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CLÍNICA

O Instituto Paranaense de Terapia Cognitiva sur-


giu em 2007, com o apoio de diversos profissionais
de referência nacional e internacional. O instituto
trouxe para Curitiba o 1º curso de especialização
em Terapia Cognitivo-Comportamental do Paraná

Desde então, anualmente novas turmas têm sido


lançadas com sucesso. O IPTC apoia a divulgação
nacional das Terapias Cognitivas através da Fe-
deração Brasileira de Terapias Cognitivas.
A primeira turma formada pelo IPTC, surgiu em
março de 2007, com 14 alunos, já na sequência em
agosto de 2007 a segunda turma. Desde o início
formamos turmas com o apoio de docentes refe-
rência nacional e internacional, comprometidos
com a capacitação para os desafios complexos e
crescentes em saúde mental.

Dando continuidade a nossa atuação como van-


guarda, abrimos o primeiro curso de especializa-
ção do Paraná em Neuropsicologia Clínica em
2008 e de Terapia Cognitivo-Comportamental da
Infância e Adolescência em 2013. Esses entre os
primeiros do Brasil. Finalmente, trouxemos pela pri-
meira vez para Curitiba, a Formação em Terapia
do Esquema em 2015.
O que é a Neuropsicologia Clínica

Qual a diferença da Neuropsicologia para as


outras abordagens da psicologia

Quando a avaliação neuropsicológica é indi-


cada

Nova especialidade para psicólogos no Brasil

Etapas da avaliação neuropsicológica

Quais são os testes feitos para a avaliação

Possibilidades profissionais expandidas

Modalidades de avaliação psicológica

Como fazer a avaliação das funções executi-


vas e da cognição social

Abordagem neuropsicológica na avaliação


da aprendizagem e personalidade
Nas últimas décadas, a neurologia e a psiquiatria
passaram a trabalhar mais próximas, buscando
compreender os fundamentos neurobiológicos dos
estados emocionais e do comportamento.

Isso porque a relação entre comportamento e cé-


rebro é grande, apesar de ainda ter muito a ser es-
tudado e aprimorado. O processamento cognitivo
e emocional envolve estruturas cerebrais. Por isso,
é importante essa investigação em conjunto.

Este ebook tem o objetivo de orientar e auxiliar na


atualização para aqueles que desejam atuar nesta
área.

Quer entender como utilizar a neuropsicologia e ter


uma abordagem mais completa em vários casos?
Continue a leitura.
A neuropsicologia é a especialidade da psicologia
que atua no diagnóstico, acompanhamento e tra-
tamento dos seguintes fatores relacionando-os ao
funcionamento cerebral:

cognição;

personalidade;

comportamento;

emoções.

O objetivo é levantar dados para entender a causa


dos sintomas apresentados pelos sujeitos com
queixas neuropsicológicas. Ou seja, compreender
onde está a alteração no sistema nervoso central
do sujeito.

Por exemplo, no caso de transtornos de aprendi-


zagem esta especialidade será um grande dife-
rencial. Isso porque o desenvolvimento escolar de
uma criança está intimamente relacionado a ou-
tros fatores do sistema cognitivo que vão além das
evidências comportamentais que são vistas.
Portanto, a neuropsicologia atua por meio da apli-
cação de técnicas de entrevistas e observação de
comportamentos, demais exames realizados ante-
riormente, interpretação do desempenho em testes
e tarefas aplicadas, que abrangem domínios como:

atenção;

memória;

habilidades visoespaciais;

percepção;

inteligência;

funções executivas;

cognição social;

linguagem;
Possivelmente, entre tantas abordagens que exis-
tem na psicologia, a neuropsicologia seja uma das
mais recentes — inclusive, sua regulamentação, no
Brasil, só foi feita em 2004.

Por isso, é importante entender qual é a diferença


desta especialidade para as demais, tais como a
psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental, a
análise junguiana, entre outras.

A neuropsicologia clínica permite a aplicação prá-


tica dos conhecimentos teóricos da neuropsico-
logia. Isso traz mais assertividade em todo o pro-
cesso terapêutico.

O seu grande diferencial é uma preocupação em


estabelecer as relações entre o cérebro e compor-
tamento. Assim, a avaliação do sujeito não se con-
centra apenas nos sintomas do distúrbio, mas em
fatores neurológicos que podem estar ocasionan-
do aquilo.
Nesse sentido, em alguns casos, é até possível que
o profissional utilize-se da intersecção entre neuro-
psicologia e a terapia cognitiva-comportamental,
por exemplo. Dessa maneira, a avaliação e o trata-
mento podem ser mais assertivos.
Por ter como base essa relação cérebro-comporta-
mento, a avaliação neuropsicológica tem sido ca-
da vez mais indicada. E, conforme os estudos avan-
çam, novas indicações surgem. Ela pode auxiliar no
manejo de diversos quadros, envolvendo:

transtornos do desenvolvimento;

manifestações psiquiátricas;

quadros neurológicos primários como sequelas


de Acidentes Vasculares Cerebrais e Traumatis-
mos Cranianos;

transtornos neurocognitivos como quadros de-


menciais;

doenças que afetam secundariamente o siste-


ma nervoso central (SNC).

Tranel (2009) indica algumas situações para essa


avaliação, como a identificação de transtornos do
desenvolvimento em crianças e adolescentes, além
de avaliar o impacto em processos cognitivos se-
cundários de situações como dor ou apneia do so-
no.
Sendo assim, vale ressaltar que a avaliação neuro-
psicológica pode ser indicada em inúmeras situa-
ções. Porém, vamos explicar algumas das situações
principais.

A primeira situação é quando existe a necessidade


de avaliar a cognição para conseguir chegar em
um diagnóstico, como nos casos de transtornos da
aprendizagem, na qual a avaliação ajuda a dife-
renciar dificuldades do transtorno, bem como des-
cartar outros déficits, como deficiência intelectual,
por exemplo. Neste caso, é indispensável fazer a a-
valiação.

Por outro lado, existem situações em que ela vai ser


complementar para questões do prognóstico e
acompanhamento dos avanços do paciente com
algum tipo de sequela neurobiológica. Nesse caso,
não basta somente saber a condição do paciente
ou área da lesão, mas também quais são seus
pontos fortes, beneficiadores e o que dificulta para
o tratamento.

Uma terceira situação é quando pode ser útil para


realizar o diagnóstico diferencial de transtornos
psiquiátricos. Por exemplo, pode ocorrer do tera-
peuta precisar diferenciar transtornos como a es-
quizofrenia x transtorno bipolar x demências.

Outros exemplos de casos são:


sujeitos que sofreram alguma modificação cog-
nitiva, afetiva e/ou social, a qual atingiu de al-
guma forma o sistema nervoso central;

sujeitos com transtornos de desenvolvimento,


nos quais a eficiência neuropsicológica não é
compatível com a demanda existente para de-
senvolver as atividades cotidianas;

necessidade de orientar os familiares sobre co-


mo ajudar determinado paciente;

situações geradas ou associadas a uma desre-


gulação no balanço bioquímico ou elétrico do
cérebro (é comum acontecer em epilepsias).

Estudos mais recentes ainda estão apresentando a


avaliação neuropsicológica como exame de rotina
para casos de concussão cerebral em atletas ou
para profissionais que correm outros riscos de
comprometimento cognitivo.

CASOS EM QUE JÁ EXISTE UM DIAGNÓSTICO CLÍNICO

Além de tudo o que já foi citado, a avaliação neu-


ropsicológica pode ser utilizada em casos em que
já haja um diagnóstico clínico para traçar o perfil
cognitivo. Sendo útil em casos de:
Doença de Alzheimer;

Avaliação de alterações cognitivas em quadros


de AVC, TCE (traumatismo crânio encefálico) e
tumores cerebrais;

Transtornos de humor e ansiosos;

Transtornos de aprendizagem, como discalculia


e/ou dislexia;

Transtorno de déficit de atenção/hiperativida-


de;

Transtorno do Espectro do Autismo;

Transtorno déficit de atenção e hiperatividade;

Entre outros.
Um dos primeiros registros que há do uso termo
neuropsicologia foi em 1913, por Sir William Osler.
Apesar da preocupação em entender a relação
cérebro-comportamento, a especialidade demorou
um pouco para ser regulamentada no Brasil.

O Conselho Federal de Psicologia reconheceu a es-


pecialidade de neuropsicologia no Brasil somente
em fevereiro de 2004. Sendo assim, passou a ser
uma nova possibilidade para os profissionais do
país se diferenciarem.

Já que é recente, a quantidade de profissionais


com esta especialização ainda é baixa. Por outro
lado, as possibilidades de atuação são inúmeras,
como falamos anteriormente. Portanto, enquanto
psicólogos, essa pode ser uma boa escolha.

Além disso, os resultados apresentados pelo uso de


técnicas e instrumentos da neuropsicologia são
surpreendentes. Por comportar uma atuação multi-
disciplinar, é possível conseguir diagnósticos ainda
mais assertivos.
A avaliação neuropsicológica deve ser feita de
forma ética e seu laudo precisa reportar todos os
procedimentos e instrumentos utilizados para que
qualquer profissional consiga acompanhá-lo.

A avaliação contempla desde o primeiro contato,


até a devolutiva e deve ser composta de uma boa
entrevista de anamnese, que norteará a definição
do protocolo de avaliação, pois entende quem é o
seu paciente, bem como suas dificuldades (quei-
xas).

O protocolo de avaliação é composto pela seleção


de testes e tarefas neuropsicológicas de acordo
com a faixa etária, escolaridade e aspectos cul-
turais do paciente. Após a aplicação dos instru-
mentos, esses devem ser corrigidos, interpretados
juntamente com as observações clínicas, para en-
tão elaborar o laudo com os resultados.

O QUE DEVE TER NO LAUDO DO PACIENTE?

Cabeçalho — Título da avaliação e apresenta-


ção do profissional avaliador (ao menos, nome
e número de registro no Conselho);
Introdução — Indicação da fonte e/ou motivo
da avaliação, os objetivos da avaliação, o perí-
odo da avaliação, número de sessões e se o
processo foi conduzido sob o uso de medica-
ções;

Identificação do paciente — Nome completo,


idade, sexo, preferência manual, anos de esco-
laridade, nome do informante (se houver) e ocu-
pação atual;

História pregressa e atual do paciente — Forne-


ce o contexto para a interpretação dos resul-
tados. Aqui, a relevância dos dados vai depen-
der de cada caso;

Procedimentos e instrumentos utilizados na


avaliação — Dados de entrevistas com o(s) in-
formante(s), observações feitas durante a ava-
liação, técnicas utilizadas (principais e comple-
mentares);

Resultados — Descrição dos escores dos testes,


com apresentação dos achados quantitativos e
qualitativos;

Síntese dos resultados, conclusões e impres-


sões — Apresentação das hipóteses diagnósti-
cas neuropsicológicas;
Sugestões de encaminhamento e intervenção —
Orientações de manejo, mudanças de hábitos,
possíveis encaminhamentos/reavaliação;

Data da realização do laudo;

Assinatura — O clínico que conduziu deve assi-


nar o laudo e é recomendado rubricar as outras
páginas.

QUAIS SÃO OS TESTES UTILIZADOS NA AVALIAÇÃO?

Os neuropsicólogos dispõem de uma série de ins-


trumentos para a avaliação. Alguns ainda estão
em processo de validação, mas além dos instru-
mentos validados pelo SATEPSI, diversas tarefas
podem ser utilizadas, inclusive com normas vali-
dadas em nosso cenário nacional. Portanto, citare-
mos alguns dos instrumentos mais usados no Brasil.

Teste de Boston versão de 1999;

Token Test;

Teste de Atenção Visual Tavis;

Teste Wisconsin de Classificação de Cartas -


WCST;
Iowa Gambling Task;

Children Gambling Task;

Tarefa de Span de dígitos;

Teste de Aprendizagem Auditivo-Verbal de Rey;

Instrumento de Avaliação Neuropsicológica


Breve Neupsilin;

Exame Neurológico do Estado Mental de Strube


Black;

Escala de Avaliação de Demência – DRS;

Teste Breve de Performance Cognitiva – SKT;

Escalas Weschsler (WISC IV, WAIS III, WASI);

Hooper Test;

Bateria Neuropsicológica - Nepsy;

Five Digits Test - FDT;

Alguns testes são mais indicados para idosos,


enquanto outros são voltados para crianças.
Há também aqueles que abrangem uma amplitude
de idade, podendo ser usadas desde a infância até
idosos. Então, é preciso lembrar que o profissional
deve conhecê-los para entender quais são os tes-
tes adequados para cada sujeito.

Os testes favoráveis pelo SATEPSI são de utilização


exclusiva de profissionais da psicologia, mas o neu-
ropsicólogo pode também usar outras tarefas clíni-
cas, desde que conheça profundamente seu emba-
samento teórico para poder correlacionar os resul-
tados com o perfil do paciente.
O profissional especialista em neuropsicologia clí-
nica tem a sua área de atuação expandida. Por ser
uma formação com base interdisciplinar, o tera-
peuta consegue trabalhar de forma multidiscipli-
nar e atingir diferentes áreas de atuação.

Sendo assim, é possível atuar em:

Atendimento clínico;

Trabalho de pesquisa em instituições;

Membro de equipes multidisciplinares;

Criação de materiais e instrumentos;

Processos forenses;

Entre outros.

Vale ressaltar que, por ser uma especialidade re-


gulamentada há pouco tempo no Brasil, ainda há
muito a ser aprimorado dentro da neuropsicologia.
Por isso, o especialista nesta área pode ter mais
facilidade em se desenvolver no mercado.
Não é somente em casos clínicos que a avaliação
psicológica é usada. Existem diversos momentos
em que ela será imprescindível, até mesmo para
decisões judiciais ou de concurso público. Para
entender melhor, veja algumas modalidades, a se-
guir.

A. AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA

A avaliação neuropsicológica consegue fazer uma


análise mais minuciosa do sujeito. Sendo assim, vi-
sa descrever o perfil de desempenho cognitivo des-
sa pessoa, a fim de entender a relação entre o cé-
rebro e os comportamentos apresentados.

B. DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGÓGICO

Essa avaliação é de extrema importância na in-


tervenção psicopedagógica. Por meio dela, é pos-
sível ter fundamentação para prevenir e solucionar
dificuldades de aprendizagem dos mais diversos
tipos que os alunos possam apresentar.
C. ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL

O terapeuta poderá utilizar vários testes para au-


xiliar seu paciente a entender a própria vocação.
Portanto, avaliará os interesses profissionais e ha-
bilidades específicas de cada sujeito.

D. CONCURSO PÚBLICO

Quando um indivíduo está prestes a assumir um


cargo público pode ser preciso passar por uma
avaliação psicológica. Isso ocorre para identificar
características e aspectos psicológicos e com-
portamentais que podem estar envolvidos em pro-
cessos decisórios, sendo assim fator decisório para
definir se a pessoa está apta para o cargo.

E. PERÍCIA JUDICIAL

Nesse caso, a avaliação tem o objetivo de auxiliar


na tomada de decisão de profissionais da área do
direito. Isso porque, além de identificar possíveis
transtornos, a intenção é apresentar uma com-
preensão relevante de diferentes situações.
Uma avaliação neuropsicológica visa entender o
funcionamento de diferentes domínios cognitivos.
Iremos trazer aqui o exemplo da avaliação de dois
deles, que seriam as funções executivas e a cogni-
ção social.

As funções executivas podem ser entendidas como


as habilidades cognitivas que incluem memória
operacional ou de trabalho, atenção executiva,
controle inibitório e flexibilidade cognitiva dos su-
jeitos.

Sendo assim, a avaliação neuropsicológica pode


ser de grande valia no processo de diagnóstico de
transtornos relacionados a alterações de cogni-
ções e comportamentos sociais.

Algumas condições como autismo e TDAH (Trans-


torno de déficit de atenção/hiperatividade) podem
apresentar prejuízos em comportamentos sociais,
além de alterações do funcionamento executivo,
sendo de grande relevância avaliar esses domínios.

Autores renomados indicam alguns testes e tarefas


que podem ser empregados nesta avaliação. São
eles:
Wisconsin Card Sorting Test — serve para a for-
mação de conceitos e solução de problemas,
flexibilidade mental e abstração-raciocínio;

Trail Making Test — para flexibilidade mental;

Controled Word Test — fluência verbal;

Teste de Raven — abstração-raciocínio;

Torre de Londres — planejamento;

Five-point Teste — fluência de desenhos;

Stroop e go-no go — modulação-inibição de


resposta;

Eyes Test - reconhecimento de emoções;

Faux Pas - identificação de situações sociais a-


dequadas ou inadequadas;

Cubos de Corsi - memória de trabalho visuo-


espacial.

O Wisconsin Card Sorting Test, por exemplo, conta


com 128 cartões com características distintas, que
são:
cor (pode ser amarelo, vermelho, verde ou azul);

figura (pode conter círculo, estrela, triângulo ou


cruz);

número de figuras (pode ter de 1 a 4).

Com isso, o sujeito deve associar o conjunto de


cartões de acordo com a regra que for deter-
minada previamente. Com 10 associações corretas
consecutivamente, o terapeuta muda a regra.

Nesta tarefa o examinador consegue identificar e-


vidências por meio dos erros e acertos dos paci-
entes, pois lesões nas regiões corticais superiores
podem afetar o resultado final.

Esse é somente um exemplo de como os instru-


mentos contribuem para a identificação das difi-
culdades dos sujeitos. Lembrem-se, no entanto, que
o resultado de um teste, isoladamente, não signifi-
ca nada. Aí entra a importância do raciocínio clíni-
co, algo que livros não trazem, mas que na prática
do nosso curso vocês terão acesso.
Algumas lesões e disfunções do sistema nervoso
central podem ocasionar alterações na persona-
lidade e no raciocínio dos sujeitos. Porém, esse
diagnóstico é difícil de ser identificado, pois, muitas
vezes, é confundido com a personalidade original
ou, até mesmo, depressão.

Por ainda não existirem amplos estudos na área, o


tema causa algumas divergências e faz com que o
sujeito seja tratado erroneamente, o que apenas
mascara o real problema.

Ao mesmo tempo, quando o sujeito apresenta dis-


crepância entre o desempenho escolar e na sua
habilidade cognitiva geral também pode haver
confusão no diagnóstico, caso o examinador ex-
clua outros fatores de risco psicológicos e ambien-
tais.

Por conta da inteligência e o desempenho escolar


serem correlacionados é possível que ocorram
distorções estatísticas, o que aumenta o risco de
diagnósticos de déficit cognitivo falso-positivos em
crianças com inteligência, à princípio, normal.
Atualmente, já é possível formular estratégias de
reabilitação neuropsicológica para transtornos
dessa natureza, como a discalculia e a dislexia.
Assim, o especialista em neuropsicologia consegue
melhorar as perspectivas do prognóstico relacio-
nado ao diagnóstico do sujeito.

A reabilitação neuropsicológica pode também


obter bons resultados em déficits de funções exe-
cutivas e emocionais em doenças do Sistema Ner-
voso Central do adulto e do idoso.
Ainda existem algumas confusões com relação à
atuação prática em neuropsicologia. Porém, ela
pode ser aplicada nas mais diversas situações pelo
neuropsicólogo clínico. Sua avaliação garante a re-
solução de muitos casos que poderiam ficar sem
um diagnóstico adequado.

A neuropsicologia estuda e compreende como o


cérebro tem influência nas funções cognitivas.
Para isso, utiliza-se de análises do sistema nervoso
central em conjunto com o comportamento huma-
no. As interações entre cérebro, mente, emoção e
ação.

Considerado um dos “pais” da neuropsicologia, o


psicólogo Alexander R. Lúria fala que uma ativida-
de mental só poderá ser compreendida verdadei-
ramente se for analisada em toda a sua comple-
xidade. Sendo assim, a função cerebral deve ser
entendida como um sistema funcional completo.

Dessa forma, é importante a atualização constan-


te e um entendimento claro de que a neuropsico-
logia é uma especialidade repleta de possibilida-
des e com constantes atualizações. Então, um
neuropsicólogo poderá aplicar seus conhecimen-
tos em áreas distintas.

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