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Este trabalho foi solicitado pelo Professor de Psicologia, Anderson Carneiro, um tema que tem

agudeza no seu contexto e desafia a nós, alunos de TEOLOGIA a entender as diferentes


situações que enfrentamos dia a pós dia. Nos faz ordinários dos púlpitos, críticos sabendo
diferenciar a depressão, possessão e opressão. Compreender o histórico fiel que diz respeito a
sua conduta e seu comportamento é reflexo de tudo que ouviu e viveu a partir dos primeiros
segundos de vida, traumas de seus pais e forma de vivências. Este estudo traz as seguintes
informações:

 O que é essa área.


 O que é a psicologia clínica.
 Quais as atuações dele.
 Suas nuances
 Abordagens
 Tramites que atuam
 Meu parecer .

Neuropsicologia

Segundo a Dr.Viviane Ribeiro é necessária especialização para trabalhar nessa área, porque a
Neuropsicológica é uma especialidade dentro da psicologia, então requer que o profissional se
especialize dentro dessa área que é bastante complexa. Qual é a especialidade desse
profissional? Ele vai trabalhar em cima de avaliação cognitiva para ele ter um conhecimento do
funcionamento cognitivo do paciente e ele vai fazer uma contra partida uma análise desse
funcionamento e do comportamento cotidiano do paciente, ajudando, por exemplo, outros
profissionais juntos a fechar diagnósticos para que possa trabalhar com tratamentos, vamos dá
alguns exemplos:

Ex. Uma pessoa que está na terceira idade, ela trabalha tem seus afazeres domésticos ali
cotidianos à vida social ativa e de repente a família começa a observar falhas importantes na
memória, erros sérios às vezes de esquecimento no trabalho ou até mesmo deixar fogo ligado
criando situações até de risco na família, o comportamento está mudando hora de buscar
ajuda. O neuropsicológico pode sim auxiliar junto de um neurologista ou um psiquiatra a
chegar a um diagnóstico de uma possível demência. Será que esta uma demência inicial ou
algum outro motivo que esta levando este paciente a ter esse comportamento.

Ex: A criança esta nas séries iniciais primeiro, segundo ano da escola, o professor começa a
observar que ela não está conseguindo adquirir o conhecimento básico em termos de leitura,
escrita e matemática que as series iniciais trabalham basicamente essas três áreas pode se
levantar uma suspeita de quê essa criança tem um transtorno de aprendizagem, o
neuropsicólogo entra contribuído com esse diagnóstico.

Ex: Aspectos psiquiátricos o psiquiatra esta ali diante de um paciente que tem sintomas de
depressão, mais junto do sintoma de depressão ele começa a ter outros problemas como
déficit de memória, déficit de atenção, o psiquiatra na duvida se é apenas um transtorno que
deveria ser tratado para a depressão, ou se já pode falar em início de demência, o
neuropsicologo auxilia nessa diferenciação, afinal é a depressão que esta gerando aqueles
aspectos dificultados ou já é um início de demência, que esta ocasionando aspectos
depressivos ali no comportamento dessa pessoa.
Outros aspectos que são comuns de ter no consultório são crianças que vêm com queixas do
ambiente escolar, social, familiar, que se apresenta muito agitada, além do que é esperado.
Uma criança pode ser um pouco agitada, mas aqui estamos falando de algo que vai além da
normalidade, que é permanente onde a família, a escola ou pessoas que convivem observam.
É possível verificar se a criança tem um transtorno de déficit de atenção, imperatividade, ou
outros aspectos que dizem respeito ao neuropsicólogo e este então vai trabalhar com
instrumentos padronizados, algo mais exato, e não subjetivos como muitas vezes são as linhas
da psicoterapia, baseado sempre em evidências, em teorias, testes já estudados e aplicados
em outras populações para se chegar a uma conclusão.

Ex: Outro exemplo que ocorre é a epilepsia, e às vezes tem casos que tem indicação cirúrgica,
o Neuropsicologia no ambiente hospitalar vai ajudar, por exemplo, o neurocirurgião a localizar
a onde ele vai fazer a intervenção na hora da cirurgia, qual é o lugar que está localizado o foco
epiléptico, é necessário um conhecimento especializado.

Neuropsicologia: O que é e como se faz?

Postado em 21 de abril de 2007 por Thiago Strahler Rivero em Neuropsicologia e Ciência


Cognitiva.

Hoje a Neuropsicologia é sem sombra de dúvida uma área da Psicologia que está em franca
expansão. Grupos de estudo, cursos rápidos, pós – graduação tanto Lato quanto Stricto Sensu
estão pipocando pelo Brasil, entretanto ainda existe uma grande quantidade de profissionais
da área da saúde, incluindo.

O intuito desta Coluna é poder trazer à luz discussões teóricas, filosóficas, históricas e práticas,
o campo da Neuropsicologia. Neste primeiro artigo abordaremos o que é a Neuropsicologia,
como ela se define teoricamente e qual o papel do Neuropsicólogo na prática profissional.

Segundo Luria (1981), a Neuropsicologia é a área específica da Psicologia que tem como
objetivo peculiar à investigação do papel de sistemas cerebrais individuais em formas
complexas de atividades mentais.

Assim Luria acreditava que o propósito da Neuropsicologia era: “… generalizar idéias modernas
concernentes à base cerebral do funcionamento complexo da mente humana e discutir os
sistemas do cérebro que participam na construção de percepção e ação, de fala e inteligência,
de movimento e atividade consciente dirigida a metas." (Luria, 1981, p. 4).

Outros autores como Gil (2002) e Mello (1996) acreditam que a Neuropsicologia visa o estudo
dos distúrbios cognitivos, emocionais e comportamentais, bem como o estudo dos distúrbios
de personalidade provocados por lesões do cérebro, que é o órgão do pensamento e,
portanto, a sede da consciência.

A Neuropsicologia surgiu no final do século XIX, início do século XX, estudando os soldados
feridos de guerra, que tinham lesões cerebrais e alterações de comportamento, memória,
linguagem, raciocínio – o que possibilitou maior compreensão do papel do cérebro
comandando esses processos. Contudo, somente no final do século XX, que ganhou maior
reconhecimento. Os anos 90 ficaram conhecidos como a "Década do Cérebro", uma vez que o
aprimoramento de técnicas de neuroimagem possibilitou a confirmação das interações entre
as funções cognitivas e as áreas cerebrais.

Segundo Andrade & cols. (2004), sua criação deu-se a partir da convergência de várias ciências
como, por exemplo: a Psicologia experimental, destacando a importância do estruturalismo
(Wundt), funcionalismo (James) e behaviorismo (Watson e Skinner), com a Neurologia focada
nas alterações comportamentais e a fisiologia. A Psicologia experimental buscava a
compreensão dos comportamentos humanos, das diversas formas de aprendizagem e das
estruturas cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas. A Neurologia das alterações
comportamentais, por sua vez, buscava compreender como as lesões cerebrais se
relacionavam com o funcionamento das cognições e dos comportamentos dos sujeitos.

Assim sendo com o estabelecimento da Neuropsicologia como campo integrador dessas multi
– áreas, um novo e mais acurado método de investigação individual do sistema nervoso e suas
complexas formas de atividades foi desenvolvido.

Além de elucidar os mecanismos de ação por traz das funções cognitivas e dos
comportamentos, a Neuropsicologia tem um papel clínico bem definido que é o de atuar no
diagnóstico e consequente estabelecimento de programas reabilitatórios para indivíduos com
qualquer tipo de seqüela neuronal.

O papel do Neuropsicólogo

O Neuropsicólogo hoje é um profissional que atua em diversas instituições, desenvolvendo


atividades como diagnóstico, reabilitação, orientação à família e trabalho em equipe
multidisciplinar. Os principais locais onde o Neuropsicólogo é requisitado incluem: instituições
acadêmicas (pesquisa, docência), hospitais (avaliações pré e pós-cirúrgica), juizados (avaliação
e perícias), clínicas (avaliação, reabilitação e pesquisa), consultórios privados e atendimentos
domiciliares (reabilitação).

Além disso, fornece dados objetivos e formula hipóteses sobre o funcionamento cognitivo,
atuando como auxiliar na tomada de decisões de profissionais de outras áreas, fornecendo
dados que contribuam para as escolhas de tratamento medicamentoso e cirúrgico. A
Neuropsicologia tem um histórico grande de estudo de indivíduos que tinham transtornos e
seqüelas que envolviam o cérebro e a cognição. Ainda hoje a grande parte da população que
procura um Neuropsicólogo vem encaminhada por Psicólogos, Psiquiatras e Neurologistas.
Essa população de pessoas que sofreram algum tipo de transtornos e/ou seqüelas, é a grande
maioria, entretanto existe uma pequena parcela que procura o Neuropsicólogo por
preocupações de desempenho cognitivo, como por exemplo, um esquecimento, ou uma falta
de concentração em atividades, gerando assim um campo que poderia ser chamado como
"Neuropsicologia Preventiva".

Em 2004 o Conselho Federal de Psicologia reconheceu a Neuropsicologia como especialidade


da Psicologia (Resolução CFP Nº 002/2004), com isso algumas diretrizes sobre a
Neuropsicologia foram escritas pela primeira vez de forma reconhecida por um órgão
regulador do Psicólogo Brasileiro.

Segundo o CFP existem 3 campos de atuações que são fundamentais na profissão do


Neuropsicólogo:

1. Diagnóstico – Através do uso de instrumentos (testes, baterias, escalas) padronizados para


avaliação das funções cognitivas, o Neuropsicólogo irá pesquisar o desempenho de habilidades
como atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem,
habilidades acadêmicas, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, funções
motoras e executivas. Esse diagnóstico tem por objetivo poder coletar os dados clínicos para
auxiliar na compreensão da extensão das perdas e explorar os pontos intactos que cada
patologia provoca no sistema nervoso central de cada paciente. A partir desta avaliação
Neuropsicológica é possível estabelecer tipos de intervenção, de reabilitação particular e
específica para indivíduos e/ou grupos de pacientes com disfunções adquiras ou não, genéticas
ou não, primariamente Neurológicas ou secundariamente a outros distúrbios (Psiquiátricos).

2. Tratamento (Reabilitação) – Com o diagnóstico em mãos é possível realizar as intervenções


necessárias junto aos pacientes, para que possam melhorar compensar, contornar ou adaptar-
se às dificuldades. Essas intervenções podem ser no âmbito do funcionamento cognitivo, ou
seja, no trabalho direto com as funções cognitivas (memória, linguagem, atenção, etc.) ou com
um trabalho muito mais ecológico, no ambiente de convivência do paciente, junto de seus
familiares, para que atuem como co-participantes do processo reabilitatório; junto a equipes
multiprofissionais e instituições acadêmicas e profissionais, promovendo a cooperação na
inserção ou re-inserção de tais indivíduos na comunidade quando possível, ou ainda, na
adaptação individual e familiar quando as mudanças nas capacidades do paciente forem mais
permanentes ou de longo prazo.

3. Pesquisa – A pesquisa em Neuropsicologia envolve o estudo de diversas áreas, como o


estudo das cognições, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque da
relação entre estes aspectos e o funcionamento cerebral. Para tais pesquisas o uso de testes
Neuropsicológicos é um recurso utilizado, para assim ter um parâmetro do desempenho do
paciente nas determinadas funções que estão sendo pesquisadas. Atualmente o uso de drogas
específicas, para estimulação ou inibição de determinadas funções, tem sido usadas com
freqüência para observar o comportamento e o funcionamento cognitivo dos sujeitos em
dadas situações. Outra técnica que muito tem contribuído nas Neurociências e com grande
especificidade na Neuropsicologia é o uso de neuroimagem funcional por Ressonância
Magnética (fMRI) e tomografia funcional por emissão de pósitrons (PET-CT) que permitem
mapear determinadas áreas relacionadas a atividades específicas, como por exemplo,
recordação de listas de palavras durante o exame. Portanto, fica claro que a Neuropsicologia é
um campo de trabalho e de pesquisa emergente, tanto para a Psicologia, quanto para as
Neurociências, avançando e contribuindo de forma única para a compreensão do modo como
pensamos e agimos no mundo.

Referências

ANDRADE, V.M., SANTOS, F.H., BUENO, O.F.A. (2004). Neuropsicologia Hoje. São Paulo: Artes
Médicas.

CFP – Conselho Federal de Neuropsicologia. (2004). Resolução nº 2 / 2004

Reconhece a Neuropsicologia como especialidade em Psicologia para finalidade de concessão


e registro do título de Especialista.
http://www.pol.org.br/legislacao/doc/resolucao2004_2.doc. Brasília.

Gil, R. (2002). Neuropsicologia (2ª. ed.). São Paulo: Santos.

LURIA, A.R. Fundamentos de Neuropsicologia. (1981). São Paulo: EDUSP.

MELLO, C.B., MIRANDA, M.C., MUSZKAT, M. (2006). Neuropsicologia do Desenvolvimento:


Conceitos e Abordagens. São Paulo: Menmon Edições Científicas.

Necessidadeb discernir

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