
— Se a batalha é para sermos homens livres, como podemos
vencer estes seres que nos cercam senhor Mac?
— Eu afastava as mulheres e crianças do campo, as tirava da
região, eu duvidaria dos seus próprios pensamentos, estamos
invertendo a energia sobre a cabeça, mas saibam, é pela sua
liberdade, que estarão lutando.
Ao fundo sistemas de transporte com camadas
eletromagnéticas pareciam chegar em conjunto a região, se via os
sistemas flutuando sobre tudo, não se via os seres.
Ao fundo da base que estavam, Sil entra em um veiculo
simples e sai ao norte, olha para Mac, que a evita olhar, estava lhe
dando cobertura para sair.
Os grupos agora denominados Saara, erguem suas armas, ao
fundo os mais velhos tiram as crianças das tendas e Mac fala.
517
— Eles tem apenas um fraco, sua força mental, acreditem,
Alla nunca quer que se mate, não sem levar muitos deles junto. –
Fala Mac colocando o turbante a cabeça e começando a andar no
sentido dos campos, bem ao fundo se via aqueles veículos virem
flutuando sobre o solo.
All Haran pega seu turbante, todos começam a por seus
turbantes, o símbolo de um povo, o símbolo de uma raça, de uma
tradição que aquele povo ainda era muito forte.
Mac ao lado de All Haran, fez muitos grupos que antes eram
inimigos se postarem as costas.
Os grupos se armam. Se preparando para uma guerra contra
uma tecnologia que não tinham.

518
Eon olha para MIlk receber
uma mensagem e não lhe falar
nada, ele entende que seu pai
estava sobre ataque.
Eon olha os seres e fala.
— MIlk, vamos direto a
Vivencia.
— Mas...
— Se eles nos atacam, sinal que um grupo grande de Draus
saiu da Vivencia, eles não esperaram a divisão 6, eles foram com
seres em todos os tubos, mas quem foi ao planeta são os
totalmente Draus, pois os Draus Servos não aguentariam aquela
temperatura, é hora de inverter o golpe.
— E como entramos?
Eon sorriu e apenas olha para o rapaz e fala.
— Põem o caminho nestas coordenadas.
Peter olha para Milk que autoriza com a cabeça e fala.
— Sabe que podemos morrer todos menino?
— Prefiro morrer lutando.
A nave sai da atmosfera, e liga os sistema de navegação, Eon
iria no silencio, embora todos soubessem que estariam indo para lá.
Guel volta a ponte e olha para Fres.
— Sabe que podemos reverter isto, mas preciso de ajuda
Fres, não é contra vocês a guerra.
— E contra quem é?
— Contra quem nos quer todos mortos, não deu certo a
primeira investida, mas temos mais Draus lá embaixo, agora eles
sentirão o poder deles.
— E o que precisa saber?
— Como o menino viria para cima?
— Não lhe passaram a informação?
— Eles falam em naves Taief, mas como eles conseguiram
uma nave Taief, e como detectamos uma nave Taief no espaço?
519
Fres não sabia mesmo, não estava mentindo quando fala
olhando serio para Guel.
— Sabe que não sei, nem sabíamos que eles se lançaram ao
espaço, como saberíamos que eles teriam naves, e que estavam
neste planeta?
— Tem de entender que uma procura no vazio, é sempre uma
procura por sobrevivência, mas todos sabemos que vocês não
sabem de quase nada.
— E o que precisaríamos saber para vencer Guel?
— Que precisam nos ajudar a chegar com os tanques ainda
inteiros no planeta, que isto garantiria a Rainha calma, e ela em si,
autorizaria a reversão de todos os que foram alterados.
— Desculpa duvidar disto, acredito que é apenas mais um
golpe, nem sei se a rainha ainda está lá.
— Ela vem ao comando em pouco tempo, eles não vivem
muito tempo fora da agua, mas eles sabem que algo está errado, e
não podem arriscar a morrer em mais um tanque estourado.
Fres olha para Guel que fala.
— Não terá chance para isto, e não entendeu o quão forte
mentalmente é uma rainha.
Fres pensa algo, e Guel olha para ele, ele não entedia os
pensamentos, mas entendia intenções negativas, e olha para Fres
intrigado.
— Tem hora que quase acerta o que penso Guel, mas tem
horas que passa muito longe da verdade, mas o que pensei, é que
se ela fosse mesmo tão forte, não teriam induzido todos a uma
operação, ou é medo, pior, se for medo, o menino, Sil e Mac
venceram, pois eles nunca demonstraram medo, e isto talvez seja
bem pela afirmativa de Mac, nossa educação dada por vocês, que
nos fizeram programados a não temer a morte, como sabemos que
ela virá de qualquer forma, mas para seres como você, e a rainha
que não entendem o valor da palavra Morte, entendo o medo.

520
Sil chega a base da sede do
exercito da Líbia e olha para os
generais prontos e sai do veiculo,
joga para trás o tecido que cobria
sua cabeça e olha os dois.
— Generais, é hora de
saber se são capazes de vencer
uma guerra perdida.
— O que está acontecendo?
— Os seres lançaram antes de entrar, os tubos ao ar, com
sistemas de paraquedas, tubos com um veiculo de transporte e
sistema de refrigeração alterada, não sei quantos vieram, mas eles
vão atacar Mac e os Tuaregues.
— E como vencemos?
Sil olha para o veiculo e pega o turbante azul e passa para
todos eles e fala.
— Demoramos a entender o poder deste turbante. Pintados
em azul Indico, com uma tinta natural, mas rica em césio, e alguns
metais raros, inativos, mas que defendem mesmo dos maus
pensamentos.
Os generais viram a moça colocar o turbante a cabeça e os
veículos começarem a sair no sentido do sul.

521
Um grupo de especialistas
do Pentágono olham para os
dados e um general fala.
— Não sei quem desceu,
mas se agrupo e caminha no
sentido do grupo que invadiram o
deserto, eles vão se enfraquecer,
prepara o pessoal para atacar quem vencer.
— Vai querer os derrubar quando estiverem fracos?
— Sim.
Um grupo de especialistas começa a estabelecer planos de
invasão em meio ao deserto para depois do enfrentamento,
estavam querendo ganhar de quem vencesse, mesmo alguns
alertando que queriam paz.
Os grandes porta aviões que estavam no Atlântico Norte,
começam a se desviar ao sul, grandes contingentes o Oriente Médio
ficam em alerta, preparando para tentar ganhar espaço em meio a
crise dos seres.

522
O general Abdelmáleque
olha as ordens e olha para Sil.
— Nosso governo vai tentar
com ajuda dos países fortes da
Europa e da América, após nossa
batalha, vencer quem venceu, os
pegando fragueis.
— General, se vencermos olhamos para trás, pois se
perdermos, eles vão apenas antecipar uma vitória destes, eles
acham que entenderam o problema, mas preciso saber porque eles
esperaram meu filho partir, eles tem um plano para o pegar, e não
sei quem eles usarão para isto?
— Os Taief?
— Pode ser, mas teremos cada parte de vencer a guerra, e
somente depois, nos preocupar em contar a verdadeira historia.
— E vamos vencer como?
— Eu estou aqui, Mac a frente dos Tuaregues, e o pequeno
Eon ao espaço, indo de encontro aos seres.
— Três frentes, podem estar se enfraquecendo?
— Se fossemos seres de exércitos e nações, estaríamos, mas
somos apenas uma família, tentando defender os poucos que
sobraram de seu povo.
Começam a avançar e o olhar dos aviões bem alto fez o
general pensar se os traidores dos Americanos os atacariam bem
em meio a crise com algo mortal a todos.
Os soldados olham para o general que fala.
— Dois de vocês, recuem e avisem o anti aéreo, que temos
naves estranhas ao ar, se perguntarem se são as estrangeiras, digam
que não, e me monitorem elas.
Dois rapazes param em outro veiculo e começam a retornar.
Se via ao longe aquele brilho, e se vê ao fundo, bem fora da
proteção naves Taief, e Sil pensa se não seria tudo o contrario do

523
que entendeu, quantas vezes poderia se enganar em uma mesma
historia?
Chegam ao fundo do grupo que avançava, Sil viu os militares
pararem e ficarem a observar.
Sil sente sua mente parar de se mexer e olha em volta, e olha
para os seres Taief caminhando mais ao fundo, como se não
quisessem ser vistos.
O general coloca a mão a cabeça enquanto Sil apenas põem o
tecido de sua roupa sobre o turbante, e olha em volta, viu olhos
estranhos nos militares sobre ela, pega o chicote elétrico e desce do
veiculo, os dentro do carro estavam aturdidos, e sentem o choque
do chicote, o general ao fundo parece sacudir a cabeça e fala.
— Eles queriam saber onde você estava.
— Deixa eles acharem que estou aqui afastada, pois ai eles
não vão me perturbar general.
— E como vencer quando todos querem o brinde, e nenhum
está pronto para ele?
— A verdade, todos somos quase programáveis por estes
seres, a pergunta, quem os programou? Por quê? Quando? Onde? E
a principal pergunta, a você fez General, estamos prontos para
vencer?
Sil sente muitas armas ainda apontadas para ela, o que
poderia fazer, larga o chicote, pois não queria morrer, o general
olhava os soldados todos com seus olhos perdidos, como se não
fossem eles ali.

524
Mac sente os Taief as costas
dos seres, e faz sinal para All Asuf
segurar os demais e com calma
caminha a frente.
Os seres veem Mac a
frente, um agricultor, mãos de
agricultor, agora braços de uma
gravidade diferente, um para a frente dele e fala.
— Vão se entregar?
— Acho que não entendeu Draus, ou duvidaram, mas quando
o primeiro de vocês cair doente, será tarde.
— Tomamos as vacinas, nos precavemos.
— Bom saber que será mais rápido.
O ser olha o rapaz, sentia seus sentimentos, e parecia não
estar mentindo, mas pergunta.
— E vem a guerra mesmo assim?
— Quando vocês caírem, alguém tem de assumir Draus, vocês
acham que serão vocês, mas temo que seu desejo seja como
aquelas naves que vivíamos, uma fuga, sem destino.
— Mas estamos em Gaia.
— Sim, mas quanto tempo passou, será te temos ainda Draus
aqui, será que temos esperança em um mundo onde eles
continuam animais, e não descansarão até os ter como escravos
novamente?
— Eles não podem com nós.
— Eles são bilhões, vocês, alguns poucos mil, que sem eles
nem geram descentes, e estes demoram milhares de anos para
chegar a situação atual, será que vale o esforço?
— Esta tentando ganhar tempo, mas está morto.
O ser dá um passo a frente e segura a cabeça de Mac sobre o
turbante, e sente o choque vindo do turbante, bate nele e Mac vê o
mesmo cair ao lado, o ser olhar as mãos e falar.
— Que truque é este?
525
— Diria que radiação inerte, poder de uma pedra, diante de
um universo, mas bem vindo a morte Draus, e todos os que nos
tocarem, morrerão, se quer minha morte, alivia meu peso de sua
morte.
O ser começa a mudar de cor, algo em reação dentro dele, e
os demais parecem ter medo, e olham assustados Mac pegar o
turbante ao chão, por a cabeça, os Tuaregues as costas fazem
barulho como se fossem atacar, sente-se o medo dos seres, vendo o
primeiro cair, perdendo umidade a frente do corpo.
Os Taief as costas parecem se olhar como se perguntassem
onde estavam, e sentem as memorias voltarem, viam os seres
recuando, demoram para fixar a vista em Mac, que olhava eles, que
havia acabado com um deles.
Aquele campo de batalha começava a ter um gosto de medo
ao ar, uma angustia que todos sentiam, vinda do poder mental dos
Draus.
Sil vê os soldados voltarem a seus olhos normais, olha para o
general e fala.
— Vamos acabar com isto.
O general vê a moça pegar o chicote ao chão, e avançar, ela
meche com a mão e aciona o chicote sobre a saliência do primeiro
Taief que estavam ainda aturdidos, e o ser sente a corrente elétrica
e a dor pareceu correr ao ar pelo pensamento do ser, os Taief são
trazidos ao local pela dor, e alguns por instinto tocam suas
saliências, como se temessem aquele choque.
— Quem se deitar no chão, não mato, odeio traições. – Sil
pelas costas dos seres.
Alguns seres se abaixam e os Draus olham a moça, sabiam
que agora estavam cercados, o que era confiança em suas mentes
olhando os seres ao fundo também com turbantes, que não
entendiam o que era, vira medo, os soldados de outras duas nações
surgem as costas, os Draus não sabiam para onde correr, e aos
poucos foram enfrentando, caindo um a um naquele campo.
Sil olha para Mac a sua frente, as costas dos dois muitos seres
sacudindo-se no chão, morrendo.
— Não os vai poupar? – Sil.

526
— Se os criamos, está na hora de os devolver a um
laboratório, não a uma vida.
— Muitos as costas tem medo dos Taief.
— Teremos problemas com eles, mas teremos de caçar estes
que os Draus devem ter colocado aos mares.
— E nosso filho?
Mac olha para o general e fala.
— Detêm todos aqueles seres deitados. – Se referindo aos
Taief.
— Por quê? – Sil.
— Eles nem estavam ainda sobre influencia, e já planejavam
contra nos Sil, propusemos paz, mas ainda não sei quem era o
comando, já que para mim quem vem a frente nos campos de
batalhas, são os servos.
— Ou os agricultores?
— Ou os agricultores.
— E quem lhe comanda Mac?
— A vontade de construir um futuro, mas me preocupo com
o futuro.
— Eles nos olham como se esperando algo. – Sil.
— Sim, mas ainda não vou lhes satisfazer.
Mac aciona a proteção e todos sentem sobre suas cabeças a
cor mudar quase imperceptivelmente, mas sabiam que aquela cor
era da proteção.
Um cargueiro cheio de bombas estava sobrevoando o Saara
Ocidental e é levantado pela proteção, abalroado pela energia, se
divide em dois e explode sobre a proteção.

527
Eon pega a pasta que havia
trazido, abre ela, sobre seu colo,
os dois ao comando olham ele
intrigados e um pergunta.
— O que é este aparelho?
— Um localizador, apenas
isto.
— E para que precisa de um localizador no espaço?
— Para detectar quando vamos para um lugar e quem está ao
comando fala que vamos para outro.
Milk olha o menino e fala.
— Acha que pode com dois Taief?
— Nunca quis poder com um Taief, para mim, a poucos dias,
vocês eram historias para criancinhas dormirem.
— Estranho não ter medo.
— Eu tenho medo Milk, mas meu medo é diferente do seu, eu
temo o que escolho temer, como não conseguir executar tudo que
projetei, mas nunca algo inevitável como a morte.
— Não teme ser escrevo dos Draus?
— Milk, eu nunca serei um escravo dos Draus.
Peter olha para o menino, ele aciona um botão, não pareceu
fazer nada, mas em meio ao negro total, consegue saber para onde
estava indo, alguns comandos pré programados iniciam
movimentos quase invisíveis no escuro do espaço, aquele destino
piscando divisão 5, faz Eon sorrir e fala.
— Vão mesmo me fazer o favor de me levar a divisão 6, eu
pedindo para ir para a Vivencia?
— Não entende que não temos como recusar um acordo com
os Draus, vocês são os fracos nesta relação.
— Então quando forem parar a nave me chamem, quando
estiverem mortos, lembrem, eu tentei.
Eon fecha a pasta e a encosta no chão, aperta o sinto e fecha
os olhos, isola-se, os seres estavam tentando controlar seus atos,
528
seus sentimentos, sente quando um ser vem da parte interna da
nave, mas ele estava de olhos fechados.
O ser coloca a mão sobre a cabeça de Eon, e sente seus
medos, estranha, olha Milk e pergunta.
— Porque aqueles imprestáveis não me apresentavam seres
com este potencial? – O ser segurando a cabeça de Eon, que sente
sono, mas não se entrega, estava com o corpo relaxado, e fala.
— Manda os tirar os poderes aos 7 parks e se faz de
indignado, isto não é um ser criado por nós, não podemos ter criado
um ser tão patético.
Eon mantinha os olhos fechados, os dois no comando veem o
setor 5 a frente e começam a fazer uma manobra de aproximação.
— Acha que temos medo de você, e nos chama de patéticos.
— Seres sem nome, com funções apenas que se acham seres,
criados em laboratório, melhorados em Hons, mas ainda assim, a
criatura se voltando contra o criador, mas desculpa, tem de ser
menos patético para nos vencer.
— Em pouco tempo estará sobre nosso comando.
— Será que vocês seriam tão malucos a ponto de me por um
sistema de controle, que ampliaria meu controle mental, colocando
medo nos Taief, um controle superior a sua rainha, acho que vocês
não são tão idiotas assim.
— Pensa que escapa com esta conversa fiada?
— Escapar de que? – Eon abre os olhos e olha para aquelas
retinas estranhas do ser , o menino encara o Draus, enquanto o
setor 6 começa uma reação de explosões a sua frente, Milk no
comando olha para Peter que fala.
— Segura tudo.
MIlk estava manobrando e sente bater em algo, como se algo
o abalroasse, o ser se desequilibra e tira a mão da cabeça de Eon,
ele puxa uma faca, com uma mão, solta o cinto com outra e
atravessa o pescoço do ser, que sente dor, o mesmo tenta o pegar,
o menino olha para o lado, e MIlk olha assustado, eles tinham
acabado de ser puxados para dentro de um cargueiro, se via as
portas fechando e o menino sente sua mente, sente a vontade de
atravessar o braço com a faca, ele olha a faca, olha para os dois,

529
sente a mesma, pega ela como se fosse enfiar em seu peito, o ser
olhava o menino, o mesmo parecia feliz com a morte do menino.
Eon olha apenas para a faca, sente a mente invadida, sorri e
fala.
— Só fale a seus pais Milk quando chegar do outro lado, lá
onde existem almas, que você perdeu a chance de conversar.
O Draus olha o menino inverter a faca e jogar, o ser pensou
que o menino errou, mas viu a mesma atravessar o recipiente de
controle mental de Milk.
O ser se distraiu, enquanto Eon andava de costas, aciona o
abrir, o ar saiu, mas o frio já não era externo, corre pela rampa e
chega ao cargueiro, corre no sentido de uma porta externa, Peter
olha o ser vendo Milk caído para frente, aparentemente morto, se a
ideia era matar o menino, um deles já estava morto.
— Ele acha que pode sair, não sabe onde está. – Draus.
— Muito menos você, estamos em um cargueiro, pré
programado, que não sabemos de onde saiu.
Peter sente o ser tentar lhe interferir e sorri.
— Tenho de concordar com o menino, vocês são patéticos,
vocês acham que todos são seus escravos, mas tens nome pelo
menos ou um numero?
— Uma Palavra Numérica.
— Ele deve saber o que tem ali, mas vamos no sentido do
comando desta nave. – Peter.
— Faça isto, vou pegar este Hons desobediente, ele vai
aprender a nos obedecer na marra.
Peter vai no sentido dos comandos, embora nunca tenha
passado perto de um comando de um cargueiro espacial, enquanto
o ser aproxima-se de Eon, que agora já estava em um traje espacial.
Peter ao longe olha o menino e acelera o passo, quase como
se entendesse o sentido do que o menino faria.
O ser chega perto sentindo o ar sair, corre e segura no braço
de Eon, que vê o ser congelar, e apenas bate na mão do ser que se
desfaz em gelo.
Chega ao comando lateral e olha os dados, aproxima a nave
do setor 6 e esta entra de lado, fechando a porta, na divisão 6,
parecia ter muitos Hons ali, mas todos pareciam estáticos, quando
530
os tocou entendeu que estavam inertes e congelados, os colocaram
no hangar e abriram os comportas, o passar pelos corpos foi como o
despedaçar de objetos de gelo, o cargueiro continuava de lado, e
para a uma porta ao fundo.
Eon olha para onde estavam as explosões, caminha até a nave
Taief, pega a sua pasta, e com calma entra no hangar, Peter olhava
para o menino do comando, não entendia o que estava
acontecendo e ouve em sua mente.
“Melhor por um uniforme e sair dai.”
Peter olha o menino, ele chega a uma estrutura, ali tinham
alguns seres ainda se batendo, quando do entrar lateralmente no
hangar, todo o sistema perdeu ar rapidamente, e o congelar de
alguns, o tentar de uniformes que não foram feitos para eles por
outros, e uma leva de adulterados as costas.
Eon chega ao painel de controle, tudo destruído e olha para o
cargueiro ao fundo, olha Peter chegar perto e fala.
— Vai me matar?
— Temos de conversar menino, não sei oque pretende?
— Os Draus que foram ao deserto estão mortos Peter, os
seus ainda estão detidos, mas ou acertamos esta paz ou vai ser
guerra novamente.
— Os lideres convenceram MIlk que os Draus eram um aliado
mais forte, e vocês como sendo maioria, teríamos a mão de obra
barata para todas nossas necessidades.
— Não entendo alguns seres, querem ser poderosos para não
fazer nada, eu gostaria de poder, mas para fazer de tudo, não para
viver na dependência.
Eon acionar o cargueiro que estavam e ele apenas recua,
estava danificado demais, ele sai ficando ali próximo, outro se
aproxima de começa a abrir sua parte de carga.
— O que pretende?
— Peter, quer cair fora, pega o cargueiro e vai, mas saiba,
ninguém vai ficar sobre o muro desta vez, ou vão assinar a paz, ou
vamos por para correr.
— Mas o que pretende?
— Põem a mascara Peter, pois eles vão lhe estranhar.
— Mas...
531
— Evita tentar ler a mente deles que eles lhe trataram como
um deles, tentou, teremos problemas.
Eon destrava uma das entradas, o sentir de oxigênio, o fez
relaxar, mas o cheiro de agricultores, o deixou tenso.
Começam a entrar na divisão 6, olham a leva de seres mortos
em um dos refeitórios, Eon olha as crianças mortas, quase que
pediu para ficar ali quando seu pai disse que iria sair com Sil, pois
não teriam alternativa.
— O que aconteceu aqui? – Peter.
— Hons Servos mataram todos os que não eram servos, e
estavam comendo, tiros na nuca ou pelas costas.
— Porque disto?
— Eles tem vocês para dominar mentalmente quem está lá
no planeta, porque se preocupar com quem os trouxe até aqui.
Eon chega a um sistema e olha para as capsulas, pega no
comando pessoal quais eram as iniciais, olha as câmeras internas,
todas danificadas, olha para os sistemas de oxigênio, sim, 19 peças
de vivencia com seres, não sabia o que tinha ali, mas iria abrir.
Eon pede uma Conversa aberta, demora para alguns
responderem via sistema e fala.
— Estamos com um cargueiro no Hangar, quem quiser sair
agora, é a ultima chance, o setor 6 vai se esborrachar numa lua,
rochosa, sem chance de sobrevivência, quem quiser sobreviver, tem
de estar no cargueiro em meia hora, partimos logo após.
Peter olha para Eon e pergunta.
— Porque fez isto, tudo indica que não tem ninguém?
— Primeiro, se não tiver ninguém, é um blefe, e se tiver
alguém, uma chance de salvar alguém.
— Mas serão peso.
— Eu sou o peso Peter, como falei, se quiser ir, sabe o
caminho.
— Você parece saber o que está fazendo, mas sua mente diz
que está improvisando.
— E as duas afirmativas estão corretas.
Peter olha o menino ir no sentido dos cultivos, viu ele abrir o
grande modulo de plantio, se viu rostos assustados, Eon sabia que
estava travado por fora, dois senhores olham assustados.
532
— Quem vem lá, não se aproxime.
— Eon, filho de Mac, viemos tentar tirar os últimos
sobreviventes, se querem ficar, tem de saber que vão colidir com
uma lua, não com o planeta.
— Mas sua mãe não foi quem calculou a nossa reentrada.
— Ela fez o que pode, mas não poderia acreditar no que os
Hons fizeram nesta nave, para sobreviver, e por ultimo, vocês
votaram para a excluir daqui.
— Vamos sair como?
— Um cargueiro, o ultimo a decolar, está no hangar.
Eon começa a sair, os senhores pareciam não acreditar, ele
chega a uma divisão e faz sinal para Peter parar, o rapaz parece
tentar sentir o ambiente, mas parece bloqueado.
Eon olha para aquele ser de pé na ponta do local onde
passaram e fala.
— Quem vem a nós? – Eon.
O ser olha desconcertado, olha como se tentando entender
onde estava, parecia um jovem, não parecia falar, emitia sons
desconectos, e Eon olha para Peter e fala.
— Segura eles um pouco.
Eon olha aquele Draus totalmente perdido, olha suas costas,
sem sistemas de controle, olha para a região de uniformes e fala.
— Me entende?
O ser tenta falar, mas parece não sair.
— Consegue respirar?
O ser balança a cabeça afirmativamente.
— Quantos de vocês tem por aqui?
O ser balança a mão como se fossem muitos, juntando e
separando os dedos com membranas divisórias.
— Onde?
O ser apontou para os tanques de agua do lugar, eles
deveriam estar os transportando, e para isto, precisavam que
ninguém os vissem.
— Consegue me esperar?
O ser balança a cabeça afirmativamente.
Eon volta a Peter e fala.

533
— Vai ao cargueiro e tenta decolar com o máximo de pessoas
possíveis.
— Vai ficar?
— Vou fazer o que acho correto, e sei que posso pagar caro
por isto, mas vai.
Os agricultores passaram por Eon, e foram caminhando para
o cargueiro, a imagem dos mortos, muitas mortes ali, tanta
crueldade por algo que Eon ainda não entendia.
Eon olha para o cargueiro sair, 78 Hons se apresentaram, ele
ficou ali, sente alguém lhe tocar as costas e olha uma menina.
— Quem é você?
— Eon, e você?
— Você é nosso inimigo, porque está aqui.
— O que é você menina?
— Uma futura rainha, não pode querer tirar minhas damas de
honra, minhas serviçais.
Eon não conseguia ver a mão ou nada além do que o
uniforme de exploração externa da menina lhe deixava ver.
Não diria vendo apenas o rosto na veste que era um Draus.
— Então me indaga porque quer ficar aqui, seria isto?
— Minha mãe disse que deveria ficar aqui, que teríamos um
lar, logo, e voltaríamos a condição de espécie.
— E como pode ser uma espécie, se tem apenas moças?
— Somos seres feitos através de clonagem de um único
individuo, as induções genéticas os dão braços, lhes dão força, lhes
dão a aparência de Draus Machos, mas eles não o são.
— Se todos os demais são clones, como você nasceu menina?
— Dizem que sou o ser inicial, mas não acredito nisto.
— Porque não acredita?
— Porque tenho minha mãe, sempre a tive.
— Quando me propus a tirar o pessoal daqui, é que alguém
alterou o calculo de reentrada e vão se chocar com a lua do planeta
a frente.
— Mas se é nosso inimigo, porque veio nos salvar?
— Eu vim salvar os Hons, não vocês.
— Acha que resistiria se mandasse nos salvar?

534
— Ainda tenho outros a salvar, então não sai ainda daqui,
mas logo sairei, quem quiser me acompanhar não posso proibir
menina, eu pretendo sobreviver.
— Mas estas imprestáveis nem ouvem meus pensamentos
ainda.
— Elas não podem ouvir ou nasceram com defeito? – Eon.
— Elas não passaram ainda por sistemas de remodelação
genética e nem implante de medula Taiefática.
— E porque não?
Ela riu.
— Estes Hons tem um herói que não sabe de nada.
— Não sou um herói, apenas não gosto de matar, e acabo
matando, por ignorar a verdade.
— Não sabe mesmo?
— Nem ideia? – Eon que reparava que as moças, eram todas
moças, deveriam ter aparência de uns 24 Parks. – Elas não falam?
— Suas cordas vocais não funcionam, e estão expostas ao
oxigênio direto a primeira vez, pois não poderíamos ficar esperando
você estourar mais uma de minhas casas.
— Estourou a minha, esperava oque?
— Obediência a sua mestre.
— Se conhecesse sua mãe para obedece-la, mas nem isto.
— Eu não sei como vocês contam o tempo, para mim estas
naves são um marasmo, mas viemos de um planeta vivo, nossa mãe
foi imposta nesta viagem, ela não queria abandonar Hons, ninguém
dos que vieram queriam, mas a primeira leva de 6 mil princesas já
estava estabelecido quando ela nasceu, então ela teria de achar um
mundo para desenvolver os seus e ter direito a ter uma família.
— Continuo sem entender. – Eon fez sinal para as moças
começarem a caminhar – Vamos por aqui.
— Os Taief que fugiram de Hons, fugiram da extinção, pois
para termos braços e serviçais que entendam nossas ordens,
precisamos de colunas de Taief, dizem que em Hons existem
fabricas delas, pois eles arrancam ela, e uma nova volta a se
desenvolver, mas mesmo assim, não teria uma para os
descendentes de minha mãe, e sem eles, não podemos ter nossos
serviçais resistentes, temos aquela prótese ruim que acaba
535
matando os que a usam, mas quando soubemos da existência de
Taiefs no planeta, tudo mudou, esta era nossa procura, sabíamos
que tinha Hons ali, mas não eram os Hons que procurávamos.
— Sabiam?
— Quem não saberia do planeta de origem?
— Então vão propor um acordo com os Taief e vão os
aprisionar depois.
— Sim.
— Elas tem vestes espaciais?
— Nos ajeitamos em algumas. – A menina emitindo um som
ruim de ouvir, era muito fino, as moças começam a ir ao canto e
colocarem uniformes.
— Então veio de Hons? – Eon.
— Sim, mas descobrimos algumas coisas neste tempo, que
poderíamos com células tronco de Hons, desenvolver os pequenos
controles que usamos nos jovens de 7 Parks, o corpo em 98% dos
casos, aceitava ser parte de seu corpo e passava a crescer, mas para
isto a pessoa tinha de ter o tipo de sangue certo, uma predisposição
mental, e uma predisposição de pré cura.
— E quantos Parks têm as moças?
— Elas estacionam sua evolução, elas precisam de algo para
passar a frente, mas não temos como prover isto sem os Taiefs,
agora achamos uma colônia e você nos quer tirar o direito de os
aprisionar.
— Sou o criador tentando conter a criatura menina, nem sei
se tem nome?
— Na sua língua seria Segunda.
— Vamos fazer um trato Segunda?
— Minha mãe não quer que faça tratos com Hons.
— Quer morrer então?
— Acha que pode me matar?
— Não disse isto, quis dizer que todos que eu não ajudar, vão
morrer nesta descida, não tenho medo da morte, tenho medo é
desta apatia que vocês vivem. Mas se não temos um trato, melhor
para mim, não precisarei pensar em vocês, quando estiver tendo de
pensar quem sobreviverá a queda.
— Sabe que não pode com os nossos.
536
— Tem noção de quantos seres tem naquele planeta pequena
Segunda?
— Não entendo aquela quantia, parece impossível.
— Impossível poderia ser o nome do planeta, eles tem 100
milhões de espécies, todas desenvolvidas ali nos últimos 25 milhões
de anos.
— Mas onde cabe tanta coisa?
— Diferença de tamanho, alguns são grande, mas a maioria, é
pequena, milhares de espécimes, de tipos, de estruturas.
— Mas o que tem isto de importante?
— Somos a espécie dominante lá embaixo, para cada Draus,
deve ter milhões de seres, mas o principal, talvez encontremos a
origem dos Draus, pois ali é nossa origem menina.
— Surgimos em laboratórios.
— Você pode tentar me convencer disto, mas sabe que não
foi assim, talvez tenhamos começado errado.
— Vocês sempre fazem as coisas erradas.
— Sim, o poder do errado.
As moças começam a passar para o hangar, a menina olha os
seus congelados ao fundo, e pergunta agora com aquela voz
metalizada do uniforme.
— O que fez com eles?
— Sabe que eles queriam me matar?
— Eles queriam lhe estudar e por na regra.
— Sinônimo de morte, mas tudo bem, nem os vi congelar,
quem pilotava não era eu, era um Taief, que por acidente matei.
— Você mata tudo que toca?
— Nem tudo, vocês ainda vivem.
As moças olham os cargueiros, olham a porta se fechando e
olham ao longe a segunda nave aguardando.
Eon olha para as moças e fala.
— Recomendava as instalações superiores, onde tem cadeiras
e sistemas de proteção, o saguão principal sempre é arriscado.
Eon assume o comando e olha para Taief, ele parecia perdido
e ouve.
— Se quiser tentar a reentrada, com um cargueiro é morte na
certa Peter, mas pode tentar.
537
— Vai onde?
— Preciso falar com uma rainha Draus.
— Ela vai lhe matar.
— Sei que um dia vou morrer Peter, mas estamos indo para o
sistema 8, depois vamos passar pelo sete e por ultimo, Vivencia.
— Algum motivo para isto?
— Queria ir direto, mas se paramos no primeiro, perdemos
velocidade, e as naves estão todas no caminho.
Eon olha para o sistema as costas, abre a pasta ao lado do
comando e aumenta todas as pressões, e olhando pela janela se via
o conjunto 6 recomeçar as explosões, a menina olha para ele
sentando-se ao comando e olha para o visor de Peter.
— Entendeu o problema? – Eon sabendo que deixou o
sistema de comunicação ligado o tempo inteiro.
— Sim, escravos, para servir a novos seres, que precisam
evoluir e não o farão naturalmente.
Eon programa o sistema e pega sua pasta, passa uma
comunicação para sua mãe pelo sistema. Alguns pedidos e a
informação que o conjunto 6 não chegaria a Gaia.

538
Sil olha a comunicação e
olha para Mac.
— Fala Sil, algo lhe fez
pensar?
— Uma pergunta de nosso
filho.
— O que ele quer saber,
que tem de ser comigo?
Sil coloca a mensagem no visor e Mac olha para fora e fala.
— Ele acha possível?
— Teríamos problemas, mas aqui fala que todos os que vivem
muito, tem poder de regeneração, então os corpos podem morrer,
mas a medula vai tentar sobreviver, por um tempo.
— Maluquice isto.
— Ele pergunta se é possível, pois para ele parece irreal, ele
está diante de uma criança, que estava pronta a reentrada no
conjunto 6, e olha as imagens das demais.
— O que é isto?
— Os seres antes da alteração genética, que vai lhes permitir
receber a medula de um Taief.
— Nunca acharíamos eles mesmo que eles ainda estivessem
aqui.
— As perguntas dele são técnicas Mac, não sei nem como
responder.
— Ele não quer que respondamos com palavras Sil, ele quer
que achemos uma forma de salvar os que chegarem, e tiverem
alguma alteração.
Os dois olham os seres detidos, Mac pede para o general para
lhe trazer um deles e o mesmo estranha, Mac tira uma fatia da
medula óssea do ser, a coloca em uma espécie de sopa de
materiais, e Sil olha aquilo tomar forma, sorri e fala.
— Isto é para assustar.

539
— Sil, como Eon falou, o problema é que os seres na Vivencia
não tem esta prótese, eles tem uma que não aguenta 3 meses, gera
problemas de incompatibilidade e perda de comandos físicos, e
quando o pulmão para, morrem.
Sil pensa em quantas mortes por ignorar aquilo.
— As vezes a falta de conhecimento gera muitas mortes que
não precisávamos Mac.
— Sei disto, aprendemos andando, e isto gerou mortes entre
amigos, que bem poderiam ter outro comportamento.

540
A menina olha para Eon e
pergunta.
— Minha mãe falou que
você tinha uma companheira, ela
não está mais entre vocês?
— Como alguns dizem,
mato tudo no meu caminho.
A menina olha para ele e fala.
— Está com um piloto Taief ali, sabe que isto é um problema.
— Problema?
— Eles vão querer tomar a nave ali apenas por ele estar nela.
— Eles quem?
— Acha mesmo que estávamos apenas no setor 6?
— Imagino que distribuíram entre alguns, mas como disse,
quem quiser ajuda menina, eu ajudo, quem não quiser, terá o fim
do setor 6.
A menina olha pela divisória de vidro para trás, não conseguia
mais ver, mas sabia o que ele quis dizer, morte a quem fosse ficar
no caminho.
— Eon para Peter.
— Fala menino?
— Fica no ar, entendeu o problema?
— Sim, eles nos queriam, e não a você.
— Sempre digo que sou pelo enfrentar.
Eon põem na frequência da Vivencia e olha para Guel, ao seu
lado Fres e fala.
— Eon para Vivencia, podemos conversar?
Guel olha Fres que olha para a porta aquela senhora entrar
em um traje espacial, apenas sem o capacete e fala.
— O que quer menino? – Fres.
— Avisar e perguntar, quer ajuda Fres ou quer morrer?
— Sabe que não tenho opção.

541
— Nem este Guel Fres, os pensamentos dele são da senhora
as suas costas, então não estou perguntando para esta prótese que
lhe colocaram a cabeça, estou perguntando a você Fres, vai os Hons
ou vamos todos a morte.
— Acha que entendeu o problema? – Guel.
— Entendi, desculpa se danifiquei o primeiro Taief, pois não
havia entendido que para vocês eles são moeda de troca, mas saiba
Guel, se um dia, eu falar que vou lhe entregar algo, provavelmente
não o farei, lhe passarei a perna.
— Do que está falando? – Fres.
— Se você matar Guel e pegar a prótese dele e trocar a sua,
você não morre Fres, mas eles não tem mais das próteses deles, a
moça ai as suas costas era uma criança expulsa pela mãe, rainha,
que já tinha muitas filhas, para fora do planeta, objetivo, achar onde
haviam Taief, e quando os achar, recomeçar tudo, nós, apenas o
meio de conduzirem ao espaço, os escravos que não tinham nem
historia, objetivo, o sistema natural dos Taief, que os permitem nos
dominar.
— Acha que ele vai lhe ouvir? – A senhora falando.
— Finalmente a rainha, prazer, Eon, filho de Mac e Sil, não
somos súditos seus senhora Seis Mil e alguma coisa, não sei seu
nome, mas deve ser superior a Seis Mil, mas como súdito de um
império Hons, não posso ser seu súdito.
— Acha que deixaremos Fres vivo para ser seu rei?
— Acho que esquece senhora, não sabe pilotar a nave, espero
que tenham esvaziado as cúpulas de agua.
— Vai ameaçar, não é grande coisa.
Eon amplia a tela e a senhora olha a filha no banco do lado e
parece recuar e fala olhando a menina.
— Pensei que havia morrido filha.
— Não consigo lhe transmitir nada nesta nave mãe.
— Disse para ficar lá.
— Estaria morta mãe.
— Mas...
— As imagens mãe, o setor 6 explodiu, ele me tirou de lá, mas
ele não parece perigoso, mas parece ter uma força maior que
muitos que conheci mãe.
542
Eon reduz a imagem e a menina vê que ele desligou seu
comunicador e olha a rainha.
— Senhora, eu não me preocupo como os Draus, não me
culpe.
Eon aciona o comando de explosão dos tanques de pressão
da Vivencia das cúpulas 2 e 1.
— Melhor ele estar vivo senhora, pois é a ele que me relato,
não a um quase Hons e nem a uma Draus.
A imagem apaga e Fres segura-se sentindo o estremecer da
nave.
— Ele vai nos matar a todos, façam algo. – A rainha.
— Alertamos isto a muito tempo senhora. – Fres – Pedimos
especialistas em táticas, não nos ajudaram, pedimos sinceridade,
não tivemos, Bris achou que conseguia facilmente se impor no
planeta sobre a engenheira, mas pelo jeito não foi tão fácil.
— Tem de trazer minha filha a mim.
— Ele vai vir a nós senhora, mas tem de cuidar para os seus
não a matarem, pois ele está junto com o inimigo. – Guel.
Sente-se a segunda explosão.
— O que ele está fazendo? – Guel.
— Sei lá, mostrando que Sil o ensinou nossos fracos, ele sabe
os fracos da nave, e através disto, força em extremos que tem
pressão demais ou de menos. – Fres.
A senhora saiu, os demais olham para Fres e um pergunta a
ponta.
— O que ele quis dizer? – Jon.
— Se entendi, o menino veio ao espaço, e não esqueçam, o
que falarmos aqui eles vão ficar sabendo, mas enquanto isto, Mac e
Sil enfrentarão os Draus em Terra, eles já sabem o que os Draus
querem, isto em si, é uma informação que nem eu nem vocês
tinham, mas se eles tem, vão tentar algo, e chegará a hora que
olharemos os seres aos olhos, e teremos de enfrentar nossas dores.
— Eles podem nos matar. – Ros, uma moça a ponta.
— Ela falou que nem eu serei deixado vivo, se estamos
mortos, o que podemos fazer.
— Nada.
Fres foi a um painel e escreveu na parede.
543
“Vão as peças de vivencia, cuidem dos seus, se tranquem, e
esperem que algo aconteça.”
Eles começam a sair, e Fres apaga a imagem escrita e o rapaz
que sempre apoiara Guel, olha para Fres.
— Acha que terão chances?
Fres sorriu e falou.
— Não precisamos, aqui temos poucos mil, lá no planeta
bilhões, nós morrermos aqui com vocês, é um ganho, isto que o
menino quer dizer, vocês são fracos, pois não vivem se matar a
rainha, pois sua mente, é dela, tem de ser muito idiota para achar
que isto é vida.
Fres sai da sala.
A correria nos corredores, onde famílias eram postas para os
corredores para os seres estranhos viverem, fez Fres olhar o quanto
estavam frágeis, ele caminha até os motores e olha para o técnico
concertando e lhe perguntando.
— O que está acontecendo Fres?
— Fomos traídos e vamos a consequência máxima, pega os
seus e vai a cúpula 5.
— Por quê? – O engenheiro vendo Fres chegar ao quadro de
anotações e escrever.
“Avisa todos, por palavras escritas, não faladas, para irem
para a cúpula 5.”
— Está falando desta coisa na nossa cabeça?
— Sim, estou falando disto.
Os grupos começam a se agilizar, Fres parecia não gostar
daquele fim, mas olha para o espelho e sente dor, sabia que parte
dos pensamentos não eram dele, mas demorou para mudar de lado,
agora não tinha parte das peças, e não teria como isolar tudo.
Guel chega a ponte e olha que estava tudo desligado e olha
para o segundo no comando.
— O que Fres fez?
— Mandou todos se recolherem, que teriam de esperar que
algo acontecesse.
A rainha entra na peça e olha para tudo vazio e fala.
— O que está acontecendo Guel?

544
— Não precisava falar na frente do comandante que ele não
seria poupado senhora, isto em si dá liberdade do menino explodir
tudo.
— Ele não seria maluco.
— Ele não é maluco, e pior, ele está com a herdeira na nave
dele senhora.
— Quem é este menino?
— Ele se fez um lenda senhora, o filho da melhor engenheira
que tivemos na ultima leva com o melhor geneticista, alguém que
seu sistema de identificação de futuros Draus deixou passar porque
ele era filho de um agricultor, então temos uma bomba relógio.
— Não pode me culpar disto.
Guel sentiu dor a cabeça e olha a senhora com dor.
— Desculpe a minha audácia rainha.
Ele sente a mente solta e a senhora sai.
Guel encosta na cadeira, e o rapaz fala.
— Tem de controlar as palavres Guel.
— Se ninguém falar, ela não vai entender, melhor um pouco
de dor e a chance de viver, a não sobrevivermos.

545
Eon abre as transmissões
para o setor 8 que chegavam, por
todos os canais.
— Eon para direção do
setor 8, alguém vivo ainda?
Eon aciona o sistema de
câmeras, viu que muitas estavam
desligadas, acha uma no setor de estrutura do Hangar, olha para os
comandos, estavam trocando para um sistema diferente, mas ele
consegue com muita dificuldade consegue as imagens, olha aquela
linha de pessoas de pé no hangar, congeladas, com os olhos olha
muitos agricultores com suas famílias, conhecia poucos dali, mas
sabia que seu pai deveria conhecer todos.
Eon olha a menina a fala.
— O que sente quando vê isto pequena segunda?
— Eram apenas agricultores, quer que tenha pena de
animais?
— Perguntei o que sente, não o que eu quero?
— Eles não tinham saída, eles estavam nas capsulas, todos os
planos indicavam que a nave não sobreviveria, então eles colocaram
para fora. E se instalaram nas peças de vivencia.
— Interessante, acho incrível a capacidade Hons de justificar
atrocidades, devemos ter uma origem comum mesmo, pois
justificam genocídio com palavras bonitas.
Eon olha a menina esperava alguém entrar em contato.
— Setor 8 para Eon, o que quer rapaz?
— Avisar que os sistemas sofreram interferência interna, não
sei quem, mas isto gerou uma mudança de trajetória, vocês vão se
chocar com a lua do planeta antes de chegar perto dele.
O ser tira o capacete e olha para o menino e fala.
— Acha que caímos nesta historia menino?
Eon sorriu e apenas fala.
— Foram avisados, depois não reclamem.
546
— E saberia corrigir o problema?
— Não tenho como concertar, vocês trocaram o sistema de
controle do setor 8, então não me culpem, estou apenas alertando,
que no curso atual, vão se chocar com a Lua do planeta.
Eon começa a afastar o cargueiro e fala.
— Boa sorte.
A menina olha para Eon e fala.
— Não pode os deixar lá, eles podem sobreviver.
— Sim, eles podem, mas como você disse, eles tem as peças
de vivencia, que pertenciam aos mortos no hangar, eles precisavam
do lugar, que façam bom proveito.
A menina olha com raiva e Eon sente uma forte vontade de
voltar, levanta-se e soca o nariz da menina que desacorda, ela
deveria ter milhares de parks.
Eon olha os seres sem adulteração, e os com adulteração,
dois seres totalmente diferente, um deve ter sido o ser natural, o
outro o ser criado, algo para servir por uma eternidade, covardia de
ambas as partes, Eon olha o comando de Oxigenio das peças de
vivencia e coordena o perder lendo do oxigênio, eles morreriam
sem sentir.
A menina abre os olhos assustados e olha o nariz sangrando e
grita.
— Você me bateu, covarde.
— Toda vez que invadir minha cabeça, vai apanhar, posso não
controlar meus atos, mas minha raiva eu controlo, então terá o que
consigo controlar quando tenta me agredir, a raiva, o ódio.
— Mas eles estavam vivos, os vai deixar morrer?
— Logico, se eles não tem utilidade, pois se não sabem
controlar uma nave, e resolveram matar todos que sabiam,
merecem a morte menina.
Peter olha para o menino se afastando, olha as famílias todas
mortas congeladas na parte do hangar, mortos covardemente,
mandados para lá, vivos, mal sentiram a morte.
— Peter para Eon, não vamos recolher o pessoal do setor 8?
— Ali só tem Draus Peter, todos ali estão mortos, não terei
pena de quem mata por matar, se duvidar farão o mesmo na
Vivencia, e quando souber do feito, vou apenas a explodir no
547
espaço, se o problema é técnico, resolvo, se é genético, tentamos
resolver, mas se é falta de noção de viver em conjunto a outras
espécies, tenho de deixar longe de Gaia.
— Eles vão tentar lhe matar menino. – A menina.
— Peter, temos apenas de saber como vamos voltar ao
planeta, o resto, detalhes para eles, não para nós, missão da vinda,
os por para correr, sei que pensava em outra coisa, mas não sou de
voltar atrás de meus planos.
— E o que vai fazer.
Eon olha que boa parte do grupo adulterado de Hons
estavam fechando a comporta do setor 5 e aciona o sistema
automático de descompressão, e todos os pedaços da Vivencia
separam-se.

548
Fres olha as imagens do
hangar da divisão 8 e fala olhando
os demais.
— Vamos nos organizar,
estamos indo de encontro ao
planeta, mas teremos de
convencer eles que somos Hons
ainda.
— Porque disto? – Uma moça.
— Os que foram ao planeta, tentaram destruir o sistema que
nos permitiria descer, pois os Draus os controlavam.
— Quem são estes Draus, como eles assumiram nossa nave?
– Um senhor que via as famílias mortas do setor 8.
Fres olha alguns ao fundo e fala.
— Vamos nos organizar, quando chegar ao planeta tentamos
entender, mas vamos precisar controlar a agua, e os alimentos,
estamos em poucos, mas iremos até o chão, sem sistema, sem
planos de controle, não sei ainda, preciso de dados.
Um rapaz ao fundo olha para Fres e fala.
— Mas está traindo nossa Rainha.
Fres pega o chicote elétrico, o batendo no rapaz, este sente a
dor.
— Prendam qualquer um que tentar nos prejudicar, se a
pergunta pode ser respondida ainda, é que existem seres que se
passam por Hons, mas é apenas aparência física.
Os rapazes prendem aquele rapaz.

549
Sil olha para o rapaz e ele
parecia bem, estranho algo que
pode mudar um povo, e ao
mesmo tempo, se recuperar
perfeitamente.
Mac olha para Sil e fala.
— Vamos começar a
trabalhar em dobro.
— Pelo jeito teremos de fazer uma seleção, uma varredura, e
um conjunto de medidas de proteção.
— O que mais pensou para este problema Sil?
— Não sei onde nosso filho quer chegar, mas precisamos de
gente preparada em terra, gente preparada para vigiar estes seres,
alguns talvez nem tenham cura, mas teremos de ter uma
determinação interna, e nada disto sai para fora. – Sil.
— Os malucos iriam nos atacar, ou quem ganhasse, estes não
tem noção de certo, de errado ou útil e inútil.
— Eles são o que conseguem.
Mac sai para a parte externa, se via os campos começando a
ficar verde, ao longe ainda tinham uma tempestade de areia, mas
era questão de tempo, para elas se extinguirem, pois logo teriam
todo um solo húmido.
A organização seria imensa, e ainda estavam tentando
entender tudo o que aconteceu.

550
Eon olha a situação e passa
uma instrução a Peter.
— Peter, vai no sentido do
setor 5, mas apenas olha de longe,
não sabemos se temos alguém a
mais lá, mas se eles vão descer,
preciso de alguém no ar para
controlar o sistema, e as pequenas naves que tendem a ir para lá.
— Vai para onde?
— Passagem rápida pelo setor 7, e se estiver semelhante ao
setor 8, vou acelerar para a divisão 2.
Eon acelera a nave e chega ao setor 7, olha para o hangar,
estava aberto, mas não tinha nada ali, olha para o espaço, olha para
as pedras de gelo que acompanhavam a nave, sorri triste e olha
para o comando.
— Eon para setor 7, alguém ainda preparado para sobreviver?
— Setor 7 para Eon, o que quer menino?
— Como está o sistema de aceleração?
— Estamos indo, não entendemos a programação de
explosões, mas veio nos dar uma carona?
— O cargueiro que estou não aguenta uma reentrada, mas
preciso deixar uma princesa e suas servas em algum lugar, pois
nesta nave todas morreriam.
— Entendi, sabe quem somos, pensei que ficaria no encenar.
— A Vivencia deve ter tido problemas, ouvi alguém me
culpar, mas não o fiz, eles separaram as 5 partes, e estão indo cada
parte a sua vez para o planeta, mas para sorte de vocês, devem
chegar lá bem antes deles.
— Porque?- O senhor.
— Juntos o campo teria como os segurar, mas separados, são
5 cálculos de reentrada, podem não conseguir segurar todos.
— E o que a rainha fez?

551
— Isolou os Hons em uma divisão e disparou no sentido do
planeta.
— Porque tenta nos convencer mentindo?
— Não sei o que é verdade para saber se é mentira, estou
jogando com você para ver se me fornecia um dado, que não tenho,
mas se não deu certo, apenas vou no sentido do que foi o sistema
Vivencia, mas preciso deixar a princesa em um lugar seguro.
Os rapazes se olham e um fala.
— A rainha mandou recuperar a menina, se ele está a
protegendo, o que podemos fazer além de proteger ela.
— Deter ele. – Outro.
Eon na nave olha a menina e fala.
— Reúne elas, vou os deixar em uma divisão que tem como
chegar lá inteira.
— Pensei que nos mataria.
— Eu não sei nem se saio inteiro desta divisão menina, mas
vai, eles tem ordens de lhe proteger.
A menina sai fechando a veste, e olhando as moças ao alto faz
sinal para elas descerem, e começam a se posicionar em uma saída,
o hangar estava vazio, aberto, então estava sem oxigênio, Eon
chega perto e encosta o sistema da lateral, não dava para fechar a
comporta com ele no caminho, ele aciona o abrir das comportas, o
sistema recolhe o oxigênio, o silencio toma o lugar, e a menina
caminha no sentido da comporta com as suas escravas, assim que a
ultima tinha saído, ele começa a fechar a comporta, Segunda olha
para o cargueiro e olha o menino afastar o cargueiro vendo uma
leva de soldados chegarem atirando no cargueiro, Eon olha para a
menina e sacode a cabeça negativamente, e aponta a comporta, a
menina correu, as moças foram junto, duas mais lentas nem
perceberam o menino acionar os motores girando, e aquele sistema
de compressão que forçava a nave a frente aos pulos, atravessar os
que tentavam chegar no cargueiro, os jogando no sentido dos vidros
ao fundo, um deles racha, a menina entra e olha os demais
tentando evitar o sair do ar, mas a pressão interna estoura o vidro e
o ar sai rápido e vê os seres gelando.
A menina olha o senhor que a olha e fala.
— Tínhamos de tentar menina?
552
— Arriscam minha vida para pegar alguém que vai as mãos de
minha mãe por vontade própria?
— Sua mãe ordenou o deter.
— Acha que esta estrutura chega?
— É das mais inteiras, mas é bom ver a senhorita bem.
O senhor ouve a explosão e sente o avançar mais um pouco,
mas ignorava que Eon acabara de estourar seu sistema de oxigênio,
agora seria com o pouco de ar que lhes sobrara.
O menino abre comunicação com a mãe e fala.
— Noticias nada boas mãe.
— Fala.
— Todos os que havíamos recolhido no setor 6, 7 e 8 estão
mortos, eles os conduziram ao hangar superior sem vestes espaciais
e abriram as comportas.
— Animais.
— Ainda sem saber se o setor 7 chega ao planeta mãe, mas o
seis e oito estão em fase de explosão, então nem chegarão ao
planeta, vão passar longe, destino sol.
— E a sete?
— Ainda pensando se vale a pena mãe destruir tudo, as vezes
vejo que temos problemas semelhantes, mas no setor 5. Agora
desacoplado da Vivencia perto de 5 mil seres alterados, com
precisando de controle de medula para sobreviverem, não sei se
todos vão conseguir mãe.
— Os isolou?
— Eles fizeram manualmente mãe.
— E o que fará?
— Tenta abrir contato com o sistema do setor 5, fala com
Fres, estabelece algo, eu vou de encontro ao setor 2, onde a maioria
dos Draus está.
— Porque filho?
— Tem de entender que cada um tem uma missão mãe, eu te
amo, amo o pai, mas não posso deixar isto pela metade.
— Não explicou filho?
— Mãe, não deixe que eles façam com pessoas como Liz o
que fizeram, transformar crianças em armas, pessoas que sabem
amar, virando armas de matar, não os deixa vencer.
553
— Mas...
— Leva eles para baixo, não sei como os salvar ainda.
— Sei que não temos as respostas filho, mas se cuida.
Eon olha para o sistema defeituoso do cargueiro que tinha a
nave dos Taief nela, e aciona ele.
— Peter, uma dica.
— Fala.
— Deixa o pessoal no setor 5, assim que o fizer, tem um
cargueiro que estou encostando lá, nele esta sua nave, entra nele e
volta para a Terra.
— Vai assumir sozinho?
— Se cuida.
Eon olha os comandos e acelera com tudo no sentido das
naves.

554
Guel olha para os
comandos, olha a rainha
chegando a eles e pergunta.
— Me confirma as boas?
— Boas, apenas o menino
ter deixado sua filha e as serviçais
no setor 7, quase que os Draus de
segurança, estouram o hangar com a menina lá, para pegar o
menino.
— Ela sabia do risco.
— Fora disto, o setor 5 se desconectou, com mais de 5 mil
Hons adulterados, eles acham que precisamos deles rainha.
— E o que vai fazer?
— Eles estão mortos mesmos rainha, não temos e nem vamos
usar a medula Taiefática que tivermos neles, que morram ali
senhora.
A senhora sorri e pergunta.
— Mas qual o problema?
— Alguém nos desconectou todos juntos, estou manobrando
a nossa divisão, para não ser atravessada por outra destas, sem
comando ou controle.
— Quem nos desconectou.
— O sistema automático, tem cara de um dos especialistas,
não sei quem ainda, mas uma hora teríamos de o fazer para descer
rainha.
— E o menino?
— Deve estar chegando por ai, não entendi o que ele vem
fazer, mas vem direto, ele passou direto pelo setor 5, uma outra
nave parou lá, mas não entendi ainda o que o menino quer.
— Nos matar?
— Pode ser, mas ele salvar a princesa não parece fazer
sentido.

555
— Ele queria ter uma moeda de troca, mas nunca
negociaríamos, sabe disto Guel, e quando chegarmos ao planeta,
teremos de nos reorganizar.
— Sim, estou indicando todos ficarem nas peças de vivencia,
pois se vamos a uma descida forçada, lá é mais seguro.
— Eles estão ficando fracos, parte da nossa alimentação era
pela agua, agora alguns não tem pratica nestas comidas, mas eles
terão de se esforçar, não vamos desistir agora.
— Perdemos muitos rainha?
— Dois terços dos nossos morreram naquelas ações contra os
grandes tanques residência, alguns duvidaram do risco e não
saíram, estes morreram.
— E temos números para continuar rainha.
— Damos um jeito.
Guel não via o sistema de oxigênio do setor um e dois
começarem a perder oxigênio, depois uma grande explosão arranca
parte da lateral do setor 4, que perde oxigênio e agua, o sistema de
motores internos aceleram gerando uma grande descarga sobre o
oxigênio fugindo e começa a pegar fogo.
Guel olha pelo sistema e vê o setor 4 começar pegar fogo.
— O que está acontecendo? – Rainha.
— Alguém fez algo errado senhora, deixa eu afastar-nos dela.
O sistema de inversão dos motores reduz a velocidade deles e
veem os demais sistemas passarem a frente, Guel olha a explosão
de um imenso tubo ao fundo do setor 5, e ele acelerar passando a
frente.
— Eles acham que conseguem imitar a engenheira senhora.
— Como deixamos ela de fora?
— Sabe como eu que o sistema de engenharia sempre foi
dado a pessoas que não eram compatíveis a adulteração,
precisamos deles pensando, e não olhando o que queremos, pois
eles nos mantinham vivos.
A senhora olha para os registros de ar, fecha a viseira, o rapaz
olha ela assustado, sente a falta de ar e olha em volta, sente o corpo
perder força, a senhora poderia ter ajudado, mas apenas olha ele
morrer e sai para o corredor.
Dois senhores chegam a ela e um fala.
556
— Estamos perdendo ar senhora, algo aconteceu.
— O que fazemos?
— Vamos as naves, tentamos chegar em outra divisão.
— Não temos como controlar? – Rainha.
— Guel saberia como fazer.
A senhora olha para dentro, ele estava morto, e não parecia
sentir aquilo.
— Vamos então.
Ela sai com os dois por corredores com os seus tentando
respirar e não conseguindo, caindo ao chão, pessoas abrindo as
portas da Peças de Vivencia, tentando focar em algo, tentando
respirar e caindo mortos, sobem para o hangar, viram uma nave
parada na entrada, entram nela e decolam.
Eon olha a senhora sair, e olha para os seres caindo ao fundo,
vê a senhora deixando os seus para trás, que animal era este, pega
uma faca e foi entrando, ele pega um recipiente com sistema de
vácuo, e passa por cada um deles e retira a medula Taiefática, entra
no sistema medico local, olha os seres mortos, seres que como eles,
tinham um grande fraco, não foram feitos para viagens espaciais.
Com apenas 600 sistemas programa uma nave normal, olha
para as medulas, olha para os parelhos que coloca na nave, não
entendia daquilo, mas precisava chegar lá.
Eon decola e vai no sentido do setor 5.
Eon desce com as mãos erguidas e olha para os senhores na
ponte e olha para Fres.
— Podemos conversar senhor?
— O que faz aqui?
— Tem alguém ainda do sistema medico local senhor?
— Sim.
— Podemos conversar?
— O que tem ai?
— Medulas de substituição, mas somente 600 delas, mas
segundo minha mãe, temos como transformar isto em mais de 6 mil
delas.
— Não entendi.
— Fres, ou substituímos os protótipos que foram colocados
em vocês, ou morrem antes de chegar ao planeta.
557
— E veio nos salvar?
— Tentar, precisamos ainda trabalhar em equipe.
Fres fez sinal para baixarem as armas, o menino termina de
descer e alguns olham ele desconfiados e vão a região medica, onde
o menino explicou o que teriam de fazer, cada uma das medulas
deveriam ser divididas em 10 pedaços e mergulhadas em uma
mistura que as faria crescer, assim que tivessem 7 centímetros
poderiam substituir as anteriores.
O medico testa no segundo medico local, e verifica que o
rapaz teve boa recepção aquele método, a maioria da operação era
feita pelo sistema, não pelo medico.
Eon sai do sistema medico, olha que haviam muitos, não
teriam capsulas, teriam de ir para baixo e lembra dos tubos cheios
de seres, fazem inspeção nos tubos.
Eon olha para a divisão 3 acelerar para baixo e chega ao
comando da 5 e passa um recado para sua mãe.
Sil olha a manobra de vinda e pergunta para Mac o que fazer.
— Não sei ainda Sil, eles vão chegar a que velocidade?
— 3% da velocidade da Luz.
— Então sabe o que fazer.
— Sacanagem isto.
O sorriso de Mac a fez sorrir e fala.
— Eles vão chegar antes dos destroços.
— O que aconteceu com o setor 7?
— Eles perderam oxigênio, mas tem tanques de agua, alguns
se esconderam nos tanques, para tentar chegar.
— E faremos oque?
— Não sei ainda, mas acho que podemos fazer o mesmo,
jogar sobre a lua local.
Os dois foram aos cálculos.

558
Eon olha para a nave ao
longe de Peter, pega uma nave do
setor 5 e vai no sentido dele.
Encosta no sistema e olha
para o comando e passa
mensagem.
— Como está Milk Peter?
— Sabia que ele não morreria?
— Vocês foram feitos para viagens especiais, pois suportam o
congelar e descongelar, não tem tantos líquidos quentes no seu
interior, como o nosso corpo, ou o dos Draus, que com o congelar
tem suas veias explodindo.
— Ele parece não entender o acontecido.
— A comunicação do corpo com a mente, é feito por sua
medula especial, mas o que faz aqui?
— Esperando o turista.
— Vamos então.
O menino encosta as duas naves, não tinham sistemas
compatíveis, liga o sistema de corda magnética, liga a proteção dos
calçados, e lança-se sobre aquela corda de energia, chega a porta
externa da nave e a abre, passa pela parte de descompressão, e
entra na nave Taief, do setor 5, Fres olha o rapaz da segurança olhar
para ele.
— Fala.
— O menino foi a uma nave estranha, escura que nos
acompanha, só vimos ela agora, e parece estar entrando nela.
— Porque do susto?
— Parece uma nave Taief.
— E algum de vocês sabe pilotar uma nave daquelas°
— Não senhor.
— Vamos ver se a genialidade dele o faz conseguir.
Os senhores olham a nave acelerar no sentido do planeta e
Eon faz sinal para chegar perto do setor 3, ao longe, ele programa a
559
vinda de um cargueiro, o que protegera a nave deles, este cargueiro
aproxima-se muito rápido do setor 3, o menino não era bonzinho, e
veem a nave atravessar todo o sistema do hangar e seu sistema de
motores provocarem a explosão, quando chega a área com oxigênio
e viram o setor 9 começar a se despedaçar, a rainha estava sentada
em uma peça de vivencia, reclamando do espaço, quando sente o ar
quente passar por ela, sente o corpo queimar, e depois o sumir todo
do oxigênio, logo após ouvir a explosão, ela olha as mãos
congelando.
Fres olha os rapazes na detenção do setor 5 olharem para o
chão como se perdessem controle, mas ficam ali inertes, como se
não tivessem nem vontade própria, onde sem o pensamento da
rainha ficam inertes.
A nave chega rápido, e quando chega sobre o deserto,
desacelera e os dois rapazes veem eles cercados e olham para Eon.
— Temos de conversar mãe.
Sil faz sinal para os demais baixarem a arma, vendo o menino
sair da nave, depois dos dois Taief, caminha até ele e o abraça.
— Está bem filho, porque não avisou?
— Perdemos o radio de comando por descuido de seu filho,
mas se fosse ocaso, dava 30 voltas para perder velocidade.
Mac abraça o filho e fala.
— E como eles vão chegar?
— Seres que não são mais nós pai, mãe, eles em si, são um
misto de Taief e Hons, nós somos Hons, e tem os humanos a nossa
volta, pois estamos em 3 graus de evolução, então acho que temos
de impor regras aos Taief, e ver como nos saímos.
— Não entendi tudo filho, mas está bem? – Mac olhando ele
a toda volta.
— Agora sim pai, agora sim.
Eon aciona um comando e os tanques do setor 7 começam a
explodir, ele não era bom, ele não gostava dos seus sentimentos,
mas queria eles apenas para eles, não para seres que nem sabiam o
que era sentir.
O menino olha para All Haran que fala chegando ao menino.
— Voltou aos seus?

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— Voltei como um Imuhagh, sim, voltei como um home livre,
um ser que pode agora com meu pai e minha mãe, construir uma
família, uma historia, correndo por um deserto, por uma planície
plantada ou por um oceano, mas sim, um Imuhagh senhor All
Haran.

O seter 5 chegou, logico que se impuseram sobre os seus,


geraram uma sociedade sobre a região leste da Libia, enquanto Eon
se desviava das ofertas de pretendentes.

Um dia ele estava sentado a olhar um lago, e uma menina


chega ao seu lado e pergunta.
— O que a lenda faz atirando pedras ao lago?
— Acho que o problema é ser uma lenda, e não me sentir
uma lenda, apenas alguém que precisa conhecer e aprender seu
caminho.
— Nem todos tem a sorte de ser um Hons famoso, nem todos
nascem sendo um menino especial.
— Eu não me sinto especial, como se chama? – Eon olhando
finalmente para a menina, viu que era uma Hons, viu a operação as
costas e ouve em sua mente.
“Tem de entender que todos os demais fazem agora o que faz
sem a medula Taiefática.”
Eon sorri e levanta-se.
— Foi um prazer conversar menina sem nome.
A menina vê Eon chegar a tenda de All Asuf que lhe fala.
— Vai se recusar a uma união pequeno Eon?
— Eu ainda tenho de entender o que quero, mas os Hons
Novos não são meu caminho, como um dia falei, sou mais um
Imuhagh, e talvez seja meu caminho caminhar por este deserto e
descobrir quem eu sou.
O rapaz olha para o menino se afastar pelo deserto,
caminhando com seus pés no sentido de uma grande plantação ao
fundo.
Fim

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