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FACULDADE METROPOLITANA DE MANAUS—FAMETRO

Ackla Gabrielly Sampaio Andrade


Geiciane da Silva Pinheiro
Ingrid Gomes Costa
Jessamily Marinho Sicsu
Lauandria Oliveira Esquerdo

NEUROCIÊNCIA NA FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO

Parintins/AM
2022
Ackla Gabrielly Sampaio Andrade
Geiciane da Silva Pinheiro
Ingrid Gomes Costa
Jessamily Marinho Sicsu
Lauandria Oliveira Esquerdo

NEUROCIÊNCIA NA FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO

Relatório apresentado ao curso de Psicologia na disciplina de


Neurociências, sob responsabilidade do prof. Me. André Melo.

Parintins/AM
2022
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 4

2 NEUROCIÊNCIA E CONCEITUAÇÃO ........................................................................... 4

2.2 Neurociência e psicologia: uma relação complementar ................................................. 5

3 HISTÓRIA DA NEUROCIÊNCIA COMPORTAMENTAL.......................................... 6

4 A FRENOLOGIA; UMA PSEUDOCIÊNCIA CONFLITUOSA ..................................... 7

5 ÁREA DE ATUAÇÃO DO BIOPSICÓLOGO .................................................................. 8

REFERÊNCIAS........................................................................................................................ 8
1 INTRODUÇÃO

O presente relatório tem como objetivo o estudo da neurociência na formação


do psicólogo, com foco na neurociência comportamental ou biopsicologia,
apresentação teórica dos processos mentais, história do estudo da mente humana
e suas particularidades, enquanto ciência do comportamento-cognitivo e da
interação do ser humano com o seu ambiente na formação de seu mundo interior
e vivências que o fazem como “ser individual”, o intuito do nosso seminário é
facilitar o aprendizado em sala de aula e abrir espaço para um debate entre os
componentes do grupo e o restante da turma, esperamos que haja essa partilha
de conhecimentos e pontos de vistas que contribuam com nossa temática de
estudo.

2 NEUROCIÊNCIA E CONCEITUAÇÃO

É uma ciência que estuda o sistema nervoso de forma ampla e completa. A


neurociência tem 3 elementos que norteiam esse estudo, que são: o cérebro, a
medula espinhal e os nervos periféricos.
A neurociência procura entender as vivências no campo mental, como por
exemplo o processo ensino-aprendizagem do indivíduo, cujo estudo se
concentra no sistema nervoso e como este se relaciona com o que acontece no
nosso corpo, tais como formas de agir, pensar e etc.
Por ser um campo cientifico e ter uma abordagem multidisciplinar, ela também
pode se relacionar com outras áreas como: Biologia, Física, Medicina entre
outros.
Dividindo-se em 5 campos específicos: Neurofisiologia, Neuroanatomia,
Neuropsicologia, Neurociência Comportamental e Neurociência cognitiva.
Portanto, é de grande importância o estudo dessa ciência, pois suas descobertas
contribuem para o entendimento da aprendizagem, conhecimento das bases
biológicas do sistema neural e etc.
2.1 Biopsicologia: o estudo do cérebro e do comportamento

A biopsicologia ou psicobiologia é um ramo da psicologia que analisa a forma


como o cérebro e neurotransmissores influenciam nossos comportamentos,
pensamentos e sentimentos. É de vital importância o entendimento dessa rede
de conexões que ocorrem nos nossos caminhos neurais.
Também está relacionada com outras áreas como: psicologia comparativa e
psicologia evolutiva, um dos objetivos é a comparação dos processos biológicos,
da anatomia e da fisiologia.
Três dos componentes mais importantes para compreender nesse estudo são o
cérebro, os neurotransmissores e principalmente as áreas do sistema nervoso.
Psicólogos que seguem a perspectiva biológica muitas vezes estudam como os
processos biológicos interagem com as emoções, a cognição e outros processos
mentais. Alguns nomes importantes que contribuíram para a neurociência
comportamental:
René Descartes: Sugeriu que a glândula pineal seria o ponto de ligação entre a
mente e o corpo.
Wilder Penfield: Desenvolveu um Napa do córtex cerebral através do estudo de
pacientes epiléticos.
Knight Dunlap: Usou pela primeira vez o termo “Psicobiologia” em seu sentindo
moderno.
William James: Escreveu um livro que argumentava que o estudo científico da
psicologia deveria ser fundamentada em ampla compreensão da biologia.

2.2 Neurociência e psicologia: uma relação complementar

Como já entendemos o que é neurociência, agora sua importância para a


psicologia é a sua forma de entender a ocorrência dos processos psicológicos no
usuário.
Apesar de serem áreas distintas uma complementa a outra, sendo estudada os
transtornos mentais, em sua forma neurológica através das imagens observando
as alterações dos circuitos cerebrais como exemplo, já a psicologia investiga a
mente, feito isso, a neurociência permite com o que o psicólogo identifique se o
comportamento e as percepções do paciente estão sendo desenvolvidos de
acordo com a sua idade e seu contexto social, caso haja algum diagnostico é
mais fácil ser tratado com o tratamento correto. Como dito pela pesquisadora
Hart (2002) Apud Ramos (2014) “Ensinar sem levar em conta o funcionamento
do cérebro seria como tentar desenhar uma luva sem considerar a existência da
mão”.

3 HISTÓRIA DA NEUROCIÊNCIA COMPORTAMENTAL

Desde os gregos, isto é, o debate desse dualismo entre mente-corpo era presente,
dessa relação entre duas entidades, a nossa fonte de pensamento e a nossa
natureza da emoção, desde Platão com as chamadas “doenças da alma”, a
constante busca da natureza humana e suas especificidades, tendo como conceito
de que seriam ambas distintas, entende-se com Descartes dessa ligação entre a
mente-corpo, seriamos então maquinas com comportamentos como produto das
leis mecânicas, do ambiente, assim como os animais, o corpo é uma máquina de
carne e ossos, mas ao contrário de animais comuns, além de termos os nossos
corpos, possuímos as nossas mentes, ele acreditava que a nossa mente ou alma
era o nosso “eu” real, não importando se faltasse uma parte física, você seria
você por completo, mas sem a mente, não seríamos nada; em homenagem a sua
célebre frase “penso, logo existo”.
Para ele, essa ligação seria feita por meio do que ele chamou de “glândula
pineal”, situada no meio do nosso cérebro a principal sede da nossa alma, por
ela fixar-se mais intensamente nesse local, estaria mais ligada a esse contato de
espíritos animais e etc.
Mas partindo desse início filosófico, que discutia essas questões da alma,
inúmeros pensadores possuem sua definição de mente e corpo, então ainda
divergem, cada um tem um conceito e existe até aqueles que não acreditam que
a mente existe.
Curioso é observar a nossa capacidade de adaptação, o nosso sistema tem suas
funções de plasticidade de acordo com as nossas vivencias, os nossos
comportamentos influenciam nos nossos caminhos neurais e funcionamento do
sistema nervoso, a cada aprendizado, os neurônios escrevem a nossa história, a
mente tem essa capacidade de seguir circuitos e perpetuá-los de acordo com a
nosso uso, um processo que ocorre de forma inconsciente.
4 A FRENOLOGIA; UMA PSEUDOCIÊNCIA CONFLITUOSA

A frenologia é uma pseudociência, fundada por Franz Gall, um médico


anatomista alemão nascido em 1758 e falecido em 1828, Gall é considerado o
pai da frenologia, na visão dele, nós temos faculdades mentais, ou seja,
capacidades mentais, a frenologia tinha como princípio a proposta de que a partir
da leitura do crânio de uma pessoa, era possível determinar sua personalidade,
até com a análise de características dos rostos, inclusive era possível determinar
a inteligência dessa pessoa e se haviam tendências criminosas; Gall dividiu o
crânio em 27 regiões, cada uma associada a uma função no nosso sistema, como
a área emocional, a do aprendizado e etc. Segundo ele, nosso cérebro tem
pequenos partes responsáveis por coisas distintas, ele chamava essas pequenas
partes de órgãos, cada uma com uma função especifica: afeto, habilidade
poética, orgulho e a tendência a matar.
A teoria fenologia também foi usada para prever o futuro das crianças e
selecionar candidatos a vaga de emprego, eram medidas as cabeças das pessoas
com um paquímetro e a partir dos tamanhos absolutos e relativos do crânio eram
avaliados o caráter e o temperamento de uma pessoa.
A leitura do crânio forneceu assim uma descrição das atitudes desenvolvidas de
um indivíduo. Acreditava-se que poderia indicar a melhor carreira para um
jovem ou identificar um parceiro de vida mais adequado, cito como exemplo, a
rainha Vitoria, que mandou examinar os crânios de seus filhos, para que pudesse
saber se eles tinham alguma anormalidade, alguns empregadores também
exigiram a análise de caráter de funcionários, para se certificarem que eram
honestos e grandes trabalhadores.
Apesar do grande sucesso, a frenologia foi completamente desacreditada no final
do século XIX, até hoje sabemos que partes do cérebro. Apesar do exercício,
não mudam a configuração do crânio e, por isso, não é possível identificá-las
analisando a estrutura craniana, no entanto, pode-se dizer que a frenologia foi
inspiração para se fazer o estudo do cérebro e as várias funções que estão
localizadas nele.
Ressalto também que, para Gall, se as capacidades mentais estão bem
desenvolvidas, a pessoa teria um inchaço, uma elevação na parte correspondente
do crânio, em contraste quando uma capacidade mental é subdesenvolvida, a
pessoa teria um afundamento, uma “falha" na área correspondente do crânio. A
teoria de Gall realizou ações contra o ser humano, ele acreditava que se corta-
se pedaços do cérebro o indivíduo era ajustável para viver em sociedade, tanto
que foi realizado experimentos em pessoas, e muitas dessas pessoas morreram
nesses experimentos, pois não era eficaz, afetava um todo; essa teoria era uma
visão preconceituosa, a semelhança entre os crânios de pessoas negras reforçou
ainda mais a es escravidão nos EUA, era comparando os crânios de quem
possuía um comportamento indesejado para a sociedade.

5 ÁREA DE ATUAÇÃO DO BIOPSICÓLOGO

Observamos que a área de atuação desse profissional é ampla, desde o estudo da


base evolucionista do ser humano, se preocupando em conhecer esse processo
de comportamento que apresenta mudanças anos após anos, afinal o ser humano
vive em constante transformação, até o campo cognitivo do indivíduo.
O papel do biopsicologo é entender e contribuir para com esses estudos cerebrais
e comportamentais, principalmente para auxilio de pessoas com traumas que
afetam o bom funcionamento do cérebro e consequentemente no nosso
desempenho individual, a partir dessa busca de conhecimento desde os primeiros
pensadores que deixamos de lado o tabu em relação ao misticismo da mente,
desvendando pouco a pouco os mistérios em que há nessa massa cinzenta
detentora do nosso “eu” ou dos nossos “nós”, o núcleo da nossa consciência,
aprendizagem e inteligência. Entendendo os nossos comportamentos, os porquês
de agimos de tal modo.

REFERÊNCIAS

https://cerebromente.org.br/n01/frenolog/frenologia_port.htm
https://posdigital.pucpr.br/blog/neurociencia-e-
comportamento#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20a%20neuroci%C3%AAn
cia,psicol%C3%B3gicos%20associados%20%C3%A0%20atividade%20biol%
C3%B3gica.
https://etalent.com.br/artigos/autoconhecimento-carreira-e-
sucesso/neurociencia-comportamental/
http://www.filosofia.com.br/vi_historia.php?id=67
https://psicoativo.com/2015/12/biopsicologia-psicobiologia-psicologia-
biologica.html

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