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J. J.

Gremmelmaier

A Lenda do
Dragão
Primeira Edição

Curitiba / Paraná
Edição do Autor
2011
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Página
J.J.Gremmelmaier
Autor; J. J. Gremmelmaier
Bookess
Nome da Obra: A lenda do Dragão
ISBN

CIP – Brasil – Catalogado na Fonte


Gremmelmaier, João Jose 1967
A Lenda do Dragão, Romance de Ficção, 40 pg./
João Jose Gremmelmaier / Curitiba, Pr. / Edição do Autor
/ 2011
1. Literatura Brasileira – Romance – I – Título
2. Literatura Fantástica – Romance – I — Título

85 – 0000 CDD – 978.000

As opiniões contidas no livro, são dos personagens, em


nada assemelham as opiniões do autor, esta é uma obra de
ficção, sendo os nomes e fatos fictícios.
É vedada a reprodução total ou parcial desta obra.
Sobre o Autor:
João Jose Gremmelmaier, nasceu em Curitiba, estado do
Paraná, no Brasil, formação em Economia, empresário a mais
de 15 anos, já teve de confecção a empresa de estamparia,
escreve em suas horas de folga, alguns jogam, outros viajam,
ele faz tudo isto, a frente de seu computador, viajando em
historias, e nos levando a viajar juntos.
Autor de Obras como a série Fanes, Guerra e Paz, Mundo
de Peter, os livros Heloise, Anacrônicos, cria em historias que
começam aparentemente normais, mundos imaginários,
interligando historias aparentemente sem ligação nenhuma;
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A lenda do Dragão
A lenda do Dragão

A Lenda do
Dragão
J.J.Gremmelmaier

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A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
Introdução:
Este é um conto conhecido entre os Ninfas e outros povos.
Pouco difundido entre os humanos ocidentais, mas os orientais
tem parte desta história em suas lendas.
Esta história remonta ao inicio da existência deles, os
Ninfas, além de ser uma lenda muito popular entre os Angelicais
de hoje, os antigos por anos não gostavam desta versão da
historia, ela conta o surgir de um grande Dragão, o dragão das
boas vindas.
Para começar a contar este mito, temos de explicar que
para os Angelicais a palavra mito, é tudo o que não se tem como
provar, eles não veem como historias fictícia, apenas como um
assunto sem provas suficientes para ser ciência.
Segundo a tradição, nos campos de Mart, um grande
continente próximo ao que achavam ser o centro do planeta, eles
não tinha noção de que seu planeta era ovalado, então
consideravam-se no centro do planeta plano dos Angelicais.
Naquele local existia a montanha dos 4 grandes dragões,
cada qual tinha uma cor, divididos em dois grupos, os Azulados, e
os Laranjas, os primeiros eram responsáveis pelas boas vindas
das águas e dos ventos, os segundos, as boas novas vindas das
colheitas e da terra, estes 4 dragões eram sempre aguardados
pelos Angelicais no inicio da primavera, anunciavam o começo
das colheitas, mas algo aconteceu a 5 mil anos e ai começa nossa
historia.
Antes de irmos a lenda em si, lembrando que este grande
vale, era habitado por 12 comunidades Angelicais, não estamos
falando de anjos, e sim de seres alados que se consideravam
filhos de Deus, viviam ao lado de um grande lago ao centro vale,
formado pelas aguas de degelo do monte chamado de Mart, antes
de formarem o grande rio Amarelo, no lago viviam os Ninfas, não
estamos na lenda de mulheres nuas, e sim de uma civilização de
machos e fêmeas que viviam as águas, pois lendas onde só
existem um ser feminino é boa como lenda, pois estes teriam de
ser imortais, pois senão ao morrerem se extinguiriam, ao
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contrario dos Angelicais, que presam pela perfeição, estes vivem


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pela imposição de reis e imperadores.

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Nas montanhas geladas vivem o que chamaremos de
descendentes das bruxas, mas não são mais do que humanos
com seus Xamans, uma destas tinha desejos ocultos sobre as
terras dos Angelicais, mas eram muito primitivos, e tinham medo
daquela criação dos deuses.
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A lenda do Dragão
A lenda do Dragão

Os angelicais tinham suas


pequenas vilas, montadas nas partes
mais planas e altas, se via a busca da
perfeição em cada ato dos mesmos,
suas calçadas eram limpas, seus
pequenos eram instruídos na
perfeição já nos primeiros dias, eles
verificavam a que cada ser se
identificava e se adaptava melhor e em si lhe era instruído para
esta formação, quem via as plantações, pareciam tão perfeitas
que não se via uma única espiga de milho fora das filas, não se via
uma erva daninha nos intervalos, as casas sempre muito limpas,
era inaceitável a origem dos Angelicais deixar uma sujeira ao
caminho, isto fazia do lugar um sonho, que os habitantes
tentavam, mesmo na aparência de perfeição melhorar a cada
hora, a cada dia, a cada ano, não deixavam a aparência de
perfeição os iludir que haviam chego lá, queriam cada vez mais a
perfeição.
A festa da Primavera estava agitando a pequena vila de
Flores, e os campos estavam com as pequenas mudas surgindo
na terra, enfeitam as ruas com canteiros perfeitos, com tudo
pronto para o dia especial de 24 de Primavera, primavera era um
dos doze meses, o que determinava o inicio das floração.
Se via o andar sincronizado dos habitantes a rua, o voo
sempre preciso dos mais jovens ao ar, o simples cair de uma
pena, durante o voo era olhado com reprovação, onde o próprio
rapaz que sem percebeu que ela estava solta mais sedo, em seu
limpar-se antes de ir as ruas, deveria catar e providenciar a
devida reciclagem.
Tudo pronto, e o dia tão esperado para os Angelicais, surge
com sorrisos, com o andar correto as ruas, com o voar perfeito de
grupos escolares, em apresentações aéreas de suas técnicas
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únicas e perfeitas de voo, estavam ao meio dia olhando o ar, e


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algo aconteceu, os Dragões não apareceram, e o prefeito da


pequena vila se comunicou com os prefeitos vizinhos, e quando
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os demais confirmaram que os dragões não apareceram, em
meio ao mundo de perfeição dos Angelicais um mal
pressentimento se apresentou;
— Como eles não apareceram? – O Prefeito ao
comunicador;
— Não apareceram, estão falando que eles devem ter se
perdido no tempo de seu sono, e perdido as festividades!
— Mas nunca deixaram de vir, temos de mandar alguém
verificar!
— Estou mandando 3Mestres, para encontrarem-se aos
seus para verificarem isto junto as montanhas!
— Serão aguardados com entusiasmo! – O prefeito
mostrando preocupação, as 12 comunidades mandaram seus
melhores Mestres.
Os mestres foram como sempre recebidos com respeito,
sem festa, sem excessos, os mesmos trocaram ideia sobre o que
fazer durante aquela tarde, deixando para partirem nas
primeiras horas do dia;
Os mestres surgem da casa de parentes a cidade, depois de
uma higiene completa e uma refeição perfeita.
Foram se posicionando na praça central da pequena vila de
onde os Mestres saíram no sentido das montanhas de Mart,
tinham de verificar o que havia acontecido com os Dragões de
boas novas.
O começo foi pela grande estrada que ligava a comunidade
vizinha, a qual fizeram em uma única curva, longa mas única,
foram em seus veículos de condução com motores da Hélio,
pararam ao lado de uma grande ponte, iniciando uma trilha em
meio a floresta, e que acompanhava o grande rio Mart.
Começaram a caminhar por uma trilha, que ao inicio era
bem limpa, mas quando adentrava a floresta, não era mais um
caminho usado pelos Angelicais, então era cheia de folhas, na
primeira hora;
— Por que a natureza não limpa seus dejetos? – Pergunta
um dos mestres.
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— São seres acomodados da criação!


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A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
Andaram mais um pouco e começaram a reparar que a
trilha era cheia de curvas, não obedecia uma logica reta ou de um
caminho mais curto, cheia de curvas;
— Por que não fizeram esta trilha reta! – Fala um dos
Mestres;
— Não fomos nós que as fizemos, irmão estas são feitas
pelos animais que vivem a floresta!
— Devem ser animais mesmo, pois nem sabem o que é
uma linha reta!
O rapaz tentou não entrar em uma discussão sem futuro,
discussões que não davam frutos eram desnecessárias aos
Angelicais;
Viram um declive na trilha e o mesmo mestre falou;
— Se estamos subindo, por que não projetaram apenas
subidas, perderemos neste trecho, mais de 600 metros de
caminhada em subida, para descer e subir novamente! – O rapaz
estava reclamando, e não prestou a atenção no passo, onde
haviam raízes atravessadas e tropeçou com força, ele olhou a
perna e gritou alto de dor, todos os demais olharam para ele com
reprovação por ter gritado.
As arvores iam ficando mais altas naquele trecho, se ouvia
o rio ao lado, mas poucas vezes se via ele, sabiam que era um rio
caudaloso e que nas primaveras alagava as margens, então
estavam indo pela trilha alta.
Os mestres estavam acostumados a pequenas caminhadas,
nada que passasse dos limites físicos deles, não voavam naquela
área, pois tinha muita neblina, e muitas aves, que não sabiam a
inteligência do voar coordenado, vira e volta se chocando com
algum deles, o mais velho dos Mestres ia a frente, e quando
sentiu o pequeno cansaço eles pararam para descansar, armaram
suas barracas infláveis, e cada qual se ajeitou em seu canto;
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Numa das duas cidades Ninfas,


a de Patos, nas aguas do grande lago
de Mart, o prefeito e imperador
daquele grande grupo de Ninfas
chama um dos seus informantes;
— Informante Ton, por que
não fomos agraciados pelas aguas
frias das montanhas no dia de
ontem?
O senhor se arcou diante do prefeito e sem olhar seus
olhos falou;
— Imperador, mandei verificar, mas parece que os
Dragões não nos agraciaram com suas aguas mais frias este ano!
— Quem eles pensam que são para desafiarem meu
império?
— Imperador, pode ser que alguém tenha os proibidos,
sabe que os dragões nunca falharam, mais de 5 mil anos de seu
império e nunca falharam!
— Verdade, mas quem pode ter feito algo assim?
— Não tenho ideia senhor, mas poderíamos mandar um
grupo para verificar!
— Esta minha ideia é boa, mande convocar 100 guerreiros,
para uma missão junto ao rio Mart até os grandes ninhos dos
Dragões!
O rapaz sai sem falar nada, pensando “minha ideia”, e vai
ao capitão dos exércitos, sempre armados para enfrentar os
Ninfas de Moluscos, logo ao extremo daquele grande lago;
— Mas o Imperador não sabe que estamos em guerra,
como posso tirar 100 dos meus do campo de guerra?
— Se quiser defender esta sua negativa diante do
Imperador eu consigo pra você! – Fala Ton;
— Não, consigo os guerreiros, acha que teria problema se
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fossem seres mais fracos?


— Não entendo de guerra, e muito menos de dragões,
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apenas de servir ao Imperador – Ton que sempre quis conhecer

A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
além dos pátios do castelo do Imperador, mas nunca tinha
autorização para isto.
Depois de poucas horas, Ton retornou ao Imperador e se
arcou novamente, e falou;
— Imperador, os chefe dos exércitos, Doma, já dispõem do
exercito pronto para sair! Aguardando suas ordens!
— E o que ele esta esperando, não sabe da urgência?
Ton olhou para o chão, pensando rápido e falou;
— Senhor, Doma esta preocupado com o lhe manter
informado, e perguntou se o senhor mandaria alguém para lhe
manter informado do andar por aquelas terras?
— Bem pensado, mas quem poderia mandar a algo assim!
— Não gostaria de ir senhor, como ele insinuou!
O Imperador se levantou de seu trono, e olhou os
seguranças a porta e olhou seu informante ali prostrado e falou;
— Mas fara isto Ton, preciso que alguém me mantenha
informado, mas leve 12 pessoas a mais, para que possa os
mandar com as informações diariamente, se apos 12 dias não
tiverem uma posição, você os conduzira novamente a cidade!
— É mesmo necessário? – Ton sorrindo por dentro, por
que imaginou que esta posição era a que o Imperador esperava.
— Ton, você é o meu melhor informante, preciso saber se
existe alguém usando isto para que não tenhamos as levas de
peixes frescos em meses por ausência das bênçãos dos dragões,
esta decidido, você vai!
Ton se retirou, falou para Doma a urgência, e explicou que
o Imperador pediu que ele e 12 dos informantes fossem junto,
neste momento o capitão soube que o Imperador estava vendo
algum perigo nisto e falou;
— Então sairão em duas horas, prepara os seus, mas nada
de moleza, não será um passeio rapaz!
Ton passou os comunicados para os 12 informantes, 10
rapazes e duas moças, Ton olhou os olhos de Prit, uma linda
informante quando ela lhe olhou;
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— Por que eu Ton?


— Não sei, se for acontecer algo, quero os melhores lá!
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— Melhores? – Fala ela com um brilho aos olhos;


Ton sorriu e foram as formações de saída;
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Os Angelicais acordam se
coçando de picadas de butucas e o
mais velho fala;
— Absurdo este descaso da
natureza a perfeição!
— São seres perdidos na
criação, senhor Bono! – Fala um
senhor mais jovem se coçando;
O senhor olhou para o ar, a
neblina cobria tudo, não daria para voar com aquele tempo, pois
ele mal via o topo das arvores;
Começaram a caminhar e pararam em um córrego, enchem
seus cantis, alguns falando da sujeira de seus calçados, perderam
um bom tempo limpando as coisas, mas apos comerem
começaram a caminhar novamente, o céu não se via, pois as
arvores cobriam tudo acima da cabeça, em algumas alturas, uma
leva mais baixa de arvores, com longas folhas, e grandes troncos
que atravessavam aquilo indo acima, mas não se via seus cumes
por baixo.
— Vamos caminhar quantos dias? – Um dos Mestres;
— Devemos neste ritmo chegar lá em 6 dias!
— Não seria mais perfeito chegarmos antes?
— Desgaste físico não é perfeição, o tempo não diz respeito
a perfeição, não podemos dizer que viver 60 anos é menos
imperfeito do que viver 1000 anos! – Esta era uma afirmativa
clássica dos angelicais, que vendo que os Ninfas viviam mais de 8
mil anos, não queriam se dizer inferiores.
A caminhada estava difícil, cada vez mais íngreme,
seguindo aquela trilha que passava por troncos deitados de
arvores caídas, por milhares de raízes atravessando o caminho,
para os angelicais que acostumados a ruas retas, lizas e perfeitas,
as vezes um segundo de descuido e eram tombos, arranhões, os
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insetos pareciam os seguir, eles não entendiam que para os


insetos eles eram apenas uma reserva de sangue passando por
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ali, não havia certo ou errado nisto, mas para os Angelicais, era
uma mostra de dependência, uma fraqueza, seres imperfeitos.
A lenda do Dragão
A lenda do Dragão

Os Ninfas começaram a se
deslocar no sentido da margem do
grande lado, no sentido da margem
onde o rio desembocava, as aguas
geladas atraiam cardumes de peixes
nesta época, o que atrapalhava a
visão, mas deixava a comida ao
alcance das mãos, e ninguém ali
estava reclamando disto, começaram
seguindo em 3 filas de soldados, de ambos os sexos, e o
comandante deste batalhão a frente, logo atrás vinham os
informantes;
— Estamos indo para onde exatamente? – Comandante
Gutus;
— A missão é verificar por que os dragões não apareceram,
se necessário ir até os ninhos, no topo do monte Mart! – Ton;
— Então teremos um trecho fora da agua?
— Sim, algum problema Comandante?
— Aquela região é dos Primatas!
— O que teria de problema neles?
— Dizem horrores deles, seres que comem de qualquer
coisa, até carne de Ninfas se estiverem com fome!
— Espero que não tenham comido a carne de Dragões!
— O eterno nos livre de uma praga destas!
Chegaram ao delta do grande rio que desaguava naquele
ponto nas aguas calmas do lago, se viu o quão turva estava a
agua, mal se via centímetros a frente, foram caminhando com
cuidado, avançando rio acima.
Haviam andado perto de mais de meio dia, quando viram a
iluminação começar a reduzir, e pegaram pedras no fundo do rio,
fizeram uma proteção em forma de circulo, e se abrigaram ao
fundo, para descansarem para o dia seguinte.
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Os angelicais começam o
terceiro dia de caminhada, estavam a
caminhar mais conformados com a
imperfeição do local, quando se
viram cercados por uma leva de
primatas, o Mestre mais velho olhou
os seres com suas lanças primitivas,
olhou para os seus, e pegou um
bastão ao bolso, movimentos de
guerra e abate, sempre foram parte das técnicas passadas desde
cedo a todos os Angelicais, os demais viram isto e pegaram seus
bastões, os seres gritavam coisas que eles não conseguiam
entender, então eram ignorantes como os pássaros, quando os
primatas avançaram com suas lanças, os Angelicais esticaram
suas espadas a lazer e em movimentos sincronizados, foram
cortando um a um, a cena aparentemente cruel, não para os
angelicais que viam aqueles seres como imperfeições da criação,
mas a cena de mais de 100 seres mortos sem significado, atraiu a
região os carnívoros e os abutres, que disputaram a carne
abandonada ao tempo.
Os angelicais continuaram sua caminhada, se
embrenhando na floresta, achavam que mais meio dia de
caminhada, já poderiam usar suas asas.
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A lenda do Dragão
A lenda do Dragão

Numa caverna em um dos pre-


picos de Mart, a grande montanha de
gelo, um senhor olha para um
guerreiro chegar correndo;
— Pai dos de Adão, uma má
noticia!
— Fale filho!
— Os angelicais parecem subir
a montanha para a guerra!
— Os angelicais nunca vieram nos atacar, tem certeza?
— Infelizmente, a leva de filhos que mandou vigiar a
fronteira ao sul, parece que apenas o emissário conseguiu sair
antes de serem todos mortos!
— Isto não é bom, primeiro os Dragões não surgem com as
boas novas, agora vem as noticias de guerra, põem as mulheres,
crianças e velhos para andar, com poucos guerreiros mostrando
o caminho da grande caverna, e manda um aviso aos irmãos que
os Angelicais veem para a guerra, as lendas dizem que são
matadores cruéis!
O rapaz sai pela porta e um agito toma aquela caverna,
pequena para ser uma cidade, mas que abrigava mais de 20
famílias inteiras, as crianças foram sendo vestidas para o rigor
do frio, as mulheres deram um beijo em seus companheiros, e
todos os animais foram amarrados para andarem junto com o
grupo, primeiro montanha acima, depois atravessando o grande
salão da morte, até a caverna do irmão de Adão, do outro lado da
montanha.
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Os angelicais começam a se
deparar com uma relva mais fina, no
quarto dia de caminhada, parte dos
insetos somem, a temperatura
começa a cair, estavam já cansados
de andar quando no meio da manha
do quarto dia, o mais velho dos
Mestres abriu suas asas e se lançou
ao ar, planando primeiro e depois as
abatendo no sentido da montanha, subindo, foi um dia de muitos
quilômetros de avanço, o senhor viu uma formação de rochas e
pousou sobre ela, começava a ter neve, mas teriam de descansar
um pouco, mas o sorriso era de quem havia avançado um bom
trecho.
— Senhor, temos rastros de primatas que passaram a um
dia rapidamente subindo a montanha!
— Eles devem ser os responsáveis pelo sumiço dos
dragões, mas o que se esperar de um grupo de macacos!
— Acha que teremos mais deles pela frente?
— Amanha devemos chegar a parte alta da montanha um,
a que dá acesso direto pelo ar a Mart, dois dias e veremos os
ninhos, não acredito que tenhamos problemas com estes
macacos!
— Mas acha que devemos por alguém de vigia a noite?
— Põem as proteções de luz, elas devem ser suficiente, eles
tem medo da luz!
O senhor sorriu, pareciam convictos do que falavam;
Os senhores se juntaram aquele fim de tarde para
trocarem uma ideia;
— Senhores, gostaria de trocar uma ideia do que pode ter
acontecido! – O mais velho;
— Fale Mestre! – Fala um dos rapazes;
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— Acho que de alguma forma, os primatas apreenderam


um dos dragões, sabem bem que os demais não apareceriam
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sozinhos, pois se nunca apareceram sozinhos, não quebrariam as


regras, seres perfeitos odeiam mostrar suas falhas!
A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
— Acha que os Dragões não são perfeitos?
— Não ao nosso nível de perfeição, e sabemos que eles
hibernam no inverno, o que lhes deixam frágeis, uma época bem
propicia a os pegarem, mostrando suas falhas, seres que tem um
fraco tão evidente não podem ser comparados a nós a nível de
perfeição!
— E o que faremos se os dragões não estiverem lá?
— Acharemos eles, nem que tenhamos de esvaziar a
montanha, tirar todos os macacos desta montanha!
— Acha necessário algo tão sem objetivo?
— Se os macacos atrapalham, em qualquer coisa, a
eliminação deles é questão de manter a perfeição!
— Verdade! – Concordaram outros dois;
Alguns cuidavam de arranhões, que embora fossem a
prova de uma grande aventura, eram sinal de imperfeição, e
olhados como desleixo na sociedade que os deu origem, outros
cuidavam de manter suas asas muito arrumadas.
Um dos rapazes esticou a volta do acampamento, um
cordão de luz, que circundava todas as cabanas, indo na
seqüência se exercitar, e depois dormir, a noite de sono era um
remédio ao tédio da imperfeição que os cercava.
A noite o cordão emitindo calor, foi afundando na neve que
os cercava, alguns acordam com um pequeno movimento do piso
para baixo e um estrondo assustador, um dos rapazes sai de sua
cabana inflável e mal tem tempo de esticar as asas e vê o piso aos
pés sumir, levando em uma fenda as demais cabanas infláveis. A
escuridão não se via muita coisa, mas olhou o circulo perfeito
aberto no gelo, parou ao lado, olhando para o buraco de mais de
80 metros de profundidade, ouviu os gritos e não tinha noção de
se sobrevivera alguém, mas estava sem mantimentos, teria de
pensar em como voltaria, pois não teria como manter a busca,
teria de conseguir ajuda dos seus, e verificar se tinham
sobreviventes.
Parou com frio, olhou a manha se apresentar, e com ela a
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neblina cobrir tudo, se a noite estava frio para voar, agora não se
via mais nada, o rapaz olhou em volta e se viu cercado foi puxar
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sua espada e olhou para o buraco novamente, pois não havia nem
uma arma para enfrentar os macacos que os cercavam;
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— O que querem? – Fala o Angelical de nome Bruma;
Ouviu resmungos, viu os demais abrirem o caminho e uma
senhor velho veio ao lado de uma moça, corpo escultural,
músculos perfeitos, o angelical ficou a olhando, nunca soubera de
haver entre os macacos alguém tão bem formado, tão bem
disposto em músculos, e o ser mais velho olhou para a moça e
falou algo, ele não entendeu, mas ouviu ela falar;
— O que quer Angelical?
O choque do rapaz foi grande, nunca soubera que os
macacos falavam, nunca soubera de alguém fora eles e os Ninfas
que desenvolveram a fala, mas a deles sempre foi a mais difícil,
mais complexa;
— Você fala?
A moça sorriu e olhou para o mais velho e falou algo, o
rapaz viu os macacos com uma adaga em cada mão começarem a
descer com cuidado pela encosta, do buraco que abrira ali;
— O que vão fazer?
— Ver se existem sobreviventes, qual seu nome? – A moça;
— Bruma, como fala minha língua!
— A de vocês é fácil, a dos dragões são mais complicadas! –
Fala a moça, o rapaz fica a olhar para ela, nunca soubera que os
ruídos dos Dragões fossem uma forma de fala;
— O que você é Primata? – Pergunta Bruma;
— Uma Primata herdeira das Montanhas, Sula de Mart!
— Vocês se denominam em terras?
A moça olha para o senhor mais velho e fala algo, e o rapaz
fica vendo os rapazes gritarem do buraco, e a moça olha para o
rapaz e fala;
— Um sobreviveu, mas esta mal!
— Não precisamos de Ajuda de ...! – Bruma, segurou o
macaco mas lhe veio a mente;
— Você não precisa, mas o rapaz quebrou uma asa,
arrogantes como Deus disse que seriam!
— Vocês não podem falar com Deus!
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— Verdade, Deus é apenas de vocês!


A moça olhou nos olhos de três deles e os mesmos saíram,
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sem uma palavra, outros dois vieram e começaram a conduzir o


mais velho para a antiga caverna;
A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
— O que vieram fazer aqui? – Bruma;
— Viemos a guerra, vocês mataram dos nossos, ou acha
que gostamos de sermos mortos por que vocês não sabem falar
nossa língua!
— Mas são animais!
A moça sorriu, viu trazerem o rapaz vivo do buraco, o
porem ali, começou a recuar e sumiu na nevoa, que encobria
tudo a toda volta;
— Como esta Plumas?
— Estou vivo, mas o que fez, eles me tiraram de lá, como
fala a língua deles?
— Eles falam a nossa, ou pelo menos um deles fala!
— Quebrei a asa na queda?
— Sabe se sobreviveu mais alguém?
— Acho que não, eles abriram todas as cabanas, mas a
queda foi doida, estava quase saindo da cabana quando vi tudo
começar cair, tentei abrir a asa, mas na queda algo bateu em uma
delas com força, e cai com tudo, mas as asas ainda amorteceram
a queda, os demais devem ter sentido o chão numa velocidade
muito grande!
— Temos de ter uma forma de voltar, Plumas!
— Sim, mas como passaremos em meio a selva?
— Não parecem tão agressivos!
— Não falo deles, e sim dos felinos, aqueles grandes
carnívoros, que devem estar a comer os restos a um dia de voo!
O rapaz pensou na afirmação, pois não teria como aguentar
o levar do outro mais que um dia, no ar, mas parecia querer
tentar.
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Os exércitos começam a nadar


acelerados rio acima, e as filas foram
separando-se e se preparando para a
parte mais estreita, havia uma
grande queda, mas com a agilidade
de seres das águas as foram subindo,
ainda tinha volume de água para ir
acima;
Depois de meio dia pararam
em uma grande queda, mais de 60 metros, teriam de fazer uma
parte pela encosta, mesmo com o volume de água sendo alta, não
se desgastariam ao subir, foram saindo em formação do rio, em
uma praia lateral, e um respiradouro por trás dos pescoço dos
seres entra em ação, eles fora da água não tinham a mesma
desenvoltura das águas, mas conseguiriam algumas horas sem
problemas, começam a subir por uma lateral e se deparam com
varias feras carnívoras lhes olhando, o comandante vai a frente e
fala;
— Só mantenham a calma, estão comendo e não querem
dividir a comida!
— Mas quem fez esta matança? – Ton;
— Bem estilo dos Angelicais, mas isto já foi a dois dias, pelo
cheiro, então temos de ganhar os dias que estamos atrasados!
O rapaz nunca havia visto uma fera como um leopardo,
assustadora e linda aos olhos, os demais também não estavam
acostumados com seres que não viviam as águas, muitos estavam
encantados, mas passaram em formação e atentos, foram pela
trilha, parecia que lhes levaria mais rapidamente para fora dali, e
se deparam com dois Angelicais, vindo em sua direção.
Um apoiava no outro, e Ton olhou para Prit, que entendeu
por que viera, e o comandante olhou para Ton que apenas
apontou a moça, que chegou a frente;
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— O que vem a nós? – Olhando para o Angelical;


Os dois estavam vindo, um apoiando o outro, e param
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diante daquela imensa formação de Ninfas, vindo no sentido


contrario;
A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
— Apenas Angelicais não querendo confusão! – Fala
Brumas;
— Pelo jeito estão fugindo do grupo que subiu? – A moça;
— Não, apenas fomos pegos por um desmoronamento
durante a noite anterior, os demais podem estar mortos,
precisamos chegar a nossa vila e pedir ajuda!
O comandante olha para a moça;
— Os demais estão mortos, ou podem estar, mas precisam
de ajuda!
— Onde?
A moça olha para o Angelical e pergunta;
— Onde eles caíram? Podemos ajudar!
— Não aceitamos ajuda de inimigos declarados!
A moça sorriu e falou;
— Se quer continuar a descer, a vontade, tem perto de
duas famílias de felinos brigando por comida que vocês
colocaram ali, a vontade!
— Não acredito! – Brumus;
A moça olha para Ton e pergunta;
— O que faremos, eles não querem ajuda, podemos os
deixar passar, mas sabe que vão nos acusarar das mortes, ou
acha que depois que virem nós descermos dirão o que?
O comandante concorda com a cabeça e Ton fala;
— Tem razão, não podemos gerar uma guerra entre os dois
povos por que duas crianças, não devem ter 40 anos, resolvem
ser irresponsáveis, mas não gosto de fazer os nossos os
carregarem!
— Também não gosto disto! – Comandante;
A moça sorri e fala olhando para o angelical;
— Acho que temos um problema, mas como os perfeitos
aqui são vocês, queria uma opinião! – Prit aguçando o defeito
como um elogio, para conseguir que os seres pensassem.
— Qual o problema?
— Que se deixarmos vocês passarem, serão mortos logo a
21

seguir, e a morte caíra sobre nós, e seremos culpados pois os


deixamos ir a morte, e isto pode gerar uma guerra que os seus
Página

não têm como ganhar, já que somos mais numerosos, vivemos

J.J.Gremmelmaier
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mais, e não nos prendemos a regras para matar, este é o
problema!
Plumas que apenas olhava para Brumas fala pela primeira
vez;
— Realmente um problema para mestres, não sabia que
desenvolviam a capacidade de pensar no futuro?
— Não pensamos no futuro, mas não gostamos de guerras,
já guerreamos por que dois irmãos se desentenderam na
infância, não precisamos de mais inimigos! – Prit, que falou isto
por que os demais não entendiam, senão nunca o teria falado,
não eram aceitas criticas diretas ao imperador;
— Se estou certo, não falaria isto em sua língua!
— Não, mas pensar gera isto, duvidas, mas precisamos de
uma saída, já que os deixar passar por teimosia, o que disseram-
me que os Angelicais não cometiam coisas assim como teimosia,
arrogância, pois seria contraproducente e por isto, imperfeito!
Brumas estava vendo a segunda fêmea, de outra espécie
lhe desafiar, mas o raciocínio lógico dela estava certo e ele
admirava isto.
— Mas como podemos voltar a subir, não posso negar
socorro a meu primo e continuar a subir!
— O que estavam fazendo lá?
— Verificando o por que do não aparecer dos Dragões das
Boas Novas!
— Então temos o mesmo objetivo, pois não podemos
deixar as tradições, e os dragões estão em nossas tradições,
assim como na de vocês!
— Mas não soluciona isto o problema! – Brumas;
A moça olhou para o comandante e perguntou;
— Seus médicos entendem algo de Angelicais?
— Não, mas eles não sabem disto! – Comandante;
A moça olha para o rapaz e fala;
— Temos médicos, mas não pretendemos deixar dos
nossos a lhes conduzir até sua vila, precisaremos deles, se algo
22

aconteceu com os Dragões, é algo poderoso!


Os Angelicais se olharam, e Plumas fala;
Página

— Eu aceito a ajuda! – Acabando com a discussão;

A lenda do Dragão
A lenda do Dragão

O senhor mais velho, olhava a


caverna, e vê um dos rapazes
chegarem e falar;
— Senhor, sua bisneta traz
noticias! Foi verificar com seu filho!
— A mandem entrar!
A moça entra e olha nos olhos
do senhor e lhe beija a mão;
— Sua benção grande pai de
nossa família! – Sula;
— O que me conta neta?
— Dos Angelicais que vinham, sofreram um acidente, e
morreram quase todos, ajudamos dois a voltarem, iriamos ajudar
mais, mas eles se recusam a admitir-se fracos, mas estávamos
observando e uma leva de Ninfas também sobem a montanha!
— Pelo jeito todos querem guerrear?
— Estava ao longe ouvindo, eles veem verificar por que os
dragões não apareceram!
O senhor ia falar algo e viu um dos rapazes entrar afobado
a sua presença;
— Algum problema rapaz?
— Pai de todos, temos um problema a mais!
— Fale filho?
A moça olhava o rapaz como se pronta a guerra;
— Estávamos atravessando a grande caverna, e recuamos
senhor, vimos algo terrível, uma bruxa!
— As bruxas não veem as estas terras a anos, o que fazem
lá?
— Estão com os 4 dragões presos senhor!
— Ela esta sozinha?
— Não ficamos muito tempo, pois estávamos com
mulheres velhos e crianças, as recuamos antes de serem vistas!
23

O senhor olhou para o rapaz, pensou um pouco e falou


serio olhando para Sula;
Página

— Neta, temos um problema grande, chame os guerreiros!


— Qual o problema avô?
J.J.Gremmelmaier
J.J.Gremmelmaier
— Os chame, rapidamente!
A moça se retira e ele olha para o rapaz novamente;
— Pega o pessoal e comecem a retornar, assim que saírem
da caverna, sei que vai ser difícil, perigoso, mas tem de dar a
volta na montanha, nesta época o maior perigo são as
avalanches, mas vão pelas partes altas, e lentamente, sei que é
perigoso, mas foram prudentes em não passar pela caverna se lá
tem uma bruxa, já que elas nunca andam sozinhas!
— Então retornarei mais rápido possível para lhes passar a
posição!
— Vai filho, e Deus o acompanhe!
O rapaz beija a mão do senhor e se retira;
A moça entra logo a seguir e olha o senhor, com os
guerreiros as costas;
— Entrem, o que vou falar é sério, e depende de vocês a
paz nestes montanhas!
— O que aconteceu avô? – Sula;
— Os Angelicais e Ninfas, não diferem uma bruxa de um
primata, para eles são todos iguais, mas elas não o são, elas
nunca foram como nós e nunca o serão!
— Acha que eles nos culpariam se algo acontecesse aos
Dragões? – Sula;
— Sabe que eles matam sem pensar, somos seres
inferiores, mas preciso que se apresentem, ou tentem, aos que
veem no caminho, precisam conseguir ajuda, pois sozinhos não
conseguiremos enfrentar as Bruxas e soltar os Dragões!
Um dos guerreiros olhou o senhor serio;
— Duvida de nossa força de determinação avô?
— Não neto, mas somente a soma de conhecimento, de
agilidade e de muito amor pode enfrentar as bruxas!
— Acha que devemos levar quantos? – Sula;
— Para falar, uns 10 guerreiros, para enfrentar, cada ser
com mais de 16 anos que não cheirar a medo!
Sula entendeu que seria uma batalha que enfrentaria os
24

medos, já ouvira falar de Bruxas, mas nunca as vira, diziam ser a


sua imagem, mas se fosse assim, como se reconheceria uma
Página

bruxa;

A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
— Como podemos ter certeza de que serão bruxas lá? –
Sula;
— Quando olhar para ela saberá, as bruxas tem a forma, a
imagem de quem as vê, pode ser um ser de qualquer espécie, mas
ela em sua imagem, reflete um ser como nós, então os demais
vendo o reflexo dela, ou a matando, podem vir sobre nós,
pensando que fazemos parte disto!
— E como os convenceremos do contrario? – Sula;
— Tentarão, não se descuidem, não quero a perder neta!
— Sempre estive pronta para morrer avô, mas não
acredito que seja ainda!
Os demais entenderam que seria uma guerra, e os
guerreiros foram separando os grupos, e armando os guerreiros,
uma águia mensageira foi mandada para sobrevoar a montanha e
avisar que talvez precisassem de ajuda.

25
Página

J.J.Gremmelmaier
J.J.Gremmelmaier

Os primatas se organizam em
grupos e Sula chega ao lado do irmão
e lhe estende um pequeno bastao de
metal;
— O que é isto? – Sek;
A moça mostra um ponto em
meio ao metal o apertando, uma luz
quente surge na forma de uma
espada e ela gira no ar;
— Que feitiçaria é esta?
— A que os angelicais usaram contra nós, melhor nos
protegermos! – Fala a moça girando no ar aquela luz
avermelhada e quente.
— Tem mais? – Pergunta o irmão;
Ela pega outros 12 e alcança aos lideres, não sabia o que
viria do outro lado, mas com certeza os Ninfas eram tidos como
mais violentos que os Angelicais;
Começaram a descer a montanha, a moça e mais 9
guerreiros, no meio de uma fenda, avistaram o exercito de Ninfas
a vir e a moça fez sinal para os demais subirem pelas encostas, o
que fizeram com certa facilidade, e sentou-se a uma pedra
esperando os demais chegarem perto;
No grupo de Ninfas, o Comandante vinha a frente, e
quando viu um primata, puxou sua espada metálica, e falou;
— Aguardem! – Os soldados pararam e Prit passou por
eles, olhando a fêmea de primata os aguardando;
Prit não tinha certeza se o que aprendera da língua dos
selvagens era real, já que nunca vira um falar;
— O que quer Primata?
— Conversar, temos um problema!
Brumas olhou a moça e falou para Prit;
— Esta é a selvagem que fala a língua dos Angelicais!
26

Sula sorriu e falou;


— E falo a dos Ninfas também!
Página

Prit olhou para a moça e perguntou;


— Que problema?
A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
— Soubemos a pouco que temos uma bruxa nas
montanhas, e não temos como a enfrentar sozinhos!
— Este não é um problema nosso! – Prit.
— E o que transformaria em um problema de vocês?
— Nada, não mechemos com as bruxas, elas não mechem
com a gente!
— Então o problema é mais de vocês que nosso! – Fala Sula
se erguendo, olha para cima e os rapazes começam a se afastar,
os militares só sentiram pequenos movimentos na montanha
acima, não sabiam quantos seriam, mas um desmoronamento ali
e estariam em uma grande encrenca. Sula pega duas adagas e
finca na parede de gelo e começa a subir com uma facilidade que
mostrava que os músculos não eram apenas aparente;
Prit olhou para o comandante, que fez sinal de não
entender e falou;
— Por que seria nosso problema? – Na língua dos nativos;
— Por que ela aprisionou seus 4 dragões!
A moça olhou para o comandante, não tinha tempo de
explicar pois a moça continuava a subir, já longe do alcance de
uma espada;
— E por que vocês as enfrentariam, já que o problema não
é de vocês?
— Pelo jeito vocês nunca viram uma Bruxa! – Fala a moça
alto, pois já estava a mais de 10 metros. – Mas não somos
covardes, mas era de esperar isto, Angelicais vem e nos matam,
Ninfas vem e se fazem de guerreiros, mas são todos um bando de
medrosos! – Fala na língua dos Ninfas, o comandante bradou
após isto.
— Não somos covardes!
A moça não falou nada, viu o senhor puxar a espada para
ela como se ela estivesse o atacando, e nem o ameaçou, este ela
enfrentaria com as unhas e dentes e venceria.
O Angelical olha para Prit como se não entendesse nada;
— Ela disse que Bruxas aprisionaram os Dragões!
27

— Então eles tem parte, as bruxas parecem primatas para


mim! – Brumas.
Página

— Agora entendi o problema! – Prit.


— Qual? – Brumas.
J.J.Gremmelmaier
J.J.Gremmelmaier
— Eles não querem o peso de terem matado os Dragões,
mas sabem que se acontecer caíra sobre eles!
— Obvio, foi parte deles! – Brumas.
Prit olha para o Angelical e pergunta serio, arrogante
mesmo;
— Tem certeza que és um sábio, parece um fofoqueiro sem
conhecimento dos equilíbrios, e pela destruição que fizeram lá
atrás deveria ter desconfiado!
— Esta me ofendendo!
— Estou, pois Sábios não julgam, julgamento por sinal é
amostra de imperfeição, mas parece que a perfeição é apenas
discurso para vocês!
— Mas que perfeição tem nesta desordem toda, olha em
volta, não temos clima controlado, não temos comida, não temos
linhas retas ou arredondadas!
— Não, e uma pergunta, quem é mais perfeito, alguém que
precisa da perfeição para viver, ou alguém que sobrevive nestas
condições!
— Não precisamos da perfeição, mas a impomos ao meio!
Sula ouvia a mais de 30 metros a conversa, uma moça
inteligente diante dos Ninfas, foram espertos em vez de
arrogantes, imaginou a primata, mesmo sem saber da verdade.
Prit explica para o comandante o problema e este fala;
— Então manda um mensageiro, pois talvez precisemos de
reforços em dois dias!
— Verdade, mas acho melhor mandar um mensageiro e 4
rapazes, assim eles acompanham os Angelicais, que neste estado
só vão atrapalhar!
— Concordo, avisa por eles que estaremos na entrada da
Caverna de transposição, o Capitão saberá onde nos encontrar!
A moça concordou e olhou para os dois Angelicais;
— Vamos lhes proporcionar uma escolta de 4 rapazes para
retornarem!
— Mas por que?
28

— Avisa seus Sábios, o que esta acontecendo, pois não


precisamos de crianças aqui, e sim de sábios! – Prit;
Página

— Não quero ir!


A moça puxa a espada e põe no pescoço do rapaz;
A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
— Você que escolhe, os rapazes vão conduzir seu amigo, se
quer ficar morto por aqui, providencio!
O comandante não entendia a língua, mas sabia que a moça
em nada era agradável com os Angelicais.
— Vou a contragosto!
— Fala para os seus o que esta acontecendo, se eles
quiserem ajudar serão bem vindos, se quiserem atrapalhar,
melhor se esconderem em suas cabaninhas!
Os exércitos começaram a andar e ficaram ali, 4 militares e
os dois Angelicais, que começaram a retornar, mesmo a
contragosto, mas aquelas terras não eram para fracos, Sula
observava de cima, entendeu cada palavra trocada, viriam mais
exércitos agora, olhou seu irmão ao lado;
— O que eles vão fazer?
— Estão indo para a entrada da caverna!
— E os demais?
— Foram avisar dos perigos, o problema esta com a forma
de pensar dos Angelicais, os Ninfas parecem mais guerreiros,
mas guerreiros conscientes de sua missão, os Angelicais, crianças
brincando de ser adultos!
— Estranho estes seres que não se sabe se são homens ou
mulheres!
— Por que eles não são nem um nem o outro, eles são os
dois seres em um!

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J.J.Gremmelmaier
J.J.Gremmelmaier

Na entrada da caverna, Sula e


os guerreiros chegam antes do
exercito dos Ninfas, sabiam os
caminhos mais curtos, e tinham
pratica em andar naquelas
montanhas, fora o fator de serem
seres da terra e não das aguas.
Começam a entrar, as famílias
já faziam a volta na montanha, foram
se aproximando e viram quando um ser muito parecido com eles,
tocou algo ao longe, fez um som ressoar pela caverna, e se ouviu
o agito geral do outro lado.
Os guerreiros se armaram, e Sula ficou a olhar, eram seres
como eles, mas por que prenderiam os Dragões, por que seu avô
nunca falou destes seres.
Estavam avançando, não sabiam se eles teriam como os
cercar, estavam em mais de 120 guerreiros, e uma leva maior
esperava do lado de fora, Sula olhou as grandes grades que
prendiam os dragões, teve a impressão de um a olhar aos olhos,
olhou para as grades e viu que apenas 3 estavam ali, um arrepio
lhe passou aos pelos do corpo como mau pressentimento;
Sula parou e o irmão parou logo atrás com os guerreiros,
ele não duvidava dos sentimentos da irmã, e quando ela deu um
passo lento para traz soube que algo estava muito errado, viu a
irmã pegar o metal e este reluziu no ar, os primatas que foram
aquele buraco sabiam que algo estava errado, Sek faz os irmãos e
primos aguardarem, a moça olha nos olhos do irmão, sabia que
algo estava ali, poderia não ver, mas algo que se desse mais um
passo, lhe pegaria;
— Calma, eu avanço, se algo acontecer, me tira de lá!
— O que pode estar errado irmã?
— Não entendo de Bruxas, irmão!
30

O rapaz sorriu e viu a irmã avançar com a espada luminosa


a mão, ela passou no chão e fez um barulho como se estivesse
Página

cortando, ele viu que aquela arma era poderosa, cortava a rocha
ao chão.
A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
Sula avançava lentamente e sentiu o corpo esbarrar em
algo grudento, o escuro da caverna não dava a visibilidade
daquelas teias de aranha dispostas no caminho, não fizeram o
mesmo caminho dos irmãos que tentariam atravessar as
cavernas, eles estavam indo de encontro ao mar de fogo ao
centro daquela montanha, o mar que às vezes derramava pelas
laterais da montanha, mostrando a fúria da mesma, Mart era
quase um Deus para os Primatas.
Sula sentiu o corpo preso, o irmão olhou para ela;
— Se mantem ai! – Sula;
Ela passou a espada no sentido do que a prendia e sentiu-
se solta, mas viu um vulto negro, imenso se mexendo para seu
lado, ficou estática, desfez a luz da espada, e viu o ser se
aproximar, era uma imensa aranha, Sula nunca vira algo tão
grande, nem os grandes mamíferos do vale ao norte eram tão
grandes, pensou rápido, Aranhas geralmente são cegas, abaixou-
se lentamente, pegou uma pedra e jogou lentamente a poucos
metros dela, a aranha teria de passar muito rente a ela para ir
para aquele lugar, estava escuro e não se via muita coisa. A
aranha ao sentir o movimento se locomoveu rápido, Sula esticou
a mão estendendo a espada de luz, cortando a aranha ao meio, no
passar rápido por ela, olhou o ser escuro ao chão, não pensou
duas vezes, cortou suas patas e depois a dividiu em pedaços
pequenos, um líquido visguento saiu da mesma que se encolheu
ao chão.
Obvio que não estavam mais discretos, mas avançaram
silenciosamente, se via os grandes dragões ao longe, devido ao
tamanho, mas estavam ainda a mais de 6 mil passos deles;
A moça ia a frente, viram os primeiros rapazes com lanças
afiadas, olhou para um e tentou;
— Falam que língua?
O rapaz olhou desconfiado, mas pareceu não entender;
— Falam que língua? – Na língua dos antigos, a de seu Avô;
O rapaz pareceu entender e olhou para ela;
31

— Quem vem?
— Alguém que não gosta de ver dragões presos!
Página

— Então lutaremos moça!


A moça aperta o pequeno botão da espada de Luz e fala;
J.J.Gremmelmaier
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— Não gostaria de os matar, se puder falar com o pai de
sua família?
— Aqui temos uma grande mãe, não um pai como vocês
incultos e promíscuos de fora!
A moça sorriu e falou;
— Então me apresente a sua bruxa!
O rapaz olhou como se perguntasse quem era a moça;
— Como sabe como a chamamos!
— Me conduz a ela, o resto, se for para morrer para que ela
não faça mais burrada, e nos chamar de incultos depois, melhor,
para ontem rapaz!
O rapaz não gostou, mas falou para os demais abrirem o
caminho, os guerreiros que vinham com Sula se armaram, mas os
rapazes com as espadas de luz se posicionaram em um grande
circulo a volta dos seus, e quando ligaram as espadas, os demais
recuaram.
Sula caminhou por baixo das grandes gaiolas, olhou para
cima, e viu que se via o céu dali, já estava noite do lado de fora,
por isto não viam grande coisa, olhou mais a frente e viu uma
gaiola sobre o mar de fogo, vazia, pensou o que pensavam
conseguir com algo assim.
Olhou a senhora sentada sobre um trono e pensou qual a
idade daquela senhora, parecia mais velha, bem mais velha que
seu avô;
— O que pensam que estão fazendo os poupando! – A
senhora;
O rapaz chegou a frente de falou;
— Ela disse que precisava lhe falar!
— A matem!
O rapaz puxou a espada, os a volta puxaram as suas, uma
multidão a volta fez ruído com os lábios, que ecoava pela
caverna, ela desligou a espada, pôs na cintura, presa entre a
pequena pele que a cobria e um cinto que a estreitava a cintura,
lhe dando melhor mobilidade, olhou para o rapaz avançar,
32

desviou a espada, e bateu na mão do rapaz, que bateu no chão,


perdendo o equilíbrio, pegou em seu pescoço e o torceu, o rapaz
Página

caia, ela puxou a espada e jogou no sentido do trono

A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
atravessando a senhora a cadeira, que olha a espada a atravessar,
e sorri.
— O que estão esperando para os matar! – Fala a senhora
tirando a espada, somente neste instante Sula entendeu o que a
senhora queria, a imortalidade dos dragões, mas viu que a ferida
ainda estava aberta, sorriu e puxou a espada de luz, vendo uma
leva de seres avançarem sobre eles, eram muitos, mesmo
cortando muitos, vinham mais, a guerra se arrastou, os ao centro
estavam diminuindo, Sula não gostava de ver os seus morrerem,
olhou para os que estavam vivos e começaram a se mexer em
conjunto no sentido do trono, e ouviu a senhora gritar;
— Não os deixem se aproximar!
Isto deu animo ao grupo, que se concentrou, e foram
cortando braços, cortando pernas, Sula chega perto da senhora e
vê ela puxar a espada para ela, passa a de luz a frente da senhora,
e a espada da senhora é cortada ao meio, Sula, dá um giro sobre
seu eixo e passa na cabeça da senhora a espada, vê a cabeça cair
e sorrir, pegou a metade da espada da senhora, atravessou a
cabeça e lançou no sentido do mar de fogo.
Sula por ignorar algumas coisas, estava agindo pelo
impulso de guerreira, mas assim que a cabeça atingiu o magma, o
corpo a frente dela começou a pegar fogo, todos olharam para a
moça com raiva, mas viram um ser misto da senhora e de um
dragão em fogo se levantar do mar de fogo.
Sula xingou e olhou nos olhos do dragão, eles ainda
estavam tristes, por que, o que estava acontecendo?
Sula não pararia de guerrear, se era para sobreviver ela
sobreviveria, mas não estava gostando do que estava
acontecendo, viu o ser de fogo vir no sentido, mesmo passando a
lamina ao ar, era um ser em fogo, como matar algo assim;
— Você vai morrer, neta dos de Adão!
Sula entendeu que a senhora sabia quem eram e mataria
apenas por uma coisa que não dominava, os a sua volta estavam
com os braços cansados de cortar, de pé apenas ela e os 11 que
33

tinham as mãos as espadas dos Angelicais, mas a moça não era


de entregar os pontos, desligou sua espada e olhou para a
Página

senhora;

J.J.Gremmelmaier
J.J.Gremmelmaier
— Eu posso morrer, mas você, para a infelicidade destes
que tentam nos matar, não vai, quer saber, eles merecem a Bruxa
que tem, alguém que só pensa nela mesmo, vê os filhos
morrerem aos milhares e nada faz!
— Arrogante!
— Sou, mas preso pelos meus, batalho hoje pois sei que
você avançara sobre nós, pois mostra isto em seus atos, mas
esqueceu de uma coisa senhora!
— Eu não esqueço de nada!
Sula olhou nos olhos da senhora e falou;
— Que bom que não esquece! — Sula vê os ninhos dos
dragões no topo da grande boca da montanha, aquela que lhe
permitia ver para fora, estava clareando, a senhora na forma
mista de um dragão olhou para cima e olha novamente para ela;
— Acha que algo me atinge agora?
Sula olha para o irmão, e este pega o arco as costas, e põe a
espada dos Angelicais e atira ao ar, era longe, mas Sula
acreditava no irmão, os demais o protegeram, e Sula ligou sua
espada de luz, olhou para a senhora e falou;
— Realmente nada a atinge, então o que faz entre nós, os
primatas, já que nos despreza!
— Meus filhos estão aqui!
— Quem, aquela pilha de mortos?
Fala Sula tirando uma cabeça a mais de um e chutando
para longe, o ser olha os seus e vê a quantidade de mortos, as
mulheres e crianças ao fundo era o que sobrou, e olha para a
guerreira;
— Verdade, não tenho mais filhos aqui! – O ser olhou para
cima, ao mesmo tempo que a espada atingia a lateral da
formação no topo, e a atravessou, gerando um furo no gelo
compactado sobre as bordas do vulcão que chamavam de Mart, a
senhora olha para os seus e ouve o grande estrondo, e todos se
recolhem, e a senhora vê o gelo vir sobre ela a apagando.
Sula e os seus se recolhem, e são abraçados pelo gelo do
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teto, saem com dificuldade do gelo, e vêem os demais olharem


para a moça, a Bruxa estava morta, ela a matara.
Página

A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
A guerreira olha para o irmão, o alcança sua lança e olha no
sentido da senhora, viu um coração ao chão, via a tristeza dos
dragões que não falavam nada.
— Eles parecem estar morrendo! – Um dos guerreiros.
Sula tenta lembrar das lendas, e olha para o irmão;
— Temos de levar o coração a seu ninho! – Fala apontando
para cima.
— Mas os demais não o deixaram?
Sula iria tocar no coração e ouviu um dragão falar ao longe;
— Não o toque! – A maioria não entendeu, mas Sula tinha
estudado esta linguagem, olha para o dragão e pergunta;
— Como faço?
O dragão não respondeu, ela olhou uma pele, com o pé
empurrou o coração para a pele, a fechou, e amarrou as pontas,
pegando no nó.
A moça prendeu em seu cinto, pegou duas adagas, e os
demais guerreiros a cercaram, e começaram ir no sentido de uma
das paredes, Sula nem sabia se era aquilo que deveria fazer, mas
olhou para os Dragões ao fundo, estavam morrendo, perdendo
forças, estavam ficando fracos, os guerreiros ainda avançavam,
Sula começou a subir por uma parede enquanto os irmãos e
primos defendiam-se ainda do avanço dos demais.
Começa a subir, olha para os que estavam vivos, os ninhos
tinham a cor dos dragões, então este coração era do mais
vermelho de todos eles.

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J.J.Gremmelmaier
J.J.Gremmelmaier

Na vila dos Angelicais a noticia


chega e os Sábios chamam seus
melhores guerreiros a vila, e o mais
sábio ainda vivo, Brumas fala;
— Temos uma guerra contra
os primatas, eles aprisionaram os
Dragões, não poupem ninguém, eles
não são inocentes!
Plumas olha para ele e
pergunta;
— Discordo!
— Não é questão de discordar, agora sou o sábio mais
antigo, e minhas determinações tem de ser cumpridas!
— Desculpa pelo desconfiar de sua sabedoria, primo, mas
um deles me salvou a vida, não posso relevar isto!
— Ele não fez mais que a obrigação, somos perfeitos, seres
imperfeitos tem de nos admirar e salvar, qual a duvida nisto!
Plumas olha para os demais concordando com isto e fala;
— Espero que a arrogância, que sinto nestas palavras não
tirem a perfeição dos nossos!
— Esta me chamando de arrogante, com base em que?
— Se fossemos perfeitos seriamos Deus, nós tentamos, mas
erramos, mas somos arrogantes demais para admitir que não
somos deuses!
— Não nos comparamos a Deus!
A maioria olhava para a asa quebrada de Plumas, isto
denegria o que ele falava diante dos demais, pois era uma
imperfeição, Plumas olhando os olhares não falou mais nada e se
recolheu.
Os guerreiros se armaram e começaram a voar no sentido
da montanha;
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A lenda do Dragão
A lenda do Dragão

Em Patos, o imperador lê a
noticia, e manda chamar Domas, e lhe
apresenta a carta e fala;
— Organiza o pessoal, vamos a
guerra!
O Capitão olha a carta e fala;
— Sim Imperador, quer que
mande quantos?
— Suficiente para tirar estes
falsos primatas, da terra!
— Estaremos saindo ainda hoje senhor!
O general saiu e o Imperador começou a se achar grande,
pois previra a gravidade, e agora iriam mostrar que os Ninfas
estavam dispostos a guerrear por seus dragões;
Saíram naquele dia uma leva de 20 mil Ninfas no sentido
do rio Mart, acelerados em companhias.

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J.J.Gremmelmaier
J.J.Gremmelmaier

Sula olha para o ninho, estava


preso em uma das rochas laterais, e
quando chegou ao ninho, se
embrenhou ao meio de muitas raízes
retorcidas e amarradas umas as
outras, grandes raízes, olhou ao
centro do ninho, um imenso ovo, e
olhou as aranhas a se aproximar, elas
estavam começando tomar aquele
caminho, já que os dragões não estavam mais ali, pegou o
coração e colocou com cuidado sobre o ovo de mais de um metro
de altura, e viu o coração adentrar o mesmo, mas teria agora que
o defender, não sabia como e olhou para o irmão e falou;
— Vou precisar de ajuda aqui! – Gritou para baixo;
Os rapazes começaram a subir, um foi atingido nesta
manobra, voltou ao chão e pegou a espada do que o havia
acertado e mesmo ferido segurou a leva de avanço para que os
demais estivessem mais longe, quando eles ficaram a mais de 20
metros, Sula viu o rapaz perder a cabeça, mas o fizera sorrindo,
os guerreiros quando chegaram no ninho viram as aranhas
chegando perto, se posicionaram;
— Temos de defender o ovo!
— Mas isto é loucura!
Na parte externa da caverna, uma leva de guerreiros
esperava a ordem de entrar, mas eram seguros por uma
indecisão entre os dois irmãos, Adão e All, que não sabiam se
avançavam ou esperavam os demais guerreiros;
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A lenda do Dragão
A lenda do Dragão

Sula olhava os dragões nas


suas gaiolas, via que estavam
morrendo, se os soltasse não sabia se
teriam forças para se defender,
daqueles que pareciam por algum
motivo odiar os Dragões, mas
pensando bem, eles poderiam ser
caçados pelos mesmo, pois uma dieta
apenas de aranhas não os
alimentaria direito, mas por que ficavam então ali, as perguntas
vieram a mente dela, sabia que seu avô não contara tudo, pois
eram pessoas como eles, nunca era permitido ir ao lago de fogo,
os mais velhos falavam que quem ia para lá não voltava para os
vivos.
Viu um dos dragões amarelos cair, parecia não respirar
mais, o que ela faria, as coisas estavam difíceis, seus irmãos
estavam protegendo aquele ovo a mais de dois dias, em guerra a
mais de três dias, as resistências estavam acabando e os reforços
não chegavam, e Sula começou a desconfiar que não viriam, não
queriam que os demais soubessem que haviam pessoas como
eles ali, ela lembra que para entrar ali passou pelas teias das
aranhas, será que os que estavam ali, tinham como sair?

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J.J.Gremmelmaier
J.J.Gremmelmaier

Os guerreiros ainda na
indecisão se entravam quando uma
leva de Angelicais surgiu ao ar,
desceram matando todos, uma
guerra de poucas horas, pois não
estavam enfrentando seres
evoluídos, e os ao chão não tinham as
mesmas armas mortais a mão, os
Angelicais foram amontoando os
mortos e Brumas falou;
— Mandem alguns a vila a poucos minutos daqui! –
Apontou o sentido – Se tiver mais alguém, podem os matar!
Os Angelicais começam a entrar na caverna, para terminar
o trabalho, quando param nas teias de aranha, alguns foram
pegos por menosprezar o perigo, mas os Angelicais não
pouparam nenhuma aranha depois disto.
Sula viu os Angelicais entrarem na parte baixa, e as
aranhas começarem a avançar sobre elas, viu eles matarem
todos, mulheres, crianças, era um extermínio, olhou para os
irmãos, e falou para ficarem quietos.
Os Angelicais soltaram os Dragões, vendo que estavam
fracos, e um morto, Brumas falou;
— Pensei que fossem especiais!
O dragão respondeu, mas ele não entendeu;
— Pensei que vínhamos salvar uma lenda, mas olha isto,
eles se deixam prender por estes animais!
Um outro chegou e falou;
— Senhor Mestre, acho que esta na hora de mudarmos
nossas crenças, não podemos idolatrar fracos!
Os Ninfas haviam chego a dois dias, e ficaram a observar,
não se meteriam com as aranhas, para eles seres sagrados, e
quando viram que havia uma leva maior de primatas do que eles
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conseguiam enfrentar, ficaram a esperar reforços, mas quando


viram o Mestre dos Angelicais atravessar um dos dragões, Prit
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falou;
— Não podemos deixar eles matarem todos!
A lenda do Dragão
A lenda do Dragão
O comandante concordou e saíram da pré caverna e a moça
olhou para o rapaz e falou;
— Sabia que não era um sábio, é um carniceiro, olha em
volta, agora mata os dragões e com certeza não falariam aos
demais quem os fez!
— Acha que pode nos desafiar?
Naquele instante chegavam os reforços dos Ninfas e ela
falou;
— Não, mas você não sai vivo daqui!
Um dos Angelicais passa a espada na cabeça do ultimo
dragão vivo, e os Ninfas sentem raiva, seres que se achavam
especiais e não eram mais que arrogantes de asa.
Os exércitos se enfrentaram, muitos estavam a cair mortos,
quando os espíritos dos dragões se soltaram, e em meio a guerra
ao chão, ninguém viu eles se unificando, quer dizer, alguns
primatas viram, os espíritos foram se unificando, Sek vê o grande
espírito vir no sentido deles e recuou, não conseguiu puxar a
irmã, viu o grande dragão atravessar Sula e entrar o ovo, viu a
irmã se desmaterializar, e ser sugada para dentro, viram o ovo
fazer um ruído grande e rachar, olhou para os guerreiros e falou
na língua deles;
— Vão, por cima é mais seguro!
O dragão avançou sobre duas aranhas, e os guerreiros
começaram a subir pela lateral do grande vulcão, e o dragão
crescer, e se atirar para baixo, parou no meio do confronto
quando Brumas esticou a espada para matar Prit;
O ser gralhou, e os Ninfas viram que um estava vivo,
Brumas não iria parar, o sabor do poder havia tomado sua alma,
ele atravessa Prit com a espada de luz, e olha para o dragão;
— Não seguimos mais os dragões! – Brumas;
O dragão olhou para os Ninfas e fala;
— Tirem os seus daqui, agora!
Sopra sobre os que haviam morrido, assim como a moça e
estes vêem seus cortes se refazerem e começam a sair, olha para
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os Angelicais e pergunta;
— Quem é o sábio de vocês?
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— Eu sou o sábio! – Brumas;

J.J.Gremmelmaier
J.J.Gremmelmaier
O dragão estala um dedo e o Angelical se desfaz em pó e ele
pergunta novamente;
— Vou perguntar novamente, não sou de fazer isto, mas
para não dizerem que os amaldiçoei sem saberem por que! Quem
é o sábio entre vocês?
Um dos guerreiros com sua espada de luz falou;
— Não seguimos mais os Dragões!
— Isto vocês nunca o fizeram, sempre gostaram da magia
das colheitas, mas nunca me seguiram, e qualquer sábio saberia
disto, mas se um guerreiro lhes é tido como sábio, todos os que
vieram, e mataram de outros, por se acharem melhores, provam
por seus atos que são piores!
O guerreiro olha para o Dragão e fala;
— Mas o que um dragão pode fazer, se os 4 tinham suas
funções!
4 outras cabeças começaram a surgir, Prit que saia,
aturdida pela dor de algo que não estava mais lá, viu que uma das
cabeças de dragão lembrava a guerreira primata, lembra que os
dragões não falavam outras línguas, olhou o dragão apresentar
suas demais cabeças e olhar para o Angelical;
— Eu para vocês nada mais posso!
Outros pés, na forma de grandes patas foram surgindo, 8
patas no chão, 4 pescoços, e duas imensas asas, olha para os
Angelicais e fala;
— Hoje surge uma nova espécie a pedido do pai! – O ser
gralha e os Ninfas vêem os Angelicais tomando a forma de um
pássaro negro, e ouvem no final – Vocês viverão de carniça, pois
se não tinham função, a partir de hoje, vocês o terão!
As vilas ao pé da montanha, não sabem o que aconteceu,
mas viram o grande dragão, de 4 cabeças surgir ao ar, uma
cabeça de cada cor, os campos dos demais davam muito mais que
os dos Angelicais, que nunca souberam que os Urubus que agora
existiam nas montanhas, que comiam parte de suas plantações,
eram seus melhores sábios e guerreiros.
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Esta lenda é passada de Ninfa a Ninfa, desde a infância,


dizem que algumas aldeias de Angelicais também a contam, para
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nunca deixarem de respeitarem o meio que vivem, pois mais


perfeito que a obra de Deus, não existe. Fim.
A lenda do Dragão
A lenda do Dragão

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J.J.Gremmelmaier

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